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CONTABILIDADE E LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
Luciano Guerra
Luciano Guerra
2ª Edição |2010|
Contabilidade Descomplicada
• Mestre em Contabilidade Gerencial pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro
• Especialista em Avaliação Socioeconômica de Projetos pela Pontifícia Universidade Católica de Santiago do Chile.
• Tem vários livros didáticos e artigos publicados com temas que variam de Gestão de resultados e Sistemas de custos em instituições financeiras a Contabilidade Social e Ambiental.
• Atua na área de cursos empresariais e no ensino superior de graduação e pós-graduação. Ocupa a cadeira 37 da Academia de Ciências Contábeis do Ceará.
Contabilidade Descomplicada
Luciano Guerra
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Para que serve contabilidade?
Geração de informações destinadas a apoiar o
processo de tomada de
decisão.
Isto é contabilidade.
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No livro Summa de arithmetica, geometria,
proportioni et proportionalita, os dois totais do
balanço deveriam ser iguais.
Caso não fossem, “isto indicaria um erro em seu
Razão, o qual você terá que procurar diligentemente, com toda a disposição e inteligência
que Deus lhe deu” .
Pacioli creditou a criação do método das partidas
dobradas a Benedetto Cotrugli, autor do manuscrito
Della mercatura et del mercante perfetto, publicado trinta e seis anos antes.
Frei Luca Bartolomes Pacioli
luc
ian
og
ue
rra
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utlo
ok.c
om
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O método das partidas dobradas
No balanço, o Passivo indica as origens dos recursos
da empresa e o Ativo indica as aplicações destes
mesmos recursos.
Como não é possível ter no balanço recursos com
destino ignorado, nem muito menos o uso de dinheiro inexistente, se o Ativo estiver diferente do Passivo,
pode ter certeza de que “isto indicaria um erro em
seu Razão”.
DIREITOS
BENS
OBRIGAÇÕES
Origens Aplicações
O patrimônio é o conjunto da riqueza da empresa,
seus bens, direitos e
obrigações.
As obrigações
representam a origem dos recursos da empresa.
Os bens e direitos representam as
aplicações dadas a estes
mesmos recursos.
O Patrimônio
Aplicações Origens
DIREITOS
BENS
OBRIGAÇÕES
CHEQUE
ESPECIAL
Se são feitos novos gastos, novas aplicações de
recursos, é porque existem
novas fontes.
Da mesma forma, se há
novas fontes, é preciso indicar o que foi feito do
recursos obtido.
O Patrimônio
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ATIVO
O Patrimônio
DIREITOS
BENS
OBRIGAÇÕES
PASSIVO
DIREITOS
BENS
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e
obrigações.
As obrigações
representam a origem dos
recursos da empresa.
Os bens e direitos
representam as aplicações dadas a estes
recursos.
As obrigações ficam no
passivo e os bens e direitos
no ativo.
OBRIGAÇÕES
COM SÓCIOS
O Patrimônio
OBRIGAÇÕES
COM
TERCEIROS
PASSIVO
DIREITOS
BENS
ATIVO A obrigações dividem-se
em obrigações com
terceiros e obrigações com sócios;
Normalmente, a primeira fonte de recursos da
empresa é o capital.
O capital é recurso do
sócio, representa uma
obrigação para a empresa.
O Princípio da Entidade: O patrimônio da empresa
não se confunde com o
patrimônio dos sócios.
OBRIGAÇÕE
COM SÓCIOS
O Patrimônio
BENS DE USO
A RECEBER
DISPONÍVEL
OBRIGAÇÕES
COM
TERCEIROS
PASSIVO ATIVO
Os recursos de terceiros vêm de clientes,
fornecedores e bancos.
As aplicações dividem-se
em disponibilidades,
valores a receber e bens para uso próprio.
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O Patrimônio
CAPITAL
A PAGAR
BENS DE USO
A RECEBER
DISPONÍVEL
O ativo bate com o passivo porque cada
origem de recursos
corresponde a uma aplicação.
Ou, em outras palavras, a cada débito corresponde
um crédito de igual valor.
PASSIVO ATIVO
O método das partidas dobradas
Fazer um registro contábil é registrar um movimento
de dinheiro, um fluxo de recursos.
O registro deve, portanto, indicar qual foi a origem e
qual foi a aplicação do recurso.
O registro sempre tem dois lados, sempre é feito em
dobro, por isso o método é das partidas dobradas.
CAIXA CAPITAL
Integralização do capital.
Os sócios trazem dinheiro
para iniciar as atividades
da empresa.
O registro tem como
origem de recursos o capital.
A aplicação é feita no caixa da empresa.
Fontes & Usos
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VEÍCULOS
Fontes & Usos
Compra de veículos à
vista.
Nesta operação, a fonte
de recursos é o caixa da empresa.
A aplicação é feita em veículos.
O recursos que estavam no caixa vieram dos sócios.
Eles foram a fonte do
dinheiro usado na compra do carro.
CAPITAL CAPITAL CAIXA
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Compra de mercadorias a
prazo.
Nesta operação, a fonte
do recurso foram os fornecedores.
A aplicação é feita em estoques de mercadorias.
CAPITAL CAPITAL CAIXA
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Compra de mercadorias a
prazo.
Nesta operação, a fonte
do recurso foram os fornecedores.
A aplicação é feita em estoques de mercadorias.
CAPITAL MERCADORIA
FORNECEDOR CAIXA
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Traduzindo o contabilês
A palavra CRÉDITO vem do latim, credere,
mesma raiz de
“acreditar”, “crer”, “credibilidade”: “Eu
tenho crédito na
praça”.
Em contabilês, o CRÉDITO é a fonte, a
origem, de onde veio o
recurso.
O significado das palavras débito e crédito na linguagem contábil é diferente do significado que
estas palavras têm na vida cotidiana:
Traduzindo o contabilês
A palavra DÉBITO está associada a dívida: “Eu
estou em débito
contigo”.
Em contabilês, o DÉBITO indica o uso,
onde foi aplicado o
recurso.
O significado das palavras débito e crédito na linguagem contábil é diferente do significado que
estas palavras têm na vida cotidiana.
CAIXA CAPITAL
Para um banco, a principal
fonte de recursos são os depósitos de clientes.
Cada novo depósito é uma nova origem. O
banco aplica os recursos
em seu caixa.
Portanto, o banco credita
a conta corrente e debita o caixa.
Traduzindo o contabilês
Contas
Correntes
Contas
Correntes
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Traduzindo o contabilês
CAIXA
Conta
Corrente
Conta
Corrente
Na contabilidade do
correntista, o raciocínio é inverso.
Sempre que faz depósitos no banco, a empresa
registra como origem o seu
caixa.
O depósito é uma
aplicação de recursos na conta corrente.
Portanto, o crédito é feito no caixa e o débito na
conta corrente .
CAPITAL
CAIXA CAPITAL
Contas
Correntes
Contas
Correntes
CAIXA
Conta
Corrente
Traduzindo o contabilês
No saque, dá-se o
contrário.
Para o Banco, a conta do
cliente é uma obrigação.
Quando honra o saque, é
como se o Banco estivesse aplicando dinheiro no
pagamento de uma
dívida.
Portanto, a conta do
cliente é debitada e o caixa, que é a origem do
recurso, é creditado.
CAPITAL
CAIXA CAPITAL
Contas
Correntes
Contas
Correntes
Conta
Corrente
Traduzindo o contabilês
No cliente, a conta
bancária será a fonte do recurso e recebe o crédito.
Os recursos são aplicados no caixa da empresa, que
será debitado.
CAPITAL
CAIXA CAPITAL
Contas
Correntes
CAIXA
Conta
Corrente
Conta
Corrente
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No depósito, a conta
representa uma aplicação de recursos para o cliente
e uma origem para o
banco.
A empresa debita a sua
conta e o banco a credita.
No saque, o raciocínio é inverso.
Traduzindo o contabilês
CAIXA CAPITAL
Contas
Correntes
CAPITAL CAIXA
Conta
Corrente
Usar “origens” e
“aplicações” em lugar de “crédito” e “débito”
contribui para a clareza da
comunicação.
Traduzindo o contabilês
CAIXA CAPITAL
Contas
Correntes
CAPITAL CAIXA
Conta
Corrente
Demonstrações contábeis
Representação estruturada da posição patrimonial e financeira, do desempenho e das mudanças na
posição financeira da entidade.
As posições patrimonial e financeira são informadas
pelo balanço patrimonial.
O desempenho é informado na demonstração do
resultado.
As informações sobre as alterações na posição
financeira podem ser fornecidas pela demonstração
dos fluxos de caixa ou pela demonstração das origens e aplicações de recursos.
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Demonstrações contábeis
O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo menos uma vez por ano e
inclui os seguintes demonstrativos:
(a) balanço patrimonial;
(b) demonstração do resultado;
(c) demonstração do resultado abrangente;
(d) mutações do patrimônio líquido;
(e) demonstração do valor adicionado;
(f) demonstração dos fluxos de caixa; e
(g) notas explicativas.
Balanço patrimonial
O balanço deve apresentar as seguintes contas:
(a) caixa e equivalentes de caixa;
(b) clientes e outros recebíveis;
(c) estoques;
(d) ativos financeiros;
(e) ativos disponíveis para venda;
(f) ativos biológicos;
(g) investimentos pela equivalência patrimonial;
(h) propriedades para investimento;
(i) imobilizado;
(j) intangível;
Balanço patrimonial
O balanço deve apresentar as seguintes contas:
(a) contas a pagar comerciais;
(b) provisões;
(c) obrigações financeiras;
(d) obrigações e ativos relativos à tributação;
(e) impostos diferidos ativos e passivos;
(f) obrigações associadas a ativos à disposição para venda;
(g) participação de não controladores; e
(h) capital integralizado e reservas.
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Mensuração da posição patrimonial e financeira
Os elementos relacionados à mensuração da
posição patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido.
Passivos
Passivo é uma obrigação presente, decorrente de
eventos passados, que provavelmente resultará em saída de recursos no futuro .
Uma obrigação é o dever de agir ou fazer de uma
certa maneira.
Alguns passivos somente podem ser mensurados por
estimativa.
A liquidação de uma obrigação presente
geralmente implica na utilização de recursos.
Reconhecimento de passivos
Um passivo deve ser reconhecido quando for
provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidação de uma obrigação e o valor puder
ser mensurado com confiabilidade.
O reconhecimento de um passivo implica no
reconhecimento de um ativo ou de uma despesa.
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<Exigibilidade
>Exigibilidade
No Passivo, as obrigações
estão em ordem descrescente de
exigibilidade.
No topo ficam as
obrigações mais exigíveis,
ou de menor prazo;
Embaixo ficam as
obrigações menos exigíveis, sem prazo
definido para pagamento.
E
X I
G I B
I L
I D A
D E
Os grupos do Passivo
CAPITAL
A PAGAR CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Os grupos do Passivo
Patrimônio Líquido
O patrimônio bruto é um conjunto de bens, direitos e obrigações.
Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidas todas as suas
obrigações com terceiros.
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ATIVO
O Patrimônio Líquido
DIREITOS
BENS
OBRIGAÇÕES
PASSIVO
DIREITOS
BENS
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e
obrigações.
As obrigações
representam a origem dos
recursos da empresa.
Os bens e direitos
representam as aplicações dadas a estes
recursos.
As obrigações ficam no
passivo e os bens e direitos
no ativo.
OBRIGAÇÕES
COM SÓCIOS
O Patrimônio Líquido
OBRIGAÇÕES
COM
TERCEIROS
PASSIVO
DIREITOS
BENS
ATIVO
A obrigações dividem-se em obrigações com
terceiros e obrigações
com sócios;
O capital é recurso do
sócio, representa uma obrigação para a
empresa.
OBRIGAÇÕE
COM SÓCIOS
O Patrimônio Líquido
BENS DE USO
A RECEBER
DISPONÍVEL
OBRIGAÇÕES
COM
TERCEIROS
PASSIVO ATIVO
Os recursos de terceiros vêm de clientes,
fornecedores e bancos.
As aplicações dividem-se
em disponibilidades,
valores a receber e bens para uso próprio.
Se a empresa paga suas obrigações com terceiros,
o recurso que sobra é o
patrimônio líquido.
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PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido
BENS DE USO
A RECEBER
DISPONÍVEL
OBRIGAÇÕES
COM
TERCEIROS
PASSIVO ATIVO
Os recursos de terceiros vêm de clientes,
fornecedores e bancos.
As aplicações dividem-se
em disponibilidades,
valores a receber e bens para uso próprio.
Se a empresa paga suas obrigações com terceiros,
o recurso que sobra é o
patrimônio líquido.
ATIVO
O Patrimônio Líquido
DIREITOS
BENS
OBRIGAÇÕES
PASSIVO
DIREITOS
BENS
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e
obrigações.
As obrigações
representam a origem dos
recursos da empresa.
Os bens e direitos
representam as aplicações dadas a estes
recursos.
As obrigações ficam no
passivo e os bens e direitos
no ativo.
OBRIGAÇÕES
COM SÓCIOS
O Patrimônio Líquido
OBRIGAÇÕES
COM
TERCEIROS
PASSIVO
DIREITOS
BENS
ATIVO
Se a empresa paga suas obrigações com terceiros,
o recurso que sobra é o
patrimônio líquido.
Embora não seja uma
obrigação igual às outras, pois não tem vencimento
nem encargos definidos,
esse recurso deverá ser devolvido ao sócio, por
exemplo, em caso de
saída da sociedade.
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
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PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
O Patrimônio Líquido PASSIVO
DIREITOS
ATIVO
Também nos casos de cisão de empresas os
valores relativos ao
patrimônio líquidos serão divididos entre as
empresas cindidas.
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Ativos
Ativo é um recurso controlado pela entidade do qual
se esperam benefícios econômicos futuros.
Controlar um ativo é ter o poder de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios, mesmo que não se
tenha a propriedade legal desse ativo.
O benefício econômico futuro esperado de um ativo
é a sua capacidade de gerar caixa para a entidade.
Substância física não é essencial à existência de um
ativo.
Reconhecimento dos ativos
Reconhecimento é o processo que consiste em incorporar ao balanço patrimonial ou à
demonstração do resultado um item que se
enquadre na definição de um dos elementos das demonstrações contábeis.
Um item deve ser reconhecido como ativo nas demonstrações contábeis se, além de se enquadrar
na definição de ativo, ele tiver um custo ou valor que
possa ser medido de forma confiável.
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O valor do ativo
Não se admite o registro de qualquer ativo por valor superior ao seu valor recuperável.
Valor recuperável de um ativo é o máximo de caixa que ele pode gerar, sendo vendido ou sendo
utilizado.
Valor líquido de venda é o valor justo de um ativo menos as despesas de venda.
Valor justo (fair value) é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas,
conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a
liquidação da transação.
Valor em uso é o valor presente dos fluxos de caixa líquidos futuros esperados como resultado do uso de
um ativo.
<Liquidez
>Liquidez
No Ativo, os bens e direitos
estão em ordem decrescente de liquidez.
Começa com o ativo mais líquido de todos, o caixa
da empresa.
A parte de baixo da
demonstração relaciona
os bens menos líquidos, aqueles para os quais não
há perspectiva de
realização em dinheiro.
L I
Q
U
I
D
E
Z
Os grupos do Ativo
BENS DE USO
DISPONÍVEL
A RECEBER
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Os grupos do Ativo
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ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
NÃO CIRCULANTE 17.100
Realizável a Longo Prazo. 4.000 NÃO CIRCULANTE 7.000
Valores a Receber de Longo
Prazo 4.000
Empréstimos a Pagar de Longo
Prazo 7.000
Investimentos 2.000
Ações de Outras Empresas 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.200
Imobilizado 8.500 Capital 15.000
Bens de Uso 10.000 Reservas 1.200
(-) Depreciação Acumulada (1.500) Prejuízos Acumulados 0
Intangível 2.600
Softwares 3.000
(-) Amortização Acumulada (400)
TOTAL 28.900 TOTAL 28.900
No Passivo, as obrigações
estão dispostas em ordem
decrescente de exigibilidade.
A exigibilidade é a urgência com que a dívida será
cobrada.
Quanto menor a
exigibilidade, maior o prazo
de pagamento.
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
NÃO CIRCULANTE 17.100
Realizável a Longo Prazo. 4.000
Valores a Receber de Longo
Prazo 4.000
Investimentos 2.000
Ações de Outras Empresas 2.000
Imobilizado 8.500
Bens de Uso 10.000
(-) Depreciação Acumulada (1.500)
Intangível 2.600
Softwares 3.000
(-) Amortização Acumulada (400)
TOTAL 28.900 TOTAL `
O primeiro grupo do Passivo
se chama Circulante. Ali
estão as obrigações de curto prazo.
O passivo circulante deve
ser liquidado durante o ciclo operacional normal
da entidade.
Contas a pagar comerciais
e algumas apropriações
por competência são sempre classificados como
passivos circulantes.
Também é passivo
circulante aquele que está
mantido com a finalidade de ser negociado.
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
NÃO CIRCULANTE 17.100
Realizável a Longo Prazo. 4.000 NÃO CIRCULANTE 7.000
Valores a Receber de Longo
Prazo 4.000
Empréstimos a Pagar de Longo
Prazo 7.000
Investimentos 2.000
Ações de Outras Empresas 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.200
Imobilizado 8.500 Capital 15.000
Bens de Uso 10.000 Reservas 1.200
(-) Depreciação Acumulada (1.500) Prejuízos Acumulados 0
Intangível 2.600
Softwares 3.000
(-) Amortização Acumulada (400)
TOTAL 28.900 TOTAL 28.900
Todos os outros passivos devem ser classificados
como não circulantes.
O Passivo Não Circulante é
grupo das obrigações de
longo prazo.
O Patrimônio Líquido é o
grupo das obrigações para
com os sócios.
Nas sociedades por ações
o lucro líquido do exercício deve ser integralmente
destinado.
A conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados é transitória e
deve ser utilizada apenas para:
• Transferência do lucro apurado no período;
• Contrapartida das reversões das reservas de
lucros e
• Destinações do lucro.
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
A constituição de reservas funciona para a empresa
como uma margem de
proteção contra prejuízos.
As transferências para
reservas representam distribuições do lucro e não
são reconhecidas como
despesas.
A nova legislação criou a
conta Ajustes de Avaliação Patrimonial.
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ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
NÃO CIRCULANTE 17.100
Realizável a Longo Prazo. 4.000 NÃO CIRCULANTE 7.000
Valores a Receber de Longo
Prazo 4.000
Empréstimos a Pagar de Longo
Prazo 7.000
Investimentos 2.000
Ações de Outras Empresas 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.200
Imobilizado 8.500 Capital 15.000
Bens de Uso 10.000 Reservas 1.200
(-) Depreciação Acumulada (1.500) Prejuízos Acumulados 0
Intangível 2.600
Softwares 3.000
(-) Amortização Acumulada (400)
TOTAL 28.900 TOTAL 28.900
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
No Ativo, os bens e direitos
estão organizados em
ordem decrescente de liquidez.
Liquidez é a capacidade de um determinado ativo ser
transformado em dinheiro.
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
O ativo circulante deve ser realizado, vendido ou consumido, durante o ciclo operacional da
entidade.
Também são circulantes os ativos mantidos para
negociação e ativos representados por caixa ou
equivalentes de caixa.
Ativos como estoques e contas a receber
comerciais são sempre classificados no ativo circulante.
Os ativos circulantes também incluem a parcela circulante de ativos financeiros não circulantes.
O primeiro grupo do Ativo
também se chama
Circulante. Ali estão os valores disponíveis, os
estoques de mercadorias e
os valores a receber no curto prazo.
Representa o valor que a
empresa tem em dinheiro ou a ser convertido em
dinheiro no curto prazo.
ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
NÃO CIRCULANTE 17.100
Realizável a Longo Prazo. 4.000 NÃO CIRCULANTE 7.000
Valores a Receber de Longo
Prazo 4.000
Empréstimos a Pagar de Longo
Prazo 7.000
Investimentos 2.000
Ações de Outras Empresas 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.200
Imobilizado 8.500 Capital 15.000
Bens de Uso 10.000 Reservas 1.200
(-) Depreciação Acumulada (1.500) Prejuízos Acumulados 0
Intangível 2.600
Softwares 3.000
(-) Amortização Acumulada (400)
TOTAL 28.900 TOTAL 28.900
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
No Imobilizado ficam os bens
de uso, toda a estrutura física
utilizada pela empresa para funcionar.
No Investimentos, estão as
participações em outras
empresas para as quais haja intenção de permanência e
os bens adquiridos pela
empresa e que não são utilizados em sua atividade-
fim. No Intangível estão
classificados os bens não
corpóreos, como marcas e patentes, softwares, direitos
legais e contratuais.
Todos os demais ativos devem ser classificados no
Ativo Não Circulante.
Esse grupo se divide em
quatro subgrupos:
No Realizável a Longo Prazo
ficam os valores a receber
em prazos superiores a um ano.
Toda empresa que fizer empréstimos a sócios
obrigatoriamente
classificará este crédito neste grupo, mesmo que o
prazo contratado seja
menor.
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ATIVO 31.12.14 PASSIVO 31.12.14
CIRCULANTE 11.800 CIRCULANTE 5.700
Disponibilidades 3.800 Fornecedores 5.000
Clientes 5.000 Salários a Pagar 100
Estoques 3.000 Dividendos a Pagar 400
Provisão para Imposto de Renda 200
NÃO CIRCULANTE 17.100
Realizável a Longo Prazo. 4.000 NÃO CIRCULANTE 7.000
Valores a Receber de Longo
Prazo 4.000
Empréstimos a Pagar de Longo
Prazo 7.000
Investimentos 2.000
Ações de Outras Empresas 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.200
Imobilizado 8.500 Capital 15.000
Bens de Uso 10.000 Reservas 1.200
(-) Depreciação Acumulada (1.500) Prejuízos Acumulados 0
Intangível 2.600
Softwares 3.000
(-) Amortização Acumulada (400)
TOTAL 28.900 TOTAL 28.900
2015 Demonstrações Contábeis
BALANÇO PATRIMONIAL
Mensuração do desempenho
Os elementos relacionados à mensuração do
desempenho são as receitas e as despesas.
O patrimônio produz resultados positivos e negativos.
Um resultado positivo é uma receita, representa uma
origem de recursos.
Um resultado negativo é uma despesa, representa
uma saída, um consumo de recursos.
Patrimônio & Resultado
Receitas > Despesas = Lucro.
Receitas < Despesas = Prejuízo.
ATIVO PASSIVO
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Receitas
Receitas são aumentos do patrimônio líquido que
não sejam decorrentes de aporte dos proprietários da entidade.
As receitas devem ser mensuradas pelo valor justo do montante recebido ou a receber, diminuído de
quaisquer descontos e abatimentos concedidos bem
como todos os valores coletados em nome de terceiros.
Reconhecimento das receitas
A receita deve ser reconhecida quando houver
suficiente grau de certeza que resultará em aumento de benefícios econômicos futuros e o valor puder ser
mensurado com confiabilidade.
O reconhecimento da receita implica em um
aumento no ativo ou em uma diminuição nos
passivos.
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Prestação de serviço.
O recurso entrará no caixa
e terá como origem uma
receita.
O dinheiro que está
entrando é um resultado positivo do trabalho da
empresa. CAPITAL MERCADORIA
FORNECEDOR CAIXA
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RECEITA
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Prestação de serviço.
O recurso entrará no caixa
e terá como origem uma
receita.
O dinheiro que está
entrando é um resultado positivo do trabalho da
empresa.
CAPITAL
MERCADORIA
FORNECEDOR CAIXA
RECEITA
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Venda de mercadoria a
prazo.
A mercadoria, adquirida
pelo valor de um cubinho é vendida com lucro por
dois cubinhos.
A origem do recurso é a
receita de venda.
A aplicação é feita em
valores a receber de
clientes.
CAPITAL
MERCADORIA
FORNECEDOR CAIXA
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Venda de mercadoria a
prazo.
A mercadoria, adquirida
pelo valor de um cubinho é vendida com lucro por
dois cubinhos.
A origem do recurso é a
receita de venda.
A aplicação é feita em
valores a receber de
clientes.
RECEITA MERCADORIA
CLIENTES
CAIXA
CAPITAL
FORNECEDOR
10/24/2016
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VEÍCULOS
Fontes & Usos
O valor de aquisição da
mercadoria que havia no estoque representa o custo
da mercaria vendida.
RECEITA MERCADORIA
CLIENTES
CAIXA
CAPITAL
FORNECEDOR
MERCADORIA
VEÍCULOS
Fontes & Usos
O valor de aquisição da
mercadoria que havia no estoque representa o custo
da mercaria vendida.
RECEITA
CLIENTES
CAIXA
CAPITAL
FORNECEDOR
CUSTO
Despesas
Despesas são decréscimos do patrimônio líquido que
não sejam decorrentes de distribuição aos proprietários da entidade.
A definição de despesas abrange os recursos consumidos na obtenção de receitas, na produção
de bens ou serviços vendidos e as perdas.
Perdas são gastos que não produzem benefícios
econômicos futuros.
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Reconhecimento das despesas
As despesas devem ser reconhecidas quando
resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros e o valor puder ser mensurado
com confiabilidade.
O reconhecimento de uma despesa implica em um
aumento nos passivos ou em uma diminuição nos
ativos.
As despesas associadas ao uso dos ativos devem ser
reconhecidas como depreciação ou amortização.
Receitas e despesas que resultem dos mesmos
eventos devem ser reconhecidas simultaneamente.
CUSTO
VEÍCULOS
CLIENTES
Fontes & Usos
RECEITA
CAIXA
CAPITAL
FORNECEDOR
Pagamento de despesa.
A origem do recurso é o
caixa da empresa.
A aplicação é feita em
conta de resultado de
despesa.
CUSTO
DESPESA
CUSTO
VEÍCULOS
CLIENTES
Fontes & Usos
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR
Pagamento de despesa.
A origem do recurso é o
caixa da empresa.
A aplicação é feita em
conta de resultado de
despesa.
CAIXA
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DESPESA
DESPESA CUSTO
VEÍCULOS
Fontes & Usos
Os clientes pagam a
dívida.
A origem do recurso são os
clientes.
A aplicação é feita no
caixa da empresa.
RECEITA
CLIENTES CAPITAL
FORNECEDOR CAIXA
Fontes & Usos
Apuração do resultado do
período.
Separa as contas de
resultado.
DESPESA
CUSTO
VEÍCULOS
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR CAIXA
Fontes & Usos
Apuração do resultado do
período.
Separa as contas de
resultado.
Um cubinho de custo ou
despesa mata um cubinho de receita.
O lucro fica do lado das obrigações porque
pertence aos sócios e está
em poder da empresa.
DESPESA
CUSTO
VEÍCULOS
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR CAIXA
LUCRO
10/24/2016
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Fontes & Usos
Suponha agora que tivesse
havido mais um pagamento de despesa
no valor de três cubinhos.
A origem do recurso é o
caixa. Como esse é todo o
dinheiro que tem lá, o caixa da empresa vai ficar
zerado.
A aplicação é feita em
conta de resultado de
despesa.
DESPESA
CUSTO
VEÍCULOS
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR CAIXA
Fontes & Usos
VEÍCULOS
Suponha agora que tivesse
havido mais um pagamento de despesa
no valor de três cubinhos.
A origem do recurso é o
caixa. Como esse é todo o
dinheiro que tem lá, o caixa da empresa vai ficar
zerado.
A aplicação é feita em
conta de resultado de
despesa.
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR
DESPESA
CUSTO
Fontes & Usos
Apuração do resultado do
período.
Separa as contas de
resultado.
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR
DESPESA
CUSTO
VEÍCULOS
10/24/2016
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DESPESA
CUSTO PREJUÍZO
Fontes & Usos VEÍCULOS
Apuração do resultado do
período.
Separa as contas de
resultado.
Quando há mais despesa
que receita, a empresa apura prejuízo.
RECEITA
CAPITAL
FORNECEDOR
Fontes & Usos VEÍCULOS
Após consumir as receitas,
o prejuízo consome os recursos dos sócios.
Quando há lucro, aumenta a riqueza dos
sócios.
Quando há prejuízo, a
perda é dos sócios.
É por isso que se chama
"capital de risco".
CAPITAL
FORNECEDOR
DESPESA
CUSTO PREJUÍZO
Fontes & Usos VEÍCULOS
E se os resultados
negativos fossem ainda maiores?
Por exemplo, se o veículo fosse roubado e não
houvesse seguro.
Os recursos dos sócios não
seriam suficientes para
cobrir o prejuízo.
A esta situação chama-se
Passivo a descoberto.
CAPITAL
FORNECEDOR
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2015 Análise Vertical e Horizontal
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
31.12.14 31.12.13 V% H% Receita Bruta de Vendas e Serviços 14.000 7.000 118,6% 200,0%
(-) Deduções
Impostos sobre Vendas (1.400) (700) -11,9% 200,0%
Descontos Incondicionais (1.800) (300) -5,1% 600,0%
Devoluções de Vendas (100) (100) -1,7% 100,0%
= Receita Líquida 10.700 5.900 100,0% 181,4%
(-) Custo das Mercadorias e Serviços
Vendidos (5.000) (4.000) -67,8% 125,0%
= Resultado Bruto 5.700 1.900 32,2% 300,0%
(-) Despesas Operacionais
Despesas com Vendas (1.000) (500) -8,5% 200,0%
Despesas Administrativas (1.000) (700) -11,9% 142,9%
Despesas de Depreciação (1.000) (700) -11,9% 142,9%
Despesas de Amortização (300) (100) -1,7% 300,0%
= Resultado antes das Receitas e
Despesas Financeiras 2.400 (100) -1,7% -2400,0%
Resultado Financeiro Líquido (200) (300) -5,1% 66,7%
= Resultado antes dos Tributos sobre
o Lucro 2.200 (400) -6,8% -550,0%
(-) Provisão para o Imposto de Renda (200) 0 0,0%
= Resultado Líquido das Operações
Continuadas 2.000 (400) -6,8% -500,0%