1
POVOS INDÍGENASNO BRASIL
1980/2013
INDIGENOUS PEOPLESIN BRAZIL
Retrospectiva em imagens da luta dos Povos Indígenas no Brasil por seus direitos coletivos
Esta exposição foi instalada e aberta ao público pela primeira vez na Praça Externa do Museu Nacional do
Conjunto Cultural da República, em Brasília/ DF, de 20 de novembro
a 19 de dezembro de 2013
A visual retrospective of the struggle of Indigenous Peoples in Brazil for their collective rights
This exhibition was first installed and opened to the public at the Outer Plaza of the National Museum of the Culture Complex of the Republic, Brasília/ DF,
20 November to 19 December 2013
2 3
ApresentAção
e sta publicação corresponde ao catálogo da ex-posição Povos Indígenas no Brasil 1980/2013, uma retrospectiva em imagens da luta dos povos indíge-nas do país por seus direitos coletivos.
A maior parte das 44 fotografias selecionadas foi publicada na imprensa e/ou nos volumes da série Povos Indígenas no Brasil, iniciada em 1980 e apoia-da, desde 1994, pelo Programa para Povos Indíge-nas da Embaixada da Noruega em Brasília.
As imagens são datadas e aparecem em ordem cro-nológica, apoiadas por textos e mapas. Cobrem o pe-ríodo de 33 anos, no qual os povos indígenas saíram da invisibilidade para entrar de vez no imaginário e na agenda do Brasil contemporâneo. O marco desse processo foi o capítulo inédito com os direitos indí-genas inscritos na Constituição Federal aprovada pelo Congresso Nacional em outubro de 1988.
Registram momentos marcantes e de desafios que os povos indígenas enfrentam para que seus direi-tos sejam efetivamente respeitados.
Incluem desde a presença de lideranças indígenas em Brasília em 1980, até as mobilizações de 2013. Passam pelo processo da Constituinte, pela demar-cação de terras, por conflitos e processos de (re)afirmação de identidades consideradas extintas, pelos povos “isolados” e pelo uso das tecnologias digitais pelos jovens das aldeias.
Ao selecioná-las, pretende-se que essas imagens sirvam de referência para as narrativas dos seus protagonistas, assim como para o aprendizado das novas gerações.
Beto Ricardo, Instituto Socioambiental (ISA), outubro de 2013
presentAtion
this is the catalogue of the exhibition Indigenous Peoples in Brazil 1980/2013, a visual retrospective of the country’s Indigenous peoples’ struggle for their collective rights.
Most of the 44 photographs selected have been published in the press and/or in the volumes from the series Povos Indígenas no Brasil, initiated in 1980 and supported since 1994 by the Indigenous Peoples Program of the Royal Norwegian Embassy in Brasilia.
All the images are dated and published in chrono-logical order, complemented by texts and maps. They cover a 33-year period during which Indig-enous peoples emerged from obscurity to enter the imagination and agenda of contemporary Brazil for good. The landmark in this process was the ground-breaking chapter on Indigenous rights included in the Federal Constitution approved by the National Congress in October 1988.
The images give testimony to some of the striking and challenging moments faced by Indigenous peo-ples in their struggle to ensure that their rights are effectively respected.
They span from the presence of Indigenous lead-ers in Brasilia in 1980 to the mobilizations of 2013, including the drafting of the new Constitution, land demarcations, conflicts, processes of (re)affirming identities once believed extinct, ‘isolated’ peoples and the use of digital technologies by young people from the villages.
In selecting these images, our intention is for them to serve as a reference point for the narratives of their protagonists, as well as for new generations to learn about this history.
Beto Ricardo, Socio-Environmental Institute (ISA), October 2013
A poio Norueguês aos Povos Indígenas no Brasil
Em 1983, a Noruega criou uma linha específica de apoio aos povos indígenas. O Brasil foi o país piloto escolhido para receber recursos dessa iniciativa, que se estende até os dias atuais.
O compromisso norueguês em prol da causa indígena foi reforçado em 1989 com a criação do Parlamento indígena Sami na Noruega e, em 1990, por ter sido o primeiro país a ratificar a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em 2002, o Brasil ratificou essa Convenção.
A Noruega vem firmando parcerias de longa duração com várias associações indígenas e organizações não governamentais indigenistas no Brasil. O foco tem sido o apoio institucional, muitas vezes em conjunto com atividades de monitoramento, planejamento e capacitação. Nas últimas três décadas, o apoio norueguês tem contribuído significativamente para o desenvolvimento e fortalecimento do movimento indígena no Brasil.
Esta exposição – Povos Indígenas no Brasil 1980/2013 – ilustra, em retrospecto, momentos marcantes na busca dos povos indígenas por seus direitos coletivos. A exposição é realizada em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), um dos nossos vários parceiros no Brasil.
Aud Marit Wiig, Embaixadora da Noruega, outubro de 2013
n orwegian support to Indigenous peoples in Brazil
In 1983, Norway launched a support programme for Indigenous peoples. Brazil was the first country to benefit from it, and the funding has been uninterrupted until now.
The Norwegian commitment to Indigenous peoples’ rights was strengthened in 1989 with the creation of the Indigenous Sami Parliament in Norway, and further in 1990, when Norway became the first country to ratify the 169 Convention of the International Labour Organization (ILO). In 2002, the Convention was ratified by Brazil.
Norway has established long-term partnerships with a number of Indigenous associations and non-governmental Indigenous organizations in Brazil. The focus has been on institutional support, often paired with monitoring, planning and capacity-building workshops. Over the last three decades, the Norwegian support has provided an important contribution to the development and strengthening of the Indigenous movement in Brazil.
This exhibition – Indigenous Peoples in Brazil 1980/2013 - illustrates, in retrospect, moments where Indigenous peoples seek recognition of their collective rights. The exhibition is held in partnership with the Socio-Environmental Institute (Instituto Socioambiental - ISA): one of our many partners in Brazil.
Aud Marit Wiig, Ambassador of Norway, October 2013
4 5
F U L N I - ÔE N A W E N ÊH I X K A R Y A N AI K O L E ND E N I
J A M A M A D I
G A L I B I D O O I A P O Q U E
K A ’ A P O R
C A N E L AB A K A I R I
M A K U
A I K A N Á
N A D O B
F U L N I - ÔT A B A J A R AW A I M I R I A T R O A R I
S A K U R A B I A T
X A C R I A B Á
U M U T I N A
Y A M I N A W Á
R I K B A K T S AP A L I K U R
O F A I É
Ou t r as F amí liasOther Families
• Aikanã • Aikewara • Akuntsu • Amanayé • Amondawa • Anacé • Anambé • Aparai • Apiaká • Apinajé
• Apurinã • Aranã • Arapaso • Arapiuns • Arara • Arara da Volta Grande do Xingu• Arara do Rio Branco • Arara Shawãdawa • Araweté • Arikapu • Aruá • Ashaninka • Asurini do Tocantins• Asurini do Xingu • Atikum • Avá-Canoeiro • Aweti • Bakairi • Banawá • Baniwa • Bará • Barasana • Baré• Borari • Bororo • Canela • Chamacoco • Charrua • Chiquitano • Cinta larga • Coripaco • Deni • Desana• Djeoromitxí • Dow • Enawenê-nawê • Fulni-ô • Galibi do Oiapoque • Galibi-Marworno • Gavião Parkatêjê• Gavião Pykopjê • Guajá • Guajajara • Guarani Kaiowá • Guarani Mbya • Guató• Hixkaryana • Hupda • Ikolen • Ikpeng • Ingarikó • Iranxe Manoki • Jamamadi • Jarawara • Javaé• Jenipapo-Kanindé • Jiahui • Jiripancó • Juma • Ka’apor • Kadiwéu • Kawaiwete Kaiabi • Kaimbé • Kaingang• Kaixana • Kalabaça • Kalankó • Kalapalo • Kamaiurá • Kamba • Kambeba • Kambiwá • Kanamari • Kanindé• Kanoê • Kantaruré • Kapinawa • Karajá • Karajá do Norte • Karapanã • Karapotó • Karipuna de Rondônia• Karipuna do Amapá • Kariri • Kariri-Xokó • Karitiana • Karo • Karuazu • Katuena
• Katukina do Rio Biá • Katukina Pano • Kaxarari • Kaxinawá • Kaxixó • Kaxuyana
• Kinikinau • Kiriri • Kisêdjê • Kokama • Korubo • Kotiria • Krahô • Krahô-Kanela • Krenak• Krikati • Kubeo • Kuikuro • Kujubim • Kulina • Kulina Pano • Kuntanawa • Kuruaya
• Kwazá • Makuna • Makurap • Makuxi • Manchineri • Marubo • Matipu • Matis • Matsés • Maxakali• Mehinako • Menky Manoki • Migueleno • Miranha • Mirity-tapuya • Munduruku • Mura • Nadob • Nahukuá• Nambikwara • Naruvotu • Nawa • Nukini • Ofaié • Oro Win • Palikur • Panará • Pankaiuká • Pankará• Pankararé • Pankararu • Pankaru • Parakanã • Paresí • Parintintin • Patamona • Pataxó • Pataxó Hã-Hã-Hãe• Paumari • Pipipã • Pira-tapuya • Pirahã • Pitaguary • Potiguara • Puroborá • Puyanawa
• Rikbaktsa • Sakurabiat • Sateré Mawé • Shanenawa • Siriano • Surui Paiter • Tabajara • Tapayuna• Tapeba • Tapirapé • Tapuio • Tariana • Taurepang • Tembé • Tenharim • Terena • Ticuna• Tingui Botó • Tiriyó • Torá • Tremembé • Truká • Trumai • Tsohom-dyapa • Tukano • Tumbalalá• Tunayana • Tupari • Tupinambá • Tupiniquim • Turiwara • Tuxá • Tuyuka • Umutina • Uru-Eu-Wau-Wau• Waimiri Atroari • Waiwai • Wajãpi • Wajuru • Wapixana • Warekena • Wari’ • Wassu • Waujá • Wayana • Witoto • Xakriabá • Xavante • Xerente • Xetá • Xikrin Kayapó • Xipaya • Xokleng • Xokó • Xukuru• Xukuru-Kariri • Yaminawá • Yanomami • Yawalapiti • Yawanawá • Ye’kuana • Yudja • Yuhupde • Zo’é• Zoró • Zuruahã
• Arara do Rio Amônia
• Guarani Ñandeva
• Kayapó Mebengokre
• Krenyê • Krepumkateyê
• Payayá
• Tatuyo
• Koiupanká
• Kassupá
Aikaná: Aikaná, Kassupá
Arawá: Kulina, Banawá, Deni, Jamamadi, Jarawara, Paumari, Zuruahã
Arikém: Karitiana
Aruák-maipure: Apurinã, Ashaninka, Baniwa, Baré, Coripaco, Enawenê-nawê, Kinikinau, Manchineri, Mehinako, Palikur, Paresí, Tariana, Terena, Wapixana, Warekena, Waujá, YawalapitiAwetí: Awetí
Bora: Miranha
Boróro: Bororo, Umutina
Chiquito:Chiquitano
Creoulo: Galibi-Marworno, Karipuna do Amapá
Guaikurú: Kadiwéu
Guató: Guató
Irántxe: Iranxe Manoki, Menky Manoki
Jabuti: Arikapu, Djeoromitxí
Jê: Apinajé, Canela, Gavião Parkatêjê, Gavião Pykopjê, Kaingang, Kayapó Mebengokre, Kisêdjê, Krahô, Krenyê, Krepumkatyê, Krikati, Panará, Tapayuna, Xakriabá, Xavante, Xerente, Xikrin Kayapó, Xokleng
Jurúna: Xipaya, Yudja
Kanoê: Kanoê
Karajá: Javaé, Karajá, Karajá do Norte
Karíb: Aparai, Arara, Bakairi, Galibi do Oiapoque, Hixkaryana, Ikpeng, Ingarikó, Kalapalo, Katuena, Kaxuyana, Kuikuro, Makuxi, Matipu, Nahukuá, Naruvotu, Patamona, Taurepang, Tiriyó, Tunayana, Waimiri Atroari, Waiwai, Wayana, Ye’kuana
Katukína: Kanamari, Katukina do Rio Biá, Tsohom-dyapa
Kwazá: Kwazá
Krenák: Krenak
Makú: Dow, Hupda, Nadob, Yuhupde
Mawé: Sateré Mawé
Maxakalí: Maxakali
Mondé: Aruá, Cinta larga, Ikolen, Surui Paiter, Zoró
Mundurukú: Kuruaya, Munduruku
Mura: Mura, Pirahã
Nambikwára: Nambikwara
Ofayé: Ofaié Páno: Arara Shawãdawa, Katukina Pano, Kaxarari, Kaxinawá, Korubo, Kulina Pano, Marubo, Matis, Matsés, Nukini, Puyanawa, Shanenawa, Yaminawá, Yawanawá
Ramaráma: Karo
Rikbaktsá: Rikbaktsa
Samuko: Chamacoco
Tikúna: Ticuna
Trumái: Trumai
Tukáno: Arapaso, Bará, Barasana, Desana, Karapanã, Kotiria, Kubeo, Makuna, Mirity-tapuya, Pira-tapuya, Siriano, Tatuyo, Tukano, Tuyuka
Tuparí: Akuntsu, Makurap, Sakurabiat, Tupari, Wajuru
Tupí-Guaraní: Aikewara, Amanayé, Amondawa, Anambé, Apiaká, Araweté, Asurini do Tocantins, Asurini do Xingu, Avá-Canoeiro, Guajá, Guajajara, Guarani Kaiowá, Guarani Mbya, Guarani Ñandeva, Jiahui, Juma, Ka’apor, Kawaiwete Kaiabi, Kamaiurá, Kambeba, Karipuna de Rondônia, Kokama, Nheengatu, Parakanã, Parintintin, Tapirapé, Tembé, Tenharim, Uru-Eu-Wau-Wau, Wajãpi, Xetá, Zo’é
Txapakúra: Kujubim, Oro Win, Torá, Wari’
Witoto: Witoto
Yanõmami, Yanomae, Sanöma, Ninam, Yãroamë: Yanomámi
Yatê: Fulni-ô
Anacé, Aranã, Arapiuns, Arara da Volta Grande do Xingu, Arara do Rio Amônia, Arara do Rio Branco, Atikum, Borari, Charrua, Jenipapo-Kanindé, Jiripancó, Kaimbé, Kaixana, Kalabaça, Kalankó, Kamba, Kambiwá, Kanindé, Kantaruré, Kapinawa, Karapotó, Kariri, Kariri-Xokó, Karuazu, Kaxixó, Kiriri, Koiupanká, Krahô-Kanela, Kuntanawa, Migueleno, Nawa, Pankaiuká, Pankará, Pankararé, Pankararu, Pankaru, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Payayá, Pipipã, Pitaguary, Potiguara, Puroborá, Tabajara, Tapeba, Tapuio, Tingui Botó, Tremembé, Truká, Tumbalalá, Tupinambá, Tupiniquim, Turiwara, Tuxá, Wassu, Xokó, Xukuru, Xukuru-Kariri
L íngua Por t uguesaPor tuguese Language
PovosIndigenous Peoples
F a m í l i a s L i n g u í s t i c a sLinguis t ic Families
Tr onco TupiTupi Branch
Tr onco Macr o - JêMacro- Jê Branch
Today 240 Indigenous peoples live in Brazil, speaking 154 languages and representing a total population of 896,917 individuals (IBGE 2010). The Indigenous population in Bra-zil is growing, along with the number of recognized ethnic groups, although some peoples are threatened with ex-tinction. Together they form a mosaic of micro-societies. Half of these groups have a population numbering up to a thousand individuals, 49 indigenous groups have parts of their population living in neighbouring countries. There are evidence of the existence of 60 ‘isolated’ peoples.
Existem hoje no Brasil 240 povos indígenas, que falam 154 línguas e somam uma população de 896.917 pessoas (IBGE 2010). A população indígena no Brasil está crescen-do, assim como o número de etnias, embora alguns povos estejam ameaçados de extinção. Trata-se de um mosaico de microssociedades. Metade das etnias têm uma popula-ção de até 1000 pessoas, 49 etnias têm parte de sua popu-lação habitando países vizinhos e há 60 evidências de povos “isolados”.
6 7
!
! P
!
!
! P
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
!
!
!
! P
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! P
!
!
! P
!
! !
!
!
!
!
!
!
! ! P
!
!
!
!
! !
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! P
!
!
!
!
!
!
!
!
! P
! P
!
!
!! P
!
! P
! P!
!! !
! P
! P
!
! P
! P
!
!!
!
!
!
!
! P
!
!
!
!
! P
!
!
!
!
!
!
!
!! P
!
! P
!
!
! P
!
!
!
!
!!
! P
!
!
! P
!
!
!
!
! P
!
!
!
! P
! P
!
! P
!
!
!
!
!!
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
!
!!
!
!!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!!
! H
! H
! H
! H
! H
! H
! H
! H
! H
" )
" )
" )
" )
" )" )
" )" )" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )" )
" )" )" )
" )" )" )
" )" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )" )
" )
" )
" )
" )
" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )" )
" )" )" )
" )" )
" )
" )
" )
" )
" )" )
" )
" )" )
" )
" )" )
" )" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )
" )" )
" )" )" )" )
" )
" )" )" )
" )
" )
" )
" )" )
" )
" )" )
" )" )
" )" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )
" )" )
" )" )
" )
" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )
" )
" )" )
" )" )
" )
" )" )
" )" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )" )" )
" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )
" )" )" )
" )" )
" )
" )
" )
" )" )
" )" )
" )" )" )
" )
" )" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )
" )" )
" )
" )
" )" )
" )
" )
" )
OC
EA
NO
PA
CÍF
ICO
ASU
NC
ION
SAN
TIA
GO
LA P
AZ
BO
GO
TA
BU
ENO
SA
IRE
S
GE
OR
GE
TOW
N
PAR
AM
AR
IBO
CA
YEN
NE
MO
NT
EVI
DE
O
OIA
PO
QU
E
SER
RA
DO
NAV
IO
SAN
TA
RÉ
M
OR
IXIM
INÁ
CAC
HO
EIR
APO
RTE
IRA
ALT
AMIR
A
ALC
ÂN
TAR
A
ESP
ER
AN
TIN
A
CR
UZE
IRO
DO
SU
L
ITA
ITU
BA
MA
RA
BÁ
SÃO
FÉ
LIX
DO
XIN
GU
TUC
UM
Ã
RIO
MAR
IA
CAR
AJ
ÁS
XIN
GU
AR
A
CAX
IAS
BAR
RA
DO
CO
RD
A
CAR
OLI
NA
BAL
SAS
LAG
O D
EPE
DR
A
BAR
ÃO
DE
GR
AJA
Ú
IMPE
RA
TR
IZ
BAR
RA
S
GR
AJA
Ú
BOC
A D
O A
CR
E
XAP
UR
I
JI-P
AR
AN
ÁG
UA
JAR
Á-
MIR
IM
GU
AR
ANT
Ã
PEIX
OT
OAZ
EV
ED
O
ALT
A F
LOR
EST
A
CO
LÍD
ER
MA
RC
ELÂ
ND
IA
CLÁ
UD
IA
JUA
RA
CO
NC
EIÇ
ÃO
DO
AR
AG
UA
IA
TOC
AN
TÍN
IA
SAN
TA
TER
EZ
INH
A
RED
EN
ÇÃ
O
SÃO
JO
SÉ
DO
XIN
GU
VIL
A R
ICA
LUC
IAR
A
S. F
ÉLIX
DO
ARA
GU
AIA
FOR
MO
SO
DO
ARA
GU
AIA
CR
IST
ALÂ
ND
IA
ALT
O P
AR
NA
ÍBA
DIA
NÓ
PO
LIS
VIL
HE
NA
CO
STA
MA
RQ
UE
S
UTI
AR
ITI
DIA
MA
NT
INO
BAR
RA
DO
BUG
RES
POXO
RÉO
VER
A
BAR
RA
DO
GA
RÇ
AS
SÃO
MIG
UE
LD
O A
RA
GU
AI A
UR
UAÇ
U
RIB
. C
ASC
AL
HE
IRA
CAN
AR
AN
A
NO
VA
XA
VA
NTI
NA
UBE
RL
ÂN
DIA
PAR
NA
ÍBA
SOBR
AL
JUA
ZEIR
OD
O N
OR
TEC
AMP
INA
GR
AN
DE
JUA
ZEIR
O
PAL
ME
IRA
DO
S ÍN
DIO
S
ARA
PIR
AC
A
CAR
UA
RU
FEIR
A D
ESA
NT
AN
A
ILH
ÉU
S
VIT
ÓR
IA D
AC
ON
QU
IST
A
RO
ND
ON
ÓP
OL
IS
CO
RU
MB
Á
CÁC
ER
ES
MO
NT
ES
CLA
RO
S
UBE
RA
BA
ÁGU
ASFO
RM
OS
AS
LIN
HA
RE
S
GO
VE
RN
ADO
RVA
LA
DAR
ES
DO
UR
AD
OS
PON
TA P
OR
Ã
SÃO
JO
SÉ
DO
RIO
PR
ETO
BAU
RU
PRE
SID
EN
TEPR
UD
EN
TE
LON
DR
INA
JUIZ
DE
FO
RA
NIT
ER
ÓI
SAN
TO
S
CAM
PIN
AS
RIB
EIR
ÃO
PRE
TO
CAM
PO
S
TER
RA
RO
XA
SAN
TA
RO
SA
CAM
PO
MO
UR
ÃO
CAS
CA
VE
L
PON
TAG
RO
SS
A
JOIN
VIL
E
BLU
ME
NA
U
LAJE
S
ERE
XIM
UR
UG
UA
IAN
A
BAJ
É
PEL
OT
AS
CAX
IAS
DO
SU
L
SAN
TA
MA
RIA
CU
CU
Í
CAR
AC
AR
AÍ
SÃO
GA
BR
IEL
DA
CA
CH
OE
IRA
SAN
TA
ISA
BE
LD
O R
IO N
EG
RO
IAU
AR
ET
Ê
SÃO
PA
ULO
DE
OL
IVE
NÇ
A
TEF
É
BAR
CE
LO
S
ARA
GU
AIN
A
GU
RU
PI
LIZ
ARD
A
SEN
A M
AD
UR
EIR
A
FEIJ
Ó
BRA
SIL
ÉIA
MA
RE
CH
ALTA
UM
AT
UR
GO
JAC
AR
EAC
AN
GA
PAR
AU
AP
EBA
S
SEN
AD
OR
JO
SÉPO
RFÍ
RIO
TUC
UR
UÍ
POR
TOD
E M
OZ
ALE
NQ
UE
R
CAM
ETÁ
ANA
JÁS
PAR
AG
OM
INA
S
MO
JU
PON
TES
ELA
CE
RD
A
ARU
AN
Ã
LÁB
RE
A
EIR
UN
EP
É
AUT
AZ
ES
PRE
SID
EN
TEFI
GU
EIR
ED
O
PAR
INT
INS
HU
MA
ITÁ
NO
RM
AN
DIA
BON
FIM
AMA
MB
AI
AQU
IDA
UA
NA
TRÊ
S L
AG
OA
S
SAN
TA
INÊ
S
GU
AR
APU
AV
A
CH
APE
CÓ
PAS
SO
FUN
DO
CAC
OAL
CAM
PIN
ÁP
OL
IS
CO
MO
DO
RO
JUÍN
A
SIN
OP
RIO
VE
RD
E
ANÁ
PO
LIS
ARR
AIA
S
RO
LIM
DE
MO
UR
A
PIM
EN
TA
BUE
NO
ASS
ISBR
AS
IL
PLÁ
CID
OD
E C
AS
TR
O
ARIQ
UE
ME
S
SAN
TA
NA
DO
ARA
GU
AIA
PAU
INI
IPIX
UN
A
CAN
UT
AM
A
MA
NIC
OR
É
NO
VO
AR
IPU
AN
Ã
CAR
AU
AR
I
ATA
LAIA
DO
NO
RTE
BOR
BA
CO
AR
I
MA
NA
CAP
AR
U
ITA
CO
AT
IAR
A
NO
VO
AIR
ÃO
JAP
UR
Á
ÓB
IDO
S
PRA
INH
A
ALM
EIR
IM
MA
ZAG
ÃO
MU
CA
JAÍ
ALT
O A
LE
GR
E
CO
NC
EIÇ
ÃO
DO
MA
Ú
PAR
AN
AT
ING
ATA
NG
AR
ÁD
A S
ER
RA
POR
TOSE
GU
RO
CAC
HIM
BO
TAB
ATI
NG
A
BEN
JAM
IMC
ON
STA
NT
MAC
APÁ
MAN
AUS
TER
ESIN
A
RIO
BRA
NCO
POR
TOVE
LHO
PALM
AS
CUIA
BÁ
GOIÂ
NIA
FORT
ALE
ZA
NATA
L JOÃ
OPE
SSO
A
ARAC
AJU
MAC
EIÓ
RECI
FE
SALV
AD
OR
BELO
HOR
IZO
NTE
CAM
POGR
AND
E
RIO
DE
JAN
EIRO
SÃO
PAUL
O
VITÓ
RIA
CUR
ITIB
A
FLO
RIA
NÓ
POL
IS
POR
TOAL
EG
RE
SÃO
LUÍS
BELÉ
M
BOA
VIS
TA
BR
AS
ÍLIA
Sour
ce: U
S N
atio
nal
Par
k S
ervi
ce
apoi
o:su
ppor
t:
Prog
ram
a de
Mon
itora
men
to d
e Ár
eas
Pro
tegi
das
Prot
ecte
d Ar
eas
Mon
itorin
g P
rogr
am
TER
RA
S IN
DÍG
ENA
SN
O B
RA
SIL
Situ
ação
em
25/
10/2
013
IND
IGEN
OU
S LA
ND
SIN
BR
AZI
LSt
atus
as
of 2
5/10
/201
3
Lega
l-adm
inis
trat
ive
stat
us¹
Num
ber
In th
e pr
oces
s of
bei
ng id
entif
ied²
122
8,00
4
Invo
lvin
g re
stric
tions
of u
se b
y no
n-In
dian
s6
885,
426
to
tal
128
18.5
589
3,43
00.
79
FUN
AI c
onfir
med
, sub
ject
s to
app
eals
355.
072,
243,
453
1.99
Decl
ared
669.
574,
271,
304
Rese
rved
2210
7,95
5
Hom
olog
ated
182,
083,
670
Reg
iste
red
in th
e CR
I and
/or S
PU42
110
3,38
4,88
9
to
tal
461
66.8
110
5,57
6,51
493
.44
Tota
l in
Braz
il69
010
011
2,98
4,70
110
0
%
of
the
num
ber
of I
Ls
in B
razi
l
Area
(ha)
% o
f are
a of
IL
s in
Braz
il
122
8.00
4
Com
rest
rição
de
uso
a nã
o ín
dios
688
5.42
6
to
tal
128
18,5
589
3.43
00,
79
Iden
tific
ada
(apr
ovad
a pe
la F
unai
)35
5,07
2.24
3.45
31,
99
Decl
arad
a66
9,58
4.27
1.30
43,
78
Rese
rvad
a22
107.
955
Hom
olog
ada
182.
083.
670
Regi
stra
da n
o CR
I ou
SPU
421
103.
384.
889
to
tal
461
66,8
110
5.57
6.51
493
,44
Tota
l no
Bras
il69
010
011
2.98
4.70
110
0
situ
ação
jurí
dica
¹qu
antid
ade
de te
rras
% d
o to
tal
no B
rasi
lex
tens
ão(h
ecta
res)
% d
o to
tal
n o B
rasi
l
Em id
entif
icaç
ão²
300
030
015
0Km
esca
la 1
:30.
000.
000
scal
e 1
:30,
000,
000
TER
RA
S IN
DÍG
ENA
S N
O B
RA
SIL
IND
IGE
NO
US
LA
ND
S IN
BR
AZI
L
Sim
bolo
s - S
ymbo
ls
! Pci
dade
, cap
ital -
larg
e ci
ty, s
tate
or n
atio
nal c
apita
l!
rodo
vias
pav
imen
tada
s - p
aved
road
s
rodo
vias
não
pav
imen
tada
s -
unp
aved
road
s
rodo
vias
pla
neja
das
- pla
nned
road
s
ferr
ovia
- ra
ilway
ferr
ovia
pla
neja
da -
pla
nned
railw
ay
limite
inte
rnac
iona
l - in
tern
atio
nal b
ound
ary
limite
est
adua
l - s
tate
bou
ndar
y
A extensão das Terras Indígenas no Brasil, com algum grau de reconhecimento oficial, representa 13% do terri-tório nacional, mas está distribuída de forma desigual. Nas regiões Nordeste, Leste e Sul, os povos indígenas estão confinados em microterritórios. A maior parte das Terras Indígenas extensas e contínuas foram reconhecidas após a Constituição de 1988 e estão localizadas nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.
The total area of officially recognized Indigenous Lands in Brazil corresponds to 13% of the national territory, but is distributed unequally: in the Northeast, East and South regions, indigenous peoples are confined to micro-terri-tories. Most of the extensive and continuous Indigenous Lands were recognized after the 1988 Constitution and are located in the Central West and North regions of Brazil.
8 9
Maio 1980 – Celestino Xavante, caci-que da aldeia Parabubure, Mato Gros-so, visita a sede da Funai em Brasília. Com a abertura de rodovias no Cerra-do mato-grossense, os Xavante passa-ram a frequentar a capital federal.
May 1980 – Celestino Xavante, Chief of the Parabubure Village, Mato Grosso, visits the head offices of Funai in Brasília. Following the construction of highways in the Cerrado region of Mato Grosso, the Xavante started making regular visits tothe federal capital.
Orlando Brito/ Agência O Globo
1980 – Ângelo Kretã morreu em aci-dente de carro com fortes suspeitas de emboscada. A liderança do povo Kaingang lutava contra as empresas madeireiras invasoras da Terra Indíge-na Mangueirinha, no Paraná.
1980 – Ângelo Kretã died in a car ac-cident, marked by strong suspicions of an ambush. The Kaingang leader was fighting the invasion of logging compa-nies in the Mangueirinha Indigenous lands, State of Paraná.
Vincent Carelli/ Vídeo nas Aldeias
Maio 1984 – Raoni Metuktire, em Bra-sília, diz ao Ministro do Interior Mário Andreazza: “Aceito ser seu amigo, mas você tem que ouvir o índio”.
May 1984 – Raoni Metuktire, in Brasília, tells the Minister of the Interior, Mário Andreazza: “I agree to be your friend, but you have to listen to the Indians.”
Beth Cruz/ Agil
10 11
Abril 1984 – Mário Juruna Xavante, du-rante o II Encontro Nacional dos Povos Indígenas, no Congresso Nacional, em Brasília. Juruna foi o único indígena deputado federal no Brasil, eleito pelo Estado do Rio de Janeiro.
April 1984 – Mário Juruna Xavante, during the 2nd National Meeting of Indigenous Peoples at the National Congress, Brasília. Juruna was Brazil’s only Indigenous federal member of congress, elected by the State of Rio de Janeiro.
Luiz Antonio/ Agência O Globo
1981 – Juruna filia-se ao PDT do Rio de Janeiro, ao lado de Darcy Ribeiro (à esquerda) e Leonel Brizola (à direita).
1981 – Juruna signs up for the PDT party of Rio de Janeiro, next to Darcy Ribeiro (left) and Leonel Brizola (right).
Alcyr Cavalcanti/ Agência O Globo
1987 – Álvaro Sampaio Tukano, na II Assembleia dos Povos Indígenas do Rio Negro em São Gabriel da Cachoei-ra (Amazonas), apresenta o cartaz da campanha dos direitos indígenas na Constituinte.
1987 – Álvaro Sampaio Tukano, at the 2nd Assembly of the Indigenous Peo-ples of the Rio Negro in São Gabriel da Cachoeira (State of Amazonas), presents the poster for the Indigenous rights campaign in the Constituent As-sembly.
Beto Ricardo/ ISA
12 13
Setembro 1987 – Ailton Krenak protes-ta no Plenário do Congresso, em Brasí-lia, contra a supressão do capítulo dos direitos indígenas na Constituinte. O gesto teve grande repercussão na imprensa e comoveu a opinião pública.
September 1987 – Ailton Krenak protests during a plenary session of the Congress in Brasília against the removal of the chapter on Indig-enous rights. The gesture made a huge impact in the press and moved public opinion.
Luiz Antonio Ribeiro/ CPDoc JB
Junho 1988 – Indígenas de várias etnias mantiveram-se em vigília no Congresso Nacional, em Brasília, para garantir seus direitos no texto final da Constituição.
June 1988 – People from various Indig-enous groups were on constant alert at the Congress, in Brasília, seeking to secure the inclusion of their rights in the final text of the Constitution.
Beto Ricardo/ ISA
Junho 1988 – Votação do capítulo dos Direitos Indígenas no Plenário da Constituinte, Congresso Nacional, Brasília.
June 1988 – Voting on the chapter on Indigenous Rights during a plenary session of the Constituent Assembly, National Congress, Brasília.
Leopoldo Silva
14 15
Constituição Federal aprovada em 5/10/1988
Título VIII - Da Ordem SocialCapítulo VIII - Dos Índios
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização so-cial, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à pre-servação dos recursos ambientais necessários a seu bem--estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios des-tinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º - O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunida-des afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 5º - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas ter-ras, salvo, “ad referendum” do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua popula-ção, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º - São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção, direito a indenização ou a ações con-tra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ 7º - Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em to-dos os atos do processo.
Federal Constitution enacted on 5/10/1988
Title VIII - Social OrderChapter VIII - Indians
Article 231. Indians shall have their social organization, customs, languages, creeds and traditions recognized, as well as their original rights to the lands they traditionally oc-cupy, it being incumbent upon the Union to demarcate them, protect and ensure respect for all of their property.
Paragraph 1. Lands traditionally occupied by Indians are those on which they live on a permanent basis, those used for their productive activities, those indispensable to the preservation of the environmental resources necessary for their well-being and for their physical and cultural reproduc-tion, according to their uses, customs and traditions.
Paragraph 2. The lands traditionally occupied by Indians are intended for their permanent possession and they shall have the exclusive usufruct of the riches of the soil, the rivers and the lakes existing therein.
Paragraph 3. Hydric resources, including energetic poten-tials, may only be exploited, and mineral riches in Indian land may only be prospected and mined with the authorization of the National Congress, after hearing the communities involved, and the participation in the results of such mining shall be ensured to them, as set forth by law.
Paragraph 4. The lands referred to in this article are inalien-able and indisposable and the rights thereto are not subject to limitation.
Paragraph 5. The removal of Indian groups from their lands is forbidden, except ad referendum of the National Congress, in case of a catastrophe or an epidemic which represents a risk to their population, or in the interest of the sovereignty of the country, after decision by the National Congress, it being guaranteed that, under any circumstances, the return shall be immediate as soon as the risk ceases.
Paragraph 6. Acts with a view to occupation, domain and possession of the lands referred to in this article or to the exploitation of the natural riches of the soil, rivers and lakes existing therein, are null and void, producing no legal ef-fects, except in case of relevant public interest of the Union, as provided by a supplementary law and such nullity and voidness shall not create a right to indemnity or to sue the Union, except in what concerns improvements derived from occupation in good faith, in the manner prescribed by law.
Paragraph 7. The provisions of article 174, paragraphs 3 and 4, shall not apply to Indian lands.
Article 232. The Indians, their communities and organiza-tions have standing under the law to sue to defend their rights and interests, the Public Prosecution intervening in all the procedural acts.
Esta imagem foi símbolo da campanha pelos direitos indígenas na Constituinte.
This image was the symbol for the campaign for indigenous rights during the Constituent Assembly.
Claudia Andujar
16 17
1988 – Raoni Metuktire tem o apoio do músico Sting para a homologação da Terra Indígena Kayapó, em show promovido pela Anistia Internacional em São Paulo.
1988 – Raoni Metuktire receives sup-port from the musician Sting for the homologation of the Kayapó Indig-enous Land, at a show organized by Amnesty International in São Paulo.
Jorge Rosenberg/ Showfoto
Fevereiro 1989 – Tuíra Kayapó adverte diretor da Eletronorte, no I Encontro dos Povos Indígenas contra as hidrelé-tricas no Rio Xingu, Altamira, Pará.
February 1989 – Tuíra Kayapó warns the director of Eletronorte, at the 1st Encounter of the Indigenous Peoples against building hydroelectric dams on the Xingu River, Altamira, Pará.
Protásio Nenê/ Estadão Conteúdo
1989 – Krumare e outras lideranças Kayapó visitam o lago da hidrelétrica de Tucuruí (PA), a convite da Eletronorte.
1989 – Krumare and other Kayapó leaders visit the reservoir of the Tucuruí Hydroelectric Dam (PA), at the invitation of Eletronorte.
Vincent Carelli/ Vídeo nas Aldeias
18 19
Setembro 1989 – Milton Nascimento com Benki na comunidade Ashaninka no Rio Amônea, Alto Juruá, Acre, em viagem que resultou no CD Txai, em apoio à Aliança dos Povos da Floresta. O músico realizou concertos em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Branco e Nova York.
September 1989 – Milton Nascimento with Benki in the Ashaninka com-munity on the Amônea River, Upper Juruá, Acre, on a trip that resulted in the album Txai, released in support of the Forest Peoples Alliance. The musi-cian performed in São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Branco and New York.
Beto Ricardo/ ISA
20 21
1989 – Zo’é fotografado em uma das primeiras expedições de contato de sertanistas da Funai, norte do Pará.
1989 – Zo’é photographed on one of the first contact expeditions by Funai field officers, north Pará State.
André Dusek
Fevereiro 2011 – Os Zo’é, acompanha-dos pelo presidente da Funai, Márcio Meira, são recebidos em Brasília pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
February 2011 – The Zo’é, accompa-nied by Funai president Márcio Meira, are received in Brasília by the Minister of Justice José Eduardo Cardozo.
Isaac Amorim/ Agência MJ
22 23
1990 – Piloto de helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) remove, da maloca do Homoxi para o posto médi-co de Surucucus, Yanomami vítima da invasão garimpeira na Terra Indígena Yanomami, Roraima. Estima-se que a população Yanomami no Brasil tenha sido dizimada entre 10 e 15% durante a invasão garimpeira, de 1985 a 1993.
1990 – Helicopter pilot from the Brazilian Air Force (FAB) transfers a Yanomami victim from the Homoxi maloca to the Surucucus medical post, following the invasion of gold pros-pectors on the Yanomami Indigenous Land in Roraima. An estimated 10-15% of the Yanomami population in Brazil was killed during the mining invasion between 1985 and 1993.
Charles Vincent/ ISA
Agosto 1993 – Davi Kopenawa acom-panha comitiva do Ministério da Justi-ça para apurar o massacre de Haximu, em Roraima, quando 16 Yanomami foram assassinados por garimpeiros.
August 1993 – Davi Kopenawa ac-companies a delegation from the Ministry of Justice to investigate the Haximu massacre in Roraima, when 16 Yanomami were murdered by gold prospectors.
Ormuzd Alves/ Folha Imagem
Setembro 1993 – No Haximu, sobre-viventes do massacre carregam as cinzas dos corpos cremados dos seus parentes.
September 1993 – At Haximu, survi-vors of the massacre carry the ashes of the cremated bodies of their kin.
Carlo Zacquini
24 25
1994 – Guarani Kaiowá cortador de cana em usina de açúcar localizada no município de Naviraí, Mato Grosso do Sul. Os Guarani Kaiowá somam hoje mais de 45 mil pessoas no Brasil, con-finados em terras diminutas ou vivendo acampados na beira de estradas.
1994 – A Guarani Kaiowá sugar cane cutter at a sugar plant located in the Naviraí municipality, Mato Grosso do Sul. The Guarani Kaiowá today number more than 45,000 people in Brazil, confined to minute lands or living encamped next to highways.
João Roberto Ripper/ Imagens Humanas
1995 – Sokrit, do povo Panará, 22 anos depois da primeira foto, de 1973. Conhecidos como Krenakarore, seu território foi cortado pela rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA). Transferidos pela Funai para o Parque Indígena do Xingu, em 1996, retornaram a uma parte do seu territó-rio tradicional.
1995 – Sokrit of the Panará people, 22 years after the first photo in 1973. Known then as the Krenakarore, their territory was bisected by the BR-163 highway lining Cuiabá (MT) with San-tarém (PA). Transferred by Funai to the Xingu Indigenous Park, they returned to partially recover their traditional territory in 1996.
Pedro Martinelli
26 27
Setembro 1995 – Tiramantú (à esquer-da) e Operá no momento do contato pacífico com Marcelo Santos, serta-nista da Funai. Sobreviventes de um povo exterminado, os Kanoê somam hoje apenas três pessoas, que vivem em uma área remanescente de flores-ta cercada por fazendas de gado, no município de Corumbiara, sudoeste de Rondônia.
September 1995 – Tiramantú (left) and Operá at the moment of peaceful con-tact with Marcelo Santos, a Funai field officer. Survivors of an exterminated people, the Kanoê total just three peo-ple, who live in a small island of forest surrounded by cattle ranches in the Corumbiara municipality,southwestern Rondônia.
Marcos Mendes/ Estadão Conteúdo
Abril 1997 – Marco de bronze para a demarcação física das Terras Indíge-nas do Rio Negro, maloca da Federa-ção nas Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), São Gabriel da Cachoei-ra, Amazonas. Trata-se do mais exten-so e contínuo bloco de Terras Indíge-nas reconhecido oficialmente em faixa de fronteira na Amazônia brasileira.
April 1997 – Bronze marker used for the physical demarcation of the Indigenous Lands of the Rio Negro, hut of the Federation of Indigenous Organizations of the Rio Negro (Foirn), São Gabriel da Cachoeira, State of Amazonas. The region is composed of the largest continuous block of officially recognized Indigenous Lands in any international border area of the Brazilian Amazon.
Pedro Martinelli/ ISA
28 29
Abril 2000 – Polícia Militar impede que marcha indígena participe do evento oficial que comemorou os 500 anos do Brasil, em Porto Seguro, Bahia.
April 2000 – Military Police prevent an Indigenous march from participating in the official event commemorating the 500 years of Brazil, in Porto Seguro, State of Bahia.
Lula Marques/ Folhapress
Setembro 2004 – Xavante e Timbira, povos indígenas do Cerrado, promo-vem sua tradicional corrida de toras de buriti em plena Avenida Paulista, São Paulo, como um gesto simbólico para denunciar o cerco de suas terras e a degradação ambiental da região pelo avanço do agronegócio.
September 2004 – Xavante and Timbira, Indigenous peoples from the cerrado region, performing their traditional race of burity palm logs along the Avenida Paulista in São Paulo, as a symbolic gesture to expose the intense pressure on their lands and the environmental degradation of the region caused by the advance of the agro-industry.
Tuca Vieira/ Folhapress
30 31
Até 2012 foram desmatados 6.4 mi-lhões de hectares de floresta na região das cabeceiras do rio Xingu, no entor-no do Parque Indígena. A região das cabeceiras tem uma extensão de 17.7 milhões de hectares. Aproximadamen-te 97% desse desmatamento coube principalmente às atividades privadas de agricultura e pecuária.
As of 2012 some 6.4 million hectares of forest had been cleared in the Xingu headwater region, which covers a total area of approximately 17.7 million hectares. Around 97% of this deforestation resulted from private sector farming activities.
2005 – Pajés do povo Kamaiurá, Par-que Indígena do Xingu, Mato Grosso. Em pé: Pataku, Pirakumã, Kanari, Koka e Kanalawa. Sentados: Tsikamã, Taku-mã e Makari.
2005 – Shamans of the Kamaiurá people, Xingu Indigenous Park, Mato Grosso. Standing: Pataku, Pirakumã, Kanari, Koka and Kanalawa. Sitting: Tsikamã, Takumã and Makari.
Sebastião Salgado/ Amazonas Images
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
#Y
Santa Carmem
Feliz Natal
Querência
Peixoto de Azevedo
Sinop
União do Sul
Ribeirão Cascalheira
Santa Cruz do Xingu
Canabrava do Norte
Gaúcha do Norte
Nova Santa Helena
Itaúba
Sorriso
Paranatinga
Planalto da Serra
Nova Brasilândia
Santo Antônio do Leste
Campinápolis
Nova Xavantina
Nova Nazaré
Bom Jesus do Araguaia
Serra Nova Dourada
São Félix do Araguaia
Porto Alegredo Norte
Confresa
Matupá
VilaRica
Primavera do Leste
TI Chão Preto
TI Batovi
TI Ubawawe
TI Marechal Rondon
TI Maraiwatsede
TI Parabubure
TI Pimentel Barbosa
TI Wawi
TI Capoto/Jarina
TI Panará
Parque Indígenado Xingu
TI Menkragnoti
PES do Xingu
RESEC do Culuene
ESEC Rio Ronuro
RIO A
RRAIAS
RIO MANISSAUA-MICU
RIO XIN
GU
RIO SUIA-MICU
RIO RONURO
RIO
BAT
OVI
CURIS
EVO
RIO
CULU
ENE
Guarantã do Norte
Marcelândia
Cláudia
Vera
Nova Ubiratã
Água Boa
Canarana
São José do Xingu
TI Pequizal do Naruvôtu
TI Terena Gleba Iriri
Novo São Joaquim
Santa Rita do Trivelato
Novo Mundo
Nova Guarita
Terra Nova do Norte
Colíder
Alto Boa Vista
Desmatamento até 2012Fonte: Bioma Cerrado (ISA), Bioma Amazônia (INPE)
REGIÃO DAS CABECEIRAS DO XINGU
Source: Biome and State boundary (IBGE), Xingu River Basin, State Conservation Area and Indigenous Territory (ISA), Deforestation within the Amazon Biome (INPE), Deforestatio within the Cerrado (ISA)
0 25 50 Km
Bioma
Amazônia
Cerrado
XINGU'S HEADWATERS REGIONDeforestation until 2012Source: Cerrado Biome (ISA), Amazon Biome (INPE)
Biome
Fonte: Limites de Bioma e Estaduais (IBGE), Limite da Bacia, UCs e Terras Indígenas (ISA), Desmatamento no Bioma Amazônia (INPE), Desmatamento no Bioma Cerrado (ISA)
Computos do Desmatamento até 2012 nas Cabeceiras
Área das Cabeceiras: 17.733.778 ha
Total desmatamento = 6.440135 ha (36,32%)
Total desmatamento fora de TIs e UCs = 6.269.451 ha (47,27%)
Xingu´s headwaters: 17,733,778 ha
Deforestation = 6,440,135 ha (36.32%)
Deforestation without Protect Areas = 6,269,451 ha (47.27%)
Indigenous Territory
State Conservation Area
Deforestation until 2012
Surface non-forest in 2012
Terras Indígenas
Unidade de Conservação Estadual
Desmatamento até 2012
Área de não Floresta e/ou nuvem
#YMunicipal seat
County boundary
Main river network
Xingu River Basin
Biome boundary
Sede municipal
Limite municipal
Rio principal
Limite da bacia do Xingu
Limite de Bioma
Deforestation numbers until 2012 in Xingu´s Headwatwer
32 33
2007 – Pankararé realizam a Dança de Mata Maior, na Estação Ecológica do Raso da Catarina, Bahia.
2007 – Pankararé indians perform the Mata Maior dance at the Raso da Catarina Ecological Station, State of Bahia.
Araquém Alcântara
Março 2008 – Many, do povo Sateré Mawé, tenta impedir a ação da tropa de choque da Polícia Militar durante reintegração de posse na comuni-dade Lagoa, na periferia de Manaus, Amazonas. Segundo o Censo do IBGE (2010), há 324.834 indígenas vivendo em áreas urbanas no Brasil.
March 2008 – Many, of the Sateré Mawé people, tries to hinder the ac-tions of a Military Police special unit during a land repossession operation in the Lagoa community, outskirts of Manaus, State of Amazonas. Accord-ing to the 2010 IBGE Census, there are 324,834 Indigenous persons living in urban areas of Brazil.
Luiz Vasconcelos
Novembro 2007 – Paturi, cineasta do povo Panará, filma o cacique Ake, protagonista do vídeo “O amendoim da cutia”, na Terra Indígena Panará, Pará.
November 2007 – Paturi, filmmaker from the Panará people, filming chief Ake for the video ‘The agouti’s pea-nut,’ in the Panará Indigenous Land, State of Pará.
Vincent Carelli/ Video nas Aldeias
34 35
Abril 2009 – Tradicional barragem de pesca do povo Enawenê-nawê, cons-truída para a realização do Yãkwa, o mais extenso ciclo ritual indígena da Amazônia, patrimonializado pelo Ministério da Cultura. Nos últimos anos, por conta da construção de nove pequenas centrais hidrelétricas no Rio Juruena, Mato Grosso, o peixe desapareceu, prejudicando a realiza-ção do ritual.
April 2009 – Traditional fishing dam by the Enawenê-nawê people, built for the Yãkwa, the most extensive Indigenous ritual cycle in the Amazon, registered as a national heritage by the Ministry of Culture. Over the last few years, due to the construction of nine small hydroelectric dams on the Juruena River, Mato Grosso, the fish is disappearing, crippling the ritual.
Vincent Carelli/ Vídeo nas Aldeias
36 37
Dezembro 2009 – Tuíra Kayapó, 20 anos depois do I Encontro de Altamira, adverte representante da Funai sobre os impactos da construção da UHE Belo Monte, no Rio Xingu, Pará, em audiência no Senado Federal, Brasília.
December 2009 – Tuíra Kayapó, 20 years after the 1st Altamira En-counter, warns Funai’s representative about the adverse impacts of building the Belo Monte Plant, on the Xingu River, Pará, at a Federal Senate hear-ing in Brasília.
Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo
Abril 2010 – Presidente Lula participa das comemorações pela homologação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol (RR), uma luta liderada pelo Conselho Indígena de Roraima que durou 30 anos.
April 2010 – President Lula takes part in the commemorations for the ho-mologation of the Raposa-Serra do Sol Indigenous Land (RR), a campaign led by the Indigenous Council of Roraima that lasted 30 years.
Mário Vilela/ Funai
2010 – “Isolados” do Rio Envira, na Terra Indígena Kampa, município de Feijó, Acre. Segundo a Funai, há evi-dências de cerca de 60 povos em isola-mento na Amazônia brasileira.
2010 – An ‘isolated’ group from the Envira River, in the Kampa Indigenous Land, municipality of Feijó, Acre. Ac-cording to Funai, there is evidence of around 60 peoples living in isolation in the Brazilian Amazon.
Gleilson Miranda
40 41
Abril 2013 – Indígenas de várias etnias protestam no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, contra as ameaças de retrocesso dos seus direitos. Um conjunto de iniciativas do Legislativo visa retirar do Executivo o poder de demarcar Terras Indígenas.
April 2013 – People from various Indigenous groups protesting during a plenary session in the Chamber of Deputies, Brasília, against the threats to their rights. A set of amendments proposed by the Legislature aims at removing the power to demarcate Indigenous lands from the Executive.
Alan Marques/ Folhapress
Abril 2013 – Sônia Guajajara, coor-denadora da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), e outras lideranças participam de audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em Brasília.
April 2013 – Sônia Guajajara, coordi-nator of APIB (Alliance of Indigenous Peoples of Brazil) and other leaders take part in a hearing of the Constitu-tion and Justice Commission of the Chamber of Deputies in Brasília.
JBatista/ Agência Câmara
42 43
Abril 2013 – Davi Kopenawa, do povo Yanomami, recebe o rei Harald V, da Noruega, na sua comunidade Watoriki (ou Demini), no Amazonas. A Embaixa-da Real da Noruega em Brasília apoia a Hutukara Associação Yanomami, presidida por Davi, desde sua funda-ção, em 2004.
April 2013 – Davi Kopenawa of the Yanomami people welcomes King Harald V of Norway to his community of Watoriki (or Demini), State of Ama-zonas. The Royal Norwegian Embassy in Brasília has supported the Yanoma-mi Hutukara Association, headed by Davi, since its foundation in 2004.
Marcos Wesley/ ISA
Junho 2013 – Munduruku são contidos por seguranças ao tentarem entrar no Palácio presidencial do Planalto, em Brasília, durante manifestação contra a construção de hidrelétricas na Bacia do Rio Tapajós, Pará.
June 2013 – Munduruku are held back by security staff as they try to enter the Presidential Palace of the Planalto in Brasília during a demonstration against the construction of hydroelec-tric dams in the Tapajós River basin, State of Pará.
Monique Renne/ CB/ D.A. Press
Junho 2013 – Munduruku são recebi-dos pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência.
June 2013 – Representatives of the Munduruku are received by minister Gilberto Carvalho from the President’s Office.
Fábio Rodrigues Pozzebom/ Abr
44 45
Junho 2013 – Txiparamanxa’á, acom-panhado por seu filho Kiripí, caçou um macaco guariba na floresta da Terra Indígena Caru, noroeste do Maranhão. Os Guajá, um dos últimos povos caça-dores e coletores no país, têm uma po-pulação de 420 pessoas e três grupos ainda “isolados”. Seu território, pres-sionado por madeireiros, fazendeiros e narcotraficantes, está entre os mais desmatados da Amazônia brasileira.
June 2013 – Txiparamanxa’á, ac-companied by his son Kiripí, with a howler monkey hunted in the forest of the Caru Indigenous Land, northwest Maranhão State. The Guajá, one of the last hunter-gatherer peoples in the country, consist of 420 people and three still ‘isolated’ groups. Under pressure from loggers, farmers and drug traffickers, their territory is among the most deforested in the Brazilian Amazon.
Sebastião Salgado/ Amazonas Images
46 47
Outubro 2013 – Piracumã Yawalapiti pede calma aos policiais militares, nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília, durante a Mobilização Nacional Indígena.
André D’Elia
October 2013 – Close to the National Congress in Brasília, Piracumã Yawalapiti asks the police to calm down during the National Indigenous Mobilisations.
48
EquIPE/ ExhIBITIOn TEaM
Curadoria/ Curator Beto Ricardo/ ISA
Coordenação pelo Programa para Povos Indígenas da Embaixada da Noruega/ Coordination on behalf of the Indigenous Peoples Programme of the Royal norwegian Embassy Kristian Bengtson
Assistente de curadoria/ assistant curator Rosely Nakagawa
Pesquisa de imagem e produção/ Image research and production Claudio Tavares/ ISA
Tratamento de imagem/ Image Processing Ricardo Tilkian/ Pontoemeio
Design e produção gráfica/ Graphic design and production Roberto Strauss (www.robertostrauss.com.br)
Mapas/ Maps Rose Rurico Sacó/ Laboratório de Geoprocessamento do ISA/ ISA Geoprocessing Laboratory
Textos/ Texts Beto Ricardo/ ISA e Tatiane Klein/ ISA
Tradução/ Translation David Rodgers
Projeto, instalação e montagem/ Design and installation Melissa Viana/ QUATROCANTOS
Produção em São Paulo/ São Paulo production Bruno Stort
Produção em Brasília/ Brasília production assistants Melissa Viana, João Francisco Viana, Antônio Bosco e Carolina Viana/ QUATROCANTOS
Programa educativo/ Educational program Emanuela Da Rin (coordenação/ coordination), Lua Bueno (supervisão/ supervision) e Cris Velasquez/ ISA (conteúdo/ contents)
Administração/ administration Fábio Endo/ ISA
Agradecimentos/ acknowledgments • André D’Elia • Beto Ricardo/ ISA • Carlo Zacquini • Charles Vincent / ISA • Claudia Andujar • Fábio Rodrigues Pozzebom/ Abr • Isaac Amorim/ Agência MJ • JBatista/ Agência Câmara • Marcos Wesley/ ISA • Maria Inês Zanchetta/ ISA • Mário Vilela/ FUNAI • Sebastião Salgado/ Amazonas images • Vincent Carelli/ Vídeo nas Aldeias
Realização
pib.socioambiental.orgpibmirim.socioambiental.orgwww.noruega.org.br
30 anos do Programa para Povos Indígenas no Brasil