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ANO XVIII • Nº 204 • Julho 2011 • Publicação mensal • 2.00 €
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PORTUGAL POST
Paulo Pisco (PS) e Carlos Gonçalves (PSD) são osseus deputados no parlamento português Págs 5/7
CriseCavaco Silva apela aos portugueses da diáspora para que apoiem Portugal
EnergiaPovo obriga a política alemã a abandonar a energia atómica
ComunidadesEmigrantes na Alemanhapreocupados com situação doensino e fecho de associações
NegóciosSonae Sierra investe em novocentro comercial em Solingen
“Bloco central” vence na Europa
Que rica vida levam os reformadosluso-americanos na Flórida Pág. 3
Portugueses no Mundo
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 20112
DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS
REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE
CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENELISABETE ARAÚJO: EUSKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMARIA DOS ANJOS SANTOS - HAMBURGOMARIA DO CÉU - MAINZMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONA
COLUNISTASANTÓNIO JUSTO: KASSELCARLOS GONÇALVES: LISBOADORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDOR
ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO
FOTÓGRAFOS:FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG
REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADEBURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUNDTEL.: (0231) 83 90 289FAX: (0231) 83 90 351WWW.PORTUGALPOST.DEE MAIL: CORREIO @ FREE.DE
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Assembleia da RepúblicaFundado em 1993
OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICU-LAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST
EditorialMário dos Santos
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novo Governo saído das últimaseleições vai impor aos portugue-ses uma vida mais difícil do queaquela que já têm. Dizem os seusprincipais responsáveis que irãocumprir um plano de austeridade
que vai para além das medidas impostaspelo FMI, BCE e União Europeia, isto é,medidas mais duras do que as previstaspela troika, que já de si impõe um pro-grama duro de austeridade como condiçãopara um empréstimo a Portugal.
Verdade seja dita que os partidos queformam agora Governo não esconderamaos portugueses durante as eleições aquiloque diziam querer fazer quando anuncia-vam fortes medidas de cortes e de austeri-dade.
Não nos admira que assim seja, já queo novo Governo é constituído por persona-lidades que têm uma visão da governação
bastante neoliberal, quer dizer, governan-tes opositores às politicas do Estado en-quanto garante do bem estar social.
Não é por acaso que os opositores a esteGoverno acusam-no de querer impor a pri-vatização de bens e serviços elementares,como sejam os serviços públicos de saúde,de educação, de transportes, água e até deinformação, como é o caso da RTP. Istopara não falar da banca, como é o caso daanunciada privatização da Caixa Geral deDepósitos.
A ideia de menos Estado foi defendidapelos vencedores das últimas eleições, istoé, foi nisto que os eleitores votaram, demodo que lhes será difícil contestar o Go-verno quando este colocar em prática me-didas de austeridade a doer, como sejam,pagar (mais) pelos serviços públicos, cortesnos salários, nas pensões, nos subsídios dedesemprego, etc.
Isto também vale para as politicas dascomunidades.
Mesmo conhecendo parte do programado Governo no que respeita às comunida-des, suspeitamos de que as coisas sejamcomo antes, quer dizer, as politicas das co-munidades não devem ser excepção nosplanos de cortes e de austeridade que con-duzirá a acção deste Governo.
Mesmo assim, e pelo facto do Governoestar no seu início, vamos esperar e estaratentos à acção da nova secretaria de Es-tado das Comunidades e às promessas comas quais o PSD conquistou o eleitorado,como seja o apoio que deve ser prestado àrede associativa; o fomento do ensino dalíngua portuguesa; o implantar de “algo se-melhante” como a ex-conta-poupança emi-grante; a dinamização de novasmodalidades de cooperação em rede entreos consulados e as associações, etc..
OTempos difíceis
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o clima, o dinheiro... Diz-se que na Florida se vivemais dez anos do quenoutro Estado [norte-
americano]. Vivemos o ano inteirode calções e manga curta”, disse àLusa Elvira Santos, de 76 anos,“ribatejana de gema” e residenteem West Palm Beach.
Com casa em Portugal, que vi-sita com regularidade, esta cozin-heira e caseira reformada diz-se“entristecida” com o estado emque vê pessoas de igual idade noseu país de origem, “atiradas paradentro de lares”.
“Não vejo nada disso aqui.Agora tivemos uma grande festano Clube [Luso-Americano na ci-dade] e 75 por cento com mais de70 anos. Enquanto que em Portu-gal [os reformados] estão todosmarrecos, acabrunhados”, diz El-vira Santos, que mora com o ma-rido de 81 anos.
Ex-presidente do Clube luso-americano local e amadora deartes teatrais, Elvira Santos foi há31 anos de Nova Iorque para a Flo-rida, onde o marido arranjou tra-balho como mecânico e encontrou“o paraíso”.
“Viemos visitar um amigo ecomecei a ver o terreno todomuito plano, com muita árvore…eu sou das lezírias [ribatejanas] ecomecei a ver a minha região”, diz.
Hoje, nesta comunidade demilhares de portugueses, que con-tinua a crescer com a chegada dereformados de Estados do nor-deste como Massachussetts, a ro-tina é “muito pacata”, mas Elviraprefere esperar pelas festas de fimde semana no centro a, como algu-mas amigas portuguesas, ir ao ci-nema com vizinhas americanas“desinteressantes”.
“Estas pessoas não passaramas amarguras da guerra que passeiquando tinha 14 anos. Eu queriacomer e a minha mãe chorava adizer que não tinha pão para nosdar. Passaram a vida a comerhambúrgueres e a beber coca-cola”, afirma.
Rosa Ataíde, reformada daTAP, assentou há cinco anos aolado oposto do Estado, em PalmCoast, onde chegou num carro adiesel comprado a pensar em levarpara a reforma em Portugal, antesde mudar de ideias.
“Como podia ir para Portugal
se ficam cá os meus filhos e netos?E se acontece alguma coisa, aquiou lá? “, disse àa reformada, quetrabalhou durante anos na FerryStreet, centro da comunidade por-tuguesa de Newark.
Rosa visita regularmente a fa-mília em Nova Jérsia e faz a via-gem de carro “com uma perna ascostas”, na autoestrada I-95, queatravessa o litoral leste norte-ame-ricano. “Aqui dedico-me muito àminha casa, vou à praia de vez emquando, embora tenha piscina,temos sol todos os dias. Vejo pro-gramas, TV de Portugal, as teleno-velas e perco muito tempo nocomputador, com o Facebook. Àsvezes também vou jogar golfe como meu marido”, adianta.
Mas também há quem conti-nue a trabalhar depois dos 60anos, e mesmo a presidir a umaempresa familiar, como IdáliaRomão, na cidade de Orlando, asegunda maior da Florida.
“Ir de visita a Portugal sim, é omeu pais, mas ir viver para lá não.Estamos aqui há 40 e tal anos,estão aqui os amigos e família. Etambém temos muitos diverti-mentos, assim haja tempo”, diz àLusa a gestora da LT Concrete.
“As pessoas chegam a umacerta idade e não tem paciênciapara andar a tirar a neve. Aqui noinverno pode-se andar de mangade camisa. Lá em cima é mais cin-zento”, afirma.
PORTUGUESES NO MUNDO
Na praia, no golfe, parquestemáticos de Orlando ou nasfestas dos clubes portugue-ses, milhares de luso-ameri-canos gozam hoje a suareforma na Florida, sudestedos Estados Unidos, numanova vida depois de anos detrabalhos duros.
“É
Para reformados luso-americanos na Flórida, a vida (e o golfe) começam aos 60
O novo secretário de Estadodas Comunidades, José Ce-sário, disse que a grandeaposta para os próximostempos passa por refazer arelação de "cumplicidade"com as instituições de emi-grantes.
"A grande questão quevamos ter em mãos é en-contrar uma forma de terum relacionamento maispróximo com as instituiçõesdas diversas comunidades.Ao longo dos últimos anoshouve um distanciamento.[...] Houve um afastamentomuito grande do Governoportuguês relativamente aesse universo e vamos ten-tar refazer alguma cumpli-cidade, uma relação deproximidade que é absolu-tamente indispensável",disse.
José Cesário, que re-gressa à pasta da Emigraçãonove anos depois de terexercido o cargo pela pri-meira vez, escusou-se a av-ançar para já quais asmedidas a adoptar paraatingir esse objectivo.
"As acções vamos di-vulgá-las progressivamente.Agora vamos analisar dos-sier a dossier", disse, garan-tindo que as propostasresultantes dos programasdos partidos da coligação -PSD e CDS-PP - serão exe-cutadas.
José Cesário destacou asimplificação de procedi-mentos no sector consular ealterações no ensino de por-tuguês no estrangeiro.
"É nossa intenção, masnão no imediato, fazer alte-rações pontuais no modeloque vão no sentido de apro-ximar progressivamente [osistema] da Europa ao defora da Europa", disse JoséCesário, adiantando que aseventuais alterações nãoterão efeitos no próximoano lectivo.
"O próximo ano lectivojá arrancou em termos deplaneamento e pode haverum ou outro ajustamento,mas a rede está perfeita-mente definida", disse.
Sobre o programa deatração de investimento
Netinvest, que o anterior titu-lar da pasta lançou a poucosdias das eleições de 05 deJunho, José Cesário disse pre-cisar de obter mais informa-ções sobre o que foi feito noâmbito deste programa, que onovo Governo se comprome-teu a reformar.
"O Netinvest está alojadofundamentalmente no Minis-tério da Economia e terei re-uniões com os meus colegassobre isso", disse, sublinhandoa "sensibilidade" da equipa daEconomia para as questões dascomunidades.
Consciente dos constrangi-mentos financeiros que en-frentará numa áreatradicionalmente dotada depoucos recursos, o titular dapasta da Emigração ressalvouque a situação de crise gene-ralizada que o país vive obrigaa "maior criatividade" na ge-stão dos recursos.
José Cesário diz que planospara a área das comunidadesnão lhe faltam, mas garanteque precisa de saber o pontode situação dos orçamentos daDireção-geral dos AssuntosConsulares e ComunidadesPortuguesas e do Fundo dasRelações Internacionais paraavaliar o que é possível fazerno imediato.
"Vamos arrancar com osencontros para a participação,quero reequacionar o pro-grama Portugal no Coração,quero fazer uma reavaliaçãodos programas sociais, mas épreciso saber primeiro quedinheiro existe. A situação fi-nanceira do gabinete não ébrilhante", disse.
José Cesário, 53 anos, de-putado durante vários anos àAssembleia da República pelodistrito de Viseu e círculo Forada Europa, tomou posse terça-feira como secretário de Es-tado das ComunidadesPortuguesas do XIX Governo.
José Cesário quer refazer relação de "cumplicidade"com emigrantes
Comunidades
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O Presidente da Repúblicaapelou a todos os portugue-ses da diáspora para queapoiem Portugal, subli-nhando que “todos” não sãodemais para ajudar o país asuperar a situação difícil queatravessa.
“Portugal atravessa hoje umasituação difícil. Todos não somosdemais para ajudar a nossa terra,a terra das nossas raízes”, defen-deu o chefe de Estado, Aníbal Ca-vaco Silva, numa mensagemdirigida às comunidades portu-guesas por ocasião do Dia de Por-tugal, que foi gravada em CasteloBranco, cidade que acolheu esteano as comemorações oficias do10 de Junho.
Contudo, sublinhou, há razõesde esperança e uma delas é, preci-
samente, a vitalidade das comuni-dades portuguesas que se encon-tram espalhadas por todo omundo.
“Isto constitui um capital quetemos de saber aproveitar, na con-vicção de que o país pode contarcom o apoio de todos os seus filhospara superar os desafios que en-frenta. Apelo, assim, aos Portu-gueses da Diáspora, que em outrasocasiões da História nunca falta-ram com o seu auxílio, a queapoiem o nosso país”, sublinhouCavaco Silva.
Pedindo a todos os portugue-ses da diáspora para que acredi-tem em Portugal, Cavaco Silvanotou que o país é “um destinocom grandes potencialidades”,para onde pode ser canalizado oseu investimento, o talento e espí-
rito empreendedor.“Aquele que emigrou era, por
natureza, um inconformista.Aspirava a mudar de vida, não seresignou. É esta nota de inconfor-mismo e ambição que importasublinhar como exemplo”, susten-tou o Presidente da República.
Repetindo um apelo que temvindo a fazer desde o seu primeiromandato em Belém, Cavaco Silvavoltou a insistir na necessidade dePortugal reforçar os laços com osportugueses residentes no estran-geiro e com os luso-descendentes,lembrando que nunca se resignou“a um estado de afastamentomútuo e de ignorância recíprocaentre Portugal e as suas comuni-dades no exterior”.
“Neste contexto, a língua e acultura portuguesa, bem como as
Cavaco apela aos portugueses da diáspora para que apoiem Portugal
nossas tradições, devem ser aca-rinhadas, pois constituem umtraço de identidade que nos ir-mana e aproxima, uma união quedevemos cultivar e aprofundar”,referiu, considerando que “agora,numa altura difícil”, esse laçosdevem “como nunca” ser fortaleci-dos.
“Portugal precisa de vós. Por-tugal precisa de todos os portu-gueses. De todos eles, de cada umdeles, onde quer que se encon-trem.
Mesmo nas partes mais recôn-ditas do globo, existem Portugue-ses talentosos e experientes querevelam uma extraordinária capa-cidade de adaptação às suas co-munidades de acolhimento.Portugal necessita do seu contri-buto”, apelou.
PUB
Cerca de três em cada dez portu-gueses mostram-se dispostos aprocurar melhor emprego noutropaís, tendências que se acentuamjunto dos mais jovens e com for-mação superior, segundo um re-centemente divulgado.
De acordo com o estudo reali-zado pela empresa de estudo demercados internacional (GfK) queabrangeu 29 países, 43 por centoda população portuguesa ativaestá à procura de outro emprego etrês em cada dez equaciona emi-grar.
Destes, 54 por cento tem entreos 30 e os 39 anos e 42 por centotem formação superior.
Quanto à disponibilidade paramudar de país, a pergunta que foicolocada em 17 dos 29 países,mais de um quarto dos trabalha-dores portugueses inquiridos (27por cento) está disposto a emigrarpara conseguir um emprego mel-hor.
De acordo com o estudo, estapercentagem é mais acentuada
junto dos jovens trabalhadores,entre os 18 e os 30 anos (40 porcento).
Além desta predisposição paramudar de país em busca de mel-hores condições, é também claroque os portugueses já começam aponderar outras mudanças: faceàs atuais condições económicas,25 por cento coloca a hipótese devir a mudar de carreira.
“Os nossos resultados indicamum risco de ‘fuga de cérebros’ nopróximo ano, o que originará pro-blemas significativos para as em-presas e para os países queprocuram recuperar da recessão”,explicou o diretor-geral da GFKPortugal, António Gomes.
Segundo António Gomes,tanto entre trabalhadores ma-nuais como não manuais, verifica-se que um quarto do seu númeroestá disposto a mudar de país porquestões de emprego, e que essenúmero aumenta entre os trabal-hadores com mais qualificações.
“Um terço dos empregados na
área de I&D está também dispostoa mudar de país – precisamente ospostos de trabalho que muitos paí-ses identificam como cruciais paraa sua recuperação”, frisou.
De acordo com o estudo, Por-tugal apresenta tendências simila-res às dos restantes países,sobretudo no que refere à questãoda emigração para encontrar si-tuações de emprego mais satisfa-tórias.
A média de respostas indicaainda que os trabalhadores jovense com qualificações são os que pa-recem mais propensos a mudar depaís.
Quarenta e um por cento dostrabalhadores com idades com-preendidas entre os 18 e os 29anos afirmam que estão dispostosa mudar para conseguirem umemprego melhor, sendo esse nú-mero de um em três para os deten-tores de curso universitário (32por cento) e de quase um em qua-tro para possuidores de doutora-mento (37 por cento).
Três em cada dez portugueses dispostos a procurar emprego noutro país
No grupo dos trabalhadorescom nível de instrução equivalenteao secundário apenas 22 por centopondera a hipótese de mudar.
O número de portugueses acti-vamente à procura de outro emp-rego é superior à média dosrestantes países, sendo apenas su-perado pelas respostas da popula-ção norte americana ecolombiana.
No entanto, quando se fala emmudar de carreira, a percentagemfica muito aquém da média dosrestantes países, ocupando o fimda lista e sendo apenas superadapelos resultados do México e Co-lômbia, onde os trabalhadores re-velam pouca flexibilidade nesteparâmetro.
O GfK International EmployeeEngagement Survey inclui as opi-niões de 30,556 adultos emprega-dos em 29 países.
Em Portugal, este estudo foirealizado durante os dias 11 e 22de Fevereiro, a uma amostra de547 indivíduos.
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Luso-Alemão
O programa de Governo, en-tregue no parlamento, elegeo ensino do português no es-trangeiro como a prioridadeda política para as comunida-des portuguesas, defendendoa necessidade de um "novoimpulso" na relação entrePortugal e os emigrantes.
O Governo propõe-se assim"eleger o ensino do portuguêscomo a âncora da política da diá-spora", defendendo a necessidadede "reformar e projectar" o Insti-tuto Camões - que tutela o ensino
de português no estrangeiro -como "instrumento vital da polí-tica externa cultural e da afirma-ção da política da língua".
O texto sublinha também a im-portância de "acautelar um serviçoeficiente no ensino e divulgação dalíngua portuguesa no mundo".
O executivo, que terá José Ce-sário como titular da pasta das Co-munidades Portuguesas,considera "necessário dar umnovo impulso à ligação efetivaentre Portugal e os cidadãos resi-dentes no estrangeiro, apostando
simultaneamente no valor estraté-gico das comunidades portugue-sas".
Para atingir este objectivo, oprograma aposta ainda em "des-burocratizar" os procedimentosadministrativos, "simplificar" osactos consulares e "melhorar" a li-gação "directa, rápida e fácil aosserviços centrais do Estado".
Constituir uma rede de eleitosportugueses no estrangeiro e re-conhecer o papel do Conselho dasComunidades Portuguesas en-quanto "órgão consultivo do Go-
verno para as políticas de emigra-ção" são outras apostas do execu-tivo liderado por Pedro PassosCoelho.
De fora do programa de Go-verno ficaram medidas específicasque constavam do programa elei-toral do PSD como a promoção edivulgação do recenseamento elei-toral dos emigrantes, a integraçãodo ensino do português nos currí-culos dos países de acolhimentoou a criação de um programa deintercâmbio de estágios entre osjovens estudantes universitários.
Programa do Governo elege ensino do português no estrangeiro como prioridade política
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 Nacional & Comunidades 5
O PSD alcançou pelos círculoseleitorais da Europa e Fora daEuropa quase mais cinco milvotos do que nas legislativas de2009, o que valeu a eleição detrês deputados, somando assimum total de 108 mandatos.
De acordo com os resultadosdivulgados no site http://enti-dades.mj.pt, da Direção-Geralda Administração Interna, ossociais-democratas obtiverampelos círculos da emigração13.364 votos, contra os 8.706verificados em 2009 (mais4.928).
Em percentagem, o PSD al-cançou nestes círculos 41,24 porcento dos votos e em 2009 34,18por cento.
A subida dos sociais-demo-cratas verifica-se sobretudo nocírculo Fora da Europa, ondepassou de 4.736 para 8.323votos.
Nos dois círculos, o PS al-cançou 30 por cento (9.918votos), quando nas últimas le-gislativas teve 35,86 por cento,apesar de em 2009 ter conse-guido menos votos (9.135).
Na Europa, o PS ganha aseleições neste círculo eleitoral,apesar de algum sabor amargoda vitória. Saliente-se que estepartido apenas ganhou em qua-tro círculos eleitorais: Europa,Beja, Évora e Setúbal.
Na Europa o PS contou com7.204 votos (40,16%), enquantoem 2009 tinha alcançado 7.219(43,02%). Já o PSD conseguiumelhorar o seu resultado, pas-sando de 3970 votos (23,66%)em 2009, para 5311 (29,61%)em 2011.
Neste círculo, o PS elegeuPaulo Pisco e o PSD Carlos Gon-çalves, enquanto pelo círculoFora da Europa os sociais-de-mocratas elegeram José Cesárioe Carlos Páscoa Gonçalves, osmesmos deputados eleitos nasúltimas legislativas.
QUEM GANHOU?
Analisando os resultados dosemigrantes, círculos eleitorais“Fora da Europa” e “Europa”,facilmente se pode verificar queos verdadeiros vencedores
foram os eleitores residentes naAlemanha que fizeram uso doseu direito de voto.
Verificou-se que neste paísapenas se registaram nove votosnulos, o que equivale a 0,29%,enquanto em França se contabi-lizaram 1365 (14,93%) votosnulos e na Suíça 513 (22,86%).
Importa saudar todos aque-les que, de alguma forma, con-tribuíram para esclarecermelhor o eleitorado: os portu-gueses simpatizantes e apoian-tes dos partidos políticos e asrepresentações consulares que,através dos meios técnicos dis-poníveis (portais e redes sociais)contribuíram significativamentepara informar a ComunidadePortuguesa, conseguindo assimsuperar o resultado obtido em2009, quando se contabilizaram455 votos nulos, o equivalente a13,98%.
Eleições
“Bloco Central” vence na Europa
Paulo Pisco (PS) e Carlos Gonçalves (PSD) voltam a representar o círculo elei-toral da Europa, isto, a representar os portugueses emigrantes no parlamento
Em cima, da dir.: Primeiro-ministro: Pedro Passos Coelho, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: Paulo Portas,Ministro de Estado e das Finanças :Vítor Gaspar, Ministro da Defesa Nacional: José Pedro Aguiar Branco, Ministro daAdministração Interna: Miguel Macedo, Ministra da Justiça: Paula Teixeira da Cruz. Em baixo (e da dir.): Ministro Adjuntoe dos Assuntos Parlamentares: Miguel Relvas, Ministro da Economia e do Emprego: Álvaro Santos Pereira, Ministra daAgricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: Assunção Cristas, Ministro da Saúde: Paulo Macedo,Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência: Nuno Crato e Ministro da Solidariedade e da Segurança So-cial: Pedro Mota Soares.
Composição do XIX Governo Constitucional PUB
José Cesário, deputado do PSDeleito pelos círculos de Viseu(1983-2005) e Fora da Europa(desde 2005), regressa comPedro Passos Coelho à pastadas Comunidades portugue-sas, cargo que já tinha assu-mido no governo de coligaçãoliderado por Durão Barroso(2002-2004).
Licenciado em gestão e ad-ministração escolar, comPedro Santana Lopes transitoupara a pasta da AdministraçãoLocal.
Nas legislativas de 05 deJunho Cesário foi reeleito pelaterceira vez consecutiva depu-tado pelo círculo de Fora daEuropa. Prestes a cumprir 53anos, natural de Viseu, JoséCesário assumiu a coordena-ção da campanha do PSD paraas últimas eleições legislativas.
O seu mandato como secre-tário de Estado das Comunida-des ficou marcado pelareorganização da rede de con-sulados e pela associação doseu nome ao alegado favoreci-mento da filha do ex-ministrodos Negócios EstrangeirosMartins da Cruz no acesso aoensino superior.
Também ligado ao seunome enquanto secretario de
Estado foi o encerramento doconsulado em Osnabrück, quenão se verificou devido à ondade protestos que o anúnciodessa medida conseguiu de-sencadear
José Cesário assume a pasta da secretaria de Estado das Comunidades
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PorAntónio Justo
Alemanha determinouabandonar gradualmentea produção de energia até2022, de modo, a partirde aí ver encerradastodas as suas centrais de
energia atómica. A política deter-mina assim, de maneira unânime,um marco miliário na viragem dapolítica atómica.
Depois da catástrofe de Fu-kushima, o povo alemão assustoude tal modo os diferentes partidospolíticos que estes deram o seuaval à política antiatómica que osVERDES (partido ecológico) já hámuito exigiam.
Com a decisão dos partidos dacoligação governamentalCDU/CSU (Cristãos Democratas/Cristãos Sociais) e a cedência doFDP (Liberais), inicia-se não só oabandono da energia nuclear mastambém, com ele, o abandono doFDP da arena política alemã nasua qualidade, até agora, de ter-ceira força para possibilitar coliga-ções. O FDP fazia alternadamentecoligação com o SPD e com aCDU/CSU conforme as relações
de maioria destes o permitiam. OsVERDES passarão a ser a terceiraforça partidária possibilitando co-ligações não só por razões aritmé-ticas mas pelo facto dacor ecológica se encon-trar cada vez mais fortetambém nos partidosconservadores. Até aopresente a política daenergia atómica daCDU/CSU abria umatrincheira inultrapassá-vel entre os conservado-res e os VERDES quetornava impossível a suacoligação. A estreia dumacoligação com os VER-DES já se encontra àvista. O panorama polí-tico na Alemanha, a nívelgovernamental mudar-se-á radicalmente.
Entretanto as bases dos VER-DES, para não deixarem passarpara a CDU/CSU a sua motivaçãoprincipal, querem o abandono daenergia nuclear já em 2017 e nãoquerem que se reserve uma cen-tral de energia atómica em Stand-
by (como tecnologia de ponte)para casos imprevistos no forneci-mento de energia.
Os lobistas das finanças pro-
curam fomentar tempestades con-tra o novo curso da CDU/CSU. Aindústria de energia atómica ini-ciou um processo jurídico contra oGoverno exigindo indemnizaçãopelo facto da determinação do en-cerramento das centrais atómicas.
Por seu lado os estados federadosaprovaram o encerramento masexigem ainda maior fomento daenergia ecológica por parte do go-
verno central.A decisão tomada
pelo governo e pelos par-tidos acarreta consigotambém alguns riscos.Nos invernos podem sur-gir problemas de abaste-cimento energético naAlemanha, no caso de aFrança não fornecerenergia por precisar delapara satisfazer as pró-prias necessidades deconsumo. O abandonada energia nuclear podepressupor a fomentaçãode centrais eléctricas decarvão e com isto o pro-blema da poluição com o
CO2. Por outro lado, o preço daenergia é um factor importantepara a manutenção da localizaçãodas empresas.
A Alemanha é um país comuma cultura de estabilidade e pro-gresso tecnológico. Com a medida
radical que tomou, contra a ener-gia atómica, a Alemanha abre asportas ao fomento de novas tecno-logias, em favor dum mundo maisecológico. A Itália, naturalmente,influenciada pelas decisões toma-das na Alemanha, já se declarou,no último referendo, contra aenergia atómica.
Naturalmente que em muitospaíses se levantarão os Velhos doRestelo, por razões financeiras,contra a política assumida pelaAlemanha, principalmente aque-les que vêem a natureza e a huma-nidade como presa.
A voz do povo da Alemanhatornou possível o que a economiae alguns políticos viam como im-possível. Quando há uma vontadeencontra-se sempre um caminho.A lição alemã mostra que quandoo povo acorda as coisas se mudam,tornando-se possível o que se ap-regoa como impossível. A na-tureza e os pobres sofrem maisporque por todo o lado o povocontinua a dormir, descansadocom os analgésicos que a opiniãopublicada lhes injecta.
Alemanha à Frente da Revolução energética
Povo obriga a política a abandonar a energia atómica
A
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 Comunidade 7
O partido Socialista foi opartido mais votado peloseleitores portugueses naAlemanha nas eleições rea-lizadas no passado dia 5 deJunho.
Apurados os votos. Ossocialista na Alemanha ar-recadaram 1358 votos, mais38 votos do que em 2009 eque corresponde a 43,23 %(40,57 % em 2009).
De salientar a subida doPS em relação a 2009, “istoapesar do desgaste de serpartido de governo e tendoainda em conta os resulta-dos alcançados pelo PS emPortugal”, disse-nos NelsonRodrigues, candidato so-cialista pela Europa, quejustifica ainda o bom resul-tado na Alemanha “aoexcelente trabalho desen-volvido pelo deputadoPaulo Pisco na passada le-gislatura”.
Nelson Rodrigues mani-festa tristeza “por a absten-ção ser, mais uma vez,elevada, cerca de 70,69 %”,mas chamou a atenção parao aspecto positivo que foi apercentagem de votosnulos, cerca de 0,29%“muito menos do que em2009 que rondou os 14%”.
O candidato socialistadiz ainda que os consulados
“devem unir esforços paraaumentar e actualizar o nú-mero de recenseados demodo a que nas próximaseleições a participação sejamais significativa”
Por sua vez, o PSD naAlemanha continua a ser asegunda força política enestas eleições aumenta asua votação de 916 votos(28,15%,) em 2009, para os1244 votos (39,23%).
A explicação para o au-mento de votos que PSDteve pode ser encontrada noaumento novos eleitoresonde este partido foi“beber”. De facto, em 2009estavam inscritos 10.223eleitores e em 2011 regista-vam-se 10.718, daí que os328 votos que o PSD teve amais deverão ter vindo des-ses novos eleitores já que oPS e CDS não descem.
Temos assim que sãoestes os partidos que voltama reeleger os dois únicos de-putados pela Europa: PauloPisco, PS, e Carlos Gonçal-ves, PSD.
Artur Amorim, resi-dente em Estugarda, tam-bém candidato na lista doPSD pela Europa mani-festou-se contente com osresultados obtidos na Ale-
manha: “Esperávamossubir em relação a 2009 ede facto registamos umasubida de cerca de 11,46 %,muito embora ainda sem terconseguido o nossos ob-jectivo que é ultrapassar oPS e ser o partido mais fortena Alemanha”, disse-nos ocandidato do PSD.
No que concerne aos ou-tros partidos, os 200 votos(mais 44 do que em 2009)do CDS/PP atira-o para aterceira força política naAlemanha, ultrapassandoos comunistas/verdes daCDU e o Bloco de Esquerda.
A CDU, coligação de co-munistas e verdes, perde 13votos. Nesta eleições a CDUalcança 146 votos (4,65%)contra 159 votos (4,89) al-cançados em 2009, o quecontraria as boas perspecti-vas manifestadas por umdos seus elementos aonosso jornal nas últimaseleições.
Quanto ao Bloco de Es-querda (BE), este é o par-tido que mais desce. 81votos (2.85%) conseguidosnestas eleições contra os169 votos (5;19%) em 2009.O BE vê assim confirmadana Alemanha a tendência dedescida abrupta registadaem Portugal
PS 43,23% 1.358 votos
PPD/PSD 39,61% 1.244 votos
CDS-PP 6,37% 200 votos
PCP-PEV 4,65% 146 votos
B.E. 2,58% 81 votos
PAN 0,99% 31 votos
PCTP/MRPP 0,32% 10 votos
PPM 0,29% 9 votos
MPT 0,29% 9 votos
PTP 0,22% 7 votos
MEP 0,19% 6 votos
P.H. 0,06% 2 votos
PND 0,06% 2 votos
PNR 0,06% 2 votos
EM BRANCO 0,80% 25 votos
NULOS 0,29% 9 votos
Votantes29,31%
Votantes: 3.141Inscritos: 10,718
Fonte: legislativas2011.mj
Eleições 2011Partido Socialista vence na Alemanha
Resultados na Alemanha
O „Centro Português deCultura e Desporto“ (CPCD)de Euskirchen festeja esteano o seu 45° aniversário, eé, segundo a informação dadirecção do CPCD, a asso-ciação portuguesa maisvelha na Europa, fundadapor emigrantes portugue-ses.
A ideia de fundar emEuskirchen uma associaçãopara os emigrantes portu-gueses se poderem juntar econviver, como se conheciada pátria, das pequenasvilas e aldeias, surgiu du-rante um passeio no dia 30de Maio de 1966. Uma ideiaespontânea que se realizoupassado pouco tempo sob onome “Centro Português deCultura e Desporto”.
Ao longo destes 45 anoso CPCD de Euskirchen foimantendo tradições portu-guesas, como a celebraçãode festas tradicionais, noitesde fado, noites de baile,apresentações de teatro,assim como almoços e jan-tares à portuguesa e a vendade produtos tradicionaisportugueses. Além disso,muitos casamentos, bapti-zados e aniversários foram
festejados nas instalaçõesdo CPCD.
No passado o CPCDtambém tinha um rancho,equipas de futebol masculi-nas e antes de surgir o inte-resse no futebol feminino,já o CPCD tinha uma equipafeminina.
Mas, como em muitoscentros portugueses, o ran-cho e as equipas de futeboldesapareceram e o númerode sócios foi diminuindo.Hoje o CPCD de Euskirchensofre com falta de sócios,sobretudo com falta de só-cios jovens. Dos quase 100sócios que o CPCD de Eus-kirchen conta, por volta demetade são alemães, e ju-ventude … pouca ou nen-huma.
Enquanto nos anos 70 e80 o CPCD era consideradoum meio de encontro e deconvívio por muitos jovensportugueses, hoje em dia ajuventude portuguesa estámais integrada no sistemaalemão e tem outros locaisonde se encontra e paraonde vai.
À diminuição dos sóciose à falta de jovens paramanterem o CPCD de Eus-
kirchen activo e vivo, junta-se uma nova preocupação: amudança do lugar doCPCD.
Derivado a um intensosaneamento do bairro ondese encontrava o CPCD pelacidade, o CPCD de Euskir-chen foi obrigado a procu-rar um novo lugar e mudarno mês de Junho.
Uma vez que o CPCD foidurante 35 anos uma partefixa, uma parte caracterís-tica deste bairro, que lançouaqui as suas raízes, surge apreocupação e o medo daparte da direcção, que os só-cios não acompanhem amudança do CPCD e queeste venha a ter que fecharas suas portas.
Mas, apesar da fase difí-cil pela qual o CPCD de Eus-kirchen está a passar,devemos recordar e festejarcom orgulho este grandeaniversário de 45 anos, elutar para que o CPCD deEuskirchen continue du-rante muitos e longos anoscom as suas portas abertase que se mantenha um lugarde tradição portuguesa. Elisabete AraújoCorrespondente
Centro Português de Euskirchen festeja o seu 45° aniversário
Nelson Rodrigues, quefoi candidato pelo PS àsúltimas eleições, anun-ciou no Facebook que irásugerir aos partidos por-tugueses que tenham es-trutura organizativa acriação de uma comissão“para realizar uma cam-panha pelo recensea-mento dos portuguesesque ainda não foram sen-sibilizados para se ins-creverem nos cadernoseleitorais”.
Nelson Rodriguesanuncia que a dita co-missão deverá tambémintegrar a Embaixada dePortugal em Berlim, osconsulados portugueses,os Conselhos Consultivosjunto dos consulados, osmembros do Conselho daComunidades Portugue-sas e a ainda a Federaçãodas Associações Portu-guesas na Alemanha(FAPA).
“Na campanha (elei-
toral) encontramos mui-tos utentes que declara-vam não ter obtido ainformação por parte doConsulados” sobre o re-censeamento, diz NelsonRodrigues, que acres-centa ser. “uma tarefa detoda a Comunidade au-mentar o número de re-censeamentos.
Tem que ser um em-penho de todos!”, exorta.
Recorde-se que naAlemanha estão recen-seados 10.718 eleitoresnum universo de cercade 130.000 portugueses.
Nelson Rodrigues quer juntar todospara formar comissão para o aumentodo numero de recenseados
Há ainda um outropormenor de não menosimportância e que tem aver com credibilidadedos cadernos eleitores,isto é, com a sua actuali-zação.
A este propósito oPORTUGAL POST foi in-formado por um mem-bro de um partido que decem cartas enviadaspara endereços dos ca-dernos eleitorais para aregião de Hessen –Frankfurt e arredores -,oitenta vieram devolvi-das.
FALECEUJoão Manuel Horta
(02.11.1932 - 13.05.2011)Pai do nosso colaborador e amigo
António Horta, Gelsenkirchen, a quem apresentamos os nossos
sentidos pêsames.
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011Comunidade8
“Estamos muito apreensivoscom a eventual redução de cursosde língua portuguesa”, sublinhouVítor Estradas, presidente da Con-federação das Associações Portu-guesas na Alemanha (FAPA).
“Se as nossas crianças nãoaprenderem Português, e se desli-garem de Portugal, o país perderáverdadeiros embaixadores noestrangeiro”, advertiu o mesmodirigente associativo.
Jorge Rita, um emigrante radi-cado em Estugarda, também sub-linhou a importância do ensino dalíngua materna, mas acha que nãopode ser só o Governo a assumirresponsabilidades, apelando a um
maior empenho dos encarregadosde educação.
“Temos de ser realistas, nãopode haver escolas portuguesasem todo o lado, talvez tenha de seexigir maior participação finan-ceira dos pais, mais amor à cam-isola”, disse o técnico daMercedes, recordando que o seupai, emigrante da primeira hora,foi o fundador da primeira escolaportuguesa em Estugarda.
Já Maria João Manso referiuque, em sua opinião, o ensino pa-ralelo da língua materna aos luso-descendentes “não é a melhorsolução, torna-se muito cansativoe pouco motivador para eles”, de-fendendo a abertura de mais esco-las de ensino integrado, como asque existem em Berlim e Ham-burgo.
“Trabalhei no ensino paralelo,continuo a acompanhar a situa-ção, tenho lá professores amigos,e acho que piorou muito”, consta-tou ainda esta professora univer-sitária radicada em Berlim.
Outro dos grandes problemascom que a comunidade portu-guesa na Alemanha se debate é oencerramento de muitas associa-ções, por falta de quadros ou de
meios financeiros.“As associações estão a ser de-
sprezadas por Lisboa, devia haverum esforço maior para evitar queacabem, e não me refiro apenas aapoios financeiros, estou a falartambém de apoio técnico”, afir-mou Vítor Estradas.
Os inquiridos pela Lusa foramunânimes em afirmar que a pro-paganda eleitoral para eleiçõeslhes tem chegado de forma maiseficaz do que em actos eleitoraisanteriores, sobretudo via correioelectrónico, embora alertem quenem todos recorrem a esta formade comunicação.
No entanto, continuam a dizerque os emigrantes são muito es-quecidos pelo país, “só aparecemna publicidade dos bancos, masnão nos noticiários da televisão,que preferem transmitir progra-mas de culinária”, criticou JorgeRita.
Vítor Estradas, por sua vez,sublinhou que os emigrantes jáprovaram que Portugal pode con-tar com eles, em tempos de crise enão só, “mas é preciso tambémsaber se os emigrantes podemcontar com Portugal”, advertiu.Francisco Assunção
Emigrantes na Alemanha preocupados com situaçãodo ensino e fecho de associaçõesOs emigrantes na Alema-nha continuam preocupa-dos com a situação doensino do Português ecom o encerramento deassociações, e esperammais apoio de Lisboa parasolucionar estes proble-mas, seja qual for o futuroGoverno.
A Associação União LusitanaRhein Neckar, por alguns co-nhecida por Centro Portuguêsde Weinheim, está de parabénspor mais um aniversário quecumpriu no passado vinte deJunho, comemorando assimtreze anos de vida.
Sou sócio desde 2007, aospoucos aprendi a gostar da casae das suas gentes .Um ano apósfui convidado afazer parte de umadirecção, conviteque não aceitei,talvez por hesita-ção ou insegu-rança. Hoje pensoque poderia e de-veria ter integradoaquela Direcção.
Em 2009, fuieleito para servir aAssociação comoVice-presidentedurante dois anos.Isto tudo paradizer que hojeconheço melhor a casa , os seussócios e amigos e não podia dei-xar de exprimir em nome demuitos sócios o reconheci-mento e apreço para com todosaqueles que trabalham desde oumesmo antes da Fundação em1998, no intuito de dar vida aoque hoje somos.
Organizando bailes, festasangariando verbas para alugaruma casa e pouco a pouco equi-par aquelas que são hoje as nos-sas instalações e assim melhorservir os nossos sócios. Algumasdestas pessoas e 13 anos depoisainda continuam a trabalhar porcarolice para a casa. Penso quetemos alguns dos melhores só-cios do mundo! Há pessoas afazer serviços ao bar há trêsanos consecutivos e não atirama toalha ao chão.
Temos uma direcção jovem,mas que prima por manter asfestas já com tradição na nossa
casa ao longo destes anos, osbons petiscos à portuguesa nonosso bar e sempre a tentarinovar com novos eventos paraque os sócios participem activa-mente. Exemplo disso é a pá-gina sempre actual no Facebookcom toda a informação sobre oque se passa na associação.
Ao longo destes anos temoscontado também com o apoio
de vários patro-cinadores, osquais em muitotem contribuídopara a realiza-ção de muitoseventos despor-tivos, culturaise recreativos. Atodos eles onosso sinceroagradecimento,pois sem elesseria tudomuito mais difí-cil.
Nos diasque correm, em que tanto se es-creve e se fala da crise do asso-ciativismo na Alemanha, lá nosvamos mantendo ao longo dosanos com espírito de sacrifícioe passando por algumas dificul-dades, principalmente quandochega todos os anos a altura daseleições em que é sempre muitodifícil arranjar sócios disponí-veis para novas Direcções. Masvamos conseguindo levaravante os nossos objectivos, ser-vir os nossos sócios e a comuni-dade em geral.
Parabéns, União Lusitana,continua assim, já só faltam 12anos para as bodas de prata!
O texto já vai longo ficamuito mais por contar. Estamostodos de Parabéns
Por fim a palavra Saudadepelos sócios que já partiram,mas que ficarão sempre nonosso coração.Vitor Lima
Associação União Lusitana está de parabéns
Os alemães do FC Gutersloh e do Bo-russia Mönchengladbach são adver-sários da equipa de futebol do FCPorto na pré-temporada de2011/2012, anunciou o clube portistano seu sítio oficial.
O clube anunciou que a equipaprinicipal irá estagiar em Marien-feld, Alemanha, de 7 a 17 de Julho.Nesse período, os “dragões” defron-tam o FC Gutersloh, a 10 de Julho,no Heidewaldstadion, a partir das19:30.
A finalizar a estadia em solo ger-mânico, mais precisamente a 16 de julho, o FC Porto defronta, nomesmo horário, o Borussia Mönchengladbach, no Niederrhein-stadion, em Oberhausen.
FC Porto Estagia em Marienfeld de 7 a 17 de Julho
A dinâmica imprimida pela di-recção do Centro Português deFellbach, nos arredores deStuttgart, não abranda o ritmoe sustenta iniciativas de muitomérito social e clara eficáciacultural. Depois de uma provade Vinhos da Península de Se-túbal e de uma vitoriosa partici-pação num ConcursoGastronómico integrado nasfestas da cidade, o Centro vairealizar a terceira edição daFesta do Verão, a 10 do cor-rente, no parque da associação.
Em declarações ao P.P., opresidente da direcção , JoséLoureiro, teve a oportunidadede informar que os actuais cor-pos directivos decidiram conti-nuar em funções até Janeiro de2012. Paralelamente, o respon-sável máximo da grande colecti-vidade realçou o mérito daconquista do 1° lugar no Con-curso Gastronómico da FestaInternacional da cidade de Fell-bach. Trata-se, com efeito, deum feito muito prestigiante eque vem na hora exacta, adian-tou-nos.
O petisco proposto pelo
Centro foi um prato debolos/pastéis de bacalhau deco-rado e com acompanhamentode salada variada à lusitana.Dez colectividades da cidade -representativas de outras dezComunidades estrangeiras -submeteram-se ao Concurso,efectuado no decorrer daXXXVI edição do certame daautarquia de Fellbach. Quatrocozinheiros profissionais „es-colheram“ o célebre petiscoportuguês., que constituiu umadas mais apreciadas iguariasconfeccionados pelos associa-dos/as do Centro lusitano.
A prova de Vinhos da Pen-insula de Setúbal - que decorreua 11 do passado mês de Junho -apresentou vinhos de Palmela edo Poceirão produzidos pelanova geração de vitivinicultoresda zona. Como existem osDouro boys, surgiram os Setú-bal boys e girls que tentam fazero melhor dos néctares numa re-gião muito rica e poderosa lide-rada pelos „veteranos“ Quintada Bacalhoa e José Maria daFonseca. O Centro associou-sea esta iniciativa com alma e co-
ração, oferecendo aperitivos eum jantar aos três vitiviniculto-res arrojados - representando aSota, de Domingos Damascenode Carvalho e a casa agrícolaAssis Lobo, assessorados pelaagência de Eventos Força Mo-triz.
Todas estas iniciativas des-tacam o Centro Português deFellbach como uma instituiçãoprivada de Mérito Social e Cul-tural. O grande reconhecimentodas autoridades máximas daautarquia alemã onde se radi-cam, o interesse e atenção quesuscitam nas élites lusas locaise nas autoridades consulares ereligiosas nacionais, projectama Colectividade para um pata-mar de alto prestígio e exemplarmodelo. A qualidade das inicia-tivas já realizadas e o potencialem possível preparação no fu-turo, podem servir de projectopioneiro para o processo de de-mocratização e independênciaque se perfila como desafio ur-gente perante a generalidade doMovimento Associativo nacio-nal na Alemanha. FAR
Centro Português de Fellbach
A colectividade de Felbach continua a surpreendertudo e todos pela qualidade dos eventos O Centro vai realizar a terceira edição da Festa do Verão, a 10 docorrente, no parque da associação.
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 Comunidade 9
3 perguntas a...Maria Manuel Durão, Cônsul-Geral de Portugal em Düsseldorf
Após o tempo em que estáà frente do posto, que ba-lanço pode fazer sobre aspreocupações e as neces-sidades com que os portu-
gueses nesta área se deba-tem e como é que o consu-lado pode contribuir paraas minorar?As duas principais preocupa-
ções que a comunidade portu-guesa me tem vindo atransmitir ao longo destes oitomeses relacionam-se com oensino da língua portuguesa ea situação do movimento asso-ciativo. Penso que terá dehaver uma coordenação de es-forços para ultrapassar as difi-culdades subsistentes e, nessesentido, tenho estado em con-tacto estreito com as várias en-tidades envolvidas nestas duasáreas, tendo sido organizadas,para esse efeito, reuniões noConsulado. Penso que existevontade por parte de todos emmelhorar a situação existente.
Houve alterações ou me-
lhorias no que diz res-peito aos serviços consu-lares? E se não, em que éque o consulado poderiamelhorar para melhoratender os utentes? E Jáagora, que iniciativaspromove o consuladopara aumentar o númerode recenseados?Por parte de todos os funcio-
nários, sem excepção, do Con-sulado-Geral de Düsseldorfexiste uma preocupação cons-tante de melhorar o atendi-mento ao público eproporcionar um serviço maiseficaz aos utentes. Nesse sen-tido, vamos procedendo a pe-quenos ajustamentos internos,à medida que se constata quedeterminado procedimentopode, por exemplo, contribuirpara reduzir o tempo de esperados utentes. Não têm, contudo,
sido necessárias grandes alte-rações, tudo tem decorrido deuma forma global bastantebem. No que respeita ao recen-seamento eleitoral, este temmerecido por parte do Consu-lado toda a atenção, nomeada-mente em termos dedivulgação e sensibilização dosutentes para a importância dese inscrever.
Que lhe apraz dizer sobreo movimento associativonum momento em pareceinevitável o fim de muitasassociações criadas há 30ou mais anos?Que solução pode ser en-contrada para este pro-blema?O movimento associativo está
a defrontar, de facto, algumasdificuldades, mas penso quepode e deve continuar a de-
sempenhar um papel impor-tante para a nossa comuni-dade. Tenho vindo a abordareste assunto regularmente noâmbito do Conselho Consul-tivo e com dirigentes associati-vos e estamos a reflectir sobrequal a melhor forma de proce-der para o ajudar a recuperar oseu dinamismo. Para isso é ne-cessário a vontade de todos, enomeadamente dos mais jo-vens. Todas as contribuições a esterespeito são bem-vindas.Aproveito para informar que oConselho Consultivo do Con-sulado-Geral de Düsseldorfcriou um blog - http://ccdus-seldorf.blogspot.com - no qualaguardamos os comentários eopiniões que a comunidadeportuguesa nos quiser trans-mitir sobre esta e outras maté-rias.
Cônsul-Geral de Portugal emDüsseldorf, Maria Manuel Durão
“As nossas procupações são o ensino da língua portuguesa e a situação do movimento associativo”
Bremerhaven foi a cidade esco-lhida pelo Vice-Cônsul de Portu-gal, Manuel Correia da Silva, paracomemorar o Dia de Portugal, deCamões e das Comunidades Por-tuguesas. Às 16.30 horas, ao che-gar, deu uma entrevista à rádioportuguesa de Bremerhaven, quefunciona aos domingos e pode serouvido via internet (www.va-gueira.com).
No sua breve saudação o Vice-Cônsul dirigiu-se a todos os Portu-gueses e sublinhou “tratar-se deuma data fundamental, em quePortugal se reencontra consigomesmo para celebrar a memóriado seu maior poeta e para saudaras Comunidades Portuguesasespalhadas por todo o mundo.”
Depois o Vice-Cônsul juntou-se à Comunidade Portuguesa, visi-velmente sensibilizada por orepresentante do Estado Portu-guês ter optado por comemorarcom eles o “10 de Junho”.
O evento ocorreu num vastorecinto, repleto de portugueses ealguns alemães, em frente aoClube dos Trabalhadores Portu-gueses de Bremerhaven. Sardin-has, febras, vinho e cervejaportuguesa, dois ranchos folclóri-cos e dois conjuntos musicais con-tribuíram no sábado para animaras celebrações do Dia de Portugal
em Bremerhaven. Num ambiantede perfeita harmonia, os ranchosfolclóricos convidaram mesmo oVice-Cônsul a dançar com eles.
Após o rancho folclórico, as ce-lebrações continuarem na sede doClube dos Trabalhadores Portu-gueses de Bremerhaven.
A noite foi abrilhantada commúsica popular portuguesa dosgrupos “Sol Nascente” de Cuxha-ven e o grupo “Os Metralhas “ deBremerhaven.
No seu discurso, o Vice-Cônsulagradeceu aos responsáveis doClube dos Trabalhadores Portu-gueses em Bremerhaven e aosmembros dos Ranchos Foclóricose dos Grupos Musicais o excelentedia proporcionado aos presentes.
Declarou-se convicto em queesse “Dia de Portugal” coincidissecom o fim da situação financeiracom que Portugal se debate.
Lembrou que “a ComunidadePortuguesa residente fora de Por-tugal não estava indiferente à si-tuação actualmente vivida emPortugal, estando ciente que todosos portugueses poderiam contri-buir para ajudar a Pátria a recupe-rar o mais rapidamente possível.”
No seu discurso o Senhor Vice-Cônsul salientou que Portugal eraum país desenvolvido e um autên-tico paraíso. Lamentou que mui-
tos jovens Portugueses que pas-sam as férias noutros países, nãoobtem pela variedade de cenáriosque lhe proporcionaria Portugalde Norte a Sul, do qual apenasconhecem o local de origem fami-
Vice-Cônsul de Portugal em Osnabrück comemorou o 10 de Junhocom a Comunidade Portuguesa de Bremerhaven
liar. Manuel Correia da Silva lan-çou a ideia de ”ajudar Portugal” aoescolhê-lo como destino de férias.
Ao Portugal Post o Vice-Côn-sul confirmou ter sido um diamuito agradável, afirmando que
Bremerhaven era uma cidade“bem portuguesa”, com váriascasas portuguesas e também al-guns empresários de sucesso, comos quais mantém contactos pro-missores.
O Dia de Portugal em Bremenhaven organizado Clube dos Trabalhadores Portugueses de Bremerhaven foi uma manifestação de cultura lusa
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 201110
Caro/a Leitor/a:Se é assinante,avise-nos se mudou ouvai mudar de residência
Como viu o pedido de res-gate de Portugal?
„Penso que essa evolução eraprevisível...tal como a Grécia e Ir-landa, Portugal estava dependentedos mercados e foi alvo de umaespeculação muito forte. Os pro-blemas estruturais são certamenteresultado das políticas erradas queforam implementadas pelos go-vernos - no plural – durante a úl-tima década. Mas a forteespeculação tornou quase impos-sível que o país conseguisse sairdessa situação pelo seu própriopé“.
A ajuda externa resolve oproblema?
„Vai contribuir para estabilizara situação [da especulação]. Se de-veria ter sido pedida mais cedo,não sei. As coisas agora são comosão, e é preciso encontrar solu-ções“.
Qual é, em seu ver, o ca-minho?
„A solução passa por umamaior disciplina na despesa e pelacriação de uma nova dinâmica. Ogrande problema – e isso vê-se naGrécia – é que uma transformaçãode fundo é algo muito difícil de sealcançar, porque também pressu-põe uma aceitação por parte da so-ciedade, que não se consegue comum, dois ou três pacotes de auste-ridade ou aumento de impostos. Oproblema é que, tal como na Gré-cia, não existe na sociedade portu-guesa consenso quanto aos passosque devem ser tomados, nem umavisão concreta sobre que tipo demedidas positivas podem ser im-plementadas, além da política deausteridade“.
Em varias ocasiões criti-cou a forma „hipócrita“como a Europa lidou com ospedidos de ajuda externa…
A grande questão que se co-loca é até que ponto a UE pode es-tender o prazo de pagamento dadívida para permitir que socieda-
des, como a portuguesa ou agrega, tenham uma hipótese de re-cuperar essa dinâmica (…) quevoltem a confiar no Estado e per-cebem que é preciso arregaçar asmangas“.
Que análise faz dos resul-tados eleitorais?
R: „Os portugueses estavaminsatisfeitos com um governo queimpôs medidas que não caírambem, mas depois votaram numpartido que já anunciara que erafavorável a uma austeridade aindamais radical. As pessoas não dei-xaram cair o governo de Sócratespor ter feito pouco… esse é o pro-blema. Portugal colocou-se numaposição esquizofrénica. E o pro-blema do novo governo é que nãoconta com um apoio alargado nasociedade, isto quando tem de im-plementar uma austeridade dura eque não oferece grandes per-spectivas. Antevejo grandes ten-sões sociais se este governo nãofor capaz de construir consensos“.
Entrevista com Daniel Cohn-Bendit
Portugal colocou-se numa“posição esquizofrénica”Os portugueses colocaram-se numa „posição esquizo-frénica“ ao votarem contraas políticas do governo so-cialista e por terem elegidoum partido que já anunciouque pretende reforçar as me-didas de austeridade, consi-dera o eurodeputado DanielCohn-Bendit.Em entrevista à Lusa, Cohn-Bendit, figura emblemáticado Maio de 68 e actual líderda bancada verde no Parla-mento Europeu lamenta a„falta de consenso“ queexiste no país para atacar osproblemas estruturais e con-sidera que as tensões sociaispodem aumentar caso onovo governo não consiga„construir consensos“.
AA chanceler alemã, AngelaMerkel, felicitou o líder do PSDpela vitória nas eleições legislati-vas, prometendo a Pedro PassosCoelho apoio activo „no caminhodas reformas“, anunciou embai-xada da Alemanha em Lisboa.
„Também no futuro, a Ale-
manha continuará a apoiar activa-mente vossa excelência no ca-minho das reformas. Será umprazer cooperar com vossa exce-lência“, escreveu Angela Merkelno telegrama enviado a Passos Co-elho, segundo a embaixada.
De acordo com a nota da em-
baixada, Merkel desejou ainda aPassos Coelho, nos „tempos difí-ceis“ que Portugal atravessa, „aprudência, a perseverança e umamão hábil para o futuro exercícioda função de primeiro-ministro epara a implementação das refor-mas previstas“.
Angela Merkel felicita Passos Coelho pela vitória e promete apoio ativo „no caminho das reformas“
A Sonae Sierra anunciou uma‘joint-venture’ com a MBA Deve-lopment para o desenvolvimentodo projecto de um centro comer-cial em Solingen, na Alemanha,um investimento de 120 milhõesde euros cuja construção arran-cará este verão.
Em comunicado, a Sonae Si-erra, empresa da ‘holding’ Sonaeespecialista em centros comer-ciais, anunciou que foi constituídaa empresa Solingen ShoppingCenter GmbH, com o capital di-vido em partes iguais pelos doisparceiros, que adquiriram o antigoedifício Karstadt à HLG/Movesta.
“O novo centro comercial, con-hecido como projeto Hofgarten,está localizado no coração da ci-dade, na antiga zona de Karstadt,onde está planeada a construçãode um centro comercial de trêspisos num terreno de 13.000 me-tros quadrados”, adiantou a em-presa que assim passará a terquatro projectos em construção(dois no Brasil e um em Itália).
Em comunicado, a empresa li-derada por Fernando Guedes deOliveira adiantou que a aberturado novo centro comercial está pre-vista para o final de 2013 ou iníciode 2014, acrescentando que “a ci-dade de Solingen representa umagrande oportunidade para o ren-
ascimento de um moderno e sus-tentável destino de compras e delazer que permitirá a revitalizaçãode uma parte considerável dabaixa da cidade”.
Segundo o presidente execu-tivo da Sonae Sierra, “este projetoirá representar outro importantepasso no compromisso de desen-volver produtos de alta qualidadepara o mercado alemão”.
A Sonae Sierra é proprietáriade 49 centros comerciais em Por-tugal, Espanha, Itália, Alemanha,Grécia, Roménia e Brasil, e temvindo a apostar na prestação deserviços a terceiros em Chipre,Sérvia, Marrocos e Colômbia.
Atualmente, a empresa temtrês projetos em construção (Bou-levard Londrina Shopping, Uber-lândia Shopping, ambos no Brasil,e Le Terrazze, em Itália), e setenovos projetos em diferentes fasesde desenvolvimento em Portugal,Itália, Alemanha, Grécia, Roméniae Brasil.
Sonae Sierra investe em novo centrocomercial na Alemanha
O Governo alemão deveráanunciar uma redução de impos-tos da ordem dos 10 mil milhõesde euros no princípio de Julho,que incidirá, sobretudo, sobre ren-dimentos baixos e médios, confir-maram várias fontes do executivo.
O matutino Financial TimesDeutschland já tinha anunciadoque a chanceler Angela Merkel,face à melhoria da situação econó-mica, prometeu ao seu parceiro decoligação, os liberais do FDP, umabaixa dos impostos antes das le-gislativas de 2013.
O porta-voz do executivo, Stef-fen Seibert, já tinha admitido ajornalistas em Berlim que a habi-tual ronda dos partidos da coliga-ção de centro direita a realizarantes das férias de verão deveriadebater uma eventual redução deimpostos.
“No âmbito da redução da dí-vida pública, há alguma margemde manobra para aliviar rendi-
mentos mais baixos e rendimen-tos médios”, adiantou Seibert.
O líder parlamentar dos demo-cratas cristãos, Volker Kauder,disse na televisão pública ARDque “a boa situação económica dámargem para descer os impostos“.
Em queda nas sondagensdesde as legislativas de 2009, emque obtiveram 14,6 por cento dosvotos, o que lhes permitiu regres-sar ao governo federal, os Liberaistêm exigido uma reforma fiscal naAlemanha, que já fazia parte doseu programa eleitoral.
Uma tal reforma carece, no en-tanto, da aprovação do Bundesrat(Conselho Federal), segunda câ-mara legislativa formada por re-presentantes dos 16 Estadosfederados, na qual os partidos dacoligação perderam entretanto amaioria absoluta, na sequênciados vários desaires deste ano emeleições regionais.FA
Alemanha:
Governo prepara redução de impostosda ordem dos 10 mil milhões de euros
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 11PUB
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Durante dois dias, três produtoresde vinho estiveram em Estugardapara dar a conhecer as suas produ-ções no mercado de Baden-Würt-temberg.
Este estado alemão, onde a in-dustria automóvel tem fortes tra-dições graças a presença defabricas da Mercedes e da Por-sche, oferece aos vinhos portugue-ses boas oportunidades depenetração como puderam con-statar os representantes da CasaAssis Lobo, Casa Agricola HorácioSimões e Damasceno. Esta pri-meira abordagem ao mercadosuábio teve o suporte institucionaldo Consulado Geral de Portugal deEstugarda.
No passado dia 10 de Junhorealizou-se no Consulado Geral dePortugal em Estugarda uma provaorientada de vinhos da Penínsulade Setubal, com a presença de im-portadores, distribuidores espe-cializados e empresários derestauração do Baden-Wurten-berg.
Em prova estiveram 20 refe-
rências entre brancos, tintos e li-corosos, apresentados por VeraCasanova, da Damasceno, PedroCamacho Simões, da Casa Agrí-cola Horácio Simões, e Rui AssisLobo, da Casa Agrícola Assis Lobo.No final da sessão o cônsul de Por-tugal, Manuel Gomes Samuel, mo-strou-se agradado com areceptividade que os vinhos da Pe-nínsula de Setúbal tiveram entreos profissionais alemães.
Também a 10 de Junho, e jáno âmbito das comemorações ofi-ciais do Dia de Portugal e de Ca-mões, houve uma apresentaçãodos vinhos das três casas da regiãode Setúbal para cerca de 200 con-vidados no Consulado, ondeforam estabelecidos contactoscom dirigentes e empresários daComunidade Portuguesa. No sá-bado, dia 11 de Junho, os produto-res estiveram no Centro Portuguêsde Fellbach.
Nesta deslocação à Alemanhaos produtores da região de Setúbaltiveram o apoio da Casa das Tor-tas de Azeitão e da Ambiqueijo,
permitindo a degustação de tortase de queijos de Azeitão nas come-morações do Dia de Portugal.Artur Amorim, quadro do BKM edirigente associativo na Ale-manha, que foi um dos promoto-res da iniciativa, relevou aimportância da continuidadedeste de acções para a implanta-ção dos produtos nacionais nomercado alemão. Neste momentodecorrem negociações para arealização de novas acções, no âm-bito das actividades organizadaspelas representações diplomáticasnacionais.
Está também prevista a or-ganização de uma apresentaçãodentro de um dos grandes con-strutores automóveis. Os produto-res que integraram esta primeiraincursão conjunta da região de Se-túbal na Alemanha, organizadapela Força Motriz com o apoio daComissão Vitivinícola Regional daPenínsula de Setúbal, pretendemintegrar iniciativas futuras, dado osucesso desta visita no plano co-mercial e dos contactos.
Promoção dos vinhos da Península de Setúbalem Estugarda coroado de êxito
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PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 13Media
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O Diário de Lisboa acabou em1990, mas o título permaneceactivo e em família. Os herdeiroslançam anualmente uma ediçãopor motivos legais, para prote-ger o título da "usurpação da suamemória", mas também parachegar a novos públicos.
O Diário de Lisboa saiu paraas bancas a 21 de abril de 1921 eacabou a 30 de Novembro de1990. Foi considerado um jornalde referência durante sete déca-das, cobrindo assim uma parteimportante da História de Por-tugal e do Mundo do século XX.António Ruella Ramos, funda-dor do Expresso e ex-director doDiário de Lisboa, mantinha nosúltimos anos a tradição de editarum número por ano, o que se ve-rificou até à sua morte, em2009.
O jornal "era um espaço deliberdade na imprensa mesmosob ditadura", diz João Pacheco,herdeiro actual do título em con-junto com a irmão, Rosa Ruela,sobrinhos de Ruella Ramos.Ambos são jornalistas e querem
mostrar aos portugueses o quefoi o Diário de Lisboa: hoje saipara as ruas uma edição de 500exemplares em papel do título,bem como dos suplementosSempre Fixe, mais virado para ohumor, e Diário Ilustrado, cen-trado, como o nome indica, emilustrações. Manter o título vivo,dizem, é impedir que este "sejautilizado com fins políticos oupublicitários". É protegê-lo da"usurpação da sua memória",conservá-lo disponível como ob-jecto histórico "sem que sejamanchado pela atualidade". Oideal, acrescentam, é que poten-cie os leitores a procurar o ar-quivo do Diário de Lisboa,integralmente disponível na In-ternet na página da FundaçãoMário Soares (http://www.fmsoares.pt).
A relação que ambos têmcom a memória do jornal é for-çosamente diferente da que setem com um "carro que se com-prou" e depois se troca: "é umaparte da família. é como um tioou avô que já morreu mas não
queremos que a sua memóriaseja estragada", diz João Pa-checo.
A edição de 2011 do jornal,
que a partir pode ser encontradonalguns quiosques de Lisboa, in-tegra um misto de "conteúdosactuais e de arquivo", porque "é
importante mostrar algumacoisa" do passado do título.
O Diário de Lisboa de 2011estará disponível em breve naInternet, "mas claro que o papelé outra coisa", não hesita emafirmar Rosa Ruela, jornalistada revista Visão.
"Deu um gozo bestial ir à Lis-gráfica e ver os nossos 500 mo-destos exemplares amontoadosnum canto no meio daquelas ro-tativas gigantes e daquelas tira-gens de milhares [deexemplares]", diz .
Todos os anos, manda a lei, ojornal tem de sair pelo menosuma vez para o título não ficardisponível. "Para o ano cá esta-remos", diz Rosa Ruela, e o ob-jectivo será o de sempre:preservar a memória de um tí-tulo que contou ao longo da suahistória com textos de nomescomo Fernando Pessoa, Fer-nando Assis Pacheco, José Sara-mago, Luís Sttau Monteiro,Eduardo Prado Coelho e Fer-nando Dacosta, entre muitos ou-tros.
Diário de Lisboa regressa uma vez por ano paramanter viva memória de jornal de referência
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 201114 Pub
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 15Economia
O governo da Alemanha aprovouum plano para facilitar a integra-ção de profissionais estrangeirosno mercado de trabalho alemão. Odocumento, de 32 páginas, prevê,entre outros, uma redução dos en-traves à entrada de profissionaisespecializados do exterior na Ale-manha.
O documento aprovado pelogabinete da chanceler AngelaMerkel é tema de discussões entremembros do governo e represen-tantes do mercado laboral, antesde uma possível transformaçãoem projecto de lei.
Berlim pretende, com o plano,não só atrair profissionais qualifi-cados da União Europeia (UE),mas também mão de obra qualifi-cada de fora das fronteiras daunião. Entre outras mudanças, háplanos de empresas que estão dis-postas a empregar engenheiros oumédicos de países não pertencen-tes à União Europeia.
A prioridade do governo Mer-kel deve continuar a ser os de-sempregados alemães. Osobstáculos para a entrada de tra-balhadores estrangeiros na Ale-manha devem ser reduzidos numasegunda etapa.
O plano inclui também medi-das para facilitar a harmonizaçãoda vida profissional e familiar, re-forçar a integração de trabalhado-res mais velhos e dedesempregados no mercado labo-ral, assim como facilitar o ingressodos jovens à carreira profissional.
A principal potência econó-mica da Europa ressente-se de
uma crescente falta de mão deobra qualificada. O governo ale-mão estima que o número de pes-soas economicamente activasdiminuirá em 6,5 milhões nos pró-ximos 15 anos. „Temos um milhãode vagas, e faltam principalmenteengenheiros e médicos“, disse aministra alemã do Trabalho, Ur-sula von der Leyen, numa entre-vista à ARD.
Von der Leyen sinalizou a in-tenção de reduzir o nível salarialmínimo exigido para que trabal-hadores de países de fora da UEpossam obter visto de trabalhopara a Alemanha – dos actuais 66mil euros para 40 mil anuais.„Mas esta é uma reivindicação queserá, com certeza, debatida inten-samente nas próximas semanas“,reconheceu a ministra.
Os planos do gabinete de Mer-
kel já encontram resistência desindicatos e mesmo dentro da pró-pria coligação governamental. AUnião Social Cristã (CSU), partidoque integra o governo Merkel, écontra alterar os rendimebtos mí-nimos exigidos para estrangeirose qualifica a alternativa como„desnecessária“.
Michael Sommer, presidenteda DGB, argumenta de forma se-melhante. „Antes de se pensarsobre a imigração, temos que es-gotar o potencial aqui na Ale-manha“, disse. Sommer acusou,ainda, o governo alemão de cederà pressão do empresariado. „Oapelo para pôr limites de rendi-mentos mais baixos, tem apenasum objectivo: os empresários que-rem profissionais qualificadosmais baratos“, protestou.DW e agências
Berlim quer facilitar a entrada de profissionais especializados no país
A economia alemã deverá crescerquatro por cento em 2011, igua-lando assim o melhor resultadodos últimos 20 anos, averbado em1991, segundo um prognóstico di-vulgado pelo Instituto de Macroe-conomia e Pesquisa da Conjuntura(IMK).
Em 2010, o Produto InternoBruto da Alemanha aumentou 3,7por cento, depois de no ano ante-rior ter tido uma quebra de cincopor cento, devido à crise econó-mica e financeira internacionaldesencadeada em finais de 2008pela falência do banco norte-ame-ricano Lehmann Brothers.
Outros institutos de economiaprevêm um crescimento de 3,7 porcento do PIB alemão para 2011,mas o IMK, um centro de pesquisapróximo dos sindicatos, está maisoptimista.
Na sua anterior previsão, pu-blicada em Abril, o IMK tinhaapontado ainda para um cresci-mento económico de 2,7 por centoneste ano, mas o inesperado in-cremento do PIB no primeiro tri-mestre levaram o institutosedeado em Dusseldorf a corrigira sua previsão em alta.
Para 2012, o IMK prevê umcrescimento económico de 2,3 porcento, depois de em Abril ter prog-nosticado um aumento do PIB de1,7 por cento.
Segundo o director do IMK,Gustav Horn, as boas perspectivasassentam sobretudo no aumentodas exportações, que deverá atin-gir 8,9 por cento em 2011.
Quanto às importações, de-verão aumentar 6,6 por cento nomesmo período, disse Horn emBerlim.
“A economia está a crescer deforma mais equilibrada do que naúltima década, e já não depende-mos tanto das exportações”, sub-linhou o chefe do IMK.
Assim, ao contrário do que su-cedeu nos últimos anos, o con-sumo privado volta a ser um dosmotores da retoma alemã, e de-verá registar um aumento de 1,7por cento em 2011, a maior subidados últimos 10 anos.
Quanto a 2012, os gastos como consumo deverão manter-se aomesmo nível, com uma subida de1,3 por cento, sobretudo devido àevolução positiva do mercado detrabalho, referiu Horn.
A crise das dívidas soberanasnos chamados países periféricosda zona euro constitui, no entanto,o maior risco para a retoma daeconomia alemã, segundo omesmo investigador.
“Na Grécia, em Portugal e naIrlanda a evolução económicacontinua instável, mas também aItália e na Espanha deverá haverum fraco crescimento económicoem 2011 e em 2012”, disse Horn.
O preço das matérias-primasno mercado internacional poderátambém comprometer o cresci-mento da maior economia da zonaeuro, se se mantiver a tendênciade subida, adiantou ainda o di-rector do IMK.FA
Economia alemã deverá crescer4% em 2011 e igualar marca de
A cerca de 30 quilómetros deDortmund e a 50 de Münster, Syt-hen Haltern am See é uma locali-dade bucólica, com lagos e áreacampestre que faz atrair muitosvisitantes para um passeio fami-liar e repousante.
É inserido no complexo da pis-cina local, também ela rodeada deespaços verdes, que se encontra oconhecido Restaurante PortuguêsZum Freibad Sythen Haltern, res-taurante que é frequentado poraqueles que procuram a piscinapara um dia de banhos. Aliás, doterraço do restaurante, onde sepode almoçar descansado, avista-se a piscina e o grande escorregade água que é um passatempo queocupa jovens e crianças.
Diga-se que o RestaurantePortuguês tem, para além da es-planada-terraço, capacidade paracerca de setenta comensais. Paraas famílias que o visitam, uma dasvantagens deste restaurante é queas crianças não estão presas àmesa. A pequenada pode escolher
a piscina ou os espaços verdespara se entreter enquanto os adul-tos, descansados, almoçam ouconvivem.
E se não fosse este motivo jáde si uma atracção para ter esterestaurante nos seus roteiros dosdomingos ou dias de férias, o Res-taurante Português tem a ainda avantagem de ter à sua espera pra-tos de cozinha tradicional portu-guesa apetecíveis.
Assim, os grelhados a carvãode carne e peixe, destacando-se ofrango na brasa são já de si doismotivos para uma visita.
E que dizer ainda das Gambasà Casa que podem, num dia de sol,ser saboreadas no terraço aprazí-vel, isto para não falar dos restan-tes pratos como, por exemplo, oCozido à Portuguesa.
Para a criançada, e não só, agelataria S.Remo Haltern forneceos verdadeiros gelados italianospara completar a sobremesa.
Se está de férias e fica por aqui,já sabe que tem um local para pas-
sar um dia e gozar do descansoque merece. Caso contrario, podelevar os seus amigos e familiarespara festejar qualquer evento,nem que seja a vida.
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Caro/a Leitor/a:
Se é assinante,avise-nos se mudou ou vaimudar de residência
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011Consultório1616Catarina Tavares
Advogada em PortugalRua Castilho, n.º 44, 7º
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TRADUÇÕESPORTUGUÊS ALEMÃO
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Claus Stefan BeckerAdvogadoCarlos A. Campos MartinsDireito alemãoConsultas em português por marcação
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O consultório jurídico tem a colaboraçãopermanente dos advogados
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Rechtsanwalt/Advogado
Victor Leitão Nunes
Consultas em português40210 Dusseldorf Immermannstr. 27
[email protected].: 0211 / 38 83 68 6Fax: 0211 / 38 83 68 7
O que foi isto? O radar apanhou-
me? Quase todos os condutores co-
nhecem este segundo de
sobressalto. E depois, as reflexões:
em quanto é que eu terei excedido a
velocidade permitida? Quais serão
as consequências?
Agora só há uma coisa a fazer:
mitigar os danos! Se for apanhado
praticamente “em flagrante”, isto é, se
a polícia o mandar parar logo a seguir
a ter ultrapassado o limite de veloci-
dade, não deverá deixar transparecer
que o fez com intenção. A desculpa
“estava com pressa” dá precisamente
isso a entender. Assim, o melhor será
não fazer quaisquer declarações, pois,
como é sabido, “tudo o que disser, po-
derá e será usado contra si em tribu-
nal”. Mas, normalmente, os
condutores não são imediatamente
mandados parar pela polícia. Só al-
guns dias ou algumas semanas mais
tarde receberão uma carta oriunda do
órgão administrativo responsável por
tais infracções.
No caso de infracções puníveis
por uma multa até 30 €, o transgressor
receberá em primeiro lugar, no cha-
mado processo de advertência, o re-
spectivo impresso
(Verwarnungsbogen). Poderá então
admitir que cometeu a infracção,
efectuando o pagamento da multa
dentro do prazo de uma semana a
contar da recepção do dito impresso.
Desta forma, o assunto ficaria defini-
tivamente arrumado, dado que esta
contravenção não acarretaria demais
consequências pois, actualmente, ape-
nas são inscritos pontos no Registo
das Contravenções de Trânsito de
Flensburg no caso de multas a partir
de 40 €.
Se não se proceder ao pagamento,
ou se o montante da multa for mais
elevado, seguir-se-á o processo de
coima administrativa (Bußgeldver-
fahren). Este processo será igual-
mente iniciado por um questionário.
Ao preenchê-lo, será importante
saber-se que apenas se está obrigado
a indicar os dados relativos a identi-
dade, profissão e lugar de residência.
Não se terá de declarar os rendimen-
tos, nem a forma como se obteve a
carta de condução. Além disso, a pes-
soa implicada e que ia ao volante, tem
o direito de recusar a prestação de de-
clarações pois ninguém é obrigado a
testemunhar contra si próprio. Per-
siste igualmente o direito de recusa de
testemunho relativamente a parentes
próximos e noivos, mas tal não será o
caso se se tratar de parentes afastados
ou de amigos.
Se não forem fornecidas quais-
quer informações, ter-se-á de contar
com a continuação das averiguações.
Quanto a estas, deverá saber-se que
não se está obrigado a prestar quais-
quer declarações à polícia sobre a
contravenção em causa, nem a polícia
está autorizada a proceder a uma con-
vocação. Apenas persiste dever de
comparência perante o Ministério Pú-
blico, mas, neste estádio, o mesmo
não procede normalmente a quaisquer
diligências. Portanto, se a polícia lhe
pedir para comparecer na esquadra,
não terá de o fazer. A polícia toma ge-
ralmente outras medidas para prosse-
guir as averiguações. Poderá
comparar a fotografia com a do bil-
hete de identidade que consta do Re-
gisto de Habitantes
(Einwohnermeldeamt), ou apresentar-
se em sua casa ou na casa dos seus vi-
zinhos para perguntar quem é a
pessoa que está na fotografia.
Logo que tenha sido averiguado
quem é a pessoa que foi fotografada,
será normalmente decretado, algumas
semanas mais tarde, um aviso de
multa administrativa (Bußgeldbe-
scheid). Para além do acto de que se
é acusado e das respectivas conse-
quências jurídicas, deverá constar
deste aviso o montante da multa e, no
caso de ter sido pronunciada uma
proibição de condução, qual a dura-
ção da mesma. Frequentemente, são
indicados também os pontos a serem
registados em Flensburg, mas não
persiste qualquer direito a que tal in-
dicação seja efectuada.
Terá agora
duas semanas para
impugnar o aviso
de multa. No caso
de querer defen-
der-se, deveria, o
mais tardar nesta
altura, consultar
um advogado para
que o mesmo pro-
ceda à defesa dos seus interesses. Por-
que só ele terá acesso aos autos do
processo e a possibilidade de persisti-
rem erros de medição ou irregularida-
des processuais é bastante
considerável. Mesmo que na fotogra-
fia tirada por ocasião do controle de
radar se reconheça bem o seu rosto, o
que não é frequentemente o caso, isto
não quer dizer que tenha cometido a
contravenção de que o acusam. Para
se chegar a uma conclusão, terá de se
avaliar o certificado de aferição, a
acta da medição, a fotografia que
serve de prova, eventualmente os
autos referentes aos aparelhos, etc,
portanto, a totalidade dos autos refe-
rentes às investigações em causa.
Mesmo que se comprove que co-
meteu a infracção, persiste em muitos
casos pelo menos a possibilidade de
se evitar a proibição de conduzir, pa-
gando-se uma multa mais elevada, ou
de se adiar consideravelmente tal
proibição, com a finalidade de a
mesma ter lugar numa altura mais fa-
vorável, por exemplo, para quando se
tiver férias. Outra chance de se esca-
par a um aviso de multa administra-
tiva, é o prazo de prescrição
relativamente curto que comporta três
meses. O prazo de prescrição só co-
meçará a contar de novo se, dentro
destes três meses, as autoridades fize-
rem chegar o questionário à mão da
pessoa implicada, portanto do condu-
tor. A partir da altura em que se rece-
ber o aviso de coima administrativa,
o prazo de prescrição comportará seis
meses. Por isso, o meu conselho é de
se consultar um advogado a tempo e
não se esperar que chegue tal aviso,
para que aquele possa eventualmente
dar informações acerca do prazo de
prescrição e possíveis formas de com-
portamento com respeito ao processo
em decurso. O seguro de protecção
jurídica acarretará geralmente com as
despesas referentes aos honorários de
um advogado já a partir da emissão do
questionário enviado no contexto do
processo de coima administrativa.
Muito obrigado pelo seu inte-
resse!
Apanhado pelo radar! E agora?Miguel Krag, Advogado
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CrónicaLuísa Costa Hölzl
inda mal chegada, o
país invade-me: são
cheiros, cores, uma ma-
drugada lavada e azul,
debruçada sobre a va-
randa lisboeta, depois
os mesmos movimentos de há trinta
anos para cá, numa espécie de coreo-
grafia que alguém traçou para mim e
que vou cumprindo. As mudanças são
impercetíveis, em vez de trazer filhos
trago uma neta para a minha praia
desde 1975, ao jantar somos quinze e
ainda não estamos todos, teria decor-
rido da mesmíssima maneira vinte
anos atrás, os jovens de hoje ainda
miúdos, os intermédios sem brancas
nem barriga, os patriarcas mais direi-
tos, mas as vozes soam iguais, iguais
as hierarquias, só que as histórias se
atropelam porque o velho casal se
multiplicou em três gerações e todos
se lembram de mais uma achega e até
a bisneta meio brasileira, do alto dos
seus três anos, usa eloquentemente e
em ritmo dengoso vocabulário e sin-
taxe fazendo rir os convivas. Aqui
estou de novo, oiço as gaivotas garga-
lharem e o mar no seu sussurro caden-
ciado. Vamos apanhar sol, tomar
banhos de mar, conversar com os ami-
gos, recordar e repetir os gestos de
sempre – como se estas duas semanas
de veraneio quisessem provar-nos que
a vida é eterna.
Eterna neste paraíso que os re-
sponsáveis da terra teimam em de-
struir. A câmara oferece atividades aos
veraneantes, o que significa um sem-
número de contruções mais ou menos
manhosas, andaimes, tábuas, plásti-
cos, tudo para a criançada, pelos vis-
tos farta de antemão das ondas, dos
mergulhos, das carreirinhas, dos cas-
telinhos de areia. Parecem preferir,
crianças e progenitores, passar man-
hãs inteiras em filas para poder escor-
regar por um escorrega aerodinâmico,
insuflável monstro, avatar dinossáu-
rico da antiga bóia do patinho e que
não deixa ver nem a foz do rio nem o
pontal do farol.
Para este paraíso terrestre cha-
mado Praia da Rocha constituíram
funcionários zelosos, descendentes
dos muitos que haviam vertido, du-
rante três décadas, em betão tudo o
que era paisagem, um exército de
fadas solícitas ou bruxas maldosas
que, com varinha de condão transfor-
maram o belo que ainda nos restava –
a falésia de odor açucarado, aquele
areal sem fim pontuado de guarda-
sóis e toldos, o mar ao longe, azul ou
de prata ou arroxeado conforme a al-
tura do sol - num aglomerado de con-
struções, propagando em letras
garrafais quem as pagou. Os „jogos
de praia“ decorrem – como poderia
deixar de ser? – sob altifalantes gigan-
tes que levam aos confins da falésia,
aos prédios de apartamentos e até ao
fundo do mar um ritmado incessante:
monstros à solta, por isso as gaivotas
entre as 8 da manhã (quando a disco-
teca ao ar livre encerra) e as 10
(quando começam altitroantes os ber-
ros descabelados da menina da ginás-
tica) gargalham alto, exigindo para si
o devido espaço. E as cigarras, silen-
ciadas durante todo o dia, cantam ao
desafio. Assim a alma descansa um
pouco, de leve, nos intervalos dos zu-
nidos e bramidos, organizados pela
câmara de Portimão e seus afins, ou
antes: organizados por bancos e su-
permercados, aos quais a política
local se verga em humildade neolibe-
ral.
Além do barulho, a praia este ano
está semeada de bolas vermelhas por-
que um supermercado gigante, ao
qual temos de ir com sacrifício para
encher os frigoríficos da numerosa fa-
mília, não espera que lá entremos,
empurrando carrinhos e pagando con-
tas monumentais, não, este ano, ele
decidiu vir junto a nós. Temos o su-
permercado espalhado pelo areal em
forma de presentes que – pasmem! –
não vendem mas distribuem perdula-
riamente por uma multidão sedenta de
bolas, guarda-sóis, livrinhos infantis
alegadamente didáticos, que apelam à
consciência ecológica das criancinhas
e cujos invólucros de plástico vão
fazer explodir os caixotes do lixo, já
de si poucos e a abarrotar.
Então este ano foi assim: às 8 da
manhã andavam funcionários com
redes a apanhar embalagens e panfle-
tos publicitários que durante todo o
dia a prolixidade duma (multi)nacio-
nal semeava pelo areal. Na passadeira
uma senhora, à tardinha, equilibrava-
se sobre as tábuas com certa dificul-
dade pois segurava duas grandes
bolas à frente do seu decote generoso.
E uma família procurava em vão um
pouco de sombra debaixo do toldo pe-
jado de tralha oferecida, o que os fará
ter de comprar mais protector solar no
dito supermercado. E numa fila duas
senhoras lutavam com impropérios e
apertões por um reles guarda-sol!
Isto é num cantinho duma praia,
esta num cantinho duma região, por
sua vez num cantinho dum país.
Porém está aqui todo o Portugal no
seu melhor: as crianças brincam e bul-
ham, jogam computador de costas
voltadas para a apetitosa rebentação,
outras esperam pacientemente à tor-
reira do sol por algo que lhes foi pro-
metido, como se já treinassem para
uma futura fila de desemprego. Os
pais espreguiçam-se ao sol, os casa-
linhos beijam-se, as bisavós nadam
lado a lado com as bisnetas, os casais
que ultrapassaram as bodas de prata
conversam sobre outros que lá não
chegaram e que vivem em novas re-
lações, pergunta-se pelos filhos, pelos
estudos, pelo presente e pelo futuro,
sempre na tentativa de agarrar o que
nos agrada e esconjurar o que não de-
sejamos. Lemos jornais e revistas
para termos assunto, quem vem de
fora troca os nomes dos políticos e
terá a sensação que todos os anos
ouve o mesmo discurso: isto está mal,
muito mal mesmo, mas os prédios
cresceram no inverno, à avenida da
praia deram um novo visual, com
pista de bicicletas e arvorezinhas que
oxalá cresçam em tamanho e graça.
Quem lê a imprensa cor-de-rosa fala
das caras que por lá aparecem, quem
folheia revistas de modas sonha com
um novo casacão, quem prefere jor-
nais sérios inicia debates sérios e
preocupa-se, entre duas fortes braça-
das e um banho de sol com as inund-
ações do outro lado do mundo,
derrocadas em minas e incêndios em
parques nacionais. E até há quem leia
livros e troque sobre isso impressões:
Caim de Saramago agradou, ficção
picaresca cuja linguagem herética não
escandalizou minimamente a octoge-
nária católica, apostólica, romana.
Reencontrei pois um país cheio
de liberdade, onde se trocam opiniões,
mas todas elas leves, harmoniosas,
bafejadas pelo espírito de férias que
rejeita conflitos ideológicos. O
mundo das férias, do sol e do mar, das
noites quentes e das manhãs lavadas,
requer cérebros um pouco parados,
nada de voos intelectuais, de artigos
de várias páginas, de tratados filosó-
ficos. Bastam curtas crónicas para nos
sentirmos cansados, por isso liberta-
mos do invólucro os livrinhos ofere-
cidos, vamos lê-los aos mais novos.
São patetas, ideais para este tempo e
este espaço.
A cabeça um pouco vazia, mas de
coração leve regressaremos, como
todos os anos, aos nossos afazeres...
Impressões estivais
A
A nossa promoção1 DVD: € 29,50 - Custos de Correios incluídosColecção de 3 DVDs : € 26,50 por filme em vez de 29,50Colecção de 5 DVDs : € 25,50 por filme em vez de 29,50 + Custos de correiosColecção de 10 DVDs : € 24,00 por filme em vez de 29,50 + Custos de correios
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 201118Agenda
Tome NotaAs informações sobre os eventos a divulgar deverão
dar entrada na nossa redacção até ao dia 15 de cada mês Tel.: 0231 - 83 90 289
Fax :0231-8390351 Email: [email protected]
IMPORTANTEÀs associações, clubes, bandas , etc..
Citações do mês"O remorso no coração do homem é mais eficaz do que todas as sovas que ele possaapanhar."Textos Judaicos
"Fanático é o sujeito que não muda de ideia e não pode mudar de assunto."Churchill , Winston
Embaixada de PortugalZimmerstr.56 10117 Berlin
Tel: 030 - 590063500Telefone de emergência (fora do horário normal
de expediente): 0171 - 9952844
Consulado -Geralde Portugal em Hamburgo
Buschstr 7 20354 - Hamburgo
Tel: 040/3553484
Vice-Consulado de Portugal em Osnabruck
Schloßwall 2 49080 Osnabruck
Tel:0541/40 80 80
Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf
Friedrichstr, 20 40217 -Dusseldorf
Tel: 0211/13878-12;13
Vice-Consuladode Portugal em Frankfurt
Zeppelinalle 15 60325- Frankfurt
Tel: 069/979880-44;45
Consulado-Geralde Portugal em Stuttgart
Königstr.20 70173 Stuttgart
Tel. 0711/2273974
Conselho das ComunidadesPortuguesas:
Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47
Alfredo StoffelTelefone: 0170 24 60 [email protected]
José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049
Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/[email protected]
Fernando GenroTelefone: 0151- 15775156
AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim
Tel.: 030 254106-0
Federação de EmpresáriosPortugueses (VPU)
Hanauer Landstraße 114-11660314 Frankfurt
Tel.: +49 (0)69 90 501 933Fax: +49 (0)69 597 99 529
Endereços ÚteisJulho 2011
Grupo de FadosGerações
Actuações em qualquer parte da
Alemanha e em todosos tipos de eventos
Contacto: 0173-2938194
Realizou-se no passado dia 19.de Junho um almoço convívio com o intuito de angariar donativospara crianças necessitadas em Portugal. A iniciativa coube a um grupo de senhoras que, em conjunto com a Associação Portuguesa em Ems-detten, soube reunir cerca de cem pessoas que se juntaram para uma acção nobre.
No final, o Presidente da Associação disse que a iniciativa rendeu a quantia de 1600,-€ que,na próxima oportunidade ,será enviada para a instituição SOS Criança.
Esta iniciativa de solidariedade já vai no terceiro ano consecutivo.Através do nosso jornal, a Direcção da Associação Portuguesa em Emsdetten agradece a todas as
pessoas que contribuíram com o que puderam e participaram no convívio.
Associação Portuguesa em Emsdetten organizou convivio de solidariedade
NEUSS - Encontra-se patente,até ao próximo dia 4 de Março de2012, no Siza-Pavillon, Raketens-tation Hombroich, em Neuss, umaexposição sobre a obra do arqui-tecto português Álvaro Siza Vieira,intitulada “Von der Linie zumRaum”.
Até 17.07.2011 – HAMBURGO-Exposição sobre o 400 anos do ce-mitério dos judeus portuguesesem Hamburgo com cerca de 200sepultaras. A exposição estáaberta ao pública da 9h00 à21h00. Local: Carl von OssietzkyStaats- und Universitätsbibliot-hek, Von-Melle-Park 3,
Até 15.08.2011 – HAMBURGO –Exposição de Pintura Episódiosdos Lusíadas. Local: Consulado-Geral der Portugal, Büschstr. 7 ,da 9h00 às 17h008.07.2011 –LANGENFELD –Concerto do grupo de fado SinaNossa: Local:Marktplatz Langen-feld, - Início: 19h45
9.07.2011 – HAMBURGO -Concerto dos grupos Natiruts(brasileiro) e Terrakota (portu-guês) . Local: Fabrik (Barnerstr.
36). Início: 20h00
10.07.2011 – FELBACH - Ter-ceira edição da Festa do Verão noparque do Centro Português deFellbach. Durante todo o dia
10.07.2011 – GÜTERSLOH –Jogo de Futebol entre o FC doPorto e o FC Gutersloh no estádioHeidewaldstadion, em GüterslohInício: 19h30
11.07.2011- DUISBURG – Con-certo do grupo de fado Sina Nossa:Local:Bezirksbibliothek DuisburgRheinhausen. Início: 19h00
10.07.2011 - MÜNSTER - Convi-vio da Comunidade da Missão Ca-tólica. Início: 11hoo com missa nocampo. Local: Sportanlage Sen-truper Höhe Pl.1 Münster
14.07.2011 – ESTUGARDA- Ac-tuação do grupo de Trio Fado.Local: Museum fürNaturkunde/Schloss Rosenstein,Rosenstein 1,, 70191 Stuttgart
16.07.2011 – OBERHAUSEN –FC Porto defronta o BorussiaMönchengladbach, no Niederr-
heinstadion, em Oberhausen.. Iní-cio: 19h30
Hamburgo, Até 31 do 07. 2011 –Exposição de Fotgrafias Hans-Jürgen Odrowski sobre Portugal.Local: Restaurante Aquário, ,Rambachstr. 4
31.07.2009 Hitzacker –Concerto de Telmo Pires.Local:Festival, großer Saal: Início:19h00
BERLIM - Liga Europeia de Fu-tebol de Praia nos dias 8, 9 e 10 deJulho em Berlim, no Pavilhão O2. Participação Selecção Portuguesa.Os jogos da selecção nacional, queé a campeã em título, são:
Dia 8 de Julho (sexta-feira) às18h00 – Portugal vs. Turquia
Dia 9 de Julho (sábado) às 16h45– Portugal vs. Roménia
Dia 10 de Julho (domingo) às16h30 – Portugal vs. Rússia
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Capa duraNº de Páginas: 176Dimensões: 22,5 x 24 Preço: 35,00 €
Conhecido por “fiel amigo”, o bacalhau temuma tradição muito particular e original nagastronomia portuguesa. Neste livro, fique aconhecer as origens da pesca deste peixe, assuas principais características, a melhor formade o arranjar e outros aspectos importantes,como a melhor forma de o escolher, conservar
e amanhar. Deleite-se com as nossas receitas e experimente-as todas. Fique, ainda,a conhecer as tradições deste peixe noutros países do Mundo.
O Grande Livro Receitas Bacalhau
Como Cortar Trabalhos deBruxaria
Formato: 14x21cmPáginas: 152Preço: 25,00 €
Um ritual de magia negra posto emacção contra alguém pode prejudicar
avítima e destruir a sua vida de forma brusca e surpreendente.Todas as áreasestão sujeitas a ficar afectadas. Tudo à sua voltaparece ruir. E, mais graveainda, a vítima de magia negra nãoconsegue encontrar forças para reagir. Neste livro de carácter prá-tico, a autora apresenta rituais fáceis de executar quepermitemcriar uma aura de protecção.
Os Signos, Astrose o Seu Destino
Autor: Anabela QuentalFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 148Preço: 22,00 €
Há milhares de anosatrás, o homem, os deu-
ses, os astros e a natureza viviam em comunhão per-feita e a astrologia e a religião estavam intimamenteligadas.Com os tempos desenvolveu- mse uma cultura astroló-gica mais sofisticada. A abordagemfeita nesta edição aos signos e às várias situações doquotidiano é bastante genérica e ligeira,mas procurou-se falar das áreas de vida mais impor-tantes
Orações para Todos osMalesFormato: 14x21cmPáginas: 90Preço: 22,00 €
Por razões de saúde, familiares, afectivas, ma-teriais ou espirituais, todos mpassamos emalgum momento por situações difíceis. Nestaobra encontrará uma centena de orações ade-
quadas a cada caso. Orações para encontrar mcompanheiro/a, para conseguir casar-se com o seu namorado, pela paz da família, contra doenças, etc.
Aprenda aProteger-seContra a Inveja e Mau-OlhadoFormato: 15,5 X 23 cmPaginas: 156Preço: 19,90 €
Nas alturas de maior fragilidade,há que mcriar uma protecção efectiva contra os possíveis efei-tos das energias negativas.Neste livro damos-lhe conhecimento de mantigos amuletos, fór-mulas, rituais práticos, orações e rezas especiais mpara quepossa repelir esse encantamento maligno.
Orações aos Anjos da GuardaFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 144Preço: 25,00 €Na primeira parte desta obra encontraráum vasto número de orações aos anjos daguarda, que certamente serão do seu in-teiro agrado.Na segunda parte deliciar-se-á com a lis-tagem completa dos 72 anjos protectores.Cada um destes anjos confere característi-cas particulares mao modo de ser e de
amar dos seus protegidos. Conheça o seu anjo e as características que ele lheimprime na sua vida. Estes seres celestiais estão constantemente ao nossolado, para nos proteger ou para nos afastar dos perigos.
Aprenda a Viver Sem StressFormato: 15,5 X 23 cm.Páginas: 100Preço: 18,99Quanto mais tempo da sua vida éque está disposto a desperdiçar?Quanto mais tempo da sua vida estádisposto a continuar a sofrer?Quanto da sua vida está disposto afinalmente reivindicar hoje? Quantomais tempo vai deixar que os outrosmandem nas suas escolhas? E, se reivindicar a sua vida, acha quefica a dever alguma coisa aos outros?Quando você cede ao stress, você não está ser você mesmo.Quando você cede ao stress, você passa ao lado da vida, da suavida. Você vive em permanente sobrevivência. E quem sobrevive,sofre. E quem sofre, vive em stress.. "Aprenda a Viver Sem Stress" é um livro que o ajuda a reencon-trar-se.
PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011Vidas2020
Pedimos aos leitores que nos en-viam correspondência para estarubrica para não se alongaremmuito nos textos que escrevem.A redacção reserva o direito decondensar e de trabalhar os tex-tos que nos enviam.Obrigado.
Estou aqui há nove anos e duranteestes anos todos o nosso jornaltem sido uma companhia quemuito estimo e é com alegria quetodos os meses o recebo na caixado correio .
Vim, como já disse, há 9 anospara a Alemanha morar para umacidade perto de Hamburgo. Digoque estes 9 anos foram de martí-rio, pois pensava vir resolver aminha vida aqui na Alemanha.
Sou separada do meu homemque, sinceramente, não sei poronde anda, daí que ainda não metenha divorciado. Quando vimpara aqui trouxe comigo a minhafilha. Trazia muitas esperançasque a minha vida melhorasse.Trazia vontade de lutar e vontadede mudar de vida, talvez até fazerum pé de meia e depois retornar.Cheguei também aqui com saúde,com bastante saúde.
Os primeiros meses e anosforam duros. Pensava que quandose muda de situação a dureza davida é uma coisa normal e que lu-tando e sendo persistente acaba-mos por conseguir um pouco defelicidade.
Mas não foi isto que aconte-ceu.
Cheguei aqui com a pequenanos braços e com a ajuda de com-patriotas arranjei casa e trabalhona gastronomia. Não ganhavamuito mesmo trabalhando todosos dias no duro. A minha filha foipara uma escola que era frequen-tada por filhos de nossos vizinhos.Com muitas dificuldade lá se inte-grou e o hoje não tem problemascom o alemão, graças a deus.Quando a minha filha chegava daescola, o tempo era para tratar dassuas coisas deixar-lhe de comerpara a noite e eu ia trabalhar até às
tantas da noite. A pequena ficavaem casa sozinha e eu quando che-gava já ela dormia profunda-mente.
A minha alegria era estarmosjuntos de manhã ao pequeno al-moço e no dia que eu tinha folgaque nunca era ao fim-de-semana.A nossa vida andava desencon-trada. Mas ela compreendia quetinha de ser assim e eu dava graçasa deus por isso.
Em quatro anos de trabalhomudei várias vezes de patrão natentativa de conseguir melhorescondições, mas, ao fim e ao cabo,era tudo igual. Trabalhar nas co-zinhas de restaurantes é muitoduro e ganha-se pouco.
Neste entrementes, pensavaque a ser assim a minha vidanunca melhoraria. O que eu gan-hava não era assim muito e nãodava para juntar como eu antespensava.
Comecei a ficar arrependida deter vindo e a pensar que aquilonão era vida. Às vezes pensava en-contrar um homem para partilhara vida e ter alguém que me desseânimo e em quem eu poderia en-contrar um pouco de felicidade,mas com o trabalho e as preocupa-ções em educar a minha filha nãotinha tempo para me ocupar comisso. Também não encontrava pes-soas com quem me desse e tivesseassim uma vida social. Como tam-bém trabalhava aos sábados e do-mingos não tinha a oportunidadeem fazer amizades.
De modo que a minha vida eracasa e trabalho e ainda a preocu-pação com a minha filha.
Não sei porquê, mas fiquei asentir-me desgostosa, triste e de-pressiva. Não estava contente coma minha vida e pensava que se eu
mudasse para um trabalho que fi-zesse um horário normal as coisaspoderiam talvez correr melhor.Mas não dominava, nem hoje do-mino, o alemão para me aventurara outras coisas.
Nisto comecei também a ficardoente, coisa que eu não conhecia,a sentir-me mal por tudo e pornada e como comecei muito a ir aomédico e a ficar de baixa os pa-trões avisaram-me que assim nãopodia ser e, com medo de perder otrabalho, decidi não mais ficar debaixa.
Enfim, tinha de levar a minhacruz ao calvário e aguentava.
Uma das coisas que mais mefalta é ter uma vida social, isto é,amizades com quem eu possa saire conversar. Mas, porque tinha etenho um horário de trabalhoanormal, é muito difícil conseguirisso. Também me faltava umacompanhia masculina e sentia afalta quando me sentia muito só.Não era aquela solidão de quemestá só em casa, mas sim o senti-mento que me ocupava de não teralguém que me esperasse em casae a quem eu pudesse contar o meudia, encostar a minha cabeça naesperança de que as carícias fos-sem um remédio para as carên-cias. E era isso que me sentia:carente.
Falei com a minha filha sobreo que eu sentia e ela disse-me queachava bem que eu quisesse umamigo e dei graças a deus por teruma filha compreensiva.
Os dias corriam e eu sentia-menão muito bem; cansada, triste ecada vez mais desgostosa.
Fui ao médico e depois de umexame geral chegou-se à conclu-são que eu organicamente nadatinha. Foi assim que o médico me
passou uma guia para um psicó-logo que por sua vez me mandoupara um psiquiatra para ser medi-camentada com anti-depressivos.Passei a ser medicamentada e a irao médico psiquiatra regular-mente. Dizia-me ele que uma dasrazões para este meu estado era euestar deslocada do meu país e nãome dar bem com a nova situação.
Certo como certo é que paraalem da minha situação eu andavaa precisar de alguém. Chegueiaqui com 40 anos, tenho agora 49anos, acho-me nova e atraente e ofacto de não ter ninguém a meulado era e é como uma doença queme moía...
Bom, a vida continuava e omeu trabalho no restaurante eraoutro e passei, ao fim de algunsanos, para a mesa. Pensei queseria menos duro, mas enganei-me. Era mais duro e mais exigenteo que me requeria uma atençãoque desgastava.
Mas estava contente. Aomenos falava com pessoas. Elassorriam-me, pediam-me isto eaquilo e fazia-me bem esta rela-ção. Tornei-me até conhecida dealguns cliente que iam amiúde aorestaurante e tratavam-me deforma familiar.
O meu alemão já dava, ou mel-hor, era suficiente para a novafunção. Não requeria longos diálo-gos porque o empregado que aten-dia dizia-me para eu levar ospratos para a mesa tal e tal e eraassim.
Apesar desta súbita alteração,a minha vida não se alterou por-que requeria a mesma ocupação.Antes de recolher a louça dasmesas eu tinha de preparar o res-taurante: pôr mesas, limpar, etc .
Quando chegava a casa por
volta da meia noite estava estoi-rada. Tomava um duche e deitava-me ao lado da minha pequena atéadormecer.
Mas a ideia de ter alguém nãome saía da cabeça e quando pen-sava nos meus dias de folga saircom gente que conhecia do restau-rante lá estava o meu principalafazer a impedir-me: a minha ga-rota. Eu fazia questão de lhe dedi-car o dia, o único dia que tinha defolga.
Às vezes apalavrava encontroscom homens que conhecia ocasio-nalmente mas não passava disso eas coisas morriam antes de nascer.
Nisto não sabia para onde mevirar.
Depois de ter chegado comtantas esperanças: ganhar din-heiro, construir uma vida, arran-jar um companheiro e destamaneira dar uma pai à minhafilha, elas tenham morrido poucoa pouco. Quer dizer que a Ale-manha foi para mim uma desilu-são porque não me preencheuenquanto ser humano. Isto paranão falar no tempo nem na formacomo às vezes eu era tratada pelaspessoas..
Em suma, depois disto e des-tes 9 anos aqui passados volto aomeu país para recomeçar tudo denovo lá na terra de onde eu nuncadeveria ter saído Maria Pinto
Nove anos de desilusões e de solidão
Este ano por motivos familiaresestive três vezes em Portugal.Fui lá e cada vez estou mais desi-ludido com o país de que sempretanto gostei e do qual sempre tivetanto orgulho.
Não sei os porquês, mas sem-pre tive um sentimento muitoportuguesinho a pontos que nostempos activos em colectividadesmostrava algo Portugal com or-gulho.
Hoje, e depois de ver tantascoisas que me deixam pensativo eme desagradam no país do qualeu tinha tanto orgulho, dou gra-ças a Deus de o meu pai (Deuslhe tenha a alma em descanso)um dia ter vindo para a Ale-manha .
Como é possível num Portu-gal europeu os doentes continua-rem meses e meses à espera deter uma consulta médica?
Como é possível um doente ir
tirar um TAC e só cinco mesesdepois ter novamente consultapara o médico lhe comunicar oresultado, vindo esse mesmo do-ente a falecer passado quatro se-manas?
Como é possível uma pessoaestar nove meses à espera de seroperada por doença renal e porfim terem que lhe tirar um rimderivado infecção que se ala-strava?
Como é possível que uma do-ente um dia após ser operada pormotivo de incontinência urinárialevar uma repreensão de uma en-fermeira em voz alta e de má caraem frente de outros doentes e vi-sitantes que no quarto se encon-travam?
Como é possível um doentedar entrada num hospital e estarmais de hora e meia à espera deser atendido e vir a falecer nomesmo dia por ataque cardíaco?
Como é possível haver numHospital Distrital apenas doismédicos urologistas para umapopulação de mais de 90 mil ha-bitantes e dois dias mais tardeler-se no jornal que há 84 milmédicos desempregados?
Como é possível um padrenão acompanhar um funeral ?Motivo: não tinha tempo?
Como é possível num mer-cado uma pessoa querer comprarum queijo fresco por setenta cên-timos e depois de dar volta aosbolsos apenas juntar 58 cêntimose ir-se embora sem o comprar?(murmurando que já tinha to-mado quatro comprimidos masainda não tinha comido nada.)
Como é possível uma pessoair comer ao restaurante e depoismandar apontar?
Como é possível pedirem-me€ 500 para uma notificação deherança sobre um automóvel sem
valor que até para o abater aindateria de pagar?
Como é possível todos os diasler-se no Jornal que um filhomatou o pai, um pai matou amãe, um sobrinho matou a tia,uma tia matou…
Como é possível acontecertantas e tantas outras coisas quedariam para encher páginas destejornal e ainda se diga que o fu-turo vai ser pior?
Como é possível que eu du-rante todos estes anos não metenha apercebido de tudo isto?
Talvez por ir de férias noverão e andar sempre de óculosescuros, ou talvez porque aindanão tinha chegado a hora de meconfrontar pessoalmente com arealidade
Esta é a realidade do dia adia com a qual fui confrontado enum curto prazo de tempo emPortugal.
Acabei por perceber que oansioso desejo de regressar defi-nitivamente a Portugal nem sem-pre é das melhores opções,principalmente quando chega-mos a uma certa idade quandonos encontramos doentes e os fil-hos se encontrem na Alemanhaou noutro país.
Para o meu pai, infelizmentejá não foi possível mas a minhamãe regressou nove anos depoisao país onde viveu e trabalhou eonde eu tenho a certeza que emcaso de necessidade terá a assis-tência devida e a nossa ajuda.
Mais um como é possivel nãoposso deixar passar!
Como é possível … mais umavez os portugueses votarem empolíticos como um Dr. PauloPortas?
Antonio HortaGelsenkirchen
Como é possível tudo isto num Portugal Europeu?
Passar o TempoPORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 21
CONSULTÓRIO ASTROLÓGICOE-mail: [email protected]: 00 351 21 318 25 91
Por Maria Helena Martins Previsões para Julho de 2011
2ª edição
Centenas de empresas luso-alemãs.Um meio de contactos disponível para todos
-particulares e empresas
Indispensável!Um directório que fazia falta à
Comunidade Luso-Alemã
Directório Empresarial Luso-Alemão
Das Portugiesische-Deutsche Branchenbuch
Encomenda de exemplares e pedido de informações
Tel.: 0231 - 83 90 289 ou porfax: 0231: 83 90 289
44145 dortmundPreço: € 7,50 + portes (particulares)
€ 12,50 + portes (empresas)
Um rapaz está noivo há três anos. - Não achas que já é tempo de casarmos? — pergunta à noiva. - Acho que sim. Mas quem nos quererá?
•••- Querida: há cinco meses que nos namoramos e tenho vindo todasas noites à tua casa. - E então? - Então... creio que já é altura de nos casarmos para poder sair denoite com os meus amigos!
•••No Tribunal da Golegã, um réu, muito esfarrapado, afirmava e jurava por alma de todos osseus defuntos que um relógio que o acusavam de ter roubado era dele. - Ora bem — disse-lhe o juiz — Como é que você pode justificar ser o dono de um objecto detanto valor? - Era do meu pai. - Seu pai nunca teve, decerto, rendimentos que lhe permitissem ter um relógio assim! - Teve, sim senhor: era gatuno
•••- Muito chatos são os meus vizinhos de cima! Calcula lá, que ontem passaram a noite a batercom um pau no soalho! - Não conseguiste dormir, toda a noite, não? - Sim. Mas não me ralei. Levei o tempo todo a tocar trompete.
•••Ele: Provavelmente houve algum pedaço de asno que te fez a corte antes do nosso casamento? Ela: Ainda o perguntas!... Com toda a certeza que houve. Ele: Nesse caso, o que devias ter feito era casar com ele. Ela: Pois foi exactamente o que eu fiz.
CARNEIROAmor: Poderá ser invadido pela saudade, vivamais focado no presente. A felicidade espera porsi, aproveite-a!Saúde: Procure fazer uma vida mais salutar. Cui-dar da sua saúde não é uma questão de querer. Éum dever. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investirnos negócios.
TOUROAmor: Dê mais atenção à sua família. Ela tambémnecessita de si. Que o Amor seja uma constantena sua vida!Saúde: Poderá ter dificuldades em dormir. Dinheiro: Se pretende abrir um negócio não ofaça já. Espere por dias melhores.
GÉMEOS.Amor: É uma boa altura para os nativos solteirosiniciarem um relacionamento estável. Procure in-tensamente sentimentos sólidos e duradouros, es-palhando em seu redor alegria e bem-estar!Saúde: O descanso e o exercício físico são funda-mentais para conseguir aguentar a pressão exer-cida sobre si durante este mês.Dinheiro: Planifique a sua vida profissional paraque possa ser mais organizado e rentabilizar o seutrabalho.
CARANGUEJOAmor: Ponha as cartas na mesa e evite escondera verdade. Enfrente os seus medos e as suas dúvi-das e será feliz!Saúde: É possível que se sinta psicologicamenteesgotado. Descanse mais.
Dinheiro: É possível que tenha alguns problemascom o seu patronato.
LEÃOAmor: Esqueça o seu passado afectivo e parta emdirecção à felicidade. Que o futuro lhe seja riso-nho!Saúde: Andará mais impaciente nesta altura.Dinheiro: Financeiramente tudo se apresenta es-tável.
VIRGEMAmor: Altura ideal para efectuar a mudança quetanto necessita de fazer. É tempo de um novo re-começo!Saúde: Canalize a sua energia para actividadesde lazer. Faça apenas aquilo que realmente gosta.Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dosseus rendimentos, para conseguir melhorar a suasituação económica.
BALANÇAAmor: Evite as discussões com alguém que lhe émuito querido. Agora é tempo para desenvolver apaciência e a vontade de partilhar.Saúde: Previna-se contra gripes. Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só teráa ganhar com isso.
ESCORPIÃOAmor: Poderá ser surpreendido pelo seu par.Aproveite a surpresa. Viva o presente com con-fiança!Saúde: Tente manter a calma, pois o seu sistemanervoso anda um pouco frágil.Dinheiro: Este é um momento favorável, apro-
veite para fazer o que já tinha planeado.
SAGITÁRIOAmor: Saiba desculpar e pedir desculpa. O seu parapreciará a sua atitude. Siga a sua intuição, siga ocaminho do amor!Saúde: Faça mais exercício físico. Olhe mais pelasua circulação sanguínea. Dinheiro: Tente poupar algum dinheiro. Maistarde poderá precisar dele.
CAPRICÓRNIOAmor: Mês de grande harmonia entre o casal.Aproveite ao máximo os momentos de alegriapara agradecer a Deus tudo o que tem!Saúde: Modere o seu estado de ansiedade. Dinheiro: Êxitos a nível pessoal e profissional.
AQUÁRIOAmor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sa-crifícios para manter o bem-estar familiar. Rejeitepensamentos pessimistas e derrotistas. Dê maisde si.Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indis-posição que o conduzirá à redução do seu ritmodiário. Dinheiro: Poderá ter as condições necessáriaspara se dedicar a um projecto deixado na gaveta.
PEIXESAmor: Sentir-se-á liberto para expressar os seussentimentos e amar espontaneamente. Que oAmor seja uma constante na sua vida!Saúde: Estará melhor do que habitualmente.Dinheiro: Boa altura para pedir aquele aumentoao seu chefe.
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PORTUGAL POST Nº 204 • Julho 2011 Sociedade 23
O governo brasileiro con-cedeu 209 autorizações detrabalho para cidadãosportugueses no primeirotrimestre deste ano, se-gundo dados divulgadospela Coordenação Geralde Imigração (CGIg), doMinistério do Trabalho eEmprego (MTE).
O número representaum aumento de 29 por
cento na comparação comos três primeiros meses de2010, quando 162 portu-gueses foram autorizadosa trabalhar no Brasil.
O crescimento reforçaa tendência dos últimosanos. O governo brasileirodeu a cidadãos portugue-ses 679 autorizações detrabalho em 2008, 708 em2009 e 798 em 2010.
A alta no número devistos de trabalho para osportugueses supera o au-mento geral de conces-sões.
Considerando todas asorigens, o Brasil deu vistode trabalho a 13.034 imig-rantes entre Janeiro eMarço, número 13 porcento superior ao do pri-meiro trimestre de 2010.
Concessão de vistos de trabalho para portuguesescresce 29 por cento no Brasil
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Portugal está organizado em
mais de quatro milhões de fa-
mílias, com cerca de 2,6 mem-
bros cada uma, a viver em
quase seis milhões de aloja-
mentos, "um número significa-
tivamente maior" que em
2001, disse a presidente do
INE.
A responsável do Instituto
Nacional de Estatística (INE),
Alda Carvalho, apresentou os
primeiros resultados prelimi-
nares do Censos 2011, e fez
questão de salientar "a exce-
lente adesão dos cidadãos",
principalmente nas respostas
através da internet.
As respostas ao Censos
através da internet ultrapassa-
ram metade do total, a taxa
"mais elevada até agora conhe-
cida" a nível internacional, fri-
sou a presidente do INE.
"Constituímos 4.080 mil
famílias com cerca de 2,6
membros, vivíamos em 5.880
mil alojamentos, mais 16,3 por
cento relativamente a 2001, e
esses alojamentos inseriam-se
em 3.550 mil edifícios, o que
representa um acréscimo de
12,4 por cento face a 2001",
resumiu Alda Carvalho.
"Somos um pouquinho
mais em número, mais 1,9 por
cento, e temos ao nosso dispor
um número significativamente
superior de alojamentos e edi-
fícios", referiu.
A população residente
cresceu 1,9 por cento para
10,55 milhões de pessoas.
Em 2011, as famílias re-
gistaram uma subida de 11,6
por cento, para 4.079.577, e os
maiores acréscimos, tal como
da população, ocorreram nas
regiões do Algarve e da Ma-
deira, com mais 24,8 por cento
e 26,4 por cento, respectiva-
mente. Nos alojamentos, a
subida foi de 16,3 por cento,
para 5.879.845, com um acrés-
cimo mais acentuado também
no Algarve e Madeira, com
36,9 por cento e 36 por cento,
respectivamente.
De acordo com as estima-
tivas actuais, a preparação e
execução dos censos envol-
veram um custo de 46 milhões
de euros, numa operação que
decorreu desde 2006 a 2011.
Aquele valor representa
um decréscimo de 20 por cento
face ao investimento realizado
em 2001, uma poupança a que
não é alheia a evolução tecno-
lógica registada na última dé-
cada, como referiu Alda
Carvalho.
Portugal tem 4 milhões de famílias a viver em 6milhões de alojamentos