NÃO CLASSIFICADO
NÃO CLASSIFICADO
Higiene e Segurança do Trabalho
PEETNA 2801
ASH01
DEPARTAMENTO
DE
LIMITAÇÃO DE AVARIAS
MARINHA
ESCOLA DE TECNOLOGIAS NAVAIS
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II
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III
REGISTO DE ALTERAÇÕES
Identificação de
alteração ou correcção
e número de registo
(se houver)
Data em que foi
efectuada
Quem efectuou
(assinatura, posto, unidade)
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IV
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V
ÂMBITO DO MANUAL
O manual de Segurança e Higiene do Trabalho - PEETNA 2801 é um manual escolar
elaborado pelo Departamento de Limitação de Avarias da Escola de Tecnologias Navais com o
objectivo de apoiar a formação ministrada no curso de:
- Aperfeiçoamento em Segurança e Higiene do Trabalho (ASH01), na modalidade presencial.
Encontra-se conforme com a documentação do curso e estrutura aprovada, tendo por objectivo
auxiliar o formando na obtenção dos conhecimentos que o habilitem a promover as condições de
Segurança e Higiene do Trabalho (SHT) na sua unidade.
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VII
ÍNDICE
ÍNDICE .................................................................................................................................................. VII
ÍNDICE DE FIGURAS ...........................................................................................................................XV
ÍNDICE DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS...................................................................................XXI
CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................................... 1
ENQUADRAMENTO............................................................................................................................... 1
101. REGIME GERAL SHST – QUADRO JURÍDICO............................................................................... 1 a. Directiva do Conselho 89/391/CEE, de 12 de Junho ............................................................ 2 b. Decreto-Lei n°441/91, de 14 de Novembro ........................................................................... 2 c. Lei nº 35/2004, de 29 de Julho .............................................................................................. 7
102. ENQUADRAMENTO LEGAL NAS FORÇAS ARMADAS...................................................................... 7
CAPÍTULO 2 ......................................................................................................................................... 12
FUNDAMENTOS DA SHST.................................................................................................................. 12
201. CONCEITOS............................................................................................................................ 12 a. Definições ............................................................................................................................ 13
202. CONTROLO DE RISCOS PROFISSIONAIS .................................................................................... 15 203. ACIDENTES DE TRABALHO E DE DOENÇAS PROFISSIONAIS ....................................................... 15
a. Acidente de Trabalho (AT)................................................................................................... 15 b. Doença Profissional (DP)..................................................................................................... 17 c. Participação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais .................................. 17 d. Índices Estatísticos .............................................................................................................. 18 e. Consequências dos AT e DP............................................................................................... 18
CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................................... 20
RISCOS MATERIAIS............................................................................................................................ 20
301. SISTEMAS DE COMANDO ......................................................................................................... 20 302. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA E DE PROTECÇÃO...................................................................... 20 303. DISPOSITIVOS DE ALERTA ....................................................................................................... 21 304. MANUTENÇÃO ........................................................................................................................ 21 305. PROTECÇÃO DE MÁQUINAS ..................................................................................................... 21
a. Dispositivos de protecção de máquinas .............................................................................. 22 b. Protectores amovíveis ......................................................................................................... 23 c. Protecção por afastamento.................................................................................................. 23 d. Protectores reguláveis ......................................................................................................... 24 e. Protector com dispositivo de encravamento e bloqueio ...................................................... 24 f. Dispositivos de segurança ................................................................................................... 25
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VIII
g. Dispositivos complementares .............................................................................................. 27 h. Documentação e sinalização ............................................................................................... 27 i. Protecção integrada ............................................................................................................. 28 j. Protecção positiva ................................................................................................................ 28
306. RISCOS DE OPERAÇÃO............................................................................................................ 28 a. Mecânicos ............................................................................................................................ 28 b. Movimentação de cargas ..................................................................................................... 29 c. Armazenagem...................................................................................................................... 42 d. Trabalhos em altura ............................................................................................................. 45
CAPÍTULO 4 ......................................................................................................................................... 46
AMBIENTE TÉRMICO .......................................................................................................................... 46
401. TRANSFERÊNCIA DE CALOR ..................................................................................................... 46 402. EQUILÍBRIO TÉRMICO .............................................................................................................. 47 403. AMBIENTES TÉRMICOS QUENTES ............................................................................................. 47 404. ÍNDICES DE SOBRECARGA FISIOLÓGICA .................................................................................... 48
a. Frequência Cardíaca............................................................................................................ 48 b. Temperatura do Corpo......................................................................................................... 48 c. Sudação ............................................................................................................................... 48
405. EFEITOS DO CALOR NO HOMEM ............................................................................................... 48 a. Transtornos sistémicos ........................................................................................................ 49 b. Transtornos da pele ............................................................................................................. 49 c. Transtornos psíquicos.......................................................................................................... 49
406. FACTORES INDIVIDUAIS DE TOLERÂNCIA AO CALOR ................................................................... 49 a. Aclimatação.......................................................................................................................... 49 b. Constituição corporal............................................................................................................ 50 c. Idade..................................................................................................................................... 50 d. Higiene alimentar ................................................................................................................. 50 e. Sexo ..................................................................................................................................... 50
407. PROTECÇÃO CONTRA O CALOR................................................................................................ 50 a. Medidas Construtivas........................................................................................................... 50 b. Medidas organizacionais...................................................................................................... 50 c. Medidas de Protecção Individual ......................................................................................... 51
408. AMBIENTES TÉRMICOS FRIOS................................................................................................... 51 a. Sobrecarga Termostática..................................................................................................... 51 b. Sobrecarga Circulatória........................................................................................................ 51 c. Sobrecarga Metabólica ........................................................................................................ 51
409. CONSEQUÊNCIAS DA HIPOTERMIA ........................................................................................... 51 410. PROTECÇÃO CONTRA O FRIO................................................................................................... 51 411. EFEITOS DO FRIO NO HOMEM................................................................................................... 52
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IX
412. ÍNDICES DE STRESS TÉRMICO.................................................................................................. 52 a. Temperatura Efectiva........................................................................................................... 52 b. Índice de Temperatura Húmida e de Globo (WBGT) .......................................................... 52
CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................................... 54
RUÍDO E VIBRAÇÕES ......................................................................................................................... 54
501. CARACTERIZAÇÃO DO RUÍDO................................................................................................... 54 a. Características do ruído....................................................................................................... 54 b. Tipos de ruído industrial....................................................................................................... 55
502. MEDIÇÃO DO RUÍDO................................................................................................................ 55 a. Malhas de ponderação ........................................................................................................ 56 b. Nível Sonoro Contínuo Equivalente (LA,eq )......................................................................... 56 c. Aparelhos de medição de ruído........................................................................................... 56 d. Medida do nível sonoro........................................................................................................ 56
503. EXPOSIÇÃO AO RUÍDO............................................................................................................. 57 504. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR .............................................................................................. 58 505. MEDIDAS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL ...................................................................................... 58 506. VIGILÂNCIA DA SAÚDE............................................................................................................. 59 507. ACÇÃO DO RUÍDO NO HOMEM .................................................................................................. 59
a. Efeitos do ruído sobre o organismo..................................................................................... 60 b. Medidas de controlo e prevenção do ruído ......................................................................... 61
CAPÍTULO 6 ......................................................................................................................................... 63
RADIAÇÕES......................................................................................................................................... 63
601. CONCEITOS BÁSICOS.............................................................................................................. 63 602. RADIAÇÕES IONIZANTES.......................................................................................................... 64
a. Efeitos Biológicos................................................................................................................. 64 b. Doses máximas recomendadas........................................................................................... 65 c. Medidas de prevenção......................................................................................................... 65
603. RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES .................................................................................................. 65 d. Radiation and Radar Radiation Hazard (RADHAZ)............................................................. 66
CAPÍTULO 7 ......................................................................................................................................... 68
ILUMINAÇÃO........................................................................................................................................ 68
701. A ILUMINAÇÃO ........................................................................................................................ 68 702. A VISÃO ................................................................................................................................. 68
a. A fadiga visual...................................................................................................................... 69 703. FUNÇÕES VITAIS IMPORTANTES............................................................................................... 69 704. A ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL....................................................................................... 70 705. GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS................................................................................................... 70
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X
a. Iluminância ........................................................................................................................... 70 b. Luminância (Brilho) .............................................................................................................. 72
706. ENCADEAMENTO..................................................................................................................... 72 707. A LUZ E AS CORES .................................................................................................................. 73 708. ILUMINAÇÃO INADEQUADA NO LOCAL DE TRABALHO................................................................... 73 709. LUMINÁRIAS E TIPO DE LÂMPADAS............................................................................................ 75
a. Lâmpadas fluorescentes ...................................................................................................... 75 710. EFEITO ESTROBOSCÓPICO ...................................................................................................... 76 711. MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO..................................................................... 76
CAPÍTULO 8 ......................................................................................................................................... 77
RISCOS QUÍMICOS.............................................................................................................................. 77
801. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 77 802. CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS............................................ 77
a. Frases de risco e frases de segurança................................................................................ 80 803. RISCO E PERIGO ..................................................................................................................... 80 804. UNIDADES DE MEDIDA DE CONCENTRAÇÃO............................................................................... 81 805. EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS .................................................................................. 82
a. Vias de Exposição................................................................................................................ 83 b. O individuo e o meio laboral................................................................................................. 83
806. TOXICIDADE ........................................................................................................................... 86 a. Parâmetros de toxicidade..................................................................................................... 87 b. Valores limite........................................................................................................................ 87 c. Dose ..................................................................................................................................... 89
807. MEDIDAS PREVENTIVAS .......................................................................................................... 90 808. SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS EXISTENTES A BORDO........................................................................ 91 809. CONTROLO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS PARA A SAÚDE – COSHH.......................................... 92
a. Substâncias reguladas......................................................................................................... 92 b. Princípios gerais de organização ......................................................................................... 93
CAPÍTULO 9 ......................................................................................................................................... 94
ESPAÇOS CONFINADOS.................................................................................................................... 94
901. CARACTERIZAÇÃO DE UM ESPAÇO CONFINADO ........................................................................ 94 a. Introdução ............................................................................................................................ 94 b. Identificação de Espaços Confinados .................................................................................. 94
902. RISCOS ASSOCIADOS A TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS................................................ 95 903. ATMOSFERAS PERIGOSAS ....................................................................................................... 95
a. Atmosferas com insuficiência de oxigénio ........................................................................... 96 b. Atmosferas inflamáveis/explosivas ...................................................................................... 97 c. Atmosferas tóxicas ............................................................................................................... 98
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XI
904. MEDIDAS DE PREVENÇÃO........................................................................................................ 98 a. Monitorização e controlo da atmosfera................................................................................ 98 b. Equipamentos de monitorização.......................................................................................... 99 c. Procedimentos de monitorização....................................................................................... 100
905. EXTRACÇÃO E VENTILAÇÃO DO ESPAÇO CONFINADO.............................................................. 101 906. ISOLAMENTO DO ESPAÇO CONFINADO................................................................................... 104
a. Imobilização de máquinas ................................................................................................. 105 907. PROTECÇÃO NO INTERIOR..................................................................................................... 106 908. OUTRAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO......................................................................................... 107 909. AUTORIZAÇÃO DE TRABALHO ................................................................................................ 108 910. FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DOS VÁRIOS INTERVENIENTES ............................................. 108
a. Atribuições do Responsável pela Segurança e Higiene no Trabalho: .............................. 109 b. Responsabilidades e necessidades de treino do Chefe de Secção / CDPE .................... 109 c. Responsabilidades e necessidades de treino dos Trabalhadores Autorizados ................ 110 d. Responsabilidades e necessidades de treino do Vigilante ............................................... 111 e. Falhas que podem originar acidentes................................................................................ 112
CAPÍTULO 10 ..................................................................................................................................... 113
RISCOS ELÉCTRICOS ...................................................................................................................... 113
1001. DEFINIÇÕES..................................................................................................................... 113 1002. TIPOS DE CONTACTOS COM A ELECTRICIDADE.................................................................... 113
a. Contactos directos ............................................................................................................. 113 b. Contactos indirectos .......................................................................................................... 114
1003. EQUAÇÕES DO RISCO ELÉCTRICO...................................................................................... 114 a. Lei De Ohm (1ª Equação do Risco Eléctrico).................................................................... 114 b. Lei de Joule (2ª Equação do risco eléctrico) ..................................................................... 115
1004. RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO..................................................................................... 115 a. Tensão limite convencional de segurança......................................................................... 116
1005. CONSEQUÊNCIAS DO RISCO ELÉCTRICO SOBRE AS INSTALAÇÕES........................................ 117 a. Origem dos riscos eléctricos.............................................................................................. 117 b. Efeitos destrutivos.............................................................................................................. 117
1006. CONSEQUÊNCIAS DO RISCO ELÉCTRICO SOBRE O CORPO HUMANO ..................................... 117 a. Origem dos riscos eléctricos.............................................................................................. 117 b. Efeitos sobre o corpo humano........................................................................................... 118 c. Limiar da percepção .......................................................................................................... 118 d. Limiar de não largar - tetanização ..................................................................................... 118 e. Paragem respiratória ......................................................................................................... 119 f. Fibrilhação ventricular........................................................................................................ 120 g. Queimaduras...................................................................................................................... 121 h. Curvas de Segurança ........................................................................................................ 122
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XII
1007. CAUSAS DOS ACIDENTES DE ORIGEM ELÉCTRICA................................................................ 122 1008. MEDIDAS DE SEGURANÇA ................................................................................................. 123 1009. MEDIDAS INFORMATIVAS................................................................................................... 123 1010. MEDIDAS DE PROTECÇÃO ................................................................................................. 123
a. Medidas de protecção pessoais......................................................................................... 123 b. Medidas de protecção das instalações.............................................................................. 124 c. Sistemas de terra de protecção ......................................................................................... 126
1011. RISCO DE INCÊNDIO DEVIDO À CORRENTE ELÉCTRICA ......................................................... 130 a. Sobreaquecimento ............................................................................................................. 130 b. Arco eléctrico...................................................................................................................... 131 c. Protecção contra sobreintensidades fora de serviço ou sobrecalibrada ........................... 131 d. Atmosferas explosivas ....................................................................................................... 131
1012. ELECTRICIDADE ESTÁTICA................................................................................................. 131 a. Formação da electricidade estática ................................................................................... 132
CAPÍTULO 11 ..................................................................................................................................... 134
GESTÃO DA SEGURANÇA ............................................................................................................... 134
1101. SERVIÇO DE HIGIENE E SEGURANÇA .................................................................................. 135 1102. PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS ............................................................................ 136 1103. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO DO RISCO........................................................... 138 1104. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS ................................................................................. 139
a. Método de avaliação de riscos simplificado (MARS)......................................................... 139 1105. CONTROLO DE RISCOS...................................................................................................... 144
CAPÍTULO 12 ..................................................................................................................................... 145
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL............................................................................ 145
1201. CARACTERÍSTICAS GERAIS – ENQUADRAMENTO LEGAL ....................................................... 145 1202. SELECÇÃO ....................................................................................................................... 146 1203. CLASSIFICAÇÃO................................................................................................................ 146 1204. PROTECÇÃO DA CABEÇA................................................................................................... 147
a. Referências ........................................................................................................................ 147 b. Higiene e manutenção ....................................................................................................... 148
1205. PROTECÇÃO DOS OLHOS E ROSTO .................................................................................... 148 c. Tipos de óculos .................................................................................................................. 149 d. Higiene e manutenção ....................................................................................................... 149 e. Viseiras............................................................................................................................... 150
1206. PROTECÇÃO DOS OUVIDOS ............................................................................................... 151 f. Escolha do protector .......................................................................................................... 152 g. Higiene e conservação....................................................................................................... 152
1207. PROTECÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS.............................................................................. 152
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XIII
a. Selecção do equipamento ................................................................................................. 153 b. Inspecção e conservação .................................................................................................. 154
1208. PROTECÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS .................................................................................... 154 c. Utilização de luvas ............................................................................................................. 155
1209. PROTECÇÃO DO TRONCO E ABDÓMEN ............................................................................... 156 1210. PROTECÇÃO DOS PÉS E PERNAS....................................................................................... 157
a. Tipos de calçado................................................................................................................ 157 1211. PROTECÇÃO DO CORPO INTEIRO ....................................................................................... 158
a. Tipos de fatos de trabalho ................................................................................................. 158 b. Precauções ........................................................................................................................ 159
1212. PROTECÇÃO CONTRA QUEDAS .......................................................................................... 160 1213. CAPUZ E LUVAS DE PROTECÇÃO TÉRMICA (“ANTI-FLASH”).................................................. 161
CAPÍTULO 13 ..................................................................................................................................... 163
SINALIZAÇÃO SHT............................................................................................................................ 163
1301. TIPOS DE SINALIZAÇÃO..................................................................................................... 163 1302. MODALIDADES ................................................................................................................. 164 1303. CÓDIGO........................................................................................................................... 164 1304. UTILIZAÇÃO DAS CORES DE SEGURANÇA ........................................................................... 165 1305. DIVISÃO DA SINALIZAÇÃO SHT.......................................................................................... 166
a. Sinais de emergência ........................................................................................................ 166 b. Sinais de proibição............................................................................................................. 170 c. Sinais de perigo ................................................................................................................. 171 d. Sinais de obrigação ........................................................................................................... 175 e. Sinais de indicação de equipamentos de combate a incêndios ........................................ 177 f. Sinais de informação ......................................................................................................... 179
1306. MATERIAIS UTILIZADOS NOS SINAIS DE EMERGÊNCIA .......................................................... 180 a. Dimensões dos sinais ........................................................................................................ 180 b. Colocação dos sinais ......................................................................................................... 180
1307. SINAIS LUMINOSOS E ACÚSTICOS ...................................................................................... 181 1308. SINALIZAÇÃO GESTUAL ..................................................................................................... 181
CAPÍTULO 14 ..................................................................................................................................... 184
ERGONOMIA...................................................................................................................................... 184
1401. DEFINIÇÃO E OBJECTIVO................................................................................................... 184 1402. PRÁTICA ERGONÓMICA ..................................................................................................... 185
a. Conceitos de Ergonomia.................................................................................................... 186 1403. POSTURAS....................................................................................................................... 187
a. Trabalhar sentado.............................................................................................................. 187 b. Superfícies de trabalho ...................................................................................................... 188
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XIV
c. Trabalho sentado ............................................................................................................... 189 d. Trabalho em pé .................................................................................................................. 193
1404. PERTURBAÇÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS ........................................................................ 194 a. A coluna vertebral .............................................................................................................. 195 b. Lesões músculo-esqueléticas ............................................................................................ 197
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XV
ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Controlo de riscos ............................................................................................................................... 15 Figura 2 – Consequências dos AT e DP................................................................................................................ 19 Figura 3 – Protectores fixos.................................................................................................................................. 22 Figura 4 – Protectores amovíveis ......................................................................................................................... 23 Figura 5 – Protecção por afastamento.................................................................................................................. 24 Figura 6 – Protecção por afastamento.................................................................................................................. 24 Figura 7 – Protecção auto-regulável .................................................................................................................... 24 Figura 8 – Protectores reguláveis......................................................................................................................... 24 Figura 9 – Protector com dispositivo de encravamento........................................................................................ 25 Figura 10 – Protector associado ao comando ...................................................................................................... 25 Figura 11 – Comando manual e comando bi-manual........................................................................................... 26 Figura 12 – Protectores sensíveis mecânicos ....................................................................................................... 26 Figura 13 – Protectores fotoeléctricos.................................................................................................................. 27 Figura 14 – Paragem de emergência .................................................................................................................... 27 Figura 15 – Principais riscos dos lubrificantes .................................................................................................... 29 Figura 16 – Levantamento de carga correcta....................................................................................................... 31 Figura 17 – Levantamento de carga incorrecta.................................................................................................... 31 Figura 18 – Postura correcta................................................................................................................................ 31 Figura 19 – Movimentação incorrecta de rotação................................................................................................ 31 Figura 20 – Carros de mão ................................................................................................................................... 32 Figura 21 – Transporte incorrecto de carga......................................................................................................... 32 Figura 22 – Utilização correcta de porta-paletes ................................................................................................. 33 Figura 23 – Designação de cabos metálicos......................................................................................................... 34 Figura 24 – Ângulo de suspensão entre estropos.................................................................................................. 36 Figura 25 – Cuidados a observar no transporte mecânico de materiais .............................................................. 36 Figura 26 – Uniões de cabos e terminais com braçadeiras .................................................................................. 37 Figura 27 – Colocação de braçadeiras nos terminais dos cabos ......................................................................... 38 Figura 28 – Manutenção de correntes metálicas .................................................................................................. 39 Figura 29 – Manutenção de elementos de fixação (manilhas).............................................................................. 39 Figura 30 – Limites de carga de correntes metálicas ........................................................................................... 39 Figura 31 – Empilhador com as protecções de segurança adequadas ................................................................. 41 Figura 32 – Movimentação de carga com empilhadores ...................................................................................... 42 Figura 33 – Movimentação de carga com empilhadores ...................................................................................... 42 Figura 34 – Relaciona a temperatura com necessidade de vestuário de protecção e tempo de exposição. ......... 53 Figura 35 – Pressão sonora e nível de pressão sonora ........................................................................................ 55 Figura 36 – Adição de dois níveis sonoros diferentes........................................................................................... 57 Figura 37 – Efeitos do ruído sobre o homem (Lehmann)...................................................................................... 60 Figura 38 – Resumo esquemático das principais medidas de controlo de ruído. ................................................. 63
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Figura 39 – Espectro electromagnético. ...............................................................................................................64 Figura 40 – Fluxo luminoso ..................................................................................................................................72 Figura 41 – Intensidade luminosa .........................................................................................................................72 Figura 42 – Iluminância........................................................................................................................................72 Figura 43 – Sensibilidade do olho humano a radiações monocromáticas............................................................73 Figura 44 –Tipos de iluminação............................................................................................................................74 Figura 45 – Reflexão das superfícies de trabalho .................................................................................................75 Figura 46 – Reflexão das superfícies de trabalho (Manual OSRAM) ...................................................................76 Figura 47 – Categorias de substância ou preparações perigosas.........................................................................79 Figura 48 – Estimativa do risco de exposição a substâncias perigosas para a saúde ..........................................81 Figura 49 – Rotulagem de produtos perigosos......................................................................................................84 Figura 50 – Rotulagem de produtos perigosos em recipientes sob pressão (garrafas) ........................................84 Figura 51 – Armazenagem por classes de perigo..................................................................................................86 Figura 52 – Curva dose-efeito...............................................................................................................................90 Figura 53 – Substâncias Químicas a bordo ..........................................................................................................92 Figura 54 – Risco de ser engolido em material instável (carvão, areia, cereais, etc). .........................................95 Figura 55 – Efeitos no trabalhador provocado pela concentração reduzida de oxigénio. ...................................96 Figura 56 -Triangulo do fogo................................................................................................................................97 Figura 57 - Actividades que podem provocar atmosferas tóxicas: soldadura ou pintura.....................................98 Figura 58 – Equipamento de monitorização da atmosfera (PhD Lite) ...............................................................100 Figura 59 – Zonas de monitorização...................................................................................................................101 Figura 60 – Ordem de testes ...............................................................................................................................101 Figura 61 - Admissão de ar para o fundo do EC para expulsão de gases/vapores mais leves que o ar. ............102 Figura 62 - Admissão de ar para o fundo do EC para expulsão de gases/vapores mais leves que o ar. ............103 Figura 63 - Admissão de ar para o topo e extracção da atmosfera contaminada depositada no fundo do EC
para expulsão de gases/vapores mais densos (pesados) que o ar. ......................................................................103 Figura 64 - Posicionamento da conduta de extracção localizada.......................................................................104 Figura 65 - Exemplo de colocação de uma flange cega num circuito e bloqueio de válvulas. ...........................105 Figura 66 - Exemplo de Imobilização de uma válvula motora............................................................................105 Figura 67 – Imobilização de um interruptor .......................................................................................................106 Figura 68 – Imobilização de uma polia de correias............................................................................................106 Figura 69 – Arnês anti-queda..............................................................................................................................107 Figura 70 - Meia máscara com filtro. .................................................................................................................107 Figura 71 - Máscara completa. ...........................................................................................................................107 Figura 72 - Aparelho de respiração autónomo. ..................................................................................................107 Figura 73 – Contacto directo ..............................................................................................................................114 Figura 74 – Contacto indirecto ...........................................................................................................................114 Figura 75 – Resistência do corpo humano ..........................................................................................................115 Figura 76 – Resistência do corpo humano ..........................................................................................................116 Figura 77 – Efeitos fisiológicos da passagem de corrente eléctrica ...................................................................118
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XVII
Figura 78 – Sensibilidade do corpo humano à frequência ................................................................................. 119 Figura 79 – Desfibrilhador ................................................................................................................................. 120 Figura 80 – Fibrilhação ventricular ................................................................................................................... 120 Figura 81 – Percursos de passagem da corrente ................................................................................................ 121 Figura 82 – Graus de queimadura (1º, 2º e 3º) ................................................................................................... 121 Figura 83 - Zonas dos efeitos provocados pela corrente alternada.................................................................... 122 Figura 84 – Medidas de protecção contra contactos directos ............................................................................ 124 Figura 85 – Medidas complementares - disjuntor diferencial de alta sensibilidade .......................................... 124 Figura 86 – Tempos de actuação dos aparelhos de corte................................................................................... 125 Figura 87 – Sistema de protecção de terra ......................................................................................................... 126 Figura 88 – Ligação equipotencial ..................................................................................................................... 127 Figura 89 – Esquema de ligação T-T.................................................................................................................. 127 Figura 90 – Classes de isolamento de equipamentos eléctricos ......................................................................... 128 Figura 91 – Protecção IP.................................................................................................................................... 129 Figura 92 – Protecção de equipamentos contra atmosferas explosivas ............................................................. 129 Figura 93 – Sobrecargas..................................................................................................................................... 130 Figura 94 – Sobrecargas..................................................................................................................................... 130 Figura 95 – Mau isolamento ............................................................................................................................... 130 Figura 96 – Processo de formação de cargas electrostáticas............................................................................. 131 Figura 97 - Formação da electricidade estática em fluidos................................................................................ 133 Figura 98 – Sequência do acidente ..................................................................................................................... 137 Figura 99 – Viseira para protecção da face e dos olhos contra a projecção de partículas sólidas ou líquidas. 150 Figura 100 – Óculos para trabalhos de soldadura ............................................................................................. 150 Figura 101 – Óculos para trabalhos com risco de projecção de partículas sólidas ou líquidas........................ 150 Figura 102 – Auriculares do tipo tampão (à esquerda) e do tipo concha (à direita) ......................................... 151 Figura 103 – Vantagens e desvantagens dos tipos de protectores...................................................................... 152 Figura 104 – Exemplos de máscaras filtrantes ................................................................................................... 153 Figura 105 – Aparelho de respiração com adução de ar.................................................................................... 154 Figura 106 – Aparelho de respiração autónomo ................................................................................................ 154 Figura 107 – Luvas de borracha para electricista (em latex) ou manuseamento de químicos (neopreno ou PVC)
ou combustíveis (nitrilo)...................................................................................................................................... 155 Figura 108 – Luvas de cabedal para estiva ou soldadura .................................................................................. 155 Figura 109 – Luvas de kevlar ou inox para trabalhos com materiais cortantes................................................. 155 Figura 110 – Comparação dos tipos de materiais .............................................................................................. 155 Figura 111 – Protecção individual anti-quedas.................................................................................................. 161 Figura 112 – Cores de sinalização...................................................................................................................... 165 Figura 113 – Sinalização de perigos nas vias de circulação .............................................................................. 166 Figura 114 – Sinal emergência AA ..................................................................................................................... 166 Figura 115 – Colocação da sinalização.............................................................................................................. 167 Figura 116 – Sinal AB (D=64 mm)..................................................................................................................... 167
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NÃO CLASSIFICADO ORIGINAL
XVIII
Figura 117 – Sinal AC.........................................................................................................................................167 Figura 118 – Sinal AD.........................................................................................................................................168 Figura 119 – Sinais AE e AF...............................................................................................................................168 Figura 120 – Sinal AG.........................................................................................................................................168 Figura 121 – Colocação da sinalização..............................................................................................................168 Figura 122 – Sinal AI ..........................................................................................................................................169 Figura 123 – Sinal AJ..........................................................................................................................................169 Figura 124 – Sinal AK.........................................................................................................................................169 Figura 125 – Sinal AL .........................................................................................................................................169 Figura 126 – Sinal AM ........................................................................................................................................169 Figura 127 – Sinal BA .........................................................................................................................................170 Figura 128 – Sinal BB .........................................................................................................................................170 Figura 129 – Sinal BC.........................................................................................................................................170 Figura 130 – Sinal CA.........................................................................................................................................171 Figura 131 – Sinal CB.........................................................................................................................................171 Figura 132 – Sinal CC.........................................................................................................................................171 Figura 133 – Sinal CD ........................................................................................................................................172 Figura 134 – Sinal CE.........................................................................................................................................172 Figura 135 – Sinal CF.........................................................................................................................................172 Figura 136 – Sinal CG ........................................................................................................................................172 Figura 137 – Sinal CH ........................................................................................................................................173 Figura 138 – Sinal CI ..........................................................................................................................................173 Figura 139 – Sinal CJ..........................................................................................................................................173 Figura 140 – Sinal CK.........................................................................................................................................173 Figura 141 – Sinal CL .........................................................................................................................................174 Figura 142 – Sinal CM........................................................................................................................................174 Figura 143 – Sinal CN.........................................................................................................................................174 Figura 144 – Sinal CO ........................................................................................................................................175 Figura 145 – Sinal CP.........................................................................................................................................175 Figura 146 – Sinal CQ (L= 100 mm) ..................................................................................................................175 Figura 147 – Sinal DA.........................................................................................................................................175 Figura 148 – Sinal DB.........................................................................................................................................176 Figura 149 – Sinal DC ........................................................................................................................................176 Figura 150 – Sinal DD ........................................................................................................................................176 Figura 151 – Sinal DE.........................................................................................................................................176 Figura 152 – Sinal EA .........................................................................................................................................177 Figura 153 – Sinal EB .........................................................................................................................................177 Figura 154 – Sinal EC.........................................................................................................................................177 Figura 155 – Sinal ED.........................................................................................................................................177 Figura 156 – Sinal EE .........................................................................................................................................178
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XIX
Figura 157 – Sinal EF......................................................................................................................................... 178 Figura 158 – Sinal EH ........................................................................................................................................ 178 Figura 159 – Sinal EI .......................................................................................................................................... 178 Figura 160 – Sinal EJ ......................................................................................................................................... 179 Figura 161 – Sinal EK......................................................................................................................................... 179 Figura 162 – Sinal EL ......................................................................................................................................... 179 Figura 163 – Sinal FA......................................................................................................................................... 179 Figura 164 – Sinal FB......................................................................................................................................... 180 Figura 165 – Colocação de sinalização num edifício ......................................................................................... 181 Figura 166 – Luzes e sirenes de alarme.............................................................................................................. 181 Figura 167 – Sinalização de perigos nas vias de circulação .............................................................................. 183 Figura 168 - Cadeira ajustável em altura........................................................................................................... 186 Figura 169 - Aumento da tensão das costas à medida que o braço se afasta do corpo...................................... 187 Figura 170 - Exemplo de um apoio para os pés.................................................................................................. 188 Figura 171 – Cadeira ajustável........................................................................................................................... 188 Figura 172 - Posição da iluminação natural ...................................................................................................... 189 Figura 173 - A Iluminação artificial ................................................................................................................... 189 Figura 174 - A Iluminação artificial acessória................................................................................................... 190 Figura 175 - Posições de sentado ....................................................................................................................... 190 Figura 176 - Posições dos punhos ...................................................................................................................... 191 Figura 177 - Interacção posto de trabalho com equipamento dotado de visor................................................... 191 Figura 178 - Colocação dos periféricos.............................................................................................................. 191 Figura 179 - Distância de colocação do monitor ............................................................................................... 192 Figura 180 - Altura de colocação do monitor..................................................................................................... 192 Figura 181 - Colocação do rato.......................................................................................................................... 192 Figura 182 – Verificação da posição da mão-antebraço.................................................................................... 193 Figura 183 – Utilização incorrecta do telefone .................................................................................................. 193 Figura 184 - Altura da superfície de trabalho consoante tipo de tarefas .......................................................... 194 Figura 185 - Espaço mínimo para a colocação das pernas e pés, na postura em pé ........................................ 194 Figura 186 - Alcances máximos das mãos ......................................................................................................... 194 Figura 187 - Coluna vertebral ........................................................................................................................... 195 Figura 188 - Discos Intervertebrais.................................................................................................................... 196 Figura 189 - Pressão vertical.............................................................................................................................. 196 Figura 190 – Movimento de flexão...................................................................................................................... 196 Figura 191 – Acção de esforços sobre os discos................................................................................................. 197 Figura 192 –Incorrecto ....................................................................................................................................... 198 Figura 193 –Correcto ......................................................................................................................................... 198 Figura 194 – Incorrecto ...................................................................................................................................... 198 Figura 195 – Correcto ........................................................................................................................................ 198 Figura 196 – Incorrecto ...................................................................................................................................... 198
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NÃO CLASSIFICADO ORIGINAL
XX
Figura 197 – Correcto.........................................................................................................................................198 Figura 198 – Forma correcta de levantar...........................................................................................................199 Figura 199 - Incorrecto .......................................................................................................................................199 Figura 200 - Correcto .........................................................................................................................................199 Figura 201 - Incorrecto .......................................................................................................................................199 Figura 202 - Correcto .........................................................................................................................................199 Figura 203 – Posturas de trabalho incorrectas e solução com aparelhos auxiliares .........................................200 Figura 204 – Posturas de trabalho incorrectas e solução com aparelhos auxiliares .........................................200
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NÃO CLASSIFICADO XXI ORIGINAL (Verso em Branco)
ÍNDICE DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS
ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho
CE – Comunidade Europeia
EPC – Equipamento de Protecção Colectiva
EPI – Equipamento de Protecção Individual
ICT – Inspecção das Condições de Trabalho
MARS – Método de Avaliação de Riscos Simplificado
OIT – Organização Internacional do Trabalho
SHST – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
SHT – Segurança e Higiene do Trabalho
SST – Segurança e Saúde no Trabalho
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NÃO CLASSIFICADO 1 ORIGINAL
CAPÍTULO 1
Enquadramento
101. Regime geral SHST – Quadro jurídico
As preocupações relativas à Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) estão
actualmente presentes nas políticas de emprego e condições de trabalho dos estados
membros da CE.
São reflexos destas preocupações, os vários acordos celebrados entre os sucessivos
governos e os parceiros sociais, a exigência de certificação de técnicos e técnicos
superiores de segurança e higiene do trabalho, a regulamentação legal do exercício dos
serviços de prevenção e as actuais prescrições mínimas a cumprir nesta matéria.
Convenção n°155 da OIT, de 1981
Com vista à sua adesão à CEE, Portugal ratificou a Convenção n°155 da OIT, de
1981, sobre a segurança, a saúde dos trabalhadores e o ambiente de trabalho, através do
Decreto 1/85, de 16 de Janeiro, vinculando-se assim a tomar as medidas necessárias para
aplicação nacional do seu conteúdo.
Esta Convenção, de aplicação a todos os ramos de actividade económica, e a todos
os trabalhadores, incluindo a função pública, tem por objectivo ”forçar” os Estados-membros
a definirem e porem em prática uma política nacional coerente em matéria de SHST. Essa
política deverá visar a prevenção de acidentes de trabalho e dos perigos para a saúde
resultantes do trabalho quer estejam relacionados com a prestação laboral, quer ocorram
durante o próprio exercício da prestação de trabalho, reduzindo ao mínimo as causas dos
riscos inerentes ao trabalho, na medida em que isso seja razoável.
Apesar de Portugal ter ratificado esta Convenção em 1985, a definição de uma política
nacional de prevenção de acidentes de trabalho e dos perigos para a saúde resultantes do
trabalho e a redução ao mínimo das causas dos riscos inerentes ao trabalho foi apenas
legislada em 1989, com a publicação da Directiva do Conselho 89/391/CEE, DE 12 de
Junho, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e
da saúde dos trabalhadores no trabalho.
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NÃO CLASSIFICADO 2 ORIGINAL
a. Directiva do Conselho 89/391/CEE, de 12 de Junho
Esta Directiva com um conteúdo muito semelhante ao da Convenção n°155 da OIT, no
entanto tem um poder vinculativo mais forte, o que, obrigou Portugal, enquanto Estado-
membro da CEE, a efectuar a sua transposição, ocorrida em 1991. Esta Directiva abrange
todos os sectores de actividade, privados ou públicos e teve por objecto a execução de
medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no
trabalho, estipulando uma série de princípios gerais relativos à prevenção dos riscos
profissionais e à protecção da segurança e saúde, à eliminação dos factores de risco e de
acidente e à formação dos trabalhadores e seus representantes.
Esta Directiva veio ainda esclarecer que, é à entidade empregadora quem cabe a
obrigação de assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores em todos os aspectos
relacionados com o trabalho, mesmo quando recorra a entidades exteriores à
organização/estabelecimento para esses fins, ou seja, impõem o princípio da
responsabilidade intransferível do empregador.
A transposição da Directiva do Conselho 89/391/CEE, de 12 de Junho, para a ordem
jurídica portuguesa, e bem como o cumprimento das obrigações decorrentes da Convenção
n°155, da OIT, ocorreu através do Decreto-Lei n°441/91, de 14 de Novembro (alterado pelo
Decreto-Lei n°133/99, de 21 de Abril e pela Lei n°118/99, de 11 de Agosto).
O Decreto-Lei n°441/91, de 14 de Novembro, com todas as alterações em vigor,
representa o eixo central de todo o regime jurídico nacional sobre segurança, higiene e
saúde no trabalho, sendo por isso mesmo, denominado de Lei Quadro.
b. Decreto-Lei n°441/91, de 14 de Novembro
O Decreto-lei n°441/91, de 14 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº133/99, de
21 de Abril, e Lei nº118/99, de 11 de Agosto), veio consagrar os princípios que visam
promover a SHST, definir as competências do Estado ao nível de políticas de prevenção,
sua promoção, avaliação e fiscalização, fixar as obrigações gerais dos empregadores e
também dos trabalhadores, abrangendo não só os contratos individuais de trabalho, mas
também todas as relações contratuais que originam trabalho.
(1) Âmbito de aplicação
Todos os ramos de actividade, nos sectores público, privado ou cooperativo e social, e
a todos os trabalhadores, quer sejam por conta de outrem quer sejam independentes,
incluindo os trabalhadores da administração central e local do Estado. As únicas actividades
excluídas da aplicação deste regime geral, constam expressamente do nº 4, do artigo 2º, e
são designadamente, as actividades da função pública cujo o exercício está condicionada a
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NÃO CLASSIFICADO 3 ORIGINAL
condições especiais de SHST – Forças Armadas, Polícia, serviços de Protecção Civil, sem
detrimento da aplicação de melhores medidas.
(2) Objecto
Estabelecimento de princípios que visam a promoção da SHST. Entendendo a
segurança no trabalho como o conjunto das metodologias adequadas à prevenção de
acidentes de trabalho, tendo como principal campo de acção o reconhecimento e o controlo
dos riscos associados aos componentes materiais do trabalho, a higiene no trabalho como o
conjunto de metodologias não médicas necessárias à prevenção das doenças profissionais,
tendo como principal campo de acção o controlo da exposição aos agentes físicos, químicos
e biológicos presentes nos componentes materiais do trabalho, e a saúde no trabalho como
a abordagem que integra para além da vigilância médica, o controlo dos elementos físicos,
sociais e mentais que possam afectar a saúde dos trabalhadores.
Este diploma, estabelece também o conteúdo dos conceitos utilizados pela Convenção
nº155 da OIT e da Directiva do Conselho 89/391/CEE, de 12 de Junho, fixando o seu
sentido.
(3) Princípios gerais
O diploma, no seu artigo 4º, consagra os princípios gerais do regime geral de SHST
vigentes no Direito Comunitário, designadamente:
• Universalidade do direito à prestação de trabalho em condições de SHST – todos os
trabalhadores têm este direito;
• Adequação do trabalho ao homem – o desenvolvimento económico deve visar a promoção
da humanização do trabalho em condições de SHST;
• Prevenção dos riscos profissionais – a prevenção deverá ser desenvolvida mediante
normas e programas que, por um lado tenham em conta a segurança de equipamentos e
produtos enquanto conjunto de regras reguladoras de mercado, que tenham como
destinatários os respectivos fabricantes e comerciantes, privilegiando a prevenção de
concepção. Por outro, a segurança na utilização desses equipamentos e produtos em
situação de trabalho, estabelecendo prescrições mínimas a respeitar no âmbito das
condições de trabalho, tendo como destinatários principais os empregadores.
(4) Obrigações
O Decreto-Lei 441/91, com todas as alterações em vigor assenta nas seguintes
obrigações:
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NÃO CLASSIFICADO 4 ORIGINAL
(i) Competência do Estado
Desenvolvimento de um sistema de prevenção de riscos profissionais - O sistema
representa o conjunto articulado de diversos eixos de intervenção, como a regulamentação,
licenciamento, certificação, normalização, investigação, formação, informação, apoio técnico
e inspecção, que deverá ser conseguido através do desenvolvimento de políticas de
concertação com os parceiros sociais, do incremento da negociação colectiva e de formas
de participação dos trabalhadores ao nível da organização e ainda da dinamização de uma
Rede Nacional de Prevenção de Riscos Profissionais, integrada por diversas entidades com
competência especializada naqueles domínios.
Promoção de políticas e fiscalização – Pelos Ministérios responsáveis pelas áreas das
condições do trabalho e da saúde, um conjunto de responsabilidades no âmbito da
segurança, higiene e saúde no trabalho, ao nível da definição de políticas de coordenação,
sua execução e avaliação de resultados, que deverão ser desenvolvidas sob uma
perspectiva de complementaridade e interdependência com o sistema de Segurança Social,
o Serviço Nacional de Saúde, a protecção do ambiente e o Sistema Nacional de Gestão da
Qualidade.
Na sequência destas competências, é criado em 1993, o Instituto de Desenvolvimento
e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) do qual faz parte a Inspecção Geral de
Trabalho (IGT), tendo por atribuições, entre outras, a promoção do desenvolvimento, difusão
e aplicação dos conhecimentos científicos e técnicos no âmbito a segurança, higiene e
saúde no trabalho, e o apoio a entidades públicas e privadas na identificação dos riscos
profissionais, na aplicação das medidas de prevenção e na organização de serviços de
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. A fiscalização sobre o cumprimento das normas
de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho cabe à Inspecção Geral de Trabalho (IGT).
Actualmente este organismo designa-se por Autoridade para as Condições de Trabalho
(ACT) englobando a Inspecção das Condições de Trabalho (ICT).
Consulta e respeito pelo direito de participação - relativamente às organizações mais
representativas dos empregadores e trabalhadores para a adopção das medidas
necessárias à aplicação das suas medidas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Por
essa razão, todas as medidas a aplicar nesta área são discutidas em sede de Conselho
Económico e Social, onde têm assento os parceiros sociais mais representativos.
Educar, informar e formar no âmbito da SHST – O Estado tem o dever de desenvolver
políticas que visem a integração da matéria de SHST nos currículos escolares, desenvolver
cursos de formação, destinados não só aos trabalhadores, mas também para entidades
empregadoras. O Estado deverá ainda promover sessões de esclarecimento público.
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Promoção da investigação científica – O Estado tem o dever de promover a
investigação científica nestas áreas, por forma a aumentar os níveis de protecção contra
riscos de acidente de trabalho e doenças profissionais.
(ii) Obrigações gerais do empregador:
Cumprimento de princípios de prevenção: Atendendo ao de princípio de não
transferência da responsabilidade do empregador em assegurar condições de segurança e
a saúde dos trabalhadores em todos os aspectos relacionados com a SHST, o Decreto-lei
441/91, apresenta exaustivamente os princípios de prevenção que as entidades
empregadoras deverão observar. Com as necessárias adaptações, os trabalhadores
independentes são para este efeito equiparados a entidades empregadoras. Os princípios a
adoptar são os seguintes:
• Evitar riscos;
• Avaliar os riscos que não podem ser evitados;
• Combater os riscos na origem;
• Adaptar o trabalho ao homem, agindo sobre a concepção, a organização e os métodos de
trabalho e produção;
• Realizar os objectivos propostos tendo em conta o estado de evolução da técnica;
• Substituir tudo o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
• Integrar a prevenção de riscos num sistema coerente que abranja a produção, a
organização, as condições de trabalho e o diálogo social;
• Adoptar prioritariamente medidas de protecção colectiva face à protecção individual;
• Dar informação e formação aos trabalhadores;
Para a aplicação das medidas de prevenção, as entidades empregadoras terão que
mobilizar os meios necessários ao nível da prevenção técnica e informação e recorrer aos
serviços de prevenção adequados, que poderão ser externos ou internos à organização,
estabelecimento ou serviço, cuja organização consta do Decreto-Lei nº26/94, de 1 de
Fevereiro, com as alterações introduzidas pelas Leis nº7/95, de 29 de Março, nº 118/99, de
11 de Agosto, e pelo Decreto-Lei nº109/2000, de 30 de Junho.
Dever de informar e consultar os trabalhadores e os seus representantes legais, (a
transmitir no caso de admissão na organização, mudança de posto de trabalho ou funções,
introdução de novos equipamentos de trabalho ou alteração dos existentes, adopção de
novas tecnologias ou início de actividades que envolvam trabalhadores de diversas
organizações) sobre:
• Riscos para a segurança, higiene e saúde, bem como as medidas de protecção e de
prevenção e a forma como se aplicam, relativos quer ao posto de trabalho ou função, quer,
em geral, à organização, estabelecimento ou serviço;
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• Medidas e instruções a adoptar em caso de perigo grave e iminente;
• Medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores
em caso de sinistro, bem como a identificação dos trabalhadores ou serviços encarregados
de as pôr em prática;
Eleição de representantes dos trabalhadores para a SHST.
Proporcionar formação aos trabalhadores: A entidade empregadora deverá
proporcionar uma formação adequada e suficiente aos seus trabalhadores no âmbito da
SHST, dependendo do grau de exigência das funções a exercer pelo trabalhador e
respectivos riscos.
Designação e formação de trabalhadores: A entidade empregadora é obrigada a
formar especificamente os trabalhadores que designar como responsáveis pela aplicação de
medidas de primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação em caso de emergência.
(5) Obrigações dos trabalhadores
Cumprimento de prescrições de SHST: Abrange o dever de cumprimento quer de
regras legais, quer de normas convencionais, ou seja, as chamadas normas técnicas
adoptadas, e ainda as instruções determinadas pela entidade empregadora.
Zelo pela sua segurança, higiene e saúde no trabalho e pela de terceiros: atingir a si
próprio, aos restantes trabalhadores ou a terceiros que possam eventualmente ter contacto,
directo ou ocasional, com a prestação laboral em execução.
Utilizar correctamente os materiais de trabalho: Abrange, utensílios, máquinas,
aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e ou quaisquer outros equipamentos que
sejam utilizados para a execução da prestação laboral, devendo ser cumprido de acordo
com os procedimentos estabelecidos pela entidade empregadora.
Cooperação: Contribuir para a melhoria das condições de SHST na organização ou
estabelecimento.
Comunicação imediata de avarias ou deficiências nos instrumentos de trabalho: O
trabalhador tem o dever de comunicar imediatamente aos representantes dos trabalhadores
para a SHST, ou não estando estes ainda eleitos, à entidade empregadora, logo que
detectada, a ocorrência de avarias ou deficiências susceptíveis de causar perigo grave ou
iminente.
Actuar em caso de perigo grave ou iminente: Quando não seja possível comunicar em
tempo útil a verificação de situações de perigo grave e iminente aos representantes dos
trabalhadores e/ou à entidade empregadora, o trabalhador deverá adoptar ele próprio as
medidas estabelecidas como adequadas para controlar a situação. Estes trabalhadores não
poderão ser responsabilizados pelos eventuais prejuízos ocasionados pela aplicação de
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medidas de emergência, nem mesmo no caso de abandono do posto de trabalho, em caso
de perigo grave e iminente que não pudesse ser evitado.
(6) Fiscalização do cumprimento da legislação
Na sociedade civil, é da competência da Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) a
fiscalização do cumprimento da legislação relativa à SHST, assim como a aplicação das
respectivas sanções, levantamento de autos e aplicação das respectivas coimas,
correspondentes às contra-ordenações cometidas nesta matéria.
c. Lei nº 35/2004, de 29 de Julho
A Lei nº 35/2004 de 29 de Julho (regulamenta a Lei nº 99/2003 de 27 de Agosto,
Código de Trabalho) e, apesar de não revogar o Decreto-lei n° 441/91, de 14 de Novembro,
a Lei nº 99/2003 de 27 de Agosto, adoptando todas as prescrições anteriormente
regulamentadas por este diploma, transpõe assim todos os deveres e direitos no âmbito da
SHST para a legislação nacional do contrato de trabalho.
102. Enquadramento Legal nas Forças Armadas
No actual ordenamento jurídico nacional existe uma grande diversidade de actos
legislativos que abordam e tratam de matérias no âmbito da SHST. Destacando pela sua
aplicação os que dizem respeito ao enquadramento jurídico, à organização e funcionamento
das actividades inerentes e à definição quanto às formas de aplicação à Administração
Publica (AP), conclui-se que no plano normativo das Forças Armadas (FA) as referências a
estas matérias são pouco concretas.
(1) Disposições legais aplicáveis à Administração Pública
Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro (Alterado pelo Decreto-Lei nº 133/99, de 21
de Abril, e pela Lei 118/99, de 11 de Agosto): Esta lei estabelece o regime jurídico do
enquadramento, contendo os princípios e normas que visam promover a SHST, nos termos
do disposto nos artigos 59° e 64° da Constituição. O seu âmbito de aplicação abrange todos
os ramos de actividade, incluindo o sector publico, nomeadamente no que respeita à
organização das actividades de SHST e, apesar de o diploma indicar algumas
condicionantes quanto à sua aplicação nas FA, devido a critérios de segurança ou
emergência, não impede contudo de se adoptarem melhores medidas SHST que as
previstas no diploma.
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Decreto-Lei nº 26/94, de 1 de Fevereiro (alterado pela Lei nº 7/95 de 29 de Março, pela
Lei nº 118/99 de 11 de Agosto, pelo Decreto-Lei nº 109/00 de 30 de Junho e republicado por
este ultimo diploma): Este Decreto-Lei estabelece o regime de organização e funcionamento
dos serviços de SHST, definindo as responsabilidades e objectivos gerais a atingir. Também
neste caso e no aplicável, devem ser adoptadas nas FA as melhores medidas que visem
promover a prevenção em termos de SHST.
Decreto-Lei nº 488/99, de 17 de Novembro: Este diploma define as formas de
aplicação do DL 441/91 à AP, agrupando um conjunto de competências, direccionado para
os serviços estatais no âmbito da SHST. Em suma, a adaptação de medidas para o interior
das FA em matéria de SHST pode ser realizada, desde que não existam incompatibilidades
com critérios de segurança (entenda-se defesa) ou emergência.
Decreto-Lei nº 243/86, de 20 de Agosto: Aprovou o Regulamento Geral de Higiene e
Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços,
definindo o quadro geral de requisitos a observar nestes domínios, desde a conservação
dos locais de trabalho, condições de temperatura, ruído, métodos, ritmos de trabalho e
prevenção de incêndios, até ao consumo de água e dispositivos de protecção individual,
prevendo que os ministérios interessados (incluindo a AP) tomem as medidas necessárias à
sua adaptação.
Portaria nº 53/71, de 3 de Fevereiro: Esta Portaria aprovou o Regulamento Geral de
Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais, incluindo também no
seu campo de aplicação todos os estabelecimentos industriais públicos (ex: Arsenal do
Alfeite). Em termos gerais, engloba os mesmos requisitos previstos no DL 243/86,
salvaguardando as especificidades próprias das unidades industriais.
(2) Diplomas legais no âmbito das Forças Armadas
Lei nº 11/89, de 1 de Junho (Estatuto da Condição Militar): Será de realçar a sujeição
dos militares aos riscos inerentes ao cumprimento das suas missões, bem como a
formação, instrução e treino exigidas, mesmo em tempo de paz, não existindo qualquer
menção em termos de prevenção de riscos.
Decreto-Lei nº 236/99, de 25 de Junho (EMFAR): Não contém abordagem em matéria
de SHST que evidencie algum requisito em termos de prevenção e protecção de riscos, ou
programas que devam ser implementados nesta área.
(3) Disposições legais de aplicação restrita à Marinha
Decreto-Lei nº 49/93, de 26 de Fevereiro (LOMAR) e Decreto-Regulamentar n°21/94,
de 1 de Setembro (EMA): Não existindo de forma explicita uma referência objectiva à SHST,
a sua inserção em termos de organização funcional e competências, poderá remeter-se
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para as responsabilidades do EMA, enquanto órgão de apoio do Almirante CEMA no estudo,
concepção, planeamento e inspecção das actividades da Marinha.
Decreto-Regulamentar n° 22/94, de 1 de Setembro (SSP): A única referência diz
respeito à garantia das actividades relativas à saúde do pessoal e à promoção do bem-
estar. No âmbito da Direcção de Serviço de Saúde (DSS), existindo um conjunto de
competências na área da saúde ocupacional, designadamente "…emitir normas técnicas de
saneamento das instalações e das condições ambientais preventivas da doença e de
acidentes de trabalho".
Decreto-Regulamentar n° 23/94, de 1 de Setembro (SSM): A referência em termos que
se podem considerar relacionados com a segurança e higiene ambiental, é feita através das
funções de direcção técnica, designadamente "…definir, especificar, normalizar e garantir a
qualidade de estruturas, sistemas, equipamentos, materiais e métodos de procedimento".
(i) Directivas e normativos de âmbito interno
Despacho do Alm. CEMA nº 2/02, de 17 de Janeiro: Define o conjunto de normas para
apreciação, de uma forma sistemática, da aptidão física e psíquica para o serviço de todos
os militares da Marinha do QP e em RC, na efectividade de serviço. Estas normas
evidenciam uma adequação às necessidades da organização em possuir capacidades de
avaliação e aprontamento dos seus militares, na perspectiva do espaço de trabalho ou
actividade (saúde ocupacional) e no contexto das diversas missões em que possam ser
empenhados (saúde operacional).
Despacho do Alm.CEMA nº 17/99, de 3 de Março: Este Despacho contempla o
funcionamento do Centro de Medicina Naval enquanto órgão responsável pelo controlo da
actividade médica e sanitária de apoio às unidades, incumbindo em especial a coordenação
dos serviços de saúde ocupacional e medicina preventiva.
Directiva de Politica Naval nº 3/03, de 1 de Maio e nº 1/06 de 15 de Fevereiro: Na
Directiva de Politica Naval (DPN) nº 3/03, é referido no âmbito das Linhas de
Desenvolvimento Inter-Departamentais, em matéria de protecção ambiental, a intenção de
"… reduzir ou eliminar os efeitos nocivos dos elementos poluidores internos, em geral,
desde resíduos a emissões sonoras, e minimizar os consumos de energia, dentro de uma
preocupação permanente com as questões ambientais". No âmbito das Linhas de
Desenvolvimento Sectoriais, no que diz respeito Recursos Humanos, refere-se "(…)
contribuir para a motivação do pessoal através da adequada consideração dos aspectos
psicológicos e materiais, designadamente a problemática das expectativas e recompensas,
instalações, condições de trabalho e apoio social". A DPN nº 1/06, mantém a intenção de
articulação e cumprimento das linhas de acção anteriores e confirma no que diz respeito ao
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pessoal, “(…) Prosseguir a política de potenciação dos recursos humanos, como garante do
fortalecimento do potencial estratégico da Marinha” e “(…) Reconhecer a especificidade do
pessoal embarcado, e daquele que desempenha funções de primeira linha de exigência
operacional, de forma a tornar a permanência em unidades operacionais mais atractiva; (…)
Elevar a motivação, alimentando o brio profissional e diferenciando a capacidade de
progressão e ascensão nas carreiras dos mais capazes, dedicados e competentes”.
Directiva Sectorial de Recursos Humanos (DSRH): A linha de acção referente à
Motivação referencia “(…) Continuar a actuar, interna e externamente, no sentido da
valorização e maior atractividade dos processos de incentivo à fidelização e retenção do
pessoal, de recompensa do seu vinculo e desempenho, bem como de promoção do bem-
estar". Neste âmbito é definido o propósito da Tarefa 29, "Criar o Observatório de higiene e
segurança no trabalho a fim de melhorar as condições de trabalho do pessoal da Marinha",
tendo sido aprovada a sua criação e regulamentação na OA1 nº 23 de 30 de Maio de 2007.
(ii) Regulamentação interna
OSN-RIFUN (Regulamento Interno das Forças e Unidades Navais): O RIFUN aborda a
questão do "(…) cumprimento das normas, no âmbito da saúde ocupacional, referentes à
manutenção das condições higiénicas e sanitárias, bem como a necessidade de que todo o
pessoal da guarnição seja examinado e vacinado, com a periodicidade estabelecida na
regulamentação em vigor". Em termos de segurança ocupacional, deve ser promovida a
"(…)aplicação de medidas de segurança, higiene e prevenção de acidentes do pessoal",
bem como o desenvolvimento de actividades com o objectivo de: (1) Assegurar o
conhecimento, pelo pessoal, das normas de prevenção contra acidentes a bordo; (2)
Coordenar os esquemas de aplicação e de verificação da observância das normas de
segurança ocupacional; (3) Caracterizar o estado de segurança ocupacional a bordo; (4)
Propor medidas que permitam atingir e manter uma elevada eficiência de prevenção contra
acidentes; (5) Apreciar e divulgar os casos de que tenham resultado consequências
negativas decorrentes da não observância das normas de prevenção contra acidentes; (6)
Promover a manutenção de um arquivo de normas e de outras disposições relativas à
qualidade, saúde, higiene e segurança ocupacional; (7) Assegurar adequada disseminação
de sinaléticas de aviso e de perigo, de modelos em vigor.
OSN-RGSNT (Regulamento Geral do Serviço Naval em Terra): O RGSNT evoca
questões que envolvem a saúde ocupacional sendo igualmente listado um conjunto de
actividades inerentes a segurança, higiene e prevenção de acidentes.
MGFLOT 1 - Manual HST para Unidades Navais de Superfície: De âmbito restrito às
unidades navais de superfície, aborda conceptualmente a SHST, desenvolvendo de maneira
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exaustiva a sua aplicação técnica a actividades passíveis da ocorrência de riscos
associados às condições existentes a bordo.
Instruções operacionais: Existem instruções operacionais de referência,
nomeadamente a IGFLOT 12 sobre segurança das operações de voo e a IONAV 7010
sobre segurança de operações de mergulho.
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CAPÍTULO 2
Fundamentos da SHST
201. Conceitos
Preservar a integridade física das pessoas é um dever de qualquer organização. O
exercício das actividades profissionais não pode conceber-se sem que se tomem as
medidas adequadas para evitar os acidentes e doenças profissionais, constituindo-se como
uma:
• finalidade humana e social;
• necessidade económica: o custo das perdas directas e indirectas por falhas na segurança
é elevado;
• componente da imagem da organização transmitida para o exterior.
A Segurança é um indicador de qualidade, que testemunha a saúde da organização.
Os bons resultados em segurança testemunham o profissionalismo da gestão, a eficácia da
estratégia adoptada e o bom ambiente de trabalho: a prevenção é um actualmente um factor
de gestão das organizações.
A Segurança na sua definição e aplicação mais básica é um objectivo (a ocorrência de
zero acidentes), uma finalidade - e não um meio - que o Homem procura constantemente
como uma necessidade primária.
A Segurança é pois um estado de não existência de acidentes (isto é, sem riscos
inaceitáveis). Os meios utilizados para reduzir o risco constituem as medidas de Prevenção e Protecção:
• Prevenção: é o conjunto de medidas e acções adoptadas tendentes a eliminar ou limitar as
consequências de um acidente antes que este se produza.
• Protecção: é o conjunto de medidas e actuações destinadas a preservar ou minimizar as
consequências de um acidente quando este acontece.
Não existe segurança absoluta - existirá sempre algum risco - designado como risco residual. A Segurança é alcançada reduzindo o risco a um nível aceitável de acordo com os
valores correntes da sociedade e da organização em questão.
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a. Definições
No que respeita à Segurança existe um conjunto de princípios e termos a utilizar
correctamente:
• Dano: Lesão física ou psíquica para a saúde das pessoas ou prejuízos para a propriedade
ou para o ambiente que podem resultar de uma ocorrência;
• Perigo: Fonte com potencial para causar danos;
• Situação perigosa: Exprime uma condição com potencial para provocar lesões nas pessoas
ou danos nos equipamentos e instalações, ou outros prejuízos patrimoniais – risco
potencial.
• Evento adverso: Ocorrência em que uma situação perigosa resulta em dano.
• Incidente: Ocorrência em que uma situação perigosa se concretiza sem que dela resultem
danos para as pessoas.
• Perigosidade: Expressa a exposição relativa a uma condição ou situação perigosa (risco
efectivo). Um perigo pode estar presente, mas a perigosidade pode ser diferente,
dependendo das medidas de protecção que são tomadas: por exemplo, uma pessoa a
trabalhar num mastro de grande altura está sujeita a um perigo de queda mortal, mas a
perigosidade é reduzida se utilizar um sistema de protecção anti-queda.
• Risco: É a combinação da probabilidade da ocorrência de danos e gravidade dos danos
resultantes da concretização de uma determinada condição perigosa (acidente ou
incidente). O risco tem, pois, sempre dois elementos: 1) A probabilidade de que uma
condição perigosa se possa concretizar; 2) A gravidade dos danos consequentes.
• Risco tolerável: Risco que é aceite num contexto baseado nos valores correntes da
sociedade ou organização.
• Segurança: Inexistência de riscos inaceitáveis.
• Medidas protectoras: Meios utilizados para reduzir o risco - medidas de prevenção e de
protecção.
• Risco residual: Risco remanescente depois de terem sido tomadas as medidas protectivas.
• Análise do risco: Utilização da informação disponível para identificar perigos e estimar se
podem causar danos.
• Valoração do risco: Decisão, com base na análise do risco, se o risco é tolerável.
• Avaliação do risco: Processo global que inclui a análise do risco e a valoração do risco.
• Segurança no Trabalho: Conjunto de técnicas que, uma vez aplicadas, se destinam a
eliminar/reduzir os riscos susceptíveis de provocar acidentes de trabalho.
• Higiene: Estudo, adaptação e aplicação, ao ambiente, de todos os métodos preventivos
para controlar, reduzir e anular os efeitos de agentes contaminantes sobre o indivíduo.
• Saúde: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não como a ausência de
doença, mas como um estado de bem-estar físico, psíquico e social.
• Acidente: Acontecimento não intencionalmente provocado, de carácter anormal e
inesperado, gerador de consequências danosas.
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• Riscos Profissionais: São um fenómeno ligado ao processo produtivo, resultante da
interacção, a nível de ambiente de trabalho, de: homem, equipamentos de trabalho,
métodos, materiais e formas de organização.
• Riscos Materiais: Estão associados à concepção e construção das instalações (materiais
de construção, revestimentos, acessos, espaços, …) e à implantação, protecção e
conservação de equipamentos, máquinas e ferramentas.
• Riscos de Operação: Riscos inerentes à utilização de máquinas e ferramentas, à
manipulação de substâncias perigosas, à movimentação de cargas (manual e
mecanicamente), à utilização de energia (electricidade, calor, ar comprimido, radiações, …)
e ainda situações que possam conduzir a quedas, tropeçamento, embates ou choques e
esmagamentos.
• Riscos Ambientais: Os riscos ambientais resultam da existência, no ambiente, de agentes
agressivos de origem física, química e biológica:
• Agentes Físicos: São diversos os agentes agressivos físicos, que afectando o ambiente do
local de trabalho podem originar doenças profissionais. Ex: iluminação, ruído, vibrações,
ambiente térmico, radiações, ….
• Agentes Químicos: Resultam de atmosferas tóxicas e do manuseamento de substâncias
químicas e tornam-se cada vez mais importantes face à variedade de produtos utilizados,
quer em matérias-primas, quer em produtos intermédios ou acabados. Ex: gases, vapores,
poeiras, fumos, fibras, aerossóis, neblinas, ….
• Agentes Biológicos: Os riscos biológicos surgem da possibilidade de qualquer organismo
vivo (vírus, bactérias, fungos) originar uma doença nas pessoas a eles expostas. Este tipo
de risco está, normalmente, associado a actividades em hospitais, laboratórios clínicos,
enfermarias, cozinhas e locais de preparação de alimentos.
• Riscos Ergonómicos: São riscos associados à inadaptação do posto e do ambiente de
trabalho ao homem.
• Riscos Organizativos: São resultantes das relações humanas na organização, dos métodos
de trabalho estabelecidos, da informação prestada e da atitude face aos riscos, etc.
• Riscos Humanos: São riscos inerentes ao estado de saúde, à aptidão ao posto de trabalho,
à formação profissional, à idade, à experiência, à motivação, ao comportamento (atitude
face ao risco, observância de normas), etc.
NOTA: De um modo geral os riscos de operação estão essencialmente associados à
ocorrência de acidentes de trabalho, enquanto os riscos ambientais estão associados à
origem de doenças profissionais, no entanto a exposição a um ou mais destes agentes
agressivos do ambiente pode conduzir indirectamente à ocorrência de acidentes de
trabalho.
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202. Controlo de riscos profissionais
De forma sintética pode-se resumir em quatro os processos de controlo de riscos
profissionais:
EFICÁCIA DECRESCENTE
1º Perigo x Indivíduo ⇒ Eliminar / Limitar o Perigo
2º Perigo x Indivíduo ⇒ Isolar / Envolver o Perigo
3º Perigo x Indivíduo ⇒ Afastar o indivíduo
4º Perigo x Indivíduo ⇒ Proteger o indivíduo
Figura 1 – Controlo de riscos
Em primeiro lugar devem ser estudadas medidas técnicas de âmbito colectivo, que
sejam viáveis e economicamente suportáveis. Assim, no primeiro e no segundo caso, do
quadro, recorre-se a medidas construtivas que actuam sobre os meios de trabalho, no
terceiro caso são aplicadas medidas administrativas ou organizacionais, que actuam no
sistema Homem - Meios de trabalho - Ambiente. Por último, surgem as medidas individuais
ou de protecção individual, que actuam no Homem.
A adopção de medidas construtivas constitui o método mais desejável e eficaz de
protecção, devendo ser encaradas na fase de concepção ou de projecto, com maior
racionalização de meios e custos.
203. Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais
a. Acidente de Trabalho (AT)
Um acidente é considerado como Acidente de Trabalho:
• O que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte morte ou redução da
capacidade de trabalho ou ganho.
• Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços
determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.
• No trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a ser
definido em regulamentação posterior; ou, quando utilizado meio de transporte fornecido
pela entidade patronal, ou quando seja consequência de particular perigo do percurso
normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso.
• Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito
económico para a entidade patronal.
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• No local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de actividade de
representante dos trabalhadores, nos termos da lei.
• No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do
local de trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal
frequência.
• Em actividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por lei
aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso.
(1) Descaracterização de AT
Não é considerado acidente de trabalho, o acidente:
• Que for dolosamente provocado pelo sinistrado ou provier de seu acto ou omissão, que
importe violação, sem causa justificativa, das condições de segurança estabelecidas pela
entidade empregadora ou previstas na lei.
• Que provier exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado.
• Que resultar de privação permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado, nos
termos da lei civil, salvo se tal privação derivar da própria prestação do trabalho, for
independente da vontade do sinistrado ou se a entidade empregadora ou o seu
representante, conhecendo o estado do sinistrado, consentir na prestação (ex:
embriaguez).
• O que provier de caso de força maior (forças da natureza).
(2) Classificação dos Acidentes de Trabalho
A 10ª Conferência Internacional dos Estaticistas do Trabalho, promovida pelo BIT
(Bureau International du Travail) da OIT, em 1982, adoptou os seguintes critérios para a
classificação de acidentes, segundo:
• Consequências: Acidentes mortais, acidentes de que resulte incapacidade permanente ou
temporária.
• Forma: Queda de pessoas e objectos; Marcha sobre, choque contra ou pancada por
objectos; Entalamento num ou entre objectos; Esforços excessivos ou movimentos em
falso; Exposição a, ou contacto com temperaturas extremas, corrente eléctrica, substâncias
nocivas ou radiações, etc.
• Agente material: Máquinas; Meios de transporte e de manutenção (aparelhos elevatórios,
meios de transporte por carris e rolantes, etc.); Outros materiais (recipientes sob pressão,
fornos, fornalhas, ferramentas, escadas, andaimes, etc.); Materiais, substâncias e
radiações (explosivos, poeiras, gases, fragmentos projectáveis, radiações, etc.); Ambientes
de trabalho, etc.
• Natureza da lesão: Fracturas; Luxações; Entorses e distensões; contusões e outros
traumatismos internos; Amputações e enucleações; Traumatismos superficiais; contusões
e esmagamentos; Queimaduras; Envenenamentos e intoxicações agudas; Efeitos nocivos
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da electricidade e das radiações; Lesões múltiplas de natureza diferente e outros
traumatismos.
• Localização da lesão: Cabeça; Olhos; Pescoço (incluindo garganta e vértebras cervicais);
Membros superiores e inferiores; Mãos; Tronco; Pés; Localizações múltiplas e lesões
gerais.
b. Doença Profissional (DP)
O conceito técnico de doença profissional é o de um dano causado à saúde do
trabalhador, por um agente ambiental, durante a sua actividade laboral e num determinado
tempo de exposição.
O limite entre AT e DP por vezes difícil de estabelecer, sendo que o AT se manifesta,
normalmente, de modo súbito e violento.
A lista das doenças profissionais é estabelecida pelo Decreto Regulamentar nº
76/2007, D.R. nº 136, Série I de 2007-07-17.
c. Participação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais
Para possibilitar a implementação de medidas de prevenção e controlo de AT e DP,
deverá ser efectuado o tratamento estatístico da sinistralidade, que permita analisar as
causas, os tipos e as consequências dos acidentes, no sentido de corrigir as situações que
os originam.
O Decreto-lei 362/93 de 15 de Outubro, estabelece as regras relativas à informação
estatística sobre AT e DP e a Portaria 137/94 de 8 de Março, apresenta o modelo de
participação e o mapa de encerramento de processos.
Compete às entidades empregadoras o preenchimento da participação de AT e DP.
Às entidades seguradoras, incumbe o envio ao departamento de estatística do Ministério do
Trabalho e Segurança Social (MTSS) de um exemplar da participação dos AT recebidos.
As DP são comunicadas à Caixa Nacional de Seguros de Doenças Profissionais, que
depois faz o envio ao MTSS (Ministério do Trabalho e Segurança Social).
O modelo de participação de AT contém toda a informação para caracterizar o mesmo,
ou seja a identificação do acidentado, profissão, idade, antiguidade na organização, hora do
acidente, dia da semana, local, tipo e ambiente de trabalho, circunstâncias do acidente,
natureza da lesão, parte do corpo atingida, consequências do acidente à data da
declaração, etc.
Esta caracterização permitirá retirar conclusões sobre as possíveis causas do
acidente, implementar medidas correctivas para evitar futuros acidentes idênticos e também
a concluir sobre ensinamentos para aplicação noutras organizações.
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d. Índices Estatísticos
ÍNDICE FÓRMULA DESCRIÇÃO
Incidência (II) restrabalhadon
acidentesnIi º10º 3×
=
Corresponde ao número de acidentes ocorridos por cada mil
trabalhadores, independentemente do seu vínculo laboral. Considera,
em geral, o número de acidentes com baixa e é calculado
anualmente.
Frequência (IF) emhorasn
acidentesnI f homº10º 6
⋅×
=
Este indicador expressa o número de acidentes ocorridos por cada
milhão de horas trabalhadas. Ao calcular as horas trabalhadas em vez
do número de trabalhadores, evita as distorções causadas no índice
de incidência, por trabalhadores que se encontram a tempo parcial,
por dias de trabalho incompletos ou por trabalho suplementar. Este
índice pode ser calculado com base em qualquer período de tempo. A
análise da sua evolução permite avaliar a eficácia do investimento
realizado ao nível da prevenção.
Gravidade (IG) horaensn
perdidosdiasnI g ⋅×
=homº
10º 6
Representa o número de dias (úteis) perdidos por acidente, em cada
milhão de horas trabalhadas. Esta formulação, adoptada pela OIT, na
16ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho, não
coincide com a utilizada anteriormente em Portugal, bem como
noutros países europeus, que considerava os dias de trabalho
perdidos por cada mil horas trabalhadas. Este índice inclui os dias de
trabalho efectivamente perdidos e os correspondentes às mortes e às
incapacidades permanentes fixadas.
Por cada caso mortal são atribuídos 7.500 dias de trabalho perdido
(resolução da 6ª Conferência Internacional dos Estatísticos do
Trabalho) e as Incapacidades Permanentes contribuem para os dias
de trabalho perdidos com percentagens sobre 7.500 dias.
Duração (ID) acidentesn
perdidosdiastotalnIg ºº
=
Este indicador é utilizado para quantificar o tempo médio de duração
das Incapacidades Temporárias Absolutas (ITA), por acidente. Os
dias de trabalho perdidos calculam-se de acordo com o IG e este
índice pode calcular-se em função dos acidentes com baixa ou incluir,
também, os acidentes sem baixa.
NOTA: A análise destes índices apenas tem significado quando comparados com os
valores encontrados para períodos diferentes referentes à mesma organização, ou em
relação a outras do mesmo ramo de actividade.
e. Consequências dos AT e DP
(1) Consequências pessoais
Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais podem ter como consequência
diferentes formas de incapacidade (DL 341/93):
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Para o trabalho habitual(Pensão até 2/3 daremuneração base).
Para todo o trabalho(Pensão de 4/5 até à
totalidade daremuneração base).
ABSOLUTA (IPA)
Pensão igual a 2/3 daredução da capacidade.
PARCIAL (IPP)
PERMANENTE
Indemnização igual a2/3 da remuneração
base.(1/3 nos primeiros 3 dias).
ABSOLUTA (ITA)
Indemnização igual a2/3 da redução da
capacidade.
PARCIAL (ITP)
TEMPORÁRIA
INCAPACIDADE
Figura 2 – Consequências dos AT e DP
(2) Consequências económicas
Na vertente económica, há a considerar nos custos dos acidentes de trabalho, os
custos directos (Cd) e os custos indirectos (Ci).
Os Cd, também chamados custos segurados, englobam os salários, indemnizações e
gastos em assistência médica, podendo ser representados pelo prémio do seguro, enquanto
que os Ci são custos não segurados e abrangem o tempo perdido pelo sinistrado e por
outros trabalhadores, o tempo gasto na investigação das causas do acidente, o tempo
necessário à selecção e preparação do substituto do acidentado, perdas por reparações,
perdas de produção pela impressão causada nos outros trabalhadores, perdas comerciais
por não satisfação de prazos de entrega, etc.
Os custos totais (Ct) são o somatório dos custos directos e indirectos. Considera-se
igualmente que os Ci são aproximadamente quatro vezes superiores aos Cd.
diidt CCeCCC 4=+=
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CAPÍTULO 3
Riscos Materiais
A existência deste tipo de riscos está directamente associada à concepção e
construção das instalações, implantação, protecção e conservação de equipamentos,
máquinas e ferramentas.
O Regulamento Geral de HST nos Estabelecimentos Industriais (Portaria 53/71)
alterada pela portaria 702/80, de 22 de Setembro, o Regulamento Geral de HST nos
Estabelecimentos Comerciais, de Escritórios e Serviços (DL 243/76), o DR 25/93, o DL
347/93 e o DL 331/93 são alguns dos diplomas legais que estabelecem requisitos em SHST
para licenciamento deste tipo de actividades. Esta legislação estabelece as prescrições
mínimas de SHST para os locais de trabalho e para a utilização de equipamentos de
trabalho.
No referente aos locais de trabalho é regulamentado desde a estabilidade e solidez
dos edifícios, a segurança da instalação eléctrica, a dimensão das vias de comunicação, a
detecção e combate a incêndios, a ventilação e iluminação dos locais de trabalho, altura e
área dos locais de trabalho, o desimpedimento de pavimentos, as aberturas nas paredes e
pavimentos, os revestimentos de paredes, o volume disponível por cada trabalhador, etc.
No que diz respeito aos equipamentos de trabalho (máquina, aparelho, ferramenta ou
instalação utilizados no trabalho) são estabelecidas regras referentes:
301. Sistemas de comando
Os sistemas de comando e controlo devem ser claramente visíveis, estarem bem
identificados e equipados com comando à distância. A entrada em funcionamento dos
equipamentos só deve verificar-se em resultado de uma acção voluntária.
O campo de visão do operador para as zonas de perigo deve ser suficientemente
desimpedido ou o arranque ser precedido de um sinal de aviso seguido de um intervalo de
tempo. A ordem de paragem deve ter em todas as situações, prioridade sobre as de
arranque.
302. Dispositivos de segurança e de protecção
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Devem ser robustos, solidamente fixos mas concebidos para serem desmontados,
para permitir o acesso às zonas de perigo em caso de necessidade (manutenção). Devem
resistir a projecções, emanações de gás, quedas, riscos de estilhaçamento, riscos de
incêndio, etc.
Devem evitar que o trabalhador entre em contacto com zonas de temperaturas
extremas, ou seja arrastado por um mecanismo móvel do equipamento.
303. Dispositivos de alerta
Devem ser facilmente perceptíveis (em caso de sinal sonoro, sobrepondo-se ao ruído
ambiente).
304. Manutenção
Deve ser sempre feita com o equipamento parado. Quando a paragem não for
possível, devem ser tomadas medidas de protecção adequada (dispositivos e sistemas de
consignação de equipamentos).
305. Protecção de máquinas
As causas dos acidentes com máquinas e equipamentos de trabalho são em grande
percentagem devidas a falhas na concepção e projecto. Na sua construção também não são
tomadas as medidas de segurança necessárias, o que obriga a alterações posteriores. A
correcção destas falhas acarreta não só uma sobrecarga económica, como do sistema de
trabalho com a consequente diminuição de rendimento e o possível aparecimento de novos
riscos.
Em suma, as máquinas devem ser concebidas de modo a que não comportem
perigos, quando correctamente instaladas e utilizadas de acordo com as instruções do
fabricante. Esta preocupação ao nível do projecto, sem a necessidade de elementos
exteriores especificamente concebidos para a protecção de zonas de perigo da máquina,
está-se perante o que se designa por prevenção intrínseca tendo como objectivo ou
resultado final, segurança intrínseca.
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a. Dispositivos de protecção de máquinas
Entende-se por protecção o conjunto de acções e de meios tecnológicos que, pela sua
natureza, não foram abrangidos pela prevenção intrínseca. Assim a protecção de máquinas,
é constituída por um protector ou dispositivo, destinado a proteger as pessoas de um
determinado perigo (normalmente as partes móveis). Os dispositivos de protecção
(protectores) devem ser desenhados, construídos, montados e utilizados observando os
seguintes critérios (NP EN 292-1: 1996):
• Serem uma protecção efectiva e eficaz, não constituindo, em si mesmo, uma fonte de
perigo.
• Evitarem o acesso às zonas de perigo, durante o funcionamento da máquina, protegendo
os operadores contra os perigos previsíveis e os derivados das contingências inerentes ao
trabalho.
• Não ocasionarem lesões nem incómodo aos operadores, nem interferirem na produção,
lubrificação, inspecção, ajuste e reparação das máquinas.
• Serem resistentes e duradouros, sem que as suas funções possam ser facilmente
neutralizadas e requererem um mínimo de manutenção.
• Serem apropriados à função a realizar sem modificarem a estrutura da máquina.
(1) Protectores fixos
São protectores sem partes móveis que, uma vez montados, impedem em qualquer
circunstância o acesso às partes perigosas das máquinas.
Figura 3 – Protectores fixos
Devem ser utilizados sempre que possível e estarem solidamente fixos quando a
máquina está em funcionamento ou prestes a entrar em funcionamento e não se devem
poder retirar, sem o uso de ferramentas. São exemplos de máquinas e mecanismos, onde
são utilizados protectores fixos os laminadores, as prensas, as guilhotinas, as calandras, as
engrenagens, os veios e correias de transmissão, etc.
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b. Protectores amovíveis
São usados sempre que uma operação exige o acesso a uma zona de perigosa e não
é possível utilizar protecção fixa. Está, normalmente, ligado ao sistema de comando da
máquina, embora não seja parte integrante deles. A sua concepção assenta em:
• Bloquear o mecanismo de arranque sempre que o protector estiver aberto.
• Não poder ser aberto com a máquina em funcionamento.
• Em caso de falha no protector, a máquina imobiliza-se.
Figura 4 – Protectores amovíveis
Os s móveis de transmissão,
devem
• articulações ou guias de
• a dispositivos de encravamento e bloqueio para evitar o arranque de
• los restantes elementos móveis associados ao sistema de
de forma que:
Impossibilitem o arranque enquanto as partes móveis estiverem acessíveis e bloquear o
e rem em funcionamento.
• A sua regulação só pode resultar de uma acção voluntária, através do uso de chaves,
pedirá o arranque ou provocará a
paragem da máquina.
• Garantam a protecção de riscos de projecção.
c. Protecção por afastamento
É constituída por dispositivos, que embora não isolando a zona perigosa, a mantêm
distanciad a barreira.
que são concebidos para perigos gerados por elemento
:
Quando abertos permanecer unidos à máquina (por
deslocamento), sempre que possível.
Estar associados
elementos móveis se estiverem acessíveis.
Para perigos gerados pe
comando da máquina, devem ser desenhados
•
ac sso aos mesmos enquanto estive
ferramentas, etc.
• A ausência ou falha de um dos seus componentes im
a o operador pela interposição de um d
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 24 ORIGINAL
Protecção por afastamento
d. Protectores reguláveis
São protectores fixos com elemento regulável, que uma vez ajustado, se mantém
nessa posição durante a execução de uma operação. Devem utilizar-se no caso em que a
zona perigosa não possa estar totalmente protegida.
• Podem ser regulados manual o automaticamente segundo o tipo de trabalho a realizar.
• Podem ser facilmente regulados sem o uso de chaves ou ferramentas.
• Reduzem tanto como seja possível o risco de projecção.
do tipo auto-reguláv emento de
or se apre vel.
Figura 5 – Protecção por afastamento Figura 6 –
• Os protectores podem ser
trabalho ou regulável se o protect
el sendo movidos pelo próprio
senta em parte ou totalmente regulá
el
Figura 7 – Protecção auto-regulável Figura 8 – Protectores reguláveis
e. Protector com dispositivo de encravamento e bloqueio
É um protector associado a um dispositivo de encravamento e bloqueio mecânico de
forma que:
• As funções perigosas da máquina não podem desempenhar-se até que o protector esteja
fechado e bloqueado;
• O protector permanece bloqueado durante a operação da máquina;
• O fecho e bloqueio não implicam o arranque da máquina.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 25 ORIGINAL
Figura 9 – Protector com dispositivo de encravamento
(1) Protector associado ao comando
É um protector associado a um dispositivo de encravamento de forma que:
• As funções perigosas não podem desempenhar-se até que o protector esteja fechado;
• O fecho d máquina. o protector provoca o arranque da
Figura 10 – Protector associado ao comando
quando o trabalhador alcança o limite da zona perigosa,
parando a máquina ou parando os
movimento.
mente à posição de segurança. O comando bi-manual é
um comando sensível que necessita da acção simultânea das duas mãos para iniciar e
manter uma acção perigosa.
f. Dispositivos de segurança
São meios de segurança que determinam o limite de aproximação à zona perigosa
das máquinas e que actuam
seus elementos perigosos e invertendo, se necessário, o
(1) Comando manual e bi-manual
O comando manual provoca o funcionamento somente quando é accionado. Quando
se solta, a máquina volta automatica
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 26 ORIGINAL
Figura 11 – Comando manual e comando bi-manual
(2) Protectores sensíveis
São dispositivos a zona de perigo de uma
máquina em movimento, parando de seguida o equipamento. Estes protectores podem ser
mecânicos ou fotoeléc s.
dos por dispositivos de diferentes formas tais como placas, barras, cabos,
antenas, tapetes, que são accionados mecanicamente pelo operador ou por uma parte do
corpo e que actuam sobre um ou vários detectores de posição, os quais actuam sobre os
circuitos que dão lugar a paragens.
ccionados logo que alguém penetra na
trico
(i) Protectores mecânicos
Constituí
minosos, associados a um detector fotoeléctrico, que formam
uma cortina entre o op zona de perigo, actuando sempre que o operador atinge
essa corti
Figura 12 – Protectores sensíveis mecânicos
(ii) Protectores fotoeléctricos
Constituídos por raios lu
erador e a
na.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 27 ORIGINAL
Figura 13 – Protectores fotoeléctricos
g. Dispositivos complementares
(1) Paragem de emergência
É um dispositivo que a parar a máquina na sua
condição segurança, o mais rapidamente possível, em caso de necessidade. Deverão
em todas as situações:
• t
barras ou cabos;
anecer em posição de bloqueado;
, não provoca o accionamento da máquina (necessário arranque no
);
rnativa a elementos de protecção;
a máquina.
requer uma acção voluntária par
de
Es ar acessíveis e visíveis;
• Ser de cor vermelho sobre fundo amarelo;
• Podem ser
• Uma vez accionado, deverá perm
• O acto de soltar o botão
comando normal
• Não deverá será utilizado como alte
• Não deverá ser usado para paragem normal d
Figura 14 – Paragem de emergência
h. Documentação e sinalização
É da responsabilidade do fabricante ou se representante, fornecer o manual do
equipamento com:
• Indicações da própria máquina;
•
everão igualmente ser aplicadas marcas e simbologia
Informações gerais;
• Manutenção;
• Indicações de montagem;
• Indicações de utilização e pontos perigosos;
• Planos e esquemas.
D no corpo da máquina de forma
a indicar pontos perigosos ou advertências necessárias.
A sinalização (sinais visuais, lâmpadas, buzinas, etc) utilizada deverá ser facilmente
entificável e reconhecida. id
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 28 ORIGINAL
É o co rínseca e de protecção),
estab
É a protecção assegurada por um dispositivo, em que a segurança não é afectada por
falhas o s ligações do dispositivo à máquina
ou, p a a máquina ou a um funcionamento
intemp s ispositivo é destinado.
306. Ris
i. Protecção integrada
njunto de todas as acções de prevenção (int
elecidas desde o início da concepção da máquina, cujo objectivo ou resultado é a
segurança integrada.
j. Protecção positiva
d próprio dispositivo ou falhas de energia e/ou da
or parecimento acidental (devido a uma falha d
e tivo), do risco para o qual o d
cos de operação
a. Mecânicos
São riscos inerentes ao funcionamento e movimento de máquinas e de ferramentas.
(1) Doenças profissionais causadas por máquinas
Para além das vibrações e do ruído a abordar mais adiante, há a considerar
fundamentalmente as doenças provocadas pelos lubrificantes de corte, usados no trabalho
mecânico dos metais.
m provocar dermatoses, cuja orige
a:
ngordurante que exercem sobre a pele.
vocada por certos aditivos.
• Obstrução dos poros da pele.
rganismos presentes no seio nte.
rificante presentar em a de nebli ido a
por alta temperatura ou por dispersão mecânica.
De acordo com alguns estudos, têm-se revelado a presença nalguns lubrificantes de
co s cancerígenos, capa de provoc ancro da após
períodos de exposição de longa ou média dura
pelo calor desenvolvido pelo contacto das ferramentas com os metais. A eliminação dos
lubrificantes de corte usados, particularmente as emulsões deve ser criteriosamente
controlada devido ao seu nefasto impacto ambiental.
Estes lubrificantes pode m é normalmente atribuída
• Acção dese
• Irritação ou alergia pro
• Infecções provocadas por micro do lubrifica
• Afecções respiratórias, se o lub se a form na, dev
vaporização
rte, de hidrocarboneto zes ar o c pele
ção. Esta situação pode ainda ser agravada
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 29 ORIGINAL
Na l orte há que ter em atenção, para além das suas
carac
se ecção dos lubrificantes de c
terísticas tecnológicas, os dados patológicos que lhe estão associadas.
RISCO RISCO DE DERMATOSES
Fraco
Médio
Preocupante
RISCO
CANCERÍGENO Poluição
bacteriana Outras causas
Óle d os itos plenos ou integrais:
ra ; T tados por solventes ou hidrogénio
ratados por processos ma T is sumários.
Óle d os itos solúveis
Óle to os talmente sintéticos
Figura 15 – Principais riscos dos lubrificantes
b. Movimentação de cargas
A movimentação ou deslocamento voluntário de cargas, englobando as operações de
eleva
plexidade das operações a realizar;
processa;
(1) Movimentação manual de cargas
s e a sua facilidade de
deslo ç ctores que contribuem, ainda, para a existência de
opera e
humano a um grande
desga
ação e transporte para plataformas ou de subir escadas.
ção, transporte e descarga, faz parte da manutenção industrial e tem, ainda hoje, um
papel importante no ciclo produtivo das organizações. A substituição do homem pelas
máquinas, nas actividades que envolvem elevação e transporte manual de carga, está
condicionada por vários factores:
• Disponibilidade financeira das organizações;
• Concepção das instalações;
• Com
• Flexibilidade e adaptação ao tipo de objectos a movimentar;
• Mudança frequente do local da instalação onde a movimentação se
• Velocidade necessária para a realização da operação.
A capacidade de adaptação do homem a situações nova
ca ão são, talvez, os principais fa
çõ s de movimentação de cargas efectuadas com base no esforço humano.
A elevação e o transporte manual de cargas sujeitam o corpo
ste físico. O transporte manual é quase sempre um trabalho pesado, ainda que as
cargas a movimentar não sejam pesadas ou volumosas, sobretudo quando há a
necessidade de elev
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 30 ORIGINAL
Surge então a fadiga, que tem consequências gravosas, não só porque reduz a
eficiência do trabalho, entes.
usões provocadas por objectos penetrantes ou contundentes.
ção está sempre que possível, na mecanização e automatização da
eleva
(i) Risco de lesão da coluna vertebral
A coluna vertebral humana é naturalmente adaptada a uma postura erecta. Quando o
tronco se inclina, a flexão tem lugar essencialmente na região lombar.
linad s
a uma sobrecarga considerável, pelo que não surpreende que 95% das lesões discais
ocorra
ço de flexão,
para os quais estes não estão preparados, o que provoca uma rápida degeneração do disco
intervertebral inferior.
Durante o esforço muscular, os vasos sanguíneos do tecido muscular são
comprimidos, diminuindo o fluxo de sangue e consequentemente o fornecimento de oxigénio
e de açúcar.
como favorece o aparecimento de acid
A frequência destes acidentes é geralmente elevada e aumenta para o fim do dia de
trabalho.
Outros riscos associados à elevação e transporte de cargas:
• Queda de objectos sobre os pés;
• Ferimentos por caminhar sobre, chocar contra ou embate por objectos cortantes;
• Cont
Parte destes riscos podem ser limitados pela utilização de equipamentos de protecção
individual (Capacetes, luvas e calçado de protecção), ou recorrendo a aparelhos auxiliares
de movimentação.
Contudo, a solu
ção e transporte de cargas (porta-paletes, empilhadores, tapetes transportadores,
elevadores de carga, gruas e pórticos).
O peso da parte superior do corpo inc a, só por si, sujeita os discos intervertebrai
m nos três discos inferiores, onde o movimento da coluna e consequente sobrecarga
são maiores.
A elevação e transporte de cargas, com o tronco inclinado, submete os discos
intervertebrais, não só a um esforço de compressão, mas também a um esfor
O desgaste dos discos intervertebrais pode originar vários tipos de lesão, entre os
quais a hérnia discal, o lumbago e a ciática.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 31 ORIGINAL
Figura 16 – Levantamento de carga correcta Figura 17 – Levantamento de carga incorrecta
No método correcto o esforço é exercido sobre as pernas, permanecendo o corpo
direito e os braços estendidos, com a carga o mais próxima possível do corpo, o que permite
uma distribuição uniforme da pressão sobre os discos intervertebrais. No método incorrecto
há uma maior compressão sobre a face anterior do disco intervertebral inferior.
ovimento
A inclinação da a trás cria uma tensão elevada nos
músculos e ligamentos do lado convexo
desenvolvimento de grandes esforços físicos, a
mo uma
articulação
(ii) Posturas e m s perigosos
coluna para a frente ou par
e uma grande compressão nas extremidades das
vértebras e dos discos do lado côncavo. Os trabalhadores devem movimentar-se suave e
cautelosamente quando elevam ou transportam cargas, puxam ou empurram veículos, de
modo a evitarem a adopção de posturas perigosas. Quando estiver em causa o
coluna não deve ser inclinada nem rodada
sobre o seu eixo. A coluna vertebral deve ser utilizada como um suporte e nunca co
.
Figura 18 – Postura correcta Figura 19 – Movimentação incorrecta de rotação
pela resistência dos músculos. A
capacidade de elevação das mulheres é de cerca de 60% da capacidade dos homens, o
que limita o seu emprego em operações que envolvam a movimentação manual de cargas.
É recomendável para a mulher, durante a gravidez e até três meses após o parto, não
ultrapassar os 10 kg no transporte rgas. A capacidade física varia
obviamente com a idade, aumentando a partir da infância e atingindo o valor máximo entre
os 25 e os 3
(iii) Cargas máximas permitidas
Quando se utiliza um método correcto para elevação manual, a carga máxima
aceitável é bastante elevada, sendo limitada apenas
O Decreto-lei 330/93 define como carga pesada, a carga de peso superior a 30 kg
para operações ocasionais e de 20 kg para operações frequentes.
manual regular de ca
0 anos.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 32 ORIGINAL
capacidade de recuperação é mais reduzida,
aume
utilização de aparelhos auxiliares
Há diversos tipos de aparelhos que podem ser utilizados como auxiliares da
movimentação manual de cargas. Os mais usuais são:
(i) Carros de mão e porta-paletes
Podem ter 1 ou 2 eixos e 1, 2 ou 4 rodas e são utilizados para o transporte de
materiais e objectos mais ou menos volumosos ou pesados em distâncias curtas.
Como o avançar da idade a fadiga surge mais cedo, aquando de um trabalho pesado
ou de uma postura mais gravosa, a
ntando a probabilidade de ocorrência de doenças de coração e do sistema circulatório
e lesões musculares (distensões, hérnias, etc).
(2) Movimentação com
Figura 20 – Carros de mão
As pegas deve s salientes para evitar o entalamento das mãos em
portas
um eixo apresentam riscos
semelhantes ao levantamento de pesos.
A carga deve emente de modo a manter o seu centro de
gravid e do percurso é uma
condição de segurança importante.
m ter resguardo
, colunas, esquinas ou outros obstáculos. Os carros de dois eixos são os mais
utilizados na actividade industrial. Os carros de apenas
ser distribuída uniform
ade na posição mais baixa possível. A permanente visibilidad
Figura 21 – Transporte incorrecto de carga
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 33 ORIGINAL
Figura 22 – Utilização correcta de porta-paletes
(ii) Rolos e patins
o transporte de materiais e peças mUtilizados n ais ou menos volumosas.
constituíd
Util eira.
em
sobre e
(3) Mov
ruptura dos meios de suspensão (cabos,
s, etc) ou da sua incorrecta colocação;
l quando este é movimentado a reduzida altura.
observaç
que:
• Todos os aparelhos devem ter bem visível a indicação da carga máxima admissível;
(iii) Ventosas
Funcionam por vácuo e são apropriadas para o transporte de peças de vidro. São
as por um punho de dupla ventosa com alavancas.
(iv) Pinças ou garras
izadas no transporte de chapas, carris ou toros de mad
(v) Ímanes
Utilizados no transporte de materiais ferrosos, pela atracção magnética que exerc
el s.
imentação mecânica de cargas
(i) Gruas, guindastes, pontes rolantes, pórticos, etc.
Muito utilizados nas instalações portuárias, na construção civil, na indústria
metalomecânica, etc. O comando destes aparelhos pode ser feito por botoneira, em cabina
de comando, ou por rádio-controlo. Os riscos mais importantes a assinalar são:
• Possibilidade de queda do material em caso de
estropos, roldanas, gancho
• Possibilidade de choque contra o materia
Em geral, os factores essenciais de segurança a considerar, baseiam-se na
ão da sua capacidade de carga e do estado dos seus meios de suspensão, pelo
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 34 ORIGINAL
• O ângulo de suspensão das cargas deve ser o menor possível, porque quanto menor for,
maior será a carga admissível a elevar;
• Os estropos devem merecer atenção particular, nomeadamente o seu diâmetro, a sua
constituição e a sua taxa de uso;
• Os ganchos de suspensão devem estar protegidos por fechos de segurança a fim de evitar
o desprendimento
• Todos os equipamentos deverão estar certificados para a carga de trabalho a que forma
• porte devem ser equipados com fins de curso
ade os equipamentos não embatam nos segundos;
• D ente gestuais) perfeitamente conhecido pelo
o a soal interveniente;
• A r uzida (cerca de 2 metros);
sado EPI (capacetes, luvas e botas de biqueira de aço).
diversos cordões metálicos dispostos
helicoidalmente em torno de uma “alma” (têx ). Os cordões são
compostos s enrolados. O enrolamento dos cordões pode ser no
sentid
um cabo
xteis). A título de exemplo: 6 cordões de 25 fios; Alma de cordão metálico de 7
dos cabos;
dimensionados;
Os equipamentos de elevação e trans
eléctricos e mecânicos. Os primeiros devem estar colocados para que mesmo à máxima
velocid
eve existir um código de sinais (normalm
per dor dos aparelhos e por todo o pes
ca ga deve ser transportada a altura red
• Não deve ser permitida a circulação de pessoas sob cargas suspensas;
• Os aparelhos devem estar equipados com um sinal sonoro para indicar a sua marcha;
• Deverá ser sempre u
(ii) Cabos de aço, estropos e lingas de movimentação.
Os cabos metálicos são constituídos por
til, metálica ou mista
por vários fios metálico
o dos fios metálicos (Lang) ou no sentido inverso. Para a correcta caracterização de
de aço, devem ser considerado o seguinte:
• Diâmetro: secção medida;
• Secção útil: soma das secções dos fios;
• Designação de cabos: A x B + C (A: nº de cordões; B: nº de fios por cordão; C: nº de
“almas” tê
enrolamentos de 7 fios - Designação: 6x25+(7x7+0);
Figura 23 – Designação de cabos metálicos
• C a
opera tação de cargas.
arg de trabalho (Ct): a carga máxima a que deve ser submetido o cabo durante as
ções de movimen
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 35 ORIGINAL
• C
(Ct):
a. Cabos e estropos de cabo de aço 5
b. Cabos e estropos de corrente ≥ 4
c. Cabos de massa (fibras têxteis) ≥ 7
NOTA
arga de segurança (Cs): Quociente entre a carga de ruptura (Cr) e a carga de trabalho
≥
CtCrCs =
: a legislação e normalização existente poderão definir valores de Cs mais
restritivos para outros tipos de utilização (exemplo: cabo de aço a utilizar em elevadores de
transporte de pessoas, etc)
de estropos e lingas na movimentação mecânica de cargas, devem ser
ção os seguintes aspectos:
• Escolher a linga adequada à carga e aos esforços a suportar;
• Conhecer o peso dos materiais a movimentar e não ultrapassar nunca a carga de trabalho
da linga;
• Pesos desconhecidos, multiplicar o volume pela densidade do material (valores
aproximados):madeira: 0,8; pedra e cimento: 2,5; aço, ferro e metais fundidos: 8
• Quando se formam ângulos, verificar a carga efectiva (considerar o ângulo maior);
• Não ultrapassar 90º entre ramais, nunca excedendo 120º, evitando-se lingas curtas;
• Para lingas de 3 ou 4 ramais, o ângulo a considerar é formado pelos ramais opostos em
diagonal;
• Na carga a elevar, os pontos de fixação não deverão permitir o deslizamento e deverão
encontra-se equidistantes do centro de gravidade
• Os cabos deverão ser protegidos por guarda-cabos;
• Não apoiar as lingas sobre arestas vivas, intercalando cantoneiras ou esquadros de
prote
Não cruzar os cabos, evitando a compressão e esmagamento do que se encontra por
em material sintético (nylon):
u
Na utilização
tomados em considera
;
cção;
•
baixo;
• No caso da utilização de cintas
a. Servem para não prejudicar as cargas por atrito como ocorrem com os cabos de aço
sem protecção:
b. Não devem ser utilizadas para levantar cargas quentes, com arestas vivas o
ângulos agudos, sem uma protecção adequada nos pontos de contacto;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 36 ORIGINAL
1000
kg
1000
kg
100
500
kg
500
kg
707 kg 707 kg
0kg
1000 1000 1932 1932 45º
60º
75º
1000
kg K
1000
g
1000
Kg
1000
Kg
Figura 24 – Ângulo de suspensão entre estropos
NÃO
SIM
NÃO
SIM
Figura 25 – Cuidados a observar no transporte mecânico de materiais
arga, deverão
ser to d
• A linga n (< 60 ºC). Se a linga é
totalmente de assar 80 ºC;
• Armazena ado e sem atmosferas corrosivas ou poeirentas;
• Não arm acto com suportes com perfil
arredond sobre pa
• Inspeccionar periodicamente ( antes de qualquer utilização, as lingas e todos
os eleme nstituintes;
• Lubrifica as frequentemente, de acordo com as instruções do fabricante. Como
regra ge
a. Limpar o cabo previamente com uma escova e ar comprimido, utilizando um
dissolvente para eliminar os r os de massa;
b. Aplica
c. Envolver a totalidade da linga, até atingir a “alma” do cabo;
Em termos de manutenção de cabos de aço e lingas de transporte de c
ma os os seguintes cuidados:
ão deverá estar exposta
cabo de aço, não ultrap
a radiação térmica elevada
r as lingas em local seco, ventil
azenar em cont
ado ou
o solo, suspendendo-as em
letes de madeira;
trimestral) e
ntos co
r as ling
ral:
est
r o lubrificante adequado;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 37 ORIGINAL
Como referência poderão ser consideradas as seguintes situações que poderão levar
a eliminar uma linga. Quando o cabo apresenta:
• Mais de 10% de arames partidos separados entre si por uma distância inferior a 8 vezes o
seu diâmetro;
• Rotura de um cordão completo;
• Perda d ja 40% da secção
total do cordão;
0% dos cabos de cordões
tura de arames visíveis, que
s ou terminais nas pontas (sapatilhos),
dever -
x Dcabo (Lang)
• T
• Com
a. cabo)
c. cia entre braçadeiras
Quantidade de braçadeiras necessárias
e secção do cabo, devido à rotura dos arames visíveis, que atin
• Diminuição do diâmetro do cabo em qualquer ponto, que atinja 1
ou 3% dos cabos fechados;
• Perda de secção efectiva em dois locais do cabo, devido a ro
alcance 20% da secção total do cabo;
• Outras condições. Quando o cabo apresenta:
a. Esmagamento visível;
b. Dobras permanentes;
c. Deslizamento do cabo em relação ao terminais;
d. Corrosão elevada;
e. Nós ou cocas;
Na necessidade de efectuar uniões de cabo
-se á considerar o seguinte:
• Terminal entrançado:
a. Terminais: Lentrançado > 30 x Dcabo
b. Uniões de cabos: Lentrançado > 900 x Dcabo (cruzado); Lentrançado > 1200
erminal com casquilhos de metal fundido (Zinco ou Chumbo e Antimónio)
braçadeiras a sua segurança depende:
Diâmetro das braçadeiras (designação comerc. = D
b. Nº de braçadeiras
Distân
Diâmetro do cabo (mm) Para formar um terminal
(sapatilho)
Para unir cabos
5 a 12 4 4
12 a 20 5 6
20 a 25 6 6
25 a 35 7 8
35 a 50 8 8
Figura 26 – Uniões de cabos e terminais com braçadeiras
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 38 ORIGINAL
Figura 27 – Colocação de braçadeiras nos terminais dos cabos
• Para efectuar terminai
• A 1ª braçadeira deverá colocar-se perto do bico do guarda cabos;
• A distância entre braçadeiras será entre 6 a 8 vezes o Dcabo;
• As porcas de aperto deverão situar-se no ramal de tracção;
• O aperto deverá ser gradual e cruzado, sem ser excessivo.
No caso de movimentação de cargas ou tracção com correntes metálicas, deverão ser
tomadas as seguintes precauções:
• Empregar acessórios adequados (manilhas, ganchos);
• Não soldar os elos porque altera o tratamento térmico;
• Colocar sempre a carga n
• Não golpear com ma
• Proteger as correntes de arestas vivas;
• Armazenar em
l;
ra verificar a boa articulação dos
s utilizar sempre guarda cabos metálicos;
a base do gancho;
rtelos ou outros objectos;
local abrigado e seco;
• Deverão ser efectuados testes de carga sempre que após inspecção visual seja detectado:
a. Desgaste dos elos - O desgaste do elos diminui a carga de ruptura;
b. Mossas e fissuras - O diâmetro dos elos não deve ser inferior a 80% da medida
original em toda a secção. Quando apareça alguma fissura o diâmetro da secção
resultante não deve ser inferior a 80% do origina
c. Empenos e torções - Inspeccionar toda a corrente pa
elos;
Elos partidosNÃO SOLDARElos partidos
NÃO SOLDAR
Pequenos coe mossa
rtes s
Pequenos coe mossa
rtes s
Alongamentoexagerado
Alongamentoexagerado
Elos torcidosNÃO BATERElos torcidosNÃO BATER
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 39 ORIGINAL
Figura 28 – Manutenção de correntes metálicas
Anilhas
GanchoVerificar desgaste
Verificar desgastee fissuras
Verificar apertocompleto
Verificar que distância não
aumentou
Verificar desgaste
Verificar desgastee fissuras
Verificar apertocompleto
Verificar que distância não
aumentou
CENTRAR O ESFORÇO
Anilhas
Gancho
CENTRAR O ESFORÇO
CUIDADO COM DESAPERDO TROÇO DE FIXAÇÃO
TOCUIDADO COM DESAPERDO TROÇO DE FIXAÇÃO
NÃO USAR PARAFUSOSNÃO USAR
PARAFUSOS TO
– Limites de carga de correntes metálicas
(iii) Macacos mecânicos, hidráulicos e pneumáticos
reparaçõ e funcionamento, a
preca ã rador nunca se colocar debaixo da carga
içada e
de segurança dos ganchos;
• ntes;
•
Manter os pés firmes no chão ou em segurança durante a operação do equipamento;
Figura 29 – Manutenção de elementos de fixação (manilhas)
Figura 30
Elevam cargas, sobre eles colocadas, sendo muito utilizados em oficinas de
es. Além da indispensável observação do seu bom estado d
uç o, essencial, de segurança é a de o ope
, s m antes a ter feito assentar sobre apoios rígidos.
No caso de utilização de talhas e cadernais, dever-se-á:
• Lubrificar correntes e polias;
• Verificar o funcionamento correcto do travamento
• Utilizar cordas e correntes com o coeficiente de segurança adequado;
Verificar o desgaste existente nos elos das corre
• Verificar o correcto encaixe entre correntes e polias;
Lubrificar todas as partes móveis;
•
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 40 ORIGINAL
• Certificar que o gancho superior da talha está seguramente preso ao suporte e que este
suporte suporta a carga total (certificação de pontos de apoio de carga);
• Certificar que a carga está presa com dispositivo compatível e devidamente fixo ao gancho
inferior;
• Certificar que a carga está livre para ser transportada e que não haverá obstruções no
caminho;
• Confirmar que o travamento de segurança do gancho, quando existente, está fechado e
livre de qualquer carga;
• Não balançar a carga ou o gancho;
• Inspeccionar a talha regularmente, substituir peças danificadas ou gastas e manter sempre
registros das manutenções;
• Não utilizar a talha com a corrente trincada, torcida, danificada ou gasta;
• Não a carga;
Não utilizar a corrente da talha para laçar a carga;
• Não accionar a talha com outro tipo de energia (só manual);
• Não permitir operador ao mesm
uma corrente de accionamento;
• Não usar a talha para elevar, segurar ou transpo
• Não permitir que a corrente ou o gancho sejam to
• Não retirar ou apagar os avisos e indicações in
• Não aumentar a extensão da corrente de
(iv) Aparelhos móveis
São, por exemplo, os seguintes tipos de
• Pás carregadoras;
• Tractores;
• Empilhadores;
• Quanto ao tipo de energia consumida,
• De combustão interna;
• De motor eléctrico alimentado por bateria
Na utilização dos empilhadores, o operador deve observ s procedimentos
de segurança:
• No início do dia de trabalho ou do turno, inspeccionar to mandos (importante:
paragens de emergência), pneus, travões, combustíve
• Nunca ultrapassar a carga máxima prevista.
• Assegurar que a carga está perfeitamente equilibrada ortes.
• Não conduzir o empilhador com a carga
• Circular com velocidade moderada, reduzindo-a à apro tos ou portas.
• Descer as rampas, com carga, de marcha-atrás.
ccionar a talha antes de verificar se a corrente está assente na polia de
•
mais de um o tempo, para talhas que possuem somente
rtar pessoas;
cados por um eléctrodo de solda;
scritos na talha;
carga nem reparar algum dano na mesma.
de funcionamento descontínuo
máquinas:
podem ser:
s.
ar os seguinte
dos os co
l/baterias, etc.
e calçada sobre os sup
em posição elevada.
ximação de cruzamen
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 41 ORIGINAL
• Nunca deixar o aparelho, sem coloca
travão de mão e retirar a chave de igniçã
• Sinalizar e demarcar faixas de passagem a
segurança de circulação nas zonas industriais.
r os comandos na posição de paragem, travar o
o.
para viaturas e pessoas, de forma a aumentar
Garfos ou forquetas
Rede de protecção do condutor
Elevador
MastroVolante servo-assistido
Pórtico de segurança
Espelho retrovisor
Roda motora
ChassisEstribo de acesso
Roda de direcção
Apoio para acesso
Extintor
Cinto de segurança
Banco com amortecimento
Contrapeso
Prbo
otecção dotu de escape
Tapa chamas
Garfos ou forquetas
Rede de protecção do condutor
Elevador
MastroVolante servo-assistido
Pórtico de segurança
Espelho retrovisor
Roda motora
ChassisEstribo de acesso
Roda de direcção
Apoio para acesso
Extintor
Cinto de segurança
Banco com amortecimento
Contrapeso
Prbo
otecção dotu de escape
Tapa chamas
Figura uadas 31 – Empilhador com as protecções de segurança adeq
Recolher a carga e elevá-la cerca de 15 cm do
ndo o mastro inclinado na máxima
r o empilhador em frente ao lugar previsto e
dotar as alturas de descarga e carga com um
produz a distâncias altas (espelhos p.e.);
Situar os garfos na posição horizontal e depositar a
A descida de rampas deverá ser efectuada de
a frente.
Zonas de circulação:
CIRCULAR SEMPRE COM OS GARFOS EM BAIXOC RCULAR SEMPRE COM OS GARFOS EM BAIXO
solo;
Circular leva
para trás;
Situa
na posição precisa para depositar a carga;
Elevar a carga à altura necessária mantendo o
empilhador travado. Para alturas superiores a 4 m
sistema que compense a limitação visual que se I
Avançar o empilhador até que a carga se encontre
sob o lugar de descarga;
carga, afastando-se lentamente.
marca a trás;
A subida de rampas deverá ser sempre de marcha
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 42 ORIGINAL
Circulação pela direita;
50 cm à altura máxima do
dor ou à sua carga máxima a transportar;
s de batente, deverá existir uma zona
Resguardos 50 cm;
Sinalização adequada aos sentidos de circulação.
Portas e passagens:
Largura com resguardos de 50 cm;
Altura com resguardo de
empilha
Em porta
transparente.
Figura 32 – Movimentação de carga com empilhadores
24" (60 cm.)
36" (91 cm.)
3000 lbs.(1369 kgs.)
4000 lbs.(1912 kgs.)
24"60 cms.
36"91 cms.
24" (60 cm.)24" (60 cm.)
36" (91 cm.)36" (91 cm.)
3000 lbs.(1369 kgs.)
4000 lbs.(1912 kgs.)
24"60 cms.
36"91 cms.
3000 lbs.(1369 kgs.)
4000 lbs.(1912 kgs.)
24"60 cms.
36"91 cms.
Figura 33 – Movimentação de carga com empilhadores
c. Armazenagem
A armazenagem sendo numerosos os
aciden
dades/ serviços em terra
As r bservar, são:
cia do pavimento.
eja ultrapassada a resistência do pavimento durante um
• r armazenados de forma a não entrarem em
estrutura do edifício, permitir a ventilação e facilitar o eventual combate a um
é o final das operações de movimentação de cargas,
tes causados por armazenagem inadequada e insegura.
(1) Armazenagem em uni
egras básicas de segurança a o
• O peso do material a ser depositado não deve ser superior à resistên
• Se o material armazenado tiver características de absorver água, a carga total do material
deve ser reduzida para que não s
eventual combate a um incêndio.
Produtos incompatíveis entre si devem se
contacto acidentalmente.
• As pilhas de material devem ficar afastadas pelo menos 0,5 metros das paredes a fim de
não forçar a
incêndio.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 43 ORIGINAL
mergência.
artidas.
metros de altura. Se a
• enção a
e à nature agem cuidada, é necessário determinar o material
a estiva
quer pe
Assim sados nas superstruturas e leves
abaixo da
sobressale
bons níve minará num
increm
de seguro r deverá ser capaz de aguentar mar força 7 (Beaufort) sem avarias causadas
por d
factores ( ais as próprias características do navio), a sua assimilação simples permite
adopt s
bservar, além das verificações de rotina a efectuar
aos equip
os
Os recipientes susceptíveis de sofrer rotura por esmagamento deverão ser objecto de
o;
• ntos, cabos eléctricos ou calhas, apoios elásticos de
• A armazenagem não deve prejudicar, além da ventilação, a iluminação e o trânsito de
pessoas e viaturas.
• A disposição das pilhas de material, não deve dificultar o acesso aos meios de combate a
incêndios e às saídas de e
• Devem ser removidas todas as saliências que constituam perigo, tais como pregos, arames
e cintas p
• Quando da armazenagem manual não empilhar além dos 2
armazenagem for mecânica, não ultrapassar uma altura que crie instabilidade nas pilhas.
Na armazenagem de produtos líquidos ou gasosos, a granel, deve-se ter em at
incompatibilidade dos produtos entre si e entre estes e a água.
(2) Armazenagem a bordo dos navios
A armazenagem de materiais a bordo dos navios, exige cuidados acrescidos devido ao balanço
za do meio. Além de uma arrumação e pe
r abaixo e acima da linha de água, quer pela influência na estabilidade (distribuição de pesos),
la capacidade de obstrução ao esgoto de compartimentos alagados.
não se deve estivar equipamentos ou materiais pe
linha de água (ex: papel higiénico, desperdícios, etc. abaixo da linha de água e
ntes pesados acima).
(3) Segurança para navegar
Em termos de segurança a bordo dos navios da Marinha é extremamente importante manter
is de “segurança para navegar” visto que a aplicação destas medidas cul
ento dos níveis de segurança para o pessoal embarcado. Um navio para ser levado à condição
para navega
eslocamento horizontal de material. Embora esta regra seja redutora e dependa de vários
entre os qu
ar o seguintes princípios básicos da segurança para navegar.
(i) Critérios da segurança para navegar – material
Relativamente ao material será necessário o
amentos, os seguintes aspectos:
• Todos os objectos portáteis (equipamentos, ferramentas, etc.) deverão ser arrumados n
suportes ou armários próprios;
• Todos os paióis deverão estar devidamente estivados e arrumados;
•
acondicionamento mais cuidad
Não pear material a encaname
equipamentos, pois poderá originar danos;
• Qualquer porta, escotilha, vigia ou outro tipo de abertura, deverá operar correctamente;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 44 ORIGINAL
stáculo;
r comprometido;
rão permitir a operação correcta de equipamentos e
a, vigias, portas de visita);
sinalização de segurança ou placas de
• artimentos deverão estar limpos, especialmente o sistema de esgoto e
• m estar correctamente limpos e secos;
locados em paiol com sistema de extinção
• nflamáveis deverão estar afastados de fontes de calor;
locados dentro dos armários;
r presas com molas da roupa;
o;
do criteriosamente, de forma a estar
arnição a sua reposição em caso de violação;
ser praticamente imediata, o que requer
stra;
A operação dos circuitos de ventilação deverá ser cuidada, a fim de evitar atmosferas
perigosas;
• É essencial um elevado conhecimento do navio, para a segurança colectiva e individual.
(ii) Critérios da segurança para navegar - pessoal
Todos os elementos deverão estar aptos a:
• Efectuar qualquer percurso a bordo, em condições de iluminação nulas;
• Identificar todos os compartimentos do navio e os perigos que poderão estar presentes;
• Localizar os equipamentos utilizados em caso de acidente;
• Identificar os vários alarmes e actuar em conformidade com o seu significado.
• Todas as passagens e acessos a equipamentos deverão estar livres de qualquer
ob
• Deverá ser evitada a arrumação de embalagens e produtos em papel ou cartão abaixo da
linha de água, já que, em caso de alagamento, o esgoto poderá fica
• A estiva e arrumação do material deve
de aberturas (portas, escotilhas, escotilhas de emergênci
• Não deverá ser ocultado qualquer tipo de
identificação de circuitos;
Todos os comp
porões;
Todos os pavimentos deve
• Todos os líquidos inflamáveis deverão estar co
em caso de incêndio, ou em suportes existentes para o efeito no exterior do navio;
Os materiais i
• Todos os haveres pessoais deverão estar co
• As toalhas existentes fora dos armários deverão se
• A existência de objectos soltos sobre, atrás e entre os armários, constitui um factor de
perigo acrescido;
• Todos os artigos de mobiliário (mesas, cadeiras, etc.) deverão estar presos ao paviment
• O material LA deverá estar acessível de forma imediata;
• O material LA existente em paiol deverá estar arruma
disponível para reforço;
• A condição de estanqueidade estabelecida deverá ser respeitada, sendo dever de qualquer
elemento da gu
• A acessibilidade a qualquer compartimento deverá
a existência de uma boa política de chaves, nomeadamente da chave-me
• Todos os equipamentos eléctricos e de iluminação não necessários, deverão ser
desligados;
•
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 45 ORIGINAL
d. Trabalhos em altura
Os trabalhos em altura, nomeadame ostes das linhas
de transporte de energia eléctrica e de comunicações, na agricultura, etc. quer a bordo dos navios,
são riscos potenciais de acidentes, requerem precauções especiais de
segurança.
o, quando se trabalha em mastros, chaminés ou outros pontos elevados, deve haver a
máxima precaução para evitar quedas. Estas ocorrem, normalmente, devido:
e de antenas.
• Ao uso de vestuário largo, que fica preso em saliências.
• A apoios dos pés inseguros ou escorregadios.
• À perda de resistência e faculdades, por exposição ao vento e consequente baixa de
ratura.
A radiações e m ca
Precauções a rvar nos trabalho
Nunca iniciar estes tra os sem a do oficial de quarto/de
dia, conforme o navio).
o das meias.
• ser inspeccionado antes da subida.
•
NO
nte em trabalhos de construção civil, nos p
devido a quedas, que
A bord
• Ao movimento do navio
• A reacções a choques eléctricos originados por correntes induzidas por equipamentos de
comunicações.
• A reacção à utilização, não esperada, da sirene, do apito ou a ruídos estranhos
provenientes da chaminé.
• Ao envolvimento por gases vindos da chaminé.
tempe
• lectro agnéti s dos radares.
• obse s em altura:
• balh necessária autorização (a bordo
a situação d
• Durante a execução dos trabalhos, pelo menos um elemento deve estar de apoio/vigia.
• Envergar fato de macaco, com as calças por dentr
• Usar calçado apropriado (aderente) e bem apertado.
Usar arnês de segurança, que deve
• Usar capacete de protecção, tal como os elementos que vigiam em baixo (queda de
ferramentas).
• Assegurar a inexistência de objectos nos bolsos.
Prender as ferramentas, com um cabo, ao próprio, ou a uma adriça.
TA: Quando um arnês de segurança, já tenha sido sujeito ao esforço de uma queda, não
deve v a
olt r a ser usado.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 46 ORIGINAL
CAPÍTULO 4
Ambiente térmico
401. Transferência de calor
ento normal
das pri
lo corpo tem de ser
cedido
A homeotermia (manutenção da temperatura interna do corpo) garante o funcionam
ncipais funções do organismo. A homeotermia é assegurada quando o fluxo de calor produzido
pelo corpo é igual ao fluxo de calor cedido ao ambiente, ou seja, o calor gerado pe
a cada instante ao ambiente, de modo a manter a sua temperatura constante (cerca de 37ºC).
As trocas de calor entre o corpo humano e o ambiente podem ser expressas por:
ERCKM +±±±=
em que:
M = Calor produzido pelo metabolismo
K = Troca de calor por condução
ca de calor por convecção
ca de calor por radiação
E = Troca de calor por evaporação
a-se por contacto, entre uma superfície e o corpo,
le e o ar ambiente. A agitação e a temperatura do ar
• de calor da superfície mais quente para a mais fria sem contacto físico.
m grandes radiações, sendo a maior ou menor
ambiente
certas r comportamentais destinadas a ajustar o equilíbrio térmico.
C = Tro
R = Tro
A energia calorífica produzida pelo organismo deve assim equilibrar as trocas de calor com o
meio ambiente. O calor transfere-se pelos seguintes meios:
• Condução: O calor propag
essencialmente pelas mãos e pés.
• Convecção: Trocas de calor entre a pe
determinam uma maior ou menor evaporação.
Radiação: Troca
Corpos sólidos incandescentes emite
proximidade factor determinante.
• Evaporação: Realiza-se essencialmente através da pele pela sudação. A temperatura,
agitação e humidade do ar são factores determinantes para aumentar ou diminuir a
evaporação.
Quando a troca de calor se realiza de forma agradável para o homem, está-se perante um
térmico neutro ou confortável.
Fora deste ambiente, o organismo humano poderá assegurar a homeotermia, mas ao preço de
eacções vegetativas ou
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 47 ORIGINAL
tas situações inconfortáveis mas toleráveis, já que a
rmia é assegurada. Quanto mais o ambiente térmico se afasta da neutralidade mais as
lterações fisiológicas se acentuam, até atingirem limites máximos.
Pa rmia já não poderá ser assegurada, atingindo-se a zona de
intoler
Estas alterações fisiológicas, tornam es
homeote
a
ra além destes limites, a homeote
ância ao calor ou ao frio, devendo-se limitar o tempo de exposição.
402. Equilíbrio térmico
(O2) em d cal).
1,8 m2), é
Um
de oxigén de tempo de trabalho duro. O O2 máximo consumido por
trabal res saudáveis, oscila entre 2 a 4 litros por minuto. Para uma mesma actividade, quanto
maior for alhador, menor será a quantidade de O2 requerida e menor
será o esfo
O calor produzido pelo corpo humano pode medir-se indirectamente pelo consumo de oxigénio
escanso ou em actividade (um litro de O2 equivale aproximadamente a 5 K
O oxigénio consumido em descanso, por um homem médio (70 Kg de peso e uma superfície de
aproximadamente de 0,3 m3 por minuto, o que equivale a 90 kcal/hora.
a forma importante de medir a capacidade de trabalho, é a velocidade máxima de consumo
io num breve espaço
hado
a capacidade de trabalho do trab
rço.
403. Ambientes térmicos quentes
Ne corpo humano acciona os diversos meios de luta contra o calor de que
dispõe
cutânea média.
e por três processos:
por
pele e o ambiente.
Sobrecarga Circulatória: A diferença entre as temperaturas interna e cutânea diminui,
assegurando um aumento do débito sanguíneo cutâneo.
stes ambientes o
, de forma a evitar o stress térmico, que pode surgir devido:
• Ao aumento do metabolismo.
• Ao aumento da temperatura do ar.
• Ao aumento da temperatura radiante.
• À variação da velocidade do ar, quando a sua temperatura interior é superior à temperatura
• Ao aumento da humidade do ar.
Para reequilibrar o balanço térmico, o organismo reag
• Sobrecarga Termostática: As temperaturas cutâneas aumentam rapidamente e a
temperatura interna mais lentamente, o que permite melhorar as trocas de calor
convexão e radiação, entre a
•
– Sobrecarga de Sudação: A molhagem cutânea permite realizar e manter um determinado
débito de evaporação.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 48 ORIGINAL
404. Índices de sobrecarga fisiológica
a. Frequência Cardíaca.
A frequência cardíaca pode ser utilizada como índice de exposição ao calor, já que este
provoca um aumento do débito sanguíneo e consequentemente da frequência cardíaca. As
sobrec
Estabilização da frequência cardíaca no decorrer do trabalho: Um aumento progressivo ao
gotamento mais ou menos rápido.
lsações, após iniciado o descanso, nos últimos 30
segundos de cada um dos primeiros 3 minutos, a diferença entre o primeiro e o terceiro
valor não deve ser inferior a 10 pulsações e o valor da última contagem inferior a 90
temperatura do corpo não deve exceder 38ºC para um determinado trabalho, podendo
transitoriamente elevar-se a 39ºC, mas apenas por períodos curtos e com tempo suficiente de
recupera
c. Sudação
O grau de solicitação do organismo humano para uma situação de trabalho, pode também ser
trabalhador tem de realizar. O método mais
mples de cálculo da quantidade de suor produzido, consiste na determinação da perda de peso,
ta as correcções devidas à entrada e saída de fluidos.
No s as perdas devidas à sudação podem ser expressas do seguinte
modo:
ho)
+ (águ
endo a
perda u corpo do trabalhador.
405. Efeitos do calor no Homem
argas toleráveis, são definidas pelos seguintes critérios:
•
longo do tempo deixa prever um es
• Nível de frequência cardíaca ao longo do trabalho: Não deve ultrapassar, em pessoas
aptas e durante as 8 horas de trabalho diário, 110 pulsações por minuto.
• Valores de recuperação: Contando as pu
pulsações por minuto.
b. Temperatura do Corpo
A
ção posterior em áreas refrigeradas.
determinado pelo débito ou velocidade de sudação, que o
si
tendo em con
s ambientes industriai
Perda por sudação = (peso do corpo nu antes do trabalho - peso do corpo nu após o trabal
a consumida urina excretada) + sólidos consumidos.
A perda máxima por sudação, considerada tolerável, é de um litro por hora, não dev
líq ida de peso, no fim do dia de trabalho, exceder 1, 5% do peso do
Nos
psicológic
ambientes quentes, os efeitos do calor no homem podem dividir-se em três grupos:
os, psicofisiológicos e patológicos.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 49 ORIGINAL
Qu ima da zona de conforto, aparecem estados sucessivos de
mal-e
ento em tarefas de destreza manual.
os níveis mais elevados de calor, há uma redução clara da capacidade de trabalho, com mal-
estar fisiológico, sobrecarga do coração, do aparelho circulatório e desequilíbrio de água e sais no
organism
a. Transtornos sistémicos
Go o, quando o trabalhador não está aclimatado, é obeso, tem
insufic
o às
glândulas sudoríferas e aparece em locais de trabalho quentes e húmidos. As queimaduras aparecem
pela exposição às radiações ultravioletas.
no absentismo e na produtividade.
lerância ao calor
ando o stress térmico se eleva ac
star psicológico, desde a sensação puramente subjectiva de incómodo, até uma redução
apreciável de rendim
N
o.
Os transtornos, devido ao calor excessivo, podem classificar-se da seguinte forma:
lpe de calor e esgotament
iência de água, é consumidor de álcool, tem vestuário inadequado, antecedentes de doenças
cardiovasculares e pouca capacidade de trabalho.
b. Transtornos da pele
Erupção, anidrose (deficiência de suor), queimaduras. A erupção é um transtorno associad
c. Transtornos psíquicos
Fadiga térmica, afectando a emotividade, a motivação para o trabalho e a boa realização do
mesmo e reflectindo-se
406. Factores individuais de to
lento e progressivo. As funções fisiológicas modificam-
se aum diminuindo a frequência cardíaca e a temperatura do corpo.
tute for Occupational Safety and Health)
recom adores industriais com as etapas seguintes:
período de 6 dias.
A carga de trabalho e o tempo de exposição será, no primeiro dia de 50% do total,
continuando a aumentar 10% por dia até ao 6º dia em que atingirá os 100%.
• egressem ao trabalho após 9 ou mais dias de férias ou
as com incrementos de 20% por dia.
a. Aclimatação
A aclimatação ao calor é um processo
entando a produção de suor e
A organização Americana NIOSH (National Insti
enda um plano de aclimatação para trabalh
• Os trabalhadores serão aclimatados por um
•
Os trabalhadores aclimatados que r
4 ou mais dias de baixa serão sujeitos a uma aclimatação de 4 dias, num processo idêntico
ao anterior, m
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 50 ORIGINAL
trabalhadores mais idosos dissipam com maior dificuldade a carga calorífica que os mais
jovens.
Para a sudação excessiva (composta por água e sal) torna-se necessário a ingestão de água
para e
evem-se ingerir bebidas frequentemente (água, chá, café fraco ou sumos de frutas bem
diluídos) a cerca de 10/1 uso de bebidas com gás, sumos de fruta não
diluídos, leite e todo o tipo de bebi s. Não devem ser ingeridos alimentos gordos.
e. Sexo
A capa r é menor que a do homem. A mulher começa a
suar mais ero de glândulas sudoríparas e, consequentemente, a
tempe
407. Protecção contra o calor
b. Constituição corporal
Os indivíduos obesos e os de fraca estatura são menos resistentes e de mais difícil
aclimatação.
c. Idade
Os
d. Higiene alimentar
vitar a desidratação. A ingestão de sal justifica-se apenas para trabalhadores não aclimatados,
já que nestes a concentração de sal no suor é 3 a 4 vezes mais elevada que nos aclimatados.
D
5º C. Deve ser interdito o
das alcoólica
cidade da mulher em suportar o calo
tarde, apesar de possuir maior núm
ratura do corpo aumenta. Após a aclimatação a quantidade de produção de suor é cerca de
metade da do homem.
a. Medidas Construtivas
• Ventilação e climatização.
• Protecção e revestimento de paredes e tectos.
b. Medidas organizacionais
ão ou transferir operações de elevado dispêndio de energia para
eríodos mais frescos.
São adoptadas as seguintes medidas:
• Protecção de superfícies vidradas.
• Écrans de protecção do calor radiante, etc.
Limitar o tempo de exposiç
p
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 51 ORIGINAL
rrefecimento.
408. Ambientes térmicos frios
c. Medidas de Protecção Individual
O vestuário de protecção tem por fim regularizar a temperatura superficial do corpo humano,
não permitindo o seu sobreaquecimento ou sobre a
O vestuário de protecção deve possuir características de boa ventilação, flexibilidade, má
condução de calor, comodidade e resistentes à actividade a desenvolver.
Óculos e viseiras, com vidro reflector, constituem também uma protecção contra o calor
radiante.
Nestes ambientes o organismo humano enceta os diferentes meios de luta contra o frio, de
forma e as seguintes reacções:
A te uir a diferença entre a temperatura da pele e a
tempe u
b. Sobrecarga Circulatória
desta, há
c. Sobrecarga Metabólica
o forem suficientes, o organismo é obrigado a aumentar o
etabolismo para compensar as perdas excessivas de calor, levando ao aparecimento de arrepios de
frio.
409.
a tentar manter um balanço térmico próximo do zero, observando-s
a. Sobrecarga Termostática
mperatura cutânea baixa a fim de dimin
rat ra ambiente, para reduzir as perdas por convecção e radiação.
Como aumenta a diferença entre as temperaturas interna e cutânea devido ao abaixamento
uma diminuição da condutância do corpo, pela redução do fluxo sanguíneo cutâneo.
Se os ajustamentos anteriores nã
m
Consequências da Hipotermia
A hipotermia tem como consequência o mau estar geral, a redução da destreza geral e da
sensibilidade ao tacto e a diminuição da temperatura do sangue que irriga o cérebro.
A morte por ataque cardíaco, ocorre quando a temperatura interior é inferior a 28º C.
410. Protecção contra o frio
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 52 ORIGINAL
rado pelo vestuário é conseguido pela camada de ar que se
manté ele. Contudo, o movimento do corpo, provocando o efeito de sopro,
renova e reduz o seu isolamento efectivo.
estuário de protecção deve ser constituído por diversas
camad as pequenas camadas de ar, que não são susceptíveis de ser
ventila orpo. O uso deste vestuário torna-se indispensável na indústria de frio
alime s e
âmaras frigoríficas são frequentes.
411. Efeitos do frio no homem
O isolamento térmico assegu
m em contacto com a p
esse ar
Para reduzir este inconveniente o v
as finas, contendo entre el
das pelo movimento do c
ntar ou trabalhos similares (como o caso da entrada nas frigorificas a bordo), onde as entrada
saídas das c
Os efeitos do corpo humano à exposição ao frio são os seguintes:
• Frieiras: Surgem em pessoas mais sensíveis ao frio e localizam-se nos dedos das mãos e
dos pés.
• Eritrocianose: Consiste numa alteração circulatória devido ao frio, conferindo às
extremidades um tom vermelho-azulado.
• Pé das Trincheiras: Surge a temperaturas superiores a 0ºC, quando da permanência em
ambientes húmidos. O pé apresenta-se frio, cor de cera ou violáceo, com edema
esbranquiçado.
s a
-20ºC, ou por contacto com su uito frias. Fadiga, desnutrição e vestuário
insuficiente favorecem o seu aparecimento.
412. Índices de stress térmico
• Enregelamento: Consiste no congelamento dos tecidos, devido a temperaturas inferiore
perfícies m
a. Temperatura Efectiva
Tem como objectivo definir várias combinações de temperatura seca, movimento do ar e
humidade que originem a mesma sensação térmica. Com base em experiências desenvolveram-se
nomogramas caracterizando ambientes equivalentes. Tendo em conta a temperatura ambiente
(temperatura seca) e a temperatura húmida e a velocidade do ar obtém-se a temperatura efectiva.
b. Índice de Temperatura Húmida e de Globo (WBGT)
Este índice consiste na ponderação das temperaturas húmidas e de globo e por vezes
temperaturas secas. As formas são as seguintes:
• Em exteriores (sob calor solar):
WBGT = 0,7Th + 0,2Tg + 0,1Ts
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 53 ORIGINAL
• Em interiores (à sombra):
WBGT = 0,7Th + 0,3Tg
Sendo:
Th = Temperatura de bolbo húmido
Tg = Temperatura de globo
ntrados com os obtidos em tabelas, verifica-se se são ou não
ceitáveis.
Ts = Temperatura seca
Confrontando os valores enco
a
Fi ra temperatura com necessidade de vestuário de protecção e tempo de
exposição.
gu 34 – Relaciona a
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 54 ORIGINAL
CAPÍTULO 5
501. Caracterização do ruído
Ruído e vibrações
O ruído pode ser definido como um som indesejável, que constitui uma causa de incómodo
para o tra
mais extrem
O r ma das formas de poluição encontrada com mais frequência no nosso meio
industr e
a
O ru iódicos, misturados com outros periódicos
e transmitidos principalmente pelo ar.
O som propaga-se no ar à velocidade de 340 m/s, nos líquidos a 1500 m/s e no aço a 5000
O ruído tem como características principais:
ciadas
exprim s e medida do nível
sonoro é o decibel (dB). Define-se como o logaritmo da razão entre um determinado nível de som e
um outro lente à pressão de 20 micropascal.
é número de
oscila
-se necessário determinar o nível sonoro para cada
frequê
balho, um obstáculo à comunicação e à concentração, provoca fadiga geral e em casos
os o trauma auditivo, podendo levar à surdez.
uído é hoje u
ial não só. Se não for controlado poderá atingir um dos problemas ambientais mais graves.
. Características do ruído
ído é um conjunto de sons irregulares e não per
m/s.
• O nível sonoro.
• A frequência (se é um som puro)
• A composição ou espectro (se é um som complexo).
(1) Nível Sonoro
A intensidade das vibrações sonoras ou das variações de pressão que lhe estão asso
e- e em N/m2 (PASCAL) e designa se por pressão sonora. A unidade d
, tomado como referência, equiva
A pressão de 20 micropascal corresponde à mais pequena variação de pressão sonora que o
ouvido humano normal pode distinguir em condições normais de audição.
(2) Frequência e Espectro
Se considerarmos um ponto da onda sonora, verifica-se que a pressão oscila um determinado
número de vezes por segundo em relação à pressão atmosférica. A frequência
ções por segundo e exprime-se em ciclos por segundo ou Hertz (Hz).
A maior parte dos ruídos industriais não são sons puros, mas ruídos complexos. Para se ter
uma noção exacta da composição do ruído, torna
ncia. Este tipo de análise, designada por análise espectral ou de frequência, permite a
elaboração da escala de frequências, que se divide usualmente em três grupos:
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 55 ORIGINAL
Infra-sons: abaixo dos 20Hz.
• ências vão de 20 a 20000Hz, variando de
indivíduo para indivíduo e com a idade.
•
Gama de frequências audíveis: Sons cujas frequ
i. Ultra-sons: acima de 20 000 Hz (Cães, golfinhos, morcegos e outros mamíferos conseguem
detectar frequências ultra-sónicas).
Figura 35 – Pressão sonora e nível de pressão sonora
b. Tipos de ruído industrial
• Ruído contínuo: Quando o nível de pressão sonora e o espectro de frequência
permanecem constantes ao longo do tempo (Centrais de produção de energia, fábricas de
fiação, etc).
• Ruído variável ou flutuante: Quando o nível de pressão sonora e o espectro de frequência
variam constantemente. (rebarbagem, trabalhos de oficina, etc).
• de pressão sonora é relativamente elevado, mas tem uma Ruído Impulsivo: Quando o nível
duração muito curta (menos de um segundo). A martelagem, a rebitagem e o tiro de uma
arma de fogo, são exemplos deste tipo de ruído.
502. Medição do ruído
As razões mais frequentes para a medição do ruído são:
íveis sonoros são susceptíveis de provocar dano auditivo.
sonora de um equipamento está de acordo com as suas
• Determinar se os n
• Determinar se a radiação
características.
• Obter dados para diagnóstico, de forma a planear medidas para a redução do ruído.
• Verificar se o nível sonoro não prejudica terceiros (zonas residenciais).
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 56 ORIGINAL
ros de
correcção ou de atenuação de forma a aproximar a sua resposta à do ouvido humano. Para isso
existem as malhas de ponderação A, B, C e D. A malha A atenua para baixos níveis de pressão
sonora a diferentes frequências, enquanto a malha C atenua para níveis elevados. A malha B atenua
para níveis intermédios de pressão sonora e a malha D para valores muito elevados.
A malha mais utilizada é a A, por ser a que introduz uma atenuação semelhante à do ouvido
humano. Este atenua nas baixas frequências, deixando que as frequências médias passem sem
alteração e ampliando para as altas frequências.
Todos os sonómetros possuem o circuito de ponderação A, podendo também ter outras. De
acordo com a malha usada os resultados são expressos em dB(A), dB(B), dB( ) ou dB(D).
b. Nível Sonoro Contínuo Equivalente (LA,eq )
oro constante que, se estivesse presente durante todo o tempo de
exposi mesmos efeitos que um nível variável. É expresso em dB(A).
Medem a constituição permite uma resposta muito
próxim
(2) Registadores Gráficos e magnéticos.
a obtenção simultânea dos níveis sonoros e o registo gráfico dos
esmos, enquanto os segundos são usados para posterior análise.
de tempo. Os dosímetros indicam a dose de ruído a que os trabalhadores estiveram
expos
dB(A).
A d ruído define-se como o nível sonoro contínuo equivalente ponderado A a que um
trabalh o
horas sem
d
Nas in is são várias as fontes de ruído, sendo necessário considerá-las
individualmente de forma a adoptar as medidas de protecção mais adequadas.
a. Malhas de ponderação
Devido ao comportamento do ouvido humano foi necessário introduzir nos sonómetros filt
C
Representa um nível son
ção, produziria os
c. Aparelhos de medição de ruído
(1) Sonómetros.
variação da pressão sonora no ar. A sua
a da do ouvido humano. São os aparelhos mais utilizados, existindo grande variedade e de
capacidades diferentes.
Os primeiros permitem
m
(3) Dosímetros.
São sonómetros especiais de uso pessoal que medem o nível sonoro ponderado (A) num
intervalo
tos em função de um certo intervalo de tempo, que através de uma tabela se converte em
ose de
ad r está sujeito durante um período de referência, que pode ser de 8 horas diárias ou de 40
anais.
. Medida do nível sonoro
stalações industria
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 57 ORIGINAL
sonor
Lt = Ln + 10 log n
Ln= Nível sonoro de cada fonte
n= Número de fontes
ionar ao nível sonoro mais elevado entrando com a diferença entre ambos.
(1) Adição de níveis sonoros.
Quando existem fontes de ruído de igual intensidade a funcionar simultaneamente, o nível
o total não é a soma aritmética do emitido por cada uma. O nível sonoro total é dado pela
expressão:
Lt= Nível sonoro total
Quando existirem várias fontes de ruído emitindo níveis diferentes o efeito combinado de duas
fontes de níveis diferentes depende da diferença entre esses níveis. Para mais de duas fontes de
ruído, aplica-se o método combinando as fontes em passos sucessivos. O gráfico em baixo permite
retirar o valor a adic
Figura 36 – Adição de doi
s níveis sonoros diferentes
EXEMPLO:
v
O som qu
Decibéis com
503.
Fonte A = 89 dB
Fonte B = 83 dB
A-B = 6 dB
Índice de correcção retirado do gráfico = 1
Ní el Total = 89 + 1 = 90 Db
(2) Atenuação do som com a distância.
e se propaga ao ar livre, ou num grande compartimento, diminui cerca de 5 a 6
a duplicação da distância. Num compartimento pequeno a redução é menor.
Exposição ao ruído
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 58 ORIGINAL
(DR 182/06 de 6 de Setembro) considera trabalhadores expostos, os
ma exposição diária durante o trabalho de nível de ruído igual ou superior aos seguintes
íveis:
Valores de acção superior – se a média diária ou semanal dos valores de exposição for
efectiva do
trabalh s protectores auditivos.
Para a apli cção, na determinação da exposição do trabalhador ao ruído
não são tido ntes da utilização de protectores auditivos.
504. Obrigaç
A legislação Portuguesa
que sofrem u
n
• Valores de acção inferior – se a média diária ou semanal dos valores de exposição for igual
ou superior a LEX,8h=80 db(A) ou se o valor de pico for igual ou superior a LC,pico=130
dB(C);
•
igual ou superior a LEX,8h=85 db(A) ou se o valor de pico for igual ou superior a
LC,pico=137 dB(C);
• Valores limite de exposição – se a média diária ou semanal dos valores de exposição for
igual ou superior a LEX,8h=87 db(A) ou se o valor de pico for igual ou superior a
LC,pico=140 dB(C).
Para a aplicação dos valores limite de exposição, na determinação da exposição
ador ao ruído é tida em conta a atenuação do ruído proporcionada pelo
cação dos valores de a
s em conta os efeitos decorre
ões do empregador
O empre posição dos trabalhadores ao ruído durante o
trabalho sej reduzida ao nível mais baixo possível e, em qualquer caso, não superior aos valores
limite de exposição. Nas situações em que sejam ultrapassados os valores limite de exposição, o
• Tomar medidas imediatas que reduzam a exposição de modo a não exceder os valores
limite de exposição;
contínu
ividual
gador deverá assegurar que a ex
a
empregador deve:
• Identificar as causas da ultrapassagem dos valores limite;
• Corrigir as medidas de protecção e prevenção de modo a evitar a ocorrência de situações
idênticas.
Em resumo para que não haja risco considerável de surdez profissional o valor do nível sonoro
o equivalente, recomendado para uma exposição de 8 horas num período de 24 é de 80 dB
(A), tendo como limite máximo admissível 87 dB(A).
505. Medidas de protecção ind
Nas situações em que os riscos resultantes da exposição ao ruído não possam ser evitados por
outros meios, o empregador deverá por à disposição dos trabalhadores equipamentos de protecção
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 59 ORIGINAL
individual t el e sejam seleccionados, no que respeita à
atenuação que prop dor deverá:
• Colocar à disposição dos trabalhadores protectores auditivos individuais sempre que seja
ção pelos trabalhadores de protectores auditivos individuais sempre que
ditivos seleccionados permitam eliminar ou reduzir ao
tectores auditivos e
506. Vig
no rabalho que obedeçam à legislação aplicáv
orcionam. Como tal, o emprega
ultrapassado um dos valores de acção inferiores;
• Assegurar a utiliza
o nível de exposição ao ruído iguale ou ultrapasse os valores de acção superiores;
• Assegurar que os protectores au
mínimo o risco para a audição;
• Aplicar medidas que garantam a utilização pelos trabalhadores de pro
controlar a sua eficácia.
ilância da saúde
uais o resultado da avaliação revele a existência de riscos, com vista à prevenção e ao
diagnósti ecoce de a função
auditiva.
superiores a verificação anual da função auditiva e a realização de exames
audiométricos.
regador deverá assegurar ao trabalhador que tenha estado exposto a ruído acima dos
valores d ç de dois em dois anos.
xocet numa Fragata da classe "LEANDER":
• Casa
c. Com um gerador em funcionamento com uma carga de 1400 A, o nível de ruído varia
de 98 a
507.
O empregador deverá assegurar uma vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em
relação aos q
co pr qualquer perda de audição resultante do ruído e à preservação d
O empregador deverá assegurar ao trabalhador que tenha estado exposto a ruído acima dos
valores de acção
O emp
e ac ão inferiores a realização de exames audiométricos
Exemplos de determinados níveis sonoros atingidos em algumas acções/locais:
• Disparo de um Míssil E
a. Na ponte, 127 dB;
b. Asas da ponte, 136 dB;
dos Geradores (Destroyer TYPE 42):
112 db(A), conforme o local;
• Casa dos Compressores de Ar (Destroyer TYPE 42):
d. Com um compressor de BP em funcionamento, o nível sonoro varia de 93 a 100
db(A), quando se efectua a purga.
Acção do ruído no homem
de auditiva. O principal efeito do ruído no homem é a diminuição da capacida
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 60 ORIGINAL
s ser
provoc a s de curta duração. Com repouso, ou seja, sem
exposi
rvo auditivo e não é possível a sua
recupe curta duração pode provocar a ruptura do tímpano e
vir a c sa
A fa
demora a
Além do sistema auditivo, há outros efeitos do ruído sobre o organismo em geral:
a
Aum
afecções c
Devido ao Stress provocado pela exposição ao ruído, o colesterol penetra no sangue e por
acumu ã
•
•
• l: Nervosismo, insónias, perturbações no comportamento, irritação,
•
Na lesões auditivas há a distinguir as reversíveis das irreversíveis. As primeiras podem
ad s pela exposição a um ruído intenso, ma
ção nas horas seguintes, a capacidade auditiva anterior pode ser readquirida.
As segundas são lesões que afectam a cóclea ou o ne
ração. Um ruído muito intenso, mesmo de
au r a surdez.
diga auditiva é determinada pelo grau de perda de audição ou pelo tempo que o ouvido
retomar a audição inicial.
das lesões
. Efeitos do ruído sobre o organismo
(1) Sistema Cardiovascular
ento da pressão sanguínea, aceleração do pulso, contracção dos vasos sanguíneos e
ardiovasculares.
laç o pode originar o enfarte.
Aparelho Digestivo: Afectações gástricas e transtornos na digestão.
Equilíbrio: Dores de cabeça, náuseas, vertigens e lapsos de memória.
Sistema Nervoso Centra
mau humor, apatia e medo.
Visão: Dificuldade na distinção de cores, dificuldade de adaptação ao escuro e diminuição
da velocidade de percepção visual.
Figura 37 – Efeitos do ruído sobre o homem (Lehmann)
Zona I s, não excluindo contudo alguns efeitos
fisiológicos.
células nervosas à
superf e
– Fundamentalmente efeitos psíquico
Zona II – Efeitos psíquicos e fisiológicos sobretudo no sistema neurovegetativo.
Zona III – Danos irreversíveis no sistema auditivo.
Zona IV – Lesões irreversíveis no sistema auditivo e destruição de
íci da pele
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 61 ORIGINAL
b
As nção e controlo do ruído estão relacionadas com a fonte do ruído, as vias
de pro g
A p
adopção d
(i) Actuação sobre a fonte.
Embora mais difícil de conseguir é de longe a mais eficaz, porque provoca uma redução
generalizada do ruído sem condicionar o trabalhador. Por vezes, há a possibilidade de substituir
actividades muito ruidosas por outras equivalentes do ponto de vista técnico mas, menos ruidosas,
tais como:
• Substituição de rebitagem pneumática por soldadura.
• Substituição de engrenagens metálicas por plásticas.
• Diminuição da velocidade de rotação de ventiladores.
• Uso de materiais amortecedores de choque e de vibrações.
• Uso de silenciadores na saída de jactos de ar ou de gases.
• Substituição e ajustamento de partes de equipamentos soltas ou desequilibradas.
• Actuação sobre as Vias de Propagação.
Muitas vezes não é possível controlar o ruído na fonte, pelo que se torna necessário tomar
medidas para o seu controlo na sua trajectória de propagação.
São exemplos de actuação sobre a fonte:
• Isolamento Anti-Vibrátil: Utilizar apoios adequados (borracha, cortiça, resinas plásticas) em
m tes. Estes
suportes, vão permitir igualmente, a redução dos níveis de ruído em locais mais ou menos
afastados.
Encapsulamento: Encapsular a fonte de ruído é uma medida que pode ser muito eficaz se
projectada e executada adequadament Torna-se necessário, além de isolar a fonte de
ruído, que a face interior da cobertura absorva o ruído, evitando a sua reflexão. Materiais
com elevado número de poros (lã mineral, corticite) são bons absorventes de som, porque
a propagação deste no interior d lor. As baixas
frequências exigem, normalmente, m do que as
altas.
• Painéis Anti-Ruído: Não são tão o o encapsulamento, porém, auxiliam o
controlo do ruído numa determinada direcção. Devem ser construídos com material
isolante, revestido com material absorvente do lado da fonte do ruído. O tecto deve ser
nte.
. Medidas de controlo e prevenção do ruído
medidas de preve
pa ação ou o trabalhador.
revenção do ruído deve ser feita logo na fase de concepção de qualquer projecto. A
e medidas posteriores é menos eficaz e eventualmente mais cara.
(1) Medidas construtivas ou de engenharia
áquinas, para diminuir a transmissão de vibrações a estruturas sólidas adjacen
•
e.
os poros transforma a energia acústica em ca
aiores espessuras de material absorvente
eficientes com
igualmente absorve
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 62 ORIGINAL
de ruído e, por dificuldades técnicas e custos
Deverão ser aplicadas as seguintes medidas:
• Eliminar postos de trabalho onde o nível de ruído seja excessivo.
• Adquirir equipamentos de menor nível de ruído.
• Rodar periodicamente o pessoal.
• Realizar trabalhos ruidosos em horas em que há menos pessoal exposto.
(3) Medidas de Protecção Individual
Quando o nível sonoro a valores admissíveis e não é
viável, técnica ou economicamente, qualquer das soluções anteriormente referidas, deve-se recorrer
otectores de ouvido (tampões ou auriculares):
• Tampões: São inseridos no canal auditivo e podem ser de diversos materiais, como seja o
algodão, a fibra mineral, a cera ou a borracha flexível, entre outros. Podem ser utilizados
dos até aos 120
ngir os 160 dB durante 10 milisegundos. A atenuação promovida pelos
protectores de ouvido deve ser indicada pelo fabricante.
• Tratamento Acústico das Superfícies: Tem por fim evitar a reverberação do ruído.
Superfícies lisas e duras (ex: metais) devem ser evitadas e, quando existam, devem ser
revestidas de placas de material absorvente.
• Cabines: Usadas quando há muitas fontes
elevados, se torna mais apropriado proteger as pessoas.
(2) Medidas Organizacionais.
que o trabalhador está sujeito atinge os
à protecção individual, usando pr
até níveis de ruído de 110 dB(A) e reduzem a exposição de 10 a 30 dB(A), conforme a sua
qualidade.
• Auriculares: Cobrem na totalidade o pavilhão auditivo e podem ser utiliza
dB(A) e atenuam de 15 a 40 dB (A), conforme a qualidade. A utilização combinada é
recomendada para níveis sonoros extremamente elevados, como o disparo de uma arma
de fogo que pode ati
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 63 ORIGINAL
Figura 38 – Resumo esquemático das principais medidas de controlo de ruído.
CAPÍTULO 6
Radiações
601. Conceitos básicos
iações dividem se em ionizantes e não
ioniza ta e gama, os neutrões e os protões e têm a
capaci
electroma o as restantes corpusculares.
gnética, em que a
energia, p ou
moléculas com que interactuam.
De acordo com a sua interacção com a matéria, as rad
ntes. As primeiras incluem os raios X, alfa, be
dade de produzir iões, directa ou indirectamente. Os raios X e gama são radiações
gnéticas, send
As radiações não ionizantes compreendem toda a radiação electroma
or fotão, é inferior a 12 e.v (electrão-volt), que não é suficiente para ionizar os átomos
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 64
Figura 39 – Espectro electromagnético.
602. Radiações ionizantes
Como fontes de raios X, referem-se os aparelhos de radiografia para
Estes raios aparecem ainda como produção parasita em certos apa
raios c
ina, investigação e fins militares, por
e por algu
a. Efeitos
uma unidade de radiação gama.
atódicos, reguladores de tensão, magnetrões, microscópios electróni
Os raios alfa, beta e gama, são emitidos por isótopos radioactivos
fontes radioactivas usadas em medic
ns minérios e solos.
Biológicos
Para compreensão dos efeitos biológicos das radiações ionizantes, to
• Actividade: Número de desintegrações espontâneas de uma ce
radioactivo.
• Dose absorvida: Quantidade absorvida por um dado meio, para q
• Equivalente de Dose: Quantidade, para qualquer tipo de radiaçã
efeito que
O quadro seguinte apresenta as unidades de medida destas
equivalências:
GRANDEZAS UNIDADES
(tradicionais)
UNIDADES
(SI)
Actividade Curie ( Ci ) Becquerel (Bq)
Dose absorvida Rad Gray (Gy)
Dose equivalente Rem Sievert (Sv)
Ionizante
ORIGINAL
fins médicos e industriais.
relhos, tais como tubos de
aceleradores de partículas
adiação.
cos, etc.
naturais e artificiais, por
rna-se necessário definir:
rta quantidade de material
ualquer tipo de r
o, que produziria o mesmo
grandezas e as suas
EQUIVALÊNCIA
1 Bq=2,7510 - 11
1 Gy = 100 Rad
1 Sv = 100 Rem
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 65 ORIGINAL
os seus
desce entes e classificam-se em:
• ma ou mais células, que se
transmitem depois a outras, podendo ocasionar doenças graves, como a leucemia, o
exposição e o aparecimento dos sintomas. Cataratas, queimaduras cutâneas e
s para os trabalhadores expostos.
Refira-se anual, de origem natural, é de cerca de 3mSv.
a incorporação nos vários órgãos e tecidos.
• Mant entre o utilizador e a fonte.
• Limitar o tempo de permanência junto de uma fonte radioactiva ao mínimo necessário.
ndividual adequado.
Os efeitos biológicos das radiações no homem podem ser no próprio indivíduo ou n
nd
Efeitos estocásticos: Resultam de modificações induzidas nu
cancro do pulmão e da pele, etc. A severidade do efeito, não está na dose absorvida, mas
no tempo total de exposição.
• Efeitos não estocásticos: Apenas são observados quando a dose excede um certo valor. A
importância do efeito depende da dose absorvida e do (curto) intervalo de tempo entre a
infertilidade, são alguns destes efeitos.
b. Doses máximas recomendadas
O limite anual de equivalente de dose para trabalhadores é de 50 mSv (miliSievert), no que se
refere à exposição total e uniforme do organismo (DR 9/90). O limite anual para a exposição total não
uniforme ou parcial do organismo é igualmente de 50 mSv, excepto para o cristalino que é de 150
mSv e para a pele, mãos, antebraço, pés ou outro órgão ou tecido considerado individualmente é de
500mSv. Para menores e mulheres grávidas estes valores são menores e para o público em geral
não deve exceder 1/10 dos valores indicado
que a radioactividade média
c. Medidas de prevenção
O risco de exposição às radiações provém do risco de exposição externa e do risco de
irradiação externa. Este último está ligado à ingestão, inalação e absorção através da pele ou de
feridas de substâncias radiantes radioactivas, devido à su
No risco de exposição externa, há aspectos fundamentais que deverão ser considerados, como
a distância, a blindagem das fontes e o tempo de exposição.
Como princípios gerais a observar salienta-se:
• Não utilizar nos trabalhos fontes radioactivas em intensidade ou quantidade maiores que as
necessárias.
er a maior distância possível
• Blindar as fontes, colocando entre a fonte radioactiva e o utilizador as barreiras de
protecção adequadas.
• Usar equipamento de protecção i
603. Radiações não ionizantes
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 66 ORIGINAL
As principais fontes das radiações ta, a visível, a
infravermelha, o laser, as radiofrequências e as microondas.
A radiação solar é a grande respo de das radiações ultravioleta,
visível e infravermelha sendo as outras fo s de soldadura por arco, as lâmpadas
(incandescentes, fluorescentes e de descarga) e os lasers.
radiofrequências têm como fontes os aparelhos de fisioterapia, fornos de
madeira, pasteurização, rádio, televisão, telecomunicações, radares, etc.
No primeiro grupo, à excepção dos lasers, a radiação ultravioleta, é a que tem efeitos
biológi
ção da pele.
empo de exposição,
rvação do feixe laser, directo ou reflectido, que podem provocar lesões
graves
cia.
a relativas aos lasers são essencialmente, do seu uso por pessoal
qualifi amente assinalados, a ausência de objectos reflectores na vizinhança e
a utiliz adequados.
rimento de onda (incluindo as microondas),
são es
na nas proximidades de campos eléctricos e magnéticos fortes.
diation and Radar Radiation Hazard (RADHAZ)
O termo RADHAZ é a abreviatura de “Radio and Radar Radiation Hazard” e está associado aos
erigos resultantes das emissões não ionizantes originadas pelos transmissores Radio e Radar a
bordo
não ionizantes são a radiação ultraviole
nsável pela quase totalida
ntes os aparelho
As microondas e
secagem de papel e de
cos mais intensos e para a qual deve ser exercida maior precaução. Os principais efeitos
biológicos nocivos são os seguintes:
• Efeitos cancerígenos na pele, resultantes da exposição prolongada à luz solar.
• Queimaduras cutâneas, cuja gravidade depende da pigmenta
• Envelhecimento da pele (perda de elasticidade, rugosa)
• Inflamação dos tecidos do globo ocular (lesões na retina, cataratas, opacidades no
cristalino).
• As medidas de protecção consistem essencialmente na redução do t
na protecção da pele e em especial dos olhos (uso de óculos adequados).
A capacidade dos lasers em concentrar grandes energias em áreas muito pequenas, implica
riscos consideráveis na obse
na retina. Normalmente todos os lasers trazem assinaladas as principais precauções a tomar,
contudo cuidados especiais devem ser tomados com os lasers de CO2 de grande potên
Nestes, como a emissão se situa na zona dos infravermelhos, o feixe é invisível, tornando a
sua detecção difícil.
As regras de seguranç
cado e em locais devid
ação de óculos de protecção
Os efeitos biológicos das radiações de grande comp
sencialmente de origem térmica (aumento de temperatura do corpo).
Os efeitos não térmicos, manifestam-se no sistema ocular (lesões na retina e na córnea,
cataratas), no sistema nervoso central, na função cardiovascular, efeitos sobre a audição
(microondas) e efeitos sobre a reprodução (afecção dos órgãos genitais).
As precauções de segurança para este tipo de radiação consistem no estabelecimento de
limites para a presença huma
d. Ra
p
da unidades navais. No caso dos equipamentos Rádio e Radar existentes a bordo, atendendo
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 67 ORIGINAL
às po
ites máximos estabelecidos, nas proximidades de
sistem s com grandes potências de transmissão RF e antenas de ganho elevado pode provocar
lesões g s s consequências presentemente conhecidas resultantes de uma
sobreexp
limite estabelecido para exposições variáveis.
ermaneça no interior e não seja transposta a balaustrada.
(2) Condições RADHAZ
os mapas das várias condições RADHAZ (Vermelho, Laranja,
marelo e Verde), transmissores subjacentes e restrições associadas. Este mapa deve estar afixado
nos dive ssos ao exterior do navio.
res corresponderão ao restrições estabelecido consoante as quantidades de
tências e frequências envolvidas, são considerados os seguintes transmissores e respectivas
antenas:
• Comunicações MF, HF e Satélite (ex: SCOT e INMARSAT);
• Radares (ex: KH1007, DA08, MW08, STIR I/K/CW e PHALANX);
• Equipamento de Guerra Electrónica (ex:APECS II).
A exposição do pessoal para além dos lim
a
rave no organismo. A
osição são determinadas pela potência média da radiação absorvida e estão associadas a
um aumento geral da temperatura do corpo ou de alguns órgãos específicos, particularmente
daqueles com menor circulação sanguínea, podendo a pessoa, nos casos mais graves, sucumbir por
efeito generalizado do sobreaquecimento.
(1) Limites de segurança
Toda a exposição desnecessária deve ser evitada pelo que em tempo de paz e em
conformidade com o prescrito no Manual 120/MA-800/891598 (NAVSEA OP 3565 Vol.1 Fifth
Revision) não deve ser ultrapassado o limite de 1000W/m2 (100mW/cm2), mesmo que por duração
inferior ao
Deverão ser estabelecidas a bordo as distâncias de segurança para exposição contínua de
pessoal no feixe radar. As distâncias de segurança às antenas de transmissão de comunicações MF
e HF deverão estar marcadas no convés através de segmentos circulares vermelhos. Estas marcas
indicam o limite para exposição permanente, não havendo limitações à passagem pelo interior dos
círculos desde que não se p
Os navios deverão ter estabelecid
A
rsos ace
As co nível de
radiação emitida, se iva impedindo ou condicionando
gravemente o ac s sistemas estabelecidos.
ndo que a cor “Vermelho” é mais restrit
esso ao exterior do navio nas zonas de influência do
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 68 ORIGINAL
CAPÍTULO 7
Iluminação
701. A iluminação
Normalmente as pessoas não estão sensibilizadas para o p a da iluminação nos locais
de tra o. Persiste ainda a ideia de que o trabalho na indústria não exige uma qualidade de
ilumina
s de acidente maiores, como é evidente.
ande capacidade de adaptação à iluminação, quanto melhor for a
iluminação menor será a tensão psicológica do trabalhador e, por isso, igualmente menor a
Cerca de 80% dos estímulos sensoriais são de natureza óptica. Os olhos desempenham assim
m papel fundamental no controlo dos movimentos e actividades do trabalhador.
ulta, normalmente, em consequências mais ou
menos
para os diferentes ambientes e tarefas a executar uma gama
entre 000 ℓx. Estes são valores bastante inferiores aos obtidos com a luz natural, constituindo
o entre os valores que seriam convenientes e as limitações de
702. A
roblem
balh
ção como o trabalho de escritório, por exemplo. No entanto, a iluminação é um factor muito
importante a ter em conta na rentabilidade e na segurança do trabalho.
O homem controla a maior parte dos seus movimentos e actividades com o auxílio dos olhos.
Sem uma boa iluminação como poderão os olhos transmitir informações adequadas ao cérebro de
modo a que o trabalhador tenha segurança nos seus movimentos? Sem uma boa iluminação os seus
gestos serão menos precisos e os risco
r do olho humano ter grApesa
propensão para o acidente.
u
Uma iluminação adequada é uma condição imprescindível para a obtenção de um bom
ambiente de trabalho. A inobservância deste ponto res
gravosas, tais como:
• Danos visuais;
• Menor produtividade;
• Aumento do número de acidentes de trabalho.
Por exemplo, o cansaço decorrente de um esforço visual é função das condições ou
características da iluminação. Embora não haja consenso relativamente a todos os países, podemos
admitir como valores recomendados
150 e 2
assim uma solução de compromiss
ordem económica e técnica.
visão
O processo da visão consiste numa rede bastante complicada de fenómenos físicos,
fisiológicos e psicológicos, pelo que só de uma forma breve o abordaremos.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 69 ORIGINAL
O olho é ste órgão recebe são constituídas por
ondas
sintomas incómodos que vão desde uma visão
“tolda
sta fadiga é comparável à fadiga de outros músculos do corpo
huma
ifícil de ser tratada e traduz-se numa perda da
sensibilida a ar durante muito tempo sobre um alvo, acaba por sentir
um es i ual pe a visão torna-se confusa; a percepção das formas
diminu
o órgão receptor da luz. As excitações que e
electromagnéticas que constituem o espectro electromagnético da luz visível. A imagem
apercebida do mundo exterior é projectada na reina pelo sistema óptico do cristalino, tal como
acontece numa máquina fotográfica. As excitações luminosas, uma vez transformadas em impulsos
bioeléctricos nos órgãos de recepção, passam pelos centros nervosos até ao cérebro, que os
interpreta, permitindo assim a visão dos objectos.
a. A fadiga visual
A fadiga visual manifesta-se por uma série de
da” até dores de cabeça. Contracção dos músculos da face e mesmo uma posição geral do
corpo incorrecta. Nestas circunstâncias a segurança no trabalho diminui. A fadiga visual pode
apresentar dois aspectos: um muscular e outro ligado à retina.
O primeiro aspecto diz respeito ao equipamento muscular do olho e mais particularmente à
fadiga do músculo ciliar que nos permite a acomodação ajustando a curvatura do cristalino. O
trabalho fornecido por tais músculos pode fazer convergir os olhos sobre um alvo próximo, mas pode
também dar origem à fadiga visual. E
no.
A fadiga com origem na retina é mais d
de à luz. Se um indivíduo fix r o olh
tre tamento do campo vis riférico e
i, bem como a percepção das cores. As pausas na observação têm um efeito benéfico sobre os
dois tipos de fadiga ocular.
703. Funções vitais importantes
Propriedades
visuais Descrição
E aplicação xemplos de
na indústria
Acuidade determinada pela m
visual
Faculdade de ver claramente os objectos. Depende
da capacidade de resolução da retina e é
ais pequena distância entre dois
pontos, à qual esses dois pontos ainda são
Disting etalhes,
trabalhos d
percebidos claramente.
uir pequenos d
e precisão
Estrab
Desvio do eixo principal dos dois olhos em relação à
agulha;
ismo
convergente
(ocasional)
normal (o estrabismo convergente não é de facto uma
função mas foi aqui considerada devido à sua
importância na acuidade visual e na visão
Fixar pequenos objectos situados a
pequena distância, por exemplo,
enfiar uma linha na
estereoscópica) mecânica de precisão; indústria têxtil
Visão Faculdade de notar os relevos Avaliação rápida e segura de
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 70 ORIGINAL
condução de uma grua, excepção
de trabalhos com peças situadas a
níveis diferentes, relojoaria, técnicos
de rádio
estereoscópica distâncias, por exemplo, na
Percepção das
cores Faculdade de poder identificar e distinguir as cores
os símbolos de identificação
(electrotecnia), controlo de
superfícies coloridas, lãs; couros,
etc…
Reconhecer os sinais (circulação) e
Um trabalhador com má acuidade visual dificilmente poderá realizar trabalhos de precisão,
assim como não poderá fazer o controle de superfícies coloridas se tiver uma má percepção das
cores.
Há processos, usualmente designados por despistagens oculares, que permitem averiguar se
um trabalhador está apto a desempenhar determinado trabalho para o qual são requeridas
determinadas propriedades visuais.
704. A iluminação natural e artificial
Os locais de trabalho devem ser iluminados com luz natural, recorrendo-se à artificial
complementarmente, quando aquela seja insuficiente.
A iluminação natural, não perdendo de vista as suas vantagens de natureza económica, é o
tipo de iluminação para o qual o olho h perfeiçoou.
Salvo algumas excepções, pe o presente texto, todas as
onsiderações feitas são válidas para os dois tipos de iluminação. Importará apenas referir neste
ponto que as superfícies de iluminação natural devem ser dimensionadas e distribuídas de tal forma
niformemente repartida e serem providas, se necessário, de dispositivos
ados a evitar o encadeamento.
umano se desenvolveu e a
rfeitamente reconhecíveis n
c
que a luz diurna seja u
destin
705. Grandezas fotométricas
a. Iluminância
A iluminância exprime de um modo geral o aspecto quantitativo da iluminação. O nível da
iluminância recomendado para uma dada tarefa diz respeito à quantidade de luz que se considera
necessária à boa execução dessa tarefa.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 71 ORIGINAL
odo geral, o nível de iluminância
determ
entre as condições óptimas de visibilidade e
uma iluminância economicamente viável. Baseados neste compromisso, vários países recomendam
diferentes tarefas visuais.
Comparando os níveis actuais, recomendados pelas tabelas de iluminância, com aqueles a que
stamos habituados na iluminação natural com luz do dia, tornar-se-á clara a relatividade destas
recom
entemente recomendados para cada tarefa visual
são m
oa iluminação rodoviária: 20ℓx;
(1) Valores de iluminância recomendados
A investigação e a experiência mostram que, de um m
ina a qualidade da percepção visual. Quanto mais elevado for este nível maior será o conforto
e a precisão com que vemos, o que significa trabalho mais rápido e mais perfeito, menos erros, maior
segurança, etc… No entanto, é economicamente insustentável e tecnicamente difícil elevar o nível de
iluminância de uma instalação de iluminação artificial até aos valores da luz do dia.
Haverá, portanto, que encontrar um compromisso
níveis de iluminância para
e
endações. As actuais recomendações indicam de 150ℓx 0 a 2000ℓx, enquanto a luz do dia,
flutuando com as estações, oscila entre 5000ℓx e 100000ℓx no exterior e entre 500ℓx e 100000ℓx no
interior. De notar que os níveis de iluminância pres
uito superiores aos de alguns anos atrás e diferem de país para país. Exemplos de níveis de
iluminação (iluminâncias):
• Dia de sol aberto (Verão): 100.000ℓx;
• Céu enevoado no Verão: 20.000ℓx;
• B
• Noite de lua cheia: 0,25ℓx.
Embora existindo tabelas de valores de iluminâncias para cada tarefa e por ramo de actividade,
apresentamos apenas um quadro geral dos valores recomendados, o qual se segue.
Actividade/tarefa Nível de iluminação mínimo e
(recomendado) (ℓx)
a. Valor mínimo para locais de trabalho onde não se realizam
actividades 100 (150)
b. Classe I
Tarefas visuais simples, que não exigem grande esforço 250 (500)
c. Classe II
Observação contínua de detalhes médios e finos 500 (1.000)
d. Classe III
Tarefas visuais contínuas e precisas 1.000 (2.000)
e. Classe IV
Trabalho visual muito preciso, exigindo grande esforço Acima de 2.000
Os níveis de iluminação atrás referidos baseiam-se na performance visual do homem médio,
sem e
ade de luz para o mesmo trabalho visual.
Entende-se por visibilidade a capacidade para ver uma imagem a uma distância padrão. A
leitura deve ser feita a 30cm. Assim, verifica-se que um homem de 40 anos, por exemplo, precisa de
ntrar em linha de conta com a relação entre a idade e o rendimento visual. Com efeito, à
medida que a idade avança, maior é a necessid
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 72 ORIGINAL
3 vezes mais iluminação para ver com a mesma nitidez que uma criança de 10 anos e de 4 vezes
mais para poder ler com a mesm ade.
b. Luminância (Brilho)
Este parâmetro tem uma importância p ara a visão.
De uma maneira geral a luz que atinge o olho é ela mesma iluminante e as suas propriedades
iluminantes decorrem das suas propriedades reflectoras. Para um mesmo fluxo luminoso que atinge
uma superfície, a luminância desta pode vari as circunstâncias e tornar-se mesmo uma
fonte de encadeamento. Nota-se, por exemplo, a nça de luminâncias de uma estrada nas
situações em que está olhada.
a facilid
articular p
ar segundo
difere
seca ou m
Figura 40 – Fluxo luminoso Figura 41 – Intensidade luminosa
Figura 42 – Iluminância
706. Encadeamento
O olho humano necessita do contraste de luminâncias para funcionar eficazmente, mas este
contraste não deve ser muito acentuado. O encandeamento instantâneo ou permanente aparece
quando há uma distribuição muito desigual da luminosidade no campo da visão. Todos os
automobilistas conhecem ntâneo: de dia, pelo sol
flectido por uma superfície polida, ou de noite, pelos faróis de uma outra viatura. Momentaneamente
tudo se passa como se tivesse deixado de ver. Este efeito que provoca frequentemente graves
ento traduz-se ao nível do olho por uma modificação
assageira do seu nível de adaptação, que acarreta por sua vez a uma queda da sensibilidade à luz e
o efeito desagradável do encandeamento insta
re
acidentes pode ser durável. O encandeam
p
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 73 ORIGINAL
à perd
liminação das fontes de encandeamento constituídas normalmente por lâmpadas nuas
e superfícies b á que ter em atenção os contrastes, pelo que as
cores são úteis na conciliação destes dois imperativos.
707. A lu
a da sensibilidade diferencial ao contraste de luminâncias. O efeito depende da intensidade da
fonte luminosa perturbadora e sobretudo do tempo de exposição.
O encandeamento permanente é muito frequente na indústria, onde a luminância elevada de
uma janela, por exemplo, pesa continuamente numa parte do campo visual. A este respeito, deverá
procurar-se a e
rilhantes. Além de as evitar, haver
z e as cores
A luz é visíveis e invisíveis. A luz é
composta p -9 -9 m.
Os raios X, por exemplo, são radiações invisíveis.
de ser decomposta nas cores básicas (violeta, anil, azul, verde, amarela, laranja,
vermelha), como no arco-íris, obtendo-se assim o chamado espectro magnético da luz visível. Cada
cor é um rimento de onda bem determinado. É por isso que cada
ro. A contribuição de todas estas cores produz a impressão de
luz bra a
Co
sensibilida s varia com cada cor e é máxima à radiação amarelo/verde que se situa no
meio d e
até que a emite apenas luz amarelo/verde
criará m
amarelos/
uma radiação electromagnética. Existem radiações
or radiações visíveis, cujos comprimentos de onda variam entre 300x10 m e 800x10
A luz po
conjunto de radiações com um comp
cor ocupa uma certa zona do espect
nc .
mo sabemos, a luz produz uma impressão de claridade nos olhos. No entanto, a
de dos olho
o spectro da luz visível. Nos extremos do espectro, violeta e vermelho, a sensibilidade diminui
radiação deixa de impressionar os olhos. Se uma fonte
u a impressão de grande claridade mas os objectos parecer-nos-ão todos
esverdeados e é impossível reconhecermos as cores.
Figura 43 – Sensibilidade do olho humano a radiações monocromáticas
708. Iluminação inadequada no local de trabalho
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 74 ORIGINAL
Um nível de iluminação muito elevado é geralmen vel na prática. Níveis
superiores a 1000ℓx aumentam o risco de reflexões prej uito carregadas e
O encandeamento instantâneo ou permanente apare distribuição muito
desigual da l
te desaconselhá
udiciais, sombras m
contraste excessivo.
ce quando há uma
uminosidade no campo da visão.
Natural
Geral
Localizada
Combinada
Artificial
Emergência
Especial Sinalização
Decorativa
Germicida
Figura 44 –Tipos de iluminação
Os conhecimentos e a experiência recente neste domínio sugerem os princípios seguintes:
• Os tampos das mesas não devem ser reflectores, mas sim cor “mate” (sem brilho);
• Não devemos fazer aplicações de tábuas pretas em paredes brancas;
• Evitar paredes brancas brilhantes com soalhos escuros;
• Evitar o máximo possível de elementos de máquinas polidos;
• A escolha da cor e dos materiais tem grande importância na concepção das paredes,
mobiliário e grande parte dos objectos numa sala, em virtude dos sus diferentes
coeficientes de reflexão. De uma maneira geral os tectos devem ser brancos ou claros, as
paredes claras e os pavimentos escuros;
• O mobiliário e as máquinas devem possuir uma cor intermédia entre a cor do pavimento e
das paredes.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 75 ORIGINAL
Figura 45 – Reflexão das superfícies de trabalho
09. Luminárias e tipo de lâmpadas
7
cores dos
• ndimento luminoso muito baixo e uma vida relativamente curta
• anto ao tempo de vida, pelo número de vezes se acendem.
a
Quanto às
• do que as lâmpadas incandescentes, bem como o seu
tempo de vida (cerca de 15000 horas). Este facto é, contudo, condicionado pelo número de
arranques.
idade (quente, intermédia e
fria) e a capacidade de restituição de cores pouco eficaz.
As luminárias são dispositivos que distribuem, filtram ou transforma a iluminação proveniente
de uma ou várias lâmpadas e que incluem os elementos necessários para fixar e proteger essas
lâmpadas e para ligá-las a uma fonte de energia. Podem também atender a finalidades decorativas.
Quanto ao tipo de lâmpadas, as mais usadas nos locais de trabalho são as incandescentes e as
fluorescentes.
(1) Lâmpadas incandescentes
As lâmpadas incandescentes constituem o tipo de lâmpadas mais antigo:
• A sua instalação é fácil, o seu custo é relativamente baixo e a restituição de
objectos por elas iluminados é muito boa, principalmente para as de maior comprimento de
onda (próximas do vermelho);
Apresentam contudo um re
(cerca de 1000 horas, para as lâmpadas normais);
Não são afectadas, qu
. Lâmpadas fluorescentes
lâmpadas fluorescentes:
O seu rendimento é mais elevado
• Estas lâmpadas apresentam dois aspectos importantes: a tonal
• Relativamente a outro tipo de lâmpadas, em geral apresentam um rendimento muito baixo
e, podem apresentar características monocromáticas (onde iluminam vemos tudo de uma
só cor).
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 76 ORIGINAL
Figura 46 – Reflexão das superfícies de trabalho (Manual OSRAM)
710. Efeito estroboscópico
As
através de
visível par m partes de máquinas
em movim ento,
não e te
circular e -se muito lentamente).
711. Manutenção das instalações de il
lâmpadas fluorescentes produzem uma cintilação devido ao seu funcionamento se operar
corrente eléctrica alternada para a frequência de 50 Hz. Esta cintilação não é geralmente
a o homem, mas pode manifestar-se como efeito estroboscópico e
ento que poderá originar uma sensação de que o movimento dessas partes é mais l
xis ou dá-se ao contrário (por exemplo, quando visualizamos certas jantes de automóveis a
as mesmas parecem que estão paradas ou a movimentarem
uminação
inação deve ser cuidadosamente planeada, por razões de ordem
importante cuidado a ter é a limpeza periódica d
A manutenção da rede de ilum
técnica e económica. Um primeiro e as luminárias, a
fim ento das mesm
estado aredes, te s, c as
eve ra são cer .
É igualmente import cia
de que o rendim
das p
as não seja afectado pela acumulação de poeiras. Também, o
e janelas deve ser regularmente verificado. Os custos de umacto larabói
ntual lavagem ou pintu
tamente compensados pelos ganhos na qualidade de iluminação
de uma boa ventilação. ante a existên
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 77 ORIGINAL
PÍTULO 8CA
801. ução
Riscos Químicos
Introd
Existem cerca de 2 milhões d s apenas uma pequena parcela
foi a mente testada com vis
difícil o número exa b
qual sidade da aioria delas s mais de 100
mil, existindo para cada uma das su
Abst rvice (CAS). Todo o c
independentemente das quantidades ins porque, basta por vezes uma pequena dose de uma
det substância para oloc
manipulação de substâncias química uito cuidado, de forma a proteger
os trabalhadores. Os agentes químic
s: São partícul sóli
• Fibras: São partículas sól
ato along
• Fumo: É um são processo
m u
• Aerossol: É uma suspe
d o
• Gás: É uma substância em olecular disperso e cujo comportamento se baseia nas
dos gases
apor: É fas
802.
e compostos químicos, dos quai
dequada ta à identificação de propriedades nocivas. Nos dias de hoje é
stâncias químicas (agentes químicos) produzidas anualmente e
. Apenas na Comunidade Europeia estão registada
saber
a perigo
cto de su
m
bstâncias ou misturas um número de registo do Chemical
uidado é pouco quando se lida com produtos desta natureza,
e dos f
racts Se
erminada c ar uma vida em perigo. Assim a inspecção, o controlo e a
s devem ser realizadas com m
os são habitualmente divididos em várias categorias:
das finamente divididas susceptíveis de serem dispersas no ar; • Poeira as
idas às quais não pode ser imputado um diâmetro relativo pois
dispersa de matérias sólidas no ar produzidas por um
têm um form ado.
a suspen
tér ico e ou q ímico;
nsão dispersa de matérias líquidas no ar produzida por
;
estado m
con
ensação ou dispersã
leis
• V
temperatura
às tempera
e gasosa
turas e pressão normais;
de uma substância susceptível de existir no estado líquido àa
e pressões normais.
Classificação e caracterização de substâncias perigosas
As normas a que deve obedecer a notificação, classificação, embalagem e rotulagem de
substâncias perigosas encontram-se regulamentadas pela Portaria 732-A/96 de 11 de Dezembro, a
qual dá expressão aos princípios genéricos do regime jurídico de notificação de substâncias químicas
e avaliação dos respectivos riscos para a saúde humana e para o ambiente, aprovadas pelo Decreto-
Lei 82/95 de 22 de Abril. Esta Portaria foi parcialmente alterada pelos Decretos-Lei 330-A/98 de 2 de
Novembro e 209/99 de 11 de Junho e posteriormente pelo Decreto-Lei 195-A/2000 de 22 de Agosto,
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 78 ORIGINAL
a nacional da Directivas 94/69/CE de 19 de Dezembro,
96/64/
s:
Tóxica nociva;
• Cor
Substância: São todos os elementos químicos e os seus compostos no seu estado natural
ou tal como obtidos por qualquer processo de produção, contendo qualquer aditivo
ra preservar a estabilidade do produto ou qualquer impureza derivada do
processo de produção, com excepção de qualquer solvente que possa ser separado sem
afectar a estabilidade da substância nem alterar a sua composição.
em consequência das necessárias actualizações decorrentes do progresso científico e técnico que
exigiram a transposição para a ordem jurídic
CE de 30 de Julho e 96/56/CE de 3 de Setembro e Decreto-Lei nº82/2003 de 23 de Abril.
Todavia, a classificação das substâncias perigosas manteve-se a tal qual na referida na
Portaria. Assim, as substâncias perigosas e as preparações perigosas são classificadas segundo as
categorias, estabelecendo-se ainda graus diferentes dentro de algumas das categoria
• Explosiva;
• Comburente;
• Inflamável;
•
rosiva;
• Perigosa para o ambiente.
A Portaria 732-A de 1996 alterada pelos decretos lei nº 209/99, de 11 de Junho, nº 195-A/2000,
de 8 de Agosto, nº 154-A/2002, de 11 de Junho e nº 72-M/2003, de 14 de Abril introduz ainda os
conceitos de substâncias e preparação:
•
necessário pa
• Preparações: São as misturas ou soluções compostas por duas ou mais substâncias.
• No artigo 3º da Portaria 732-A/96, as substâncias ou preparações perigosas classificam-se
nas seguintes categorias, de acordo com a figura seguinte:
DE GSI N. SÍMBOL. CODIG. PERIGO
DESCRIÇÃO
Ex E
Substâncias e preparações sólidas, líquidas, pastosas ou gelatinosas que
(com libertação de calor) e com rápida
libertação de gases, mesmo sem intervenção do oxigénio do ar, e que, em
determinadas condições de ensaio, detonam, deflagram rapidamente ou, sob o
podem reagir exotermicamente
plosiva
efeito do calor, explodem em caso de confinamento parcial.
Comburen
O especialmente substâncias inflamáveis, apresentam uma reacção fortem
te
Substâncias e preparações que, em contacto com outras substâncias,
ente
exotérmica.
Extremame
F+ baixo e cujo ponto de ebulição é baixo e substâncias e preparações gasosas nte
Inflamável
Substâncias e preparações líquidas, cujo ponto de inflamação é extremanente
que à temperatura e pressão normais, são inflamáveis ao ar.
Muito Inflamável
F
reparações que podem aquecer até ao ponto de inflamação
emperatura normal sem emprego de energia;
ou:
Substâncias e preparações no estado sólido, que se podem inflamar facilmente
por breve contacto com uma fonte de inflamação e que continuam a arder ou a
consumir-se após a retirada da fonte de inflamação; ou:
Substâncias e preparações no estado líquido, cujo ponto de inflamação é muito
Substâncias e p
em contacto com o ar, a uma t
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 79 ORIGINAL
baixo; ou:
cia nta úmido,
m gases m quan
Substân
liberta
s e preparações que, em co
altamente inflamáveis e
cto com a água ou ar h
tidades perigosas.
Inflamável
R10 Substâncias e prepa das cujo ponto de inflamação é baixo. rações líqui
Muito T
T+ Sub
através da
ou risc
stâncias e preparações que, quando inaladas, ingeridas ou absorvidas
pe ena q morte
os d .
le, mesmo em muito pequ
e afecções agudas ou crónicas
uantidade podem causar a
óxica
Tóxic T Substân
através da p
riscos d
cias e ando rvidas
ele, mesmo em ntidade podem causar a morte ou
e afecções agudas ou crónicas.
preparações que, qu
pequena qua
inaladas, ingeridas ou abso
a
Tóxica (pa
reproduçãRepr. Cat
inalação, ingestão ou penetração cutânea, podem causar ou aum
Tóxica para a reprod stâncias e preparações que, quando por
entar a
frequência de efeitos prejudiciais não hereditários na progenitura ou atentar às
funções ou capacidades reprodutora masculinas ou femininas.
ução: sub
ra
o)
Nociva Xn através crónicas.
Substâncias e preparações que, quando inaladas, ingeridas ou absorvidas
da pele, podem causar a morte ou riscos de afecções agudas ou
Corrosi
va C Substâncias e preparações que, em contacto com tecidos vivos, podem
exercer sobre estes acção destrutiva.
Irritante
Xi Substâncias e preparações não corrosivas que, em contacto directo,
prolongado ou repetido com a pele ou com as mucosas, podem provocar uma
acção inflamatória.
Sensibilizante
R42 e ou R43
Substâncias e preparações que, por inalação ou penetração cutânea podem
causar uma reacção de hipersensibilização tal que uma exposição posterior à
substância ou à preparação produza efeitos nefastos característicos.
Cancerígena
Símbolo não Carc. Cat. (*)
Substâncias e preparações que, quando por inalação, ingestão ou penetração definido cutânea, podem provocar o cancro ou aumentar a sua incidência.
Mutagénica
Símbolo não definido
Mut. Cat. (*)
Substâncias e preparações que, quando por inalação, ingestão ou penetração
cutânea, podem produzir defeitos genéticos hereditários ou aumentar a sua
frequência.
Perigosa para
ambiente
N ou R52, R53, R59
arações que, se presentes no ambiente, representam ou
podem representar um risco imediato ou diferido para um ou mais
compartimentos do ambiente.
Substância e prep
Figura 47 – Categorias de substância ou preparações perigosas
A regulamentação para a classificação, embalagem e rotulagem de preparações perigosas é
feita através da Portaria n° 1152/97 de 12 de Novembro que mantendo as definições da Portaria n°
732-A/9
eis riscos na
respectiva utilização. Assim, associado ao tipo de perigosidade existe um símbolo que facilita
visualmente a identificação da natureza do perigo envolvido na produção, manuseamento, rotulagem
ou transporte de dada substância ou preparação química. Para além do símbolo existe ainda um
código, normalmente uma letra (E, F, O, T, N) ou conjunto de letras (Xn ou Xi), por vezes seguidas de
6 a complementa. A classificação em substâncias e preparações perigosas visa que os
utilizadores efectivos ou potenciais possam ser informados e alertados quanto aos possív
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 80 ORIGINAL
ficação rápida do tipo de perigosidade da substância
reparação, ainda estabelece uma ordem de grandeza naqueles casos em que o mesmo símbolo
usado para classificações algo diferentes.
irectiva Comunitária
92/58/
ormação sobre o risco de exposição a dada
substâ
803.
um sinal (+) que para além de permitir uma identi
ou p
é
Em algumas das classes de substâncias acima referidas é evidente uma subdivisão em graus
de perigo, todavia, para além dessa caracterização, convém como veremos mais adiante, estabelecer
uma linha entre os valores seguros de exposição e os valores de risco, pois, só assim
caracterizaremos completamente o nível de perigosidade duma substância perigosa.
A existência de substâncias perigosas num local de trabalho, segundo a D
CEE, deve ser sinalizada nos respectivos recipientes, nas condutas que os transportam e nos
locais de armazenagem.
a. Frases de risco e frases de segurança
Para além do símbolo e do código de perigo, existem frases, reconhecidas internacionalmente,
pelo menos ao nível da Comunidade Europeia que dão inf
ncia ou preparação química. São Frases de Risco as que se designam por “R” seguido de um
número. São Frases de Segurança as que se designam por “S” seguido de um número.
Risco e perigo
Enquanto o perigo está associado às características de uma dada substância e pode ser
object
Em que a
abaixo de
QU
ivamente caracterizado e dimensionado, o risco é uma medida da probabilidade de que uma
substância perigosa desenvolva as propriedades que lhe são atribuídas.
Os factores mais importantes associados ao risco de exposição a uma dada substância são:
• A quantidade (manuseada ou armazenada);
• A forma física;
• A volatilidade e/ou a possibilidade de gerar poeiras;
• A concentração.
• O risco de exposição pode ser considerado como o produto de três factores:
Risco Químico = (quantidade) x (propriedades físicas) x (tipo de operação ou actividade)
cada factor é atribuído um peso ou índice (1, 10 ou 100) de acordo com a tabela
scrita.
ANTIDADE < 1g 1 a 100g > 100g
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 81 ORIGINAL
Propriedades físicas
Sólidos densos,
líquidos não
voláteis, sem
absorção cutânea
Sólidos poeirentos, sólidos
liofilizados, líquidos
voláteis, fraca absorção
cutânea
Gases, líquidos muito
voláteis, soluções com
elevada absorção cutânea
Características da o ração
i
predominantemente
de de
Sistema parcialmente
aberto, fraca possibilidade
de fuga ao controle
Sistema sem barreiras
físicas, média ou elevada
possibilidade de fuga ao
Sistema
pe ou act vidade
fechado, fraca
possibilida
fuga ao controle controle
Índice 1 10 100
Figura 48 – Estimativa do risco de exposição a substâncias perigosas para a saúde
Se:
– R<1000: risco de exposição baixo;
– 1000≤R≤10000 : risco de exposição médio;
– R>10000: risco de exposição elevado.
A estimativa do risco é muitas vezes difícil porque para além de factores bem definidos
depende igualmente de factores nem sempre facilmente mensuráveis, como sejam circunstâncias
fortuitas ou ocasionais, erros humanos, falha de equipamentos, etc. Assim, uma substância com um
elevad
804. nidades de medida de concentração
o grau de perigo pode apresentar um nível de risco aceitável ao passo que uma substância
considerada com baixo perigo pode atingir valores de risco absolutamente inaceitáveis. Em todo o
caso uma boa avaliação do risco pode permitir diminuir substancialmente as condições que o
potenciam.
U
correspondente a uma mole de um gás perfeito ocupa a 25 ºC, o
volum
A concentração de uma solução ou mistura pode exprimir-se em partes por milhão (ppm) ou
partes por bilião (ppb), respectivamente a massa de substância existente em um milhão ou um bilião
de unidades de massa total. Em termos de segurança a concentração é muitas vezes referida em
mg/m3, isto é massa de substância no volume de um metro cúbico.
Atendendo a que a massa
e de 24,45 litros, a conversão de ppm para mg/m3 obtém-se através da expressão:
45,24/ 3 larPesoMolecuppmmmg ×
=
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 82 ORIGINAL
805. Exposição a substâncias perigosas
produção da r
ingestão de dicionam a forma como um
indivíduo é referir-se a quantidade, a
concen ç
Tal como foi o a concentração, têm uma importância
determi associado à exposição a substâncias perigosas para a saúde.
Veja-se, por ex o ácido fosfórico (H3PO4) que é um ácido forte e a sua ingestão
quand
r normal, sem efeitos adversos para a saúde,
contud
provoca tonturas, mas uma exposição mais prolongada pode
levar à morte.
Também a frequência com que está exposto à substância perigosa tem elevada importância.
Respirar durante um ou dois dias pó de cimento, provoca dificuldades respiratórias perfeitamente
superáveis. Contudo uma exposição prolongada, mês após mês, ano após ano, pode levar ao
aparecimento de edema pulmonar ainda que as concentrações no ar sejam muito baixas.
O carácter cumulativo das doses e a possibilidade de efeitos sinergéticos face a outras
substâncias também presentes são aspectos que afectam a exposição.
Convém, portanto, distinguir as características da exposição:
• Exposição aguda mo, durante um período de
tempo curto;
• Exposição crónica local: ocorre numa zona localizada do organismo, durante um período
de tempo longo;
• Exposição aguda sistémica: afecta um órgão específico afastado do local de exposição
após uma exposição curta;
• Exposição crónica sistémica: Afecta um órgão específico afastado do local de exposição
após uma exposição prolongada.
Para além das características intrínsecas à substância, as circunstâncias próprias do indivíduo,
tais como o sexo, a idade, o estado físico e/ou psicológico, a alimentação,
são tam ncia ou
A exposição a substâncias perigosas pode ser directa se resultante da manipulação ou
substância, ou indirecta se o contacto decorre do arrastamento pelo ar, ou ocorre po
alimentos ou bebidas. Há bastantes variáveis que con
exposto a substâncias perigosas. De entre elas podem
tra ão do agente perigoso, o local de exposição e a respectiva duração.
anteriormente referido factores com
nante no que respeita ao risco
emplo, é o caso d
o concentrado (100%), mesmo em doses pequenas, pode provocar queimaduras sérias nos
órgãos do sistema gastrointestinal, todavia, qualquer criança ingere quantidades apreciáveis de ácido
fosfórico em bebidas do tipo “cola”, sem efeitos adversos notórios, na maioria dos casos. Só que
nesse caso a concentração é relativamente baixa (<5%).
Um outro caso é o do ácido acético (CH3CO(OH)), que é um dos constituintes do vinagre e em
muito baixa concentração entra na dieta alimenta
o se concentrado pode provocar sérios efeitos adversos na saúde, embora se trate de um
ácido fraco.
Factores como o tempo de exposição são também importantes. Uma exposição a monóxido de
carbono (CO) durante alguns minutos
local: ocorre numa zona localizada do organis
a actividade física, etc.,
bém aspectos a ter em conta quando se avalia a perigosidade de uma dada substâ
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 83 ORIGINAL
preparação quí e. Há ainda outros aspectos como sejam factores ambientais,
condiç
mo humano através
das v
humano, porque ao ser arrastada pelo ar respirado
ela atinge os ndir-se através do sangue por uma área de 50-100 m2.
Comp
o ou incúria ou até mesmo a exposição voluntária, como é o caso da exposição aos raios
solare
o será decerto voluntária, mas poderá haver alguma dose de desconhecimento ou
descuido na ap stâncias que prejudicam a saúde.
de resto a entidade patronal tem obrigação de assegurar.
mica para a saúd
ões de trabalho (tais como temperatura, pressão e humidade, composição da atmosfera) que
podem influenciar a forma e/ou o grau em que uma substância interactua com o organismo. Mesmo
as condições sociais podem influenciar a resposta do indivíduo à exposição a uma substância
perigosa. Ou seja, pode concluir-se que o risco face a uma dada substância depende de factores que
lhe são intrínsecos e de outros que lhe são extrínsecos.
a. Vias de Exposição
São várias as vias pelas quais o indivíduo pode ser contaminado por uma substância ou
preparação perigosa, a saber:
• Via cutânea
• Via respiratória;
• Via digestiva.
A maioria das substâncias muito tóxicas, tóxicas, tóxicas para o sistema reprodutor, nocivas,
irritantes, sensibilizantes, carcinogénicas ou mutagénicas penetram no organis
ias respiratórias. A inalação é de longe a forma mais importante de uma substância estranha
interactuar com o funcionamento do organismo
pulmões e pode difu
arativamente, uma substância que penetre o organismo humano através da pele, tem apenas
disponível uma área média de cerca de 1,8 m2.
Em circunstâncias laborais, as exposições cutâneas e orais estão associadas, já que mãos
sujas (contaminadas) ao levar alimentos ou cigarros à boca promovem a absorção oral e por isso, a
contaminação por via cutânea é reforçada pela contaminação por via digestiva. Em rigor, as três
formas de contaminação estão intimamente associadas e na maioria dos casos ocorrem
simultaneamente, embora com graus de extensão diferentes consoante a natureza da substância
perigosa para a saúde.
b. O individuo e o meio laboral
A exposição a um ou vários agentes perigosos para a saúde, depende de circunstâncias
várias, como sejam o nível de conhecimento ou ignorância quanto à perigosidade das substâncias, o
descuid
s em horas de elevada incidência de raios ultra violeta. Os raios UV devem considerar-se
substâncias (radiações) nocivas.
No meio laboral, seja ele qual for, e não necessariamente uma fábrica de produtos químicos, a
exposição nã
licação de uma protecção eficiente contra as sub
É, pois, desejável que num meio laboral em que existam substâncias químicas susceptíveis de
ser perigosas, o trabalhador se proteja recorrendo a algumas medidas de protecção e prevenção, que
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 84 ORIGINAL
ímbolo e/ou código - rótulo);
que a contém. O rótulo, para além da
identif
nte rotuladas.
O Decreto-Lei 82/95 22 de Ab ranspõe para a ordem jurídica nacional algumas Directivas
Comunitárias referentes à classificação da embala rotulagem de substâncias perigosas. A
Portaria 1152/97 de 12 de Novembro va o no regulam ara a sificação, embalagem e
rotulagem de preparações perigosas.
Alguns dos aspectos a ter em atenção quando em presença de substâncias perigosas são:
• Identificação da substância através da sua composição química (fórmula - rótulo);
• Identificação do tipo de substância perigosa (s
• Avaliação da segurança da embalagem em que a substância está contida, no que respeita
à possibilidade de derrame ou lenta evaporação e consequente contaminação do ar;
• Definição dos cuidados necessários para a sua manipulação;
• Condições de armazenamento no que respeita ao local e definição das condições
adequadas de ventilação e temperatura;
• Condições de transvase.
(1) Rotulagem
A primeira informação de que o utilizador pode dispor sobre a natureza de um dado composto
ou preparação, é aquela que existe no rótulo da embalagem
icação da substância, mostra ainda o perigo que decorre para o homem e para o ambiente da
utilização daquela substância. Indica também as precauções a tomar quando da utilização e
armazenagem do produto. É, por isso, de todo o interesse e conveniência que as substâncias ou
preparações se encontrem devidame
de ril t
gem e
apro vo ento p clas
NOME E ORADADO FAB ANTE,
DISTRIB OR OUIMPORTADOR
MRICUID
CORROSIVO ENTEÁVEL
NOM ODUTO
Conservar afastadEvitar
NãEvitar a a
FACILMINFLAM
E do PRMUITO INFLAMÁVEL
CORROSIVO
o de qualquer fonte de ignição. Não fumar. o contacto com pele e olhos.
o deitar resíduos em esgotoscumulação de cargas electrostáticas
Figura 49 – Rotulagem de produtos perigosos
EmpresaProduto Risco Associado
Formula Química do Produto
Numero ONU Classificação da substância
Medidas de segurança
EmpresaProduto Risco Associado
Formula Química do Produto
Numero ONU Classificação da substância
Medidas de segurança
Figura 50 – Rotulagem de produtos perigosos em recipientes sob pressão (garrafas)
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 85 ORIGINAL
posto ou preparação
químic
m
flúor n
Pa l os compostos ou preparações químicas, há que ter
també
apores inflamáveis ou tóxicos em
veícul
s bem definidas que
estabe
s circunstâncias, deve atender-se a que a nova
embalagem deverá ter características idênticas às da embalagem “mãe”. Para além disso, quem
procede ger-se consoante as indicações fornecidas pelo rótulo e as fichas de
segur
transvaze tal como a manipulação de certas substâncias exigem procedimentos
que e e
legais.
Que ve ser capaz de reproduzir integralmente o rótulo da substância
“mãe”, po
existência
perigosa.
O arma
essencial pa
(2) Embalagem
A segurança da embalagem em que se armazena ou transporta um com
a é sem dúvida um aspecto de elevada importância. Pela mesma razão que não se devem pôr
em contacto espécies que possam interactuar e produzir substâncias tóxicas ou explosivas,
(incompatibilidade entre substâncias químicas), também se não devem armazenar substâncias em
recipientes com os quais possam reagir, ainda que lentamente. Assim, as substâncias corrosivas não
deverão ser conservadas em recipientes metálicos, enquanto os compostos com elevado teor e
ão deverão ser conservados em vidro.
Por outro lado, solventes que possam actuar como iniciadores de radicais (por exemplo, tetra-
hidrofurano) não devem guardar-se em recipientes de plástico.
ra a ém da forma como se guardam
m em conta a forma como estas são transportadas, havendo necessidade de acautelar e
proteger a embalagem por forma a que esta não se danifique durante o transporte. Por outro lado,
não se devem transportar substâncias que possam libertar v
os sem ventilação, ou na proximidade de alguma substância incompatível.
Em termos de embalagem, existem normas e directivas comunitária
lecem as condições para a sua utilização.
(3) Transvaze
É por vezes necessário proceder ao transvaze de um sólido ou líquido da sua embalagem
original (aquele com que foi fornecida), para embalagens mais pequenas e fáceis de usar e/ou
transportar para o local de aplicação. Nesta
ao transvaze deve prote
ança que devem estar de acordo com a legislação aplicável e a acompanhar a substância ou
preparação química. Deve proceder ao transvaze em local adequado quanto ao arejamento e
temperatura, e, se necessário, fazer-se acompanhar de extintores ou outros agentes protectores
considerados adequados.
Em alguns casos, é totalmente desaconselhado proceder à operação de transvaze sem um
acompanhante. O
xig m a presença de responsáveis pela segurança da unidade e por vezes as autoridades
m procede ao transvaze de
r forma a que nenhuma das indicações do rótulo original se perca. É ainda aconselhável a
de uma cópia da ficha de segurança na proximidade do local da utilização da substância
(4) Armazenagem de produtos químicos
zenamento em condições adequadas das substâncias perigosas para a saúde é
ra a segurança não só daqueles que com elas lidam, como também para quem se
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 86 ORIGINAL
encontra n
a conser
conservaç
O
ventilação
recipiente
exigir um
ebulição 3 as atingidas no verão em Portugal.
Mesm
ou do tetra
temperatu
condições
interior da
É c
gasosas,
conservaç
entre as s
a proximidade e ainda para o meio ambiente. Por armazenamento, entende-se não apenas
vação prolongada de grandes quantidades de produtos químicos, mas também a
ão de quantidades de uso diário ou semanal.
armazenamento prolongado de produtos químicos deverá obedecer a condições de
e humidade adequadas. Assim, compostos voláteis deverão ser conservados em
s devidamente fechados e dependendo do valor do ponto de ebulição poderão mesmo
ambiente com temperatura controlada. Por exemplo, o éter etílico (Et2O) tem ponto de
4 ºC e portanto evapora espontaneamente às temperatur
o que o ponto de ebulição seja superior, como por exemplo no caso do metanol (p.e. = 65ºC)
cloreto de carbono (p.e. = 77 ºC) as respectivas tensões de vapor são elevadas quando a
ra ambiente atinge os 35 a 40 ºC e portanto evaporaram apreciavelmente. Nestas
, será aconselhável um controle de temperatura, para evitar o aumento da pressão no
embalagem que poderá levar à sua deterioração.
laro que, a estes conceitos, está subjacente que todas as substâncias sólidas, líquidas ou
devem ser armazenadas em embalagens ou recipientes adequados e em bom estado de
ão e nunca abertos. É também necessário ter em conta as possíveis incompatibilidades
ubstâncias armazenadas.
+ - - +
- + - 0
- - + +
+ 0 + + Legenda: + : armazenar sem restrições; O : pode-se armazenar desde que sejam aplsegurança adicionais;
icadas medidas de
- : armazenar separadamente. Figura 51 – Armazenagem por classes de perigo
806. Toxicidade
Uma substância tóxica ou um veneno é algo potencialmente prej
r os tecidos, os órgãos ou interferir nos processos bi
udicial ao ser humano porque
pode afecta ológicos. A forma como o veneno ou
substân ia t
também do ganismo (factores intrínsecos) e ainda de factores tais como a idade, o sexo,
o códig g
c óxica interactua com o organismo depende das suas características físico-químicas mas
estado do or
o enético e até mesmo a susceptibilidade. Há ainda factores, como a forma de exposição
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 87 ORIGINAL
(oral,
é exposto vocados pela substância tóxica.
organismo o afecta, porque interfere no seu metabolismo normal,
mas o
A capacidade de uma substância actuar como agente tóxico, ou seja a sua toxicidade, é
geralmente referida em termos da quantidade de substância capaz de causar dano ou mesmo levar à
morte s a ela submetidos.
m miligrama por unidade de massa de
corpo)
nos prolongada. Nestas circunstâncias
convé 3
as prejudiciais à
saúde no ambiente de trabalho, tem havido por parte da comunidade internacional um esforço na
parametri lores de exposição que se traduzam num risco nulo ou mínimo. Em
conse
ão média para um
aceitável para um trabalhador estar exposto continuamente por um curto período de tempo,
não é um limite de exposição isolado, mas sim um complemento do TLV-TWA, quando é
reconhecido haver possibilidade de ocorrência de efeitos agudos de uma substância que
respiratória ou cutânea) e a sua duração, que associadas à quantidade de substância a que se
, condicionam os efeitos pro
Uma substância estranha ao organismo que o penetre por alguma das vias usuais (pele, vias
respiratórias, oralmente, etc.) pode ter uma actividade prejudicial variável consoante a sua
capacidade para atravessar as membranas das células e entrar no sangue ou sistema linfático. Toda
a substância química estranha ao
grau de perigosidade pode ser considerado muito variável consoante os efeitos que produz.
Pode, por isso, concluir-se que as substâncias perigosas são aquelas que são capazes de
reagir quimicamente com algum dos constituintes do organismo humano, produzindo novas
moléculas que este não tolera provocando a alteração do seu normal funcionamento.
a. Parâmetros de toxicidade
uma dada percentagem dos indivíduo
A dose (D) define-se como a quantidade (expressa e
de substância perigosa, para a saúde, a que o organismo está exposto.
Em ambientes de trabalho, o indivíduo não está, em geral sujeito a uma dose única mas sim a
uma exposição repetida diariamente, que pode ser mais ou me
m considerar a concentração média de substância (sendo então expressa em mg/m e por
turno de 8 horas de trabalho) a que um indivíduo fica exposto durante um dado tempo (T, em anos),
ou seja a dose pode ser expressa por D=TxC.
b. Valores limite
Atendendo à importância de uma definição correcta no que respeita à susceptibilidade de
efeitos adversos provocados pelo contacto com substâncias ou preparações químic
zação de va
quência, existem várias designações no que respeita aos valores de exposição considerados
não prejudiciais:
• TLV-TWA (Threshold Limit Value – Time Weighted Average): Concentraç
dia de trabalho convencional de 8 horas, 40 horas semanais, e que se crê ser aceitável
para um indivíduo normal;
• TLV-STEL (Threshold Limit Value - Short Term Exposure Limit): Concentração que se crê
sem sofrer irritações, danos crónicos ou irreversíveis em tecidos, ou efeitos narcóticos
capazes de aumentarem a probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho ou
diminuição de eficiência no trabalho, conquanto o TLV-TWA não seja excedido. O STEL
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 88 ORIGINAL
elevadas de
te STEL é definido como um TWA
de 15 minutos que não deve ser excedido em qualquer altura do dia mesmo se o TWA das
8 horas não for excedido. Exposições acima do TLV-TWA até ao TLV-STEL não devem
demorar mais do que 15 minutos e não devem ocorrer mais do que 4 vezes por dia,
espaçadas de pelo menos 60 minutos. O período de 15 minutos pode ser alterado desde
que seja garantido pêlos efeitos biológicos observados.
• TLV-C (Threshold Limit Value-Ceiling): Concentração que não deve ser excedida durante
altura alguma do dia de trabalho. Se não for exequível monitorização instantânea, os TLV-
C podem ser determinados por amostragem durante um período que não deve exceder os
15 minutos, com excepção para aquelas substâncias que po am causar irritação imediata
quando as exposições s ras substâncias para as quais não
foram definidos TLV-STEL por falta de informação. Nesses casos não devemos ter
um trabalhador
que um
m três vezes o valor de VLE-TWA por um período
trabalho, mas não devem exceder
não seja excedido.
e dois tipos de parâmetros
Valor limite expresso em
ão que nunca deve ser
excedida.
ados, a título de exemplo, alguns valores limite de tolerância
a 91/322/CEE:
Definem-se ainda parâmetros específicos segundo o tipo de substância e a forma como ela tem
acess
nas dimensões das partículas sólidas define-se:
is): valores referentes a substâncias que se depositam nas vias
re r
• V
p ã e gases;
em primeira instância produz efeitos tóxicos de natureza crónica. Estes valores são
recomendados quando existem relatórios de efeitos tóxicos em exposições
curta duração em animais ou em humanos. Um valor limi
ss
ão muito curtas. Existem inúme
exposições superiores a 3 vezes TLV-TWA mais do que 3 vezes por dia num total de 30
minutos num dia de trabalho e em nenhumas circunstâncias deve ultrapassar 5 vezes o
TLV-TWA, mesmo que o TLV-TWA não seja excedido.
• Estudos feitos no âmbito do NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health),
estabelecem que são admissíveis oscilações nos valores de TLV a que
está sujeito segundo o princípio de que as oscilações nos níveis de exposição a
trabalhador está sujeito podem exceder e
de tempo não superior a 30 minutos durante um dia de
cinco vezes o VLE-TWA garantindo que o VLE-C
• Em Portugal, desde 1988 existe uma norma (NP1796) que defin
de exposição:
• VLE-MP (Valor limite de exposição - média ponderada):
concentração média diária, para um dia de trabalho de 8 horas e uma semana de 40 horas,
ponderada em função do tempo de exposição.
• VLE-CM (Valor limite - concentração máxima): Concentraç
Na tabela em baixo estão indic
referidos na Directiva Comunitári
o ao organismo. A natureza e dimensões das partículas da substância, especialmente quando
se trata de partículas sólidas reveste então grande importância.
Baseado
• VLE-PI (partículas inaláve
spi atórias;
LE-PT (partículas torácicas): valores referentes a substâncias que se depositam no
ulm o ou outro local em que se efectuam trocas d
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 89 ORIGINAL
• V P depositam na
região
Os va as circunstâncias
podem rejuízo para a saúde, o que tem a ver as
característic d ção efectivamente atingida
durante o pe
Os valore m-se a substâncias puras, todavia considera-se
que quand rdem as suas
característic p
que numa
normalizadas at
inferior à unidad
LE- R (partículas respiráveis): valores referentes a substâncias que se
de troca de gases.
lores de VLE são característicos de cada substância e por isso em cert
ser excedidos por curtos espaços de tempo sem p
as a substância (possíveis efeitos cumulativos) e a concentra
ríodo de exposição.
s limite de exposição tabelados refere
o associadas, em preparações químicas, as substâncias não pe
as rejudiciais, muito pelo contrário, em geral são reforçadas. Deste modo considera-se
preparação o carácter prejudicial é aditivo pelo que o somatório das concentrações
ravés do valor de VLE para todas as substâncias constituintes da mistura deverá ser
e, isto é:
1... ≤+++NAA VLEVLE
NBA CCVLE
C
Onde:
CN – C
VLEN
Quando culado é superior à unidade, a preparação química excede o limite de
exposição a
atinge valores d
Note-se, i a pressupor que os efeitos prejudiciais de cada elemento da mistura
se observam no mesmo órgão. Caso tal se não verifique, não se poderá propriamente falar de efeito
to de outras. Diz-se então que o efeito é
inergético, isto, é multiplicativo. É o caso, por exemplo, do tetracloreto de carbono que, na presença
ol, tem um efeito ui a d su s
que dimin em o efeito prejud s, desig -se, n
c.
Quand é sujeito a uma dose de um dado produto ou pre química, ocorre
uma reacção n o que produz uma resposta que é função das ca cas próprias da
s da in e e ção, e ainda do pos
forma de anali produzido no org r um b u
preparação química, consiste na avaliação da respectiva respos se.
No gráfico em baixo é apresentada uma curva em S, típica de variação da resposta e o
da do
A resposta, é o efeito provocado no organismo d sição ao agente tóxico. A
erá ifica se te
dose permite definir a dose letal (LD). O parâmetro LD50 é correntemen ra avaliar do
oncentração da substância N
– Valor limite de exposição para a substância N
o valor cal
dmissível, isto é o seu valor limite de exposição médio ponderado no tempo, e portanto
e risco de efeitos prejudiciais para o utilizador.
que se está aqu
aditivo, e a regra anterior deixará de ser válida.
Algumas substâncias perigosas potenciam o efei
s
de isopropan adverso m
icial de outra
to superior a qu ndo está isola o. Há também
otos.
bstância
u
nam este or antíd caso p
Dose
o o organismo
o organism
paração
racterísti
ubstância,
Uma
tensidad forma de exposi
sar o efeito
tempo de ex
anismo po
ição.
a dada su stância o
ta à do
m funçã
se.
evido a expo
resposta dev ser clar da e poderá r no caso limi , a morte. A variação da res
te usado pa
posta com a
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 90 ORIGINAL
carácter tóxico de uma substância e define-se como a quantidade (mg/kg) des tância letal para
5 ivíduos a ela exp ndiçõe
s baixo o valor de LD50 mais tóxica a subst
sa subs
0% dos ind
Quanto mai
ostos, em co s de teste previamente estabelecidas .
ância.
ito Figura 52 – Curva dose-efe
O valor de LD50 corresponde ao ponto de inflexão. As d ara dos indivíduos
designam-se, respectivament is ou menos estendido está
relacio ada com os valores de LD5 e LD95, Uma curva em que os valores de LD5 e LD95 sejam muito
róximos revelam uma substância com pequeno valor de tolerância e elevada toxicidade. Ao invés,
uma curva em que o declive seja pequeno, indica uma larga margem de segurança.
s tóxicas em:
• Supertóxicas (<5 mg/kg – LD50 < 10-2);
• Extremamente tóxicas (5-50 mg/kg -10 > LD50 > 10-2)
50
oses letais p 5 e 95%
e, por LD5 e LD95. A forma da curva em S ma
n
p
Consoante o valor de LD50 a Portaria 732 A/96 classifica as substância
• Muito tóxicas (50-500 mg/kg -102 > LD50 > 10)
• Moderadamente tóxicas (500 a 5000 mg/kg -103 > LD50 > 102)
• Pouco tóxicas (5x103 a l,5xl04 mg/kg - 104 > LD50 > 103)
• Praticamente não tóxicas (>1,5xl04 mg/kg - 105 > LD50 > 104)
Substâncias como o etanol ou o cloreto de sódio, apresentam valores de LD50 na gama dos 103
a 104 e podem portanto ser considerados pouco tóxicos, enquanto o malatião com LD50=103 é
moderadamente tóxico e aparatião com LD = 10 é extremamente tóxico.
807. Medidas Preventivas
A re
acção da ncluir vários processos com uma actuação, por vezes complementar,
em três áreas:
•
o a quantidade de pó, fumo ou gás;
dução da concentração do contaminante até ao nível admitido por lei é assim a primeira
prevenção que pode i
Actuação sobre a fonte:
a. Substituição do contaminante, por outro menos perigoso;
b. Modificação do processo, reduzindo, por exempl
c. Isolamento da fonte, com uma barreira fixa;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 91 ORIGINAL
ndo-o à medida que é produzido;
• ontaminante:
aía o ar
ando a distância, entre o foco contaminante e o trabalhador;
ção por diluição, diluindo o ar contaminado num volume de ar bastante maior;
sistemas de alarme, capazes de detectar o contaminante no meio ambiente e
amento quando a sua concentração se aproxima dos valores limite
pamento de protecção individual, quando a actuação no meio ambiente não
trabalhador. Último recurso a adoptar;
refa o permita, por exemplo: cabine fechada;
xposição, tendo em conta o estabelecido na NP 1796
preparação e treino, isto é, o trabalhador deve estar informado sobre o tipo de
nante, as suas características toxicológicas e como defender-se da
nação.
808. Químicas existentes a bordo
d. Extracção localizada, capaz de captar o contaminante junto da fonte;
e. Combustão do contaminante, queima
f. Humidificação, aplicando água ou outro líquido sobre a fonte do pó.
Actuação no meio que difunde o c
g. Por limpeza, para impedir que o pó se acumule;
h. Por ventilação geral por extracção, montando sistema de ventilação que extr
contaminado e o substitua por puro;
i. Aument
j. Ventila
k. Instalar
entrar em funcion
de exposição.
• Actuação no indivíduo/ receptor:
l. Equi
chega para proteger o
m. Isolamento do trabalhador, caso a ta
n. Controlando o tempo de e
(1988);
o. Com
contami
contami
Substâncias
Substância Odor Densidade (relação ar) Inflamabilidade Localização/
Fonte Perigos para
saúde Método
detecção Sulfure
d
nervoso
to e
hidrogénio (H2S)
Em baixas concentrações cheira a ovos podres, mas é
inodoro a concentrações
mais
Mais denso Sim Decomposição anaeróbia
Muito tóxico por inalação. Pode causar
efeitos prejudiciais ao
sistema
Analisador de gases
PhD; Bomba Dräger
elevadas. central.
Monóxidode carbon
(CO)
Sim Combustão incompleta;
em de
Tóxico por inalação
Analisador de gases
PhD; Bomba Dräger
o
Inodoro Ligeiramente menos denso
Secagtintas
Fré Detector de fréon
on Inodoro Mais denso Não Instalações de Asfixiante frio e ar
condicionado
Hidro(H2) denso inflamável Tanques com
ferrugem concentrações pode causar
génio Inodoro Muito menos Extremamente Baterias; UPS; Em elevadas Explosímetro
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 92 ORIGINAL
asfixia.
Dióxido de Azoto (NO2)
Pungente Mais denso Não Fumos resultantes de soldadura por arco eléctrico
Sufocante; Muito tóxico por inalação;
Corrosivo para os olhos
e pele;
Bomba Dräger
Oxidante
Amónia (NH3)
Pungente Menos denso limpeza
Bomba Dräger
Sim Produtos de Sufocante
Dióxido de carbono
(CO2)
Inodoro Mais den es de bustão
Asfixiante Analisador de gases
PhD; Bomba Dräger
so Não Gascom
Metano Inodoro Menos denso Sim (CH4)
Decomposição aeróbia
Explosivo Explosímetro
Halon 1301 Inodoro Mais denso Não Estações fixas de combate a
incêndio
Ataca o sistema nervoso
Nenhum
Figura 53 – Substâncias Químicas a bordo
809. Controlo de substâncias perigosas para a saúde – COSHH
A Política “COSHH” (Controlo de Substâncias Perigosas para a Saúde) consiste num conjunto
de normas e o em 1989, que visam não só estabelecer
limites
zação da HST, e tem uma visibilidade maior decorrente das
actividades rotineira das uma larga variedade de
produtos potencialmente nocivos.
sição, que não deve ser ultrapassado.
• OES para os quais não existem
a
perigosas SHH”:
• Substâncias classificadas como Muito Tóxicas, Tóxicas, Nocivas ou Irritantes;
de procedimentos, com origem no Reino Unid
de exposição ocupacional a substâncias nocivas para a saúde, mas também estabelecer
regras de controlo e de identificação dessas mesmas substâncias, através da elaboração de uma
base de dados e outros procedimentos específicos. A bordo dos navios, a organização COSHH deve
ser integrada como uma sub-organi
s de limpezas e de manutenção, onde são utiliza
A política “COSHH” estabelece dois tipos de limites de exposição, considerando períodos
diários de exposição de 8 horas, adoptando as seguintes siglas:
• MEL – Limite Máximo de Expo
– Normas de Exposição Ocupacional, que são níveis
provas de que sejam prejudiciais para a saúde, mas que se consideram adequados como
níveis de referência.
. Substâncias reguladas
De um modo geral todas as substâncias ou misturas de substâncias, classificadas como
para a saúde, estão cobertas pela Política “CO
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 93 ORIGINAL
• quer tipo, que possam existirem em determinadas concentrações no ar, de
• os susceptíveis de constituírem perigo para a saúde;
• Qualquer outra substância que apresente riscos igualmente nocivos para a saúde.
Constituem o própria, as
seguintes substâncias:
• Chumbo;
• Amianto;
s pressões;
• Agentes biológicos, desde que não estejam directamente relacionados com o local de
/ou explosivas.
Exem s
• Ir
• A
b.
organização prevista na política “COSHH,” tem por objectivo criar práticas seguras no
armazenamento, manuseamento, utilização e eliminação de substâncias perigosas, promovendo os
, Higiene e Saúde no Trabalho. Ao se estabelecer a organização
vém ser adoptada a seguinte metodologia:
• Passo 1: Atribuir responsabilidade de COORDENAÇÃO E EXECUÇÃO dos procedimentos
R, tornando os riscos aceitáveis;
ROLO dos níveis de exposição;
uamente a MONITORIZAÇÃO E CONTROLO;
Passo 6: Investir na INFORMAÇÃO, FORMAÇÃO E TREINO de todos os elementos da
guarnição.
• Qualquer substância que contenha um MEL ou OES, de acordo com as tabelas em vigor
(substâncias contempladas na NP 1796);
Poeiras, de qual
acordo com as tabelas em vigor;
Microorganism
excepções à Política “COSHH”, em virtude de possuírem legislaçã
• Fontes radioactivas;
• Substâncias a temperaturas elevadas; baixas temperaturas; alta
trabalho;
• Produtos farmacêuticos;
• Substâncias inflamáveis e
plo de alguns efeitos nocivos:
ritação na pele;
sma;
• Alergias;
• Desmaio;
• Infecções bacteriológicas;
• Cancro;
• Morte.
Princípios gerais de organização
A
princípios de base da Segurança
COSHH, con
definidos pela Política “COSHH”;
• Passo 2: Efectuar uma AVALIAÇÃO DE RISCOS;
• Passo 3: Decidir as PRECAUÇÕES A ADOPTA
• Passo 4: Actuar na PREVENÇÃO E CONT
• Passo 5: Efectuar contin
•
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 94 ORIGINAL
Para informaç ver-se-á consultar o MGFLOT 01. ão mais detalhada sobre a organização COSHH, de
CAPÍTULO 9
Espaços confinados
901. Caracterização de um Espaço Confinado
a. Introdução
É considerado "Espaço Confinado" (EC) todo o local com dimensões reduzidas, vias de acesso
estreitas, permitindo o acesso de apenas uma pessoa de cada vez e que não foi projectado para ser
ocupado de forma permanente. Incluem-se nesta categoria, tanques, porões, caldeiras, cisternas,
galerias subterrâneas, fossas, túneis, chaminés, silos, etc.
Considera-se ainda EC um espaço aberto onde se possam acumular gases mais pesados que
o ar, como por exemplo um poço.
b. Identificação de Espaços Confinados
A primeira atitude de segurança que deve ter ao deparar-se com um EC é considerá-lo como
potencialmente perigoso. Todos os ECs deverão ser considerados, à partida, como sendo
necessários ter “Autorização de Entrada” para poderem ser acedidos, i to até que os procedimentos
de pré-entrada indiq
(1) EC sem necessidad trada
m EC Sem Necessidade de Autorização de Entrada, significa um EC que não contém, nem
tem o
(relativ
Um rização de Entrada, significa um EC que tem pelo menos
uma d
• erigosa;
mento, açúcar, etc.);
s
uem o contrário.
e de autorização de en
U
potencial de vir a conter, qualquer perigo que cause a morte ou sérios danos físicos
amente a atmosferas perigosas).
(2) EC com necessidade de autorização de entrada
EC com Necessidade de Auto
as seguintes características:
Contém, ou tem o potencial de vir a conter, uma atmosfera p
• Contém um determinado material que poderá afogar ou engolir o trabalhador (líquidos,
carvão, areia, cereais, ci
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 95 ORIGINAL
• ausar a prisão, a asfixia ou a queda do
ensão, tanques com
segurança e/ou a saúde do
Tem uma configuração interna que poderá c
trabalhador (portas de visita estreitas, tanques de reduzida dim
cavernas, etc.);
• Contém qualquer outro perigo que possa afectar seriamente a
trabalhador.
Figura 54 – Risco de ser engolido em material instável (carvão, areia,
cereais, etc).
902. Riscos associados a trabalhos em Espaços Confinados
s risco de acidentes de
conse
b. Misturas inflamáveis/explosivas (risco de incêndio ou explosão);
e intoxicação);
• Submersão do trabalhador por líquido ou sólido (risco de asfixia);
•
•
903.
No espaços confinados podem existir diversas condições perigosas com
quências mortais ou particularmente graves para os trabalhadores, tais como:
• Atmosferas perigosas:
a. Insuficiência de oxigénio (risco de asfixia);
c. Atmosfera tóxica (risco d
• Presença/utilização de electricidade (risco de choque eléctrico);
• Condições térmicas excessivas (risco de stress térmico);
• Passagens estreitas (risco de ficar preso);
Risco de ser atingido ou sugado ou por um órgão de máquina que se ponha
intempestivamente em movimento (veio do hélice);
Riscos resultantes do desenvolvimento normal do trabalho (por exemplo soldadura,
limpeza com solventes, operações de lixar ou rebarbar, ...).
Atmosferas perigosas
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 96 ORIGINAL
Com
renovação
• Atmosferas com insuficiência de oxigénio;
• Atmosferas inflamáveis/explosivas;
• Atmosferas tóxicas.
a. Atmosferas com insuficiência de oxigénio
Con
oxigénio no ar for inferior a 19,5%. Não se deverá entrar em qualquer EC cuja atmosfera tenha uma
o foi referida, a atmosfera num EC poderá ser extremamente perigosa devido à falta de
ar. Esta característica poderá dar origem a:
sidera-se que uma atmosfera é deficiente em oxigénio sempre que a concentração de
conce antr ção em oxigénio inferior a 19,5%, a não ser com um aparelho de respiração autónomo
nte envergado e apropriado para o fim a que se destina.
oncentração de oxigénio num EC poderá vir a decrescer devido ao trabalho que se
erá no seu interior. Estes trabalhos poderão ser, por exemplo, o corte e/ou s
devidame
A c
desenvolv oldadura de
chapa. Ou poderá ser devido a diversas reacções químicas tais como a oxidação do metal (ferrugem)
ou devido à acção bacteriológica (fermentação) ou ainda devido à secagem de tintas (após a pintura
lhadores a trabalharem no EC e a actividade física ali desenvolvida
mbém contribui para a redução da concentração de oxigénio no EC.
A concentração de oxigénio poderá, também, reduzir-se se o oxigénio for substituído por um
outro gás l bstituição total do oxigénio por um outro
gás, ta
de anteparas). O número de traba
ta
, ta como o dióxido de carbono ou o azoto. A su
l como o CO2, terá como consequência a inconsciência da vítima e de seguida a morte.
21%
16%
Valor mínimo para entrada segura
énio
Respiração e raciocínio 14%
Con
cent
raçã
o de
Oxi
g diminuídos
Falha de juízo Fadiga rápida
6%
Dificuldades respiratórias Morte em minutos
spaços descritos a seguir deverão ser testados para se verificar a existência de oxigénio:
• espaços que tenham sido pintados e fechados
Figura 55 – Efeitos no trabalhador provocado pela concentração
reduzida de oxigénio.
Os e
Espaços que foram selados, tais como os
de seguida ou espaços não ventilados que tenham sido pintados de fresco;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 97 ORIGINAL
•
irritantes.
São
•
Dife
activação queda de uma ferramenta metálica) no interior de um
EC, co
m oxigénio puro. Ventile-o, sim, com ar atmosférico normal.
• Espaços e respectivos espaços adjacentes que contêm ou já contiveram combustível ou
líquidos inflamáveis ou gases;
Espaços e respectivos espaços adjacentes que contenham ou já contiveram líquidos,
gases, ou sólidos que são tóxicos, corrosivos, ou
• Espaços que contenham materiais ou resíduos de materiais que criem uma atmosfera
deficiente em oxigénio.
b. Atmosferas inflamáveis/explosivas
dois os factores que fazem com que uma atmosfera seja inflamável:
• A concentração de oxigénio no ar;
A existência de um gás, vapor ou poeira na mistura com o ar.
rentes gases têm diferentes domínios de inflamabilidade. Se ocorrer alguma energia de
(por ex., uma faísca provocada pela
ntendo uma atmosfera inflamável, então poderá dar-se uma eventual explosão.
Uma atmosfera enriquecida em oxigénio (acima de 21%) causará a inflamação de materiais,
tais como a roupa e o cabelo, ardendo violentamente quando inflamados. Portanto, nunca ventile um
EC co
ENERGIA DE ACTIVAENERGIA DE ACTIVAÇÇÃOÃO
COM
BURE
NTE
COM
BURE
NTE
COMBUSTIVEL
COMBUSTIVEL
ENERGIA DE ACTIVAENERGIA DE ACTIVAÇÇÃOÃOENERGIA DE ACTIVAENERGIA DE ACTIVAÇÇÃOÃO
COM
BURE
NTE
COM
BURE
NTE
COM
BURE
NTE
COM
BURE
NTE
COMBUSTIVEL
COMBUSTIVEL
COMBUSTIVEL
COMBUSTIVEL
Figura 56 -Triangulo do fogo
Os espaços e respectivos espaços adjacentes que contêm, ou já contiveram, líquidos
inflamáveis ou gases deverão ser testados para verificação da presença, ou não, de atmosferas
inflamáveis, a i alguns exemplos deste tipo de espaços:
Espaços recentemente pintados ou lavados com solventes;
djacente aos enumerados nos pontos anteriores.
ma concentração de combustível no ar superior a 10% do valor do seu
Limite á ter escrito à sua entrada algum aviso, como por
exemp : ”.
ntes de se poder entrar lá dentro. Eis aqu
• Tanques de combustível;
• Casas de bombas de combustíveis;
• Condutas;
•
• Estações de tratamentos de esgotos;
• Qualquer espaço a
Se algum espaço tiver u
Inferior de Inflamabilidade (LII), então dever
lo “Interdito o acesso a pessoas e trabalhos a quente
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 98 ORIGINAL
nte a remoção de lamas gordurosas do interior de um
tanque de combustível, poderá haver a libertação de sulfureto de hidrogénio, que é um gás
mortal.
• Do tipo de trabalho desenvolvido no interior do EC: Tais exemplos serão: Soldadura
eléctrica ou a maçarico, corte de chapa com maçarico, pintura, raspagem, decapagem com
areia, desengorduramento, etc. As atmosferas tóxicas são originadas por diversos
processos, como por exemplo, o uso de solventes para a limpeza/desengorduramento,
pois, os vapores aí libertados são muito tóxicos.
c. Atmosferas tóxicas
A maior parte das substâncias (líquidos, vapores, gases, aerossóis, materiais sólidos, e
poeiras) deverão ser consideradas perigosas quando estiverem num EC. As substâncias tóxicas
poderão ser provenientes do seguinte:
• Produtos armazenados no interior do EC: O produto em questão poderá ter sido absorvido
pelas paredes ou anteparas do EC e mais tarde vir a libertar gases tóxicos, ou aquando da
limpeza dos resíduos do produto aí armazenado poderá haver também a libertação de
gases tóxicos. Por exemplo: Dura
Figura 57 - Actividades que podem provocar atmosferas tóxicas: soldadura ou pintura
Áreas adjacentes a um EC: Os produtos tóxicos produzidos próximos de um EC poderão
entrar e acumular-se no interior do EC. Por exemplo, se o EC estiver posicionado a uma
ades que libertem fumos tóxicos e mais
densos que o ar, estes fumos poderão entrar e depositar-se no interior do EC.
904. Medidas de prevenção
•
altura inferior ao local onde se desenvolvem activid
a. Monitorização e controlo da atmosfera
Para entrar num EC deve-se proceder antecipadamente à identificação e avaliação de cada um
dos agentes químicos que ali poss ser realizados antes de entrar e de
forma ontínua, enquanto o trabalhador estiver no interior do EC onde pode existir a possibilidade de
vir a o to de gases/vapores/poeiras tóxicos ou
inflamáveis. A monitorização e controlo da atmosfera deverá ter em conta que:
am existir. Estes testes devem
c
correr a insuficiência de oxigénio e/ou o aparecimen
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 99 ORIGINAL
•
);
As concentrações das substâncias tóxicas devem ser inferiores aos respectivos Valor
Limite de Exposição (VLE ou TLV) dados pela Norma NP 1796 (comparar com as tabelas
• Se durante a realização dos trabalhos algum dos valores limites fixados for atingido, os
ermanece no exterior, comparando-se depois a cor da ampola
ção ao limite inferior de inflamabilidade de qualquer gás/vapor combustível
(LII).
• O nível de oxigénio deve estar compreendido entre 19,5% e 21%;
O nível de concentração de gases/vapores inflamáveis não deve exceder 10% do valor do
Limite Inferior de Inflamabilidade (LII
• Se houver partículas combustíveis em suspensão o nível de concentração não pode atingir
nem exceder o Limite Inferior de Inflamabilidade;
•
do ACGIH correspondentes a esse ano);
trabalhos devem ser suspensos e todos os trabalhadores devem imediatamente abandonar
o local.
b. Equipamentos de monitorização
Alguns aparelhos que podem ser utilizados para monitorizar a atmosfera do EC são:
• Indicador de insuficiência de oxigénio: este aparelho está preparado especialmente para
medir o conteúdo de oxigénio em locais confinados, com a finalidade de determinar se há
oxigénio em quantidade suficiente para sustentar a vida humana e para controlar o
conteúdo de oxigénio de uma atmosfera inerte.
• Indicador de gás combustível (explosímetro): aparelho que regista a concentração de gás
inflamável no ar (mas não indica a presença de monóxido de carbono em baixas
concentrações nem a insuficiência de oxigénio);
• Detector de monóxido de carbono: este aparelho mede normalmente apenas as
concentrações de monóxido de carbono, mas não indica a presença de gás natural ou de
outras misturas gasosas que não contenham monóxido de carbono.
• Detector de sulfureto de hidrogénio: aparelho que consiste numa ampola detectora que se
pode atar à extremidade de um cordel que se faz descer dentro de uma boca de inspecção,
enquanto o trabalhador p
exposta com uma carta cromática.
Na Marinha, a bordo das unidades navais existe um aparelho capaz de monitorar em contínuo
a atmosfera em relação às concentrações de oxigénio (O2), monóxido de carbono (CO), sulfureto de
hidrogénio (SO2) e em rela
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 100 ORIGINAL
Figura 58 – Equipamento de monitorização da atmosfera (PhD Lite)
c. Procedimentos de monitorização
É importante saber que certo tipo de gases ou vapores são mais pesados (mais densos) que o
ar e assentarão no fundo de um EC. Da mesma forma, alguns gases são mais leves (menos densos)
que o ar e acumular-se-ão no topo do EC, ou ficarão retidos em bolsas criadas em locais de difícil
acesso.
Exemplos de gases mais leves que o ar:
• Metano (CH4);
• Hidrogénio (H2).
Exemplos de gases mais pesados que o ar:
• Sulfureto de Hidrogénio (ácido sulfídrico) (SO2);
O monóxido de carbono (CO 5 em relação à densidade do ar,
esta forma é necessário analisar todas as zonas dum EC (topo, meio, fundo e locais
recônd
ência de oxigénio, ou a presença de gases ou
vapores tóxicos, o espaço deverá ser ventilado e novamente analisado antes dos trabalhadores
poderem lá entrar. Caso não seja possível efectuar a ventilação e seja absolutamente necessário
entrar n ste espaço (p.e., em caso de salvamento de vidas humanas) então dever-se-á envergar um
aparelho de respiração apropriado.
• Dióxido de Carbono (CO2).
) tem de densidade 0,9
considerando-se que tem densidade semelhante à do ar.
D
itos) com um analisador de atmosferas devidamente calibrado a fim de determinar quais os
tipos de gases ali presentes. Se o teste revelar defici
e
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 101 ORIGINAL
Nunca confie nos seus sentidos para
determin
o re
ar se o ar num espaço confinado é
ou nã spirável!
Existe muitos gases ou vapores tóxicos
que n
m
ão são possíveis de se verem ou
cheira . Os sentidos também não rem
conseguem determinar se a concentração
de Oxigénio presente é ou não aceitável.
onas de monitorização
A o s a efectuar a deverá ser a seguinte:
Figura 59 – Z
rdem de teste
Figura 60 – Ordem de testes
Os cuidados a ter na monitorização da atmosfera são:
• Nunca tocar com a extremidade do tubo de aspiração da amostra de vapor/gás em líquidos
que possam existir no interior do EC, pois isso contaminaria e falsearia a leitura no
aparelho analisador de atmosferas;
• Permitir que a amostra de vapor/gás possa chegar ao aparelho: Normalmente serão
suficientes 5 segundos por cada metro de comprimento de tubo de recolha da amostra.
905. Extracção e ventilação do Espaço Confinado
1. Oxigénio
Outros
2. LII 3.Toxicidades 4.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 102 ORIGINAL
equipame
serem ext da fonte de ar.
m determinadas condições onde os gases ou vapores combustíveis tenham substituído o ar,
tornando-se assim, a atmosfera, numa mistura combustível/ar muito rica, poder-se-á ventilar o espaço
res de concentração abaixo de 10% do valor do Limite
ferior de Inflamabilidade. Da mesma forma, se a atmosfera do EC contiver gases inertes (p.ex.:
Dióxid
sfera do
EC, é nece
agentes pe ador possa lá entrar sem perigo.
muitos dos E
de risco as ssarem.
Deve exi acção foi feita em todas as partes do espaço,
incluindo as tubagens e locais de possíveis embolsamentos de gases/vapores tais como nas
cavernas dos tanques dos navios.
Existem diversos modos de se efectuarem a ventilação/extracção. Estes dependem do tipo de
compartimento e do tipo de gás/vapor existente no seu interior. Assim, para efectuar a renovação da
atmosfera num EC contendo gases/vapores menos densos que o ar, poderemos proceder de acordo
com as seguintes figuras.
O ar admitid
Figura 61 - Admissão de ar para o fundo do EC para expulsão de gases/vapores mais leves que o ar.
Existem diversos modos de se efectuarem a extracção/ventilação de um EC. O método e o
nto escolhidos dependerão do tamanho da porta de visita, dos tipos de gases/vapores a
raídos (p.e. se são inflamáveis ou não) e
E
de modo a que a mistura seja diluída para valo
In
o de Carbono, Azoto, Árgon) o EC deverá ser bem ventilado e posteriormente avaliado (com
um analizador de atmosferas) quanto às concentrações dos vários gases/vapores que ali ainda
possam existir.
Se os resultados da avaliação indicarem que existem contaminantes perigosos na atmo
ssário efectuar a extracção/ventilação da atmosfera existente no EC para eliminar os
rigosos, para que o trabalh
A ventilação/extracção deverá ser realizada, de preferência, em modo contínuo, isto porque em
C’s as atmosferas perigosas formam-se continuamente, podendo atingir concentrações
sim que a ventilação/extracção ce
sitir o cuidado de assegurar que a extr
o é mais pesado que os gases/vapores existentes conseguindo deste modo expulsar a
atmosfera contaminada.
Sentido do VentoSentido do Vento
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 103 ORIGINAL
Entrada de ar
Saída de gases/vapores contaminados m enos densos que o ar
O ar admitido é mais pesado que os gases/vapores existentes conseguindo deste modo expulsar a
ra contaminada.
Figura 62 - Admissão de ar para o fundo do EC para expulsão de gases/vapores mais leves que o ar.
Neste caso, o ar admitido é menos denso (mais leve) que os gases/vapores existentes e
r um extractor para auxiliar a extracção dos gases/vapores mais
sos que o ar de modo a expulsar a atmosfera contaminada do EC. Note-se que a extremidade
nduta do extractor deve ficar muito próxima do fundo do EC.
Figu
atmosfe
Para efectuar a renovação da atmosfera num EC contendo gases/vapores mais densos que o
ar, poderemos proceder de um dos seguintes modos:
desta forma é necessário coloca
den
da co
ra 63 - Admissão de ar para o topo e extracção da atmosfera contaminada depositada no
fundo do EC para expulsão de gases/vapores mais densos (pesados) que o ar.
Factores a ter em conta na ventilação:
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 104 ORIGINAL
duta a 30 cm do contaminante e a 30 cm abaixo da zona de respiração do
ue os
• Mantenha a conduta de ventilação a 90 cm do trabalhador;
• Posicione a con
trabalhador.
• Posicione a extremidade da conduta de extracção virada para sotavento de modo a q
gases extraídos não voltem a entrar para o EC. Caso se tratem de gases/vapores
inflamáveis não permita que estes entrem em contacto com o motor eléctrico do extractor o
qual, aliás, deverá estar ligado à terra.
• A zona em volta da saída dos gases/vapores da extracção é considerada perigosa e não
deverá ser permitida ali qualquer fonte de energia de activação (p.ex: faísca ou chama)
nem a permanência ou passagem de pessoas.
- Posicionamento da conduta de extracção localizada.
Em todos os casos:
• A ventilação deverá ser continuada enquanto o EC estiver ocupado por pessoas;
• Deve prevenir a recirculação dos gases/vapores;
• Caso a atmosfera tenha uma concentração próxima do LII, remova primeiro a conduta de
ar antes de desligar o extractor para que não haja o risco de explosã
libertada quando se desliga
Figura 64
o devido à faísca
o aparelho.
906. Isolamento do Espaço Confinado
O isola entom do EC visa separá-lo de todas as fontes de energia ou de proveniência de
substâncias que possam pôr em risco a segurança dos trabalhadores dentro do EC. Entre os
métodos utilizados para isolar o EC dos encanamentos incluem-se:
• Retirar uma quartelada ou secção de todas as canalizações que ligam ao EC;
• Colocar uma flange cega suficientemente forte para resistir à pressão do fluido que possa
eventualmente surgir;,
• Desalinhar as tubagens de ligação de diâmetros menores e fechar as extremidades abertas
com tampas ou bujões roscados.
I
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 105 ORIGINAL
• Bloqueamento e etiquetamento de válvulas.
Fig emplo de colocação de uma flange cega num cir ulas.
Dependendo da situação devem ser tomadas as seguintes precauções adicionais:
• As bombas existentes nos encanamentos que estão ligadas ao EC devem ser imobilizadas
, ainda que tenham sido colocadas flanges cegas entre
secções ou fechadas válvulas no circuito;
ua antes de serem isoladas, para evitar que possam gotejar
ura 65 - Ex cuito e bloqueio de válv
e bloqueadas com um cadeado
• Os encanamentos que contêm líquidos perigosos, por exemplo, ácidos ou cáusticos devem
ser purgadas e lavadas com ág
produtos perigosos sobre os trabalhadores que estejam no EC.
Figura 66 - Exemplo de Imobilização de uma válvula motora
a
Tod
no seu in túnel do veio; cárter de motores, misturadores; moinhos;
tambores...etc. contêm o perigo acrescido de que aqueles órgãos possam movimentar-se com
alguém dentro.
dições inerentes à atmosfera de trabalho, há que garantir a
obilização dos referidos equipamentos, actuando sobre a fonte que lhes fornece energia.
. Imobilização de máquinas
os os espaços confinados que tenham ou possam ter órgãos de máquinas em movimento
terior, como por exemplo, o
Neste caso, para além das con
im
Esta imobilização pode ser feita:
• Cortando a alimentação e bloqueando os interruptores eléctricos do circuito de alimentação
(caso de máquinas eléctricas) e/ou;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 106 ORIGINAL
ente mecânico essencial do circuito propulsor (por exemplo uma • Retirando um compon
correia).
Figura 67 – Imobilização de um interruptor Figura 68 – Imobilização de uma polia de correias
907. Protecção no interior
gilância de um trabalhador
instruído: O Vigilante. Em caso de emergência este deve detectá-la de imediato e promover o resgate
pido do trabalhador.
trabalhador deve dispor de iluminação adequada para trabalhar no EC. Deve ter à mão uma
lanterna p
Se houverem vapores inflamáveis, as gambiarras ou lanternas bem como toda a ferramenta
devem
ecções se depois o cabo eléctrico que a alimenta está em mau estado).
Outro
modo a ação de electricidade estática o que poderia originar uma faísca com
conse e
deve inclu
• ropriada;
dos;
ês anti-
Os trabalhadores dentro do EC devem permanecer sob a vi
rá
Enquanto estiverem trabalhadores dentro do EC, se existir a possibilidade de vir a ocorrer a
insuficiência de oxigénio e/ou o aparecimento de gases tóxicos ou inflamáveis a monitorização deve
ser feita de forma contínua. Ou seja, na prática a atmosfera do EC deverá ser sempre continuamente
monitorizada e renovada.
O
ortátil (tipo anti-deflagrante) para o caso de não existir ou falhar a iluminação normal.
ser anti-deflagrantes e estar em perfeito estado de conservação (p.ex., de nada serve ter uma
gambiarra com todas as prot
dos cuidados a ter prende-se com o tipo de vestuário e calçado, que deverá ser anti estático de
evitar a form
qu nte explosão. O equipamento de protecção individual depende da natureza do trabalho e
ir:
Fato de trabalho com protecção ap
• Capacete de protecção;
• Luvas de protecção apropriadas;
• Óculos ou Viseira de protecção apropria
• Se necessário, aparelho de respiração autónomo apropriado;
• Se o EC tem abertura superior, o trabalhador deve estar equipado com um arn
queda (ao invés dum cinto) e um cabo linha de vida.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 107 ORIGINAL
Para além disto, deverá ter ainda consigo um rádio portátil (protegido contra atmosferas •
explosivas ATEX).
Figura 69 – Arnês anti-queda
NÇÃO: A máscara de p
ATE rotecção respiratória com filtro contra partículas e gases tóxicos
(fig. se
uma másc sco (ARA).
908.
guinte) não torna o ar puro em caso de falta de oxigénio. Neste caso deve ser sempre utilizada
ara com tomada de ar fre
Protege as
de acord
vias respiratórias
o com o tipo de
filtro
Protege as vias respiratórias de
acordo com o tipo de filtro e a
vista
Protege as vias respiratórias, a
vista e a eventual escassez de
oxigénio enquanto houver ar na
garrafa.
Figura 70 - Meia máscara
com filtro.
Figura 71 - Máscara completa. Figura 72 - Aparelho de
respiração autónomo.
Outras medidas de prevenção
O tr is trabalhadores (o Vigilante e o
Trabalhad
O tra exterior, incluindo a
vigilância de
promover o resg ador.
Todo
• Conh oderão aparecer no local de trabalho;
• E os.
abalho num EC só pode ser executado com pelo menos do
or Autorizado a entrar no EC).
balhador que entra no EC deve contar com elementos de ajuda no
um trabalhador instruído. Em caso de emergência este deve detectá-la de imediato e
ate rápido do trabalh
s os trabalhadores envolvidos no trabalho devem:
ecer os perigos que p
star treinados no uso dos equipamentos para a detecção e controlo dos perig
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 108 ORIGINAL
• T que os trabalhadores possam não estar fisicamente ou
p lo:
• O ou sair
fa
• Não d intomas de claustrofobia;
909. Autoriza
er em atenção situações em
siquicamente em condições para trabalhar em espaços confinados, como por exemp
corpo do trabalhador não deve ser de um tamanho tal que não possa entrar
cilmente do EC, sem ajuda de outros.
evem entrar em espaços confinados pessoas que sintam s
• Para efeitos de protecção, qualquer EC que não se possa isolar completamente de um
processo capaz de desprender gases ou vapores prejudiciais, deve ser tratado como se
realmente os contivesse.
ção de Trabalho
r início depois de ter sido obtida
uma Autori responsável de
exploração
conter, nomead
• A identificaçã
• A nature
• A identificação dos perigos e as respectivas medidas de segurança para os controlar, antes
a dos trabalhadores no EC.
EC, proce ação e anotam os resultados de
todas m pois de assegurar
que o s
dos trabal
verificaçõe cífico antes dos trabalhadores entrarem, e que o
cumprime
910. Funções e responsabilidades dos vários intervenientes
Os trabalhos a realizar em espaços confinados só deverão te
zação de Trabalho escrita para a correspondente entrada, dada pelo
da instalação (ou por quem para tal tiver sido autorizado por escrito). A Autorização deve
amente:
o do EC;
za do trabalho;
da entrada dos trabalhadores e durante a sua permanência no EC;
• A identificação dos intervenientes, incluindo a de quem autoriza a realização do trabalho e
de quem autoriza a entrad
No local o Responsável de Trabalhos, juntamente com os trabalhadores que vão trabalhar no
dem às confirmações e verificações indicadas na Autoriz
as edições feitas, comparando-os com os valores limites indicados; só de
s ri cos estão devidamente controlados é que o Responsável de Trabalhos autoriza a entrada
hadores.
A finalidade da Autorização de Trabalho é garantir que foi utilizada e confirmada uma lista de
s correspondentes ao trabalho espe
nto destas medidas é uniforme.
Tod nientes envolvidos numa entrada num EC têm determinadas
respon b
familiariza
necessário
os os interve
sa ilidades e necessitam de um nível mínimo de treino. É fundamental que todos estejam
dos com as suas responsabilidades. Este capítulo descreve as responsabilidades e o treino
que cada um deverá ter.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 109 ORIGINAL
a.
O respon alho, ou o seu representante, deverão ser
responsávei
• Reve es relativas aos procedimentos de entrada em espaços
C
• Garan as Instruções e através de inspecções
• o no programa de treinos;
• Id i
• Identifica
• Etiquetar o nfinados que necessitem de uma Autorização de Entrada.
• Efectuar a
entrad Permissão de Entrada, continuam a ser válidas, ou
b. Responsabilidades e necessidades de treino do Chefe de Secção / CDPE
O f ser responsável pelo seguinte:
•
•
• hadores no EC, os testes necessários
• anutenção de todo o equipamento necessário para as operações de
• afixada à entrada do EC,
• orização de Entrada quando:
• e entrada num EC, e a intervalos
de tempo determinados pelos riscos e operações que estão a ser desenvolvidos no EC, se
Atribuições do Responsável pela Segurança e Higiene no Trabalho:
sável pela Segurança e Higiene no Trab
s pelo seguinte:
r e actualizar as Instruçõ
onfinados;
tir o cumprimento com o que foi determinado n
periódicas dos locais de entrada nos ECs e cancelar as Permissões de Entrada onde forem
observadas condições inseguras;
• Auxiliar os Chefes de Secção, Chefes de Serviço e Supervisores com:
Promovendo o treino como descrit
ent ficação dos espaços confinados;
ção dos espaços que necessitam de Autorização de Entrada;
s Espaços Co
nualmente uma análise de estudo de modo a assegurar-se de que todas as
as em ECs, Sem Necessidade de
necessitam de ser alteradas.
Che e de Secção, ou o seu representante, deverá
Identificar os EC dentro do navio ou da área sob o seu controlo;
• Identificar os perigos dentro dos EC sob seu controlo;
Garantir por escrito, assinando a autorização de entrada no EC, que todas as instruções
necessárias para a entrada no EC específico são cumpridas;
Assegurar-se de que, antes da entrada dos trabal
para as atmosferas do EC foram realizados e que os resultados foram registados na
Autorização de Entrada;
Obter e efectuar a m
entrada em EC;
Autorizar a entrada, assinando a folha de Autorização de Entrada
assim que forem reunidas as condições para se realizar uma entrada em segurança no EC.
Dar por finda a entrada e cancelar a Aut
a. As operações de entrada no EC, cobertas pela Autorização de Entrada, tiverem
terminado;
b. Se verificar que existem, ali ou próximo do EC, uma ou mais condições (descritas na
Autorização de Entrada) impeditivas de se realizar um trabalho naquele EC.
Decidir, sempre que for transferida a responsabilidade d
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 110 ORIGINAL
as condições de entrada e a ordo com o pré-
estabelecido na Autorização de Entrada inicial.
c. Responsabilidades e necessidades de treino dos Trabalhadores
star associados ao EC, incluindo o
entrada aceitáveis;
c. Equipamento de comunicações necessário para que sejam mantidas comunicações
o Vigilante;
d. Equipamento de Protecção Individual, de acordo com as necessidades;
ncia conforme necessário;
uizar sobre a necessidade
Sair do EC o mais depressa possível sempre que:
a. O Vigilante ou o Chefe de Secção tenha dado uma ordem de saída;
toma de perigo ou de exposição a qualquer
situação de risco.
c. O Trabalhador detecte uma condição de entrada proibida;
me de evacuação.
permanência no EC se mantém de ac
Autorizados
O(s) Trabalhador(es) Autorizado(s) a entrar num EC deverá(ão) receber treino e ser
responsável(is) pelo seguinte:
• Ter conhecimento dos perigos e riscos que poderão e
modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição;
• Uso apropriado de equipamento, o qual inclui:
a. Equipamento de teste e monitorização de atmosferas perigosas;
b. Equipamento de ventilação/extracção necessário para a obtenção de condições de
com
e. Equipamento de iluminação, de acordo com as necessidades;
f. Barreiras de protecção;
g. Equipamento necessário para entrada e saída em segurança (p.ex., escadas);
h. Equipamento de resgate e equipamento de emergê
i. Qualquer outro equipamento necessário para a entrada em segurança e resgate a
partir de ECs se necessidade de Autorização de Entrada.
• Manter comunicações com o Vigilante a fim de permitir verificar o estado de saúde do
Trabalhador Autorizado e permitir assim que o Vigilante possa aj
de evacuação do EC.
• Alertar o Vigilante sempre que:
a. O Trabalhador reconhece qualquer sintoma de perigo ou de exposição a qualquer
situação de risco, ou
b. O Trabalhador detecte uma condição de entrada proibida.
•
b. O Trabalhador reconhece qualquer sin
d. For activado algum alar
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 111 ORIGINAL
) a desempenharem funções de vigilância deverá(ão) receber treino
ser responsável(is) pelo seguinte:
• Ter conhecimento dos perigos e riscos que poderão estar associados ao EC, incluindo o
modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição.
• Ser conhecedor dos possíveis efeitos da exposição nos Trabalhadores.
• Manter um registo actualizado e completo do(s) Trabalhador(es), de modo que identifique
correctamente e inequivocamente quantos lá estão e qual a sua identificação.
• Permanecer no exterior do EC enquanto ali decorrerem trabalhos, até que seja rendido por
outro Vigilante também credenciado.
• Tentar efectuar um resgate sem entrar para o interior do EC, se todo o equipamento estiver
presente no local e se o isco maior para o Trabalhador ou
para o Vigilante.
• s necessárias comunicações com os Trabalhadores Autorizados a fim de verificar
der, em caso de necessidade, alertá-los da necessidade de
tro e fora do EC e determinar se se mantêm as condições de
ordenar
uintes condições:
a. O Vigilante detecta qualquer condição proibitiva;
b. O Vigilante detecta nos Trabalhadores comportamentos ou sintomas resultantes da
exposição aos riscos existentes no EC;
c. O Vigilante detecta qualquer situação no exterior do EC que possa colocar em risco
os Trabalhadores no EC;
d. Se o Vigilante não puder cumprir com eficácia e em segurança qualquer das suas
responsabilidades descritas neste documento.
• Chamar a Equipa de Resgate e outros serviços de emergência assim que detectar que
haja algum Trabalhador que necessite de auxílio para evacuação.
• Tomar as seguintes acç ão autorizada se aproxime, tente
entrar ou tenha entrado num EC:
e. Prevenir a pessoa não autorizada de que deverá manter-se afastada do EC;
autorizadas de que têm de sair imediatamente caso tenham
entrado no EC;
g. Informar os Trabalhadores Autorizados e o Chefe de Secção caso alguém não
terior do
EC.
d. Responsabilidades e necessidades de treino do Vigilante
A(s) pessoa(s) autorizada(s
e
resgate não representar um r
Manter a
os seus estados de saúde e po
evacuar do EC.
• Monitorar as actividades den
segurança para a permanência dos Trabalhadores no EC ou se deve
imediatamente a evacuação do EC caso sejam observadas as seg
ões quando qualquer pessoa n
f. Advertir as pessoas não
autorizado tenha entrado no EC.
• Não realizar quaisquer outros trabalhos que possam interferir com as suas funções
primárias que são vigiar e proteger os Trabalhadores Autorizados que estão no in
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 112 ORIGINAL
s
• Voltar a entrar no EC por qualquer razão depois de ter sido completado o trabalho. Isto só
cção, depois de verificar que a
• Não tomar as precauções adequadas antes de tentar resgatar uma vítima no interior do
cabo
• Supor que consegue, sustendo a respiração, entrar num EC sem ventilação por um curto
espaço de tempo, sem usar a protecção respiratória adequada;
interior do EC criando uma atmosfera tóxica e
combustível/explosiva;
• Utilização de uma máscara apenas filtrante (com filtro anti-partículas e anti-gases) em vez
o assinalar e não proteger a zona de entrada para um tanque cuja abertura esteja
risco de queda.
e. Falhas que podem originar acidente
No procedimento de entrada em EC, podem ocorrer as seguintes falhas:
deve acontecer com a autorização do Chefe de Se
atmosfera não se tornou entretanto perigosa e que o trabalhador que entra usa dispositivos
de protecção respiratória e de fuga adequados;
EC, por exemplo não usar uma máscara de respiração autónoma e um arnês com
linha de vida;
• Utilização de solventes no
de uma máscara com tomada de ar fresco à distância ou um aparelho de respiração
autónomo num EC com insuficiência de oxigénio;
• Nã
situada no pavimento, o que envolve
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 113 ORIGINAL
CAPÍTULO 10
Riscos eléctricos
A electricidade é a forma de energia mais discreta que existe. Por ter uma aparência passiva –
, não tem cheiro – impõe que os procedimentos técnicos e administrativos para evitar
sejam muito ri
não se vê
acidentes gorosos, e que haja uma preparação adequada de todas as pessoas, sem
excep ,
As anutenção e a utilização que lhes é dada –
alientando as ligações à terra de protecção (quando aplicável), o respeito das capacidades de carga
dos circuitos eléctricos, e a utilização de aparelhos mentos homologados – são, juntamente
com a informação das pessoa corrente eléctrica.
1001. De iç
ção para que saibam reconhecer e evitar os seus perigos.
características das instalações, a sua m
s
e equipa
s, factores essenciais para a prevenção dos riscos da
fin ões
Para uma boa compreensão dos riscos associados à exposição à electricidade, será
neces io
•
ergia eléctrica numa instalação eléctrica.
• da electricidade
• o resultante da passagem da corrente eléctrica no corpo humano.
Electrização: termo que designa o conjunto de manifestações fisiológicas devidas à
• Electrocussão: termo que designa a morte produzida pela passagem de uma corrente
eléctrica no corpo humano.
1002. m a electricidade
sár compreender os seguintes conceitos:
Perigo Eléctrico: fonte de possíveis danos corporais ou prejuízos para a saúde devidos à
presença de en
• Risco Eléctrico: associação da probabilidade com grau de possíveis danos corporais ou
prejuízos para a saúde para uma pessoa exposta a um perigo eléctrico.
Acidente Eléctrico: é um acontecimento não planeado no qual a acção
resulta num dano pessoal ou na probabilidade de tal ocorrência.
Choque eléctrico: defeit
•
passagem da corrente eléctrica através do corpo humano.
Tipos de contactos co
que a pessoa entra em contacto com uma parte activa sob tensão da
instala ão (materiais e equipamentos). Exemplos:
• Contactos com dois condutores activos;
• Contacto com um condutor activo e uma massa.
a. Contactos directos
São aqueles em
ç
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 114 ORIGINAL
Massa: p ão é uma parte activa mas que pode ser colocada sob tensão
em ca lamento).
arte condutora acessível que n
so de defeito (iso
FN
Ih
Rh
Rth
U
Rn
FN
Ih
Rh
Rth
U
Rn
FNFN
Ih
Rh
RthRn
U
Figura 73 – Contacto directo
b. Contactos indirectos
São aqueles em que a pessoa entra em contacto com massas ou elementos condutores postos
acidentalmente sob tensão. Exemplos:
• Contactos com carcaças de motores ou outras máquinas movidas electricamente;
• Contactos com invólucros de aparelhos e ferramentas eléctricas.
FN
U
Rn
Ud
Rm
Uc
Rh
Rth
Ih
FNFN
U
Rn
Ud
Rm
Uc
Rh
Rth
Ih
Figura 74 – Contacto indirecto
1003. Equações do risco eléctrico
a. Lei De Ohm (1ª Equação do Risco Eléctrico)
Quando dois pontos do corpo ficam sujeitos a uma diferença de potencial (U), estabelece-se
entre eles uma corrente eléctrica (I), em que R é a resistência do corpo entre os dois pontos:
RUI =
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 115 ORIGINAL
On I (Ω)
Esta Lei explica porque razão a corrente eléctrica pode atravessar o corpo humano.
b. Lei de Joule (2ª Equação do risco eléctrico)
A passagem duma corrente eléctrica (I) num corpo condutor durante um determinado tempo (t)
desenvolve uma quantidade de energia (W) que se dissipa sob a forma de calor:
Onde, W – Joule (J) → 1 kWh = 3,6x106 Joule; R – Ohm; I – Ampere (A); t – segundos.
Esta Lei explica porque razão a corrente eléctrica provoca queimaduras no corpo humano.
1004. Resistência do corpo humano
de, – Ampere (A); U – Volt (V); R – Ohm
tIRW .. 2=
As diferentes partes do corpo humano (pele, sangue, músculos, tecidos e articulações)
representam para a corrente eléctrica uma certa impedância composta por elementos resistivos e
capacitivos.
Os valores destas impedâncias dependem de:
• Trajecto da corrente;
• Tensão d
• Tempo de passagem da corrente;
• Frequência;
•
e contacto;
Estado de humidade da pele;
• Superfície de contacto;
• Pressão de contacto;
• Temperatura.
R= Rpe+Ri+Rps
Ri= Resistência interna.
Rps= Resistência da pele no ponto de saída
do corpo humano
Onde,
R= Resistência total do corpo humano.
Rpe= Resistência da pele no ponto de entrada.
Figura 75 – Resistência
Para frequências utilizadas em cenários industriais despreza-se o efeito capacitivo da pele e a
impedância do corpo mão-pé, reduz-se à resistência de 1000 Ω.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 116 ORIGINAL
que a pele está seca (sem humidade, incluindo suor);
s pés molhados ao ponto de desprezar a resistência da
A resistência eléctrica do corpo humano varia em função da tensão suportada e do estado de
humidade da pele, sendo consideradas as seguintes condições:
• Secas: condições em
• Húmidas (considerações habituais): corresponde à pele húmida pela transpiração e ao
contacto entre uma mão e dois pés no solo, sem ter em conta a presença de calçado;
• Molhadas: corresponde às condições de pele molhada e ao contacto entre duas mãos e os
dois pés no solo (consideram-se o
pele dos pés;
• Imersão: corresponde a situações em que a resistência da pele é desprezável, havendo
apenas a considerar a resistência interna.
Figura 76 – Resistência do corpo humano
a. Tensão limite convencional de segurança
É o valor máximo da r indefinidamente
sem perig . São definidos os seguintes valores:
• ca-se a instalações previstas para alimentar apenas
óveis que não possuam massas susceptíveis de serem
ortáteis com massas acessíveis;
tensão de contacto presumida que uma pessoa pode suporta
o
UL = 50 V (condições normais): apli
aparelhos de utilização fixos ou m
empunhadas;
• UL = 25 V (condições molhadas): aplica-se a instalações previstas para alimentar
aparelhos de utilização fixos ou móveis que possuam massas susceptíveis de serem
empunhadas ou aparelhos de utilização p
• UL = 12 V (condições imersas): aplica-se a instalações previstas para alimentar aparelhos
em situações imersas.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 117 ORIGINAL
1005. Consequências do risco eléctrico sobre as instalações
Sobreintensidade:
1006. Consequências do risco eléctrico sobre o corpo humano
a. Origem dos riscos eléctricos
•
a. Sobrecarga;
b. Curto-circuito;
• Electricidade estática;
• Faíscas.
b. Efeitos destrutivos
• Incêndio;
• Explosão;
• Esforços dinâmicos (curto-circuito).
A passagem da corrente eléctrica, através do corpo humano, pode determinar numerosas alterações
e lesões temporárias ou permanentes.
A corrente eléctrica produz uma acção directa sobre os vasos sanguíneos, sobre o sangue e sobre as
células nervosas e pode determinar alterações permanentes no sistema cardiovascular, na actividade
cerebral e no sistema nervoso central. Pode, ainda, ocasionar danos nos aparelhos: auditivo, visual,
etc.
Os perigos que as pessoas correm q s pela corrente eléctrica dependem
essen ente da sua intensidade e do tempo de passagem. Esta corrente depende da tensão de
contacto que se aplica sobre esta pessoa, assim como da impedância encontrada pela corrente ao
longo do seu caminho no corpo humano. Esta relação não é linear, porque a impedância depende do
trajecto, da frequência da corrente e da tensão de contacto aplicada assim como do estado de
humidade da pele.
a. Origem dos riscos eléctricos
• Electricidade da instalação:
• Contacto com a electricidade;
• Arco eléctrico;
• Descarga atmosférica.
uando que são atravessada
cialm
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 118 ORIGINAL
b. Efeitos sobre o corpo humano
EFEITO TÉRMICO
PELA CORRENTE (electrotérmica)
POR ARCO ELÉCTRICO
EFEITO EXCITO-MOTOR
PERC0,5 mA, limia
EPÇÃO r da percepção
ara 95% das pessoas cutânea p
FIBRILHAÇÃO VENTRICULAR 50mA, 1 segundo, provável início
para 5% das pessoas
PARAGEM RESPIRATÓRIA 25mA, reversível se não durar
mais de 3 minutos
TETANIZAÇÃO 10mA, limiar do não largar para
95% das pessoas
SAFANÃO/REJEIÇÃO Acontece aos 5mA para 95%
das pessoas
INIBIÇÃO DOS CENTROS NERVOSOS
mA)
0
25 mA
2000 mA
,5 mA
(2000
5 mA
10 mA
50 mA
(fototérmica)
QUEIMADURAS 2 Eritema para 10mA/mm
Carbonização para
70mA/mm2
limiar de percepção – Valor mínimo da corrente sentida por uma pessoa atravessada pela
mesm – depende de vários parâmetros. Entre eles destacam-se:
• A superfície do corpo;
• As condições de contacto (superfície de contacto, pele seca, ou húmida, pressão, etc.);
• As características fisiológicas do indivíduo.
Segundo a publicação 479-1 CEI 1984, a corrente de 0,5 mA constitui o limite de percepção
para correntes alternadas de frequência compreendida entre 15 Hz e 100 Hz. Em corrente contínua, o
limite é de 2 mA.
Quando a mão é atravessada por corrente contínua, a pessoa tem uma ligeira sensação de
calor, enquanto a estimulação dos centros nervosos, por uma corrente alternada, se traduz por uma
leve sensação de formigueiro.
d. Limiar de não largar - tetanização
Sob a acção de um estímulo eléctrico, o músculo contrai-se para, depois, regressar ao estado
de repouso. Se ao primeiro estímulo se seguirem outros, periodicamente intervalados, a força de
Figura 77 – Efeitos fisiológicos da passagem de corrente eléctrica
c. Limiar da percepção
O
a
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 119 ORIGINAL
contracçã o rogressiva, originando uma contracção que se designa
por tetânica ou tetanização. Se a frequência do estímulo ultrapassar um certo limite, o músculo é
levado à contracção completa.
Se o fenómeno descrito acontece em corrente alternada, o contacto da vítima com o objecto
em tensão, perdura no tempo e pode produzir asfixia, conduzindo, eventualmente, a um estado de
inconsciência. A corrente contínua pode também produzir tetanização se forem suficientes a sua
intensidade e o tempo durante o qual actua.
O valor mais elevado da corrente para a qual uma pessoa é, ainda, capaz de largar o objecto
em tensão com que está em contacto é o “Limiar de não largar”. Este valor, variável de pessoa para
pessoa, é menor para as mulheres, crianças e para indivíduos de reduzido peso, os quais são, em
geral, mais sensíveis à corrente eléctrica.
O limite de tetanização, considerado pela CEI, para uma corrente alternada de frequência entre
15 Hz e 100 Hz é de 10 mA. Em corrente contínua (CC) o limiar é mais elevado e im ciso, não
sendo possível d imadamente 300
mA. O corpo humano tem maior sensibilidade à corrente alternada entre as frequências de 50 a 60
Hz.
o d músculo aumenta de maneira p
pre
efinir um “limiar de não largar” para intensidades inferiores a aprox
Figura 78 – Sensibilidade do corpo humano à frequência
e. Paragem respiratória
nferiores aos acima indicados para o “limite de não largar”
produ spiratórias e sinais de asfixia. A passagem da corrente
determina u iração ou uma paralisia dos centros
nervosos qu
rapidamente, o risco de morte por asfixia. Por isso, é
fundamenta 3 a 4 minutos) a respiração artificial, a fim de
evitar a asfi irreversíveis no tecido cerebral.
Para correntes eléctricas de valores i
zem nas vítimas dificuldades re
ma contracção dos músculos adstritos à resp
e superintendem à função respiratória.
Se a corrente perdurar, aumenta,
l realizar no mais curto espaço de tempo (
xia da vítima ou, eventualmente, lesões
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 120 ORIGINAL
icular
A contracção das fibras musculares cardíacas é devida a impulsos eléctricos provenientes do
nódulo a do músculo
cardíaco. Est eiro gerador biológico de impulsos eléctricos que comanda o
coração.
rrente eléctrica fisiológica normal se sobrepuser uma corrente eléctrica de origem
externa muitíssimo maior, é fácil imaginar a perturbação que esta última ocasiona no equilíbrio
palmente a nível dos ventrículos.
À actividade eléctrica normal corresponde o pulsar ritmado do músculo cardíaco; sob a acção
a actividade eléctrica perturbadora as fibras passam a contrair-se de maneira desordenada,
surgin
causa de morte por acção da corrente eléctrica.
nsiderada um fenómeno irreversível, isto é,
mesm roduziu, ela persistia até ocasionar a morte. Actualmente, com
o recu o parar-se a fibrilhação e, assim, conseguir-se a recuperação da
vítima. No entanto, como já se referiu, é imprescindível não perder tempo na prestação dos primeiros
socorros: Massagem cardíaca e respiração artificial até que o desfibrilhador possa ser utilizado.
Figura 79 – Desfibrilhador
Figura 80 – Fibrilhação ventricular
f. Fibrilhação ventr
sinusal, que é o ponto de origem do potencial que determina a contracção rítmic
e é, portanto, o verdad
Se à co
eléctrico do corpo humano, princi
d
do, então, o fenómeno de fibrilhação ventricular.
Este fenómeno constitui a principal
A fibrilhação ventricular foi, durante muito tempo, co
o que cessasse a causa que a p
rs ao desfibrilhador, pode
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 121 ORIGINAL
Pro provocam maiores riscos de fibrilhação
ventricular, afectan
• Mão esquerda – Pé esquerdo, pé direito ou os dois pés;
stiver húmida ou suada, ou os pés molhados, a
tensidade da corrente pode assumir valores muito elevados, produzindo efeitos gravíssimos no
organismo.
vou-se que os percursos mais perigosos (os que
do o coração) são:
• Duas mãos – Dois pés;
• Peito – Mão direita;
• Peito – Mão esquerda.
Se a superfície de contacto do corpo e
in
Figura 81 – Percursos de passagem da corrente
frequente dos acidentes devido à
electricidade.
A gravidade das queimaduras eléctricas está associada aos seguintes parâmetros físicos:
• Tensão;
• Intensidade de corrente;
• Tempo de passagem da corrente.
Deve notar-se que as queimaduras eléctricas devidas a correntes de alta tensão são
particularmente graves, pois, para além das queimaduras nos pontos de contacto, podem surgir
queimaduras profundas ao longo do trajecto da corrente eléctrica, ao nível das massas musculares,
dos tendões, etc.
Figura 82 – Graus de queimadura (1º, 2º e 3º)
g. Queimaduras
As queimaduras representam a consequência mais
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 122 ORIGINAL
h. Curvas de Segurança
Figura 83 - Zonas dos efeitos provocados pela corrente alternada
Curva
A: Limiar das
L
c1: ricular (percurso da corrente: mão esquerda – pés)
Zonas:
1: Habitualmente nenhuma reacção;
2: Habitualmente sem efeito fisiológico perigoso;
3: Habitualmente sem risco de fibrilhação (efeitos reversíveis até 2 segundos);
4: Risco de fibrilhação (a partir de c1):
c1-c2: Provável até 5% das pessoas;
c2-c3: Provável até 50%;
> c3: Provável
1007.
s:
contracções musculares ou da percepção;
B: imiar da tetanização reversível (I = 10+10/t);
Limiar da fibrilhação vent
acima de 50%.
Causas dos acidentes de origem eléctrica
Distinguem-se dois tipos de causas:
• Causas Directas (exemplos):
a. Defeito de isolamento da instalação eléctrica;
b. Contacto acidental com uma peça sob tensão;
• Causas Indirectas (exemplos):
c. Ligação súbita à rede de alimentação;
d. Falta inesperada de electricidade.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 123 ORIGINAL
1008. Medidas de segurança
As medidas de segurança, normalmente classificam-se em dois grandes grupos:
• Medidas informativas;
• Medidas de protecção.
1009. Medidas informativas
São aquelas que de algum modo avisam e fazem conhecer a existência dos riscos da
electricidade. Entre elas, podem citar-se:
• Sinais de proibição, p
• Instru
• Normas de segurança.
recaução ou informação;
ção do pessoal;
1010. Medidas de protecção
São aquelas cujo objectivo é p ectricidade.
Podem ser divididas em:
a. Medidas de protecção pessoais
Considera-se importante destacar as seguintes:
• Plataformas isolantes;
• Luvas isolantes;
• Tapetes isolantes;
• Capacetes;
• Luvas para manobras de seccionadores;
• Ferramentas isolantes;
• Emprego de encravamentos de segurança (lockout) e de etiquetagem (tagout) de aviso em
disjuntores ou interruptores.
roteger o indivíduo dos riscos da el
• Pessoais;
• Nas instalações;
• Outras medidas.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 124 ORIGINAL
b. M
te em prevenir todo o risco de contacto directo com um
objecto sob tensão, devendo ser re
a construção do equipame
• N
edidas de protecção das instalações
(1) Meios de protecção contra contactos directos
É a primeira forma de protecção e consis
alizada:
• N nto eléctrico;
a realização da instalação eléctrica.
Figura 84 – Medidas de protecção contra contactos ctos
O emprego de dispositivos diferenciais, de corrente residual estipulada não superior a 30mA, é
reconhecido como medida de protecção complementar em caso de falha de outras medidas de
protecção para contactos directos ou em casos de imprudência dos utilizadores. Os dispositivos
diferenciais deverão ser de alta sensibilidade (6, 12 ou 30 mA).
dire
Figura 85 – Medidas complementares - disjuntor diferencial de alta sensibilidade
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 125 ORIGINAL
(2) Meios de protecção contra contactos indirectos
A protecção contra contactos indirectos poderá ser realizada com ou sem corte automático da
instalação.
(i) Sem corte automático da instalação
• Empregar material de classe II (simbolo );
• Afastamento ou interposição de obstáculos isolantes;
• Ligações equipotenciais;
• Protecção por separação eléctrica do circuitos (ex: transformador de separação 230/230 –
símbolo );
• Protecção por tensão reduzida (transformador de separação secundária - Un < 50V)
(ii) Com corte automático da instalação
• Ligação à terra de todas as massas dos equipamentos eléctricos e de todos os elementos
condutores acessíveis (duas massas simultaneamente acessíveis devem ser ligadas a uma
mesma tomada de terra);
• Colocação fora de tensão, da parte onde se produzir um defeito de isolamento, através de
um dispositivo de protecção (estes dispositivos de protecção devem funcionar num tempo
compatível com a duração
Emprego de dispositivo diferencial de alta sensibilidade (I∆n ≤ 30mA) para os circuitos de:
c. Tomadas de corrente em instalações temporárias.
• Emprego de dispositivo diferencial de sensibilidade (I∆n ≤ 500 mA) em locais classificados
com risco de incêndio.
0,1150
0,2110
0,480
0,570
150
525
s
máxima da tensão de contacto).
•
a. Tomadas de corrente estipulada ≥ 32A qualquer que seja o local.
b. Tomadas de corrente em locais molhados qualquer que seja a corrente estipulada.
0,05230
0,03280
Tempo Máximo de Actuação do Aparelho de Corte (s)
Uc (V)
0,03280
0,1150
0,2110
0,480
0,570
150
525
0,05230
Tempo Máximo de Actuação do Aparelho de Corte (s)
Uc (V)
Figura 86 – Tempos de actuação dos aparelhos de corte
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 126 ORIGINAL
O esquema do sistema de ligações à terra (ou regime de neutro) caracteriza pode ser dividido
em T-
colocação à terra das massas das utilizações.
escolha de ligações condiciona as medidas de protecção das pessoas contra os contactos
indirectos. Em critérios de segurança das pessoas, os três sistemas são equivalentes se todas as
regras da Os imperativos de continuidade de serviço e de condições de
explor
vão ligar todas as massas ou invólucros
c. Sistemas de terra de protecção
T, I-T, T-N, caracterizando:
• O modo de ligação à terra de um dos pontos da alimentação (geralmente o neutro).
• A forma de
A
instalação forem cumpridas.
ação que determinam a ou as escolhas dos sistemas de ligação à terra (ou regime de neutro).
• Terra Serviço: é o eléctrodo de terra onde vai ligar o neutro da instalação eléctrica.
• Terra de Protecção: é o eléctrodo de terra onde
dos equipamentos eléctricos da instalação.
Figura 87 – Sistema de protecção de terra
(1) Ligações equipotenciais
Uma ligação equipotencial supõe igualar as tensões existentes entre duas massas distintas. Se
estas massas são acessíveis simultaneamente e estão ligadas equipotencialmente quando se produz
um defeito a tensão a que ficariam as massas em relação à terra será a mesma.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 127 ORIGINAL
Terra de protecção
Eléctrodo de
Condutor de
rincipal erra
Condutor principal de protecção
terra
terra
Terminal pde t
Barramento de terra do quadro de entrada
Quadro de entrada
Condutores de protecção
Terra de protecção
Condutor de
rincipal erra
Condutor principal de protecção
Terminal pde t
Barramento de terra do quadro de entrada
terra
Eléctrodo de terra
Quadro de entrada
Condutores de protecção
rra (rede T-T). Nos transformadores de distribuição ocorrem por vezes contactos
eléctri s entre o enrolamento de alta tensão e o de baixa tensão, se o neutro do lado da baixa
ação de baixa tensão adquiriria a tensão do lado da alta.
Figura 88 – Ligação equipotencial
Em Portugal o Regulamento de Instalações de Baixa Tensão obriga a ligação do neutro
rigidamente à Te
co
estivesse isolado da terra, toda a instal
Primário
Neutro
Secundário
PE
Equipamento trifásico
aa
b
cn
Equipamento monofásico
PE
Eléctrodo de terra de protecção
Eléctrodo de terra de serviço
Primário
Neutro
Secundário
PE
Equipamento trifásico
aa
b
cn
Equipamento monofásico
PE
Eléctrodo de terra de protecção
Eléctrodo de terra de serviço
equipamentos contra contactos eléctricos.
O neutro está ligado directamente à terra e as massas são ligadas
directamente à terra através de eléctrodos próprios e distintos do neutro.
Figura 89 – Esquema de ligação T-T
(2) Protecção de equipamentos eléctricos
De acordo com a norma CEI 576, são estabelecidas as seguintes classes de protecção de
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 128 ORIGINAL
CLASSES DE ISOLAMENTO
CLASSE DESCRIÇÃO SÍMBOLO
Classe I
A protecção contra choques eléctricos não reside apenas no
isolamento básico. O equipamento dispõe de ligador de massa
para ligar as partes condutoras acessíveis à terra, através de um
condutor de protecção (condutor de terra).
Classe II
ásico. O equipamento dispõe de dois níveis de
A protecção contra choques eléctricos não reside apenas no
isolamento b
isolamento, um dos quais cobre por completo o invólucro exterior
de modo que não existem acessíveis peças condutoras
susceptíveis de ficar em tensão.
Cla
III
ctricos destes equipamentos
res a essas não são produzidas.
sse
reside na alimentação a tensão reduzida de segurança, e nos
quais tensões superio
A protecção contra choques elé
Figura 90 – Classes de isolamento de equipamentos eléctricos
De forma a proteger os equipamentos contra entrada de objectos estranhos (poeiras,
ferram ntas, água), são estabelecidas as seguintes classe de protecção IP (ingress protection). e
IP ?
Protegido contra corpos sólidos superiores a 50 mm.
ex.: contactos involuntários das mãos1
Protegido contra corpos sól
ex.: dedo da mão2idos superiores a 12 mm.
Protegido contra corpos sólidos superiores a 2,5 mm.
ex.: ferramentas3
1º Dígito: P ãrotecç o contra corpos sólidos50 mm
12 mm
2,5 mm
IP ?
Protegido contra corpos sólidos superiores a 50 mm.
ex.: contactos involuntários das mãos1
Protegido contra corpos sól
ex.: dedo da mão2idos superiores a 12 mm.
3
1º Dígito: P ãrotecç o contra corpos sólidos
Protegido contra corpos sólidos superiores a 2,5 mm.
ex.: ferramentas
50 mm
12 mm
2,5 mm
4
5
6
1 mm
Protegido contra corpos sólidos superiores a 1 mm.
ex.: Ferramentas de pequena dimensão
Protegido contra poeiras.
Sem sedimentos prejudiciais
Totalmente protegido contra poeiras
4
1 mm
Protegido contra corpos sólidos superiores a 1 mm.
ex.: Ferramentas de pequena dimensão
Protegido contra poeiras.
Sem sedimentos prejudiciais
Totalmente protegido contra poeiras
5
6
7 Protegido contra a imersão.
1 m
15 cm mín
8 Protegido contra os efeitos prolongados de imersão sob pressão.
m
7 Protegido contra a imersão.
1 m
15 cm mín
8 Protegido contra os efeitos prolongados de imersão sob pressão.
m
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 129 ORIGINAL
1
2
3
Protegido contra queda vertical de gotas de água
ex.: condensação
15º
60º
Protegido contra queda de água até 15º da vertical
Protegido contra água da chuva até 60º da vertical
2º Dígito: Protecção contra líquidos IP ?
1
2
3
Protegido contra queda vertical de gotas de água
ex.: condensação
15º
60º
Protegido contra queda de água até 15º da vertical
Protegidovertic
2º Dígito: Protecção contra líquidos
contra água da chuva até 60º da al
IP ?
4
5
6
Protegido contra projecções de água em todas as direcções
Protegido contra lançamento de água em todas as direcções
Protegido contra lançamento de água similar a golpes de mar
4
5
6
Protegido contra projecções de água em todas as direcções
Protegido contra lançamento de água em todas as direcções
Protegido contra lançamento de água similar a golpes de mar
1
2
Energia de choque = 0,225 Joules
3
150 gr
15 cm
250 gr
15 cm
250 gr
20 cm
Energia de choque = 0,500 Joules
Energia de choque = 0,375 Joules
3º Dígito: Protecção mecânica IP ?
1
2
Energia de choque = 0,225 Joules
3
150 gr
15 cm
250 gr
15 cm
Energia de choque = 0,375 Joules
3º Dígito: Protecção mecânica IP ?5
7
9
Energia de choque = 2,00 Joules
40 cm
Energia de choque = 6,00 Joules
Energia de choque = 20,00 Joules
1,5 Kg
40 cm
5 Kg
250 gr
20 cm
Energia de choque = 0,500 Joules40 cm
5
7
9
Energia de choque = 2,00 Joules
40 cm
Energia de choque = 6,00 Joules
Energia de choque = 20,00 Joules
1,5 Kg
40 cm
5 Kg
40 cm
Figura 91 – Protecção IP
De acordo com a normalização aplicável, os equipamentos eléctricos poderão ser protegidos
de forma a poderem ser utilizados em zonas onde se poderão formar atmosferas potencialmente
xplosivas. e
Evita as causas de ignição
Evita o contacto entre a atmosfera explosiva e o equipamento eléctrico
Segurança intrínseca ‘i’
Segurança aumentada ‘e’
Sobrepressão interna ‘p’
Imersão em pó ‘q’
Imersão em óleo ‘o’
Encapsulagem ‘m’
ATMOSFERA EXPLOSIVA
Evita as causas de ignição
Evita o contacto entre a atmosfera explosiva e o equipamento eléctrico
Segurança intrínseca ‘i’
Segurança aumentada ‘e’
Sobrepressão interna ‘p’
Imersão em pó ‘q’
Imersão em óleo ‘o’
Encapsulagem ‘m’
ATMOSFERA EXPLOSIVA
?
Evita a transmissão da explosão
Evita o contacto entre a atmosfera explosiva e o equipamento
Envolvente antideflagrante ‘d’
Evita as causas da ignição eléctrica ‘n’
Selagem hermética ‘h’
Protecção especial ‘s’Condições especiais
?
Evita a transmissão da explosão
Evita o contacto entre a atmosfera explosiva e o equipamento
Envolvente antideflagrante ‘d’
Evita as causas da ignição eléctrica ‘n’
Selagem hermética ‘h’
Protecção especial ‘s’Condições especiais
Figura 92 – Protecção de equipamentos contra atmosferas explosivas
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 130 ORIGINAL
1011. Risco de incêndio devido à corrente eléctrica
Nas instalações onde existe g s inflamáveis, a corrente eléctrica,
pode estar na origem dos incêndios, normalmente devido a sobreaquecimentos, arcos eléctricos,
entre
-circuito: quando se tocam dois condutores entre os quais existe uma determinada
ça de potencial e entre os quais a resistência é muito pequena ou nula. Esta
situação que p v
pre, a fusão do
• de isolamento: Devidos à má execução da instalação ou de equipamentos
eléctricos, ao env
ligação, permitindo trilhado ao fazê-lo passar
através de uma o
• Resistência de con através de contactos imperfeitos,
s a
m da c e
rande número de substância
outras causas.
a. Sobreaquecimento
As principais causas de sobreaquecimento, são as sobreintensidades, ou seja, correntes
eléctricas de intensidade excessiva, em relação ao valor calculado para o respectivo condutor. Estas
sobreintensidades, por sua vez, podem ter origens diversas:
• Sobrecargas: quando a corrente que percorre o condutor é superior à intensidade para a
qual ele foi projectado (intensidade nominal). Esta situação ocorre habitualmente quando
se ligam cargas em excesso.
• Curto
diferen
ro oca a passagem instantânea de correntes de valor elevado provoca,
s condutores acompanhada de pequenas explosões. quase sem
Defeitos
elhecimento do material, ou ao tratamento negligente dos cabos de
, por exemplo, que o cabo eléctrico fique
p rta que posteriormente seja fechada.
tacto: resultante de ligações eléctricas
como ligaçõe
passage
m l apertadas ou terminais soltos, provocando uma resistência elevada à
orr nte.
Figura 93 – Sobrecargas
Figura 94 – Sobrecar Figura 95 – Mau isolamento gas
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 131 ORIGINAL
eléctrico
O ue pod em a partir
de:
• trabalhos de soldadu
zidas ento eléctrico;
zidas pel scargas atmosféricas.
ão co
Poderá ser motivado po
• calib ç
libraç
ia de
fer e
O m equipa
in nd e
lâmpada s, e as
antideflag
1012. E es i
b. Arco
arco eléctrico q e estar na origem de muitos incêndios e que pode ter orig
ra;
• faíscas produ
• faíscas produ
c. Protecç
pelo funcionamento anormal (ou normal!) de equipam
a a e por de electricidade estátic
ntra sobreintensidades fora de serviço ou sobrecalibrada
r:
Deficiente
• Deficiente ca
• Não existênc
ra ão do fusível;
ão do disjuntor;
protecção contra sobreintensidades.
d. Atmos
trabalho co
ios e explosões.
s e tomada
rantes.
as xplosivas
mentos eléctricos em atmosferas explosivas está na origem de muitos
cê N stes locais, os vários componentes da instalação, nomeadamente
ferramentas aí utilizadas devem obedecer a características especiais
lectricidade tát ca
A produção de cargas electrostáticas é um fenómeno natural, associado à própria estrutura
tómica da matéria, que se produz como resultado do movimento relativo entre duas superfícies em
tes, tanto líquidas como sólidas, uma das quais, ou as
Dois são os processos fundamentais na formação de
argas, a sequência contacto-pressão-separação de substâncias e a fricção.
a
contacto, geralmente de substâncias diferen
duas, não é boa condutora de electricidade.
c
++ ++_ _ _ _
Contacto + Pressão+ Separação
Figura 96 – Processo de formação de cargas electrostáticas
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 132 ORIGINAL
constituem nsador ao ficarem carregados, um com carga positiva e outro com outra carga
igual s
armazena ão brusca
media
Ger escargas disruptivas, produzem-se
através do mo não carregado, mas em
contac cia
corres cessária para que se produza uma faísca.
m faísca se produzem numa atmosfera inflamável, é
relativamente fácil que se inicie o incêndio, dado que a energia de activação que libertam costuma ser
superior à que seria necessária para a combustão de gases e vapores, que pode ser da ordem de
o a faísca é gerada por uma diferença de potencial
perior a 1000 V. Para que se produzam incêndios ou explosões devem cumprir-se conjuntamente
ntes condições:
directo com a superfície sólida
atravé
•
•
•
• O arrastamento ou a sedimentação de sólidos num líquido;
Quando corpos condutores estão separados por um isolante ou inclusivamente por ar,
um conde
ma de sinal contrário (negativo). Ao estabelecer uma via condutora liberta-se tal energia
da descarregando-se e produzindo possivelmente uma faísca. É esta recombinaç
nte faísca das cargas separadas que constitui o risco.
almente tais faíscas, denominadas tecnicamente por d
ar entre um corpo carregado electricamente e um corpo próxi
to com a terra, ao encontrarem-se ambos a uma distância muito curta. A uma menor distân
ponde a uma menor tensão que é ne
Quando tais descargas electrostáticas co
0,25 mJ. O perigo de inflamação existe quand
su
as segui
• A existência de uma mistura combustível ou comburente susceptível de explosão ou
inflamação por encontrar-se dentro do seu domínio de inflamabilidade;
• A acumulação de uma carga electrostática o suficientemente alta para criar uma diferença
de potencial geradora de faísca;
• A produção de descarga electrostática (faísca) inicial, de energia suficiente para inflamar
uma mistura perigosa.
Quando duas das substâncias referenciadas na tabela em baixo são friccionadas, as da
posição mais acima na lista normalmente perdem electrões (acumulando uma carga positiva). As da
parte inferior normalmente ganham electrões (acumulando uma carga negativa):
a. Formação da electricidade estática
A produção de cargas electrostáticas durante o transvaze de líquidos inflamáveis produz-se
fundamentalmente pela separação mecânica destes em contacto
s da qual flúem ou sobre a qual se depositam ou agitam. Basicamente as cargas são
produzidas da seguinte forma:
• Ao escoar o líquido por um encanamento e através de filtros, válvulas ou bombas;
Ao sair o líquido projectado através de uma agulheta;
Durante a queda no interior de tanques para o seu enchimento, com o conseguinte
movimento sobre as anteparas, gerando turbulências e salpicaduras;
Ao agitar-se o líquido no interior do tanque que o contém, quer seja em operações de
transporte ou de agitação e mistura.
• O transvase simultâneo de duas fases, como por exemplo, a bombagem de uma mistura
de hidrocarbonetos + água ou de hidrocarbonetos + ar;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 133 ORIGINAL
•
• de bolhas de gás através de um líquido.
A decantação de dois líquidos não miscíveis;
O fluxo ascendente
+ + + + + + + + + + +
+ + + + + + + + + + + + +
+ + + +
+ + +
+ + + +
- - - - - - -
- - - - - - + + + + + + -
- - - - +++++
++
++++
- - - -
- -
+++ ++++
++
++
++ ++
+ - - - -
- - -
- - -
++
- - -
- -
que quando a resistividade
ou re
or será a produção
de ca
ior ou mediante
encanamento superior que alcance o fundo do recipi nte.
Figura 97 - Formação da electricidade estática em fluidos
Na produção de cargas são factores determinantes a resistividade do fluído e a velocidade de
transvaze, embora também são aspectos importantes a forma e o sistema de enchimento dos
recipientes ou tanques. Quanto mais baixa for a resistividade de um líquido, menos perigoso o
deveremos considerar. Embora não exista um limite certo, pode-se afirmar
sistência específica de um líquido for inferior ou igual a 1010 Ωcm, a probabilidade de se
gerarem cargas electrostáticas perigosas é baixa. Os líquidos inflamáveis de estrutura polar como os
álcoois (etílico, propílico, etc), ácidos e bases, éteres, etc. estão dentro deste grupo.
Evidentemente quanto maior for a velocidade de escoamento do líquido, mai
rgas e também maior será esta se o líquido for projectado por aspersão ou pulverização ou se
for vertido a jorro. Quanto ao sistema de enchimento de recipientes ou de tanques, um escoamento
livre por gravidade ou por impulsão a partir de uma abertura superior, gera muitas mais cargas que se
for efectuado mediante bombagem por encanamentos ligados à parte infer
e
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 134 ORIGINAL
CAPÍTULO 11
. O seu objectivo reside na informação, no aconselhamento, na motivação e na
coorde
anização. Esta integração exigirá um elevado grau de
organ
1 E
laboração.
Gestão da Segurança
A função higiene e segurança ou simplesmente prevenção é essencialmente uma função
consultiva
nação, remetendo para a hierarquia a direcção e execução das soluções que propõe.
As medidas de segurança não devem solucionar problemas de forma não sistemática, isto é, à
medida que surgem os acidentes (ou incidentes). Devem, pelo contrário, ser metodicamente
programadas e integradas na gestão da Org
ização da Segurança e Higiene da Organização com vista a uma metodologia de trabalho
consequente, sem intervenções ou correcções isoladas.
A gestão da Segurança pode ser traduzida pelo modelo seguinte, seguindo a orientação vertida nos
princípios de prevenção de acidentes descrito na Lei-Quadro SHST (Decreto-Lei 441/91 de 14 de
Novembro):
• Acções implementadas na fase de concepção, projecto eExemplo A: intervenção de eliminação de perigos aquando da
ção do produto/equipamento/material (Segurança Intrínseca). liminar o concepPerigo
Exemplo B: eliminação de perigos na fase de projecto, aquando do
cimento do lay-out das instalações. estabele
2 • É a etapa mais importante do processo de gestão de riscos, uma vez
• Nesta etapa determinam-se e avaliam-se os riscos que podem estar associados aos perigos identificados.
Avaliação dos
Riscos que é determinante para o sucesso das etapas seguintes.
• Aquando da avaliação dos riscos são estabelecidas as medidas de controlo / correcção / melhoria a implementar, cujo acompanhamento e controlo serão efectuados na etapa de Controlo de Riscos Profissionais.
3
escala), mas os riscos),
a acção subsequente de controlo das Combater os eliminando ou reduzindo toda
• Esta acção evita, não só a sua propagação (ou diminui a também a potenciação de outros riscos (a interacção d
Riscos na
Origem
suas Não Conformidades. • Este princípio inclui-se na óptica da prevenção integrada, em oposição
à prevenção correctiva, que se limita a agir sobre as consequências do risco, normalmente, após a materialização do acidente de trabalho e/ou do desenvolvimento de doenças profissionais.
4
Ad
Tr
álise dos tempos de trabalho (pausas, trabalho nocturno, trabalho por turnos).
aptação do
abalho ao
• Constituem domínio de aplicação deste princípio: ⇒ A concepção dos locais e postos de trabalho; ⇒ A selecção das ferramentas e equipamentos de trabalho; ⇒ A definição dos métodos e processos de trabalho;
Homem ⇒ A adequação dos ritmos de trabalho; ⇒ A an
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 135 ORIGINAL
5
A
E
Ev zacionais e humanas;
tender ao
stado da
olução da
• Para a prevenção de riscos profissionais deverá ser equacionado, permanentemente, o impacte da inovação tecnológica: ⇒ Na componente física do trabalho; ⇒ Nas componentes organi
Técnica ⇒ Nas técnicas de avaliação e controlo dos riscos; ⇒ Nas metodologias de gestão da segurança e saúde do trabalho.
6 pelo que é ⇒ Combater o ri⇒ Atender a
Substituir o que
constitui Perigo
Isento ou Menos
Perigoso
cípio integra-se com outros três princípios: ⇒ Eliminar o perigo;
sco na origem; o estado da evolução técnica.
num esforço permanente de conhecimento dos riscos e de melhoria
• Este prin
das condições de trabalho.
7
Integrar a
Prevenção num
Todo Coerente
• É necessário que a Prevenção se enquadre num Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST), cuja Política integre a concepção, a produção, a organização do trabalho, as condições de trabalho e as relações sociais na Organização.
8
Protecção
Prioridade da
• Princípio que faz a transição da
Colectiva face à
Protecção
Individual
Prevenção para a Protecção. • A utilização de Equipamentos de Protecção Individual (EPI) apenas
deve ocorrer quando as medidas de prevenção existentes não garantem o nível de segurança suficiente (eliminando o perigo ou reduzindo o risco a um Nível Aceitável).
lectiva não for tecnicamente possível ou não se afigurar suficiente, assumindo, a protecção individual, um carácter complementar.
• Os sistemas de protecção colectiva devem ser estabelecidos o mais próximo possível da fonte de risco e traduzir-se num grau de protecção do trabalhador, eficaz.
• Assim a protecção individual só deve ter lugar quando a protecção co
9 Informação e • A importância e pertinência da informação e formação situa-se em
ser perspectivada em Formação todo o quadro de princípios gerais e deverelação a qualquer um deles.
1101. Serviço de higiene e segurança
O Serviço de Higiene e Segurança deve situar-se dentro da organização da Organização na
dependência directa do órgão executivo de mais elevado grau de decisão. A sua chefia deverá estar
a cargo de um técnico de segurança qualificado (com CAP de Técnico Superior SHT) sobretudo nas
grandes organizações. É recomendável um intercâmbio constante entre este serviço e os diversos
departamentos da Organização, que de algum modo possam influir nos aspectos de SHT dos locais
de trabalho, designadamente, Medicina do Trabalho, Recursos Humanos/Pessoal, Engenharia,
ção e de Projecto. Um Serviço de Higiene e Segurança terá, em síntese, as seguintes
tarefas:
Manuten
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 136 ORIGINAL
realização de auditorias
entos “seguros” durante a execução
riais e sistemas de protecção existentes ou a adquirir,
ndividual;
nto de programas de elaboração de propostas de regulamentação interna;
1102 nais
• Análise de riscos (identificação de perigos e avaliação de riscos) e
de rotina;
• Divulgação de informações e alteração de comportam
de trabalhos, especialmente nos recém-admitidos (procedimento de integração);
• Verificação e ensaios de mate
designadamente equipamento de protecção i
• Determinação de objectivos de prevenção para a organização;
• Estabelecime
• Análise de acidentes ocorridos;
• Estatística e controlo de resultados.
. Prevenção de riscos profissio
A prevenção de riscos profissionais é base para a prestação de um trabalho em condições que
proporcionem, dores, quer o alcance do sucesso e bem-estar das
Organ
ir as condições de Segurança e Saúde do
Traba
r o bem-estar no exercício da actividade laboral.
ar se foram interiorizadas as medidas
de prevenção suficientes ou se é necessária uma acção mais estruturada para a prevenção dos
riscos.
o final consiste, pois, em eliminar a possibilidade de quaisquer danos ou lesões,
mediante a id ç s perigos inerentes às activid s desenvolvidas na empresa,
e da análise e hierarquização dos riscos que lhes estão associados.
te s
diversa ções, pelo qu ceitos:
ou fa or
terial de traba ento ou conjunto
mento qu
ões profission r agente químico,
ou ic s
que representam uma fonte de risco;
Risco profissional: é a possibilidade de um trabalhador sofrer um determinado dano
provocado pelo trabalho, ou seja pela exposição a um determinado perigo ou factor de
quer o bem-estar dos trabalha
izações. Através da prevenção de riscos profissionais pretende-se eliminar ou reduzir uma
multiplicidade de situações com incidência técnica, social, médica, psicológica e económica.
O empregador tem a obrigação geral de garant
lho (SST), identificar e avaliar os riscos profissionais, tomar as medidas necessárias para
proteger, eficazmente, os trabalhadores e promove
A avaliação de riscos procede, assim, a um exame detalhado daquilo que, em cada actividade,
pode causar danos para os trabalhadores, por forma a determin
O objectiv
entifica ão do ades e às tarefa
De facto, os
s situa
rmo "perigo" e "risco" nem sempre são utilizados de forma unívoca e nas
e se torna conveniente estabelecer a expressão adequada dos con
• Perigo
ma
ct de risco: é a propriedade ou capacidade intrínseca de um componente
lho, potencialmente causador de danos; trata-se do elem
de ele
les
s e, estando presentes nas condições de trabalho, podem desencadear
ais. Perigo pode ser definido como sendo qualque
biológico fís o (incluindo a radiação electromagnética) ou um conjunto de condiçõe
•
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 137 ORIGINAL
perig nderá do efeito conjugado da probabilidade de ocorrência e
ções ionizantes;
Risco: dependendo das medidas preventivas existentes, do tempo de exposição e da
quantidade de radiação recebida, o trabalhador terá maior ou menor probabilidade de
sofrer uma lesão, co
de Riscos Profissionais constitui o conjunto de medidas adoptadas ou previstas
em toda s da idade da empresa, visando e zir os riscos emergentes do
traba
pos ,
exposiçã ou ma ao perigo, momento em que, numa dada conjugação de
circ nto deto urso
de (p ur
ou, pode até verificar-se que
gra duz a ível o seu controlo (incidente).
O acidente pode definir-se como um evento imprevisto e indesejável, de que resulta a lesão, a
morte, perdas d dade e/ou no ambiente e que se produz numa situação
compl
o e o acontecimento detonador).
As noções de perigo, de exposição, de r detonador e de acidente, permitem-nos
situar a acção preventiva na reendendo a análise
de factores perma s e a análise do conjunto d ariáveis (os factores de
risco) que, na sua conjugação de espaço e de tempo, estão na origem do acidente.
o. A sua qualificação depe
da sua gravidade.
Em seguida apresenta-se um exemplo de perigo e de risco:
• Perigo: exposição de um trabalhador a radia
•
m consequências diversas.
A Prevenção
s as fase
lho.
activ liminar ou redu
Para que se
o de uma
sa então, falar de uma situação de risco torna-se necessário considerar a
is pessoas
unstâncias (eve nador) pode fazer despoletar um acidente que, no termo do seu perc
desenvolvimento erc so acidental), é capaz de provocar um dano de determinada gravidade
o dano não acontece porque foi possível a sua interrupção, ou que a sua
vidade é muito re id porque foi poss
e produção, danos na proprie
exa que compreende elementos permanentes de perigo e elementos variáveis, localizados no
espaço e no tempo (as condições de exposiçã
isco, de evento
detecção e controlo de situações acidentais, comp
nente e condições específicas v
Perigo Exposição
Ri Dano / Perda EveDeto
A PerAcid
nto nador
sco cidente curso ental
Fig 8 – Sequ do acide
Risco residual é o risco que subsiste após a implementação das medidas de prevenção e de
protec
cável, já que é impossível “viver num mundo isento de
riscos”. Quanto mais nã fontes naturais
e a s m geral om bons olhos e aceita cor queno, se tal implicar a
e ição de um risco muito maior.
ura 9 ência nte
O
ção estabelecidas. O Risco Nulo (nenhum risco deverá ser tolerado mesmo que seja muito
pequeno e independentemente dos benefícios que poderão advir para a sociedade) embora
respeitável, é, na prática, utópico e imprati
o seja, existe sempre o chamado risco de fundo, resultante de
ociedade e
liminação ou diminu
vê c rer um risco pe
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 138 ORIGINAL
A gestão de riscos é o pr
ex cos. ma
entradas no processo.
1103. cação de o
ocesso de avaliação e, se necessário, de controlo das fontes de
ção científica fornecida pela avaliação de riscos é apenas uma das posição e dos ris A infor
Identifi perig s e avaliação do risco
A prevenção de riscos profissionais deve ser desenvolvida de acordo com princípios, normas e
program rmitam
trabalhadores, com vista anizar
impacto.
ão de ri rof
progressivo das condiç e de riscos
profissionais. Assim, os riscos avaliados inicialmente por uma Organização não ficam definitivamente
determinados, a
r
reúna
valiação da dose – resposta;
• avaliação da exp
o.
Qualquer organização pode utilizar uma metodol s de avaliar ris uintes
fase
1. Identificar os factores de risco: observar as situações que, no local de trabalho, podem
causar danos, estabelecendo
pessoa q ime
perceptíveis no imediato. As instruções dos fabricante acidentes e
d fissionais ta m
2. Saber quem pode ser objecto mo;
3. Avaliar os riscos e decidir se a são adequadas ou
devem ser adoptadas no m
poder despoletar uma lesão determinar ar medidas
complementares. Há que determinar relativamente a cada situação se o risco
as que pe identificar os riscos para a segurança e saúde a que estão expostos os
os meios adequados, a sua eliminação ou a redução do seu a org
A avaliaç scos p issionais é um processo dinâmico em função do desenvolvimento
trabalho e das investigações científicas em matéria ões d
lterando-se constantemente.
O processo de avaliação de riscos é desenvolvido no sentido de estimar a magnitude do risco
para a segurança e saúde dos trabalhadores, nos locais de trabalho, decorrente das circunstâncias
em que o perigo pode ocorrer, por forma a obter a informação necessária para que o empregado
as condições necessárias para uma tomada de decisão apropriada relativamente à
necessidade de adoptar medidas preventivas, bem como sobre o tipo de medidas a implementar. Em
resumo, pretende-se saber em que medida uma dada situação de trabalho é segura.
O processo da avaliação de risco desenvolve-se, normalmente, em quatro etapas:
• identificação de perigos;
• a
osição;
• caracterização do risc
ogia simple cos, seguindo as seg
s:
como prioridade aquelas qu
ue poderá ter conhec
e possam causar lesões de maior
nto de situações de desvio, não
s e os registos de
vulto. Consultar o l,
oenças pro mbé podem dar um contributo p
de lesões e co
s medidas de prevençã
ara este objectivo;
o existentes
vas edidas – avaliar a probab
, o que irá
ilidade de cada risco em concreto
se é necessário tom
correspondente é alto, médio ou baixo. Deverá ser questionado o cumprimento das
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 139 ORIGINAL
dos da avaliação e
das m
5. Revisão da avaliação: mais tarde ou mais cedo, a organização adquire noas
icativa há que
disposições legais aplicáveis. Se entender que é necessário actuar, deve-se elaborar um
plano de acção e conferir prioridade aos riscos elevados ou que afectem muitas pessoas.
4. Registar a documentação pertinente – deverão ser registados os resulta
edidas de prevenção.
máquinas/equipamentos de trabalho e substâncias ou adopta novas regras, as quais
podem estar na origem de novos riscos. Se houver uma alteração signif
retomar a avaliação para identificar novos riscos.
6. Revisão periódica da avaliação: é uma medida essencial para confirmar a eficácia das
medidas de prevenção.
1104. Métodos de avaliação de riscos
O desenvolvimento dos métodos de análise acompanhou a complexidade das situações de
trabalho. Quando estes eram mais elementares, do ponto de vista organizacional e técnico, os riscos
assumiam um carácter per eram, as visitas, os
controlos e a verificação das condições de trabalho.
Existem métodos qualitativos (APR -A hat if - O que aconteceria
se?, HazOp, FMEA, Carta de R Observ e Activi s, Anális Tarefas, etc.) e
quantitativos (métodos estatísticos, á res lógicas acontecim tos, de causas, de falhas, entre
outros).
Os métod odem também classificar-se em indutivos, qua o se parte d s causas prováveis
de um acontecimento para chegar ao conhecimento s seus efeitos, ou dedutivos quando
se analisa um a nte procuran s desencadeado, ou seja, quando se
parte de efeito para as causas.
a. Método de avaliação de riscos simplificado (MARS)
Este método, desenvolvido pelo INSHT - Instituto Nac e Seguridad e Higiene en el
Traba or Kinney, permite
quantificar a amplitude dos risc
O partida é a cção das não conformidade os locais de trabalho
para e proceder à estimativa da probabilidade de ocorrência de um acidente e, face à
magnitude, avaliar o risco a ca
Tratando-se de infor rien e probabilidade aqui
apurado co dêntico nível, a na s
Para facilitar a sua aplicação, o modelo apresenta os níveis de risco, probabilidade e
consequên gregadas numa esc e
risco", "nível de probabilidade" e "nível de consequências".
manente e material. As metodologias predominantes
nalise Preliminar de Riscos, W
s iscos, ação d dade e de
rvo de en
os p
cide
nd a
do eventuais
do as razõe que o podem ter
ional d
jo (equivalente à ACT em Espanha) a partir de um modelo concebido p
os e hierarquizar as prioridades de intervenção.
ponto de
, em seguida, s
dete s detectadas n
ssociado a da uma das consequências.
mação o tadora, caberá confrontar o nível d
m i purado equência da análise dos dados estatísticos de sinistralidade.
cias, desa ala com varias possibilidades. Fala-se, assim, em "nível d
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 140 ORIGINAL
s procedimentos de actuação a seguir na avaliação são os seguintes:
1. efinição da situação a analisar (actividade, posto de trabalho);
2. laboração da lista de verificação sobre os factores que possibilitam a sua materialização.
3. tribuição do nível de relevância a cada um dos factores.
4. reenchimento do questionário no local de trabalho e estimação da exposição e consequências
esperadas em condições habituais.
e deficiência (Tabela 1).
6. Estimação do nível de probabilidade a partir do nível de deficiência e do nível de exposição
ilidade, a partir de dados históricos disponíveis.
8.
(Tab
9. Estabele
sua
10. Comp
prec
onsiste na amplitude da articulação expectável entre o conjunto de factores de risco
considerados e a sua relação causal directa com o possível acidente. A Tabela 1 permite uma leitura
dos valores numéricos e do correspondente significado.
Não obstante o nível de deficiência poder calcular-se de muitas formas, uma forma idónea
consiste na aplicação de uma lista de verificação.
Fez-se corresponder a cada um dos níveis de deficiência um valor numérico (excepto no
"aceitável") possível de determinar a partir do quadro seguinte.
Tabela 2 – Determinação do nível de deficiência
O nível de risco (NR) resulta do nível de probabilidade (NP) e do nível de consequências (NC)
sendo expresso do modo seguinte:
NR = NP x NC
O
D
E
A
P
5. Determinação do nível d
(Tabelas 3 e 4).
7. Comparação do nível de probab
Estimação do nível de risco a partir do nível de consequências e do nível de probabilidade
elas 5 e 6).
cimento dos níveis de intervenção (Tabela 7) considerando os resultados obtidos e a
justificação socio-económica.
aração dos resultados obtidos com os estimados, a partir de fontes de informação
isas e da experiência.
(1) Nível de deficiência (ND)
C
NÍVEL DE
DEFICIÊNCIA ND SIGNIFICADO
Muito deficiente
(MD) 10
Foram detectados factores de risco significativos que determinam a elevada
probabilidade de acidente. As medidas existentes são ineficazes.
Deficiente
(D) 6
Existe um factor de risco significativo, que precisa de ser eliminado. A eficácia
das medidas de prevenção vê-se drasticamente reduzida.
Melhorável
(M) 2 São constatáveis factores de risco de importância reduzida. A eficácia das
medidas preventivas não é globalmente posta em causa.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 141 ORIGINAL
Aceitável (B) 1 Não se detectou está controlado. qualquer anomalia que caiba referir. O risco
(2) Nível de exposição
do nível de exposição
O nível de exposição (NE) é uma medida da frequência com que ocorre a exposição ao risco.
Para um risco concreto, o nível de exposição pode estimar-se em função dos tempos de permanência
em áreas de trabalho, operações com máquinas, etc.
Tabela 3 – Determinação
NÍVEL DE
EXPOSIÇÃO NE SIGNIFICADO
Continuada
(EC)
4 Contínua: várias vezes ao longo do período laboral, com exposição
prolongada.
Frequente (EF) 3 Várias vezes ao longo do período laboral ainda que por curtos períodos
Ocasional (EO) 2 Uma vez por outra, ao longo do período de laboração, por um reduzido lapso de tempo.
Esporádica (EE) - Irregularmente
(3) Nível de probabilidade
O nível de probabilidade (NP) é determinado em função do nível de deficiência das medidas de
prevenção e do nível de exposição ao risco:
NP = ND x NE
Tabela 4 – Determinação do nível de probabilidade
Nível de Exposição (NE)
4 3 2 1
10 MA-40 MA-30 A-20 A-10
6 MA-24 A-18 A-12 M-6
Nív
el d
e D
efic
iênc
ia
(ND
)
2 M-8 M-6 B-4 B-2
Os valores calculados com esta metodologia têm um efeito orientador, devendo considerar-se
outros culos, quando se necessitar de critérios de valoração mais precisos (como por exemplo
dados estatísticos de sinistralidade laboral).
Tabela 5 – Significado dos diferentes níveis de probabilidade
cál
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 142 ORIGINAL
NÍVEL DE
PROBABILIDADE NP SIGNIFICADO
Muito alta (MA) Entre
40 e 24
Situação deficiente, com exposição continuada ou muito deficiente, com
exposição frequente. A materialização deste risco ocorre com
frequência.
Situação deficiente, com exposição frequente ou ocasional ou situação
muito deficiente com exposição ocasional ou esporádica. Entre A Alta (A)
20 e 10 materialização do risco e possível em vários momentos do processo
operacional.
Média (M) Entre
8 e 6
Situação deficiente, com exposição esporádica ou situação melhorável
com exposição continuada ou frequente. Existe a possibilidade de
dano.
Baixa (B) Entre Situação melhorável, com exposição ocasional ou esporádica. Não e
expectável a ocorrência de risco, ainda que seja concebível. 4 e 2
ncias
Par
pondentes
uma vez q portância dependerá, em boa medida, do tipo de empresa e da sua dimensão.
nas lesões
nos a esta para as pessoas.
o factor consequências assumir um peso maior na
valora o.
Tabela 6 – Determinação do nível de consequências
(4) Nível de consequê
a a classificação do nível de consequências (NC) foram considerados quatro níveis, corres-
a lesões e a danos materiais. Evitou-se estabelecer a representação económica destes,
ue a sua im
Ambos os significados devem ser considerados de forma independente, com óbvio enfoque
. Quando as lesões não são importantes, a consideração dos danos materiais deve ajudar-
belecer prioridades ao mesmo nível das consequências estabelecidas
Como pode observar-se na Tabela 5, a escala numérica das consequências esperadas é muito
superior à da probabilidade. Tal resulta do facto de
çã
NÍVEL DE CONSEQUÊNCIAS NC SIGNIFICADO LESÕES DANOS MATERIAIS
Mortal ou catastrófico (M) 100 1 morto ou mais Destruição total do sistema
Muito grave (MG) 60 Lesões graves, que
podem ser irreparáveis
Destruição parcial do sistema
(com reparação complexa e de
custos elevados)
Grave (G) 25 Lesões com
incapacidade
temporária absoluta ou
É necessário parar o processo
operativo para proceder à
reparação
Leve (L) 10 Pequenas lesões que não requerem internamento
Pode proceder-se à reparação sem parar o processo
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 143
siderados como consequência, mínima, de
“grave C ser mais exigente na penalização das consequências
sobre p ando um mero critério médico-legal. Além de
que pode cos de um acidente com baixa, ainda que
apres e re relevantes.
6 permite calcular o nível de risco e, através da agregação dos diferentes valores
obtido
r indicativo. Para definir prioridades de
investi n influência da
interve ã seleccionar uma medida quando o custo for
meno a s.
s trabalhadores conferem a cada
situaç
ível de probabilidade e do nível de
conse ê is de risco que originam os níveis de intervenção e a
Tabela 8 apresenta o seu significado.
Cálculo do nível de risco e de intervenção
NOTA: Os acidentes com baixa são sempre con
”. om esta classificação pretende-se
as essoas, em função do acidente, do que aplic
remos sempre afirmar que os custos económi
ent m uma margem significativa de indeterminação, são semp
(5) Nível de risco e nível de intervenção
A Tabela
s, estabelecer blocos de prioridade de intervenção, expressos em quatro níveis.
Os níveis de intervenção obtidos têm um valo
me to é fundamental introduzir a componente económica e o âmbito de
nç o. Perante resultados idênticos justificar-se-á
r e solução abranger um número maior de trabalhadore
Não pode também, ser marginalizada a importância que o
ão/problema, pelo que importa consultá-los ou aos seus representantes, para garantir a
exequibilidade plena do programa.
O nível de risco é determinado pelo produto do n
qu ncias. A Tabela 7 agrupa os níve
Tabela 7 –
Nível de Probabilidade (NP)
40-24 20-10 8-6 4-2
100 I
4000-2400
I
2000-1200
I
800-600
II
400-200
60 I
2400-1440
I
1200-600
II
480-360
25 I
1000-600
II
500-250
II
200-150
III
100-5
Nív
el d
e C
onse
quên
cias
(NC
)
II
10
400-240
III
80-60
Nota: os espaços traçados dividem-se entre as duas categorias de valores.
Tabela 8 – Significado do nível de intervenção
NÍVEL DE
IN ERVENÇÃOTNR SIGNIFICADO
I 4000-600 Situação crítica. Correcção urgente.
II 500-150 Corrigir e adoptar medidas de controlo.
III 120-40 Melhorar se for possível. Seria conveintervenção e a sua rentabilidade.
III
120
0
III
100
II
200
III
40
ni
IV
20
II
240
ORIGINAL
ente justificar a
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 144 ORIGINAL
IV 20 Não intervir, excepto se uma análise mais precisa o justificar.
Quando se obtiver o resultado da valoração do risco, dever-se-á comparar os dados com
udos realizados anteriooutros est rmente. Para além de conhecer os valores, poderemos seguir a sua
evoluç e
1105.
ão avaliar se as medidas de correcção, desde que foram aplicadas, foram as mais ajustadas.
Controlo de riscos
Para que a acção de controlo dos riscos determinados seja eficaz, torna-se necessário
consid rar as seguintes abordagens:
• Abordagem das trabalho, da
higiene que pode beneficiar do contributo d ;
• Abordagem a psicologi trabalho, da sociologia do
trabalho ou de, outra forma, da psicossociologia do trabalho e da ergonomia;
• Abordag omo objecto a monitorizaç úde dos trabalhadores por
relação tividade profissional, proc causas das patologias nos
locais de domínio da Medicina no Trabalho.
e
Técnica: domínio tradicional disciplinas de segurança do
industrial e a ergonomia
do Trabalho: domínio tradicional d a do
em Médica: tem c ão da sa
com a respectiva ac urando as
trabalho –
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 145 ORIGINAL
CAPÍTULO 12
dual
Devem
outros méto
tarefas, pe des em respirar e desconforto em geral.
impossível concretizar
protegidos através de me
No e
consegue i
económica istindo outra alternativa que não o recurso a
Equipamento
apenas, o
1201. Car
Equipamentos de Protecção Indivi
ser utilizadas como último recurso e apenas quando não for possível a utilização dos
dos. Os EPI exigem do pessoal um esforço suplementar no desempenho das suas
so, dificulda
Existem situações em que, por razões técnicas ou económicas, é muito difícil ou mesmo
uma protecção integrada. Nestas situações os trabalhadores devem ser
didas de protecção colectiva.
ntanto, existem situações em que nenhuma das protecções (integrada e colectiva) se
mplementar, bem como situações em que se encontram dificuldades técnicas e
s impossíveis de ultrapassar, não ex
s de Protecção Individual (EPI), que tal como a sua designação indica, protegem,
trabalhador dos riscos inerentes à sua actividade.
acterísticas gerais – enquadramento legal
De
Individual
respeitar
exigências
• s a proteger;
•
•
O D
regras pa
assim com
indicativa
se a conh rrecta utilização dos EPI.
acordo com o Decreto-Lei n.º 128/93, de 22 de Abril, os Equipamentos de Protecção
terão que satisfazer, na sua concepção e fabrico, as exigências essenciais de segurança e
os procedimentos adequados à certificação e controlo da sua conformidade com as
essenciais aplicáveis. Um Equipamento de Protecção Individual (EPI) deverá ser:
Eficaz, ou seja, adequado aos risco
• Robusto;
Prático e cómodo para o seu utilizador;
De fácil limpeza e conservação.
ecreto-Lei n.º 348/93 de 1 de Outubro e a Portaria n.º 988/93 de 6 de Outubro, definem
ra a utilização dos EPI referindo o esquema a seguir na avaliação das situações de risco,
o as actividades e sectores de actividade a ter em consideração na avaliação e a lista
e não exaustiva dos Equipamentos de Protecção Individual. Aos trabalhadores deverá dar-
ecer os riscos a que estão sujeitos e a importância da co
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 146 ORIGINAL
1202. Selecção
vos:
o e os aspectos críticos que lhe estão associados;
Por
exemplo” hierárquicos. Um chefe que não utiliza o seu EPI em situações de
trabalh
Os EPI po
• dor se expõe directamente ao
quando se entra esporadicamente num local isolado com níveis de ruído
ção
Para além das características técnicas exigidas face à situação de risco, na escolha dos EPI e
relativamente ao factor “prático e cómodo”, tem grande importância a participação do trabalhador
cumprindo-se, assim, dois objecti
• O próprio operador fornece informação útil, uma vez que é o trabalhador quem melhor
conhece as suas condições de trabalh
• Permite que o trabalhador se sinta parte integrante do processo de selecção do
equipamento, reduzindo a possível rejeição ao mesmo.
outro lado, tem-se ainda verificado que o trabalhador é facilmente influenciado pelo “mau
dos seus superiores
o que o exigem, constitui um elemento dissuasor do cumprimento das normas de segurança.
dem pois usar-se em três situações distintas:
Como único meio de protecção apenas quando o trabalha
risco (ex: Uso de luvas adequadas aquando do manuseamento de produto ou material com
características agressivas);
• Quando o trabalho que em princípio deveria ser efectuado com protecção colectiva tem tão
curta duração que não se justifica a montagem dessa protecção (ex: uso de protectores
auriculares
elevado);
• Como complemento de segurança em determinadas situações em que não se reconheça
como suficiente a protecção integrada ou colectiva existente (Exemplo: Uso de calçado
antiderrapante, mesmo que esse piso possua essas características).
No Anexo B apresentam-se algumas indicações relevantes para a escolha dos diversos tipos
de EPI a serem utilizados nos locais de trabalho.
1203. Classifica
As protecções individuais podem ser c ssificadas segundo vários critérios, sendo a
classificação mais vulgar efectuada de acordo com os critérios seguintes:
• Em função da parte do corpo;
• Em função do agente agressor;
• Em função do risco.
A classificação em função da parte do corpo que protegem diferencia os seguintes tipo de
prot
;
s;
Ouvidos – tampões, protectores auriculares;
la
s
ecção:
• Crânio – capacete, capuz
• Olhos – óculos, viseira
•
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 147 ORIGINAL
mi-máscara;
• Membros superiores – luvas;
• Membros Inferiores – sapatos, botas, botins;
protecção contra:
nça;
1204. Protecção da cabeça
• Vias Respiratórias – máscara, se
• Tronco e Membros – fato de trabalho, avental;
• Corpo Inteiro – cinto de segurança, arnês de segurança.
A classificação em função do agente agressor que combatem, diferencia os seguintes tipos de
protecção:
• Humidade, frio, calor, água – capacete; capuz, gorro, luvas, sapatos, botas;
• Poeiras – capuz, óculos, máscaras;
• Produtos químicos – capuz, óculos, máscaras, botas, fato de trabalho, luvas;
• Ruídos – tampões, protectores, auriculares;
• Radiações – óculos, viseiras, máscaras, luvas etc.
• Electricidade – luvas, sapatos, botas, fatos de trabalho.
A classificação em função do risco contra o qual deve ser feita a protecção, diferencia os
seguintes tipos de
• Quedas – cinto de segurança, arnês de segura
• Pancadas na cabeça – capacete.
Este
choques,
eléctricos,
•
•
•
Os equipamentos destinados à protecção do rânio são concebidos e fabricados em diferentes
modelos e materiais, de acordo com o risco específico a proteger tais como:
• Impactos mecânicos;
• Projecções químicas;
• Contactos eléctricos.
Os capacetes poderão estar equipados com viseiras, protectores auriculares e/ou óculos de
protecção
a. Referências
odos os capacetes deverão satisfazer os requisitos das Normas Portuguesas ou da União
Europ ), contendo marcação de garantia, legível e indestrutível, com as seguintes informações:
s protectores têm como objectivo, proteger a cabeça contra a queda acidental de objectos,
pancadas e projecções de partículas e garantir o isolamento da cabeça contra contactos
ou seja, os capacetes de protecção devem garantir:
Resistência suficiente à penetração;
Absorção suficiente dos choques;
Ventilação suficiente.
c
.
T
eia (UE
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 148 ORIGINAL
• O núm uropeia (EN 397:1997);
• O nome da referência de identificação do fabricante;
e o trimestre
de ca ev calote
o no arnês;
são ou icaç a
como no
ctuar-se cçã ulares s de
pro
Nota: Se for detec e fissura inais de envelhecimento, os capacetes
devem deixar de ser utiliza ela seguinte pretende dar a conhecer o tempo limite de utilização
em função do mat
ero da Norma E
• O ano do fabrico;
• O tipo
com
pacete (designação do fabricante). Esta indicação d e figurar tanto no
• Dimen
calote
escala de dimensões (em centímetros). Esta ind ão urar tanto n deve fig
arnês.
b. Higiene e m o
a limpeza, desinfe
anutençã
Devem efe
tecção.
o e manutenção reg
s ou s
dos capacete
tada a presença d
dos. A tab
erial de fabrico do casco, sendo apenas de carácter indicativo.
APACETE TEMPO LIMITE DE UTILIZAÇÃO MATERIAL DE FABRICO DO C
Poliamida 24 meses
ABS (Acrinolitrilo, Butadieno, Estireno) 12 meses
Poliester Reforçado 18 meses
Fenol - fibras têxteis 18 meses
Polietileno 12 meses
1205. Protecção dos olhos e rosto
Os óculos de protecção devem proteger os olhos contra:
• Projecções de partículas sólidas – contundentes, cortantes, abrasivas e quentes ou
incandescentes.
• Projecções de substâncias líquidas ou gasosas – alcalinas, ácidas, cáusticas, corrosivas,
irritantes, infectantes e quentes.
luz natural ou artificial muito intensa e luz muito rica em
raios ultravioletas, produzida nas soldaduras e arco eléctrico.
• Radiações invisíveis – radiações ultravioleta e radiações infravermelho.
• Radiações luminosas – raios laser,
• Radiações térmicas – calor irradiante proveniente de luz intensa, de materiais
incandescentes, de chamas e de compartimentos muito quentes.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 149 ORIGINAL
c. Tipos de óculos
Os designados e identificados por referência aos riscos a
que se
aleáveis, para se poderem ajustar perfeitamente à face do trabalhador e
rabalhos em madeira,
desincrustrações, polimentos, trabalhos m pedra, abrasivos e outros que provoquem
desprendimento de partículas;
• Óculos contra produtos químicos: Nos modelos e na maleabilidade, estes óculos são
praticamente idênticos aos óculos anteriores (contra poeiras). As principais diferenças
residem na natureza dos materiais de construção, que terão de resistir às condições do
meio ambiente onde vão ser utilizados, no sistema de respiradores que, neste caso, terão
de ser mais herm ticos. Nos locais onde existam vapores ou neblinas, os óculos a utilizar
não terão respirad
Óculos contra radiações luminosas: Em regra geral não se destinam unicamente a reduzir
onstituídos por armações em metal ou plástico
ras são utilizadas viseiras.
m viseiras. Os óculos, tal como as
viseiras, podem ser de visor fixo ou de janela elevável.
d. Higiene e manutenção
Os óculos de protecção, em especial os de vidro, deverão ser mantidos limpos e arrumados em
locais próprios. Deverão ser objecto de controlo periódico. Os vidros deverão ser correctamente
limpos nas duas faces pelo uso de um líquido de limpeza apropriado.
óculos de protecção são, geralmente,
destinam ou à natureza do trabalho a realizar, assim existem:
• Óculos contra impactos: Estes óculos são constituídos por lentes plásticas ou de vidro
temperado, com 3 mm de espessura, montados em armações rígidas. Vulgarmente estas
armações dispõem de palas laterais, montadas nas hastes, para evitar a penetração de
partículas;
• Óculos contra poeiras: Estes óculos devem ser amplos e fabricados em matérias
ligeiramente m
alojar, se necessário, óculos de correcção. Não devem permitir frestas que facilitem a
entrada dos elementos agressores. Estão indicados para t
e
é
ores.
•
as intensidades luminosas, mas também a filtrar as radiações invisíveis de ultravioletas e
infravermelhos que acompanham as emissões de luz.São equipados com oculares e
visores coloridos, de cor e tonalidade variáveis, podendo ser filtrantes e também
reflectores. Estas oculares e visores, quando de vidro natural, são normalmente
endurecidos por processo térmico;
• Óculos de soldador: Este tipo de óculos, conforme a designação indica, são destinados a
um género de actividade bem precisa. São c
incombustível, resistentes ao fogo e a impactos de partículas incandescentes, podendo ser
oculares ou visores rectangulares. Na maioria das soldadu
Porém, nas soldaduras a gás ou no oxi-corte, são frequentemente utilizados óculos de
soldador. Os vidros filtrantes rectangulares próprios para a soldadura, por terem medidas
normalizadas, poderão ser aplicados em óculos e e
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 150 ORIGINAL
As viseiras s entos que se destinam à protecção da face e dos olhos contra os
scos de acidentes provocados por projecções de partículas contundentes, sólidas e incandescentes,
projec
roteger, existem diferentes modelos. Contudo, de um modo geral, esses
model
nte (anteparo facial), com ou sem visor independente, fixados
entre si por molas de pressão ou orifícios de encaixe, que permitem a permutação das
ato semi-circular e com uma cobertura na área da visão
para instalação de uma janela destinada a vidros filtrantes.
Podem ser de utilização manual ou de fixação à cabeça do trabalhador, adquirindo por isso as
e. Viseiras
ão os equipam
ri
ções de ácidos e de outros líquidos (cáusticos, corrosivos, irritantes, infectantes) e ainda contra
radiações luminosas e térmicas.
Conforme os riscos a p
os englobam-se em dois grandes grupos:
• Viseiras de Permutação: Este tipo de viseira é formado basicamente por duas peças, o
adaptador de cabeça e a fre
frentes;
• Viseiras de Casco: Este tipo de viseiras é formado basicamente por uma armação
moldada, rígida e opaca, com form
designações de Resguardos de Mão (para inspecções e pequenos trabalhos de soldadura em que só
exigida a utilização de uma das mãos) e Viseiras de Cabeçaé (também designadas de “mascaras de
ador”, destinam-se a todos os trabalhos de soldadura, particularmente quando é imprescindível o
uso da
Capacetes
Os vidros permitem uma visão atempada da formação do arco
eléctri
formação m protecção.
ainda lesõ cas e térmicas na retina, devido à forte intensidade da luz a que a mesma se
encon
íquidos, nos quais a
perme
sold
s duas mão).
Sempre que é necessária a protecção simultânea da cabeça, as viseiras são adaptadas a
de Protecção Industrial.
Nas soldaduras a arco é difícil posicionar o eléctrodo no sentido de se criar um arco eléctrico.
utilizados nesta operação não
co. Em consequência os soldadores com pouca experiência são tentados a ver directamente a
do ponto de soldadura se
Esta atitude, pode causar lesões na pele e nos olhos devido à acção dos raios ultravioletas, ou
es fotoquími
tra sujeita.
Neste tipo de trabalhos recomendam-se os filtros à base de cristais l
abilidade à luz varia em função da sua intensidade.
F
prote
olho
partícul
Óculos para
trabalhos de soldadura
Figura 101 – Óculos para
trabalhos com risco de
projecção de partículas
sólidas ou líquidas
igura 99 – Viseira para Figura 100 –
cção da face e dos
s contra a projecção de
as sólidas ou líquidas
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 151 ORIGINAL
1206. Protecção dos ouvidos
redução do risco de Surdez Profissional deve limitar-se a exposição ao
ruído, sem prejuízo das disposições aplicáveis à limitação da emissão sonora por parte das máquinas
e equipamentos de trabalho. Para tal, deverão ser aplicadas medidas técnicas aos equipamentos
(protecção colectiva) e, apenas quando tal se torna impossível ou economicamente inviável, recorrer
a medidas organizacionais e/ou à utilização de protecção individual.
O Decreto-Lei n.º 182/2006, de 6 de Setembro, transpõe para a ordem jurídica interna a
D men de ões
mí m m trab s ao
ruíd artigo 7º, ções em q a
exposi ser evitados por outros meios, o empregador deverá por à disposição
dos tra ento de protecção individual que obedeça à legislação aplicável e que
seja seleccionado, no que respeita à atenuação que proporciona, de acordo com o Anexo V do
referido diploma.
Os diferentes tipos de protectores auditivos são:
• A iculares (T s tam ser esc forma a en l
o. Con função é limitada p ntes modelos. Os
iais ma no dão, , os plásti
Poderão se d te
• Auscultad d or): ar-se ao pavilhão auditivo,
s em m est nte por
material fl ente ao mpões au m li ivo. Se
nos locais d níveis de ruído e as t o hável
o uso de tampõ res. As conchas deverão
ser substituídas todos os 3 anos; contudo, se a utilização for intensa, recomenda-se a
substituição todos os 6 meses.
Para a eliminação /
irectiva n.º 2003/10/CE, do Parla
nimas de segurança e saúde e
o estabelece no ponto 1 do
ção ao ruído não possam
balhadores o equipam
to e do Conselho, de 6
atéria de exposição dos
que nas situa
Fevereiro, relativa às prescriç
alhadores aos riscos devido
ue os riscos resultantes d
ur ampões): O pões devem olhidos de caixarem no cana
auditiv
mater
tudo, esta
is utilizados
elo que existem difere
a borracha fabrico d o algo cos e a lã mineral.
; r usados mais
ores (Protectores
o que uma vez, ma
e tipo abafad
s não indefinidamen
Devem adapt
cobrindo-o totalmente. São fabricado aterial rígido, rev
riculares, deixa
emperaturas sã
idos intername
vre o canal audit
elevadas, é aconsel
exível. Contrariam
e trabalho, os
s ta
es em detrimento dos auriculares ou auscultado
Figura 102 – Auriculares do tipo tampão (à esquerda) e do tipo concha (à direita)
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 152 ORIGINAL
Tipo “tampão” Tipo “abafador”
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens
• Dimensões reduzidas
• Pode ser aliviados peconversação ou
•
•
Leves Fácil uso com
ca
fre
la
mastigação • Adaptação mais difícil
ouvido externo está
• Melhor atenuação das altas-frequências
• Facilidade de uso e adaptação
• Tendência para um
• Quentes • Adaptação rígida à
cabeça • Dificuldade no uso
longos de tempo
pacete ou qualquer outro EPI
• Mais frescos • Mais confortáveis • Melhor atenuação
para as b
• O seu uso tem de ser individualizado
• Dificuldade do controlo do seu uso
• Necessitam de cuidados especiais de
• Facilidade em colocá-los e removê-los
• Mais visíveis e, por consequência, mais facilmente controláveis
com capacete, óculos ou qualquer outro EPI
• Desconfortáveis quando usados durante períodos
aixas quências uso e limpeza
• Não pode ser usados quando o canal do
melhor ajustamento em períodos de tempo longos
inflamado Figura 103 – Vantagens e desvantagens dos tipos de protectores
do protector
scolhidos em função do local de trabalho de forma a garantir uma protecção
acústica satisfatória. De um modo geral, os tampões são recomendados para frequências baixas e os
auscu
acção inferior, ou seja, 80 dB.
g.
Os os ouvidos encontram-se bastante expostos à sujidade durante a sua
utiliza .
secreção sabão ou solução anti-
séptic
feita de fo mais adequada ao ruído que queremos evitar, sem, no
entant
1207. Protecção das vias respiratórias
f. Escolha
Devem ser e
ltadores para as frequências altas. Contudo, a protecção auditiva não deverá diminuir a
percepção da palavra ou dos sinais de perigo. A atenuação deve ser suficiente a fim de que, o nível
de ruído a que o indivíduo se encontra exposto, seja inferior ao valor de
Higiene e conservação
protectores d
ção Os tampões auriculares sujam-se facilmente quer através das mãos, quer através da
existente no canal auditivo. Devem ser limpos com água quente e
a depois de cada utilização e guardados em caixa própria. A escolha do equipamento deve ser
rma a garantir a redução acústica
o, proporcionar casos de sobre-protecção [protecção final inferior a 70 dB(A)].
Com
corpo em
Destas, a são de facto as vias respiratórias, ainda que a penetração pela via cutânea e
pela via oral apresentem, igualmente, um elevado grau de perigosidade.
o sabemos, a contaminação do organismo por agentes agressivos, inicia-se na zona do
contacto com o meio externo contaminante, que constitui a via de entrada do agente.
s principais
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 153 ORIGINAL
a. Selecção do equipamento
em ser utilizados em locais onde a concentração de oxigénio
sfera não seja inferior a 19,5% em volume. Os respiradores com filtro mecânico, geralmente
e material fibroso, protegem contra poeiras, neblinas ou fumos, mas são inúteis em atmosferas onde
exista
exceder um determinado valor, em função do
seu gr d
Exis filtros químicos e mecânicos), que se
destin
Os equipamentos filtrantes só pod
na atmo
d
m gases e vapores. A selecção do respirador deverá ser efectuada de acordo com a classe,
toxicidade e diâmetro das partículas em presença, tendo o elemento filtrante que ser substituído
periodicamente. A concentração do poluente não pode
au e toxicidade.
tem filtros combinados ou mistos (combinação de
am à protecção simultânea de gases e partículas sólidas (ou líquidas).
Figura 104 – Exemplos de máscaras filtrantes
protecção
carência d
boca e o na o próprio
utilizad
•
•
Se há deficiências de oxigénio e/ou elevada concentração de contaminantes na atmosfera dos
locais de trabalho devem ser usados dispositivos de adução de ar e dispositivos autónomos (por
exemplo, aplicados a espaços confinados). Um aparelho de respiração autónomo (ARA) oferece uma
completa das vias respiratórias, contra gases tóxicos, fumos, ou em locais onde haja
e oxigénio. A máscara pode cobrir completamente a face e os olhos, ou proteger apenas a
riz. Em qualquer dos casos, o ar que se respira estará contido numa garrafa que
or transporta. Existem dois tipos fundamentais:
Aparelho de circuito aberto – o ar sai para a atmosfera não voltando a servir. O ar utilizado
é o ar ambiente e está comprimido numa garrafa sob pressão.
Aparelho de circuito fechado – o aparelho tem uma pequena garrafa de oxigénio puro, que
enche um depósito. É sempre o mesmo ar que se respira, havendo apenas necessidade de
compensar as perdas, a partir da garrafa de oxigénio.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 154 ORIGINAL
Figura 105 – Aparelho de respiração com
adução de ar
Figura 106 – Aparelho de respiração autónomo
Exemplo prático
: Na soldadura por arco eléctrico formam-se gases que são perigosos por
provoc
ação
arem intoxicação, como por exemplo: gases nitrosos, gases de flúor, monóxido de carbono,
sulfureto de hidrogénio, etc.
Os locais de trabalho têm que ser ventilados e devem ser usados extractores de fumos, junto
ao posto de soldadura. Em casos onde não seja possível usar extractores de fumos, pode-se um
equipamento que filtre o ar respirável.
b. Inspecção e conserv
Todos os equipamentos deverão ser inspeccionados antes e depois do seu uso, fazendo-se
imediatamente a sua limpeza e desinfecção.
1208. Protecção das mãos e braços
As causas de agressão a que as mãos estão sujeitas, podem classificar-se em:
• Térmicas: originadas por radiação ou contacto com fontes de calor com temperaturas altas
ou muito baixas, se bem que estas últimas não estejam presentes nas centrais térmicas.
• Mecânicas: originadas por golpes de objectos contundentes, pontiagudos, cortantes,
cteriológicas: originadas por infecções de feridas ou erosões por diversos micróbios,
otecção individual dos membros superiores são variados e constituídos
por: d i s, meias luvas e luvas.
signados consoante a protecção dos riscos presentes nos locais de
trabalh
micos e microbiológicos: protecção química;
materiais utilizados na manufactura são:
o);
• Borracha natural (látex);
rebarbas metálicas, fricções, etc.
• Químicas: originadas por contacto directo ou através de emanações de ácidos, alcalis,
solventes, cimento, etc.
• Ba
tétano, etc.
Os dispositivos de pr
ede ras, mangas ou braçadeiras, palmas ou manita
Os tipos de luvas são de
o, nomeadamente:
• Mecânicos: protecção mecânica;
• Térmicos: protecção de calor e frio;
• Quí
• Radiações ionizantes: protecção às radiações;
• Eléctricos: protecção aos contactos eléctricos.
Os
• Couro (crute);
• Tecido (algodã
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 155 ORIGINAL
estrutural.
• Tecidos sintéticos (nitrilo, neopreno, cloropreno, policloreto de vinilo);
• Fibras bastantes resistentes (ex. aramis, kevlar).
De modo geral, deverão resistir à acção agressiva dos produtos manipulados e não sofrerem
modificação
Figura 107 – Luvas de borracha
para electricista (em latex) ou
Figura 108 – Luvas de
cabedal para estiva ou
Figura 109 – Luvas de kevlar
ou inox para trabalhos com
manus
co
ra materiais cortantes
eamento de químicos soldadu
(neopreno ou PVC) ou
mbustíveis (nitrilo)
LATEX NATURAL NEOPRENO NITRILO PVC
Pontos fortes
Excelenflexibilidad
te e e
as
Resistência química
uz
Óptima resistência à abrasão e à
derivados dos hidrocarbonetos.
resistência à ruptura.
Boa resistência a numerosos ácidos e
polivalente: Ácidos, solventes alifáticos.
Boa resistência à lsolar e ao ozono
perfuração. Óptima resistência aos
Boa resistência aos ácidos e às bases.
cetonPrecauções de emprego Evitar
com óle o contacto os, gorduras
os de
Evitar o contacto com os solventes contendo
cetonas, com os ácidos oxidantes e com os produtos
orgânicos azotados.
Fraca resistência mecânica. Evitar o contacto com os
solventes contendo cetonas e os solventes
aromáticos.
e derivadhidrocarbonetos
Figura 110 – Comparação dos tipos de materiais
c
A utilização em máquinas com elementos
rotativos au
se mais ra , favorecendo a penetração nos materiais constituintes das luvas.
as:
lásticas e seus derivados.
. Utilização de luvas
de luvas, em locais de trabalho, onde se manipul
menta o risco de acidente. À medida que a temperatura aumenta, os solventes difundem-
pidamente
Certos materiais constituintes da textura das luvas, poderão causar alergi
• Alergias ao crómio nas luvas de couro;
• Alergias à borracha, matérias p
• Outros aspectos que merecem especial atenção são:
• As luvas perdem características de estanqueidade com o tempo;
• As luvas que estejam impregnadas de produtos químicos, não deverão ser reutilizadas,
mesmo depois de secas;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 156 ORIGINAL
midas no interior das luvas são propícias à absorção de
substâncias pela pele.
• Atmosferas quentes e hú
1209. Protecção do tronco e abdómen
Em alguns postos de trabalho ou na execução de determinadas tarefas, onde o trabalhador
corre o risco de ser agredido por agentes físicos, químicos ou biológicos, ao nível do tronco e do
abdómen, deverá utilizar-se um equipamento de protecção apropriado por forma a prevenir dos
eventuais riscos para a sua saúde e segurança.
otecção é designado por:
• Colete;
• Avental;
• Casaco;
• Bata.
Assim, os trabalhadores de certas profissões, para além do uso de outro EPI obrigatório,
deverão utilizar o equipamento de protecção do tronco e abdómen. Destacam-se alguns dos materiais
s agressores:
ontra cortes, radiações e projecções metálicas
dos Soldadores);
• Malha de aço – Avental: protecção contra cortes, como é o caso dos Talhantes e pessoal
• P.V.C. - Avental, Casaco e Calça: protecção contra o frio excessivo e a chuva, como é o
balhos de Exterior;
no – Avental: protecção contra a proje ção de substâncias
químicas perigosas (corrosivas);
• Fibras sintéticas (Aramid, Nomex) - Avental, Casaco e Calça: protecção contra o calor
Fornos, Vidreiros ou no Combate a
Fibras naturais (Algodão e Lã) e sintética (poliéster e poliamidas) - Avental, Batas, Colete,
Casaco e Calça: protecção contra o calor não intenso, como é o caso do vestuário normal
de trabalho. (ex.: o TeryLene é o tecido mais aconselhado para trabalhos em ambientes de
rem menos poeiras do que os tecidos de
Estas partes do corpo são geralmente protegidas através de vestuário que pode ser
confeccionado em diferentes tecidos ou materiais de características adequadas às do agente
agressor.
O vestuário que mais predomina neste tipo de pr
• Calça;
que mais são utilizados para prevenir a acção dos agente
• Couro - Colete ou Avental: protecção c
incandescentes (queimaduras: como é o caso dos Sapateiros e
de cozinhas;
caso dos Operadores de Congelados e em Tra
• P.V.C. reforçado ou Neopre c
intenso, como seja o caso dos Operadores de
Incêndios;
•
poeiras, pois possuem a faculdade de rete
algodão).
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 157 ORIGINAL
1210. Protecção dos pés e pernas
O calçado de segurança é fundamental na prevenção contra possíveis lesões de origem
mecân
deverão incorporar biqueira de
de pregos, aparas, etc. (palmilhas
•
• lha em instalações
a
fundamental
em:
•
uro;
aço.
s em couro, e para resistir a altas temperaturas são fabricadas em
rotecção dos pés e das canelas e tal como atrás
aço, em função do local
• rmeáveis: São utilizados em trabalhos em meios húmidos ou encharcados e
entos atrás descritos. São
PVC ou neopreno.
ica, química, térmica ou eléctrica. A escolha do calçado especial de protecção depende
fundamentalmente do tipo de trabalho que se execute:
• Protecção da superfície dorsal do pé, tornozelo e dedos:
aço e protecção ao nível do tornozelo e área dorsal.
• Estanqueidade ao nível do pé: protecção contra a penetração de materiais em fusão e
detritos.
• Solas resistentes à perfuração: riscos ligados à presença
de aço).
Protecção contra cargas electrostáticas.
Protecção contra o risco de descargas eléctricas: quando se traba
eléctricas, a resistência das mesmas deve ser no mínimo de 1000 Ohm.
. Tipos de calçado
Como atrás foi referido, o tipo de calçado existente é bastante variado, constituindo importância
saber escolhê-lo em função das tarefas que executamos. Assim podemos classificá-los
Sapatos: São utilizados na protecção dos pés e a sola deve ser à prova de fogo, ácidos,
dissolventes e anti-derrapante. Quando existir a possibilidade de queda de materiais, os
sapatos a usar devem ser providos de biqueiras de aço. São fabricados em co
• Botas: São utilizadas na protecção dos pés e tornozelos e a sola deve igualmente resistir
ao calor, ácidos dissolventes e ser anti–derrapante. Quando se verifique o risco de queda
o da planta dos pés, elas devem ser providas de palmilha de de materiais ou perfuraçã
São também fabricada
fibra sintética com revestimento reflector (aluminizado);
• Botas de cano alto: São utilizadas na p
descrito, podem também ser providas de biqueiras e palmilha de
onde vão ser usadas. Podem ser também fabricadas com os materiais atrás descritos;
Botins impe
podem ou não possuir as características dos equipam
normalmente fabricados em
Existem ainda outras variedades de equipamentos de protecção dos membros inferiores. É o
caso das polainas – protector da perna, polainito –, protector do peito do pé, joelheira – protector da
rótula, caneleira –, protector da face anterior da perna, etc.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 158 ORIGINAL
1211. Protecção do corpo inteiro
bém o corpo inteiro é protegido através
de vestuá como todo o equipamento de protecção
individual é classificado em função da parte do corpo e do agente agressor, também este terá de ter
em conta não só uma parte específica do corpo, mas o corpo na sua totalidade; logo, o agente
agressor será o que irá determinar a escolha deste tipo de equipamento.
Daqui podemos concluir, que este tipo de equipamento terá de cumprir num todo ou em parte
os requisitos exigidos a todos os EPI.
Desde os fatos de protecção contra produtos químicos, contra o calor muito intenso
(aproximação ao fogo) até aos fatos de protecção integral (fatos especiais contra substâncias
radioactivas), constatamos que todos eles protegem o corpo inteiro do agente agressor em causa.
Na protecção do corpo inteiro há ainda que referir os riscos biológicos. Nesta categoria
podemos incluir os serviços médicos, que dada a natureza dos riscos a que estão expostos, bem
como o facto de poderem ser portadores de agentes infecciosos, necessitam de protecção específica,
como por exemplo: bata, luvas, máscara, calças, touca e sapatos apropriados.
Vestuário de trabalho é toda e qualquer peça normalizada que faça parte integrante do mesmo
e que vise reduzir ou eliminar, dentro do possível, os riscos.
a. Tipos de fatos de trabalho
O tronco e o resto do corpo são protegidos através de vestuário apropriado, que é concebido
em diferentes tecidos. São vários os tipos de fatos de trabalho, assim como as peças que o
constituem:
• Avental;
• Fato de macaco;
• Fato completo (calças, camisa, casaco, etc.);
• Colete de protecção.
De uma forma geral, o vestuário deve ser adaptado ao corpo. Isto significa que não deve ser
demasiado largo, de forma a proporcionar que alguma peça do fato se prenda numa peça em
movimento da máquina, nem demasiado apertado de modo a dificultar a movimentação do
trabalhador.
Todos os outros equipamentos de protecção individual, tais como sapatos ou botas de
segurança, óculos, luvas, protectores auriculares, etc. são parte constituinte do chamado fato de
trabalho.
O tipo de agente agressor (factor de risco), condiciona o tipo de tecidos a utilizar no fato de
protecção, por exemplo:
À semelhança da protecção do tronco e abdómen, tam
rio confeccionado em diferentes tecidos. Assim, tal
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 159 ORIGINAL
Os fatos de trabalho em algodão t iras que, com os
movimentos respiratórios e com o próprio movimento do trabalhador, entram facilmente em
suspensão e invadem a zona de respira stituindo uma fonte de empoeiramento
secundário.
Pelo contrário, os fatos de trabalho em terylene retêm muito menos poeira (cerca de 65%) pelo
que d
tecidos do fato de trabalho podem conter os seguintes materiais:
pos de fibras
o utilizados
funções, no vestuário
de trabalh
•
• ltas;
Avental desapertado;
• Cabelos compridos não protegidos por uma questão de higiene (nomeadamente no
mentos);
• Colares pendentes e Anéis;
• as de óleo por uma questão de higiene e ainda por se tratar de um produto
ueda dos operadores;
Trapos pendentes nos bolsos.
odas estas situações potenciam a ocorrência de um acidente, pelo simples facto de haver o
risco de qualquer destas peças se prender a/aos órgão(s) rotativos das máquinas.
O vestuário de trabalho deve ser cuidadosamente seleccionado de acordo com os riscos
existentes em cada posto de trabalho e deverá ter a opinião de todos os intervenientes.
êm a particularidade de fixarem as poe
ção do trabalhador con
evem ser aconselhados.
Dever-se-á eliminar ao mínimo os bolsos, pregas, etc., no sentido de reduzir igualmente a
possibilidade de fixação de poeiras.
Pelo exposto, verifica-se que existe uma grande variedade de situações de trabalho e riscos
associados (a que os trabalhadores estão expostos) pelo que também existe uma grande
variabilidade de tipo de tecidos. Os
• Fibras naturais, como o algodão e a lã;
• Fibras sintéticas, como o poliester e poliamidas; quer umas quer outras, são ti
encontradas no vestuário normal de trabalho;
• Materiais plásticos como o PVC, neopreno e polietileno de baixa densidade sã
para protecção contra óleos e outros produtos químicos;
• Couro é utilizado para protecção contra radiações (ex: soldadores).
b. Precauções
Por forma a eliminar riscos acrescidos no desempenho de determinadas
o devem evitar-se as seguintes situações:
• Mangas largas;
Calças largas;
Gravatas so
•
manuseamento de ali
• Saias justas, pois inibem os movimentos das operadoras;
Roupas suj
perigoso;
• Atacadores desapertados pois os operadores podem tropeçar e cair;
• Tamancos, sapatos de salto alto, saltos finos podem provocar a q
•
T
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 160 ORIGINAL
tra quedas1212. Protecção con
ção civil, reparação
naval, p s, subida a mastros,…) devem utilizar-se os EPI destinados a prevenir
queda e us efeitos, devem conter um dispositivo de preensão do corpo e um sistema
de liga o de fixação seguro. Devem ser concebidos e fabricados de
modo que, quando utilizados nas condições previsíveis de utilização, o desnivelamento do corpo
seja o mais reduzido possível para evitar qualquer impacto contra um obstáculo, mas sem que a força
ja o limiar da ocorrência de lesões corporais nem o de abertura ou de ruptura de um
mponente do EPI.
num posto de trabalho com risco de queda de altura deverá utilizar um sistema individual
de prote -quedas, que deverá incluir, consoante o trabalho:
- um dispo nsão do corpo do trabalhador,
Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre (ex: constru
re aração de antena
s d altura ou os se
çã que possa ser preso a um ponto
a
de travagem atin
co
No caso geral em que a protecção colectiva contra as quedas de altura não está assegurada, o
trabalhador
cção pára
sitivo de pree
- Arnês antiqueda, ou …
- … arn
necessitar om as mãos livres);
ês antiqueda com cinto incorporado (se
de estar apoiado e c
E um
ou …
dispositivo de ligação a um ponto fixo de ancoragem, que pode ser:
- Um amortecedor pára-quedas,
- … um pára-quedas retráctil (este sistema possui um
amortecedor de energia incorporado);
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 161 ORIGINAL
O dispositivo deve ser fixo a um ponto de ancoragem
seguro, definitivo ou criado provisoriamente, ou …
… um dispositivo de ligação móvel sobre um suporte
de ancoragem deslizante, sobre um cabo ou calha.
Neste caso o trabalhador pode deslocar-se sobre o
suporte de ancoragem de acordo com as
necessid ades.
Figura 111 – Protecção individual anti-quedas
1213. Capuz e Luvas de protecção térmica (“Anti-Flash”)
A utilização do conjunto tem como objectivo a protecção pessoal contra os efeitos do calor. O
conjunto deverá apresentar-se limpo e sem quaisquer marcas pessoais, de forma a garantir as suas
máximas capacidades de protecção. Deverá ser envergado quando:
• O navio passe às condições de Postos de Combate ou de Emergência;
• Se efectua o primeiro ataque a um incêndio, quando possível, desde que o conjunto esteja
acessível ao utilizador;
• Durante a 1ª e a 2ª acções, no combate a um incêndio;
• A divisões, por todos os elementos do grupo de serviço, em caso de acidente no navio. Os
restantes elementos da guarnição deverão ser portadores do conjunto, quando se
deslocarem para um local determinado pelo coordenador da acção LA;
• No combate a alagamentos ou avaria no leme, pois pode haver risco de incêndio;
• O procedimento de envergar dever ser o seguinte:
• A aba do capuz deve ser colocada sob a gola da camisa ou do fato de macaco e a abertura
existente à altura dos olhos deve ser reduzida ao mínimo;
• Quando o capuz é utilizado com fato de combate a incêndios, ARA e capacete, deverá ser
envergado, sob a máscara, e acondicionado de forma a evitar a exposição de pele ao
calor;
• Em caso de utilização com ARA, mas sem capacete, ou com a máscara de protecção
NBQ, o capuz deve ser colocado sobre as correias (aranha) da máscara;
• As luvas devem ser envergadas sobre as mangas do uniforme ou do fato de macaco.
Desejavelmente, todos os elementos da guarnição deverão, a navegar, transportar consigo o
anti-flash. O seguinte pessoal deverá ter sempre acessível o respectivo conjunto (capuz e luvas):
• Rondas L A ao navio;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 162 ORIGINAL
• Pessoal de quarto / serviço em espaços de máquinas;
• Pessoal Electricista de quarto / serviço;
• Pessoal encarregado de vigiar operações de corte ou soldadura;
• Pessoal nomeado para protecção LA em operações de reabastecimento e fainas de
munições;
• Pessoal pertencente à Brigada de intervenção Rápida (BIR);
• Equipa do convés de voo.
Na primeira oportunidade após ser envergado o anti-flash, deve ser levada a cabo a inspecção
entre os elementos presentes, para verificarem que todos têm o seu anti-flash correctamente
envergado (buddy-to-buddy). Em situações em que o anti-flash esteja a ser utilizado por um número
significativo de elementos durante um período largo (postos de combate, emergência, etc), deverá ser
estabelecida pelo Comando do navio a política de anti-flash em vigor, que poderá variar de local para
local. A política anti-flash pode assumir um de três estados:
• Envergado (protecção máxima);
• Aliviado (luvas calçadas, capuz puxado para trás);
• Desenvergado (recolhido na bolsa de transporte),
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 163 ORIGINAL
CAPÍTULO 13
Sinalização SHT
ara a
sinaliz o diploma, a Sinalização de
Segur
de serviços, incluindo a função pública, nos estaleiros e nos armazéns — bem como nos
locais ue recebem público, designadamente repartições, estabelecimentos comerciais, salas de
espectáculos, museus, auditórios.
Enfim, em qualquer local onde a sua presença possa contribuir para uma rápida e eficiente
informação sobre os riscos presentes e sobre os meios disponíveis para a sua redução.
Esta sinalização deve ser l, tendo os sinais as dimensões
indicadas na própria legislação, definidas em função da distância a que devem ser vistos.
de
emerg
sinalização proporciona perante um determinado risco
deve ter-se em conta o seguinte:
• A extensão da zona a cobrir e o número de trabalhadores afectados;
• A dimensão dos riscos que se pretende sinalizar;
• As possibilidades de se ver diminuída a sua eficácia: dificuldades do receptor (capacidades
visuais ou auditivas diminuídas) ou características do local (cores envolventes e ruído
1301.
O Decreto-Lei nº 141/95, de 14 de Junho, estabelece as prescrições mínimas p
ação de segurança e de saúde no trabalho. De acordo com o referid
ança deve ser utilizada em todos os locais de trabalho — nos estabelecimentos industriais,
comerciais e
q
colocada de um modo bem visíve
É fundamental a existência de sinais que se refiram aos principais riscos presentes, bem como
a todas as informações necessárias ao eficaz controlo desses riscos e à actuação em situação
ência (nomeadamente, uma indicação precisa e completa das vias de evacuação).
Para se avaliar o nível de eficácia que a
ambiente).
Tipos de Sinalização
• Óptica: Cores de segurança, Sinais de Segurança, Gestual, Avisos de Segurança e de
Limitação;
• Acústica: Campainhas, Sirenes, Alarmes, Verbal, etc;
• Olfactiva: Aditivos em gases inodoros para a sua presença ser detectada, etc;
• Táctil: Recipientes rugosos para determinadas substâncias, etc.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 164 ORIGINAL
1302. odalidades M
Na sinalização de segurança podem ser utilizados, separada ou conjuntamente:
• Cores e Placas;
• Luzes e Sons;
• Comunicação verbal e gestual.
1303.
Código
O código normalizado, utilizado no Sistema de Sinalização de Segurança, baseia-se em três
elementos:
Cor;
;
• Símbolo.
Nos sinais, utilizam-se três cores de segurança, uma cor auxiliar de segurança e duas cores de
contraste, devidamente definidas, em termos de características colorimétricas, pela normalização.
As cores de segurança são:
• O vermelho, que corresponde à ideia de paragem, de perigo imediato. Identifica, também, o
material de combate a incêndios;
• O amarelo, que indica perigo, que sugere precaução. É a cor que está mais ligada à noção
de Prevenção;
• O verde, que é a cor da segurança, a cor que, em situação de emergência, dá uma
informação sobre o caminho mais seguro a seguir ou sobre a localização de instalações de
primeiros socorros;
• A cor auxiliar é o azul, que se utiliza nos sinais de informação e de obrigação, isto é, indica
qualquer coisa que se deve fazer para evitar um risco.
s cores de contraste, como o próprio nome indica, utilizam-se nos símbolos e nas margens
dos s
s; estas cores são:
• Preto, que se usa em conjunto com o vermelho e com o amarelo;
• Branco, utilizado com o verde, com o azul e com o vermelho.
A forma do sinal dá, igualmente, uma indicação importante.
Existem sinais circulares, triangulares e rectangulares.
Cada forma de sinal tem um significado particular. Assim:
• Os sinais circulares dão uma indicação de proibição ou de obrigação;
• Os sinais triangulares indicam, sempre, perigo;
•
• Forma
A
inais, contrastando com as cores fundamentais, de modo a torná-los facilmente visíveis e
identificávei
• Os sinais rectangulares são sinais de informação.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 165 ORIGINAL
Os símbolos, desenhados na cor de contraste no centro do sinal, são os elementos do código
que explicam o risco a que o sinal se refere. Devem ser simples e facilmente compreensíveis de
modo a permitir uma identificação imediata, pelo que se encontram normalizados (Portaria n.º 1456-
A/95, de 11 de Dezembro). A combinação entre a forma e a cor de um sinal indica o tipo de
informa
seguinte.
ção que este pretende transmitir.
As diversas combinações utilizadas e o respectivo significado apresentam-se na figura
Figura 112 – Cores de sinalização
1304. Utilização das cores de segurança
As cores de segurança (vermelho, amarelo, verde e azul), cujos significados já foram definidos
anteriormente não são utilizadas apenas em sinais.
Só por si — eventualmente conjugadas com a sua cor de contraste — elas dão uma
informação pertinente, sempre que utilizadas em locais cujas características, em termos de
segur r comunicadas a possíveis receptores.
s, as passagens baixas ou estreitas,
abertu s no solo ou nas paredes, degraus, os desníveis nos pavimentos, as paredes de fundo de
corredores sem saída, os postes, ombreiras de portas e outros obstáculos existentes nas vias de
circulação. Peças ou partes móveis, salientes ou de resguardo, em equipamentos ou em máquinas,
devem ser, também, sinalizados com uma pintura na cor amarela.
Para sinalizar vias de circulação proibidas, áreas inacessíveis e locais reservados, deve usar-
se o vermelho, associado ao branco, em faixas verticais ou inclinadas a 45º.
ança, devam se
Nos locais de passagem, onde existam zonas perigosas, estas devem ser assinaladas com a
cor amarela, eventualmente associada à sua cor de contraste — o preto — na forma de faixas
verticais ou inclinadas a 45º de modo que a cor de segurança apareça em, pelo menos, 50% da
superfície pintada. Entendem-se por zonas perigosas, entre outra
ra
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 166 ORIGINAL
uando se pretende evidenciar um determinado local, podem ser utilizadas cores sobre uma
superfície, como por exemplo, marcação a vermelho da zona onde se encontra colocado o
equipa de 1ª Intervenção ou material de emergência.
utilização de tintas fotoluminescentes ou reflectoras, permite uma sinalização eficiente
quando não há iluminação no local, nomeadamente durante a noite ou, no caso de incêndio, quando
a visibilidade é reduzida pela opacidade dos fumos.
te tipo de sinalização pode, ainda, ser conseguido pela utilização de lanternas, sinalizadores
luminoso e emergência e semáforos.
Lanternas de cor amarela, fixas ou intermitentes, indicam situações de perigo (sinalização de
obras, Focos azuis têm como
objectivo fornecer uma informação importante. Luzes vermelhas obrigam a parar.
No quadro de comando de uma máquina, os botões de paragem (em particular os de paragem
de emergência) são vermelhos, sendo que os de paragem de emergência são vermelhos sobre uma
superfície de contraste amarela, enquanto que os de arranque normal são verdes.
Q
mento
A
Es
s, iluminação autónoma d
de máquinas perigosas, de obstruções nas vias de circulação, etc.).
Figura 113 – Sinalização de perigos nas vias de circulação
1305. Divisão da sinalização SHT
De uma maneira geral os sinais são divididos em:
a. Sinais de emergência
São sinais de segurança que, em caso de emergência, indicam as saídas, o caminho para o
posto de socorro, local onde existe um dispositivo de salvação, etc.
Figura 114 – Sinal emergência AA
emergência. Deverá ser colocado nas anteparas numa posição destacada. A colocação deverá ser
O sinal AA deve estar dirigido no sentido do percurso a realizar para atingir uma saída de
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 167 ORIGINAL
alternada, a uma altura de 1,5m, de forma a permanecer visível em caso de alagamento, e 0,30m do
pavimento, para permitir a orientação através do fumo. Este sinal será visível da linha mediana do
espaço de passagem, ou à saída de um compartimento, a uma distância mínima de 2m.
Nas escadas, será colocado por detrás dos degraus, na antepara ou protecção, quando exista,
de forma a ser visto no início da subida.
Figura 115 – Colocação da sinalização
everão ser respeitadas as seguintes regras:
am possibilidade de abertura imediata e
se destinem ao exterior;
ii. Será sempre colocado de forma a não ficar oculto por portas na posição de abertas;
iii. Estará presente sempre que ocorra uma mudança de direcção.
ipo AB no
pavimento.
D
i. Só indicará trajectos em que todos os acessos (portas, escotilhas e vigias, desde que
permitam a passagem livre de um indivíduo) tenh
Em caso de não ser possível a sua colocação, deverão ser colocados sinais do t
Figura 116 – Sinal AB (D=64 mm)
Nota: Não substitui o sinal AA já que, com a possível acumulação de água proveniente do
combate ao incêndio ou de alagamento, poderá ficar oculto.
O sinal AB será colocado no pavimento, encostado à antepara (a fim de evitar desgastes), em
locais onde não haja acumulação de líquidos, de forma a ser visto a uma distância mínima de 2m.
Será colocado nos trajectos principais de fuga em complemento do sinal AA e em locais onde
não seja possível colocar este mesmo sinal.
Figura 117 – Sinal AC
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 168 ORIGINAL
O sinal AC será colocado sobre a porta que permite a saída do compartimento e nas que dão
acesso para o exterior. Em caso de impossibilidade, deverá ser colocado na porta, à altura máxima
de 1,5m.
Nos compartimentos, que não tenham outra possibilidade de fuga, serão somente colocados
na face interior da porta.
Figura 118 – Sinal AD
O sinal AD deverá ser colocado nas faces das portas e escotilhas que estão incluídas no
trajecto de fuga. Pode ser colocado numa ou em ambas as faces, se estas permitirem um sentido
alternativo de fuga. Todas as escotilhas que permitam só a saída do compartimento, deverão ter este
sinal na face interior.
Figura 119 – Sinais AE e AF
Os sinais AE e AF serão colocados nas anteparas laterais de escadas que precedem saídas
integradas em trajectos de fuga.
Figura 120 – Sinal AG
al AG deve estar dirigido no sentido do percurso a realizar para atingir a Enfermaria.
Deverá r colocado um sinal entre cada porta estanque separadora de secções e nos vários
pavimentos do navio.
O sin
se
Figura 121 – Colocação da sinalização
Sinal AH
O sinal AH deverá ser colocado na porta da Enfermaria. No caso da existência de Enfermaria
de Combate, deverá ser colocada essa inscrição sob o sinal.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 169 ORIGINAL
Figura 122 – Sinal AI
O sinal AI deverá ser colocado nas Caixas de Primeiros Socorros existentes no navio.
Figura 123 – Sinal AJ
O sinal AJ deverá estar colocado junto à botoneira de paragem de emergência do equipamento
que serve.
Figura 124 – Sinal AK
O sinal AK deverá estar colocado junto aos recipientes com água destilada para lavagem de
olhos.
Figura 125 – Sinal AL
O sinal AL destina-se a assinalar a presença de máscara(s) de fuga.
Figura 126 – Sinal AM
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 170 ORIGINAL
O sinal AM destina-se a assinalar a presença de uma maca de emergência.
b. Sinais de proibição
São sinais de segurança que proíbem um comportamento susceptível de provocar um perigo.
Figura 127 – Sinal BA
O sinal BA deve ser utilizado nos casos em que uma obstrução apresente um perigo particular
(caminho de evacuação, saída de emergência, acesso a um equipamento de combate a incêndio,
etc.)
Figura 128 – Sinal BB
de incêndio ou
de intoxicação para o fumador. Deverá ser colocado nos acessos a compartimentos como por
exemplo, Casas de Máquinas, compartimentos com equipamentos utilizadores de Fréon, Paióis de
Tintas e Munições, e junto a depósitos de materiais inflamáveis.
O sinal BB deverá ser utilizado sempre que o facto de fumar constitua um perigo
Figura 129 – Sinal BC
O sinal BC deverá ser utilizado sempre que o facto de fumar ou fazer fogo constitua um perigo
de incêndio ou de explosão. Deverá ser colocado na entrada de compartimentos onde exista esse
perigo.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 171 ORIGINAL
c. Sinais de perigo
São sinais de segurança que advertem para a existência de um perigo.
Figura 130 – Sinal CA
sinal CA, em forma de fita ou pintura no pavimento, será colocado em locais apresentando
riscos
ipamentos que possam mover-se ou rodar sem aviso prévio. Será
colocado na orla da abertura ou sobre o obstáculo / local passível de choque e no perímetro de
segurança.
O
de choques ou passos em falso, quedas de materiais, degraus de escadas ou aberturas no
pavimento e também junto de equ
Figura 131 – Sinal CB
O sinal CB, será colocado em todos os equipamentos, quadros eléctricos, motores, etc. que
apresentam perigos de electrocussão.
Embora o perigo de electrocussão, nos navios, não seja relevante para diferenças de potencial
inferiores a 50V AC, aconselha-se a que sejam colocados em todas as fontes energéticas, incluindo
os 24V DC.
Figura 132 – Sinal CC
O sinal CC deverá ser colocado em locais onde haja movimentação de cargas através de
suspensão. Anexo a este sinal deverá estar presente o sinal de obrigatoriedade do uso de capacete.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 172 ORIGINAL
Figura 133 – Sinal CD
O sinal CD deve ser colocado em locais onde existam substâncias corrosivas, como por
exemplo, em armários com materiais corrosivos e junto a acumuladores ácidos (baterias com
electrólito).
Figura 134 – Sinal CE
O sinal CE deve ser utilizado para indicar a possível presença de uma atmosfera
potencialmente explosiva, gás inflamável ou de explosivos.
Figura 135 – Sinal CF
O sinal CF deve ser utilizado para indicar a presença de produtos muito inflamáveis.
Figura 136 – Sinal CG
O sinal CG deve ser utilizado para indicar a possível presença real ou virtual das radiações
ionizantes e a identificar locais, objectos, aparelhagem, materiais ou misturas que emitam, ou possam
emitir, essas radiações. Deverá ser colocado nos acessos aos compartimentos onde existam essas
fontes e junto dos equipamentos que as contêm.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 173 ORIGINAL
Figura 137 – Sinal CH
O sinal CH destina-se a assinalar a presença de radiações não ionizantes e deverá ser
colocado nos acessos aos locais onde os níveis de radiação (conforme situação RADHAZ) possam
atingir valores prejudiciais à saúde. (por exemplo: antenas de radar, antenas de HF, etc.)
Figura 138 – Sinal CI
O sinal composto CI adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a possível presença de CO2 num compartimento. Deverá ser colocado na entrada do
compartimento, indicando a localização do ARA mais próximo. Aplica-se normalmente onde o sistema
fixo de extinção de incêndios utiliza o CO2.
Figura 139 – Sinal CJ
O sinal composto CJ adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica ssível presença de Halon num compartimento. Deverá ser colocado na entrada do
compartimento, indicando a localização do ARA mais próximo. Aplica-se normalmente onde o sistema
fixo de extinção de incêndios utiliza o Halon.
a po
Figura 140 – Sinal CK
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 174 ORIGINAL
O sinal composto CK adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a possível presença de Fréon num compartimento. Deverá ser colocado na entrada do
compartimento, indicando a localização do ARA mais próximo. Aplica-se normalmente onde existam
equipamentos utilizadores de Fréon, tais como sistemas de Ar Condicionado e Câmaras Frigoríficas.
Figura 141 – Sinal CL
O sinal composto CL adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a possível presença de Hidrogénio num compartimento. Deverá ser colocado na entrada do
compartimento, indicando a localização do ARA mais próximo. Aplica-se normalmente onde existam
baterias de acumuladores ácidos.
Figura 142 – Sinal CM
O sinal composto CM adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a possível presença de Ácido Sulfídrico (ou Sulfureto de Hidrogénio: H2S) num compartimento.
Deverá ser colocado na entrada do compartimento, indicando a localização do ARA mais próximo.
Aplica-se normalmente onde existam sistemas de Tratamento de Efluentes.
Figura 143 – Sinal CN
O sinal composto CN adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a existência de um Espaço de Máquinas adjacente à antepara onde está colocado.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 175 ORIGINAL
Figura 144 – Sinal CO
O sinal composto CO adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a existência de um Paiol de Munições adjacente à antepara onde está colocado.
Figura 145 – Sinal CP
O sinal composto CP adverte para a presença de um perigo especificado no aviso contido.
Indica a existência de um Tanque de Combustível adjacente à antepara onde está colocado.
L
Figura 146 – Sinal CQ (L= 100 mm)
a emi o
necessida CA, deverá optar-se por aquele que abranja maior raio de
segurança.
d. Sinais de obrigação
São sinais de segurança que deverão obrigar um comportamento determinado.
O sinal CQ, sob forma de pintura no pavimento, faz a delimitação de uma zona de perigo, onde
ssã de radiações não ionizantes poderá ser nociva à saúde. Caso se verifique, também, a
de da utilização do sinal
Figura 147 – Sinal DA
O si obrigatoriedade do uso de óculos de protecção, sem perigo
para a visão, durante a execução d plo: Operações com esmeriladores,
substâncias corrosivas, etc.
nal DA indica a pre que exista
e um trabalho. Por exem
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 176 ORIGINAL
Figura 148 – Sinal DB
O sinal DB indica a obrigatoriedade do uso de capacete de protecção, sempre que exista
perigo de queda de objectos, em locais onde haja movimentação de cargas suspensas.
Figura 149 – Sinal DC
O sinal DC indica a obrigatoriedade do uso de abafadores de ruído, em locais onde o nível de
ruído ultrapasse os valores máximo sas de
Máquinas, trabalhos com rebarbado
s admissíveis para permanência ( 85 dB). Exemplos: Ca
ras, entre outros.
Figura 150 – Sinal DD
O sinal DD indica a obrigatoriedade do uso de luvas de protecção, na movimentação /
operação de produtos corrosivos.
Figura 151 – Sinal DE
O sinal DE indica a obrigatoriedade do uso de botas de protecção. Nos compartimentos
des cção e distribuição de alimentação este calçado deve ser anti-
bacteriano.
tinados à preparação, confe
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 177 ORIGINAL
e. Sinais de indicação de equipamentos de combate a incêndios
São sinais de segurança que u equipamentos utilizados
no
fornecem indicações sobre sistemas o
combate a incêndios.
Figura 152 – Sinal EA
O sinal EA é aplicado para indicar a presença de uma boca-de-incêndio. Junto à mangueira
deve ser indicado o seu comprimento, em metros.
Figura 153 – Sinal EB
O sinal EB é aplicado para indicar a presença de um extintor. Deverá ser colocado sobre o
extintor.
Figura 154 – Sinal EC
O sinal EC é aplicado para indicar a presença de um Aparelho de Respiração Autónoma (ARA),
e deverá ser colocado na porta do armário, quando exista, ou sobre o aparelho de forma visível.
Figura 155 – Sinal ED
O sinal ED é aplicado para indicar a presença de garrafas de ar comprimido de reserva para os
Aparelhos de Respiração Autónoma.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 178 ORIGINAL
Figura 156 – Sinal EE
e alarme como, por exemplo, o alarme de
pessoal no in e de incêndio, etc.
O sinal EE deverá ser colocado junto a um botão d
maras frigoríficas, sinal de alarmterior das câ
Figura 157 – Sinal EF
O sinal EF deverá ser colocado junto de uma buzina de alarme de incêndio, o qual permitirá
aos ocupantes uma identificação imediata do tipo de alarme.
Figura 158 – Sinal EH
conjunto de equipamentos de combate a incêndios, e é utilizado de forma
a evitar a proliferação de sinais.
O sinal EH indica um
Figura 159 – Sinal EI
O sinal EI indica a presença de um comando à distância pertencente a um sistema de combate
a incêndios. Deverá estar colocado junto ao comando que o serve.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 179 ORIGINAL
Figura 160 – Sinal EJ
O sinal EJ indica a presença de um comando de disparo de um sistema fixo de combate a
incêndios utilizador de Halon.
Figura 161 – Sinal EK
O sinal EK indica a presença de um comando de disparo de um sistema fixo de combate a
incêndios utilizador de CO2.
Figura 162 – Sinal EL
O sinal EL indica a presença de um extintor móvel.
f. Sinais de informação
Figura 163 – Sinal FA
O sinal FA destina-se a informar a presença de um depósito de lixo.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 180 ORIGINAL
Figura 164 – Sinal FB
O tência de uma casa-de-banho.
1306.
sinal FB destina-se a informar a exis
Materiais utilizados nos sinais de emergência
Os sinais de emergência e de indicação de equipamentos de combate a incêndios, deverão ser
em vinil fotoluminescente auto-adesivo. No caso dos sinais de indicação de trajecto para a enfermaria
a serem colocados no exterior, poderão ser em placas de aço inoxidável, com os símbolos em relevo
(cruz e seta) de cor vermelha.
Os restantes sinais deverão ser em vinil auto-adesivo.
a. Dimensões dos sinais
Para determinação das dimensões de um sinal, deverá ser utilizada a fórmula seguinte:
A>(L2 /2000)
Sendo:
A - A área do sinal em metros quadrados;
L - A distância, em metros, à qual o sinal deve ser visto.
Nota: Aplicável até à distância máxima de 50m.
b. Colocação dos sinais
Sempre que possível, a fim de ser optimizado o seu rendimento luminoso, os sinais
fotoluminescentes deverão ser colocados o mais próximo possível das fontes luminosas existentes.
Outros sinais poderão e deverão ser utilizados, para situações específicas, tendo como
objectivo permanente, fornecer indicações de segurança no sentido da salvaguarda de acidentes.
Deve-se ter especial atenção ao facto de que o excesso de sinalização de segurança, tal como
a sua ausência, pode conduzir ao acidente.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 181 ORIGINAL
1307.
Figura 165 – Colocação de sinalização num edifício
Sinais luminosos e acústicos
Figura 166 – Luzes e sirenes de alarme
• Sinais luminosos - A luz emitida deve garantir um contraste não excessivo nem insuficiente.
• Sinais acústicos - Devem ter um nível sonoro nitidamente superior ao ruído ambiente, sem
ser excessivo ou doloroso.
Uma frequência intermitente deve indicar um mais elevado grau de perigo ou urgência.
1308. Sinalização gestual
No âmbito do disposto pela Portaria nº 1456-A/95, de 11 de Dezembro, para o comando de
movimen d ente de gruas, deve ser dado apoio através de sinais gestuais. tos e máquinas, nomeadam
Estes gestos estão normalizados e cada um deles tem um significado preciso e único o que
permite um controlo eficaz dos movimentos das máquinas pesadas, mesmo em áreas onde a
visibilidade do operador é reduzida ou nula.
SIGNIFICADO DESCRIÇÃO ILUSTRAÇÃO
Gestos de Carácter Geral
5 cm 5 cm
160 cma
180 cm
10 cm
Máx. 120 cm
160 cm a
180 cm
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 182 ORIGINAL
SIGNIFICADO DESCRIÇÃO ILUSTRAÇÃO
Início (atenção; comando assumido) Ambos os braços abertos horizontalmente, palmas das mãos voltadas para a frente
Stop r
(inte rupção; fim do movimento) Braço direito levantado, palma da mão direita para a frente
Fim (das operações) Mãos juntas ao nível do peito
Movimentos Verticais
Subir Braço direito estendido para cima, com a palma da mão virada para a frente descrevendo um circulo lentamente
Descer Braço direito estendido para baixo, com a palma da mão para dentro descrevendo um circulo lentamente
Distância vertical Mãos colocadas de modo a indicar a distância
Movimentos Horizontais
Avançar
Ambos os braços dobrados, palmas das mãos voltadas para dentro, os antebraços fazem movimentos lentos em direcção ao corpo
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 183 ORIGINAL
SIGNIFICADO DESCRIÇÃO ILUSTRAÇÃO
Recuar
Ambos os braços dobrados, palmas das mãos voltadas para fora; os antebraços fazem movimentos lentos em direcção ao corpo
Para a ao horizontalmente, com a palma da mão direita virada para baixo, fazendo direita (relativamente
sinaleiro)
Braço direito estendido mais ou menos
pequenos movimentos lentos na direcção pretendida
Para a esquerda (relativamente ao sinaleiro)
Braço esquerdo estendido mais ou menos horizontalmente, com a palma da mão esquerda virada para baixo, fazendo pequenos movimentos lentos na direcção pretendida
Distância horizontal Mãos colocadas de modo a indicar a distância
Figura 167 – Sinalização de perigos nas vias de circulação
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 184 ORIGINAL
CAPÍTULO 14
Ergonomia
1401. Definição e objectivo
A palavra Ergonomia deriva das palavras gregas:
ergon = trabalho
nomos = regras/leis
A Ergonomia é uma ciência multidisciplinar que visa o estudo da actividade humana, com o
objectivo de optimizar as condições de trabalho, pela concepção ou transformação de diferentes
situações de trabalho, visando de forma integrada a saúde, o conforto e a segurança do Homem e a
eficácia e a eficiência dos sistemas produtivos.
Pretende-se analisar a actividade de trabalho, pela análise da interacção do Homem com a
situação de trabalho, tendo em conta, factores tecnológico, aspectos cognitivos, variáveis
antropométricas, biomecânicas, psicológicas, fisiológicas, etc.
É durante a 2ª Guerra Mundial que a Ergonomia tem as suas origens, nomeadamente nos
meios militares britânicos. Desenvolveu-se pela necessidade de resolução de problemas causados
pela operação de complexos equipamentos militares.
As crescentes incompatibilidades entre o homem e a máquina começam a ser notórias nesta
altura, dadas as necessidades decorrentes da própria situação, nomeadamente, a falta de mão de
obra e a existência de mão de obra pouco qualificada, isto é, para se trabalhar não existia qualquer
tipo de selecção e treino.
pelo “progre
Aos ope ores são exigidas “decisões rápidas, impostas pelos equipamentos militares e a
execução de actividades novas em condições críticas – aviões mais velozes, radares, submarinos,
etc., que implicam complexidade e riscos de decisão”.
A situação exigia inovação, exigia a concepção de novas e complexas máquinas, máquinas
estas, que na fase da sua concepção, não eram consideradas as características e as capacidades
humanas.
Este facto levou Chapanis a utilizar “uma expressão que traduz bem o que se estava a passar
– “as máquinas não lutam sozinhas” – explicitando que o radar foi considerado “o olho da Armada”,
mas o radar não vê. Por mais rápido e preciso que seja, será quase inútil, se o operador não poder
interpretar as informações apresentadas no ecrã e decidir a tempo. Similarmente, um avião de caça
por mais veloz e eficaz que seja, será um fracasso se o piloto não aprender a pilotá-lo com rapidez,
segurança e eficiência. Cabe pois ao ser humano avaliar a informação, decidir e agir”.
Cada vez mais assistia-se a um “progresso técnico”, progresso este que não era acompanhado
sso humano”.
rad
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 185 ORIGINAL
expansão
“A Ergonomia continuou a crescer com o objectivo de optimizar o trabalho humano”.
Apoia-se em diferentes áreas científicas do conhecimento humano, como a psicologia,
biomecânica, antropometria, fisiologia, etc., e desenvolve metodologias próprias e técnicas
específicas para melhorar as condições de trabalho/vida.
É esta particularidade que diferencia a Ergonomia de outras ciências – a sua
multidisciplinaridade e a sua natureza aplicada – adaptar postos de trabalho e do ambiente ás
características e necessidades do Homem.
Pensar ambientes de trabalho saudáveis, confortáveis e eficientes - adaptados às
características do Homem - , significa pensar em aspectos como posturas, movimentos corporais,
factores ambientais, tarefas, informações, controlos, ou seja, toda a envolvente de uma situação de
trabalho com o objectivo da sua optimização.
termos de Anatomia, Fisiologia e
Psicologia.”
Organização Mundial de Saúde
1402.
A Ergonomia, nos 20 anos que se seguem, começa a ter um crescimento mais rápido e uma
para além dos meios militares.
“Ergonomia é ciência que trata do máximo rendimento, reduzindo os riscos do erro humano a
um mínimo, ao mesmo tempo que trata de diminuir a fadiga e eliminar dentro do possível os perigos
para o trabalhador, tendo em conta as limitações humanas em
Prática ergonómica
A acção do ergonomista consiste em colocar à disposição dos órgãos de gestão, informação
precisa e operacional acerca da realidade de trabalho as decisões a nível Organizacional, Técnico,
Socia
s:
A Análise Ergonómica consiste na identificação e compreensão das relações existentes entre
as condições organizacionais, técnicas, sociais e humanas que determinam a actividade de trabalho e
os efeitos desta sobre o operador e o sistema produtivo.
Já a Intervenção Ergonómica consiste na operacionalização de planos de acção resultantes da
análise ergonómica. Pod s domínios de actuação:
• conce
l e Humano que permitam alcançar com eficiência e eficácia os objectivos definidos. Para tal
utiliza a Prática Ergonómica, que do ponto de vista operacional compreende 2 fase
• Análise Ergonómica;
• Intervenção Ergonómica.
e situar-se a diferente
pção e/ou reconcepção;
• formação profissional;
• higiene, segurança e saúde ocupacional.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 186 ORIGINAL
“comporta da qualidade de vida no trabalho, e da aquisição e
desen v
Par o permita a realização de diferentes tarefas ele deverá estar
adapta dor e às características das tarefas, nele
desen lv
a omia
Tod rísticas externas diferentes. Essas características, como
a altu d
físicas. Pa
orções do corpo humano. Através de
instrum n o corpo humano e elaboradas tabelas
com o regi
Exe
Nesta prática o ergonomista interage com outros profissionais no sentido de optimização do
mento organizacional”, do incremento
vol imento de novas competências, por parte dos colaboradores da Organização.
a que um posto de trabalh
do às características físicas e capacidades do trabalha
vo idas.
. Conceitos de Ergon
(1) Antropometria
os os indivíduos possuem caracte
ra, imensões dos membros, etc., é que caracterizam as populações e as suas diferenças
ra se ter o conhecimento dessas diferenças, é utilizada a Antropometria.
A antropometria é estudo das dimensões e prop
e tos próprios, são recolhidas dimensões externas d
sto das dimensões recolhidas.
mplo: As dimensões de uma cadeira são adequadas para a população média. No posto de
xistem diferentes indivíduos, com diferentes caratrabalho e cterísticas antropométricas. A altura da
cadeir
e os mais
adaptados
a é adequada para o indivíduo médio, o que faz com que seja desconfortável para os mais altos
baixos. Uma cadeira com ajuste em altura faz com todos os diferentes indivíduos estejam
.
Figura 168 - Cadeira ajustável em altura
(2) Biomecânica
Aqui as leis da física são aplicadas ao corpo humano. Através da biomecânica podem ser
estimadas as tensões que ocorrem nos músculos e nas articulações durante a manutenção de
posturas e num movimento.
Exemplo: Quando se levantam pesos, estes devem ser mantidos o mais possível junto ao
corpo. Quanto mais afastado estiver o peso, mais os braços ficam tensos, o corpo tem tendência a
inclinar-se para a frente e as articulações (cotovelo, ombro e costas) são mais exigidas, o que faz
com que aumentem as tensões sobre elas e sobre os músculos e consequentemente mais força é
necessário fazer.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 187 ORIGINAL
Figura 169 - Aumento da tensão das costas à medida que o braço se afasta do corpo
– esforço
muscular contínuo e localizado - provoca uma tensão nos músculos, o que origina a fadiga muscular
localizada, qu o e uma queda no desempenho.
1403.
(3) Fisiologia
Através da fisiologia é possível estimar o gasto energético do coração e dos pulmões, durante
um esforço muscular. Manter uma postura ou realizar repetidamente o mesmo movimento
e provoca desconfort
Todos nós podemos realizar tarefas por um período de tempo, sem sentir fadiga, desde que as
mesmas não exijam um gasto energético muito elevado. É importante saber qual o gasto energético
de cada tarefa para cada indivíduo, para por exemplo, poder ser implementado o tempo de pausa
para a recuperação do esforço.
Posturas
tureza
da tarefa
músculos
a.
Na apoiado em relação á postura de pé, e menos
cansativa. Apesar da postura de sentado ser melhor que em pé, devem ser evitados longos período
sentados. Tarefas que exijam longos períodos sentados, devem ser alternadas com o ficar em pé
e/ou andar um pouco.
As cadeiras para realizar tarefas na postura de sentado devem ter as seguintes características:
A postura é a organização dos segmentos corporais no espaço e é determinada pela na
ou do posto de trabalho. Posturas prolongadas em pé ou sentadas podem prejudicar os
e as articulações.
Trabalhar sentado
postura de sentado o corpo fica melhor
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 188 ORIGINAL
• A altura do assento deve ser regulável em altura e inclinável, sendo o seu rebordo
arredondado.;
• A coxa deve ficar bem apoiada no assento e os pés devem ficar bem apoiados no chão –
se não ficarem bem apoiados no chão deve ser utilizado um apoio;
• O encosto deve ser ajustável e inclinável e deve proporcionar um bom apoio da região
lombar;
• Deve ter apoio para braços ajustáveis e removíveis;
• A cadeira deve poder ser giratória com uma base de 5 apoios - reduz a necessidade de
torcer o tronco e permite maiores variações de postura, prevenindo a fadiga.
Figura 170 - Exemplo de um apoio para os pés
Figura 171 – Cadeira ajustável
b. Superfícies de trabalho
As características das superfícies de trabalho devem ser determinadas pelo tipo de tarefas a
alizar e pelos equipamentos a serem utilizados. Por exemplo, quem utiliza o computador para
proces
ial necessário à
s;
tável em altura;
lientes que possam magoar ou ferir;
tra e de acabamento fosco, para minimizar os reflexos;
re
sar textos deve ter uma mesa de trabalho diferente de quem utiliza com pouca frequência o
computador. A superfície deve possuir as seguintes características:
• As suas dimensões devem ser de forma a acomodar todo o mater
realização de todas as tarefa
• Se necessário, a superfície pode ser ajus
• Não deve ter rebordos e arestas sa
• O tampo deve ser de cor neu
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 189 ORIGINAL
existir elementos colocados debaixo do tampo, que não permitam o movimento
dos membros inferiores.
o e todo o conjunto
de ac
características apresentadas anteriormente para as cadeiras e superfícies de trabalho,
• A luz do posto de trabalho deve ser preferencialmente natural e difusa – deve vir de uma
ou mais janelas de forma indirecta – e deve incidir do lado esquerdo.
• Não devem
c. Trabalho sentado
Executar tarefas com o auxílio de um equipamento dotado de visor (EDV) pressupõe um posto
de trabalho constituído por um equipamento dotado de visor, um teclado, um rat
essórios opcionais necessários para a execução das tarefas, como por exemplo, um telefone.
Alguns aspectos a ter em conta:
• As
devem ser levadas em linha de conta, quando se realizam tarefas com equipamentos
dotados de visor.
Figura 172 - Posição da iluminação natural
Para evitar reflexos e encadeamentos – aconte ndo é mais brilhante que o
objecto para o qual se olha – as janela s; os efeitos do
encadeamento são:
• Incómodo directo ao trabalho;
• Fadiga visual;
• Sentimento subjectivo de desconforto.
or vezes, é necessário complementar a iluminação natural por iluminação artificial e há
probabilidade da exi
a colocação das luminárias, deve ser paralela ao usuário e perpendicular ao teclado,
devendo ficar longe da linha visual.
ce quando o fu
s devem ser protegida por cortina
P
stência de encadeamentos; a iluminação artificial deve ser fornecida por
luminárias constituídas por lâmpadas de luz fluorescente (apresentam maior semelhança com a luz
natural) e deste modo a luz das lâmpadas e a luz proveniente das janelas devem difundir-se na área
de trabalho;
Figura 173 - A Iluminação artificial
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 190 ORIGINAL
Em algumas situa ões a iluminação acessória será necessária, devendo ser dirigida para a
tarefa e nunca
ç
para o monitor.
Figura 174 - A Iluminação artificial acessória
Ficar sentado a trabalhar na mesma posição durante longos períodos de tempo pode ser
desconfortável, como já foi referido. Para reduzir a possibilidade de desconforto físico ou até mesmo
lesões, é importante ter a noção uma postura adequada. Ao trabalhar sentado com equipamentos
dotados de visor deve ter em conta:
Ao sentar-se próximo à superfície de trabalho, deve apoiar a coluna no encosto da cadeira,
O material de trabalho deve ser disposto de forma a facilitar o seu manuseamento;
• Os braços devem estar relaxados, com os cotovelos ao seu lado e antebraços e mãos
paralelos ao chão;
•
numa posição direita ou levemente inclinada para trás;
• A cadeira deve ser aproximada da mesa de trabalho, observando-se que o tronco e o
pescoço não fiquem curvados;
•
Figura 175 - Posições de sentado
• Se for utilizar teclado e o rato, os punhos devem estar o mais rectos possível (em posição
neutra) e não devem ficar inclinados para os lados a mais de 10º, nem para cima ou para
baixo.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 191 ORIGINAL
s devem estar na horizontal ou levemente inclinadas para baixo e as pernas devem
formar um ângulo quase recto com as coxas.
• Os pés devem ficar direitos e bem apoiados no chão; se necessário, e como já foi referido,
pode ser utilizado um apoio para os pés, verificando antes se a altura do assento está
correctamente ajustada.
• A cabeça deve estar recta ou inclinada ligeiramente para a frente.
• Deve evitar executar tarefas com a cabeça ou o tronco torcidos.
Figura 176 - Posições dos punhos
• As coxa
Figura 177 - Interacção posto de trabalho com equipamento dotado de visor
(1) Colocação do equipamento
A actividade constante, durante horas, frente a um monitor brilhante leva a desconforto, ardor e
vermelhidão dos olhos e tem como sequência, dor de cabeça e enxaquecas, que são as queixas mais
frequentes de quem utiliza equipamentos dotados de visor.
Para que seja reduzida esta acção, o monitor deve ser colocado a uma distância entre 45 e 70
cm do plano dos olhos.
O monitor e os periféricos ocupam um espaço grande na área de trabalho, o ideal é colocá-los
em posições funcionais.
O teclado deve ser colocado à frente do indivíduo, colocado em nível plano ou inclinado
negativamente 5º (pode ser utilizado um apoio para os punhos).
O rato deve deslizar numa superfície que lhe dê aderência, e deve ser colocado ao lado, perto
e ao mesmo nível do teclado.
Se se utilizar muito o teclado para digitar (cópia de texto) deve ser utilizado um suporte para
segurar as folhas em pé e ao lado, o que oferece um maior conforto na leitura.
Se se utilizar muito o teclado para digitar (cópia de texto) deve ser utilizado um suporte para
segurar as folhas em pé e ao lado, o que oferece um maior conforto na leitura.
Figura 178 - Colocação dos periféricos
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 192 ORIGINAL
(2) Conselhos práticos
Aconselham-se a tomar as seguintes medidas no posto de trabalho:
• Por cada hora de trabalho, descansar dez minutos;
• Mudar frequentemente de posição além de fazer pausas regulares para evitar fadiga;
• Movimentar os olhos para cima, para baixo e lateralmente, olhando para diferentes
distâncias à frente ou para os lados;
• Enquanto se estiver a olhar para o monitor, piscar os olhos com frequência, para que não
fiquem secos ou irritados;
• Alternar a postura de trabalho – variar de posição;
• Adaptar o posto de trabalho às características individuais;
• Ter a noção de com se sente mais confortável - a posição correcta e confortável deve ser
encontrada por cada um;
• O equipamento de trabalho (cadeira e secretária) deve estar adaptado à característica
individual de cada um. Uma cadeira muito baixa pode provocar dores nos músculos, e, se
for muito alta, dores nas costas;
• Ajustar a distância (45-70cm) e a altura do monitor – ajustar a altura do monitor de modo a
que a linha superior do monitor fique no máximo da altura dos olhos (nunca acima);
Colocar o rato junto ao teclado na mesma altura;
lado do monitor, com os papéis a serem lidos, assim evita movimentos/força
desnecessários do com o pescoço para os lados;
• Os objectos de utilização frequente como o telefone, a agenda, o furador e outros, devem
ser colocados o mais próximo possível do corpo, para que não seja necessário torcer-se
constantemente e alterar a postura;
• Evitar torção de tronco ao atender as chamadas telefónicas, assim como, segurar o
telefone entre a orelha e o ombro.
•
• Verificar, quando digitar, a orientação dos punhos;
• Se necessário utilizar um suporte de documentos, posicione-o à frente do teclado ou de
Figura 179 - Distância de colocação do monitor Figura 180 - Altura de colocação do monitor
Figura 181 - Colocação do rato
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 193 ORIGINAL
Coloque as mãos sobre o teclado, como se fosse digitar;
• Ponha um lápis (ponto verde na figura) no dorso da mão;
• Verifique se o lápis mantém em equilíbrio, ou se cai para a frente ou para trás;
• Se o lápis cair, a posição está incorrecta.
Para verificar a posição correcta da altura da mão-antebraço, faça o seguinte teste:
•
Figura 182 – Verificação da posição da mão-antebraço
Figura 183 – Utilização incorrecta do telefone
O telefone deve ficar do lado contrário ao da mão principal de digitação, de forma que seja
possível atender ao telefone com uma das mãos e digitar com a outra, se for necessário, sem
precisar torcer o pescoço. Se utilizar muito o telefone, um auricular será uma ajuda!
d. Trabalho em pé
A postura de pé é recomendada onde existam grandes deslocamentos no local de trabalho e
em tarefas que seja necessário aplicar grandes forças. As tarefas que exigem longos períodos de
tempo em pé devem ser alternadas com tarefas que possam ser realizadas na postura de sentada ou
a andar. Os postos de trabalho devem ser pensados de maneira a que se possa alternar a postura de
pé com a de sentado.
Alguns aspectos a ter em conta:
• Assim como no caso da postura de sentado, a altura da superfície de trabalho, deve ser de
acordo com o tipo de tarefas e com as características individuais de cada um;
• Deve ser mantido um espaço livre sob a superfície para colocar as pernas e os pés;
Os alcances excessivos com os braços, para a frente e para os lados, devem ser limitados,
evitando assim um esforço excessivo sobre os mesmos e a inclinação ou rotação do
tronco;
• Todas as ferramentas, dispositivos de uso mais frequente devem ser colocados perto do
corpo e dentro dos alcances adequados.
•
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 194 ORIGINAL
Figura 184 - Altura da superfície de trabalho consoante tipo de tarefas
Figura 185 - Espaço mínimo para a colocação das pernas e pés, na postura em pé
Figura 186 - Alcances máximos das mãos
1404. Perturbações músculo-esqueléticas
As perturbações músculo-esquelécticas são diferentes tipos de lesões nos músculos, nervos e
articulações que surgem associadas ao trabalho e que normalmente surgem após um certo tempo de
execução da mesma actividade. Surgem por diferentes razões, como por exemplo:
• Repetição de movimentos;
• Posturas desaconselháveis assumidas;
• Mau design do posto de trabalho;
• Manuseamento de cargas;
• Contracções estáticas e prolongadas em determinadas zonas do corpo;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 195 ORIGINAL
• Fadiga.
As lombalgias, as tendinites e a síndrome do canal cárpico são exemplo de perturbações
músculo-esqueléticas que podem ter origem profissional.
Para que se tenha uma noção da dimensão do problema elas afectam milhões de
trabalhadores na Europa em diferentes actividades - 30% dos trabalhadores europeus queixam-se de
dores nas costas; 17% queixam-se de dores musculares nos membros inferiores e superiores e 45%
queixam-se de dores causadas por posturas incorrectas associadas ao trabalho.
As lombalgias ou dores nas costas podem limitar o dia-a-dia de um indivíduo, tornando a
realização de tarefas impossível. A maioria dos adultos sofre pelo menos uma vez na vida de
lombalgias.
Não existe uma única causa para as lombalgias, mas o início de das referidas dores parece ser
associada a uma lesão a um movimento brusco descontrolado, um esforço intenso, uma má postura,
etc.
a. A coluna vertebral
A coluna vertebral é constituída por 32 a 34 vértebras, divididas em 5 regiões.
Coluna vertebral:
7 vértebras cervicais
12 vértebras dorsais
(onde se articulam as costelas)
5 vértebras sacras
3 a 5 vértebras coxígenas
Figura 187 - Coluna vertebral
Pela sua localização as vértebras lombares são as que mais sofrem. Elas têm que suportar o
peso de toda a coluna e do tronco. As vértebras encontram-se “empilhadas” constituindo uma coluna
em forma de “S” alongado. Estão separadas por discos intervertebrais que se assemelham a uma
“almofada”.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 196 ORIGINAL
Nú
Nú
Figura 188 - Discos Intervertebrais
O disco é formado por um anel externo fibroso e por um núcleo interno gelatinoso que se
deforma. Quando é exercida uma pressão vertical sobre a coluna esta pressão é transmitida entre as
vértebras através dos discos intervertebrais.
cleo gelatinoso
Anel fibroso
Medula espinal
Anéis fibrosos
cleo gelatinoso
Figura 189 - Pressão vertical
Figura 190 – Movimento de flexão
Posturas ou movimentos inadequados produzem tensões mecânicas nos músculos, ligamentos
e articulações resultando em dores no sistema músculo – esquelético.
Os movimentos de rotação provocam sobre os discos um efeito de fricção - principalmente a
nível lombar. A repetição dos movimentos que sujeitam os discos a esforços anormais (flexões com
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 197 ORIGINAL
grande amplitude) conduzem à deterioração progressiva dos discos. As fibras tendem a dar de si e
rompem.
Figura 191 – Acção de esforços sobre os discos
b. Lesões músculo-esqueléticas
As lombalgias surgem por diferentes causas, incluindo o desgaste provocado pela idade. Este
é um factor difícil e impossível de ultrapassar, mas no entanto, existem pequenas estratégias que
podem ajudar a combater possíveis “dores nas costas”.
(1) Excesso de peso e actividade física
O excesso de peso é um factor de risco para a saúde, incluindo para as lombalgias. Quanto
mais peso um indivíduo tiver maior será a carga que a coluna tem de suportar.
Ao manter um peso saudável alivia-se o peso para a coluna.
A actividade física para além de trazer grandes benefícios para a saúde em geral, contribui
seguramente para evitar as dores nas costas.
Caminhar, nadar, andar de bicicleta são algumas actividades que oferecem benefícios, quando
praticadas com moderação. A prática exagerada de actividades físicas sem acompanhamento é
prejudicial à saúde.
Erguer pesos correctamente
Uma pasta de arquivo, caixas ou um saco pesados, podem provocar danos na coluna ao serem
erguidos incorrectamente.
Utilizar técnica para levantar pesos pode contribuir para evitar as dores nas costas.
(2) Levantamento de pesos
Regras a adoptar:
• Vire-se para o objecto e posicione-se perto dele;
• Mantenha os pés afastados e o peso do corpo distribuído pelos pés;
• Dobre os joelhos (não pela cintura) numa posição confortável;
• As costas são mantidas direitas;
• As pernas são quem faz a força, e não os músculos das costas, mantendo o objecto junto
ao corpo;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 198 ORIGINAL
• Se for necessário virar ou pousar o objecto, vire todo o corpo, movendo os ombros, ancas
e pés ao mesmo tempo;
• Se tiver que transportar o objecto faça-o junto ao corpo.
(3) Actividades diárias
Existem certas actividades do nosso dia-a-dia que podem exigir muito às costas.
Como para as tarefas profissionais, não devemos ficar sentados ou em pé durante muito
tempo;
Se tiver que executar uma tarefa em pé, deve colocar um dos pés num apoio e ir alternando.
Na arrumação de um armário, não se estique muito para cima; se um objecto estiver na parte
de cima do armário, suba com cuidado a um banco para alcançar a altura desejada.
Figura 192 –Incorrecto Figura 193 –Correcto
Para arrumar a parte debaixo do armário, evite inclinar o corpo para frente; em vez disso,
sente-se numa cadeira ou banco que irá proporcionar maior conforto na realização da tarefa.
Figura 194 – Incorrecto Figura 195 – Correcto
Quando se sentar mantenha as costas direitas, os pés apoiados no chão e os joelhos um
pouco mais elevados que as ancas.
Figura 196 – Incorrecto Figura 197 – Correcto
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 199 ORIGINAL
Ao levantar-se incline o corpo para frente sem fazer tensão os músculos do pescoço e costas,
estenda os joelhos enquanto leva a cabeça e o tronco para frente e para cima, até chegar à posição
em pé.
Figura 198 – Forma correcta de levantar
Durma de lado e escolha uma almofada que mantenha a cabeça nivelada com a coluna; o
colchão deve ser suficientemente rijo para suportar a coluna (para não “afundar” na cama) e
acompanhar os contornos do corpo.
Figura 199 - Incorrecto Figura 200 - Correcto
Ao conduzir e se fizer uma viagem longa, pare com frequência. Durante o percurso, coloque
uma almofada na região lombar e tenha atenção à postura durante a condução.
Figura 201 - Incorrecto Figura 202 - Correcto
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO 200 ORIGINAL
Figura 203 – Posturas de trabalho incorrectas e solução com aparelhos auxiliares
Figura 204 – Posturas de trabalho incorrectas e solução com aparelhos auxiliares
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO A-1 ORIGINAL
ANEXO A - FRASES DE RISCO
Frases de risco:
R1 Explosivo no estado seco.
R2 Risco de explosão por choque, fricção, fogo, ou outras fontes de ignição.
R3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo, ou outras fontes de ignição.
R4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.
R5 Perigo de explosão sob acção do calor.
R6 Perigo de explosão em contacto ou sem contacto com o ar.
R7 Pode provocar incêndios.
R8 Perigo de incêndio em contacto com matérias combustíveis.
R9 Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis.
R10 Inflamável.
R11 Muito inflamável.
R12 Extremamente inflamável.
R13 Gás liquefeito extremamente inflamável.
R14 Reage violentamente em contacto com a água.
R15 Em contacto com a água liberta gases muito inflamáveis.
R16 Pode explodir quando misturado com substâncias comburentes.
R17 Espontaneamente inflamável ao ar.
R18 Aquando da utilização, formação possível de mistura vapor/ar
inflamável/explosiva.
R19 Pode formar peróxidos explosivos.
R20 Nocivo por inalação.
R21 Nocivo em contacto com a pele.
R22 Nocivo em caso de ingestão.
R23 Tóxico por inalação.
R24 Tóxico em contacto com a pele.
R25 Tóxico em caso de ingestão.
R26 Muito tóxico por inalação.
R27 Muito tóxico em contacto com a pele.
R28 Muito tóxico em caso de ingestão.
R29 Em contacto com a água liberta gases tóxicos.
R30 Pode tomar-se muito inflamável durante a utilização.
R31 Em contacto com ácido liberta gás tóxico.
R32 Em contacto com ácido liberta gás muito tóxico.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO A-2 ORIGINAL
R33 Perigo de efeitos cumulativos.
R34 Provoca queimaduras.
R35 Provoca queimaduras graves.
R36 Irritante para os olhos.
R37 Irritante para as vias respiratórias.
R38 Irritante para a pele.
R39 Perigo de efeitos irreversíveis muito graves.
R40 Possibilidade de efeitos irreversíveis.
R41 Risco de lesões oculares graves.
R42 Pode provocar uma sensibilização por inalação.
R43 Pode provocar uma sensibilização em contacto com a pele.
R44 Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado.
R45 Pode provocar cancro.
R46 Pode causar alterações genéticas hereditárias.
R47 Pode causar malformações congénitas.
R48 Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada.
R49 Pode causar o cancro por inalação.
R50 Muito tóxico para organismos aquáticos.
R51 Tóxico para organismos aquáticos.
R52 Nocivo para organismos aquáticos.
R53 Pode causar efeitos negativos a longo prazo no ambiente aquático.
R54 Tóxico para a flora.
R55 Tóxico para a fauna.
R56 Tóxico para organismos do solo.
R57 Tóxico para as abelhas.
R58 Pode causar efeitos negativos a longo prazo no ambiente.
R59 Perigoso para a camada do ozono.
R60 Pode comprometer a fertilidade.
R61 Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendência.
R62 Possíveis riscos de comprometer a fertilidade.
R63 Posíveis riscos na descendência.
64 Pode causar danos nas crianças alimentadas com leite materno.
leta
R14/15 Reage violentamente com a água libertando gases muito inflamáveis.
durante a gravidez de efeitos indesejáveis
R
A combinação de algumas destas frases de risco produz informação mais comp
como, por exemplo:
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO A-3 ORIGINAL
R15/29 Em contacto com a água liberta gases tóxicos e muito inflamáveis.
R20/21 Nocivo por inalação em contacto com a pele.
R21/22 Nocivo por contacto com a pele e ingestão.
R20/22 Nocivo por inalação e ingestão.
R20/21/22 Nocivo por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.
R23/24 Tóxico por inalação e contacto com a pele.
R24/25 Tóxico em contacto com a pele e por inalação.
e efeitos irreversíveis muito graves por inalação.
R40/20 Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação.
R48/20/21/22 Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição
prolon pele e por ingestão.
R23/25 Tóxico por inala
R39/23 Tóxico: perigo d
ção e ingestão.
gada por inalação, por contacto com a
No Anexo IV da Portaria 732A/96 estão listadas outro tipo de frases ditas de
segurança e que são no fundo conselhos de prudência no emprego de substâncias ou
preparações perigosas, com vista a diminuir a probabilidade de acidente.
Frases de segurança:
chave. S1 Conservar fechado à
S3
S4
S5 Conservar em (líquido apropriado a especificar pelo produtor).
S6 Conservar em ...(gás inerte a especificar pelo produtor).
iente bem fechado.
incompatíveis a indicar pelo produtor).
S16 Conservar longe de qualquer fonte de ignição - Não fumar.
urante a utilização.
S2 Conservar fora do alcance das crianças.
Conservar num lugar fresco.
Conservar longe de qualquer zona de habitação.
S7 Conservar o recip
S8 Conservar o recipiente ao abrigo da humidade.
S9 Conservar o recipiente num local bem ventilado.
S12 Não fechar hermeticamente o recipiente.
S13 Conservar longe dos alimentos e das bebidas, incluindo os alimentos para
animais.
S14 Conservar longe de ...(matérias
S15 Conservar longe do calor.
S17 Manter longe de matérias combustíveis.
S18 Manipular e abrir o recipiente com prudência.
S20 Não comer nem beber d
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO A-4 ORIGINAL
a utilização.
S22 N
S23 Não es / vapores / fumos / aerossóis (termo(s) apropriado(s) a
indicar pelo
S24 E a
S25 E a
S26 Em caso de contacto com os olhos, lavar imediata e abundantemente com água e
consultar u
S27 R ir
28 Em caso de contacto com a pele, lavar imediata e abundantemente com (produtos
adequados a indicar pelo produtor).
s.
caução.
Usar luvas apropriadas.
uipamento respiratório adequado.
os e cara.
S40 Para limpar o chão ou os objectos contaminados com este produto, utilizar ... (a
especificar pelo produtor).
ório
adequado (termo(s) apropriado(s) a
S43 Em cas bricante. Se a
água aumentar os riscos acrescentar
S44 Em caso de indispo
S45 Em caso de a
(mostrar-lhe o rótulo se possível).
S46 Em caso de ingestão, consultar imediatamente um médico e mostrar-lhe a
embalagem ou o rótulo.
S47 Conservar a uma temperatura que não exceda... °C (a especificar pelo
fabricante).
S48 Manter húmido com... (material adequado a especificar pelo fabricante).
S49 Conservar unicamente no recipiente de origem.
S50 Não misturar com ...(a especificar pelo fabricante).
S21 Não fumar durante
ão respirar as poeiras.
repirar os gas
produtor).
vit r o contacto com a pele.
vit r o contacto com os olhos.
m médico.
et ar imediatamente toda a roupa contaminada.
S
S29 Não deitar os resíduos nos esgotos.
S30 Nunca deitar água neste produto.
S33 Evitar acumulação de cargas electrostática
S34 Evitar o choque e a fricção.
S35 Deitar fora este produto e o seu recipiente com a devida pre
S36 Usar vestuários de protecção adequados.
S37
S38 Em caso de ventilação insuficiente, usar eq
S39 Usar um equipamento de protecção de olh
S41 Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos.
S42 Durante as fumigações/ pulverizações usar um equipamento respirat
indicar pelo fabricante).
o de incêndio utilizar meios de extinção a especificar pelo fa
"Nunca utilizar água".
sição, consultar o médico (mostrar-lhe o rótulo se possível).
cidente ou de indisposição, consultar imediatamente um médico
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO A-5 ORIGINAL
S51 Usar s
nas zonas habitadas.
S53 Evitar a exposição, obter instruções especiais antes da utilização.
S55 T as melhores técnicas conhecidas antes da descarga no sistema de
esgotos ou
S56 N sistema de esgotos ou no ambiente; entregar num
lugar autorizado para descarga de resíduos.
S57 U iz
S58 Deve ser eliminado como resíduo perigoso.
S59 Solicitar ao fabricante/ fornecedor informações relativas à sua
recuperação/reciclagem.
S60 Es
perigosos.
S61 Ev ambiente. Obter instruções específicas/fichas de
segurança.
62 Em caso de ingestão não provocar o vómito. Consultar imediatamente um médico
e mostrar-lhe a embalagem ou o rótulo.
Conselhos de prudência:
ó em lugares bem ventilados.
S52 Não utilizar em grandes superfícies
S54 Obter autorização das autoridades responsáveis pelo controlo da poluição antes
da descarga nas instalações de tratamento de águas residuais.
ratar usando
no ambiente aquático.
ão efectuar a descarga no
til ar um recipiente adequado para evitar a contaminação do ambiente.
te material e/ou o seu recipiente devem ser eliminados como resíduos
itar a libertação para o
S
S1/2 Conservar fechado à chave e fora do alcance de crianças.
S3/9 Conservar em lugar fresco bem ventilado.
S7/9 Manter o recipiente bem fechado em local bem ventilado.
S3/7/9 C ado.
7/8 Conservar o recipiente bem fechado ao abrigo da humidade.
S20/21
S24/25
S36/37 Usar vestuário de protecção
36/39 Usar vestuário de protecção e equipamento de protecção para os olhos/cara
adequados.
S36/37/
olhos/cara ad
S3/14 Conservar em lugar fresco ao abrigo de... (matérias incompatíveis a indicar pelo
produtor).
onservar em recipiente bem fechado, em local fresco e bem ventil
S
Não comer, beber ou fumar durante a utilização.
Evitar contacto com a pele e os olhos.
e luvas adequadas.
S
39 Usar vestuário de protecção, luvas e equipamento de protecção para os
equados.
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO A-6 ORIGINAL
S3/9/14
incompatíveis
S3/9/49
ventilado.
S3/9/14/49 Conservar ar fresco e bem
ventilado ao abrigo de (matérias incompatíveis a indicar pelo produtor).
S47/49 Conservar unicamente no recipiente de origem à temperatura que não
ultrapasse ... °C (a especificar pelo produtor).
Conservar em lugar fresco e bem ventilado ao abrigo de ...(matérias
a indicar pelo produtor).
Conservar unicamente no recipiente de origem em lugar fresco e bem
unicamente no recipiente de origem em lug
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-1 ORIGINAL
UANEXO B - DADOS TÉCNICOS DE EPI
1. CAPACETES DE PROTECÇÃO
UNormalização aplicável:
EN397: Capacetes de protecção para a industria
Marcação: Numero da norma europeia, nome ou identificação do fabricante, ano e
trimestre de fabrico, tipo de capacete, tamanho ou intervalo de tamanho, as instruções ou
recomendações de ajuste, montagem, utilização, limpeza, desinfecção, manutenção, revisão
e armazenamento são definidas pelas instruções de uso.
EN812: Bonés anti-choque para a industria
São essencialmente destinados a ser utilizados em ambientes fechados. O boné anti-
choque não foi previsto para proteger o utilizador contra as quedas de objectos e não pode
em caso algum substituir um capacete de protecção para a indústria.
2. ABAFADORES DE RUÍDO:
UNormalização aplicável:
EN352: Segurança e ensaios;
EN352-1: Bandas da cabeça;
EN352-2: Obturadores dos ouvidos;
EN352-3: Bandas de cabeça montadas sobre capacetes de protecção para a industria;
Estas normas estabelecem as exigências em termos de fabrico, de concepção, de
desempenho e de procedimentos de ensaio. Indicam também que as informações relativas
às características sejam colocadas à disposição.
EN458:Protecção auditiva
Providencia recomendações relativas à escolha, utilização, manutenção e precauções
de uso.
3. MÁSCARAS RESPIRATÓRIAS
UNormalização aplicável:
EN136: Mascaras completas
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-2 ORIGINAL
Inclui ensaios relativos à resistência à temperatura, aos choques, à chama, à radiação
térmica, à tracção, aos produtos de limpeza e de desinfecção.
Alem disso, a inspecção visual deve abranger a marcação e o manual de uso do
fabricante.
EN140: Meias máscaras e quarto de máscara
Diz respeito aos ensaios de resistência aos choques, aos produtos de limpeza e de
desinfecção, à temperatura, à humidade, aos ambientes corrosivos, à chama e os ensaios
de resistência respiratória.
EN141/EN1487: Filtros anti-gás e filtros combinados
Inclui ensaios de laboratório destinados a garantir a conformidade da resistência aos
choques, à temperatura, à humidade e aos ambientes corrosivos e da resistência mecânica
e respiratória.
EN143: Filtros contra partículas
Refere-se à resistência aos choques, à temperatura, à humidade e aos ambientes.
EN149:Meias-máscaras filtrantes
Diz respeito aos ensaios de resistência aos choques, aos produtos de limpeza e de
desinfecção, à temperatura, à chama e aos ensaios de resistência respiratória.
EN405: Meias-máscaras filtrantes com válvulas e filtros anti-gas ou filtros combinados.
Especifica os ensaios em termos de resistência às manipulações, ao desgaste, aos
choques, á chama e á resistência respiratória.
Figura 1 – Classificação de eficácia de filtros
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-3 ORIGINAL
Figura 2 – Critérios de escolha de filtros respiratórios
4. FILTROS OCULARES
Figura 3 – Utilização recomendada para soldadura
5. PROTECÇÃO DAS MÃOS
UIndicações sobre os materiais de fabrico:
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-4 ORIGINAL
Luvas técnicas sintéticas e em látex
Os índices de resistência tabelados permitem apreciar as capacidades de resistência
de cada material dado que a manipulação um produto de forma prolongada ou intermitente
não requer obrigatoriamente o mesmo tipo de protecção. È necessário controlar
sistematicamente o comportamento da luva quando exposta a fenómenos capazes de
alterar a sua eficácia. Convêm destacar dois fenómenos principais:
• A deterioração: A luva deteriora-se e perde as suas propriedades físicas
(geralmente amolece ou endurece);
• A permeação: Embora a luva não apresente nenhum sinal de porosidade nem de
imperfeição, o produto químico pode passar progressivamente a luva e a mão corre
o risco de entrar em contacto com o produto potencialmente perigoso.
• Figura 4 – Tabela de resistência das luvas
Luvas técnicas têxtil
A agulha é o órgão principal dos teares recebendo a linha e executando a malha da
luva (tecelagem do fio). O número representa a quantidade de agulhas dentro de uma
polegada inglesa, ou seja 2,54 cm. Quanto maior o número, mais fina a luva, melhor a
destreza e a sensibilidade. Quanto menor o número, mais espessa a luva, melhor a
protecção dada ao produto. O objectivo será chegar a um bom compromisso entre o risco
que se quer evitar e a destreza desejada.
Fibras de alta tecnologia
Kevlar: Uma protecção excepcional contra os cortes e o calor. O kevlar é uma fibra
que associa ao mesmo tempo, leveza e alta tenacidade. Com peso igual, o Kevlar é cinco
vezes mais resistente que o aço.
Características gerais:
• As luvas em fibra Kevlar são 3 vezes mais resistentes ao corte do que as
luvas de pele.
• Temperaturas de combustão entre 425º C e 475º C;
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-5 ORIGINAL
• Têm propriedades de auto-extinção (não ardem sem outro combustível)
• Boa estabilidade dimensional, grande estabilidade ao calor (encolhimento
reduzido).
• Boa estabilidade química;
• Pontos fortes: Macio ao tocar, conforto, lavável, destreza.
Dynema: Esta fibra é um polietileno de alta tenacidade. Possui características
mecânicas excepcionais, sendo um material resistente a um grande número de produtos
químicos, resiste aos produtos de limpeza.
Pele de vaca: Flor - Maleabilidade destreza à abrasão, ao rasgo e ás picadas; Croute
– Custo inferior à pele flor integral, com óptima resistência à abrasão.
Pele de cabra: Maleabilidade, destreza, resistência óptima à abrasão, ao rasgo e às
picadas.
Pele de porco: Flor e croute: Custo reduzido.
Pele ovino: Maleabilidade e destreza
UNormalização aplicável:
Para que possam ser homologadas em categoria II, as luvas de protecção devem
satisfazer as exigências gerais da norma EN420, ou seja:
• Respeitar a inocuidade (PH, Teor em Crómio, etc);
• Respeitar as cartas de tamanho;
• Passar o teste de destreza (adaptar o produto ao posto);
• Respeitar as instruções de marcação, de informação, de identificação;
Figura 5 – Tabela de tamanhos de luvas (acordo norma EN420)
Etiquetagem/identificação normalizada
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-6 ORIGINAL
Todos os produtos para satisfazerem as exigências da directiva 89/686/CEE devem
ser claramente identificados por uma etiqueta própria normalizada com:
• Marca;
• Logótipo;
• Referência;
• Tamanho;
• Folheto de informação indicando as intrusões de uso (min. 4 idiomas);
• Pictogramas de normalização com os níveis de desempenho.
UPictogramas de desempenho de luvas:U
Resistência mecânica: A norma EN388 aplica-se a todos os tipos de luvas de
protecção e diz respeito às agressões físicas e mecânicas por abrasão, corte por
lâminas, perfuração e rasgo
Figura 6 – Simbologia de protecção contra riscos mecânicos (EN388)
Figura 7 – Classificação de protecção contra riscos mecânicos (EN388)
A norma EN659 aplica-se unicamente às luvas de protecção destinadas ao combate a incêndios e nas operações de busca e resgate. Define os métodos de ensaios e as capacidades mínimas (por exemplo os níveis mínimos de resistência mecânica são 2,2,2)
Figura 8 – Simbologia de protecção para utilização por bombeiros (EN388)
A norma EN511 define as exigências e os métodos de ensaio para as luvas de protecção contra o frio transmitido por convecção ou condução até -50ºC. Este frio pode estar relacionado com as condições climatéricas ou com uma actividade industrial
Figura 9 – Simbologia de protecção contra riscos provocados pelo frio (EN511)
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2801
NÃO CLASSIFICADO B-7 ORIGINAL
A norma EN407 determina os métodos de ensaio, as exigências gerais, os níveis de desempenho térmico e a marcação das luvas de protecção contra calor e/ou fogo. Aplica-se a todas as luvas destinadas a proteger as mãos contra calor e/ou as chamas sob uma ou várias formas a seguir: incêndio, calor de contacto, calor por convecção, calor de radiação. Pequenas projecções de metal em fusão ou projecções de grandes partículas de metais em fusão.
Figura 10 – Simbologia de protecção ao calor e fogo (EN407)
Figura 11 – Classificação de protecção ao calor e fogo (EN407)