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CC.. WW.. LLEEAADDBBEEAATTEERR
OOSS CCHHAAKKRRAASS
OOSS CCEENNTTRROOSS MMAAGGNNTTIICCOOSSVVIITTAAIISS DDOO SSEERR HHUUMMAANNOO
REV. C. W. LEADBEATER
Traduo de
J. GERVSIO DE FIGUEIREDO
EDITORA PENSAMENTOSo Paulo
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Ttulo do original: The Chakras
Edio original de
The Theosophical Publishing House Adyar, Madras ndia
Capa de PEDRO GAMBAROTTO
Ano
02-03-04-05-06-07-08-09
Direitos reservados
EDITORA PENSAMENTO-CULTRIX LTDA.
Rua Dr. Mrio Vicente, 368 - 04270000 - So Paulo, SP
Fone: 272-1399 - Fax: 2724770
E-mail: [email protected]
http://www.pensamento-cultrix.com.br
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NDICEPREFCIO
CAPTULO I OS CENTROS DE FORASignificado da palavra. Explicaes preliminares. O duplo etrico. Os
centros. Forma dos vrtices. As pranchas. O chakra fundamental. O chakra
esplnico. O chakra umbilical. O chakra cardaco. O chakra larngeo. O
chakra frontal. O chakra coronrio. Outros dados referentes aos chakras.
CAPTULO II AS ENERGIAS
A energia primria ou energia da vida. O fogo serpentino. Os trs condutos
espinais. Casamento das energias. O sistema simptico. Os gngliosespinais. Vitalidade. O glbulo de vitalidade. Proviso de glbulos. Energias
psquicas.
CAPTULO III A ABSORO DE VITALIDADE
O glbulo de vitalidade. Os raios. Os cinco vayus prnicos. Vitalidade e
sade. Os tomos descarregados. Vitalidade e magnetismo.
CAPTULO IV DESENVOLVIMENTO DOS CHAKRAS
Funes dos chakras despertos. Chakras astrais. Sentidos astrais. Despertardo kundalini. Despertar dos chakras etricos. Clarividncia eventual. Perigo
da atualizao prematura. Experincia pessoal. A tela etrica. Os efeitos do
lcool e narcticos. Efeitos do tabaco. Abertura das portas.
CAPTULO V A LAYA-IOGA
Os livros hindus. Srie hindu dos chakras. As figuras dos chakras. O chakra
cardaco. As ptalas e as letras. Os Mandalas. Os Yantras. Os animais. As
divindades. Os ns. O ltus secundrio do corao. Efeitos da meditao. Okundalini. Atualizao do kundalini. Ascenso do kundalini. O objetivo do
kundalini.
CONCLUSO1
1Este livro foi digitalizado e distribudo GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a inteno de facilitar
o acesso ao conhecimento a quem no pode pagar e tambm proporcionar aos Deficientes Visuais a
oportunidade de conhecerem novas obras.Se quiser outros ttulos procure por http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros. Ser um prazer receb-lo em nosso grupo.
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NDICE DE ILUSTRAESFrontispcio Chakra coronrio
PRANCHA
I. Chakra raiz ou bsico
II. Chakra do bao
III. Os chakras, segundo Gichtel
IV. Chakra do umbigoV. Chakra do corao
VI. Os chakras e o sistema nervoso
VII. Chakra larngeo
VIII. As correntes de vitalidade
IX. Chakra frontal
FIGURAS
1. Os chakras2. Representaes do chakra coronrio
3 As trs emanaes ou ondas de vida
4. Os condutos espinais
5. Configurao das energias
6. Forma das energias combinadas
7. tomo fsico ultrrimo
8. Constituio do oxignio9. Corpo pituitrio e glndula pineal
10. Diagrama hindu do chakra cardaco
TABELAS
1. Os Chakras
2. Os Chakras e os Plexos
3. A Vitalidade e os princpios humanos
4. Os cinco vayusprnicos5. Cores das ptalas
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6. Alfabeto snscrito
7. Formas simblicas dos elementos
PPRREEFFCCIIOO
Quando um homem comea a aguar os sentidos, que ento lhe
permitem perceber algo mais do que os outros percebem, desdobra-se diante
dele um mundo novo e fascinante. Os chakras so as primeiras coisas desse
novo mundo que lhe chamam a ateno. As pessoas se lhe apresentam sobum novo aspecto, nelas descobrindo muita coisa que antes permanecia oculta
sua vista; e portanto, capaz de compreender, apreciar e, nos casos
necessrios, auxiliar o prximo muito melhor do que lhe era possvel antes. Os
pensamentos e emoes das pessoas surgem a seus olhos com toda a clareza
de forma e cor, e o grau de sua evoluo e as condies de sua sade so
para ele evidentes em vez de conjeturveis. O brilhante colorido e o rpido e
incessante movimento dos chakras colocam as pessoas sob a imediataobservao do investigador, que naturalmente deseja conhecer o que so e
que significam.
O objetivo desta monografia elucidar esse ponto e dar queles que
no tm tentado desenvolver suas faculdades latentes, uma idia desta
pequena parte do que seus irmos mais felizes vem e, na medida do possvel,
compreendem.
A fim de evitar desde j qualquer mal-entendido, convm no perder
de vista que nada h de fantstico, nem contra a natureza, quando potncia
visual que capacita alguns para perceber mais que outros, pois consiste
simplesmente numa extenso das faculdades com que estamos
familiarizados, e aquele que atinge essa extenso pode perceber vibraes
mais rpidas que aquelas a que os sentidos fsicos esto normalmentehabituados a responder.
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No transcurso da evoluo e a seu devido tempo todos ampliaro
suas faculdades ordinrias, mas h aqueles que se deram ao trabalho de
agu-las antes que os demais, custa de um labor muito mais rduo do quea generalidade das pessoas quereria empreender.
Bem sei que ainda h muitssimas pessoas to atrasadas a respeito
da marcha do mundo, que negam tal amplitude de faculdades, exatamente
como h aldees que nunca viram uma locomotiva, ou selvagens da frica
Central que no crem na solidificao da gua.
Faltam-me tempo e espao para argir contra to invencvel
ignorncia, e restrinjo-me a recomendar minha obra, Clarividncia, e outras de
diferentes autores que tratam do mesmo assunto, a todos os que o desejarem
investigar. A Clarividncia tem sido comprovada centenas de vezes, e no
pode duvidar dela quem seja capaz de ponderar o valor das provas.
Muito se tem escrito sobre os chakras, mas tudo isso em snscrito
ou nalgum dos vrios idiomas vernculos da ndia, e at mui recentemente
no se havia publicado nada sobre eles em ingls. Mencionei-os pelo ano de
1910 em A Vida Interna, e depois disso apareceu a magnfica obra The
Serpent Power, de sir John Woodroffe, e traduziram-se alguns tratados
hindus. Em The Serpent Power reproduzem-se os desenhos simblicos dos
chakras usados pelos iogues hindus; mas tanto quanto alcano, as ilustraes
que exornam esta monografia so a primeira tentativa para representar os
chakras tal como efetivamente aparecem ante os olhos daqueles que os podem
ver.
Na verdade, moveu-me principalmente a escrever esta monografia o
desejo de mostrar os formosssimos desenhos traados por meu amigo Rev.
Edward Warner, a quem manifesto o muitssimo que devo pelo tempo e
trabalho empregados em tal tarefa. Tambm me cabe agradecer ao meu
infatigvel colaborador, professor Ernest Wood, a compilao e cotejo dos
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valiosos informes que, a respeito das opinies dominantes na ndia sobre o
nosso assunto, contm o captulo V, segundo ver o leitor.
Como me achava atarefado noutra obra, minha primeira inteno foilimitar-me a colecionar e reimprimir tudo quanto desde muito tempo atrs
havia eu escrito sobre os chakras, e d-lo como texto explicativo das
ilustraes. Mas ao repassar os artigos, ocorreram-me algumas observaes, e
alguma investigao me fez conhecer pontos adicionais que inseri
devidamente. Um dos mais interessantes que no ano de 1895 a doutora
Annie Besant observou a vitalidade do globo e o anel kundalini, e os
catalogou como hipermetaproto elementos, ainda que ento no houvesse sido
bastante extensa a investigao para descobrir a relao de ambos os
elementos entre si e o papel importante que desempenham na economia da
vida humana.
C. W. L.
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CCaappttuulloo IIOOSS CCEENNTTRROOSS DDEE FFOORRAA
SSIIGGNNIIFFIICCAADDOO DDAA PPAALLAAVVRRAA
A palavra chakra snscrita, e significa roda. Tambm se usam
vrias acepes figuradas, incidentais e por extenso, como nas lnguas
ocidentais. Da mesma forma como falamos da roda do destino ou da fortuna,
assim tambm os budistas falam da roda da vida e da morte, e designam
com o nome de Dhammachakkappavattana Sutta1 ao primeiro sermo em
que o Senhor Buda pregou a Sua doutrina, nome esse que o professor Rhys
Davids traduz poeticamente pela expresso: "por em marcha as rodas da
regia carroa do Reino da justia". Este o exato significado da expresso
para o budista devoto, ainda que a traduo literal das palavras seja "o giro
da roda da Lei". O uso em acepo figurada da palavra chakra. de que
tratamos neste momento, refere-se a uma srie de vrtices semelhantes a
rodas que existem na superfcie do duplo etrico do homem.
EXPLICAES PRELIMINARES
Como possivelmente este livro cair em mos de pessoas no
familiarizadas com a terminologia teosfica, no ser demais uma explicao
preliminar.
Nas conversaes comuns e superficiais, o homem costuma falar
de sua alma como se o corpo, por intermdio do qual ele fala, fosse o seu
1 Chakka o equivalente pli do snscrito chakra.
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verdadeiro ser, e que a alma, uma propriedade ou feudo do corpo, algo
semelhante a um globo cativo a flutuar sobre o corpo, a ele ligado de certo
modo. Esta afirmao vaga, inexata e errnea, pois a inversa que
verdadeira. O homem uma alma que possui um corpo, ou em realidadevrios corpos, porque alm do corpo visvel, por cujo meio desenvolve seus
negcios neste baixo mundo, tem outros corpos invisveis viso ordinria,
com os quais se relaciona com os mundos emocional e mental. Contudo, por
ora no trataremos desses outros corpos.
Durante o sculo passado houve um enorme avano no
conhecimento dos pormenores do corpo fsico; e os fisilogos esto agora
familiarizados com as suas desconcertantes complexidades e tm, pelo
menos, uma idia geral de como funciona seu mecanismo assombrosamente
intrincado.
O DUPLO ETRICO
Os fisilogos tm limitado sua ateno parte do corpo fsico
bastante densa para que a vejam os olhos, e a maioria deles desconhece
provavelmente a existncia daquele grau de matria, tambm fsica, ainda
que invisvel, a que em Teosofia chamamos etrica1. Esta parte invisvel do
corpo fsico de suma importncia para ns, porque o veculo pelo qual
fluem as correntes vitais que mantm vivo o corpo, e serve de ponte para
transferir as ondulaes do pensamento e a emoo do corpo astral ao corpo
fsico denso. Sem tal ponte intermediria no poderia o ego utilizar as
clulas de seu crebro. O clarividente o v como uma distinta massa de
neblina gris-violeta debilmente luminosa, que interpenetra a parte densa do
corpo fsico e se estende um pouco mais alm deste.
A vida do corpo fsico muda incessantemente, e para viver
necessita de contnua alimentao de trs fontes distintas. Precisa de
comida para a digesto, de ar para a respirao e de trs modalidades de
1No se deve confundir este grau superior de matria fsica com o verdadeiro ter no
espao, do qual a matria negao.
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vitalidade para a assimilao. Esta vitalidade essencialmente uma fora,
mas quando est revestida de matria parece-nos um elemento qumico
sumamente refinado. Existe essa fora ou energia em todos os planos
embora no momento, e para atender ao objetivo que nos ocupa, sconsideraremos a sua manifestao e expresso no plano fsico.
Para melhor compreenso de tudo isto, convm conhecer algo da
constituio e ordem da parte etrica de nosso corpo. H muitos anos tratei
deste assunto em diversas obras, e o comandante Powell coligiu
recentemente tudo quanto se tem escrito at agora sobre esse particular,
publicando-o em seu livro O Duplo Etrico1.
OS CENTROS
Os chakras, ou centros de fora, so pontos de conexo ou enlace
pelos quais flui a energia de um a outro veculo ou corpo do homem. Quem
quer que possua um ligeiro grau de clarividncia, pode v-los facilmente no
duplo etrico, em cuja superfcie aparecem sob forma de depresses
semelhantes a pratinhos ou vrtices. Quando j totalmente desenvolvidos,
assemelham-se a crculos de uns cinco centmetros de dimetro, que
brilham mortiamente no homem vulgar, mas que, ao se excitarem
vividamente, aumentam de tamanho e se vem como refulgentes e
coruscantes torvelinhos maneira de diminutos sis. s vezes falamos
destes centros como se toscamente se correspondessem com determinados
rgos fsicos; mas em realidade esto na superfcie do duplo etrico, que se
projeta ligeiramente mais alm do corpo denso.
Se olharmos diretamente para baixo da corola de uma
convolvulcea, teremos uma idia do aspecto geral do chakra.
O pecolo da flor brota de um ponto do pednculo, de modo que
segundo outro smile (prancha VIII). a espinha dorsal se assemelharia a um
talo central, do qual de trecho em trecho brotam as flores com suas corolas
na superfcie do corpo etrico.
1 J traduzido para o portugus. (N. do T.)
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A figura representa os sete centros de que tratamos e a Tabela 1 d
os seus nomes em snscrito e portugus.
Todas estas rodas giram incessantemente, e pelo cubo ou boca
aberta de cada uma delas flui continuadamente a energia do mundosuperior, a manifestao da corrente vital dimanante do Segundo Aspecto do
Logos Solar, a que chamamos energia primria, de natureza stupla, cujas
modalidades in totum agem sobre cada chakra, ainda que com particular
predomnio de uma delas segundo o chakra. Sem esse influxo de energia no
existiria o corpo fsico.
Portanto, os centros ou chakras atuam em todo ser humano, ainda
que nas pessoas pouco evoludas tardo o seu movimento, o estritamente
necessrio para formar o vrtice adequado ao influxo de energia. No homem
bastante evoludo refulgem e palpitam com vivida luz, de maneira que por
eles passa uma quantidade muitssimo maior de energia, e o indivduo
obtm como resultado o acrscimo de suas potncias e faculdades. 2
2Este livro foi digitalizado e distribudo GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a inteno de facilitar
o acesso ao conhecimento a quem no pode pagar e tambm proporcionar aos Deficientes Visuais a
oportunidade de conhecerem novas obras.Se quiser outros ttulos procure por http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros. Ser um prazer receb-lo em nosso grupo.
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SITUAO NOME SNSCRITO NOME PORTUGUS
a base da espinha dorsal Muladhara Chakra raiz ou bsico
1 Chakra do bao
No umbigo, sobre o plexo solar Manipura Chakra do umbigo
Sobre o corao Anahata Chakra do coraoNa frente da garganta Vishuddha Chakra larngeo
1O chakra do bao no est indicado nos livros da ndia, e em seu lugar aparece um
centro chamado Swadhisthana, situado na vizinhana dos rgos genitais ao qual se assinalam as
mesmas seis ptalas. Em nosso entender o despertamento deste centro deve considerar-se como
uma desgraa pelos graves perigos com ele relacionados. No plano egpcio de desenvolvimento se
tomavam esquisitas precaues para evitar tal despertamento. (Veja-se A Vida Oculta da Maonaria
de C. W. Leadbeater, Ed. Pensamento, So Paulo, 1956.)
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Entre as sobrancelhas Ajna Chakra frontal
No alto da cabea Sahasrara hakra coronrio
TABELA 1 OS CHAKRAS
FORMA DOS VRTICES
A divina energia, que do exterior se derrama em cada centro,
determina na superfcie do corpo etrico, e em ngulo reto com a sua prpria
direo, energias secundrias em movimento circular ondulatrio, da mesma
forma que uma barra imantada introduzida numa bobina de induo
provoca uma corrente eltrica que flui ao redor da bobina em ngulo retocom a direo do m.
Depois de haver entrado no vrtice, a energia primria volta a
irradiar de si mesma em ngulos retos, mas em linhas retas, como se o
centro do vrtice fosse o cubo de uma roda e as radiaes de energia
primria os seus raios, que enlaam guisa de colchetes o duplo etrico com
o corpo astral. O nmero de raios difere em cada um dos centros e
determina o nmero de ondas ou ptalas que respectivamente exibem. Porisso os livros orientais costumam comparar poeticamente os chakras a
flores.
Cada uma das energias secundrias que fluem ao redor da
depresso semelhante a um pratinho, tem sua peculiar longitude de onda e
uma luz de determinada cor. Mas em vez de se mover em linha reta como a
luz, move-se em ondas relativamente amplas de diversos tamanhos, sendo
cada uma delas o mltiplo de menores ondulaes que abrange. O nmerode ondulaes est determinado pelo de raios da roda, e a energia
secundria ondula por baixo e por cima das radiaes da energia primria,
maneira de um trabalho em vime entretecido ao redor dos raios de uma roda
de carruagem. As longitudes de onda so infinitesimais, e provavelmente
cada ondulao as contm aos milhares.
Segundo fluem as energias ao redor do vrtice, as diferentes
classes de ondulaes se entrecruzam umas com as outras, como num
trabalho em vime, e produzem uma forma semelhante corola de
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convolvulcea a que antes me referi.
Contudo, os chakras ainda se parecem mais a uma galheta de
ondulado cristal iridescente como as que se fabricam em Veneza. Todas
estas ondulaes ou ptalas tm o acatassolado e trmulo brilho da concha,ainda que geralmente cada uma delas ostente sua cor predominante,
segundo o mostram as ilustraes. Este nacarino aspecto argntico costuma
ser comparado nos tratados snscritos ao tremeluzir da lua na superfcie
das guas do mar.
AS PRANCHAS
As pranchas que exornam o texto representam os chakras tal como
os percebe um clarividente muito evoludo e discreto que tenha j
disciplinado suficientemente os seus para atuarem ordenadamente.
Evidentemente, nem as cores das pranchas nem nenhuma cor deste mundo
tm a suficiente luminosidade para igualar do chakra respectivo; mas o
desenho d pelo menos uma idia do verdadeiro aspecto destas rodas de luz.
Pelo j exposto se compreender que os centros diferem de
tamanho e brilho segundo a pessoa, e ainda num mesmo indivduo podem
ser uns mais vigorosos que outros. Todos esto desenhados em tamanho
natural, exceto o sahasrara, ou centro coronrio; que foi conveniente
ampliar-se para destacar sua assombrosa riqueza de pormenores.
No caso de um homem que se sobressai excelentemente nas
qualidades expressas por meio de determinado centro, no s aparecer em
tamanho muito maior, mas especialmente radiante e emitindo flgidos raios
de ouro. Exemplo disto nos oferece a precipitao que da aura de Stainton
Moseyn fez a senhora Blavatsky, conservada no santurio da Sede Central
da Sociedade Teosfica em Adyar, e reproduzida, embora muito
imperfeitamente, na obra do coronel Olcott, Old Diary Leaves1.
Os chakras se dividem naturalmente em trs grupos: inferior,
1Traduzida pata o francs e espanhol com o ttulo Histria Autntica da Sociedade
Teosfica. (N. do T.)
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mdio e superior. Podem denominar-se, respectivamente, filosfico, pessoal e
espiritual.
Os chakras primeiro e segundo tm poucos raios ou ptalas, e sua
funo transferir para o corpo duas foras procedentes do plano fsico.Uma delas o fogo serpentino da terra, e a outra a vitalidade do sol. Os
centros terceiro, quarto e quinto, que constituem o grupo mdio, esto
relacionados com foras que o ego recebe por meio da personalidade. O
terceiro centro as transfere atravs da parte inferior do corpo astral; o quarto
por meio da parte superior do mesmo corpo, e o quinto, pelo corpo mental.
Todos estes centros, alimentam determinados gnglios nervosos do corpo
denso. Os centros sexto e stimo, independentes dos demais, esto,
respectivamente, relacionados com o corpo pituitrio e a glndula pineal, e
somente se pem em ao quando o homem alcana certo grau de
desenvolvimento espiritual.
Ouvi dizer que cada ptala dos chakras representa uma qualidade
moral, cuja atualizao pe o chakra em atividade. Por exemplo, segundo o
upanichade de Dhyanabindu, as ptalas do chakra cardaco representam
devoo, preguia, clera, pureza e outras qualidades anlogas. De minha
parte no observei ainda nada que comprove esta afirmao, e no se
compreende facilmente como pode ser assim, porque as ptalas resultam da
ao de certas foras claramente distinguveis, e em cada chakra esto ou
no ativas, segundo se tenham ou no atualizado essas foras. De modo que
o desenvolvimento das ptalas no tm mais direta relao com a moralidade
do indivduo do que a que possa ter o robustecimento do bceps. Observei
pessoas de moralidade no muito alta, nas quais alguns chakras estavam
plenamente ativos, enquanto que outras pessoas sumamente espirituais e de
nobilssima conduta os tinham escassamente vitalizados, pelo que me parece
no haver necessria conexo entre ambos os desenvolvimentos.
No entanto, observam-se certos fenmenos em que bem poderia
apoiar-se to estranha idia. Ainda que a semelhana com as ptalas esteja
determinada pelas mesmas foras que giram ao redor do centro,
alternativamente por cima e por baixo dos raios, diferem estes em carter
porque a fora ou energia influente se subdivide em suas partes ou
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qualidades componentes; portanto, cada raio emite uma influncia peculiar,
mesmo dbil, que afeta a energia secundria que por ele passa, e lhe altera
um tanto o matiz. Vrios destes matizes podem denotar uma modalidade da
energia favorvel ao desenvolvimento de uma qualidade moral; e depois defortalecer esta qualidade, so mais intensas as vibraes correspondentes.
Em conseqncia, a densidade menor ou maior do matiz denotar a posse
em menor ou maior grau da respectiva qualidade.
O CHAKRA FUNDAMENTAL
O primeiro centro, o radico ou fundamental (prancha I), situado na
base da espinha dorsal, recebe uma energia primria que emite quatro raios.
Portanto, dispe suas ondulaes de modo que paream divididas em
quadrantes alternativamente vermelhos e alaranjados com vazios entre eles,
resultando da estarem como que assinalados com o sinal-da-cruz. Por isso
se costuma empregar a cruz como smbolo deste centro, e uma cruz s vezes
flamgera para indicar o fogo serpentino residente neste chakra.
Quando atua vigorosamente, de gnea cor vermelho-alaranjada,
em ntima correspondncia com o tipo de vitalidade que lhe transfere o
chakra esplnico. Com efeito, observaremos, em cada chakra,
correspondncia anloga com a cor de sua vitalidade.
O CHAKRA ESPLNICO
O segundo chakra (prancha II) est situado no bao, e sua funo
especializar, subdividir e difundir a vitalidade dimanante do sol. Esta
vitalidade surge do chakra esplnico, subdividida em sete modalidades; seis
correspondem aos seis raios do chakra, e a stima fica concentrada no cubo
da roda. Portanto, tem este chakra seis ptalas ou ondulaes de diversas
cores, e muito radiante, pois fulge como um sol. Em cada uma das seis
subdivises da roda predomina a cor de uma das modalidades da energia
vital. Estas cores so: vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul e violcea;
isto , as mesmas cores do espectro solar menos o ndigo ou anil.
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O CHAKRA UMBILICAL
O terceiro chakra (prancha IV) est situado no umbigo, ou melhordiramos, no plexo solar, e recebe a energia primria que se subdivide em
dez radiaes, de modo que vibra como se estivesse dividido em dez
ondulaes ou ptalas. Est intimamente relacionado com sentimentos e
emoes de ndole diversa. Sua cor predominante uma curiosa combinao
de vrios matizes do vermelho, ainda que tambm contenha muito do verde.
As divises so alternativas e principalmente vermelhas e verdes.
O CHAKRA CARDACO
O quarto chakra (prancha V), situado no corao, de brilhante
cor de ouro, e cada um de seus quadrantes est dividido em trs partes, pelo
que tem doze ondulaes, pois sua energia primria se subdivide em doze
raios.
O CHAKRA LARNGEO
O quinto centro (prancha VII) est situado na garganta e tem
dezesseis raios correspondentes a outras tantas modalidades da energia.
Embora haja bastante do azul em sua cor, o tom predominante o prateado
brilhante, parecido com o fulgor da luz da lua quando roa o mar. Em seus
raios predominam alternativamente o azul e o verde.
O CHAKRA FRONTAL
O sexto chakra (prancha IX), situado entre as sobrancelhas, parece
dividido em duas metades; uma em que predomina a cor rosada, ainda que
com muito do amarelo, e a outra em que sobressai uma espcie de azul-
purpreo. Ambas as cores se correspondem com as da vitalidade que o
chakra recebe. Talvez por esta razo dizem os tratados orientais que este
chakra s tem duas ptalas; mas se observarmos as ondulaes anlogas s
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dos chakras anteriores, veremos que cada metade est subdividida em
quarenta e oito ondulaes, ou seja, noventa e seis no total, porque este o
nmero das radiaes da energia primria recebida pelo chakra.
O brusco salto de dezesseis para noventa e seis raios, e a aindamaior variao sbita de noventa e seis a novecentos e setenta e dois raios
que tem o chakra coronrio, demonstram que so chakras de uma ordem
inteiramente distinta da ordem dos at agora considerados. No conhecemos
ainda todos os fatores que determinam o nmero de raios de um chakra;
mas evidente que representam modalidades da energia primria, e antes
que possamos afirmar algo mais sobre esse particular, ser necessrio fazer
centenas de observaes e comparaes, repetidamente comprovadas.
Entretanto, no resta dvida de que enquanto as necessidades da
personalidade podem ser satisfeitas com limitados tipos de energia, nos
superiores e permanentes princpios do homem encontramos uma to
complexa multiplicidade, que requer, para sua expresso, muito maiores e
seletas modalidades de energia.
O CHAKRA CORONRIO
O stimo chakra (veja-se o frontispcio) no alto da cabea, o mais
refulgente de todos, quando est em plena atividade, pois oferece
abundncia de indescritveis efeitos cromticos e vibra com quase
inconcebvel rapidez. Parece conter todos os matizes do espectro, ainda que
no conjunto predomine o violeta.
Os livros da ndia denominam-no "a flor de mil ptalas", e esta
denominao no dista muito da verdade, pois so novecentas e sessenta as
radiaes da energia primria que recebe. Cada uma destas radiaes
aparece fielmente reproduzida na prancha do frontispcio, embora seja muito
difcil assinalar a separao das ptalas. Alm disso, este chakra tem uma
caracterstica que no possuem os outros, que consiste numa espcie de
subalterno torvelinho central, de um branco fulgurante e com o ncleo cor
de ouro. Este vrtice subsidirio menos ativo e tem doze ondulaes
prprias.
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Geralmente, o chakra coronrio o ltimo que se atualiza. No
princpio no difere em tamanho dos demais; mas medida que o homem se
adianta na senda do aperfeioamento espiritual, vai aumentando pouco a
pouco, at cobrir toda a parte superior da cabea.Outra particularidade acompanha o seu desenvolvimento. No
princpio , como todos os demais chakras, uma depresso do duplo etrico,
pela qual penetra a divina energia procedente do exterior. Mas quando o
homem se reconhece rei da divina luz e se mostra magnnimo com tudo que
o rodeia, o chakra coronrio reverte, por assim dizer, de dentro para fora, e
j no um canal receptor, mas um radiante foco de energia, no uma
depresso, mas uma proeminncia ereta sobre a cabea como uma cpula,
como uma verdadeira coroa de glria.
As imagens pictricas e esculturais das divindades e excelsas
personagens do Oriente, costumam mostrar esta proeminncia, como se v
na esttua do Senhor
Buda em Borobudur (ilha de Java) reproduzida na figura 2
(esquerda). Este o mtodo usual de representar a proeminncia, e de tal
forma aparece sobre a cabea de milhares de imagens do Senhor Buda no
mundo oriental.
Nalguns casos, dois teros deste chakra so representados em
forma de abbada, constituda pelas novecentas e sessenta ptalas, e em
cima outra abbada menor, constituda pelas doze radiaes do vrtice
subalterno. Assim aparece na cabea direita da figura 2, que a da
esttua ou imagem do Brama no Hokkaido de Todaiji de Nara (Japo), cuja
Antigidade remonta ao ano 749. O tocado desta cabea representa o chakra
coronrio com a grinalda de chamas que brotam dele, e diferente da
representao do mesmo chakra na cabea da esttua de Buda.
Tambm se nota essa proeminncia na simbologia crist, como,
por exemplo nas coroas dos vinte e quatro ancies, que as retiravam diante
do trono do Senhor.
No homem muito evoludo, o chakra coronrio fulgura com tanto
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esplendor, que cinge a sua cabea como uma verdadeira coroa; e o
significado da passagem da Apocalipse acima citada que tudo quanto o
homem conseguiu, o magnfico karma acumulado, toda a assombrosa
energia espiritual que engendra, tudo deita perpetuamente aos ps do Logos,para que o empregue em Sua obra. Assim freqentemente retira diante do
trono do Senhor sua urea coroa, porque continuamente restaura a energia
proveniente de seu interior.
OUTROS DADOS REFERENTES AOS CHAKRAS
Os Upanichades menores, os Puranas, as obras tntricas e
algumas outras da bibliografia snscrita, costumam descrever sete chakras,
e hoje em dia os utilizam muitos iogues hindus. Um amigo meu,
familiarizado com a vida ntima da ndia, me assegurou que existe nesse pasuma escola que faz livre uso dos chakras e conta com 16 000 scios,
esparsos por um extenso territrio. Das fontes indianas de informao se
obtm dados mui valiosos referentes aos chakras, que procuraremos
compendiar no ltimo captulo da presente monografia.
Tambm parece que alguns msticos europeus conheceram os
chakras, segundo denota a obra Teosofia Prtica do mstico alemo Johann
George Gichtel, discpulo de Jacob Boehme, que talvez tenha pertencido
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sociedade secreta dos rosa-cruzes1. Essa obra foi publicada pela primeira
vez em 1696, e diz-se que as ilustraes da edio de 1736, descritas no
texto do volume, se estamparam em 1720, dez anos aps a morte do autor,
ocorrida em 1710. No se deve confundir a obra citada com a coleo decartas de Gichtel que tem o mesmo ttulo de Teosofia Prtica, pois o volume a
que nos referimos no se acha em forma de cartas, mas na de seis captulos
concernentes mstica regenerao que era dogma to importante entre os
rosa-cruzes.
A prancha VII, que damos nesta monografia, uma reproduo
fotogrfica do desenho intercalado na traduo francesa de Teosofia Prtica,
publicada em 1892 pela Biblioteca Chacornac de Paris, no volume nmero 7
da biblioteca Rosa-cruciana.
Gichtel nasceu no ano de 1638 em Ratisbona (Baviera). Estudou
teologia e jurisprudncia, e exerceu a advocacia; mas pouco depois, ao
reconhecer seu interior mundo espiritual, renunciou a todo interesse
mundano e iniciou um movimento mstico cristo. Sua oposio ignara
ortodoxia de sua poca lhe atraiu o dio daqueles a quem combatia, pelo
que, por volta do ano de 670, o desterraram do pas e lhe confiscaram os
bens. Por fim conseguiu refugiar-se na Holanda, onde permaneceu os
quarenta anos restantes de sua vida.
Evidentemente considerava Gichtel de natureza secreta as figuras
estampadas em sua obra Teosofia Prtica, e as manteve reservadas para
seus discpulos durante alguns anos, pois, como ele prprio disse, eram o
resultado de uma iluminao interior, provavelmente o que agora chamamos
clarividncia. Na introduo do livro, diz Gichtel que : "Uma breve exposio
dos trs princpios dos trs mundos do homem, representados em claras
imagens, que demonstram como e onde tm seus respectivos centros no
homem interno, segundo o qual o autor observou a si mesmo em divina
contemplao, e o que sentiu, experimentou e percebeu."
Contudo, como todos os msticos de seu tempo, Gichtel carece da
exatido que deve caracterizar o ocultismo e misticismo, e ao descrever as
1 Com amvel permisso do editor, reproduzimos da citada obra a prancha III.
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figuras se desvia em prolixidades, embora s vezes faa digresses
interessantes sobre as dificuldades e problemas da vida espiritual. Portanto,
no o seu livro uma obra mestra no concernente descrio das figuras se
bem que talvez no se atreveu a dizer demasiado, ou quis induzir seusleitores a que aprendessem a ver por si mesmos aquilo que descrevia.
Assim mesmo infere-se de sua conduta verdadeiramente espiritual,
que havia atualizado bastante clarividncia para ver os chakras, mas que,
incapaz de conhecer o seu genuno carter e servio, lhes aplicou, em sua
tentativa de os explicar, o usual simbolismo da escola a que pertencia.
Como se notar, trata Gichter do natural homem terreno submerso
nas trevas, pelo que se deve desculp-lo de ser um tanto pessimista a
respeito dos chakras. No se detm a comentar o primeiro e o segundo,
talvez porque sabia que estavam principalmente relacionados com o
processo fisiolgico; mas qualificava o plexo solar de assento da ira, como de
fato o . Considera o chakra cardaco cheio de amor-prprio, o larngeo, de
inveja e avareza, e no coronrio s v radiante orgulho.
Tambm atribui planetas aos chakras. A Lua ao fundamental;
Vnus ao umbilical; o Sol ao cardaco1; Marte ao larngeo; Jpiter ao frontal
e Saturno ao coronrio. Alm disso, nos diz que o fogo reside no corao, a
gua no fgado, a terra nos pulmes, e o ar na bexiga, ainda que tudo isso
em linguagem simblica.
Convm notar que Gichtel traa uma espiral da serpente enroscada
at o corao, passando sucessivamente por todos os chakras; mas no se
percebe razo alguma da ordem em que a espiral passa por eles. O
simbolismo do co corredor no est explicado, e temos, portanto, liberdade
de interpret-lo segundo nos agrade ou de deduzir qualquer interpretao.
O autor nos oferece por ltimo uma ilustrao do homem
regenerado pelo Cristo, que esmagou completamente a serpente; mas
substitui o sol pelo Sagrado Corao, horrivelmente sangrante.
O interesse que para ns tem esse desenho no consiste nas
interpretaes do autor, mas em demonstrar, sem deixar margem dvida,
1 Ainda que se notar ter uma serpente enroscada.
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que pelo menos alguns msticos do sculo XVII conheciam a existncia dos
chakras e suas respectivas situaes nas diversas regies do corpo humano.
Adicional prova do primitivo conhecimento dos chakras nos
oferecem os rituais manicos cujos pontos capitais remontam a um tempoimemorial, pois os monumentos arqueolgicos demonstram que tais pontos
rituais j se conheciam e praticavam no antigo Egito. e foram fielmente
transmitidos at os dias de hoje. Os maes incluem-nos entre os seus
segredos, e ao utiliz-los, estimulam positivamente algum chakra para o
propsito de seu trabalho manico, enquanto no geral pouco ou nada
conheam do que ocorre alm do campo ordinrio da viso.
-me impossvel dar aqui explicaes mais claras, mas j disse
muito do que permitido dizer, em minha obra A Vida Oculta na Maonaria2.
CCaappttuulloo IIIIAASS EENNEERRGGIIAASS
AA EENNEERRGGIIAA PPRRIIMMRRIIAA OOUU EENNEERRGGIIAA DDEE VVIIDDAA
A Divindade emite de Si mesma diversas modalidades de energia.
Qui haja centenas dessas modalidades completamente desconhecidas
para ns, mas tem-se observado algumas que se manifestam
apropriadamente em cada um dos nveis alcanados pelo observador,
conquanto por ora s as consideraremos tal como se manifestam no mundo
fsico. Uma delas a eletricidade, outra o fogo serpentino, outra a vitalidade,
e ainda outra a energia de Vida, totalmente distinta da vitalidade, como
2Editora Pensamento, So Paulo, 1956.
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depois veremos.
Pacientes, longos e continuados esforos necessita fazer quem se
proponha a descobrir a origem destas energias e sua mtua relao. Quando
coligi em minha obra The Hidden Side of Things as respostas s perguntasformuladas durante anos anteriores nas conferncias de Adyar, j conhecia
a manifestao no plano fsico da energia de vida, do fogo serpentino e da
vitalidade, mas ainda ignorava sua relao com as trs ondas ou efuses de
vida, e por isso as descrevi como se fossem inteiramente distintas e
estivessem separadas dessas efuses. Ulteriores investigaes me
capacitaram a sanar esta deficincia, e me comprazo em ter agora ocasio de
corrigir a inexatido em que ento incorri.
Pelos chakras fluem trs principais energias que podemos
considerar como representativas dos trs aspectos do Logos. A energia que
penetra pela boca em forma de sino do chakra e que com relao a si mesma
estabelece uma energia secundria, uma das manifestaes da segunda
onda de vida, oriunda do segundo aspecto do Logos, ou seja, a corrente de
vida que este segundo aspecto do Logos infunde na matria j vitalizada pela
primeira efuso procedente do terceiro aspecto de Logos. isto o que
simbolizam^ os ensinamentos cristos ao dizerem que Cristo encarnou (isto
, tomou forma) do Esprito Santo e da Virgem Maria.
A segunda onda se subdividiu em um nmero quase infinito de
graus e ainda se diferenciou de si mesma, talvez pela "maya" ou iluso com
que a vemos atuar. Difunde-se por meio de inumerveis bilhes de canais e
se manifesta em todos os planos e subplanos de nosso sistema, ainda que
essencialmente seja sempre a mesma energia, que se no deve confundir
com a primeira onda que elaborou os elementos qumicos com os quais
formou a segunda onda de seus veculos em cada plano. Parece como se
suas manifestaes fossem mais graves ou densas por empregar matria
tambm mais grave ou densa. No plano bdico se manifesta como o
princpio do Cristo, que pouco a pouco, imperceptivelmente, se vai
desenvolvendo no interior da alma humana.
Vemos que vivifica as diversas camadas de matria dos corpos
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astral e mental de modo que na parte superior do astral se manifesta em
forma de nobres emoes e na parte inferior como um mero impulso de vida
que anima a matria do corpo astral.
Em sua nfima manifestao vemos que se envolve num vu dematria etrica, e do corpo astral se transfere por meio dos chakras ao corpo
fsico, onde encontra outra energia, chamada fogo serpentino ou kundalini,
que misteriosamente surge do corpo humano.
O FOGO SERPENTINO
Esta energia a manifestao no plano fsico da primeira onda de
vida dimanante do terceiro aspecto do Logos. Existe em todos os planos, que
mais ou menos conhecemos, mas nos cingiremos a consider-la quando
manifesta na matria etrica. No se transmuta na primeira energia j
mencionada nem na vitalidade procedente do sol, e parece no ser afetada,
de nenhum modo, por qualquer modalidade de energia fsica. J vi carregar
o corpo de um homem com uma corrente eltrica de 1250 volts, de sorte
que, ao dirigir os braos para a parede, brotavam enormes chamas de seus
dedos. E contudo, no experimentava nenhuma sensao estranha, nem era
possvel que ficasse carbonizado em semelhantes circunstncias enquanto
no tocasse nenhum objeto estranho, mas nem sequer to enorme potencial
eltrico afetava, por mnimo que fosse, ao fogo serpentino.
Desde muitos anos sabemos que nas entranhas da terra h o que
poderamos chamar o laboratrio do terceiro aspecto do Logos. Ao investigar
as condies do centro da terra, encontramos ali um volumoso globo de to
formidvel energia, que no podemos aproximar-nos. Foi-nos possvel to-
somente tocar as camadas externas, e inferimos que evidentemente esto em
simptica relao com as camadas de kundalinino corpo humano.
H muitssimos sculos que penetrou no centro da terra a energia
do terceiro aspecto do Logos, mas ainda continua ali elaborando
gradualmente novos elementos qumicos, com crescente complexidade de
formas e intensa vida ou atividade interna cada vez maior.
Os estudantes de Qumica conhecem a Tabela Peridica composta
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pelo qumico russo Mendeleiev no ltimo tero do sculo passado, na qual os
elementos qumicos conhecidos esto dispostos em ordem de seus pesos
atmicos, comeando pelo mais leve, o hidrognio, cujo peso atmico 1, e
terminando pelo urnio, cujo peso atmico 238,5, sendo o mais pesado doselementos conhecidos.
Nossas investigaes qumicas pessoais nos revelaram que os
pesos atmicos so quase exatamente proporcionais ao nmero de tomos
ultrrimos de cada elemento, segundo consta da obra Qumica Oculta, onde
tambm aparecem a forma e composio de cada elemento.
Na maior parte dos casos em que examinamos os elementos com
vista etrica, as suas formas denotavam, como tambm denota a Tabela
Peridica, que se haviam desenvolvido em ordem cclica, em espiral
ascendente, e no em linha reta. Foi-nos dito que o hidrognio, oxignio e
nitrognio, que constituem aproximadamente a metade da crosta terrestre e
quase toda a atmosfera, pertencem tambm a outro sistema solar maior que
o nosso. Mas sabemos que os demais elementos qumicos tm sido
elaborados pelo Logos de nosso sistema, que est prolongando a espiral mais
alm do urnio em inimaginveis condies de presso e temperatura.
Gradualmente, segundo o Logos v formando novos elementos qumicos, os
impele para a superfcie da terra.
A energia do kundalini ou fogo serpentino de nosso corpo, procede
do laboratrio do Esprito Santo, oculto nas entranhas da terra, e parte do
formidvel globo gneo geocntrico.
Esta energia contrasta profundamente com a vitalidade oriunda do
sol, que logo explicaremos, e pertence ao ar, luz e aos vastos espaos
livres, enquanto que o fogo serpentino muito mais material, como o do
ferro enrubescido ou do metal incandescente.
Esta tremenda energia tem o aspecto ainda mais terrvel de
produzir a impresso de descer sempre mais profundamente na matria,
com lenta mas irresistvel progresso e implacvel segurana.
O fogo serpentino no a poro de energia do terceiro aspecto do
Logos com a qual est elaborando elementos cada vez mais densos. A ndole
do fogo serpentino antes uma ulterior modalidade dessa energia, reside no
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3ncleo vital dos corpos radioativos como o rdio. Forma parte da ao da
primeira onda de vida depois de chegar ao seu nfimo ponto de involuo,
onde comea a ascender s alturas de que desceu. J sabemos que a
segunda onda de vida procede do segundo aspecto do Logos, desce matriaatravs dos trs reinos elementares at chegar ao mineral, donde ascende
pelos reinos vegetal e animal at o reino humano, onde conflui com a
terceira onda de vida proveniente do primeiro aspecto do Logos. Assim o
representa a figura 3, em que a segunda onda desce pela esquerda, alcana
seu nfimo ponto no fundo do diagrama e ascende pela direita at confluir no
plano mental com a terceira onda de vida que, procedente do primeiro
aspecto do Logos, desce ao seu encontro pela direita.
Quanto primeira onda de vida oriunda do terceiro aspecto do
Logos e representada pela linha vertical no diagrama, temos de imaginar
que, chegada ao seu nfimo ponto no reino mineral, ascende pelo mesmo
caminho por onde desceu. Pois bem, kundalini ou o fogo serpentino esta
primeira onda de vida em seu caminho ascendente, e atua nos corpos dos
seres evolucionantes, em ntimo contacto com a primeira energia j
mencionada, de sorte que ambas conduzem mancomunadamente o animal
ao ponto onde h de receber a efuso do primeiro aspecto do Logos e
converter-se em ego, em homem, em cujos veculos continua atuando.
Assim absorvemos a potente energia de Deus tanto por baixo, da
terra, como por cima do cu. Somos filhos da terra e tambm do sol. A
energia que da terra sobe e a que do sol desce, confluem em ns e cooperam
mancomunadamente para nossa evoluo. No podemos possuir uma
energia sem a outra, e h muito risco no excessivo predomnio de uma delas.
Daqui o perigo de avivar as camadas inferiores do fogo serpentino antes de
purificar e refinar a conduta.
Muitas coisas ouvimos dizer acerca deste misterioso fogo e do
perigo de aviv-lo prematuramente, e indubitavelmente verdadeiro muito
do que ouvimos dizer. Certamente h gravssimo perigo em despertar os
3Este livro foi digitalizado e distribudo GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a inteno de facilitar
o acesso ao conhecimento a quem no pode pagar e tambm proporcionar aos Deficientes Visuais a
oportunidade de conhecerem novas obras.Se quiser outros ttulos procure por http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros. Ser um prazer receb-lo em nosso grupo.
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Fig. 3 As trs emanaes ou ondas de vida
OS TRS CONDUTOS ESPINAIS
Das correntes que fluem pelo interior e em torno da colunavertebral de todo ser humano, diz Blavatsky na Doutrina Secreta:
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A Escola transinmalaica situa a sushumna, o principal dos trs
nadis, no canal medular da coluna vertebral, e o ida e o pingala so
simplesmente os sustenidos de bemis do F da natureza humana, os quais,quando pulsam devidamente, despertam as sentinelas de ambos os lados, o
manas espiritual e o fsico kama, e subjuga a natureza inferior por meio da
superior.
O puro akasha passa pelo sushumna acima e seus dois aspectos
fluem por idae pingala. Estes so os trs ares vitais simbolizados no cordo
bramnico, e regidos pela vontade. O desejo e a vontade so o aspecto
inferior e superior da pureza dos canais ou condutos. De sushumna, ida e
pingala se origina uma circulao que do canal central se distribui por todo
o corpo.
Ida e pingala funcionam ao longo da encurvada parede do cordo
em que est sushumna. So semimateriais, um positivo e outro negativo, sol
e lua, e pem em ao a livre e espiritual corrente de sushumna. Tm
distintos e peculiares condutos, pois do contrrio irradiariam por todo o
corpo.
Em A Vida Oculta na Maonaria1 dissemos, a respeito do uso
manico destas energias:
Faz parte do plano da Maonaria estimular a atividade destas
foras no corpo humano, a fim de apressar a evoluo. Aplica-se este
estmulo no momento em que o V. M. cria, recebe e constitui o candidato. No
Primeiro Grau o domnio das paixes e emoes.
No Segundo Grau afeta o pingala ou seu aspecto masculino, e o
fortalece a fim de facilitar o domnio da mente.
No Terceiro Grau se desperta a energia central, o sushumna, e abre
caminho para a influncia superior do esprito.
subindo por este canal de sushumna que o iogue deixa o seu
1 Editora Pensamento, So Paulo, 1956.
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corpo fsico vontade, de modo que ele pode conservar plena conscincia e
recordar suas experincias nos planos superiores ao retornar ao plano fsico.
As figuras expostas mais abaixo indicam toscamente o modo como
as foras etricas fluem atravs do corpo humano. O ida sai da base daespinha dorsal, esquerda do sushumna, e o pingala direita (bem
entendido, esquerda e direita do homem e no do espectador; mas na
mulher esto invertidas estas posies). As linhas terminam na medula
ablongada.
Na ndia chamam Bramadanda, ou basto de Brama, espinha
dorsal, e o desenho representado na figura 4d demonstra que tambm o
original do caduceu de Mercrio com as duas serpentes que simbolizam o
kundalini ou serpente gnea, que se move ao longo do canal medular,
enquanto que as asas representam o poder, conferido pelo fogo, de se elevar
aos planos superiores.
A figura 4a representa o ida estimulado depois da iniciao no
Primeiro Grau, e a linha carmesim. Ao passar para o Segundo Grau, se
acrescenta a linha amarela do pingala, segundo o representa a figura 4a e
quando da exaltao ao Terceiro Grau, completa-se a srie com a linha azul
intenso do sushumna, representada na figura 4c.
O kundalini, que flui por estes trs canais, especializa-se de duas
maneiras durante o seu fluxo ascendente. H no kundalini uma estranha
mistura de qualidades positivas e negativas, que quase poderiam chamar-se
masculinas e femininas. Em conjunto prepondera grandemente o aspecto
feminino, e este a razo de os tratados hindus aplicarem o pronome ela aesta energia. Talvez pelo mesmo motivo se chame em Voz do Silncio o lar da
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Me do mundo a certa "cmara do corao", onde algumas modalidades de
Ioga concentram o kundalini. Mas quando o fogo serpentino surge de seu
foco e, entrando pelo chakra fundamental, flui para cima pelos trs canais
mencionados, observa-se que a energia ascendente por pingala quase todaela masculina, enquanto que a que sobe por ida quase inteiramente
feminina. A corrente caudalosa que passa por sushumna acima, parece que
conserva suas propores originrias.
A segunda diferenciao do kundalini, ou fogo serpentino, durante
a sua ascenso pela coluna vertebral, consiste em que se impregna
intensamente da personalidade do homem. Entra como uma energia geral e
ao chegar em cima se transmuta no particular fluido nervoso humano, com
o selo das especiais qualidades e idiossincrasias de cada indivduo,
manifestas nas vibraes dos gnglios espinais, que se podem considerar
como as razes dos talos dos chakras superficiais.
CASAMENTO DAS ENERGIAS
Ainda que a boca em forma de sino do chakra esteja na superfcie
do corpo etrico, o talo desta espcie de flor surge de um centro ou gnglio
da coluna vertebral. A estes centros, e no corola ou boca em forma de
sino, se referem os livros hindus ao falarem dos chakras. Em todos os casos,
um talo etrico, geralmente encurvado para baixo, liga a raiz situada no
centro espinal com o chakra externo. (Veja-se a prancha VI). J que os talos
de todos os chakras brotam da coluna vertebral, compreende-se que o fogo
serpentino flua por esses talos at chegar campnula do chakra onde
encontra a energia divina que pela boca da campnula flui, e a presso
resultante do encontro determina a radiao horizontal de ambas as
energias mescladas pelos raios do chakra.
As superfcies das correntes da energia primria e do kundalini se
roam em seu encontro e giram em direes opostas, maneira dos dois
discos da mquina eltrica de Wimshurst (embora estes nunca se toquem),
resultando disso uma presso extraordinria.
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Este fenmeno tem sido simbolizado pela expresso "casamento"
da energia primria, essencialmente masculina, com kundalini, que se
considera sempre como distintamente feminino, e combinada energia da
resultante se chama o magnetismo pessoal do homem, que vivifica osgnglios ou plexos imediatos a vrios chakras; flui pelos nervos e mantm a
temperatura do corpo.
Ao se combinarem ambas as energias, como acabo de dizer,
entrelaam-se algumas de suas respectivas molculas. A energia primria
parece capaz de ocupar diferentes classes de formas etricas, e a que geral-
mente adota um octaedro, constitudo por quatro tomos dispostos em
quadrado e um tomo central em constante vibrao para cima e para baixo
em meio do quadro e em ngulo reto com este. O fogo serpentino se aloja
usualmente num disco plano de sete tomos, enquanto que o glbulo de
vitalidade, tambm composto de sete tomos, se acomoda em disposio
anloga da energia primria, mas forma um hexgono em vez de um
quadrado.
Fig. 5 Configurao das energias
A figura 5 da idia destas disposies. A e B so as formas
adotadas pela energia primria; C a do glbulo de vitalidade; e D a do
kundalini. E mostra o efeito da combinao A e D; e F o da de B e D, Nasformas A, B e C o tomo central est constantemente vibrando em ngulo
reto com a superfcie do papel, salta dela at uma altura maior que o
dimetro do disco, e depois se afunda debaixo do papel a igual distncia,
repetindo vrias vezes por segundo este movimento de lanadeira1. Em D o
1Logo se compreende que falo em sentido relativo e no literalmente, porque em
realidade a esfera representada pelos crculos do desenho to pequena que no se pode ver nem
com o mais potente microscpio. Mas em proporo ao seu tamanho, vibra como descrevi.
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movimento to-somente uma constante procisso ao redor do crculo,
conquanto haja enorme quantidade de energia latente que se manifestar
to logo se efetuem as combinaes, como procuramos representar em Ee F.
Os dois tomos positivos A e B prosseguem depois da combinao em suaviolenta atividade anterior e seu vigor se intensifica grandemente, enquanto
que os tomos em D, embora ainda se movam em sentido circular aceleram
to enormemente a sua velocidade que deixam de ser visveis como tomos
separados, e por causa de um fenmeno de iluso tica, aparecem com um
refulgente anel luminoso.
As primeiras quatro molculas antes descritas pertencem ao tipo
de matria que na obra Qumica Oculta a doutora Besant denomina
hipermetaprotoelemental. Mas E e F so compostos e devem ser
considerados atuantes no imediato subplano que a doutora Besant chama
superetrico, pelo que seriam de metaprotomatria. O tipo B muito mais
comum que o A, e infere-se naturalmente disso que o fluido nervoso,
resultado final da combinao ou casamento de ambas as energias, se
acham mais molculas do tipo F que do tipo E. Portanto, o fluido nervoso
uma corrente de vrios elementos, que contm molculas de cada um dos
tipos representados na figura 4, isto , simples e compostas, casadas e
solteiras, e pares conjugais que fluem todos conjuntamente.
O movimento pasmosamente enrgico de lanadeira para cima e
para baixo do tomo central nas combinaes E e F d-lhes uma desusada
configurao dentro de seu campo magntico, como mostra a figura 6.
A parte superior desta figura parece-me mui semelhante ao linga
que costuma adornar as frentes dos templos de Siva na ndia. Foi-me dito
que o linga um emblema do poder criador e que os hindustas devotos o
consideram como se se estendesse para baixo do solo tanto quanto se
estende para cima. Tenho conjecturado se os hindus conheciam esta
molcula especialmente ativa e sua imensa importncia no sustento da vida
animal e humana, e igualmente se esculpiam o smbolo em pedra qual
expresso de seu conhecimento oculto.
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O SISTEMA SIMPTICO
A anatomia descreve dois sistemas nervosos no corpo humano: o
cerebrospinal e o simptico.
O cerebrospinal comea no crebro, prossegue pela medula espinal
e se distribui por todo o corpo mediante gnglios de que saem os nervos
entre duas vrtebras contguas.
O sistema simptico consiste em dois cordes estendidos por quase
toda a longitude da coluna vertebral, de um e outro lado dela e um pouco
adiante de seu eixo.
Dos gnglios destes dois cordes, no to numerosos como os da
coluna vertebral, saem os nervos simpticos que formam os plexos, dos
quais, por sua vez, como os ramais das estaes mais importantes, derivam
outros nervos que formam gnglios menores com as arborizaes terminais.
Contudo, ambos os sistemas esto relacionados por diversos meios
e por to grande nmero de nervos conectores, que no possvel consider-
los como dois organismos nervosos independentes.
Ademais, temos um terceiro sistema, chamado vagai, formado por
dois nervos que saem da medula oblonga e descem distintamente para muito
dentro do corpo, entremesclando-se constantemente com os nervos e plexos
dos outros dois sistemas.
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A medula espinal, o cordo simptico esquerdo e o nervo vago
esquerdo esto representados na prancha VI, que mostra as conexes
nervosas entre os gnglios espinais e simpticos, e os canais por onde os
ltimos ramificam os nervos que formam os principais plexos do sistemasimptico. Observar-se- que os plexos tendem a inclinar-se para os gnglios
de que se originam. Assim, por exemplo, o plexo solar depende
principalmente do grande nervo esplnico, que na prancha aparece derivado
do quinto gnglio simptico torcico, e este ligado, por sua vez, com o quarto
gnglio torcico espinal, que est quase ao nvel horizontal do corao. Mas
o nervo desce para unir-se com os nervos esplnicos menor e mnimo, que
saem do gnglio torcico inferior, o qual atravessa o diafragma e se enlaa
com o plexo solar. H tambm outros enlaces entre este plexo e os cordes,
mostrados de algum modo na prancha mas demasiado complicados para
serem descritos. Os principais nervos que vo ao plexo cardaco, inclinam-se
para baixo, de maneira anloga. No caso do plexo larngeo existe apenas
uma leve inclinao, e o plexo cartido ascende do nervo cartido interno,
proveniente do gnglio simptico cervical superior.
OS GNGLIOS ESPINAIS
Anloga inclinao se observa nos talos etricos que ligam a corola
do chakra, situada na superfcie do duplo etrico, com os seus
correspondentes gnglios espinais, situados aproximadamente nas posies
assinaladas em vermelho na prancha VI e explicadas na Tabela 2. Os raios
dos chakras proporcionam aos plexos simpticos a energia suficiente para
desempenhar sua funo subsidiria, e no atual estado de nossos
conhecimentos, parece-me temeridade identificar os chakras com os plexos
como, sem suficiente fundamento, o tem feito alguns autores.
Os plexos hipogstricos ou plvicos esto indubitavelmente
relacionados com o chakra swadhisthana, situado perto dos rgos genitais
e mencionado pelos livros hindus, mas no consta nem se usa em nosso
plano de desenvolvimento. Os plexos agrupados na regio plvica esto, na
maioria, subordinados ao plexo solar em tudo que se refere atividade
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consciente, pois tanto aqueles dois como o plexo esplnico esto muito
intimamente relacionados com o plexo solar por numerosos nervos.
Nome do
chakra
Situa o na
Superfcie doduplo etrico
Situa o
aproximada dognglio espinal
Picados
simpticos
rincipais plenos
subsidirios
Fundamentala base da
espinha dorsal
Quarta
vrtebra sacraCoccgeo
Esplnico Sobre o baoPrimeira
lombarEsplnico
Umbilical
Sobre o
umbigo
Primeira
torcica Solar
eptico,
ilrico, gstrico,mesentrico, etc.
Cardacoobre o
coraoOitava cervical Cardaco
Pulmonar,
coronrio, etc.
Larngeo Na gargantaerceira
cervicalFarngeo
Frontal
Entre as
sobrancelhas
Primeira
cervical Cartico
Cavernoso e em
geral osenceflicos
TABELA 2 OS CHAKRAS E OS PLEXOS
O chakra coronrio no est relacionado com nenhum plexo
simptico do corpo fsico, mas o est com a glndula pineal e o corpo
pituitrio, como veremos no captulo IV. Tambm influi no desenvolvimento
do sistema cerebrospinal.Sobre a origem e as relaes entre os sistemas crebro-espinal e
simptico, diz a doutora Annie Besant em sua obra Estudo Sobre a
Conscincia:
Vejamos como se inicia e desenvolve a formao do sistema
nervoso pelos impulsos vibratrios oriundos do plano astral. Notamos um
diminuto grupo de clulas nervosas enlaadas por tnues ramificaes. Este
grupo se forma pela ao de um centro previamente aparecido no corpoastral... ou seja, uma agregao de matria astral disposta de modo a formar
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um centro destinado a receber impulsos do exterior e responder a eles. As
vibraes passam deste centro astral para o corpo etrico, determinando
pequenos vrtices etricos que incluem partculas de matria fsica densa e
acabam por constituir uma clula nervosa e grupos delas. Estes centrosfsicos recebem vibraes do mundo exterior e devolvem impulsos aos
centros astrais cujas vibraes aumentam, de modo que os centros fsicos e
astrais agem e reagem reciprocamente, e cada um deles torna-se mais
complicado e eficaz. medida que transcendemos o reino animal,
encontramos em constante aperfeioamento o sistema nervoso fsico como
fator cada vez mais predominante no corpo. E este primitivo sistema se
converte, nos vertebrados, no grande simptico que governa e dinamiza o
corao, os pulmes, o aparelho digestivo e demais rgos vitais. Por outro
lado, vai formando pouco a pouco o sistema crebro-espinal, intimamente
relacionado em suas operaes inferiores com o simptico, e aumenta
gradativamente seu predomnio at transformar-se em seu mximo
desenvolvimento, no rgo normal da "conscincia desperta". O sistema
cerebrospinal se forma por impulsos originados no plano mental, no no
astral, com o que indiretamente se relaciona por meio do sistema simptico
cuja formao provm do plano astral1.
VITALIDADE
Todos ns experimentamos alegria e bem-estar ao beijo do sol, mas
s os ocultistas conhecem o porqu desta agradvel sensao. Da mesma
forma que o sol inunda de luz e calor o seu sistema, assim tambm derrama
perpetuamente sobre ele outra energia ainda no suspeitada pela cincia
moderna, a que se tem dado o nome de "vitalidade", que atinge todos os
planos e se manifesta nos planos fsico, emocional, mental, etc.
Contudo, limitar-nos-emos a consider-la no plano fsico, onde
penetra alguns tomos cuja atividade aumenta imensamente, e de
1Annie Besant, Estdio sobre Ia Conscincia, pgs. 136/38, Editorial Teosfica, 1922,
Barcelona.
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maravilhosa maneira os anima e faz brilhar.
No se deve confundir a vitalidade com a eletricidade, pois, embora
tenham alguns pontos de semelhana, a vitalidade atua bem distintamente
da eletricidade, do calor e da luz. Qualquer destas outras energias determinaa oscilao do tomo em conjunto, e o tamanho da oscilao enorme,
comparado com o do tomo; mas a vitalidade chega ao tomo vinda do
interior e no do exterior.
O GLBULO DE VITALIDADE
O tomo em si no mais que a manifestao de uma energia. O
Logos quis alojar a Sua energia numa forma determinada, a que chamamos
tomo fsico ultrrimo (Fig. 7), e pelo esforo de Sua vontade se mantm na
referida forma.uns catorze bilhes de borbulhas.
Convm ressaltar o fato de que do esforo de vontade do Logos
depende inteiramente a coeso das borbulhas em tal forma, de modo que sepor um instante o Logos retirasse a Sua vontade, se separariam as
borbulhas, e todo o mundo fsico cessaria de existir em espao menor que o
da durao de um relmpago.
Eis por que, mesmo deste ponto de vista, o mundo inteiro no passa de uma
iluso, sem contar que as borbulhas constituintes do tomo so agulheiros
no koilonou verdadeiro ter do espao.
Portanto, a vontade do Logos continuamente exercida mantm emcoeso os tomos, e ao examinar a ao desta energia volitiva, vemos que
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no penetra no tomo de fora, mas que surge de seu interior, o que significa
que se infunde no tomo procedente de dimenses superiores. O mesmo
sucede com a vitalidade, que surge do interior do tomo, acompanhada da
energia que o mantm em coeso, em vez de penetr-lo do exterior, como aluz, o calor e a eletricidade.
Quando a energia vital se infunde assim no tomo, dota-o de vida
suplementar e comunica-lhe fora de atrao, de modo que nesse ponto atrai
para si outros seis tomos fsicos ultrrimos dispostos em definida forma de
um elemento subatmico ou hipermetaproto, como j expliquei.
Mas este elemento difere de todos os at agora observados, em que
a energia que o origina e mantm em coeso os seus componentes, procede
do primeiro aspecto do Logos e no do terceiro. Este glbulo de vitalidade
(figura 5c) o pequeno grupo que constitui o sumamente brilhante grnulo
na serpente masculina ou positiva do elemento qumico oxignio, assim
como igualmente o corao do globo central do rdio.
Estes glbulos de vitalidade distinguem-se pelo brilho e extrema
atividade de todos quantos flutuam na atmosfera, pois denotam vida muito
intensa, e provavelmente so as vias gneas to amide mencionadas por
Blavatsky na seguinte passagem da Doutrina Secreta:
Diz-se que toda mudana fisiolgica, isto , a prpria vida, ou
melhor, os fenmenos objetivos da vida, produzidos por certas condies e
mudanas dos tecidos do corpo que obrigam a vida a atuar nesse corpo, se
devem atribuir aos invisveis "Criadores" e "Destruidores", geralmente
chamados micrbios. Caberia supor que as vidas gneas e os micrbios da
cincia sejam idnticos; mas isto no verdadeiro. As vidas gneas so a
stima c superior subdiviso do plano fsico, e correspondem-se no indivduo
com a Vida nica do universo, ainda que s no plano fsico.
Se bem que a energia que vivifica os glbulos de vitalidade seja
completamente distinta da luz, parece que depende da luz em seu poder de
manifestao. Quando o sol brilha em todo o esplendor, renova-se
copiosamente a energia vital e se forma incrvel nmero de glbulos,
enquanto que em dias nublados diminuem consideravelmente, e durante a
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noite fica em suspenso a operao, segundo as observaes at agora
efetuadas. Portanto, durante a noite vivemos a expensas das reservas de
vitalidade acumuladas durante o dia, e ainda que parea realmente
impossvel o esgotamento das reservas, devem diminuir notavelmentequando est o cu nublado durante muitos dias seguidos. Uma vez
carregado, o glbulo atua como elemento subatmico e no est exposto a
transmutao ou perda de energia at que o absorva um ser vivo.
PROVISO DE GLBULOS
A vitalidade, como a luz e o calor, dimana continuamente do sol,
mas s vezes surgem impedimentos a obstar que toda a proviso chegue
terra. Nos invernais e melanclicos climas impropriamente chamados
temperados, costuma haver uma longa sucesso de dias cinzentos em que o
cu fica coberto com um sudrio de cerradas nuvens que afeta tanto a
vitalidade como a luz, pois que ainda que no a intercepte por completo,
diminui notavelmente a sua quantidade. Portanto, nos tristes dias sombrios
decresce a vitalidade, e todos os seres vivos anelam instintivamente o fulgor
do sol.
Quando os tomos vitalizados esto assim mais escassamente
difundidos, o homem de robusta sade acrescenta o seu poder de absoro,
estende-o a uma rea mais vasta e desta forma mantm seu vigor no nvel
normal. Mas os invlidos e pessoas de escassa energia nervosa so
incapazes deste acrscimo de absoro, pelo que costumam sofrer
gravemente e se pem de mau humor, debilitando-se ainda mais sem
compreender a causa. Pela mesma razo a vitalidade mais baixa no
inverno que no vero, pois ainda que o curto dia invernal seja de sol, o que
raro, as noites so muito compridas, e durante elas temos de viver a
expensas da vitalidade acumulada na atmosfera durante o dia. Pelo
contrrio, os longos dias de vero, se esto limpos e com sol, carregam a
atmosfera to plenamente de vitalidade que esta pouco diminui nas curtas
noite do estio.
Do estudo deste assunto da vitalidade, o ocultista no pode deixar
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de inferir que, independentemente da temperatura, o ar ensolarado um dos
mais importantes fatores da conservao da perfeita sade, pois nenhum
outro pode compens-lo. Uma vez que a vitalidade se difunde por todos os
mundos e no exclusivamente pelo fsico, evidente que, quando em outrosaspectos se cumprem as necessrias condies, a emoo, a mente e a
espiritualidade recebero influncia muito favorvel do sol, num dia de cu
limpo e claro.
ENERGIAS PSQUICAS
As trs energias mencionadas a primria, a vitalidade e o
kundalini no esto diretamente relacionadas com a vida mental e
emocional do homem, mas to-somente com o seu bem-estar corporal. Mas
tambm penetram pelos chakras energias que podem qualificar-se de
psquicas e espirituais. Os dois primeiros chakras no manifestam nenhuma
destas energias, mas o chakra umbilical e os demais situados acima do
corpo so portas de entrada para as energias que afetam a conscincia
humana.
Num artigo sobre os centros mentais, inserto na obra A Vida
Interna, expus que os pensamentos so coisas mui definidas que ocupam
lugar no espao. Os pensamentos sobre um mesmo assunto e da mesma
natureza, propendem a agregar-se; portanto, para alguns assuntos h na
atmosfera um centro mental, um espao definido, ao qual so atrados, e
todos os demais pensamentos sobre o mesmo assunto aumentam sua
extenso e influncia. Deste modo o pensador pode contribuir para
fomentar um centro mental mas por sua vez, recebe dele influncia, e esta
uma das razes pelas quais o povo pensa como rebanhos de carneiros. A um
homem de mentalidade preguiosa muito mais fcil aceitar um
pensamento elaborado por outra mente, do que empregar suas faculdades
na considerao dos vrios aspectos de um assunto at chegar deciso de
seu prprio discernimento.
O que assim sucede no plano mental a respeito do pensamento,
acontece tambm, com devidas modificaes, no plano astral a respeito dos
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4sentimentos. O pensamento voa com a rapidez do raio pela sutil matria do
plano mental, de modo que os pensamentos unnimes do mundo inteiro
sobre determinado assunto, podem facilmente congregar-se num centro e
serem acessveis a quem quer que pense sobre o mesmo assunto.A matria astral, conquanto muito mais sutil que a fsica, no
entanto, mais densa que a mental, de maneira que as volumosas nuvens de
"formas emocionais" que no mundo astral engendram os intensos senti-
mentos, no se renem todas num s centro, seno que se "entrefundem"
com outras vizinhas da mesma natureza, resultando disso enormes e
potentssimos blocos de emoo que flutuam por toda a parte, e podem
influir em quem com eles se ponha em contato.
A relao deste assunto com o nosso tema capital consiste em que
a referida influncia se exerce por meio de um ou outro chakra. Para
demonstr-lo tomemos como exemplo um homem cheio de medo. Aqueles
que tiverem lido o livro O Homem Visvel e Invisvel, recordaro que a sua
prancha XIV representa a condio do corpo astral do tmido. As vibraes
de um corpo astral em semelhante estado atrairo as nebulosas formas
emocionais de temor que flutuem pela vizinhana. Se o indivduo consegue
recuperar-se e vencer o temor, as nuvens desta emoo se afastaro
enfraquecidas; mas se o temor subsiste e aumenta, as nuvens descarregaro
sua acumulada energia por meio do chakra umbilical, com risco de que o
temor degenere em pnico e o indivduo perca a cabea, precipitando-se
cegamente no perigo.
Da mesma maneira, aquele que se agasta e irrita, atrai nuvens de
clera e se expe a um influxo emocional que transmuta sua indignao em
fria, de modo que, inconscientemente, pode cometer um homicdio por
obcecao e arrebatamento. Analogamente, aquele que cede depresso de
nimo arrisca-se a cair num estado de permanente melancolia, como
tambm quem se deixa dominar por desejos bestiais pode converter-se num
monstro de luxria e sensualidade, e cometer crimes que o horrorizaro ao
4Este livro foi digitalizado e distribudo GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a inteno de facilitar
o acesso ao conhecimento a quem no pode pagar e tambm proporcionar aos Deficientes Visuais a
oportunidade de conhecerem novas obras.Se quiser outros ttulos procure por http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros. Ser um prazer receb-lo em nosso grupo.
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recuperar a razo.
Todas estas indesejveis correntes chegam ao homem pelo chakra
umbilical. Felizmente h outras e superiores possibilidades nas nuvens de
amor e devoo, cuja energia receber pelo chakra cardaco quem sinta tonobres emoes, e as intensificar admiravelmente, segundo o mostram as
pranchas XI e XII da obra O Homem Visvel e Invisvel. As emoes que
afetam o chakra umbilical do modo mencionado, esto indicadas na obra
Estudo Sobre a Conscincia, da doutora Besant, que divide as emoes nas
duas grandes classes de amor e dio.
As emoes de dio afetam o chakra umbilical e as de amor, o
cardaco.
Diz a doutora Besant:
Vemos que o desejo tem duas expresses capitais: atrao para
possuir ou por-se em contato com um objeto que de ante-mo proporcionou
prazer, e repulso para repelir ou evitar o contato com um objeto que
previamente infligiu dor. Vimos que a atrao e a repulso so as duas
modalidades do desejo que domina o Eu.
Como a emoo o desejo entremesclado com o intelecto,
inevitavelmente tem de oferecer a mesma diviso em duas modalidades.
Chama-se amor a emoo de ndole atrativa que prazerosamente une dois
objetos. a energia integrante do universo. Chama-se dio a emoo de
ndole repulsiva que dolorosamente separa dois objetos. a energia
desintegrante do universo. Tais so os dois troncos da raiz do desejo e deles
brotam, como ramos, todas as emoes.
Disto deriva a identidade das caractersticas do desejo e emoo. O
amor anela atrair o objeto atrativo ou vai emps dele para unir-se a ele ou
ser por ele possudo. Da mesma forma que o desejo, liga com laos de prazer
e felicidade, mas estes laos so mais complicados e duradouros por serem
compostos de mais numerosas e sutis fibras muito complexamente
entretecidas, se bem que o enlace de ambos os objetos, a essncia do desejo
atraente, seja a mesma essncia do amor ou emoo atrativa. De igual
maneira, o dio procura eliminar de si o objeto repulsivo, ou foge para
apartar-se dele, e repeli-lo ou ser repelido por ele. Separa pela dor e desdita;
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e assim a essncia do desejo repelente, da separao dos objetos, a mesma
essncia do dio ou emoo repulsiva. Amor e dio so as elaboradas e
intelectivas formas dos dementais desejos de possuir e afastar1.
Mais adiante expe a doutora Besant, em sua citada obra, quecada uma destas duas capitais emoes se subdivide em trs partes,
segundo a fora ou debilidade de quem as sinta.
A benevolncia o amor que olha para baixo, para o inferior e para
o dbil; a venerao o amor que olha para cima, para o superior e o forte.
Assim, benevolncia e venerao so as universais caractersticas comuns ao
amor entre superiores e inferiores.
As relaes ordinrias entre esposos e irmos nos oferecem campo
onde estudar as manifestaes do amor entre iguais. Aqui vemos como o
amor se mostra em mtua ternura e confiana, em considerao, respeito e
desejo de comprazer, no esforo de cumprir os gostos alheios, em
magnanimidade e doura.
Tambm aqui se acham os elementos das emoes de amor entre
superiores e inferiores, mas com o carter de reciprocidade nelas impresso.
Assim calha dizer que a caracterstica comum do amor entre iguais o
desejo de auxlio mtuo.
Temos, portanto, que a benevolncia, o mtuo auxlio e a
venerao so as trs divises capitais da emoo de amor, e delas se
derivam as demais emoes amorosas, pois todas as relaes amorosas se
resumem nestas trs ordens: de superior para inferior, de igual para igual e
de inferior para superior2.
Depois explica, analogamente, as emoes de dio e diz:
O dio ao inferior menosprezo, e ao superior medo. Igualmente,
o dio entre iguais se manifesta em clera, hostilidade, desateno,
violncia, agressividade, inveja e insolncia, isto , todas as emoes que
repelem os rivais que se acham frente a frente e no lado a lado. A
1Annie Besant, Estudio sobre La Conciencia, pgs. 286/8, Editorial Teosfica, 1922, Barcelona.
2Annie Besant, Estdio sobre Ia Conciencia, pgs. 210/1, Editorial Teosfica, 1922, Barcelona.
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caracterstica comum do dio entre iguais , pois, de mtuo agravo, e as trs
caractersticas capitais da emoo de dio so menosprezo, agravo mtuo e
medo1.
1Annie Besant, Estdio sobre Ia Conciencia, pgs. 292, Editorial Teosfica, 1922, Barcelona.
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Embora inconcebivelmente diminuto, to brilhante o glbulo de
vitalidade, que at os no clarividentes costumam v-lo. Olhando para o
horizonte longnquo, especialmente no mar, notaro alguns que roa com o
firmamento certo nmero de pontinhos de luz, que se mexem por todos os
lados com pasmosa rapidez. So os glbulos de vitalidade, constitudos, cada
um deles, por sete tomos fsicos ultrrimos segundo o mostra a figura 5c.
So as vidas gneas ou grnulos carregados com a energia a que os hindus
chamam prana.
muito difcil compreender o exato significado desta palavra
snscrita, porque os mtodos didticos dos, hindus diferem muitssimo dos
nossos, mas parece-me que, sem risco de erro, podemos tomar a palavra
pranapor equivalente de vitalidade.
Quando o glbulo de vitalidade cintila na atmosfera, de brilho
quase incolor, e refulge com luz branca ou ligeiramente dourada. Mas
quando entra no vrtice do chakra esplnico, se decompe e quebra em raios
de diversas cores, conquanto no com a mesma gradao ou gama dos raios
do espectro solar. Os tomos componentes do glbulo de vitalidade voltejam
impelidos pelo vrtice do chakra e cada raio deste prende um daquele, de
modo que o tomo amarelo fica preso num raio do chakra, o verde em outro
e assim sucessivamente, enquanto que o stimo tomo desaparece absorvido
pelo centro do vrtice, semelhante ao cubo de uma roda. Os raios se
prolongam ento em diferentes direes e cada qual efetua seu trabalho
especial, na vitalizao do corpo. A prancha VII representa
diagramaticamente as direes do pranadifundido.
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Como disse, as cores da vitalidade ou pranano so exatamente as
mesmas das do espectro solar, mas se parecem antes com as combinaes
cromticas que vemos nos corpos causai, mental e astral. A cor anil se
reparte entre o violeta e o azul, de modo que em vez de trs cores achamoss duas; mas, em compensao, o vermelho se diferencia em duas cores;
vermelho-rosado e vermelho-escuro. Portanto, as cores dos seis raios so:
violeta-azulado, verde, amarelo, alaranjado e vermelho-escuro, enquanto que
o stimo tomo, cor-de-rosa, passa adiante pelo centro do vrtice1.
Assim vemos que a constituio da vitalidade stupla; mas flui
pelo corpo em cinco correntes principais, segundo o expuseram alguns
tratados hindus, porque o azul e o violeta se fundem num s raio, e o
alaranjado e o vermelho-escuro em outro raio, quando saem do chakra
esplnico.
OS RAIOS
1. Violeta-azulado. Dirige-se para a garganta, onde parece
separar-se, de modo que o azul-plido passa pelo chakra larngeo e o aviva,
enquanto que o violeta e o azul-escuro prosseguem para o crebro, em cujas
partes inferior e central fica o azul-escuro, seguindo o violeta at a parte
superior para vigorizar o chakra coronrio e difundir-se pelos novecentos e
sessenta raios desse chakra.
2. Raio amarelo. Dirige-se para o corao e, depois de efetuada
ali a sua obra, uma poro passa para o crebro e o satura, difundindo-se
pelos doze raios do centro do chakra coronrio.
3. Raio verde. Este raio inunda o abdmen, e conquanto se
centralize principalmente no plexo solar, vivifica o fgado, os rins, os
intestinos e todo o aparelho digestivo em geral.
1 A rigor, este tomo rosa o primeiro, porque nele aparece originariamente a energia.
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4. Raio rosa. Este raio circula por todo o corpo ao longo dos
nervos e evidentemente a vitalidade do sistema nervoso; um indivduo pode
infundi-la a outro que a tenha deficiente. Se os nervos no recebessem esta
vitalidade rosada, seriam impressionveis at irritao, e assim quequando no a recebe suficientemente, o enfermo no pode permanecer muito
tempo na mesma posio e no sente alvio ainda que tome outra. O mais
leve rudo o atormenta e ele se acha num contnuo sofrimento. Mas se uma
pessoa s banha-lhe os nervos com vitalidade rosada, logo se alivia e
experimenta uma salutar sensao de sossego e paz.
Um indivduo de boa sade absorve e adapta muito mais vitalidade
rosada do que a necessria ao seu corpo; por isso est continuamente
irradiando uma torrente de tomos rosados, de modo que inconscientemente
infunde vigor nas pessoas fracas mais prximas, sem que isso diminua sua
vitalidade. E tambm por um esforo de sua vontade pode acumular a
energia restante e infundi-la deliberadamente em quem deseje auxiliar.
O corpo possui certa conscincia peculiar, instintiva e cega, a que
costumamos chamar o elemental fsico, correspondente no mundo fsico ao
elemental do desejo no mundo astral. Essa conscincia instintiva ou
elemental fsica procura sempre resguardar o corpo de todo perigo ou lhe
proporcionar o de que necessita. completamente distinta da conscincia do
homem e funciona igualmente quando o ego se aparta do seu corpo fsico. A
este elemental fsico ou conscincia instintiva deve-se atribuir todos os
nossos movimentos e atitudes instintivos como tambm o incessante
funcionamento do sistema simptico, sem que de tal nos apercebamos nem
pensemos.
Enquanto nos acharmos no estado de viglia, o elemental fsico est
em constante vigilncia, em atitude de defesa, e mantm em tenso
msculos e nervos. Durante o sono relaxa-os e dedica-se assimilao da
vitalidade para restaurar as foras do corpo fsico, e com maior eficcia
cumpre esta funo durante a primeira metade da noite, quando h
plenitude de vitalidade, porque de madrugada j est quase toda consumida
a vitalidade que o sol emitiu durante o dia. Tal o motivo da sensao de
moleza que nos acomete de madrugada, e tambm a acusa de muitos
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enfermos morrerem nessas horas. Por isso diz acertadamente a sabedoria
popular que uma hora de sono antes de meia-noite equivale a duas depois
dessa hora.
A ao do elemental fsico explica a influncia restauradora dosono, que se pode observar ainda aps ligeiro cochilo.
A vitalidade o alimento do duplo etrico, e este a necessita to
imperiosamente como o corpo denso necessita do sustento material. Disso
resulta que quando, por enfermidade, fadiga ou decrepitude, o chakra
esplnico incapaz de preparar o alimento para as clulas do corpo, o
elemental fsico procura extrair para seu prprio uso a vitalidade preparada
em corpos alheios. E assim ocorre quando nos sentimos dbeis e como que
esgotados depois de havermos estado durante certo tempo junto de uma
pessoa com falta de vitalidade, porque essa pessoa nos tomou os tomos
rosados antes que pudssemos assimilar sua energia.
O reino vegetal tambm absorve esta vitalidade, ainda que em
muitos casos parece que s utiliza uma pequena parte. Algumas rvores
extraem da vitalidade quase exatamente os mesmos constituintes que extrai
a parte superior do duplo etrico do homem, e uma vez absorvidos os
necessrios, expelem precisamente os tomos rosados de que necessitam as
clulas do corpo fsico do homem.
Isso ocorre com rvores como pinho e