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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA
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Literário, sem frescuras!
®
ISSN ISSN ISSN ISSN 1664166416641664----5243 5243 5243 5243
ESPECIAL
NOSSO
PLANETA TERRA
Abril de 2011
Silvery
LITERÁRIO, SEM FRESCURAS!
GENEBRA, ABRIL DE 2011
ESPECIAL
NOSSO
PLANETA TERRA TERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA
VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VERDE TERRA PLANETA MAE TERRA VRDE MAE PLANETA TERRA VERDETERRA VER-
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VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA
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1. IVANE LAURETE PEROTTI
2. DALVA AGNE LYNCH
3. NORÁLIA DE MELLO CASTRO
4. FABIO RENATO VILLELA
5. VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI
6. ANTONIO CARLOS DAYRELL
7. ANDREIA PINHEIRO ORECHOWSKI
8. HIPÓLITO FERRO
9. BETTY SILBERSTAIN
10. OSVALDO ANTONIO BEGIATO
11. VO FIA
12. RAIMUNDO CÂNDIDO TEIXEIRA
13. FLÁVIA ASSAIFE
14. TEREZINHA GUIMARÃES
15. ISABEL CRISTINA SILVA VARGAS
16. RENATA IACOVINO
17. ELIANE ACCIOLY
18. DÉ BARRENSE
19. LARIEL FROTA
20. MARIA CRISTINA SILVA PIRES RAMOS
21. SONIA NOGUEIRA
VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA
5
22. ROZELENE FURTADO DE LIMA
23. FÁTIMA DIÓGENES
24. JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO
25. LÓLA PRATA
26. DELAYNE BRASIL
27. LILIAN MAIAL
28. ICLÉIA INÊS RUCKHABER SCHWARZER
29. JÚNIOR SCHWARZER SCHMITT
30. TINO PORTES
31. LAVOISIER MENEZES (IN MEMORIAM)
32. CARLOS D
33. LUIZ EDUARDO GUNTHER
34. VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO
35. WALNÉLIA CORRÊA PEDERNEIRAS
36. MARIA ALICE RODOVALHO DE SOUZA
37. ELIANA WISSMANN
38. RENATA FARIAS
39. SEGESTES TOCANTINS
40. ZULEIDE DE J. CORAL
41. EMANUEL MEDEIROS VIEIRA
42. YARA DARIN
43. JU PETEK
44. CÉLIA LABANCA
45. JACQUELINE AISENMAN
VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA
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EXPEDIENTE Revista Literária VARAL DO BRA-SIL
Especial NOSSO PLANETA TER-RA
Capa: Silvery
Genebra - CH
Copyright Vários Autores
O Varal do Brasil é promovido, or-ganizado e divulgado pelo site:
www.coracional.com
Site do VARAL: www.varaldobrasil.com
Textos: Vários Autores
Ilustrações: Vários Autores
Revisão parcial de cada autor
Revisão geral VARAL DO BRASIL
Composição e diagramação:
Jacqueline Aisenman
A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita.
Se você deseja participar do VA-RAL DO BRASIL NO. 10, envie seus textos até 15 de JUNHO pa-ra: [email protected]
Capa: Silvery
Será que ainda é preciso falar da situação pela qual passa atualmente nosso planeta?
Será que a simples visão do que vem acontecen-do ao redor do mundo, entre tsunamis, terre-motos, dizimação da flora e da fauna, não bas-taria para que a consciência de cada um desper-tasse?
Será que viver num planeta verde, com água limpa e animais e homens convivendo pacifica-mente não passa ainda de um mero sonho?
O que falta para que o ser humano acorde e veja onde se encontra?
O que é preciso para o homem perceber o mal feito e reagir para revertê-lo?
Perguntas poderiam ser feitas sem parar pois a vida no planeta está por um fio.
Mas respostas, todos os autores aqui nos trazem em suas diferentes maneiras de dizer.
Falta para o homem, educação e amor. E en-quanto não houver consciência e ação, toda a vida do planeta continuará sendo apagada.
Não esperemos a extinção do nosso Planeta Terra.
Eduquemos, amemos, sejamos a alma, doemos vida ao planeta.
Pequenos gestos sempre serão grandes passos.
Longa vida ao Nosso Planeta Terra!
Boa leitura!
A Equipe do Varal
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DESAMOR
Por Ivane Laurete Perotti
Pequenas ondas lambem a praia, ...solidão!
Iemanjá recolhe seu manto, ...tristeza!
Peixes morrem na areia, ...! Crianças não brincam,... solidão! Os enamorados esquecem o beijo,
...soluço! A lua mergulha no mar. geme!
...chora! ...entoa um “réquiem” à poesia...
Mãos criminosas sujam a terra abrem feridas
profundas, fétidas,
purulentas disformes!
As torres da catedral testemunham
flagelo, horror!
Cheiro de morte lenta! Espalha-se a dor.
Trilhas incontáveis provam o descaso,
agigantam-se... crescem...
ferem!
Mancham o colo da mãe fecunda afugentam os filhos do amor
poluem o berço da vida! Espalham medo. Cortam o regato arrancam a flor
Mãos criminosas tocam a terra...
Maculam! Usurpam! Roubam!
Chorem olhos incrédulos! A mãe anoitece sobre largas feridas
em silêncio em agonia
em desamor. Chorem filhos da terra...
Bonalyn-Boyd
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Terra
Por Dalva Agne Lynch
Terra
sustento a ponte unindo opostos.
Sustento a morada o abrigo
contra o vento e o tormento.
Recebo a semente germino
dou à luz a flores e frutos germino
dou à luz ervas daninhas. Sou alimento
e veneno. Terra
contenho ouro e prata lava e ácido.
Sustento e recebo sufoco e mato.
Sou útero e
sou cova.
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A chuva é bela!
Por Norália de Mello Castro
Hoje, amanheceu com sol e algumas nu-vens no céu. Dia quente e lindo. De tardinha, caiu um pé d’água, daqueles com trovões, raios e vento. Veio do Leste e passou por minha casa na direção do Sul. Tive de desligar todas as tomadas preventivamente. Diante de tal chuva, a gente não sabe o que pode acontecer com a eletricida-de.
Fui então para minha janela, acompanhar a chuva que caía torrencialmente.
- Como a chuva é bela! – foi o pensamen-to ao vê-la cair maciamente sobre aquele tapete verde de árvores, plantas e gramas.
Os trovões e raios estavam muito distan-tes, lá em cima nas nuvens negras. Por toda a ex-tensão, o verde maravilhoso. As montanhas ao longe estavam esplendorosas. As colinas mais ainda. As árvores, mais próximas de mim, se ale-gravam com a água que as acariciava. A chuva caía tão maciamente sobre aquele tapete verde que me esqueci dos trovões. (tenho pavor de tro-vões!).
- Como a chuva é bela!
Senti, por assim pensar, que estava come-tendo o maior pecado mortal, me esquecendo, naquele momento, do horror que vivem na Regi-ão Serrana do Rio de Janeiro. Lá, o buraco negro incomensurável de sofrimentos: perdas, mortes, pestes chegando, milhares de pessoas sem casa, deslizamentos, desamparo, terror e horror de mortes, doenças, fome, e toda a região – a mara-vilhosa região serrana – decomposta, perdida. Há dias, o horror se instalou no nosso País, e eu, aqui, admirando a chuva:
- Como a chuva é bela!
A Mãe Terra dá seu alerta. Os céus cla-mam. A Natureza chora.
Homens e mulheres choram.
A Mãe Terra é a nossa casa no Cosmo. Somos parte integrante dela. Somos seus filhos e, como filhos desobedientes, estamos apanhando para aprender: a Dor se instalou lá e cá, em mim, ao lembrar-me das reportagens que tenho assisti-do.
O que urge é que não haja mais inunda-ções de seres humanos, que se deixam conduzir por enxurradas das fomes, situando-se às beiras de rios e colinas, fragilizadas por lixos. Que não transitem sem abrigo ou teto, ao léu, sem saber onde e como se portarem como gente. Que a am-bição desmedida não predomine nas ações para o endinheiramento acerbado. Que acariciem a Mãe Terra como filho amado e amante, não como pre-tensos senhores superiores às regras naturais que são ditadas pela Natureza, fazendo-a escrava de sua pseudo-sabedoria superior. Que olhem para a Mãe Terra, que nos dá tanta beleza e acolhi-mento, como Ser que precisa de amor e respeito. Que, como toda a Lei que rege a Natureza, somos perecíveis também. Que o nosso tempo se esgota-rá fatalmente. Mas, que chegue para todos com dignidade, não soterrados por deslizamentos provocados por atitudes desmedidas e irracionais de outros semelhantes.
- Como a chuva é bela!
Se bem recebida sob um teto/lar. E que, neste momento de Dor Maior, o amor solidário predomine nos corações e nas ações de socorro. Que a solidariedade seja mais duradoura e que se expanda: que não seja apenas num momento de grande comoção nacional!
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Aquecimento Global
Por Fábio Renato Villela
Com a voracidade que nos é peculiar solapamos o direito de outrem compartilhar
esse pequeno ponto azul que nos foi dado habitar. Matamos bichos, árvores, águas e o próprio ar.
Agora, o Aquecimento Global sinaliza que é tempo do Homem acabar.
Pandemônio, caos, vigílias, promessas e muito rezar.
Talvez alguma religião possa nos consolar; pastores, bispos e pais de santo põe-se a clamar:
misericórdia! Carolas gritam que é o anticristo a chegar,
imploram aos Céus, mas não descem anjos para ajudar.
Nos terreiros, os orixás não aparecem para nos salvar.
Kardecistas insistem, porém o "espírito de luz" deixou-se ficar.
Confucionistas pregam obediência a quem for nos mandar.
Budistas afirmam que só a YOGA pode nos re-mendar.
E filósofos põe-se a teorizar, enquanto os práticos põe-se a aproveitar:
bêbados a gargalhar, loucos a dançar
e virgens a namorar. Otimistas dirão que o copo está a transbordar.
Pessimistas, que o copo irá quebrar. Jovens não ligam. Idosos hão de lamentar.
Militares põe-se a coordenar, maus políticos a se locupletar (pois a coisa pode melhorar).
Terroristas e fundamentalistas deixam de lutar. Já não há o "Deus Certo" a quem se deve adorar.
Afinal, sem Homem, para que Deus?
Os cavaleiros apocalípticos reinam e o horror chega para ficar. Há fome, sede e peste. Nada pode sobrar, como disse Deus a Josué em nosso limiar. Os paí-ses ricos ficam a derivar, os pobres continuam a mendigar. Todos a deli-rar. As raças perderão do que se orgu-lhar. Ou do que se envergonhar. Se tu-do já não têm sentido, por que sonhar? A Terra aquece e a Natura expulsa a espécie que lhe calhar. É o fim da his-tória, da cultura, da filosofia. O máxi-mo que se pôde criar. Do mínimo, nem é bom falar. Talvez quem nos substituir seja mais sábio. Compreenda o bicho pequeno (mestre Camões) que vive neste pátio. Ainda que imagine catedrais, contentar-se-á com o átrio. Pois saberá que um passo a mais, é invasão. Desejo sórdi-do, poder em vão. Coabitará com outras espécies, mas será Senhor ape-nas de si. Não se rebaixará a roubar alheias messes. Constituirá, talvez, so-ciedades, artes e filosofia. Saberá que ao não matar, o quanto se cria. Por fim, entenderá que a morte do indivíduo não é um elo partido. É ape-nas a vida mudando de vestido. Haverá, quem sabe, de viver mais, sem que o seu tempo seja estendido. Tam-bém saberá que não há hierarquia, pois esta é apenas um devaneio da esquizo-frenia. Admitirá Darwin, pois tudo evo-lui, mas rejeitará Spencer, pois vê que sem barreiras, o rio melhor flui. E quando chegar à hora de sua espécie descer deste trem fará de maneira só-bria, sem tamanho alarde. Saberá que tudo passa, assim como o azul de qual-quer tarde.
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Lê-se em jornais e revistas:
Europa a quarenta graus!;
ciclones lá e cá dão pistas
de que as coisas andam mal...
graças ao aquecimento global.
É graças aos poluentes
que vão pela atmosfera
que muitos andam doentes
que a Terra – a bela – ora, é fera!
Ozônio e também metano,
Dióxido de carbono,
têm feito mal ano a ano...
Isso é de tirar o sono.
A queima de combustíveis
vai numa velocidade
que coisas antes incríveis
ora são tristes verdades.
Desmatamento e queimadas...
também a temperatura
aumentam a galopadas,
por isso a vida anda dura!
É... tudo tem consequência.
Não basta fazer poemas,
nem ter grande inteligência
e dela só fazer cenas...
Pois sabe-se, está na vista:
Europa a quarenta graus!,
Ciclones lá e cá dão pistas
de que as coisas andam mal...
graças ao aquecimento global.
Derretem calotas polares.
Sobe o nível dos oceanos.
Tudo isto que vai pelos ares
não dá pra esconder sob panos!
De outro lado, crescem desertos,
animais e vegetais somem.
Está confuso o que era certo;
por onde anda o super-homem?
Tantas catástrofes climáticas –
sabemos – não passam em branco.
Mexa-se sociedade estática,
antes que vá tudo em barrancos...
Sim, lê-se em jornais e revistas,
que a Europa está a quarenta graus!,
e os ciclones lá e cá dão pistas
de que as coisas andam bem mal...
graças ao aquecimento global.
Mas, bons exemplos temos, sim,
de gente que não vai na onda
do “deixa disso, é mesmo assim”...
gente que não faz somente onda...
(segue)
GRAÇAS AO AQUECIMENTO GLOBAL
Por Valquíria Gesqui Malagoli
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Gente forte e perseverante
que ainda rema contra a maré,
que se há seca, acode a vazante,
que se há enchente, não perde a fé!
Pois tudo tem consequência.
Não basta fazer poemas,
nem ter grande inteligência
e dela só fazer cenas...
Afinal, está na vista:
Europa a quarenta graus!,
Ciclones lá e cá dão pistas
De que as coisas andam mal...
graças ao aquecimento global.
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Em defesa do planeta A humanidade acordou para a necessidade de preservar o
meio ambiente e impedir a destruição da própria espécie.
Conheça aqui histórias de escolas que já estão ajudando
os alunos a mudar de atitude para se transformar em cida-
dãos mais conscientes
Débora Menezes ([email protected])
Aquecimento global, degelo das calotas polares, recicla-
gem, calor e frio em excesso, água em falta. Nunca os
temas ambientais ocuparam tanto espaço na mídia e
nas discussões em todos os lugares - das universidades
às ONGs, dos ambientes de trabalho às escolas. A pala-
vra de ordem é diminuir os impactos negativos do ser
humano sobre o mundo. Como? Mudando atitudes pes-
soais e coletivas para salvar o mundo da ameaça (cada
vez mais real) de colapso. A boa notícia é que já há mui-
tos professores desenvolvendo essa mentalidade. Tra-
balhando com consistência e continuidade e usando
conceitos de Educação Ambiental, eles estão ajudando
suas turmas a formar uma cultura de defesa do planeta,
envolvendo as comunidades nesse processo de reflexão,
atraindo colegas de outras áreas em tarefas multidisci-
plinares e, assim, construindo novos jeitos de se relaci-
onar com a realidade à sua volta. Nesta reportagem,
você vai conhecer cinco experiências (feitas nos estados
de São Paulo, Bahia, Pará e Santa Catarina) que podem
inspirar a realização de atividades para ajudar a melho-
rar a relação com a natureza. Todas elas têm em co-
mum o fato de trilharem caminhos na direção do que a
educadora ambiental Isabel Cristina de Moura Carva-
lho, da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, no
Rio Grande do Sul, chama de formação do "sujeito eco-
lógico" - nome usado para definir o que seria o modelo
ideal de um ser humano "que tem e dissemina valores
éticos, atitudes e comportamentos ecologicamente ori-
entados".
O primeiro passo para trabalhar bem a Educação Ambi-
ental é criar, na escola, um ambiente capaz de envolver
os professores de todas as disciplinas (e não só os de
Ciências e Geografia, que normalmente "tomam posse"
do tema) e também a comunidade. "Não dá para tratar
só das questões de natureza. Qualquer trabalho deve
incluir a relação com a cidade e seus moradores", diz
Isabel Carvalho. Na EM Malê Debalê, em Salvador, essa
ligação surgiu porque a escola fica ao lado da lagoa do
Abaeté. A equipe articulou diversos conteúdos e criou
uma cultura de trabalhar a questão ambiental todos os
dias, com as classes de Educação Infantil e nas séries
iniciais do Ensino Fundamental. As crianças se acostu-
maram a realizar tarefas de iniciação científica (como
observação para entender fenômenos da natureza, em
estudos do meio) e passaram a entender como se dão as
interferências do ser humano na paisagem.
Já a professora Elielza Silva Prata, da EM Maria Flora
Guimarães, em Benevides, no interior do Pará, deu
mais ênfase à interação com a comunidade ao iniciar
um longo projeto de Educação Ambiental. Para consci-
entizar os moradores sobre a importância de preservar
a água (numa região ribeirinha), ela convidou pesquisa-
dores e especialistas e abriu a sala de aula para a parti-
cipação de todos num debate amplo sobre a realidade
local.
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"A experiência é muito rica porque se baseia nas neces-
sidades cotidianas da população e as insere na ação
pedagógica", afirma a bióloga Maria de Jesus da Con-
ceição Ferreira Fonseca, coordenadora do Núcleo de
Estudos em Educação Científica, Ambiental e Práticas
Sociais da Universidade do Estado do Pará.
Objetivos de longo prazo Os especialistas ouvidos por NOVA ESCOLA são unâni-mes em afirmar que a Educação Ambiental deve ter objetivos de longo prazo. Promover uma festa pelo Dia da Água pode até ser interessante ou divertido para as crianças, mas é pouco. A comemoração, dizem esses professores, não pode ser o objetivo fim, mas um meio para compartilhar os conhecimentos. O mesmo vale para atividades simbólicas, como plantar árvores. Mui-to mais importante do que a ação em si é explorar com os alunos como o desmatamento afeta a vida em sua cidade, por exemplo. "Assim, eles vão perceber que o plantio das mudas é só uma pequena parte do que é preciso fazer para restaurar nossas matas", explica Sue-li Furlan, professora da Universidade de São Paulo e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. "E vão entender que esse é um trabalho para a vida toda, não se resume a iniciativas pontuais." Da mesma forma, de nada adianta montar uma horta e depois não mantê-la. Ou separar o lixo na escola e depois não ter como dar fim a ele. "Não é difícil perceber que mais importante do que sugerir um projeto de coleta seletiva localizado é pensar numa campanha para pressionar vereadores a organizar melhor todo o trabalho de coleta na cidade", exemplifica Sueli. Em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, o trabalho contínuo de Educação Ambiental na rede mu-nicipal vem dando cada vez mais resultados. Desde 1999, a prefeitura investe na capacitação de professores e no desenvolvimento de projetos de médio e longo prazo.Graças à experiência dos anos anteriores, a EM Jardim Iate Clube consegue fazer da reciclagem uma realidade para toda a equipe de alunos e professores. O trabalho funciona bem, entre outras coisas, porque tem a efetiva participação de outras instituições da socieda-de civil. Aliás, foram essas organizações que criaram o movimento ambientalista e acabaram por chamar a atenção de toda a sociedade para a importância de de-fender a natureza. Em muitos casos, foram justamente as ONGs que criaram atividades para usar em sala de aula. A pedagoga Patrícia Otero, especialista em meio
ambiente e diretora do 5 Elementos, que atua no setor há dez anos, dá um exemplo de como inserir temas am-bientais em classe. "Não basta trabalhar só as informa-ções encontradas na mídia", diz. "É preciso descobrir meios de associar esse conhecimento à realidade local e entender como a comunidade lida com a questão da água. Ao aprofundar-se no tema, os jovens vão conse-guir propor reflexões e ações positivas."
Ação integrada à comunidade Entender a realidade e atuar para transformá-la. Foi exatamente isso que os estudantes da EMEF Teófilo Benedito Ottoni, em São Paulo, fizeram. A escola fica junto a uma área remanescente de mata Atlântica e, quatro anos atrás, associou-se a outros agentes da soci-edade civil para lutar contra a derrubada das árvores para a construção de prédios. A mobilização levou os jovens a participar de protestos e escrever cartas para as autoridades. O resultado: o local acabou transforma-do num parque. "As escolas são espaços privilegiados de formação e a Educação Ambiental é a forma de inte-ragir diretamente com a comunidade e operar mudan-ças na sociedade", diz a antropóloga Lucila Pinsard Vi-anna, coordenadora da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Comitê de Bacias do Litoral Norte de São Paulo.
Batalhar por melhorias na infraestrutura do bairro, promover palestras e convocar as famílias, as associa-ções de moradores e os representantes de sindicatos e outras associações para debater os problemas e as pos-síveis soluções são outras formas eficientes de envolver os alunos em atividades que certamente ficarão marca-das na vida deles. Na EE Professora Josepha de Sant'Anna Neves, em São Sebastião, no litoral paulista, a questão ecológica ganhou tanto espaço que a escola se tornou uma referência de qualidade na região. Tudo porque a equipe vem atuando há vários anos (e de for-ma coordenada) para promover reformas nas instala-ções e manter hortas e jardins sempre muito bem cui-dados.
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Você faz a diferença
Formar "sujeitos ecológicos" é isto: levar para a
sala de aula temas da atualidade e tratá-los de
forma transdisciplinar em projetos duradouros
que mexam com a comunidade. Um levantamen-
to feito pelo Ministério da Educação revela que,
quando isso acontece, alunos e professores forta-
lecem seus relacionamentos e passam a cuidar do
ambiente escolar e a se interessar pelo que acon-
tece fora dele (mostram a parentes, vizinhos e
amigos que todos fazemos parte do planeta).
Além disso, as experiências relatadas aqui funcio-
naram bem porque em todas houve a participação
essencial de um personagem: você, professor.
"Segundo nossa pesquisa, quando os docentes
assumem seu papel de líderes, eles contagiam os
colegas e esse idealismo seduz os alunos a partici-
par dos projetos", resume Rachel Trajber, coorde-
nadora de Educação Ambiental do MEC.
O apoio da sociedade civil As ONGs têm um papel importante no debate ambiental, dentro e fora das escolas, fortalecendo principalmente a Educação não formal por meio de campanhas na mídia e da criação de materiais paradidáticos e atividades para alunos de todas as séries. O Instituto Mamirauá (com sede em Tefé, na região do Alto Rio Negro, no Amazonas) já está no quarto curso de Educação Ambiental vol-tado para professores da rede pública (cerca de 60 escolas são atendidas, num local onde há pou-cas opções de formação para os docentes). A ONG também discute com o Estado a formação de uma política pública para o tema. Em São Paulo, o Ins-tituto Verdescola auxilia no planejamento de cin-co instituições públicas de ensino e uma particu-lar. Além de capacitação para professores, funcio-nários e pais, a ONG acompanha essas escolas durante o ano inteiro, participando da construção de projetos. Biólogos e pedagogos também dão aulas temáticas dentro da própria grade curricu-lar.
h�p://revistaescola.abril.com.br
h�p://www.adotaretudodebom.com.br/
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MEA CULPA:
DESTRUIÇÃO DOS ECOSSISTEMAS -
ÁREAS OCUPADAS IRREGULARMENTE -
LIXO NOS BUEIROS
Por Antônio Dayrell
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Por Andreia Pinheiro Orechowski
NOSSOPLANETATERRA
O poder da Natureza
O Amanhecer
Pequenos valores da vida
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A terra que sempre existiu e sempre evoluiu por si mesma. A natureza fez a sua parte, em que os antigos gregos dominavam de Gaia. Ou os hebreus de manifestação e criação divina Digitus Dei, metáfora de uma semana e de-pois houve o descanso Divino...
Ela, a terra, sempre esteve proporcionando pequenas belezas e também a sua grandiosidade aos olhos dos homens, seja em uma flor ou na manifestação grandiosa de uma montanha mas também a sua fúria in-domável manifestada em reações naturais ou catástrofes ou provocadas pelo desenvolvimento do homem e do próprio curso da natureza. Seria uma resposta ou um jogo de xadrez ou até uma partida de esgrima entre dois jogadores em contínua luta, entre vitória e derrota. De um lado o Planeta Terra e de outro lado o homem. Luta travada há milênios, sem uma resposta a altura da própria Terra e também da ambição natural do homem. Sim não temos respostas suficientes seja para o Nosso Planeta Terra ou a razão e a inteligência e até a loucura do homem.
Ficamos nesse imenso Planeta Azul muito belo viajando nesse espaço side-ral totalmente escuro somente com o brilho dessa nossa morada redonda. E dentro de cada ser humano a sua capacidade de ver com olhos da inteli-gência a grandiosidade que está diante de nos por pura gratidão que é to-talmente gratuita a sua beleza ou escolhemos os horrores da escuridão do abismo em que estamos fechados dentro da caverna que nos próprios esco-lhemos...
NOSSO PLANETA TERRA
Por Hipólito Ferro
VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA
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A PRAGA DE PLÁSTICO
Por Betty Silberstein
O primeiro plástico, derivado da celulose, foi inventado pelo inglês Alexander Parkes, em 1862. Desde 1976, o plástico tem sido o material mais usado do mundo e foi votado uma das mais importantes descobertas do século XX.
Dentre toda a gama de produtos derivados do plástico, o saco plástico foi com certeza um grande herói; entretanto, hoje, se converteu no vilão desta história, já que depressa se tornou muito popular, especialmente através da sua distribuição gratuita nos supermercados e outras lojas. É, também, uma das formas mais comuns de acondicionamento do lixo doméstico e, através da sua decoração com as logomarcas, constituem uma forma barata de publicidade para as lojas que os distribuem.
A sociedade moderna desenvolveu um assombroso número de usos para plásticos, gra-ças à sua leveza, durabilidade, versatilidade e custo baixo. Quando jogados, perdidos ou aban-donados em meio-ambiente aquático ou marinho, os restos de plástico se apresentam nas mais diversas formas, causando irreparáveis impactos ambientais. São quase totalmente abandonados depois do seu curto espaço de tempo em uso e acabam, invariavelmente, nos cursos de água. Após um animal ser morto por um saco plástico, seu corpo se decompõe e o plástico é liberado novamente para o meio ambiente, pronto para matar novamente.
Além de ser um assassino perverso de mamíferos e pássaros marinhos, destrói também várias outras formas de vida, das maiores às menores criaturas. É uma ameaça visível à diver-sidade biológica costeira e marítima, extinguindo “maternidades” costeiras, onde – caso os corais não tivessem sido afetados – com certeza novas vidas surgiriam. Quando os sacos plás-ticos se enrolam e se prendem em volta de corais vivos, estes são “sufocados” e acabam mor-rendo.
A maior parte do lixo marinho perdura por décadas e décadas, acarretando enorme custo econômico e perdas para pessoas e comunidades no mundo todo. Estraga, suja, destrói a beleza do mar e da zona costeira.
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No Brasil, são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme (a maté-ria-prima utilizada para confeccionar as sacolas de supermercado): isto representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados, esses sacos plásticos impedem a passa-gem da água, retardando a decomposição de materiais biodegradáveis e dificultam a compactação dos detritos. Supermercados, farmácias e a assustadora maioria do comércio varejista embalam em saquinhos plásticos tudo o que passa pela caixa registradora. Independente do produto, tamanho e quantidade. Mesmo que seja uma mísera barrinha de chocolate, se o comprador recusa o malfadado saco plásti-co, é olhado de maneira no mínimo estranha.
É um fato estarrecedor que o país que sediou com sucesso a Rio-92 (Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente) e que tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta, ainda não acordou pa-ra o problema do descarte de embalagens em geral, principalmente dos sacos plás-ticos.
NÚMEROS: ACREDITE SE QUISER
- graças à “PLASTICOMANIA”, o consumo de sacos plásticos está estimado em 500 BILHÕES de sacos plásticos anualmente, ou quase UM MILHÃO POR MINUTO.
- uma família acumula em média 60 sacolas plásticas em apenas quatro idas ao supermercado
- o The Wall Street Journal afirma que os Esta-dos Unidos utilizam 100 bilhões de sacolas plásticas anualmente. São necessários 12 milhões de barris de petróleo para fazer esta quantia de sacolas plásticas.
- usamos cada saco plástico por aproximada-mente 12 minutos antes de jogá-lo fora. Em contra-partida a esses minutos, este saquinho pode perma-necer no meio ambiente por centenas de anos.
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- o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas estima que 46.000 pedaços de lixo plásti-co flutuem em cada milha quadrada do oceano. Eventualmente, 70% afundará, para permanecer para sempre no fundo do mar, afetando – perigosa-mente – os ecossistemas.
- cada pedacinho de plástico fabricado nos últimos 59 anos, que de alguma maneira chegaram ao mar, ainda está lá… afinal, não existe nenhum mecanismo efetivo para decompô-lo.
- as qualidades que tornam os plásticos tão úteis é justamente o que faz com que resistam por tanto tempo como lixo. Derivado do petróleo, o plástico eventualmente se decompõe em dióxido de carbono e água, da exposição ao calor e aos raios ultravioletas de calor. Em terra, o processo pode de-morar décadas, até centenas de anos.
- No mar, demora ainda mais, já que a água salgada mantêm os plásticos frios; além disso, algas, crustáceos e outros tipos de vida marinha bloquei-am os raios ultravioletas. No meio ambiente mari-nho, sacolas plásticas são letais, matando pelo me-nos 100 mil aves marinhas, baleias, golfinhos, fo-cas e tartarugas a cada ano, asfixiando os mares, ameaçando a vida de animais e criaturas marinhas no mundo todo e, também, colocando um peso in-sustentável para o nosso planeta.
Albatrozes e outros pássaros marinhos que procuram na superfície do oceano seu sustento, en-contram uma enorme extensão de lixo flutuante. Eles “pescam” todo tipo de restos de plástico, achando que é comida. Como resultado, regurgitam nas gargantas dos seus bebês bloquinhos de Lego, prendedores de varal, presilhinhas de cabelo e ou-tros pedaços de plástico que podem perfurar o estô-mago ou bloquear o esôfago. O simples volume de plástico dentro de um bebê passarinho pode deixar muito pouco espaço para comida e líquido, resul-tando que quase 40% desses animaizinhos morrem de desidratação ou fome, embora seus diligentes pais acreditem que os estão alimentando correta-mente.
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TENDÊNCIAS MUNDIAIS
Vários países têm tomado medidas para coibir o uso de sacolas plásticas, tentando diminuir o lixo plástico que cresce minuto a minuto, ameaçando não só os países em questão, mas o Planeta Terra como um todo. A tentativa de abolir totalmente a malfadada sacolinha plástica pode ser considerada um tanto utópica; entretanto, governos de to-do o mundo tentam achar uma solução para o problema. Se não para exterminá-lo de vez, pelo menos minimizá-lo.
Muitos estão considerando implementar medidas co-mo as tomadas na Irlanda:
- uso de sacolas reutilizáveis
- criação de taxa de lixo diferenciada, conforme o tipo de lixo produzido: obviamente, a mais cara é que a corres-pondente ao lixo que vai para os lixões. O lixo reciclável é isento de taxas.
- programas patrocinados pelo governo, promovendo ações de alerta ambiental, pedindo aos consumidores para reduzirem seu lixo, convencendo-os a considerar alternati-vas eco-amistosas para as sacolas plásticas.
- implementação e difusão do bioplástico, plástico elaborado à base de materiais biopolímeros.
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Entretanto, uma taxa cobrada sobre as sacolinhas plásticas de supermercado parece ser a solução que mais benefício trará, em um menor espaço de tempo. Na Irlanda, gastava-se 1.2 bilhões de sacolas plásticas todo ano (ou 316 por pessoa), até que foi in-troduzida a PlasTax (Taxa do Plástico): 15 cents de libra esterlina. Resultado: o consumo de sacolas plásticas diminuiu em – pas-mem! – 90%!!! Além disso, o valor recolhido por este imposto - 9.6 milhões de libras, no primeiro ano - serviu para iniciar um “FUNDO VERDE”, destinado a beneficiar o meio ambiente ainda mais. De quebra, no processo, 18 milhões de litros de óleo foram economizados pela redução da produção. A Irlanda continua sen-do um modelo para todos os países na luta contra as sacolas plás-ticas: consumidores têm adotado cada vez mais sacolas reusáveis e a taxa anterior já subiu para 22 centavos por sacola plástica.
Materiais plásticos biodegradáveis prometem, a um custo um pouco maior, resolver o problema ambiental causado pelos sacos comuns; estão sendo desenvolvidos com fórmulas diferentes em vários pontos do planeta. Ao passo que um saco plástico comum pode demorar cerca de 100 anos (dependendo da exposição à luz ultravioleta e outros fatores) para se decompor, o novo material levaria cerca de 60 dias.
Em Cajamar, a RES produz plástico biodegradável a partir de po-límeros do álcool. O setor de biotecnologia do IPT desenvolveu um plástico derivado, por ação de uma bactéria, do açúcar de ca-na.
A fábrica da BASF em Ludwigshafen, Alemanha, produz em esca-la crescente o plástico biodegradável, o Ecoflex.
Na Austrália, está sendo desenvolvido um tipo de bioplásti-co – por uma firma chamada Plantic – cujo componente princi-pal (90%) é amido de milho e outros materiais orgânicos, como água e óleo. Afirmam que pode até ser comido! Isto significa que esta sacola de plástico biodegradável vai se dissolver e desapare-cer em contato com a água; se colocado em compostagem, Plan-tic afirma que este produto desaparecerá em 3 meses, liberando água no solo.
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O QUE VOCÊ PODE FAZER?
É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos.
O problema em si é grave e de difícil solução. Entretanto, você pode ajudar a reduzir o consumo de sacolas plásticas, adotando ações simples.
Utilizar sacolas de compras reutilizáveis (de algodão, por exemplo, como nossas mães e avós faziam antigamente): isto ajuda as pessoas a consumirem menos, preservarem recursos naturais e economizar também. Cada sacola de compra reutilizável que você usa tem o potencial de eliminar centenas, se não milhares, de sacolas plásticas que serão des-cartadas no meio ambiente, aumentando a poluição.
Recusar sacolas plásticas no caixa é uma medida simples, que qualquer um pode adotar para tentar reduzir a quantidade de lixo produzida.
Ajude a Natureza! Auxilie o Meio Ambiente!
faça parte do esforço para
salvar nosso planeta.
Use, Reuse
E
- Principalmente –
RECUSE!
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VALENTIA
Por Oswaldo Antônio Begiato
Quero-te serra
como serra
de meus olhos
menina
Serra de muita terra
Serra de muita água
Serra de muito mato
Serra de muito bicho
serra apenas serra
apenas Japi
Não te quero como serra
de gente miúda
de gente sem terra
de gente com muita terra
Não te quero como serra
de muitas serras
motos que vagam pela serra
motosserras na serra
magnetismo de polos na serra
serra elétrica na serra
mãos que tocam a serra
serra manual na serra
São muitas as serras na serra
Serras que lhe cortam o lenho
e lhe fazem lotes
e lhe esquartejam
Quero-te como serra
serra de milhões de chuvas
e de nenhum fogo
Mas será que chove na serra
ou será que serra na chuva?
E quem guarda a serra
guarda a chuva e apaga o fogo?
é o enterro adiado...
Ao diabo quem serra a serra
todo dia
de água benta
de fogo-fátuo
Ao diabo
porque a serra é valente e é de fé
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CONSUMO RESPONSÁVEL
• Dê preferência a produtos de madeira com o selo FSC. Esta é a garantia de que a madeira foi reti-
rada corretamente. O desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de gases cau-
sadores do efeito estufa. Ao comprarmos produtos sustentáveis, diminuem os incentivos para
desmatar a floresta.
• Consuma alimentos da estação e dê preferência aos orgânicos, que não utilizam agrotóxicos. As-
sim você cuida da sua saúde e do meio ambiente.
• Evite pegar sacolas plásticas desnecessariamente. Carregue uma sacola ou uma mochila com vo-
cê quando for fazer compras. Assim estará gerando menos lixo.
• Dê preferência a produtos com pouca embalagem ou embalagem econômica que geram menos
lixo.
• Procure comprar produtos fabricados perto de onde são vendidos. Desta maneira, os produtos
não precisam ser transportados por longas distâncias e, consequentemente, não há emissões des-
necessárias de gases causadores do aquecimento global.
• Use pilhas recarregáveis, Assim, você evita poluir o meio ambiente e gasta menos.
• Descarte as pilhas em locais apropriados de coleta e não no lixo comum.
• Leve as baterias usadas de celulares para as revendedoras. Elas não devem ser jogadas no lixo
comum, pois contêm metais pesados altamente tóxicos para a saúde humana e o meio ambiente.
• Evite substituir seu aparelho celular desnecessariamente Além de gastar dinheiro, você estará
contribuindo para uma maior poluição do planeta.
• Evite comprar o que você não precisa para não gerar mais lixo. Para facilitar, faça uma lista pré-
via. Além de economia, terá menos lixo
• Procure melhorar seu computador ao invés de comprar um novo. Anualmente, mais de 20 mi-
lhões de toneladas de lixo eletrônico são descartados. A maioria ainda não é reciclada.
• Prefira comprar em lojas que adotem práticas socioambientais corretas.
• Use tintas a base de água para pintar sua casa. Elas são menos tóxicas e menos poluentes.
• Dê preferência a guardanapos e toalhas de pano ao invés de descartáveis.
• Use os dois lados da folha de papel.
• Imprima e-mails e documentos somente quando necessário.
• Não pegue panfletos entregues na rua a não ser que esteja interessado nas informações.
• e pegar, não jogue na rua depois de tê-lo lido.
• Utilize calculadoras e lanternas que possam funcionar com energia solar ou
dínamo. Desta maneira não é necessário usar pilhas.
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A TERRA QUE VI E A QUE VEJO AGORA!!!
Por Vó Fia
Na minha infância e juventude eu vi uma Terra linda e preservada. Nos campos, o verde prevalecia nas matas intocadas e nos pastos viçosos cobrindo as encostas das serras; os pássaros faziam seus ninhos nas arvores e cantavam livres e felizes; os animais de peque-no e grande porte, viviam soltos e bem alimentados pela Mãe Natureza intocada e respei-tada.
Cortando e molhando a terra existiam rios caudalosos e repletos de peixes, ribei-rões e fontes de água potável e fresca, onde o homem e os animais matavam a sede; os pescadores jogavam suas redes e as recolhiam cheias de pescado saudável e saboroso e, com todas essas bênçãos, o ser humano garantia a longevidade e vivia feliz e bem ali-mentado.
Os homens sabiam de seu lugar e das dádivas que recebiam da Mãe Terra e com ela conviviam pacificamente sem agressões, porque a agricultura nos moldes antigos e tradi-cionais era orgânica. Ninguém sabia o que essa palavra significava, mas sabiam que se a terra fosse limpa e arada, as sementes nela colocadas brotariam e dariam frutos.
O tempo também colaborava; as estações se sucediam normalmente sem surpresas, tudo dentro da normalidade: verão, primavera, outono e inverno nunca mudava, quando era tempo de calor vinha o calor, as chuvas chegavam pontualmente no dia de São José, { Dezenove de Março}, no outono a temperatura caia ligeiramente e as frutas eram sucu-lentas e doces e o frio chegava em Junho.
A Mãe Natureza nunca se atrasava e os lavradores plantavam suas lavouras confi-antes no ritmo certo das estações e colhiam suas fartas safras em seu tempo certo, por-que os homens não agrediam a terra e eram recompensados pelo seu trato respeitoso; era a paz, a fartura e a felicidade.
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Agora eu vejo a Natureza agredida e desrespeitada, as matas devastadas a ferro e fogo, os rios poluídos, com suas águas envenenadas e os animais expulsos de seu habitat natural, morrendo atropelados pelo transito sem regras e capturados por traficantes desumanos, pa-ra serem vendidos a quem der mais, porque a caça agora é por lucro.
O que comemos já não tem um bom gosto, porque nos alimentamos com medo dos ve-nenos atirados aos galões sobre a terra exaurida para que produza sempre mais e essa pro-dução forçada, nos deixa o subproduto das doenças incuráveis e destruidoras, mas o lucro das grandes empresas fica garantido e o ser humano mais uma vez é esquecido.
Das verdes matas, dos rios de águas limpas e piscosas e dos pastos exuberantes pouco resta e em consequência o ar puro do passado se tornou pesado e venenoso, até o simples ato de respirar esconde perigos e tudo isso pela falta de respeito com nossa Mãe Natureza que, agredida, se vinga mudando tudo: verão, primavera, outono e inverno se misturaram.
Agora a chuva cai na hora do calor chegar, o frio chega de repente, a primavera é triste e o outono nem existe mais; a poluição tomou conta de tudo e parece que os habitantes de nosso planeta não percebem o perigo que isso envolve, porque não sabemos o que nossos filhos e netos vão encontrar no futuro, porque nossa Mãe Natureza está muito zangada. Se não houver mudanças, não vai haver esperança.
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Era...
Por Raimundo Cândido Teixeira
Era uma imensidão, um intenso sorrir do infinito
que se desfez ao teu olhar!
Era um bela harmonia de tranquila paz ao mar
que se desmoronou ao teu olhar!
Era um feliz torrão natal, muitíssimo venturoso, um lar
que de repente sumiu ao teu olhar!
Era a intensa natureza no deleite jubiloso de luz
que se apagou ao teu olhar!
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Planeta Terra
Por Flávia Assaife
Formado pela agregação de poeiras cósmicas Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais
Planeta que compõem o sistema solar Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água...
Este é o Planta Terra: a nossa morada!
Nele vivemos há milhões de anos protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas
pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera. E o que NÓS fazemos para proteger a Terra?
Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em cons-
tante movimento lento e contínuo... Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida
pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera! E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?
Com um ecossistema equilibrado e perfeito,
Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se... Tornando rica a biodiversidade,
Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar.
E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar?
Segue
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As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se deteriorar...
A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat. Consome sem pudor, destrói em nome do progresso,
E o pior, tem consciência dos reflexos... Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chama-
mos de lar?
Aquecimento global? Planeta sustentável?
Alguns acreditam que são ações sem igual... Outros percebem o quão a luta é desigual.
Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal...
O lar de nossos ancestrais, O lar de nossos pais!
E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos? Pelos netos, dos nossos netos?
O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo?
Basta de esperar que outros façam Basta de reclamar e nada fazer
Basta de somente assistir aos jornais na TV
É preciso agir É preciso fazer acontecer
O Planeta TERRA pede socorro para você!
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MÃE NATUREZA
Por Isabel Cristina Silva Vargas
Dá a vida, desabrocha
Acolhe,
Promove esplendores
Belezas sem par.
Dela tiramos sustento
Alegrias para os olhos
Espaço para viver
Locais para lazer,
Descanso , meditação
Reencontro da harmonia
Nela constroem-se moradas
Arranha – céus, imponência
Para iludir o espírito
E ter a falsa ideia de solidez
Perpetuidade, poder
Pensando que aqui ficaremos
Que a vida é amontoado de bens
Utilitários, adereços.
Vã ilusão
Viver é ser transitório
Despir-se das cangas
Que aprisionam o essencial
Ofuscam a luz
Distanciam do DIVINO.
Mãe Natureza
Insultada, ofendida, degradada
Nos mostra dolorosamente
Que a vida é troca de ações
Pensamentos, energia
Que construímos paredes em excesso
Ao invés de preservar florestas
Cultivar flores
Atrair beija-flores e borboletas,
Dar liberdade aos animais.
A natureza se liberta
Liberta as almas
Provoca sofrimento
Por desconhecermos
A real essência de viver.
Foto da Praia do Laranjal - Lagoa dos Patos, Pelotas, por Isabel Cris6na Silva Vargas
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AMAZÔNIA
Por Terezinha Guimarães
Quem diria!
Uma terra cheia de vigor e alegria
Nutrida de alimentos
De vida e de amor.
Amazônia do Brasil
Terra de todos e do nosso senhor.
De tão rica esplendida,
Inspirava grandes amores.
Não demorou olhares atentos ali chegaram,
Em nome do progresso o homem se insta-
lou,
Manipulou sua essência,
Denegriu seu valor,
Cravaram no seu coração,
Flechas, palavras ásperas e fogo,
Ferindo seus princípios
Machucando seu amor.
Cada árvore derrubada,
É uma vida que se foi.
Cada animal retirado do seu habitar,
É mais uma vida que nos deixou.
É muito veneno pulverizando o ar,
Algo que Amazônia já inspirou.
No seu leito em chama, ela clama,
Sua ferida aumentou.
O homem parece não temer o futuro,
Já se sente um vencedor.
O que vai acontecer se Amazônia morrer?
Salvar sua vida é bem necessário,
É algo para hoje. Acorda povo,
Se não cuidarmos agora, velaremos depois,
Se a Amazônia morrer, irá com ela grande
parte do nosso povo.
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Salvação
Por Renata Iacovino
Enche nosso pulmão de ar tropical,
resiste ao cruel instinto predador,
obra imensa, finita e tão genial.
Traz-nos vida só pela sua cor.
Sua diversidade é colossal,
mata que guarda o mais forte clamor
nessa sua extensão territorial,
pede respeito por seu interior.
Sua grandeza sempre nos inspira
sua existência é, então, nossa razão,
pois nos dá vida sempre que respira.
Não desista, mas veja: a salvação
virá dos homens que não têm na ira
sua ganância, sua ostentação.
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Telas de Eliane Accioly
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BARRANCOS DO VELHO CHICO
Por Dé Barrense
BARRANCOS DO VELHO CHICO
AH! QUE SAUDADE ME DÁ
EU HOJE ESTOU BEM DISTANTE
DAQUELE GRANDE LUGAR
À MARGEM DO VELHO CHICO
FOI LÁ QUE EU NASCI
JÁ BEBI DE SUAS ÁGUAS
JÁ LAVEI AS MINHAS ROUPAS
JÁ NAVEGUEI EM SUAS ÁGUAS
JÁ BANHOS, PERDI A CONTA.
FAMÍLIA AQUI JÁ DOBROU
TRABALHO SE ACABOU
HOJE QUEREMOS VOLTAR
PARA O NOSSO GRANDE LUGAR
DAQUI A GENTE SÓ ESCUTA
QUE ELE VAI SE SECAR
VOCÊS QUE AINDA ESTÃO AI
PODERIAM SENTIR DÓ
NÃO DEIXE OS HOMENS DESVIAR
O NOSSO RIO, MAIOR.
POIS NOS DIGAM, POR FAVOR,
COMO VAMOS SUSTENTAR
NOSSAS FAMÍLIAS SEM ÁGUA;
E SEM O PEIXE QUE ELE DÁ?
Victo
r Mo
ta
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CIRCOS COM ANIMAIS NÃO
DIVERTEM TODO MUNDO!
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- Zé, vou precisar de dinheiro. Meu pagamento é só na semana que vem.
-Dinheiro extra, você deve estar de brincadeira. Só tenho trocados pro café.
-A professora falou que o Mauricio precisa de um dicionário.
-O inferno, sabia que a sua ideia ia dar nisso. Escola particular pensa que dinheiro dá em bar-ranco?
- Quem paga a escola dele sou eu. Dou um duro danado pra que tenha um futuro melhor, e o único caminho é o estudo. Deixa pra lá, vou pedir adiantamento pra patroa.
(...)
As chuvas mais uma vez trouxeram pânico as periferias. Os bombeiros, sabem que sob a montanha de lixo e entulho, que desceram morro abaixo, não deve haver sobreviventes da sala de aula da escola particular de educação infantil. Zanzando como um morto vivo, José não chora, carrega suas dores em silêncio, atormentando-se com as recordações da conversa da noite anterior.
-Pai, não fica nervoso por causa do dicionário. As palavras não perderam sentido, mas todo mundo precisa conhecer outras diferentes. Você sabe por exemplo o que quer dizer flatulên-cia?
-Não, parece nome de flor, igual Hortência!
-Nossa pai, errou feio, flatulência são os gases que nós e outros animais eliminamos. Sabia que os cientistas descobriram, que nas flatulências das ovelhas, existe gás metano, responsável pe-la destruição da camada de ozônio?
-Tai, você acabou de falar um monte de palavras que nunca ouvi. Flatulência quer dizer pum... e saber isso vai melhorar a minha vida em que?
-Não adianta Maurício. Seu pai não entende. Pode deixar, vou pegar adiantamento na sexta, sábado vamos comprar o dicionário.
-Não sou nenhuma besta não mulher. Sei que estudo é importante, se pudesse também teria estudado, e hoje não trabalharia tanto, pra ganhar um salário de fome. Posso ser ignorante, mas não sou burro.
-Vocês não vão brigar por causa de um dicionário né?
-A gente não tá brigando filho, eu e seu pai estamos “dialogando acaloradamente”, não é assim que fala?
-Olha a mãe usando palavras novas! Ouviu essa pai?
-Claro garoto, também sou capaz de aprender novidades, quer ver? Bia, na janta não vou co-mer feijão preto, me dá muita fatulência.
-Muito bem pai, só tem uma correçãozinha: é flatulência.
Por Lariel Frota
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-Pelo jeito quando o dicionário chegar, todo mundo vai virar doutor nessa casa, mas vamos pessoal, a janta tá esfriando.
(...)
Ele continua ali, perdido dentro de um pesadelo do qual sabe não poderá acordar. Um grupo de repórteres cerca uma autoridade, sem querer, acaba ouvindo as vazias divagações sobre a tragédia:
Começa a sentir uma revolta estranha, um ódio avassalador, um rancor ao ver as cenas de demagogia costumeira. Eles sempre aparecem para pedir votos, ou se desculpar diante de um desastre. Nunca assumem sua responsabilidade.
Do jeito que falam, parece ser do povo a culpa de tudo. Se acaso ele soubesse das condi-ções impróprias do terreno, teria dado um jeito de sair daquela sujeira enterrada, que trans-formou o sonho da casa própria, em túmulo do seu único filho.
(...)
-Oi Zé, ainda bem que acordou!
- Onde estou? Minha cabeça está doendo.
- Não se lembra do que aconteceu? Você estava perto do desmoronamento, tinha uma multi-dão em volta. Disseram que de repente você correu em direção a um grupo de jornalistas que faziam uma reportagem, acho que para ouvir o que dizia o pessoal da prefeitura. O chão es-tava escorregadio, tanto que estava com um pedaço de pau na mão, certamente para se apoi-ar, não é?
Caiu e bateu com a cabeça, você desmaiou. Ainda bem que o pessoal do corpo de bombeiros estava por perto e te socorreu. Não se mexa muito, tem um corte grande na testa, mas já su-turaram. O médico garantiu que está tudo bem; quando acabar esse soro pode ir pra casa.
-Pelo amor de Deus e o nosso menino, acharam ele?
-Calma Zé, na hora do seu acidente, estava justamente te procurando pra avisar. Ele foi com os coleguinhas até a biblioteca. Na falação de ontem, esqueci de falar: como vários alunos estavam sem o dicionário, a professora resolveu levá-los para fazer a pesquisa . Foi por Deus, a sala deles foi completamente destruída.
(...)
Algum tempo depois, longe do local da tragédia, a fa-mília refaz a vida em lugar seguro.
-Mãe, hoje o pai chega tarde né?
-Sim filho, ele tem aula no curso supletivo. Ah, ele pe-diu pra deixar o dicionário, que ele precisa fazer uma pesquisa amanhã, disse que é sobre o pum da ovelha.
-Ele quis dizer: os efeitos do gás metano, na destruição da camada de ozônio.
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TERRA
QUE ( EN ) TERRA...
Por Maria Cristina Pires Silva Ramos
Fico a imaginar o que a Dona Terra pensa de nós , humanos , civilizados . Civilizados ?
- Nós abrimos "feridas" profundas na TERRA com a nossa ocupação que não respeita limi-tes :
= Construímos casas , prédios , num modernismo tão atual quanto devasta-dor .
- Nós definhamos a TERRA com a nossa im-piedade aos cortarmos árvores :
= E ficamos sem as suas sobras , sem seus frutos .
- Nós desgastamos a TERRA como se ela fos-se "um poço sem fundo" : = Impiedosamente escancaramos feri-das rasas e profundas e , como se isso não tivesse a mínima importân-cia , fingimos que tudo está muito bem .
- Nós banimos da TERRA os animais "irracionais" quando destruímos seus "habitats" :
= Onde vão morar ? O que terão para comer ? Sol ? Chuva ? - Onde vão se abrigar ?
E os civilizados continuam ...
- Nós poluímos a TERRA sem nos preocu-parmos nem um pouco com "doenças adquiri-das" :
= E damos o nome a "isso" de "progresso"
- Nós conseguimos , em alguns bons trechos , cobrir a TERRA com o progressista asfalto :
= E o nosso poder de destruição não acaba por ai .
Mas nós , os civilizados , nunca nos detivemos
para pensar sobre tamanha barbaridade !
Será que a TERRA , num lampejo de fúria , a qualquer momento nos brindará com o "famoso troco"?
A Natureza é MÃE mas não é tola ! A TER-RA é sua Mestra e sabe muito bem ensinar !
Ela , a TERRA nos ensina mostrando : seu grito através de tsunamis , sua fúria através de deslizamentos (vômitos de lama!) , sua lealda-de ao permitir que tentemos algo melhor .
E me pego a pensar sobre a TERRA ,
No dia em que estarei
SOB a TERRA ,
De que maneira ela irá me "abraçar"?
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Nosso Planeta Terra Por Sonia Nogueira È nosso planeta, onde nascemos, crescemos vivemos, amamos e morremos. Ou
fingimos que amamos. Quando amamos damos o que temos de melhor, cuidamos, ze-lamos, adoramos. Tudo é em prol do amor, é prioridade.
Quando vejo na terra o vegetal, matéria prima, ao nosso sustento, aflorar qual jardim imensurável; a casa, cobertor que aquece as famílias, rios e mares, fortuna in-dispensável à vida; mineral enriquecedor dos afortunados; a fauna grandiosa de seres vivos ao equilíbrio ecológico; prostro-me diante de tanta oferta doada ao homem e cho-ro, o choro do silêncio dos aflitos diante de tanta crueldade que a mão insana projeta:
Lixo, água poluída, desmatamento, animais retirado do seu habitat, gazes na at-mosfera, queimadas, peixes envenenados, a resposta vem com a mesma recompensa da dádiva. A natureza é sábia e como mãe que oferece todas as condições de proteção aos ilustres filhos, vem à recompensa em forma de destruição tragando cidades, avan-çado os mares, gazes mortais, doenças incuráveis, quedas de temperatura etc. etc..
São milenares as distorções em massa, mas o homem contribui de forma assus-tadora, pela ganância e desrespeito a nossa mãe terra.
Acordemos enquanto há tempo, ou então as gerações futuras, receberão a pior das heranças a destruição por asfixia do ar, a sede por falta de água pura, as doenças incuráveis, a incapacidade de corrigir o quadro, pintado na tela com a tinta a óleo que mão e mentes projetaram.
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O que eu posso
fazer para evitar o tráfico de animais silvestres?
• Não compre objetos e bijuterias com penas de animais.
• Conheça a Lei de Crimes Ambientais.
• Não compre animais silvestres.
• Denuncie tráfico de animais silvestre à Linha Verde do Ibama
• Passe essa dica adiante.
h�p://www.wwf.org.br/
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Protect Earth
www.hsharma.com
VARAL DO BRASIL - EDIÇÃO ESPECIAL NOSSO PLANETA TERRA
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PRISIONEIRO DA INVEJA
Rozelene Furtado de Lima
Ao longe vem um canto triste trinado
Um pedido de socorro,
um choro cantado,
É um lamento,
o som pesado da agonia.
Uma queixa que ouço durante todo o dia.
É um pequeno pássaro lindo e indefeso
Que foi objeto de um homem invejoso,
Da beleza, da liberdade e do canto mavioso.
Foi iludido, caçado, condenado
e preso!
A pena mais dolorosa, mais cruel!
Viver numa pequena gaiola de madeira
Com um poleiro, água, forro de papel,
E uma ração considerada de primeira.
O canto da tristeza ressoa apelante
Que foi que eu fiz? Tirem-me daqui...
Vou voar muito alto para bem distante
Eu juro, nunca mais vou voltar aqui,
Prometo agora: - nunca mais cantar,
Nunca mais anunciar o amanhecer
E no por sol me calar e me esconder
Nunca mais, na sua frente aparecer.
Mas me solte,
não quero ser prisioneiro.
Quero ser passarinho,
sair deste poleiro.
Quero soltar minhas asas com vento viajar
Com o bando da minha plumagem,
voar.
Quero construir meu ninho,
Quero chocar meus ovinhos
Quero ter meus filhinhos,
Não quero viver sozinho!
Tenho alma nobre e voz de cantor.
Tenho a sensibilidade do poeta.
Tenho a vida livre como meta.
Tenho na mente o amor do criador!
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É um Blog destinado a todos aqueles que estão preocupados com a má qualidade das águas dos rios e mares do Brasil. Que buscam de alguma forma, através de atitudes PROATIVAS, recuperá-las, conservá-las e pre-servá-las pela revitalização e rena-turalização de nossos cursos d' água. Orientação e conscientização através da Educação Ambiental. SE ESTÁ DISPOSTO E PODE AJUDAR, SEJA MUITO BEM VINDO!!! OS POLUÍDOS RIOS E MARES DO BRASIL, AGRADECEM! ([email protected])
http://sosriosdobrasil.blogspot.com/
TRÊS ANOS AJUDANDO A SALVAR OS RIOS E MARES
DO BRASIL
Fazer trabalho de educação ambiental no Brasil,
nem sempre se atinge os objetivos espera-dos;
não dá fama e nem dinheiro... não se obtém facilmente apoios,
e nem mesmo patrocínios!
A grande maioria, não está nem aí... até mesmo os políticos e governantes,
preocupados com o que dá mais visibilidade, deixam para um segundo plano,
os investimentos na área ambiental!
Defender rios, ribeirões, córregos e lagos... brigar e denunciar esgotos sem tratamentos e lixos nos cursos d' água das comunidades, nem sempre é bem aceito ou valorizado!
Mostrar que estão derrubando as matas cilia-res, para cultivo agrícola no lugar das mesmas, também não é visto com bons olhos, pelos donos das terra ribeirinhas... os primeiros a reclamar que o córrego está se-cando! Envolver as crianças, adolescentes e jovens estudantes nas causas ambientais, muitas vezes provocam críticas dos próprios educadores, que "entendem" que as mesmas têm "coisas mais importantes para fazer" Manter por três longos anos um trabalho de orientação, valorização e promoção daqueles que traba-lham na defesa dos recursos hídricos em suas comuni-dades ribeirinhas, pode até não significar muito... MAS TENHAM CERTEZA, DÁ UMA SATISFAÇÃO IMENSA E A ALEGRIA DO DEVER CUMPRIDO, DE FAZER A NOSSA PARTE EM DEFESA DAS ÁGUAS DE NOSSAS GERAÇÕES FUTURAS! OBRIGADO A TODOS, QUE NESTES TRÊS ANOS DO BLOG SOSRiosBr, NOS AJUDAM, NOS APOIAM E NOS INCENTIVAM NESTE PEQUENO TRABALHO DE EDUCAÇÃO AM-BIENTAL, EM DEFESA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO BRASIL! Prof. Jarmuth Andrade Físico e Ambientalista [email protected]
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Redonda de Icapuí
Por Fátima Diógenes
As horas passam preguiçosas neste lugar de sonhos...O mar é muito verde e a praia está repleta
de canoas, botes, catraias, pedras e arrecifes...As casas olham para o mar e com suas redes es-
tendidas nas varandas me convidam para mais um bocadinho de descanso...A praia se estende
branca e a brisa levanta a areia suavemente...À luz do dia, a entrada de Icapuí me recebeu com
uma camada verdejante de coqueiros e um céu muito azul, com luminosas nuvens brancas...A
paisagem deslumbrante...O vento por ali se torna música para acompanhar a deliciosa culinária
dos frutos do mar – apelo à gula e à preguiça... Tudo me convida ao repouso e à languidez....Lá o
tempo se desenrola sem pressa e o ritmo é biológico...Acordo cedo para ver o nascer do sol, to-
mar banho de mar ou caminhar na praia... O momento de comer é quando a barriga me avisa...
A hora de dormir é quando o sono chega... E assim se fazem todas as coisas...Ē a própria viven-
cia do Presente...Em suas tardes mornas, Redonda já me faz sonhar com o paraíso... A maresia
me invade e desperta meus desejos mais íntimos... A falta de pressa e o gostinho de férias pro-
vocam em mim a vontade de levar a vida com a liberdade e o prazer que aquele lugar sugere...A
brisa, acariciando meu corpo repousado languidamente numa rede de tucum, leva embora mi-
nhas mágoas...Dia a dia o som do mar transforma minha solidão em solitude ...Diante do es-
plendor daquele céu minhas dores se aquietam ou são levadas pelo vento... Nem sei ao certo...
As palavras tornam-se desnecessárias naquele local de silêncio e paz... Sinto a vida pulsando no
mistério e na esplêndida beleza da praia de Redonda de Icapuí.
h�p://www.peixegordo.com
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Yucatán
Por José Carlos Paiva Bruno Sede Maia, cede saia, sede caia na gandaia... Frenética praia! Península que insula rastro do fim... Apocalipse dos dinossauros de Spielberg, sessenta e cinco milhões de anos antes...
Amarantes, anteriores infernos de Dantes...
Comédia do meteoro, cosmo que choro! Impacto Chicxulub contacto...
Pranteando uma era de final de fera... Acabou-se galera...
Começar de novo, Simone coro, fênix do namoro, quebra de decoro...
Perfil do novo jogo; engodo?
Engordo só de pensar em calota polar, derretendo em descongelar, fora do freezer terminar...
Quo Vadis minha gente, que seja diferente... Equilíbrio do crente, é preciso educar, pra poder acreditar, evitar amanhã sem mar... Amar o nível atual, maré do bom astral; bicho carnal,
carnívoro animal, lobo-macaco fabricando catarse...
Errando a frase – Meio ambiente necessário! – que pare, epicuristas do vale do momento, vale-tudo lamento... Bicho-papão poluição, carecemos da ação, desses sete bilhões de macacos... Fantoches darwinianos, xotes quixotes protagonistas do Armagedon, não adianta dedo em ris-te...
Cataclismo triste; ou sentamos e nos lavamos, roupa suja por aqui...
Respeitando a Natureza, realeza de nossa mesa, Mãe Terra de nobreza...
Ou não mais estaremos, não pela nova ameaça do céu, mas por suicídio cruel...
Destruindo a nave, tripulantes entrave, quem sabe? Travando a vida, em bestial corrida, suici-da! Homem lobo do Homem, dá dor até de abdômen... Desde oricalco idade, piedade...
Descalço; dó de ser Homem... Mas... Nós somos muito fortes, capazes de mudar a Sorte...
Guerreando as estrelas do mesmo Criador dos dinossauros...
Vencendo meteoros, decoros coros, decoro coro, coro!!!
Acabrunhado assim, pois que diferente dos dinossauros e estrelas guerras, quimeras...
Somos imagem e semelhança de Deus! Deus de todas as cores e amores, começo meio e fim,
de Yodas e Lukes Jedis, até do Mensageiro Lucas... Não há FORÇA sem relação, não interna
mais externa, parâmetro de REFLEXÃO, mormente que o socorro não se limita à DIMENSÃO!!! Negando pérolas aos porcos. Orgos amorfos... Império do escuro, mon-turo...
Mormaço da mente, aprende, apreende tempo que entende e não mente... Certamente!
Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não...
Valeu Vandré... Bicho de pé... Chichén Itzá! Orixalá!!!
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CUIDE DOS RECURSOS HÍDRICOS
• Conserte torneiras que estiverem pingando. Isso
poderá evitar o desperdício de até 45 litros de água
por dia.
• Instale torneiras com aerador - "peneirinhas" ou
"telinhas" - na saída da água. Assim você acaba
utilizando menos água.
• Evite utilizar a mangueira para limpar jardins, cal-
çadas, passeios e quintais. Use uma vassoura para
executar essa tarefa. É mais rápido e não gasta
água.
• Utilize um regador para molhar as plantas. Quan-
do a mangueira é utilizada para este fim, muita
água é desperdiçada.
• Substitua a mangueira por um balde e um pano
para lavar seu veículo. O consumo de água será
muito menor.
• Desligue a mangueira quando não estiver sendo
usada. Isso evita o desperdício de água.
• Feche a torneira enquanto ensaboa as mãos, esco-
va os dentes ou faz a barba. Não desperdice água.
• Colete água da chuva para regar suas plantas. As-
sim você não gasta água encanada. Mas lembre-se
de armazená-la em um recipiente fechado para
evitar a proliferação do mosquito da dengue.
• Lave a louça em uma bacia com água e sabão e
abra a torneira só para enxaguar. É mais barato e
melhor para o meio ambiente.
• Conserte vazamentos nos canos em sua casa assim
que detectá-los. Sua conta de água diminuirá e o
meio ambiente agradecerá.
• Junte as roupas para lavar e passar. Desta manei-
ra, você gasta menos água e menos energia elétri-
ca.
h�p://www.wwf.org.br/
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TERRÁGUA
Por Lóla Prata
Na dança galáctica, eis o planeta,
em parte prateado sob lua-cheia
ou dourado ao sol... O fogo o recheia,
grafitado em névoa, pura naveta.
Revelou Betânia numa retreta:
todo azul ao longe da astral aldeia
vem da santa Virgem que a galanteia
sob o manto anilado da paleta...
Há sonho branco de anseio de paz,
de verde vivo... ou de sangue vermelho
da insensatez carrasca que se alastra...
Tal lar esférico será capaz
de reversão... ou de se pôr de joelho
contra a teimosia que a vida castra?
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Aniversários
Por Delayne Brasil
Volteando vai a Terra,
na dança dos dias,
sob o sol ensimesmada,
no rito dos anos
Com ela giramos
em eixos de egos,
desejando estrelas
- uma que seja!
E nem notamos,
na dança dos dias,
o astro-par,
no rito dos anos
Parcela que somos
da Terra, de todos
nas voltas e voltas
que o mundo dá
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RE-VOLVER
Por Lílian Maial No peito-húmus, um músculo ávido de palavras. Revolver a terra, adubo em gotas, versos irrigados. O verbo cala, o solo seca, racha-se a criança - migalha de pão dormido. Fome e chão, pisa descalça em brasas da indiferença. Pele e sangue ressequidos, aridez de lágrima, espinho e barro a maquiar a pele, manchas de verde e amarelo. Chora a pátria, pétrea de matas pálidas, alopécia de cores, extensas clareiras. Terra vermelha coberta do pó, rugas no mapa, pistas de pouso - Clan-destinos. Onde o branco, a pureza, a promessa? Traída a terra, ouro de tolo, sorriso de icterícia, parcos dentes de mastigar solidão. Céu de anil,
nuvens sanitárias, homem esquálido a plantar pesticida. Traída a terra, clamor rouco e abafado, fumaça dos charutos cubanos, pendurados nas bocas patronais, sem lei e sem letra. Traída, a terra lamenta por seus filhos, amamentados de esmola, de enteados cuspindo confeitos, mordendo, com presas de ouro, o amanhã e a decência. Traída a terra. Punhal enterrado no seio, mãe órfã de rebento raquítico. Abre-se a fenda, engole o que resta: homem e praga, riso e lágrima, orgulho e carbono. Num futuro fóssil, tropical tupiniquim, semear e colher... Milagre!
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A NATUREZA
Por Icléia Inês Ruckhaber Schwarzer
A água rola por entre as pedras tentando se purificar
Chegando ao seu destino e a sede do homem matar.
A água limpa purifica o ser, banhando-se nela sentimos a alma flutuar
Por entre a mata o rio vai levando os maus fluídos
Encontrando folhas, raízes e terra, o sol vai aquecendo e nele podemos nos jogar
Sentindo nosso corpo refrescar,
Quisera que sempre nele somente energias boas pudéssemos encontrar,
Mas lamento dizer que o homem não sabe cuidar
O que de mais preciso Deus pode nos dar,
Água, vento e terra,
Nada sabemos cuidar,
Destruímos sem perceber ou ate mesmo conscientes,
Nem pensamos nas consequências,
Somente obra de Deus poderia isso criar,
Será que nunca iremos nos dar conta que um dia isso tudo ira mudar?
Vejamos a poluição,
O aquecimento global
As mudanças de clima,
A natureza esta se revoltando, vamos acordar
Ainda temos tempo,
Ainda podemos solucionar.
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Júnior Schwarzer Schmi�
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20 Dicas para preservar o meio ambiente 1. Não corte, nem pode árvores sem autorização. Poda drástica é PROIBIDA!! 2. Preserve a vegetação nativa. Não desmate! Não coloque fogo! 3. Não altere cursos d’água ou banhados, eles são protegidos por lei. Poços artesianos so-mente com autorização. 4. Não crie peixes sem licença. Nunca solte peixes nos rios, mesmo quando estiver bem in-tencionado. 5. Respeite os períodos de proibição da pesca. 6. Não compre, nem tenha animais silvestre em casa. 7. Não maltrate animais silvestres ou domésticos. 8. Separe o lixo em casa e no trabalho, e coloque na rua no dia da coleta seletiva em seu bairro. 9. Não jogue lixo no chão. Carregue-o até a lixeira mais próxima. Ensine às crianças dando exemplo. 10. Recicle ou reaproveite tudo o que puder. 11. Reduza o consumo, especialmente do que não puder ser reaproveitando ou reciclado. 12. Mantenha seu veículo regulado e ande mais a pé. 13. Não contribua com a poluição sonora e/ou visual. 14. Use menos veneno em sua lavoura ou horta. 15. Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto. 16. Não desperdice água. esse é um dos recursos mais importantes e frágeis do planeta: fe-che torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para lavar calçadas, aproveite água de chuva. 17. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, verifique sobrecargas, apague as luzes. 18. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza. 19. Cuide da higiene e da sua saúde! 20. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente. Vamos fazer a nossa parte!!!! http://jornalistadiplomado.wordpress.com/
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Tanta água
Por Tino Portes
Da janela
Do telhado
Da calha
Do cano
Da torneira
Escorre
A aguaceira!
Pingo d’água
Pingo doce
Pingo de amor
Pingo de chuva
Pingo d’ouro
Pinga pinga
Bebedouro!
Tanta água
Tanta chuva
Tanto orvalho
Tanto rio
Tanto mar
Que até parece...
Que não pode acabar!
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Águas
Por Lavoisier Menezes
A água que vem do rio
Pai Oxóssi abençoou
A água da cachoeira
Bela Oxum e de Xangô
A água que vem do ar
Traz forças de Oxumaré
A água da lagoa
Da doce Nanã Buruquê
Odoyá
Salve Yemanjá
Na força sagrada das águas
Do majestoso mar
Oyê oyê
Êpá Babá
Salve as Águas da Natureza
Águas de Pai Oxalá
(Cantiga afro-brasileira enviada por Ly Sabas)
Dique do T ororó - Salvador- BA-
esculturas de Ta6-Moreno
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Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la? Restam apenas 7% da mata que havia na
época do descobrimento
Para falar da Mata Atlântica, primeiro é preciso enten-
der o que ela é. Segundo explica Carolina Mathias, en-
genheira florestal da Fundação SOS Mata Atlântica,
"podemos defini-la como um bioma com vários ecos-
sistemas, que tem desde mangue até floresta tropical".
Ou seja, a Mata Atlântica não é apenas aquela floresta
atlântica que se vê perto do litoral, mas um bioma ou
uma junção de ecossistemas com características co-
muns e com processos ecológicos que se interligam.
Nesse caso, essas características seriam, além da ocor-
rência geográfica, a proximidade com o litoral e as for-
mações florestais em um contínuo, que se estende até o
serrado, a caatinga ou os campos. "Outro ponto impor-
tante é que a Mata Atlântica tem árvores grandes e de
dossel contínuo, ou seja, com copas que se tocam", diz
Carolina Mathias. Esse bioma ainda tem mais de 22
mil espécies, quase nove mil delas endêmicas (que só
existem nesse bioma), superando a biodiversidade da
Amazônia. Infelizmente, 383 desses animais e plantas
estão ameaçados de extinção. A extensão territorial da
Mata Atlântica também impressiona – vai desde o Rio
Grande do Sul até o Piauí, cobrindo 17 estados. Origi-
nalmente, ela compunha 15% do território brasileiro,
mas hoje só restam 7% desse bioma.
Hoje, a Mata Atlântica ainda pode ser encontrada em
quase todo o país (menos no Mato Grosso, Maranhão e
Região Norte), mas em pequena quantidade. A maior
concentração está no Vale do Ribeira, em São Paulo.
Ao todo, existem 860 unidades de conservação da Ma-
ta Atlântica no Brasil, que vão de pequenos sítios até
parques estaduais. Muitos desses parques são abertos
à visitação e podem ser uma boa forma de conscienti-
zar os alunos da importância de preservar o meio-
ambiente. Beatriz Siqueira, coordenador do projeto
Mata Atlântica vai à Escola da Fundação SOS Mata
Atlântica, conta que existem vários projetos em anda-
mento para tentar salvar o que ainda resta do bioma.
"O que está sendo feito hoje são ações de restauração e
replantio de árvores que compõem a flora original da
mata. Também estão sendo criadas muitas áreas de
conservação, principalmente em propriedades particu-
lares", diz. A ecóloga ainda explica que cada um de nós
pode ajudar a manter a floresta em pé com ações do
dia-a-dia, como economizar água, energia elétrica e
diminuir a poluição. "Se cada um de nós gastar menos
energia, por exemplo, vamos precisar de menos hidre-
létricas, o que ajuda a manter a mata. Pois para cons-
truir uma usina é preciso desmatar e inundar uma
grande área de floresta", diz Beatriz. Preservar a Mata
Atlântica ainda pode ajudar a diminuir o aquecimento
global. Isso porque, além da floresta ser responsável
por absorver carbono, é muito comum no Brasil fazer
queimadas para transformar a mata em área de agro-
pecuária. E esse tipo de ação é o principal responsável
pelas emissões de carbono no nosso país. Por outro
lado, o aumento da temperatura da Terra pode afetar a
Mata Atlântica, já que muda as características dos
ecossistemas. "A maior preocupação é com a fauna. O
aquecimento pode matar várias espécies", alerta Bea-
triz.
h�p://revistaescola.abril.com.br
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Harmonia
Por Carlos D
Falei com as estrelas que gostam de dançar
de realçar a beleza do universo a brilhar
Sempre que o fico a olhar
meu espirito me lança um desafio de encantar me propõe uma dança
Dançar com o universo
por entre as estrelas pelo vácuo me dispersar
acompanhando os planetas
Esta musica afinal é o universo a cantar a harmonia sem igual
do sentir, do amar
Para o universo sentir temos que saber meditar
a natureza conseguir ouvir o nosso eu querer amar
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SER SEM MEDO
Por Luiz Eduardo Gunther
Sem sentir
medo
de
ser.
Ser
sem
sentir
medo.
Sem
medo
de sentir
e ser.
Sentir
e ser
sem
medo.
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Nosso Planeta
Por Varenka de Fátima Araújo Terra, de passo a passo Há mundos distantes Nações e costumes diferentes No mar tanto tormento, danos Na terra tanto ganância Tanta mudança e avanços Tanta necessidade de vida Tantos enganos perigos! O céu coberto por nuvens negras Não se vê o Olímpio O mar oleoso, sangrando E os peixes morrendo pela boca A passarada em revoada Não cantam num só coral O terra que fizeram, á fúria insana Não se dorme em cima das lavas Conclamo, povos irmãos! Que almas se liguem a doce imagem Que sejam banidas as guerras A terra é nossa, nossa, nossa!
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Vertentes
Por Walnélia Corrêa Pederneiras
Vida é a palavra em questão...
ideias vertentes de um olhar somente
embate de conceitos e percepção
choque, encontro vigoroso ou constatação
...a começar pela chuva, vento, calor, frio
algo que indica tristeza ou vazio
dodecaedro de caminhantes na calçada quente
arame farpado de carros no asfalto,
a tal ponto de desnortear e não permitir
olhar a flor, a cor e as goiabeiras carregadas
de frutos maduros, verdes, fartos e belos...
porque tudo em volta ofusca e berra
para que acorde parte da humanidade
e siga o curso do rio enquanto há tempo
guache em tintas de serenidade, recomece...
resgate a natureza triturada e poluída
Que seja um esboço, vontade ou atitude
mas que recomece em sopro inicial
para conscientizar sem conturbar ou ameaçar
...simplesmente despertar o Ser adormecido
deixar que a luz até então inconsciente,
emoldure de seres o planeta angustiado
ouvir a canção universal de Mahatma Gandhi
mantra que reza em todo amanhecer
beleza azul, rósea, rosa-dos-ventos...
esperança em vertentes, planeta santuário
abre suas portas para a Era de Aquário
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O JARDIM
MARIA ALICE RODOVALHO DE SOUZA
O jardim é um espaço que se transforma sem pressa...
E vai modelando sua forma, desenho, contorno que se transforma, devagarinho, e a cada lua vai se despindo e vestindo novas cores, flores, folhas e aromas. Perfumes se alternam, se mesclam, animam.
Ânima, alma que aspira.
Muitos visitantes, além de mim.
Pássaros cantantes voejam pelo jardim. Grasnam, piam, sinfonia de zumbidos sem fim. Ui-vos, mugidos, aboios de gente que vive por aqui. O galo canta e encanta marcando as horas do sol, neste calor natural.
Pássaros imensos cortam o vale, sobrevoam por aqui. Siriemas pernaltas andarilham na dis-tância, e me observam, ariscas, silenciosas e ágeis.
Plantas, árvores, tapete verde de heras veste o solo, agasalha Mãe-Terra. As plantas são se-res gentis, estáveis, generosas, graciosas, companheiras, sazonais ou perenes, floridas ou não. Especiais, medicinais, sempre belas!
Gosto de estar entre elas, chamá-las pelos nomes, conhecer suas “especialidades”.
Sementes pendem da jovem sucupira, e serão levadas pelo vento, semeadas na sorte da flo-resta que se recria...
Mimosas flores entre frondosas damas do jardim, e fico a observá-las, e elas a mim, tecendo olhares, sensações... no urdir do tempo que passa com as estações.
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CÉLULAS
Por Eliana Wissmann
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Nosso Planeta Terra
Por Renata Farias
Descrever o planeta, nossa casa, uma simbiose que o homem vem desrespeitando, da-nificando, destruindo é difícil e muito triste.
Tirando e não repondo, alterando o clima, devastando e poluindo, o que se pode ver em determinados locais chega a parecer com filmes trash que assistimos e achamos surreal demais, céu cinza, chuva ácida, tsunamis, furacões e nevascas assustadoras, uma série de desastres, alguns chamam de catástrofes naturais, será?
Nestes últimos acontecimentos visualizamos uma balança e o peso da culpa daquele que se chama homem é grande, sempre houve em locais por todo mundo variações de clima, naturalmente pouco atingia a nós e agora parece ser direcionado como um tro-co do mal que todos nós fazemos a este planeta que chamamos de casa, nossa Terra, nosso Planeta. Atos que por vezes passam despercebidos do papel jogado no chão, o aerossol dos desodorantes, inseticidas, purificadores de ar, carro velho e desregulado com motor emitindo gás, esgoto aberto (o Brasil e outros países sem políticos sérios enfrentam este problema), outras coisas que faz parte do cotidiano e passam sem uma solução e assim continuamos poluindo e destruindo.
Que tal então.
Plantar uma árvore.
Economizar água.
Regular o motor do carro.
Reciclar o lixo.
Participar e promover campanhas “Salve o Planeta”
E
Não se pode querer que gerações futuras viessem conhecer a natureza por arquivos virtuais, fotografias, animais empalhados, hologramas, modernidades e tecnologias que nunca serão reais, palpáveis como a vida e cada ser dentro desta complexidade.
Salve o planeta comece com pequenas atitudes e já será uma grande contribuição.
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Cogumelo Nuclear
Letra de música de Segestes Tocantins Eles querem acabar com a terra Querem fazer outro lugar Se outra guerra acontecer A nossa velha terra Vai virar poeira cósmica no ar Mamãe pensa que eu não me ligo Na política do homem Na ganância do mundo Na ganância do homem Eles querem acabar com a terra Já tem até base lunar Desafiam o poder de Deus O poder da criação.
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PLANETA
Por Zuleide de J. Coral
Nosso planeta assim como nós, precisa de alimento sadio para ter vida.
Então gente, alimente-o com atitudes de conscientização.
Você jogaria uma sacola de lixo no pátio de sua casa?
Com certeza não! Então porque joga em rios, córregos e nos terrenos baldios?
Será que você não sabe que lá é a extensão de nossa casa, já que o planeta pertence a to-dos. A natureza esta implorando ao homem que tenha mais cuidado com ela.
Muitas vezes ela grita pedindo socorro e eles se fazem de surdos e de cegos, não querem enxergar as barbáries que são cometidas contra ela, com o progresso desenfreado. Tam-bém clamam todos os seres vivo, grandes e pequenos, que alimentemos o planeta com ati-tudes de preservação, com progresso sustentável, com cuidado especial as reservas flores-tais.
Para vocês terem uma ideia do desmando do homem com a natureza, eu gosto de pescar. E quando lá estou chegam de uma cidade vizinha algumas pessoas que também vem fazer o que gostam. E sabe o que acontece quando eles voltam para casa? Deixam, tudo o que trouxeram. A garrafa pet, o saco de plástico onde veio o lanche e mais a vasilha plástica que trouxe a isca.
Tudo em cima das pedras à beira do mar. Não é de chorar? Também presenciei uma mãe que levava sua filha pela mão, e ambas chupavam picolé, quando terminaram simples-mente jogaram palito e papel no chão. Se esta mesma mãe fosse até um lixeiro e deposi-tasse ali os resíduos do picolé, com certeza sua filha iria fazer o mesmo, pelo resto da vida.
Por tudo isso meu caro leitor, eu particularmente acho que enquanto não houver uma edu-cação, que venha de berço, não conseguiremos alcançar uma consciência elevada, que al-cance todas as camadas sociais.
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AO NETO
Por Anna Back
Menino olha o rio! Ama o rio!
Ele banha tua cidade e a deixa mais bonita.
Dele brota a vida,
No sincronismo perfeito
De tudo o que a natureza entrelaça.
Ele já foi ao céu...duvidas?
A água que em vapor levanta de seu leito
E sobe num bailado cujos pares
Trocam-se e se confundem
Ora o sol...Ora o vento!
A mesma água que em chuva despenca
Das alturas, das fofas nuvens, berço dos anjos.
Que lava a face e a alma da mãe-terra
E favorece brotos, flores e perfumes.
Menino olha o rio!...Ama o rio!
Ele já foi melhor, mais limpo, de vidas povoado.
Por isso, ama-o, preserva-o, por ti e pelos outros.
As gerações futuras te cobrarão este legado.
É o teu rio! Nosso rio, caudaloso Canoas.
Que foi lazer, sustento e progresso.
Por sobre pontes que lhe servem de cinto,
O porvir se faz para um povo que o merece!
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Planeta Terra
HÁ SALVAÇÃO?
(Meditações sobre o Planeta, o Programa Nu-clear brasileiro e a Campanha da Fraternida-de)
Por EMANUEL MEDEIROS VIEIRA
“Pense na Terra, como um organismo vivo que está sendo atacado por milhões de bactérias cujo número dobra a cada 40 anos. Ou morre o hospedeiro, ou morre o invasor, ou morrem os dois.”
(Gore Vidal)
A batalha não é fácil.
Os que lutam pela vida e pelo planeta estão acostumado às ironias, aos achincalhes, mui-tos deles veiculados em grandes jornais e re-vistas nacionais.
Não importa. Não nascemos para passear.
“No mundo, tereis aflições”: é bíblico.
Mosaccio já dizia que “a Natureza é o guia su-premo de todos os mestres. Quem não se guia por ela labuta em vão.”
O que fazer?
O que aconteceu no Japão não pode nos dei-xar indiferentes.
“O acidente de Fukushima deixa claro: quan-do se trata de energia nuclear, não há segu-rança nem transparência suficiente”, argu-menta Rebeca Lere.
“É preciso pressionar o governo brasileiro a seguir o exemplo da Alemanha e da China, que estabeleceram moratória aos projetos nu-cleares em seus países por conta do desastre no Japão “, insiste a ativista, fazendo coro às nossas vozes.
É preciso lembrar que o Programa Nuclear Brasileiro, criado durante a ditadura militar, é caro, inseguro e protegido por leis de sigilo.
Como observa André Amaral, a forma como o programa é gerenciado demonstra extrema falta de respeito e de responsabilidade com a população. Quanto mais dinheiro público for investido nessa tecnologia, maiores serão os ricos para todos os brasileiros.
As lembranças da catástrofe de Chernobyl (outras pessoas grafam a palavra de outra for-ma; está é a adotada por José Goldemberg, físico da USP), na Ucrânia, em 1986, haviam sido esquecidas, e a indústria nuclear passou a imagem de que reatores eram imunes a aci-dentes.
Como esclareceu José Goldemberg, o desastre de Fukushima sepultou estas ilusões: “reatores são perigosos, e os ricos decorrentes são imediatos.” (...)
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O Brasil, como lembrou o professor, tem vá-rias opções melhores que energia nuclear, co-mo a eólica.
“Expandir a construção de reatores nucleares não é solução, mas fonte de problema”, arre-matou Goldemberg.
CAMPANHADA FRATERNIDADE
Desde 1964, os cristãos brasileiros celebram a Campanha da Fraternidade no período da Quaresma. É tempo de oração, de olhar e agir para o próximo.
Este ano, a campanha tem por tema a “fraternidade e a vida no planeta” (tema mui-to adequado às nossas preocupações e à es-sência deste texto).
Como ressalta Dom Orani, Arcebispo do Rio de Janeiro, a campanha “questiona a nossa vida e nossas opções”.
“A criação geme em dores de par-to” (Romanos, 8,22).
A primeira vez que a Campanha da Fraterni-dade se dedicou ao tema da ecologia foi em 1979, com o lema “Preserve o que é de todos”.
Em 202, a ela alertou sobre a Amazônia; dois anos depois, tratou da questão da água; e a campanha de 2007 discutiu o tema “Fraternidade e os povos Indígenas”
É a primeira vez na história que enfrentamos o risco do mundo inteiro entrar em colapso.
“O argumento de que as mudanças climáticas
que estamos presenciando hoje sejam apenas naturais é simplesmente ridículo.
As evidências deque tais mudanças se devem a causas humanas são irrefutáveis. Os anos mais quentes registrados em centenas de anos se concentram nos últimos cinco que passa-ram
Continuaremos travando o bom combate.
Difícil? Sim. Ele é, pecuniariamente, despro-porcional aos poderosíssimos interesses econômicos e aos podres poderes. Mas difi-culdades nunca foram motivo de desistência para os homens de bem e de boa vontade, e que saem dos seus casulos em prol da huma-nidade.
Como diz o poeta, “só o sonho é inteiro;/indivisível e único/nos tornando vários.”
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Planeta Terra
Por Yara Darin (by Sun)
Esta Terra que nos acolhe,
Com amor nos envolve...
Com amor nos alimenta,
Com amor nos dá fartura...
Nos dá a beleza do mar...
Os encantos do luar...
A suavidade dos campos...
A singeleza dos pássaros...
A imponência das montanhas...
A abundância dos alimentos...
Planeta amado te agradeço,
Por me trazeres aqui à morar...
À viver sob a luz intensa...abrangente..
deste sol que me aquece...
As estrelas dos meus sonhos...
O luar dos meus encantos...
Que em noites claras me banho...
Pelas águas que me sacia...
Pelas chuvas que lavam minh”alma ...
Pelos amores que me amaram...
Pelos filhos que me fizeram...
A mulher mais feliz deste planeta...
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Terra ... Planeta Terra ....
Por Ju Petek
Piso firme nesse chão
aspiro o perfume da flor em botão
pássaros ao longe gorjeiam uma canção
por todo o planeta minha oração.
Me inundo nas ondas do mar
me aquecem os raios do sol
me iluminam as estrelas da noite
me deslumbro nos Alpes
me elevo a linha do céu azul.
Terra ... planeta Terra ....
de todas cores e flores
de todas maravilhas da natureza
de todo amor que a ti devoto
Terra ... planeta Terra ...
que tenhamos fortaleza
e comiseração
de deter todo mal
que o homem te faz
guerras, poluição
degradação, desmatamento
animais em extinção.
Terra ... meu planeta Terra ...
de todo esse chão que pisamos
que sejamos desbravadores
de novas e autênticas ações
de preservação
do teu solo
do mar
das flores e cores
pois dia virá que tudo terminará
e a todos somente restará
o lamentável eco
de todo lamento.
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AMEAÇA
Por Célia Labanca
Ameaça: é o signo sob o qual está sendo escrita a história contemporânea, e a futura da humanida-de. – Como se já não bastassem a fome, a falta d’água, o analfabetismo, a exclusão social; as do-enças sexualmente transmissíveis, as incurá-veis; os desentendimentos e as ganâncias políti-cas; o tráfego, as drogas, a corrupção, a demago-gia, a mentira, as guerras, as bombas; as crises econômicas, os monopólios, as ditaduras; os pre-conceitos ainda insistentes e desnecessários con-tra a mulher, as ideologias, as raças, e as orienta-ções religiosas e sexuais dos gêneros; o efeito es-tufa, os desmatamentos, a violência, a matança de animais, as catástrofes naturais, as ameaças nu-cleares... Todas se autofecundaram? Ou cada um de nós tem algumas responsabilidades nos seus nasceres? Na sua sustentação?
Declaro-me agora, como capaz de não abrir mão da minha “rebeldia” cidadã, como mulher e mãe, e me permito a conclamar a todos os meus conter-râneos a pensarem, debaterem, e se posicionarem contra a instalação de uma usina nuclear em nos-sos rincões, mais precisamente, no Município de Itacuruba, como informam e querem. – Para tan-to, havemos de considerar a insegurança, e os seus preços em dólares e em vidas, enquanto os convido também a raciocinarem comigo sobre o que segue. – Não trato aqui sobre profecias, alar-mismos, ou apocalicismos. Trato sob dados da realidade.
Que tipos de seres somos nós que permitimos e nem ao menos questionamos tais ameaças tão do-lorosas como as que temos vivido, e que são temas tão universais, a não ser depois da tragédia do Ja-pão? Que coisa é esta que nos mantêm anestesia-dos como estátuas de gelo em nossas individuali-dades deixando transparecer em nossos olhares a representação dos papéis, mal representados, que insistimos em manter diante de nossas próprias vidas, e da vida no planeta? Que coisa inédita é esta, porque inexplicável, que faz com que cada uma das pessoas seja incapaz de se aperceber da própria inércia? Que desmando é este que faz com
que cada um se mostre renovado e feliz, mesmo que esteja claro na leitura de seus atos e ações, a insensatez que comete mentindo para si próprio, como se nada estivesse havendo no mundo agora? Ou como se todo o passado não tivesse existido? Que inconsciência é esta que subtrai possibilida-des, comprometimentos, e mudanças? Que tantas crenças limitantes existem que não nos permitem ultrapassá-las? – Sinceramente, não sei! Mas, com certeza, é tudo propriedade da indigente con-dição humana, e do desconhecimento da efemeri-dade; que não é só do outro, ou do que foi cir-cunstancialmente atingido.
Confúcio disse que sábio, não é o que sabe das coisas, mas o que lê os sinais. – A natureza, de todas as formas, nos tem mandado avisos claros, para além de quaisquer sinais, espalhando-os por todos os continentes, indiscriminadamente, di-zendo que é hora de parar. E parar, não significa regredir ou retroceder. Parar, nessa hora, significa limitar o desatino, o desvario. Significa que pen-sar sobre o que realmente se vê e se vive é uma atitude civilizada, madura, e indispensável, apesar de Shakespeare que disse haver muito mais entre o céu e a terra do que possa pensar nossa vã filo-sofia! – É não ser omisso, porque, com a omissão sim, a sociedade regride, como li um dia desses num outdoor.
Também não é hora de repensar. Não temos mais tempo. Ele urge no sentido de tomarmos uma de-cisão: ou energia limpa, ou candeeiros e velas! – Mesmo que possam considerar tal afirmativa ra-dical, como ela é. Mas, é bom que se entenda que a vida humana é pelo menos, comum de dois. Não dá para ser diferente. Exatamente como ela, no seu sentido mais definitivo, é única e una com o universo. Não temos por isso o direito de continu-ar sob a iminência da destruição de nós mesmos, e dela, desde os microrganismos...
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Os dados estatísticos demonstram, de maneira inequívoca, que todos os fenômenos da natureza vêm crescendo de maneira ininterrupta. De acordo com a ONU, o número das catástrofes naturais no mundo inteiro vem aumentando nos últimos trinta anos numa taxa média anual de 6%. Há ins-tituições oficiais que já trabalham com a expectativa de que em 2030 possa haver até 54 países usando energia nuclear, quando hoje são 29. – Com a nossa condescendência? – Isto para mim, é trabalhar sob ultimato, e dos piores!
O Japão está devastado, e não há mais como evitar; o Haiti ainda não se refez; o sul do Brasil e o centro sul têm sofrido horrores; outros países também. Todos identicamente, se considerarmos as vidas perdidas, os patrimônios, os prejuízos, o medo definitivamente instalado. – O que falta então para nos perguntarmos o porquê de com tanta tecnologia, tantas pesquisas, e tantos cientificismos, até exatamente agora, não se consegue, por exemplo, não só, não prever, como não evitar tamanhos flagelos? Será que só aprendemos a destruir e devastar o planeta, e não encontramos mais, de volta, o caminho dos sonhos?
O Japão, é a prova. Preparou-se fundamentalmente para a defesa, e para reduzir riscos, e não con-seguiu reconhecer onde e porque ocorreram as explosões nucleares de lá, que somente aumentam os índices de contaminação, não obstante todos os cuidados tecnológicos tomados. – A França já se manifestou cautelosamente mesmo tendo cinquenta e oito reatores em seu território; o Brasil tem duas usinas, e projeta ter 9. A Áustria já se manifestou contra, a Itália suspendeu seus programas desde a década de 80; a Alemanha, e a Suíça suspenderam seus contratos para novas. E nós, vamos continuar? – É no mínimo, absurdo!
Somos um país pródigo em ventos, água, sol. Por que não investimos na energia limpa que eles, co-mo matérias primas, nos presenteiam? – Ora, por favor! E ainda propõem uma usina nuclear para Pernambuco? Francamente, é demais! Aceitando vamos apenas continuar na indigência que nos trouxe até aqui, e não nos fez feliz.
Para concluir e para se entenda melhor as questões aqui levantadas, temos outra ótica: é preciso que se saiba ainda que a vibração planetária é afetada e intensificada pela consciência de cada um de nós. Assim é que, cada um que despertar para a consciência de Deus, elevará a vibração do pla-neta. Isso significa aprender a respeitar, a amar, ter esperanças, e generosidade. Perdoar, compre-ender, e transformar. Nunca calar. Senão, não se sai da penumbra!
Portanto, pensar sobre o que estamos vivendo, é uma questão indispensável de ecologia pessoal, e existencial.
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ENQUANTO UNS PRESERVAM, OUTROS DEPREDAM!
AH, EDUCAÇÃO E AMOR QUE FALTAM!!!
PROJETO TAMAR, PRESERVANDO AS TARTARUGAS!
O Que é O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desen-volvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem su-cedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, so-bretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental. Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados bra-sileiros. O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tarta-ruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço res-trito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tarta-rugas marcadas para diversos estudos. Desde então, a expressão Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente.
h�p://www.tamar.org.br
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ROUBO DE OVOS DE TARTARUGA... ENQUANTO OS POBRES ANIMAIS TENTAM CUIDAR DE SEUS FILHO-TES, O HOMEM VAI LÁ E ROUBA DESCARADAMENTE
PARA VENDER!!!!!!!
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Exposição realizada em Genebra em 2010, na orla do
Lago Léman
NOSSA TERRA
Agir em prol do futuro de nossos filhos
Fotos de Jacqueline Aisenman
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ABRIL DE 2011
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