LEHRB
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Centro de Artes, Humanidades e Letras
Laboratório de Ensino de História do Recôncavo da Bahia (LEHRB)
NARRADORES DE CACHOEIRA Aventura de Roleplaying Game (RPG)
Alan Félix da Paixão dos Santos [email protected]
Orientação: Leandro Antonio de Almeida [email protected]
Cachoeira Dezembro / 2010
2 - LEHRB Alan Félix – Narradores de Cachoeira – Aventura de RPG
Capítulo 1: Conceitos Básicos
Como em qualquer jogo, é preciso conhecer as regras e os termos utilizados
para jogar. O RPG não é uma exceção. No decorrer do jogo, ou mesmo quando você
estiver criando seu Personagem, utilizaremos muitos termos que talvez você não
esteja familiarizado.
Personagem: Antes de começar a jogar, cada Jogador precisa criar um Personagem,
que é a representação deste Jogador no mundo fictício de Narradores de Cachoeira.
Durante o jogo, o Personagem realiza as ações propostas pelo Jogador.
Ficha de Personagem: Planilha onde são anotadas as características de cada
Personagem.
Mestre ou Narrador: É o Jogador que ficará responsável pelas regras do jogo. É uma
espécie de diretor ou coordenador do jogo. Cabe a ele controlar todos os outros
Personagens que não são controlados pelos Jogadores e criar e executar as Aventuras.
Aventura: Uma história criada pelo Mestre, contendo em si um problema a ser
resolvido pelos Jogadores. Uma Aventura pode ser curta, terminando em duas ou três
horas, ou muito longa, exigindo sucessivas sessões de jogo. Teoricamente, uma
Aventura poderia durar para sempre.
Campanha: Uma sucessão de Aventuras, envolvendo a saga dos Personagens, desde a
primeira partida.
Rodada: Medida de tempo que equivale há aproximadamente 10 segundos. É utilizada
para marcar o tempo durante as Aventuras. É uma medida abstrata e utilizada
somente pelo Mestre e Jogadores, suficiente para todos os Personagens efetuarem
uma ação.
Cena: Medida de tempo não definida. Como em um filme, demora o tanto que for
necessário para a narrativa de uma “cena”. Pode ser de 3 a 10 rodadas, ou chegar a até
dois ou três minutos.
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Capítulo 2: Criação de Personagens
1. História do Personagem
Antes de qualquer coisa é necessário criar uma boa história (ou Background)
para o Personagem. Descreva detalhes de sua vida, sua infância, quem são seus pais,
se ele tem irmãos e amigos, como iniciou sua vida como aventureiro, quais são seus
objetivos, como é sua personalidade, como o Personagem é fisicamente etc.
Faça essa parte do trabalho em conjunto com o Mestre, pois muito do que for
escolhido aqui será utilizado por ele como fundo para sua Aventura posterior. Tente
localizar a história do seu Personagem com a dos outros Personagens da Campanha,
com a trama criada pelo Mestre (professor) e com os outros Personagens (aluno). Se a
história de TODOS os Personagens do grupo não for compatível, comece novamente. A
história de seu Personagem deve ser condizente com o mundo estruturado pelo
Mestre.
Fernando Henrique. Nasceu no quilombo em Santiago do Iguape. Cresceu
ajudando a mãe a pescar marisco para vender na feira aos sábados. A mãe conseguiu
matricular na Escola 25 de Junho no centro de Cachoeira. Devido à demora em entrar
na escola, com 18 anos cursa o 1ª ano do ensino médio. Fernando carrega consigo a
medalha de Nossa Senhora da Aparecida dada pelo pai quando ainda era criança.
2. Nome, idade, Local de nascimento...
Escolha todas as características relativas ao seu Personagem e coloque-as na
ficha de Personagem, nos locais indicados (nome, sexo, local de nascimento, profissão,
altura, peso e idade).
Fernando Henrique, masculino, Cachoeira, estudante, 18 anos, 1.72 de altura,
75 kg.
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3. Ficha de Personagem
Nome: Aluno- jogador:
CARACTERÍSTICAS
Pericia:
Aprimoramento:
Equipamento: Dinheiro:
História:
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Capítulo 3: Prelúdio
O ano de 2014 foi decisório para o futuro do Brasil. A população brasileira
ludibriada pela retórica do candidato do PINB (Partido Integralista Nacional Brasileiro),
um partido de ideologia de extrema-direita. O governo forjou várias provas para acusar
o PCN (Partido Comum Nacional) de financiamento de ações ativistas contrárias aos
interesses do país, na Amazônia. Essa calunia tornou-se decisória para o processo de
eleição brasileira.
O presidente ao assumir o governo nacional iniciou uma série de projetos
liberais para industrialização, urbanização e progresso brasileiro. Algumas empresas
estatais foram vendidas a multinacionais. O capital estrangeiro possibilitou uma série
de mudanças no quadro econômico.
Após, dois anos de governança alguns projetos de infraestrutura foram
iniciados para melhoria dos grandes centros urbanos. A opinião pública silenciada, a
coerção do Estado agia mais intensivamente na sociedade civil. Algumas cidades que
possuem recursos naturais satisfatórios para abastecer os grandes centros foram
descartáveis para confirmação do processo de melhoramento urbano e social.
Na cidade de Cachoeira-BA, o rio Paraguaçu servia de abastecimento hídrico
para cidade de Salvador. A barragem “Pedra do Cavalo” possuía extrema importância
para o desenvolvimento urbano da capital. Os dois últimos anos de governança do
PINB favoreceram o fortalecimento e crescimento da cidade de Salvador. A população
multiplicou, a urbanização atingiu níveis elevados, a industrialização e bens de serviços
aconteciam de maneira acelerada. A primeira capital do Brasil apresentava traços de
um país desenvolvido.
A política liberal trouxe algumas mazelas ambientais. A empresa VoltZ
responsável pelo controle da barragem “Pedra do Cavalo” apresentou um projeto de
ampliação para a barragem. O presidente da república adorou o projeto, pois ampliaria
o nível de abastecimento de Salvador, seria aplicado recursos privados de estrangeiros,
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e a empresa VoltZ poderia liderar com as ações sobre esse recurso. Com isso, a cidade
de Cachoeira seria inundada.
A população de Cachoeira recebeu aflita a noticia. Durante algumas semanas
foram notificados sobre as indenizações que receberiam e ofertas de empregos no
novo polo que seria Salvador e Feira de Santana. Alguns moradores estarrecidos com
essa ação organizaram um grupo de resistência intitulado “Remanescente do
Paraguaçu”.
O grupo é resultado de ação ordenada de setores da sociedade civil como
músicos, artistas, professores e moradores. Ao realizarem reuniões secretas no
depósito de alguns bares da cidade. O grupo promoveu sua primeira ação pública ao
pichar algumas paredes da cidade com a seguinte frase “Nós temos um passado”. A
frase caracterizou como marca do grupo e ao mesmo tempo assinatura.
Alguns jornais taxaram como um grupo ativista financiado pelo PCN, contrário
ao desenvolvimento do país. A notícia ganhou repercussão municipal, estadual e
federal. O presidente exigiu uma ação direta do governo estadual. Contudo, o mais
surpreendente ocorreu na madrugada de outubro, quando o presidente da VoltZ
reuniu-se com o prefeito de Cachoeira, oferecendo uma quantia se apoiasse o projeto
de ampliação da barragem, em compensação o prefeito silenciaria o grupo subversivo
surgido na cidade. Um acordo foi selado.
Durante uma manhã calma de novembro, os alunos voltavam do feriado
prolongado. Certos rumores sobre outra ação do R.P. (Remanescente do Paraguaçu)
agitaram os estudantes do Colégio Estadual 25 de Junho. A turma do 3ºF do ensino
médio esperou o inicio da aula de história, a professora Anna Santana que ministrava a
disciplina na turma.
Os alunos ficaram inquietos na sala de aula, devido à professora nunca chegar
atrasada, e a aula seria importante para o vestibular que estava aproximando-se.
Depois de 20 minutos de espera, a diretora Francisca Ferreira compareceu na sala
explicando aos alunos que a professora Anna havia desaparecido e a policia estava
investigando um suposto envolvimento com o R.P.
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Após o termino da aula, alguns alunos se dirigiram para casa da professora
Anna, e decidiram entrar na casa isolada pela policia. O grupo de aluno ao revirarem o
guarda-roupa da professora descobriu por acidente um compartimento secreto.
Dentro, encontrava-se uma chave do armário 1307 da rodoviária.
O grupo de alunos dirigiu-se a rodoviária, ao abrirem o armário encontraram
vários papeis que faziam referencia ao Remanescente do Paraguaçu, e juntamente
com os papeis havia uma fita gravada. Os seis alunos resolveram ouvir a mensagem
que estava na fita, e ouviram sobre o grupo R.P. e suas ações para salvarem a cidade. E
decidiram seguir as seguintes instruções da professora: Ao ouvirem essa gravação
possivelmente eu fui silenciada, se encontraram essa fita tenho algumas instruções de
ações para formação do dossiê, espero que concluam a nossa missão, não esqueçam
“nós temos um passado”.
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Capítulo 4: Ideias Para a aventura
1. Caminho da Memória
O narrador pode focalizar a aventura mandando os personagens fotografarem
as arquiteturas e templos históricos da cidade na ficção. Assim, desenvolvendo nos
alunos a educação patrimonial, cultivando a preservação da memória e contribuindo
para manutenção do acervo cultural de nosso país, estado e município. A importância
dessa aventura é a construção da identidade e da cidadania cultural (direito à memória
histórica), pois preservar a memória da cidade é manter a “própria história de vida,
suas experiências sociais e lutas cotidianas” (BITTERCOURT, 2002, p139), inserindo-se
enquanto sujeito do processo histórico.
O estudo do patrimônio (mundial, cultural e natural) possibilita o trabalho com
a história local como estratégia de aprendizagem, inserindo o aluno com a
comunidade, criando sua historicidade e identidade; promove a investigação histórica,
fazendo refletir sobre a realidade social; possibilita a análise das continuidades e
diferenças com evidências de mudanças, conflitos e permanências; permite a
construção de uma história plural, dando voz aos diferentes sujeitos da História. Assim,
o ensino com o patrimônio pode ser desenvolvido com base no estudo de edifícios
históricos, monumentos e/ou estatuária, toponímia.
O roteiro para aventura com arquiteturas e templos históricos em Cachoeira,
são os seguintes:
Templos Históricos (Urbano): Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos
Pobres, Capela do Hospital de São João de Deus, Capela de Nossa
Senhora D’Ajuda, Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de Nossa Senhora de
Conceição do Monte, Igreja do Rosarinho e Cemitério dos Pretos.
Templos Históricos (Rural): Capela de Nossa Senhora da Batalha, Capela
de Nossa Senhora da Conceição, Capela de Nossa Senhora da Pena do
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Engenho, Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, Capela de São João
Batista, Igreja e Convento de São Francisco do Paraguaçu, Igreja Matriz
de Santiago do Iguape.
Arquiteturas Históricas (Urbano): Casa à Praça Dr. Milton, Paço
Municipal (Casa de Câmara e Cadeia), Imperial Ponte Dom Pedro II,
Mercado Municipal, Cais do Rio Paraguaçu, Casa Natal de Ana Néri,
Chafariz Imperial, Santa Casa de Misericórdia, Filarmônica Minerva
Cachoeirana, Filarmônica Lyra Cecíliana.
Arquiteturas Históricas (Rural): Casa do Engenho Cabonha, Fábrica do
Engenho Vitória, Seminário de Belém, Sobrado do Engenho Campina,
Sobrado do Engenho Embiara, Sobrado do Engenho Velho.
Concluindo a aventura de RPG, o professor pode fazer uma pesquisa de
visitação aos monumentos mencionados na aventura, assim conscientizando o valor
do patrimônio histórico. A pesquisa segue os seguintes passos (SCHIMIDT; CAINELLI,
2004, p. 118):
a) O professor pesquisa e escolhe um edifício histórico, monumento, rua ou
praça da localidade;
b) Preparar um roteiro para a visita;
c) Organizar ficha de trabalho;
d) Se possível, levar uma máquina fotográfica para fotografar, e um gravador
para entrevistar pessoas.
A execução dessa atividade o aluno desenvolve as seguintes competências e
habilidades indicadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais: relativizar as diversas
concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico,
reconhecendo-as como construções culturais e históricas; construir a identidade
pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do
indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos
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mesmos; atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da
crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos.
2. Excursão no Tempo
O narrador pode colocar os personagens dos jogadores para visitarem o museu
local da cidade, buscando analisar os objetos do acervo museológico para constituir o
discurso presente no museu na ficção. A importância dessa aventura é colocar o aluno
em contato com o museu que apresenta a exposição de diferentes fontes (materiais,
escritas e visuais) e formas de conhecimento. O aluno desenvolve a consciência
histórica através da criticidade, curiosidade e questionamento, assim aplicando a
investigação histórica.
O roteiro para aventura com museus em Cachoeira, são os seguintes:
Museus (Urbano): Museu Regional, Museu Hansen Bahia, Museu da Irmandade
Nossa Senhora da Boa Morte, Museu da Ordem Terceira do Carmo.
Museus (Rural): Museu das Alfaias.
Concluindo a aventura de RPG, o professor pode usar o museu como ação
educativa, assim escolhe o museu que trabalhou na aventura e marca uma visitação
com a turma. Apresento alguns pontos fundamentais no planejamento da visitação
(FONSECA, 2003, p. 226; BITTENCOURT, 2002, p. 114) são:
Definir os objetivos, conteúdos e temáticas da vista;
Selecionar um museu relativo à temática;
Visitar a instituição antecipadamente para lidar com o espaço a ser trabalhado,
detalhando os objetos mais importantes para atenção do aluno;
Explicar a importância e o valor da atividade no museu;
Realizar um trabalho metodológico conjunto com o guia do museu;
Decidir as atividades que serão desenvolvidas como resultado da visitação,
consolidando o aprendido.
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A execução da visitação e as atividades dos alunos desenvolvem as seguintes
competências e habilidades indicadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais:
criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo
o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes
contextos envolvidos em sua produção; relativizar as diversas concepções de tempo e
as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como
construções culturais e históricas; atuar sobre os processos de construção da memória
social, partindo da crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos;
Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião,
as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de
sua constituição e significação.
3. Mosaico de Documentos
O narrador pode colocar os personagens na situação de entrarem no arquivo
público municipal, museus ou arquivos particulares tentando obter documentos
históricos para analisarem e produzirem textos analíticos e interpretativos sobre os
processos históricos na ficção. A importância dessa aventura é desenvolver no aluno a
capacidade de extrair informações do documento.
A nova concepção de documento histórico é fundamental no método de ensino
da história, o professor ao colocar o aluno em contato com o aluno auxilia na
compreensão de realidades passadas e presentes. O aluno torna-se agente ativo do
processo de ensino-aprendizagem, assim o aluno amplia sua capacidade de analisar
documentos escritos, iconográficos (pintura, fotografia, cinema, informática), fontes
orais e testemunhos da história local.
O roteiro para aventura com documentos históricos em Cachoeira, são os
seguintes:
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Fontes Materiais: Utensílios, Mobiliários, Roupas, Ornamentos
(pessoais e coletivos), Símbolos, Construções (templos, casas,
sepulturas), Moedas, Ruínas e etc.
Fontes Escritas: Documentos Jurídicos (constituições, códigos, leis,
decretos), Sentenças, Testamentos, Inventários, Cartas, Livros de
história, Diários, Crônicas, Poemas, Romances, Imprensa Periódica,
Censos, Mapas, Registros paroquiais e etc.
Fontes Iconográficas: Pinturas, Caricaturas, Fotografias, Gravuras,
Filmes, Programas de televisão e etc.
Fontes Orais: Entrevistas, Gravações (de entrevistas), Lendas contadas,
Programas de rádio e fitas cassete e etc.
Concluindo a aventura de RPG, o professor pode usar os documentos históricos
na sala de aula para os alunos desenvolverem a capacidade de criticar, analisar e
interpretar fontes. Assim, o professor instrui o aluno a identificar qual tipo de fonte é o
documento, fazer a crítica interna e externa (origem, datação, autor, contexto),
informar o que diz o documento, comentário sobre o documento. Desta forma, as
etapas da atividade (SCHIMIDT; CAINELLI, 2004, p. 108) são:
1ª etapa – Leia o texto e decomponha seus elementos:
Identifique as palavras cujo significado pareça difícil, ou seja,
desconhecido (sublinhe-as ou escreva-as);
Identifique os nomes próprios;
Pesquise o significado das palavras-chave ou das que você considere
importantes;
Identifique alusões a acontecimentos ou personagens;
Resuma as ideias essenciais de cada frase ou parágrafo.
2ª etapa – Analise o documento:
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Quando – O texto é contemporâneo do fato reportado? Qual a situação
do momento apresentado no texto?;
Onde – De qual espaço fala o texto?;
Quem – Quem é o autor? Seu testemunho é direto ou indireto? Qual a
situação de vida do autor?;
De quem – De quais personagens fala o autor?;
Qual a natureza do texto – O texto é destinado a uso público? Se for,
qual tipo de documento é: jurídico (lei, relatório, decreto ou
constituições), literário (romance ou poema), político (discurso,
memória, relato de viagem, entrevista), artigo de imprensa ou anúncio
publicitário? Ou o texto é destinado a uso pessoal ou privado? Se for, de
qual tipo é (diário pessoal, carta, relatório secreto ou outro tipo de
documento familiar)?
3ª etapa – Opine sobre o documento:
Procure estabelecer relações entre o conteúdo do texto e seus
conhecimentos históricos. Organize sua opinião em duas partes: uma
para as ideias do texto e outra para seus conhecimentos e suas
opiniões;
Evite copiar frases ou parágrafos do texto ou fazer resumo;
Procure evitar a armadilha de opiniões sem fundamento ou sem relação
com as ideias expressas no documento.
A aplicação dessas etapas com os alunos desenvolvem as seguintes
competências e habilidades indicadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais:
criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo
o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes
contextos envolvidos em sua produção; produzir textos analíticos e interpretativos
sobre os processos históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do
discurso historiográfico; relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas
formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções
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culturais e históricas; posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação
de suas relações com o passado.
4. Migalhas Orais
O narrador propõe aos personagens o registro individual ou coletivo dos
moradores, tentando construir narrativas sobre as pessoas da comunidade, história da
localidade, recordações, festividades, grupos culturais, construções locais e outras na
ficção. A importância dessa aventura é desenvolver nos alunos os registros de sua
própria história, dos grupos familiares e dos segmentos sociais. A prática da história
oral expõe as micro-histórias do cotidiano que não estão na memória nacional ou
oficial.
A metodologia elaborada é a entrevista para obter os depoimentos orais. O
depoimento é cruzado com documentos escritos, porém com base nos documentos
escritos podemos retirar uma temática e investigar na história oral. O documento
escrito serve de subsidio para fundamentação no trabalho da história oral. É
necessário elaborar um roteiro de entrevista, recolher os dados pesquisados e
organizá-los, analisar os dados de maneira reflexiva, divulgar o resultado por texto,
exposição ou produção de vídeo.
O roteiro para aventura com história oral em Cachoeira, são os seguintes:
instituições (grupo de samba de roda, filarmônica, jornais); crenças (irmandades, festas
religiosas, festas cívicas); profissões (pescadores, sapateiros, músicos) e etc.
Samba de Roda Esmola Cantada; Filhos do Caquende; Suerdick
Filarmônica Lyra Ceciliana; Minerva Cachoeira
Jornais O Guarani; A Ordem; A Cachoeira; O Norte; A Pátria; O
Progresso;
Irmandades Boa Morte
Festas Cívicas 25 de Junho; 2 de Julho
Festas Religiosas D’Ajuda; Boa Morte; São Cosme e Damião; Iemanjá;
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Concluindo a aventura de RPG, o professor pode usar a história oral na sala de
aula com os alunos para desenvolverem a investigação histórica resgatando a memória
individual ou coletiva. A investigação possibilita o desenvolvimento de habilidades
acadêmicas como as interpessoais, assim fortalecendo a valorização das tradições dos
alunos. Os passos para trabalhar a história oral (SCHIMIDT, 2004, p.129) no ensino de
história são:
Planejar o trabalho a ser desenvolvido: definir os objetos, verificar os
recursos disponíveis e selecionar as estratégias a serem adotadas.
Definir a metodologia a ser empregada: as regras para os trabalhos
individuais ou em grupo devem ser estabelecidas com antecedência.
A pesquisa bibliográfica sobre o tema deve anteceder o recolhimento
oral de informações.
Selecionar o público-alvo ou escolher os entrevistados.
Elaborar roteiro de entrevista. As fichas de entrevista podem conter
informações genéricas, como nome do entrevistado, data de
nascimento, lugar onde mora, profissão, autorização para publicação
das informações, data da entrevista, registro do texto, nome do
entrevistador e local da entrevista.
Testar o roteiro da entrevista e corrigir o que for necessário.
Recolher os dados pesquisados e organizá-los.
Divulgar os resultados da pesquisa. A divulgação pode ser feita com
atividades como produção de texto, exposição e realização de vídeo.
A aplicação dessas etapas com os alunos desenvolvem as seguintes
competências e habilidades indicadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais:
produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir das
categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico; construir a identidade
pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do
indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos
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mesmos; atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da
crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos; situar os momentos
históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de sucessão e/ou de
simultaneidade; comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;
posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o
passado.
5. Dossiê da Salvação
O narrador conclui a aventura colocando os personagens para encontrar a
professora Anna. O prefeito da cidade e o presidente da empresa VoltZ serão
revelados como articuladores para destruição da cidade. Os jovens estudantes estarão
terminando o dossiê com a ajuda do professor aposentado Francisco Cândido. A
professora Anna revela que fugiu para buscar apoio com ONGs internacionais. A cidade
de Cachoeira será salva devido ao esforço do grupo Remanescente Paraguaçu e dos
jovens estudantes. A importância dessa aventura é desenvolver nos alunos o oficio do
historiador. A prática da elaboração do dossiê insere os alunos no processo de
produção da escrita histórica, compreendem a importância da disciplina e sua função
prática para vida.
Concluindo a aventura de RPG, o professor emprega a seguinte metodologia
para construção do dossiê em sala de aula:
1) estudos de fundamentação teórico-metodológica para o uso de documentos para o ensino de História;
2) coletivamente, é escolhido um tema ou período histórico, com ênfase em História de Cachoeira, para o dossiê;
3) pesquisa de documentos; a partir deles, a produção de propostas, ou roteiros didáticos;
4) cada roteiro é apresentado ao Grupo e recebe sugestões para aperfeiçoamento, até que seja considerado pronto;
5) o dossiê é organizado para ser disponibilizado em pdf no site do LEHRB: www.ufrb.edu.br.
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A aplicação dessas etapas com os alunos desenvolvem as seguintes
competências e habilidades indicadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais:
produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir das
categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico; construir a identidade
pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do
indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos
mesmos; atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da
crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos; situar os momentos
históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de sucessão e/ou de
simultaneidade; comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;
posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com
o passado.
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Capítulo 5: Campanha: O Segredo do Caminho
01. Vocês chegaram à casa de um personagem decidem ouvir a fita. Analisam os
papeis da professora, percebem que a primeira instrução é fotografar os monumentos da
cidade. Pegam seis máquinas fotográficas e saem. Se você for tirar foto do Paço Municipal
(Casa de Câmara e Cadeia), vá para 02. Se for a Igreja de Nossa Senhora de Conceição do
Monte, para 03. Se for ao Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, para 04.
02. Você tiver a pericia fotografia, fotografa o Paço Municipal, vá para 06. Você não
tiver a pericia fotografia, vá para 05.
03. Você tiver a pericia fotografia, fotografa a Igreja de Nossa Senhora de Conceição
do Monte, vá para 07. Você não tiver a pericia fotografia, vá para 05.
04. Você tiver a pericia fotografia, fotografa o Convento e Igreja de Nossa Senhora do
Carmo, vá para 08. Você não tiver a pericia fotografia, vá para 05.
05. Você vai ao Empório do Sentido e pede ajuda ao Carlos Santos para ensinar
fotografar. Você volta ao número anterior.
06. Você fotografou o monumento, um vereador nota a sua movimentação, dirige até
você convidando a entrar no Paço Municipal. O vereador entrega um bilhete para você.
Quando ler o bilhete (Igreja Matriz), vá para 09.
07. Você fotografou o monumento, um arquiteto nota a sua movimentação, dirige até
você convidando a entrar na Igreja. O arquiteto fala que é uma construção de 1746, abriga um
lavabo de mármore, a pia batismal de pedra e as imagens de Nossa Senhora da Conceição,
Nossa Senhora das Dores, Senhora Santana, São Benedito e Senhor do Bonfim. Indica ir à Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Rosário, vá para 09.
08. Você fotografou o monumento, um guia turístico aproxima-se com um grupo de
turistas. Você entra no grupo para ter acesso ao interior do prédio. Fotografa as imagens de
madeira de Macau, coluna e altar revestidos em ouro e painéis de azulejos portugueses. O guia
sai com o grupo para a Igreja Matriz, vá para 09.
09. O grupo de amigos se encontra na Igreja Matriz que passa por reforma. Fotografam
a fachada do prédio. Quando estão de saída notam uma movimentação no interior da Igreja.
Encontram uma porta na lateral e adentram o recinto. Ouvem a conversa de um grupo de
indivíduos. A conversa trata-se do Remanescente do Paraguaçu.
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Capítulo 6: Guia de Cachoeira – Local para Aventura
Arquitetura: Casa à Praça Dr. Milton: Construção do século XIX, nela se reuniam os revolucionários da independência da Campanha da Independência da Bahia em 1822. Tombada pelo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia em 1922 e pelo Patrimônio Histórico. Localização: Praça Dr. Aristides Milton, 23-A. Mercado Municipal: Construção do séc. XIX. Cais do Rio Paraguaçu: Construção de 1712, durou 200 anos para ser terminado. Foi um dos mais importantes portos de escoamento do açúcar e do fumo. Casa à Rua Ana Néri: Construção do século XVIII, feita para ser residência. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Ana Néri, 4. Casa à Rua Benjamim Constant: Construção do século XIX, feita para ser residência. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Benjamim Constant, 2. Casa à Rua Benjamin Constant: Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Benjamin Constant, 1. Casa à Rua Benjamim Constant: Construção do século XVIII, feita para ser residência. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Benjamim Constant, 17. Casa de Câmara e Cadeia: Construção de 1698, abriga a Câmara Municipal da Cachoeira. Foi reformado em 1789. Neste prédio D. Pedro I foi aclamado regente e defensor do Brasil em 1822 e durante a Sabinada foi sede do Governo Legal da Província. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Praça da Aclamação. Casa do Engenho Cabonha: Construção do século XIX, feita para ser residência. Localização: Distrito de Santiago do Iguape. Casa Natal de Ana Néri: Construção do século XVIII, feita para ser residência de Ana Justina Ferreira Nery, pioneira da enfermagem no Brasil, que participou da Guerra do Paraguai. Abriga o Museu Hansen Bahia. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Ana Néri, 7. Chafariz Imperial: Construção de 1827, feita em alvenaria mista de pedra e tijolo, em estilo neoclássico, era o ponto de abastecimento de água do Município. Possui 7 carrancas e as armas do Império. Tombada pelo Patrimônio Histórico.
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Localização: Praça Dr. Aristides Milton. Conjunto de Casas da Santa Casa: Construção do século XIX, é composto de cinco casas populares, térreas e iguais, recobertas por um único telhado. Localização: Praça Dr. Aristides Milton. Fábrica do Engenho Vitória: Construção de 1812, feita pelo Comendador Pedro Bandeira, negociante e senhor de engenhos da região e um dos introdutores da navegação a vapor na Bahia, Encontra-se em ruínas. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Vitória do Paraguaçu. Imperial Ponte Dom Pedro II: Construção de 1865, feita com estrutura metálica importada da Inglaterra, possui 365 m de comprimento e 9,5 m de largura, liga a Cidade de Cachoeira a São Félix, sobre o Rio Paraguaçu. Localização: Praça Manuel Vitorino. Ordem Terceira do Carmo: Construção de 1691, possui seu interior revestido com azulejos figurados. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Praça da Aclamação. Santa Casa de Misericórdia: Construção do século XIX, possui uma igreja, consagrada à Santa Bárbara, com altares em rococó. Abriga imagens sacras, lustre de cristal no salão nobre, conjuntos antigos de potes e vasos de farmácia e livros raros. Localização: Praça Dr. Aristides Milton. Seminário de Belém: Construção de 1686, possui torre piramidal, revestida de azulejos e pedaços de louça oriental. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Distrito de Belém da Cachoeira, 7 km do Centro. Sobrado à Praça da Aclamação: Construção de 1866. Localização: Praça da Aclamação, 2. Sobrado à Praça da Aclamação: Construção de 1723, é uma das mais ricas e imponentes residências baianas. Atualmente abriga o Museu Regional. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Praça da Aclamação, 4. Sobrado à Praça de Aclamação: Construção do século XVIII. Localização: Praça da Aclamação, 5. Sobrado à Praça Maciel: Construção do século XIX. Localização: Praça Maciel, 13. Sobrado à Rua Ana Néri: Construção do século XVIII. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Ana Néri, 2.
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Sobrado à Rua Ana Néri: Construção do século XVIII. Localização: Rua Ana Néri, 10. Sobrado à Rua Ana Néri: Construção de 1883, possui azulejos industriais na fachada e na escadaria de acesso. Localização: Rua Ana Néri, 20. Sobrado à Rua Ana Néri: Construção do séc. XVIII, feita para ser residência. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Ana Néri, 25. Sobrado à Rua Ana Néri: Construção do século XIX. Localização: Rua Ana Néri, 27. Sobrado à Rua Ana Néri: Construção de 1883. Localização: Rua Ana Néri, 47/49. Sobrado à Rua Benjamin Constant: Construção do século XIX. Localização: Rua Benjamin Constant, 13. Sobrado à Rua Conselheiro Virgílio Damásio: Construção do século XIX. Localização: Rua Conselheiro Virgílio Damásio, 50. Sobrado à Rua Engenheiro Lauro de Freitas: Construção de 1890. Localização: Rua Engenheiro Lauro de Freitas, 64. Sobrado à Rua Maestro Irineu Sacramento: Construção do início do século XIX. Localização: Rua Maestro Irineu Sacramento, 2 Sobrado à Rua Manuel Paula Filho: Construção de 1873. Localização: Rua Manuel Paula Filho, 1. Sobrado à Rua Sete de Setembro: Construção de 1795, nele nasceu Augusto Teixeira de Freitas, autor da Consolidação das Leis Civis. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Atualmente este local passou a ser a sede do Fórum da Cidade. Localização: Rua Sete de Setembro, 34. Sobrado à Rua Treze de Maio: Construção de 1830. Abrigou a Cia. de Charutos Pook, o Ginásio Ana Nery e depósitos para material de construção. Hospedou D. Pedro II em 1859. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Treze de Maio, 13. Comércio e Mineração: Construção do início do século XIX composto de loja, sobre-loja, pavimento nobre e sótão. Localização: Rua Treze de Maio, 39.
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Sobrado de João Adorno: Construção do século XVII. Localização: Praça da Ajuda. Sobrado do Engenho Campina: Construção do século XIX. Localização: Distrito de Santiago do Iguape. Sobrado do Engenho Embiara: Construção de 1806, foi habitado até 1940, por herdeiros da família Paes Aragão. Encontra-se em ruínas. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Distrito de Santiago do Iguape. Sobrado do Engenho Velho: Construção do século XIX, encontra-se em ruínas. Localização: Distrito de Santiago do Iguape. Solar Estrela: Construção do início do séc. XVIII. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Ana Néri, 1. Banho de Belém: Bica para banhos com água gelada fresca e limpa. Localização: Distrito de Belém da Cachoeira. Banho do Japonês: Recipiente de pedra com água gelada e cristalina. Localização: Alto da Pitanga. Jardim do Hospital São João de Deus: Jardim em estilo francês com canteiros de desenho geométrico e gradil com colunas coroadas por vasos, pinhas, cachorros e leões de louça. O centro do jardim é marcado por uma fonte de mármore com três golfinhos. Tombado pelo Patrimônio Histórico. Templos Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Pobres: Construção do séc. XIX. Localização: Largo do Caquende. Capela do Hospital de São João de Deus: Construção de 1729, tombada pelo Patrimônio Histórico. Capela de Nossa Senhora da Ajuda: Construção de 1687, foi a primeira Igreja da Cidade. Abriga a imagem de Nossa Senhora da Ajuda, o Cristo crucificado em tamanho natural e São Francisco de Assis e um museu. Localização: Largo da Ajuda. Capela de Nossa Senhora da Batalha: Construção do século XIX. Localização: Distrito de Santiago do Iguape. Capela de Nossa Senhora da Conceição: Construção do início do século XVII. Localização: Fazenda Opalma, Distrito de Santiago do Iguape.
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Capela de Nossa Senhora da Pena do Engenho: Construção de 1660, abriga as imagens de Nossa Senhora da Penha e de Nossa Senhora da Paz, em terracota. Encontra-se anexadas às ruínas do Engenho Velho. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Engenho Velho, Distrito de Santiago do Iguape. Capela de Nossa Senhora de Guadalupe: Construção do século XVIII. Localização: Engenho Campinas. Capela de São João Batista: Construção de 1740. Localização: Fazenda Opalma, Distrito de Santiago do Iguape. Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo: Construção de 1715, em estilo rococó. No séc. XIX o prédio do Convento abrigou o Paço da Câmara, a Casa da Moeda, quartel, pensão e hospital. Em 1928 os carmelitas se retiraram do Convento. Em 1981, o conjunto sofreu uma grande reforma, que o adaptou para pousada e centro de convenções. Abriga imagens de madeira de Macau, coluna e altar revestidos em ouro e painéis de azulejos portugueses. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Inocêncio Boaventura. Matriz de Nossa Senhora do Rosário: Construção do século XVIII, possui torres revestidas de azulejos, imagens, doze telas, alfaias e um sacrário de prata. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Rua Ana Néri. Igreja e Convento de São Francisco do Paraguaçu: Construções de 1660 (Igreja) e 1686 (Convento), encontram-se em ruínas. Tombadas pelo Patrimônio Histórico. Localização: Distrito de Santiago do Iguape. Igreja de Nossa Senhora de Conceição do Monte: Construção de 1746, abriga um lavabo de mármore, a pia batismal de pedra e as imagens de Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Dores, Senhora Santana, São Benedito e Senhor do Bonfim. Localização: Rua da Conceição do Monte. Funcionamento: Visitas só no mês de novembro. Igreja Matriz de Santiago do Iguape: Construção do século XIX, possui do Iguape.duas torres revestidas de louça. Tombada pelo Patrimônio Histórico. Localização: Distrito de Santiago Terreiros de Candomblé Ilê Axé Alaketu Oxum: Localização: Alto do Rosarinho.
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Iemanjá - Ogunté: Localização: Baixa da Olaria. Centro de Cabloco Jeremias: Localização: Ladeira Manoel Vitorino, 45. Terreiro Ogum Meji: Localização: Ladeira Manoel Vitorino, 44 A. Terreiro Toloy Rum Pam Rum Toloy: Localização: Alto da Levada da rua do Caquende. Terreiro Ilê Axé Alaqueto Oxum Apara: Localização: Ponto da Calçada. Museus Museu Regional: Acervo: Mobiliário dos séculos XVIII e XIX. Localização: Praça da Aclamação, 4 - Tel: 725-1123. Funcionamento: 3ª a 6ª de 9:00h às 12:00h e de 14:00h às 17:00h; sáb. de 14:00h às 17:00h e dom. de 9:00h às 12:30h. Museu Hansen Bahia: Instalado na Casa Natal de Ana Néri. Acervo: 13 mil peças, entre cópias assinadas e não assinadas do gravador alemão Karl Heinz Hansen. Localização: Rua 13 de maio, 13, Centro - Tel: 725-1453. Museu da Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte: Acervo: Fotografias. Museu das Alfaias: Acervo: Imagens sacras e o frontal da Igreja do Seminário de Belém. Localização: Distrito de Belém da Cachoeira. Museu da Ordem Terceira do Carmo: Acervo: Imagens sacras. Localização: Rua Inocêncio Boaventura. Bibliotecas Biblioteca Pública Municipal Ernesto Simões Filho: Localização: Rua 13 de Maio, 13. Funcionamento: 2ª a 6ª feira de 8:00h às 20:00h.
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Nota: Esta aventura foi extraída do Apêndice e das Referências Bibliográficas do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado por Alan Félix da Paixão dos Santos ao Colegiado de História da UFRB em dezembro de 2010. Intitulado ‘Narradores de Cachoeira – RPG como Ensino de História Local’, o TCC foi apresentado na modalidade de projeto de intervenção pedagógica, orientado por Leandro Antonio de Almeida.