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BOSTON THEOLOGICAL SCHOLLBacharel em Teologia
Inocncio Gonalves dos Santos
A IMPORTNCIA DO TESTEMUNHO CRISTO
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Boston MA - USA
2010
BOSTON THEOLOGICAL SCHOOL
Inocncio Gonalves dos Santos
A IMPORTNCIA DO TESTEMUNHO CRISTO
Monografia apresentada ao Curso de
Bacharel em Teologia da BOSTON
THEOLOGICAL SCHOOL como
requisito parcial para obteno do
Ttulo de Bacharel em Teologia.
Orientador: Prof. Marcone Correia PhD
Boston MA - USA
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2010
Inocncio Gonalves dos Santos
A IMPORTNCIA DO TESTEMUNHO CRISTO
Data da Aprovao:_____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
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Lembre-se que um gesto vale mais do que muitas
palavras. Antes de falar, preciso demonstrar que
Jesus realmente faz diferena em sua vida.
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(Autor desconhecido)
DEDICATRIA
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minha filha Rosane Fonseca dos Santos, pelo
amor e apoio durante todo o perodo que dediquei
a esse trabalho.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeo a Deus por minha famlia, por minha vida e por ter me dado
sabedoria, entendimento e coragem. Foi pela misericrdia de Deus, pela f e confiana no
Senhor, que consegui concluir esse curso. Enfrentei barreiras e muitas provas, mas o Meu Deus
me ajudou e me deu foras para eu passar por todas as dificuldades e ter a vitria. O Salmo 125
nos ensina que Os que confiam no Senhor so como o monte de Sio, que no se abala, mas
permanece para sempre.
Agradeo do fundo do meu corao a minha querida filha Rosane Fonseca dos Santos, que apesar
de ter de cuidar dos meus trs netinhos e trabalhar fora, ainda tirou tempo para me ajudar a fazer
esse trabalho e que sem a sua ajuda seria impossvel eu fazer o mesmo.
Agradeo ao Diretor da Boston Theological School, Pr. Marcone Correia pela orientao,
carinho, cuidados e incentivos nesse trabalho.
Agradeo ao meu amigo, colega e companheiro Pr. Jorge Elias Ferreira, pela ajuda e incentivodurante o perodo do curso.
Agradeo a minha amiga e irm em Cristo Jesus, Missionria Elimar Coelho, a minha irm em
Cristo Jesus, Missionria Eliene Silva, ao meu amigo Charles Gutemberg.
Agradeo a todos os professores da Boston Theological School.
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RESUMO
O presente trabalho aborda a importncia do testemunho cristo, colocando alguns elementos
bsicos sobre o tema, tais como o conceito dos vocbulos testemunho e cristo. No intuito de
ressaltar a importncia do testemunho cristo, toma-se por base dois elementos comuns: o sal e a
luz, reforando que a verdadeiro cristo, testemunha de Cristo, precisa ter uma vida de forma que
sua presena faa diferena na vida daqueles que o vem e o ouvem, contribuindo assim paradissipar as trevas do pecado no mundo . Atualmente a nossa sociedade vive num ambiente onde o
silncioda f e o testemunho cristo da vivncia do Evangelho de Jesus Cristo e dos seus valores
comeam a estar dolorosamente ausentes e esquecidos. Surge ento a necessidade de
testemunharmosa experincia de uma caminhada de f lado a lado com a Pessoa de Jesus Cristo,
colocando em prtica o nosso testemunho, a partilha, a justia, partindo para um amor prtico que
de fato muito mais importante que bonitas teorias ou ideias. Conclui-se ser imperiosamente
urgente anunciar e testemunhar Jesus Cristo e os valores do seu evangelho . Torna-se cada vez
mais urgente na nossa sociedade, cristos de atitude capazes de serem no meio do mundo onde
trabalham e existem, o sal e a luz do evangelho, a fim de fazer crescer nos coraes dos homens
a esperana e o amor, fundamentos de uma paz duradoura e de uma justia verdadeira. Quantos
h que esperam ser tocados no seu corao por outros coraes capazes de lhes transmitir uma
mensagem de confiana e de esperana. Fica, portanto, o convite a cada um de ns, para que
tocados por Jesus, nos tornemos suas testemunhas onde quer que estejamos.
Palavras-chave: Testemunho, cristo, Jesus, testemunha de Cristo, sal da terra, luz domundo, evangelho, Igreja.
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ABSTRACT
This paper discusses the importance of Christian witness, putting some basics about the subject,
such as the concept of words and Christian witness. In order to highlight the
importance of Christian witness becomes based on two elements common salt and
light, emphasizing that a real Christian witness to Christ, must have a life so that hispresence makes a difference in the lives of those who see and hear, thus helping to
dispel the darkness of sin into the world. Currently our society lives in an
environment where the silence of faith and Christian witness of living the Gospel of
Jesus Christ and his values begin to be painfully absent and forgotten. There is a
need to witness the experience of a faith walk hand in hand with the Person of Jesus
Christ by putting into practice our testimony, sharing, justice, leaving for a practical
love that is in fact much more important than beautiful ideias.Conclui or theories tobe absolutely urgent to proclaim and witness to Jesus Christ and his gospel values.
Becomes increasingly urgent in our society, Christian attitude capable of hope and
love, pleas for a lasting peace and true justice. How many are there waiting to be
touched in your heart for other hearts are able to convey a message of confidence
and hope. It is therefore an invitation to each of us, that love of Jesus, we become
His witnesses wherever we are.
Keywords: Testimony, Christian, Jesus, Christ's witness, salt of the earth, light of the
world, gospel, church.
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SUMRIO
Introduo ................................................................................................................................09
Justificativa...............................................................................................................................10
O que testemunho cristo.......................................................................................................10
A importncia do testemunho cristo.......................................................................................15
O testemunho cristo na famlia, na sociedade e na Igreja.....................................................23
Objetivos do testemunho cristo...............................................................................................27
Qual deve ser a atitude do cristo............................................................................................29
Passos para a vivncia do verdadeiro testemunho...................................................................31
Testemunhas de Jesus...............................................................................................................34
Concluso.................................................................................................................................38
Bibliografia...............................................................................................................................40
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Introduo
O presente trabalho objetiva ressaltar a importncia do testemunho cristo no mundo dos
nossos dias, tendo como base as Escrituras Sagradas e o exemplo deixado por Jesus Cristo. Neste
estudo teremos a oportunidade de refletir sobre a importncia de sermos o sal da terra e a luzdo mundo e analisar que o testemunho cristo indispensvel na vida daqueles que dizem servir
a Cristo, haja vista que no adianta algum pregar e dizer s pessoas que Jesus salva e liberta se
no se v nesta pessoa as obras de um verdadeiro servo de Deus. E quem assim proceder, estar
escandalizando ao invs de cooperar para o crescimento do Reino de Deus. O testemunho
verdadeiro de um cristo no aquele que ele conta, mas aquele que as pessoas vem nele,
atravs de suas obras. Isto porque, a vida crist deve ser o modelo e o referencial para a
sociedade.O primeiro captulo apresenta uma breve definio do que o testemunho cristo,
definindo os vocbulos cristo e testemunho, bem como o comportamento e as atitudes dos
servos de Deus em consonncia com o modelo bblico. O captulo segundo dedica-se a ressaltar a
importncia do testemunho cristo, refletindo sobre as figuras do sal e da luz, reforando que o
testemunho engloba a prtica de aes sociais que priorizem os oprimidos e desfavorecidos bem
como a necessidade de sermos testemunhas de Cristo na sociedade, na famlia e na igreja. Este
captulo ressalta tambm que a Igreja tem o papel de viver um amor prtico e que embora seja
luz, no podendo estabelecer nenhuma ligao com o sistema do mundo, deve estar no meio dos
gentios sem o que no cumprir a misso que lhe foi destinada pelo Senhor. O terceiro captulo
aponta os objetivos inerentes ao testemunho cristo, e os passos para se viver como verdadeira
testemunha de Cristo, reforando que para testemunhar Jesus necessrio viver de acordo com a
Palavra de Deus. J o quarto captulo ressalta os objetivos do testemunho cristo enquanto o
quinto captulo aponta passos paraa vivncia do verdadeiro testemunho, enfocando qual deve ser
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a atitude do cristo para que possa realmente ser uma verdadeira testemunha de Cristo.
Finalizando, o sexto captulo aponta o que ser testemunha de Jesus, enfatizando que o nosso
testemunho no advm daquilo que falamos, seja a respeito de ns mesmos ou a respeito do
Senhor, mas daquilo que fazemos e do que Deus faz para confirmar tal testemunho.9
Justificativa
O objetivo da presente pesquisa aprofundar o reconhecimento acerca da importncia do
testemunho cristo. Este um assunto realmente importante e deve ser visto como algo em que
os cristos deveriam meditar para ver se esto fazendo o que Deus pede a eles.A finalidade do estudo abordar este tema ressaltando a grande necessidade de servir a
Deus cada dia mais e melhor como Ele deseja, testemunhando a sua graa, no apenas por
palavras, mas por atos e em verdade.
Pretende-se abordar que testemunhar no apenas contar o que Deus fez, mas tambm,
pregar atravs do exemplo pessoal, que realmente somos imitadores de Cristo, uma vez que o
discpulo de Jesus no deve somente guardar a f e nela viver, mas profess-la, testemunh-la
com firmeza, pois nosso dever em relao a Deus consiste em crer nEle e em dar testemunho
dEle, nos comportando como sal da terra e luz do mundo.
abordada ainda a necessidade de vivermos um testemunho que coloque em prtica um
amor prtico, sempre buscando ajudar o outro a ser melhor, vivendo a justia, a partilha, o
encontro pessoal com Cristo. Os discpulos de Jesus so convocados a ser Seus imitadores (I
Cor.11:1), e portanto precisam ter um testemunho verdadeiro, prtico. Ser discpulo de Jesus
seguir os Seus passos, viver como Ele viveu, amando sem distino e vivendo a verdade, a
sensibilidade, o despojamento, a caridade prtica.
I. O QUE TESTEMUNHO CRISTO
Definies
Antes de estudar sobre o que o testemunho cristo, precisamos saber o que cristo.
A palavra cristo procede do grego (christianos) e mencionada somente trs vezes no Novoe mencionada somente trs vezes no Novo
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Testamento: A primeira vez narrada em (Atos 11:26) estando ali escrito que em Antioquia osTestamento: A primeira vez narrada em (Atos 11:26) estando ali escrito que em Antioquia os
discpulos foram chamados pela primeira de "Cristos" isso nos leva a entender quediscpulos foram chamados pela primeira de "Cristos" isso nos leva a entender que
originalmente, era um termo que denotava um servo e seguidor de Cristo. Hoje torna-se o termooriginalmente, era um termo que denotava um servo e seguidor de Cristo. Hoje torna-se o termo
1010geral destitudo do original que tinha no Novo Testamento. A ns este termo deve sugerir o nomegeral destitudo do original que tinha no Novo Testamento. A ns este termo deve sugerir o nome
do nosso Redentor (Romanos 3: 24).do nosso Redentor (Romanos 3: 24). A segunda encontra-se em (Atos 26: 28) onde Agripa disseA segunda encontra-se em (Atos 26: 28) onde Agripa disse
a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faa Cristo!a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faa Cristo! E a terceira vez proferida emE a terceira vez proferida em
(I Pedro 4(I Pedro 4:16) onde o Apstolo diz aos que padecem como Cristos: No se envergonhem por16) onde o Apstolo diz aos que padecem como Cristos: No se envergonhem por
terem o nome de Cristo,terem o nome de Cristo, antes glorifiquem a Deus nesta parte.antes glorifiquem a Deus nesta parte.
Assim possvel compreender que cristo era uma designao dada s pessoas que
seguiam a Cristo, ressaltando-se que esse ttulo era dado somente queles que tinham uma vidatransformada e se uniam ao grupo de seguidores de Jesus, cumprindo os mandamentos da Lei de
Deus, demonstrando com os atos do dia a dia, a presena do Salvador em suas vidas.
J a palavra testemunho oriunda do vocbulo latino testimoniu e significa, entre outras
coisas: prova, sinal, indcio. O testemunho cristo refere-se, portanto ao comportamento e as
atitudes dos servos de Deus, que de acordo com o modelo bblico, levam o cristo a demonstrar,
no seu dia a dia, que um discpulo do Senhor Jesus. dever de todo cristo, ter uma vida
ntegra, voltada para a consonncia com os mandamentos da Lei de Deus, independente do
modelo e dos padres que a sociedade moderna prega. Como disse o Senhor, por intermdio do
profeta Malaquias: Ento, vereis outra vez a diferena entre o justo e o mpio; entre o que serve
a Deus e o que no serve(Ml 3:18); demonstrando, assim, que o mundo deve ver esta diferena
em ns (II Rs 4:9; I Tm 4:12).
Na realidade o testemunho cristo no deve ser visto como uma opo, e sim, como um
imperativo. Como disse o apstolo Paulo: Portai-vos de modo que no deis escndalo nem aos
judeus, nem aos gregos, nem igreja de Deus.(I Cor 10:32).
O peso da evidncia Bblica nos mostra sem sombra de dvida que o testemunho deJesus o testemunho pessoal do cristo e, sobretudo o testemunho sobre Cristo Jesus. A
temtica do testemunho cristo perpassa plenamente pela f em Jesus. preciso crer em Jesus
como o Filho de Deus (I Jo.5:10), pois pela f em Jesus que se inicia o testemunho do discpulo
do Senhor, como, alis, j ocorria com os antigos (Hb.11:2). Assim sendo, o testemunho cristo
no vem do homem, mas, sim, de Deus (I Jo.5:9), porquanto a f vem de Deus (Ef.2:8). Quem cr
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em Jesus comea a ter o testemunho, pois o testemunho este: que Deus nos deu a vida
eterna e esta vida est em Seu Filho Unignito. (I Jo.5:11).
A palavra testemunho surge pela primeira vez no livro do Gnese captulo 21:30,
11quando Abrao apresenta sete ovelhas de seu rebanho a Abimelec, rei de Gerar, como prova de
que o patriarca havia cavado o poo de Berseba, servindo, portanto, de comprovao do pacto
que haviam feito para cessar a contenda que havia entre eles. Encontramos, tambm, em algumas
passagens na histria de Israel, fatos que serviam de prova para o povo como o altar construdo
pelas tribos de Ruben, Gade e a meia tribo de Manasss (Js.22:34) ou a pedra que serviu de prova
do pacto renovado por Israel na velhice de Josu (Js.24:27).
Dentro desta idia de prova, declarao e depoimento, o texto bblico chamou deTestemunho o contedo do interior da arca do concerto (Ex.16:34; 25:16,21). A importncia do
Testemunho era tanta que a prpria arca foi chamada, por vezes, de arca do testemunho (Ex.
25:22; 26:33,34; 30:6,26; 31:7; 39:35; 40:3,5,21; Nm.4:5; 7:89; Js.4:16).
Este testemunho que havia na arca eram as tbuas de pedra que reproduziam o declogo
de Deus. (Ex.31:18; 32:15; 34:29; 40:20; Lv.16:13; Nm.17:10), ou seja, o testemunho era algo
que pudesse ser visto e observado, uma prova de algo. Este testemunho era to importante que
no s a arca passou a ser chamada de arca do testemunho, como tambm o prprio
tabernculo foi chamado de tabernculo do testemunho (Ex.38:21; Nm.1:50,53; At.7:44) ou
tenda do testemunho (Nm.9:15; 17:7,8; II Cr.24:6), como tambm o vu que separava o lugar
santo do lugar santssimo de vu do testemunho (Lv.24:3).
Tambm passou a ser chamado de testemunho a cpia da lei que Moiss deixara para o
povo (Dt.31:9), mais precisamente a cpia da lei que deveria estar diante do rei (Dt.17:18,19),
como se verifica nos dias de Jos (II Rs.11:12; II Cr.23:11). Passou-se, ento, a se chamar de
testemunho a prpria lei como um todo, como se v no Sl.19:7; 78:5; 119:88 e tambm em
Is.8:16,20.Testemunho, portanto, um sinal, uma prova da Lei do Senhor, uma demonstrao,
uma comprovao de que Deus havia dado Sua Lei ao povo e que tal Lei devia ser cumprida. V-
se isto claramente na profecia de Isaas, em que o Senhor convida os Seus discpulos a no
seguirem os caminhos tortuosos dos mpios, mas, sim, a temer a Deus, a fazer o que Lhe era
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agradvel (Is.8:11-22). Os discpulos so aqueles que tm como sinal a lei do Senhor, aqueles que
tm testemunho, que so provas visveis da santificao e do temor a Deus.
No , portanto, surpreendente que o Senhor Jesus tenha se referido ao
testemunho como prova, como sinal. Ao curar o leproso, Jesus mandou que fosse apresentar aoferta segundo
12
a lei de Moiss, para que isto lhe servisse de testemunho, ou seja, de prova de que havia sido
purificado (Mt.8:4; Mc.1:44; Lc.5:14). Tambm disse que Seus discpulos seriam testemunho
perante governadores e reis e perante os gentios (Mt.10:18; Mc.13:9; Lc.21:12,13), bem como
que o prprio Evangelho seria testemunho para todos os povos, e enquanto isto no ocorresse
no terminaria a dispensao da graa (Mt.24:14).J no Novo Testamento Jesus afirma que Seus discpulos devem ser sinal da salvao e
da transformao operada pelo evangelho para os gentios, ou seja, para as naes, para o mundo.
Jesus deu testemunho aos homens e por isso pode exigir que Seus discpulos dem
testemunho da verdade. Em Seu ministrio terreno, Jesus sempre mostrou que era varo
aprovado por Deus (At.2:22), tanto que Seus inimigos procuraram, em vo, algum testemunho
contra Ele (Mc.14:55).
O testemunho de Jesus, quando aceito, confirma que Deus verdadeiro (Jo.3:33; I
Jo.5:10) e que, por isso, proporciona salvao aos homens (Jo.5:34). O testemunho de Jesus, alm
de verdadeiro, bom (Jo18:23; I Tm.6:13) e o objetivo da vinda de Jesus ao mundo era dar
testemunho da verdade (Jo18:37). Jesus testemunhou com seu exemplo de uma vez para sempre,
que a verdade e o amor prtico so sem sombra de dvida um dos princpios bsicos do
cristianismo. Jesus fez mais que ensinar sobre a verdade e o amor; Ele viveu-os. E sobre isso Ele
nos ensina a amar no apenas por palavras, mas de maneira prtica tendo amor e interesse para
com todos e tambm para com os que so desprezados e odiados. Em relao a isto, John Stott
disse:
Jesus de Nazar movia-se de compaixo ao ver as necessidades dos
seres humanos, fossem eles enfermos, enlutados, famintos, atormentados
ou desamparados. No deveria a compaixo do seu povo nascer das
mesmas motivaes?
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Os discpulos de Jesus como so Seus imitadores (I Cor.11:1), tambm devem ter este
bom testemunho, um testemunho verdadeiro, prtico. Ser discpulo de Jesus ter o
testemunho de Jesus Cristo (Ap.12:17). Ter o testemunho de Jesus Cristo, ou seja, ter o sinalde Jesus seguir os Seus passos, viver como Ele viveu, amando sem distino e vivendo a
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verdade, a sensibilidade, o despojamento, a caridade prtica.
Testemunhar Jesus amar o prximo como a ns mesmos, no apenas dizer que
amamos, mas tomarmos atitudes reais que demonstram o nosso amor pelo outro (I Jo.3:17-19),
guardando, assim, os mandamentos da Lei do Senhor (I Jo.3:24).
O testemunho nasce pela f, mas transmitido por atos e gestos que demonstram que apessoa efetivamente uma pessoa salva, uma pessoa justa, uma pessoa caridosa. A primeira
pessoa a alcanar este testemunho foi Abel (Hb.11:4), testemunho este demonstrado pelo
sacrifcio que ofertou a Deus, porque seu sacrifcio revelou sua f em Deus, o reconhecimento de
que Deus era o seu Senhor e que s nEle havia possibilidade de salvao.
O testemunho nada mais que a expresso do amor Palavra do Senhor (Ap.1:2,9; 6:9;
12:11,17). O testemunho caracteriza-se, pois, pela prtica de atos que so agradveis a Deus, que
demonstram obedincia e reconhecimento da soberania do Senhor sobre o homem. No
possvel ter o testemunho de Jesus Cristo sem que se passe a viver como Ele, sem que se faa
aquilo que o Senhor tem ordenado na Sua Palavra. Testemunho no algo que seja declarado ou
anunciado pelo seu portador, pois o que se teria seria a auto glorificao. O testemunho algo
que no vem da pessoa que o tem, mas que reconhecido por todos os que o vem. Por isso,
Jesus recebeu o testemunho da parte de Deus (Jo.5:31,32), como tambm da parte dos profetas
(Jo.5:33; At.10:43) e at mesmo de Seus discpulos (Jo.19:35).
Por isso, vemos que o verdadeiro discpulo de Jesus reconhece que seu testemunho dado
por Deus (At.13:22; 15:8) e pelos homens (Mt.5:16; At.11:26; 16:2; 22:12) e no se diz portadorde bom testemunho. Os discpulos tm de ser chamados cristos, ou seja, semelhantes a
Cristo, parecidos com Cristo, pequenos Cristos, imitadores de Cristo.
O testemunho cristo se trata de uma vida exemplar, de boas obras, a fim de que as
pessoas em geral possam ver no cristo o cumprimento daquilo que Jesus ensinou de maneira que
o testemunho do cristo no seja apenas o que ele fala, mas o que ele faz. preciso haver uma
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harmonia em tudo o que falamos e fazemos, e isso pode ser confirmado em I Pd, 1:15 : Mas,
como santo aquele que vos chamou, sede vs tambm santos em todo o vosso procedimento.
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II - A IMPORTNCIA DO TESTEMUNHO CRISTO
necessrio que cada cristo se torne verdadeiro discpulo do Senhor, ou seja, sua
testemunha, sinal visvel do poder transformador do Evangelho na criatura humana.
Como testemunhas do Senhor Jesus, passamos a ser luz do mundo e sal da terra epodemos ser chamados pelo mundo de cristos, ou seja, parecidos com Cristo, semelhantes
a Cristo, imitadores de Cristo.
A fim de ressaltar a importncia do Testemunho Cristo, o Senhor Jesus tomou por base
dois elementos comuns em seus ensinamentos: o sal e a luz. Neste sentido, o sal fala do nosso
carter e a luz fala do nosso testemunho, notando-se que Cristo falou primeiro do sal da terra e
depois da luz do mundo para compreendermos que o carter precede o testemunho. No evangelho
de Mateus 5: 13-16, Jesus disse estas palavras que no podemos esquecer:
Vs sois o sal da terra. Mas se o sal se tornar inspido, com que se h de
salgar? Para nada mais serve seno para ser lanado fora e pisado
pelos homens. Vs sois a luz do mundo. No se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte. Nem se acende uma lmpada e se
coloca debaixo de uma vasilha, mas no candelabro, e ilumina a todos os
que esto na casa. Assim brilhe tambm a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso pai que est nos
cus.
Sem dvida que esta parbola de Jesus traz um grande ensinamento para os cristos, e ela
pode e deve ser aplicada aos nossos dias. O nosso testemunho necessita ter uma ligao com a
obra social podendo ser uma grande luz diante da sociedade, e tambm sal que tempera a
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sociedade e cura as suas feridas, provocadas por tanta indiferena e injustia. STOTT afirma
que:
A lmpada no produz efeito algum se for colocada debaixo da cama ousob a tigela; tambm o sal de nada adianta se continuar dentro do
saleiro.Os cristos, semelhantemente, ao invs de afastar-se da
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sociedade, retirando-se para um lugar onde no conseguem afet-la,
devem mergulhar nela. A sua luz tem de brilhar, a fim de que se vejam
as suas obras.
O que John Stott, quer dizer ao escrever isto , que ns cristos, temos que ser abertos aos
problemas que afetam a nossa sociedade, assim como Jesus foi ao tempo de seu ministrio
terreno e no nos podemos fechar em nosso prprio mundo e igrejas, criando um isolamento,
alienando-nos, dos problemas da sociedade. No devemos esquecer que somos chamados a ser
como luz e sal no mundo onde vivemos, afinal ser testemunha de Jesus viver o amor prtico.
De que adianta eu falar para o irmo com fome ide e fartai-vos e no lhe der o alimento? Que
amor este? Um amor apenas de palavras no convence e no ajuda ningum.
sabido que o sal possui vrias caractersticas e a partir da possvel fazer um paralelo
com a vida do cristo que testemunha Jesus. O sal uma substncia com propriedades
importantes, assim sendo Jesus a utilizou para exemplificar a importncia do papel dos seus
discpulos. O sal tem a propriedade de conservar e preservar, evitando, portanto, a deteriorao,
sendo, por sua cor alva, figura da pureza. O sal produz sede. O cristo, como sal, tem sede de
Deus e cria sede espiritual nos outros, causando o desejo de ser de Deus, de am-Lo e t-Lo como
Senhor da vida. o caso de Filipos clamando:Senhores! Que necessrio que eu faa para me
salvar?(At 16:30).O sal, antes de ser aplicado, visvel, mas ao comear a agir, temperando,preservando, torna-se invisvel. O sal age invisivelmente, mas sua ao claramente sentida.
Neste aspecto, podemos ainda refletir sobre a necessidade de testemunharmos Jesus para que Ele
aparea, para que ele seja glorificado e no ns.
Ser sal , na verdade, manter-se annimo, invisvel e imperceptvel ao olho nu. Com
efeito, o sal, na maioria das vezes, no visto embora esteja ali presente. O verdadeiro cristo
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parmetros de nosso comportamento, para sabermos se, efetivamente, temos sido discpulos do
Senhor ou se, ao contrrio, temos sido apenas motivo de escndalo, obstculos propagao do
Evangelho e salvao das almas. Os cristos devem ser semelhantes a Cristo. Jesus disse que
devemos ser a luz do mundo, mas Ele prprio disse que era a luz do mundo (Jo.8:12; 12:46).Ao dizer que somos o sal da terra, o Senhor tambm nos identificou a Ele, j que o sal
era o elemento presente em todas as ofertas apresentadas ao Senhor (Lv.2:13), de modo que no
17
se tratava de smbolo, seno de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo.1:29).
Ser luz do mundo iluminar o mundo fazendo resplandecer a luz do Evangelho de
Cristo (II Cor.4:4), o que somente se faz quando praticamos a verdade, quando temos um
comportamento de total submisso s Escrituras (II Cor.4:2). Quando vivemos conforme aPalavra de Deus, os homens vem que estamos na luz e identificam que somos filhos de Deus e,
por isso, glorificam ao nosso Pai que est nos cus, pois sabem que nossas obras so boas
(Mt.5:16).
Ser luz do mundo ainda ter comunho com Deus, o que significa viver sem pecar e,
se pecarmos por acidente, pedirmos imediatamente perdo a Deus e a quem ofendermos, como
tambm termos comunho uns com os outros, com a famlia de Deus (Ef. 2:19), pois s assim
teremos condio de estar debaixo do poder purificador do sangue de Cristo (I Jo.1:5-7).
Ser luz do mundo produzir energia. O cristo verdadeiro traz nimo e estimula os
demais a buscar a Deus, a temer a Deus. Quando o cristo vive uma vida de sinceridade, todos
que esto sua volta percebem a sua condio de santo homem de Deus (II Rs.4:9) e, por isso,
passam a desejar a sua companhia, ainda que inconscientemente, pois todo homem tem dentro de
si um vazio, uma saudade de Deus porque na verdade veio de Deus e tem como fim o prprio
Deus.. Muitas pessoas tm entregado suas vidas a Cristo porque um dia foram tocadas pelo
testemunho destas luzes do mundo que esto espalhadas por este mundo afora brilhando e
fazendo a diferena (Fp.2:15). O verdadeiro cristo uma testemunha de Cristo que, revestida depoder, leva multides aos ps do Senhor com o seu exemplo (I Pe.2:21).
Ser luz do mundo, tambm, manter-se annimo, pois, em verdade, quando brilhamos,
no fazemos aparecer a nossa imagem, pois somos apenas espelhos (II Cor.3:18), luzeiros
(Fp.2:15), que esto a refletir a imagem de Cristo, o nico que deve aparecer e ser glorificado.
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Ser sal da terra dar sabor ao ambiente onde vivemos. O sal d sabor, faz com que o
alimento se torne gostoso, temperado e agradvel. Como cristos, devemos tornar o lugar onde
estamos agradvel, apetitoso, equilibrado, irradiando paz, tranqilidade, ternura, confiana,
pureza, equilbrio e moderao. Ser sal da terra , tambm, trazer calor humano,solidariedade e amor ao lugar onde estamos e s pessoas com as quais nos relacionamos. Ser sal
da terra conservar o ambiente onde se encontra, preservar a sua qualidade. O cristo, onde
quer que se encontre, precisa ser um instrumento da resistncia do Esprito Santo contra o mal,
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contra a corrupo, contra a degenerao total deste mundo (II Ts.2:7). Se o mundo ainda no foi
destrudo de vez porque ainda existem muitos cristos que vivem realmente como o sal da
terra, e com isso formam o Corpo de Cristo, que a Igreja.Ao apresentar estas duas figuras para indicar qual deve ser o comportamento da Igreja,
Jesus simplesmente est a Se apresentar como o modelo desta Igreja, nos ensinando que ser luz
e ser sal afirmar que h uma contradio, uma oposio entre o modo de viver da Igreja e o
modo de viver do mundo. o que afirma BARRETO:
A realidade que o Reino de Deus e o mundo so distintos, como
luz e trevas, porm esto relacionadas uma com a outra: de um lado, a
decomposio; do outro, a preservao; de um lado, a escurido; dooutro, a iluminao. O efeito preservador faz cessar a decomposio e a
iluminao faz enxergar na escurido.
Dizer que a Igreja a luz do mundo afirmar que ela se ope ao mundo, que
considerado como trevas (Is.9:2; 59:9; Jo.1:5; 3:19; Rm.13:12; II Cor.6:14). Ser luz do mundo,
como explica Jesus, praticar boas obras, conduzir-se com verdade (Jo.3:20,21). O mundo,
porm, que est no maligno (I Jo.5:19), no pratica a verdade, pois est sob o domnio do pai da
mentira (Jo.8:44) e, por isso, suas obras so ms.
Esta oposio que existe entre a Igreja e o mundo no permite que haja qualquer
possibilidade de comunho, de contato entre a luz e as trevas. Onde h luz, as trevas se dissipam;
onde a luz se apaga, as trevas dominam. No pode o cristo verdadeiro e genuno ter a forma do
mundo, portar-se como o mundo se porta, pois no possvel qualquer conciliao entre luz e
trevas (II Cor.6:14b).
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De acordo com o ensinamento do prprio Jesus, somos a luz do mundo e no h
comunho entre luz e trevas. Ter uma linguagem e uma estratgia de evangelizao para se fazer
compreendido pelos pecadores em absoluto significa viver como os pecadores, mas, sim, viver de
maneira sbria e justa no mundo em que vivemos, para que os homens incrdulos percebam adiferena que h entre a luz e as trevas (Tt.2:11,12).
A Igreja luz e est no mundo, embora no seja do mundo. Como j foi mencionado
anteriormente o cristo no pode portar-se de acordo com os modelos que o mundo ensina, mas
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precisa estar no meio de judeus e gentios, sem que compartilhe os seus valores e crenas, sem que
assuma o seu modo de viver. O cristo diferente, mas tem de estar no meio destas pessoas, semo que a Igreja no cumprir o papel que lhe foi destinado pelo Senhor, o papel de viver um amor
prtico, ajudando o prximo em seu processo de converso, no fazendo distino de pessoas e
nem tampouco desviando a nossa ateno dos mais desfavorecidos e necessitados. STOTT diz:
claro que Ele se interessa por estas coisas, mas somente se estiverem
relacionadas com toda a nossa vida. De acordo com os profetas do
antigo testamento e os ensinos de Jesus, Deus muito crtico quanto
religio que se limita a cerimnias religiosas divorciadas da vida
real, do servio em amor e da obedincia moral que brota do corao.
Manter o equilbrio e estar no centro da vontade do Senhor tem sido um constante desafio
da Igreja ao longo da sua histria. Se o cristo esconde a luz por causa do desamor, da
indiferena, da auto suficincia, do egosmo, da hipocrisia, torna-se escravo da mentira, logo, um
sal inspido, sem sabor, sem poder de conservao, para nada mais servindo seno para ser
lanado fora e pisado pelos homens. O resultado uma srie de escndalos que servem paradesacreditar a mensagem do Evangelho aumentando ainda mais as trevas e a corrupo. Cabe ao
cristo viver um testemunho prtico colaborando tambm, como sinal da presena do Senhor,
com aes sociais que tm como objetivo devolver a dignidade dos filhos de Deus, promovendo
obras de misericrdia e contribuindo para a qualidade de vida de tantas pessoas que vivem de
forma desumana.
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A ao social pode ser uma ponte para a evangelizao. Ela pode
destruir preconceitos e desconfianas, abrir portas fechadas e ganhar
a ateno do povo para o evangelho. O prprio Jesus algumas vezesrealizou obras de misericrdia antes de proclamar as boas Novas
do Reino... se ns fechamos os olhos para o sofrimento, a opresso
social, a alienao e solido das pessoas, no podemos nos surpreender
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quando elas fecharem os ouvidos nossa mensagem de salvao
eterna.1
Esta afirmao apresenta a realidade de muitas das nossas igrejas. As pessoas querem ver
mais do que palavras, pois muitas j esto desesperanadas, desconfiadas e fartas de promessas
de homens. As pessoas necessitam ver acontecer algo de diferente, que no seja s falar.
A ao social e a evangelizao so como as duas lminas de uma
tesoura, ou como as duas asas de um pssaro. Esta relao pode ser vista
claramente no ministrio de Jesus, que no somente pregou o evangelho,
mas alimentou os famintos e curou os enfermos. No ministrio de Cristo, o
kerygma (proclamao) e a diakonia (servio), caminhavam de mos
dadas. Suas palavras expunham suas obras, e suas obras dramatizavam
suas palavras. Eram ambas as expresses de sua compaixo pelas
pessoas. Assim tambm ambas deveriam expressar o seu amor. Ambas
emanam do senhorio de Jesus, pois Ele nos envia ao mundo tanto para
pregar como para servir.2
Isto nos ensina que os cristos no podem ficar somente, por pregar o evangelho s
pessoas, necessrio tambm estar disposto a servir. Uma coisa sem a outra no funciona,
mesmo que falemos muito bem. Se as pessoas no virem atos, de pouco vai servir o que falamos.
1 Comisso de Lausanne, Evangelizao e responsabilidade social, v.2. Pg. 21.2 Comisso de Lausanne, Evangelizao e responsabilidade social, v.2. Pg. 21.
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Se ns proclamamos as Boas Novas do amor de Deus, precisamos
ento manifestar seu amor, servindo aos necessitados. E, de fato, a
relao entre proclamao e o servio to intima que eles acabam se
justapondo.3
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At hoje, Jesus Cristo foi o maior e melhor evangelista que existiu, e realmente ns temos
muito para aprender com Ele. Ele testemunhou o amor e a compaixo de Deus atravs da sua
maneira de viver. Talvez seja mais fcil pregar as boas novas, do que servir aos mais
necessitados, mas se as pessoas sentirem que os seus problemas e dificuldades sociais no soimportantes para os que pregam, deixar ento de haver essa relao entre o servio e a
proclamao, e a pregao do cristo no produzir frutos. preciso, portanto que o evangelho
anunciado seja prtico e no somente, terico e religioso.
Tanto a evangelizao pessoal, quanto o servio pessoal, so
expresses da nossa compaixo. Ambos so formas de testemunhar de
Jesus Cristo, ambas deveriam surgir de relaes sensveis s
necessidades humanas.4
Necessitamos de ser pessoas relevantes na comunidade onde vivemos, e onde nossas
igrejas esto situadas, a fim de que as pessoas possam conhecer-nos pelo que dizemos e fazemos,
e no somente pelo que dizemos. Que nossos vizinhos, parentes, amigos, colegas de estudo e
trabalho possam ver em ns um foco de luz, e uma poro do sal, onde eles possam ver e sentir
o amor de Deus.
Se somos sal da terra, certo que estabelecemos uma comunho entre o nosso falar e onosso agir, sendo um instrumento de resistncia e, embora no possamos consertar o mundo,
pelo menos um pouco de moralidade, pureza, amor, esperana, qualidade de vida e santidade
levaremos ao ambiente, pois, se somos sal da terra, no permitiremos a deteriorao total do
ambiente e com certeza seremos sinal da presena de Deus onde quer que estejamos.
3 Comisso de Lausanne, Evangelizao e responsabilidade social, v.2. Pg. 22.4 Comisso de Lausanne, Evangelizao e responsabilidade social, v.2. Pg. 39.
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justo e necessrio vivermos o evangelho com uma alta qualidade de vida e testemunho
cristo, dentro de todas as esferas de nosso convvio e relacionamentos, ou seja, preciso ser
cristo em todos os tempos e em todos os lugares, uma vez que no so poucos os casos de
cristos que adotam um procedimento na igreja e outro fora dela.Os cristos devem viver neste mundo como verdadeiros peregrinos, e como tal eles no
devem viver de acordo com a sociedade em geral nem se deixarem influenciar pela sua tendncia
22(Rom. 12:2b). A justia social um modo claro de vida daqueles que buscam a cada dia viver a
"boa, agradvel e perfeita vontade de Deus" para as suas vidas. Como os cristos podero
anunciar com poder a justia do Reino se eles mesmos no viverem na vontade de Deus?
III - O TESTEMUNHO CRISTO NA FAMLIA, NA SOCIEDADE E NA IGREJA.
Muitos declaram que a famlia o lugar mais difcil de ser cristo. de fato o lugar onde
alguns cristos, em virtude da privacidade, acabam tirando a mscara e mostrando quem
realmente so.
Eis algumas condutas que denigrem o bom testemunho cristo na famlia: maridos que
maltratam esposa e filhos, maridos que no do sustento famlia por pura acomodao, maridos
que vivem de aparncia enquanto falta o sustento bsico para a esposa e os filhos; esposas queafrontam e desrespeitam os maridos, esposas que negligenciam a criao e a educao dos filhos,
esposas que vivem fofocando ou reclamando da vida; filhos insubmissos aos pais; filhos cujos
pais acobertam os seus erros; vocabulrio inadequado dentro de casa; brigas constantes diante dos
filhos; locao de filmes e acessos a sites pornogrficos.
Muitos cristos em meio sociedade ps moderna vivem se deixando influenciar pelas
atitudes do mundo ao invs de influenciarem o prximo para a realizao da vontade de Deus.
possvel notar algumas evidncias deste fato: lderes cristos se vendem e vendem a igreja para
polticos corruptos, patres cristos exploram seus empregados com salrios pequenos, visando
lucros maiores, empregados cristos que na ausncia do patro ou chefe imediato no produzem,
professores e alunos cristos que se vestem e comportam-se inconvenientemente nas escolas e
faculdades, cristos que compram e que vivem de calote em calote, cristos que no honram os
compromissos assumidos.
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Os cristos, em muitos lugares, j perderam o crdito moral e tico, devido ao mau
testemunho de alguns. preciso analisar se o testemunho proferido pelo cristo lhe d autoridade
para falar de Jesus onde assume seu ministrio, trabalha ou estuda.
Existem pessoas, sejam lderes, pregadores, cantores, congregados ou membros que nemna igreja conseguem esconder a falta de carter cristo, uma vez que agem semeando contendas e
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sendo irreverentes, fofoqueiros, grosseiros, constantemente insatisfeitos, autoritrios,
desobedientes, arrogantes, mentirosos, arruaceiros, indecentes, injustos, egostas...
H situaes em que no d para acreditar que a pessoa nasceu de novo, pois a mesma
apresenta um comportamento convencido e no convertido.
Infelizmente, milhares de pessoas que se dizem cristos contribuem para denegrir aimagem da Igreja e macular a credibilidade do Evangelho de Jesus, pois pregam um
comportamento e vivem outro. A falta de testemunho por parte dos cristos tem sido um dos
principais fatores para o progresso da maldade e para a implantao do ambiente propcio ao
surgimento do Anticristo. Assim, quando no damos testemunho, alm de no fazermos
diferena, transformamo-nos em instrumento do pecado e do mal.
A Bblia nos exorta a vivermos de uma forma que agrade e glorifique ao Senhor: Assim
resplandea a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso
Pai, que est nos cus (Mt 5:16).
Portai-vos de modo, que no deis escndalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem
igreja de Deus. (I Cor 10:32)
Para que sejais irrepreensveis e sinceros, filhos de Deus inculpveis no meio duma
gerao corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo (Fp 2:15).
Nos dias de hoje, em muitos lugares, comum ouvir que o cristo deve fazer a
diferena, querendo, com isso, dizer que o cristo deve se sobressair no meio das demais
pessoas, j que filho de Deus e tem a vida eterna.Quando, porm, analisamos o que o testemunho cristo, qual a finalidade pela qual o
Senhor nos quis fazer Suas testemunhas em todos os lugares do mundo (At.1:8), compreendemos
que o cristo deve, mesmo, fazer a diferena entre os demais seres humanos que o cercam
porque, de fato, o cristo uma pessoa diferente. o que refora LEITE, quando diz:
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o cristo deve ser algum com uma mentalidade diferente, cuja
postura diante da vida difere, em toda a sua extenso, daquele que no
tem a mente de Cristo. Se no for assim, ento o cristianismo no ser
algo realmente fundamental. Mas, na verdade, assim. Quandoessa
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verdade foi crida e vivida pela igreja, a histria mudou; quando crida
e vivida por um cristo, a sua histria muda. E quando a igreja se
esquece disso, degenera-se em um exerccio mstico impotente
Sempre que os cristos assumem o seu dever de serem pedras vivas, de serem
testemunhas de Cristo Jesus, h uma influncia no mundo, pois o cristo, enquanto luz do mundo
e sal da terra, promove, a um s tempo, a dissipao das trevas e a conservao do que santo e
louvvel, com a cura das chagas e mculas trazidas pelo pecado e pelo mal.
Ao longo da histria da humanidade, toda vez que os cristos efetivamente se tornaram
testemunhas de Jesus, o mundo, mesmo sem ter aceitado a Cristo como nico e suficiente Senhor
e Salvador, em sua totalidade, experimentou uma modificao, uma mudana para melhor em
suas estruturas, em todos os aspectos.
O progresso da maldade e do pecado a que hoje assistimos o resultado do esfriamento
do amor de quase todos os cristos (Mt.24:12), ou seja, do desvio espiritual deliberado de muitos,
cuja luz se apagou, cujo sal se tornou inspido. Assim, em vez de serem testemunhas de Jesus,
passam a ser veculos de escndalos, gerando descrena e incredulidade. Sabemos que isto
cumprimento de profecia, sinal dos tempos, mas no porque h estes filhos da perdio, que
nos deixaremos contaminar. Ainda h tempo e lugar para que espalhemos a luz do Evangelho de
Cristo (I Co.4:1-6), para que produzamos o fruto do Esprito, para que salguemos este mundocom a s doutrina. No podemos desfalecer, pois sabemos que, no tempo certo, ceifaremos
(Gl.6:9).
Apesar dos tempos trabalhosos em que vivemos, os relatos da Igreja so animadores, pois
Jesus o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb.13:8) e continua a operar como nos tempos antigos ou
nos momentos de avivamento da histria da Igreja. O testemunho de Jesus continua gerando
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transformaes, produzindo mudanas no s na vida do homem interior, mas, tambm, na
sociedade como um todo. Muitos cristos tm buscado se unir para ser testemunhas do Senhor
Jesus, partindo para a humilhao, orao, busca da face do Senhor e converso dos seus maus
caminhos, a fim de obter a bno da parte de Deus para suas comunidades e naes (II Cr.7:14).GALLARDO ressalta:
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Como tudo mudou desde os tempos da igreja primitiva! Ser cristo
naqueles dias significava a morte por confessar que Jesus, e no Csar,
era o Senhor! A histria da igreja a histria do mundo. Um mundo deinjustias e guerras, de corrupo e dio, de mal e misria de vidas que
no sabem o que significa amar a Deus. Mas h sinais de mudana.
Hoje em dia fala-se em retornar as razes, de renovao da igreja, de se
plantar justia e perdo. As pessoas desejam criar comunidades de
esperana onde podero viver num mundo melhor... se h alguma
esperana para o mundo, ela deve ser encontrada no meio do povo de
Deus... Cristo no tenciona criar massa de pessoas religiosas, crentes,
que, no vivem diariamente a mensagem da salvao e justia do
evangelho! No, Ele quer pequenos ncleos onde a paz de Deus
respirada profundamente, onde a entrega de nossas vidas real, onde o
servir e o amor emanem de nossos coraes...Vamos criar comunidades
onde a justia de Deus seja vivida diariamente; onde no haja diferena
entre os ricos e os pobres...Nestas comunidades os que governam so os
que servem.
Se os cristos agirem desta forma, faro a diferena e o mundo vai encarar que Deus real
e que a mensagem do evangelho pode se concretizar.
Para que faamos a diferena, precisamos, acima de tudo, ser diferentes. Ser diferente
ser pedra viva, ser testemunha de Jesus, uma testemunha que no pode ser comprometida
com o mundo, alheia ao senhorio de Cristo, hipcrita, falsificadora da Palavra, interessada em
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coisas desta vida. Uma testemunha no pode estar presa s circunstncias da vida, mas como
prova de Deus, tem de superar o tempo e todas as demais circunstncias.
A beleza do testemunho cristo est, precisamente, nesta capacidade, vinda do cu, para
que homens e mulheres simples consigam remover, com sua simplicidade e sinceridade, as maisfortes e arrogantes estruturas injustas e pecaminosas.
As testemunhas de Jesus Cristo, cheias do poder do Esprito Santo, so capazes de encher
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da s doutrina o ambiente em que vivem (At.5:28), tendo como compromisso nico o de
obedecer a Deus (At.5:30), no temendo nem a morte nem o sofrimento, pois consideram um
privilgio padecer afronta por causa do nome de Jesus (At.5:41).
IV - OBJETIVOS DO TESTEMUNHO CRISTO
Refletindo sobre a importncia do testemunho cristo, podemos enumerar alguns
objetivos que o cristo necessita atingir:
1. Comportar-se diante da sociedade como a nova criatura que de fato : necessrio
que o cristo torne conhecidas as mudanas realizadas em sua vida, por intermdio da ao do
Esprito Santo, sem, contudo almejar a auto glorificao. Atravs do testemunho, o cristo
demonstra sociedade que uma nova criatura e j no mais o mesmo, e que sua vida foi
transformada em Cristo Jesus (Rm 8:1; II Cor 5:17).
2. Contribuir com o processo de evangelizao: Sem sombra de dvida, o cristo
evangeliza atravs do seu testemunho pessoal, testemunhando com suas aes a transformao
operada por Jesus Cristo. Sua prpria vida j um testemunho vivo do poder de Deus agindo em
sua histria. Se mantivermos um bom testemunho dirio, estaremos propagando, com eficcia, o
poder do Evangelho que o poder de Deus para salvao de todo aquele que cr, conforme Rm
1:16.
O cristo necessita colaborar a cada momento com o projeto do Reino de Deus. Precisa se
unir comunidade para testemunhar e concretizar o projeto iniciado por Jesus Cristo.
Assim sendo, os cristos precisam estar sempre em estado de misso, colocando em
prtica a Palavra de Deus, no perdendo de vista o foco principal que a presena e a atuao
viva de Jesus ressuscitado.
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Percebe-se que diante da atual realidade social, a violncia e a excluso generalizada
surgem o desnimo e um clima de cansao, o que muitas vezes nos faz perder o rumo do nosso
caminho, e nos mergulhamos numa vida escura com a realizao de atividades quase sem
sentido. interessante, porm, no perdermos a sensibilidade da presena de Cristo ressuscitadoE de seu Esprito Santo que nos direciona, nos consola, nos fortalece e nos capacita em nossa
caminhada. O Esprito Santo jamais nos abandona quando nos decidimos a caminhar na estrada
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de Jesus.
Os frutos que colhemos em nossa misso de evangelizar so resultado da confiana e do
amor que temos para com Cristo. Mesmo diante das dificuldades no podemos nos deixar vencer,pois quanto mais desanimados, tristes, frustrados e sem perspectivas, menos frutos colhemos de
nossas atividades.
Dar testemunho de Jesus Cristo no uma misso fcil e pode levar ao sofrimento, ao
mesmo caminho percorrido por Ele. Muitos cristos so at torturados e mortos por viverem e
cumprirem sua misso de forma corajosa e determinada. No podemos jamais ser omissos, pois a
omisso impede o cumprimento dos objetivos concretos do Reino de Deus.
3. Dar glrias a Deus: atravs do testemunho cristo, que os homens podem glorificar
a Deus. Jesus disse: Assim resplandea a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que est nos cus.(Mt 5:16).
Dar glrias a Deus demonstrar atravs de suas atitudes o poder do Senhor e
compreender as razes porque devemos ser testemunhas de Jesus: por amor a Deus, por amor s
pessoas, por obedincia, para seguir o exemplo de Jesus e para exalt-Lo.
Quando amamos a Deus e as pessoas, quando obedecemos ao Senhor buscando viver
amorosamente como Jesus, vinculamos nosso corao ao do Senhor. Desejamos o que Ele deseja
e trabalhamos em favor de Sua obra no mundo. Que maior glria podemos dar-Lhe? Toda nossavida a seu servio deve ser entregue com amor. uma questo de atitude, de renncia a ns
mesmos que termina, s vezes inesperadamente, por gerar muitssimos mais frutos do que
tnhamos sonhado alcanar por nossas prprias foras.
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A fecundidade do nosso testemunho depende de amor e obedincia a Deus e aos
ensinamentos de Jesus Cristo. Isto cria entusiasmo e alegria no servio aos irmos, superando
uma f morna demais, fazendo renascer o profetismo em nosso tempo.
Ao superar uma f morna, o cristo convidado a purificar o seu corao dos mausinstintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo. Compreende que a felicidade verdadeira no
est nas riquezas ou no bem estar, nem na glria humana ou no poder, nem em qualquer obra
humana, mas apenas em amar a Deus e glorific-lo, pois Ele a fonte de todo bem e de todo
amor.
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Acredito firmemente que o cristo precisa ter uma f firme, concreta, diferente. Paulo, na
segunda epstola aos Corntios, conclama a sermos o bom perfume de Cristo, que exala cheirode vida, diferente dos descrentes, que possuem cheiro de morte (II Cor 2:15-16).
V - QUAL DEVE SER A ATITUDE DO CRISTO NO MUNDO?
A palavra atitude, segundo o Dicionrio Novo Aurlio, refere-se ao modo de proceder
ou agir, ao comportamento referente determinada situao.
A nossa vida feita de atitudes que revelam quem somos.
Em relao vida crist, temos que tomar atitudes, e so essas atitudes que vo
determinar a nossa relao com Deus, com a igreja, com ns mesmos e com o mundo.
A palavra de Deus, como regra de f e prtica do cristo, descreve os princpios divinos
que direcionam e guiam a vida do cristo, independente de sua cultura, status, poca, etc. (Sl
119:9,11,105; Jo 17:17).
Pode-se concluir, luz da Palavra de Deus, que o Cristo deve ter a atitude de no amar o
mundo (I Jo 2:15). A palavra mundo, neste texto, no se refere humanidade, e sim, ao sistema
corrompido e perverso que se volta totalmente quilo que da vontade de Deus. Como
testemunhas de Cristo no devemos amar as coisas deste mundo, tais como: a concupiscncia da
carne, a concupiscncia dos olhos e a soberba da vida (I Jo 2:16).
Uma outra atitude de fundamental importncia para a concretizao do verdadeiro
testemunho a do cristo no se conformar com o mundo (Rm 12:2): A expresso no vos
conformeis tem o sentido de no tomeis a forma ou no sejas igual. Em outras palavras, o
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apstolo Paulo estava dizendo que o cristo no deve tomar a forma do mundo, ou seja, no
deve andar de acordo com o modelo e os padres deste mundo.
H ainda uma outra atitude que o cristo deve adotar no seu dia a dia: no ser aliado do
mundo (Tg 4:4):O apstolo Tiago nos adverte que qualquer que quiser ser amigo do mundo,constitui-se inimigo de Deus. Ser amigo do mundo significa compartilhar com o modo de viver
deste mundo que jaz no maligno (I Jo 5:19).
Diante do exposto somos convidados a ter atitudes de f, esperana e caridade. Na carta
de Paulo aos Efsios (4: 1, 2, 17,18; 5:1, 2, 6, 7)recebemos o direcionamento para nossa misso29
como testemunhas de Cristo: Andeis como digno da vocao com que fostes chamados, com
toda a humildade e mansido, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com caridade.E digo isto, e conjuro no Senhor, para que no andeis mais como andam os pagos, na vaidade da
sua mente e com o entendimento obscurecido, separados da vida de Deus pela ignorncia que h
neles, pela dureza do seu corao. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados. E andai
em amor, como tambm Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por ns, em oferta e
sacrifcio a Deus, em cheiro suave. Ningum vos engane com palavras vs; porque estas coisas
atraem a ira de Deus sobre os filhos da desobedincia. Portanto, no sejais seus companheiros.
O cristo deve andar como sbio, portanto, vigiar cuidadosamente. O tempo presente
aponta para ao contnua de andar no como nscio, mas como sbio. Isso implica andar
diferentemente do mundo. Se o cristo deseja andar em santidade, deve evitar: a mentira (Ef
4:25), as blasfmias (Ef 4:31), a ira (Ef 4:26), as palavras torpes (Ef 4:29), a amargura (Ef 4:31),
a gritaria (Ef 4:31). Deve ainda andar como filho da luz (Ef 5:8), ou seja, andar com sabedoria,
em temor, nos Estatutos de Deus, pelo caminho do entendimento. Implica ainda andar no
Esprito, honestamente segundo o ensino bblico, espiritualmente vestido de branco, segundo a
vocao do Evangelho e de acordo com as leis do Esprito, como Jesus andou.
Jesus, diante de Pilatos, proclama que veio ao mundo para dar testemunho da verdade.O cristo deve declarar sua f em Jesus sem equvoco, onde quer que viva, pelo exemplo da vida
e pelo testemunho da palavra, manifestando o novo homem que , pelo Batismo, onde recebeu o
Esprito Santo que o revigorou.
Vale ressaltar que dar testemunho da verdade, declarando a f em Jesus, ser de fato um
cristo de atitude.
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Se voc no apenas precisa, mas quer mudar, ore mais e jejue tambm, se puder. Jesus
orou com agonia de alma, vezes seguidas no Getsmani, diante da dolorosa misso que deveria
cumprir (Mt 26:44a). Diz a Bblia: Orai sem cessar (1 Ts 5:17). Uma das razes para o
extraordinrio crescimento da igreja em quantidade e qualidade, em seus primrdios, foi a vidade orao dos cristos. Eles perseveraram nas oraes (At 2.42). A orao nos conduz a ser
luz do mundo e trazer no s iluminao, mas tambm calor para o mundo. A luz tambm
produz calor e necessrio que o cristo traga, ao mundo, fervor espiritual (Rm.12:11). Para
termos fervor espiritual, faz-se sumamente importante que vivamos uma vida de santificao, de
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orao e de jejum, para que sejamos vasos de honra na casa do Senhor e nossas palavras possamferver, atingindo os coraes (Sl.45:1). Uma vida de separao do pecado indispensvel para
que tenhamos fervor, que no se confunde com barulho nem tampouco com
emocionalismo ou movimentos carnais.
2. Vigilncia na orao: No texto bblico em estudo, temos o imperativo divino:
Perseverai em orao, velando nela com ao de graas. O termo velar, no original, significa
estar vigilante, estar alerta. Como faz a sentinela no seu posto. Velando nela quer dizer
estar alerta durante o perodo de orao, por causa dos ardis do Inimigo contra a orao. Tambmsignifica estar alerta na vida de orao. Em diversas referncias, a Bblia chama a ateno para o
valor da vigilncia e da orao, como em I Pe 4:7, vigiai em orao. preciso vigiar para que o
Diabo no nos trague (5:8); Em Efsios est escrito orando em todo tempo e vigiando nisso
com toda perseverana.
3. Orao e ao de graas: Um segundo elemento importante na orao, alm da
vigilncia, a ao de graas. Realmente, ns temos muito mais a agradecer a Deus do que a
lhe pedir. E Deus nos d muito mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3:20). Na prtica, porm, o
que ocorre o inverso. Sempre cai-se na tentao de pedir mais do que agradecer a Deus. Na
epstola de Paulo aos Colossenses, podemos encontrar seis referncias a ao de graas (1:3,12;
2:7;3:15.16,17) e cada uma delas contm uma lio.
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4. Anncio do mistrio de Cristo. Esse mistrio j houvera sido revelado por Paulo em
textos anteriores da carta; o mistrio que esteve oculto, mas que foi manifesto aos santos que
Cristo em vs, esperana da glria. O apstolo sabia quanto era difcil tentar levar a
mensagem aos perdidos. As razes porque difcil pregar o evangelho so vrias. Paulo distingueduas muito srias: I) O homem natural se ope a Deus (1 Cor 2:14; Rm 8.7); II) O Diabo
persegue de muitas maneiras, inclusive cegando os entendimentos (Ef 2:2; 2 Co 4:4). Diante
disso, s o Esprito Santo para convencer o pecador, cego, surdo e morto (Jo 16:8-11).
preciso clamar a Deus que nos conceda sabedoria para que saibamos como nos
convm falar.Paulo estava preso naquela ocasio, mas consciente do dever de continuar a pregar
32
a Palavra de Deus. O pedido que fizera aos Efsios (6:20) repetia aos Colossenses, para que Deuslhe manifestasse a forma conveniente de transmitir a mensagem da salvao. Manifestar
tornar claro, compreensvel, notrio, patente, pblico. E isso era o que o apstolo queria. Mesmo
estando encarcerado, no se conformava em guardar a mensagem para si. Desejava que, a partir
da priso, o evangelho fosse pregado na sua clareza, simplicidade e poder. Sem dvida, era uma
lio de coragem e f inabalveis do grande homem de Deus que foi Paulo (Sl 125:1).
Faz-se necessrio estar sempre preparado para explicar claramente o Evangelho (o plano
de salvao), como o exemplo do apstolo Paulo em I Corintios 15:1-4. Outro aspecto importante
falar sempre com clareza acerca da condio para a Salvao: F e arrependimento (Rm.10:9,
Atos 2:37-38), conscientizando as pessoas de que elas precisam tomar uma deciso urgente
diante do chamado de Cristo. (Atos 1:30 e 31). preciso ainda demonstrar a sua segurana em
Cristo, sua alegria na certeza da vida eterna (I Joo 5:10-12), no se deixando vencer pela
timidez e aproveitar todas as oportunidades para falar do Salvador (II Tim. 4:2).
5. Busca da sabedoria (4.5). Se os Colossenses no tivessem sabedoria concedida por
Deus, facilmente seriam levados pelos enganos dos falsos ensinos. Deus quem d sabedoria (Pv
2:6); bem-aventurado quem acha a sabedoria (Pv 3:13); o Sbio diz que a sabedoria coisa
principal (Pv 4.7). Os seguidores de Cristo so, na verdade, neste mundo, peregrinos e forasteiros
(Hb 11:13; 1 Pe 2:11). Esto no mundo, mas no so do mundo (Jo 15:19). preciso pedir
orientao e sabedoria de Deus para agir, falar, resolver problemas (Tiago 1:5 e 6 e 3:17), sendo
zeloso, honesto, tendo uma conduta moral sria, demonstrando cordialidade para com as pessoas.
(I Ped. 2:15-17), evitando contendas, brigas, discusses (II Timteo 2:14 e 15).
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6. Remio do tempo (Cl 4.5).
Ter tempo para Deus... Fala-se muito desta questo. Como que perante as exigncias da
vida (trabalho, casamento, filhos, estudos, lazer, trabalho e estudos, etc), consigo ter tempo para
Deus?Na verdade, temos tempo para Deus quando O amamos e quando sabemos o que ter
tempo para Ele. Mais do que am-Lo, a questo est, no meu entender, no saber como estar com
Ele.
A vida agitada. Temos de trabalhar, estudar, cuidar dos filhos, dos pais, enfim... Isto faz
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parte da vida. Porm, preciso, mesmo nas obrigaes do nosso dia a dia, ter tempo para Ele,estar em comunho com Ele, agradecer pela natureza, pela beleza do sol, por termos comida, por
estarmos num pas sem guerra... Enfim, falar com Ele como falamos com os amigos. Desabafar,
agradecer, pedir, contar o que nos vai na alma. Ter tempo para Deus te-Lo em nossa vida a cada
minuto do nosso dia e no trocar a presena dEle por nada nesse mundo.
H muitos cristos perdendo tempo. Quantos h que, aos domingos, ou em outros dias da
semana, deixam de ir igreja para assistirem a programas de televiso, que nada tm de
edificantes e convenientes para a vida crist, ao contrrio, a envenenam e sufocam. Quantos no
tm tempo para ler sequer um captulo da Bblia ou para orar durante meia hora por dia, mas tm
tempo para ler jornais, revistas e outros tipos de literatura; quantos que, enquanto a igreja est
reunida, vo praia, aos clubes, e outros locais de lazer. No queremos dizer que o lazer justo e
necessrio, no momento oportuno, seja pecado. Mas a perda de tempo flagrante na vida de
muitos que se dizem cristos, por no saberem a preciosidade que estar na presena do Senhor.
Deus est sempre conosco e ns podemos estar sempre com Ele.
VI. TESTEMUNHAS DE JESUS
Os cristos em Jesus so um povo seu especial, zeloso de boas obras (Tt 2:14). Com
orao constante na presena de Deus, o testemunho cristo pode ser agradvel e temperado com
o sal da graa do Senhor.
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Para que possamos dar bom testemunho, temos de ter f, de ter recebido o Esprito Santo,
ou seja, termos aceitado a Jesus como nico e suficiente Senhor e Salvador e passado a fazer
aquilo que Ele manda.
Nosso testemunho no advm daquilo que falamos, seja a respeito de ns mesmos ou arespeito do Senhor, mas daquilo que fazemos e do que Deus faz para confirmar tal
testemunho. O apstolo Paulo afirmava que seu testemunho no era baseado em palavras, mas na
demonstrao do poder de Deus (I Co.2:1-4), pois o testemunho de Cristo confirmado por meio
do enriquecimento espiritual, seja atravs dos dons (I Co.1:4-7), seja atravs dos sinais e
maravilhas (At.14:3).
Diante do chamado para ser testemunhas de Cristo Jesus, anunciando o seu evangelho e
34proclamando as suas graas, faz-se necessrio ainda refletir sobre como o testemunho tem sido
proferido, uma vez que a palavra do cristo necessita ser agradvel. O cristo em Jesus deve
expressar-se com palavras, de tal forma que os ouvintes sintam-se bem ao ouvi-lo. A palavra
agradvel sinnima de graciosa, que vem de charis, graa. a palavra que atrai os que a
ouvem, com gentileza, amabilidade e respeito fundada no amor com que devemos nos amar uns
aos outros (Jo 13:34). A palavra do cristo necessita tambm ser temperada com sal. A palavra
agradvel e temperada com sal a palavra que mantm o ouvinte atento fala ou mensagem
transmitida. a palavra com uno de Deus.
H pessoas que querem pregar e ensinar. Mas, como so exageradas em sua maneira de
ser, no so ouvidas, so rejeitadas, tm sal de mais; h outras, que no tm o que dizer acerca
de sua f; porque tm sal de menos, ou j so inspidas em seu viver. Deve-se ressaltar, no
entanto, que a palavra agradvel e temperada com sal no impede uma palavra enrgica e
necessria, quando se confronta os inimigos do evangelho.
Um outro ponto fundamental em relao ao testemunho do cristo a palavra
conveniente. preciso haverconvenincia no falar a cada um, pois cada pessoa com quem sefala tem uma maneira diferente de reagir ao que se lhe transmite. Mesmo entre os cristos, h
diferenas de percepes. Uma repreenso a um cristo antigo, maduro na f, pode ter um efeito
positivo e edificante. A mesma repreenso, dada a um novo convertido, pode traumatiz-lo
espiritualmente. Uma palavra de exortao, dada a uma irm antiga na f, pode resultar em
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crescimento espiritual para ela; a mesma palavra, para uma adolescente pode causar-lhe tanta
tristeza que at pense em deixar a igreja.
No por outro motivo que o Senhor Jesus, antes de subir aos cus, disse aos discpulos
que deveriam permanecer em Jerusalm para serem revestidos do poder para, ento, serem Suastestemunhas desde Jerusalm at os confins da terra (At.1:4-8), demonstrando, assim, que a
presena do poder de Deus seria necessria para a confirmao do testemunho. No entanto, se o
testemunho confirmado pela presena do poder de Deus, no podemos nos esquecer que o
testemunho j est presente a partir do instante em que recebemos o Esprito Santo em nossa
converso, a partir do momento que passamos a andar segundo o Esprito e no segundo a carne
(Rm.8:9).
Quando passamos a ter Jesus como nosso nico e suficiente Senhor e Salvador, passamos35
a viver como o patriarca J, sendo cristos retos, sinceros, tementes a Deus e que se desviam do
mal e, por isso, Deus passa a dar testemunho de ns (J 1:8; 2:3). O primeiro testemunho que o
Pai deu a respeito de Jesus foi no exato instante em que Ele foi ungido pelo Esprito Santo,
quando de Seu batismo (Mt.4:17), a demonstrar, claramente, que necessrio recebermos o
Esprito de Deus em ns para que venhamos a dar bom testemunho.
O testemunho, pois, resultado de uma vida de santificao, de uma vida de sinceridade
diante de Deus, de uma vida de obedincia ao Senhor. O salmista, no Salmo 1, revela que os
justos do bom testemunho porque tm prazer na lei do Senhor e nela meditam de dia e de noite
e, por isso, suas aes so elogiveis. Neste salmo, ainda, vemos que a bem-aventurana, que a
felicidade sublime, nada mais que o resultado de um bom testemunho e que o bom testemunho
algo que supera o tempo, que no depende das circunstncias da vida.
por este motivo que o testemunho de Jesus Cristo , a um s tempo, motivo de regozijo
e de agrado como razo para perseguio e aflio. Ao darmos bom testemunho, estamos
agradando a Deus e aos Seus filhos, mas, igualmente, gerando dio e aborrecimento queles querejeitam ao Senhor. O "bom cheiro de Cristo" cheiro de vida para os que se salvam, mas cheiro
de condenao para os que se perdem (II Cor.2:15-17). Por isso, no devemos nos surpreender se,
ao mesmo tempo em que agradamos a Deus, somos aborrecidos pelo mundo (Jo.15:18,19).
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Ser testemunha de Jesus , portanto, incomodar o mundo que nos cerca, ser algum que
provoca atitudes por parte do prximo. No por outro motivo que a palavra hebraica para
"testemunho" deriva de palavra cujo significado "responder".
O testemunho gera uma resposta dos que nos cercam, produz uma reao. Jesus quer queajamos neste mundo, para que, por nossos atos, todos possam ver que Jesus o Salvador do
mundo e que s Ele pode dar a vida eterna.
Testemunha verdadeira aquela que no se contradiz, aquela que no nega, com seus
atos, as suas palavras. O testemunho de Jesus verdadeiro e no comporta a hipocrisia, que nada
mais do que falar o que no se faz, conduta que mereceu o mais duro discurso de Jesus em Seu
ministrio terreno (Mt 23).
Uma testemunha tem de ser relevante, ou seja, no serve como testemunha aquele quenada sabe sobre os fatos. Para ser testemunha de Jesus, portanto, preciso que conhea o Senhor,
sua histria, sua lei, preciso que O tenha encontrado, que saiba quem Ele , que tenha tido
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intimidade com Ele (Jo.10:14,27). Por isso, s testemunha do Senhor aquele que O recebeu em
seu corao, aquele que habitao do Esprito Santo (Jo.14:17).
No pode ser testemunha de Jesus aquela pessoa que ainda no consegue discernir a
vontade do Senhor, que ainda no teve a experincia pessoal da salvao, que ainda no entrou
em comunho com o Senhor mediante o perdo de seus pecados. Uma testemunha no pode ser
incapaz, impedida ou suspeita. Aquele que ainda no tem o discernimento espiritual, que
homem natural, que no possui a mente de Cristo (I Cor.2:12-16) no testemunha de Jesus.
No pode ser testemunha de Jesus aquele que, por causa de sua posio diante de Deus,
ainda se encontra sob o domnio do mal e do pecado, porque no tem o amor de Deus, que ainda
se encontra comprometido com a iniqidade (I Jo.3:4-8), porque ainda se constitui em inimigo de
Deus, visto que amigo do mundo (Tg.4:4).
No pode ser testemunha de Jesus aquele que busca seu interesse prprio, que ainda nose despojou do seu "eu", que no morreu para o mundo. A testemunha de Jesus precisa ter
crucificado o velho homem com Cristo, no mais vivendo, mas Cristo vivendo nele (Gl.2:20).
Precisa ser algum que morreu para nascer novamente e, assim, poder dar fruto permanente
(Jo.3:3,7; 12:24; 15:16).
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As testemunhas de Jesus tm o dever de viver de acordo com a Palavra de Deus. Jesus
disse que elas seriam Suas testemunhas em todos os lugares, que deveriam sempre demonstrar o
Seu amor para com Ele, fazendo o que Ele manda (Jo.14:23,24; 15:14).
Aquele que no quiser se apresentar como prova de que pertence ao Senhor, de que testemunha, negar o Seu nome e, portanto, ser tambm alvo da negao por parte do Filho
diante do Pai (Mt.10:33; Lc.12:9).
O Senhor no tem prazer na alma daquele que recua (Hb.10:38). Por isso, no momento
do perigo de vida, que o Senhor exige que sejamos Suas testemunhas (Mt.10:18).
As testemunhas de Jesus no tm a liberdade de interpretar a Palavra de Deus a seu bel-
prazer, de adaptarem as Escrituras a seu modo de vida ou a seus desejos e mentes. Muito pelo
contrrio, seu testemunho deve ser o de Jesus, aquilo que o Senhor nos deixou na Bblia Sagrada.Devemos testemunhar a verdade, como fez Joo Batista, na direo do Esprito Santo e, portanto,
perfeitamente de acordo com as Sagradas Escrituras, pois foram elas inspiradas por este mesmo
Esprito (I Pe.1:21). Por isso, as testemunhas de Jesus no distorcem a Bblia Sagrada nem
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constroem doutrinas conforme as suas prprias concupiscncias.
As testemunhas de Jesus, assim como o prprio Senhor, so alvo de anlise e verificao,
no s da parte dos homens, mas tambm do inimigo e de seus anjos, sendo alvo de todo tipo de
acusao e de enfrentamento. Jesus, como o cordeiro pascal, foi observado e posto prova pelos
judeus e pelo prprio inimigo durante trs anos e meio, no tendo sido achado qualquer defeito
ou pecado nEle, motivo pelo qual pde subir ao Calvrio e Se oferecer como sacrifcio perfeito
pelo perdo dos nossos pecados. Ns, tambm, enquanto testemunhas do Senhor, servimos de
espetculo para o mundo, aos anjos e aos homens (I Cor.4:9), para que possam ver que o Reino
de Deus no consiste em palavras, mas em virtude (I Cor.4:20) e, aps todas as dificuldades, aps
termos sofrido com tribulaes (Hb.10:33), no sejamos reprovados (II Cor.13:5-7), mantendo-
nos obedientes e agradveis ao Senhor (Tt.1:16).
Concluso
Como cristos, devemos nos conscientizar que somos sal da terra e luz do mundo (Mt
5.13,14); bem como devemos nos comportar de modo ntegro, diante de Deus e dos homens, para
que, atravs do nosso testemunho, Deus seja glorificado (Mt 5:16). Como sal, precisamos ter uma
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vida de tal forma que, aqueles que nos vem e nos ouvem, sintam que nossa presena faz
diferena. Como a luz, precisamos, atravs do nosso testemunho, contribuir para dissipar as
trevas do pecado em nossa volta. Somente poder haver verdadeira evangelizao se houver
verdadeiro testemunho de vida. E todos ns, cristos, somos convidados a dar testemunho danossa f. Mas a f s se testemunha pela vivncia evanglica, a partir da qual se fortalece a nossa
vida crist e se renova e mostra o rosto missionrio da Igreja.
A Igreja, missionria por natureza, constantemente chamada a renovar-se com novas
atitudes que v de encontro aos novos desafios que a atual sociedade coloca. imprescindvel
sair do espao confinado da igreja para ir de encontro s pessoas os valores do Evangelho, dando
assim, nimo e sentido existncia humana.
A cada um de ns cristos pertence a responsabilidade de ser testemunha de Jesus,possibilitando assim que o seu Evangelho se torne oportunidade de encontro, de converso, de
deslumbramento e encanto. preciso, portanto reconhecer que no basta simplesmente anunciar
38
o evangelho, pois o anncio por anncio no chega ao mais fundo do corao da pessoa, no toca
a sua liberdade, no muda a sua vida. Para que a mensagem do evangelho de Jesus Cristo
acontea e possa encantar e converter, preciso o testemunho verdadeiro, o amor a Deus e ao
prximo, o encontro pessoal, o dilogo, a partilha de vivncias.
Precisamos alargar os nossos horizontes de pensamento, de sentimento e de ao.
necessrio levantar-se e partir em misso. Estaremos ns cristos, dispostos a viver nossa misso
como testemunhas de Cristo? Estaremos dispostos a levar o primeiro anncio aos no batizados?
Estaremos abertos ao amor, renovao, busca de justia e igualdade? Esta uma tarefa
urgente para ns. Caminhemos juntos. imprescindvel no querer caminhar sozinho. Juntos,
vamos dar as mos e caminhar lado a lado como Povo de Deus, que de fato somos.
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