CanavialJORNAL INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DASINDÚSTRIAS SUCROENERGÉTICAS DE MINAS GERAIS
ANO XVI - Nº 38 - MAIO, JUNHO E JULHO DE 2018
EDITORIAL
O ProgramaJovem Aprendizrealizado pelasusinas mineirastem sido umaporta de entra-da para váriosjovens no setor.Os cursos cons-tam de aula teó-rica, geralmenteem parceriacom o Senai e Senar-Minas, e a prá-tica na usina é uma oportunidadepara os estudantes entrarem em con-tato com o mercado de trabalho,
ganhar experiência e até uma possí-vel contratação.
Participação e responsabilidadeUma maior participação nas enti-
dades de classe, a fim de fortalecer abusca de solução para os interesses dasindústrias mineiras é uma nova formade atuação da SIAMIG, que visa con-tribuir efetivamente com a experiên-cia de sua diretoria adquirida no tra-tamento de vários problemas resolvi-dos pelo setor e que demandaramuma forte atuação institucional.
O setor avança também nas dis-cussões do programa nacional debiocombustíveis, Renovabio, com o
anúncio da meta global da reduçãodas emissões dos gases do efeitoestufa. Além da responsabilidadesocioambiental demonstrada nodesenvolvimento dos projetosambientais e sociais como o grandenúmero de turmas de “Jovensaprendizes” que ganham experiên-cia e possibilidade de contratação.
Este jornal traz também umassunto que tem sido recorrente nomeio industrial e agrícola que sãoas novas tecnologias 4.0. Fomos
conversar com a chefe da EmbrapaInformática Agropecuária, SilviaMaria Massruhá, a qual afirmouque essas tecnologias contribuirãoe muito para resolver os graves gar-galos da agricultura nacional.
Fizemos uma edição especial de12 páginas em função do número deassuntos, que foram tratados deforma mais aprofundada!
Desejamos uma boa leitura!
Páginas 9Páginas 6 e 7
Jovem aprendiz ganhaespaço no setor
Mário Campos - Presidente
SIAMIG faz parceria comaplicativo ComOferta
A união foi para incentivar osconsumidores a pesquisarem opreço dos combustíveis nos postosda Regiâo Metropolitana de BH,contribuindo para a opção decompra dos usuários.
2
O presidente da SIAMIG, Mário
Campos, foi convidado para participar de
três audiências públicas na Assembleia
Legislativa de Minas Gerais (ALMG) este
ano sobre o preço dos combustíveis, o
impacto da greve dos caminhoneiros no
setor e por ocasião do lançamento do
MegaCana TechShow, na Comissão de
Agropecuária e Agroindústria.
Mário Campos diz que os temas tra-
tados foram do maior interesse do setor,
onde pode fazer uma explanação sobre o
cenário atual da produção de cana de açú-
car e etanol. Além do destaque dado ao
MegaCana, o maior evento do setor no
estado, que este ano conta com a parce-
ria da SIAMIG e CanaCampo, numa
união de forças entre os produtores rurais
e a indústria, nos dias 8 e 9 de agosto em
Campo Florido (Triângulo Mineiro).
PresidenteMário CamposEXPEDIENTE
Endereço: Av. do Contorno 4480 - 13° andar - Funcionários - CEP 30110-028 - BH-MG - Fone: (31) [email protected] www.siamig.com.br
Projeto gráfico e diagramaçãoCMR - Comuniçação 31 9 9675-6188
Gerência de Comunicação e Marketing Mônica Santos
@siamig www.facebook.com/SiamigMG
O presidente do Conselho de Administração daCompanhia Mineira de Açúcar e Álcool Participações(CMAA), José Francisco dos Santos, foi condecorado coma Medalha do Mérito Industrial, por ocasião das comemo-rações do Dia da Indústria 2018, pela Federação dasIndústrias de Minas Gerais (FIEMG). O empresário expan-diu seus negócios para o ramo de açúcar e etanol em Minas
Gerais e hoje possui trêsusinas no estado, naregião do Triângulo Mi-neiro, a Vale do Tijuco,Vale do Pontal e Caná-polis, recém adquiridapelo grupo na cidade demesmo nome, se tornan-do um dos maiores gru-pos do estado.
O presidentedo Grupo DeltaSucroenerg ia ,Robert Lyra, foi opremiado na áreade Agronegóciocom o troféu“Assim que se faz”durante a realiza-ção do ConexãoEmpresarial Tiradentes 2018, promovido pela VBComunicação. Robert Lyra dirige um dos maiores gruposde açúcar, etanol e bioeletricidade de Minas Gerais, comtrês usinas no estado, Delta, Volta Grande e Conquista noTriângulo Mineiro. É conselheiro da SIAMIG e vice-pre-sidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais(FIEMG).
José Francisco da CMAA recebe o Mérito
Industrial
Robert Lyra da Deltaganha troféu “Assim
que se faz”
NOTAS
Audiência na ALMG destacao MegaCanaTech Show
Mário Campos (SIAMIG), Geraldo Magela (Ocemg) e o Deputado Antônio Arantes
José Francisco e o ex-presidente daFiemg Olavo Machado
O agraciado entre PCO (VB) e Mário Campos
FOTO
: SE
BA
STIÃ
O J
AC
INTO
3
A SIAMIG dará uma gran-de contribuição à Federaçãodas Indústrias de Minas Gerais(Fiemg) na nova gestão dopresidente Flávio Roscoe,para um período de quatroanos. A começar pela partici-pação do diretor-presidenteda Delta Sucroenergia, comtrês usinas no TriânguloMineiro, Robert Lyra, navice-presidência da entidade.
O presidente da SIAMIG,Mário Campos, será presiden-te do Conselho Empresarial deMeio Ambiente (CEMA), umdos órgãos mais destacados da Fiemg,que conta com vários projetos de sus-tentabilidade voltados para a indús-tria mineira.
O diretor-presidente da usinaAgropéu (Pompéu), Geraldo Cordeiro,é o representante do setor no Conselhodo Instituto Euvaldo Lodi RegionalMinas Gerais (IEL/Fiemg), que tem
reunião conjunta com os con-selheiros do Serviço Nacionalda Industria (Sesi) e ServiçoNacional de AprendizagemIndustrial (Senai).
“Estamos prontos paracontribuir, a fim de que aindústria mineira se tornecada vez mais competitiva,inovadora e sustentável”, des-taca Mário Campos. Ele afir-ma que os desafios são mui-tos, mas as oportunidadestambém, como na áreaambiental com os inúmerosnegócios que podem surgir
diante da pressão do mercado e dasmudanças climáticas, principalmen-te, no campo da energia e dos com-bustíveis.
Usina Coruripe, uma das melhores para trabalhar A Usina Coruripe, uma das maio-
res do setor sucroalcooleiro no país, foiconsiderada, de acordo com rankingdo Instituto Great Place to Work, umadas melhores empresas para trabalharem Minas Gerais. O reconhecimentose deu pelo ambiente de trabalho naempresa, que proporciona qualidadede vida para os funcionários.
“Acreditamos que colaboradoresmotivados contribuem para o cres-cimento da empresa. Por isso, sem-pre buscamos oferecer um bomambiente de trabalho e oportunida-des de crescimento a nossos colabo-radores. Ser agraciado com esse prê-
mio ratifica nosso empenho com aequipe e mostra que estamos no cami-nho certo”, declara Fábio Moniz, dire-tor de Administração e RH da UsinaCoruripe.
Presente em 53 países de seis con-tinentes, o GPTW pesquisa cerca de10 mil empresas anualmente, o queequivale a aproximadamente 12milhões de funcionários. O processode certificação é desenvolvido a par-tir de pesquisa e análise de comentá-rios feitas exclusivamente por fun-cionários, além de uma avaliação depráticas culturais com questionárioscomplementares.
Fábio Roscoe, presidente da Fiemg
Setor sucroenergético temmaior participação na Fiemg
RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL
FOTO: SEBASTIÃO JACINTO
4
RenovaBio avança e traz
A ferramenta leva em conta o ciclo de vida de cada bio-combustível comparando-o ao do combustível fóssil equi-valente, com uma estrutura de cálculo específica para cadatipo de produto, tanto da fase agrícola quanto industrial.
A certificação da produção de biocombustíveis será
feita por firmas inspetoras, que, de acordo com os dados
da Renovacalc, atribuirão notas diferentes para cada uni-
dade produtora (maior será a nota para o produtor que
produzir maior quantidade de energia líquida, com
menores emissões de CO2).
A nota refletirá exatamente a contribuição individual
de cada agente produtor para a mitigação de uma quan-
tidade específica de gases de efeito estufa em relação ao
seu substituto fóssil (em termos de toneladas de CO2
equivalente). O processo de certificação da produção de
biocombustíveis no âmbito do RenovaBio ficará sob res-
ponsabilidade da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustível (ANP).
Os caminhos da descarbonização
Certificação
Desde a publicação da Lei 13.576 em
dezembro de 2017 e do Decreto 9.308/2018
em março deste ano, avançaram muito as bases
de construção do Renovabio, a nova política
nacional de biocombustíveis para redução das
emissões de gases do efeito estufa na matriz de
transporte. O governo federal já divulgou,
também, a meta global de redução das emissões
de 10,1% até 2028.
A meta anunciada pelo governo federal é
importante para trazer previsibilidade, em
termos de necessidade do volume de
combustíveis (fósseis e renováveis) para os
próximos 10 anos, e permitir que os agentes
privados façam seus planejamentos e análises
de investimento em um ambiente com menos
incerteza.
Segundo os dados do Ministério de Minas
e Energia (MME), a intensidade de carbono da
matriz de combustíveis em 2017 foi de 74,25
gCO2/MJ e a meta de redução da intensidade de
carbono proposta pelo MME para 2028 foi de
66,75 gCO2/MJ, portanto, uma redução de
10,1% na intensidade de carbono, o que
SUSTENTABILIDADE
5
previsibilidade
A RenovaCalc possibilita o preenchimento dos dados de produção da usina e fornecedorese gera, automaticamente, para cada parâmetro uma média ponderada, de acordo com ovolume de produção da matéria-prima. Para a fase industrial serão sempre solici-tados dados primários referentes ao processo de produção de cada biocom-bustível.
O Crédito de Descarbonização por Biocombustíveis(CBIO) é um ativo financeiro, negociado em bolsa. Eleserá emitido pelo produtor de biocombustível, a partirda comercialização da sua produção.
Na certificação estará a pontuação obtida de cada uni-dade produtora, que indicará também a quantidade deCBIO que o produtor poderá gerar. As distribuidoras decombustíveis deverão comprar esses créditos de acordo
com a proporção de combustível vendidae apresentá-los ao órgão regulador.
É um instrumento econômico de estímulo à produ-ção de biocombustíveis de alta sustentabilidade, aomesmo tempo em que desestimulará o consumo de com-bustíveis fósseis. Os distribuidores de combustíveis têmque comprar esse CBIO para o cumprimento da meta deredução das emissões.
provoca uma redução também das emissões
da matriz de transportes em 591 milhões de
toneladas de CO2� eq no período de 10 anos.
Esta mitigação das emissões de
carbono provocará uma evolução no
mercado de combustíveis, principalmente
no de etanol. A previsão é de que a
demanda de etanol total saltará de 26,7
bilhões de litros em 2018 para 47,1
bilhões de litros em 2028, uma variação de
76,4%. Já a gasolina diminuirá em 3,5%
sua demanda, reduzindo 31,1 bilhões para
30 bilhões de litros.
O presidente da SIAMIG, Mário
Campos diz que o Renovabio avançou
muito com a criação da Renovacalc, a
plataforma que permite calcular o quanto
cada produtor individual de biocombustível
emite de CO2, seja o de etanol, biodiesel,
bioquerosene e biogás de acordo com
determinado critérios. Isso permitirá uma
classificação através de uma nota, ou seja, a
verificação da eficiência do processo e a
correspondente certificação.
CBIO
6
A Grupo Delta Sucroenergia,localizado no Triângulo Mineiro,iniciou o programa “JovemAprendiz” em 2017, formando umaturma de 25 alunos na área demecânica automotiva no iníciodeste ano, quando realizou tambémduas contratações.
Este ano já iniciaram no progra-ma mais duas turmas de 25 alunoscada em mecânica industrial emecânica automotiva, que estarãoformando no finaldo ano.
De acordo com acoordenadora deRecursos Huma-nos, Estela GomideNunes, a empresa
prepara o projeto pedagógico e oprocesso seletivo e o Senai-Uberabarealiza os cursos para os jovens quejá estiverem completando ou játenham completado o ensinomédio, na faixa de 17 a 23 anos.
Estela diz que o programa émuito importante pois desenvolveo jovem para o mercado de traba-lho, com ganhos de responsabilida-de e uma experiência que ele leva-rá para toda a sua vida!
Esforçada para ajudar financeira-mente seus pais, o sonho de LethiciaCristina S. Barros, de 23 anos era seguircarreira numa grande empresa, ondepudesse obter conhecimento e crescerprofissionalmente. Foi com esse dese-jo que se candidatou em meados doano passado a uma das oito vagas daprimeira turma do Programa JovemAprendiz na Santa Vitória Açúcar eÁlcool (SVAA) na cidade de SantaVitória, no Triângulo Mineiro, e viuseu sonho ser concretizado.
O Programa Jovem Aprendiz rea-lizado pelas usinas mineiras tem sidouma porta de entrada para váriosjovens, assim como Lethicia, que sedestacam no curso e são aproveitadospelas empresas. Formada em RecursosHumanos, ela ainda não tinha traba-lhado na área de formação e enxer-
gou no Programa daSVAA uma oportu-nidade para concre-tizar seu objetivoprofissional: traba-lhar com gente.
“Quando fuiselecionada para oprograma, foi umafelicidade enorme,mas ao mesmo tempo sabia que esteera somente o primeiro passo”, ressal-tou Lethicia, que foi efetivada depoisde completar o processo de aprendi-zagem por 13 meses. Dos oito partici-pantes da primeira turma, três foramcontratados pela empresa, Lethicia iráocupar o cargo de assistente deRelações Trabalhistas, e os outros doisde auxiliar administrativo e analista deLaboratório.
“Contratamos a Lethiciaporque coincidiu de termos avaga no setor, pelo destaque nocurso e por acreditar no seupotencial”, comenta JoséCláudio Canatto Ferracioli,supervisor de Relações Tra-balhistas. Já aqueles que nãosão contratados ganham expe-riência e um aprendizado para
toda a trajetória profissional, ressaltaLorena Borges, analista de Desenvol-vimento Organizacional.
A SVAA conta com mais 40 parti-cipantes entre 14 e 24 anos em outrasturmas do programa, abrangendotodas as áreas da empresa, em parce-ria com o Serviço Nacional deAprendizagem Rural (Senar-Minas),para a área agrícola, e a Societá paraa área industrial.
AgropéuA Agropéu, localizada em
Pompéu (região Central), ini-ciou este ano o “ProgramaJovem Aprendiz”. A empresaestá oferecendo 20 vagas docurso “Aprendizagem em Ins-talação Elétrica Industrial”,para o período de 30/07/2018a 20/12/2019.
O programa Jovem Apren-diz não só cumpre as normasdo Ministério do Trabalho,mas traz em seu conteúdoaprendizados que proporcio-nam ao jovem uma melhorcondição para o início de suacarreira profissional e possibi-lidades de contratação.
Delta Sucroenergia
RESPONSABILIDADE SOCIAL
“Jovem Aprendiz” realiza sonhos
7
A usina Cerradão, localizada em
Frutal (Triângulo Mineiro) iniciou a
primeira turma de “Jovem Aprendiz”
em 2015 e já formou 106 alunos até
o final de 2017, em parceria com o
Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar-Minas). O foco da
empresa tem sido a área agrícola e já
foram contratados 12 jovens para
diversas funções no campo.
De acordo com a analista de
Recursos Humanos, Mirian Renata
Barbieri de Moraes, a empresa já se
encontra com a terceira turma em
formação, iniciada em março deste
ano. “Eles entram em contato com
todo sistema agrícola, desde o pre-
paro do solo e plantio da cana, até o
processo de CCT (corte, carrega-
mento e transporte)”, destaca.
Os cursos têm duração de um ano
com uma carga horário de 430 horas,
cerca de cinco meses de aulas teóri-
cas a cargo do Senar-Minas e os
outros cinco meses na usina. “É
muito bom ver o entusiasmo dos
jovens envolvidos com o trabalho,
além de uma oportunidade de ganho
de experiência e responsabilidade”,
diz Mirian Renata.
A usina Santo Ângelo conta como “Programa Jovem Aprendiz”desenvolvido em parceria com Senaide Uberaba desde 2012 e, a partir de2016, teve a colaboração daPrefeitura de Conceição das Alagoas.Já ocorreram seis contratações para
a área industrial, agrícola e admi-nistrativa.
De acordo com Fernanda BatistaTomain, da área de RH, em janeirodeste ano, a empresa abriu novas 45vagas para o curso de manutençãomecânica de máquinas agrícola, que
ocorre na cidade de Conceição dasAlagoas.
“Mais 23 vagas para participa-ção no programa foram abertaspara iniciar este mês em Uberaba”,diz Fernanda. Os cursos disponibi-lizados são eletricidade de auto-móveis, manutenção mecânica deautomóveis e instalação elétricaindustrial.
Fernanda diz que até este ano jáforam formados mais de 300 jovensaprendizes pela empresa, propician-do-lhes melhores condições paraacesso ao mercado de trabalho.
Santo Ângelo
Cerradão
8
CAPACITAÇÃO
Os treinamentos promovidos pelaSIAMIG, têm sido bem aproveitadospor seus associados como o ocorridono dia 12 de junho para 36 partici-pantes em Belo Horizonte, em parce-ria com a Secretaria de Estado de MeioAmbiente e Desenvolvimento Sus-tentável – Semad. Foi programada,também, uma visita ao Centro deInovação e Tecnologia Senai/Fiem(CIT), no bairro Horto.
O curso serviu para tirar as dúvi-das em relação às novas legislaçõesestaduais ambientais como aDeliberação Normativa 217, aprovadano final de 2017, e o Decreto 47.283de março deste ano. De acordo com ogerente Ambiental da SIAMIG, JadirOliveira, havia muitas dúvidas na uti-lização da nova plataforma de infraes-trutura de dados espaciais (IDE-Sisema), que é, agora, o sistema oficialpara acesso e visualização aos dados daSemad, Igam, IEF e Feam.
O coordenador Ambiental dausina Santo Ângelo, Decriê Polastrini,disse que tinha dúvidas justamentequanto a utilização da plataforma IDEe que após o curso foram totalmentesanadas. “Essa plataforma é complexapois tem várias interpretações geoes-paciais”, afirmou.
O advogado da WD Agrondustrial,Thiago Rocha, destacou a organizaçãodo treinamento e a visita realizada aoCIT , que “abriu os olhos” para aestrutura disponível do laboratório eque poderá ser mais explorada.
A responsável pela área ambientalda Araporã Bioenergia, engenheira
ambiental Tamires Batista de Souza,elogiou o domínio do assunto peloinstrutor Daniel Gonçalves, da Semad,que deixou seus contatos para dúvidasque porventura surjam no manuseioda ferramenta. “Isso é muito impor-tante e demonstra a responsabilidade
do órgão público em relação aos usuá-rios”, destacou. Disse, também, que oCIT é uma opção a mais para realizaras análises, sendo que há uma deman-da muito grande de condicionantesque têm que ser atendida, consideran-do muito proveitosa a visita.
Legislação facilita
Atualização ambiental dasassociadas
A DN 217 foi aprovada no final
de 2017 e estabelece critérios para
classificação dos empreendimen-
tos, segundo o porte e potencial
poluidor, bem como os critérios
locacionais a serem utilizados para
definição das modalidades de
licenciamento ambiental.
Já o Decreto nº 47.383/2018,
que substituiu na íntegra o Decreto
44.844/2008, teve como objetivo
atualizar procedimentos ambien-
tais e desburocratizar processos de
licenciamento e fiscalização am-
biental no território mineiro.
Além do estabelecimento de regras
gerais para o encerramento e para-
lisação temporária de atividades.
Lucas Baeta ficou com o pri-
meiro lugar na primeira etapa
da gamificação realizada pelo
aplicativo ComOferta do site de
pesquisas Mercado Mineiro,
em parceria com a SIAMIG. O
“jogo” teve como objetivo
incentivar o consumidor a pes-
quisar os preços dos combustíveis nos
postos da Região Metropolitana de Belo
Horizonte (RMBH), divulgar uma foto
dos mesmos no aplicativo e postar o
preço do etanol, contribuindo para aju-
dar outros consumidores a fazerem sua
opção de compra.
O ComOferta foi lan-
çado em fevereiro deste
ano como tecnologia dis-
ruptiva na pesquisa de
preços dos produtos, bus-
cando engajar o consumi-
dor. No caso dos combus-
tíveis, se constitui num
grande banco de informações sobre o
preço nos vários postos pesquisados,
servindo de consulta para todos os con-
sumidores. Basta acessá-lo através do
Apple Store e Google Play, se inscrever,
gratuitamente, tirar as fotos nos postos
e postar in loco para garantir a veraci-
dade da informação.
A parceria, segundo
o presidente da SIA-
MIG, Mário Campos, foi
no sentido de incre-
mentar as postagens das
placas de combustíveis
com a informação do
preço do etanol nos
vários postos pesquisa-
dos. “Foi uma oportu-
nidade para que o con-
sumidor verificasse que o etanol se
encontrava com o valor mais competi-
tivo do que a gasolina e disponibilizas-
se essa informação para vários outros
usuários”, afirma.
O aplicativo permite também o
acompanhamento diário dos preços e
mostra onde o etanol está mais em conta,
pois muitas vezes o valor cai na produ-
ção e custa a chegar na ponta para o con-
sumidor, ressalta o presidente a SIAMIG.
Já a gamificação foi uma forma de divul-
gação e premiação: quem posta mais
fotos ganha pontos (cada foto é multi-
plicada por 10) e leva os tanques de eta-
nol: 1º lugar 4 tanques; 2º lugar 3; 3º
lugar 2 e até o 10º lugar um tanque.
9
Lucas A Baeta (Campeão)
COMUNICAÇÃO
EngajamentoDe acordo com Feliciano Abreu,
gestor do Mercado Mineiro/ComOferta, o aplicativo tem sido umsucesso de engajamento dos consu-midores para divulgar ofertas espon-taneamente, fazendo uma cadeiaúnica de informações. “O mercadoou economia colaborativa é umcaminho sem volta”, afirma.
A primeira etapa da gamificação sedeu de 20 de maio a 19 de junho e nos
primeiros três dias de divulgação -contando com a parceria do Portal Uai- o número de usuários do aplicativosaltou de 10 mil para 24 mil; até o dia04 de julho alcançava 28 mil. “Durantevárias vezes neste período, o aplicati-vo ficou em primeiro lugar dos maisbaixados no ranking da loja GooglePlay, à frente das Pernambucanas, KMde vantagem Ipiranga e MagazineLuiza”, destaca entusiasmado.
A segunda parte da promoçãocomeçou dia 20 de junho até 19 dejulho. Com apenas 15 dias do “game”ou até 04 de julho, a quantidade depontos na primeira posição ou 1.510era maior do que o ganhador do ter-ceiro lugar da primeira etapa com ospontos contabilizados em todo operíodo. “As mulheres já estão se enga-jando também, o que não ocorreumuito na primeira etapa”, destaca.
Parceria incentiva pesquisa dospreços de combustíveis Lucas A Baeta
Sérgio Ricardo Guedes
Eduardo Fernandez
Jaime de Carvalho
Uillian Rodrigues
Gilmar Gonçalves
Wesley Prudencio de Sousa
Aisthem Albernas Santos Jr.
Fábio Alessandro Murta
Felipe Batista
19401600
13804 11905 8406 7307
8
9
480450
360300
1
2
3
PONTOS
10
Fotos mostram onde o preço do etanol é mais barato
CANAVIAL - O Brasil já está
inserido Agricultura 4.0?
Silvia Massruhá - O Brasil já está
se inserindo neste contexto e é
importante ressaltar que estamos
definindo Agricultura 4.0 (Agro 4.0)
como agricultura digital ou uma pro-
dução cada vez mais baseada em tec-
nologia de ponta, conteúdo digital e
conectada. Essa definição é uma refe-
rência à Indústria 4.0, inovação que
teve início na indústria automobilís-
tica alemã e que agora conquista
fábricas de diversos segmentos devi-
do à completa automatização pro-
porcionada aos processos produtivos.
CANAVIAL - Tem algum setor
que se destaca?
Sílvia Massruhá - Existem alguns
setores como os de grãos, carne, cana-
de-açúcar e fruticultura que já têm
uma maior tradição no emprego de
novas tecnologias e uso da agricultu-
ra de precisão. A agricultura digital
será capaz de conectar informações e
dados de modo a ampliar os benefí-
cios de todas as outras tecnologias já
existentes, e que as que estão por vir.
Mais que isso, a próxima evolução da
tecnologia da informação, a Internet
das Coisas, redefine a maneira como
interagimos com o mundo físico e
viabiliza formas mediadas por com-
putação – até então impossíveis – de
produzir, fazer negócios, gerenciar
infraestrutura pública, prover segu-
rança e organizar a vida das pessoas.
CANAVIAL - Quais impactos a
agricultura 4.0 traz para o campo?
Silvia Massruhá - Estima-se que
95% do aumento da produção mun-
dial de alimentos daqui em diante
terão que vir de ganhos de produti-
vidade. Tecnologias que auxiliem o
agricultor a fazer mais com menos, de
modo mais eficiente, rápido e com
menor custo serão cada vez mais
necessárias. Espera-se que com siste-
mas avançados de monitoramento,
rastreabilidade e controle, se possa
10
A Agro 4.0 contribuirápara elevar os índicesde produtividade,
eficiência dos insumos,redução de custos commão de obra, melhorar aqualidade e a segurançados trabalhadores e
diminuir os impactos aomeio ambiente
Agro 4.0 traz soluções para A Agricultura 4.0 visa empregar tecnologias da
informação e da comunicação, métodos
computacionais de alto desempenho, rede de
sensores, comunicação para máquina (M2M),
conectividade entre dispositivos móveis,
computação em nuvem. Além de soluções
analíticas para processar grandes volumes de
dados e construir sistemas de suporte à tomada de
decisões de planejamento e manejo em toda
cadeia de valor do agronegócio.
Mas será que o país já está inserido nesse
contexto? Para a chefe-geral da Embrapa
Informática Agropecuária, Silvia Maria Massruhá,
sim, e todas essas tecnologias poderão contribuir
para solucionar gargalos que se apresentam como a
escassez de água e o desperdício na agricultura.
TECNOLOGIA
11
mensurar esse ganho de produtivida-
de e outros indicadores agronômicos,
sociais, econômicos e ambientais que
garantam a segurança e a sustentabi-
lidade dos alimentos.
CANAVIAL - A agricultura 4.0
poderá contribuir para solucionar
a grande preocupação quanto a
escassez dos recursos hídricos?
Silvia Massruhá - Penso que os
produtores que adotam a agricultura
4.0 saem na frente na busca pela oti-
mização no uso dos recursos naturais
e insumos, o que fará com que a
fazenda do futuro seja massivamente
monitorada e automatizada. Sensores
dispersos por toda a propriedade e
interligados à Internet (Internet das
Coisas) gerarão dados em grande
volume (Big Data) que necessitarão
ser filtrados, armazenados (compu-
tação em nuvem) e analisados.
Sensores de solos podem nortear a
irrigação específica para cada área
com o desenvolvimento de métodos
e técnicas para a gestão inteligente de
água em irrigação de precisão.
CANAVIAL – E quanto o gran-
de gargalo do desperdício, tanto
nas fases de colheita e transporte?
Silvia Massruhá – A Agro 4.0 pode
ajudar a diminuir o desperdício de ali-
mentos em toda cadeia de suprimen-
tos, desde a pré-produção, na produ-
ção (do plantio até a colheita) e na
pós-produção (no armazenamento,
distribuição e logística). A força de
trabalho humana não será capaz de
gerenciar a quantidade de dados gera-
dos e necessitará de algoritmos, cada
vez mais aprimorados por meio de
técnicas de inteligência computacio-
nal e computação cognitiva, para
auxiliá-los no processo de análise.
Após a análise, o ciclo é fechado por
meio de comandos remotos aos trato-
res e implementos agrícolas que,
munidos de GPS, farão intervenções
pontuais apenas onde necessário para
otimizar custo, produção e impacto
no meio ambiente. Com o uso destas
tecnologias, o produtor pode planejar
melhor a produção, estimar produti-
vidade por talhão a partir de colhei-
tadeiras automáticas e, consequente-
mente, otimizar todo o processo de
colheita, armazenamento, distribui-
ção, logística e transporte.
CANAVIAL – Existem outras
vantagens que gostaria de men-
cionar?
Silvia Massruhá - Dentre outras
vantagens desta agricultura conec-
tada, pode-se destacar que produ-
tores possam acompanhar remota-
mente de casa ou da sede da fazen-
da, pelo computador, tablet ou
smartphone, o desempenho de suas
máquinas nas lavouras por teleme-
tria, a transmissão automática de
dados via sinal de telefonia celular.
Além disso, com apoio destas tec-
nologias o produtor, as cooperati-
vas e o governo podem tomar deci-
sões mais assertivas e, com isso, con-
seguir melhorar a produção agríco-
la com uso sustentável dos recursos
naturais e insumos, diminuindo os
custos e triplicando a produtivida-
de no campo.
os gargalos agrícolas
Usinas já fazem uso de drones