1
INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os resultados alcançados pelo Projeto Fortalecer no período de agosto de 2007
à dezembro de 2008. Tem por base os objetivos pactuados com o Instituto C&A - detalhados na
metodologia e na programação do projeto - elementos que são retomados no primeiro item deste
documento. Em seguida, são identificados as atividades, os produtos e os resultados alcançados no
período de referência e apresentados os indicadores de avaliação obtidos, a partir dos instrumentos
aplicados no projeto (formulários de inscrição visitas às organizações, formulários de avaliação dos
encontros e momentos de avaliação com participantes e parceiros). O documento conclui com uma
análise dos desafios e perspectivas colocados pelo projeto, tendo em vista a sua continuidade por meio
do Projeto Transparência. No anexo 1 consta o Relatório Financeiro, contendo o acompanhamento
orçamentário e a prestação de contas do projeto. No anexo 2, é apresentado um cd room com os
diferentes produtos do projeto: os materiais didáticos produzidos nos encontros, os instrumentos e os
dados de avaliação obtidos, além da lista de presença e das fotos de diversos momentos do projeto.
1. OBJETIVOS, PROGRAMAÇÃO e METODOLOGIA
1.1 OBJETIVO GERAL
Fortalecer a base institucional das ONGs que atuam nos municípios da Grande Florianópolis, a fim de
fomentar a construção de redes e aumentar o impacto positivo do seu trabalho no desenvolvimento
sustentável do território.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Oferecer aos gestores de ONGs que desenvolvem projetos sociais e ambientais na Grande
Florianópolis a oportunidade de trocar experiências, exercitar novas práticas e adquirir
conhecimentos e habilidades pessoais e profissionais que contribuam para sustentabilidade das
organizações nas quais eles atuam;
• Oferecer assessoria personalizada às ONGs participantes, de modo a qualificar a sua gestão,
fortalecer a sua identidade institucional e apoiá-las na comunicação e na construção de parcerias e
alianças estratégicas;
• Fomentar a consolidação de uma rede social que promova o trabalho colaborativo entre as ONGs da
grande Florianópolis.
2
1.3 PROGRAMAÇÃO
Atividade Tema encontros/ Local das oficinas
Duração Datas
Facilitadores
1º Encontro de Formação
Contexto teórico e prático do Terceiro Setor: perspectiva internacional, nacional e local
16h
04/05 e 06 de outubro/07
Andréia Saul - FICAS
1ª Oficina de Prática
Irmandade do Divino Espírito Santo - IDES
8h
9 de outubro/07 Carolina Andion - ICom
2º Encontro de Formação
Auto-diagnóstico organizacional: um olhar para dentro e para fora da
organização
16h
25, 26 e 27 de outubro/07
Luciana Petean – I. Fonte
2ª Oficina de Prática
Associação Catarinense de Integração do Cego - ACIC
8h
09 de novembro/07 Carolina Andion - ICom
3º Encontro de Formação
Fortalecendo a identidade organizacional por meio do
planejamento
16h
22, 23 e 24 de novembro/07
Alceu Terra Nascimento - FMSS
3ª Oficina de Prática
Núcleo Espírita Nosso Lar
8h
07 de dezembro/07 Carolina Andion - ICom
1º Painel Temático
Marco regulatório do Terceiro Setor: restrições e oportunidades para as
ONGs
4h
14 de dezembro/07 Eduardo Szazi
4º Encontro de Formação
Elaboração de projetos para dentro e fora da organização
16h
21, 22 e 23 de fevereiro/08
Silvana Medeiros - IGK
4ª Oficina de Prática
Associação Horizontes
8h
07 de março/08
Carolina Andion – ICom
Silvana Medeiros - IGK
1º momento de avaliação do percurso de aprendizagem
Apresentação dos PDIs aos parceiros
16h
27 e 28 de março/08 Parceiros do projeto
5º Encontro de Formação
Discutindo a governança e seus desafios nas ONGs
16h
10/11 e 12 de abril/08
Rogério Silva – I. Fonte
5ª Oficina de Prática
SERTE (Centro)
8h
25 de abril/08 Carolina Andion - ICom
6º Encontro de Formação
Pensando a sustentabilidade: plano financeiro e de captação de recursos
16h
15,16 e 17 de maio/08
Marcelo Straviz - ABCDR
3
Atividade Tema encontros/
Local das oficinas Duração Datas
Facilitadores
6ª Oficina de Prática
Conselho Comunitário Ponte do Imaruim
8h
30 de maio/08 Carolina Andion - ICom
7º Encontro de Formação
Definição do plano de comunicação
16h
12/13/14 de junho/08
Patrícia Peixoto – ONEWG
Mariana Baima – 1a Via
7ª Oficina de Prática
Instituto Carijós
8h
04 de julho/08 Carolina Andion - ICom
8º Encontro de Formação
Estabelecendo alianças, redes e parcerias
16h
10/11/12 de julho/08
Lúcia Dellagnelo - ICom
8ª Oficina de Prática
Casa da Criança do Morro da Penintenciária
8h 25 de julho Lucia Dellagnelo – ICom
Carolina Andion - ICom
Workshop
Avaliação
Construindo um sistema de avaliação e avaliando o projeto Fortalecer
16h
07, 08 e 09 de agosto/08
Marina Oliveira – I. Fonte
2º momento de avaliação do percurso de aprendizagem
Associação Catarinense de Integração do Cego - ACIC
16h
04/05 de setembro/08
Parceiros do Projeto
Evento de encerramento
Associação Catarinense de Integração do Cego - ACIC
6h 06 de setembro/08 Todos
Entrega da Agenda do Terceiro Setor de Florianópolis aos
candidatos à Prefeito da cidade
Sede do ICom e Comitês de Campanha dos candidatos
7h 22 de setembro a 01
de outubro/08 Equipe do Icom e
representantes das ONGs
1a Oficina de acompanhamento
SERTE (Cacheira do Bom Jesus) 4h 17 de outubro/08 Carolina Andion – Icom
Evento Empresas e Comunidade
FIESC 10h 29 e 30 de outubro/08
AVINA
Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho
ICom
2ª Oficina de acompanhamento
Educandário 4h 19 de novembro Carolina Andion – ICom
Total de horas 275h
4
1.4 METODOLOGIA
O projeto teve como foco a integração entre conceitos, vivências e práticas, por meio de um processo de assessoria contínua e de formação em ação. A metodologia foi estruturada para fortalecer o desenvolvimento institucional das ONGs em três eixos principais:
• Eixo da identidade institucional: quem somos nós e quais os nossos principais desafios, para que existimos, quem beneficiamos, o que procuramos transformar e de que forma faremos isso?
• Eixo da gestão: quais instrumentos de gestão podem nos auxiliar a potencializar nossas forças e equacionar nossos problemas?
• Eixo das relações interinstitucionais e da comunicação: quais as formas de relação da nossa organização com as demais? Como nos comunicamos? Como construir formas de parcerias, alianças e redes que possam reforçar o nosso trabalho e contribuir para a consolidação do Terceiro Setor na grande Florianópolis?
Esses eixos serão trabalhados através de diferentes meios de promoção da aprendizagem vivencial, a saber:
a) Encontros de formação mensais Módulos de capacitação de 16 horas facilitados por profissionais com reconhecido conhecimento e experiência relevante na área. Estavam previstos 08 encontros de formação.
b) Oficinas de práticas com estímulo à consultoria entre pares As oficinas de práticas aconteceram após cada encontro de formação e consistiram em momentos para acompanhamento e assessoria coletiva às organizações na implementação das mudanças necessárias para o seu fortalecimento institucional. As oficinas de práticas ocorreram na sede de uma das organizações que recebeu e se apresentou às demais. Estavam previstas 08 oficinas de práticas.
c) Momentos de avaliação sobre percurso de aprendizagem Os momentos de avaliação tiveram como objetivo apresentar os resultados obtidos pelas organizações durante o percurso do projeto. Estavam previstos 02 momentos de avaliação para apresentação dos Planos de Desenvolvimento Institucionais (PDIs) e diálogo com os parceiros.
d) Painéis temáticos com especialistas: Os painéis temáticos têm como função discutir questões mais gerais referentes ao fortalecimento do terceiro setor na grande Florianópolis e que possam apoiar na constituição de uma rede social entre
5
as ONGs participantes e outros setores da sociedade. Para tanto, foram convidados representantes de instituições expressivas em cada uma das temáticas discutidas para compor as mesas e a participação foi aberta para convidados externos. Estavam previstos 03 painéis temáticos durante o projeto, a saber:
• Painel temático sobre marco regulatório do terceiro setor: restrições e oportunidades para as ONGs.
• Painel temático sobre relação ONGs e financiadores: institutos, fundações e empresas. • Painel temático sobre redes e políticas públicas.
e) Assessoria individualizada: As organizações podem solicitar assessoria dos profissionais do ICom para elaboração e implementação do seu plano institucional e projetos em colaboação. Foram previstas 80 horas de assessoria individualizada a serem distribuídas de forma proporcional entre as organizações, durante o desenvolvimento do projeto.
f) Criação de um grupo de aprendizagem virtual e do portal da rede Com o início das atividades será criado um portal da rede de ONGs da grande Florianópolis que será utilizado com espaço virtual de trocas, aprendizado e comunicação entre os participantes durante e após a realização do projeto.
g) Formação de banco de referências (documentais e virtuais): Envolve a criação de um banco de referências (documentais e virtuais) para cada uma das organizações participantes, o qual servirá de subsídio para a formação dos gestores.
6
2. ATIV
IDADES, P
RODUTOS e RESULTADOS ALCANÇADOS POR PERÍO
DO
Fase 1 – Detalham
ento do projeto, d
ivulgação
e seleção dos participan
tes (agosto e setembro/200
7)
Mês
Atividad
es
Produtos (vide cd roo
m)
Resultados
AGOST
O/2007
• Realização de 2 Reuniões de
Planejamento com
parceiros do projeto
para detalhamento de metodologia, com
apoio do Instituto Fonte (27/07/2008 e
07/08/2007)
• Divulgação do projeto por meio de mailing
e site
• Planejamento de Evento de Lançamento do
projeto (logística e program
ação)
• Contato com
facilitadores para realização
dos primeiros encontros de formação
• Site e marca do projeto
elaborados
• Critérios de seleção definidos
em com
um acordo com os
parceiros
• Formulário de inscrição
elaborado em
com
um acordo
com parceiros
• Carta convite para
lançamento elaborada
• Consolidação de parcerias com
Instuto Guga
Kuerten (IGK), UNISUL, Instituto Voluntários em
Ação (IVA), Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho
(FMSS) e Instituto Fonte
• Projeto detalhado com
cronograma de atividades e
metodologia estabelecidos
• 427 ONGs da Grande Florianópolis contactadas
através de carta convite para participar do evento de
lançam
ento
7
Fase 1 – Detalham
ento do projeto, d
ivulgação
e seleção dos participan
tes (agosto e setembro)
Mês – SETEMBRO/200
7 Atividad
es
Produ
tos (vide cd roo
m)
Resultados
Evento de lançamento
UNISUL – Pad
re Rom
a
•
Realização da 3
a reunião com
parceiros do projeto para
definição de escopo do sistema de avaliação (03/09/2008)
•
Realização de Evento de la
nçam
ento do pr
ojeto na
UNISUL da Padre Rom
a (05/09/2008)
•
Recebimento e análise dos formulários de inscrição, com
base nos critérios de seleção
•
Realização de 2 Reuniões de seleção com
parceiros (27 e
28/09/2008)
•
Divulgação dos selecionados e contato telefônico para
explicar o projeto
•
Definição, junto com
Andréia Saul, de program
ação do 1º
encontro de formação e elaboração de pastas dos
participantes com materiais de apoio
•
Banners do projeto
elaborados
•
Materiais de apoio
elaborados:
.. Material de boas vindas
.. Diário de bordo
.. Termo de com
prom
isso
.. Formulário de avaliação
dos encontros
•
Participação de 104
pessoas no Evento de
lanç
amen
to do Projeto
•
Sistema de avaliação e
instru
men
tos definidos
em acordo com os
parceiros (conforme item
4 a seguir)
•
38 ONGs inscritas
•
33 ONGs selecionadas
8
Fase 2 – Realização de au
to-diagn
óstico e subsídios para elab
oração dos PDIs (ou
tubro a dezem
bro)
Mês – O
UTUBRO/200
7 Atividad
es
Produ
tos (vide cd roo
m)
Resultados
1o Encon
tro de Formação - IDES
1a O
ficina
de Prática - IDES
2º Encontro de Formação - IDES
•
Realização do 1º Encontro de
Formação sob
re con
texto do
terceiro setor facilitado por
Andréia Saul do FICAS (04/05 e
06/10)
•
Sistematização dos materiais
elaborados no encontro e envio
aos participantes
•
Planejamento e realização da 1a
oficina de prática (19/10) na
Irmandade do Divino Espírito
Santo (IDES)
•
1a reu
nião de
acom
pan
ham
ento com
parceiros
(29/10)
•
Planejamento e realização do 2o
encontro de Formação sob
re
auto-diagn
óstico facilitado pela
Luciana Petean do Instituto Fonte
(25 a 27/10)
•
Material didático do 1o
encontro elaborado em
conjunto com
Andréia Saul
e entregue as ONGs
•
Envolvimento de um
a estagiária voluntária com o
projeto (conforme termo de
adesão no Anexo 3)
•
E-mail do grupo criado
•
Program
ação e material
didático do 2o encontro
elaborados em conjunto
com Luciana Petean e
entregue às ONGs
•
Participação de 33 ONGs e 60 gestores no 1º Encon
tro de formação
: .. Dinâmica de integração
.. Elaboração das tendências de cenário no Terceiro Setor e análise de
sua influência nas ONGs
•
Estímulo à troca de informações e comunicação através do e-mail do
grupo
•
Participação de 31 ONGs e 34 gestores na 1ª O
ficina
de prática
(houve uma desistência em função de incompatibilidade de horário):
.. Visita ao IDES
.. Dinâmica de apresentação das instituições
.. Elaboração das tendências de cenário por setor
•
Participação de 32 ONGs e 61 gestores no 2º Encon
tro de Formação:
.. Elaboração do ecomapa de cada ONG
.. Introdução ao roteiro de auto-diagnóstico a partir do modelo trevo e
das fases da organização
•
Aquisição e distribuição de 2 livros para form
ação
do ban
co de
referências pelas O
NGs: :
.. PEZZULO, S. D
esen
volv
endo a
sua o
rganizaçã
o: um
guia
para
susten
tabilid
ade
de
ONG
s. São Paulo: SENAC, 2004.
.. PAULA e SILVA, A
.L U
tiliza
ndo o
pla
nej
am
ento
com
o fer
ram
enta
de
apre
ndizagem. São Paulo: G
lobal, 2003.
9
Fase 2 – Realização de au
to-diagn
óstico e subsídios para elab
oração dos PDIs (ou
tubro a dezem
bro)
Mês – NOVEMBRO/2007
Atividad
es
Produ
tos
(vide cd roo
m)
Resultados
2ª O
ficina
de prática - ACIC
3º Encontro de form
ação - IDES
•
Planejamento e realização da 2ª
Oficina
de prática
•
Atendimento e visita às ONGs para
acom
panham
ento:
.. Centro Com
unitário Escrava
Anastácia (13/11)
.. Instituto Mãe Terra (14/11)
.. Associação Pró-Brejaru (19/11)
.. Junior Achievement (20/11)
.. CDI (20/11)
.. Sociedade Eunice Weaver (21/11)
.. AMMUC (21/11)
•
Planejamento e realização do 3º
Enc
ontro de formação sob
re
plan
ejam
ento facilitado por Alceu
Terra Nascimento (22 a 24/11)
Program
ação e
material didático do
3º encontro de
formação elaborado
em conjunto com
Alceu Terra e
entregue às ONGs
•
Participação de 25 ONGs e 29 gestores na 2a Oficina
de prática:
.. Visita à Associação Catarinense de Integração do Cego (ACIC)
.. Trabalho sobre auto-diagnóstico (discussão sobre roteiro e processo
nas ONGs)
.. Elaboração de carta de avaliação gestor
•
Participação de 28 ONGs e 50 gestores no 3º Enc
ontro de
form
ação:
.. Definição de missão e visão
.. Elaboração de objetivos e estratégias
.. Elaboração de projetos: roteiro e riscos a serem considerados
10
Fase 2 – Realização de au
to-diagn
óstico e subsídios para elab
oração dos PDIs (ou
tubro a dezem
bro)
Mês DEZEMBRO/2007
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
3ª O
ficina
de Prática – Núcleo Espírita Nosso Lar
1º Painel T
emático – Tribunal de Con
tas
Diálogo com
Edu
ardo Szazi e evento de encerram
ento - IDES
•
2ª Reunião de
Acompan
ham
ento com
parceiros (04/12)
•
Planejamento e realização da 3ª
oficina de prática (07/12)
•
Planejamento, divulgação e
realização do 1º Painel
temático sobre legislação do
Terceiro Setor com
Eduardo
Szazi e participação de 2
debatedores (14/12)
•
Realização de evento de
encerramento do ano com
diálogo entre os gestores de
ONGs e Eduardo Szazi e
apresentação das crianças e
jovens das ONGs Africatarina e
Música e Cidadania para as
crianças da IDES
•
Instrumento para
levantamento de
auto-diagnóstico
durante as visitas
elaborado e
validado pelos
parceiros
•
Roteiro para
concepção do Plano
de
Desenvolvimento
Institucional (PDI)
elaborado e
entregue as ONGs
•
Participação de 23 ONGs e 26
gestores na 3ª O
ficina de prática
.. Visita ao Núcleo Espírita Nosso Lar
.. Trabalho sobre roteiro do PDI
.. Identificação das questões
(incôm
odos) do planejamento
.. Transformação das questões em
objetivos e estratégias
•
Participação de 69 pessoas no 1º
Painel T
emático sobre legislação do
Terceiro Setor
•
Participação de 22 ONGs e 29
gestores no Diálogo com
Edu
ardo
Szazi
•
Aqu
isição e distribuição do
livro:
SZAZI, E. T
erce
iro S
etor - Reg
ula
ção
no B
rasil. 4ª Edição Revisada e
Ampliada. São Paulo: G
IFE, 2006,
para formação do banco de referências
pelas ONGs.
11
Fase 3 – Visitas de acom
pan
ham
ento, elaboração e primeira apresentação dos PDIs (janeiro a m
arço)
Meses JANEIR
O a M
ARÇO de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
Visitas às ONGs
• V
isita às O
NGs para
fechamento e registro do
auto-diagnóstico (21 de
janeiro a 25 de março) e
acom
panham
ento na
elaboração dos PDIs
Elaboração de relatórios de
acom
panham
ento das
visitas e devolução às
ONGs (Anexo 4)
•
32 O
NGs visitadas n
uma média de 4 horas cad
a,
num total de 128 horas de assessoria.
•
Assessoria específica às ONGs visitadas em
questões relacionadas à gestão (análise de projetos,
questões jurídicas, instrum
entos de com
unicação
institucional, entre outros)
12
Fase 3 – Visitas de acom
pan
ham
ento, elaboração e primeira apresentação dos PDIs (janeiro a m
arço)
Meses JANEIR
O a M
ARÇO de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
4o Encon
tro de Formação - IDES
1ª apresentação PDIs aos Parceiros - ACIC
• Planejamento e realização do
4º Encontro de form
ação
sobre elab
oração de
projetos e plano
s de ação
facilitado por Silvana
Medeiros do IGK (21 a
23/02)
• Realização da 3ª Reunião de
Acompan
ham
ento com
parceiros (27/02/2008)
• Planejamento e realização da
4ª O
ficina
de Prática
(07/03)
• Planejamento e realização do
1º M
omento de av
aliação de
aprendizagem (27 e 28/03)
• Elaboração de Relatório
Semestral
• Program
ação e
material didático
do 4º encontro
elaborado em
conjunto com
Silvana Medeiros
• Roteiro da 1ª
apresentação do
PDI elaborado e
entregue as ONGs
• Relatório
Semestral
elaborado e
divulgado para os
parceiros
•
Participação de 29 ONGs e 44 gestores no 4º
Encontro de form
ação
.. Avaliação do percurso pelo grupo e (re) definição
do contrato
.. Construção das árvores de problem
a .. Elaboração de projetos e planos de ação
•
Participação de 30 ONGs e 35 gestores na 4ª
Oficina
de Prática
.. Visita à Associação Horizontes
.. Construção das árvores de problem
a por
organização
.. Troca entre os participantes sobre suas árvores
(consultoria entre pares)
•
29 O
NGs ap
resentaram
o PDI pa
ra os parceiros
no primeiro mom
ento de avaliação da
aprendizagem (vide exemplo de apresentação no
Anexo 5).
•
03 O
NGs desistiram
do projeto (vide cartas de
desistência no Anexo 6)
.. APAE - SJ
.. Núcleo Espírita Nosso Lar
.. Associação Horizontes
13
Fase 4 – Aprofund
amento dos PDIs (ab
ril a
julho de 2008)
Meses ABRIL
a M
AIO
de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
5º Encon
tro de Formação - ACIC
6º E
ncontro de Formação - ACIC
Diálogo Ampliado (R
ecife)
• Planejamento e realização do 5º
Encontro de form
ação sob
re
Governan
ça facilitado por Rogério
Silva (10 a 12 de abril/2008).
• Planejamento e realização da 5ª
Oficina
de Prática (25 de abril de
2008 na SERTE).
• Realização da 4ª R
eunião de
Acompan
ham
ento com
parceiros
(30/04/2008)
• Participação no Diálogo Amplia
do
sobre desenvolvimento institucional em
Recife a convite do Instituto C&A (05
a 07/05/2008)
• Planejamento e realização do 6º
Encontro de Formação sob
re
sustentabilidad
e, facilitado por
Marcelo Straviz (de 15 a 17 de maio de
2008).
• Planejamento e realização da 6ª
Oficina
de prática (30 de maio no
Conselho Com
unitário Ponte do
Imaruim).
• Programação e
material didático
do 5º encontro
elaborados em
conjunto com
Rogério Silva
• Programação e
material didático
do 6º encontro
elaborados em
conjunto com
Marcelo Straviz
•
Participação de 26 ONGs e 36 gestores no 5º Enc
ontro de formação
.. Construção coletiva do conceito de governança
.. Relação governança e desenvolvimento institucional
.. Entendendo as relações com diferentes interessados, diretoria e
conselho
.. Diferentes abordagens para fortalecimento da governança
•
Participação de 23 ONGs e 33 gestores na 5a Oficina
de Prática
.. Visita à SERTE
.. Reflexão sobre PDI, com
base no diálogo do dia 27 e 28.
.. Entrega da carta de agradecimento com
com
entários dos parceiros e
conversa sobre desdobram
entos em
cada ONG.
•
Participação de 29 ONGs e 40 gestores no 6º Enc
ontro de formação
.. A organização interna e a questão da causa
.. A mobilização de recursos e as relações
.. O plano de ação
.. Monitoramento e pós-captação
•
Participação de 21 ONGs e 28 gestores na 6a Oficina
de Prática
.. Visita ao Conselho Com
unitário Ponte do Imaruim
.. Apresentação e partilha sobre planos de captação de recursos
.. Construção de propostas para mobilização de recursos em
colaboração
14
Fase 4 – Aprofund
amento dos PDIs (ab
ril a
julho de 2008)
Meses JUNHO a JULHO de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
Mural d
e produtos e apresentação de briefing pelos
participa
ntes no
7º Encontro de Formação - IDES
7º Encontro de Formação - IDES
7ª O
ficina
de Prática - Instituto Carijós
• Planejamento e
realização do 7º
Enc
ontro de
form
ação sob
re
Com
unicação
Institucional facilitado
por Patrícia Peixoto
(ONEWG) e Mariana
Baima (1ª V
ia) (12 a
14 de junho de 2008)
• Realização da 5ª
Reunião de
Acompan
ham
ento
com parceiros
(25/06/2008)
• Planejamento e
realização da 7ª
Oficina
de Prática (04
de julho de 2008 no
Instituto Carijós)
• Program
ação e
material didático
do 7º encontro
elaborados em
conjunto com
Patrícia Peixoto e
Mariana Baima
• Program
ação e
material didático
do 8º encontro
elaborados em
conjunto com
Lucia Dellagnelo
•
Aqu
isição e distribuição do
s livros:
.. CRUZ, C. M
; ESTRAVIZ, M
. Capta
ção d
e D
ifer
ente
s Rec
urs
os
para
Org
anizações
sem
Fin
s Lucr
ativos. São Paulo: G
lobal,
2000.
.. MENEGHETTI, S. B. C
om
unic
açã
o e
Mark
etin
g: Faze
ndo a
Difer
ença
no d
ia-a
-dia
de
org
aniz
açõ
es d
a soci
edade
civi
l. São
Paulo: G
lobal, 2001
•
Participação de 23 ONGs e 36 gestores no 7º Enc
ontro de
form
ação
.. Com
unicação e Marketing no Terceiro Setor
.. Marketing Institucional x Marketing Social
.. Definindo um Plano de Com
unicação
.. Relação com
a Mídia
•
Participação de 20 ONGs e 29 gestores na 7a Oficina
de Prática
.. Visita ao Instituto Carijós
.. Apresentação dos Casos do Educandário e do Instituto Carijós:
descrição da realidade antes do projeto, passos dados na elaboração do PDI,
mudanças no PDI ao longo do percurso, descrição da realidade atual,
comentários sobre percalços, desafios, descobertas, aprendizados.
.. Reflexão sobre os casos com
base nas seguintes perguntas: Quais
as semelhanças e diferenças entre os dois casos? Que aprendizados suscita? Uma
boa prática de desenvolvimento institucional é? Quais os facilitadores e
dificultadores?
15
Fase 4 – Aprofund
amento dos PDIs (ab
ril a
julho de 2008)
Mês de JU
LHO de 20
08
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
8º Encon
tro de Formação – IDES/UNISUL
8ª O
ficina
de Prática – Casa da
Crian
ça do Morro da
Penitenciária
• Planejamento e realização do 8º
Encontro de Formação sob
re
Alia
nças, R
edes e Parcerias,
facilitado pela Lúcia
Dellagnello do ICom
(10 a 12
de julho de 2008)
• Planejamento e realização da 8ª
Oficina
de prática na Casa da
Criança do Morro da
Penitenciária (25 de julho)
• Reuniões com as ONGs para
acom
panham
ento dos PDIs:
.. Orionópolis (29/04)
..CDI (21/05)
.. Educandário (10/06 e 30/06)
.. Associação Pró Brejaru (11/06)
.. ACEPSJ (16/06)
.. SERTE (28/05 e 30/07)
.. I. Carijós (17/07 e 22/07)
.. CCEA (24/07)
• Programação e material
didático do 7º encontro
elaborados em conjunto
com Patrícia Peixoto e
Mariana Baima
• Programação e material
didático do 8º encontro
elaborados em conjunto
com Lucia Dellagnelo
• Formulário com
roteiro
para escrita do PDI
pronto e entregue a
todas as ONGs
•
Aqu
isição e distribuição do
s livros:
.. SCHEFFER, E. I. C
om
o sair
des
sa? Cuiabá:
Forem
at e Inbraco: 2005
.. SANTA ROSA, N
. S e SCALÉA, N
. S. A
rte
Educa
ção p
ara
Pro
fess
ore
s. Rio de Janeiro:
Pinakotheke, 2006.
•
Participação de 23 ONGs e 34 gestores no 8º
Encontro de form
ação
.. Marco conceitual de alianças, redes e parcerias
.. Construção de uma visão comum
sobre o Terceiro
Setor (quem
som
os, qual a nossa história, qual o
nosso papel?)
.. Construção coletiva da agenda do Terceiro Setor
de Florianópolis por tema
•
Participação de 18 ONGs e 22 gestores na 8a
Oficina
de Prática
.. Visita a Casa da Criança e Inauguração da
Biblioteca e Brinquedoteca
.. Validação das propostas A
genda do Terceiro
Setor de Florianópolis por temas
.. Elaboração de propostas por setor de atuação
(assistência social, educação, cultura e meio-
ambiente)
16
Fase 5 – Avaliação, 2ª Apresentação do
s PDIs e encerramento (agosto e setem
bro 2008)
Meses de AGOSTO e SETEMBRO de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
Worksho
p de avaliação
Entrega da Agenda do Terceiro Setor aos candida
tos a
Prefeito de Florian
ópolis
• Planejamento e realização do W
orkshop
de
avaliação do pr
ojeto junto com os
participantes, facilitado pela Marina
Oliveira do Instituto Fonte (07 a 09 de
agosto de 2008)
• Realização da 6ª R
eunião de
Acompan
ham
ento com
parceiros
(13/08/2008)
• V
alidação, por e-mail, junto a mais de 200
ONGs da Grande Florianópolis da Agenda
do Terceiro Setor de Florianópolis
(setem
bro de 2008)
• E
ntrega da Agenda do Terceiro Setor aos
cand
idatos a Prefeito do município de
Florianópolis (22 de setembro a 01 de
outubro de 2008)
• Reuniões com as ONGs para
acom
panham
ento dos PDIs:
.. Orionópolis (13/08)
.. Educandário (22/08 e 22/11)
.. Associação Pró Brejaru (13/08)
.. Associação João Paulo (11/08)
• Program
ação e
material didático
do workshop de
avaliação
elaborados em
conjunto com
a
Marina Oliveira do
Instituto Fonte
• A
genda do Terceiro
Setor de
Florianópolis
elaborada e entregue
aos candidatos a
Prefeito, às ONGs e
aos parceiros
(Anexo 7)
• Elaboração de
relatório de
avaliação do projeto
pelos participantes
•
Participação de 24 ONGs e 35 gestores no
Workshop
de Ava
liação:
.. Construção coletiva da linha do tempo do
projeto e das preguntas avaliativas
.. Avaliação das experiências nas organizações
(ciclo de ação aprendizagem)
.. Avaliação do gestor (leitura individual da
carta do gestor e elaboração de nova carta)
.. Avaliação do percurso do grupo
.. Próximos passos do Projeto Fortalecer
(propostas de ações em colaboração)
•
Aquisição e distribuição do livro:
.. MARINO, E. M
anual de
Ava
liaçã
o d
e
Pro
jeto
s Soci
ais. São Paulo: Saraiva, 2003.
•
Agenda
do Terceiro Setor entregue a tod
os os
candidatos a Prefeito do
Município de
Florian
ópolis. O
atual Secretário de
Planejamento se comprom
eteu a im
plem
entar
uma das prioridades propostas e estamos em
negociação para efetivá-la
17
Fase 5 – Avaliação, 2
ª Apresentação do
s PDIs e encerram
ento (agosto e setem
bro 2008)
Meses de AGOSTO e SETEMBRO de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
2ª Apresentação PDIs - ACIC
Mom
entos do encerram
ento - ACIC
• Planejamento e realização 2º
Mom
ento de Avaliação do
percurso de ap
rend
izagem
(04 e 05/09/2008)
•
Realiz
ação de Enc
ontro de
Encerramen
to (06/09/2008)
• Planejamento e realização de 2
Mom
entos de avaliação com
os Parceiros (09/09/2008 e
18/11/2008)
• Entrega de certificado de
curso de extensão da
UNISUL (Anexo 8) para 52
participantes fixos
• Entrega de certificado do
ICom
(Anexo 8) e parceiros
para 13 participantes
flexíveis que freqüentaram
os encontros e/ou as
oficinas
• Apresentação artísticas dos
grupos de jovens da
APIVALE, A
ssociação Pró-
Brejaru, O
NG Música e
Cidadania e Africatarina
• Almoço de confraternização
para os participantes e seus
familiares
• Elaboração de relatório de
avaliação do projeto pelos
parceiros
•
29 O
NGs ap
resentaram
seu
s PDIs e dialogaram
sobre eles com
os parceiros
•
Participação de 25 ONGs e 38 gestores no
Encontro de Encerramento
•
Participação dos seguintes parceiros nos encontros
de avaliação:
.. Instituto Fon
te (Marina Oliveira)
.. IG
K (Alice Kuerten e Juliana)
.. UNISUL (Regina Pan
ceri)
.. FMSS
(Miguel M
ingu
illo e Alceu Terra)
18
Fase 6 – Acompan
ham
ento e sistematização
da avaliação (outubro a dezem
bro de 2008
)
Mês de OUTUBRO a DEZEMBRO de 2008
Atividad
es
Produ
tos
(Vide cd
roo
m)
Resultados
1a Oficina
de Acompa
nham
ento
SERTE
2ª O
ficina
de Acompa
nham
ento Edu
cand
ário
Apresentação do Fortalecer no Evento Empresas e
Com
unidad
es
• Planejamento e realização de 1a
Oficina
de acom
pan
ham
ento
na SERTE da Cacheira do Bom
Jesus (17/10/2008)
• Planejamento e realização, em
parceria com
a AVINA e a
FMSS, do Evento Empresas e
Com
unidad
es
• Planejamento e Avaliação da 2ª
Oficina
de Acompan
ham
ento
no Educandário (19/11/2008)
• Entrega dos Relatórios de
avaliação às ONGs
(dezem
bro/janeiro/fevereiro)
• Edital do Fundo de
Apoio à Implem
entação
dos PDIs elaborado em
conjunto com
as ONGs
e os parceiros
• Programação e material
didático do 8º encontro
elaborados em conjunto
com Lucia Dellagnelo
• Elaboração de 29
relatórios de avaliação
com indicadores e
movimentos de
sustentabilidade interna
e externa de cada ONG
a serem entregues às
ONGs até janeiro
(Anexo 4)
• Folder do Projeto
(Anexo 9)
•
Participação de 19 ONGs e 27 gestores na 1ª
Oficina
de Acompan
ham
ento:
.. O que aconteceu nesses dias (informes)
.. Leitura coletiva da proposta do Fundo de
Incentivo à Implementação dos PDIs
.. Definição de Critérios para apoio
.. Definição de nomes para comitê de avaliação
• Participação de 18 conferencistas e 122 participantes
representantes das empresas e das ONGs de Santa
Catarina.
•
Formação do Fun
do de Incen
tivo à
Implem
entação dos PDIs com
investimento de R$
30.000,00 do Instituto C&A e de R$ 15.000,00 da
FIESC, através do Evento Empresas e
Com
unidades
•
Participação de 19 ONGs e 27 Gestores na 2ª
Oficina
de Acompan
ham
ento
.. Informes
.. Validação de Edital do Fundo de Incentivo à
Implem
entação dos PDIs
.. Leitura e validação das propostas de ação em
colaboração
19
3. INDICADORES DE AVALIAÇÃO
3.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO, PROCESSOS E INSTRUMENTOS UTILIZADOS
O sistema de avaliação do projeto foi elaborado em comum acordo com os parceiros e é composto de
diferentes processos que visam promover a avaliação em três níveis distintos: resultados, satisfação dos
participantes e processo. Os instrumentos de avaliação, definido a seguir, estão incluídos no cd room em
anexo:
3.1.1 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS:
• Formulário de inscrição (aplicado na seleção com os participantes) que permitiu realizar um
primeiro diagnóstico das ONGs (marco zero);
• Questionário de acompanhamento das visitas e levantamento do auto-diagnóstico, permitindo
identificar a situação inicial da gestão das ONGs e a situação ao final do projeto;
• 02 momentos de avaliação da aprendizagem (um em março e outro em setembro), por meio
da apresentação do Plano de Desenvolvimento Institucional e diálogo com os parceiros. No
primeiro momento, as ONGs dialogaram com os parceiros sobre uma primeira versão do PDI
(Anexo 5) e no segundo já apresentam um PDI mais detalhado, contendo: apresentação da
instituição (quem somos), diagnóstico da instituição (onde estamos), identificação das questões
prioritárias (para onde vamos), definição de planos de ação por área (como vamos chegar)
(Anexo 10).
• 01 Encontro de avaliação do projeto realizado com todos os participantes, contando com a
facilitação da Marina Oliveira do Instituto Fonte.
• 01 Encontro de avaliação do projeto realizado com os parceiros, contando com a facilitação
da Marina Oliveira do Instituto Fonte.
3.1.2 AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO DOS PARTICIPANTES:
• Formulário de avaliação, aplicado em cada Encontro de formação com os participantes,
visando avaliar a sua satisfação com os facilitadores, infra-estrutura/ material didático e
coordenação e obter sugestões para melhoria;
• Parada de avaliação no 4º Encontro de Formação, no retorno das atividades no início de
2008, contando com a facilitação do Sidney do Projeto Cooperação (21/02/08);
• 01 Encontro de avaliação do projeto realizado com todos os participantes, contando com a
facilitação da Marina Oliveira do Instituto Fonte (07 a 09/08/08).
20
3.1.3 AVALIAÇÃO DO PROCESSO:
• Reuniões técnicas semanais com coordenação geral do ICom e equipe técnica para
acompanhamento de processo e orçamentário;
• Reuniões bimensais de acompanhamento com os parceiros;
• 01 encontro de avaliação do projeto realizado com os parceiros, contando com a facilitação da
Marina Oliveira do Instituto Fonte (09/09 e 18/11/2008).
Os diferentes instrumentos tiveram também por foco responder a algumas perguntas avaliativas, definidas
em conjunto com os parceiros, referentes a quatro dimensões do projeto: organizacional, ações em
colaboração, indivíduo (gestor) e metodologia, conforme tabela a seguir.
Dimensões Perguntas avaliativas Instrumentos
Organização
participante
O que mudou na organização com o
projeto Fortalecer?
• Formulário de Inscrição
• Apresentações do PDI 1o e 2o momento
• Visitas/ assessoria (formulário)
Ação colaborativa
(grupo)
Que formas de colaboração foram
incorporadas com o projeto
Fortalecer?
• Apresentação dos PDIs
• Avaliação nos encontros e oficinas
• Encontro de avaliação com participantes
• Encontro de avaliação com os parceiros
• Visitas /assessoria (formulário)
Auto-avaliação
(gestor)
Que mudanças aconteceram na
relação do gestor com a sua equipe?
• Formulário de avaliação dos encontros
• Carta do gestor
Processo/
Metodologia
Quais os diferenciais do projeto
Fortalecer?
O que não deu certo na metodologia?
• Formulário de avaliação dos encontros
• Reuniões com parceiros
• Encontro de avaliação
Nos próximos itens são apresentados os indicadores obtidos a partir da aplicação desses instrumentos.
21
3.2 QUANTO ÀS METAS DO PROJETO
A seguir sintetizamos a avaliação das metas, já detalhadas no item 2.
• Realizar 08 Encontros de Formação com facilitadores de reconhecida experiência e com
conhecimento nas áreas temáticas do projeto.
Foram realizados 08 Encontros de Formação, facilitados por 2 profissionais externos e 6 da rede de
parceiros do projeto (sendo que 04 não cobraram pelo seu trabalho). Além dos encontros, foi feito 01
workshop de avaliação, no qual foi trabalhado o conteúdo de avaliação e, ao mesmo tempo, avaliado o
projeto. Nos encontros foram feitos 3 momentos de integração, que contaram com a facilitação do
Sidney Soares, do Projeto Cooperação, sendo um no 1º encontro de formação, outro no 3º e um final no
encontro de encerramento.
• Realizar 07 Oficinas de Prática que possam proporcionar a aplicação dos conteúdos vistos durante os
Encontros de Formação, além da troca de experiências e consultoria entre pares.
Foram realizados 08 Oficinas de Prática, as quais aconteceram nas sedes de 08 ONGs distintas, que
receberam os participantes e se apresentaram, permitindo a visita e o contato com a realidade de cada
uma delas. As oficinas foram espaços de prática das metodologias aprendidas nos encontros e de
acompanhamento dos PDIs, além de troca de experiências e informações entre os participantes.
• Proporcionar 80 horas de assessoria individualizada para as ONGs, apoiando-as a construir seu
plano de fortalecimento institucional, além de desenvolver projetos em colaboração.
Foram realizadas 128h de assessoria na primeira visita feita às ONGs, visando apoiá-las na elaboração
do auto-diagnóstico. Além disso, foi feita visita a mais 09 ONGs (em média de 4hs cada) que
solicitaram um apoio mais individualizado para a elaboração dos seus PDIs. Esse apoio envolveu a
facilitação de seminários e de reuniões internas com a equipe.
• Realizar 03 painéis temáticos com especialistas em áreas estratégicas para o fortalecimento do
Terceiro Setor na Grande Florianópolis.
Foi realizado 01 painel temático sobre legislação do Terceiro Setor, facilitado pelo Eduardo Szazi e
aberto a convidados externos. Os outros dois painéis previstos eram sobre a relação entre ONGs e
financiadores e sobre redes sociais e políticas públicas. Este último, aconteceria quando da entrega da
22
Agenda do Terceiro Setor aos candidatos à Prefeito de Florianópolis. Porém, concluiu-se que seria mais
proveitoso realizar, no lugar de um evento único, encontros para apresentar a Agenda pessoalmente
a cada um dos candidatos, o que aconteceu no final do mês de setembro de 2008. O evento sobre
ONGs e financiadores foi realizado, por meio do Empresas e Comunidades, organizado em parceria
pelo ICom, a AVINA e a Fundação Maurício Sirotzky Sobrinho nos dias 28 e 29 de outubro de 2008.
• Criar um espaço virtual de trocas, aprendizado e comunicação entre os participantes durante e após a
realização do projeto.
Foi criado um e-mail do grupo [email protected] que está sendo utilizado até hoje para
comunicação entre os participantes. Além disso, todos os materiais didáticos produzidos durante o
projeto foram inseridos numa página do yahoo grupos. O id é projeto.fortalecer e a senha icomfloripa.
• Criar um banco de referências bibliográficas para cada uma das organizações participantes, o qual
servirá de subsídio para a formação dos gestores.
Foram distribuídos 08 livros para cada organização, cujos títulos foram detalhados acima. Além disso,
foram distribuídos materiais didáticos em cada encontro (incluídos no cd room) além de outros materiais
produzidos pelo ICom como o Folder de Incentivos Fiscais e os Sinais Vitais.
• Realizar 02 momentos de avaliação do percurso de aprendizagem com os participantes, um para
apresentação do PDI e outro para apresentação de projetos em colaboração.
Foram realizados 02 momentos de avaliação que aconteceram nos dias 27 e 28 de março e nos dias 4 e
5 de setembro de 2008. Nos dois encontros, 29 ONGs apresentaram a primeira e a segunda versão dos
seus PDIs, respectivamente, e representantes de todas as instituições parceiras estavam presentes
(Instituto C&A, Instituto Guga Kuerten, Fundação Maurício Sirotsky, Instituto Voluntários em Ação,
UNISUL e Instituto Fonte).
• Realizar 03 encontros de planejamento e 02 de avaliação com os parceiros do projeto, com vistas a
concepção e acompanhamento do projeto, de forma colaborativa.
Os 03 encontros de planejamento foram realizados nos meses de julho e agosto de 2008, além de
terem sido feitas 02 reuniões para seleção dos participantes. Durante o projeto foram feitas 06
reuniões de acompanhamento entre os parceiros e mais 02 encontros de avaliação.
23
4.3 QUANTO ÀS ONGs e aos GESTORES PARTICIPANTES
4.3.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ONGs PARTICIPANTES
Das 32 ONGs, 25 (78%) atuam diretamente com crianças e adolescentes
1. APIVALE- Associação de Apicultores e Agricultores Agroecológicos do Vale do Rio D'una
2. Associação Ambientalista Comunitária Espiritualista Patriarca São José
3. Associação Brasileira de Portadores de Câncer - AMUCC
4. Associação Catarinense de Planta Medicinais
5. Associação Catarinense para Integração do Cego
6. Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE-SJ
7. Associação Escola Oficina da Vida
8. Associação Horizontes
9. Associação João Paulo II
10. Associação Junior Achievemet de Santa Catarina
11. Associação Mantenedora de Apoio - posto CVV de Florianópolis
12. Associação Pró-Brejaru
13. Casa da Criança do Morro da Penitenciária
14. Centro Cultural Escrava Anastácia
15. Comitê para Democratização da Informática de Santa Catarina
16. Conselho Comunitário Ponte do Imaruim
17. Cooperativa de Produtos e Serviços Florestais Mãos na Mata
18. GAPA - Lar Recanto do Carinho
19. Grupo Africatarina de Arte e Arte-Educação
20. Grupo Escoteiro do Mar Ilhas Guará
21. Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável
22. Instituto Carijós Pró-Conservação da Natureza
23. Instituto Ekko Brasil
24. Instituto Harmonia na Terra
25. Instituto Mãe Terra de Tecnologia Educacional e Ambiental
15 Educação e cultura
10 Ambientalistas
07 Assistência social
24
26. Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia - IMMA
27. Irmandade do Divino Espírito Santo - IDES
28. Núcleo Espírita Nosso Lar
29. ONG Música & Cidadania
30. Orionópolis Catarinense
31. Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação (SERTE)
32. Sociedade Eunice Weaver de Florianópolis
4.3.2 LOCALIZAÇÃO DAS ONGs PARTICIPANTES
15 ONGs Educação/Cultura
10 ONGs Ambientais
07 ONGs de Assistência Social
25
4.3.3 PERFIL DAS ONGs PARTICIPANTES (MARCO ZERO)
Principal Fonte de Recurso
12%
3%
15%
18%
6%
25%
15%
3%3%
Governo Municipal
Governo Estadual
Governo Federal
Venda de Produtos eServiços
Indíviduos/ Membros
Fundações e Institutos
Empresas
Agências Internacionais
Não Informou
Forma Jurídica
94%
3%3%
Associação
Cooperativa
Fundação
Títulos
24
86
1513
1814
0
5
10
15
20
25
30
CMAS CMDCA UPF UPE UPM CEBAS OSCIP
CMAS
CMDCA
UPF
UPE
UPM
CEBAS
OSCIP
Cidades6%
6%
12%
76%
Florianópolis
São José
Paulo Lopes
Palhoça
Número de Pessoas Atendidas
21% 12%
34%18%
15%
Até 100 pessoas
De 100 a 500 pessoas
De 500 a 1000 pessoas
De 1000 a 3000 pessoas
Acima de 3000
Número de Funcionários
37%
30%
9%
9%
3%
12%
Nenhum
De 1 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 41 a 50
Acima de 51
Número de Voluntários
18%
37%
6%18%
6%
9%
6%
Nenhum
De 1 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 31 a 40
De 41 a 50
Acima de 51
Principal Fonte de Despesas
43%
9%
27%
21%
Pessoal
Administrativa
Atividades a Fim
Não Informou
Parceiros
73%
15% 12%
Nenhum
De 1 a 10
Acima de 10
Sede9%
91%
Sede Própria /Cedida ou Alugada
Não PossuemSede
26
4.3.4 PERFIL DOS GESTORES PARTICIPANTES
• O projeto atingiu 65 participantes dos quais 52 eram fixos e participaram de mais de 186 horas de formação durante o projeto. Além desses, foram envolvidos indiretamente vários membros da equipe que, na grande maioria dos casos, fizeram parte da construção do PDI das ONGs.
• Dentre os participantes fixos, 45% tinham pós-graduação, 37% graduação, 6% graduação incompleta e 12% ensino médio.
• 44% dos participantes fixos atuavam de 1 a 5 anos na organização, 26% trabalhavam de 06 a 10 anos na ONG, 10% de 16 a 20 anos e 10% há mais de 20 anos.
• 67% dos participantes fixos eram dirigentes das instituições, 15% funcionários, 12% coordenadores de projeto e 6% voluntários e associados.
4.3.4 PRINCIPAIS RESULTADOS QUANTO ÀS ONGs e AOS GESTORES
• O projeto mobilizou 32 ONGs, dentre as quais 29 finalizaram o processo de formação e
apresentaram seus planos de desenvolvimento institucional.
• Todas as ONGs participantes fizeram seu Ecomapa, o que permitiu um conhecimento mais
profundo e realista das relações de parceria que elas nutrem com o ambiente externo e a
riqueza das suas relações interinstitucionais.
• Todas as ONGs participantes passaram a conhecer melhor a sua realidade institucional e
apresentaram algum movimento em direção ao seu desenvolvimento nas dimensões sócio-
política, técnica ou gerencial. A seguir indicamos alguns desses movimentos1, ilustrados pelos
depoimentos dos participantes no encontro de avaliação:
� Abertura para um espaço para o DI em suas agendas e inserção do ciclo de planejamento
nas organizações.
“Parou o crescimento desordenado das atividades”.
“A organização passou a definir prioridades”.
“Implementamos reuniões periódicas de avaliação”.
1 Com base nos relatórios de auto-diagnóstico e nos PDIs foram elaborados relatórios de avaliação para cada uma das organizações participantes (vide exemplos no Anexo 4). Esses relatórios estão sendo sistematizados e permitirão produzir alguns resultados quantitativos e qualitativos por organização e também do grupo que serão encaminhados até fevereiro para as ONGs e para o Instituto C&A.
27
“Era tudo que estávamos precisando: parar, refletir, estabelecer prioridades e seguir rumo ao
desenvolvimento da instituição”
� Revisão, fortalecimento e ampliação dos vínculos e das parcerias.
“Figuras que constavam no estatuto passaram a ter existência física e funcional”.
“Revisão de vínculos com parceiros antigos e abandono de alguns que não estavam adequados”.
“A organização conseguiu dizer “não” a uma maneira indesejada de conduzir projetos”.
“A organização manteve-se coerente aos princípios do projeto sem fechar o canal de
comunicação com o financiador que desejava reduzir o valor do patrocínio”.
� Melhoria na gestão e na mobilização de recursos.
“Capacitar-nos trouxe clareza, postura e firmeza para atingir o objetivo de captar recurso. A
ação gerou, além do recurso captado, o reconhecimento da comunidade”.
� Fortalecimento da governança, com descentralização de decisões, qualificação e/ou
formação dos conselhos e diretoria ou desenvolvimento do núcleo gestor.
“Os gestores passaram a assumir papéis mais definidos”.
“As atividades deixaram de estar centralizadas numa só pessoa (a Presidente) e passaram a ser
distribuídas entre os componentes da equipe que passaram a assumir a responsabilidade final”.
“A equipe compreende mais a governança e passou a assumir mais responsabilidades”.
“A descentralização da gestão trouxe maior flexibilidade na comunicação e maior participação
nas reuniões”.
� Fortalecimento da equipe e formação de novas lideranças.
“Houve uma mudança do paradigma: de resistência ao trabalho em grupo a uma adesão a este
tipo de trabalho”.
“Os voluntários passaram a falar abertamente e propor mais”.
� Melhoria da relação com o público-alvo e a comunidade.
“Tomamos consciência de que a governança é uma ação articulada das lideranças e exercício
da participação democrática”.
28
� Fortalecimento da comunicação institucional e interna entre as áreas.
“Os gestores desenvolveram a capacidade de diálogo junto à diretoria”.
“Inserção da prestação de contas no jornal”.
“Ampliação da comunicação com a sociedade através de boletim virtual”
� Maior clareza quanto ao direcionamento da organização e dos seus desafios.
“A organização percebeu melhor seus próprios objetivos e metas”.
“A organização percebeu a importância de seu papel e com isso ganhou segurança e maior
capacidade de auto-gestão”.
“Foi importante concentrar no entendimento das nossas organizações para depois reforçar os
laços de com outras ONGs”
Olhar para dentro primeiro permitiu lavar roupa suja, “organizar a casa”. A próxima etapa é a
articulação”
• As ONGs participantes passaram a reconhecer-se enquanto membros de um campo sócio-
econômico e político comum e construíram uma Agenda para o fortalecimento do Terceiro
Setor de Florianópolis :
“ Reconhecemos que existe vida fora de nossa ONG”
“A diversidade de instituições abre possibilidade, dá oportunidade de fortalecimento das nossas
ações”.
“ Houve uma complementaridade das organizações nos diferentes temas”.
“ Cultivamos valores de respeito à diversidade e aprendemos a valorizar o trabalho dos demais” .
• As ONGs participantes desenvolveram diferentes ações em colaboração, ao longo do projeto, e
pensaram outras que serão desenvolvidas em 2009, com destaque para:
� Partilha de doações entre as ONGs;
� Difusão das agendas institucionais;
� Visitas técnicas de intercâmbio de experiências e expertise;
� Assessoria técnica entre gestores;
� Consultoria entre pares nas oficinas de prática;
� Ampliação da relação com as Universidades, especialmente ESAG/UDESC e UNISUL;
� Formação de um grupo de estudos sobre desenvolvimento institucional em 2009;
� Formação de um grupo de intercâmbio entre assistentes sociais ligadas ao projeto em 2009;
29
� Disponibilização de um curso de Ecopedagogia para educadores das ONGs de educação e
assistência social em 2009;
� Encontros periódicos das ONGs ambientais em 2009.
• Os participantes declararam se sentir mais aptos para exercer seus papéis enquanto gestores, ampliando a sua assertividade e sua capacidade de liderança. No box a seguir, descrevemos alguns dos depoimentos recebidos por alguns gestores participantes:
DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES
“O projeto Fortalecer acaba sendo um marco dentro da organização e recuar é algo que não cogitamos. Inaugurou-se um novo olhar para a prática institucional e aprendeu-se o valor de um questionamento! Assim, esse PDI é o início de
um novo tempo, onde a fé no ser humano é um dos principais ingredientes. As estratégias continuarão sendo incorporadas no dia-a-dia da instituição, com cuidado para que não se transformem somente em mais um procedimento. Existem muitas coisas que precisam ser aprofundadas, muitas relações que precisam ser estabelecidas e tudo isso não
cabe apenas a um profissional. Isso faz hoje parte da organização”.
Maristela Aparecida da Silva Trupel – Coordenadora do Conselho Comunitário da Ponte do Imaruim
“Quando começou o projeto Fortalecer, nós nos demos conta da necessidade e importância da implementação do conselho consultivo já previsto no Estatuto da Entidade. No dia da apresentação do PDI, foi reforçada pelas avaliadoras a necessidade da ativação do referido conselho e escolha de seus membros. Seguindo esta necessidade, a organização
selecionou pessoas e empresas de áreas estratégicas para a Instituição e fez o convite. Algumas empresas já confirmaram a participação por escrito e outras ainda estão selecionando seus representantes. Um dos conselheiros já está participando ativamente das atividades da Instituição e da diretoria, sendo o mesmo o responsável por toda a parte de comunicação da organização. Como exemplos dos trabalhos já realizados através deste conselheiro temos o folder
institucional, a nova logomarca, uma placa de identificação e o banner da instituição”.
Gilson Rogério Moraes – Vice Presidente da Casa da Criança do Morro da Penitenciária
“O dia em que paramos para uma reunião com todos os membros da Associação, voluntários e educadores para analisarmos onde estávamos e onde queríamos chegar foi muito importante. Esta parada serviu de alerta para uma
reflexão sobre a estrutura organizacional, que embora havendo clareza nos papeis, todos faziam um pouco de tudo, em razão da multiplicidade de ações desenvolvidas pela instituição, gerando um acúmulo de funções e uma sobrecarga na pessoa da presidente. A partir daí, estabelecemos as prioridades da Instituição, identificando as dificuldades a serem superadas, através da construção coletiva da árvore de problemas. Nós, enquanto instituição, entendemos que, com a
superação dos problemas identificados, teremos um salto de qualidade”. Laura Maria dos Santos – Presidente da Associação Pró-Brejaru
“Parece que esses movimentos [nas ONGs] apontam para um “padrão de organização”. Me chama atenção os verbos: mudar, agir, refletir...Existem movimentos que se repetem, padrões de desenvolvimento como mais comunicação, mais transparência, mais descentralização. Há uma grande heterogeneidade de movimentos, mas me parece que o projeto
mexeu com todas as organizações, todas se movimentaram.
Fátima Costa de Lima – Dirigente do Grupo Africatarina de Arte Educação, fazendo um comentário no workshop de avaliação.
30
4.3 QUANTO AOS PARCEIROS
Na avaliação com os parceiros, foram levantados as mudanças que ocorreram dentro das organizações parceiras e na relação entre elas, além do intercâmbio delas com as ONGs, em função do Projeto Fotalecer. Sintetizamos abaixo os principais aspectos levantados pelos seguintes parceiros que participaram do processo de avaliação:
• ICom
• Instituto Guga Kuerten
• Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho
• UNISUL
• Instituto Fonte
4.3.1 MOVIMENTOS GERADOS PELA PARCERIA EM TORNO DO PROJETO
• Contato mais próximo com as ONGs e maior conhecimento da sua realidade institucional (suas fragilidades e forças)
• Conhecimento de novas lideranças do Terceiro Setor da Grande Florianópolis
• Reforço à importância da assessoria técnica e do acompanhamento às ONGs no seu desenvolvimento para as organizações apoiadoras
• Ampliação do entendimento sobre o que é desenvolvimento institucional, seus desafios e sua importância para o Terceiro Setor
• Maior relação entre ONGs e Universidade (no caso da UNISUL)
• Concretude em relação à missão do ICom, permitindo construir laços de confiança com as ONGs e construir de uma rede que ampliou consideravelmente o seu enraizamento comunitário
• Fortalecimento dos vínculos entre os parceiros, que estão mais próximos e se conhecem melhor hoje do que quando iniciou o projeto
• Trocas de mailings, de agendas institucionais, além de alguns eventos/ações realizados em conjunto como o Empresas e Comunidades e a Agenda do Terceiro Setor de Florianópolis
• Construção conjunta e continuidade da parceria com o Projeto Transparência
• Aprendizado gerado na transição de vínculos pessoais para parcerias institucionais
• Os parceiros trouxeram um importante capital social e financeiro para o projeto, possibilitando o aproveitamento dos recursos locais
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4.3.2 ASPECTOS FACILITADORES E DIFICULTADORES DA PARCERIA
Facilitadores
• Relações prévias
• Comprometimento dos indivíduos que representavam as instituições
• O fato de ter o recurso disponível facilitou que se construísse uma agenda comum entre essas instituições
• Complementaridade entre instituições
Dificultadores
• O Fortalecer não foi incluído na agenda institucional dos parceiros. Esses foram se encaixando naqueles espaços que achavam que podiam ajudar. O Fortalecer foi visto como um projeto do ICom, no qual as outras instituições eram apoiadoras.
• Houve pouco aproveitamento dos recursos do Fortalecer (encontros, oficinas, materiais didáticos, etc.) pelos próprios parceiros e suas equipes.
• O fato de ter o recurso disponível e ter que iniciar as atividades gerou um certo atropelo em termos do planejamento do projeto. A pressa para realizar não permitiu que se visse como o projeto poderia dialogar com as agendas das instituições.
• Faltou uma maior clareza no papel de cada um. A agenda institucional de cada um poderia ser mais adequada se cada parceiro soubesse o que se esperava dele.
4.3.3 Aprendizados e perspectivas para o futuro
• Importância de inserir o Desenvolvimento Institucional nas agendas das instituições parceiras
• Possibilidade de pensar um projeto de DI para os parceiros
• Importância de um tempo de qualidade para planejar a continuidade do projeto, seu marco conceitual e adequá-lo às atividades já desenvolvidas pelos parceiros
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DEPOIMENTOS DOS PARCEIROS
“Uma coisa que estamos retomando é a importância do contato mais próximo com as organizações. Estamos fazendo reuniões de acompanhamento presenciais. Sempre nos meus relatos eu falo isso. Da mesma forma, eu tenho reforçado a
importância da cooperação técnica na relação da Fundação com as ONGs apoiadas.” Miguel Minguillo – Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho
“Eu acho que só teve pontos positivos. O que podemos perguntar é: o que podemos fazer mais? Os parceiros têm muita experiência, mas também tem pouco tempo. Nós temos que inserir o projeto nas nossas agendas institucionais. Só vi como objetivo a construção de conhecimento coletivo. O que eu penalizo é que a gente não tenha tanto tempo. Eu me
sinto honrada e conhecedora. Quando eu estava aqui eu estava para contribuir com o ICom.” Alice Kuerten – Instituto Guga Kuerten
“O Fortalecer reforçou os vínculos entre os parceiros e co-responsabilizou cada um sobre o processo. Tenho convidado
os parceiros para estarem mais próximos da Universidade. Regina Panceri – UNISUL
“Eu aprendi muito sobre a realidade da Grande Florianópolis. A nossa relação nesse projeto é meia mista, somos propositores e somos clientes. A gente levou isso para proposta de estudo no Instituto e pudemos socializar os
aprendizados”. Marina Oliveira – Instituto Fonte
4.3 QUANTO AO PROCESSO
4.3.1 AVALIAÇÃO DOS FACILITADORES PELOS PARTICIPANTES
1.1Domínio sobre o tema
1.2 Relação teoria e prática
1.3 Sequência dos assuntos
1.4 Aproveitamento dos conteúdos
1.5 Técnicas adequadas
1°encontro 98.0 96.0 96.0 93.0 93.0
2°encontro 95.0 94.0 96.0 93.0 91.0
3°encontro 92.0 85.0 84.0 87.0 85.0
4°encontro 91.0 90.0 89.0 95.0 90.0
5°encontro 95.0 92.0 93.0 98.0 92.0
6°encontro 99.0 97.0 96.0 96.0 96.0
7°encontro 98.0 95.0 97.0 98.0 92.0
8°encontro 99.0 97.0 97.0 97.0 96.0
9º encontro 97.0 92.0 93.0 94.0 93.0
MÉDIA 96.0 93.1 93.4 94.6 92.0
33
98.0
96.0
93.0 93.0
94.0
91.0
92.0
84.0
85.0
89.0
90.0
92.093.0
98.0
99.0
96.0
95.0
97.0
93.4
94.6
92.0
85.0
87.0
91.0 90.0
95.0
97.0 97.097.0
93.1
96.0
82.0
83.0
84.0
85.0
86.0
87.0
88.0
89.0
90.0
91.0
92.0
93.0
94.0
95.0
96.0
97.0
98.0
99.0
100.0
1.1Domíniosobre o tema
1.2 Relaçãoteoria e prática
1.3 Sequênciados assuntos
1.4Aprovei tamentodos conteúdos
1.5 Técnicasadequadas
1°encontro
2°encontro
3°encontro
4°encontro
5°encontro
6°encontro
7°encontro
8°encontro
9º encontro
MÉDIA
4.3.2 AVALIAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA e ASPECTOS MEIO PELOS PARTICIPANTES
2.1 Instalações
físicas 2.2 Prazo adequado
2.3 Materiais didáticos adequados
2.4 Recurso audiovisuais
2.5 Coordenação
1°encontro 87.0 93.0 92.0 95.0 99.0
2°encontro 84.0 85.0 89.0 93.0 96.0
3°encontro 93.0 89.0 91.0 91.0 97.0
4°encontro 93.0 89.0 93.0 97.0 98.0
5°encontro 95.0 85.0 92.0 95.0 100.0
6°encontro 89.0 86.0 94.0 94.0 99.0
7°encontro 95.0 93.0 93.0 98.0 100.0
8°encontro 94.0 86.0 96.0 94.0 100.0
9º encontro 94.0 93.0 93.0 94.0 99.0
MÉDIA 91.6 88.8 92.6 94.6 98.7
34
87
92
99
84
85
89
93
96
91 91
9797
98
85
92
100
89
86
94 94
99
100
86
91.3
88.3
92.5
9393
93
89
95
98
9596
94 94.6
98.6
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
9596
97
9899
100
2.1 Instalaçõesfísicas
2.2 Prazoadequado
2.3 Materiaisdidáticosadequados
2.4 Recursoaudiovisuais
2.5 Coordenação
1°encontro
2°encontro
3°encontro
4°encontro
5°encontro
6°encontro
7°encontro
8°encontro
MÉDIA
A avaliação qualitativa dos encontros pelos participantes se encontra no documento avaliação dos encontros pelos participantes na pasta relatórios de avaliação do cd room, em anexo.
4.3.3 OUTROS RESULTADOS DE PROCESSO
• O projeto teve um custo de R$ 2.169,62 por participante durante todo o período. Desse total, 62% foi coberto pelo investimento feito através da parceria com o Instituto C&A e 38% foi obtido por meio de contrapartidas (não financeiras) feitas pelos parceiros locais e pelas ONGs.
• O Case do Fortalecer foi escolhido pelo Instituto C&A para ser debatido em reunião em Recife junto com outras instituições parceiras, visando criar subsídios para reestruturar seu programa de desenvolvimento institucional.
• Foi formado um Fundo de Incentivo à Implantação dos PDIs, por meio de recursos captados por meio do evento Empresas e Comunidades. Esse Fundo é de R$ 40.000,00, sendo 75% financiados pelo Instituto C&A e 25% pela Federação das Industrias de Santa Catarina – FIESC.
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6.APRENDIZADOS, DESAFIOS e PERSPECTIVAS EM DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
O Projeto Fortalecer serviu para os membros do ICOm, das organizações parceiras e das ONGs envolvidas como um verdadeiro laboratório de práticas sobre Desenvolvimento Institucional (DI). Neste um ano de trabalho e convivência tivemos inúmeros e importantes aprendizados sobre o processo de DI e seus desafios e gostaríamos de salientar alguns deles nas conclusões desse relatório:
• O projeto permitiu confirmar, aquilo que ICom já tinha identificado no mapeamento das ONGs, a
existência de um gap de articulação entre as organizações que atuam com desenvolvimento comunitário na Grande Florianópolis. Também possibilitou compreender que o trabalho “para dentro” em termos de DI foi essencial para reforçar os “laços para fora”, ou seja, com as outras ONGs do projeto e com outros parceiros.
• Um projeto de DI deve considerar as demandas específicas que as ONGs trazem, pois o
desenvolvimento institucional é um processo único, que não se repete. Cada grupo novo vai trazer a sua própria demanda.
• Por ser processo, é difícil mensurar os resultados do DI, pois esses são sempre provisórios. O
resultado não é um estado estável, é a própria capacidade de se manter em transformação. É preciso então saber captar essas dinâmicas, estar conectado com os movimentos das organizações.
• Neste grupo do Fortalecer percebemos que houve uma grande diferença de ritmos, de intensidade e
de profundidade em termos de DI entre as ONGs participantes. Em 08 organizações houve uma grande dificuldade de envolver outros participantes, para além daqueles que freqüentavam diretamente do projeto. Dessas, a grande maioria tinha uma grande fragilidade institucional o que dificultou ainda mais o engajamento no processo.
• A construção de uma relação de confiança entre aqueles que promovem o DI e aqueles que são
sujeitos do DI parece essencial. As organizações que mais avançaram e se movimentaram no projeto Fortalecer foram aquelas que conseguiram construir esses vínculos. Por outro lado, é também essencial a humildade e a vontade de mudar. Aquelas que conseguiram aprofundar nas suas questões e confronta-las avançaram mais.
• Ligado ao aspecto anterior, coloca-se a importância do acompanhamento e da assessoria
individualizada para envolver os membros da organização no processo e ajudá-los a enfrentar os desafios das mudanças, mas não mudar por eles. Os protagonistas do processo do DI são os membros das ONGs e não os apoiadores.
• DI não é apenas profissionalizar e exige trabalhar diferentes dimensões da organização para além da
administrativa: a sua identidade, a sua governança, as suas relações com o meio externo, a sua ação política, os seus resultados, exigindo então uma nova compreensão sobre a gestão de ONGs.
• A metodologia é também um aspecto importante. O mix reflexão e ação, saberes e vivências,
instrumentos e apoio, além do tempo (distância entre encontros e oficinas) foram elementos essenciais no caso do Projeto Fortalecer, permitindo que os gestores se apropriassem do processo e envolvessem outros membros da organização com o projeto.
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• As duas pessoas que participam do projeto tem um papel chave, pois elas são mais do que meros “participantes”, ela são mobilizadoras na organização. Por isso, é fundamental que essas pessoas tenham uma certa influência na organização e capacidade decisória. Isso deve ser considerado na seleção do projeto.
Diante dos resultados acima relatados, pode-se afirmar que o Projeto Fortalecer apoiou o desenvolvimento institucional das ONGs, dos parceiros e do próprio ICom, tendo possibilitado para além do seu reforço, enquanto instituições, uma maior articulação entre esses atores, promovendo o desenvolvimento do próprio setor. Neste sentido, o projeto cumpriu os objetivos e metas propostas e, mais do que isso, pelo seu caráter inovador, tem se colocado como um espaço estratégico para a promoção do capital social na região da Grande Florianópolis.
Carolina Andion Coordenadora do Projeto Fortalecer
Lúcia Delagnello Coordenadora Geral do ICom