InfluenzaInfluenza A H1N1 A H1N1Apresentação: Thiago Thomaz Mafort – R2
Coordenação: Prof. Ricardo Carneiro
Universidade Federal Fluminense - UFFHospital Universitário Antônio Pedro - HUAP
Sessão do Serviço de Clínica Médica
Introdução
Mar/09 primeiros casos no México e EUA
Jun/09 Pandemia
Jul/09 Transmissão sustentada no Brasil
Características Gerais Agente etiológico: vírus influenza A H1N1
(rearranjo de 2 cepas suínas, 1 humana e 1
aviária)
Transmissão: secreções respiratórias (gotículas <1,8m), contato
com superfícies contaminadas e outras secreções
(fezes)
Transmissibilidade maior do que influenza comum
Características Gerais
Período de contágio: desde 1 dia antes
do início dos sintomas até a resolução da
febre
Crianças e imunodeprimidos tem período
de contágio mais longo
Manifestações Clínicas
Similares à gripe comum Febre, tosse, dor de garganta, fadiga,
cefaléia Vômitos e diarréia são mais comuns Calafrio, mialgia, artralgia
Crianças, idosos e imunocomprometidos podem ter sintomas atípicos
Fatores de risco para gravidade
Crianças < 2 anos e adultos > 60 anos
Portadores de doenças crônicas:
pulmonares, cardíacas, renais,
hemoglobinopatias e diabetes
Gestantes
Obesos
Síndrome Respiratória Aguda Grave
FEBRE
+ TOSSE ou DOR DE GARGANTA
+ DISPNÉIA OU OUTROS SINAIS DE
AGRAVAMENTO (TAQUIPNÉIA, HIPOXEMIA, HIPOTENSÃO, CONFUSÃO MENTAL, INFILTRADO PULMONAR)
Gravidade / Idosos
Apesar do maior risco de complicações, a
incidência da doeça na população idosa é
menor
Imunidade pré-existente contra vírus
semelhante que circularam antes de 1957
Laboratório
Leucopenia com linfocitose
Leucocitose sem desvio
Elevação de aminotransferases, LDH e
CPK
Elevação de escórias nitrogenadas
Complicações
2-5% dos casos confirmados requerem
hospitalização
Causas mais comuns de internação:
Pneumonia
Desidratação
Complicações Sinusite, OMA Miocardite, pericardite Encefalite pós
infecciosa, convulsões febris
Síndrome do choque tóxico
Pneumonia rapidamente progressiva
Insuficiência respiratória
SARA Infecção bacteriana
associada (empiema, PNM necrotizante e PAV)
Sepse
Pneumonia Na maioria:
Febre, tosse, dispnéia e esforço respiratório
Elevação LDH
Acometimento bilateral assimétrico
Maior incidência de infecção bacteriana associada
Atenção para MRSA comunitário (cavitação ou
empiema)
Tratamento pneumonia
Risco de MRSA
Vancomicina + ceftriaxone + azitromicina ou
claritromicina (recomendação SES)
Mortalidade Taxas semelhantes à gripe comum (dados até
6/jul/09)
Variações: México: 1,2% / EUA: 0,6% /
Argentina 2,4%
No México: 54% das mortes ocorreram em
pacientes jovens e previamente hígidos
Nos EUA: maioria dos óbitos ocorreu em
pacientes com alguma doença de base
Diagnóstico PCR do RNA viral, nos seguintes
materiais Swab nasal e de orofaringe Aspirado traqueal (pacientes entubados) Fragmento tecidual
Exame reservado para os pacientes de risco moderado e elevado
Tratamento Hidratação Analgésicos e antitérmicos Antivirais (fosfato de oseltamivir - Tamiflu®): nas
primeiras 48h de sintomas
Profilaxia: Profissionais de saúde sem uso de EPI Contactantes de casos graves que estejam
apresentando sintomas
Fosfato de Oseltamivir - Tamiflu®
Posologia: 75mg 12/12h por 5 dias
Mecanismo de ação: inibição seletiva da neuraminidase
(glicoproteína da superfície viral)
Efeitos colaterais mais comuns: náuseas, vômitos,
diarréia, vertigem, insônia. Hemorragia digestiva,
alterações neuropsiquiátricas. Reações alérgicas
cutâneas graves já foram descritas
Uso na gravidez e lactação: somente se o
benefício justificar o risco potencial para o feto /
RN.
Ja há resistência descrita em diversos países
(Dinamarca, Hong Kong, Japão e Canadá)
Fosfato de Oseltamivir - Tamiflu®
A situação no Brasil
Casos Notificados
Casos Confirmados
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos notificados de síndrome gripal
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos de SRAG no Brasil, segundo classificação etiológica
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos de SRAG no Brasil, segundo gênero
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos de SRAG por semana epidemiológica
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos de SRAG segundo os sinais e sintomas
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos de SRAG segundo os fatores de risco
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Distribuição dos casos de SRAG segundo faixa etária
Fonte: Boletim Epidemiológico MS 23/07/2009
Óbitos até 26/07/09 – Total 36 Rio de Janeiro (05)
M 29 – pneumonia M 37 – pneumonia M 39 - ? Menino 10 – anemia falciforme Menino 06 - ?
Paraná (01) M 37 - pneumonia
Fonte: www.g1.com.br
Óbitos – São Paulo (14) M 27 – Gestante M 20 – Gestante +
pneumonia M 37 – Ins. Respirat. M 23 – Ins. Respirat. M 44 – Ins. Respirat. M 26 – amigdalite,
sinusite, pneumonia M 27 - ?
H 58 – Cirrose hep. H 28 – Obesidade
mórbida + Ins. Resp. H 50 - ? H 26 - ? Menina 11 – choque
séptico Menina 4 – broncoesp. Bebe 1a6m – anemia.
Fonte: www.g1.com.br
Óbitos – RS (16) M 36 – gestante M 31 – gestante M 25 – gestante M 63 – DM H 42 – HAS H 36 – HAS, DM,
Cardiopata – Pneumonia
H 26 – pneumonia
H 40 – obesidade H 30 – HAS H 29 – Obesidade H 36 – Cardiopata H 20 - ? H 35 - ? H 29 - ? Menina 5 - ? Menino 9 - ? Fonte: www.g1.com.br
Unidades BásicasMódulos PMF
Policlínicas comunitáriasPoliclínicas regionais
Prefeitura Munincipal de Niterói
Fluxograma de atendimentoà casos suspeitos de gripe
Fluxograma
Fonte: SES/RJ
Porta de entrada: acolhimento pelos profissionais usando máscara cirúrgica
Perguntas:FEBRE + tosse? Dor de garganta? Vômitos?
Diarréia? Falta de ar?
Se positivo: oferecer ao paciente e acompanhante máscara cirúrgica e
encaminhá-los ao atendimento
Observação: uso de EPI pela equipe de saúde
Máscara cirúrgica (procedimentos com risco de aerossóis - máscara N95)
Óculos Luvas
TROCAR A CADA ATENDIMENTO
Consulta Médica
Compatível com síndrome gripal?Se positivo, estratificar risco
Anamnese e exame físico
Risco baixoRisco moderadoRisco elevado
Risco Baixo
Exame físico normal
Estado geral pouco comprometido
Boa capacidade de ingesta oral
Idade entre 2 e 60 anos
Inexistência de doenças crônicas
Conduta – risco baixo
Tratamento com sintomáticos
Orientações
Observação em domicílio com retorno em
caso de piora em 48-72h
Avaliar a necessidade de atestado médico
(5 dias)
Risco Moderado Idade < 2 e > 60 anos
gestantes
Presença de comorbidades / imunodepressão
Alterações no exame físico – ausculta pulmonar alterada
Descompensação de doença crônica
Conduta – risco moderado Encaminhar paciente (com máscara cirúrgica)
para unidade de referência para realização de exames complementares
Hemograma + bioquímica
Rx tórax
Orientar retorno para reavaliação (nesta unidade de referência) após 48h do atendimento ou em caso de piora
Risco Elevado
Adultos
Confusão mental
Taquipinéia e/ou dispnéia
Hipotensão
Risco Elevado
Crianças
Estado geral comprometido
Dificuldade ingestão líquidos / amamentação
Desidratação, vômitos, inapetência
Taquipnéia, esforço respiratório, cianose
Toxemia
Presença de comorbidades
Conduta – risco elevado Notificar COVIG Indicar internação Iniciar tratamento sintomático enquanto aguarda
transferência Acionar CREG estadual Solicitar nome do médico e telefone que
autorizou a vaga Acionar SAMU INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Publicações Recentes sobre o Assunto
Contatos úteis COVIG: 2719 4491 / 2719 4112
CREG RJ: 2332-8577
Lab. Noel Nutels: 2332 8597 / 2332 8598
Lab. Viroses respiratórias (FIOCRUZ) : 2562 1731 / 2562 1754
http://www.riocontragripea.rj.gov.br
www.saude.gov.br
www.anvisa.gov.br
www.who.int
www.cdc.gov/swineflu