Download - Guia Da Horta Escolar e Comunitria
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Autores: BENITO IGREJA JUNIOR (1) ; JADSON LOPES GUEDES (2); ANTNIO CARLOS MARINS (2) (1) Eng. Agrnomo EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo * (2) Tc. em Agropecuria - EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo
SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECURIA
PPggiinnaa 11 ddee 1188
CCAAMMPPAANNHHAA ddee HHOORRTTAASS 22001111 EEdduuccaannddoo ccoomm aa HHoorrttaa EEssccoollaarr
GGUUIIAA DDEE HHOORRTTAASS EESSCCOOLLAARREESS
Realizao: EMATER-RIO * Escritrio de So Gonalo * 2011
Apoio: PREFEITURA DE SO GONALO Secretaria de Agricultura e Pesca Secretaria de Educao Secretaria de Sade
Convnio EMATER-RIO x PREFEITURA MUNICIPAL DE SO GONALO
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PPggiinnaa 22 ddee 1188
CCOOMMOO FFAAZZEERR UUMMAA HHOORRTTAA EESSCCOOLLAARR OOUU CCOOMMUUNNIITTRRIIAA::
1- ESCOLHA DO LOCAL optar por locais que apresentem as seguintes caractersticas:
Terrenos Planos ou Suave-Ondulados
Solos Bem Drenados
Afastado de Esgotos Sanitrios e Fontes de Poluio do Solo e da gua.
Locais Bem Ensolarados e Sem Sombreamentos
Disponibilidade de gua para Irrigao
Possibilidade de Cercamento
Facilidade de ser Vigiado/Controlado, para Evitar Roubos e Depredaes
Local Inacessvel a Animais e Pessoas Estranhas
2- LIMPEZA DO TERRENO realizar a limpeza do terreno, removendo completamente
para fora de sua rea:
Materiais Grosseiros - Pedras, cacos, tocos, latas, plsticos, entulhos, etc...
Matos e Ervas Invasoras Roar a rea e Capinar o solo em seguida.
3- MARCAO DA REA delimitar o permetro da rea a ser cercada e marcar os
canteiros.
O ideal que os canteiros guardem a posio Norte-Sul, de forma a receber a maior
insolao possvel.
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PPggiinnaa 33 ddee 1188
Para Marcao da rea e dos Canteiros deve-se utilizar Linha de Pedreiro e Estacas de
Madeira ou de Bambu.
Os canteiros devem ser de 1,20m de largura e guardar uma rua de acesso entre eles
de cerca de 0,50m. O espao entre cada bateria de canteiros deve ser de 1,0 a 1,5m.
No interior da Horta, reservar um espao para instalar um reservatrio de gua para
irrigao das plantas caixa dgua 500 ou 1.000 litros ou tambor de 200 litros.
4- CERCAMENTO DA REA proteger a Horta, disciplinar o acesso de pessoas e evitar a
entrada de animais.
Aps a Seleo da rea da Horta deve-se proceder a demarcao da mesma.
Com o auxlio de uma marreta ou soquete, fincar Estacas alinhadas a cada 2,0m.
Selecionar Moures de 2,0m a 2,50m de altura. Estes podem ser de concreto, metal
ou de madeira tratada.
A cada 2,0 m de distncia, abrir um buraco com aproximadamente 50 cm de
profundidade e fincar os moures de forma alinhada. Para se fazer o alinhamento
adequado deve-se utilizar linha de pedreiro esticada nos moures das cabeceiras da
cerca. Para que no saia de sua posio, apruma-se cada mouro com fio-de-prumo,
devendo ser fixado em seguida com pedras bem socadas a sua base, podendo ainda
receber uma massa de concreto.
Esticar e fixar em todo o permetro da rea 03 fios de arame grosso para fixar
adequadamente a tela de cercamento. Os fios devem ser fixados nas partes superior,
mediana e inferior de cada um dos moures.
O cercamento pode ser feito com vrios materiais, sendo os mais comuns madeira,
bambu, telas de arame ou de plstico, que devem ficar bem esticadas.
conveniente instalar um porto de acesso com largura suficiente par entrada de
pessoas e carros-de-mo. O ideal de 1,50m.
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5- CONSTRUO DOS CANTEIROS:
Os Canteiros so os leitos que recebero as plantas, devendo ser de terra solta (fofa).
Normalmente so mais altos que o nvel do terreno em no mnimo 30 cm. Nos
canteiros as plantas devero encontrar as melhores condies para o seu
desenvolvimento e produo. A terra estando bem solta e ventilada permitir um
grande desenvolvimento das razes, o que faz com que cresam vigorosas, resistentes
e produtivas.
Os canteiros podem ser construdos por simples elevao da superfcie do solo.
Entretanto, o ideal que sejam mais bem protegidos e, nesses casos, devem ser
construdos com tijolos de cermica, blocos de concreto, pedras de mo, tbuas de
madeira, troncos rolios, bambus, garrafas pet, etc. O importante utilizar materiais
prontamente disponveis.
Os canteiros podem ter comprimento varivel. Para facilitar a vida do trabalhador
rural, no manuseio das plantas e nos tratos culturais, a largura dos canteiros deve
obedecer a uma distncia padro de 1,20m.
Os canteiros no podem ser construdos sobre locais de concreto ou de difcil
drenagem, pois, nesses casos, o encharcamento da rea resultar na morte das
plantas.
6- CORREO DO SOLO:
uma prtica importante, empregada para corrigir a acidez e recuperar a
fertilidade do solo, sendo realizada atravs do uso de CALCRIO AGRCOLA e, por
isso mesmo, denominada de CALAGEM.
A Calagem deve ser realizada uma vez ao ano, antes dos primeiros plantios. O
ideal que se realize a 60 dias antes do plantio, nos meses de janeiro e fevereiro.
De imediato, a Calagem aumenta a oferta de Clcio e Magnsio no solo.
ALTURA 30 cm LARGURA
PADRO 120 cm
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A Calagem diminui a Acidez do Solo e restabelece a Fertilidade Natural do
terreno.
De modo prtico, recomenda-se uma dose anual de 500g/m2 de Calcrio
Dolomtico ou Calcrio Calctico ou ainda Cal Extinta ou Hidratada.
Os Calcrios so produtos pouco solveis em gua. Necessitam, portanto, ser
muito bem misturados com o solo. O calcrio deve ser aplicado em pequenas
doses que so misturadas com a terra gradativamente, at completar a dose total
recomendada.
7- PREPARO DO SOLO:
uma prtica importante, realizada para melhoria dos aspectos fsicos do solo:
aerao, absoro, armazenamento e drenagem da gua no solo, melhoria das
condies favorveis aos microorganismos benficos, etc.
Atravs do uso de enxades, revolve-se a camada do solo a uma profundidade de
30 a 40 cm e com o auxlio de enxadas promove-se a quebra dos torres do solo.
Com a terra preparada, realiza-se a aplicao do calcrio, ao tempo em que se vai
incorporando o corretivo ao solo homogeneamente.
8- ADUBAO ORGNICA DE PLANTIO:
Preparado o solo e corrigida a sua acidez, realiza-se a adubao orgnica de
plantio.
Esta adubao orgnica realizada cerca de uma semana antes do plantio.
Nesta oportunidade, incorpora-se ao solo uma boa dose de matria orgnica,
sendo o produto mais comum o Esterco Animal Curtido. Podem-se utilizar
tambm as tortas de algodo ou de mamona ou o Composto Orgnico.
Esterco Curtido de Vaca, Cavalo, Cabra ou Coelho - 2 baldes de pedreiro/m2
Hmus de Minhoca ou Composto Orgnico - 2 baldes de pedreiro/m2
Esterco Curtido de Avirio, de Galinheiro ou de Codorna - 1 balde de
pedreiro/m2
Tortas de Mamona ou de Algodo - 1 balde de pedreiro/m2
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Escolhido o tipo de Adubo Orgnico a ser aplicado, definir a dose para cada
tamanho de canteiro.
Incorporar profundamente ao solo o adubo orgnico de plantio, de modo a se ter
uma boa mistura com a terra.
9- ADUBAO MINERAL DE PLANTIO:
realizada de 2 a 4 dias antes do plantio.
Em cada m2 de solo a ser plantado aplicar o equivalente a:
100g/m2 de solo de Superfosfato Simples ou Fosfato Natural
100 g/m2 de solo da frmula 10-10-10
possvel tambm fazer uma mistura de ambos os fertilizantes na
proporo de 1:1 e aplicar 200g/m2 de solo
A dose deve ser calculada medindo-se a superfcie de solo
Aplicar de forma a misturar os adubos com a superfcie do solo
10- SEMENTES & MUDAS:
Das espcies a serem cultivadas na horta, observar previamente aquelas que so
propagadas por MUDAS e por SEMENTES.
Espcies PROPAGADAS POR MUDAS Aipim, Alecrim, Alfavaca, Alho, Batata-
Doce, Car, Cebola, Cebolinha, Couve-de-Folha, Hortel, Inhame, Manjerico,
Morango, Taioba, ...
As espcies PROPAGADAS POR SEMENTES - separar aquelas que devem ser
semeadas Diretamente em Canteiros e aquelas que devem ser semeadas em
Sementeiras para depois serem Transplantadas nos Canteiros.
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A- SEMENTES SEMEADAS DIRETAMENTE NO LOCAL DEFINITIVO EM CANTEIROS
HORTALIAS
NMERO DE SEMENTES POR COVA
PROFUNDADE DE
PLANTIO (cm)
DESBASTE N DE PLANTAS POR COVA
TAMANHO DO CANTEIRO (cm)
ESPAO ENTRE LINHAS (m)
ESPAO ENTRE
COVAS (m)
C L F
ACELGA 2 4 1 - 120 20 0,50 0,50
ALMEIRO 2 4 1 - 120 20 0,50 0,40
BETERRABA 2 2 1 - 120 20 0,15 0,15
CENOURA Filete Contnuo 2 1 - 120 40 0,20 0,05
COENTRO Filete Contnuo 4 1 - 120 20 0,25 0,10
COUVE-RBANO
2 4 1 - 120 40 0,40 0,20
ERVILHA 4 4 2 - 120 20 1,00 0,40
ESPINAFRE 3 4 1 - 120 20 1,00 0,40
FEIJO VAGEM
3 4 1 - 120 20 1,00 0,20
NABO 3 4 1 - 120 20 0,35 0,10
PEPINO 3 2 1 - 120 20 1,00 0,50
RABANETE Filete Contnuo 1 1 - 120 20 0,20 0,10
RCULA Filete Contnuo 2 1 sulcos de 5 cm profundidade
0,30 0,05
SALSA Filete Contnuo 1 1 - 120 20 0,25 0,10
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B- SEMENTES SEMEADAS DIRETAMENTE NO LOCAL DEFINITIVO A CAMPO
HORTALIAS
NMERO DE SEMENTES POR COVA
PROFUNDADE DE
PLANTIO (cm)
DESBASTE N DE PLANTAS POR COVA
TAMANHO DA COVA (cm)
ESPAO ENTRE LINHAS (m)
ESPAO ENTRE COVAS (m)
C L F
ABBORAS 5 3 2 50 50 30 3,0 2,0
ABOBRINHA MOITA
5 3 2 50 50 30 2,0 1,0
BERTALHA 5 3 2 40 40 30 1,0 0,5
CHUCHU 2 10 1 50 50 50 3,0 3,0
FEIJO-DE-CORDA
4 5 2 10 10 10 0,7 0,5
MAXIXE 4 3 2 40 40 30 2,0 2,0
MELANCIA 4 3 2 40 40 30 2,0 2,0
MELO 4 3 2 40 40 30 2,0 2,0
MILHO-VERDE
2 4 1 10 10 10 1,0 0,2
QUIABO 5 3 2 5 5 5 1,0 0,5
C- SEMENTES SEMEADAS EM SEMENTEIRAS PARA POSTERIOR TRANSPLANTIO EM
CANTEIROS
HORTALIAS
NMERO DE MUDAS POR COVA
PROFUNDIDADE DE PLANTIO (cm)
PROFUNDIDADE DOS SULCOS
(cm)
ESPAO ENTRE LINHAS (m)
ESPAO ENTRE
COVAS (m)
AGRIO 1 5 10 0,2 0,2 ALFACE 1 5 10 0,3 0,3 ALFAVACA 1 5 10 1,0 0,7 BRCOLIS 1 8 15 0,8 0,4 CHICRIA 1 5 10 0,4 0,3 COUVE 1 8 15 0,2 0,2 COUVE-FLOR 1 8 15 1,1 0,6 MANJERICO 1 8 15 1,0 0,7 REPOLHO 1 8 15 0,8 0,4
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D- SEMENTES SEMEADAS EM SEMENTEIRAS PARA POSTERIOR TRANSPLANTIO NO CAMPO
HORTALIAS
NMERO DE MUDAS POR
COVA
PROFUNDIDADE
DE PLANTIO (cm)
PROFUNDIDADE
DOS SULCOS (cm)
ESPAO ENTRE LINHAS
(m)
ESPAO ENTRE COVAS
(m)
BERINJELA 1 10 15 1,5 1,0
JIL 1 10 15 1,2 1,0
PIMENTA 1 8 15 1,2 1,0
PIMENTO 1 8 15 1,2 0,7
TOMATE 1 8 15 1,2 0,7
TOMATE CEREJA
1 8 15 1,2 0,7
11- COMO FAZER UMA SEMENTEIRA SIMPLES
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PPggiinnaa 1100 ddee 1188
12- ESPAAMENTOS:
Para se cultivar as plantas convenientemente deve se proceder aos plantios em linhas e
covas espaadas regularmente. Tal procedimento conveniente para proporcionar s
plantas igualdade de condies em termos de gua, Luz e Nutrientes.
Espaamento Entre Linhas a distncia regular entre as plantas e que varia de
uma cultura agrcola e outra.
Espaamento Entre Covas - a distncia regular entre as plantas, dentro de cada
linha, e que varia de uma cultura agrcola e outra.
13- SEMEADURA:
SEMEADURA o ato de semear as sementes.
SEMEAR o ato de deitar sementes ao solo para que germinem.
GERMINAO Incio de desenvolvimento de uma planta, a partir do embrio de sua
semente.
A Semeadura pode ser realizada em Sementeira ou no Local Definitivo.
No Local Definitivo so semeadas as hortalias que no suportam a operao de Transplantio.
Imediatamente aps a Semeadura devem-se cobrir as sementes com uma fina camada de terra
peneirada. Em seguida, cobre-se todo o leito do canteiro com uma leve camada de grama aparada ou
palhada leve, para reduzir o calor no leito, eliminar os impactos das gostas de chuva e manter a
umidade do solo.
Em algumas circunstncias, pode-se fazer uma cobertura plstica transparente suspensa do solo
com arames, simulando uma estufa.
Por fim, promove-se uma boa irrigao.
Linha 4
Linha 1
Linha 2
Linha 3
Linha 5
Covas de uma Mesma Linha
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PPggiinnaa 1111 ddee 1188
14- TRANSPLANTIO:
Algumas hortalias devem ser semeadas em sementeiras, de modo a formar as suas mudas, para
posterior transplante no local definitivo. So plantas mais delicadas e que exigem maiores cuidados
no processo de formao de mudas, que se d em sementeiras.
O Transplantio a mudana das plantas que cresceram na sementeira para o lugar definitivo.
O Transplantio feito quando as plantas apresentam 4 a 6 folhas definitivas. O ideal que seja feito
no final da tarde ou em dia nublado para evitar que o calo excessivo provoque a morte das mudas.
15- TRATOS CULTURAIS IRRIGAO e DRENAGEM:
As hortalias so plantas muito exigentes em gua. Da que devem ser irrigadas periodicamente,
sendo que o ideal que sejam regadas a cada 2 dias.
To importante quanto a gua a presena do oxignio nas razes. Para tanto,
os solos devem ter uma boa Drenagem, no sendo sujeitos aos
encharcamentos.
Uma boa mangueira com crivo de chuveiro acoplado na extremidade
costuma ser eficaz na rega, no prejudicando as plantaes, ainda que jovens.
Um bom regador tambm cumpre eficazmente a funo da irrigao de canteiros das hortas.
16- FERRAMENTAS UTILIZADAS:
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PPggiinnaa 1122 ddee 1188
17- TRATOS CULTURAIS CONTROLE DE ERVAS INVASORAS:
As hortalias so plantas muito exigentes em gua, Luz e Nutrientes, motivo
pelo qual o controle do mato consiste em uma das
prticas mais importantes. O controle do mato
comea pela capina do solo com enxada, por ocasio
do preparo do solo. Durante o ciclo de vida dessas
plantas cultivadas, que so bastante delicadas, tal
prtica deve ser intensificada e cuidadosa, atravs da
capina manual. Uma prtica agrcola importante a
Cobertura Morta ou Mulching, que consiste em
dotar a superfcie do solo, ao redor das plantas em especial, de uma
compacta camada de restos vegetais, de forma que as sementes do mato no encontrem
condies favorveis germinao e desenvolvimento.
18- TRATOS CULTURAIS ADUBAO DE COBERTURA:
Comear a aplicar a partir de 3 (trs) semanas aps a germinao das sementes ou aps o
transplantio das mudas plantadas no local definitivo.
Diluir 1 (uma) colher de sopa de uria em 10 Litros de gua.
Em relao freqncia de aplicao, esta pode ser feita uma vez a cada 15 dias (semanas
alternadas).
19- TRATOS CULTURAIS CONTROLE DE PRAGAS:
O cultivo de hortas e de pomares, quando atende s necessidades do solo e da planta, atravs de
adubao orgnica e de prticas culturais adequadas, propiciam maior equilbrio ambiental.
Quando as plantas so infestadas significativamente por pragas importante dar preferncia
utilizao de prticas alternativas, antes de recorrer s medidas tradicionais de controle.
No intuito de disponibilizar as informaes mais relevantes foram agrupadas aqui algumas
frmulas caseiras para o controle de pragas e doenas que, frequentemente, ocorrem em
vegetais.
CONTROLE DE PRAGAS EM HORTALIAS:
CAROS - 30 ml de leite integral ou soro de leite + 1 litro de gua => Modo de fazer:
misturar e pulverizar diretamente sobre as plantas.
CAROS E COCHONILHAS - 500 g de folhas frescas ou 100 g de folhas secas de
samambaia do mato + 1 litro de gua => Modo de fazer: deixar as folhas frescas ou as folhas
secas curtirem na gua por 48 horas, depois coar, diluir em 10 litros de gua e aplicar.
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PPggiinnaa 1133 ddee 1188
CAROS E PULGES - 01 mao de Coentro + gua => Modo de fazer: levar ao fogo com
gua, de modo a cobrir o mao e ferver por 10 minutos. Coar e completar para 01 litro de
gua, depois de esfriar, aplicando sobre as plantas infestadas.
LAGARTAS, PULGES E COCHONILHAS - 150 g de fumo de rolo + 1 litro de gua =>
Modo de fazer: picar o fumo e deixar curtir na gua por 48 horas; depois coar, diluir em 10
litros de gua e pulverizar.
ARMADILHA PARA LESMAS E CARACIS - Colocar sacos de aniagem molhados no
leite entre os canteiros atacados, por dois dias. A cada manh, retirar as armadilhas, eliminar
as lesmas, lavar os sacos de aniagem e reiniciar a prtica enquanto houver infestao.
FORMIGAS SAVAS - Plantar gergelim no terreno.
PULGES e LAGARTAS - Receita A: Folhas de arruda + gua => Modo de fazer: levar ao
fogo com gua fervente por 10 minutos, coar e aplicar depois de esfriar.
PULGES e LAGARTAS - Receita B: 20 frutinhos de pimenta malagueta + 1 litro de gua
=> Modo de fazer: triturar no liquidificador com um pouco de gua, coar e completar para 1
litro, pulverizando as plantas infestadas.
PULGES e LAGARTAS - Receita C: 4 dentes de alho + 1 litro de gua => Modo de fazer:
esmagar os 4 dentes de alho e deixar curtir na gua por 12 horas. Aps este perodo, diluir
em 10 litros d'gua e pulverizar.
PRAGAS DIVERSAS - Receita A: 500 ml de querosene + 250 g de sabo em barra + 4
litros de gua quente + 15 litros de gua => Modo de fazer: aquecer os 4 litros de gua e
adicionar o sabo, agitando bem at derreter. Em seguida, com a mistura morna, acrescentar
o querosene com cuidado e diluir no restante da gua. Aplicar ao entardecer ou nas primeiras
horas da manh para evitar qualquer efeito txico do querosene sobre as plantas.
PRAGAS DIVERSAS - Receita B: plantar Cravos do tipo Tagetes em torno dos canteiros.
CONTROLE DE DOENAS DE PLANTAS
CALDA BORDALEZA - 100 g de Sulfato de Cobre + 100 g de Cal Virgem + 20 litros de gua
=> Modo de fazer: Use sempre vasilhames de plstico, amianto ou madeira. Ponha
primeiramente o sulfato de cobre em um saquinho de pano e deixar desde a vspera de
molho em um balde com 5 litros d'gua para dissolver. Em outro vasilhame, misture a cal
virgem com os 15 litros d'gua restantes. A seguir, despeje lentamente a soluo de sulfato
de cobre na cal virgem apagada, mexendo lentamente, formando uma calda de cor azul.
Finalmente, faa o teste para saber se a calda est no ponto ou se est cida. s mergulhar
a ponta de uma faca de ao (no pode ser inoxidvel) por trs minutos e observar: se a faca
ficar escurecida porque a soluo est cida e se necessita adicionar mais um pouco de leite
de cal. Se no alterar a cor da faca, a soluo est no ponto. Ateno: A Calda Bordaleza
depois de pronta deve ser utilizada no mesmo dia e no deve ser pulverizada nos horrios de
pleno sol.
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20- TCNICAS AGRCOLAS ESPECFICAS TUTORAMENTO:
uma tcnica de suma importncia para a conduo adequada de algumas culturas,
que necessitam ser apoiadas, de forma a evitar o seu tombamento. Tal prtica vital
para as culturas de Pepino, Tomate, Pimento, Feijo Vagem, Ervilha, Jil e Berinjela.
Aps o plantio e quando as plantas estiverem com 25 a 30 cm de altura, inicia-se o
tutoramento. feito um lao bem folgado com a fita plstica no colo (base) da
planta, enrolando-a ao redor da mesma. A outra extremidade da fita amarrada ao
arame, devendo-se ter o cuidado de deixar uma sobra. Com o crescimento da planta,
a fita enrolada em torno de seu caule permitindo sua sustentao.
21- TCNICAS AGRCOLAS ESPECFICAS COMPOSTAGEM:
A Compostagem um processo biolgico em que os
microrganismos transformam a Matria Orgnica (estrume,
folhas, aparas de gramados e de jardins, papel, restos de
comida,etc) num material semelhante ao solo, a que se chama
COMPOSTO, e que pode ser utilizado como adubo. Este produto
pode ser utilizado na fertilizao de plantas, pois melhora as
condies fsicas, qumicas e biolgicas dos solos. A Compostagem
tambm pode ser encarada como um processo biolgico que
contribui para a reduo da quantidade de resduos, uma vez que
resulta na Reciclagem da Matria Orgnica. Assim, se em cada horta houver um bom
processo de COMPOSTAGEM DA MATRIA ORGNICA, alm da eliminao do despejo de
resduos na natureza, o COMPOSTO ORGNICO gerado pode substituir com vantagens um
dos principais insumos de uma horta: o Esterco de Curral, que constitui matria-prima
escassa e de difcil obteno nas cidades e centros urbanos.
A fabricao de Composto Orgnico imita o processo natural de decomposio, porm com
resultado mais rpido e controlado.
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PPggiinnaa 1155 ddee 1188
O PASSO A PASSO DA COMPOSTAGEM
a- Escolha um local a meia sobra.
b- Monte a Composteira e um canteiro, sombreado e abrigado de raios solares.
c- Matria-Prima do GRUPO 1 a parte mais predominante e deve ser de restos
vegetais, do tipo apara de gramas, folhas secas, restos de capina, mato roado, palhas
secas, papis, papeles, etc.
d- Matria-Prima do GRUPO 2 matria-prima predominante adiciona-se restos de
cozinha, cascas de frutas e verduras, p-de-caf, cascas de ovos, etc.
e- Ambas as matrias-primas, depois de misturadas, devem formar uma pilha ou uma leira,
que deve ser levemente umedecida, periodicamente.
f- Na formao da leira, a cada 15 cm de espessura, coloca-se em cada m2 de massa cerca
de 500g de TORTA DE MAMONA. Esse procedimento permitir produzir um Composto
de melhor qualidade e em menor prazo de tempo.
g- To importante quanto UMEDECER a leira ou a pilha de compostagem a sua AERAO.
Para tanto, a massa deve ser periodicamente revolvida para que seja minimamente
aerada. Como regra bsica, faz-se o umedecimento, com mangueira ou regador, seguido
de pronto revolvimento, com garfo ou ancinho.
h- muito importante que no faltem UMIDADE e AR pilha ou leira de compostagem.
i- Entretanto, deve-se evitar o excesso de umidade, que muito prejudicial
Compostagem e pode gerar odores desagradveis.
j- A cada 2 dias, movimente o monte de resduos de um lado para outro, de modo a arejar
a massa. O material revirado se apresentar quente, indicando que a decomposio est
ocorrendo. Pode-se adicionar mais material orgnico Composteira a qualquer
momento.
k- Aps 60 dias aproximadamente o Composto Orgnico dever estar pronto,
apresentando-se de cor escura, como caf, com odor agradvel de terra. O produto
dever estar homogneo, sendo impossvel distinguir a sua matria-prima original.
l- Use o COMPOSTO ORGNICO fabricado na escola em abundncia nos canteiros,
jardineiras, vasos de plantas. As plantas adoram, o solo melhora muito e o resultado
muito bom.
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Autores: BENITO IGREJA JUNIOR (1) ; JADSON LOPES GUEDES (2); ANTNIO CARLOS MARINS (2) (1) Eng. Agrnomo EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo * (2) Tc. em Agropecuria - EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo
SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECURIA
PPggiinnaa 1166 ddee 1188
22- TCNICAS AGRCOLAS ESPECFICAS MINHOCULTURA:
O composto orgnico que sai da composteira pode ser potencializado atravs do trabalho
realizado por minhocas, atravs do processo conhecido por Vermicompostagem.
A minhoca ingere terra e matria orgnica equivalente ao seu prprio peso e digere e expele
cerca de 60% do que comeu sob a forma de excrementos (hmus), em muito menos tempo
que a natureza. A minhoca recicla assim restos de comida e outras fontes de matria
orgnica, produzindo um adubo orgnico muito rico em flora bacteriana e devolvendo terra
cinco vezes e meia mais azoto, duas vezes mais clcio, duas vezes e meia mais magnsio, sete
vezes mais fsforo e onze vezes mais potssio do que contm o solo do qual se alimenta.
Em um pequeno canteiro acondiciona-se o composto orgnico e em seguida inocula-se uma
quantidade definida de minhocas, que passam a processar a matria-prima at formar o
hmus de minhocas.
23- TCNICAS AGRCOLAS ESPECFICAS ADUBAO VERDE:
um tipo especial de adubao orgnica que consiste em cultivar plantas que depois sero fragmentadas, servindo como cobertura at serem decompostas.
Normalmente, neste processo as plantas mais utilizadas so as leguminosas. Elas se associam a algumas bactrias que vivem em suas razes num processo de simbiose, absorvendo o nitrognio do ar situado no solo e transforma-o em substncias absorviveis pela planta. Exemplos de Adubos Verdes para o clima de So Gonalo:
GUANDU, FEIJO-CAUPI, MUCUNA, FEIJO-DE-PORCO, FEIJO-BRAVO-DO-CEAR,
ESTILOSANTES CAMPO GRANDE, CROTALRIAS, AMENDOIM, dentre outros.
24- SOHE SERVIO DE ORIENTAO HORTA ESCOLAR
Em casos de dvidas ou maiores informaes, procure o tcnico de sua EMATER-RIO em So
Gonalo 2 a 6-feira, de 8:30hs s 17:30hs * Rodovia Amaral Peixoto, km 9,5 CEASA
Coluband * So Gonalo * CEP 24753-560
Telefax 2701-2954 * [email protected] * Skype: emater.rio.esloc.sg
Equipe Tcnica:
BENITO IGREJA JR. Eng. Agrnomo
JADSON LOPES GUEDES Tcnico em Agropecuria
ANTNIO CARLOS MARINS - Tcnico em Agropecuria
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Autores: BENITO IGREJA JUNIOR (1) ; JADSON LOPES GUEDES (2); ANTNIO CARLOS MARINS (2) (1) Eng. Agrnomo EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo * (2) Tc. em Agropecuria - EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo
SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECURIA
PPggiinnaa 1177 ddee 1188
25- EMATER-RIO em So Gonalo:
EMATER-RIO Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado do Rio de Janeiro
Escritrio em So Gonalo - Rodovia Amaral Peixoto, km 9,5 CEASA Coluband /
Administrao * telefax: 21 2701-2954 * CEP 24753-560 * SO GONALO * RJ
www.emater.rj.gov.br * http://emater-rioeslocsg.blogspot.com * Skype: emater.rio.esloc.sg
26- AUTORES:
BENITO IGREJA JUNIOR Eng. Agrnomo EMATER-RIO Escritrio So Gonalo
[email protected] maio de 2010.
JADSON LOPES GUEDES - Eng.Agrnomo EMATER-RIO Escritrio So Gonalo
[email protected] maio de 2010.
ANTNIO CARLOS MARINS Tcnico em Agropecuria - EMATER-RIO Escritrio
So Gonalo [email protected] maio de 2010.
27- AGRADECIMENTOS:
PREFEITURA MUNICIPAL DE SO GONALO / SUBSECRETARIA DE AGRICULTURA E
PESCA / SECRETARIA DE EDUCAO / SECRETARIA DE SADE.
Ao promovida atravs do Convnio EMATER-RIO x PMSG.
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Autores: BENITO IGREJA JUNIOR (1) ; JADSON LOPES GUEDES (2); ANTNIO CARLOS MARINS (2) (1) Eng. Agrnomo EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo * (2) Tc. em Agropecuria - EMATER-RIO Escritrio S. Gonalo
SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECURIA
PPggiinnaa 1188 ddee 1188
Anexo 1: DIAGRAMA ESQUEMTICO DE UMA HORTA COM 8 CANTERIOS
CCAANNTTEEIIRROO
22
CCAANNTTEEIIRROO
11
CCAANNTTEEIIRROO
33
CCOOMMPPOOSSTTEEIIRRAA
CCAAIIXXAA
DDGGUUAA
CCAANNTTEEIIRROO
44
CCAANNTTEEIIRROO
55
CCAANNTTEEIIRROO
66
PPLLAANNTTAAOO AA CCAAMMPPOO
((SSEEMM NNEECCEESSSSIIDDAADDEE DDEE CCAANNTTEEIIRROOSS))
CCAANNTTEEIIRROO
77
CCAANNTTEEIIRROO
88
MMIINNHHOOCCRRIIOO
SSEEMMEENNTTEEIIRRAA