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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
RODRIGO MAURICENZ
ESTUDO DA GESTÃO DOS CUSTOS DE ESTOCAGEM DA EMPRESA
BOMBONIERE DOÇURA LTDA.
Balneário Camboriú
2009
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RODRIGO MAURICENZ
ESTUDO DA GESTÃO DOS CUSTOS DE ESTOCAGEM DA EMPRESA
BOMBONIERE DOÇURA LTDA.
Balneário Camboriú
2009
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração com ênfase em marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientadora: Prof. Luciana da Silva Imeton
3
RODRIGO MAURICENZ
ESTUDO DA GESTÃO DOS CUSTOS DE ESTOCAGEM DA EMPRESA
BOMBONIERE DOÇURA LTDA.
Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em
Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Habilitação ou ênfase em
Marketing da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário
Camboriú.
Área de Concentração: Custos
Balneário Camboriú, 30 de Junho de 2008.
_________________________________
Prof.ª Luciana da Silva Imeton
Orientadora
___________________________________
Prof. MSc. Alexandre de Sá
Avaliador
___________________________________
Prof. MSc. Roberta Nara Sodré
Avaliadora
4
EQUIPE TÉCNICA
Estagiário: Rodrigo Mauricenz
Área de Estágio: Administrativo
Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder
Supervisor da Empresa: Maria Rosa Luiz Mauricenz
Professora orientadora: Luciana da Silva Imeton
5
DADOS DA EMPRESA
Razão Social: Bomboniere Doçura LTDA
Endereço: Av. Santa Catarina S/N Sala 15 – Term. Rodoviário – estados –
Balneário Camboriú.
Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administrativo
Duração do Estágio: 240 horas
Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Maria Rosa Luiz Mauricenz – Sócia
Proprietária.
Carimbo do CNPJ da Empresa: 81.551.681/0001-88
6
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
Balneário Camboriú, 17 de junho de 2009.
A Empresa Bomboniere Doçura LTDA, pelo presente instrumento, autoriza a
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de
Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo
acadêmico Rodrigo Mauricenz.
___________________________________
Maria Rosa Luiz Mauricenz
Proprietária
7
AGRADECIMENTOS
Eu agradeço em primeiro lugar a Deus, por estarem me proporcionando
oportunidades e de poder sempre esta realizando os meus sonhos, em geral a todos
os professores que ao longo destes anos deram sempre atenção e apoio para meu
crescimento pessoal e profissional, e em especial quero agradecer a professora
Luciana da Silva Imeton e Marcio Daniel Kiesel, que com seus conhecimentos me
deram suporte para uma melhor compreensão e realização dos meus princípios.
Eu destaco um parágrafo especial para as pessoas mais especiais de minha
vida que sempre me apoiaram e me incentivaram para que com sacrifícios e
esforços pudéssemos todos juntos tornar realidade um sonho de todos nós,
agradeço então a toda a minha família.
Não podendo esquecer agradeço também as pessoas que ao longo destes
anos permaneceram nesta caminhada, amigos feitos na faculdade e que estarão ao
longo de minha vida e aos colegas de classe.
8
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo compreender a gestão de custos com itens do estoque da empresa Bomboniere Doçura LTDA, identificando um controle de estoque, verificando custos e analisando a viabilidade de implantação de um sistema informatizado. Para realização do trabalho será apresentada uma fundamentação teórica atualizada, tendo como principais assuntos abordados sobre, administração, empresas familiares e gestão de custos. Para o desenvolvimento do estudo foi realizada uma pesquisa de estudo de caso predominantemente qualitativa com amostragem não probabilística, a pesquisa foi acompanhada com um controle das mercadorias da empresa levantando entrada e saída de mercadoria e também foi realizado demonstrativo dos resultados (DRE) no período, conseqüentemente houve a necessidade de realizar uma pesquisa dentro de outras empresas situadas dentro de rodoviárias de diferentes cidades e estados para visualizar a situação atual destas. Os resultados evidenciaram que com o método utilizado atualmente não é possível se manter um controle continuo dos estoques e também não se tem um controle preciso dos custos, viabilizando a implantação de um sistema informatizado. Os resultados deste estudo são específicos desta empresa, porem pode auxiliar e contribuir para a analise da gestão dos estoques de outras micros e pequenas empresas.
Palavras chaves: Administração - gestão de custos - estoque.
9
ABSTRACT
This study aims to understand the management items of inventory costs with the company's Bomboniere Doçura LTDA, identifying a control of inventory, cost checking and analyzing the feasibility of implementing a computerized system. To carry out the work will be a theoretical basis updated, with the main issues raised on administration, family business and management costs. For the development of the study was a survey of predominantly qualitative case study with probability sampling does not, the search was accompanied with a control of goods the company's rising input and output of goods and also shows the results was performed in the period, consequently there was a need to conduct a search within other companies located within road in different cities and states to view the current status of these. The results showed that the method used currently is not possible to maintain a continuous monitoring of stocks and do not have a precise control of costs, enabling the deployment of a system. The results of this study are specific to the company, but may help contribute to analysis and management of stocks of other micro and small enterprises. Keywords: Management - Management of costs - stock.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Organograma Geral, Matriz + Filial...................................................... 19
Figura 2 - Características Empresas Familiar...................................................... 28
Figura 3 - Modelo de três círculos........................................................................ 29
Figura 4 - Planejamento Familiar......................................................................... 30
Figura 5 - Ponto de Equilíbrio............................................................................... 32
Figura 6 - Diferenciação entre custo e despesa................................................... 34
Figura 7 - Evoluções dos diferentes custos......................................................... 36
Figura 8 - Bomboniere Doçura LTDA antes das Reformas.................................. 66
Figura 9 - Bomboniere Doçura LTDA Após primeiras reformas........................... 67
LISTA DE GRÁFICOS
11
Gráfico 1 - Número de funcionários.................................................................. 56
Gráfico 2 - Conveniência Franqueada.............................................................. 57
Gráfico 3 - Produtos comercializados............................................................... 57
Gráfico 4 - Rentabilidade do produto................................................................ 58
Gráfico 5 - Remarcação de preço..................................................................... 59
Gráfico 6 - Consumo indevido........................................................................... 60
Gráfico 7 - Treinamento aos funcionários......................................................... 61
Gráfico 8 - Esforços promocionais.................................................................... 62
Gráfico 9 - Estoque de mercadorias.................................................................. 62
Gráfico 10 - Como é feito o controle de estoque................................................. 63
Gráfico 11 - Sistema informatizado, para entrada e saída de mercadorias........ 64
Gráfico 12 - Qual sistema é utilizado.................................................................. 64
Gráfico 13 - Mudança na agilidade do atendimento........................................... 65
Gráfico 14 - Problemas com roubos.................................................................... 66
LISTA DE QUADROS
12
Quadro 1- Funções da administração financeira................................................ 23
Quadro 2 - Variação percentual do PIB............................................................... 25
Quadro 3 - Impostos do super simples................................................................ 26
Quadro 4 - Partilha do Simples Nacional – Comércio......................................... 27
Quadro 5 - Fatores que influenciam na formação dos preços............................ 41
Quadro 6 - Controle entregue aos funcionários................................................... 49
Quadro 7 - Demonstrativos dos resultados (DRE).............................................. 50
SUMÁRIO
13
1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 15
1.1 Tema de pesquisa................................................................................... 16
1.2 Problema de pesquisa............................................................................ 16
1.3 Objetivos de pesquisa............................................................................. 16
1.3.1 Objetivo geral.......................................................................................... 16
1.3.2 Objetivos específicos.............................................................................. 16
1.4 Justificativa da pesquisa......................................................................... 16
1.5 Contextualização do ambiente de estagio.............................................. 17
1.5.1 Histórico da empresa.............................................................................. 17
1.5.2
1.5.3
Infra-Estrutura.........................................................................................
Organização do trabalho.........................................................................
18
19
2
2.1
2.1.1
2.1.2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................
Administração.........................................................................................
Administração Financeira........................................................................
A Função da administração financeira....................................................
20
20
21
22
2.2
2.3
Empresas de Pequeno Porte..................................................................
Carga Tributária......................................................................................
23
24
2.4 Empresas Familiares.............................................................................. 27
2.5 Gestão de Custos................................................................................... 31
2.5.1 Gastos..................................................................................................... 33
2.5.2 Custos..................................................................................................... 34
2.5.2.1 Custos Fixos........................................................................................... 35
2.5.2.2 Custos Variáveis..................................................................................... 35
2.5.2.3 Custos Semi-Fixos.................................................................................. 36
2.5.2.4 Custos Semi-Variáveis............................................................................ 36
2.5.2.5 Custos Diretos........................................................................................ 36
2.5.2.6 Custos Indiretos de Fabricação.............................................................. 37
2.5.3 Despesas................................................................................................ 37
2.5.3.1 Despesas Fixas...................................................................................... 38
2.5.3.2 Despesas Variáveis................................................................................ 38
2.5.3.3 Despesas Diretas.................................................................................... 38
2.5.3.4 Despesas Indireta................................................................................... 39
2.5.4 Desembolso............................................................................................ 39
2.5.5 Perda...................................................................................................... 40
2.6 Formação do preço de venda................................................................. 40
14
2.7
2.7.1
2.7.1.1
2.7.1.2
2.7.1.3
2.7.2
2.8
3.
3.1
Estoques.................................................................................................
Avaliação de materiais diretos................................................................
Sistema de inventario periódico..............................................................
Sistema de inventario permanente.........................................................
Critérios para avaliação de estoques......................................................
Custo de estocagem...............................................................................
Tecnologias da Informação.....................................................................
METODOLOGIA CIENTIFICA................................................................
Tipologia de pesquisa.............................................................................
42
42
42
42
43
43
44
45
45
3.2 Sujeito de pesquisa................................................................................. 46
3.3 Limitações de pesquisa.......................................................................... 46
4. RESULTADOS OBTIDOS...................................................................... 47
4.1 Quanto ao controle do estoque............................................................... 47
4.2 Quanto aos demonstrativos de Lucratividades, custos e despesas....... 49
4.3 Quanto aos funcionários......................................................................... 51
4.4 Quanto à pesquisa no mercado.............................................................. 54
4.5 Quanto às mudanças propostas............................................................. 64
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................... 67
1. INTRODUÇÃO
No Brasil as empresas de pequeno porte representam uma parcela significante do
total de empresas. Estas empresas representam hoje segundo o SEBRAE-SP 98%
em 2007 dos 5,1 milhões de organizações. Segundo o SEBRAE 2006 as empresas
familiares legalmente registradas de diferentes portes representam 75% do total, ou
15
seja, dessa porcentagem contabilizada as empresas tem no comando membros da
mesma família.
A importância destas empresas é de grande proporção, e para que estas empresas
sejam fortes necessitam de uma administração composta por elementos básicos
para que haja um controle mais preciso segundo Muniz; Faria (2001, p. 79) “O
processo administrativo é composto dos elementos: Planejamento, Organização,
Direção e controle ou PODC”. E para que este composto seja realmente eficiente
uma das grandes e importantes partes da administração é a financeira, que pode
auxiliar muito no componente de custos das empresas.
Na gestão das empresas os custos são fatores que influenciam muito dentro destas
empresas, pois custos para (Bruni & Famá, 2002, p. 21) podem ser definidos como
medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar a
fim de atingir seus objetivos. Conseqüentemente o manuseio e o controle dos
estoques também necessitam de cuidados especiais, pois existem inúmeros fatores
que podem variar tanto negativamente quanto positivamente na gestão da
empresas.
Nas empresas familiares existe um problema ainda maior para a gestão, pois
existem muitos conflitos, usos indevidos de recursos e resistências a
modernizações. Em contrapartida também estas empresas podem contar com
lealdade dos empregados e terem um sistema de decisão rápido.
Como as rodoviárias são órgãos de grande movimentação de pessoas há uma
necessidade de empresas situadas dentro destes órgãos, estarem se preparando
cada vez mais para uma gestão melhor.
A contribuição desta pesquisa é verificar como é realizada a gestão dos custos dos
itens de estoques para aperfeiçoar os seus métodos utilizados atualmente, e assim
ter uma gestão mais eficaz.
1.1 Tema de pesquisa
16
As empresas estão buscando a cada dia maneiras de como melhor administrar seus
estabelecimentos, assim aperfeiçoando sua gestão, e com a identificação de um
plano de estoque e entender a gestão dos custos da empresa, significara um grande
destaque, e estará mais preparada dentro deste cenário.
1.2 Problema da Pesquisa
Como manter o controle de estoque e de custos sem interferir na agilidade do
atendimento da empresa Bomboniere Doçura LTDA?
1.3 Objetivos da Pesquisa
1.3.1 Objetivo Geral
Compreender a gestão de custos com itens do estoque da empresa Bomboniere
Doçura LTDA.
1.3.2 Objetivos Específicos
Identificar um controle de estoque, para a correção de possíveis problemas.
Verificar os custos e despesas.
Analisar a viabilidade da implantação de informatização para controle da
empresa citada.
1.4 Justificativa da pesquisa
As rodoviárias de todo o país estão durante todo o período do ano repleto de
pessoas que viajam por inúmeros motivos como turismo e negócios, porem há de se
ter uma preocupação maior para conseguirmos atender esses passageiros, que nos
faz uma cidade cada vez mais repleta de recursos para o crescimento mutuo. Em
nossa cidade, Balneário Camboriú, o turismo é o que nos gera a maior receita para
investidores, e para o desenvolvimento.
17
Nas empresas sempre há a necessidade de estar revendo o seu modelo de gestão,
revendo a maneira que ela esta atuando no mercado e buscando entender os seus
erros cometidos, verificar se é realmente um modelo ideal, e buscar informações
sobre novos modelos.
Para que as empresas consigam rever seus modelos de gestão elas devem estar
buscando observar os seus concorrentes para avaliar quais os métodos que estas
estão utilizando, para conseguir melhor entender os seus próprios erros e gestão.
Espera-se com esta pesquisa conseguir avaliar o atual sistema de gestão adotada
na Bomboniere Doçura LTDA, avaliar seus controles e métodos com intuito de estar
sempre melhorando a empresa tanto para capacitar quanto para melhor atender a
necessidades dos clientes que ali estão e também atender aos objetivos dos
proprietários.
Todo este estágio será de suma importância para o entendimento de uma gestão
mais precisa, e compreender as questões financeiras e os controles de estoques.
Este trabalho acadêmico abrirá um leque de conhecimento na área de
administração, que dará uma visão mais ampla do que está se passando dentro e
fora da empresa.
1.5 Contextualização do ambiente de estagio
1.5.1 Histórico da empresa
A empresa Bomboniere doçura LTDA está localizada na rodoviária de Balneário
Camboriú sala 15, foi fundada em 05 de outubro de 1988, esta sala foi adquirida
através de leilão da prefeitura, sempre vendendo os mesmo produtos, que estes são
com foco em produtos alimentícios e bebidas, sendo administrada pela proprietária
Maria Rosa Luiz Mauricenz e pelo proprietário Leodato Renato Mauricenz cada um
com 50% das ações da empresa. Antigamente quando a empresa foi fundada o
quadro de funcionários era formado por, dois funcionários, sendo que a loja iniciava
suas operações ás 8:00 e encerrava as 22:00. No ano de 1998 foi criada uma filial
18
da Bomboniere doçura na mesma rodoviária, onde nesta o foco das vendas são;
assados, Café, Lanches, sorvetes e similares.
Na filial a divisão das ações da empresa é a mesma da matriz ambos os
proprietários com 50% das ações e com dois funcionários desde seu inicio. Ambas
as lojas passaram por melhorias durante o passar dos anos. No ano de (2007) a
matriz foi feita uma reforma geral, e sua variedade de produtos foi aumentada, já a
filial também sofreu algumas reformas, porém foram mais físicas, sem interferir no
mix de produtos. Com a visão de investir em outros meios, a filial, hoje, está alugada
para o locatário Ingomar Mauricenz. Ambas as lojas tem um responsável para o
estoque que está situado no segundo piso da rodoviária. No verão as empresas
continuam com o mesmo número de funcionários mudando apenas horários. Na
matriz, o responsável pela compra é a própria proprietária, essas compras são feitas
semanalmente e todas as compras são efetuadas com base no preço, sempre existe
uma quantidade estipulada para cada período do ano. Hoje o controle que feito é
pela experiência e por alguns métodos adquiridos pela proprietária. Na filial é o
locatário o responsável geral pelas compras. No caso da filial todas as outras
operações são padronizadas de acordo com a matriz.
1.5.2 Infra-Estrutura
19
Figura 1: Organograma Geral, Matriz + Filial.
Fonte: Bomboniere
1.6 Organização do Trabalho
No capitulo 1, apresentamos a introdução seguida do tema, o problema, objetivos
gerais e específicos e a justificativa da pesquisa.
No capitulo 2, apresenta-se a fundamentação teórica, onde inicia-se com a
administração passando por empresas de pequeno porte, empresas familiares,
seguindo para a parte de custos e seus respectivos conceitos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
20
2.1 Administração
A Administração pode ser uma das mais importantes inovações do século 20, e
aquela que maior influência exerce diretamente sobre todos os que estudam nas
faculdades e universidades.
Chiavenato (1999, P. 6) explica qual o significado da palavra administração no latim;
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e
minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma
função abaixo do comando de outrem. Isto é, aquele que presta um serviço
a outro. (CHIAVENATO, 1999, p.6)
Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os
objetivos tanto da organização quanto de seus membros. De acordo com Masiero
(1996, P.12) “a administração é um conjunto de princípios, normas e funções que
têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua produtividade e
eficiência”.
Chiavenato (1999, p. 12) ressalta que a tarefa básica de Administração é fazer
coisas por meio das pessoas, com os melhores resultados. Em qualquer tipo de
organização humana, busca-se o alcance de determinados objetivos com eficiência
e eficácia. A Administração dirige o esforço dos grupos organizados.
Para Muniz; Farias (2001, p.78) “a Administração consiste em orientar, dirigir e
controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum”.
Conforme Drucker (1998, p.2) “a administração e os administradores constituem
necessidades específicas de todas as entidades da menor à maior”. Para declarar
funções administrativas,
Fayol define o ato de administrar como sendo: prever, organizar, comandar,
coordenar, e controlar. As funções administrativas englobam os elementos
da Administração, isto é, as funções do administrador, a saber: 1 Prever: 2
Organizar: 3 Comandar: 4 Coordenar: 5 Controlar: (CHIAVENATO 1999,
p.57)
21
Para Muniz; Faria (2001, p. 79) “O processo administrativo é composto dos
elementos: Planejamento, Organização, Direção e Controle ou PODC” como será
visto a seguir;
Planejamento: é o processo de decidir o que fazer como fazer, antes
que se requeira uma ação.
Organização: é o agrupamento de atividades necessárias para atingir
os objetivos da empresa e a atribuição de cada agrupamento a um
chefe com autoridade para estabelecer os meios e as técnicas
indicadas para a consecução das atividades sob sua responsabilidade.
Direção: é um aspecto interpessoal de administrar, mediante o qual os
subordinados são levados a compreender e a contribuir eficaz e
eficientemente para a consecução dos objetivos empresariais.
Controle: é verificar se o pensado, o executado e o avaliado estão de
acordo com o concebido. Utiliza as ferramentas capazes de medir
erros, corrigir desvios, de forma a propiciar o pleno desenvolvimento
das atividades envolvidas no processo administrativo.
2.1.1 Administração Financeira
A administração financeira tem cada vez mais importância dentro da empresas de
pequeno e médio porte, e o sucesso dessas dependem cada vez mais da prática da
administração financeira.
A administração financeira segundo Lemes et al (2002, p. 4) objetiva maximizar a
riqueza dos acionistas da empresa. O administrador financeiro é o principal
responsável pela criação de valor da empresa. No mesmo sentido Santos, E. (2001,
p. 11) diz que o ensino tradicional de administração financeira enfatiza a
maximização da riqueza do acionista.
A administração financeira é vista como uma ferramenta que auxilia na realização
das atividades necessárias. Segundo Lemes et al (2002, p. 4) ela abrange ampla
22
gama de tarefas e atividades, e os administradores financeiros encontram grandes
oportunidades de contribuírem para o sucesso dos negócios empresariais.
Nas decisões financeiras elas ocorrem ao longo do tempo, e podem ser de longo
prazo e curto prazo, para Lemes et al (2002, p. 5) as decisões financeiras de longo
prazo são aquelas pertinentes as estratégias de financiamento e investimento, já as
de curto prazo são as atividades normais da empresa, relacionadas aos pagamentos
e recebimentos do dia-a-dia.
Para Antonik, (2004, p. 37) as pequenas e médias empresas têm capacidade
enorme de adaptação às necessidades do mercado. Podem tomar decisões rápidas
e pontuais, reagindo de imediato às suas mudanças e exigências.
Conforme o SEBRAE (2009), uma correta administração financeira permite que se
visualize a atual situação da empresa. Registros adequados permitem análises e
colaboram com o planejamento para otimizar resultados.
2.1.2 A função da administração financeira
Como a administração financeira está voltada para a maximização do valor da
empresa, a função do administrador financeiro são agrupadas em duas grandes
áreas, tesouraria e controladorias segundo Lemes et al (2002, p. 6).
Algumas das principais funções da tesouraria e da controladoria são demonstradas
no quadro a seguir;
Tesouraria Controladoria
23
Administração de caixa
Administração de crédito e
cobrança
Administração do risco
Câmbio
Decisão de financiamento
Decisão de investimento
Planejamento e controle
financeiro
Proteção de ativos
Relações com acionistas e
investidores
Relações com bancos
Administração de custos e
preços
Auditoria interna
Contabilidade
Orçamento
Patrimônio
Planejamento tributário
Relatórios gerenciais
Salários
Sistemas de informação
Quadro 1: Funções da administração financeira.
Fonte: Lemes et al (2002, p. 7).
As funções financeiras podem ser de curto ou longo prazo, segundo Lemes et al
(2002, p. 7);
Curto prazo envolve a administração de caixa, do credito e das contas a
receber e a pagar, do estoques e dos financiamentos de curto prazo. As
funções financeiras de longo prazo envolvem decisões financeiras
estratégicas, tais como, orçamento de capital, estrutura de capital, custo de
capital, relacionamento com investidores, dentre outras.
2.2 Empresas de Pequeno Porte (EPP)
As empresas de pequeno porte representam uma grande importância para o
crescimento do país, e estas empresas são as principais responsáveis pela criação
de empregos no país. Consideram-se empresas de pequeno porte cujo faturamento
são, no caso de microempresas, aquelas que têm a receita bruta igual ou inferior a
R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), e as empresas de pequeno porte
acima de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a
R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). (LEI COMPLEMENTAR
N*123/06, incisos I e II do art. 3).
24
As potencialidades das microempresas foram adotadas pelo congresso nacional,
quando a aprovação da Lei complementar n* 123 de 14 de dezembro de 2006,
constituiu normas gerais referentes ao tratamento diferenciado as microempresas e
empresas de pequeno porte no domínio dos poderes da união, dos estados, do
distrito federal e dos municípios, especialmente no que se refere à redução da carga
tributaria, desburocratização, acesso ao crédito e mercado, dentre outros.
Essas medidas legislativas resultam em um re-inicio para o desenvolvimento
econômico e social do país. A lei que complementou as microempresas é chamada
como super simples, que tem como objetivo alcançar melhorias para o setor
empreendedor do Brasil. Entre os pontos que contribuem para a evolução do setor
estão redução da informalidade, redução da carga tributaria, facilitação do acesso ao
crédito. Essas medidas estão sendo adotadas para que as micro empresas tenham
mais competitividade e que contribuam para o desenvolvimento do país.
2.3 Carga Tributaria
Carga tributaria é o volume entre a quantidade de riqueza produzida no país e que o
governo coleta em impostos. No ano de 2005 segundo a Receita Federal o PIB
(produto interno bruto) foi de 37,37%, esta que teve um acréscimo percentual em
relação ao ano anterior de pelo menos 1,14 pontos percentual.
Os índices de inflação indicaram uma redução na variação dos preços em 2005 em
relação a 2004. A seguir veremos a variação da evolução da carga tributarias no
Brasil;
Ano Variação Percentual (%)
do PIB
25
1996 28,97%
1997 29,03%
1998 29,74%
1999 32,15%
2000 33,18%
2001 34,07%
2002 36,45%
2003 34,92%
2004 35,88%
2005 37,37%
Quadro 2: Variação percentual do PIB
Fontes: Site da Receita Federal
Um exemplo de tributação é o super simples, lei complementar n* 123/2006 que
substituiu o simples federal sendo um regime único de arrecadação para micro e
pequenas empresas desde 1 de julho de 2007.
No dia 14 de agosto de 2007 ocorreram alguns vetos de dispositivos da lei, um deles
trata da extinção da cobrança antecipada do imposto sobre circulação de
mercadorias e serviços (ICMS).
Algumas das principais mudanças no super simples são as contribuições sociais que
valem para todo país, entre eles estão:
Federais Estadual Municipal
Imposto de Renda de ICMS Imposto Sobre
26
Pessoa Jurídica Serviços – ISS
IPI -------- --------
CSLL -------- --------
PIS/Pasep -------- --------
Cofins -------- --------
INSS -------- --------
Quadro 3: Impostos do super simples
Fonte: Receita Federal
Para categorias já inclusas no simples Federal é de 15% a 29% a redução da carga
tributaria, e para as novas categorias que serão incluídas no super simples, poderão
ter redução de 45% em relação à atual. Mas alguns empresários e executivos
admitiram que alguns setores podem ter maior carga tributaria com este novo
regime.
Para as empresas comerciais inclusas no super simples segundo Bruni & Famá
(2008, p. 239) recolherão alíquotas que variam de 4 a 11,61% conforme o quadro 3.
Partilha do Simples Nacional – Comércio
27
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS
Até 120.000,00 4,00% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25%
De 120.000,01 a 240.000,00 5,47% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86%
De 240.000,01 a 360.000,00 6,84% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33%
De 360.000,01 a 480.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 480.000,01 a 600.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 600.000,01 a 720.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 720.000,01 a 840.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 840.000,01 a 960.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
Quadro 4: Partilha do Simples Nacional – Comércio
Fonte: Bruni & Famá (2008, p. 239).
2.4 Empresas Familiares
O estudo das empresas familiares como sistemas começou com alguns artigos
isolados nos anos de 60 e 70, como cita Gersick, et al, (1997, p. 5), esses primeiros
clássicos focalizavam problemas típicos que pareciam atrapalhar as empresas
familiares, como nepotismo, rivalidade entre gerações e irmão, e administração não
profissional.
Empresa familiar são aquelas que estão ligadas a uma família e segundo Gersick, et
al, (1997, p.1) é esta ligação que as torna um tipo especial de empresa. Toda a
empresa familiar ela é formada pala motivação ou interesse para se desenvolver um
empreendimento familiar que é conduzido por forças impulsionadoras, seja por
necessidades econômicas, ou desafio da conquista, ou insatisfação com o momento
profissional. Conforme Lodi (1994, p.7) a tarefa do fundador é desenvolver uma
28
ideologia estável e coerente para a família navegar entre os escolhos durante a
segunda geração.
De acordo com Gersick, et al, (1993, p.7) as empresas possuídas e administradas
por famílias constituem uma forma organizacional peculiar, cujo “caráter especial”
tem conseqüências positivas e negativas.
Segundo o SEBRAE, no ano de 2006, foi calculado que 75% das empresas
brasileiras legalizadas de diferentes portes têm no comando integrantes da mesma
família, ou seja, são empresas familiares. Mas desse total, apenas 50% delas
sobrevivem à primeira geração. Isso quer dizer que, quando o pai ou a mãe não
pode mais ficar à frente do negócio e passa para o filho o empreendimento acaba
fechando. Uma das estratégias das empresas familiares e talvez a principal é a
busca da especialização e da experiência, conforme demonstrado na figura 2.
Figura 2: Características Empresas Familiar.
Fonte: Safras e Cifras.
Existem alguns pontos fortes e fracos na administração de uma empresa familiar
que serão vistas a seguir;
Pontos Fortes
29
Lealdade dos empregados;
Nome da família e sua reputação na “região;
Continuidade da administração;
A união entre os acionistas e dirigentes;
Sistema de decisão mais rápido;
As gerações se sucedem permitindo união entre passado e futuro;
Pontos Fracos
Conflitos entre empresa e família;
Uso indevido de recursos da empresa por membros da família;
Resistência a modernização do marketing;
Emprego e promoção de parentes por favoritismo e não por competência.
Segundo Gersick, et al (1997, p. 6) o modelo de três círculos descreve o sistema da
empresa familiar como três subsistemas independentes, mas superpostos: gestão,
propriedade e família.
Figura 3: Modelo de três círculos.
Fonte: Gersick, et al (1997, p. 6).
30
Existem algumas maneiras de proteger o patrimônio, uma delas, segundo LODI
(1994, p. 74), está no planejamento familiar como demonstra a figura 4.
Figura 4: Planejamento Familiar.
Fonte: LODI. J. B (1994, p.6).
Uma dos momentos mais preocupantes está no momento da sucessão do negocio,
que antigamente era feita sem preparação alguma, simplesmente um herdeiro
tomava conta de um negócio, sem experiência alguma, porém com o passar dos
anos, as micro e pequenas empresas familiares tem se preocupado mais no
momento da sucessão. Contudo mesmo com esta preocupação muitas empresas
ainda não estão preparadas o suficiente para isto, no ano de 2008 segundo o
SEBRAE 55% das empresas não planejam a sucessão, quando não há o
planejamento, a sucessão vem de forma natural, com a saída repentina do fundador
um filho assume, mas sem preparo algum. Isso quando não à disputa entre irmãos.
Com essa falta de planejamento e preparo micro e pequenas empresas familiares
cada vez mais, buscam o conhecimento para que haja uma melhor gestão de suas
empresas, para isto e necessário conhecermos alguns princípios básicos sobre
gestão de custos.
31
2.5 Gestão de Custos
De acordo com Bornia (2002, p. 26) o surgimento e a evolução da gestão de custos
deu-se gradualmente nas primeiras décadas da revolução industrial, a produção
ocorria de forma praticamente artesanal, e o mercado estava ainda inexplorado.
Segundo Bornia, A. C (2002, p. 26);
A partir da secunda década do século XX com o advento da administração
cientifica, houve uma enorme melhoria na produtividade industrial, devido
principalmente a especialização no trabalho e a padronização dos produtos
e peças.
Dessa maneira gradativamente Bornia, A. C (2002, p. 26) argumenta que;
A situação que se apresenta atualmente é a de um mercado competitivo
com produtos de baixo preço, boa qualidade e muitos modelos diferentes,
com isso o controle efetivo das atividades produtivas é de condições
indispensáveis para que qualquer empresa possa competir em igualdade
com seus concorrentes.
A gestão de custos é uma ferramenta utilizada para auxiliar na tomadas de decisões
das empresas como, estoques, custos de mercadorias vendidas entre outras.
Segundo Bruni & Famá (2002, p. 24) a contabilidade de custos pode ser definida
como;
O processo ordenado de usar os princípios da contabilidade geral para
registrar os custos de operação de um negócio. Dessa forma, com
informações coletadas das operações e das vendas, a administração pode
empregar os dados contábeis e financeiros para estabelecer os custos de
produção e distribuição, unitários ou totais, para um ou para todos os
produtos fabricados ou serviços prestados, além dos custos das outras
diversas funções do negócio, objetivando alcançar uma operação racional,
eficiente e lucrativa.
Na gestão de custos todos os dados coletados servem para estabelecer estratégias
fortes para nos trazer uma operação bem-sucedida e lucrativa, para Shank (1995, p.
4) os dados de custos são usados para desenvolver estratégias superiores a fim de
se obter uma vantagem competitiva sustentável.
32
Um dos usos dos dados e informações coletadas da contabilidade de custos é no
momento de determinar custos e preços de produtos conforme VanDerbeck & Nagy
(2003, p. 15) procedimentos de contabilidade de custos oferecem o meio de
determinar custos de produtos e, assim, de gerar demonstrações financeiras
significativas e outros relatórios relevantes para a gestão.
Segundo Bruni & Famá (2008, p. 200) é possível se obter um ponto de equilíbrio
contábil na empresa que é com a analise dos gastos variáveis e fixos, tem que se ter
em (unidade ou Reais) um volume necessário para cobrir todos os custos, confome
demonstra na figura a seguir;
Figura 5: Ponto de Equilibrio
Fonte:Bruni & Famá (2008, p. 2002)
Com um breve resumo, Martins (2000) entende que a contabilidade nessas últimas
décadas passou de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para
importante arma de controle e decisão gerencial.
A gestão de custos requer o entendimento dos conceitos fundamentais e das
terminologias de custos, para Dutra (1995, p. 27) A convivência empírica das
33
pessoas com os custos ocasiona conflitos conceituais sobre preço, custo, receita,
gasto, desembolso e despesa.
2.5.1 Gastos
Autores como Bruni & Famá (2002) e Martins (2000) definem gastos como sacrifício
financeiro que a organização arca para todos os bens e serviços adquiridos, ou seja,
desde o momento em que a empresa compra uma matéria prima até a hora da
venda ela continuará sendo um gasto.
Seja estes gastos terem sidos usados ou não, este é um conceito muito vasto que
se sobrepõe a todos os bens e serviços adquiridos. Para Dutra (1995) gasto é o
valor pago ou assumido para obter a propriedade de um bem, incluindo ou não a
elaboração e comercialização considerando-se as diversas quantidades adquiridas,
ou elaboradas, ou comercializadas.
Já Hernandez (1999, p. 16) define que o dinheiro não é gasto, ele é desembolsado.
O que é gasto, ou seja, consumido, são os bens e serviços obtidos por meio de
desembolso imediato ou futuro. Esses gastos podem incidir direta ou indiretamente
na produção. Alguns exemplos serão mostrados a seguir:
Matéria – Prima consumida no processo produtivo;
Material de expediente consumido no processo administrativo;
Serviços de frete consumidos no processo de venda;
Energia elétrica consumida na área industrial.
Na contabilidade de custos umas das primeiras polêmicas estão no momento da
diferenciação entre custos e despesas, a figura 6 mostra essa diferenciação;
34
Figura 6: Diferenciação entre custo e despesa.
Fonte: (Bruni & Famá, 2002)
Na visão contábil os custo e despesas são categorias de gastos, segundo Bruni &
Famá (2008, p. 25) gastos incorridos para a elaboração do produto são
contabilmente classificados como custos e gastos são incorridos após a
disponibilização do produto e devem ser classificados como despesa.
2.5.2 Custos
Para Bruni & Famá (2002, p. 21) custos pode ser definidos como medidas
monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar a fim de
atingir seus objetivos. A todo o momento empresas tem que estar desembolsando
valores para que possa adquirir um bem ou serviço.
É o valor pago em dinheiro ou o equivalente a este, Dutra (1995, p. 28) custo é o
valor aceito pelo comprador para adquirir um bem ou custo é a soma de todos os
valores agregados ao bem desde a sua aquisição até a sua comercialização.
Portanto, custos estão associados aos produtos ou serviços produzidos. Segundo
Bornia (2002) a classificação dos custos considerando sua relação com o volume de
produção divide-os em custos fixos e variáveis:
35
2.5.2.1 Custos Fixos
Custos fixos não variam, considerando a capacidade instalada, não esta amarrada
no volume da produção. Segundo Bruni & Famá (2002) São custos que, em
determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam,
qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja
produção.
Com outras palavras Hernandez (1999) cita que custos fixos são:
Os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade
instalada, independem do volume de produção, ou seja, uma alteração no
volume de produção para mais ou para menos não altera o valor do custo.
Exemplos: Salários das chefias, aluguel, seguros etc.
Um aspecto importante de acordo com Lins & Silva (2005, p. 9) os custos são fixos
dentro de determinada capacidade de produção, mas em geral, nem sempre,
podendo variar em virtude de oscilações na capacidade de produção. Embora
tenham um valor total que não se altera com a variação da quantidade de bens ou
serviços produzidos, seu valor unitário se altera de forma inversamente proporcional
à alteração da quantidade produzida.
2.5.2.2 Custos Variáveis
Os custos variáveis esta acoplado direto com a variação na produção, quanto maior
a produção maior será o custo variável. Hernandez (1999, p. 22) São os custos que
mantém relação direta com o volume de produção ou serviço. Dessa maneira, o total
dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa
aumenta.
De acordo com Bruni & Famá (2002, p. 32) seu valor total altera-se diretamente em
função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os
custos variáveis. Nota-se que os custos fixos e variáveis levam-se em consideração
a unidade de tempo. Além de custos, fixos e variáveis, existem mais alguns tipos de
custos entre eles estão os semi-fixos e os semi-variáveis.
36
2.5.2.3 Custos semi-fixos
Para Bruni & Famá (2002) correspondem a custos que são fixos em determinado
patamar, passando a ser variáveis quando esse patamar for excedido. Custos semi-
fixos variam de acordo com a quantidade da produção quando é ultrapassado.
2.5.2.4 Custos semi-variáveis
Estes custos por sua vez mantêm por um tempo fixo, não acompanhando a variação
da produção, e sim dentro de períodos que ele varia. A seguir Bruni & Famá (2002,
p. 33) para ilustrar, a evolução dos custos fixos, variáveis, semi-fixos e semi-
variáveis podem ser vista na figura 7;
Figura 7: Evoluções dos diferentes custos.
Fonte: Bruni & Famá (2008, p. 31)
2.5.2.5 Custos Diretos
Custos diretos são aqueles que são facilmente mensurados, e que incidem
diretamente na fabricação do produto ou serviço. Exemplo; as prateleiras que são
adquiridas para a exposição do produto.
37
São os custos que podem ser quantificados e identificados por produto ou
serviço e valorizados com relativa facilidade. Dessa forma, não necessitam
de critérios de rateios para serem alocados aos produtos fabricados ou
serviços prestados, já que são facilmente identificados (HERNANDEZ 1999,
p. 23).
Complementando, Bruni & Famá (2002, p. 31) cita que os custos diretos são aqueles
diretamente incluídos no cálculo dos produtos, apresentam a propriedade de serem
perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Desse modo, os custos diretos
variam proporcionalmente á quantidade produzida.
2.5.2.6 Custos indiretos de fabricação (CIF’S)
Este custo é de difícil mensuração e não pode ser conhecido de forma direta,
exemplo: a energia elétrica gasta na fabricação de um produto. Hernandez (1999)
Por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, não podem ser
apropriados de forma direta para as unidades especificas ordens de serviço ou
produto, serviços executados etc.
Para Bruni & Famá, (2002) os custos indiretos de fabricação, CIF`S são:
Os gastos identificados com a função de produção ou elaboração do serviço
a ser comercializado e que, como o próprio nome já revela não podem ser
associados diretamente a um produto ou serviço especifico.
Os custos indiretos incluem todos os custos que estão ligados diretamente a
fabricação, exceto os materiais diretos, mão de obra direta. Todos os outros custos
que dependem da adoção de algum critério de rateio para sua atribuição à
produção. Na contabilidade brasileira eles são chamados de CIF, de Custos
Indiretos de Fabricação.
2.5.3 Despesas
São despesas aquelas que não tem relação direta com a produção, e tem como
objetivo obter receita. Para Dutra (1995, p. 28) As despesas são gastos não ligados
á produção, como aluguéis de prédios e veículos administrativos, depreciações de
38
móveis e utensílios, veículos, enfim todos os gastos ocorridos no período e não
ligados as atividades industriais.
São insumos consumidos com o funcionamento da empresa que estão ligados com
a fabricação, a diferenciação de custos e despesas é importante para resultados na
contabilidade financeira, porque teoricamente a separação é fácil, porém no
momento da prática uma série de problemas aparece, por não ser possível, a
separação de forma clara.
Complementando Martins (2000, p. 26) “as despesas são itens que reduzem o
patrimônio líquido e que tem essa característica de representar sacrifícios no
processo de obtenção de receitas”. As despesas também podem ser identificadas e
classificadas de forma fixas e variáveis.
2.5.3.1 Despesas Fixas
São despesas administrativas desempenhadas para o funcionamento da empresa e
não alteram em função do volume de vendas. Para Hernandez (1999, p. 21)
despesas fixas são as despesas que permanecem constantes dentro de
determinada faixa de atividades geradoras de receitas, independem do volume de
vendas ou de prestação de serviços.
2.5.3.2 Despesas Variáveis
Essas por sua vez normalmente se caracterizam como um percentual sobre o valor
das vendas efetivas. Hernandez (1999) analogamente aos custos variáveis, as
despesas variáveis são as que se alteram proporcionalmente as variações no
volume de receitas.
2.5.3.3 Despesas Diretas
As despesas diretas se aplicam diretamente ao produto, Hernandez (1999) As
despesas diretas são as que podem ser facilmente quantificas e apropriadas em
relação às receitas de vendas e de prestação de serviços.
39
Receita de Vendas: para cada bem vendido, é possível identificar o custo
incorrido em sua aquisição ou produção, os impostos incidentes sobre o
faturamento e as despesas de fretes e seguro de transporte.
Receitas de Serviços: para cada serviço prestado, é possível identificar a
Mão-de-obra direta utilizada, os materiais empregados e os impostos
incidentes sobre o faturamento.
2.5.3.4 Despesas Indiretas
As despesas indiretas para Bruni & Famá (2002) além dos custos indiretos de
fabricação podem receber, também, a denominação de despesas indiretas de
fabricação (DIFs). Esse se contrapõe as diretas, ele se altera diretamente com o
volume de produção, para Hernandez (1999, p. 26) despesas indiretas são:
Os gastos não podem ser identificados com precisão com as receitas
geradas. Geralmente, são considerados como despesas do período e que
não são distribuídas por tipo de receita. Exemplo: despesas administrativas,
despesas financeiras e despesas com imposto de renda e contribuição
social
2.5.4 Desembolso
É uma compra de bem ou serviço resultante de um pagamento a vista ou
antecipado. Segundo Bruni & Famá (2002, p. 26) desembolso consiste no
pagamento do bem ou serviço, independente de quando o produto foi ou será
consumido.
Um desembolso pode ser exemplificado no comércio com a compra de uma
mercadoria a vista ou a prazo, e esse desembolso é considerado apenas quando o
dinheiro e for pago. De acordo com Padoveze (2003, p. 18) são os atos financeiros
de pagar uma dívida, um serviço, um bem ou um direito adquirido. É a execução
financeira dos gastos e investimentos da empresa.
40
2.5.5 Perda
Segundo Martins (2000) não se confunde com a despesa (muito menos com o
custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade; não é
um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. É aquele consumo que foi
feito de forma involuntária ou de forma irregular.
Essas involuntariedades não devem fazer parte dos custos como cita Padovezi
(2003, p.18), que são considerados não operacionais e não devem fazer parte dos
custos de produção.
Bruni & Famá (2002, p. 26) complementando esta idéia colocando perdas como “um
gasto não intencional decorrentes de fatores externos extraordinários á atividade
produtiva da empresa”.
2.6 Formações do preço de venda
Estabelecer o preço de venda é um dos mais importantes momentos nas decisões a
serem implantadas na empresa. A simples questão “Por quanto devem ser vendidas
as mercadorias? Para se formar um preço de venda e imprescindível analisar os
fatores que influenciam nesta tomada de decisão, dentre alguns estão concorrência
e custos.
Bruni & Famá (2002, p. 311) Enfatiza que:
Um dos mais importantes aspectos financeiros de qualquer entidade
consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços comercializados.
Para alguns autores, essa atividade consistiria na verdadeira arte do
negócio.
O problema de decidir o preço de custo a ser fixado não e tarefa para solução só
com dados de custos, e preciso conhecer a elasticidade na economia para comparar
dados internos com externos e tomar a decisão mais correta. Para Hernandez
(1999, p. 265) fatores que influenciam a formação de preço de um produto ou
serviço, e o grau de influencia de cada fator oscilam longo do tempo, como:
41
Concorrência: nos mercados onde há varias empresas oferecendo produtos
semelhantes, o preço tendera a ser menor do que seria se não houvesse
competidores.
Clientes: ao estabelecer ou alterar o preço, as empresas se preocupam com
as reações de seus clientes. Os clientes podem diminuir o consumo, ou ate
mesmo deixar de consumir o produto. Podem passar a fabricar o produto, ou
adquirir um produto substituto.
Gastos: para produzir um produto, as empresas incorrem em uma serie de
gastos. O que a empresária espera é recuperar todos os gastos que efetuou e
ainda obter algum lucro.
Governo: pode ter uma influencia muito forte na formação dos preços dos
produtos e serviços ou mesmo determinada o preço e produto. São muitas as
formas de que dispões o governo para influir nos preços: subsidio incentivos
fiscais, à exportação, restrições ou estímulos à importação, criação ou
ampliação de tributos etc.
Quadro 5: Fatores que influenciam na formação dos preços
Fonte: (Hernandez, 1999)
Na formação e fixação de preços é de suma importância conhecer qual o mercado
em que esta empresa atua e quais seus respectivos gastos, para assim obter uma
boa conduta.
No ramo de conveniências muitas coisas são falsas em certos pontos e um dos
exemplos é na formação de preços. Para Cogan (2002, p. 125) os preços foram
formados adicionando-se lucro aos custos, o preço é determinado pelo mercado.
Portanto, essas duas considerações básicas convivem ainda. Porém nas
conveniências por serem diferenciadas dos outros diferentes tipos de vendas de
alimentos e bebidas tem seu preço formado de acordo com as necessidades da
empresa e não no mercado.
2.7 Estoques
Segundo Silva (1997, p. 11) o fator preponderante ao sucesso de qualquer indústria
é baseado na capacidade que ela tenha de controlar, de forma verdadeiramente
42
eficiente, todos os materiais estocados, sejam componentes, matérias-primas,
produtos acabados etc. Esse controle do estoque auxilia na tomada de decisão da
compra, produção e vendas.
2.7.1 Avaliação de materiais diretos: Principais Critérios.
2.7.1.1 Sistema de inventário periódico:
É um sistema onde não se tem um controle constante do estoque. O consumo só
pode estar sendo verificado após uma computação de estoque que em comum e
feito no fechamento do balanço, de acordo com Lins & Silva (2005, p. 18)
compreende o controle e a apuração do valor do estoque de forma anual.
O procedimento de apuração do valor do estoque baseia-se exclusivamente em uma
contagem física, normalmente ao fim do exercício social de cada ano, de forma a
determinar o valor do estoque final nesta data e, por conseguinte, o valor do custo
da mercadoria vendida do período através da seguinte formula.
2.7.1.2 Sistema de Inventario Permanente:
Existe o controle contínuo da movimentação do estoque. Produção e vendas são
controladas individualmente. Para Bruni & Famá, (2002) Estoque e CPV podem ser
calculados em qualquer momento pela contabilidade. O inventário permanente
apresenta três formas principais de controle contábil para estoques com grandes
quantidades e diversidades de produtos: PEPS, UEPS, Custo médio ponderado.
Consumo de material direto = Estoque inicial + Compras – Estoque Final
43
2.7.1.3 Critérios para avaliação de estoques:
Os principais critérios de avaliação de materiais diretos adquiridos com custos
diferentes para Bruni & Famá (2002, p. 52) envolvem, basicamente, o emprego de
três critérios distintos:
Peps: Primeiro a entrar, primeiro a sair. O custo a ser contabilizado e feito de
trás para frente. São baixados, em primeiro lugar, os materiais diretos
adquiridos há mais tempo e, depois, os novos, nesta ordem.
Segundo Lins & Silva (2005, p. 19) Neste tipo de controle, toda entrada no
estoque é separada em “lotes” de forma que seja possível determinar a data e
o valor de cada movimentação de entrada, o que permite a identificação dos
lotes no momento de efetuar as saídas, e, por conseguinte, o valor a ser
lançado na produção.
Ueps: Último a entrar primeiro a sair. O custo a ser contabilizado e feito de
frente para trás. São baixados, em primeiro lugar, os materiais diretos
adquiridos mais recentemente e, depois, os mais antigos, nesta ordem. A
legislação fiscal brasileira não permite o emprego desse critério em
decorrência da “antecipação” dos benefícios fiscais, decorrentes do cálculo de
custos maiores, especialmente em época de altas taxas de inflação.
Conforme Lins & Silva (2005, p. 22) aqui também as entradas são separadas
em “lotes”. Como visto anteriormente.
Custo médio Ponderado: pode ser móvel ou fixo. O custo a ser contabilizado
representa uma media dos custos de aquisição.
2.7.2 Custo de Estocagem
Nos custos de estocagem estão postos em função de gastos registrados e o custo
do pedido aparece com gastos de trabalho de elaborações de pedidos, alguns dos
custos que envolvem a estocagem são;
44
Juros
Depreciação
Aluguel
Equipamentos de movimentação
Deterioração
Salários
Conservação
Algumas das variáveis que modificam os custos de estocagem podem ser vistas na
quantidade de material em estoque e no tempo de permanência do material em
estoque.
2.8 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
Segundo Alecrin (2008), Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como um
conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação.
A evolução histórica da tecnologia da informação segundo Foina (2001 p. 14) veio,
Com o nascimento do uso dos computadores nas empresas e
organizações. Antes do processo de mecanização do fluxo e tratamento das
informações, elas eram produzidas em memorandos, tratadas na forma de
planilhas, datilografadas e distribuídas por meio de malotes.
Com o surgimento dos computadores pessoais assumindo a frente, Polloni (2000 p.
18) cita que as maquinas receberam um processador totalmente dedicado ao
usuário, surgindo processadores de textos, planilhas, eletrônicas e os bancos de
dados. Com isso surgiu à necessidade de se ter computadores em redes para
multiprocessamentos segundo Polloni (2000 p. 18) surgiram às redes de
microcomputadores.
Como as empresas se relacionam entre si por meio de trocas de informação para
Foina (2001 p. 17) A informação e um dos produtos mais valiosos para a gestão da
empresa. A informação certa e adequada mostra oportunidades de negócios ou
ameaças que levam os executivos a tomarem decisões. Todas estas informações
45
segundo Foina (2001 p. 19) devem ser disponíveis, quando for necessária, e com a
melhor precisão possível.
A TI é algo cada vez mais comum no dia-a-dia das pessoas e das empresas
segundo Alecrin (2008), tudo gira em torno da informação. Portanto, quem souber
reconhecer a importância disso, certamente se tornará um profissional com
qualificação para as necessidades do mercado. Da mesma forma, a empresa que
melhor conseguir lidar com a informação, certamente terá Vantagens competitivas
em relação aos concorrentes.
Para atingir seus objetivos, a tecnologia de informação (TI) deve agir sobre os
seguintes pontos de acordo com Foina (2001 p. 31),
Definir conceitualmente os termos e vocábulos usados na empresa;
Estabelecer o conjunto de informações estratégicas;
Atribuir responsabilidades pelas informações;
Identificar, otimizar e manter o fluxo de informações corporativas.
Mecanizar os processos manuais;
Organizar o fluxo de informações para apoio as decisões gerenciais.
Para a criação de empresas com tecnologias de informação as empresas usuárias
deverão conforme Foina (2001 p. 153), paulatinamente, desativar suas equipes
próprias de tecnologia de informação e contratar empresas especializadas no
gerenciamento, desenvolvimento e manutenção de sistemas e equipamentos de
tratamento de informação.
46
3. METODOLOGIA CIENTÍFICA
A metodologia científica segundo Magalhães (2005, p. 226) é a descrição e a busca
de caminhos para resolver problemas que até no senso comum acaba tendo uma
“metodologia”. Torna-se possível a organização dos intermináveis conhecimentos.
Neste momento será apresentada a metodologia aplicada a este estudo de caso.
3.1 Tipologia de pesquisa
Na metodologia segundo Mattar (1995, p. 182) deve ser descrito todo o projeto e
execução metodológicos da pesquisa, tais como o método de amostragem, a
determinação do numero de elementos da amostra, o método de coleta de dados e
os procedimentos para analise. Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo de caso,
predominantemente qualitativa com amostragem não probabilística.
O estudo de caso envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos
de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento Gil (1991 p.58).
A pesquisa é predominantemente qualitativa que de acordo com McDaniel; Gates
(2003, p. 120) pesquisa qualitativa é um termo usado com alguma liberdade. Ele
significa que os resultados da pesquisa não estão sujeitos a uma análise de
quantificação ou quantitativa. Ou seja, não pode ser traduzido por números, e não
requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
Já a pesquisa quantitativa esta presente apenas no questionário da pesquisa onde
se buscou conhecimentos dos concorrentes, que segundo McDaniel; Gates (2003, p.
122) a pesquisa quantitativa pode revelar estatisticamente diferenças significativas
entre os grandes e os pequenos usuários, são estudos que utilizam análises
matemáticas.
A amostragem não probabilística segundo Lakatos; Marconi (1992, p. 108) só ocorre
quando a pesquisa não é censitária, isto é, não abrange a totalidade dos
componentes do universo, surgindo à necessidade de investigar apenas uma parte
dessa população.
47
3.2 Sujeito de pesquisa
A presente pesquisa tem como sujeito principal a empresa Bomboniere Doçura que
busca compreender seus custos e buscar um controle de estoque mais preciso.
Após a necessidade de pesquisar seus concorrentes onde se fez a entrega do
questionário aos proprietários das conveniências situadas dentro das rodoviárias,
onde buscam saber quais as atuais situações destas organizações. Os dados
coletados foram analisados de forma quantitativa.
3.3 Limitações da Pesquisa
Ao realizar a presente pesquisa, as principais limitações encontradas foram no
controle de estoque que necessitava de muito tempo para os fechamentos e a falta
de comprometimento por parte dos funcionários com este controle.
No momento da pesquisa nos concorrentes pode se notar que houve alguns pontos
limitantes onde, principalmente no que se refere à ausência dos proprietários, que
iriam responder as questões do questionário, por conseqüência buscou o funcionário
mais antigo ou o gerente da organização.
O fato de que as questões não tenham sidas respondidas pelas pessoas a qual se
desejava, não provocou distorção às respostas finais, visto que as perguntas em que
necessitariam do proprietário, podem facilmente ser respondidas por um funcionário
antigo, assim não comprometendo no resultado final da pesquisa.
48
4. RESULTADOS OBTIDOS
De acordo com a secretaria municipal do turismo de Balneário Camboriú
(SECTURBC), esta cidade é conhecida como a capital do turismo de Santa
Catarina, e um dos principais destinos turísticos do sul do país, e também um dos
cartões de visita da cidade. A rodoviária é um dos pontos de chegada dos turistas, e
por conseqüência as empresas nela situadas necessitam estar preparada para que
este cartão de visita seja realmente apresentado da melhor forma possível.
Como proposto à empresa Bomboniere Doçura LTDA busca um controle nos
estoques mais preciso, e para que isso ocorra um método que se iniciou foi o de
controle do estoque com folhas impressas de todo o seu mix produtos nele
expostos. No início desta pesquisa, o intuito era de apenas verificar a situação sobre
o controle da das mercadorias no estoque, durante o decorrer da pesquisa na
verificação do controle de estoque, foram percebidos outras deficiências na empresa
que foram avaliadas. A realização do estudo teve início no dia 1 (um) do mês de
setembro do ano de 2008 estendeu-se e foi acompanhado até o final de maio de
2009, finalizando-o, apurando alguns questionamentos:
4.1 Quanto ao controle do estoque:
O controle de estoque funcionava da seguinte maneira, a cada momento que um
funcionário buscava algum produto no estoque ele por sua vez, dava baixa na folha,
logo o controle era manual e lento, visto que o administrador realiza a apuração
apenas no final de cada mês. Foi percebida a necessidade de atualizar as
apurações de estoque em períodos mais curtos, logo passou a ser realizado
apuração semanal. Foi visto que este controle apesar de ser limitado, já nos deu
uma ampla visão de como esta a situação do estoque, beneficiando as compras de
mercadorias.
A seguir será apresentado abaixo um modelo de como era feito este controle, neste
exemplo, entrará somente uma distribuidora com seu respectivo produto e a saída
do estoque, todo o controle estará demonstrado no anexo.
49
Fornecedor Produto Saiu do Estoque Vonpar Água Charrua
Vonpar Água Charrua C/ Gás
Vonpar Coca Cola Lata
Vonpar Coca Cola 600ml
Vonpar Coca Cola 2LT Unid.
Vonpar Coca Zero
Vonpar Coca Zero 600ml
Vonpar Coca Light
Vonpar Coca Light 600ml
Vonpar Sprite
Vonpar Sprite 600 ml
Vonpar Sprite 2 lt Unid.
Vonpar Fanta
Vonpar Fanta Mundo
Vonpar Fanta Uva
Vonpar Fanta 600 ml
Vonpar Fanta 2 lt Unid.
Vonpar Kuat
Vonpar Kuat 600 ml
Vonpar Sol
Vonpar Kaiser
Vonpar Aquafresh Limão
Vonpar I9 Quadro 6: Controle entregue aos funcionários
Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Os estoques, por sua vez, não passarão por mudanças, pois todo o momento de
compra e manuseio destes produtos está feito de forma correta não tendo grandes
sobras, assim evitando o risco das mercadorias vencidas, e também sendo o
suficiente para a manutenção das prateleiras da empresa tanto no período do
inverno, onde o giro de pessoas é pequeno, quanto no verão, que o fluxo aumenta
significativamente. Os produtos no estoque, no decorrer do controle foram
organizados de maneira que, os produtos são visualizados e manuseados por datas,
evitando perdas dos produtos em questão da validade da mercadoria.
As entregas das mercadorias são feitas, na sua maioria das vezes, na parte da tarde
onde se encontravam o proprietário e um funcionário, e estas mercadorias eram
levadas para o seu depósito acompanhado pelo proprietário da empresa. Não foi
50
constatado nenhum tipo de extravio das mercadorias, tanto por parte dos
funcionários, quanto por parte dos fornecedores.
Outro aspecto levantado foi que à medida que este controle foi seguindo, foi se
mantendo um controle maior sobre os preços das mercadorias, aos custos das
mercadorias e as suas respectivas vendas, passando a ter uma visão ampla dos
seus custos internos. Todos os cálculos, eram apresentados através de uma planilha
elaborada no Excel, (anexo), com seus fechamentos mensais.
4.2 Quanto aos demonstrativos de Lucratividades, custos e despesas:
Em conjunto deste controle foi acompanhado também os custos da empresa, e ao
final de cada mês foi elaborado um demonstrativo dos resultados (DRE) como
demonstra os quadros.
Demonstrativo dos Resultados (DRE), período Janeiro a Maio de 2009
Quadro 7: Demonstrativo dos resultados (DRE)
Fonte: Acadêmico, Rodrigo Mauricenz
Para uma melhor visualização do exercício será demonstrado detalhado por mês e o
total dos demonstrativos dos resultados e suas variações percentuais, começando
pelo mês de janeiro de 2009. A empresa já no primeiro mês do ano fechou com lucro
de R$ 2.898,84 (dois mil oitocentos e noventa e oito reais e oitenta e quatro
centavos), sua variação dos custos foi de 9,93% do total de receita, as despesas
administrativas foram de 32,04%, e suas despesas financeiras foram de 16,58%.
51
Prosseguindo o exercício iniciaremos a leitura do segundo mês do ano, com inicio
em 01/02/2009 a 31/02/2009. Neste mês de janeiro a empresa teve um lucro de
R$ 4.873,77 (quatro mil oitocentos e setenta e três reais e setenta e sete centavos),
superando o mês anterior, assim as suas variações percentuais são, custos com
10,14% do total da receita operacional, as despesas administrativas ficaram com
34,50% de variação, já as despesas financeiras obtiveram uma variação de 17,85%.
No mês de março também teve um aumento nos lucros da empresa como
demonstra o quadro. Este lucro desta vez foi de R$ 6.253,01 (seis mil duzentos e
cinqüenta e três reais e um centavo), suas respectivas variações percentuais ficaram
custos com 11,49%, despesas administrativas com 36,17% e as despesas
financeiras com 18,71%.
Seguindo o continuo aumento nos lucros da empresa, o mês de abril de 2009,
também não ficou para trás, tendo um significativo aumento em seus lucros.
Observando o quadro percebemos que neste mês os lucros aumentaram para
R$ 8.299,63 (oito mil duzentos e noventa e nove reais e sessenta e três centavos),
do que o mês passado, a variação percentual dos custos foram 12,28%, as
despesas administrativas ficaram com 40,39%, e as despesas financeiras 21,32%.
Já no mês de março esses lucros tiveram uma queda fechando o mês abaixo ao
mês anterior. Neste momento do exercício houve uma oscilação negativa nos
resultados da empresa, porém a empresa continua trabalhando de forma a dar
lucros para seus proprietários, fechando o mês com R$ 5.579,75 (cinco mil
quinhentos e setenta e nove reais e setenta e cinco centavos), a variação percentual
de seus respectivos custos foram de 10,94%, as suas despesas com a
administração foi 42,59%, e suas despesas financeiras foram de 23,54%.
Analisando mês a mês a empresa não teve nenhum prejuízo durante o período
analisado do ano de 2009, podendo assim estar trabalhando de forma mais tranqüila
e eficaz.
52
Para fechar o exercício, foi feito o fechamento do período, que iniciou no mês de
janeiro fechando no mês de maio. Como demonstra o quadro o total do ano de 2009,
a empresa até o final do mês de maio esta tendo um lucro de R$ 27.905,00 (vinte e
sete mil novecentos e cinco reais), a variação percentual dos custos da empresa foi
de 10,86%, as despesas administrativas significam 37,32% do total de receita
operacional e as despesas financeiras variam de 19,83% no mesmo período do ano.
4.3 Quanto aos funcionários:
Foi percebido que com este controle proposto no início tiveram bastantes limitações
e uma delas foi à falta de comprometimento por parte dos funcionários para um
controle mais preciso e correto.
Com esta falta de comprometimento dos colaboradores e também com a dificuldade
de se manter este controle da maneira como foi acompanhado, foi proposto que a
empresa implantasse um controle de estoque de mercadorias informatizadas. Junto
com a proposta da informatização foi levantado aspectos que beneficiariam a gestão
da empresa, dentre eles os maiores benefícios desta implantação é controle de
estoque preciso, os fechamentos de caixa são mais rápidos e precisos, pois teria um
controle das entradas e saídas das mercadorias exatas.
Para tal implantação foi levantado os custos da proposta, que foi fornecida por duas
empresas diferentes, como demonstramos a seguir. A primeira empresa a fornecer o
orçamento foi à empresa Correia e a segunda foi a empresa, Balloon Solutions,
ambas de Balneário Camboriú.
53
ORÇAMENTOS
Balneário Camboriú, 25 de Maio de 2009.
Conforme contato segue orçamento:
DESCRICAO QTDE UNITARIO VALOR TOTAL Sistema Gerenciador. 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 Desconto Promocional mês (MAIO) R$ 402,00 VALOR TOTAL 1 R$ 798,00 Computador Celerom 1gb memória Monitor LCD 15” hd 160gb. 1 R$ 1.197,00 R$ 1.197,00 Leitor Código de Barras – Óptico 1 R$ 180,00 R$ 180,00 TOTAL DO ORÇAMENTO R$ 2175,00
Incluso treinamento, instalação, e suporte técnico por 30 dias. Sistema Faz controle de Estoques, Contas a Pagar e Receber, emite nota fiscal e cupom fiscal, gera relatórios de vendas e estoques etc. OBS: Valor do Computador somente para aquisição junto com Sistema Formas de Pagamento: A VISTA Ou 3X de R$ 783,00
Atenciosamente
(47) 8442-7550
Correa Comercio de Equipamentos para Informática Ltda-ME
CNPJ: 09.192.680/0001-67 I.E. 255.503.130
Rua 1061, nr 216 Sala 01 – Centro – Balneário Camboriú – SC Cep: 88330-771
Fone: (47) 3363-1364 e-mail: [email protected]
54
55
De acordo com alguns pontos levantados na pesquisa realizada nas rodoviárias,
pode se constatar que há uma limitação no processo de informatização, que é no
momento do atendimento, o sistema limita-se a apenas um cliente por vez, assim
diminuindo a agilidade do atendimento.
Por parte da proprietária não foi visto grande vantagem na implantação desta
proposta pelo motivo de se ter uma limitação de grande importância no atendimento,
porém ela não tirou a hipótese de que este programa seja implantado no próprio
estoque da empresa, fazendo todas as transações dos controles por este local.
Para que todos estes aspectos levantados fossem realmente válidos houve uma
necessidade e a curiosidade de avaliar a situação das outras conveniências situadas
dentro de outras rodoviárias de diferentes cidades e estados para buscar entender
um pouco mais sobre cada uma delas.
4.4 Quanto à pesquisa no mercado:
Foi realizado uma pesquisa nas seguintes cidades Curitiba, Florianópolis, Itajaí,
Itapema, Joinville e São Paulo por considerarem que as rodoviárias são de grande
fluxo de pessoas e outras têm suas cidades com aspectos turísticos. No período de
10 de abril a 15 de março foi realizada esta pesquisa, onde se elaborou um
questionário com 15 perguntas, sendo 2 abertas e 13 perguntas fechadas. Foram
entregues 23 questionários aos seus respectivos proprietários, não tendo limitações
quanto ao porte das empresas.
Necessitou-se de apresentar neste trabalho os gráficos pertinentes as informações
colhidas durante a pesquisa, onde permitiu visualizar a situação atual das
microempresas situadas dentro das rodoviárias citadas.
A primeira constatação é referente ao total de número de funcionários registrados
nos diferentes turnos de trabalho.
56
Gráfico 1: Número de Funcionários Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
O gráfico 01 apresenta que a grande maioria das conveniências e lanchonetes
situadas dentro das rodoviárias destes estados citados tem seus quadros de
funcionários formados de 3 a 5 pessoas trabalhando em diferentes turnos,
totalizando 52% do total, e os outros 48% que são de grande importância ficou
divido com 26% para as empresas com 6 a 10 funcionários, 13% para de 0 a 2 e
mais 9% para 11 a 20 funcionários.
O gráfico 02 mostra se estas empresas são franqueadas, ou seja, se existem outras
conveniências em outras rodoviárias ou na mesma levando o mesmo nome.
57
Gráfico 2: Conveniência franqueada? Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
No gráfico apresentado acima demonstra que 70% destas empresas não são
franqueadas, ou seja, estas empresas não compraram o direito de uso da marca ou
patente de ninguém, e 30% tem esses direitos comprados, assim padronizando
algumas conveniências nestas situadas.
Entrando numa área especifica de produtos o gráfico número 03 mostra quais os
principais produtos comercializados, assim mostrando o quanto de variabilidade de
produtos estas empresas oferecem a seus respectivos clientes.
Gráfico 3: Produtos Comercializados Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
58
No gráfico, pode ser visualizado que todas as empresas têm uma parcela de seus
custos variáveis destinadas as bebidas, que este pode variar de acordo com o fluxo
de pessoas e período no ano. Além de estas empresas terem bebidas como
principal produto comercializado estas empresas tem mais 43% além de terem como
seus principais produtos comercializados, as bebidas também dão grande
importância, as bolachas que atraem por passar o tempo nas viagens, mais 26%
dão também exclusividade os salgados, 30% os chocolates.
Reforçando o que foi mencionado acima, no gráfico a seguir é possível verificar qual
dos produtos comercializados oferece a estas empresas maior rentabilidade, assim
trazendo maior lucro a empresa.
Gráfico 4: Rentabilidade do produto Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Com todos esses produtos sendo expostos aos clientes, para estas empresas os
produtos que traz maior rentabilidade são as bebidas que totalizaram 91% dos
entrevistados, 5% vêm os doces, e com 4% os salgados.
Entrando em outro momento da pesquisa o gráfico a seguir mostrará qual a forma
que as lanchonetes e conveniências fazem para formar seus preços, quais métodos
são utilizados para a formação e remarcação.
59
Gráfico 5: Remarcação de preço Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
No gráfico 05 as microempresas têm como principal influencia na sua base de
cálculo e na remarcação dos preços a concorrência totalizando 52%, mais também
tem uma parcela significante que diz que sua formação dos preços é combinada
internamente com os concorrentes diretos nestas situadas com 39% e mais 13%
dizem que a base de calculo é baseada em 100% ou seja é posto o custo da
mercadoria e acrescentado mais 100% assim formando o valor a ser vendido para
os clientes finais.
Devido às micro e pequenas empresas não terem um grande poder de aquisição de
equipamentos para uma melhor gestão das mercadorias foi perguntado o que é feito
para o controle do consumo indevido dos funcionários.
60
Gráfico 6: Consumo indevido Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Seguindo o que foi citado acima e de acordo com o gráfico 06 uma parcela das
pessoas realmente não faz nada para interferir nos possíveis consumos indevidos
dos funcionários completando 70%. Os outros 30% das pessoas que responderam
que sim, tinham um controle, indicavam que o controle era feito através dos
computadores instalados para o controle da entrada e saída das mercadorias, assim
reforçando que a maioria das empresas ainda não tem uma visão para a
informatização.
Neste momento da pesquisa foi perguntado aos proprietários se era fornecido algum
treinamento para a melhoria no atendimento ou para a capacitação dos
colaboradores, fora as obrigações da empresa, a resposta totalizou os 100% dos
pesquisados que indicavam não haver nenhum treinamento fornecido.
61
Gráfico 7: Treinamento aos funcionários Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Os pesquisados responderam que não fornecem nenhum treinamento para os seus
funcionários totalizando o 100% dos entrevistados, relacionando esta pergunta com
a empresa Bomboniere Doçura, pode se notar que este treinamento seria muito
importante, e não praticado, pois com um treinamento para estes colaboradores
poderia melhora a abordagem aos clientes e também no momento onde é feita a
venda casada.
Outro questionamento foi se havia algum esforço promocional a favor dos clientes
da empresa, que por sua vez foi respondido com não 100% dos pesquisados, como
demonstra o gráfico a seguir.
62
Gráfico 8: Esforços promocionais Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Uma das partes onde este trabalho enfatiza e procura indicações de melhorias é o
momento do controle e manuseio dos estoques. Para uma melhor visão de como o
mercado está situado, foi feita algumas perguntas mais especificas sobre este
assunto. Começamos questionando se o estabelecimento possui algum tipo de
estoque de mercadoria?
Gráfico 9: Estoque de mercadorias Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Algumas destas empresas trabalham com o método do “Just in time”, ou seja, com o
mínimo de estoque ou sem estoque de mercadorias, assim formando 39% dos
63
pesquisados, e com os outros 61% ficaram divididos em 26% tem estoque de
produtos não perecíveis, outros 26% responderam que tem estoque de bebidas e
9% respondeu que tem estoque de produtos doces.
Seguindo o que foi perguntado acima para os que responderam que tem estoque de
mercadorias, foi perguntado em seguida como era feito o controle destes estoques?
Gráfico 10: Como é feito o controle de estoque Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
A maior parte dos entrevistados disse que a forma em que controlavam seus
estoques eram através dos computadores com 50%, outros 36% falaram que eram
através da própria cabeça, ou seja, não tem nenhum método utilizado para o
controle e mais 14% responderam que fazia seus controles através dos papeis,
como notas fiscais.
A empresa Bomboniere Doçura hoje possui seus controles de estoque elaborado
através de computadores, com um método simples elaborado no Excel.
Perguntamos se a empresa possui um sistema informatizado para o controle da
entrada e da saída das mercadorias vendidas?
64
Gráfico 11: Sistema informatizado, para entrada e saída de mercadorias Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Entre as empresas pesquisadas responderam que não 52% e outros 48%
responderam que sim, possui um sistema informatizado, com conseqüência as
empresas que responderam que sim, foram abordadas para saber quais os sistemas
que eram utilizados nestes computadores.
Gráfico 12: Qual sistema é utilizado Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
O que foi notado é que em 36% que responderam caixa eletrônicos todos eram
lanchonetes e não conveniências, as conveniências que tinham sistemas
informatizados com computadores responderam 27% para o sistema Total
65
Cheackout outros 27% não responderam qual o sistema era utilizado e mais 9%
responderam colibri.
Outro fator que foi abordado e que mostra uma grande importância para completar
nosso olhar sobre os dados era se as pessoas que tinham este sistema
informatizado notaram alguma mudança na agilidade do atendimento dos clientes?
Gráfico 13: Mudança na agilidade do atendimento? Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Os 18% que responderam que ficou mais rápido, todos utilizavam como sistema
informatizado o caixa eletrônico, os 36% que responderam que ficaram iguais, 18%
falaram que utilizavam caixas eletrônicos também, 9% o sistema Colibri e os outros
9% não falaram qual era o sistema, na pesquisa foi notado que 45% não
responderam nenhuma destas alternativas, porém citou que o sistema era limitado,
dizendo que o atendimento era preso a uma pessoa por vez, ou seja, diminuindo a
agilidade do atendimento.
A última pergunta feita diretamente aos proprietários ou responsáveis pela empresa
foi se enfrentavam algum problema com roubo de mercadoria, e o que era feito para
evitar este comportamento. Foi respondido que para as empresa a grande maioria
utiliza câmeras de segurança totalizando 87%, e outros 13% não faziam nada para
conter ou controlar este comportamento.
66
Gráfico 14: Problemas com roubo Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Além das respostas dadas pelos pesquisados foi notado que nas rodoviárias de
todos os estados existem seguranças cuidando 24 horas por dia, assim podendo
diminuir a quantidade e riscos destes eventuais comportamentos.
4.5 Quanto às mudanças propostas:
Por fim foi proposta também a empresa que fosse feita uma reforma no visual para
uma melhor visualização de seus produtos, que por sua vez foi aceita.
A empresa Bomboniere doçura LTDA tem sua estrutura formada por vidros, e uma
destas partes é virada para os seus clientes que estão esperando o seu embarque
ou estão desembarcando, neste lado ficava uma cigarreira da Philip Morris que
poluía e encobria a visão de alguns produtos expostos. Hoje com a mudança de
contrato para a empresa Souza Cruz, foi proposto por parte desta empresa, devido a
algumas mudanças nas leis de divulgação deste tipo de produto, que houvesse
algumas modificações. No lugar do expositor antigo seria colocado um balcão onde
pegaria toda a parte virada para os clientes, e que também limparia e ampliaria a
visão destes produtos. Visto que no decorrer do controle de estoque foi detectada
esta deficiência e sugerido mudanças neste projeto, esta proposta foi estudada por
parte dos administradores e aceita. As mudanças já foram colocadas em prática.
Além dessas mudanças feitas por conta da Souza Cruz, serão mudadas também
67
algumas outras prateleiras que já estão ultrapassadas, modernizando ainda mais o
local.
Para uma melhor visualização de como era a empresa e de como este agora após a
reforma foi colocada as fotos de suas fachadas. Primeiramente a foto mostrada é a
de antes da reforma.
Figura 8: Bomboniere Doçura LTDA, antes da reforma
Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Nesta foto da Bomboniere Doçura, a primeira lâmina de vidro é virada para os
clientes, e estava completamente poluída e encoberta por esta cigarreira dificultando
muito a visão dos produtos realmente rentáveis para a empresa.
Neste segundo momento, temos a foto após as reformas feitas pela Souza Cruz.
Observação: existem mais algumas mudanças que serão feitas, porem não ficou
pronta a tempo de demonstrar no presente trabalho.
68
Figura 9: Bomboniere Doçura LTDA, Após primeiras reformas.
Fonte: Acadêmico Rodrigo Mauricenz
Nesta foto acima pode-se ter uma visão dos produtos muito melhor, ficando exposto
em primeiro plano os produtos que dão rentabilidade para a empresa e também
ficando muito mais expostos os produtos que antes não apareciam. Com esta
mudança já se pode notar que os clientes conseguiram visualizar os produtos com
mais facilidade do que antes, pois antigamente eles perguntavam por alguns
produtos, hoje eles já pedem direto demonstrando onde estão. Como já dito ainda
faltam algumas reformas que vão melhorar ainda mais a visualização destes
produtos, estas mudanças ocorrerão nas prateleiras onde estão localizados os
produtos em tabletes como chocolates, chicletes e balas.
Outra futura proposta que estará sendo analisada, e que no momento da pesquisa
todos responderam que não praticavam é a de capacitação dos colaboradores, com
treinamentos para melhorar a abordagem e a venda para os clientes.
69
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Administrar empresas hoje não é uma tarefa fácil existem vários desafios, dentre
eles estão às questões de gerenciar vendas, controlar bem os seus custos e nas
empresas familiares e estes desafios se tornam ainda maior, como cita Gersick, et
al, (1993, p.7) as empresas possuídas e administradas por famílias constituem uma
forma organizacional peculiar, cujo “caráter especial” tem conseqüências positivas e
negativas.
A administração financeira tem cada vez mais importância dentro das empresas de
pequeno e médio porte e o sucesso delas dependem cada vez mais desta gestão
como argumenta Lemes et al (2002, p. 4) que o objetivo da administração financeira
objetiva maximizar a riqueza dos acionistas da empresa. O administrador financeiro
é o principal responsável pela criação de valor da empresa.
Atualmente percebe-se que cada vez mais as empresas para alcançar a
lucratividade necessitam pontuar seus custos que segundo Bruni e Famá (2002 p.
21) custos podem ser definidos como medidas monetárias dos sacrifícios com os
quais uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos.
No primeiro momento onde foi feito o controle do estoque não foi notado grandes
problemas quanto ao manuseio dos produtos estocados, e também não foi visto
equívocos no preparo das compras das mercadorias para serem estocadas, ambas
estão sendo trabalhadas de forma correta tanto no verão quanto no inverno.
Foi elaborado também um demonstrativo dos resultados (DRE) para visualizar
melhor qual a situação atual da empresa dentro do período citado, no ano de 2009
foi constatado que a empresa vem fechando seus meses todos com lucros tendo
somente um declínio no mês de maio, fechando o exercício também positivamente.
Como este controle que foi acompanhado não era preciso e também não se tinha
uma colaboração grande por parte dos funcionários, foi proposto que a empresa
implantasse um sistema de informação para controlar os estoques e as saídas das
mercadorias da empresa, que por sua vez já foi descartada o controle de saída das
70
mercadorias no local, visto que atrapalha na agilidade do atendimento, contudo esta
sendo analisada pelo proprietário a implantar no deposito da empresa sendo
apuradas todas as entradas e saídas por este local, para analisar estes aspectos
houve a curiosidade de conhecer qual a situação das conveniências de outras
rodoviárias para ver qual a situações delas.
Com a pesquisa coletada foi visto que os principais produtos comercializados são
praticamente os mesmos, e aos que oferecem maior rentabilidade também são
como na maioria dos entrevistados responderam, as bebidas.
Já no momento onde a entrevista se encaminha para a informatização e controle do
estoque foi visto que algumas empresas já estão mais preparadas para uma gestão
mais eficiente de suas empresas. Um dos momentos onde a Bomboniere Doçura
pode se encaixar tranquilamente é no controle do estoque informatizado que
contribuirá muito para uma gestão precisa, porém no momento da venda das
mercadorias não se encaixariam com tanta facilidade. Pelo o que foi observado
todas as empresas que haviam um sistema informatizado tinham seus quadros de
funcionários aumentados devido à necessidade de se ter um colaborador apenas
para a função do computador. Outro fator que influenciou é no ponto onde as
empresas pesquisadas falaram que existiam limitações para o atendimento,
tornando-o mais lento, atrapalhando um tanto considerável da agilidade do
atendimento quando principalmente consideramos o verão que a agilidade precisa
ser dobrada.
Uma sugestão proposta para a empresa é de aumentar o seu quadro de
funcionários, fazendo uma experiência com este sistema informatizado, porque
algumas vezes é viável aumentar os custos da empresa em um local para diminuir
em outras situações como; roubo, extravio e mercadoria vencida.
Após a uma reflexão quanto a alguns problemas que ocorriam com alguns produtos
oferecidos pela empresa, foi proposto que houvesse uma reforma na estrutura da
empresa, onde foi retirada a cigarreira colocando-a em outro local, abrindo e
limpando a visão dos produtos com deficiência de venda, mesmo com a reforma
parcialmente pronta já foi observada pelas fotos do trabalho considerável mudança
71
na percepção dos clientes quanto aos produtos expostos, melhorando a visibilidade
e os pedidos.
Como conclusão deste estudo pode-se constatar que grande parte das empresas
precisam sempre estar buscando se atualizar e se preparar para atuar no mercado
onde ela atua e conseqüentemente trazendo resultados mais eficientes e eficazes.
72
Referências
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76
ANEXOS
77
Controle de estoque
Fornecedor Produto Saiu do Estoque Aquavit Água S/ Gás
Aquavit Água C/ Gás
Aquavit Água ½
Aquavit Água Copo
Vonpar Água Charrua
Vonpar Água Charrua C/ Gás
Vonpar Coca Cola Lata
Vonpar Coca Cola 600 ml
Vonpar Coca Cola 2 lt Unid.
Vonpar Coca Zero
Vonpar Coca Zero 600 ml
Vonpar Coca Light
Vonpar Coca Light 600 ml
Vonpar Sprite
Vonpar Sprite 600 ml
Vonpar Sprite 2 lt Unid.
Vonpar Fanta
Vonpar Fanta Mundo
Vonpar Fanta Uva
Vonpar Fanta 600 ml
Vonpar Fanta 2 lt Unid.
Vonpar Kuat
Vonpar Kuat 600 ml
Vonpar Sol
Vonpar Kaiser
Vonpar Aquafresh Limão
Vonpar I9
Skol skol c/18
Skol skol c/12
Skol Skol Mini
Skol Pepsi
Skol Pepsi Twist
Skol Pepsi X
Skol H2OH
Skol Guaraná
Skol Guaraná 600 ml
Skol Guaraná Zero
Skol Guaraná Zero 600 ml
Skol Guaraná 2 lt UNID
Skol Soda
Skol Sukita
78
Skol Tonica
Skol Tonica Diet
Skol Gatorade C/6
Skol Brama
Skol Antartica
Matte Leão Mate Copo
Matte Leão Mate 500 ML
Dequech Tampico
Dequech Tampico Silvestres
Dequech Chocoleite Grande
Dequech Chocoleite Pequeno
DM Muller Del Valle Caixinha C/9
DM Muller Del Valle Latinha C/6
DM Muller Aguá Kero-coco
DM Muller Red Bull C/6
DM Muller Bolacha Wafer Unid.
DM Muller Levissima Agua/ Sal Unid.
DM Muller Tic Tac
DM Muller Isqueiro Bic Grande C/10
DM Muller Isqueiro Bic Mini C/10
DM Muller Caneta Bic
DM Muller Chiclets Gang
DM Muller Absorvente c/ abas
DM Muller Absorvente s/ abas
Muller NH Tortinhas Unid.
Muller NH Wafer Isabela Unid.
Elmas Chips Fandangos
Elmas Chips Rufles
Elmas Chips Sensações
Elmas Chips Pingo d'Ouro
Elmas Chips Doritos Nacho
Elmas Chips Baconzitos
Elmas Chips Cebolitos
Elmas Chips Cheetos
Elmas Chips Stiks
Elmas Chips OPA
Elmas Chips Todinho
Adams Trident
Adams Trident Caixa
Adams Trident Splash
Adams Trident Sortido
Adams Trident Mini
Adams Trident Pote
Adams Halls
Adams Halls Light
79
Adams Bubbaloo
Adams Bubbaloo Tablete
Adams Certs
Adams Ping Pong
Adams Clorets
Adams Chiclets 2s
Adams Chiclets Tabletes
Adams Plets
Adams Vita-c
Adams Fresh – up
Distlé Aveia e Mel Unid.
Distlé Leite e Mel Unid.
Distlé Coco Unid.
Distlé Choc. Classic Unid.
Distlé Passatempo s/ Recheio Unid.
Distlé Passatempo c/ Recheio Unid.
Distlé Negresco Unid.
Distlé Bolacha Bono Unid.
Distlé Bolacha mini Bono Unid.
Distlé Wafer Bono Unid.
Distlé Wafer Prestigio/ Negresco/G Unid.
Distlé Nescau Bolacha/ prestigio Unid.
Distlé Biscoito integral e gergelim Unid.
Distlé Tostines Agua e sal Unid.
Distlé Tostines Crean Cracker Unid.
Distlé Tostines Maisena Unid.
Distlé Moça bolacha Unid.
Distlé Sem Parar Unid.
Distlé Especialidades Bombom
Distlé Nescauzinho Caixa
Deycon Trakinas Unid.
Deycon Trakinas Wafer Unid.
Deycon Club Social Unid.
Deycon Club Social Recheado Unid.
Deycon Mini Club Social Unid.
Deycon Sonho de Valsa/ Ouro Branco
Deycon Bis Unid.
NiTrix Nitrix C/ 12
Bilu Hortelã
Bilu 7 belo
Bilu 7 belo +Brinquedo
Bilu Canela
Bilu Suspense
Bilu Amendoin
Bilu Yogurt
80
Bilu Caramelo
Bilu Banana
Bilu Bala Sonhare
Bilu Bolete
Bilu Bala Fregells/ ICE
Bilu Bala Soverana
Bilu Drops Freegels C/12
Bilu Bala Fregells Tablete C/24
Bilu Goma
Bilu Chicletes Buzzy
Bilu Elbi`s
Bilu Tuc`s
Bilu Isqueiro Cricket grande C/10
Bilu Isqueiro Cricket Pequeno C/ 10
Bilu Pilha AAA
Bilu Pilha AA
Bilu Pipoca Doce C/10
Bilu Pipoca Salgada C/10
Bilu Biluzitos
Bilu Pastilha Melagriao Menta
Bilu Deliket
Perfetti Mentos
Perfetti Mentos Caixa
Perfetti Mentos Teans
Perfetti Mentos Gun
Perfetti Mentos Juice Blast
Perfetti Mentos Pure Fresh
Perfetti Mentos cube
Perfetti Mentos Blast C/ 6
Perfetti Fruit-Tella Stick Mole
Perfetti Fruit-Tella Swirl Duro
Perfetti Fruit-Tella Filled
Perfetti Fruit-Tella Berry Caixinha
Perfetti Happydent White
Perfetti Pirulito
Garoto Choc. Onix/ Opera
Garoto Choc. Onix/ castanha/meio am.
Garoto Baton Bastão
Garoto Baton Tablete
Garoto Pastilha Garoto
Garoto Garoto Bombons Unid.
Garoto Serenata de Amor
Arcor Bala Miel
Arcor TopLine
Arcor Flics
81
Arcor Butter Toffees
Arcor Tablete Butter Toffees
Arcor Pirulito Big Big
Arcor Bolim Bola
Arcor Huevitos
Arcor Chupa Chups
Gringo Salgadinho C/10
Gringo Pipoca Doce
Gringo Happy Boll
Gringo Bala Florestal
Gringo Bala Chicletes
Gringo Pirulito Pop Kiss
Gringo Pirulito Melancia
Riandra Chicletes Kriptonita Mumia
Riandra Chicletes kriptonita Atomic
Riandra Bem 10
Riandra Bolim Frutas
Gaucho Roscas
Marlboro Marlboro Maço
Marlboro Marlboro Box
Marlboro Marlboro Mint
Marlboro L&M
Marlboro Chanceller
Marlboro Luxor
Marlboro Shelton Curto
Marlboro Shelton Longo
Marlboro Dallas
Marlboro Parliamente
Marlboro Benson & Hedges
Marlboro Palace
Marlboro Sampoerna
Marlboro Galaxy
Marlboro Galaxy Slins
Marlboro Fortuna
Souza Cruz Camel
Souza Cruz Plaza Curto
Souza Cruz Plaza Longo
Souza Cruz Ritz Longo
Souza Cruz Hilton Curto
Souza Cruz Hilton Longo
Souza Cruz lucky Strike
Souza Cruz Hollywood
Souza Cruz Derby
Souza Cruz Free Maço
Souza Cruz Free Box
82
Souza Cruz Free Longo
Souza Cruz Carlton
Souza Cruz Charn Box
Souza Cruz Charm
Souza Cruz Virginia Slins
Bilu Canudo
Bilu Sacola
Bilu Alcool Unid.
Bilu Guardanapo
Bilu Copo /Cartucho
Bilu Cartucho X salada
Formulas utilizada no Excel
Quanto aos fechamentos mensais: =(Total de custos - Total merc. Vendidas)
83
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Esta pesquisa faz parte da elaboração do trabalho conclusivo do curso de Administração com ênfase em Marketing da Universidade do Vale do Itajaí campus Balneário Camboriú - SC.
1) Qual a rodoviária onde a conveniência está localizada? R:____________________________________________________________________
2) Nome Fantasia?
R:____________________________________________________________________
3) Qual é o numero de funcionários?
a) 0 a 2
b) 3 a 5
c) 6 a 10
d) 11 a 20
e) Acima de 21
4) Esta conveniência é franqueada?
a) Sim
b) Não
5) Quais são os principais produtos comercializados?
a) Bebidas
b) Bolachas
c) Salgados
d) Chocolates
e) Outros: ___________________________________________________________
6) Qual o produto que oferece maior rentabilidade para a empresa?
R: ___________________________________________________________________
7) Como é feita a remarcação de preço?
a) Baseada na concorrência
b) Método cientifico
c) É combinado internamente com outros condôminos
d) Baseada em 100%
e) Outros: ___________________________________________________________
8) Existe um controle do consumo indevido dos funcionários?
a) Sim, Como é feito;____________________________________________________
b) Não
9) É fornecido ao funcionário algum treinamento, para a melhoria no atendimento ou para a capacitação
do mesmo, fora as obrigações da empresa?
a) Sim, quais:________________________________________________________
b) Não
84
10) Existe algum esforço promocional realizado a favor dos clientes, por exemplo, propagandas na radio
da rodoviária?
a) Sim, quais esforços:__________________________________________________
b) Não
11) O estabelecimento possui algum tipo de estoque de mercadorias?
a) Sim, Quais _________________________________________________________
b) Não (pule para a questão 13)
12) Se sim como é feito este controle de estoque?
a) Computadores
b) Em papel
c) Na cabeça
d) Contador
e) Outros:___________________________________________________________
13) A conveniência possui um sistema informatizado para o controle de entrada e saída das mercadorias
vendidas?
a) Sim
b) Não (pule para a questão 16)
14) Qual o sistema que é utilizado pela empresa?
R: __________________________________________________________________
15) Se a resposta anterior foi sim, foi notada alguma mudança na agilidade do atendimento após a
informatização?
a) Sim, ficou mais rápido
b) Sim, ficou mais lento
c) Não, ficou igual
16) Qual é a media de pessoas que passam por mês na rodoviária no inverno?
a) 0 a 20.000
b) 20.001 a 50.000
c) 50.001 a 80.000
d) 80.001 a 110.000
e) Acima de 110.001
17) Qual é a media no verão?
a) 0 a 20.000
b) 20.001 a 50.000
c) 50.001 a 80.000
d) 80.001 a 110.000
e) Acima de 110.001
85
18) A empresa enfrenta problemas com roubo de mercadoria? Se sim o que faz para evitar tal
comportamento?
a) Sistema de câmeras
b) Informatização
c) Segurança 24/h
d) Nada
e) Outros