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UNIVERSIDADE SANTA CECLIA
ENGENHARIA DE PRODUO
BRUNO FERNANDES DEFEU
DIEGO MARTIN SORIA CUESTA
MURILO AFFONSO PRANDO
SENSOR DE NVEL
PARA DEFICIENTES VISUAIS
Santos SP
Dezembro/2013
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UNIVERSIDADE SANTA CECLIA
ENGENHARIA DE PRODUO
BRUNO FERNANDES DEFEU
DIEGO MARTIN SORIA CUESTA
MURILO AFFONSO PRANDO
SENSOR DE NVEL
PARA DEFICIENTES VISUAIS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para obteno do ttulo de Engenheiro ao curso de Engenharia de Produo da Universidade Santa Ceclia, sob orientao do Prof. Dr. Jos Luis Alves de Lima.
Santos SP
Dezembro/2013
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BRUNO FERNANDES DEFEU
DIEGO MARTIN SORIA CUESTA
MURILO AFFONSO PRANDO
SENSOR DE NVEL
PARA DEFICIENTES VISUAIS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado como exigncia parcial para
graduao no curso de Engenharia de Produo da Universidade Santa Ceclia.
Data da Aprovao: __/__/__
Banca Examinadora
_____________________________________________ Prof. Jos Luis Alves de Lima Orientador
_____________________________________________ Prof. Ms. Dr. XXXXXX _____________________________________________ Prof. Ms. Dr. XXXXXX
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DEDICATRIA
Aos meus amigos
minha famlia
Aos integrantes do grupo
Bruno Fernandes Defeu
minha famlia
Aos meus amigos
minha namorada
Diego Martin Soria Cuesta
minha famlia
Aos meus amigos
minha namorada
Ao meu grupo do trabalho
Murilo Affonso Prando
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente ao coordenador do curso Prof. Dr. Jos Carlos
Morilla, ao orientador do trabalho Prof. Dr. Jos Luis Alves de Lima e ao Ademir
Pereira onde foram os responsveis pelo auxlio que possibilitou o nosso sonhado
objetivo profissional.
A minha me, Maria Clotilde F. Defeu, por de certa forma, fazer de sua vida o
cuidado com a minha. Ao meu pai, Mario Srgio Defeu, pelo exemplo de trabalho e
perseverana. Por no ter medido esforos para dispor os recursos necessrios
minha formao pessoal e profissional. A minha av, Ida Zibella Fernandes, que
pela convivncia, aprendi que podemos encontrar dificuldades ao longo do caminho,
mas sempre teremos a escolha de enfrent-las com um sorriso no rosto.
Bruno Fernandes Defeu
Agradeo aos meus pais, Julio Cuesta e Lila Soria Cuesta, pelo que sou hoje, pelos
ensinamentos, educao e por sempre terem me incentivado. Aos meus irmos,
Michelle Soria Cuesta, Gustavo Soria Cuesta e Maria Gabriela Soria Cuesta, por
terem servido de exemplo e inspirao em todas minhas escolhas de vida. minha
namorada, Juliane Molina, por estar sempre ao meu lado, principalmente nos
momentos mais difceis, me dando fora para seguir em frente. Agradeo tambm
aos meus colegas de grupo, Bruno Defeu e Murilo Prando, por termos conseguido
prosseguir e concluir o trabalho mesmo quando as ideias entravam em conflito.
Diego Martin Soria Cuesta
Agradeo a minha me, Maria Claudia Affonso Prando, meu pai, Gerson
Prando, minha irm Marina Affonso Prando e todos os meus familiares que sempre
foram exemplos de educao e perseverana para mim e me ensinaram tudo que eu
sei. minha namorada Giovanna Rosien, ao meu irmo de considerao Daniel
Pizzo e todos os meus amigos da faculdade e infncia pelo apoio e companheirismo
dentre todos esses anos. Ao meu grupo de trabalho, Bruno Defeu e Diego Cuesta,
onde mesmo com indiferenas e dificuldades, pudemos caminhar juntos para o
nosso sucesso.
Murilo Affonso Prando
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EPGRAFE
"Que os vossos esforos desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que
as grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia
impossvel."
- Charles Chaplin
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RESUMO
A crescente concorrncia entre organizaes faz com que o mercado viva em
constantes processos de adaptaes, investindo em produtos inovadores e que
agreguem valor ao cliente. O presente trabalho aborda a implantao da tecnologia
para a criao de um produto voltado para os deficientes visuais, o produto ir
auxili-los em tarefas domsticas e, de acordo com a pesquisa de mercado
elaborada, dever ter um preo acessvel devido ao pblico alvo ter sua maior
concentrao na renda familiar de nvel inferior. Neste trabalho sero utilizados
conceitos de segmentao de mercado, anlises de fornecedores e concorrentes,
pesquisa de campo, projeto da fbrica de montagem do produto e a viabilidade
econmica. Neste contexto, a fabricao do sensor de nvel para deficientes visuais
se mostrou eficiente, ou seja, por ele atuar em um mercado com poucos
concorrentes no Brasil, trar resultados financeiros positivos alm de ser um
facilitador em tarefas dos deficientes.
Palavras chaves: Deficiente visual. Tecnologia assistiva. Sensor de nvel.
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ABSTRACT
The growing competition between organizations makes the market to
experience a constant process of adaptation by investing in innovative products
which add value to the customer. This paper discusses the deployment of technology
for creating a product designed for the visually impaired. The product will help them
in household chores and, according to the market research conducted, should be
affordable because the target audience has its highest concentration in the lower
level of family income. During this project, concepts of market segmentation,
suppliers and competitors analysis, field research, designing an assembly plant and
economic viability. Within this context, the manufacturing of a level sensor for the
visually impaired is efficient. In other words, do to its participation in a market with
few competitors in Brazil; it will bring positive financial results in addition to being a
facilitator in the handicapped tasks.
Key words: Visually impaired. Assistive technology. Level sensor.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Figura conceitual do produto ..................................................................... 16
Figura 2 - Concentrao de Deficientes Visuais no Brasil (Dados IBGE 2010)......... 19
Figura 3 - Distribuio Geogrfica na Baixada Santista (Dados IBGE 2010) ............ 20
Figura 4 - Dados sobre a faixa etria (Dados IBGE 2010 e Pesquisa autores) ........ 21
Figura 7 - Dados sobre consumo .............................................................................. 22
Figura 5 - Gneros (Pesquisa autores) ..................................................................... 22
Figura 6 - Gneros (Dados IBGE 2010) .................................................................... 22
Figura 8 - Dados sobre residncia ............................................................................ 23
Figura 9 - Dados sobre Utilizao do equipamento ................................................... 24
Figura 10 - Dados sobre Renda Familiar (Dados IBGE 2010 e Pesquisa autores) ... 24
Figura 11 - Dados sobre precificao (Pesquisa autores) ......................................... 25
Figura 12 - Produto I ................................................................................................. 27
Figura 13 - Produto II ................................................................................................ 28
Figura 14 - The Braun Bell Mug ................................................................................ 29
Figura 15 - EZ Fill Pour Aid ....................................................................................... 30
Figura 16 - Anlise SWOT......................................................................................... 31
Figura 17 - Projeto do Produto .................................................................................. 33
Figura 18 - Tecnologia do Sensor de nvel ................................................................ 34
Figura 19 - Montagem do Sensor de nvel ................................................................ 35
Figura 20 - Placa impressa........................................................................................ 36
Figura 21 - Reed Switch ............................................................................................ 36
Figura 22 - Buzzer ..................................................................................................... 37
Figura 24 - Localizao ............................................................................................. 42
Figura 25 - Regio ..................................................................................................... 43
Figura 26 - Sazonalidade Loja Varejista .................................................................... 49
Figura 27 - Matriz de layout e grfico volume-variedade ........................................... 53
Figura 28 - Fluxo de operaes em uma linha de produo ..................................... 54
Figura 30 - Logotipo .................................................................................................. 57
Figura 31 - Estrutura Organizacional ......................................................................... 59
Figura 32 Sazonalidade ......................................................................................... 70
Figura 33 Grfico Receita x Custo Total ................................................................ 71
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Figura 34 Cenrios com variao de 10% ............................................................. 71
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Pesquisa Mensal de Emprego IBGE (dez-2012) ...................................... 21
Tabela 2 - Dvidas dos Entrevistados (Pesquisa autores) ........................................ 26
Tabela 3 - Projeto de rede operaes ....................................................................... 38
Tabela 4 - Pontuao por critrio .............................................................................. 40
Tabela 5 - Preo insumos ......................................................................................... 44
Tabela 6 Investimento Fixo .................................................................................... 66
Tabela 7 - Faturamento Mensal ................................................................................ 67
Tabela 8 - Mo de obra ............................................................................................. 67
Tabela 9 - Custos Fixos ............................................................................................ 68
Tabela 10 - Tributos .................................................................................................. 69
Tabela 11 - Indicadores Financeiros ......................................................................... 70
Tabela 12 - Demonstrativo de Resultado - DRE ....................................................... 72
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
KPI Indicadores de Desempenho (Key-Performance Indicators)
PVEF Projeto de Viabilidade Econmica e Financeira
SIDRA Sistema IBGE de Recuperao Automtica
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SUMRIO
INTRODUO ............................................................................................... 14
Objetivo ....................................................................................................... 18
1 PESQUISA DE MERCADO ...................................................................... 19
1.1 Compreendendo o Mercado Atual ................................................... 19
1.2 Coleta e Tratamento de Informaes ............................................... 20
1.3 Metodologia de Avaliao ................................................................ 20
1.4 Resultados ....................................................................................... 21
1.5 Anlise de Concorrncia .................................................................. 26
1.6 Introduo do produto no mercado .................................................. 31
1.7 Estratgia de Comercializao ........................................................ 31
2 PROJETO DO PRODUTO ........................................................................ 33
2.1 Caractersticas Tcnicas .................................................................. 33
2.2 Tecnologia do produto ..................................................................... 34
2.3 Materiais .......................................................................................... 35
2.4 Informaes sobre as peas utilizadas ............................................ 35
3 PROJETO DA FBRICA .......................................................................... 38
3.1 Projeto da Rede de Operaes ........................................................ 38
3.2 Fornecedores ................................................................................... 39
3.3 Grau de Integrao Vertical / Horizontal .......................................... 40
3.4 Deciso entre comprar e fazer ......................................................... 41
3.5 Localizao da operao ................................................................. 42
3.6 Custo do local .................................................................................. 43
3.7 Custo do transporte.......................................................................... 43
3.8 Custo de energia .............................................................................. 44
3.9 Custo de material terceirizado ......................................................... 44
4 TECNOLOGIA DO PROCESSO .............................................................. 45
4.1 Tecnologia de processamento de materiais ..................................... 45
4.2 Tecnologia de processamento de informaes ................................ 46
5 CAPACIDADE DE PRODUO .............................................................. 49
5.1 Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas .................... 49
5.2 Etapa 2: Identificar as polticas alternativas de capacidade ............. 50
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6 ARRANJO FSICO DE LAYOUT .............................................................. 52
6.1 Objetivos do Arranjo Fsico .............................................................. 52
6.2 Tipos de Arranjos Fsicos ................................................................. 52
6.3 Arranjo fsico escolhido .................................................................... 53
6.4 Arranjo Linear, em linha, por produto, flow shop .............................. 54
6.5 Layout projetado .............................................................................. 56
7 DADOS DA EMPRESA ............................................................................ 57
7.1 Dados Gerais ................................................................................... 57
7.2 Logotipo ........................................................................................... 57
7.3 Misso, Viso e Valores ................................................................... 57
8 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .......................................................... 59
8.1 Departamentos ................................................................................ 59
8.2 Centros de custo .............................................................................. 62
8.3 Administrao da Produo ............................................................. 62
9 VIABILIDADE ECONMICA .................................................................... 65
9.1 Abertura de empresa ....................................................................... 65
9.2 Investimento Fixo ............................................................................. 66
9.3 Faturamento Mensal ........................................................................ 66
9.4 Custos com Mo de Obra ................................................................ 67
9.5 Custos Fixos .................................................................................... 68
9.6 Tributos ............................................................................................ 68
9.7 Sazonalidades ................................................................................. 69
9.8 Indicadores Financeiros ................................................................... 70
9.9 Demonstrativo de Resultado DRE ................................................ 72
10 CONCLUSO ........................................................................................ 73
11 REFERNCIAS ..................................................................................... 75
APNDICE ..................................................................................................... 79
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14
INTRODUO
De acordo com o censo demogrfico de 2010, realizado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, o Brasil possui 19% de sua populao
com alguma deficincia visual onde 3%, de toda populao, no consegue ou possui
grande dificuldade em enxergar, sendo assim, necessitando do sistema braile de
leitura e escrita. (IBGE, 2010)
Ainda existe uma necessidade de servios e produtos adequados para que os
deficientes visuais possam gozar de uma vida independente, necessitando de auxlio
em simples tarefas domsticas. No mbito de obter essa independncia, o homem
junto com a tecnologia, vem propondo solues que visam fornecer a autonomia
para os dependentes.
Como afirma Bersch (2005), desde 1988, essas solues que visam melhorar
a qualidade de vida dos deficientes e propor a eles a incluso social j possui nome,
Tecnologia Assistiva. O nome pouco popular, mas vem ganhando adeptos, na
maioria sendo empresas.
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurdico dentro da legislao norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998 como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos cidados com deficincia nos EUA, alm de prover a base legal dos fundos pblicos para compra dos recursos que estes necessitam. (BERSCH, 2005)
Diariamente so utilizadas ferramentas tecnolgicas que foram desenvolvidas
especialmente para simplificar e auxiliar em tarefas de qualquer ser humano. Tem-se
por exemplo desses produtos: o controle remoto, relgios, telefones, computadores
e diversos outros objetos. Esses facilitadores, quando feitos pensando em solucionar
tarefas da vida dos portadores de deficincia, recebem o nome de Tecnologia
Assistiva, fazendo atividades de alto grau de dificuldade se tornarem possveis.
Introduzindo o conceito de Tecnologia Assistiva, tem-se a citao:
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15
Para as pessoas sem deficincia, a tecnologia torna as coisas mais fceis.
Para as pessoas com deficincia, a tecnologia torna as coisas possveis.
(RADABAUGH, 1993).
Segundo o Secretariado Nacional para a Reabilitao e Integrao das
Pessoas com Deficincia (SNRIPD) de Portugal:
Entende-se por ajudas tcnicas qualquer produto, instrumento, estratgia, servio e prtica utilizada por pessoas com deficincia e pessoas idosas, especialmente, produzido ou geralmente disponvel para prevenir, compensar, aliviar ou neutralizar uma deficincia, incapacidade ou desvantagem e melhorar a autonomia e a qualidade de vida dos indivduos. (SNRIPC, 2005)
No Brasil, o Comit de Ajudas Tcnicas - CAT, institudo pela PORTARIA N
142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 prope o seguinte conceito para a tecnologia
assistiva:
Tecnologia Assistiva uma rea do conhecimento, de caracterstica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratgias, prticas e servios que objetivam promover a funcionalidade, relacionada atividade e participao de pessoas com deficincia, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independncia, qualidade de vida e incluso social. (CAT, 2006)
Esse setor de negcio no bem explorado e desenvolvido pelas empresas
nacionais. Existe pouca variedade de produtos e empresas dedicadas a esse
segmento. Essa limitao faz com que haja uma baixa competio e os poucos
produtos disponveis apresentem preos no compatveis com a renda mdia
nacional dos deficientes. A falta de oferta nacional suficiente faz com que grande
parte dos produtos necessite ser importados, elevando, mais uma vez, o preo. Vale
lembrar que, de acordo com o IBGE, os portadores de deficincia tm pouco espao
no mercado de trabalho e com salrio reduzido em comparao com o restante do
mercado concorrente.
O produto do estudo consiste em um dispositivo que poder ser acoplado a
qualquer tipo de recipiente de armazenamento de lquidos. Este dispositivo ter o
seu funcionamento baseado em um sensor de nvel, que emitir um sinal sonoro
quando o lquido disposto no reservatrio atingir um nvel pr-determinado pelo
usurio.
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16
Figura 1 - Figura conceitual do produto
Fonte: Elaborada pelos autores
Exemplificando a utilizao deste dispositivo, citada uma atividade rotineira,
que executada por uma pessoa com deficincia visual em que consiste no
individuo servindo um copo dgua a si mesmo. A fim de evitar que o lquido
transborde, o deficiente visual utiliza, na maioria dos casos, um recurso prtico que
baseado em um dos sentidos do corpo humano, o tato. Utiliza-se o prprio dedo,
para se orientar do momento em que o recipiente atingir o nvel em que ele
considera adequado. Este tipo de tcnica pode solucionar a dificuldade que esta
pessoa enfrenta, porm, pode causar danos sade. Segundo a Agncia Nacional
de Vigilncia Sanitria (ANVISA):
As mos constituem a principal via de transmisso de microrganismos durante a assistncia prestada aos pacientes, pois a pele um possvel reservatrio de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfcie para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, atravs do contato com objetos e superfcies contaminados (ANVISA, 2007).
Para o desenvolvimento deste estudo foi primeiramente desenvolvido o
cronograma do projeto e posteriormente realizada uma pesquisa de mercado para
definir o perfil do pblico-alvo. O objetivo inicial da pesquisa ser de quantificar
demograficamente o indivduo, sua condio socioeconmica, as faixas etrias, a
concentrao do gnero e o levantamento sobre a aceitao e utilizao do produto,
todas as informaes sendo separadas pelo nvel de deficincia visual.
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17
Uma vez definido o escopo do projeto, iniciou-se o estudo para o
desenvolvimento do produto, envolvendo pesquisa de alternativas de materiais,
dispositivos eletrnicos, montagem e embalagem. Um dos principais focos abordado
ser a manuteno de um baixo custo do produto final, sendo preservada a
qualidade.
Ser feito o estudo para definio da produo da fbrica, trabalhando
primeiramente com produo sob encomenda. A equipe de colaboradores ser
definida pela necessidade observada pelo estudo da fbrica.
A unidade fabril, assim como o estoque do produto, ser definida levando em
considerao a proximidade do pblico alvo, o custo do aluguel, s leis municipais
de zoneamento e a operao logstica tanto de fornecedores quanto de distribuio,
visando logstica com o menor custo.
A logstica de distribuio do produto concentrada em entrega via correio, o
que permite uma total cobertura do territrio nacional, aliada escolha de pontos de
venda seletivos que permitam acesso fsico pelos potenciais usurios e
demonstrao in-loco do produto.
A estratgia de marketing est focada na divulgao do novo produto atravs
da internet, com criao de contedo conceitual, artigos explicativos, vdeos em sites
especializados, materiais em braile, parcerias com associaes de apoio aos
deficientes visuais e obteno de cadastros para mailings e contatos com o pblico-
alvo. Divulgao a mdicos oftalmologistas e clinicas tambm ser utilizada.
Associaes beneficentes e especializadas sero comunicadas sobre o
produto para um possvel patrocnio na fabricao, para reduo do custo e
divulgao.
Todos esses fatores remetem elaborao do estudo de um produto que
possa agir como facilitador para portadores de incapacidade visual. A elaborao
deste estudo inicialmente foi feita com a consolidao de dados da populao com
deficincia visual, disponibilizados pelo SIDRA (Sistema IBGE de Recuperao
Automtica), com a inteno de mapear a concentrao de portadores de deficincia
visual no territrio nacional dando enfoque ao Estado de So Paulo, mais
precisamente Baixada Santista, por ser esse o local de realizao do estudo. Alm
de ser um facilitador, o produto visa ter baixo custo de fabricao, objetivando a
obteno de um preo final acessvel ao consumidor.
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18
Objetivo
O objetivo desse trabalho visa o desenvolvimento de um produto, desde sua
fabricao at a viabilidade econmica, utilizando conceitos da tecnologia assistiva e
focando o pblico de deficientes visuais. O produto deve ter seu preo baixo devido
a renda mdia do pblico alvo no dar privilgios de compras de equipamentos com
preos elevados.
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19
1 PESQUISA DE MERCADO
Como soluo de coleta de dados sobre o mercado regional, foi elaborada
uma pesquisa de campo (Apndice 1 pg. 79), com sete questes de nica
escolha e uma para insero de comentrios adicionais, voltada somente para
deficientes com grande dificuldade ou com viso nula. A mesma foi realizada com
deficientes nas instituies de apoio a deficientes visuais.
1.1 Compreendendo o Mercado Atual
De acordo com o IBGE 2010, a maior concentrao de deficientes visuais no
Brasil encontrada na regio Sudeste (50% do total), s o estado de So Paulo
representa 28% de do Brasil e Baixada Santista representa 3% do mercado de So
Paulo, segue representao grfica da concentrao:
Figura 2 - Concentrao de Deficientes Visuais no Brasil (Dados IBGE 2010)
Fonte: Elaborada pelos autores
Focando no pblico alvo inicial que engloba a Baixada Santista, possvel
observar a maior concentrao no municpio de Santos, e tambm nas cidades
prximas. Obteve-se as seguintes distribuies geogrficas:
Norte 6%
Nordeste 25%
Centro-Oeste 6%
Sul 13%
Sudeste (s/ SP) 22%
Outras Regies 97%
Baixada Santista 3%
So Paulo 28%
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20
Figura 3 - Distribuio Geogrfica na Baixada Santista (Dados IBGE 2010)
Fonte: Elaborada pelos autores
1.2 Coleta e Tratamento de Informaes
A coleta foi realizada na quinta-feira dia 04 de abril de 2013 na Instituio do
Lar das Moas Cegas, (especializada em atendimento de deficientes visuais de
variados nveis). Foram selecionadas 30 pessoas para preenchimento do formulrio,
sendo elas, de diversas idades e classes sociais.
A pesquisa realizada contou com o apoio de uma funcionria da prpria
Instituio, realizando uma pr-seleo eliminando da realizao da pesquisa os
deficientes de baixo grau de cegueira, sobrando apenas o pblico alvo.
1.3 Metodologia de Avaliao
A pesquisa tem como objetivo conhecer o mercado de atuao do produto
sensor de nvel e a adquirir dados para posteriormente transform-los em
informaes sobre o mercado consumidor. Sendo esse o primeiro passo para a
realizao de um projeto.
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21
1.4 Resultados
Segue uma anlise dos dados obtidos nas questes propostas na pesquisa
de campo comparando-os com os indicadores da populao deficiente visual
(Grande dificuldade de viso e viso nula) do IBGE 2010:
Com relao faixa etria, o grfico da figura 4 mostra:
Figura 4 - Dados sobre a faixa etria (Dados IBGE 2010 e Pesquisa autores)
Fonte: Elaborada pelos autores
Os dados obtidos pelo IBGE 2010 se diferenciaram dos dados obtidos da
pesquisa de campo, onde que, o resultado da pesquisa mostrou uma concentrao
elevada na faixa de 20 a 49 anos, sendo 24 pontos percentuais acima da mdia do
Brasil. Sendo um timo resultado por ser a faixa considerada economicamente ativa
pois, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego, realizada em
dezembro de 2012 pelo IBGE, a faixa de 18 a 49 anos corresponde a 75,6% da
populao economicamente ativa no Brasil.
10 a 14 anos
15 a 17 anos
18 a 24 anos
25 a 49 anos
50 anos ou mais
0,2% 1,8% 14,7% 60,9% 22,4%
Tabela 1 - Pesquisa Mensal de Emprego IBGE (dez-2012)
Fonte: Elaborada pelos autores
9% 10%
33%
57%
58%
33%
IBGE 2010 PESQUISA
Faixa Etria
0 a 19 anos 20 a 49 anos 50 anos ou mais
10
17
3
2.187 mil
583 mil
3.791 mil
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22
Com os dados obtidos sobre os gneros, obteve-se a seguinte concentrao:
Em anlise dos grficos acima, pode-se observar a efetiva predominncia no
gnero feminino no geral de deficientes, tanto no Brasil quanto na pesquisa
realizada. Indicador favorvel na elaborao do produto, de acordo com a pesquisa
do SEBRAE (2011), se trata do gnero que possuem maior gasto mensal.
Figura 7 - Dados sobre consumo
Fonte: Estudo de Comportamento de Consumo SEBRAE 2011
Ao analisar a convivncia no lar dos portadores de deficincia visual
entrevistados, tem-se:
41%
59%
Gneros IBGE 2010
Homens Mulheres
3.887 mil 2.674 mil
37%
63%
Gneros Pesquisa
Homens Mulheres
19 11
Figura 5 - Gneros (Pesquisa autores)
Fonte: Elaborada pelos autores
Figura 6 - Gneros (Dados IBGE 2010)
Fonte: Elaborada pelos autores
-
23
Figura 8 - Dados sobre residncia
Fonte: Elaborada pelos autores
De acordo com a pesquisa, 83% das pessoas entrevistadas no residem
sozinhas, onde para se ter um diagnstico correto necessita-se de convvio, pois
necessrio estudar a cultura dos residentes para entender se ele incentivar a
independncia do portador de deficincia ou prefere auxili-lo nas tarefas.
Em relao utilizao do produto pelos entrevistados, obteve-se o seguinte
grfico.
20%
53%
17%
10%
Residncia
Sim No - Familiar
No - Amigo No - Outro
6
5 3
16
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24
Figura 9 - Dados sobre Utilizao do equipamento
Fonte: Elaborada pelos autores
A aceitao do produto pelo pblico um dos principais pilares para a
produo do equipamento. 93% dos entrevistados utilizariam o produto no dia-a-dia,
valor elevado e satisfatrio.
Considerando a renda familiar:
Figura 10 - Dados sobre Renda Familiar (Dados IBGE 2010 e Pesquisa autores)
Fonte: Elaborada pelos autores
93%
7%
Utilidade
Utilizaria No Utilizaria
2 28
58% 43%
37%
40%
5% 17%
IBGE 2010 PESQUISA
Renda Familiar
At 01 salrio mnimo Entre 01 a 05 salrios mnimos Mais de 5 salrios mnimos
2.892 mil
5
12
13
1.828 mil
236 mil
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25
Na pesquisa obteve-se resultado semelhante aos dados coletados pelo IBGE
2010, onde que a maior concentrao do IBGE est presente na populao com at
01 salrio mnimo. Como anlise dos resultados, sabe-se que devido a Instituio
ser sem custo para os alunos, por conta com de ter diversos apoios, tal como o do
governo, por isso existe a alta concentrao de classes de renda inferior.
Levando-se em conta o possvel gasto que os entrevistados teriam com o
produto, obteve-se:
Figura 11 - Dados sobre precificao (Pesquisa autores)
Fonte: Elaborada pelos autores
Outro dado de grande importncia para a produo em massa do produto o
preo que o consumidor poder pagar por ele. Como se observou no grfico de
renda familiar que a maior concentrao se encontra nas classes baixas, 50% dos
entrevistados escolheram a alternativa mais barata, de R$20 a R$40. Fazendo com
que a empresa tenha um enorme esforo na escolha dos materiais e
consequentemente a precificao, sendo que, com o aumento do preo poder
ocorrer a inviabilidade do projeto, onde o consumidor no aceitar as condies
propostas.
Principais Comentrios dos Entrevistados
Muitos entrevistados tiveram dvidas sobre como ser feita a assistncia
tcnica do produto, fato de extrema importncia. Hoje em dia os consumidores
analisam muito o produto pelos servios de ps venda. Tambm gostariam de saber
sobre o material utilizado e a durao da bateria, dados:
50% 23% 23% 3%
Possvel Preo Pago
De R$20 a R$40 De R$40 a R$60 De R$60 a R$80 Mais de R$100
15 7 7 1
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26
Tabela 2 - Dvidas dos Entrevistados (Pesquisa autores)
Fonte: Elaborada pelos autores
Sobre a dvida em relao a assistncia tcnica e os servios de ps venda
Anlise Geral
Conforme anlises dos resultados da pesquisa anteriormente realizadas, foi
obtido um resultado satisfatrio para a realizao do produto, principalmente devido
ao grande mercado e aos 93% de aceitao dos entrevistados em relao ao
produto
Como resultado tambm foi decidido a alterao do projeto do produto, onde
antes teria sensores trmicos e por comentrios dos pesquisados, foi decidido a
extino desse indicador permanecendo somente com o sensor de nvel, que
satisfatrio e de melhor serventia para os deficientes visuais.
1.5 Anlise de Concorrncia
Encontra-se no mercado internacional um nvel escasso de opes com a
mesma finalidade do sensor de nvel, tornando o mercado como um grande
potencial para a entrada de um produto novo.
Segue uma anlise de alguns produtos encontrados no mercado observando
suas caractersticas e apresentando seus pontos fortes e fracos de cada um.
Questo *
A:
R:
A:
R:
A:
R:
A:
R: 6 3
A:
R:
A:
R:
A:
R:
* A: Al ternativa / R: Resultado Dados: Pesquisa TCC Sensor Termo/Volumtrico
Principais temas comentados
I) Assisncia Tcnica.
II) Material Utilizado.
III) Durao de uso de bateria.
IV) Higienizao do equipamento.
V) Possveis lquidos utilizveis.
VI) No utilizao do sensor de temperatura.
Sim No
246
Com famlia Com amigos Com outros
16
+ de 5 salrios
mnimos
2
Entre 01 e 05
salrios mnimos
14
At 01 salrio
mnimo
12
De R$40 a
7
De R$60 a
7
Mais de R$100
1
De R$20 a
15
Masculino Feminino
Sim No
228
11 19
At 20 anos + de 50 anos
3
Entre 20 a 49 anos
1710
Comentrios
Amostra
Se sim, quanto voc
pagaria por ele?
Sexo
Idade:
Mora sozinho?
Se no com quem?
Renda Familiar:
O dispositivo Termo /
Volumtrico seria til?
-
27
Produto I
Figura 12 - Produto I
Fonte: VISIONFARMA
O produto vendido na Espanha e encontrado na farmcia VISIONFARMA,
feito em polietileno, funciona com bateria modelo CR243C e seu preo de 43,24 .
Pontos Fortes: Material de alta durabilidade, fcil substituio de bateria,
vendido pela web e possvel utilizao em diversos recipientes.
Pontos Fracos: Preo Elevado, no possvel importar para o Brasil e de
nico indicador de nvel.
-
28
Produto II
Figura 13 - Produto II
Fonte: VISIONFARMA
O produto vendido pela mesma farmcia do Produto I pelo preo de 99,00
e funciona a pilha. No foi possvel encontrar maiores informaes sobre ele.
Pontos Fortes: Produto vendido pela web e possvel utilizao em variados
recipientes.
Pontos Fracos: Preo Elevado, no possvel importar para o Brasil e de
nico indicador de nvel.
-
29
Produto III - The Braun Bell Mug (Conceitual)
Figura 14 - The Braun Bell Mug
Fonte: Adaptado de YANKO DESIGN
O projeto foi elaborado em 2009 pelos designers Sang-hoon Lee e Yong-bum
Lim e ainda no foi liberado no mercado, conta com trs nveis de sensores
possveis de pr-seleo pelo usurio.
Pontos Fortes: Trs nveis de sensores e possibilidade de seleo de nvel.
Pontos Fracos: Produto ainda no se encontra no mercado e a
impossibilidade de utilizar o sensor em outros recipientes.
Sensores de superfcie da gua
Nveis dos sensores
Alto-falante
-
30
Produto IV - EZ Fill Pour Aid
Figura 15 - EZ Fill Pour Aid
Fonte: HARRIS COMUNICATIONS
O produto um dispositivo leve, adaptvel e possvel de utilizar em
recipientes com lquidos quentes e frios, dispara um rudo contnuo quando o lquido
entrar em contato com o produto at que o mesmo seja removido, funciona a base
de trs baterias de 1,5 Volts modelo LR44 e custa 15,00 US$. Produto retirado de
estoque.
Pontos Fortes: J vem com as baterias necessrias, produto adaptvel a
diversos recipientes, um ano de garantia.
Pontos Fracos: Rudo contnuo, apenas possvel verificar o lquido em apenas
um nvel.
Ao analisar o mercado conclui-se que dentre as poucas opes encontradas,
observa-se o preo elevado e a falta de maior quantidade de sensor por aparelho,
onde apenas um produto apresentou mais do que um sensor, sendo ele ainda um
prottipo. possvel verificar que esses objetos no so importados para o Brasil.
-
31
1.6 Introduo do produto no mercado
A tarefa de colocar um produto no mercado no to simples quando a
empresa desenvolvedora visa lucro e sua estabilidade econmica. Fazendo assim a
necessidade do uso de uma ferramenta que auxilie no projeto e possa ajudar nas
melhores decises a serem tomadas.
Anlise SWOT
Conhecida no Brasil como FOFA (Fora, Oportunidades, Fraquezas e
Ameaas), a anlise SWOT uma ferramenta utilizada como base para gesto de
planejamento estratgico da empresa, onde possvel posiciona-la no ambiente que
ela ser inserida e planejar as aes de negcio.
Figura 16 - Anlise SWOT
Fonte: Elaborada pelos autores
1.7 Estratgia de Comercializao
Devido ao pblico alvo ser bem definido e o produto no ser interessante para
no deficientes visuais, ele ser negociado para uma disponibilizao de vendas na
Instituio Lar das Moas Cegas em Santos e anunciado em sites especializados
Necessidade de produtos
facilitadores;
Produto adaptvel;
Uso dirio do produto;
Mercado valorizado.
Pblico restrito;
Grande quantidade de
pessoas dependentes.
Baixa quantidade de
produtos concorrentes;
Falta de produtos nacionais.
Aceitao do produto;
Possvel alta precificao.
S W
O T
-
32
em deficincia visual como o Bengala Branca e Laratec. Tambm ser realizada
uma pesquisa para encontrar parceiros no negcio que possam ajudar outras
Instituies na compra dos sensores volumtricos para disponibilizar para seus
membros.
-
33
2 PROJETO DO PRODUTO
O produto ser desenvolvido atendendo aos pr-requisitos j estipulados,
sendo eles: o baixo custo de fabricao, que seja higinico para o usurio, material
confivel e adaptvel para ser utilizado em diversas atividades cotidianas.
2.1 Caractersticas Tcnicas
Foram estudadas diversas opes para o funcionamento e para o layout do
sensor de nvel para deficientes visuais, o projeto do produto adotado foi o que
obteve o melhor balano entre materiais de boa qualidade, menor custo e sistema
eletrnico de preo acessvel.
O Sensor de nvel contar com sua carcaa em vidro acrlico, com um design
simples e de fcil manuseio e utilizao. Ter um clipe na parte de trs para que
possa ser acoplado em diferenciados recipientes.
Funcionar com trs sensores de nvel para melhor servir os consumidores,
podendo assim alcanar mais que um nvel no recipiente. Quando o nvel da gua
atingir a altura de um dos sensores, um alarme sonoro ser disparado, advertindo ao
usurio o posicionamento do fluido.
Figura 17 - Projeto do Produto
Fonte: Elaborada pelos autores
-
34
2.2 Tecnologia do produto
A tecnologia do produto baseia-se atravs de trs Reed Switches (2),
separados e ligados a uma pequena buzina denominada de Buzzer (1) e a uma
bateria (3). Ao lado da placa em que estar montado o circuito, haver um tubo
aberto nas duas sadas e extremidade com um dimetro menor para que o m
preso em uma pequena boia fique no interior do tubo sem correr o risco de sair do
caminho guia, isso para que quando o usurio derrame o lquido no recipiente o
lquido entrar no tubo e empuxo do fluido, faa a boia e o m subir de acordo com o
nvel. Ao subir, o m passar pelo primeiro Reed Switch, e atravs do campo
magntico, fechar o circuito e um som ser emitido, avisando ao usurio de que o
lquido alcanou o primeiro nvel.
Figura 18 - Tecnologia do Sensor de nvel
Fonte: Elaborada pelos autores
Ao continuar derramando o lquido, o m continuar subindo e deixar de
fechar o contato com o campo magntico do primeiro Reed Switch, com isso abrir
novamente o circuito e o buzzer deixar de emitir o som at que o m alcance o
-
35
segundo Reed Switch, fechando o circuito novamente, a ao ser repetida at o
ltimo sensor, assim, o usurio saber que o recipiente estar cheio e ir
interromper o derramamento do lquido. Podendo retirar o Sensor de nvel do
recipiente.
Figura 19 - Montagem do Sensor de nvel
Fonte: Elaborada pelos autores
2.3 Materiais
O produto pode ser divido em duas partes: Exterior e o interior.
Carcaa: a carcaa ser feita em vidro acrlico e ter um formato
cbico com um tubo atravs dele, a ala ser em alumnio para no
oxidar, ter o formato em V e fixado na parte de trs da carcaa para
servir de clipe fixador.
Circuito: o circuito contar com uma placa impressa com as ligaes
eletrnicas do circuito, trs Reed Switches para servirem de sensores
de nvel, um buzzer 12V, uma bateria de 3V, um adaptador para a
bateria, uma boia e um m de alto magnetismo.
2.4 Informaes sobre as peas utilizadas
Placa impressa: O circuito impresso consiste de uma placa de
fenolite, fibra de vidro, fibra de polister, filme de polister, filmes
especficos base de diversos polmeros, que possuem a superfcie
coberta numa ou nas duas faces por fina pelcula de metais condutores
como por exemplo, cobre, prata, ligas base de ouro e nquel, nas
-
36
quais so desenhadas pistas condutoras que representam o circuito
onde sero fixados os componentes eletrnicos.
Figura 20 - Placa impressa
Fonte: Elaborada pelos autores
Reed Switches: funcionam como um interruptor ou chave. Este
componente consiste numa ampola de vidro, cujo interior existem duas
lminas flexveis de material ferroso. Quando h a presena de um
campo magntico, ativada por um im por exemplo, forado um
contato entre estas lminas, fechando o circuito eltrico.
Figura 21 - Reed Switch
Fonte: WIKIPEDIA
-
37
Buzzer: so dispositivos de alta impedncia, fabricados com um
material base de uma cermica, denominada titanato de brio. Eles
so muito sensveis podendo ser usados como fones ou pequenos
alto-falantes em sistemas de aviso ou alarmes.
Figura 22 - Buzzer
Fonte: RapidOnline
Bateria: sero utilizadas baterias de ltio com voltagem de 3 volts que,
comparada com as alcalinas, tem maior durabilidade.
-
38
3 PROJETO DA FBRICA
Para a fabricao do produto, necessria a implantao de uma fbrica,
para isso, foi desenvolvimento o projeto de fbrica, onde nela sero utilizadas as
melhores prticas disponvel no mercado.
3.1 Projeto da Rede de Operaes
A fbrica no produzir todos os insumos necessrios e por isso dever
contar com uma rede de fornecedores.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos surge assim, como uma possibilidade de diferencial estratgico, e passa a ser encarado como uma das mais poderosas ferramentas para garantir a competitividade e a prpria sobrevivncia empresarial. (SANTOS, 2008)
Tabela 3 - Projeto de rede operaes
Fonte: Elaborada pelos autores
Fbrica do Sensor de
nvel
Distribuidor de materias
eletrnicos
Fbrica de componentes
eletrnicos
Casas de apoio especializadas
e-Commerce - Lojas On-line
Fbrica de peas de plstico
Empresa de embalagens
Vendas em lojas
especializadas
Fornecedores
Rede de Insumos
2 camada 1 Camada
Clientes
Rede de Distribuio
1 camada
-
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3.2 Fornecedores
O cliente necessita ter a garantia do atendimento do seu pedido na qualidade
e pontualidade desejada e o fornecedor assegura a colocao do produto no
mercado. Para isso necessrio que o fornecedor atenda aos prazos e a qualidade
esperada, segundo Francischini e Gurgel (2002), no resta dvida de que a seleo
dos fornecedores uma tarefa difcil e onerosa para a empresa, mas foi
demonstrado que cuidados essenciais, quanto ao fornecimento de componentes e
servios, so muito mais vantajosos do que procurar corrigir os defeitos encontrados
durante o processo produtivo ou gerenciar problemas sistemticos de prazos de
entrega.
Na fbrica do sensor, os fornecedores podem ser considerados como
Fornecedores Especiais, pois a mercadoria fornecida j ser pr-moldada com
requisitos estipulados, sendo assim o fornecedor dever ser pr-selecionado e
qualificado com notas para posteriormente ser analisado e escolhido dentre as
opes.
-
40
Critrios de seleo
A nota ser, para cada critrio, de 0 para quando no atender e 1 quando
atender as necessidades da empresa, tambm dever ser multiplicado pelo peso do
critrio. Segue descrio abaixo.
Critrio Nota 0 Nota 1 Peso
o fabricante do material e
no revendedor No Sim 1
Custo do lote de mercadoria Acima da mdia
dos fornecedores
Abaixo da mdia
dos fornecedores 1
Custo do frete Acima da mdia
dos fornecedores
Abaixo da mdia
dos fornecedores 1
Possvel fabricao por lote
varivel No Sim 2
Procedncia da matria prima No confivel Confivel 2
Fbrica o produto com os pr-
requisitos No Sim 3
Soma de Peso 10
Tabela 4 - Pontuao por critrio
Fonte: Elaborada pelos autores
3.3 Grau de Integrao Vertical / Horizontal
Inicialmente no existe a necessidade de acontecer uma integrao vertical,
isto , no existe a necessidade de adquirir uma empresa fornecedora. A empresa
s ser responsvel pela fabricao do Sensor de nvel e com isso no h um
motivo para controlar, por exemplo a fabricante de componentes eletrnicos.
A integrao horizontal no vivel para a empresa a ser desenvolvida, isso
porque no existem no mercado nacional outras empresas que possam ser
adquiridas e se beneficiar da marca e aceitao j existente no mercado.
-
41
3.4 Deciso entre comprar e fazer
Inicialmente, a deciso tomada pelos integrantes do grupo, ser de terceirizar
a fabricao do produto, ou seja, comprar os materiais de outros fabricantes, realizar
a montagem e elaborar uma estratgia de venda e distribuio.
Essa deciso foi tomada aps um estudo sobre os custos que essa transao
pode alcanar. Considerando a frmula bsica para analisar se o custo de
fabricao do produto maior ou menor que o preo para adquiri-lo no mercado
(PEROBA, 2007):
Em que: CT = Custo Total
CV = Custo Varivel do item a ser comprado ou produzido
CF = Custo Fixo
q = quantidade a ser produzida ou comprada
entendido que, por se tratar de um equipamento de baixo valor agregado,
ou seja, custo baixo de matria-prima, insumos, consumo de energia e outros custos
relacionados diretamente produo do produto, a melhor opo a de terceirizar a
produo.
Com a terceirizao, o Custo Fixo (CF), torna-se nulo, pois no haver a
necessidade de investimento em instalaes para fabricao, maquinrio e novas
tecnologias.
Devido demanda inicial no ser alta e regular, e, como j dito anteriormente,
matria-prima, insumos e consumo de energia ter um custo baixo, o Custo Varivel
(CV), no alcana um valor alto para um investimento inicial.
Com isso, conclumos que o Custo Total (CT), para a terceirizao da
fabricao do produto, torna-se a opo mais vantajosa para o investimento inicial
que os integrantes do grupo devero realizar.
sabido que com terceirizao, perde-se uma parte do lucro, pois haver a
necessidade de repassar uma parte do lucro para os fornecedores, porm com a
terceirizao conseguimos alcanar um melhor nvel de servio, ganhando eficincia
na operao, reduzindo custos e podendo trabalhar com materiais de qualidade.
-
42
3.5 Localizao da operao
Foi definido que a empresa deveria ser alocada em um lugar de fcil acesso e
de boa localizao levando em conta a logstica e um baixo custo de aluguel. Muitas
reas e locais foram averiguados e o que melhor se adequava aos requisitos foi um
galpo localizado na Rua Joo Pessoa, 271 Centro Santos/SP.
Figura 23 - Localizao
Fonte: Google Mapas
O local se encontra no centro da cidade de Santos, prximo de diversas
empresas e possveis fornecedores. Prximo do maior porto brasileiro, facilitando
possveis entregas de exportaes de materiais. Possui 350m, com dimenses de
7m x 50m, que so capazes de armazenar todas as matrias primas e os produtos
prontos para distribuio de forma organizada e com qualidade. H tambm uma
rea destinada para seus funcionrios, a administrao e vestirio.
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43
Figura 24 - Regio
Fonte: Google Mapas
3.6 Custo do local
A empresa ter um custo de R$ 2.500,00 mensais no aluguel do local
escolhido. As reformas iniciais para instalao da empresa consistem de pintura,
colocao de divisrias e mobilirias. As despesas foram estimadas em R$
5.000,00.
3.7 Custo do transporte
Os custos do transporte da matria prima, peas e componentes do produto
j esto includos no custo dos mesmos, sendo incorporado pelos prprios
fornecedores.
O nico custo de transporte est relacionado entrega do produto final aos
parceiros e revendedores. A opo mais apropriada para essa operao foi o envio
pelos Correios, especificamente via Sedex, tambm em razo do pequeno volume e
alto valor proporcional.
No caso de entregas em Santos e na Baixada Santista, o transporte escolhido
foi moto courrier, por tratar-se de baixo custo e rpida entrega.
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3.8 Custo de energia
A empresa ter um turno de trabalho de 8 horas por dia, tendo 1 hora de
almoo e 1 hora de preparo e limpeza, totalizando 10 horas dirias de consumo de
energia. Para o funcionamento da empresa sero utilizadas lmpadas fluorescentes,
computadores, condicionadores de ar, maquinrios, ferramentas, telefones,
bebedouro, entre outros que iro gerar custos de energia. Os custos com energia
sero calculados quando finalizado o projeto de layout da fbrica de montagem do
produto.
3.9 Custo de material terceirizado
Visando a reduo de custos, as matrias primas sero adquiridas por
terceiros. Deciso feita de acordo com estudo anterior para definir qual a melhor
opo para esse projeto.
Com base em pesquisa de mercado obteve-se uma base de preo mdio
para os produtos necessrios para montagem de uma unidade. Segue tabela a
seguir.
Preo Unitrio
Peas Necessrias
Componentes Preo Final
R$ 0,80 2 Reed Switch R$ 1,60
R$ 0,70 1 Buzzer R$ 0,70
R$ 0,80 1 Bateria R$ 0,80
R$ 3,00 1 Carcaa R$ 3,00
R$ 0,60 1 Im R$ 0,60
R$ 0,60 1 Bia R$ 0,60
Total: R$ 7,30 Tabela 5 - Preo insumos
Fonte: Elaborada pelos autores
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4 TECNOLOGIA DO PROCESSO
4.1 Tecnologia de processamento de materiais
Solda de componentes eletrnicos
O processo de montagem do sensor de nvel se iniciar na solda dos
componentes eletrnicos na placa impressa recebida de fornecedores. Ser
necessrio a soldagem dos 3 reed switches, buzzer e do mdulo em que a bateria
ser acoplada. Para isto, ser utilizado um ferro de solda de modelo bsico com
30W de potncia.
A solda formada basicamente por estanho e chumbo.
Anteriormente ao processo de soldagem, ser aplicada uma pasta de solda, a
fim de melhorar a superfcie da placa em que as peas sero presas. Esta pasta faz
com que o estanho gurde no metal com maior facilidade.
Os componentes que sero soldados a placa devero ser encaixados no local
correto, e assim o ferro de solda ser aplicado unindo a placa ao componente
eletrnico de forma definitiva.
Montagem
O processo de montagem do sensor de nvel se iniciar seguidamente ao
trmino do processo de soldagem.
A carcaa do sensor de nvel que ser fabricada por terceiros, vir com uma
predisposio de modo a facilitar a montagem. O auxiliar de produo dever
simplesmente pegar a placa impressa j soldada com os equipamentos eletrnicos e
acoplar a mesma na carcaa no local de encaixe.
Com a placa no devido lugar, antes de realizar o fechamento do sensor de
nvel ser necessrio colocar a boia com o im acoplado na cavidade cilndrica no
interior da carcaa por onde o fludo subir. Em seguida, ser realizado o
fechamento da tampa da carcaa e o produto estar pronto para utilizao.
-
46
4.2 Tecnologia de processamento de informaes
Segundo Prando(2013), sistema de Informao uma definio de um
sistema de manipulao e gerao de dados e informaes, utilizando ou no
recursos de tecnologia de informao como RFID, cdigo de barras, GPS, etc.
O sistema de informaes funciona com entradas e sadas. Sendo as
entradas dados, informaes, registros, regras predefinidas. E, as sadas geram
relatrios, grficos, informaes em geral. Com isso, o sistema de informao auxilia
no controle de uma produo, integrando reas, ajudando a tomar decises e
automatizando o processo.
No processo de fabricao do sensor de nvel, ser utilizado um sistema
automatizado, que realizar o acompanhamento de todo o processo, desde a
compra de matria-prima at o processo de emisso dos sensores para os clientes.
Este sistema dever atender aos seguintes requisitos:
Dever atender a uma rede de computadores de forma que os
colaboradores da empresa tenham acesso s informaes dos
clientes, a partir das estaes de trabalho instaladas em seus
ambientes.
Dever permitir consulta on-line atravs da internet, para que os
clientes consigam verificar como anda o processo da compra, como o
prazo de entrega, quando ocorreu o faturamento e emisso do pedido.
O sistema somente dever permitir acesso s informaes mediante o
registro do usurio e senha de acesso.
O sistema dever ser integrado em todas as reas da empresa,
auxiliando em controle de estoque, compra de matria-prima,
pagamento e recebimento de compras, servio de atendimento ao
consumidor, para que todo o processo seja agilizado.
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O sistema dever conter uma opo para cadastro de clientes,
registrando assim um Banco de Dados com informaes que somente
sero acessadas por colaboradores com os devidos acessos.
Para realizar a instalao deste sistema, a empresa ir contratar uma
empresa na rea de Tecnologia da Informao (TI). E ser solicitada desta empresa
a compra da infraestrutura para utilizao do sistema (rede de computadores), a
instalao e configurao da mesma, o desenvolvimento deste sistema de
informao citado acima e o treinamento e capacitao para os colaboradores que
utilizaro o sistema.
Para controle de custos, e otimizao do processo, esta empresa dever
atender aos requisitos contratados atravs de trs projetos.
O primeiro projeto caber infraestrutura, e nele a empresa de TI ser
responsvel pela especificao, compra, instalao e configurao da rede de
computadores que ser necessria para utilizao do sistema.
O projeto da rede de computadores que dever ser implantada dever levar
em conta, toda a infraestrutura de transmisso de dados, fornecimento de energia e
demais equipamentos para atender um plano de contingncia, no caso de quebras
ou falhas.
O projeto de desenvolvimento do sistema dever atender toda a especificao
do sistema desejado, inicialmente sendo preferida a opo de um sistema
customizado para a necessidade da empresa contratante, ou, caso o custo para isto
seja maior que o oramento disponvel para o sistema, ser solicitado a instalao
de um sistema j existente ou at mesmo um freeware para reduo de custos.
O projeto de capacitao dos colaboradores que utilizaro o sistema, dever
atender todas as reas da empresa, capacitando assim um colaborador a utilizar o
sistema como um todo, independente da rea que ele trabalhe, atendendo assim
um plano de contingncia em caso de ausncia de um colaborador em um dia de
trabalho.
A empresa de Tecnologia da Informao contratada dever realizar todo o
gerenciamento do projeto, indicando inteiramente o escopo do projeto, todos os
custos envolvidos, riscos e prazos.
-
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A empresa que ser escolhida para desenvolver o sistema ser aquela que
melhor fornecer um plano de ao, considerando todas as fases do projeto,
fornecendo o melhor custo-benefcio para a empresa contratante.
-
49
5 CAPACIDADE DE PRODUO
Segundo Slack (1997), a definio de capacidade de uma operao o
mximo nvel de atividade de valor adicionado em determinado perodo de tempo,
que o processo pode realizar sob condies normais de operao.
A capacidade de projeto foi determinada seguindo os passos para o
planejamento e controle de capacidade citados pelo Slack (1997), sendo eles:
Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas
Etapa 2: Identificar as polticas alternativas de capacidade;
5.1 Etapa 1: Medir a demanda e a capacidade agregadas
A previso da demanda o insumo principal para a deciso do planejamento
e controle de capacidade.
O produto seguir a sazonalidade de vendas semelhante a de uma loja
varejista que, segundo o Slack (1997), conforme distribuio a seguir.
Figura 25 - Sazonalidade Loja Varejista
Fonte: Adaptado de SLACK (1997)
J F M A M J J A S O N D
Sazonalidade Loja Varejista
-
50
O volume de produo ser de acordo com a demanda. Sendo de a
capacidade de projeto ser de 1 pea a cada 20 minutos e a linha de montagem
opera 8 horas por dia, 5 dias por semana (40 horas semanais).
A capacidade de projeto 3 peas por hora x 8 horas x 5 dias = 120 peas
semanais. Porm deve ser calculado possveis tempos gastos em que no haja
produo, sendo algumas ocorrncias inevitveis, como:
Manuteno regular (2 horas por semana)
Amostragem de qualidade (1 horas por semana)
Paradas para manuteno (1 horas por semana)
Falta de estoque, atraso de pessoal, investigao de falha de
qualidade, tempo ocioso e outros (4 horas por semana)
Considerando esses tempos gastos o volume de produo real reduziria de
120 peas semanais para 102 peas produzidas (120 peas - 3 peas por hora x 8
horas de tempo gasto).
O Resultado em horas de produo ser:
Capacidade de projeto = 40 horas por semana
Volume de produo real = 40 horas 8 horas = 32 horas por semana
A taxa de utilizao pode ser calculada da seguinte forma:
tilizao Volume de produo real
apacidade efetiva
,
5.2 Etapa 2: Identificar as polticas alternativas de capacidade
Em seguida da compreenso da demanda e a capacidade, necessrio
definir como ser feita a resposta para as flutuaes de demanda. Slack (1997) cita
trs formas de resposta:
Poltica de capacidade constante: Ignorar as flutuaes e manter os
nveis das atividades constantes;
-
51
Poltica de acompanhamento de demanda: Ajustar a capacidade para
refletir as flutuaes da demanda;
Gesto da demanda: Tentar mudar a demanda para ajust-la
disponibilidade da capacidade.
A linha de montagem do projeto responder seguindo a segunda opo,
sendo ela a Poltica de acompanhamento de demanda. Isso porque o produto ser
montado apenas quando a venda estiver negociada.
-
52
6 ARRANJO FSICO DE LAYOUT
A fase de elaborao do layout ou arranjo fsico das instalaes da empresa
definir o arranjo mais adequado de homens, equipamentos e materiais sobre uma
determinada rea fsica, dispondo esses elementos de forma a minimizar os
transportes, eliminar os pontos crticos da produo e suprimir as demoras
desnecessrias entre vrias atividades.
Nesta fase, estabelece-se a posio relativa entre as diversas reas. Os
modelos de fluxo e as inter-relaes entre as diversas reas so visualizadas, tendo-
se a noo clara do fluxo industrial, desde a entrada das matrias-primas at a sada
do produto. Depois, defini-se claramente a localizao de cada mquina e posto de
trabalho. Dito de uma forma simples, definir o arranjo fsico decidir onde colocar
todas as instalaes, mquinas, equipamentos e pessoal da produo.
O principal campo do arranjo fsico o interior da empresa, definindo e
integrando os elementos produtivos. No somente uma disposio racional das
mquinas, mas tambm, o estudo das condies humanas de trabalho (iluminao,
ventilao, etc.), de corredores eficientes, de como evitar controles desnecessrios e
de qual meio de transporte vai ser utilizado para movimentao da pea.
O arranjo fsico do layout visa harmonizar e integrar equipamento, mo de
obra, material, reas de movimentao, estocagem, administrao, mo de obra
indireta, enfim todos os itens que possibilitam uma atividade industrial.
6.1 Objetivos do Arranjo Fsico
O projeto de arranjo fsico busca minimizar custos de movimentao, reduzir o
congestionamento de materiais e pessoas, incrementar a segurana, o moral e a
comunicao, aumentar a eficincia de mquinas e mo de obra e apoiar a
flexibilidade.
6.2 Tipos de Arranjos Fsicos
H diferentes maneiras de se arranjarem os recursos produtivos de
transformao. Os recursos individuais de transformao so muito diferentes, por
-
53
isso a variedade de arranjos parece ainda mais ampla do que realmente (SLACK;
CHAMBERS; JOHNSON, 2002). Corra e Corra (2004) afirmam que o tipo bsico
de arranjo fsico a forma geral do arranjo de recursos produtivos da operao. Os
tipos de arranjo so:
I. Arranjo fsico por processo ou funcional;
II. Arranjo fsico em linha ou por produto;
III. Arranjo fsico posicional ou por posio fixa;
IV. Arranjo fsico celular;
V. Arranjo fsico hbrido, combinado ou misto.
6.3 Arranjo fsico escolhido
Para definio do processo preferencial para o planejamento do layout,
preciso identificar a melhor situao e que apresente a maior afinidade com o
processo que ser realizado na empresa. Em um estudo de manufatura, a
caracterstica de volume-variedade ditar o processo mais adequado para o
planejamento.
Para indicar o processo apropriado, Slack, Chambers e Johnson (2002)
fornecem uma matriz associada caracterstica volume-variedade, conforme
ilustrado na imagem a seguir.
Figura 26 - Matriz de layout e grfico volume-variedade
Fonte: SLACK; CHAMBERS; JOHNSON, (2002)
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Aps o estudo feito, segue no prximo tpico o arranjo escolhido.
6.4 Arranjo Linear, em linha, por produto, flow shop
Nesse tipo de arranjo os postos de trabalho, mquinas e equipamentos so
colocados em sequncia lgica das operaes que devem ser executadas, no
ocorrendo caminhos alternativos, o que facilita o controle do processo e minimiza o
manuseio de materiais, ou seja, o material passa pelas operaes e existe um nico
produto fabricado.
Esse arranjo tem uma nica entrada e uma nica sada. O material percorre
um caminho previamente determinado dentro do processo como pode ser observado
na figura 25. O arranjo por produto permite obter um fluxo rpido na fabricao de
produtos padronizados, que exigem operaes de montagem ou produo sempre
iguais, os equipamentos so especializados para se dedicarem fabricao de um
produto em particular.
Figura 27 - Fluxo de operaes em uma linha de produo
Fonte: SLACK; CHAMBERS; JOHNSON, (2002)
Quando se fala em arranjo em linha, no se trata necessariamente de uma
disposio em linha reta. Uma linha de produo retilnea tende a ficar
excessivamente comprida, exigindo grandes reas, o que nem sempre possvel.
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Para contornar este problema comum que os engenheiros projetem linhas em
forma de , S ou outra forma de circuito diferente, que possa ser possvel em
funo das instalaes que a empresa dispe.
O arranjo em linha bastante usado em indstrias montadoras, alimentcias,
frigorficos e at mesmo restaurantes por quilo.
Vantagens do Arranjo Linear:
Produo em massa com grande produtividade, os funcionrios so
especializados na rea em que esta trabalhando e sempre est
fazendo o mesmo trabalho, assim diminuindo o risco de falhas;
Carga de mquina e consumo de material constante ao longo da
linha de produo, mais fcil obter uma condio de balanceamento
da produo uma vez que o mesmo tipo de produto est sendo
fabricado na linha, a qualquer momento;
Fcil controle de produtividade, a velocidade do trabalho em uma
linha de produo mais fcil de ser controlada, principalmente
quando se trata de linha motorizada;
Relativamente fcil de controlar, por apresentar um fluxo produtivo
muito claro e previsvel;
Desvantagens do Arranjo Linear:
Costumam gerar tdio nos operadores, devido ao alto grau de
diviso deste trabalho, quase sempre as operaes de montagem so
montonas, pobres e repetitivas, causando uma rotina cansativa para
os funcionrios;
Falta de flexibilidade da prpria linha, o sistema tem longo tempo de
resposta para mudanas de volume de produo, tanto para aument-
la como para reduzi-la;
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Fragilidade a paralisaes e subordinao aos gargalos, tal como
acontece com os elos de uma corrente, basta que uma operao deixe
de funcionar e a linha toda para, assim como se houver uma operao
mais lenta, o gargalo produtivo, toda a linha ir seguir essa mesma
velocidade;
6.5 Layout projetado
Aps pesquisas e entendimento do melhor arranjo de layout foi feito o projeto
de fbrica que melhor atendesse s necessidades, vide apndice III e IV para
visualizao do projeto.
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7 DADOS DA EMPRESA
7.1 Dados Gerais
A empresa a ser aberta ser na forma de Sociedade Limitada, devido ter trs
scios majoritrios.
7.2 Logotipo
Desenhado especialmente para a empresa. O logotipo usa o prprio nome
como slogan, New vision, que em portugus significa Viso Nova que se refere
misso.
Figura 28 - Logotipo
Fonte: Elaborada pelos autores
7.3 Misso, Viso e Valores
Misso
Prover produtos de qualidade para deficientes visuais para obteno de sua
independncia.
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Viso
Ser lder de inovao de produtos no mercado voltados para os deficientes
visuais.
Valores
Respeitar o potencial do ser humano;
Dedicao causa do deficiente visual;
Ter tica, compromisso e responsabilidade.
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8 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A empresa ser estruturada de forma funcional, que definida por Picchaia
(2 1 ) como: aquela em que se encontra uma chefia para cada funo, de modo
que os subalternos exeram mais de uma funo, ficando sob o mando de mais de
um chefe.
Figura 29 - Estrutura Organizacional
Fonte: Elaborada pelos autores
A desvantagem encontrada na estrutura funcional, que ocorrer o acumulo
de funes para os funcionrios. Primeiramente, as funes sero alocadas no
mnimo pessoais, devido reduo de custos.
8.1 Departamentos
Departamento de Gesto Estratgica
O Departamento de Gesto Estratgica ter como atribuio desenvolver
ferramentas de planejamento e gesto, coordenando a elaborao, a execuo e o
monitoramento das aes estratgicas da empresa, prospectar negcios, fazer
Conselho Administrativo
Gesto Estratgica
Produo
Logstica
Comercial
Marketing
Ps-Vendas
Financeiro Gesto de
Pessoas
Empresa terceirizada
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estudos de mercado, acompanhar e fazer projetos visando a excelncia do
desempenho, desenvolver estudos de novas tecnologias em mtodos e executar
projetos em conjunto com outros departamentos, sendo eles conforme necessidade
ou antecipando demanda.
Departamento Comercial (Marketing, vendas e ps-vendas)
O Departamento Comercial ser responsvel por dirigir e coordenar as
atividades relacionadas com a comercializao e venda dos produtos.
A funo comercial corresponde funo do marketing, relaciona-se com a
compra, venda e permuta dos bens produzidos e consumidos pela empresa
(FERREIRA, 2008).
Suas funes so de suma importncia para a empresa, pois com elas que
vai se gerar a receita para futuros investimentos e projetos.
As atividades principais so: controle de vendas, relacionamento com os
vendedores, levantamento de dados comerciais, negociaes com fornecedores e
vendedores, fidelizar os clientes, fazer relatrios dirios, e acompanhar as metas de
venda, treinamentos para os consumidores, analise de canais de distribuio e
outras atividades.
O departamento utilizar os quatro instrumentos bsicos de ao de
Marketing: produzir bens e servios que satisfao os desejos dos consumidores;
precificar o produto de maneira correta; distribuir o produto de forma eficiente; ter
uma boa comunicao com o pblico.
Departamento Contbil Financeiro
Caber ao Departamento Contbil Financeiro responsabilidade de gerar as
demonstraes contbeis da empresa.
Pereira defini a funo contbil sendo:
A funo contbil financeira tem por objetivo elaborar as demonstraes contbeis da empresa extraindo informaes que mostrar nmeros, e atravs deles, poder analisar como a empresa est - uma boa situao financeira ou no. Estas demonstraes so de suma importncia tanto pela exigncia legal quanto para a tomada de decises por parte dos gestores (PEREIRA, 1996).
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61
Outras atividades desenvolvidas por ele sero: controle dos pagamentos a
serem realizados e recebidos; tesouraria; controle de caixa; controle bancrio,
planejamento financeiro e de investimentos.
Departamento de Produo
Segundo Leonardi (SEBRAE, 2013), a gesto de produo a administrao
adequada dos recursos destinados produo de bens ou servios de uma
empresa. A Gesto da Produo envolve planejamento, direo, organizao e
controle, sempre visando integrao dessas reas para que a empresa alcance
melhores resultados.
O departamento de Produo ser responsvel por administrar a manufatura
do sensor, a adequao e melhorias no sistema de produo para o uso das
melhores prticas em administrao da produo, sendo elas para o arranjo fsico
dos equipamento, planejamento e controle da produo, controle de estoque, entre
outras funes.
Ter tambm que assegurar que as metas de produo sejam cumpridas, o
produto esteja dentro dos padres de qualidade, custos e prazos estabelecidos.
Departamento de Logstica
Jos Meixa de Carvalho define Logstica como:
Logstica a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econmico de matrias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informaes a eles relativas, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender s exigncias dos clientes. (CARVALHO, 2002, p. 31)
Caber a esse departamento a gesto de transporte, armazenagem e
distribuio de todos os insumos vindo de fornecedores e dos sensores prontos.
Ser responsvel tambm por monitorar constantemente esses processos e sempre
em busca de reduo de custos.
Departamento de Gesto de Pessoas
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62
Gesto de Pessoas a funo gerencial que visa cooperao das pessoas
que atuam nas organizaes para o alcance dos objetivos tanto organizacionais
quanto individuais (GIL, 6).
Antes conhecido como Recursos Humanos, o departamento de Gesto de
Pessoas da empresa ser responsvel por lidar com questes de treinamento,
capacitao dos funcionrios e pelo sistema de remuneraes e benefcios dos
funcionrios. As questes de recrutamento e seleo de candidatos sero de
responsabilidade de uma empresa terceirizada especializada, obtendo ento uma
reduo de custos com um profissional especializado fixo na empresa.
A mudana de nome, de Recursos Humanos para Gesto de Pessoas, representa muito mais do que uma simples alterao na forma de nomear esta prtica. O que ocorreu foi uma transformao nas relaes entre empregado/empregador. Hoje, o que se valoriza uma administrao conjunta, onde os colaboradores so parceiros e no apenas recursos empresariais. (SEBRAE)
Aspectos legais
Todas as aes de carter legal sero tomadas, desde a abertura da empresa
at a regularizao de todos os rgos reguladores.
8.2 Centros de custo
Para melhor apurao e controle de gastos dos departamentos, sero
utilizados centros de custos diferentes para cada departamento. Cada setor ter seu
oramento estipulado e dever segui-lo no decorrer do perodo.
8.3 Administrao da Produo
Sistema de informao para funes logsticas
Inicialmente o sistema informatizado que ser utilizado pela empresa no
conter um mdulo de funo logstica.
Esta deciso foi tomada tendo em vista que o processo de distribuio do
sensor de nvel ser feito principalmente pelos Correios como citados anteriormente.
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63
E, com isto, no ser necessrio traar o melhor cenrio de distribuio j que a
mesma tambm ser terceirizada.
Planejamento e controle da produo
Devido a demanda inicial no ser alta e regular, o planejamento e controle da
produo ser feito por meio da previso da demanda em curto prazo e pela
demanda de fato quando for solicitado um novo produto por um cliente.
O produto demora em torno de 20 minutos para ficar pronto, com isto
possvel atender aos pedidos de uma demanda inicial, tendo em vista que quando
um cliente solicitar um produto, j ser estipulado um prazo mnimo de entrega,
viabilizando totalmente assim a parte produtiva da empresa de atender um mercado
que no est aquecido ainda devido a falta de empresas atuantes.
A empresa ir produzir exatamente aquilo que for solicitado diariamente para
que assim no seja gerado um estoque alto.
O estoque ser de uma pequena quantidade e o mesmo dever apenas suprir
a necessidade dos sensores em caso que a demanda mdia diria ultrapasse a
capacidade de produo em 3 dias consecutivos.
No sistema informatizado utilizado pela empresa, inicialmente tambm no
haver um mdulo dedicado ao PCP, pois por se tratar de poucos componentes e
de uma capacidade de produo consideravelmente baixa, possvel realizar o
controle e planejamento de acordo com o recebimento de encomendas.
Sem os mdulos de planejamento e controle da produo e de logstica, o
investimento inicial ser mais baixo, e isto impactar positivamente no preo final do
produto no qual se caracteriza um dos principais objetivos do projeto que de
fornecer um produto de qualidade a um baixo preo.
Indicadores de desempenho
Segundo Peter Drucker, no h gerenciamento sem a medio do processo.
Para isto, sero utilizados KPIs (Key-Performance Indicators), que so
medies quantificveis que refletem os fatores crticos de sucesso de uma
organizao. Eles devem consistir no objetivo, sempre mensurvel, daquilo que
dever ser alcanado.
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O primeiro KPI ser a produo diria dos sensores de nvel, com uma
capacidade de produo diria definida anteriormente de 480 peas mensais, o
auxiliar tcnico ter como meta realizar esta produo.
O segundo KPI ser voltado para o desperdcio de material, ser estipulado
uma quantidade mnima de componentes que podero ser perdidos durante o
processo de montagem do produto, pois se tratando de componentes frgeis, a
quebra ou perda do material natural, porm, para que a perda no processo seja a
menor possvel, ser feita a medio desta quantidade de peas desperdiadas para
efeito de melhorias futuras no processo.
O terceiro KPI ser baseado em um controle de reclamaes realizado pelos
clientes. Ser mensurado o nmero de reclamaes de insatisfaes com a
qualidade do produto, e tambm o nmero de reclamaes em que sejam solicitadas
trocas ou devolues.
Este KPI ser tambm utilizado para efeito de melhorias no processo, visando
melhorar a qualidade e tambm controlar para que no sejam solicitadas diversas
trocas de produtos afetando assim a capacidade de produo diria para novos
pedidos.
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9 VIABILIDADE ECONMICA
O Projeto de Viabilidade Econmica e Financeira (PVEF), ou Plano de
Negcio (PN) o meio que o empreendedor formaliza os estudos sobre seu projeto
e qual roteiro deve ser seguido transform-lo em um negcio real, reduzindo os
riscos e incertezas ao mnimo. O PVEF serve de apoio para o empresrio poder
dimensionar sua necessidade de recursos ao longo do tempo, estimar suas receitas
e custos, projetar seu retorno financeiro, por fim, poder demonstrar a viabilidade
econmica e financeira do projeto de financiamento em questo, servindo como
elemento chave para a deciso do agente financeiro de concesso do emprstimo.
(SEBRAE, 2011)
As atividades econmicas realizadas pelas diferentes organizaes podem
ser viveis ou no. O estudo de viabilidade a anlise detalhada, que tem como
objetivos identificar e fortalecer as condies necessrias para o projeto dar certo e
identificar e tentar neutralizar os fatores que podem dificultar as possibilidades de
xito do projeto. Levando em considerao isso, o estudo deve ser realizado antes
de o projeto e ideias serem iniciadas.
9.1 Abertura de empresa
Para abrir uma nova empresa, necessrio passar por todo o processo de
legalizao, o custo para isso varia de um estado para outro. Em So Paulo o custo
de todo o processo fica prximo a R$ 1.500,00. As etapas para a abertura de uma
empresa so:
Viabilidade de Localizao e de Nome;
Contrato Social;
Registro na Junta Comercial;
Obter CNPJ;
Alvar Corpo de Bombeiros;
Alvar da Prefeitura;
Alvar Sanitrio.
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9.2 Investimento Fixo
O investimento fixo a aplicao de capital em bens, como instalaes,
mquinas, infraestrutura e mveis.
Na tabela a seguir os investimentos fixos que sero necessrios para a
empresa e suas depreciaes.
DISCRIMINAO VALOR R$ % Depreciao
Construes 15.000,00 4,0%
Reforma do armazm 15.000,00 Equipamentos 80,00 10,0%
Ferros de Solda 80,00 Mveis e Utenslios 4.800,00 10,0%
Armrios 1.200,00 Mesas e cadeiras de escritrio 2.200,00 Mesas e cadeiras da rea de
montagem 900,00 Artigos de Banheiro 500,00 Computadores 3.400,00 20,0%
Computadores 3.000,00 Impressora 400,00 Outros 700,00 20,0%
Equipamentos de Proteo Individual 200,00 Equipamentos de Proteo Coletiva 500,00 Total Investimento Fixo 23.980,00
Tabela 6 Investimento Fixo
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
9.3 Faturamento Mensal
O Faturamento mensal toda a venda de produtos e servios de uma
empresa. Para obter-se valor do faturamento mensal de uma empresa necessitamos
multiplicar a quantidade de vendas pelo preo de venda do produto.
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Descrio do Produto / Servio
Estimativa de Custos Estimativa de Vendas
Vendas
Unitrias
Custo
Unit.
Custo da
Mercadoria
Preo de Venda
Unitrio Faturamento
Sensor de Nvel para deficientes visuais
480 8,00 3.840,00 50,00 24.000,00
CMV 3.840,00
VENDA TOTAL
MENSAL 24.000,00
Tabela 7 - Faturamento Mensal
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
9.4 Custos com Mo de Obra
Mo de obra o trabalho manual empregado geralmente na produo de
indstrias, mas tambm pode ser utilizado para se referir ao trabalhador de qualquer
empresa.
A mo de obra pode ser dividida em mo de obra direta, que quando o
trabalho diretamente empregado na fabricao de um bem ou servio, e a mo de
obra indireta que quando o trabalho realizado em atividades frequentemente
indivisveis, como a superviso ou apoio produo de manuteno de mquinas e
equipamentos, limpeza ou vigilncia.
A seguir tabela em que est definido o custo da mo de obra da empresa.
Cargo/Funo Qtd. func.
Salrio %* Encargos Total
Auxiliar Administrativo
1 700,00 37,56% 262,92 962,92
Auxiliar Tcnico 2 700,00 37,56% 262,92 1.925,83
Zelador 1 700,00 37,56% 262,92 962,92
TOTAL 4 2.800,00
1.051,67 3.851,67
Tabela 8 - Mo de obra
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
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9.5 Custos Fixos
Custo fixo um fator de produo que tem custos independentes do nvel de
atividade da empresa. Qualquer que seja a quantidade produzida ou vendida, os
custos fixos se mantm os mesmos. Na tabela a seguir constam os custos fixos que
a empresa ir ter.
Discriminao Valor R$
Mo de Obra + Encargos 3.852
Retirada dos Scios (Pr-Labore) 300
gua 40
Luz 120
Telefone / Internet 60
Contador 120
Material de Expediente e Consumo 180
Aluguel 2.500
Seguros 100
Propaganda e Publicidade 50
Depreciao Mensal 159
Manuteno 80
TOTAL 7.560,67
Tabela 9 - Custos Fixos
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
9.6 Tributos
Tributo a obrigao imposta as pessoas fsicas e jurdicas de recolher
valores ao Estado atravs de impostos, taxas e encargos. A seguir esto listados
todos os tributos e seus valores.
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Faturamento Mensal 24.000,00
IMPOSTOS SIMPLES
IR - Imposto de Renda
1.202,40
CSLL - Contribuio Social
COFINS - Contribuio Financeira Social
PIS - Programa de Integrao Social
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
ICMS - Imposto de Circulao de Mercadorias e Servios
ISS - Imposto sobre Servios
TOTAL DE IMPOSTOS 1.202,40
PERCENTUAL DE IMPOSTOS 5,0%
ENCARGOS INSS -
SESI, SESC OU SEST -
SENAI, SENAC OU SENAT -
SEBRAE -
INCRA -
FGTS 224,00
Acidente de Trabalho -
Salrio Educao -
TOTAL DE ENCARGOS 224,00
TOTAL GERAL 1.426,40
TRIBUTAO EM REALAO AO FATURAMENTO 5,94%
Tabela 10 - Tributos
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
9.7 Sazonalidades
a ocorrncia de eventos em algumas pocas do ano. Em um negcio,
importante identificar a sazonalidade das vendas, ou seja, os meses em que voc ir
vender mais e os meses em que vender menos. Temos como exemplo Dezembro,
em que as vendas gerais tendem a crescer devido ao Natal.
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Figura 30 Sazonalidade
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
9.8 Indicadores Financeiros
Investimento 23.980,00
Faturamento 24.000,00
Capital de Giro 2.000,00
Custos Variveis 6.074,40 25,3%
Total 25.980,00
Custos Fixos 7.560,67 31,5%
Investimentos - 0,0%
Financiamento -
Resultado 10.364,93 43,2%
Capital Prprio 25.980,00
Tabela 11 - Indicadores Financeiros
Fonte: Elaborada pelos autores com base em Planilha do SEBRAE
A partir de 50% da realizao da Receita prevista a empresa passar a ter
lucro, pois ser superior ao Custo total, como podemos ver na Figura 33. Levando
em conta o total de R$ 25.980,00 em investimento, e tendo um resultado de R$
10.364,93 de lucro por ms, a empresa ter um prazo de retorno de investimento de
3 meses.