Download - Dossiê correto .docx
1
CIÊNCIAS DA NATUREZA - PIBID 2014
INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BERNARDINO ÂNGELO
DOSSIÊ SÓCIO ANTROPOLÓGICO
BOLSISTAS
BIANCA MARIA DE LIMA
CRISTIANE DA CUNHA ALVES
DANIELLE COSTA DA SILVA
ERIL MEDEIROS DA FONSECA
LOOSSLLEN GOULART DOS SANTOS
SUPERVISORA
ANA LÚCIA SARAIVA BASTOS
2
Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3
1. BERNARDINO ÂNGELO DA FONSECA ........................................................................................ 4
1.1 HISTÓRICO ..................................................................................................................................... 5
1.2 BANDEIRA DA ESCOLA ............................................................................................................. 9
1.3 FILOSOFIA DA ESCOLA ........................................................................................................... 10
2. RECURSOS HUMANOS .................................................................................................................... 11
2.1 DIREÇÃO ....................................................................................................................................... 11
2.2 PROFESSORES ............................................................................................................................. 11
2.3 FUNCIONÁRIOS ........................................................................................................................... 13
2.4 CPM E CONSELHO ESCOLAR ................................................................................................. 13
2.5 GRÊMIO ESTUDANTIL .............................................................................................................. 14
2.6 SUPERVISÃO ................................................................................................................................ 14
2.7 COMUNIDADE.............................................................................................................................. 14
2.8 ALUNOS ......................................................................................................................................... 15
3. DIAGNÓSTICO DA ESCOLA ........................................................................................................... 15
3.1 ESPAÇO FÍSICO/ACOMODAÇÕES.......................................................................................... 15
4. COMO A ESCOLA É VISTA ............................................................................................................. 22
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 24
ANEXOS ................................................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 89
3
INTRODUÇÃO
No ano de 2014, no mês de março, deu-se início no Instituto Estadual de Educação
Bernardino Ângelo, ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência- PIBID,
composto por cinco bolsistas e uma supervisora. A primeira tarefa proposta pelo programa foi a
construção de um Dossiê Sócio Antropológico referente a escola para obtermos seu diagnóstico
atual.Primeiramente o grupo iníciou com observações ao ambiente da escola, analisando sua
infra estrutura a fim de conhecer o contexto escolar, através de visitas as dependências desta,
bem como a comunidade que reside ao redor da mesma. No segundo momento foi realizada a
elaboração dos questionários a serem aplicados com toda a comunidade escolar, alunos,
professores, direção, funcionários e pais, com intuito de investigar quais suas percepções
referente à escola, a partir destas foram analisados as respostas dos questionários, através de suas
respectivas tabulações. No terceiro momento foi realizada uma pesquisa, onde foram levantados
os dados históricos da escola, a partir de documentos e registros oficiais disponibilizados por esta
na qual foram analisados tendo por objetivo conhecer sua história para compor o dossiê sócio
antropológico.
4
1. BERNARDINO ÂNGELO DA FONSECA
A escola recebeu este nome em homenagem a um grande vulto de destaque na cidade,
chamado de Bernardino Ângelo da Fonseca, nascido em 04/07/1801, na aldeia de Nossa Senhora
dos Anjos em Viamão-RS. Este chegou em 1825, como escrivão dos 3° e 4° Distrito de Paz, do
termo de Bagé, e em 1829, conseguiu autorização oficial para explorar o Passo de Dom Pedrito
(Atual balneário da cidade), fazendo sociedade com um paulista Carlo Bueno da Silva. Com essa
parceria de grande importância houve a melhoria do comércio e a oferta de serviços essenciais
que transformou Dom Pedrito, pois assegurava a travessia do Passo como caminho obrigatório.
Figura 01: Foto de Bernardino Ângelo
Fonte: Documentos históricos da escola A partir de sua chegada Bernardino Ângelo movimentou os aspectos sócios econômicos e
culturais que obtiveram grande desenvolvimento na cidade, uma delas foi a criação de uma
capela curada (celebrações realizadas regularmente por um pároco este lugar era chamado de
capela curada) sob a invocação de Nossa Senhora do Patrocínio localizada no Passo, tendo como
um grande empecilho na permanência desta, as cheias do Rio Santa Maria. Portanto Bernardino
e Vigário Padre Basto (pároco) através do que estava ocorrendo notificaram a situação do Passo
ao governo do Estado do Rio Grande do Sul que ficou garantido pelas autoridades uma nova
demarcação de povoação em Dom Pedrito. Houve a proibição de construção junto ao local
(Passo), passando para o centro da cidade, a Praça General Osório. Seu exemplo de dedicação a
esta terra fez com que seu nome fosse escolhido como patrono da escola.
5
1.1 HISTÓRICO
A escola foi fundada em 04 de agosto de 1915 com o nome de Grupo Escolar Professor
Pamplona de Azevedo por determinação do governo do estado. Sob direção de dona Maria dos
Anjos Ruiz, tendo como auxiliares os professores Armindo Machado de Freitas, Ceci Geny de
oliveira de Souza e Ceci Seabra, começou a funcionar com 24 alunos de ambos os sexos,
dividido em 3 classes e 6 sessões, ficando estabelecido o mesmo horário de colégios
elementares.
Em 21 de agosto de 1916 passou-se a chamar Colégio Elementar, atendendo a jovens de
ambos os sexos. Que funcionou no antigo prédio do Posto de Saúde da cidade de Dom Pedrito,
localizada na rua 7 de setembro, número 939, atualmente empresa Wolf Genetic- do ramo da
pecuária e agricultura.
Figura 02: Prédio da Escola Antigamente
Fonte: Documentos históricos da escola
6
Figura 03: Prédio atual da empresa Wolf Genetic
Fonte: Danielle Costa
Por volta de 1936, o engenheiro Rui Barcelar assinou a planta que deu origem ao prédio
atual da escola, que teve seu terreno cedido em 1932 para sua construção em estilo neoclássico,
centralizado por duas colunas dóricas e um triângulo contendo o Brasão do Rio Grande do sul e
os dizeres em latim: “Labor OmniaVincit- O trabalho tudo vence”, ao qual pelo decreto n° 110,
de 08/07/1940, recebeu a denominação de Grupo Escolar Bernardino Ângelo.
Figura 04:Prédio da Escola
Fonte: Documentos históricos da escola
7
A primeira inauguração da escola foi o prédio do pré-primário em 20/04/1968,
denominado Jardim de Infância Criança Feliz que foi idealizado e concretizado pela diretoria do
Clube das Mães, composto por professora doutora Yolanda Grafulha de Almeida ; Lise Florência
Caiaffo da Rocha; professora Délcia Sarubi Moura; professora Talita Duarte Montardo;
professora Zélia Bicca Hoffmam; Ruth Assis da Cruz; professora Iara Maria Leita Meirelles
(jardineira); Crispim Chaves da Cruz (prefeito); Ivone Garrido- Diretora.
Figura 05: Triângulo com Brasão da escola
Fonte: Eril Medeiros da Fonseca
Em 1975, foi autorizado o funcionamento do curso supletivo de 1° grau1 e passou a se
chamar Escola Estadual de 1° Grau Bernardino Ângelo, e em 1981 foi inaugurado o novo
pavilhão da escola, com a presença do delegado de Educação, do Governador em exercício
Otávio Germano, deputado Nelson Marchezan e Prefeito José Coelho.
1 Supletivo é um sistema de ensino mais rápido do que o convencional ,hoje chamado de Educação de Jovens e
Adultos (EJA), ele é direcionado a quem não concluiu a segunda metade do ensino fundamental ou do ensino médio.
O termo supletivo, portanto, passou a ser usado para as provas prestadas uma ou duas vezes ao ano - geralmente
julho e dezembro -, também chamadas de Exames Supletivos de Massa. São realizados pelos estados e municípios
para admitir alunos nas turmas.
8
Figura 06: Inauguração do Pavilhão
Fonte: Documentos históricos da escola
Em 14 de julho de 1989, teve inicio o Curso Supletivo – 2º grau, abrindo novas opções
aos jovens e adultos para que pudessem concluir seus estudos em tempo hábil, melhorando sua
escolaridade.
Através do parecer 821/94 foi autorizado o funcionamento do Curso Magistério (atual
Curso Normal) formando a 1° turma em 1994. Passando-se a chamar-se Instituto Estadual de
Educação Bernardino Ângelo, como ainda é chamado.
Figura 07: 1° turma do Magistério
Fonte: Documentos históricos da escola
9
1.2 BANDEIRA DA ESCOLA
Figura 08: Antiga bandeira da escola
Fonte: Documentos históricos da escola
Figura 09: Atual bandeira
Fonte: Documentos históricos da escola
Havendo na bandeira atual um significado a cada cor respectivamente:
● Vermelho: Simboliza a luz e o calor semeando cultura, irradiada pelo ser humano.
10
● Amarelo: Simboliza a riqueza cultural transmitida de geração em geração com o fim
de servir a comunidade.
● Branco: Simboliza a paz, a harmonia que norteia a filosofia do ensino.
● 1915: representa o ano de criação da escola
1.3 FILOSOFIA DA ESCOLA
A escola tem como princípio filosófico: “Comprometimento com o ser, o conhecer e o
fazer.”, baseado teoricamente nos quatro pilares da Educação de Jacques Delors2 (1998, p.89-
102). À partir da mesma esta acredita que a escola é uma instituição onde se busca o saber , o
fazer e o ser , direcionando o educando na construção e no exercício da cidadania através da
sistematização do conhecimento formal de acordo com a sua realidade, esta ainda deve funcionar
em torno de uma equipe, que inclua professores, orientadores, coordenadores, direção
,administradores, funcionários, tendo sempre em vista seu objetivo maior: a Educação, conforme
a escola vale lembrar que a Educação Escolar é algo que ocorre dentro das salas de aula ou em
qualquer outra atividade promovida e planejada pela mesma, oportunizando desta forma a
aprendizagem. A sociedade é vista pela escola como parte integrante do processo educativo, pois
as experiências individuais do ser humano são reflexos desta mesma sociedade, sendo esta
mediadora do saber, criando novas possibilidades de cultura e do agir social, a escola percebe
que a sociedade democrática não é aquela que é legitimada pelo voto, mas é aquela que envolve
os cidadãos em todos os processos de decisões comunitárias.
Figura 10: Filosofia da escola
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
2 Jacques Delors , político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Européia entre
1985 e 1995. Foi autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para
o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da
Educação.
11
2. RECURSOS HUMANOS
2.1 DIREÇÃO
A equipe diretiva será responsável pela direção e coordenação do trabalho, acompanhar o
pensar-fazer político-pedagógico-administrativo de a comunidade escolara partir das
deliberações e encaminhamentos do conselho escolar, constituindo-se, por isso, num fórum
permanente de discussão. A equipe diretiva é responsável pela organização do cotidiano escolar,
buscando superar na prática, a dicotomia entre o administrativo e o pedagógico.
A administração do estabelecimento de ensino será exercida pelo diretor e pelos vices-diretores
em consonância com as deliberações do Conselho Escolar, respeitadas as disposições legais. A
eleição para diretor dar-se-á de acordo com a legislação vigente. Atualmente a escola tem como
membros da sua Equipe Diretiva, a Diretora Maria Cristina Alves da Silva, Vice Diretora do
turno da manhã Silvana Camponogara, do turno da tarde Denise de Oliveira Rodrigues e do
turno da noite Teresinha Larrea Machado.
2.2 PROFESSORES
O Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo apresenta um corpo docente com a maioria
dos professores efetivos e alguns contratados, atualmente conta com 75 docentes, demonstrado
no quadro a seguir:
ÁREA DE ATUAÇÃO NÚMERO DE PROFESSORES
SÉRIES INICIAIS 09
FÍSICA 01
QUÍMICA 02
MATEMÁTICA 07
PORTUGUÊS 08
BIOLOGIA 04
INGLÊS 03
GEOGRAFIA 05
12
ENSINO RELIGIOSO 04
ARTE 02
LITERATURA 03
HISTÓRIA 06
SOCIOLOGIA 03
FILOSOFIA 04
PSICOLOGIA 01
CIÊNCIAS 04
EDUCAÇÃO FÍSICA 04
LIBRAS 01
EDUCAÇÃO ESPECIAL 01
DIDÁTICA DA MATEMÁTICA 01
DIDÁTICA GERAL 02
DIDÁTICA DE CIÊNCIAS DA
NATUREZA 01
DIDÁTICA DE CIÊNCIAS HUMANAS 01
DIDÁTICA DO ENSINO RELIGIOSO 01
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA 01
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 01
DIDÁTICA DAS LINGUAGENS 01
SEMINÁRIO INTEGRADO 01
LITERATURA INFANTIL 01
LÍNGUA ESPANHOLA 01
DIDÁTICA DA ARTE 01
DIDÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 01
SALA DE RECURSOS 02
13
2.3 FUNCIONÁRIOS
A escola apresenta um quadro com 30 funcionários, relacionados no quadro abaixo:
ÁREA DE ATUAÇÃO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
AUXÍLIAR DE BIBLIOTECA 02
ORIENTADOR EDUCACIONAL 03
COORDENADOR DE ESTÁGIO 01
SUPERVISOR DE ESCOLA 03
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
FINANCEIRO 01
RESPONSÁVEL SETOR PESSOAL 01
AUXILIAR DE SERVIÇO PESSOAL 01
AUXÍLIAR ADMINISTRATIVO NA
SECRETARIA 01
RESPONSÁVEL PELO
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA 01
SECRETÁRIO DE ESCOLA 02
MONITOR 02
MERENDEIRA 03
SERVENTE 09
2.4 CPM E CONSELHO ESCOLAR
Organização representativa de pais e educadores com a finalidade de colaborar na gestão
administrativo-financeiro-pedagógica, mobilização da comunidade escolar especialmente pais,
para a organização de eventos sociais e culturais, através de reuniões e encontros com todos os
segmentos da comunidade escolar, promover o diálogo e a reflexão sobre o processo educativo
como um todo, resgatando a presença da família para o convívio fraterno na instituição.
Atualmente o Círculo de Pais e Mestres (CPM) do Instituto Estadual de Educação Bernardino
Ângelo está ativo e conta com 19 membros, sendo um presidente e um vice-presidente, primeiro
e segundo secretário, primeiro e segundo tesoureiro e 13 membros no Conselho Fiscal.
Ao conselho escolar cabe zelar pela manutenção da escola e participar da gestão
administrativa, pedagógica e financeira, contribuindo com as ações dos dirigentes escolares a fim
14
de assegurar a qualidade de ensino, terá natureza consultiva, deliberativa, mobilizadora e
fiscalizadora nas questões pedagógico-administrativas- financeiras, garantindo a gestão
democrática da escola pública. A composição, organização e funcionamento são definidos pela
legislação vigente e pelo regimento interno do Conselho Escolar, sendo o mesmo constituído por
representantes de pais, estudantes, professores, funcionários, membros da comunidade local e o
diretor da escola.
2.5 GRÊMIO ESTUDANTIL
Órgão máximo de representação dos estudantes, que expressa a vontade coletiva dos
estudantes, oportunizando o debate de idéias na conquista de direitos e observância de deveres
garantindo a participação na tomada de decisões de interesse do corpo discente. O Grêmio é uma
organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e com fins cívicos,
culturais, educacionais, desportivos e sociais. Atualmente o Grêmio Estudantil da escola não está
ativo.
2.6 SUPERVISÃO
A supervisão pedagógica é o elemento integrador da ação pedagógica, cabendo a ele
orientar, coordenar, assessorar , acompanhar e planejar em conjunto com o corpo docente as
atividades curriculares da escola, proporcionando condições necessárias para o bom andamento
do trabalho do professor e a operacionalização de seus planos de estudos.A supervisão da escola
hoje conta com uma supervisora para as séries iniciais, uma para o Magistério e outra para as
séries finais e a EJA.
2.7 COMUNIDADE
Conforme o PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola, o nível de escolaridade
predominante na comunidade é o de ensino fundamental incompleto, a maioria das famílias
possui casa própria, são pessoas que vivem em condições de moradia razoável, mas alguns
residem em situações de risco de enchente e falta de saneamento básico. A elaboração destes
dados baseou-se em alguns questionários, reuniões com pais, professores e alunos dos diferentes
níveis de ensino.
15
2.8 ALUNOS
A escola atende atualmente 1179 alunos, sendo 40 turmas distribuídas em 3 turnos de
acordo com o ano que freqüentam, pelo turno matutino, 6 turmas sendo 3 turmas de 5º ano, 3
turmas de 6º ano, 3 turmas de 7º ano, 2 turmas de 8º ano e 3 turmas de 8ª série, no turno
vespertino , 1 turma de pré escola, 2 turmas de 1º ano, 2 turmas de 2º ano, 2 turmas de 3º ano, 2
turmas de 4º ano e 1 turma de 5º ano, no período noturno , EJA Fundamental: 1 turma da
totalidade 3, 1 turma da totalidade 4, 1 turma da totalidade 5 e 1 turma da totalidade 6, EJA
Médio: 2 turmas da totalidade 7, 3 turmas da totalidade 8, 3 turmas da totalidade 9, no Curso
Normal 2 turmas de 1º ano, 1 turma de 2º ano e 1 turma de 3º ano. Os alunos do período diurno
são jovens, 90% não trabalham , o restante trabalham meio período como
babás,acompanhantes,auxiliares de serviços domésticos ou de pedreiros. Os alunos do noturno
trabalham período integral como comerciários, auxiliares de enfermagem, vigilantes, autônomos
, serviços gerais e auxiliares do lar.
3. DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
Conforme os dados coletados para compor o dossiê pode se observar que o Instituto
Estadual de Educação Bernardino Ângelo, escola de Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Médio nas modalidades EJA e Curso Normal, pertencente a 13ª CRE, da rede de ensino do
Estado do Rio Grande do Sul, situada á Rua Sete de Setembro 1309, Bairro Centro, Dom
Pedrito- Zona Urbana.
3.1 ESPAÇO FÍSICO/ACOMODAÇÕES
A escola é localizada na zona central do município e sua uma infra-estrutura é composta de uma
diretoria:
16
Figura 11: Sala da Direção da Escola
Fonte :Loossllen Goulart dos Santos
Uma secretaria mobiliada com quatro computadores , duas impressoras:
Figura 12: Secretaria
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
Uma sala de professores com mesa para reuniões, sofás, 15 cadeiras, armários, um computador e
impressora, uma geladeira e uma TV:
17
Figura 13: Sala dos professores
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
Uma sala de supervisão juntamente com a sala de orientação educacional com um computador e
uma impressora e uma sala de recursos/classe especial:
Figura 14: Sala da supervisão
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
Uma biblioteca com material bibliográfico acessível a professores e alunos , uma TV com DVD,
um computador para os alunos fazerem pesquisas ,ar condicionado, duas mesas com cadeiras.
18
Figura 15: Biblioteca
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
Um laboratório de informática com vinte e cinco computadores com apenas oito em
funcionamento, ar condicionado, um ventilador, não tem monitor, duas salas para o Mais
Educação.
Figura 14: Sala de Informática
Fonte:Loossllen Goulart dos Santos
Treze salas de aula com ar condicionado e ventilador e uma sala de multimeios com: DVD,
televisão, caixa de som com microfone, notebook,ar condicionado,ventilador.
19
Figura 15: Sala de multimeios
Fonte: Eril Medeiros
Uma sala de material para Educação Física.
Figura 16: Sala de materiais para Educação Física
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
Uma cozinha , com fogão industrial, fogão elétrico e geladeira, refeitório com quatro mesas, dois
ventiladores e uma sala de depósito para merenda.
20
Figura 17: Cozinha
Fonte: Eril Medeiros
Pátio com quadra poli-esportiva coberta.
Figura 18: Quadra poli-esportiva
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
21
A escola contém também seis banheiros, sendo três femininos e três masculinos com quatro
sanitários cada e um para alunos com necessidades especiais.
Figura 19: Sanitários
Fonte: Loossllen Goulart dos Santos
A escola carece de um laboratório de ciências pois o que havia anteriormente se encontra
sucateado, o espaço físico existente apresenta-se em bom estado, sendo necessário a ampliação
do prédio pois a procura de alunos é muito grande.
22
4. COMO A ESCOLA É VISTA
Realizou-se uma pesquisa com toda a comunidade escolar, bem como os indíviduos que
permeiam a escola, através da aplicação de questionários e por meio de conversas. Desta forma,
com os alunos das séries iniciais (Pré, 1° ano á 5° ano) foram realizadas entrevistas coletivas
com as mesmas perguntadas das séries finais. Com os alunos do Curso Normal foram feitos
questionários (modelo em anexo) que abordaram assuntos pessoais e sua futura formação, sendo
ainda realizado com pais, professores, funcionários, comunidade e direção daeEscola. As
entrevistas têm como objetivo conhecer a comunidade escolar e valorizá-la no seu âmbito.
Foram encontradas algumas limitações, como certa resistência a responder os questionários por
parte dos professores e dos próprios alunos, além de funcionários que se opuseram a respondê-
los. Através da pesquisa foi possível notar a percepção da comunidade escolar em relação à
estrutura, desenvolvimento, pontos negativos e positivos que fazem parte do contexto escolar do
Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo.
As modalidades do Ensino fundamental de séries finais e Curso Normal, serão analisadas
conjuntamente, por apresentarem opiniões convergentes em relação aos questionamentos feitos.
Nas séries finais observou-se que a escolha da escola pelos alunos deu-se por residirem
próximos a esta e por opção dos pais, diferentemente das respostas transcorridas pelo Curso
normal, que manifestaram a escolha por opção própria a cursar o Magistério ou por não haver
opção. Quando foram questionados o que a escola proporciona a eles responderam que uma boa
educação com professores qualificados e alimentação saudável, ressaltando ainda alguns a
interação com alunos de diferentes turnos. Em relação à utilização dos recursos são muito pouco
utilizados, como o laboratório de informática que está em desuso pelos alunos, utilizando apenas
a quadra poliesportiva (quando não chove por não ser coberta) e a sala de multimeios. Sobre o
que gostariam de modificar na escola, algumas respostas foram relacionadas a infraestrutura,
como quadra poliesportiva coberta, merenda, bebedouro e outras à forma como os professores do
Curso Normal trabalham em sala de aula, pois poderia ser mais direcionada a práticas
relacionadas aos anos inciais, visto que estes alunos irão trabalhar com as series iniciais.
Uma das questões levantadas pelo Programa, foi a possível implantação de um
laboratório de ciências na escola, visto que esta carece de um para realizar suas práticas,
questionamos, portanto, se teriam o interesse em haver um laboratório de ciências e estes
revelaram que seria interessante, pois iriam aprender as disciplinas e fariam experiências.
Em relação ao Curso Normal, foram constituídas duas perguntas priorizando a futura
formação docente, visto que os alunos ainda estão cursando. Ao serem questionados qual o
23
objetivo ao começar o Curso Normal e a sua pretensão ao fim,as respostas foram bem divididas,
poucos pretendem seguir carreira, mas pretendem se formar, alguns querem se qualificar mais,
com uma faculdade nas áreas de química, matemática, física e pedagogia, já outros pretendem se
formar e serem professores.
Em conversa com a comunidade local próxima a escola foram constatados somente
pontos positivos em ter a escola no respectivo lugar. Alguns deles moram a 8,10,13,17 e 40 anos
no bairro possuindo estabelecimentos comerciais e revelam que a escola proporciona
movimentação econômica em seu estabelecimento e segurança porque possui guarda noturno,já
sobre a possibilidade de não existência da escola no local dizem que seria muito calma, sem
movimento algum, inclusive para os negócios e a segurança diminuiria. Foram perguntados se
havia participação dos mesmos em algum evento da escola, relataram que somente em razão dos
filhos estudarem na mesma.
Figura 20: Mapa de localização da escola
Fonte: Google maps
24
CONCLUSÃO
Ao concluir o Dossiê a partir dos dados coletados percebemos que o Instituto Estadual de
Educação Bernardino Ângelo apresenta um quadro de professores qualificado, uma direção bem
envolvida para manter bem seu funcionamento, uma estrutura adequada para atender a sua
comunidade escolar, sendo ampla, porém por sua demanda de alunos ser grande faltam salas
para atende-los. Durante a elaboração do Dossie-socioantropológico percebemos que a escola
necessita de um incentivo financeiro maior por parte do poder público, para manutenção e
ampliação da estrutura física da escola, como a conclusão da obra da quadra poli-esportiva ,
manutenção da sala de informática e a construção de um laboratório de ciências.
Concluímos que a escola, para a comunidade escolar representa um espaço de
socialização de saberes, no sentido de proporcionar aos alunos uma educação de qualidade,
estruturada com profissionais engajados no processo de capacitação de futuros professores, a
partir dos dados levantados e analisados, o grupo teve conhecimento do contexto escolar desta
forma pretende-se proporcionar um melhor desenvolvimento na realização de oficinas, que
foram idealizadas a partir de temas gerados na elaboração do Dossiê, são eles: sexualidade,
alimentação saudável, tecnologias, ser professor e atividades experimentais em ciências, e a
partir destas pretende-se realizar uma interação/participação da comunidade escolar como um
todo.
25
ANEXOS
QUESTIONÁRIO ALUNOS CURRÍCULO
1-Por que a escolha desta escola?
2-O que a escola proporciona aos alunos?
3-Vocês utilizam os recursos da escola: sala de multimídias, biblioteca, quadra, entre outros?
4-Se pudesse modificar a escola o que modificaria?
5-Gostaria que houvesse um laboratório de ciências? Por quê?
6-Quantas pessoas moram com você e quais são estas pessoas?
7-O que você gosta de fazer quando não está na escola?
8-Que hábitos você costuma ter? Gosta de ler, ouvir música, olhar filme, acessar a internet
entre outros? Quais?
QUESTIONÁRIO ALUNOS DO CURSO NORMAL
1-Por que a escolha desta escola?
2-O que a escola proporciona aos alunos?
3-Vocês utilizam os recursos da escola: sala de multimídias, biblioteca, quadra, entre outros?
4-Se pudesse modificar a escola o que modificaria?
5-Gostaria que houvesse um laboratório de ciências? Por quê?
6-Quantas pessoas moram com você e quais são estas pessoas?
7-O que você gosta de fazer quando não está na escola?
8-Que hábitos você costuma ter? Gosta de ler, ouvir música, olhar filme, acessar a internet
entre outros? Quais?
9-Qual seu objetivo ao começar o Curso Normal?
10-O que você pretende fazer ao terminar o curso?
26
QUESTIONÁRIOS PARA A COMUNIDADE
1-Há quanto tempo você mora perto á escola?
2-Quais os pontos positivos de haver uma escola na comunidade?
3-Quais os pontos negativos de ter a escola na comunidade?
4-Se não houvesse a escola neste local, como seria o bairro?
5-Você participa dos eventos realizados na escola? Por quê?
QUESTIONÁRIOS PARA OS PAIS
1-O que você acha da escola que seu filho estuda?
2-Fale o que gostaria que melhorasse na escola. Dê sugestões.
3-Você participa dos estudos do seu filho?
4-Você foi de acordo com a escolha de seu filho ao escolher a escola?
5-Você estudou em qual escola? Teve alguma influência na escolha de seu filho?
6-Você participa do CPM (Conselho de Pais e Mestres) da escola? Gostaria de participar? Por
quê?
QUESTIONÁRIOS PARA A DIREÇÃO
1-Há quantos anos atua na escola?
2-Como era a direção anteriormente a sua?
3-Quais as modificações que ocorreram durante seu tempo de direção?
4-Existe algum envolvimento dos pais na escola? Comente.
5-Quais as futuras propostas para a escola?
27
QUESTIONÁRIOS PARA OS FUNCIONÁRIOS
1-Há quantos anos trabalha na escola?
2-Como você vê a infraestrutura da escola?
3-Como era a direção anteriormente e agora?
4-Quais as modificações que ocorreram durante este tempo em que você trabalha?
5-Os funcionários participam das escolhas na escola?
QUESTIONÁRIOS PARA OS PROFESSORES
1-Como você vê a infra estrutura da escola?
2-Se você pudesse modificar a escola o que modificaria?
3-Como você vê o magistério de antigamente com o atual magistério?
4-Você utiliza práticas na sua disciplina? Quais? Por quê?
5-Você trabalharia com a interdisciplinaridade? Sim ou não? Por quê?
28
4. ANEXOS
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
5. Anexo
Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo
Regimento Escolar Ensino Médio Curso Normal
Do Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo
DOM PEDRITO – RS
49
IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento: Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo
Rua 7 de Setembro, 1309 Fone/fax: (53) 3243.1131
Entidade Mantenedora:
Secretaria da Educação – Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Av. Borges de Medeiros, 1501 – CEP: 90.119-900 – Porto Alegre – RS.
Fone: (51) 3288-4700 - Fax: (51) 3225.5478
Atos Legais
ENTIDADE MANTENEDORA
13ª Coordenadoria Regional de Educação
ENDEREÇO CAIXA
POSTAL
CEP CIDADE
Rua 7 de Setembro, 1264.
____
96400-000 Bagé
FONE FAX EMAIL
(53) 3240 5550
ESTABELECIMENTO
Instituto Estadual De Educação Bernardino Ângelo
ENDEREÇO: CAIXA POSTAL CEP CIDADE
Rua 7 de Setembro,
1309.
- 96.450-000 Dom Pedrito
FONE Fax EMAIL
(53) 3243 1131 (53)32431131 [email protected]
ATOS LEGAIS ÓRGÃO EMISSOR Nº DATA
Decreto Estadual - cria a escola
Gov. Est. 1.935 15/02/13
50
Decreto Estadual – denomina Grupo Escolar
Bernardino Ângelo
Gov. Est. 110 08/07/1940
Decreto Estadual – reclassifica Grupo
Escolar (Escola Primária)
Gov. Est. 19.818 13/08/69
Parecer – autoriza funcionamento de
7ª e 8ª séries de 1º grau e transforma em
escola de 1° grau.
CEED 131 22/01/82
Portaria – autoriza o funcionamento
de classe especial para atendimento de
deficientes mentais educáveis – face
Resolução CEE 130/77 e Parecer CEE
658/77
Secret. Est. de Educação 57.476 01/11/84
Decreto Estadual – transforma em
Escola Estadual de 2º grau.
Gov. Est. 35.082 18/01/94
Parecer – autoriza funcionamento do
ensino de 2º grau e das habilitações de
magistério de 1ª a 4ª série do ensino de 1°
grau
CEED
821
15/03/94
Parecer – autoriza o funcionamento
do curso de suplência de 1º grau pelo prazo
de 5 anos
CEED 1.031 16/09/96
Portaria – designa Instituto Estadual
de Educação Bernardino Ângelo – face
Resolução CEEd 253/00
Secret. Est. de
Educação
81 07/03/01
Parecer – aprova o Regimento
Escolar para a educação infantil, para o
ensino fundamental e para o ensino
fundamental e médio na modalidade de
CEED 653 22/08/2007
51
Educação de Jovens e Adultos, com vigência
a contar do ano letivo de 2002.
Parecer – aprova o Regimento
Escolar para o Curso Normal, com vigência a
contar do ano letivo de 2002. Aprova o Plano
de Estudos para o Curso Normal – educação
infantil e anos iniciais do ensino
fundamental, com ênfase na Educação
Especial.
CEED 662 22/08/2007
Cursos Oferecidos pelo Estabelecimento de Ensino
CURSO OFERECIDO
Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Fundamental e Médio - EJA
ATOS LEGAIS ÓRGÃO EMISSOR Nº DATA
Parecer de Autorização do Regimento Escolar CEED 653 22/08/2007
CURSO OFERECIDO
Curso Normal
ATOS LEGAIS ORGÃOEMISSOR Nº DATA
Parecer de Autorização do Regimento Escolar
Plano de Estudos CEED
CEED 662 22/08/2007
52
SUMÁRIO.
1. FILOSOFIA DA ESCOLA: ................................................................................................................. 55
2. FINALIDADES DO ENSINO. .............................................................................................................. 55
3. OBJETIVOS ........................................................................................................................................... 56
3.1. Objetivos do Estabelecimento. ............................................................................................................ 56
3.2 Objetivos do Ensino Médio. ................................................................................................................. 57
4. PERFIL DO ALUNO. ............................................................................................................................ 57
5. Gestão Escolar e Apoio Administrativo. ................................................................................................ 58
5.1. Conselho Escolar. ................................................................................................................................ 58
5.2 Agremiações de alunos. ........................................................................................................................ 59
5.3. Equipe Diretiva.................................................................................................................................... 59
5.3.1 Diretor (a) e Vice-Diretor (a). .................................................................................................... 59
5.4. Equipe Pedagógica. ............................................................................................................................. 59
5.4.1. Orientação Educacional. ................................................................................................................... 59
5.4.2. Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar. ............................................................................. 61
5.4.3. Supervisor (a) Escolar das Práticas Pedagógicas. ............................................................................ 63
5.5. Secretaria ............................................................................................................................................. 63
5.6. Manutenção de Infra- estrutura. ......................................................................................................... 63
5.7. Alimentação Escolar............................................................................................................................ 63
6. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA. ....................................................................................................... 64
6.1. Concepção de conhecimento e de Currículo ...................................................................................... 64
6.2. Princípios de convivência. ................................................................................................................... 65
6.3. Projeto Político Administrativo Pedagógico. ..................................................................................... 67
6.4. Plano de Estudos. ................................................................................................................................ 68
6.6. Formação Permanente e Continuada dos Professores e dos Trabalhadores em Educação. ................. 69
6.7. Calendário Escolar.. ............................................................................................................................ 69
6.8. Estrutura Curricular. ............................................................................................................................ 69
6.8.1. Metodologia de ensino ..................................................................................................................... 70
6.8.2 Articulação Curricular. ...................................................................................................................... 71
6.8.3. Regime Escolar................................................................................................................................. 72
6.9. Inclusão Educacional .......................................................................................................................... 72
6.10 Classes de Aplicação exclusiva para o Curso Normal ....................................................................... 73
6.11. Estágio Curricular.............................................................................................................................. 73
6.11.1 Objetivo. .......................................................................................................................................... 73
6.11.2 Tempo. ............................................................................................................................................. 74
53
7. Processo de Avaliação. ........................................................................................................................... 74
7.1. Caracterização. .................................................................................................................................... 74
7.2 Avaliação do aluno. .............................................................................................................................. 75
7.3 Avaliações do Estágio. ......................................................................................................................... 77
7.4. Conselho de Classe Participativo. ....................................................................................................... 77
7.5. Expressão dos Resultados na Construção da Aprendizagem do Aluno. ............................................. 77
7.6. Estudos de recuperação. ...................................................................................................................... 80
7.7. Progressão parcial................................................................................................................................ 80
7.8. Estudos Prolongados. ........................................................................................................................ 81
7.9. Classificação do Aluno. ....................................................................................................................... 81
7.10. Avanço. ............................................................................................................................................. 81
7.11. Controle de Frequência. .................................................................................................................... 82
7.11.1. Atividades Complementares de Infrequência. ................................................................................ 82
7.12 Avaliação do Professor ....................................................................................................................... 82
7.13. Avaliação da Escola .......................................................................................................................... 82
8 Apoio Pedagógico ................................................................................................................................... 83
8.1. Biblioteca ............................................................................................................................................ 83
8.2. Laboratório de Ciências da Natureza .................................................................................................. 83
8.3. Laboratório de Informática Educacional ............................................................................................. 83
8.4. Sala de Recursos .................................................................................................................................. 84
8.5 Sala-oficina ........................................................................................................................................... 84
8.6 Sala-ambiente para Arte ....................................................................................................................... 84
8.7 Sala experimental ................................................................................................................................. 84
8.8 Salas de reuniões para estagiárias......................................................................................................... 84
9. Ingresso, Matrícula e Transferência. ...................................................................................................... 84
9.1. Admissão de Alunos Novos ................................................................................................................ 85
9.2 Admissões de Alunos por Transferência .............................................................................................. 85
9.2.1 Documentação Recebida ................................................................................................................... 86
9.. 2.2 Documentação Emitida ................................................................................................................... 86
9.3 Documentação Conclusão de Curso: .................................................................................................... 87
9.4 Estudos de Adaptação Curricular ......................................................................................................... 87
9.5 Reclassificação do Aluno ..................................................................................................................... 87
9.6 Aproveitamento de Estudos................................................................................................................ 45
54
55
1. FILOSOFIA DA ESCOLA:
“COMPROMETIMENTO COM O SER, O CONHECER E O FAZER”.
A democratização da gestão e a formulação de Políticas Públicas para a Educação, com
o objetivo de oferecer uma educação com acesso e com qualidade social para todos,
significa fazer a opção pela inclusão social.
A prática social e o trabalho como princípio educativo promovem o compromisso de
construir projetos de vida, individuais e coletivos, de sujeitos que se apropriam da
construção do conhecimento e desencadeiam as necessárias transformações da natureza
e da sociedade, contribuindo para o resgate do processo de humanização baseado na
ética, na justiça e na fraternidade.
2. FINALIDADES DO ENSINO.
A escola, ministrando uma educação que valoriza integralmente a formação do
educando tem por finalidade:
O pleno desenvolvimento do educando assegurando-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no
trabalho e ou em estudos posteriores.
A igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
O favorecimento à transformação grupal através do respeito mútuo, do diálogo da
interação, da participação e do engajamento nas atividades desenvolvidas pela escola.
O redimensionamento sistemático do currículo, objetivos, conteúdos, metodologias de
toda ação educadora.
O envolvimento de todos, segundo suas funções e tarefas, com uma metodologia
participativa, critica e criativa, tornando os comprometidos com o planejamento,
execução e avaliação das atividades.
O fortalecimento da integração escola-família- comunidade, para o comprometimento
de todos no processo educativo.
O reconhecimento e a valorização da história de vida do educando, constituindo parte
importante do processo educativo..
56
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivos do Estabelecimento.
A instituição tem como objetivos:
Incentivar e buscar meios para constante aperfeiçoamento do corpo docente.
Assegurar oportunidades educacionais apropriadas as crianças, aos jovens e adultos
que não puderam efetuar estudos na idade regular.
Educar e educar-se na organização, mobilização, formação e politização de todos os
envolvidos, possibilitando a intervenção e transformação da realidade;
Elevar sistematicamente a qualidade de ensino oferecida aos educandos através do
desenvolvimento da criatividade e o espírito crítico no processo educativo,
oportunizando que os educandos tenham melhores condições de se posicionar frente ao
mundo do trabalho;
Desencadear um processo de análise e reflexão do contexto social com o intuito de
formar um cidadão consciente e crítico de seus direitos e deveres, capaz de transformar
a utopia em realidade;
Proporcionar o acesso à informação através de múltiplas fontes;
Resgatar e reconstruir a identidade de cada sujeito, considerando-os como
criadores de cultura;
Construir a escrita e a leitura bem como os conhecimentos das diversas áreas,
num processo permanente de interação com a realidade e reflexão sobre a
mesma.
Formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
Estabelecer um clima de cooperação entre todos os envolvidos no processo
educativo.
Estimular os alunos a participação, bem como a atuação solidária junto à
comunidade.
Garantir um ensino significativo, reconhecendo e respeitando a diversidade,
independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou
qualquer outra situação, respondendo a cada um de acordo com suas
potencialidades e necessidades.
57
3.2 Objetivos do Ensino Médio.
Propiciar a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos na finalização da
Educação Básica e no Ensino Superior;
Consolidar no educando as noções sobre trabalho e cidadania, de modo a ser capaz
de, com flexibilidade, operar com as novas condições de existência geradas pela
sociedade.
Possibilitar formação Ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o
pensamento crítico do educando.
Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando teoria e prática, parte e totalidade e o principio da atualidade na
produção do conhecimento e dos saberes.
3.3 Objetivos do Ensino Médio – Curso Normal.
Oportunizar a formação de professores através da compreensão do que é
aprender, de como se aprende e onde se aprende, considerando que construir
conhecimento decorre da relação com o outro e com o objeto a ser conhecido,
estabelecendo uma constante relação entre teoria e prática e possibilitar ao aluno o
entendimento da infância, em seu processo social e histórico e da criança na situação de
sujeito de direitos.
4. PERFIL DO ALUNO.
O aluno concluinte do Curso Normal deverá apresentar:
Comprometimento com a educação, demonstrando responsabilidade individual;
Postura de investigação e diagnóstico de situações – problema, a sua prática
pedagógica, buscando alternativas de soluções;
Consistência na argumentação oral e escrita; coesão, coerência e lógica, usando
corretamente a linguagem verbal e escrita;
Perspectiva globalizante e transdisciplinar na ação pedagógica.
58
5. Gestão Escolar e Apoio Administrativo.
5.1. Conselho Escolar.
Conselho Escolar é um órgão colegiado, de natureza consultiva, deliberativa,
executora e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional É composto por representantes de todos os segmentos da comunidade
escolar: alunos, pais/vigente e orientações da Secretaria Estadual de Educação.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a
eficiência e a qualidade do seu funcionamento, e é composto por representantes da
comunidade escolar e representantes de movimentos sociais organizados e
comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por
seu membro nato, o (a) diretor (a) escolar.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a
efetivação da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante
processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos
níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão
em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois)
anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
a) Diretor (a);
b) Representante da equipe pedagógica;
c) Representante da equipe docente (professores);
d) Representante da equipe técnico-administrativa;
e) Representante dos discentes (alunos);
f) Representante dos pais ou responsáveis pelo aluno.
59
5.2 Agremiações de alunos.
É uma organização que congrega e representa os alunos da escola, com Estatuto
próprio, com fins culturais, educacionais, desportivos e sociais, e tem como uma de suas
funções promover a integração e articulação dos alunos entre si e com todos os
segmentos da comunidade escolar, desenvolvendo a ética e a cidadania na prática.
5.3. Equipe Diretiva.
É a instância colegiada, responsável pela direção e coordenação do trabalho
político-administrativo e pedagógico da escola. Tem como funções articular, elaborar,
propor, problematizar, mediar, operacionalizar e acompanhar o Projeto Político
Administrativo Pedagógico da escola, a partir das deliberações e encaminhamentos do
Conselho Escolar. Desta instância participam: Diretor (a), Vice diretor (a) eleitos pela
comunidade escolar e coordenador (a) pedagógico (a).
5.3.1 Diretor (a) e Vice-Diretor (a).
O (A) Diretor (a) e os vice-diretores são indicados mediante votação direta da
comunidade escolar e têm atribuições definidas na lei da Gestão Democrática do Ensino
Público/RS, cumprindo e fazendo cumprir o disposto neste Regimento, em conjunto
com o Conselho Escolar e demais componentes da Equipe Diretiva. O Diretor participa
e coordena as discussões e a elaboração do Projeto Político Administrativo Pedagógico
e do Plano da escola, bem como acompanha sua execução. O (A) Diretor (a) indica o (a)
Vice-Diretor (a) que o (a) substituirá em seus impedimentos legais.
5.4. Equipe Pedagógica.
5.4.1. Orientação Educacional.
Compete ao orientador educacional:
a) Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
60
b) Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
c) Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando
teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e
efetivação do trabalho pedagógico escolar;
d) Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação
nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
e) Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
f) Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir
de critérios legais, didático-pedagógicos e da Proposta Pedagógica do
estabelecimento de ensino;
g) Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
h) Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
i) Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar,
para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
j) Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando
contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento
integral;
k) Acompanhar a freqüência escolar dos alunos menores, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
l) Acionar serviços de proteção ao adolescente, sempre que houver necessidade de
encaminhamentos;
m) Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e
no processo de inclusão na escola;
n) Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos
com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas
de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação
Especial e Ensino Regular;
61
o) Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dosalunos para cada
disciplina,;
p) Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,
pais e demais segmentos da comunidade escolar;
q) Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
r) Elaborar seu Plano de Ação;
s) Preencher e encaminhar ao Conselho Tutelar as fichas do FICAI, bem como
acompanhar o retorno dos encaminhamentos das mesmas.
t) Encaminhar ao Conselho Tutelar, depois de esgotadas as possibilidades no âmbito
escolar, os casos dos alunos que deixem de cumprir ou transgridam de alguma
forma as disposições contidas no Regimento Escolar.
u) Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
5.4.2. Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar.
A coordenação pedagógica é responsável pela implantação e implementação no
estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas na Proposta
Pedagógica e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
São competências da Coordenação Pedagógica:
a) Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação da Proposta Pedagógica
e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
b) Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma
perspectiva democrática;
c) Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar,
no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
d) Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da Secretaria Estadual
de Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
e) Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo
de professores do estabelecimento de ensino;
f) Acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas/aula aos discentes;
62
g) Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de
propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
h) Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do
estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
i) Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, troca de experiência,
debates e oficinas pedagógicas;
j) Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um
processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a
promover a aprendizagem de todos os alunos;
k) Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
l) Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da
Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino;
m) Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,
assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e
projetos de incentivo à leitura;
n) Acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a
serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
o) Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas
de discriminação, preconceito e exclusão social;
p) Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Proposta Pedagógica do
estabelecimento de ensino;
q) Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
r) Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
s) Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
t) Organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de
dias, horas e conteúdos aos discentes;
63
u) Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais
do estabelecimento de ensino;
v) Elaborar seu Plano de Ação; assegurar a realização do processo de avaliação
institucional do estabelecimento de ensino;
w) Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
x) Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe e da
Ficha Individual de controle de conceitos.
5.4.3. Supervisor (a) Escolar das Práticas Pedagógicas.
Tem como função acompanhar o planejamento e a execução das práticas
pedagógicas.
5.5. Secretaria
A secretaria da escola contribui para o processo pedagógico- administrativo,
atuando de forma cooperativa com a comunidade escolar e a equipe diretiva. O Agente
Educacional II Administração Escolar ou Secretário da Escola é o responsável pela
secretaria da escola, pelos documentos relativos a instituição, aos alunos e aos
trabalhadores garantindo, dentre outros, serviços de escrituração, documentação,
correspondência, encaminhamento de processos e informações à comunidade, zelando
por sua correção, atualização e cumprimento à legislação vigente, firma – juntamente
com o Diretor da escola – os documentos expedidos.
5.6. Manutenção de Infra- estrutura.
Possibilita, por meio de seus servidores, condições de usufruir de um espaço
adequado ao seu desenvolvimento pedagógico, contribuindo para que o ambiente
ofereça condições de higiene e conservação e, pela ação educativa, favoreça a
construção de hábitos saudáveis no espaço de convivência.
Dentre as atribuições dispostas na legislação, destacam-se as de zelar pela conservação
e aparência dos prédios; trabalhos de limpeza em geral, recolher resíduos e encarregar-
se da reciclagem, entre outros.
5.7. Alimentação Escolar.
64
Tem caráter pedagógico, com objetivo de contribuir para o desenvolvimento
biopsicossocial dos alunos, interagindo com aspectos da aprendizagem e rendimento
escolar, contribuindo na formação de hábitos alimentares saudáveis. Atua na
Alimentação Escolar o Agente Educacional I, com atribuições específicas nos termos da
lei, o qual deve respeitar a cultura alimentar e o fomento do desenvolvimento local, com
a formação sistemática e continuada dos profissionais envolvidos com a educação e
alimentação escolar. A oferta de alimentos no ambiente escolar deve estar adequada às
necessidades alimentares e nutricionais específicas de cada faixa etária e às condições
de saúde dos escolares. É responsável pela preparação da merenda, distribuição e
limpeza.
6. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA.
6.1. Concepção de conhecimento e de Currículo
A proposta curricular se constitui pelas bases epistemológica, filosófica, sócio-
antropológica e sócio-psicopedagógica:
Epistemológica: refere-se ao estudo do conhecimento, de como ele é adquirido
e de sua elaboração e produção, que se dá pela relação entre sujeito e objeto em
circunstânciashistóricas determinadas. Além disso, a Fonte Epistemológica
alerta também para o fato de que o conhecimento atual se sustenta no
aperfeiçoamento, no aprofundamento, na releitura, na expansão e até mesmo na
negação e substituição de conhecimentos já consagrados historicamente.
Desse modo, o conhecimento oriundo da cultura do aluno e o conhecimento
decorrente das elaborações históricas de cada componente curricular necessitam ser
colocados em comunicação, procurando uni-los e , em uma ação interdisciplinar,
estabelecer suas relações religando os diferentes campos do conhecimento, de tal
modo que se perceba, através de uma visão de totalidade, o sentido dos fenômenos
que nos cercam.
Filosófica: a escola em sua função social é compreendida como lugar de mediação e
produção de visões e atitudes, individuais e coletivas perante o mundo: sociedade,
65
escola, conhecimento, ser humano, presente, futuro, relações, cidadania, democracia,
etc.
Socio-antropológica: nessa fonte o currículo escolar necessita considerar os
significados sócio - culturais de cada prática no conjunto das condições de existência
em que ocorrem; esta dimensão fornece os sistemas simbólicos que articulam as
relações entre o sujeito que aprende e os objetos de aprendizagem, entre realidade
global e local. O educador vai além da realidade imediatamente percebida e lança-se
como investigador, conhecendo o que o educando já sabe, buscando compreender o
contexto e a situação cultural em que o educando está inserido, planejando assim o
trabalho pedagógico de modo a que ele próprio seja sujeito e não objeto da história.
Socio-Psicopedagógica: nessa fonte, promove-se o desenvolvimento intelectual-
cognitivo- biológico na relação com o mundo; compreende-se a escola como espaço de
trabalho cooperativo e coletivo que organiza o currículo escolar para atender as
características próprias dos educandos em seus aspectos cognitivos, afetivos e
psicomotores, e o trabalho pedagógico são flexíveis para assegurar o sucesso do aluno.
6.2. Princípios de convivência.
Os Princípios de Convivência são os pilares que orientam as relações entre os
diferentes segmentos, entendidos como forma de organização da vida na escola.
Dos Princípios de Convivência se originam as normas que, constantemente
avaliadas, devem refletir a dinâmica e a realidade da escola. Possibilitam um
processo coletivo de discussão, desde o espaço da sala de aula ao todo da escola,
num exercício permanente de democracia participativa considerando valores
éticos, o diálogo, a justiça, a igualdade, a fraternidade e a cidadania.
As Normas de Convivência, com base nestes princípios, serão estabelecidas em
conjunto com a comunidade escolar, aprovadas pelo Conselho Escolar, e
constituirão peça integrante deste Regimento.
66
Ao aluno, na convivência e inter-relação no espaço escolar, deve ser
garantido/a:
- uma educação inspirada nos princípios da liberdade, da igualdade, do respeito às
diferenças e na solidariedade humana a qual garanta seu sucesso escolar e
promova a cidadania;
- liberdade de opinião e de expressão, considerando a pluralidade de idéias e
concepções, os valores éticos e o diálogo;
- participar das atividades curriculares da escola;
- participar da agremiação de estudantes;
- manifestar suas dificuldades no processo de aprendizagem, recebendo
atendimento adequado para sua superação;
- contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
- participar da elaboração do Plano Integrado de Escola;
- receber, periodicamente, comunicações e resultados de sua vida escolar;
- ter acesso ao Regimento Escolar e ter informações quanto a seus
questionamentos sobre este documento.
O aluno, na convivência e inter-relação no espaço escolar, deve:
- Respeitar todos os segmentos da comunidade escolar e às diferenças de todos e
cada um;
- Buscar sempre a solução pacífica e dialogada dos conflitos;
- Compreender o ambiente escolar como espaço coletivo e patrimônio público, o
qual deve ser conservado,
- Responsabilizar-se por seus atos;
- Respeitar as normas de convivência estabelecidas pela escola e pelo coletivo de
alunos da salade aula;
- Haverá tolerância de 5 minutos para entrada na 1ª aula, o aluno deverá passar
pela direção para pegar autorização para entrar na aula. O atraso será registrado e
se houver a reincidência de 4(quatro) atrasos consecutivos no semestre, a família
será notificada e o aluno voltará para casa, não podendo participar das atividades
escolares mesmo havendo tarefas avaliativas.
- Não será permitido o uso de boné e celular no ambiente escolar – Em qualquer
necessidade de comunicação com a família, a direção entrará em contato. Além
disso, a escola não pode se responsabilizar pela quebra ou perda do aparelho
67
celular, já que este item não se refere ao material escolar. É importante ter em
mente que o celular não pode invadir o espaço público da sala de aula,
interferindo no processo ensino/aprendizagem.
- Organização do ambiente escolar – É importante que o ambiente de estudo
permaneça limpo e para isso, o aluno não deverá ingerir alimentos dentro da sala
de aula, pois terão tempo suficiente na hora do recreio.
- Comprometer-se com seu processo de aprendizagem, sendo freqüente e
realizando as atividades propostas pelo coletivo de professores de sua turma.
6.3. Projeto Político Administrativo Pedagógico.
O Projeto Político Administrativo Pedagógico norteia as ações da escola, alicerçado
nos fins da educação, respeitando as disposições legais, a Gestão Democrática do
ensino, a reestruturação curricular do ensino médio e a realidade da comunidade de
nosso Estado. O Projeto Político Administrativo Pedagógico contempla a fase de
desenvolvimento e a possibilidade de construção de projetos de vida, elegendo
como referenciais: o trabalho como princípio educativo e a politécnica
compreendida como o domínio intelectual da técnica. O Atendimento Educacional
Especializado encontra-se no Projeto Político Administrativo Pedagógico e
contempla as ações necessárias para a inclusão de todos os alunos no processo de
aprendizagem e na organização escolar.
Além desse referencial agrega como princípios orientadores:
Parte-totalidade – processo de construção dos conhecimentos estabelece relação
entre parte e totalidade. É a apropriação de um fato ou fenômeno estendendo essa
apropriação à totalidade. Uma síntese do todo está sempre contida na parte que, por
outro lado, só terá significado, quando relacionada à totalidade;
Compreensão da realidade como um todo e a articulação das partes que a
compõem, significa transitar de forma articulada entre análises e sínteses;
Reconhecimento de saberes – a construção curricular tem com centralidade as
práticas sociais, nas quais o diálogo realiza a mediação entre as práticas e o
conhecimento científico universalizado, entendendo que a transformação da
realidade se dá pela ação dos próprios sujeitos;
68
Teoria-prática – a relação teoria prática é um processo contínuo de fazer,
teorizar e refazer. A teoria é constituída por ideias e hipóteses que levam a
representações abstratas, constrói os conceitos que somente serão consubstanciados
na prática. No contexto sócio histórico há o diálogo permanente da teoria com a
prática, um fundamento de transformação da realidade.
6.4. Plano de Estudos.
O Plano de Estudos é construção coletiva do currículo a ser desenvolvido, em
consonância com o Projeto Político Administrativo Pedagógico da escola.
O Plano de Estudos elaborado pelos professores e equipe diretiva, com a
participação dos demais segmentos da comunidade escolar, deve ser apreciado pelo
Conselho Escolar e aprovado pelo Conselho Estadual de Educação.
Concebido como um conjunto orgânico articulado, e deve assegurar a possibilidade
de diferentes formas de organização: da formação geral - áreas do conhecimento, da
parte diversificada e da formação profissional. Deve ser organizado de forma
integrada, como unidades de estudo, módulos, conceitos, projetos contextualizados e
interdisciplinares ou desenvolvimento transversal de temas, ou outras formas de
organização, conforme o disposto na organização curricular. Considerando também
atividades específicas para alunos com necessidades educacionais especiais. Após o
diagnóstico de que o aluno apresenta dificuldades na construção do conhecimento, o
coletivo de professores elabora o PPDA para que sejam realizadas ações
pedagógicas para a superação almejada, a qualquer tempo e, necessariamente,
aofinal de cada período letivo.
6.5 Planos de Trabalho do Professor.
O Plano de Trabalho do Professor integra a Projeto Político Administrativo
Pedagógico da Escola, em consonância com os objetivos dos planos de estudos,
organiza o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, considerando
também atividades específicas para alunos com necessidades educacionais especiais.
Orienta e direciona o trabalho docente, permitindo uma avaliação do processo de
aprendizagem. Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa. Implica no
registro escrito e sistematizado do planejamento do professor. A supervisão escolar
69
do Curso Normal assessora e aprova os Planos de Trabalho do Professor. O Plano
Pedagógico Didático de Apoio se constitui em um conjunto de atividades
pedagógicas específicas, planejadas, executadas e acompanhadas pelos professores,
no processo, tendo por objetivo a superação das dificuldades constatadas e
registradas no Parecer Descritivo.
6.6. Formação Permanente e Continuada dos Professores e dos
Trabalhadores em Educação.
A formação permanente e continuada dos trabalhadores tem como objetivo
proporcionar um tempo e um espaço de formação, de reflexão e prática, pois o
conceito de qualidade de ensino não é estático, não há consenso sobre o seu
significado, por que um dos fatores que interferem na qualidade da instituição
educativa muitas vezes depende da formação contínua de seus professores, e no
momento atual é fundamental que a escola procure investir nesta formação.
Devendo a escola organizar-se anualmente conforme legislação vigente e seu
calendário escolar.
6.7. Calendário Escolar..
O calendário escolar constitui-se de um documento elaborado pela escola, sob
orientação e aprovação da secretaria estadual de Educação e atendendo as
determinações pedagógico- administrativas da mantenedora, de acordo com o
Regimento Escolar, o Projeto Político Pedagógico e os Planos de Estudo, adequados
à realidade regional e local.É construído coletivamente, analisado e discutido pela
Comunidade Escolar, aprovado em Assembléia dos diferentes segmentos da
comunidade e homologado pela mantenedora e visa disciplinar e garantir o
cumprimento da carga horária e dias letivos.
6.8. Estrutura Curricular.
O Currículo do Ensino Médio- Curso Normal é desenvolvido em regime anual
com duração de três anos com estágio profissional obrigatório. Cada ano do
curso está organizado em três blocos – Formação Geral, Parte Diversificada e
Formação Profissional. O planejamento coletivo dos professores visa
70
desenvolver ações para uma nova organização de tempos e espaços da Educação
Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Caracteriza-se, no primeiro ano, por uma relação teoria-prática na reflexão sobre
o cotidiano da escola em relação aos referenciais teóricos; no segundo ano, por
uma relação teoria-prática-teoria, na qual se realizam pequenas práticas de
regência na construção da formação do professor pesquisador; no terceiro ano,
por um processo de reflexão-ação, na qual a reflexão se dá sobre a ação do
aluno-educador, por meio de práticas pedagógicas. Posteriormente, ocorre a
realização do estágio obrigatório, que se constitui em uma nova ação teorizada-
refletida pelo aluno-professor.
A matriz curricular de cada escola considera a distribuição do tempo curricular
de modo a garantir a oferta da formação geral, parte diversificada e formação
profissional.
6.8.1. Metodologia de ensino.
A concepção de escola e ensino deve levar em conta a prática social e a teoria, que
devem contribuir para uma ação transformadora da realidade.
Para tanto a metodologia deve considerar:
Interdisciplinaridade é o diálogo das disciplinas e áreas do saber, sem a
supremacia de uma sobre a outra, trabalhando o objeto do conhecimento como
totalidade. Viabiliza o estudo de temáticas transversalizadas, que aliam teoria e
prática, tendo sua concretude por ações pedagogicamente integradas no coletivo
dos professores. Traduz-se na possibilidade real de solução de problemas, posto
que carrega de significado o conhecimento que irá possibilitar a intervenção para a
mudança da realidade;
Pesquisa pedagogicamente estruturada possibilita a construção de novos
conhecimentos e a formação de sujeitos pesquisadores, críticos e reflexivos no
cotidiano da escola, oportunizando a apropriação adequada da realidade,
projetando possibilidades de intervenção potencializada pela investigação e pela
responsabilidade ética. Além disso, a pesquisa oportuniza ao educando a
exploração de seus interesses e o exercício da autonomia, ao formular e ensaiar
projetos de vida e de sociedade;
71
Trabalho como Princípio Educativo integrado com a microeletrônica, tanto o
trabalho quanto a vida social se modificam, passando a ser regidos pela
dinamicidade e pela instabilidade a partir da produção em ciência e tecnologia. A
capacidade de fazer passa a ser substituída pela intelectualizarão das
competências, que demanda raciocínio lógico formal, domínio das formas de
comunicação, flexibilidade para mudar, capacidade de aprender permanentemente.
A função precípua da escola é ensinar a compreender e a transformar a realidade a
partir do domínio da teoria e do método científico. O trabalho intelectualizado e a
participação na vida social, atravessada pelas novas tecnologias, demandam
formação escolar sólida, ampliada e de qualidade social, para os quais a escola é o
único espaço possível de relação intencional com o conhecimento sistematizado;
Elaboração de projetos das práticas pedagógicas - é elaborada a partir de
pesquisa que explicite a necessidade de apropriação “do que se aprende, porque se
aprende, como se aprende e para que se aprende”, dentro dos enfoques ou
temáticas da parte diversificada, com a interlocução, nos dois sentidos, com as
áreas de conhecimento. O diálogo entre o conhecimento social (realidade) e o
formal (áreas de conhecimento), embasa o processo de construção de conceitos
por dentro dos projetos.
A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de sociedade inclusiva
como aquela que não elege, não classifica e nem segrega indivíduos, mas que
modifica seus ambientes, atitudes e estruturas para tornar-se acessível a todos.
6.8.2Articulação Curricular.
A articulação dos três blocos do currículo, formação geral e parte diversificada e
formação profissional, se desenvolve por meio dos projetos das práticas pedagógicas
construídos nos seminários integrados, pela transversalidade dos enfoques e temáticas,
que oportunizam a apropriação do fazer pedagógico pelo pesquisador/aluno/professor.
Os Seminários Integrados – parte diversificada - constituem-se em espaços planejados,
com a participação de professores da formação profissional e alunos, realizados desde o
primeiro ano e em complexidade crescente. Constam da carga horária da parte
diversificada proporcionalmente distribuída do primeiro ao último ano.
72
Os Projetos das Práticas Pedagógicas, organizados nos Seminários Integrados são de
responsabilidade do coletivo dos professores que atuam na parte diversificada – e
formação profissional, com coordenação e acompanhamento rotativo, oportuniza a
apropriação da construção coletiva da organização curricular. As atividades dos projetos
das práticas realizadas fora do espaço escolar, ou do turno que o aluno frequenta, são
acompanhadas por professor da formação profissional. As práticas pedagógicas são
realizadas semanalmente nas classes de aplicação da própria escola, como também
através de projetos aplicados nas escolas da rede estadual e municipal. Na instituição,
elaboração de planos e projetos, análise de planos de educação infantil e anos iniciais do
ensino fundamental. Elaboração de relatórios, discussão, análise e avaliação de
atividades práticas. Nas classes de aplicação, observação e monitoria; preparação e
execução de atividades diversificadas com alunos (vídeos, exposições, visitas, oficinas,
recreação...); desenvolvimento de projetos; regência em classes de Educação Infantil, de
anos iniciais do Ensino Fundamental. Fora da instituição, observação em instituição de
ensino ou educativa, desenvolvimento de projetos e preparação a execução de atividades
diversificadas com os alunos, realização de atividades práticas em instituições
educativas.
6.8.3. Regime Escolar
O Currículo do Ensino Médio-Curso Normal é desenvolvido em regime anual com o
mínimo de 200 dias letivos/ano, com duração de três anos, são desenvolvidas 400 horas
de práticas pedagógicas ao longo deste período. Ao final dos três anos de curso, estágio
obrigatório de 400 horas, conforme previsto no Plano de Estudos.
6.9. Inclusão Educacional
A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de sociedade inclusiva como
aquela que não elege, não classifica e nem segrega indivíduos, mas que modifica seus
ambientes, atitudes e estruturas para tornar-se acessível a todos.
A Educação Especial integra à Proposta Pedagógica da escola regular, objetiva
promover o acesso, a acessibilidade, a participação e a aprendizagem dos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação.
73
Nesta integração o Atendimento Educacional Especializado, como conjunto de
atividades realizadas pela educação especial, favorece o processo de escolarização
destes alunos nas turmas comuns e a sua interação com os contextos educacionais,
familiar, social e cultural. É realizado nas Salas de Recursos Multifuncionais, espaço
que oferece serviços e recursos da Educação Especial. Os alunos com necessidades
educacionais especiais serão matriculados em todos os níveis e modalidades de ensino,
respeitado o seu direito a atendimento adequado, pelos serviços e apoios especializados.
6.10 Classes de Aplicação exclusiva para o Curso Normal
A classe de aplicação dispõe-se em instalações adequadas na própria escola e de outras
instituições, mediante convênios fixados entre Estado e Município, onde se efetivam a
Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental.
6.11. Estágio Curricular.
O estágio profissional será realizado, conforme legislação vigente, sendo parte
integrante da prática pedagógica obrigatória, com duração mínima de 400 horas
distribuídas ao longo do curso.
O estágio profissional será realizado em turmas de Educação Infantil e/ou anos
iniciais do Ensino Fundamental, sendo utilizadas classes de outras escolas da
comunidade, mediante convênios firmados antecipadamente.
Ao finalizar o estágio os professorados deverão apresentar as seguintes
competências:
▪ Comprometimento com a educação, demonstrando responsabilidade individual.
▪ Postura de investigação e diagnóstico de situação-problema, a sua prática
pedagógica, buscando alternativas de soluções;
▪ Consistência na argumentação oral e escrita; coesão, coerência e lógica, usando
corretamente a linguagem verbal e escrita;
▪ Perspectiva globalizante e transdisciplinar na ação pedagógica.
6.11.1 Objetivo.
Oportunizar situações especiais de aprendizagens, com ensaio e exercício do
planejamento, execução e avaliação do trabalho de regência em situação real de sala
de aula.
74
6.11.2 Tempo.
O estágio realizar-se-á após a conclusão de todos os componentes curriculares
previstos no Plano de Estudos, podendo este realizar-se no penúltimo semestre do
curso, conforme avaliação dos objetivos e competências fundamentais para a
formação do docente. O período de duração do estágio será de um semestre (400
horas), podendo o aluno realizá-lo de dois anos imediatos ao da conclusão da última
série.
A realização do estágio será integralmente na Educação Infantil e/ou anos iniciais do
Ensino Fundamental.
7. Processo de Avaliação.
7.1. Caracterização.
A Avaliação Emancipatória se caracteriza como um processo e a possibilidade
do vir a ser, da construção de cada um e do coletivo de forma diferente.
É um processo contínuo, participativo, diagnóstico e investigativo, intimamente
ligado à concepção de conhecimento e currículo, sempre provisório, histórico, singular
na medida em que propicia o tempo adequado de aprendizagem para cada um e para o
coletivo.
A finalidade da Avaliação Emancipatória é diagnosticar avanços e entraves,
para intervir, agir, problematizar e redefinir rumos a serem percorridos. Propicia a
mudança e a transformação, desta forma, não se reduz a mera atribuição de conceitos ou
pareceres para a aprovação ou reprovação, já que o processo educacional não pode ser
tratado nem reduzido a esses aspectos.
A investigação contínua sobre os processos de construção da aprendizagem
demanda rigor metodológico, que se traduz por registros significativos, sinalizando as
possibilidades transformação, dessa forma, não se reduz a mera atribuição de notas,
conceitos ou pareceres para aprovação ou reprovação, já que o processo educacional
não pode ser tratado de intervenções necessárias ao avanço e à construção do
conhecimento. Os registros garantem também a socialização e construção histórica
deste processo, com produções dos alunos como amostras significativas da
aprendizagem.
75
A Avaliação Emancipatória torna a escola mais flexível, de forma a superar o
imobilismo, desconstituindo os padrões estanques e investindo na superação da
classificação e da exclusão, na medida em que busca visualizar cada sujeito em suas
peculiaridades no processo de aprendizagem.
Avaliar nesta nova ética é perquirir o sentido da construção realizada, da
consciência crítica, da autocrítica, do autoconhecimento, investindo na autonomia,
autoria, protagonismo e emancipação dos sujeitos. Evidentemente que nessa perspectiva
está presente o trabalho continuo de replanejamento do processo de ensino posto que tal
concepção produz impactos na sala de aula e não somente sobre o processo de
aprendizagem do aluno. Portanto, deve assumir caráter educativo, viabilizando ao
estudante apropriar-se do seu processo de aprendizagem e, ao professor e à escola, a
análise aprofundada do processo dos alunos, oportunizando replanejamento e
reorientação de atividades em outros espaços e tempos.
A avaliação neste sentido tem as funções:
Diagnóstica: favorecendo o planejamento, organiza o trabalho do professor,
oportunizando novas estratégias e alternativas, assim como possibilita ao aluno
verificar seu nível de desenvolvimento;
Formativa: destinando-se a informar a situação em que se encontra o educando, no
que se refere ao desenvolvimento de suas aprendizagens. Contempla a auto-avaliação
do aluno, do grupo, da turma e dos educadores;
Contínua e cumulativa: considerando a construção do conhecimento do aluno, como
um todo, coerente e significativo. Deve apresentar situações de construção do
conhecimento de forma crescente em complexidade, tendo como parâmetro as
construções do próprio aluno.
7.2Avaliação do aluno.
A avaliação da aprendizagem, refletindo a proposta da escola expressa no
Projeto Político Administrativo Pedagógico visa o aprofundamento da formação
adquirida na etapa anterior da Educação Básica, isto é no Ensino Fundamental, e
consolidar as condições cognitivas necessárias para o prosseguimento dos estudos quer
para a vida cidadã ativa, quer para continuidade no Ensino Superior. Considerando que
o aluno é também o sujeito responsável pelo seu ato de aprender, a auto-avaliação do
aluno, associada à avaliação do professor, é uma estratégia fundamental para a
76
consistência do processo avaliativo. O sujeito constrói o seu conhecimento
consequentemente, constrói também sua avaliação, desta forma ninguém melhor do que
o próprio aluno para dizer o que está ou não aprendendo. A avaliação dos alunos com
Atendimento Educacional Especializado/AEE é construída de forma articulada com os
profissionais que realizam este atendimento, com o coletivo dos professores da escola
de modo a, respeitando as especificidades dos alunos, favorecer o pertencimento ao
grupo em que estão incluídos.
Cabe ainda ressaltar que a avaliação como ponto de partida da aprendizagem
requer qualidade no processo avaliativo, para tanto é essencial qualificar os meios, os
instrumentos, as técnicas, e as metodologias recriando e reinventando o ato pedagógico,
em dois momentos:
Nos Componentes Curriculares - a partir do espaço da sala de aula se configura
a construção inicial do conhecimento do aluno em cada Componente Curricular, em
interface com a auto-avaliação do aluno e;
Nos Projetos das Práticas Pedagógicas - a partir do planejamento, execução e
avaliação do Projeto, no seminário integrado, os professores responsáveis pela formação
profissional por meio dos instrumentos específicos de acompanhamento, em interface
com a auto-avaliação do aluno, estabelecerão a construção de conhecimento do aluno,
realizada por meio do Projeto.
Na avaliação realizada em cada componente curricular, independentemente da
forma de expressão dos resultados, o professor necessita utilizar vários instrumentos
para avaliar individualmente a aprendizagem do aluno, tais como: produções textuais,
gráficas estudo de casos, portfólios, questões dissertativas, produção de jogos lógicos,
registro de experimentação científica, elaboração e aplicação de roteiros de entrevistas,
produção de mapas, elaboração de diários de campo, construção de diários virtuais.
Na avaliação dos Projetos, realizada pelo/a professor/a responsável pelo
Seminário Integrado, além dos instrumentos citados na avaliação das disciplinas, o
aluno produzirá relatório ao final do Projeto Práticas Pedagógicas. Este instrumento,
assinalando as atividades realizadas e os conceitos apropriados, fundamentados no
trabalho de sala de aula, evidenciará, ao aluno e ao professor, o estágio do processo de
construção de cada aluno, ou de um coletivo de alunos. Portanto os projetos demarcarão
o ponto de partida, e algumas das possibilidades de chegada de indivíduos ou de
coletivos de aluno.
77
7.3 Avaliações do Estágio.
As atividades de avaliação do Estágio serão exercidas através da equipe de
orientação, a qual é constituída por educadores com formação profissional e experiência
na Educação Infantil e/ou anos iniciais do Ensino Fundamental.
O aluno que não demonstrar desempenho satisfatório no 1º mês de estágio, não
evoluindo no 2º mês, estará sujeito a intervenção, através da Comissão de Estágio,
retornando para as práticas de ensino na escola de formação. O mesmo fará o estágio no
semestre seguinte.
O aluno será considerado apto para a docência quando evidenciar, para a comissão do
estágio, o desenvolvimento das competências fundamentais do estágio.
7.4. Conselho de Classe Participativo.
O Conselho de Classe Participativo é uma reunião sistemática de professores e
alunos de uma turma, que necessita ocorrer antes da definição dos resultados parciais ou
finais, com a participação da equipe diretiva, com a finalidade de acompanhar o
desenvolvimento e a aprendizagem, individual e coletiva dos alunos. Constitui-se no
momento da reflexão de todas as áreas sobre o processo de aprendizagem da turma e do
aluno, e sobre a expressão da construção da aprendizagem, com a respectiva ação
propositiva para redefinição do trabalho docente.
É um espaço de discussão, de permanente construção dos processos de
conscientização, democratização, emancipação e de diálogo entre os envolvidos no ato
educativo, é instância do processo de gestão democrática.
Precedendo o momento do Conselho Participativo, a sala de aula no decorrer do
ano letivo, é o lugar onde ocorrem as relações: a criação de si mesmo e do outro e se
avança na construção da aprendizagem, e no qual ocorre a avaliação formativa. É o
espaço cotidiano, de ação-reflexão-ação, num processo de observação continuada, na
busca do autoconhecimento, num permanente processo de criação e recriação de si
mesmo.
7.5. Expressão dos Resultados na Construção da Aprendizagem do
Aluno.
A Expressão dos Resultados na Construção da Aprendizagem do aluno se dá
pelos conceitos a seguir descritos e são decorrentes de consensos, pela análise do
78
desenvolvimento da aprendizagem do aluno, construídos pelos professores nas reuniões
de Conselho de Classe, que ocorrem em dois momentos: durante o período letivo, ao
término de cada trimestre e ao final do ano letivo. O registro de desempenho do aluno
é constituído pela sua produção nas Áreas de Conhecimentos e nos Componentes
Curriculares da Formação Profissional, articulados pelos projetos das Práticas
Pedagógicas, decorrente da análise do desenvolvimento do trabalho escolar durante e ao
final do período letivo
Com a síntese desta construção, o coletivo dos Professores das Áreas de
Conhecimento, e dos Componentes Curriculares da Formação Profissional, em interface
com a auto avaliação do aluno, após o planejamento, a execução e a avaliação do
desempenho do aluno no seu processo de construção do conhecimento, estabelece, por
consenso, como expressão do Resultado Parcial (trimestre) e Final, para Ensino Médio
Curso Normal e Curso Normal – Aproveitamento de Estudos a seguinte formulação:
Construção Satisfatória da Aprendizagem (CSA) – expressa a construção de
conceitos necessários para o desenvolvimento dos processos da aprendizagem,
embasados na apropriação dos princípios básicos, desenvolvidos na formação geral
- das áreas do conhecimento, na parte diversificada e na formação profissional,
relacionados no Plano de Trabalho do Professor. É atribuída trimestralmente e ao
final do período letivo. Este conceito ao final do período letivo resulta na
APROVAÇÃO DO ALUNO.
Construção Parcial da Aprendizagem (CPA) – expressa construção parcial de
conceitos sobre o desenvolvimento dos processos da aprendizagem, embasados na
apropriação dos princípios básicos, desenvolvidos na formação geral - nas áreas do
conhecimento, na parte diversificada e na formação profissional, relacionados no
Plano de Trabalho do Professor. É atribuída trimestralmente e ao final do período
letivo. Durante o período letivo este conceito encaminha o aluno às atividades de
Plano Pedagógico Didático de Apoio (PPDA). Ao final do período letivo o aluno
que recebe como resultado final o conceito CPA em uma área de conhecimento ou
um componente curricular da formação profissional está aprovado, devendo realizar
o PPDA; o aluno que receber CPA ou CRA em apenas uma área de conhecimento
da formação geral ou em um componente curricular da formação profissional, mas
com características de dificuldades mais complexas, é considerado CPA, e está
aprovado com PROGRESSÃO PARCIAL, devendo realizar o PPDA, construído a
partir do parecer elaborado no Conselho de Classe.
79
O aluno promovido com Progressão Parcial no final do 1º e do 2º ano será
submetido ao Plano Pedagógico Didático de Apoio. Ao final do 3º ano, o aluno será
encaminhado ao PPDA na alternativa de Estudos Prolongados.
Ao final do ano letivo o aluno que receber CPA, em mais de uma área de
conhecimento ou em mais de um componente curricular da formação profissional é
considerado com CRA e está reprovado.
Construção Restrita da Aprendizagem (CRA) – expressa a restrição, circunstancial,
na construção de conceitos para o desenvolvimento dos processos da aprendizagem,
embasados na apropriação dos princípios básicos desenvolvidos na formação geral-
áreas de conhecimento, na parte diversificada e na formação profissional, relacionados
no Plano de Trabalho do Professor. É atribuída trimestralmente e ao do final do período
letivo. No decorrer do ano letivo o aluno com CRA deve ser submetido a atividades
constantes no Plano Pedagógico Didático de Apoio.
No final do ano, se este conceito for atribuído ao aluno em apenas uma área do
conhecimento ou num componente curricular da formação profissional, nos
resultados finais transforma-se em CPA e o aluno é APROVADO com Progressão
Parcial.
No final do ano, se este conceito for atribuído ao aluno em mais de uma área de
conhecimento ou mais de um componente curricular da formação profissional,
determina retenção, e o aluno está REPROVADO.
Considerando que o aluno constrói seu conhecimento em diferentes espaços e
tempos, a escola deve possibilitar uma retomada dos resultados do ano anterior,
para os alunos que tiveram CRA, levando em conta a possibilidade de que, entre os
períodos letivos, tenha construindo as aprendizagens necessárias, e que demonstre a
superação de suas dificuldades. Neste caso justifica-se que a esse aluno sejam
oportunizados mecanismos que possibilitem a continuidade de seus estudos na
turma de origem, ainda que permaneça indicativo de PP (CPA com PP/PPDA).
Neste caso, utilizam-se os procedimentos próprios dos Estudos de Recuperação.
A avaliação dos alunos com Atendimento EducacionalEspecializado/AEE é
elaborada, trimestralmente, através de Parecer Descritivo Específico.
80
7.6. Estudos de recuperação.
Mesmo partindo do pressuposto de que todo o aluno é capaz de realizar
aprendizagens ocorrem, em alguns casos, situações circunstanciais que interferem e
restringem a possibilidade de aprendizagens. As aprendizagens dependem de condições
mínimas, que quando ausentes ou precárias, devem ser identificadas e oportunizadas a
sua superação, através do Plano Pedagógico Didático de Apoio – PPDA, no menor
tempo possível, pelo coletivo da escola, da família e da sociedade.
A escola oferece atendimento simultâneo ao processo de aprendizagem,
desenvolvido pelos professores. Em casos de acentuada necessidade de investigação e
intervenção pedagógica no processo de construção do conhecimento do aluno, será
ofertado atendimento específico e, nas situações de caso de AEE, em sala de
atendimento educacional especializado. Os estudos estão vinculados com as
superações necessárias, mediante sequência de ações relacionadas no replanejamento e
aprofundamento dos estudos, através do Plano pedagógico Didático de Apoio - PPDA.
O PPDA – Plano Pedagógico Didático de Apoio se constitui em um conjunto de
atividades pedagógicas específicas para o aluno planejadas, executadas e acompanhadas
pelos professores tendo por objetivo a superação das dificuldades constatadas e
registradas no Parecer Descritivo, por ocasião do Conselho de Classe.
7.7. Progressão parcial.
A Progressão Parcial será proporcionada ao aluno que apresentar ao final do
ano, o conceito Construção Parcial de Aprendizagem (CPA), em uma área do
conhecimento da Formação Geral ou em um componente curricular da Formação
Profissional. Neste caso o aluno será promovido para o ano seguinte, devendo
submeter-se a um Plano Pedagógico Didático de Apoio (PPDA). Cabe reafirmar que o
PPDA é de responsabilidade do coletivo dos professores da área do conhecimento ou do
componente curricular da Formação Profissional, tanto no planejamento, como na
execução e avaliação do trabalho que será desenvolvido nos espaços específicos dos
componentes curriculares. Esse atendimento, visando à superação das dificuldades
apresentadas, terá o prazo máximo do período letivo em curso.
A progressão parcial é sempre acompanhada do Plano Didático Pedagógico de
Apoio, o qual é desenvolvido ao longo do período letivo, na mesma turma e turno que o
aluno frequenta e se estende conforme a necessidade do aluno. Tendo seu término
81
quando da superação da dificuldade pedagógica, no máximo, no período letivo em
curso.
Nos casos de acentuada necessidade de investigação e intervenção pedagógica no
processo de construção do conhecimento do aluno, será ofertado atendimento específico
e, nas situações de caso de AEE, em sala de atendimento educacional especializado.
7.8. Estudos Prolongados.
Os estudos de Recuperação Prolongados são oferecidos para os alunos do último
período do ensino médio – Curso Normal que não atingiram a construção satisfatória
em uma área do conhecimento ou de um componente curricular de formação
profissional. Nesse caso, não há expressão final da construção da aprendizagem, ficando
em aberto o ano letivo. Esses estudos são desenvolvidos simultaneamente às atividades
normais do próximo período letivo e devem constar no Calendário Escolar. O tempo
destinado, a metodologia e avaliação são partes do Plano Pedagógico Didático de
Apoio, trabalho elaborado pelo professor a partir do diagnóstico onde constem as
aprendizagens já realizadas e as defasagens apresentadas pelo aluno que opta por
usufruir dessa possibilidade.
7.9. Classificação do Aluno.
A classificação do aluno do Ensino Médio – Curso Normal será feita por:
Promoção: para alunos que construíram as aprendizagens com aproveitamento
satisfatório ou parcial no ano anterior na própria escola.
Transferência: para alunos oriundos de outras escolas respeitando a avaliação da escola
de origem.
7.10. Avanço.
O avanço escolar é uma estratégia que oportuniza, aos alunos com ritmos de
aprendizagem diferenciados, avançar em anos para a fase de estudo superior àquela em
que se encontra matriculado, demonstrado através do domínio da construção de
conhecimento e de maturidade. É responsabilidade de a escola identificar estes alunos e
propiciar oportunidades de avanço na medida de suas capacidades e esforços.
82
7.11. Controle de Frequência.
A freqüência mínima estabelecida corresponde a 75% do total de horas letivas para
aprovação. Os educandos não amparados legalmente e sem justificativa, se encontrarem
infreqüentes serão procurados e alertados sobre a importância da sua presença para a
construção do conhecimento e a necessidade de sua permanência na escola, e aos
menores de 18 anos na reincidência, será utilizada a FICAI, junto à família, e o
encaminhamento da ficha ao Conselho Tutelar e os demais trâmites, conforme este
instrumento.
O zelo pela freqüência é responsabilidade de toda a comunidade escolar.
O controle de freqüência far-se-á a partir da data da efetivação da matrícula, sendo
exigida freqüência mínima de 75% do total da carga horária.
7.11.1. Atividades Complementares de Infrequência.
As atividades complementares de infrequência são atividades presenciais,
realizadas dentro do período letivo, oferecidas aos alunos infrequentes, com o objetivo
de resgatar as aprendizagens que não foram realizadas naquele período, e para que não
se comprometa a sequência de estudos dos alunos.
São registradas em lista de controle específica, constando atividades de estudo
que o aluno não participou e deve resgatar, conforme plano específico.
As atividades complementares de infrequência devem atender aos alunos que se
encontrarem no limite mínimo de frequência estabelecido pela lei e são oferecidas,
também, àqueles que, por ausência justificada, tiveram sua aprendizagem interrompida.
7.12 Avaliação do Professor
A sistemática de avaliação do professor será realizada observando os critérios
definidos pela Secretária Estadual de Educação e conforme diretrizes elegislação
vigente.
7.13. Avaliação da Escola
A avaliaçao da Escola se dará através de questionários e debates sobre os
resultados dos mesmos, provindos dos vários segmentos da escola, CPM, Conselho
Escolar, professores, Equipe Gestora, alunos e Funcionários, servindo de base para a
organização do plano de ação.
83
8 Apoio Pedagógico
8.1. Biblioteca
A instituição dispõe de amplo acervo bibliográfico, adequado às necessidades
didático-pedagógicas, mantendo a atualização literária de acordo com a disponibilidade
de recursos.
A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo à disposição de
toda a comunidade escolar. A biblioteca tem Regulamento específico, elaborado pela
equipe pedagógica e aprovado pelo Conselho Escolar, no qual consta sua organização e
funcionamento.
A biblioteca estará sob a responsabilidade de integrante do quadro técnico-
administrativo, indicado pela direção, o qual tem suas atribuições especificadas neste
Regimento Escolar.
A Biblioteca é um órgão de enriquecimento da educação integral e tem como
objetivos:
a) criar um espaço de atividades, culturais e de acesso ao conhecimento
atendendo
aos diferentes níveis de ensino;
b) apoiar o desenvolvimento do currículo, atendendo a interdisciplinaridade;
c) incentivar o desenvolvimento da leitura;
d) atender às necessidades de informação da comunidade.
8.2. Laboratório de Ciências da Natureza
O Laboratório de Ciências, objetiva integrar o ensino teórico ao ensino
experimental, desenvolvendo no educando, as capacidades de análise, reflexão,
aplicação e criatividade, com o uso da metodologia científica, numa atitude constante de
pesquisa, para um melhor serviço à comunidade humana.
8.3. Laboratório de Informática Educacional
O Laboratório de Informática Educacional, tem a função de coordenar as
atividades
84
educacionais, como meio de instrumento e desenvolvimento do raciocínio lógico do
educando, de recurso didático facilitador da aprendizagem e de discernimento no uso
dos meios de comunicação social.
8.4. Sala de Recursos
As salas de recursos são ambientes dotados de equipamentos, mobiliário e
material didático pedagógico para a oferta do atendimento educacional especializado,
sendo realizado um trabalho através de um profissional habilitado.
8.5 Sala-oficina
A instituição de ensino dispõe de ambiente adequado para a confecção de
recursos audiovisuais e outros necessários ao processo educativo.
8.6 Sala-ambiente para Arte
A sala- ambiente para arte tem o objetivo de favorecer o desenvolvimento do
senso estético nas dimensões gráfica, plástica, musical e cênica.
8.7 Sala experimental
Os espaços físicos disponíveis caracterizam-se passíveis de adequação às
condições necessárias, onde podem desenvolver-se as experiências de ensino,
permitidas a observação e o acompanhamento dessas atividades, sem interferência
direta, com equipamento eletrônico apropriada a mesma.
8.8 Salas de reuniões para estagiárias
A instituição dispõede um espaço físico amplamente distribuído, para
oportunizar a reflexão, debate e trocas de experiências entre as estagiárias de forma
lúdica e criativa.
9. Ingresso, Matrícula e Transferência.
A educação escolar é um direito social, e representa um componente necessário
para o exercício da cidadania e para as práticas sociais. Na perspectiva da
85
universalização do ensino, o ingresso atende a toda comunidade sem discriminação, em
especial nas situações de atendimento educacional especializado.
A matrícula e rematrícula são realizadas conforme determinação da mantenedora,
mediante instrumento próprio, assinado pelos pais, responsáveis ou pelo aluno, se
maior de idade, em que este(s) declara(m) aceitar as normas regimentais, que
deverão ser disponibilizadas pela escola para ciência do seu teor.
9.1. Admissão de Alunos Novos
Os alunos admitidos, independentemente de escolarização anterior, são
avaliados pela escola, definindo-se o seu grau de desenvolvimento experiência para
que se proceda sua inscrição na série adequada conforme regulamentação do sistema
de ensino, sendo que o controle da frequência passa a ser feito a partir da data da
efetiva matrícula do aluno. Quando o número de candidatos for superior às vagas
ofertadas pela escola será realizado sorteio público.
9.2 Admissões de Alunos por Transferência
A matrícula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento de ensino,
conferindo-lhe a condição de aluno e podendo ser realizada a qualquer tempo, seguindo
as orientações da mantenedora.
É vedada a cobrança de taxas e/ou contribuições de qualquer natureza vinculadas
à matrícula;
O estabelecimento de ensino assegura matrícula inicial ou em curso, conforme
normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da Secretaria Estadual de
Educação do RS. Regula-se pela disponibilidade de vagas, de acordo com o espaço
físico e recursos humanos.
No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável será informado sobre o
funcionamento do estabelecimento de ensino e sua organização, conforme o Projeto
Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Estatutos e Regulamentos Internos.
A matrícula na escola compreende:
Admissão de alunos novos;
Admissão de alunos novos por transferência;
Rematrícula;
86
Se as inscrições para matrículas forem superiores ao número de vagas oferecidas
pela escola, a admissão de alunos novos é através de sorteio.
São admitidos alunos por transferência, no transcorrer do primeiro trimestre do período
letivo, possibilitando o ingresso de alunos egressos de outras instituições, bem como a
transferência de alunos da escola para outros estabelecimentos.
9.2.1 Documentação Recebida
A admissão de alunos por transferência, egressos de outras escolas, fica condicionada à
existência de vaga – comprovada por atestado - e a apresentação dos seguintes
documentos:
Histórico Escolar com declaração de conclusão do(s) ano(s), ou de acordo com a
organização curricular da escola de origem.
Comprovante do ano em curso: considerando avaliação relativa ao período letivo
já transcorrido e adotando a expressão da construção de conhecimento do aluno, a partir
de seu ingresso na escola, conforme Regimento Escolar para qual o educando se
transferiu.
Para a matrícula do aluno será solicitado da escola de origem, relatório de desempenho
contendo informações sobre o desenvolvimento curricular do aluno.
9.2.2 Documentação Emitida
Aos alunos que solicitem transferência para outros estabelecimentos de ensino
será fornecido, conforme o caso:
Histórico Escolar do ano cursado, de acordo com a organização curricular da
escola;
Declaração que comprove a situação escolar do aluno no ano em curso.
Relatório de Desempenho – a escola fornece informações sobre o
desenvolvimento curricular do aluno que permitam sua adequação na escola para qual
for transferido.
Declaração de conclusão de ano.
Para o aluno que apresentar Construção Parcial de Aprendizagem – CPA, e estiver
realizando Progressão Parcial, através dos estudos do Plano Pedagógico Didático de
Apoio - PPDA deve ser garantida a revisão da expressão da construção da
87
aprendizagem por Conselho de Classe convocado para este fim, antes da efetivação de
sua transferência para outra escola.
9.3 Documentação Conclusão de Curso:
Ao aluno que conclui o Curso Normal sem a realização do estágio profissional é
expedido o Certificado de Terminalidade Específica do Ensino Médio e Histórico
Escolar em duas vias.
Ao aluno que conclui o Curso Normal com realização do estágio profissional é
expedido o Diploma de Professor para atuar na Educação Infantil e Anos Iniciais do
Ensino Fundamental e Histórico Escolar em duas vias.
Os certificados e diplomas são expedidos em conformidade com a legislação vigente.
Para alunos com deficiência é expedido Certificado de Conclusão do Ensino Médio e
Histórico Escolar, acompanhado de parecer descritivo, em duas vias.
9.4 Estudos de Adaptação Curricular
O educando, proveniente de outra escola por transferência, é submetida à
adaptação de estudos, sob coordenação da Orientação Pedagógica, quando for
necessário o ajustamento e acompanhamento do novo currículo, Essa adaptação
inclui recuperação de objetivos, conteúdos não desenvolvidos e disciplinas não
cursadas, é feita mediante utilização de diferentes formas, quais sejam aulas
regulares ou trabalhos, pesquisas, etc., podendo efetivar-se paralelamente ao curso
regular na instituição. O processo de adaptação não precisa, necessariamente, ser
concluído no mesmo período letivo, porém seus registros deverão constar na ficha
individual do educando, na secretaria da escola.
9.5Reclassificação do Aluno
A escola adota o processo de reclassificação, inclusive para os alunos que
ingressarem, por transferência entre estabelecimentos situados no país e no exterior,
com organização curricular diferenciada, tendo por base as normas curriculares gerais.
È realizada por meio de análise das aprendizagens e experiências do aluno, com base
nos planos de estudo que fazem parte da organização escolar, com o propósito de situar
o aluno no nível do estágio de seu desenvolvimento.
88
9.6. Aproveitamento de Estudos
Para o aluno que ingressa por transferência, a escola deve aproveitar os seus
estudos concluídos com êxito, os quais significam o encerramento de uma sequência
curricular no nível médio, analisados pela Coordenação Pedagógica.
9.7. Disposições Gerais
Os casos omissos no Regimento Parcial serão analisados pelo Conselho escolar
e, se necessário, encaminhados aos órgãos superiores competentes.
A proposta de alteração de regimento é submetida à aprovação do Conselho Estadual
de Educação.
Todo ato que modifique disposições deste regimento, tem aplicação imediata.
89
REFERÊNCIAS
- Projeto Político Pedagógico - Instituto Estadual de Educação Bernardino Ângelo.
Dom Pedrito, 2012.
- Regimento Escolar Ensino Médio Curso Normal do Instituto Estadual de Educação
Bernardino Ângelo. Dom Pedrito, 2012.
- Disponível em :
http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp?artig=artigo005
6 - Educacional - Acesso em: 02-07-2014, 16h 20mim
- Disponível em:
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/materias_296037.shtml - Educar
para Crescer - Acesso em : 02-07-2014 , 14h 35min
- Disponível em:
https://www.google.com.br/maps - Google Maps - Acesso em: 02-07-2014, 16h