SISTEMA MUSCULAR
O tecido muscular é de origem mesodérmica (camada média,
das três camadas germinativas primárias do embrião, da qual
derivam os tecidos conjuntivo, ósseo, cartilaginoso, muscular, o
sangue) e tem como caracteristicas :
Propriedade de contração e distensão de suas células,
determinando a movimentação dos membros e das vísceras.
Há basicamente três tipos de tecido muscular: liso, estriado
esquelético e estriado cardíaco.
MÚSCULOS
MUSCULO LISO - Músculo involuntário, mediado
pelo sistema nervoso autônomo.
MUSCULO ESTRIADO - Músculo voluntário,
inervado pelo sistema nervoso central .
MUSCULO CARDÍACO - necessita de controle
voluntário, inervado pelo sistema nervoso vegetativo .
MUSCULATURA ESQUELÉTICA
O sistema muscular esquelético é constituído por:
maior parte da musculatura do corpo, formando o
que se chama popularmente de carne.
recobre totalmente o esqueleto e está presa aos
ossos, sendo responsável pela movimentação
corporal.
DOENÇAS DO SISTEMA
MUSCULO ESQUELÉTICO:
Artrite reumatóide;
Tendinite;
Bursite;
Lúpus eritematoso;
Artrite bacteriana;
Febre reumática;
Osteomielite;
Fibromialgia;
Osteoporose
São inflamações que afetam a articulação
em ossos, cartilagens, ligamentos e tendões.
Manifestações clínicas mais frequentes:
dor, edema de articulação, movimento
limitado, rigidez, fraqueza e fadiga.
Doenças reumáticas
Lúpus Eritematoso
• O Lupus Eritematoso (LE) é uma doença auto-imune,
• Uma alteração do nosso sistema imunológico que passa a produzir anticorpos contra nossas próprias células,
• Provocando inflamação e danificando os nossos órgãos, entre eles, a pele.
• A causa desse desequilíbrio imunológico é desconhecida.
Lupus
• Frequência em mulheres jovens, sendo os homens pouco afetados.
• Uma característica importante é a fotossensibilidade.
• A luz solar pode provocar o surgimento ou agravar as lesões cutâneas, que situam-se principalmente nas áreas da pele expostas ao sol.
• pode desencadear o surgimento da doença é o estresse emocional intenso.
Manifestações clínicas
Afeta somente a pele e é conhecida como LE cutâneo discóide ou LE crônico.
Outra forma, mais grave, é o LE sistêmico ou agudo, na qual ocorre o acometimento da pele e de órgãos internos.
Uma forma intermediária é o LE subagudo, que apresenta lesões cutâneas mais numerosas e um envolvimento menos grave dos órgãos internos.
Lupus
Na pele: lesões planas, de cor avermelhada, rósea ou violácea,
descamação e pequenos vasos sanguíneos dilatados na superfície e podem ter as bordas mais escuras.
Lesões antigas podem levar à atrofia cutânea ( cicatrizes com perda da cor da pele e dos pêlos).
Situam-se com maior frequência nas regiões da pele expostas à luz solar, principalmente na face.
Quando ocupam as regiões malares (maçãs da face) e o nariz, podem adquirir um formato de "asa de borboleta", característico da doença.
•Outros locais: orelhas, os lábios e o couro cabeludo, onde podem provocar queda dos cabelos de forma definitiva (alopécia cicatricial). •Com menor frequência, ocorrem no tórax (colo ou V do decote), ombros, antebraços e mãos. •No LE sistêmico, além das lesões cutâneas, há febre e dores articulares. •Outras alterações : anemia, convulsões, inflamação das membranas que envolvem o pulmão e o coração, e distúrbios renais.
Para se diagnosticar a doença, é necessário realizar biópsia da pele, exames de sangue e de urina, radiografia de tórax e, eventualmente, outros exames, de acordo com os sintomas apresentados.
Tratamento
• Interromper a auto-agressão causada pelos anticorpos, diminuindo a inflamação.
• acompanhamento do paciente por vários especialistas, como dermatologista, reumatologista, nefrologista, hematologista e neurologista.
• Importante proteger-se da luz solar,
• As lesões de pele podem ser tratadas com medicação de uso tópico, sob a forma de cremes, pomadas e loções capilares.
Diagnósticos de Enfermagem
• Dor crónica relacionada com a inflamação das articulações e
das estruturas justarticulares.
• Impotência relacionado com a evolução imprevisível da
doença.
• Risco de lesão da integridade da pele/mucosa oral devido às
lesões cutâneas/orais.
• Fadiga devida ao processo inflamatório crónico.
• Alteração da diurese devida ao comprometimento renal.
Intervenções de Enfermagem
• Reduzir a dor com aplicações frias e de calor com analgésico.
• Administrar medicamentos para reduzir a atividade da doença e outros analgésicos e ensinar a sua auto-administração, segundo a prescrição.
• Instruir o paciente para evitar os fatores que podem exacerbar a doença, como:
Evitar a exposição à luz solar e à luz ultravioleta.
Intervenções de Enfermagem
Orientar quantos a exposição prolongada ao sol, usar filtro solar e roupas leves e com mangas cumpridas;
Evitar a exposição a drogas/substâncias químicas
- Spray para cabelos.
- Tintas para cabelos.
Ensinar a auto-administração de agentes farmacológicos para reduzir a atividade da doença.
• Incentivar boa nutrição, hábitos de sono, exercícios, repouso e relaxamento para melhorar a saúde geral e ajudar a impedir a infecção.
• Incentivar a discussão dos sentimentos, o aconselhamento ou encaminhamento ao assistente social, à terapia ocupacional, conforme necessário.
Intervenções de Enfermagem
• Manter a integridade da pele e das mucosas
• Aplicar corticoesteróides tópicos nas lesões cutâneas segundo
prescrição.
• Sugerir cortes de cabelo alternativos e uso de perucas para
cobrir áreas significativas de alopécia.
• Reduzir a fadiga
• Avisar o paciente que o nível de fadiga oscilará de acordo com
a atividade da doença.
Intervenções de Enfermagem
• Incentivar o paciente a modificar o seu horário, de forma a incluir vários períodos de repouso durante o dia; graduar a atividade e o exercício de acordo com a tolerância do organismo; usar técnicas de conservação de energia nas atividades do quotidiano.
• Ensinar técnicas de relaxamento como respiração profunda, relaxamento muscular progressivo e imaginação para diminuir o stress emocional que causa fadiga.
• Monitorizar a ingesta e eliminação de urina, bem como a densidade urinária específica.