UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIA DE MARKETING COM FOCO
EM PRODUTOS ARTESANAIS.
Por: Veronica Siciliano
Orientador; Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2016DOCUMENTO P
ROTEGIDO P
ELA LE
I DE D
IREITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIA DE MARKETING COM FOCO
EM PRODUTOS ARTESANAIS.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Varejo.
Por: . Veronica Siciliano
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus amigos de sala,
de trabalho e pessoais
que fazem parte da historia do Limão
Siciliano.
4
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais e amigos.
5
RESUMO
Esta pesquisa se faz valer para o aprimoramento e abertura de
horizontes ainda não trabalhados pela empresa Limão Siciliano em seu setor
de Marketing.
O marketing da empresa baseia-se no boca-a-boca e nas redes sociais.
Este impresso vem com objetivo de otimizar estas ferramentas.
Se a arte e o artesanato possuem um local específico dentro da
sociedade, desempenhando cada um o seu papel, é importante introduzir
neste trabalho a noção de centro / periferia para uma melhor compreensão do
objeto aqui em estudo e de seus significados.
Apontaremos a questão do local em que a arte e artesanato são
realizados (enquanto obra), em que são comercializados, em que são
consumidos, em que são estudados, em que são analisados. A arte e o
artesanato são antes de tudo o trabalho de pessoas que, com finalidades
diversas, realizam algo.
Novas práticas serão sugeridas para o marketing da marca seguindo
critérios de possibilidades hoje e também serão citados caminhos para o um
futuro com mais recursos disponíveis para um crescimento e conhecimento do
publico da marca.
Bem como uma nova marca, um novo pensamento para o nome Limão
Siciliano se fixar na mente das pessoas.
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METODOLOGIA
A metodologia recorrida foram artigos de jornais e revistas bem como
coleta de dados.
A observação e vivencia diária com as dificuldades e oportunidades do
objeto de estudo.
A metodologia se desenvolve por pesquisas em revistas onde constam
detalhes sobre o titulo da pesquisa
E livros com temas sobre cultura, artesanato e marketing como meio de
obter novas informações para conceitos e serviu como base para elaborar a
tese de novos caminhos de marketing que a empresa deva tomar a partir do
fechamento desta pesquisa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O que é artesanato 10
CAPÍTULO II - O artesanato na atualidade 15
CAPÍTULO III - Proposta de Marketing 26
para o Limão Siciliano CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
ÍNDICE 35
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INTRODUÇÃO O artesanato no Brasil nunca esteve tanto em evidencia como hoje.
Iremos ver nesta pesquisa no capitulo I os conceitos de artesanato
como é aplicado e como é visto pelos autores bem como conceito de
marketing e conceito de sabonetes artesanais; o que são e como são feitos.
Antigamente o artesanato era um feito de pessoas que queriam fazer
um “bico” e assim ter alguma renda a mais do que seu trabalho. Onde se
trabalhavam em casa, sozinhos ou com ajuda de algum familiar.
Hoje isso mudou temos empresários de sucesso que dão depoimentos
de como conseguiram alcançar o sucesso através de seu trabalho como
artesão.
No capitulo II, poderemos ver quais os caminhos que o artesanato
tomou na atualidade, qual seu “status” sua forma de trabalho, bem como a
apresentação de um caso de sucesso como o do Peter Paiva. Compete
também ao campo sociológico o estudo das relações de trabalho e de suas
implicações sociais. As relações de trabalho são importantes e devem ser aqui
observadas dado que, na produção da arte e/ou do artesanato, quando esta
produção envolver mais que uma pessoa, haverá entre elas uma relação social
que ali estará diretamente determinada pelo trabalho executado.
A globalização é um fato que redimensionou as noções de espaço e
tempo. Em segundos, notícias circulam no mundo, capitais são transferidos
eletronicamente, fenômenos locais afetam outros países, assim como
fenômenos mundiais atingem diferentes localidades.
Esta pesquisa é um estudo do caso da empresa Limão Siciliano, a
empresa ainda é um “bebê” em se tratar de tempo de mercado, pois abriu suas
portas em junho de 2013. Por se tratar de uma empresa familiar ainda tem
seus obstáculos com o mercado e o marketing.
O foco da empresa são encomendas para casamentos e
aniversariantes.
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Para concretizar esse objetivo a pesquisa de marketing hoje quase não
existente e esta pesquisa através do no Capitulo III, veem para dar um norte a
esta microempresa.
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CAPÍTULO I
O QUE É ARTESANATO
O CONCEITO ...Deus é maior que todos os obstáculos.
Podemos dar inúmeras definições para artesanato. Uma delas,
de Eduardo Barroso do livro Identidade Cultural e Artesanato,p.53 - 2000. é a
seguinte:
“O artesanato é uma das atividades mais antigas do ser humano, mas é de difícil definição. Técnicos, pesquisadores e acadêmicos tentam identificar o artesão e o artista. Um curso do designer gráfico Eduardo Barroso Neto tenta aproximar o leitor do que realmente é o artesanato.
Toda atividade produtiva de objetos e artefatos realizados manualmente, ou com a utilização de meios tradicionais ou rudimentares, com habilidade, destreza, apuro técnico, engenho e arte pode ser chamada de artesanato. Essa definição foi apresentada por Barroso Neto no Seminário Internacional Design sem Fronteiras, em 1996, na cidade de Bogotá na Colômbia. A intenção é desmistificar a ideia de que o artesanato é um ofício puramente manual, e que necessita de inovação e criatividade.
O artesanato pode ser caracterizado a partir de sua finalidade até as matérias-primas utilizadas para a confecção das peças. O artesanato de grande escala tem menos valor cultural que a arte popular, o artesanato indígena e o artesanato tradicional..”
O artesanato é uma técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. Normalmente, os artesanatos são fabricados por famílias, dentro de sua própria casa ou em uma pequena oficina. Tal técnica é praticada desde o período antigo, denominado Neolítico, quando poliam pedras para fabricar armas e objetos de caça e pesca, cerâmica para guardar alimentos e tecelagem para fabricar redes, roupas e colchas.
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Não se pretende aqui esgotar-se todo um embasamento teórico do campo sociológico - que também estuda o mesmo assunto - mas, antes disto, fornecer - através da exposição de alguns conceitos - algumas diretrizes na condução da empreitada aqui proposta.
Por razões metodológicas, se no presente trabalho - que se propôs na exposição de conceitos diversos - houve um excesso de citações, compondo uma verdadeira compilação, o mesmo foi intencional, tendo-se em vista a procura da fidelidade ao pensamento e às palavras apresentadas pelos autores estudados, sem perder o tom investigativo e reflexivo aqui anteriormente proposto.
A partir da Revolução Industrial, que iniciou na Inglaterra, o artesanato foi fortemente desvalorizado, deixou de ser tão importante, já que neste período capitalista o trabalho foi dividido colocando determinadas pessoas para realizarem funções específicas, essas deixaram de participar de todo o processo de fabricação. Além disso, os artesãos eram submetidos à péssimas condições de trabalho e baixa remuneração. Este processo de divisão de trabalho recebeu o nome de linha de montagem
Se o conceito de arte, na época atual, é produzido e consumido dentro dos grandes centros, o mesmo corre o risco de reduzir-se apenas a eles mesmos (enquanto centros), ignorando o fato de que o artesanato - enquanto obra e qualquer que seja ele - é fruto do trabalho de pessoas que o consideram sua arte pois é fruto de sua produção, de seu conhecimento próprio e de sua cultura. Observa-se que esta colocação é apontada tendo em vista dois grupos sociais distintos - artistas e artesãos - com características, produções e conceitos também distintos.
Não se pode mais, dentro do contexto do Brasil e da América Latina relacionar o artesanato apenas às áreas distantes dos grandes centros urbanos. Com a migração das populações, e a mudança de atividades dentro das áreas urbanas, a atividade do artesanato é hoje realizada não só nas periferias dos grandes centros mas também dentro de sua própria área urbana. Dentro de contexto contemporâneo - não apenas por ter deslocado o seu lugar de realização - o artesanato já incorporou elementos de outras culturas, verificando-se características que estão além de sua matriz original.
Hoje, o artesanato voltou a ter prestígio e importância. Continua a buscar elementos naturais para desenvolver suas peças originadas do barro, couro, pedra, folhas e ramos secos entre outros. Em todas as regiões é possível encontrar artesanatos diversificados originados a partir da natureza típica do local e de técnicas específicas.
O artesanato é reconhecido em áreas como a de bijuterias, bordados, cerâmica, vidro, gesso, mosaicos, pinturas, velas, sabonetes, saches, caixas variadas, reciclagem, patchwork, metais, brinquedos, arranjos, apliques, além de várias técnicas distintas utilizadas para a fabricação de peças.
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Por fim, apresentar os conceitos de arte e artesanato, dentro de um contexto sociológico, não é tarefa das mais fáceis. Tal tarefa surge aqui como um conflito, mas todo conflito se torna inevitável e é sempre útil na medida em que define questões.
O que realmente são? Os mesmos se opõe? Quais as suas finalidades ou as suas especificidades? Onde são produzidos? Seus espaços? Seus públicos? A quem se destinam? Em que contexto devem ser inseridos? Talvez a formulação destas perguntas possam até mesmo ser uma das respostas para o presente trabalho.
Definir arte na atualidade é, antes de tudo, retomando o conceito de Duchamp, apontá-la como um espaço apropriado para a produção visual do século XX.
A forma como é apresentada e/ou consumida determina um local definido para compreender também a sociedade e a forma de sua organização.
Sobre o artesanato, que utiliza-se de matrizes que transformam-se com o decorrer da modernidade, não pode-se dizer que possui menor criatividade que a arte. O mesmo, produzido por determinados grupos coletivos, ou indivíduos isolados dentro do tecido urbano, relaciona-se diretamente a um sentido prático do que e para que é feito - função determinada quando são produzidos - que pode ser, por seu usuário (público), posteriormente modificada.
Nos dias atuais, se dentro de uma sociedade urbana, o local de consumo da arte e do artesanato pode ser definido por galerias, museus, mercados ou feiras, a definição e diferenciação do que é culto ou popular deve passar por uma avaliação mais criteriosa dada a circulação de informações dentro de uma sociedade inteiramente massificada definindo formas de expressão - na arte e no artesanato - que se nutrem de uma mesma base.
"O que é arte não é apenas uma questão estética: é necessário levar em conta como esta questão vai sendo respondida na interseção do que fazem os jornalistas e os críticos, os historiadores e os museógrafos, os marchands, os colecionadores e os especuladores. Da mesma forma, o popular não se define por uma essência a priori, mas pelas estratégias instáveis, diversas, com que os próprios setores subalternos constroem suas posições, e também pelo modo como o folclorista e o antropólogo levam à cena a cultura popular para o museu ou para a academia, os sociólogos e os políticos para os partidos, os comunicólogos para a mídia." (CANCLINI, p. 23 - 1997)
Deve-se ressaltar também que se arte e o artesanato realizam-se enquanto produção, ou atividade produtiva de determinado elemento cultural, os mesmos devem ser observados como fenômenos sócio-culturais distintos dadas as suas especificidades, apesar do visível paralelismo que se desenvolvem na atualidade.
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1.1 - Sabonetes artesanais
Os sabonetes comercialmente vendidos são na verdade detergentes
sintéticos. Em comparação, o Sabonete Artesanal é a forma pura e verdadeira
do sabonete. O sabonete artesanal é macio, rico, envolvente e calmante. Sua
espuma é densa e penetrante, ela deixa uma película emoliente na pele
tornando-a macia e sensual.
Os sabonetes artesanais não contêm detergentes sintéticos nem os
conservantes encontrados nos sabonetes comerciais. O uso dessas cargas
tem como objetivo prolongar seu prazo de conservação nas prateleiras das
lojas. Dos sabonetes comerciais é retirada a glicerina natural, proveniente do
próprio processo de fabricação de sabões, roubando do consumidor todos os
seus benefícios. A glicerina é um derivado de componentes graxos que elimina
a agressividade causada à pele presente nos sabonetes comuns.
Usado desde a cosmética antiga, permanecendo até hoje, como
elemento de uso obrigatório nas formulações que proporcionam profunda ação
hidratante. A glicerina é um umectante. Uma molécula de glicerina é criada
para cada três moléculas de sabão.
Os fabricantes de sabonetes comerciais retiram a glicerina do
sabonete e a revendem para a indústria de cosméticos e farmacêuticas. No
Sabonete Artesanal é naturalmente formada e permanece no sabonete. O
Sabonete Artesanal é naturalmente mais macio.
1.2 - Marketing
Nosso foco nesta pesquisa é o marketing nas mídias sociais onde a
estratégia pela qual nos valemos das principais redes sociais como
ferramentas de promoção de uma marca, divulgação de produtos ou serviços.
Certamente podemos utilizar este canal para diversas outras ações, como a
criação de um canal de atendimento ao cliente, por exemplo, mas no caso do
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social media marketing, o objetivo principal é justamente o de promoção de
produtos e serviços. Nas campanhas de marketing em redes sociais, os
profissionais de marketing digital fazem uso das ferramentas oferecidas pelas
redes como Facebook, Instagram, Twitter, Google+ e outras, dependendo do
caso e segmento de atuação da empresa.
Uma outra característica do social media marketing é trabalhar também
como marketing de relacionamento, onde o objetivo principal é criar, em
primeiro lugar, um ponto de contato com seus clientes em potencial, para só
depois introduzir, de forma muito sutil, a mensagem publicitária. Um dos
primeiros trechos do Cluetrain Manifesto, documento básico para quem deseja
trabalhar em mídias sociais, afirma que:
Mercados são conversações. Seus membros se
comunicam em uma linguagem que é natural,
aberta, honesta, direta. - Cluetrain Manifesto, p.11 -
1999.
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CAPÍTULO II
ARTESANATO NA ATUALIDADE
O CONCEITO
Dentro de um estudo que se propõe na compreensão dos fenômenos da
arte e do artesanato na época atual, a procura de um embasamento,
através da exposição de conceitos do universo das Ciências Sociais, pode
fornecer elementos que melhor direcionem - como suporte - a realização
deste trabalho.
Se a época atual é uma época de mutações - num acelerado processo
de globalização - o estudo da arte e do artesanato deve ser inserido dentro
deste contexto.
A compreensão da questão da América Latina, seu posicionamento
periférico e as modificações impostas pelos processos de migrações
populacionais e absorção e redimensionamento das diferentes culturas são
fatores que devem ser contados dentro deste processo.
A questão da cultura, e suas definições, são tratadas de forma
equivalente entre os autores aqui estudados.
A palavra cultura vem do latim - do verbo colo - que significa cultivar a terra.
MONTAGU, no estudo da antropologia, aponta que:
"a cultura é a criação conjunta do indivíduo e da
sociedade, que interagem mútua a reciprocamente,
para se servirem, manterem, sustentarem e
desenvolverem um ao outro." ( p. 131 - 1972)
E que:
"tudo o que um determinado grupo de
pessoas, que vivem junto como uma população em
funcionamento, aprendeu a fazer como seres
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humanos, o seu modo de vida, em suma, deve ser
considerado como cultura." (p. 14 - 1972)
BOSI segue no mesmo raciocínio, colocando que a cultura deveria ser
pensada como fruto de um trabalho, onde este trabalho - realizado como tal
- fosse parte fundamental deste processo.
Não adiantaria nada a um indivíduo se este, tendo determinado objeto,
apenas usufruísse do mesmo sem conhecer realmente aquilo que tem em
mãos. Ele teria o objeto mas não cultura (conhecimento sobre aquele
objeto). Seria necessário a ele conhecer os processos de construção
daquilo com que está lidando, ou os processos históricos que levaram à sua
criação.
"Obra significa exatamente trabalho, enquanto processo e enquanto
resultado" (BOSI, p. 40 -1998)
Numa análise da formação de uma determinada cultura, poderia ser ali
verificado que a mesma é, ou pode ser, constituída de diferentes tipos de
culturas conforme a sua origem. Poderíamos ali observar, como ainda
aponta BOSI, uma cultura erudita, uma cultura popular, uma cultura de
massas e uma cultura criadora - a partir de indivíduos ou grupos destes que
trabalham com a criação artística (não alinhavados diretamente com as
demais formas de cultura).
Se vivemos numa sociedade dividida em classes sociais, com
elementos com condições econômicas e educacionais distintas,
provenientes de diferentes lugares, cada um deles, ou cada grupo deles,
terá um saber próprio - independente dos meios de comunicação de massa
- que é compartilhado em seu grupo e com elementos fora dele. Este saber
poderá ser denominado sua cultura ou cultura popular.
Cultura popular "é a cultura que o povo faz no seu cotidiano e nas
condições em que ele a pode fazer ... Se o sistema social é democrático, se
o povo vive em condições - digamos razoáveis de sobrevivência - ele próprio
saberá gerir essas condições para que a sua cultura seja conservada."
(BOSI, p.44 - 1998)
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A cultura popular "remete a um amplo espectro de concepções e pontos
de vista que vão desde a negação (implícita ou explícita) de que os fatos por
ela identificados contenham alguma forma de saber, até o extremo de
atribuir-lhes o papel de resistência contra a dominação de classe."
(ARANTES, p. 7-1985)
"É importante salientar que se constituiu entre os
pesquisadores uma certa estereotipia no sentido de que a
grande maioria dos estudos sobre cultura popular versa
sobre atividades artísticas e/ou religiosas. Há uma razão
para isso, entretanto. Na verdade, essas esferas da
atividade social, entre outras (por exemplo, magia e
feitiçaria), são estratégicas para o estudo da cultura, na
medida em que são constituídas socialmente com
instâncias de reflexão e ação simbólica por excelência."
(ARANTES, p.59 - 1985)
Ao estudar a cultura popular de um povo, automaticamente, se estará
estudando o seu folclore.
A palavra folclore vem do inglês antigo - folklore - significando discurso
do povo, sabedoria do povo, conhecimento do povo. Este nome já foi, em
fins do século XIX, relacionado à "disciplina que se especializa no saber e
nas expressões subalternas." (CANCLINI, p. 209 - 1997)
A Carta do Folclore Americano, aprovado pela OEA, em 1970, aponta
que:
- "o folclore é constituído por um conjunto de bens e formas culturais
tradicionais, principalmente de caráter oral e local, sempre inalteráveis. As
transformações são atribuídas a agentes externos, motivo pelo qual se
recomenda instruir os funcionários e especialistas para que não desvirtuem
o folclore e saibam quais são as tradições que não têm nenhuma razão para
ser mudadas;
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- o folclore, entendido dessa maneira, constitui a essência da identidade e
do
patrimônio cultural de cada país;
- o progresso e os meios modernos de comunicação, ao acelerar o processo
final de desaparecimento do folclore, desintegram o patrimônio e fazem os
povos americanos perderem sua identidade." (CANCLINI, p. 213-214 -
1997)
ORTIZ, citado por CANCLINI, aponta que o estudo do folclore brasileiro se
deve, entre outros objetivos, a dar aos intelectuais - que se dedicam à
cultura popular - um recurso simbólico através do qual possam tomar
consciência e expressar a situação periférica de nosso país, estando
também associado aos avanços da consciência regional, oposta à
centralização do Estado.
Mas, como ainda aponta CANCLINI, "a principal ausência nos trabalhos
de folclore é não questionar sobre o que ocorre com as culturas populares
quando a sociedade se massifica." (p. 213 - 1997)
E dentro do processo de globalização, com a velocidade de circulação de
informações e a agilização de sua acessibilidade, se torna mais importante
se preocupar com o que se transforma do que com o que se extingue.
Dentro das ciências sociais, a Antropologia se define como a ciência do
homem. Etimologicamente, anthropos quer dizer homem e logos
conhecimento ordenado.
A Antropologia Cultural ocupa-se do estudo das culturas do homem e
por todas as formas que assume o comportamento humano social nas
sociedades organizadas e sua cultura material.
Neste ponto, o antropólogo e o folclorista assumem a postura do estudo
do artesanato - de um povo - relacionando-o com a sociedade em que é
feito.
Apontam que o artesanato relaciona-se a uma matriz mítica ou a um
sistema sócio-cultural autônomo que dão a esses objetos sentidos precisos.
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Mas deve-se observar que esta construção cultural é multicondicionada.
Se a arte e o artesanato possuem um local específico dentro da
sociedade, desempenhando cada um o seu papel, é importante introduzir
neste trabalho a noção de centro / periferia para uma melhor compreensão
do objeto aqui em estudo e de seus significados.
No prosseguimento do raciocínio de centro e periferia, encontra-se o
conceito de nacionalismo - que é uma construção simbólica - que pode ser
verificado na história brasileira em diversos de seus momentos.
Exemplos podem ser verificados no período da ditadura Vargas, com os
cadernos Avante, as músicas de Ari Barroso, a Hora do Brasil e - durante o
governo militar - a também ditadura do governo Médici, com slogans como
"Este é um país que vai pra frente" ou "Brasil, ame-o ou deixe-o", e as
músicas de encomenda "Eu te amo meu Brasil" e na Copa de 1970 "90
milhões em ação .... ".
ORTIZ aponta que a necessidade de se construir uma identidade
nacional é uma imposição estrutural aos países que ocupam uma posição
periférica dentro da organização mundial. E dentro do conceito de
dependência cultural, os meios de comunicação aparecem como elemento
fundamental num processo de dominação que reforça a posição dos países
centrais.
Questão esta que já remeteria ao estudo do imperialismo cultural -
elemento histórico a que estiveram/estão sujeitos diversos segmentos da
sociedade - independente de que centros geradores ou graus de hegemonia
de pensamento alcançado - incluindo aqui as artes plásticas.
Exemplos do mesmo podem ser verificados tanto no contexto histórico
brasileiro quanto no processo mundial de globalização.
Da época colonial brasileira podem ser apontados aqui dois momentos:
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a) no estudo da arte religiosa do período, as diversas formas de expressão
artística na orla litorânea estiveram subordinados aos modelos europeus
transplantados pelas ordens religiosas;
b) no século XIX, com a vinda de Dom João VI, o país (já na categoria de
Reino) assiste - em 1816 - à chegada da Missão Artística Francesa.
Observa-se aqui um centro - a corte portuguesa - determinando diretrizes
artísticas (com padrões estéticos) sobre a colônia, no caso aqui a periferia,
num claríssimo exemplo de imperialismo cultural.
Dentro de um processo de globalização, verificado de forma
intensificada no final do século XX, a questão do imperialismo cultural se
torna intimamente ligada àqueles que se definem como centro do mundo e
do saber. Tudo ligado pela questão do dinheiro que determina as relações
de poder, as relações entre as nações, entre quem vende e quem consome,
entre quem determina e quem aceita uma determinada "receita de bolo"
como valor.
Porém, verifica-se que tal risco não existe por completo, podendo existir
um processo de intercâmbios entre nações sem afetar as diferenças
culturais destas. Fato é que, hoje em dia, diversas são as expresses e
modos de vida que são encontrados em escala mundial: Shopping-Centers,
MacDonalds, ou a Coca-Cola mencionada acima.
O processo de globalização não é novo, mas veio a ser intensificado a
partir das décadas de 70/80 com a melhoria dos sistemas de transporte e
comunicações, que proporcionaram uma troca e generalização de bens,
pessoas e idéias de uma forma nunca vista, além de permitirem uma nova
configuração do processo produtivo de forma a alterar a divisão social do
trabalho em escala mundial.
Analisando sob uma perspectiva ideológica, alguns autores caracterizam
a globalização com sendo a ocidentalização do mundo, onde a forma do
sistema econômico (capitalista) e político (democracia) - que predomina nas
principais nações ocidentais (América e Europa) - são aceitos em outras
partes do mundo.
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"O sociólogo francês Alain Touraine denuncia a exploração ideológica da
globalização vista apenas como um processo econômico que faria
submergir a política. Ele assinala que a globalização se apóia em quatro
grandes transformações. A primeira é a criação de uma sociedade
informatizada, com a difusão mundial de indústrias de comunicação que
modificam nossa experiência do tempo e do espaço.
A segunda é a internacionalização do capital financeiro, que aufere mais
lucros na movimentação de capitais do que no investimento produtivo. A
terceira é a emergência de novos países industriais, sobretudo os Tigres
Asiáticos, que associam abertura econômica com rígido autoritarismo
político (ocorreram mudanças recentes na vida política desses países). E a
quarta é a influência cultural norte-americana no resto do mundo. Touraine
denuncia a campanha ideológica que estaria por detrás do processo de
globalização." (VIEIRA, p. 78 - 1997)
Além destas interpretações, fatuais e ideológicas, percebe-se também
que a globalização também tem sido marcada por uma transformação
política, fazendo surgir novas configurações de relações entre nações
(Europa, Alca) e também novos grupos sociais que, com interesses e
identidades comuns, se movimentam e afetam as decisões destes Estados.
Como exemplo, o Fórum Social Mundial, realizado este ano em Porto
Alegre.
É importante a colocação de SANTOS de que dentro do processo de
globalização, enquanto este não consegue a homogeneização pretendida -
agravando ainda mais as heterogeneidades - a cultura popular, com uma
nova significação, é capaz de rivalizar com a própria cultura de massas
utilizando-se de instrumentos desta.
Compete também ao campo sociológico o estudo das relações de
trabalho e de suas implicações sociais. As relações de trabalho são
importantes e devem ser aqui observadas dado que, na produção da arte
e/ou do artesanato, quando esta produção envolver mais que uma pessoa,
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haverá entre elas uma relação social que ali estará diretamente determinada
pelo trabalho executado.
"O estudo dos padrões de relação de trabalho vigentes em determinado
contexto sócioeconômico constitui uma importante categoria de análise
sociológica à medida que eles podem ressaltar ou mascarar as condições
reais em que se processa o trabalho humano, em cada formação social
específica. Tais estudos devem enfocar as condições reais em que as
relações se estabelecem, quanto às possibilidades de organização do
processo produtivo ao nível técnico, social e da prática administrativa, e as
percepções que os agentes sociais envolvidos formulam desse quadro."
(FLEURY, FISCHER, p. 14 -1985)
"As relações de trabalho constituem a particular
forma de relacionamento que se verifica entre os agentes
sociais que ocupam papéis opostos e complementares no
processo de produção econômica: os trabalhadores que
detêm a força de trabalho capaz de transformar matérias-
primas em objetos socialmente úteis, adicionando-lhes
valor de uso; e os empregadores, que detêm os meios para
realizar esse processo. Esta definição deixa de ser tão
simples quando se verificam empiricamente e através do
desenvolvimento histórico das relações de produção na
sociedade capitalista, as inúmeras e diversas
possibilidades de concretização que assumem as
categorias sociais ocupadas por ambos os agentes. Ela se
presta, entretanto, para ressaltar que, independentemente
da complexidade de aspectos assumidos em cada situação
peculiar, as relações do trabalho são determinadas pelas
características das relações sociais, econômicas e políticas
da sociedade abrangente." (FISCHER, p. 19 - 1985)
Dentro de um contexto histórico, se torna interessante observar a situação
específica em que se encontrava a população urbana de Minas Gerais do
século XVIII, que através de pessoas, de origens distintas e conhecimentos
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diferenciados, agindo individualmente ou em conjunto - determinando assim,
entre elas, relações sociais e de trabalho - propiciou o surgimento de um
momento artístico único - o barroco mineiro - obra feita essencialmente por
artistas leigos.
Na atualidade, as relações de trabalho podem ser verificadas e analisadas
na produção artística, a partir do momento em que, dentro da realização de
um trabalho, a mesma envolver mais de um indivíduo em sua produção.
Por exemplo, poderá haver aquele indivíduo que, detendo o conhecimento e
os meios da produção de seu fazer, trabalha com seus ajudantes - ou seus
auxiliares - que tendo, ou não, o mesmo conhecimento que o detentor dos
meios de produção - estarão ali recebendo por seu trabalho executado.
Situação similar poderá ser analisada junto àqueles indivíduos que, sem a
posse dos meios de produção, estarão ali trabalhando com alguém que
detém estes meios - aprendendo determinado ofício (com remuneração ou
não) - verificando-se, deste modo, uma outra forma de relação de trabalho.
1.1 - Caso de Sucesso Fonte: O Estadão 30.08.2013.
O fracasso o tornou rei do sabonete
Peter Paiva começou mal nos negócios, mas ele soube recomeçar e hoje é
referência no mundo do artesanato
Márcio Fernandes/Estadão
Peter Paiva diz que não se arrepende de nada que fez
A primeira experiência empreendedora de Peter Paiva não deu certo.
Sem noção alguma de administração, a loja Além da Imaginação, aberta
com uma amiga quando cursava a faculdade de arquitetura, fechou as
portas quatro anos depois. Cheio de dívidas, Peter encontrou nos sabonetes
coloridos um caminho promissor. Em 14 anos de atuação, 18 mil pessoas já
fizeram o curso para aprender sobre os mais de mil tipos de sabonetes
criados por Peter - hoje referência no artesanato.
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Ninguém da família atuava ou tinha como hobby os trabalhos manuais.
A criatividade e a habilidade surgiram naturalmente. “Sempre gostei muito de
criar. Aos 17 anos estava fazendo textura na parede, pátina nos móveis”,
lembrou. As criações com sabonetes começaram quando ele tinha 21 anos
e transformou uma barra branca, uma transparente, além de essências e
corantes, em um sabonete todo diferente.
Mas o trabalho do empreendedor começou a ficar conhecido quando ele
ensinou, pela primeira vez, a fazer sabonetes em um programa de televisão
apresentado por Claudete Troiano. “Não tinha ateliê, não tinha curso, não
tinha nada. Só soltei a possibilidade”, contou.
Logo depois, Peter resolveu passar quatro meses na Suíça, na casa de
uma amiga, para trabalhar e estudar. Juntou o dinheiro da passagem e
embarcou com mil euros. “Quando fui para lá, levei uma caixa de sabonetes
e as pessoas adoraram. Quando voltei, falei: ‘vou investir nisso’”, relembra.
As participações nos programas de televisão continuaram e o espaço de
20 metros quadrados para os cursos ficou pequeno. Peter também começou
a vender matéria-prima até ganhar a confiança da indústria para lançar sua
própria linha, que responde pela maior fatia do faturamento - R$ 2 milhões
no ano passado.
O empreendedor de 35 anos ainda fatura com a venda de livros, DVDs,
apostilas e cursos. E as aulas que organiza, claro, são muito concorridas,
com alunos de vários lugares do mundo, da França ao Japão.
Peter também criou um esquema de lojas autorizadas. Existem quatro
unidades desse modelo, além da matriz. Com investimento entre R$ 45 mil
e R$ 55 mil, Peter afirma que as parceiras conseguem o retorno do
investimento em seis meses, já que o contrato prevê uma taxa de marketing
(entre R$ 800 e R$ 1,2 mil), mas exclui a cobrança de royalties e a exigência
de compras mínimas. Mas não é qualquer pessoa que pode abrir um
Armazém Peter Paiva.
As empresárias parceiras são escolhidas a dedo. Elas vão vender a
matéria-prima da marca na loja, mas suas próprias criações de sabonetes.
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“Nós escolhemos alunas que estão fazendo sabonetes com sucesso e
servirão de exemplo para outras pessoas”, explica.
Diante de sabonetes dos mais variados tamanhos e formas, Peter
enfrenta a resistência de algumas pessoas, que relutam em usar os
produtos. “O muito belo tem cara de decorativo. Também focamos no que
as pessoas não estão vendo: na qualidade, na espuma, hidratação, na
durabilidade. Até falar que o sabonete tem validade é importante para o
cliente entender que tem que usar porque ele vai acabar de qualquer jeito”,
destaca.
Hoje, Peter continua a perseguir ainda outros desafios: fazer um
sabonete de R$ 80, o preço mais alto que viu alguém cobrar. “Um dia vou
vender um sabonete com esse preço. Já vendi a R$ 64, era um sabonete de
Natal”, contou.
Um acerto
Peter Paiva nunca teve medo de dividir e considera esse fato como um
acerto que o ajudou a chegar onde chegou. “As pessoas me perguntam:
‘você não tem medo de ensinar e amanhã não ter mais ideias?’ Eu digo:
não!” O empresário já criou mais de mil tipos de sabonetes e ensina as
receitas na televisão, em apostilas e tem mais de 500 vídeos em seu site.
Um erro
O empresário diz que não se arrepende de nada que fez, mas em
alguns casos se deixou levar pela empolgação e não parou para colocar os
pés no chão e avaliar suas metas. “Muitas vezes, a gente perde tempo
fazendo coisas enormes e maravilhosas, mas que não faziam parte da
nossa meta naquela hora e isso pode influenciar no resultado final”, afirma.
Uma dica
Valorizar o resultado do trabalho é importante, mas Peter afirma que é
preciso cuidar da sua imagem. “Quando você está vendendo alguma coisa,
50% você está expondo o produto e 50% você. Seu jeito de falar, se o
sapato está limpo, sua segurança fazem a diferença”, diz. Peter também
chama atenção para os cuidados com a parte administrativa do negócio.
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CAPÍTULO III
PROPOSTA DE MARKETING
PARA O LIMÃO SICILIANO
A empresa ainda é um bebê em se tratar de tempo de mercado, pois
abriu suas portas em junho de 2013. Por se tratar de uma empresa familiar
ainda tem seus obstáculos com o mercado e o marketing.
O foco da empresa são encomendas para casamentos e
aniversariantes.
Para concretizar esse objetivo a estratégia de marketing é através de sites de
relacionamento como facebook, instagran e twiteer.
As formas de divulgação mais intensamente utilizadas atualmente e que possuem um custo mais acessível (ou nenhum custo) são: o “boca a boca” (meio tradicional) e críticas on-line e pesquisas na Internet (meios digitais).
Assim, a Limão Siciliano pode obter uma divulgação mais eficiente, rápida e barata utilizando-se dos meios digitais disponíveis, especialmente do alto poder de “viralização” promovido pelas redes sociais.
Segundo estimativas de executivos, a reputação de uma empresa define até 60% do seu valor de mercado. E a opinião formada pelo público consumidor potencial pode ser influenciada por uma divulgação digital dos produtos, da marca, da qualidade e do caráter inovador - no que se refere a qualquer presente, em qualquer fase da vida, como algo único.
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A questão é como atender a uma demanda que poderá e deverá ser crescente, na medida em que diferentes públicos e até ainda não catalogados nichos de mercado venham a solicitar os sabonetes artesanais. A partir de uma entrevista realizada com a proprietária da Limão Siciliano, listamos abaixo medidas com a finalidade de atender e ampliar o processo de comunicação do produto:
1- Existe a possibilidade de aumentar o espaço físico para a produção dos sabonetes;
2- Existe a possibilidade de qualificar mais pessoas para ajudar na produção; 3- Público-alvo (a princípio): mulheres planejando casamento
(lembranças do casamento); 4- Como trabalha: por encomenda, por Facebook, contatos pessoais;
5- Atualmente, trabalha com a ajuda da família;
6- Está atuando desde julho de 2013;
7- Ainda não identificou mais a fundo os concorrentes, mas já tem em mente alguns: Natura, Avon e Boticário;
8- Diferencial do produto: sabonete em formato de frutas e com cheiro característico. Também está trabalhando uma linha de essências para ambientes com cheiro de frutas (em teste);
9- Objetivo: quer se tornar um referencial no segmento, pois vende uma exclusividade. Este é um presente especial sem gastar muito;
10- Precisa criar um “estoque de segurança” para não faltar produtos no caso de um aumento repentino de demanda;
11- Existe a ideia de criar um site para vender os produtos também (mais para o futuro);
12- Os sabonetes são à base de glicerina e os corantes são à base de água. O cheiro dura, em média, seis meses (ainda vai pesquisar a composição química dos aromatizantes);
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13- Precisa organizar um portfólio mais completo e variado;
14- Já trabalha com uma embalagem própria e cartão de visitas, mas abriu a possibilidade de terceirizar o serviço;
15- Cliente ainda não identificou se há problemas na comunicação;
16- Precisa estimular a demanda;
17- Ainda não possui uma identidade visual própria e exclusiva;
18- A princípio, a empresa irá restringir a área de vendas para as regiões de São Gonçalo e Niterói.
A Limão Siciliano está preparada para atender a uma demanda maior, portanto, existindo a possibilidade de aumento da produção e contratação de mais colaboradores. O foco no nicho “noivas”, e a visão de futuro da empresa que a tornará uma referência no mercado de presentes, sugere uma estratégia de divulgação que atinja a todos os públicos que possam colaborar com a difusão da marca.
Embora seja inicialmente um produto com público definido (noivas), o desejo é de se tornar uma referência no setor de presentes especiais, focando inicialmente mais nas clientes daquele nicho e no bom atendimento. Conhecer mais o cliente e o que o motiva, são os pilares do marketing que mais fidelizam clientes nos dias de hoje. E a Limão Siciliano está apta a buscar a excelência no setor, atingindo assim o seu objetivo.
OBJETIVO / PROBLEMA A SER RESOLVIDO
Ø COMUNICAÇÃO à DEMANDA à CAPACIDADE DE ATENDER (produção e distribuição) TORNAR-SE REFERÊNCIA NO MERCADO
3.1 - Principal objetivo a ser explorado Criar um diferencial que distinga a marca
]Garantir que um dos atributos dos produtos da empresa seja a originalidade
]Traçar estratégia de comunicação e definir as mídias (meios de divulgação: propaganda boca a boca, redes sociais, jornal etc...), o valor a ser investido
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em divulgação, os períodos de campanha, e as pessoas envolvidas na promoção dos produtos e da marca.
3.1. 1- Público-alvo (quem compra / quem consome) Definir o público-alvo das campanhas (masculino, feminino, pessoas
físicas e jurídicas, faixas etárias etc...)
Buscar mercados específicos (nichos) através de pesquisas o mais abrangentes possível
Fechar parcerias com empresas de eventos organizam cerimônias de casamento)
3.1. 2- Concorrência Direta e Indireta
Ø Patentear a marca
Ø Regularizar o negócio
(p.ex.: empresas que
Ø Compartilhar espaços com outras empresas em eventos
3.1. 3- Instruções específicas / obrigatoriedades
Definir o potencial (a capacidade) de produção
Preparar a empresa para o aumento da demanda
Atrelar o cronograma de produção às encomendas (on demand), e às datas comemorativas (Dia dos Namorados, Dia das mães, Natal, Reveillón, casamentos etc...)
Atrair sócios
Fechar parceiras
Definir o portfólio de produtos
Definir as funções e tarefas de cada colaborador na empresa
Qualificar pessoas para manutenção da qualidade dos produtos
Consolidar o produto e a marca, estabelecendo metas para aferição dos resultados
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Um ponto que devemos salientar é que uma estratégia de marketing nas redes sociais exige um prazo de maturação, e por isso é considerada uma ação de médio e longo prazo, já que relacionamentos não são criados da noite para o dia. Por isso, é necessário ter um planejamento detalhado da estratégia a ser adotada e estar preparado para muito trabalho, pois produção de conteúdo relevante, e interação são quesitos essenciais nesta área.
Entre outros aspectos que devemos levar em consideração é também a capacidade de fidelização proporcionada por esta estratégia, já que estes contatos criam laços de relacionamento que fazem do retorno do marketing em redes sociais um dos que mais se destaca em uma estratégia de marketing digital. 3.2. - OBSERVAÇÕES
Público-alvo à Embora a empresa foque no mercado de noivas e de cerimônias de casamento, nosso projeto pretende demonstrar que a divulgação mais barata e que atinja a maior variedade possível de públicos, produz o melhor e mais rápido retorno em termos de demanda, bem como a conquista da reputação de marca de referência. Slogan à aparece abaixo da logomarca idealizada por nossa Agência, “Uma fruta, um tempo para lembrar”, remetendo a:
Ø o símbolo da empresa (um limão siciliano); Ø o logotipo; Ø a Linha do Tempo (o ciclo de vida, desde o nascimento até o casamento); Ø o marketing sensorial.
ATUAL: SUGESTÃO:
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Mensagem Principal é a percepção, é a visão da Agência de que, para atingir o objetivo de se tornar referência no setor de presentes artesanais, os produtos da Limão Siciliano devem ser conhecidos através da abordagem de diferentes públicos a fim de que a comunicação de marketing seja alavancada pelo “boca a boca”.
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CONCLUSÃO
Vemos através desta pesquisa que alguns pontos nesta nova empresa
precisam e devem ser mudados para um melhor alcance de sua mídia e
tornasse mais conhecida no seu publico alvo e demais públicos.
Sem sombra de dúvida o investimento em marketing nas redes sociais
traz retorno, mas não pode ser encarado como uma verdade primaria como
muitas empresas têm encarado essa nova opção no Brasil. Este é apenas
mais um canal de divulgação a ser utilizado e por isso deve ser devidamente
avaliado e contextualizado no aspecto geral da estratégia de marketing digital
das empresas.
Certos disso, esse trabalho condiz com a atual performance e
expectativa da empresa. Pois encara essa ferramenta como uma das que
podemos adotar e a de entrada no mercado. E se mantendo como referencia
em sabonetes e produtos artesanais nas cidades de Niterói e São Gonçalo
pois hoje são o foco da empresa.
A grande vantagem dessa opção para divulgação de empresas na
Internet é que ela nos propicia uma chance de aproximação do público-alvo, de
maneira mais pessoal, dirigida e segmentada. Através dela podemos nos
aproximar de forma mais efetiva do consumidor e conhecer suas necessidades
e anseios diretamente, facilitando assim, não só a criação de estratégias mais
eficientes para divulgação da marca, como também o conhecimento sobre o
público que estamos querendo impactar.
As sugestões como a mudança de slogan e o logotipo serão de
extrema relevância visto que foi baseado em experiências com clientes e
pessoas que conhecem e conheceram o produto.
Esperamos sim seu crescimento e também o crescimento do seu setor
de marketing e mídia.
No decorrer desta pesquisa tivemos também a experiência de ver e
citar a revista especializada em casamentos que propôs a empresa Limão
Siciliano anunciasse, sendo aceito de imediato.
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Acreditamos nessa projeção de crescimento que já esta ocorrendo
através de pessoas que fazem recompra e indicam a marca para amigos e
familiares.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARANTES, Antonio Augusto. O que é arte popular. 8ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 1985. 83p.
BARROSO,Eduardo,Identidade Cultural e Artesanato, 2000.p11-23
BOSCHI, Caio C. O barroco mineiro: artes e trabalho. São Paulo: Brasiliense,
1988. 78p.
BOSI, Alfredo. Cultura como tradição. In: BORNHEIM, Gerd, BOSI, Alfredo et
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BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. 3ª ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998. p. 308-375.
CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da
FLEURY, Maria Tereza Leme, FISCHER, Rosa Maria (Coord.) Processo e
FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnico-
científicas. 4ª ed. rev. e aum. Belo Horizonte: UFMG, 1998. p. 121-149.
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MONTAGU, Ashley. Introdução à antropologia. São Paulo: Cultrix, 1972. 268p.
O BRASIL na visualidade popular; 26º salão nacional de arte de Belo
Horizonte. Belo Horizonte: [s.n.], 2000. [n.p.]. (Catálogo de exposição, Museu
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ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1988.
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relações de trabalho no Brasil. São Paulo: Atlas, 1985. p. 13-20.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à
consciência universal. 4ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. 174p.
TAUNAY, Afonso de E. A missão artística de 1816. Brasília: Universidade de
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VIEIRA, Liszt. Cidadania e globalização. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 69-
137.
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INDICE FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I
O que artesanato 10
1.1 - Sabonetes artesanais 13
1.2 - Marketing 13 CAPÍTULO II
Artesanato na atualidade 15
2.1 - Caso de sucesso 23 CAPÍTULO III
Proposta de Marketing
para o Limão Siciliano 15
3.1 - Sabonetes artesanais 13
3.2 - Marketing 13
1.2.1 - Fator psicológico 15
1.2.2 - Estímulo e Resposta 17 CONCLUSÃO 32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34
ÍNDICE 35