DIABETES
INVESTIGAÇÕES BIOQUÍMICAS ESPECIALIZADAS
Diabetes
Homeostasia da glucose
INSULINA Síntese de glicogénio
Síntese de proteínas elípidos
Absorção de iões(K+, PO4
3-,...)
Gluconeogénese
Glicogenólise
Lipólise
Cetogénese
Proteólise
PÂNCREAS
ACÇÃO DA INSULINA
GO
GO
GO
GO
GO
Absorção de glucose nomúsculo e tec. adiposo
Glicólise
Diabetes mellitus tipo I (IDDM)
frequência: 0,02-0,4% na Europadesenvolvimento: rápido doentes geralmente magrosinsulina endógena baixa/ausentetratamento com insulinaetiologia: destruição autoimune de células dos ilhéus do pâncreasfactores: vírus e toxinasidade de aparecimento: 1-25 anos
Diabetes mellitus tipo I (IDDM)(diabetes mellitus insulino dependente)
Diabetes mellitus tipo II (NIDDM)(diabetes mellitus não insulino dependente)
2 tipos de diabetes
Diabetes mellitus tipo II (NIDDM)frequência: 1-3% na Europadesenvolvimento: lentoassintomáticos /sintomas menos severos doentes geralmente obesostratamento:
dieta pobre em ácidos gordos e em açúcares refinados;;rica em carbohidratos complexos e em fibra
agentes hipoglicémicos gluconeogéneseutilização periférica de glucose
etiologia: secreção de insulina muito baixaresistência à insulina
factores ambientais: obesidade;; inactividade físicaidade de aparecimento normalmente + de 40 anos
Diabetes secundária A diabetes pode ainda ser gestacional (intolerância à glucosediagnosticada na gravidez) ou estar associada a algumas doenças (defeitos genéticos,síndromes raros de resistência à insulina, doenças endócrinas, diabetes induzida porquímicos e drogas, infecções, diabetes associadas a outras doenças genéticas como por ex. atrissomia 21).
ALTERAÇÕES DO METABOLISMO NA DIABETES MELLITUS TIPO I IDDM NÃO TRATADA
Alterações do metabolismo na diabetes mellitus IDDM não tratada
Deficiência na produção de insulina
Insulina/glucagon
1. captação de glucose pelos tecidos2. glicólise3. gluconeogénese4. lipólise5. síntese de ácidos gordos e TG6. oxidação de ácidos gordos7. cetogénese hepática8. proteólise9. dos níveis de glucose, ácidos gordos e corpos cetónicos no sangue
10. glicosilação de proteínas (ex. Hb)
Alterações do metabolismo nos diferentes tecidos na IDDM não tratada
Exportação de glicoseGlicogenólise
GluconeogéneseCetogénese
Glicogénese
ProteóliseOxidação de ácidos gordos
Oxidação de corpos cetónicas
Glicogénese
Lipólise
Lipogénese
Fígado MúsculoTecido adiposo
IDDM não tratada Estado catabólico
Falta de insulina e produção de glucagon
Formação de corpos cetónicos
pHCetoacidose diabética
Mobilização de glicogénio
Indução da gluconeogénese
Indução daproteólise
Mobilização de TG e baixa absorção de
gorduras
Perda de peso
Perda de peso
Glucose
Perda de glucose na urina (reabsorção saturada)
Poliuria
Sede
Deficiência em insulina actividade da lipoproteína lipasehipertrigliceridémia (excesso de quilomicrons e VLDL)
Baixa utilização de glucose
Balanço calórico negativo
Fome
Acidez
Corpos cetónicos
Glucose
Alterações nas funções cerebrais
Inconsciência
Coma diabético
Tratamento
Re-hidrataçãoAdministração de electrólitosInsulinaAdministração de bicarbonato
osmolaridadesanguínea
Desidratação
+ PERDA DE ELECTRÓLITOS
perda de água a acompanhar
perdas de glucosena urina
ALTERAÇÕES DO METABOLISMO NA DIABETES MELLITUS NIDDM
NIDDM
Não ocorre lipólise exageradaNão ocorre cetoacidoseNão ocorre proteólise
Hipertrigliceridémia ocorre mas devido a > síntese principalmente
Baixa utilização de glucose pelos tecidos periféricos
A presença de insulina evita a cetoacidose, mas a glicosúria e consequenteperda de água e electrólitos, assim como o agravamento da resistência àinsulina pode também conduzir a uma situação de coma
Existe insulina Mas existe resistência à insulina
Muita comida rica em gordura animal Falta de
exercício físico
Defeitos em genes herdados dos pais provocam fome
Defeitos em genes herdados dos pais provocam resistência à insulina
Obesidade:Necessidade de maisinsulina à medida queo organismo se tornaresistente
Depósitos de gordurano pâncreas provocammais danos
Defeitos em genesherdados dos paisacabam por conduzir auma menor produçãode insulina pelopâncreas
RESULTADO:O organismo necessitade mais insulina masnão a produz
DIABETES TIPO II
DIFERENÇAS NA UTILIZAÇÃO DE GLUCOSE EM PESSOAS NÃO DIABÉTICAS, COM IDDM E COM NIDDM
insulina
receptor da insulina
glucose
Glucose Tolerance Test
Fasting Ref RangeNormal
Diabético
Paciente deve estar em jejum de 10 horas e deve ficar sentado durante o teste;;Paciente não deve estar e não deve ter, ou ter tido muito recentemente, uma
doença aguda;;Primeiro faz-se uma medição em jejum, após o que o paciente toma uma quantidade de
glucose rigorosamente conhecida (75 mg de glucose em 300 ml de água);;Fazem-se medições da [glucose] ao fim de 20, 60, 90 e 120 min.
Pico ao 60 min. ~ normal 120 min.
Acima de 11,1 mmol/L aos 120 min.
0
5
10
15
0 1 2
Time (hours)
Glucose(mmol/L)
Fornecimento de insulina
Injecção na circulação sistémica (3 injecções diárias)
Administração oral problemas de degradação antes da absorção(formas de entrega em desenvolvimento)
TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS
Extraída do pâncreas de vacas e porcos
a) IDDM Reservaspequenas
Rejeição
Problemas
Produzida por bactérias DNA recombinante
Fornecimento de fluidos electrólitosTerapia dietética
Situações como:a) Não tomar uma refeiçãob) Fazer exercícioc) Excesso de álcool
IDDM com administração de insulina
GLUCOSE
Falta de glucose para o cérebroirratibilidade, fala arrastada
Inconsciência
Coma
Não permitir baixas de glucoseControlo da glucose
Consequências graves
IMPORTANTE:
Problemas devido a insulina
Glucose
>3,5 mM 2,5 mM 2,0 mM 1,0 mM < 1,0 mM
NormalResp. de reg. contrárias (ex. glucagon)
Alterações cognitivas COMA
Efeitos
Alterações no ECG
Possíveis tratamentos
Glucose oral em pessoas conscientes
Géis de glucose ou compotas no interior das
bochechas (cuidado risco de aspiração)
Injecção de glucagon (muitos
diabéticos possuem)
Injecção de glucose (só em
hospitais)
Hipoglicémia: 99% dos casos são IDDM, mas podem surgir episódios dehipoglicémia noutros casos clínicos: insulinoma, cancro, doença hepática, infecçõesgraves, respostas a drogas, álcool, hipoglicémia neonatal (bebés de mães diabéticas,bebés com atraso de crescimento intra-uterino, bebés com doenças genéticas ex.doenças de armazenamento de glicogénio), ...
Uso de insulina só em alguns casos
Açúcares simplesFibra ( absorção de HC)Calorias
b) NIDDM
Dieta e/ou medicação
Drogas que promovem a secreção de insulina e o
aumento da sensibilidade à hormona (sulfinilureias,
biguanidinas)
TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO DA DIABETES
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO DA DIABETES
A) Doenças MicrovascularesAlterações mas membranas que rodeiam os capilares, provavelmente devidoà glicosilação descontrolada de proteínas (ex. colagénio)
B) Retinopatia e CataratasD-glucose L-sorbitol D-frutose
D-glucose L-sorbitol CataratasHemorragia dos vasos da retina e edema podem levar a cegueira
C) Doenças MacrovascularesDoenças nos grandes vasos (gangrena, amputação, úlceras nos pés),arterosclerose
D) NeuropatiasDevido ao metabolismo anormal de glucose nas células nervosasAcumulação de sorbitol nas células de Schwann e subsequente lesão celular(sorbitol é osmoactivo e provoca entrada de água nas células)
E) Alterações do Metabolismo Lipídicoinsulina armazenamento de TG e actividade da lipoproteína lipaseglicosilação modificação de apoproteínas alteração na interacção com
receptores
F) Consequências da Elevação Crónica de Insulina (tratamentos)Alteração das paredes das artériasInflexibilidade dos vasos sanguíneos que controlam a resistência dacirculação periférica hipertensão
G) Falha RenalA seguir a uma hiperfunção renal primária ( GFR)Produção de sorbitol e subsequente lesão celular
IMPORTANTE:Monitorização e diagnóstico da diabetes:
Análise de glucose e corpos cetónicos na urina/plasmaTestes de tolerância à glucose oralDetecção de produtos glicosados (exs. Hb, albumina)