Download - Cultura da Salsa
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Engenharia Agronômica
Disciplina 0111000: Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Agronômica
Cultura da Salsa ( Petroselinum crispum)
Nara Líndice Carvalho
Monografia apresentada para obtenção do título de
Engenheiro Agrônomo. Área de Concentração:
Produção Vegetal
Piracicaba
2011
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Nara Líndice Carvalho
Graduanda em Engenharia Agronômica
Nº USP: 5924372
e-mail: [email protected]
Celular: (24) 8139 8338
Cultura da Salsa ( Petroselinum crispum)
Orientadora: Profª Dr. SIMONE DA COSTA MELLO
Monografia apresentada para obtenção do título de
Engenheiro Agrônomo. Área de Concentração:
Produção Vegetal
Piracicaba
2011
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“Não podemos ser livres fazendo o
que bem entendermos, mas, sim,
fazendo o que devemos.”
Stanley Jones
4
A minha família e amigos queridos pela
compreensão, pelo incentivo, pela lealdade e pela
riqueza e intensidade dos sentimentos
compartilhados.
DEDICO
5
AGRADECIMENTOS
A meus pais Francisco e Tânia pela oportunidade, pela confiança depositada e por
todo o esforço financeiro e moral que fizeram para que fosse possível a conclusão
do curso.
A meus irmãos Laisa e Jansen pela paciência e compreensão.
A todos os meus amigos, Paula, Lígia, Aline Firmino, Mayra, Aline dos Passos,
Michelle, Isabela, Graziele, Adriano, Marcos, Leandro, Herlon, Claúdia,Fábio, Alan,
Michelli, Alessandra, Bruna, Viviane, Arthur entre outras tantas pessoas queridas
pelo incentivo, pela ajuda, pelas palavras de afeto, pela preocupação, pelo riso e
choro e pela franqueza de sentimentos.
A todo o corpo docente da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz pelos
conselhos, orientações e pelo privilégio de estudo nessa Instituição imensa, não só
em infra-estrutura como em Excelência de Ensino.
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SUMÁRIO RESUMO ....................................................................................................................8
ABSTRACT .................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................10
2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................11
2.1. Cultivo de salsa no Brasil .................................................................................11
2.2 Origem e história do cultivo da salsa ..............................................................11
2.3 Botânica ..........................................................................................................12
2.4 Aspectos nutricionais e uso medicinal ............................................................12
2.5. Destino da matéria-prima ................................................................................13
2.6. Manejo da cultura de salsa .............................................................................14
2.6.1. Semeadura .....................................................................................................14
2.6.1.1 Qualidade fisiológica das sementes .........................................................15
2.6.1.2. Fatores externos que interferem na germinação .....................................16
2.6.2. Controle de plantas daninhas.........................................................................16
2.6.3. Irrigação ........................................................................................................17
2.6.4. Doenças ........................................................................................................18
2.6.4.1. Doenças iniciais .......................................................................................18
2.6.4.2. Outras doenças ........................................................................................20
2.6.4.2.1. Cercosporiose ..........................................................................................20
2.6.4.2.2 Mancha -de–alternaria ou pinta preta ......................................................20
2.6.4.2.3 Septoriose ................................................................................................21
2.6.5. Pragas ..........................................................................................................21
2.6.5.1. Vaquinhas .................................................................................................21
2.6.5.2. Lagartas ...................................................................................................22
2.6.5.3. Pulgões .....................................................................................................22
2.6.5.4. Cochonilhas ..............................................................................................23
2.6.5.5. Nematóides ...............................................................................................23
2.6.6. Adubação ..................................................................................................24
2.6.6.1. Adubação mineral .....................................................................................24
2.6.6.1.1. Marcha de absorção de nutrientes .........................................................25
2.6.6.2. Adubação orgânica ...................................................................................27
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2.6.6.3. Adubação verde ...................................................................................... 27
2.6.7. Colheita e pós-colheita .............................................................................28
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................29
REFERÊNCIAS .........................................................................................................30
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RESUMO
Petroselinum crispum
A salsa é um dos condimentos mais difundidos na gastronomia mundial. O
cultivo de salsa teve início com os romanos, como planta ornamental. No Brasil é
plantada em pequenas áreas de agricultura familiar. Pertence à família Apiaceae
mesma família da cenoura, aipo, erva-doce, mandioquinha salsa, entre outras. É
fonte de vitaminas e minerais além de óleos, aos quais se atribuem propriedades
medicinais. A planta pode ser destinada ao comércio in natura ou para indústria. A
cultura é deficiente em estudos nutricionais (marcha de absorção), demanda hídrica
e pós-colheita. A germinação lenta a torna muito suscetível ao ataque de doenças
fúngicas e à competição com as plantas daninhas. A adubação nitrogenada é,
muitas vezes, exagerada, assim como a irrigação. Técnicas potenciais para
contornar alguns problemas envolvem a adubação verde e orgânica, uso do método
de pré-emergência ou plantio de mudas, rotação de culturas, eliminação de restos
culturais, irrigação subsuperficial, dentre outras.
Palavras chaves: Salsa; doenças fúngicas; adubação nitrogenada excessiva,
irrigação excessiva, marcha de absorção.
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ABSTRACT
Parsley Crop
Parsley is one of the most widely used spices in the world gastronomy. The
cultivation of salsa began with the Romans as an ornamental plant. In Brazil it is
planted in small areas of family farming. It belongs to the family Apiaceae same
family of carrot, celery, fennel, parsley- parsnip, among others. It is a source of
vitamins and minerals in addition to oil which is attributed medicinal property. The
plant can be destined to market for the fresh consumption or for industry. The culture
is deficient in nutritional studies (progress of absorption), water demand and post-
harvest. The slow germination makes it very susceptible to attack by fungal diseases
and competition with weeds.
The nitrogen fertilization is often exaggerated, as well as the irrigation. Potential
techniques to mitigate the problems involve green and organic fertilization, use the
method of pre-emergence or seedling planting, crop rotation, elimination of crop
residues, subsurface irrigation, among others.
Keywords: Parsley, fungal diseases, excessive nitrogen fertilization, excessive
irrigation, progress of absorption.
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1. INTRODUÇÃO
A salsa é um condimento de ampla utilização na gastronomia mundial. No
Brasil a salsa se apresenta como uma importante fonte de renda ao pequeno
produtor.
Pesquisas recentes indicam que ainda existe uma lacuna entre as prioridades
desenvolvimento e pesquisa e a agricultura familiar (Food and Agriculture
Organization – FAO, 2003). Existem poucos estudos voltados à cultura apesar da
grande carência de informações. Além disso, a salsa dispõe de recursos escassos
para defesa da cultura o que a classifica dentro do numeroso grupo das culturas de
menor expressão econômica (YONEYA, 2010).
O presente trabalho teve por objetivo a reunião das informações disponíveis
sobre os principais aspectos da cultura da salsa, como histórico de cultivo de salsa,
sua composição e importância medicinal, variedades cultivadas no mundo, o cultivo
de salsa no Brasil, destino da matéria-prima, e por último, o manejo da cultura
destacando-se os principais problemas e técnicas de utilização potencial.
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2. DESENVOLVIMENTO
A salsa é cultivada há mais de 300 anos e é um dos condimentos mais
difundidos na gastronomia mundial..
A salsa ou salsinha (Petroselinum crispum) tem valor ornamental e culinário,
sendo muito consumida no Brasil como condimento, na forma fresca ou desidratada.
2.1. Cultivo de salsa no Brasil
A salsa é um dos condimentos mais consumidos no Brasil, todavia não se
destaca em termos de volume de produção quando comparada a outras hortaliças
folhosas como alface ou rúcula. O seu cultivo se concentra em pequenas
propriedades e por isso, se apresenta como cultura importante para a agricultura
familiar (GARCIA JUNIOR; TOMAZ, 2009).
2.2. Origem e história do cultivo da salsa
A salsa é originária do sudeste europeu, mais especificamente da região
Mediterrânea. Na Grécia Antiga era associada à morte e por isso usada para
recobrimento de túmulos (HAMILTON, 2008). Devida a essa associação, o consumo
da salsa era destinado apenas aos cavalos (GRIEVE, 1995).
O cultivo de salsa teve início apenas com os romanos, mas como planta
ornamental (HAMILTON, 2008). O nome Petroselinum crispum, vem do latim petro
ou pedra e de sélinon ou salsão; logo “Salsão da pedra” ou “Aipo da pedra”
designando sua origem em regiões pedregosas (GRIEVE, 1995).
A salsa de folhas lisas tinha um consumo limitado na Idade Média por sua
aparência, muito similar a da “Salsa dos Tolos”, Aethusa Cynapium, erva
extremamente tóxica, de modo que a salsa crespa era mais consumida nessa época
(HAMILTON, 2008).
A planta passou a ser cultivada em todo mundo com destaque para os
Estados Unidos, Alemanha, França, Hungria e outros países (SIMON et al.,1984).
No Brasil, o cultivo da salsa foi trazido pelos portugueses na época da
colonização junto ao cultivo de cebolinha (DINIZ DA SILVA et al., 2006). Mais tarde,
para reduzir o custo de mão de obra e aumentar o aproveitamento de fertilizantes,
essas hortaliças passaram a ser produzidas e comercializadas conjuntamente,
formando maços conhecido como cheiro verde.
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2.3. Botânica
A salsa pertence à família Apiaceae, também composta por hortaliças como a
cenoura, mandioquinha-salsa, erva-doce, coentro, cominho e aipo. (LOWMAN,
1946).
A planta possui ciclo bienal, contudo é cultivada como planta anual. Suas
flores são pequenas, hermafroditas e de coloração amarelo-clara, formando
inflorescências do tipo umbela no topo dos caules ocos, cilíndricos e pouco
ramificados, ricos em canais oleíferos (LOWMAN, 1946). As folhas são alternadas,
sendo que as folhas de maior tamanho estão dispostas em roseta basal. Os folíolos
são triangulares, de coloração verde-escura brilhante, largos e serrilhados nas
extremidades. O fruto seco esquizocárpico, comumente chamado de “semente”, é
dividido em duas seções (mericarpos); cada seção do fruto contendo uma semente.
As sementes são lisas, ovais e estriadas ao longo do seu comprimento (SILVA,
1997).
2.4. Aspectos nutricionais e uso medicinal
A planta é rica em vitaminas A e C, K, B, D e E, ferro, magnésio, cálcio,
histidina, betacaroteno, flavonóides (apigenina), apiina e taninos. Contém ainda, um
óleo fixo onde estão presentes os ácidos linoléico, oléico, palmático e um óleo volátil
composto por apiole, myristicina, limoneno, eugenol (CAVALCANTE, 2010).
Estudos realizados indicam que a salsa possui uma acidez total de 1,6%, pH
de 6,21, 0,62% de lipídeos, 0,88% de cloreto, 0,42% de nitrogênio total e 0,26% de
proteína.(CAVALCANTE, 2010).
Nas sementes estão presentes o óleo volátil, a mucilagem, a apiina, o óleo
fixo, além de resinas e sais. Na raiz de salsa pode ser encontrado o amido,
mucilagem, açúcar, apiina e óleo volátil (LOWMAN, 1946).
O componente mais importante do óleo volátil é o apiol. Trata-se de um
composto não nitrogenado, solúvel em álcool e cristalizável quando puro. O apiol
cristalizado é obtido da destilação do óleo volátil presente na salsa a baixa
temperatura. O apiol se mostrou eficiente ao combate de desordens fisiológicas
provocadas pela malária (GRIEVE, 1995).
A partir do extrato da planta também pode ser obtido um óleo–resina formado
por apiol, apiolina e myristicina. A óleo-resina é um composto amarelado, de odor
peculiar e sabor picante. A óleo- resina age no sistema nervoso central e em altas
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doses pode causar perda de equilíbrio, surdez, queda de pressão, diminuição da
pulsação e paralisia (GRIEVE, 1995).
A parte da planta a ser usada depende do tipo de infecção. À decocção da
raiz e ao chá das folhas secas atribuem-se efeitos carminativos, tônicos, laxantes e
diuréticos. O extrato da raiz da salsa é mais eficiente nas desordens renais. O óleo
das sementes (apiol) tem propriedade emenagoga. A decocção das sementes
moídas combate febres intermitentes. A infusão das folhas tem sido usada contra
asma, conjuntivite, icterícia e infecções urinárias. O óleo essencial das sementes
tem sido aplicado na regeneração hepática. A salsa pode também ser usada na
forma de emplasto como anti-séptico para ferimentos e picadas de insetos
(CAVALCANTE, 2010).
Historicamente a salsa foi usada contra distúrbios digestivos e urinários pelos
antigos egípicios. À salsa são atribuídas propriedades antiespasmódica, diurética,
emenagoga, antitérmica e digestiva. Essas propriedades ajudam no tratamento da
anemia, artrite, asma, cálculos biliares, câncer, ciática, cistite, contusões,
deslocamentos, dismenorréia, edema pulmonar, febre, flatulência, gonorréia, gota,
hálitose, hipertensão, inflamação renal, lumbago, malária, pedras no rim, pele seca,
reumatismo, sífilis. (SIMON et al.,1984; CAVALCANTE, 2010).
2.5. Destino da matéria-prima
As sementes, as folhas e os óleos essenciais têm aplicação condimentar. As
folhas frescas têm função decorativa em pratos. As folhas na forma fresca, seca ou
desidratada têm grande aplicação em uma gama diversa de produtos como:
saladas, assados, molhos, sopas e alimentos processados (SIMON et al.,1984). As
hastes, assim como as folhas podem ser secas e utilizadas como tempero. As
sementes podem ser destinadas à viveiristas ou ainda, empregadas em fragrâncias
de perfumes, sabonetes e cremes. A planta pode ainda, ser usada com finalidade
ornamental como bordadura (GRIEVE, 1995).
No Brasil, a produção de salsa in natura é comercializada em maços ou ainda
em pequenos molhos conjuntamente com a cebolinha (Allium fistulosum) (DINIZ DA
SILVA et. al., 2006), formando maços de cheiro-verde (CARDOSO, 2007). As folhas
e talos secos são destinados à indústria alimentícia, onde compõem alimentos
processados.
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2.6. Manejo da cultura de salsa
A salsa requer um solo bem preparado, úmido, mas bem drenado. Prefere
solo de textura média, pH entre 6,0 e 6,5 e elevado teor de matéria orgânica. A faixa
de temperatura em que sobrevive vai de 5 a 30°C.
A salsa pode ser plantada em monocultura ou consorciada com outros
cultivos de ciclo curto. A germinação é lenta e pode perdurar por até 30 dias
conforme a temperatura do solo. A profundidade de semeadura não deve
ultrapassar 13 mm (MACKENZIE, 2011).
2.6.1. Semeadura
Na semeadura direta, o consumo de sementes pode variar de 6 a 18 kg/ha.O
desbaste é adotado quando a produção se destina ao mercado e, portanto, a
prioridade do produtor é manter a qualidade em termos de aparência das folhas para
comercialização dos maços a melhores preços.
Já a produção voltada para a indústria dispensa desbaste e possibilita uma
densidade de semeadura superior, de 18 kg/há, constatada como a quantidade
mais equilibrada em termos de competição intra-específica, incidência de doenças e
produtividade (NESTLÉ, 2009 a).
O sistema de semeadura direta requer um consumo de sementes 40% maior que
o exigido para formação de mudas, maior tempo de permanência das plantas no
campo, aumento da exposição das plantas aos fungos de solo como Pythium sp,
Phytophthora infestans e Fusarium sp, desuniformidade de emergência e
crescimento ocasionando falhas no estande (MINAMI, 1995).
O plantio de mudas de salsa pode ser uma alternativa extremamente
favorável à cultura, visto que o processo de germinação é lento (MINAMI,1995), e a
planta é muito acometida por doenças fúngicas no início de ciclo.
O sistema de mudas apresenta como vantagens a maior precocidade das
plantas; maior fitossanidade, maior aproveitamento de sementes (maior relação
entre sementes plantadas e mudas formadas), economia de espaço, insumos, tratos
culturais e redução do ciclo da cultura no campo (DIAS et al., 2010). Além disso, o
cultivo das mudas em viveiro possibilita atividades concomitantes no campo como
plantio de espécies de ciclo rápido ou preparo de solo e eliminação de daninhas.
Entre as desvantagens está o maior custo das mudas e requerimento de mão-de-
obra no transplantio.
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Outra forma de reduzir o período de germinação seria a adoção da técnica de
pré-emergência (SIMON et al.,1988). Lopez et al.(2008) em estudo com salsa lisa
(Petroselinum sativum Hoffm) determinou o método de pré-embebição em água a
30°C por 12, 24 ou 36 horas como um método eficient e tanto em velocidade de
germinação, quanto na manutenção do vigor de sementes.
2.6.1.1. Qualidade fisiológica das sementes
Independente do sistema adotado deve-se destacar a importância da
qualidade fisiológica da semente utilizada no cultivo para a obtenção de um estande
bem formado, sadio e produtivo. A qualidade fitossanitária das sementes se
apresenta como fator importante, visto que as sementes podem veicular patógenos,
contaminar áreas de produção ou gerar plantas doentes de baixa qualidade e
produtividade.
É comprovado que as sementes de salsa contaminadas com Alternaria
alternata e Alternaria dauci associadas, demonstram redução na taxa de
germinação, aumento no número de plântulas anormais e sementes mortas
(PEDROSO et al., 2010).
Uma medida para evitar ou reduzir a perda de qualidade fitossanitária, morte
de sementes e formação de plântulas doentes ou anormais é o tratamento de
sementes com defensivos (DOURADO NETO & FANCELLI, 2000). Estudos
realizados por Garcia Junior e Tomaz (2009) relacionados ao tratamento de
sementes de salsa revelou Maxim XL nas doses de 300 e 450 ppm; Maxim
Advanced na dose de 300 ppm e Dynasty a 300 ppm como fungicidas de uso
potencial para cultura da salsa com eficiência de controle em torno de 60%.
Para determinação do produto aplicado nas sementes é necessário avaliar
não só a eficiência como o efeito do defensivo na qualidade fisiológica da semente.
Em estudo sobre vigor de sementes, Pessoa e Dall’Orto (2009) constataram o
fungicida Maxim XL, como produto indicado no controle de Pythium, Phytophtora,
Sclerotium, Rhizoctonia e Fusarium e descartou-se a possibilidade de uso do Maxim
Advanced e Dinasty por sua interferência no vigor, percentual e velocidade de
germinação de sementes de salsa.
Outro fator determinante da qualidade da semente é o manejo da cultura.
Segundo Diniz da Silva et al. (2006), sementes de salsa obtidas a partir do sistema
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convencional apresentam maior taxa de germinação e menor qualidade fisiológica
em relação à sementes orgânicas.
2.6.1.2. Fatores externos que interferem na germina ção
A germinação consiste em uma sucessão de fenômenos fisiológicos
influenciada por fatores internos (qualidade da semente, mecanismos de dormência)
e externos (ambientais). Os fatores externos de maior relevância são a luz, a
temperatura e a disponibilidade de água e oxigênio (NASSIF et. al., 1998).
A disponibilidade de água é o fator mais importante no processo de
germinação. A falta de água restringe o processo germinativo. Por outro lado, o
excesso de umidade gera condições de baixa aeração (anoxia) e limita as trocas
gasosas (DIAS et al., 2010). É por meio da absorção de água ou embebição da
semente que é possível a retomada ou intensificação dos processos metabólicos
(NASSIF et al., 1998).
O fornecimento adequado de água depende de uma irrigação uniforme e com
gotas pequenas para não expor as sementes na superfície do solo. Recomenda-se
que seja feita uma irrigação logo após a semeadura para uniformizar a germinação.
Outra variável importante é a temperatura. A temperatura atua sobre todos os
processos metabólicos, pois afeta diretamente a velocidade das reações químicas.
Cada espécie possui uma faixa de temperaturas bem definida para germinar.
A temperatura ótima é aquela em que ocorre a maior germinação em menor
intervalo de tempo. Temperaturas abaixo da ótima diminuem a velocidade e a
uniformidade do processo germinativo, aumentando a susceptibilidade aos
organismos fitopatogênicos. Temperaturas acima da ótima aceleram o processo,
mas apenas para as sementes de maior vigor (NASSIF et. al., 1998).
2.6.2. Controle de plantas daninhas
O controle adequado de plantas daninhas requer conhecimento sobre sua
diversidade e incidência na área de cultivo bem como seu ciclo de vida, distribuição,
formas de propagação e importância econômica.
As plantas invasoras geralmente são mais vigorosas e adaptadas que as
plantas cultivadas. Em função disso, é importante evitar a competição,
principalmente durante o estabelecimento da cultura ou período crítico onde os
prejuízos causados à cultura são mais pronunciados. O período crítico geralmente
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está situado entre a terceira e sexta semana após a emergência da cultura (VIEIRA,
MAKISHIMA, 2000).
O manejo das plantas daninhas pode ser cultural, manual, mecânico ou
químico. O método de controle escolhido será função da época de controle, custo,
mão-de-obra disponível, da rotação de cultura, da tecnologia disponível.
O manejo cultural compreende as etapas de preparo do solo (aração e
gradagem) seguido de irrigação para possibilitar a emergência de invasoras e
posteriormente sua eliminação.
Métodos manuais de controle permitem a eliminação de plantas daninhas nas
linhas e entrelinhas, mas demandam muito tempo e mão-de-obra, além de
operações periódicas, viável apenas em áreas pequenas. Métodos mecânicos não
eliminam plantas invasoras na linha e podem danificar as raízes das plantas de
salsa (VIEIRA, MAKISHIMA, 2000).
O manejo químico é o mais eficiente, requer pouca mão-de-obra e é viável em
pequenas, médias e grandes áreas. Para escolha do produto mais adequado deve-
se conhecer as plantas daninhas predominantes na área, a seletividade do
ingrediente ativo do produto para essas plantas, o custo dos herbicidas disponíveis,
a época em que deve ser aplicado e os equipamentos disponíveis, além da
possibilidade de utilização de mais de um herbicida (VICTORIA FILHO, 1987).
Para aumentar a eficiência pode-se conciliar o manejo cultural ao químico
(VIEIRA, MAKISHIMA, 2000). Todavia, como a salsa não possui herbicidas
registrados deve-se optar por outras alternativas de controle de plantas daninhas
(SIMON et. al. 1988).
2.6.3. Irrigação
A produção obtida é fortemente influenciada pelo volume de água e a
freqüência de aplicação durante o ciclo da cultura. A utilização de um sistema de
irrigação visa à maximização da receita líquida levando em consideração os
recursos limitantes da produção, o preço pago pelo produto no mercado e o nível
tecnológico (ANDRADE JÚNIOR et al., 2001).
O tipo de irrigação mais aplicado para a salsa é o sistema de aspersão
convencional, substituído pelo pivô central em grandes propriedades.
O sistema de aspersão apresenta vantagens, dentre as quais:
• Adequação em diferentes topografias e terrenos;
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• Baixa perda por evaporação e infiltração quando comparada a irrigação de
superfície;
• Baixa demanda de mão-de-obra;
• Pode ser empregado para a aplicação de agroquímicos.
Entre as limitações do sistema de aspersão podem ser citadas: favorecimento
de doenças fúngicas devido ao molhamento foliar, interferência de ventos, maior
consumo de água e maior lixiviação de nutrientes principalmente de nitrogênio.
O turno de rega e a lâmina líquida de água aplicada na irrigação são
dependentes das condições climáticas, das características do solo e do estádio de
desenvolvimento da cultura (MAUROUELLI & SILVA, 2008).
A lâmina bruta aplicada também deve levar em consideração a eficiência do
sistema de aspersão que varia de 60 a 85%, chegando a 90% quando se utiliza o
pivô central. Recomenda–se que no período compreendido entra as operações de
plantio e raleio, as irrigações sejam freqüentes para permitir que a quantidade e o
turno de rega de cada aplicação sejam menores. Terminando essa fase, a irrigação
pode se tornar menos freqüente e mais concentrada que na fase inicial (VIEIRA,
MAKISHIMA, 2000).
2.6.4. Doenças
2.6.4.1. Doenças iniciais
As doenças iniciais em salsa são causadas por fungos de solo que provocam
apodrecimento da região do colo e de folhas primárias das plântulas (SIMON et al.,
1988). Compreendem fungos dos gêneros Pythium, Phytophtora, Rizoctonia,
Sclerotinia, Fusarium e Alternaria.
O fungo do gênero Rhizoctonia, sobrevive da colonização de restos culturais
através de sua atividade saprofítica ou por meio de estruturas de resistência
(KIMATI, 1980). É favorecido por excesso de umidade no solo e acomete diferentes
culturas como o pimentão, soja, feijoeiro, batata e hortaliças em geral.
Os oomicetos do gênero Pythium sobrevivem por sua atividade saprofítica na
matéria orgânica ou pela formação de esporos de resistência
(clamidósporos)(KUCHAREK & MICHEL, 2000). São também favorecidos por alta
umidade (BALMER, 1980), além de temperaturas mais amenas (PEREIRA, 1991).
Seus hospedeiros compreendem poáceas, hortaliças e árvores. A sintomatologia
inclui podridões nas raízes, caules e frutos das plantas ou damping-off em pré ou
pós emergência no início do ciclo. A podridão causada no sistema radicular provoca
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sintomas indiretos na parte aérea como amarelecimento, murcha de folhas e
subdesenvolvimento.
O controle cultural compreende a semeadura em épocas favoráveis à cultura
para que haja um crescimento rápido; a utilização de sementes tratadas, que não se
aplica à cultura da salsa, uma vez que não há produtos registrados para a salsa.
A rotação de culturas não é uma forma de controle eficiente em função da
vasta gama de hospedeiros do oomiceto, todavia, pode impedir o aumento de
inóculos (KUCHAREK & MICHEL, 2000).
Fungos do gênero Fusarium, causam tombamento de mudas e
amarelecimento progressivo em plantas adultas podendo levar à formação de
necrose marginal das folhas, formação de raízes adventícias, queda de folhas,
murcha geral e morte. da planta. O fungo é favorecido por temperaturas de 25 a
32°C, pH elevado, umidade elevada, solos de textura arenosa, adubação deficiente
em potássio e presença de nematóides (BEDENDO, 1995). A sobrevivência do
fungo se dá na forma de clamidósporos. O controle do Fusarium requer a eliminação
de restos culturais, rotação de culturas, uso de sementes sadias, controle de
nematóides e preferência por variedades resistentes (BEDENDO, 1995). Em áreas
pequenas pode-se fazer a esterilização do solo por vapor, solarização ou inundação.
O oomiceto do gênero Phytophthora, causa lesões foliares encharcadas de
formato circular que se expandem na região do colo da plântula. A infecção ocorre
quando a umidade relativa do ar está em torno de 85%. Temperaturas menores que
10°C e acima de 25°C são desfavoráveis à infecção ( ROTEM et. al., 1971). Acima
de 30°C, raramente a doença ocorre, contudo, o pató geno continua vivo, podendo
se proliferar quando o clima se torna mais favorável (LOPES et al., 1994;
ZAMBOLIM et al. , 2000). A doença aparece em plântulas de salsa, tomate,
berinjela, citros, cereja, entre outros. O controle da doença é feito através da
eliminação de restos culturais e plantas hospedeiras, plantio menos adensado, uso
de material de propagação sadio. Devem-se evitar locais de alta umidade relativa
para instalação da cultura e o plantio sucessivo na mesma área e irrigação
excessiva.
Os fungos do gênero Sclerotinia, são patogênicos a uma ampla gama de
famílias, as quais pertencem muitas culturas de importância econômica como a soja,
feijão, tomate, alface, chicória, cenoura, couve-flor, repolho e ervilha (PAVAN;
KRAUCE-SAKATE; KUROZAMA, 2005); além de muitas plantas daninhas.
20
Condições de alta umidade e temperatura são desfavoráveis ao patógeno
(SUBBARAO; HUBBARD; SCHULBACK, 1997). O fungo pode sobreviver no solo na
forma de escleródios por cerca de 10 anos ou ativo em tecido morto ou vivo (ADAM;
AYERS, 1979). A doença pode acometer a cultura tanto nas fases iniciais como no
fim do ciclo, caracterizada por murcha de folhas (SUBBARAO, 1997). A doença se
manifesta por um amarelecimento progressivo das folhas que adquirem um aspecto
aquoso e tombam ao solo. As medidas de controle para salsa reúnem aração
profunda, eliminação das plantas doentes, solarização do solo, cobertura do solo
com plástico, entre outras.
2.6.4.2. Outras doenças
2.6.4.2.1. Cercosporiose
A mancha de cercóspora se desenvolve em uma ampla faixa de temperatura,
porém se torna mais agressiva em temperaturas em torno de 25°C e umidade
relativa do ar superior a 90% que aumentam a intensidade do molhamento foliar.
A disseminação do fungo é feita através do uso de sementes contaminadas,
ventos e respingos d’água. O fungo sobrevive em restos culturais. A sintomatologia
envolve o aparecimento de lesões amarronzadas bem definidas de centro claro e
halos amarelados que progridem das folhas mais velhas para as mais novas
(LOPES et al., 2010)..
O controle é realizado através de cultivares mais adaptadas à região de
cultivo; uso de material de propagação de procedência, plantio em densidade
adequada, eliminação de plantas doentes, adubação nitrogenada equilibrada,
eliminação de restos culturais e de plantas doentes, além de rotação de culturas
(LOPES et al., 2010).
2.6.4.2.2. Mancha -de–alternaria ou pinta preta
A mancha-de-alternaria é uma doença de alta incidência entre culturas
hortícolas, capaz de infectar órgãos vegetais de diferentes famílias (solanáceas,
apiáceas, aliáceas, crucíferas, chichoriáceas). É apontada como uma das principais
doenças da cultura da salsa (REIS et al., 2006).
Os sintomas se evidenciam pela presença de lesões necróticas formadas por
anéis concêntricos de coloração pardo-escura. A alternaria pode causar tombamento
de plântulas pela formação de cancro nas hastes. Nas folhas mais velhas a doença
é manifestada inicialmente por pontuações negras (“pinta preta”) que podem evoluir
21
para manchas marrom- escuras de halos amarelados concêntricos conforme as
variações climáticas. A doença provoca redução de área foliar, quebra de hastes,
morte, perda de rendimento e depreciação. A infecção é mais severa sob altas
temperaturas (25°C a 32°C) e umidade relativa eleva da. A disseminação da doença
se faz por sementes contaminadas, vento, água, insetos, ferramentas, equipamentos
agrícolas e restos culturais (TOFOLI; DOMINGUES, 2004).
O manejo da doença para salsa visa à redução do molhamento foliar por meio
de um bom controle de irrigação, plantio de material sadio, escolha de cultivares
resistentes, adubação nitrogenada equilibrada e aração profunda para eliminar
restos culturais (TOFOLI; DOMINGUES, 2004).
2.6.4.2.3. Septoriose
A septoriose aparece mais comumente em períodos chuvosos e em áreas de
irrigação por aspersão. O patógeno prefere temperaturas mais amenas associada à
alta umidade. A veiculação do patógeno é feita via semente, ventos e água. Pode
ainda colonizar restos culturais. Os sintomas aparecem primeiramente nas folhas
mais maduras, manifestando-se por lesões pouco definidas que levam à seca de
folhas.
Devido à similaridade bioecológica do patógeno com o agente causador da
cercosporiose as medidas de controle supracitadas podem ser adotadas para evitar
ambas as doenças (LOPES et al., 2010).
2.6.5. Pragas
2.6.5.1. Vaquinhas (Diabrotica speciosa, Diabrotica bivittula,
Sternocolaspis quatuordecimcostata)
As vaquinhas pertencem à ordem Coleoptera, família dos crisomelídeos
.Trata-se de uma praga polífaga que acomete, além da salsa, culturas como
abóbora, alface, aveia, arroz, cenoura, brócolis, beterraba, jiló, lentilha, melancia,
melão, pimentão, tomate, berinjela, beterraba, pepino, repolho, couve, chicória,
abobrinha, entre outras. A praga prefere áreas irrigadas e ricas em matéria orgânica.
A fêmea põe seus ovos na superfície do solo ou no colo da planta. O adulto
se alimenta das folhas deixando-as com aspecto ondulado; as larvas se alimentam
das raízes fazendo pequenas perfurações que permitem a entrada de patógenos
provocando morte de plântulas e crescimento irregular.
22
O controle pode ser feito com o uso de variedades mais tolerantes ao ataque
da praga (PRATISSOLI et. al., 2010 a).
2.6.5.2. Lagartas
A cultura da salsa sofre ataque mais comum de lagarta-rosca (Agrotis spp.);
lagarta-militar (Spodoptera frugiperda) e Lagarta-falsa-medideira (Rachiplusia nu).
As lagartas do gênero Agrotis ou lagarta-rosca é assim chamada pelo fato de
enrolarem-se quando tocada. Lagarta do gênero Spodoptera apresentam hábito
similar, mas preferem épocas mais secas.
A fêmea do gênero Agrotis deposita seus ovos na superfície do solo, nas
folhas de poáceas, em restos culturais ou nas plantas cultivadas. Os danos são mais
freqüentes no início do ciclo (30 a 40 dias).
O controle para salsa é o preparo adequado do solo, eliminação de
gramíneas e restos de culturais (VIEIRA & MAKISHIMA, 2000).
Em áreas de rotação com milho é comum o ataque de larvas de
crisomelídeos que correspondem às formas jovens das “vaquinhas” (gêneros
Diabrotica e Cerotoma). O controle pode ser feito por meio do plantio de
curcubitáceas silvestres, como iscas, após serem tratadas com inseticidas (VIEIRA &
MAKISHIMA, 2000).
2.6.5.3. Pulgões
Os pulgões são insetos sugadores de dimensões milimétricas que vivem em
colônias. A reprodução ocorre em temperaturas elevadas e períodos secos via
partenogênese telítoca. Os pulgões apresentam relações simbióticas com formigas
da espécie Solenopsis saevissima. Os prejuízos causados pelos pulgões se
concentram na diminuição da capacidade produtiva decorrente do consumo da seiva
e injeção de toxinas na face abaxial de folhas jovens.
A colonização da cultura é facilitada por desequilíbrios nutricionais como a
aplicação excessiva de nitrogênio.
O controle preventivo envolve plantio de variedades menos suscetíveis,
aumento da freqüência de irrigação sob condições climáticas favoráveis ao inseto,
eliminação de plantas hospedeiras (daninhas) ou ainda controle biológico por meio
da pulverização de fungos entomopatogênicos como Beauveria bassiana e
Neozygites sp. (PRATISSOLI et al., 2010 b)
23
2.6.5.4. Cochonilhas
As cochonilhas semelhantemente aos pulgões são insetos sugadores
pequenos que vivem sob as brotações em colônias e secretam substâncias
açucaradas atraentes ás formigas. São capazes de se reproduzirem realizando ou
não o acasalamento. Realizam a deposição dos ovos no solo, nas plantas cultivadas
ou outras hospedeiras. A disseminação ocorre pelo vento, água de enxurrada,
insetos, equipamentos e torrões.
Na fase ninfal as cochonilhas são móveis e se alimentam das raízes. À
medida que colonizam a planta se desenvolvem e se fixam nas folhas, onde
começam a secretar substâncias que lhes recobrem o corpo. Os danos são oriundos
da sucção da seiva, provocam manchas cloróticas, encarquilhamento, seca e queda
de folhas.
O controle da praga é feito por meio de um bom preparo de solo, adubação e
correção, da utilização de sementes e mudas sadias, limpeza de implementos e
eliminação de plantas hospedeiras. (PRATISSOLI et. al. 2010 c).
2.6.5.5. Nematóides
Os nematóides colonizam diferentes culturas hortícolas tais como: abóbora,
alcachofra, alface, batata, mandioca, melão, quiabo, ervilha, tomate, morango, salsa,
pimentão, repolho, alho, brócolis, coentro, beterraba, cenoura, coentro, entre outras.
As raízes das plantas afetadas sofrem redução parcial na capacidade de
absorção, implicando em subdesenvolvimento. As folhas murcham nas horas mais
quentes do dia e tornam-se cloróticas em grandes infestações. Podem ainda
favorecer a infecção dos tecidos por fungos (CHARCHAR et al., 2010,
Os nematóides são muito freqüentes em áreas degradadas, pobres em
matéria orgânica. As temperaturas mais propícias estão situadas na faixa de 20°C a
30ºC. A disseminação é feita por água de chuva, implementos contaminados, água
de irrigação, mudas infectadas, ventos fortes, animais e trabalhadores. Os
nematóides podem sobreviver vários meses no solo sem que haja uma planta
hospedeira.
Recomenda-se a limpeza de implementos, uso de mudas sadias, limitar o
acesso de animais e pessoas nas áreas infestadas, evitar o plantio contínuo de
culturas suscetíveis, fazer rotação com milho, sorgo ou adubos verdes, limpar
reservatórios de água para evitar a contaminação dos canais de irrigação, expor as
24
camadas sub-superficiais do solo nas horas mais quentes do dia para eliminar
nematóides por dessecação, reduzindo a população (CHARCHAR et al., 2010).
2.6.6. Adubação
2.6.6.1. Adubação mineral
A adubação deve ser baseada na análise de solo, na dinâmica de nutrientes
na planta e no solo e na produtividade esperada. Poucos são os estudos de
adubação existentes para a cultura de salsa. Faltam estudos sobre marcha de
absorção de nutrientes e de diagnose nutricional para recomendação da adubação.
Comumente emprega-se um programa de aplicação de fertilizantes inadequado,
baseado no empirismo (SOUZA & MADEIRA, 2008).
A adubação nitrogenada é particularmente problemática, uma vez que as
culturas hortícolas demandam quantidades relativamente altas desse elemento,
tornando as plantas mais atrativas e suscetíveis ao ataque de pragas e agentes
patogênicos quando a aplicação de fertilizantes nitrogenados é excessiva.
Outro problema comum é a adubação excessiva de potássio que leva ao
aparecimento de deficiências de cálcio e magnésio. Parte do potássio pode ser
fornecida no plantio e o restante em cobertura devido à alta salinidade do cloreto de
potássio (BARTOLOMEU DE SOUZA & FONTES, 2005).
A adubação fosfatada deve ser realizada no sulco devido a sua baixa
mobilidade e maior absorção por interceptação radicular. O enxofre pode ser
adicionado por ocasião da adubação fosfatada na forma de superfosfato de amônio
ou superfosfato simples (SOUZA & MADEIRA, 2008).
Cálcio e magnésio podem ser fornecidos na operação de calagem. Possíveis
deficiências devem ser corrigidas por adubação em cobertura do solo ou através de
pulverizações foliares.
Micronutrientes são fornecidos por fontes inorgânicas ou quelatos. Correções
devem ser realizadas através de pulverizações foliares de absorção mais rápida
(BARTOLOMEU DE SOUZA & FONTES, 2005).
25
2.6.6.1.1. Marcha de absorção de nutrientes
A marcha de absorção relaciona a produção de massa seca com a
quantidade de nutrientes absorvida para cada estádio do ciclo da cultura; visto que
a exigência nutricional é função da taxa de crescimento da planta (GLASS, 1989;
MARSCHNER, 1995).
A grande diferença dos estudos de nutrição mineral para a marcha de
absorção se deposita no fato da última abranger informações sobre a requisição de
macro e micronutrientes em detrimento da exigência em um nutriente isoladamente
(ALVES et. al., 2011).
Embora as plantas superiores tenham apenas 5% de minerais em sua
massa seca, as diferenças entre espécies e cultivares são importantes quanto à
quantidade e a proporção exigida (SILVA JÚNIOR et al., 2005).
Para a cultura do alho cv. Roxo Pérola de Caçador a exigência nutricional
seguiu a seguinte ordem decrescente para os macronutrientes: N > K > Ca > P> S
> Mg e para micronutrientes: Fe > Zn > Mn. > B > Cu (ANDRIOLLI et. al., 2008) ao
passo que para batata cv. Atlantic a ordem dos macronutrientes foi K > N > Ca >
P> Mg > S e para micronutrientes foi Fe > Mn. > B > Zn > Cu (FAVORETTO,
2005).
A marcha de absorção de nutrientes está condicionada a espécie, cultivar,
tipo de folha e idade da planta (MALAVOLTA et. al. 1997). O requerimento de
nutrientes se intensifica nas fases de florescimento e desenvolvimento dos frutos
(HAAG et al. 1981), bem como seu acúmulo e a distribuição na planta
(MARSCHNER,1995, GOTO et. al. 2001).
Alves et. al. (2011) determinaram para couve-flor cv. Verona o período de
maior demanda de macro e micronutrientes aos 60 a 70 dias após o transplante,
período esse coincidente com a fase de florescimento.
A absorção e disponibilidade de nutrientes também são condicionadas por
fatores ambientais como grau de competição, temperatura e umidade do solo,
luminosidade e umidade relativa (PAPADOPOULOS, 1991), época de plantio
(HEUVELINK, 1995) e concentração de nutrientes no solo (FONTES & WILCOX,
1984), uma vez que esses elementos afetam o crescimento e a dificuldade das
raízes extraírem nutrientes do solo (GRANGEIRO &.CECÍLIO FILHO, 2004)
O conhecimento da exigência nutricional da cultura e da cultivar pode ser
aplicado com diferentes finalidades como:
26
a) Estimativa de quanto é exportado na colheita e por extensão, quanto deve
ser reposto no solo (MARSCHNER, 1995).
GRANJEIRO & CECÍLIO FILHO (2004) em estudo com melancia cv. Tide
demonstraram que para uma produtividade de 40 ton há-¹ os frutos exporta: 106,4
kg ha-1 de N, 11,1 kg ha-1 de P, 118,0 kg ha-1 de K, 4,3 kg ha-1 de Ca, 6,8 kg ha-1 de
Mg e 6,0 kg ha-1 de S.
b) Determinação da quantidade de nutrientes contida em cada órgão
vegetativo para referenciar as avaliações nutricionais.
Silva Junior et al. (2005), estudando meloeiro “pele de sapo”, determinaram a
parte vegetativa como região de acúmulo de mais 50% dos nutrientes absorvidos,
sendo que o potássio, o cálcio e nitrogênio foram os nutrientes mais requeridos
pelos frutos.
Em contraposição, para a cultura da melancia cv. Tide, ocorreu maior
acúmulo de nutrientes nos frutos, cerca de 70,4% dos macronutrientes absorvidos,
em detrimento da parte vegetativa responsável pelo acúmulo de apenas 29,6% do
total extraído pela planta (GRANGEIRO & CECÍLIO FILHO, 2004).
c) Os estudos sobre marcha de absorção podem auxiliar na avaliação do tipo
de substrato mais adequado a cada cultura.
Albuquerque & Albuquerque Neto (2008) verificaram maiores concentração de
nitrogênio, potássio, cálcio, enxofre, zinco e manganês na massa seca de plantas,
além de diferença significativa de massa seca e fresca de plantas de alfaces cv.
Solaris cultivada em areia quando comparada com fibra de coco e fibra de coco
mais areia.
d) Definição da quantidade e do período adequado para a aplicação de
fertilizantes;
e) Prevenção e correção de deficiências nutricionais durante o ciclo.
f) Evitar a adubação excessiva, que segundo Raij (1993) é comum entre os
horticultores, que ocasiona prejuízos em termos de nutrição, além de desperdício
de insumo e capital.
A curva de absorção em função da massa seca segue um padrão que pode
ser dividido em três períodos: o primeiro, no qual a taxa de acúmulo é lenta; o
segundo período, onde o acúmulo é intenso até chegar a um ponto máximo a partir
do qual tem início a terceira fase, de ligeira diminuição. (TYLER e LORENZ,1964;
PRATA, 1999; ARAÚJO et al., 2001;LIMA, 2001).
27
Não somente a demanda de nutrientes como também os nutrientes mais
requeridos se alteram ao longo do ciclo da cultura.
Oliveira et al. (2006), em experimento com cenoura cv. Brasília, verificaram o
ponto de máximo acúmulo de massa seca aos 80 dias após a semeadura (DAS)
sendo que aos maior demanda por nitrogênio foi aos 50 a 60 DAS, potássio de aos
60 a 70 DAS, fósforo de aos 70 a 80 DAS e cálcio e magnésio a partir de 50 DAS.
A cultura da salsa é deficiente em estudos sobre marcha de absorção de
nutrientes ou curvas de resposta à aplicação de fertilizantes para controle do nível
crítico no solo.
2.6.6.2. Adubação orgânica
A adubação orgânica é uma fonte alternativa de fornecimento de nutrientes,
além de permitir o aumento de CTC, redução da atividade do alumínio, atua na
disponibilização de micronutrientes e efeito tamponante do solo. Também promove
melhoria da agregação do solo, capacidade de infiltração, aeração e resistência à
processos erosivos, além do aumento da atividade microbiológica (BARTOLOMEU
DE SOUZA & FONTES, 2005).
Em estudo realizado na região de São José do Rio Pardo, obteve-se bom
resultado no acúmulo de matéria seca de folhas aplicando-se 10 t ha -¹ de cama-de-
frango e 0,5 t ha -1 de 4-14-8 na adubação de plantio (NESTLÉ, 2009 b).
2.6.6.3. Adubação verde
A adubação verde consiste na introdução de uma espécie de alta capacidade
de produção de biomassa no sistema de produção agrícola para recobrimento ou
incorporação no solo (SAMINEZ et al., 2007).
Os benefícios que incorrem da adubação verde envolvem a melhoria das
propriedades físicas, químicas e biológicas do solo (ESPINDOLA et al., 1997). O
manejo de adubos verdes cria condições ecológicas mais equilibradas na área de
cultivo.
Em função da alta capacidade competitiva, o adubo verde interrompe o ciclo
de plantas infestantes. O aumento da atividade microbiológica advinda do plantio de
adubos orgânicos e sua incorporação no solo reduz a incidência de doenças
fúngicas, bacterioses e ataque de nematóides (BARRADAS, 2010).
A escolha do adubo verde depende das características limitantes à produção
na área de cultivo. Quando a presença de nematóides é o fator mais limitante pode
28
se optar para o plantio de adubos desfavoráveis a sua proliferação como é o caso
das crotalárias. É possível aumentar o teor de nitrogênio no solo por meio do plantio
de leguminosas ou imobilizar o nutriente quando presente em excesso pelo plantio
de gramíneas (BARRADAS, 2010).
Um efeito indireto da adubação verde, uma vez que propícia melhores
condições à cultura de interesse é o incremento na produtividade.
Em estudo da adubação verde para salsa cv. Lisa Preferida verificou-se
aumento na produção de massa fresca e seca de folhas quando plantada após
incorporação de mucuna-anã (Stilozobium sp.) e Crotalaria spectabilis (NESTLÉ,
2009 c)
2.6.7. Colheita e pós-colheita
A colheita é feita manualmente em pequenas áreas de cultivo de salsa
destinado ao mercado. Podem ser feitos 10 cortes por planta, em média, sendo esse
dependente da pressão de doenças na área de cultivo.
A colheita pode mecanizada nas áreas de cultivo voltadas a indústria. Nessas
áreas devido ao maior adensamento costuma ser mais intensa e, por isso, são
realizados três cortes, em média. O primeiro corte é realizado 60 a 80 dias após a
semeadura, o segundo corte é feito 30 a 35 dias após o primeiro corte e o terceiro
corte 30 a 35 dias após o segundo corte. A produtividade média é de 60 toneladas
por hectare (NESTLÉ, 2009 e).
O tratamento pós colheita mais indicado é a pulverização de água gelada
sobre as folhas de 6 em 6 horas acompanhada da manutenção das plantas a
temperatura de 5°C para salsa cv. Graúda Portuguesa . (ÁLVARES, 2006).
29
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cultura apresenta muitas possibilidades no que se refere ao sistema de
plantio, controle de doenças e pragas, manejo de irrigação e adubação e exploração
medicinal.
A partir do estudo das condições favoráveis ao ataque de agentes
patogênicos e pragas observa-se que esses organismos são prolíficos em áreas
ecologicamente desequilibradas. Nematóides são freqüentes em solos pobres e
degradados; doenças fúngicas e pragas podem ser associadas à adubação
inadequada e excesso de umidade. Baseando-se nas condições ambientais
favoráveis a esses organismos constata-se que boa parte do controle será efetivada
por meio da adoção de medidas que tornem a produção mais sustentável.
Essas medidas envolvem o uso de controle biológico, adubos verdes e
orgânicos para melhoria da atividade microbiológica do solo, que passa a competir
com fungos patogênicos.
Problemas como adubação e irrigação excessiva causadores de deficiências
nutricionais e favoráveis ao ataque de patógenos podem ser solucionados se
referenciados por estudos de demanda hídrica, marcha de absorção, nível crítico de
nutrientes no solo e teor adequado de nutrientes nas folhas.
A germinação lenta pode ser contornada através da semeadura em épocas
mais adequadas à cultura, utilização de métodos de pré-emergência e ainda por
meio do transplante de mudas.
No que repousa sobre o controle químico, não há qualquer tipo de defensivo
registrado para salsa, mas espera-se que o controle químico sofra expansão. Já
existe uma instrução normativa que prevê a extensão do registro já aplicado para
uma cultura de maior impacto econômico para uma “de menor expressão
econômica. O registro de agroquímicos para salsa será de grande importância para
geração de informações sobre eficiência de controle e fitotoxidez na cultura. Além
disso, possibilitará a realização de tratamentos de sementes e controle preventivo de
doenças, além de eliminar a competição da cultura com daninhas durante o período
crítico.
Outro campo de pesquisa que pode ser voltado para a cultura da salsa, além
das técnicas que permeiam seu manejo, seriam estudos relativos à sua exploração
enquanto planta de valor medicinal para elaboração de fármacos e fitoterápicos.
30
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Nara Líndice Carvalho Simone da Costa Mello
Aluna Orientadora
Aprovado em reunião da CDE do Departamento de Produção Vegetal, em __/__/__
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Chefe do Departamento Representante do Departamento Representante indicado
a Comissão de Graduação “ad hoc” pelo Chefe
do Departamento