PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
CLAUDIA DE CAMARGO TOZATO
ANÁLISE FILOGENÉTICA DE PAPILOMAVÍRUS BOVINO (BPV)
IDENTIFICADOS A PARTIR DE LESÕES EPITELIAIS DA
GLÂNDULA MAMÁRIA DE VACAS LEITEIRAS
Londrina/PR
2011
ii
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
CLAUDIA DE CAMARGO TOZATO
ANÁLISE FILOGENÉTICA DE PAPILOMAVÍRUS BOVINO (BPV)
IDENTIFICADOS A PARTIR DE LESÕES EPITELIAIS DA GLÂNDULA
MAMÁRIA DE VACAS LEITEIRAS
Dissertação apresentada ao programa de Pós-
Graduação (nível mestrado) em Ciência Animal
(área de concentração: Sanidade Animal) da
Universidade Estadual de Londrina, como requisito
para a obtenção do título de mestre.
Orientadora: Profª. Drª. Alice Fernandes Alfieri
Londrina/PR
2011
iii
Catalogação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central
da Universidade Estadual de Londrina.
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
T757a Tozato, Claudia de Camargo.
Análise filogenética de papilomavírus bovino (BPV) identificados a partir de lesões
epiteliais da glândula mamária de vacas leiteiras / Claudia de Camargo
Tozato. – Londrina, 2011.
xx, 97 f. : il.
Orientador: Alice Fernandes Alfieri.
Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Estadual de Londrina,
Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal,
2011.
Inclui bibliografia.
1. Bovino de leite – Doenças – Teses. 2. Virus do papiloma – Bovino – Teses. 3.
Virus do papiloma – Filogenia – Teses. 4. Bovino – Infecções – Teses. 5.
Histopatologia veterinária – Teses. I. Alfieri, Alice Fernandes. II. Universidade
Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação
em Ciência Animal. III. Título.
CDU 619:636.2
iv
CLAUDIA DE CAMARGO TOZATO
ANÁLISE FILOGENÉTICA DE PAPILOMAVÍRUS BOVINO (BPV)
IDENTIFICADOS A PARTIR DE LESÕES EPITELIAIS DA GLÂNDULA
MAMÁRIA DE VACAS LEITEIRAS
Dissertação apresentada para a obtenção do título de
Mestre em Ciência Animal (Área de Concentração:
Sanidade Animal) da Universidade Estadual de
Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
________________________________________
Profª. Drª. Alice Fernandes Alfieri
Universidade Estadual de Londrina
________________________________________
Profª. Drª. Giovana W. Di Santis
Universidade Estadual de Londrina
________________________________________
Profª. Drª. Sheila Rezler Wosiacki
Universidade Estadual de Maringá/ Campus
Umuarama/ PR
Londrina, 25 de fevereiro de 2011.
v
Londrina, 25 de fevereiro de 2011.
O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Virologia Animal, Departamento de
Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual
de Londrina como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal pelo
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, área de concentração em Sanidade
Animal, sob orientação da Profª. Drª. Alice Fernandes Alfieri.
A dissertação é parte integrante do projeto de pesquisa n° 578637/2008-1
intitulado “Doenças endêmicas negligenciáveis na pecuária bovina leiteira: Profilaxia da
papilomatose mamária por meio de vacinas VLPs (virus-like particles) produzidas a
partir da ORF L1 do BPV-6”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico - CNPq e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- MAPA, por intermédio da Secretaria de Defesa Agropecuária – DAS, Edital CNPq /
MAPA / SDA - 064/2008.
Os recursos financeiros para o desenvolvimento do projeto foram obtidos junto
às agências e órgãos de fomento à pesquisa abaixo relacionados:
- CAPES: Conselho de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior.
- CNPq: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
- Fundação Araucária: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Paraná.
- FINEP: Financiadora de Estudos e Projetos / MCT
vi
Dedico este trabalho à toda minha família e aos
meus cachorros Zumbi e Tica-Tica e gatos Mercy,
Nina, Tatu e Mimi, companheiros de todas as
horas...
vii
AGRADECIMENTOS
À Profª. Drª. Alice Fernandes Alfieri e ao Prof. Dr. Amauri Alcindo Alfieri, ambos da
Universidade Estadual de Londrina, pela oportunidade, orientação, dedicação e
confiança em meu trabalho.
À Profª. Drª. Giovana W. Di Santis, da Universidade Estadual de Londrina, pela leitura
dos manuscritos e auxílio nas técnicas histopatológicas.
Ao Prof. Dr. Marco Antônio Bacellar Barreiros, da Universidade Federal do Paraná,
Campus Palotina, pelas oportunidades.
À médica veterinária Marlise Pompeus Claus, da Universidade Estadual de Londrina,
pelo auxílio nas coletas de papilomas e nas análises laboratoriais.
À médica veterinária Michele Lunardi, da Universidade Estadual de Londrina, pelo
auxílio nas análises laboratoriais e sugestões do manuscrito.
Aos médicos veterinários Eudes e Rodrigo A.A. Otonel, da Universidade Estadual de
Londrina, pelo auxílio nas coletas de papilomas nas fazendas de Londrina, Ivaiporã e de
Faxinal, PR.
Ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) de Ibiporã, PR, pela disponibilização de
papilomas e às amigas Cidinha e Mariana e ao técnico Davi, pelo auxílio nas coletas.
À médica veterinária Madlaine, da Universidade Estadual de Londrina, pelo auxílio nas
coletas de papilomas no estado de Santa Catarina.
À Associação Cultural e Educacional de Garça, pela disponibilização de amostras da
fazenda escola da FAEF em Garça, SP.
viii
Aos médicos veterinários Danilo e Claudia e ao estagiário Reginaldo, da Universidade
Estadual de Londrina, pelo auxílio no laboratório de anatomia patológica da UEL.
Aos médicos veterinários Elis (Régis), Taís, Raquel, Juliane, Michele, Aline, Juliana,
Otonel e, especialmente, Noemi, todos da Universidade Estadual de Londrina, pela
amizade e pela presença em todos os momentos deste trabalho.
Aos meus pais, Elizeu Tozato e Luiza Cristina Tozato, à minha irmã, Carolina Tozato, e
ao meu sobrinho Leonardo Tozato pela confiança, carinho e suporte.
À minha irmã, Heloísa Tozato e meu cunhado Guilherme Borges, ambos da
Universidade de São Paulo, pelo carinho, suporte e estímulo em todos os momentos
deste trabalho.
ix
“Encontramos a felicidade nos momentos bem
vividos de nossa jornada. Não no destino”..
Dan Millman
x
ABSTRACT
TOZATO, C.C. PHYLOGENETIC ANALYSIS OF BOVINE
PAPILLOMAVIRUSES (BPVs) OF TEAT PAPILLOMAS IN BRAZILIAN
DAIRY CATTLE HERDS. 97f. 2011. Dissertation. (Master’s Degree in Animal
Science) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
The bovine teat papillomatosis is an infectious disease caused by BPV (bovine
papillomavirus) that affects animals of all ages, and has been reported as a health
problem in dairy cattle that determine economic losses. Despite the large number of
herds affected by teat papillomatosis, studies aiming the identification of BPVs that
infect the mammary gland are sporadic. The objective of this study was to identify the
BPV types related to the teat papillomatosis in Brazilian dairy cattle herds. Using the
PCR assay with the generic primers FAP59/FAP64, 40 samples of teat papilloma of 13
dairy herds from three Brazilian states (Paraná, São Paulo, and Santa Catarina) were
analyzed. Twelve animals had multiple lesions and more than one sample was of teat
papilloma was evaluated. The amplified products were sequenced and submitted to
phylogenetic analysis. Histopathology was performed on 29 samples and the AgNOR
histochemical staining was performed in two samples. A product of approximately 480
bp was amplified in all 40 samples. Direct sequencing of amplicons and analysis of the
sequences identified five types of BPV completely characterized (-6, -7, -8, -9, and -10);
one putative type (BAPV9); and two new putative new types, denominated BPV/BR-
UEL6 and -7. BPV-6 was the prevalent viral type identified (45% - 18/40), followed by
BPV-10 (32.5% - 13/40). It was the first identification of BPV-7, -9, -10, and the
putative new type BAPV9 in the American continent, suggesting a possible wide world
distribution of these viral types. The identification of BAPV9 from a teat papilloma
lesion demonstrate the pathogenic potential of this viral type. More than one viral type
was identified in 61.5% (8 / 13) of the herds evaluated. Of the animals with multiple
lesions, 58.3% (7 / 12) had mixed infection characterized by the presence of more than
one viral type. All animals with single infection, with various lesions caused by one
type of BPV, were determined by BPV-6 (5 / 12). Histopathologic analysis showed viral
cytopathic effects in keratinocytes and AgNOR staining technique enabled the
visualization of NORs, demonstrating the intense proliferation of the epidermal
epithelium. All papillomas were classified as true papillomas. This study demonstrates
the diversity of BPV types that affect the mammary gland of dairy cow.
Keywords: cattle, teat papillomatosis, bovine papillomavirus, phylogenetic analysis,
histopathology.
xi
RESUMO
TOZATO, C.C. ANÁLISE FILOGENÉTICA DE PAPILOMAVÍRUS BOVINO
(BPV) IDENTIFICADOS A PARTIR DE LESÕES EPITELIAIS DA
GLÂNDULA MAMÁRIA DE VACAS LEITEIRAS. 97f. 2011. Dissertação.
(Mestrado em Ciência Animal, Área de Concentração: Sanidade Animal) –
Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
A papilomatose mamária é uma doença infecto-contagiosa determinada pelo BPV
(bovine papillomavirus) que acomente animais de todas as idades, e tem sido relatada
como problema sanitário em gado de aptidão leiteira por determinar prejuízos
econômicos para o setor. Apesar do grande número de rebanhos afetados pela
papilomatose mamária, estudos que avaliam a diversidade de BPVs que infectam a
glândula mamária são esporádicos. O objetivo do trabalho foi identificar os tipos de
BPV relacionados com o desenvolvimento de papilomatose mamária em rebanhos
leiteiros. Utilizando a técnica da PCR, com os primers genéricos FAP59/FAP64, foram
analisadas 40 amostras de papilomas de teto de 13 rebanhos leiteiros provenientes de
três estados brasileiros (Paraná, São Paulo e Santa Catarina). Doze animais que
apresentavam múltiplas lesões e tiveram mais de uma amostra de papiloma avaliada. Os
produtos amplificados foram sequenciados para a realização de análises filogenéticas.
Foi realizado o exame histopatológico de 29 amostras e, adicionalmente, foi realizada a
coloração histoquímica AgNOR. Todas as 40 amostras geraram um produto de
aproximadamente 480 pb. O sequenciamento direto dos amplicons e análises das
sequências identificaram cinco tipos de BPV já caracterizados (-6, -7, -8, -9 e -10), um
provável novo tipo (BAPV9) e dois novos prováveis tipos nunca descritos
anteriormente, denominados BPV/BR-UEL6 e -7. O BPV-6 foi o tipo viral identificado
com maior freqüência (45% - 18/40), seguido pelo BPV-10 (32,5% - 13/40). Foi a
primeira identificação no continente Americano dos tipos de BPV -7, -9 e -10 e do
suposto novo tipo BAPV9, recentemente descritos na Europa (BPV-10) e Ásia ( BPV-
7, -9 e -10 e BAPV9), sugerindo a provável distribuição universal desses tipos virais. A
identificação do BAPV9 a partir de lesões de teto demonstra o potencial patogênico
desse tipo viral. Mais de um tipo viral foi identificado em 61,5% (8/13) dos rebanhos
avaliados. Dos animais com múltiplas lesões, 58,3% (7/12) apresentavam infecção
mista caracterizada pela presença de mais de um tipo viral. Todos os animais que
apresentavam infecção simples, isto é, com várias lesões causadas por um tipo de BPV
foram determinadas pelo BPV-6 (5/12). A análise histopatológica mostrou
queratinócitos sob efeito citopático viral e a coloração pela técnica de AgNOR
possibilitou a visualização das NORs, demonstrando a intensa proliferação celular do
epitélio. Todos os papilomas foram classificados histologicamente como epiteliais. O
presente estudo demonstra a diversidade de tipos virais que acometem este sítio
anatômico.
Palavras-chave: bovino, papilomatose mamária, papilomavírus bovino, análise
filogenética, histopatologia.
xii
LISTA DE FIGURAS
Revisão de Literatura
Figura 1. Desenho esquemático do genoma do papilomavírus bovino tipo 1. Fonte:
Alfieri et al., 2007...........................................................................................27
Figura 2. Organização genômica linear do BPV-9 e BPV-10...........................................28
Artigo “Teat papillomatosis associated with recent characterized BPV types (BPV-7,
-9 and -10) in Brazilian cattle herds”
Figura 1. Histopathological evaluation of teat papillomas. (A) Lesion harboring BPV-10
characterized by mild to moderate acanthosis, granular cell layer hyperplasia
and discrete hyperkeratosis. HE staining, 100x. (B) Papillary projections
compounded of orthokeratosis and acantholytic epidermis sustained by scanty
connective-vascular tissue (arrow) in BPV-7-induced lesion. The upper cell
layer hypergranulosis resulted in marked basophilic aspect (empty arrow). HE
staining, 100x. (C) BPV-9 papilloma featuring hypergranulosis and
koilocytosis (centre) in a moderately acantholytic and orthokeratotic
epidermis. HE staining, 400x. (D) High-power field showing basal cell layer
proliferation, mitotic figures (arrows) and empty stromal blood vessels from
BPV-6 cutaneous lesions. HE staining, 400x……………......…………...…47
Artigo “Phylogenetic analyses of bovine papillomavirus (BPV) of teat papillomas in
Brazilian dairy cattle herds”
Figura 1. Neighbour-joining phylogenetic tree reconstructed with FAP sequences of
previously described BPV types, and putative new BPV types. A
representative of each BPV type identified in the study was identified as C2
(BPV-6), E1 (BPV-7), U2 (BPV-8), H3 (BPV-9), F3 (BPV-10), I1 (BAPV9)
and the new putative types desidnated as BPV/BR-UEL6 and -7. The tree is
divided into the previously determined genera Deltapapillomavirus,
Epsilonpapillomavirus, Xipapillomavirus, an unassigned PV genus (BPV-7)
and a probable new genus. The numbers in internal nodes represent the
xiii
bootstrap support values determined for 1000 replicates. The BPV/BRUEL-6
and 7 indicated by shading…………………………………………….…….70
Figura 2. Neighbour-joining phylogenetic tree reconstructed with FAP sequences of
previously described BPV types, and putative new BPV types except BAA3.
A representative of each BPV type identified in the study was identified as C2
(BPV-6), E1 (BPV-7), U2 (BPV-8), H3 (BPV-9), F3 (BPV-10), I1 (BAPV9)
and the new putative types desidnated as BPV/BR-UEL6 and -7. The tree is
divided into the previously determined genera Deltapapillomavirus,
Epsilonpapillomavirus, Xipapillomavirus, and an unassigned PV genus
(BPV-7). The numbers in internal nodes represent the bootstrap support
values determined for 1000 replicates. The BPV/BRUEL-6 and 7 indicated by
shading………………………………………………………………........…71
Figura 3. Photomicrograph of the lesion F2 (BPV-10) stained with AgNOR technique.
Arrows indicate nucleolar organizer regions, demonstrating the high cell
proliferation in keratinocytes (AgNOR staining, 10X objective)…………...72
Figura 4. Photomicrograph of four bovine teat papillomas that had different macroscopic
classifications. A) Lesion C2 (BPV-6/filiform): papilloma filiform, with a
close few papillary projections of similar length. The papillary projections
directed in a similar way. B) Lesion F1 (BPV-10/caulyflower): papilloma
cauliflower, has large numbers of close long papillae, of similar length. The
papillary projections directed similarly. C) Lesion L1 (BPV-6/frond) presents
many papillary projections, with variable length, spaced and directed
asymmetrically. D) Lesion V2 (BPV/BR-UEL7/flat-and-round): papilloma
flat-and-round displays moderate epidermal hyperplasia, flat, extending the
papillary ridges to the dermis (HE stain, objective 4X)……………………..73
Anexo B
Figura 1. Foto documentação de aspectos macroscópicos de papilomatose mamária.
Novilha com papilomatose mamária. A) Múltiplos papilomas no teto e pele
com aspecto de “couve-flor” e “plano”. B) Teto acometido em região de
esfíncter com mastite purulenta causada por infecção secundária. C) Teto
xiv
acometido pela papilomatose, apresentando-se deformado e totalmente
descaracterizado. D) Animal após remoção/coleta de papilomas de
teto...................................................................................................................92
Anexo C
Figura 1. Foto documentação de alterações citopáticas induzidas pelo papilomavírus
bovino em tecido epitelial de glândula mamária. Fotomicrografia de papiloma
da lesão K1, classificado como BPV tipo BAPV9. Primeira descrição
histopatológica da neoplasia determinada por esse tipo viral, que foi
identificado a partir de swabs provenientes de pele de teto saudável de
animais do Japão. Hiperplasia da epiderme, coilocitose moderada e
hiperqueratose. Papiloma exclusivamente de epiderme, sem proliferação
fibroblática, classificado como papiloma verdadeiro (coloração HE; objetiva
de 10X)............................................................................................................93
Figura 2. Fotomicrografia da lesão V2 classificada macroscopicamente como flat-and-
round, induzida por um suposto novo tipo identificado no trabalho (BPV/BR-
UEL7). A) Hiperlasia da epiderme plana, com prolongamento de cristas
papilares para derme (objetiva de 4X). B) Grânulos cerato-hialínicos
grosseiros em grande quantidade. (coloração HE; objetiva de
10X)................................................................................................................94
Figura 3. Fotomicrografia da lesão S1 (BPV-10), demonstrando pela seta intensa
coilocitose nos queratinócitos da camada espinhosa da epiderme (coloração
HE; objetiva de 40X)......................................................................................94
Figura 4. Fotomicrografia da lesão S1 (BPV-10), demonstrando pela seta inclusões
intranucleares nos queratinócitos da camada espinhosa da epiderme
(coloração HE; objetiva de 40X)....................................................................95
Figura 5. Fotomicrografia da lesão U2 (BPV-8). A seta indica região de dermatite
perivascular linfoplasmocitária com predomínio de linfócitos em derme
xv
adjacente, sugerindo provavelmente um estádio inicial de regressão do
papiloma (coloração HE; objetiva de 10X).....................................................96
xvi
LISTA DE TABELAS
Artigo “Teat papillomatosis associated with recent characterized BPV types (BPV-7,
-9 and -10) in Brazilian cattle herds”
Tabela 1. Lesion characteristics and type classification of the viral strains identified…48
Artigo “Phylogenetic analyses of bovine papillomavirus (BPV) of teat papillomas in
Brazilian dairy cattle herds”
Tabela 1. BPV identification and macroscopic characteristics of teat lesions from three
different Brazilian states………………………………….............................74
Tabela 2. Distribution of BPV viral types in herds, animals and
lesions…………,.................................................................................…...….75
Tabela 3. The highest similarity percentage of Brazilian putative new bovine
papillomavirus types with BPV-1 to -10 and putative new BPV
types…………………....................................................................................76
Tabela 4. The highest similarity percentage of Brazilian putative new bovine
papillomavirus types with BPV-1 to -10 and putative new BPV types except
BAA3……………………………………………………………………......76
Anexo A
Tabela 1. Alterações histopatológicas e tipo viral de papilomas de teto...........................91
xvii
LISTA DE QUADROS
Revisão de Literatura
Quadro 1. Funções das proteínas codificadas pelo papilomavírus bovino tipo 1..............29
Quadro 2. Primers utilizados na reação em cadeia da polimerase para a identificação e
análise filogenética do papilomavírus bovino associado a lesões cutâneas....29
xviii
SUMÁRIO
1. REVISÃO DE LITERATURA..............................................................01
Introdução........................................................................................................02
Papilomavírus..................................................................................................03
Classificação viral...........................................................................................03
Estrutura e organização genômica dos papilomavírus...................................05
Controle da transcrição...................................................................................07
Expressão das proteínas virais........................................................................07
Ciclo replicativo..............................................................................................08
Patologia dos papilomavírus bovino (BPV)....................................................09
Tumores do trato digestório e bexiga..............................................................10
Papilomatose cutânea bovina..........................................................................11
Papilomatose mamária....................................................................................14
Resposta imune ao BPV..................................................................................17
Imunoprofilaxia para o BPV............................................................................18
Considerações finais........................................................................................19
Referências......................................................................................................21
2. OBJETIVOS............................................................................................30
3. ARTIGOS PARA PUBLICAÇÃO.........................................................32
3.1 Teat papillomatosis associated with recent characterized BPV types (BPV-
7, -9 and -10) in Brazilian cattle herds.……………………………….…33
Abstract………………………………………………………………..........34
Introduction………………………………………...……...………………..35
Material and Methods………………………………………………….… .36
Papilloma specimens…………………………………...........36
DNA extraction……………………………………………..37
PCR assay………………………………………………... ...37
Sequence analysis……………………………………..……...38
Histopathology…………………………………………………..……39
Results……………………………………………...……….................39
xix
Discussion………………………………..…………………………40
Acknowledgements………………………………………………….42
References…………………………………………………………...43
3.2 Phylogenetic analyses of bovine papillomavirus (BPV) of teat papillomas
in Brazilian dairy cattle herds……………………………………………..…49
Abstract………………………………………….……………………….......50
Introduction………………………………………….……...………………..51
Material and Methods…………………………………...………….54
Papilloma specimens…………………………………...……..54
DNA extraction…………………………………..…….……..54
PCR assay……………………………………………..……...55
Sequence analysis……………………………………..……...56
Phylogenetic analysis………………………………...… ..…..57
Histopathology…………………………………………………… …58
Results……………………..………………………………..................58
PCR and sequence analysis…………………………..…....…58
Phylogenetic analyses…………………………………....…...59
Histology………………………………………..……………..…..….60
Discussion…………………………………..……………..…..……60
Acknowledgements………………………..……………..….…..….65
References……………………………..…………………..……..….66
4. CONCLUSÕES.....................……………......………………..…......77
5. APÊNDICES........................................................................................79
A) Lista de Reagentes............................................................................80
B) Soluções e Tampões..........................................................................82
C) Protocolo de Técnicas.......................................................................85
6. ANEXOS.....................................................................................................90
A) Tabela 1. Alterações histopatológicas dos papilomas de teto induzidas
pelos tipos de papilomavírus bovino identif....................................................91
B) Foto documentação de aspectos macroscópicos de papilomatose
mamária...........................................................................................................92
Figura 1. Novilha com papilomatose mamária. A) Múltiplos
papilomas no teto e pele com aspecto de “couve-flor” e “plano”. B) Teto
xx
acometido em região de esfíncter com mastite purulenta causada por infecção
secundária. C) Teto acometido pela papilomatose, apresentando-se deformado
e totalmente descaracterizado. D) Animal após remoção/coleta de papilomas
de teto...............................................................................................................92
C) Foto documentação de alterações citopáticas induzidas pelo papilomavírus
bovino em tecido epitelial de glândula
mamária...........................................................................................................93
Figura 1. Fotomicrografia de papiloma da lesão K1, classificado
como BPV tipo BAPV9. Primeira descrição histopatológica da neoplasia
determinada por esse tipo viral, que foi identificado a partir de swabs
provenientes de pele de teto saudável de animais do Japão. Hiperplasia da
epiderme, coilocitose moderada e hiperqueratose. Papiloma exclusivamente
de epiderme, sem proliferação fibroblática, classificado como papiloma
verdadeiro (coloração HE; objetiva de
10X).................................................................................................................93
Figura 2. Fotomicrografia da lesão V2 classificada macroscopicamente
como flat-and-round, induzida por um suposto novo tipo identificado no
trabalho (BPV/BR-UEL7). A) Hiperlasia da epiderme plana, com
prolongamento de cristas papilares para derme (objetiva de 4X). B) Grânulos
cerato-hialínicos grosseiros em grande quantidade. (coloração HE; objetiva de
10X).................................................................................................................94
Figura 3. Fotomicrografia da lesão S1 (BPV-10), demonstrando pela
seta intensa coilocitose nos queratinócitos da camada espinhosa da epiderme
(coloração HE; objetiva de 40X).....................................................................94
Figura 4. Fotomicrografia da lesão S1 (BPV-10), demonstrando pela
seta inclusões intranucleares nos queratinócitos da camada espinhosa da
epiderme (coloração HE; objetiva de
40X).................................................................................................................95
Figura 5. Fotomicrografia da lesão U2 (BPV-8). A seta indica região de
dermatite perivascular linfoplasmocitária com predomínio de linfócitos em
derme adjacente, sugerindo provavelmente um estágio inicial de regressão do
papiloma (coloração HE; objetiva de 10X)....................................................96
1. REVISÃO DE LITERATURA
2
REVISÃO DE LITERATURA
Introdução
O rebanho bovino brasileiro cresce, em média, 1,5% ao ano e chegou a mais de
200 milhões de cabeças em 2010 conferindo ao país os títulos de segundo maior
rebanho de bovinos do mundo - atrás apenas da Índia -, de segundo maior produtor de
carne bovina - depois dos Estados Unidos, e de maior exportador mundial do produto
(FAO).
Além da carne, o Brasil também se destaca pela produção anual do leite bovino,
a qual registrou recordes de exportação entre 2000 e 2008 e em 2009 foi de,
aproximadamente, 30 bilhões de litros, com alta de 5,6% em relação ao ano anterior
(IBGE, 2010). De acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), esse crescimento anual da produção de leite no Brasil – que em média
atingiu 1,95% ao ano - corresponde ao aumento da demanda no mercado internacional,
principalmente da China, e a menor oferta dos países produtores de leite. Para Rocha
(2007), este cenário torna o Brasil também um forte candidato a grande exportador
mundial de leite e de produtos lácteos.
Entretanto, do ponto de vista sanitário, os rebanhos bovinos leiteiros brasileiros
apresentam-se susceptíveis a várias doenças de caráter infecto-parasitário que podem
comprometer consideravelmente a saúde animal, a produção leiteira e a rentabilidade da
atividade. Entre as enfermidades tem-se as doenças agudas, que evoluem com sinais
clínicos e que são visíveis em uma observação, e as infecções endêmicas com evolução
subclínica ou crônica e que são “invisíveis”, o que resulta na tendência de se
perpetuarem no rebanho. Como o controle dessas doenças apresenta alto custo
financeiro devido o gasto dispendioso com os tratamentos – quando há, pois no caso de
certas infecções virais ele não existe - e descarte do animal, resta a alternativa de
condutas como o diagnóstico laboratorial e a profilaxia (ALFIERI, 2008).
Um exemplo de infecção viral que causa grandes prejuízos aos rebanhos bovinos
é a papilomatose cutânea, causada pelo papilomavírus bovino (bovine papillomavirus -
BPV) que está amplamente distribuído em rebanhos de todo o mundo e é considerado
endêmico em todo o território brasileiro (ALFIERI et al., 2007). Entre seus efeitos
destacam-se as infecções secundárias, a dificuldade de amamentação do bezerro, a
3
depreciação do couro e o descarte precoce de animais e ainda, no caso de rebanhos de
aptidão leiteira, a papilomatose mamária ocasiona dificuldade de ordenha, retenção de
leite e predisposição a mastite.
Mas se por um lado a papilomatose cutânea caracteriza-se como uma virose que
causa prejuízos ao rebanho, por outro ela ainda constitui-se uma doença negligenciada
do ponto de vista científico e profissional. Exemplo disso são os resultados
contraditórios e deficientes dos vários tratamentos sugeridos, cuja grande maioria não
apresenta comprovação de eficiência (SILVA et al., 2004).
De acordo com este cenário, desenvolver métodos baseados em evidências
científicas para o controle e profilaxia de uma doença negligenciada como a
papilomatose, pode trazer reflexos diretos na produção leiteira da grande maioria dos
rebanhos nacionais.
Papilomavírus
O papilomavírus constitui um grupo de vírus DNA altamente diverso com
potencial para a indução de lesões hiperproliferativas benignas e malignas, tanto na pele
quanto em mucosas de seus hospedeiros naturais. Muito provavelmente, os PVs
ocorram na maioria das espécies de mamíferos, aves e répteis (de VILLIERS et al.,
2004).
Classificação viral
A caracterização do genoma dos papilomavírus (PVs) foi sempre o critério
utilizado para sua nomenclatura e taxonomia, uma vez que eles não apresentam cultura
celular nem marcadores sorológicos. Tradicionalmente, os isolados de PVs que tinham
DNA significativamente diferentes de outros isolados eram chamados de “tipos”, e
todos os PVs eram agrupados com os poliomavírus na família Papovaviridae.
Entretanto, com os estudos moleculares realizados nos últimos 25 anos os PVs
foram diferenciados dos poliomavírus. O resultado de comparações filogenéticas de
grande número de PVs resultou em sua nova classificação, reconhecida pelo “Comitê
Internacional de Taxonomia Viral” (BERNARD, 2007). Atualmente eles são
4
classificados taxonomicamente na família Papillomaviridae, que apresenta várias
divisões.
Os papilomavírus são identificados pela abreviatura PV, juntamente com uma ou
duas letras indicando a espécie hospedeira. Os tipos de PVs seguem a ordem numérica
de descrição. Nos últimos 20 anos o Reference Center for Papillomaviruses at the
German Cancer Research Center tem sido responsável pelo processo de registro dos
HPVs (CHAN et al., 1995; DOOBAR, 2005; BERNARD, 2005; BERNARD, 2007).
Nesta família, como a sequência de nucleotídeos mais conservada é a ORF L1,
ela é responsável pela identificação de novos tipos virais do genoma do PV. Assim,
seguindo a taxonomia atual, o maior ramo taxonômico da família Papillomaviridae é
formado pelo “gênero”, que compartilha menos de 60% de identidade na análise de
nucleotídeos da ORF L1 e entre 23% e 43% de identidade de nucleotídeos na análise do
genoma completo. O sub-ramo taxonômico é formado por “espécies” que compartilham
no gênero entre 60 e 70% de identidade de nucleotídeos. Um novo “tipo” é reconhecido
quando tiver seu genoma completo clonado e o sequenciamento da L1 demonstrar
diferença de identidade de nucleotídeos superior a 10%, quando comparado a todos os
outros PV já descritos naquela espécie. Diferenças entre 2% e 10% definem um
“subtipo” e inferiores a 2% caracterizam uma “variante” viral. Quando somente uma
parte do gene L1 é amplificada e avaliada, sugerindo essas diferenças, o isolado é
denominado de suposto novo tipo (de VILLIERS et al., 2004; BERNARD 2005). Esse
critério, originalmente estabelecido para o HPV, tem sido extrapolado para outros PVs
identificados em outras espécies animais como a bovina, uma vez que não existe
padronização na taxonomia dos PV isolados em animais (de VILLIERS et al, 2004).
Estudos demonstram que o genoma dos PVs evolui lentamente. A árvore
filogenética de todos os PVs de origem humana e animal apresenta uma história
evolutiva tão antiga quanto a dos seus respectivos hospedeiros naturais, isto é, mais de
100 milhões de anos nos casos de PVs de vertebrados e milhares de centenas de anos
para os human papilomavirus (HPVs). No nível taxonômico de gênero existe uma
correlação limitada entre classificação taxonômica, biologia molecular e propriedades
patogênicas, porém, no ramo taxômico que formam uma espécie, os tipos de PV
possuem similaridade genômica e propriedades biológicas semelhantes (BERNARD,
2007).
De acordo com as características clínicas, anatomopatológicas e moleculares, os
BPVs -1 a -6 foram distribuídos em subgrupos na antiga classificação. O subgrupo A
5
(BPV-1,-2 e -5) era constituído por vírus que induzem proliferação fibroblástica e
subgrupo B (BPV-3,-4 e -6) compreendem os vírus epiteliotrópicos (CAMPO, 1995).
Esta distribuição foi baseada na premissa de que cada tipo de BPV tenha especificidade
por algum tecido, apresente determinado aspecto macroscópico e tenha localização
anatômica específica no corpo do animal afetado. Os estudos moleculares recentes,
envolvendo a identificação do BPV presente em lesões cutâneas, sugerem que talvez
esse critério de classificação de acordo com aspecto e localização do papiloma não deva
ser totalmente seguido. A diversidade dos PVs em seres humanos já está comprovada e
alguns tipos virais já foram descritos em outros locais além do primariamente
identificado (DOORBAR, 2005; CLAUS et al., 2008c).
Atualmente, a família Papillomaviridae, com base na biologia e homologia
genômica, é formada por 18 gêneros (Alphapapillomavirus a Sigmapapillomavirus) (de
VILLIERS et al., 2004). Os tipos de BPV identificados até o momento são classificados
em quatro gêneros que incluem o Deltapapillomavirus (BPV-1 e -2), Xipapillomavirus
(BPV-3, -4, -6, -9, -10 e -11), Epsilonpapillomavirus (BPV-5 e -8) e um tipo ainda não
nominado (BPV-7) (de VILLIERS et al., 2004; OGAWA et al., 2004; TOMITA et al.,
2007; HATAMA et al., 2008).
Estrutura e organização genômica dos papilomavírus
Um aspecto importante que caracteriza os PVs é a dificuldade de propagação in
vitro em culturas de monocamada celular, uma vez que in vivo esses vírus se replicam,
naturalmente, no núcleo das células do epitélio e requerem o aparato de diferenciação
celular para a replicação (CAMPO, 2002).
Os PVs são considerados vírus altamente espécie-específicos. O único caso
singular de infecção entre espécies é a infecção de equídeos por papilomavírus bovino
tipos -1 e -2. Após infecção acidental da derme, principalmente os equídeos podem
desenvolver tumores dermais benignos conhecidos como sarcóide equino (CAMPO,
2002).
Em humanos, os estudos de vírus oncogênicos tem proporcionado importantes
descrições de processos celulares como o armazenamento e expressão da informação
genética, o controle de ciclo celular, a tradução de sinal, a regulação da resposta imune e
carcinogênese. A identificação dos tipos virais envolvidos na patologia de tumores
possibilita novas oportunidades de tratamento clínico e o desenvolvimento de
6
estratégias de vacinação. Acredita-se que a ação de imunoprofilaxia com abordagens
específicas antivirais, reduza a incidência desses tumores (NASIR e CAMPO, 2008).
Os estudos com o BPV em bovinos tem possibilitado a compreensão da história
natural do vírus, a ligação direta entre a infecção viral e neoplasia, a correlação entre
vírus-hospedeiro-ambiente, o esclarecimento dos mecanismos imunológicos envolvidos
na resposta à infecção e o desenvolvimento de vacinas antipapilomavírus (NASIR e
CAMPO, 2008).
Os PVs são pequenos vírus oncogênicos, não envelopados, com 55-60nm de
diâmetro e com genoma constituído por DNA fita dupla. O capsídeo viral é composto
por 72 pentâmeros (capsômeros), sendo que 60 capsômeros se ligam de forma
hexavalente e 12 de forma pentavalente, arranjados em superfície de triangulação T=7,
composto pela proteína principal (L1) do capsídeo e a proteína secundária interna do
capsídeo (L2). O DNA genômico viral consiste numa molécula fita dupla circular com
7.3 a 8 kpb. Nos vírions e nas células hospedeiras o genoma está conjugado à
nucleossomos, apresentando aspecto empacotado como cromossomos. A massa
molecular do ácido nucléico é de 5.0x106 daltons e representa 12% da massa do vírion.
A partícula viral é resistente às condições do meio ambiente e a solventes lipídicos
como o éter e clorofórmio (GARCEA e CHEN, 2007; ALFIERI et al., 2007).
O genoma do PV possui sequências conservadas, localizadas em uma das fitas
do DNA, indicando que somente uma fita é utilizada como molde para a transcrição das
proteínas. Não são observadas diferenças na organização entre os gêneros de
papilomavírus. A fita codificante contém cerca de 10 sequências abertas de leitura (open
reading frames - ORFs), que são classificadas conforme a fase de expressão temporal,
sendo que o segmento E (early) contém oito ORFs iniciais, e o segmento L (late)
contém duas ORFs tardias. Além das sequências conservadas existe no genoma viral a
região LCR (long control region - LCR) que controla os processos de transcrição e
replicação viral. O desenho esquemático do genoma do BPV-1 está representado na
figura 1 (ALFIERI et al., 2007).
O segmento E representa 45% do genoma viral e codifica proteínas necessárias
para as fases de transcrição e de replicação viral. Nesse segmento, estão as ORFs que
codificam as proteínas regulatórias e as proteínas oncogênicas dos PVs. As proteínas
“E” são expressas em células recém infectadas, em infecções não produtivas, assim
como em células transformadas. O segmento L representa 40% do genoma viral e
codifica as proteínas do capsídeo (L1 e L2), que são produzidas nas fases tardias da
7
replicação viral e são encontradas somente em células com infecções produtivas. As
ORFs dos PVs estão sobrepostas compactando vários genes em uma pequena extensão
do genoma. Entre os segmentos E e L está o segmento LCR que representa 15% do
genoma viral que não codifica proteínas, mas é constituído por elementos reguladores
da replicação e da transcrição e por promotores que são responsáveis pelos fatores
celulares, além de conter o ponto de origem (ori) da replicação viral (HOWLEY e
LOWY, 2001; ALFIERI et al., 2007).
Controle da transcrição
A LCR do BPV contém 12 locais que interagem com a proteína E2. Essa
proteína é fundamental no ciclo viral do BPV, sendo que é um fator de replicação do
DNA viral e o maior regulador de transcrição viral, que se liga à região LCR ativando
ou reprimindo a transcrição dos genes virais. Além disso, vários outros fatores de
transcrição celular interagem com a LCR, tanto promovendo quanto inibindo a
transcrição dos genes virais. Essas interações resultam em um circuito sincronizado
onde elementos de controle, viral e celular, contribuem para regular a expressão dos
genes virais Quando essa harmonia é desestabilizada, a transcrição dos genes e
expressão das proteínas víricas aumentam, e o resultado é a transformação celular para o
estado neoplásico (NASIR e CAMPO, 2008).
Expressão das proteínas virais
Os genes E1 e E2 estão envolvidos na regulação da transcrição e na replicação
do vírus. Os genes E5, E6 e E7 apresentam regulação negativa dos genes E1 e E2. Na
ausência de E1 e E2 os produtos de E6 e E7 são oncogenes potentes. No BPV-5, o gene
E5 é o principal gene encontrado em células transformadas. Esse gene é altamente
conservado entre os PVs indutores de fibropapilomas nos seus hospedeiros naturais,
além de ter a capacidade de induzir tumores fibroblásticos em hamsters. Provavelmente,
o gene E5 seja o principal responsável pela proliferação de fibroblastos em
fibropapilomas (HOWLEY e LOWY, 2001).
Alguns tipos de BPVs não possuem todos os oncogenes virais em seu genoma.
No BPV-7, descrito em 2007, o gene E5 não foi identificado. A ORF E6 está ausente
nos BPVs-3, -4 e -6, assim como em outros PVs (JACKSON et al.,1991; TERAI et al.,
8
2002). Uma hipótese relevante seria a de que um rearranjo genômico, ocorrido em
ancestrais virais, pode ter contribuído para a evolução de alguns tipos de PVs sem
alguns oncogenes virais. Esses genes também estão envolvidos na adaptação do genoma
dos PVs a vários hospedeiros e tecidos (GARCEA e CHEN, 2007). Em contraste, as
ORFs E1, E2, L2 e L1 são bem conservadas em todos tipos de PVs e seus produtos são
proteínas essenciais para o ciclo de replicação viral (de VILLERS et al., 2004).
As proteínas estruturais L1 e L2 são expressas nos núcleos de queratinócitos
diferenciados. Durante a morfogênese do virion, a proteína L2 se liga ao DNA viral,
auxiliando a montagem do vírus. As proteínas L1 e, possivelmente, L2 mediam a
ligação do vírus com o receptor de membrana celular na infecção. As duas proteínas
codificam epítopos neutralizantes e tem sido empregas com sucesso no
desenvolvimento de vacinas (NASIR e CAMPO, 2008).
O estado físico do genoma do PV pode se apresentar sob duas formas, conforme
o tipo de lesão associada à infecção. Nas lesões benignas, o genoma está presente em
múltiplas cópias, não integrado ao genoma celular, isto é, na forma epissomal. Nas
lesões malignas, o genoma do PV pode se integrar ao genoma da célula hospedeira
formando uma ligação estável. O vírus integrado é incapaz de completar o ciclo
replicativo, visto que os genes essenciais para o término da replicação estão
interrompidos. Quando o fenômeno da integração acontece, o genoma circular do PV é
rompido, geralmente entres os genes E1 e E2. Com a inativação do gene E2, que
codifica uma proteína reguladora que reprime a transcrição excessiva das proteínas E6 e
E7, há aumento dos produtos desses genes (CULLEN et al., 1991).
Ciclo replicativo
Os PVs que induzem uma variedade de lesões hiperproliferativas em tecidos
epiteliais. Apesar das diferenças de potencial oncogênico desses vários tipos de PVs, é
provável que eles compartilhem mecanismos comuns durante o ciclo de vida produtiva
(HOWLEY e LOWY, 2001).
O ciclo de vida produtiva do BPV está intimamente ligado ao programa de
diferenciação do tecido epitelial do hospedeiro (HOWLEY e LOWY, 2001). O receptor
celular de adsorção viral ainda é desconhecido, embora o heparan sulfate pareça
facilitar o acesso do vírus em alguns tipos de células. Os alvos da infecção inicial são as
células epiteliais basais, que são expostas como resultado de microlesões do epitélio
9
estratificado. Após a ligação e entrada do vírus na célula, os virions migram para o
núcleo (LEE e LAIMINS, 2007). A replicação do genoma ocorre na fase S do ciclo
celular por meio da ação das proteínas virais E1 e E2, juntamente com proteínas de
replicação celular. Após a replicação do genoma viral e divisão celular uma das células
filhas migra para longe da camada basal e inicia o programa de diferenciação.
Queratinócitos não infectados interrompem o ciclo celular replicativo, após deixar a
camada basal, e o núcleo é degradado em muitas dessas células em diferenciação. Em
contrapartida, as células infectadas pelo BPV se diferenciam, mas permanecem com o
ciclo celular ativo. Isto permite que células suprabasais, altamente diferenciadas, voltem
a entrar na fase S e mantenham o alto nível de replicação viral. A capacidade das células
diferenciadas de manter a progressão do ciclo celular é mediada, principalmente, pela
ação da proteína viral E7. A amplificação do genoma viral dependente da diferenciação
em células suprabasais e coincide com a ativação dos promotores virais tardios. As
transcrições tardias codificam as proteínas virais do capsídeo (L1 e L2). A progênie dos
virions é montada em células altamente diferenciadas e, em seguida, liberada para o
meio extracelular (LEE e LAIMINS, 2007).
Estudo tem demonstrado que vários tipos de HPV podem ser, aparentemente,
não patogênicos e comportarem-se como agentes comensais da pele saudável de seres
humanos (FOURSLUND et al., 1999; ANTONSSON et al., 2000). O mesmo ocorre em
várias espécies de animais, incluindo a bovina, onde tanto BPVs já caracterizados
quanto aqueles ainda descritos como supostos novos tipos virais tem sido isolados a
partir de swabs de pele saudável (ANTONSSON e HANSSON, 2002; OGAWA et al.,
2004; ANTONSSON e MC MILLAN, 2006).
Patologia do papilomavírus bovino (BPV)
Os PVs são altamente espécie-específicos e estão relacionados com lesões no
epitélio cutâneo e mucoso de várias espécies de mamíferos, aves e répteis (DOOBAR,
2005). As infecções entre diferentes espécies hospedeiras são raras, mas não há infecção
produtiva na segunda espécie. O sarcóide, que é o tumor de pele mais comumente
relatado em equinos e muares, está associado à infecção desses animais pelo BPV-1 e
BPV-2 (NASIR e CAMPO, 2008).
Os BPVs-1 e -2 pertencem ao gênero Deltapapillomavirus e são, usualmente,
denominados fibropapilomavírus. Com frequência, causam infecção no epitélio e na
10
derme induzindo a formação de fibropapilomas. Os BPVs-3, -4, -6, -9, -10 e -11
pertencem ao gênero Xipapillomavirus, são vírus exclusivamente epiteliotrópicos e
induzem a formação papilomas verdadeiros. Os BPVs-5 e -8 são membros do gênero
Episilonpapillomavirus e parecem apresentar patologia dupla, causando fibropapilomas
e papilomas epiteliais e seu genoma compartilha homologia tanto com o gênero
Deltapapillomavirus quanto com o gênero Xipapillomavirus. Com base em análises
filogenéticas foi proposto que o BPV-7 pertença a um novo gênero de BPV. Com base
em análises parciais do gene L1, supostos novos tipos de BPVs têm sido descritos e
aguardam a caracterização genômica completa para a definição taxonômica (BLOCH et
al, 1996; OGAWA et al., 2004; CLAUS et al. 2008a; OGAWA et al., 2007; TOMITA
et al., 2007; NASIR e CAMPO, 2008).
A replicação viral ocorre nos queratinócitos, durante o processo de diferenciação
do epitélio escamoso. Nos fibroblastos, onde o genoma do BPV está presente na forma
epissomal não há replicação viral. Papilomas e fibropapilomas podem ocorrer em
diferentes sítios anatômicos de bovino onde diferentes genotipos de BPV são
encontrados. Os BPVs também podem ser encontrados em células polimorfonucleares
do sangue periférico, no entanto, não existe evidência da replicação viral nessas células.
Essa observação é importante pela implicação na patogênese da infecção, pois sugere
que a corrente sanguínea pode carrear o vírus para diferentes tecidos
(BORZACCHIELLO e ROPERTO, 2008).
Tumores do trato digestório e bexiga
Evidências epidemiológicas demonstram que algumas lesões benignas podem
sofrer transformação maligna em resposta a fatores genéticos ou ambientais
(HOPKINS, 1986). Nesse contexto, a hematúria enzoótica bovina (HE) e o tumor de
trato digestório superior em bovinos são enfermidades relacionadas à associação entre
infecção pelo BPV e a ingestão da planta samambaia (CAMPO et al., 1992).
A hematúria enzoótica bovina apresenta caráter enzoótico em determinadas
regiões geográficas que reúnem condições ideais para o crescimento da samambaia. A
samambaia é uma pteridófita do gênero Pteridium, espécie P. aquinilum, de distribuição
cosmopolita em todas as regiões tropicais. A samambaia apresenta em sua composição
diversas substâncias mutagênicas, carcinogênicas e imunossupressivas. A
11
carcinogenicidade da planta tem sido atribuída a quercetina, ptaquilosídeos e ao ácido
shiquímico (ALFIERI et al., 2007).
A infecção pelo BPV-2 e a intoxicação crônica pela samambaia foram
associadas com lesões vesicais e a sinais cílincos de hematúria enzoótica em bovinos
adultos. Vários estudos indicam que a progressão maligna das lesões do aparelho
urinário depende de uma inter-relação entre a infecção pelo BPV-2 e os compostos
tóxicos presentes na samambaia (CAMPO, 1995; WOSIACKI et al., 2005).
O diagnóstico do BPV-2 por meio de técnicas convencionais é de difícil
realização, particularmente pela não adaptação do vírus em sistemas de replicação in
vitro em culturas celulares. Os avanços nos métodos de diagnóstico molecular tornaram
possível o diagnóstico da infecção pelo PV partir da identificação do DNA viral por
meio de técnicas de hibridação molecular ou pela reação em cadeia pela polimerase
(PCR) (WOSIACKI et al., 2005).
Em bovinos, a infecção pelo BPV-4 pode resultar em papilomas no trato
digestório superior que podem progredir para o câncer quando associada aos compostos
tóxicos presentes na samambaia (CAMPO, 2002; BORZACCHIELLO et al., 2003).
Papilomatose cutânea bovina
Na espécie bovina, o BPV está amplamente distribuído em rebanhos bovinos de
todo mundo, sendo que no Brasil, independentemente do nível de tecnificação da
exploração pecuária, a infecção pode ser encontrada tanto em rebanhos bovinos de corte
quanto, principalmente, em rebanhos com aptidão leiteira em praticamente todo o país.
A maior prevalência da infecção pelo BPV observada nos rebanhos leiteiros, resultando
principalmente no quadro da papilomatose cutânea, pode ser justificada pelo emprego
de práticas de manejo mais intensivas, comuns a esse tipo de exploração (CLAUS et al.,
2007).
Em rebanhos com papilomatose cutânea, na dependência da extensão das lesões,
pode-se observar o comprometimento do desenvolvimento corporal dos animais,
predisposição a infecções secundárias, queda na produção de leite e redução do valor de
mercado do animal, entre outras consequências que podem acarretar prejuízos
econômicos à exploração pecuária de corte e, principalmente, leiteira (CAMPO, 2002).
Normalmente, ocorre a regressão espontânea dos papilomas como resultado da resposta
imune celular, mas alguns animais são incapazes de combater a infecção e podem
12
sucumbir frente a infecção cutânea generalizada ou ao envolvimento da mucosa. Estas
formas de papilomatose são problemáticas e de grande importância econômica
(BORZACCHIELLO e ROPERTO, 2008).
As lesões cutâneas podem apresentar aspectos variados e são classificadas
macroscopicamente em filiformes, na forma típica pedunculada e nas formas atípicas,
planas. Os papilomas do tipo pedunculado apresentam aspecto verrucoso, sugerindo a
forma de “couve-flor”. A base de inserção pode ser ampla ou estreita, com coloração
variando do cinza ao preto e desprovida de pêlos. As lesões, dependendo do número,
podem formar uma grande massa e comprometer extensas áreas da pele. Os papilomas
planos são achatados, com base ampla, de coloração esbranquiçada e com presença de
pêlos. Podem se apresentar de forma agrupada ou isolada e são de difícil remoção
(GUPTA et al., 1989; SMITH et al., 1995).
Alguns tipos de BPVs, ainda não identificados, infectam o epitélio vulvo-
vaginal e os olhos (HATAMA et al., 2008). Existem algumas formas de apresentação
clínica que são relacionadas com o tipo de BPV destacando-se: BPV-1 com
fibropapilomas em teto e pênis; BPV-2 com verrugas cutâneas, fibropapilomas do trato
digestório e tumores de bexiga; BPV-3 com papilomas cutâneos; BPV-4 com papilomas
epiteliais do trato digestório superior; BPV-5 com fibropapilomas de morfologia
macroscópica em formato de grão de arroz no úbere; BPV-6 com papilomas de
morfologia macroscópica classificada como “frond” presentes nos tetos; BPV-8 com
papilomas cutâneos; BPVs-9 e -10 associados com papilomas de teto e úbere
(BORZACCHIELLO e ROPERTO, 2008).
Embora se tenha correlacionado os genotipos virais com o aspecto morfológico
macroscópico das lesões, estudos atuais demonstram resultados que não correspondem a
essa correlação (CLAUS et al., 2008a; MAEDA et al., 2007). Fibropapilomas que
ocorrem no prepúcio e pênis podem sangrar e, frequentemente, apresentar áreas de
necrose. Os fibropapilomas podem se espalhar ao longo do períneo e como os animais
infectados apresentam a tendência de lamberem as lesões, as mesmas podem se
disseminar para o focinho e a boca. Os fibropapilomas podem ainda causar perda de
função reprodutiva e, com isso, promover o descarte precoce dos animais. As lesões
cutâneas induzidas pelo BPV-2 são geralmente encontradas na testa, pescoço, tórax e
costas. Surtos de papilomatose cutânea têm sido descritos em animais confinados
(BORZACCHIELLO e ROPERTO, 2008).
13
O exame histopatológico é uma das formas indiretas de diagnóstico do
papilomavírus. Embora permita a identificação de neoplasias intra-epiteliais, essa
técnica não possibilita a identificação do tipo viral associado à lesão. Achados
histológicos dos papilomas incluem: i) presença de vesículas intracitoplasmáticas
(degeneração hidrópica) em células do estrato espinhoso, ii) aumento na quantidade de
granulações basofílicas, intracitoplasmáticas e intranucleares no estrato granuloso; e iii)
inclusões eosinofílicas intranucleares (HEAD et al., 2002).
A observação microscópica dos papilomas cutâneos revela a presença de
hiperqueratose e hiperplasia celular da camada espinhosa (acantose). Essas células
mostram aumento de tamanho e no número dos desmossomos e tonofibrilas. Outras
células epiteliais podem apresentar alterações degenerativas como a perda das
tonofibrilas, separação dos desmossomos, atipia nuclear focal e vacuolização do
citoplasma. Nas camadas superiores do epitélio essas mudanças são mais pronunciadas.
Na camada granular a degeneração nuclear é evidente, com marginação e condensação
da cromatina (LANCASTER e OLSON, 1982). Em contraste com essas alterações
celulares estão os fibromas induzidos pelos fibropapilomavírus. Estes fibromas
apresentam extensiva proliferação fibroblástica, com as células arranjadas em círculo e
com padrões irregulares. Os fibropapilomas exibem uma combinação desses efeitos,
sendo que a primeira reação da pele é a estimulação dos fibroblastos na derme,
acompanhada por resposta inflamatória com congestão, edema e infiltração leucocitária.
Em torno de uma semana após a infecção a reação inflamatória diminui, porém a
estimulação fibroblástica prossegue, seguida pela invasão da camada papilar da derme
por fibroblastos (JELÍNEK e TACHEZY, 2005). Nos papilomas pedunculados, as
cristas interpapilares penetram profundamente no interior da derme, ao contrário dos
papilomas planos onde o tecido da derme sofre pouco ou nenhuma fibroplasia. A
literatura ressalta a importância da análise do tipo de lesão, uma vez que estudos
demonstram que mesmo com os achados macroscópicos e histológicos compatíveis com
a presença do vírus, somente técnicas de diagnóstico etiológico podem comprovar a
presença viral (GUPTA et al., 1989; SANTIN e BRITO, 2004; MCGAVIN e
ZACHARI, 2007).
14
Papilomatose mamária
A papilomatose mamária é uma forma de manifestação clínica da papilomatose
cutânea na ocorrência neste sítio anatômico. As lesões causadas pelos BPVs em tetos,
assim como na papilomatose cutânea, são denominadas verrugas, papilomatose
mamária ou figueira. Atualmente, foram encontrados oito tipos de BPVs induzindo
lesões em tetos e úberes de bovinos, além de outros tipos virais ainda não
caracterizados. Desde a década de 80, vários estudos que visavam a identificação de
tipos virais associados aos papilomas do aparelho mamário bovino identificaram o
BPV-6 como tipo mais prevalente neste sítio anatômico e, a partir desses estudos, a
papilomatose mamária bovina tem sido associada principalmente ao BPV-6
(LINDHOLM et al., 1984; JARRET et al., 1984; MAEDA et al. 2007).
Lindholm et al. (1984) em estudo realizado com lesões epiteliais de teto animais
provenientes de abatedouro identificaram o BPV-6 em 92% das lesões avaliadas. Maeda
et al. (2007) investigaram um surto de papilomatose mamária em bovinos de leite no
Japão em que 80% do rebanho de 700 animais foi comprometido e encontraram o BPV-
6 em, aproximadamente, 86% (12/14) das lesões analisadas. Ogawa et al. (2004)
utilizando dois pares de primers genéricos, desenvolvidos para identificação de HPVs
cutâneos e mucosos, avaliaram lesões e swabs cutâneos de tetos de bovino de leite de 5
properiedades e identificaram o BPV-6 somente em um swab de pele de teto saudável.
No Brasil, um estudo de identificação de tipos de BPV em lesões cutâneas, o BPV-6 foi
o tipo viral mais prevalente em papilomas de tetos de bovinos de corte (3/3) em 3
rebanhos distintos (CLAUS et al, 2007). Outro estudo no Brasil identificou o BPV-6
associado em co-infecção ao BPV-1 em lesão de teto de bovino de corte (CLAUS et al.,
2008b). Atualmente não há estudos no Brasil com objetivo de identificar os tipos virais
envolvidos na papilomatose mamária. Entretanto, em todo o mundo, já foram
identificados vários tipos de BPVs (BPV-1, -3, -5, -7, -8, -9, -10), além de tipos virais
ainda não totalmente caracterizados (supostos novos tipos), a partir de papilomas de
aparelho mamário bovino (CAMPO et al., 1981; JARRET et al., 1984; LINDHOLM et
al., 1984; CAMPO, 2002; OGAWA et al., 2004; MAEDA et al., 2007; CLAUS et al.,
2007; NASIR e CAMPO, 2008).
A papilomatose mamária é uma doença infecto-contagiosa que compromete
animais de todas as idades, incluindo animais adultos. Porém os animais jovens, com até
os dois anos de idade, são os mais comprometidos. As lesões têm caráter auto-limitante
15
e tipicamente regridem entre 1-14 meses. Ocasionalmente, alguns tumores podem
persistir e progredir para carcinoma de células escamosas (SUNBERG, 1987; CAMPO,
1987). Segundo Campo (2002), fibropapilomas e papilomas de tetos e úberes podem ser
um grande problema econômico em bovinos uma vez que o papiloma pode atingir a
região do períneo e a parte inferior do corpo. Em alguns animais nos quais a regressão
espontânea dos papilomas não ocorre, a infecção pode generalizar pelo aparelho
mamário, inviabilizando a ordenha.
Existe grande variação nos aspectos relacionados à morfologia das lesões e à sua
progressão. Também são desconhecidas algumas características específicas da infecção
destacando-se entre elas: a correlação do tipo viral com o aspecto morfológico
macroscópico da lesão; e a persistência e possível progressão com generalização de
alguns casos. Macroscopicamente, a lesão se inicia com a proliferação de uma pequena
massa abaulada na pele do teto que, com o tempo, aumenta de diâmetro, torna-se áspera
e pedunculada até que o papiloma é formado (BORZACCHIELLO e ROPERTO, 2008)
Papilomas localizados no úbere e nos tetos de vacas em lactação dificultam a
amamentação dos bezerros e a ordenha tanto manual quanto, principalmente, mecânica.
Dentre os problemas mais frequentes ocasionados pelos papilomas destacam-se: i)
dificuldade do encaixe perfeito das teteiras da ordenhadeira mecânica ocasionada pela
irregularidade do tecido epitelial do teto ou distorção do ducto causando vazão do ar e
dificuldade na sucção do leite que comprometem a saúde do teto; ii) condenação de
novilhas ao abate antes mesmo da primeira lactação devido às extensões das lesões; iii)
predisposição à mastite devido à presença de leite residual ocasionada pela sensação
dolorosa que inibe a descida do leite; iv) presença de verrugas ao redor do canal do teto
que também podem predispor à mastite; v) predisposição aumentada para o
desenvolvimento de infecções bacterianas secundárias ocasionadas por lacerações das
verrugas presentes nos tetos (BLOWEY e EDMONDSON, 1995; BORZACCHIELLO
e ROPERTO, 2008).
A característica auto-limite da doença ocasiona negligência por parte dos
criadores no que tange ao controle da infecção. Com frequência, a papilomatose entra
no rebanho por meio da compra de animais infectados, aparentemente com poucos
papilomas, e de baixo valor no mercado, disseminando o vírus no rebanho. O fato dos
criadores ignorarem a presença de alguns animais infectados, mantendo-os juntamente
com animais sadios também predispõe a disseminação da infecção por meio de
16
equipamentos de ordenha, fômites, mãos dos ordenhadores, entre outras formas diretas e
indretas de transmissão do BPV.
Na criação de bovinos são reconhecidos vários fatores predisponentes que,
atuando de forma isolada ou preferencialmente em associação, reconhecidamente
ocasionam distúrbios hormonais que culminam com o desenvolvimento de
imunodepressão dos animais. Falhas na resposta imune são um dos principais fatores
responsáveis pela manutenção e, principalmente, disseminação da infecção intra-
rebanho. Dentre as várias condições que ocasionam o desencadeamento de
imunodepressão destacam-se aquelas relacionadas ao manejo, nutrição e sanidade.
Falhas no manejo dos animais ocasionam condições inapropriadas de bem-estar animal
gerando situações de estresse prolongado e constante, tais como temperaturas extremas
como calor ou frio excessivos, superlotação, locais inapropriados de criação. Nutrição
inadequada, tanto nos aspectos quantitativos quanto qualitativos dos alimentos, diminui
o potencial de resposta imune dos animais. Infestações por endo e ectoparasitas
ocasionam distúrbios relacionados aos aspectos nutricionais e de bem-estar animal
contribuindo, consideravelmente, com a redução no potencial de resposta imune dos
animais. Ainda é possível citar alguns vírus responsáveis por efeitos imunosupressivos
em bovinos como herpesvírus bovino (BoHV-1), vírus da diarréia viral bovina (BVDV)
e vírus da leucemia bovina (BLV).
A eficiência de diferentes protocolos de tratamentos para papilomatose bovina já
foi testada, como a utilização da autovacina, auto-hemoterapia, diaminazina,
clorobutanol. Entretanto a eficiência dos resultados dos tratamentos é contraditória e
deficiente, levando à necessidade da repetição contínua dos mesmos. Por tratar-se de
uma enfermidade autolimitante e que pode variar com cada animal, a avaliação dos
tratamentos é relativa. Embora a porcentagem de “cura” demonstrada pelos tratamentos
seja bastante variada, a autovacina é o tratamento terapêutico que merece destaque. As
variadas taxas de sucesso obtidas com sua utilização podem ser decorrentes de alguns
aspectos relacionados à sua produção e características biológicas do BPV (SILVA et al.,
2004).
Várias medidas, específicas e inespecíficas, podem ser implementadas com o
objetivo de controle da papilomatose bovina. Todas elas devem ser direcionadas para a
redução da circulação viral no rebanho ou para a não geração de situações que
proporcionem a manutenção e a disseminação do vírus intra-rebanho. Entre as medidas
destacam-se: isolamento dos animais infectados; tratamento dos animais; remoção
17
cirúrgica dos papilomas; emprego de auto-vacinas; anti-sepsia das mãos de
ordenhadores; desinfecção de equipamentos e fômites; cuidados especiais em processos
que causem ferimentos na pele tais como colocação de brincos e tatuagens; alteração da
ordem de ordenha com os animais infectados sendo manejados por último; criação em
ambientes adequados que proporcione bem-estar animal; nutrição adequada em termos
quantitativos e qualitativos; controle de endoparasitas; controle de carrapatos e moscas.
Resposta imune ao BPV
A imunidade para as infecções pelo BPV é considerada tipo-específica e o status
imunológico dos animais infectados é considerado fator crucial para a definição da
resolução clínica. Enquanto a imunidade humoral tem a habilidade de prevenir novas
infecções, a imunidade celular, provavelmente envolvendo linfócitos T, é responsável
pela regressão espontânea e imunomediada das lesões já estabelecidas (NICHOLLS e
STANLEY, 2000). As lesões benignas produzidas na infecção cutânea e mucosa pelo
PV apresentam tendência de regressão espontânea. No entanto, algumas infecções com
curso clínico prolongado e que determinam lesões extensas podem, ocasionalmente,
progredir para o câncer. Infecções pelo BPV, ocasionando lesões benignas podem ser
encontradas tanto em animais imunodeprimidos quanto em imunocompetentes. Casos
de papilomatose persistente geralmente são observados em animais imunodeprimidos
(ALFIERI et al., 2007).
O PV deve ser capaz de superar as resposta imune do hospedeiro
para se replicar, no entanto, apesar da superação do vírus, eventualmente, o
hospedeiro produz resposta imune eficaz e as células infectadas são eliminadas.
A resposta imune de bovinos para o BPV é surpreendentemente pobre. Os animais
podem apresentar tumores sólidos, produzindo ativamente vírus em grande quantidade,
porém não respondem facilmente aos antígenos BPV durante o curso da infecção e
anticorpos anti-BPV raramente são detectados. O fracasso do sistema imunológico para
reconhecer tanto a adsorção do vírus quanto a progênie viral é devido ao fato de que o
ciclo replicativo viral é restrito ao epitélio e, portanto, o vírus não entra em contato com
o sistema imune. Essa interpretação é apoiada pelo fato de que os animais a campo que
apresentam tumores ulcerados com hemorragia têm altos títulos de anticorpos anti-BPV.
Adicionalmente, a resposta humoral pode ser obtida após a inoculação intramuscular de
vírus purificado ou de proteínas virais, confirmando que só quando o papiloma está
18
lesionado, ou após a imunização, os antígenos virais entram em contato com as células
do sistema imunológico. Podem ser observadas respostas T e B fracas frente às
proteínas do capsídeo (L1 e L2) ou à proteínas transformantes (E7) em estádios finais da
infecção que parecem estar associadas com a rejeição do papiloma (NASIR e CAMPO,
2008).
Durante a rejeição dos papilomas, grandes massas de linfócitos ativados se
acumulam na derme subjacente. Provavelmente, a resposta imune ineficiente frente ao
BPV seja a principal razão para a persistência da infecção, uma vez que mesmo em
animais imunocompetentes, os papilomas persistem por muitos meses antes que ocorra
a regressão (NASIR e CAMPO, 2008).
Recentemente, estudos demonstraram que além do “escape imunológico” em
razão do ciclo viral confinado ao epitélio, os PVs podem desenvolver formas de evasão
do sistema imune do hospedeiro como a interrupção da expressão do MHC I pela
proteína E5 (O’BRIEN e CAMPO, 2002).
Imunoprofilaxia para o BPV
A expressão dos genes L1 e L2 em células eucarióticas, ou somente do gene L1,
resulta na auto-montagem (empacotamento) das proteínas em partículas semelhantes ao
vírus (VLP – virus-like particles), as quais são estruturalmente e antigenicamente
similares aos virions naturais (KIRNBAUER et al., 1996). O aproveitamento desta
propriedade biológica das proteínas estruturais dos PVs vem sendo empregado com
sucesso na elaboração de diversas vacinas profiláticas para diferentes espécies
hospedeiras, sendo que VLPs produzidas a partir destes genes tem se mostrado
altamente imunogênicas, conferindo proteção quando do desafio com tipo viral
(KIRNBAUER et al., 1996). Estudos demonstraram que a vacina elaborada com a
proteína L1 do BPV-2 promoveu proteção contra a infecção e que o uso da proteína L2
induziu mais rapidamente a regressão de lesões pré-formadas (JARRETT., et al 1991).
Em contrapartida, a vacina com a proteína L2 do BPV-4, proporcionou proteção total
contra o agente. Curiosamente os epítopos da L2 do BPV-4 são homólogos e têm reação
cruzada com epítopos identificados na proteína L2 de vários HPVs, levando a predizer
que vacinas baseadas nas proteínas L2 do HPV poderiam induzir reação imune cruzada
entre diferentes genotipos de HPVs (NASIR e CAMPO, 2008).
19
Vacinas terapêuticas (curativas), designadas para induzir a regressão das lesões
pré-malignas, têm sido desenvolvidas com base na proteína L2 do BPV-2, ou na
proteína E7 do BPV-4. Em ambos os casos, a regressão é acompanhada por infiltração
de linfócitos e macrófagos, que é indicativo de uma resposta imune mediada por células,
semelhante ao observado na regressão natural dos papilomas (NASIR e CAMPO,
2008).
Considerações finais
Enquanto numerosos tipos HPVs já foram definidos, até o início da década de 80
somente seis tipos de BPVs (BPV-1 a -6) haviam sido identificados a partir de casos de
papilomatose cutânea e de câncer em bovinos (PFISTER et al., 1979; CAMPO et al.,
1980, 1981; CAMPO e COGGINS, 1982; CHEN et al., 1982; JARRETT et al., 1984).
Entretanto, estudos realizados a partir do início da década atual, com o objetivo de
investigar a diversidade do BPV, tem indicado a existência de numerosos tipos de BPV,
a exemplo do que ocorre nos seres humanos (ANTONSSON e HANSSON, 2002;
OGAWA et al., 2004).
O principal impedimento para a caracterização de novos PVs é a ausência de um
sistema convencional de cultivo celular para a propagação viral in vitro. Os métodos
recentes para a identificação de novos PVs são baseados em reações de PCR
empregando primers genéricos (degenerados). Estes primers são desenhados a partir de
sequências conservadas do gene que codifica a proteína L1 de tipos de PVs
anteriormente caracterizados. Essa estratégia tem sido utilizada com sucesso na
detecção de um amplo espectro de tipos virais já conhecidos e de novos tipos de HPV,
uma vez que a ORF L1 é a mais conservada no genoma dos PVs. Uma destas
metodologias, envolvendo a utilização do par de primers FAP (FAP59 e FAP64), foi
originalmente desenvolvida para a amplificação de HPVs cutâneos. Porém, essa
estratégia tem também possibilitado a detecção de novos tipos virais tanto em bovinos
quanto em outras espécies animais (FORSLUND et al., 1999; ANTONSSON e
HANSSON, 2002; OGAWA et al., 2004; ANTOSSON e McMILLAN, 2006;
LITERÁK et al., 2006; CLAUS et al., 2008a; CLAUS et al., 2008b; CLAUS et al.,
2008c).
20
Recentemente, a partir da análise de papilomas cutâneos de bovinos no estado do
Paraná, utilizando a técnica de PCR com o par de primers FAP59/FAP64, foram
identificados os tipos de BPV já descritos anteriormente (BPV-1, 2, 6 e 8) e quatro
prováveis novos tipos de BPV que ainda não haviam sido descritos em todo o mundo
(CLAUS et al., 2007; 2008a; 2008b, 2008c).
No Brasil, o estudo mais abrangente envolvendo a epidemiologia molecular da
papilomatose cutânea, observada em diversos rebanhos bovinos do estado do Paraná, foi
realizado por meio do emprego da técnica da PCR com primers genéricos. O BPV-6 foi
o tipo viral mais prevalente em papilomas provenientes de tetos e/ou úberes (CLAUS et
al., 2007). Curiosamente, achado similar foi encontrado em estudo realizado no Japão,
que teve como objetivo a identificação dos tipos de BPV mais prevalentes em um surto
de papilomatose mamária envolvendo 560 novilhas (MAEDA et al., 2007).
Dentre os 11 tipos de BPVs até então caracterizados, tem-se o relato da
ocorrência de oito tipos virais em lesões cutâneas dos tetos e úberes de animais
acometidos por papilomatose cutânea (NASIR e CAMPO, 2008). Porém, a realização
de investigações epidemiológicas em diversas regiões geográficas, as quais venham
elucidar quais os tipos mais prevalentes em lesões da glândula mamária de bovinos,
ainda podem ser consideradas escassas em todo o mundo.
A imunidade para as infecções pelo BPV é considerada tipo-específica e o status
imunológico dos animais infectados é considerado fator crucial para definir a resolução
clínica. Enquanto a imunidade humoral tem a habilidade de prevenir novas infecções, a
imunidade celular é responsável pela regressão espontânea e imunomediada das lesões
já estabelecidas (NICHOLLS e STANLEY, 2000).
Em bovinos, vacinas preventivas também tem sido desenvolvidas contra os
BPVs tipos 2 e 4, sendo que estes dois tipos virais foram, respectivamente,
selecionados como representativos para os papilomavírus cutâneos e mucosos, e
também porque ambos os tipos estão relacionados com a determinação de câncer em
bovinos (CAMPO et al., 1993).
O desenvolvimento de vacinas e estratégias imuno-profiláticas contra a
papilomatose mamária, requer previamente a identificação dos tipos de BPV mais
prevalentes na neste sítio anatômico. O controle e profilaxia de uma doença
negligenciada como a papilomatose pode trazer reflexos diretos na produção leiteira da
grande maioria dos rebanhos nacionais.
.
21
Referências
ALFIERI, A.A. Gestão profilática das principais doenças infecto-contagiosas em
bovinos leiteiros. In: SANTOS, G.T.; UHLIG, L.; BRANCO, A.F.; JOBIM, C.C.;
DAMASCENO, J.C.; CECATO, U. (Edts.) Bovinocultura de Leite. Maringá:
UEM, 2008. p.131-178.
ALFIERI, A.A; WOSIAKI, S.; ALFIERI, A.F. Papillomavirus. In: FLORES, F. E.
Virologia Veterinária. Santa Maria: UFSM, 2007. p.399-412.
ANTONSSON, A.; HANSSON, B.G. Healthy skin of many species harbors
papilomaviruses which are closely related to their human counterparts. Journal of
Virology, v.76, n.24, p.12537-12542, 2002.
ANTONSSON, A.; MC MILLAN, N.A. Papillomavirus in healthy skin of Australian
animals. Journal of General Virology, v.87, p.3195-3200, 2006.
ANTONSSON, A.; FORSLUND, O.; EKBERG, H.; STERNER, G.; HANSSON, B.G.
The ubiquity and impressive genomic diversity of human skin papillomaviruses
suggest a commensalic nature of these viruses. Journal of Virology, v.74, 2000.
BERNARD, H.U. The clinical importance of the nomenclature, evolution and taxonomy
of human papillomaviruses. Journal of Clinical Virology, v.32, p.1-6, 2005.
BERNARD, H.U. Phylogeny and typing of papillomaviruses. In: GARCEA, L. R. The
Papillomavirus. Nova York: Springer Science, 2007. p.69-83.
BLOCH, N.; BREEN, M.; IRVIN, Z.V.; SPRADBROW, P.B. Bovine papillomavirus
type 4 DNA isolated from a skin lesion in a steer. The Veterinary Record, v.136,
p.414-416, 1996.
BLOWEY, R.; EDMONDSON, P. Mastitis Control in Dairy Herds. Ipswich United
Kingdom: Farming Press, 1995. 196 p.
BORZACCHIELLO, G.; ROPERTO, F. Bovine papillomaviruses, papillomas and
cancer in cattle. Veterinary Research, v.39, n.5, p.45-64, 2008.
BORZACCHIELLO, G.; IOVANE, G.; MARCANTE, M.L.; POGGIALI, F.;
ROPERTO, F.; ROPERTO, S.; VENUTI, A. Presence of bovine papillomavirus
type 2 DNA and expression of the viral oncoprotein E5 in naturally occuring urinary
bladder tumors in cows. Journal of General Virology, v.84, n.11, p.2921-2926,
2003.
CAMPO, M.S. Papillomas and cancer in cattle. Cancer Surveys, v.06. p. 39-54, 1987.
22
CAMPO, M.S. Infection by bovine papillomavirus and prospects for vaccination.
Trends in Microbiology, v.3, p.92-97, 1995.
CAMPO, M.S. Animal models of papillomavirus pathogenesis. Virus Research, v.89,
p.249-261, 2002.
CAMPO, M.S.; COGGINS, L.W. Molecular cloning of bovine papillomavirus genomes
and comparison of their sequence homologies by heteroduplex mapping. Journal of
General Virology, v.63, p.255-264, 1982.
CAMPO, M.S.; JARRET, W.F.H.; BARRON, R.; O’NEILL, B.W.; SMITH, K.T.
Association of bovine papillomavirus type 2 and bracken fern with bladder cancer in
cattle. Cancer Research, v.52, n.24, p.6898-6904, 1992.
CAMPO, M.S.; JARRETT, W.F.H.; GRINDLAY, G.J.; CHANDRACHUD, L.M.;
MCGARVIE, G.M.; O’NEIL, B.W. Prophylactic and therapeutic vaccination
against a mucosal papillomavirus. Journal of General Virology, v.74, p.945-953,
1993.
CAMPO, M.S.; MOAR, M.H.; JARRETT, W.F.H.; LAIRD, H.M. A new
papillomavirus associated with alimentary cancer in cattle. Nature, v.286, p.180-
182, 1980.
CAMPO, M.S.; MOAR, M.H.; LAIRD, H.M.; JARRETT, W.F. Molecular
heterogeneity and lesion site specificity of cutaneous bovine papillomaviruses.
Virology, v.113, p.323-35, 1981.
CHAN, S.Y.; DELIUS, H.; HALPERN, A.L.; BERNARD, H-U. Analysis of genomic
sequences of 95 papillomavirus types: uniting typing, phylogeny, and taxonomy.
Journal of Virology, v.69, n.5, p.3074-3083, 1995.
CHEN, E.Y.; HOWLEY, P.M.; LEVINSON, A.D.; SEEBURG, P.H. The primary
structure and genetic organization of the bovine papillomavirus type 1 genome.
Nature, v.299, p.529-534, 1982.
CLAUS, M.P. Identificação e estudo da diversidade do papilomavírus associado a
lesões cutâneas em bovinos. 2008. p. 139. Tese (Doutorado em Saúde Animal)
Universidade Estadual de Londrina. 2008c. Disponível em
<http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000129203>. Acesso em:
13/12/2010.
CLAUS, M.P.; LUNARDI, M.; ALFIERI, A.F.; FERRACIN, L.M.; FUNGARO,
M.H.P.; ALFIERI, A.A. Identification of unreported putative new bovine
23
papillomavirus types in Brazilian cattle herds. Veterinary Microbiology, v.132,
n.3-4, p.396-401, 2008a.
CLAUS, M.P.; LUNARDI, M.; ALFIERI, A.F.; SARTORI, D.; L.M. FUNGARO,
M.H.P; ALFIERI, A.A. Bovine papillomavirus type 8: the new type of BPV,
recently described in Asia and Europe, is also present in South America. Pesquisa
Veterinária Brasileira, v. 29, p. 25-28, 2008b.
CLAUS, M.P.; VIVIAN, D.; LUNARDI, M.; ALFIERI, A.F.; ALFIERI, A.A.
Phylogenetic analysis of bovine papillomavirus associated with skin warts in cattle
herds from the state of Paraná. Pesquisa Veterinária Brasileira, v.27, p.314-318,
2007.
CULLEN, A.P.; REID, R.; CAMPION, M.; LÖRINCZ, A.T. Analysis of the physical
state of different human papillomavirus DNAs in intraepithelial and invasive
cervical neoplasm. Journal of Virology, v.65, n.2, p.606-612, 1991.
de VILLIERS, E.M.; FAUQUET, C.; BROKER, T.R.; BERNARD, H.U.; ZUR
HAUSEN, H. Classification of papillomaviruses. Virology, v.324, p.17-27, 2004.
DOORBAR, J. The papillomavirus life cycle. Jounal of Clinical Virology, v.32, p.7-
15, 2005.
FORSLUND, O.; ANTONSSON, A.; NORDIN, P.; HANSSON, B.G. A broad range of
human papillomavirus types detected with a general PCR method suitable for
analysis of cutaneous tumours and normal skin. Journal of General Virology, v.80,
p.2437-2443, 1999.
GARCEA, L.R.; CHEN, X. Papillomavirus Structure and Assembly. In: GARCEA, L.
R. The Papillomavirus. Nova York: Springer Science, 2007. p.69-83.
GUPTA, M.P.; GUPTA, P. P.; RATHORE, S.S.; GUPTA, A.K. Bovine cutaneous
papillomatosis - a case report. Indian Veterinary Jounal, v.66, p.358-359, 1989.
HATAMA, S., NOBUMOTO, K., KANNO, T. Genomic and phylogenetic analysis of
two novel bovine papillomavirus, BPV-9 e BPV-10. Journal of General Virology,
v.89, p.158-163, 2008.
HEAD, K.W.; ELSE, R.W.; DUBIELZIG, R.R. Tumours of the alimentary tract. In:
MEUTEN, D.J. Tumours of domestic animals. 4ed. Iowa: Ames, 2002. p.401-481.
HOPKINS, N.C.G. Aetiology of enzootica haematuria. The Veterinary Record, v.118,
n.26, p.715-717, 1986.
HOWLEY, P.M.; LOWY, D.R. Papillomaviruses and their replication. In: Fields
Virology, 4ed. Philadelphia, PA: Lippincott-Raven, 2001. p. 2197-2229.
24
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010. Abate de
animais, produção de leite, couro e ovos. Disponível em
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/producaoagrope
cuaria/abate-leite-couro-ovos_201003_2.shtm>. Acesso em 03/01/2010.
JACKSON, M.E.; PENNIE, W.D.; McCAFFERY, R.E.; SMITH, K.T.; GRINDLAY,
G.J.; CAMPO, M.S. The B subgroup bovine papillomavirus lack an identifiable E6
open reading frame. Molecular Carcinogenic, v.4, n.5, p.382-387, 1991.
JARRETT, W.F.H.; CAMPO, M.S.; O’NEIL, B.W.; LAIRD, H.M; COGGINS, L.W. A
novel bovine papillomavirus (BPV-6) causing true epithelial papillomas of the
mammary gland skin: a member of a proposed new BPV subgroup. Virology, v.136,
p.255-264, 1984.
JARRETT, W.F.; SMITH, K.T.; O’NEIL, B.W.; GAUKROGER, J.M.;
CHANDRACHUD, L.M.; GRINDLAY, G.J.; McGARVIE, G.M.; CAMPO, M.S.
Studies on vaccination against papillomaviruses: prophylatic and therapeutic
vaccination with recombinant structural proteins. Virology, v.184, n.1, p.33-42,
1991.
JELÍNEK, F. and TACHEZY, R. Cutaneous papillomatosis in cattle. Jounal of
Comparative Pathology, v.132, p.70-81, 2005.
KIRNBAUER, R.; CHANDRACHUD, L.M.; O'NEIL, B.W.; WAGNER, E.R.;
GRINDLAY, G.J.; ARMSTRONG, A.; MCGARVIE, G.M.; SCHILLER, J.T.;
LOWY, D.R.; CAMPO, M.S. Virus-like particles of bovine papillomavirus type 4 in
prophylactic and therapeutic immunization. Virology, v.219, n.1, p.37-44, 1996.
LANCASTER, W.D.; OLSON, C. Animal papillomaviruses. Microbiology Research,
v.46, n.2, p.191-207, 1982.
LEE, C.; LAIMINS, L.A. The life cycle of human papillomaviruses in keratinocytes. In:
GARCEA, L. R. The Papillomavirus. Nova York: Springer Science, 2007. p.45-67.
LINDHOLM, L.; MURPHY, J.; O’NEIL, B.W; CAMPO, M.S.; JARRETT, W.F.H.
Papillomas of the teats and udder of cattle and their causal viruses. Veterinary
Record, v.115, n.22, p. 574-577, 1984.,
LITERÁK, I.; TOMITA, Y.; OGAWA, T.; SHIRASAWA, H.; SMÍD, B.; NOVOTNÝ,
L.; ADAMEC, M. Papillomatosis in a European bison. Journal of Wildlife
Disease, v.42, p.149-153, 2006.
MAEDA, Y.; SHIBAHARA, T.; WADA, Y.; KADOTA, K.; KANNO, T.; UCHIDA,
I.; HATAMA, S. An outbreak of teat papillomatosis in cattle caused by bovine
25
papillomavirus (BPV) type 6 and unclassified BPVs. Veterinary Microbiology,
v.121, p.242-248, 2007.
MCGALVIN, M.D.; ZACHARI, J.F. Pathologic Basis of Veterinary Disease. 4ed. St
Louis: Mosby, 2007. p.301-461.
NASIR, L.; CAMPO, M.S. Bovine papillomaviruses: their role in the aetiology of
cutaneous tumours of bovids and equids. Veterinary Dermatology, v.19, p.243-
254, 2008.
NICHOLLS, P.K.; STANLEY, M.A. The immunology of animal papillomaviruses.
Veterinary Immunology and Immunopathology, v.73, p.101-127, 2000.
O’BRIEN, P.M.; CAMPO, M.S. Evasion of host immunity directed by papillomavirus-
encoded proteins. Virus Reseach, v.88, p.103-117, 2002.
OGAWA, T.; OKADA, M.; SHIRASAWA, H. Complete genomic and phylogenetic
position of bovine papillomavius type 7. Jounal of General Virology, v.88, p.1934-
1938, 2007.
OGAWA, T.; TOMITA, Y.; OKADA, M.; SHINOZAKI, H.K.; KAIHO, I.;
SHIRASAWA, H. Broad-spectrum detection of papillomaviruses in bovine teat
papilomas and health teat skin. Jounal of General Virology, v.85, p.2191-2197,
2004.
PFISTER, H.; LINZ, U.; GISSMAN, L.; HUCHTHAUSEN, B.; HOFFMAN, D.; ZUR
HAUSEN, H. Partial characterization of a new type of bovine papilloma viruses.
Virology, v.96, p.1-8, 1979.
ROCHA, A.M. Futuro promissor para exportação de leite. Valor Econômico, 2007.
Disponível em:
<http://www.americalatina.org.br/internas.php?noticias=&interna=22512>. Acesso
em 12/01/2011.
SANTIN, A.P.I.; BRITO, L.A.B. Caracterização anatomopatológica da papilomatose
cutânea em bovinos leiteiros. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v.10, n.3,
p.161-165, 2003.
SILVA, L.A.F.; VERÍSSIMO, A.C.C.; VIANA FILHO, P.R.L.; FIORANTI, M.S.C.;
EURIDES, D.; LINHARES, G.C.F.; ROMANI, A.F.; TRINDADE, B.R. Eficiência
da repetição de diferentes protocolos de tratamentos para papilomatose bovina.
Revista da Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia, Uruguaiana,
v.11, n.1, p.153-165, 2004.
26
SMITH, H.A.; JONES, T.C.; HUNT, R.D. Veterinary pathology, v.4, p.508-515,
1995.
SUNDBERG, J.P. Papillomavirus infections in animals. In: Papillomaviruses and
Human disease. Berlin: Springer, 1987. p. 40-103.
TERAI, M.; DeSALLE, R.; BURK, R.D. Lack of canonical E6 and E7 open reading
frames in bird papillomaviruses: Fringilla coelebs papillomavirus and Psittacus
erithacus timneh papillomavirus. Journal of Virology, v.76, n.19, p.10020-10023,
2002.
TOMITA, Y.; LITERÁK, I.; OGAWA, T.; JIN, Z.; SHIRASAWA, H. Complete
genomes and philogenetic positions of bovine papilomavirus type 8 and variant type
from European bison. Virus Genes, v.35, p. 243-249, 2007.
WOSIACKI, S.R.; BARREIROS, M.A.B.; ALFIERI, A.F.; ALFIERI, A.A. Semi-
nested-PCR for detection and typing of bovine papillomavirus type 2 in urinary
bladder and whole blood from cattle with enzootic haematuria. Journal of
Virological Methods, v.126, n.1-2, p.215-219, 2005.
27
Ilustrações
Figura 1. Desenho esquemático do genoma do papilomavírus bovino tipo 1. Fonte:
Alfieri et al. (2007). Modificado de Frazer (2004).
28
Figura 2. Organização genômica linear do BPV-9 e BPV-10. As caixas
representam as early (E) e late (L) ORFs. A longa região de controle (LCR)
abrangendo os nucleotídeos 7158–323 no BPV-9 e 7006–101 no BPV-1 está
representada expandida abaixo do genoma. , Sinal de poliadenilação; , sítio
de ligação de E2; , sítios de ligação de E1; , protomotores virais. Modificado
de Hatama et al. (2008). Disponível no GenBank (NC_ 18089739).
29
Quadro 1. Funções das proteínas codificadas pelo papilomavírus bovino tipo 1
Fonte: Alfieri et al. (2007)
Quadro 2. Primers utilizados na reação em cadeia da polimerase para a identificação e análise
filogenética do papilomavírus bovino associado a lesões cutâneas.
Primera Sequência
b nt HPV-8
FAP59 5’TAA CWG TIG GIC AYC CWT ATT 3’ 5981-6001
FAP64 5’CCW ATA TCW VHC ATI TCI CCA TC 3’ 6458-6436
a Fourslund et al. (1999)
b Nucleotídeos degenerados: W=T, C; I=Inosina; Y=C, T; V=A, C, G; H=A, T, C.
2. OBJETIVOS
32
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Identificar os tipos de BPV relacionados com o desenvolvimento de
papilomatose mamária em rebanhos bovinos leiteiros brasileiros.
Objetivos Específicos:
Detectar a presença dos BPVs envolvidos nas lesões cutâneas do aparelho
mamário de bovinos leiteiros pertencentes às regiões brasileiras alvo do estudo
empregando os primers genéricos (FAP) desenhados a partir da ORF L1;
Sequenciar os amplicons-FAP e realizar as análises filogenéticas por meio da
comparação das sequências obtidas com as disponíveis em bases públicas de dados;
Verificar as diferentes alterações histopatológicas e correlacionar o tipo de lesão
ao genótipo do BPV.
33
3. ARTIGOS PARA PUBLICAÇÃO
34
3.1 TEAT PAPILLOMATOSIS ASSOCIATED WITH RECENT
CHARACTERIZED BPV TYPES (BPV-7, -9 AND -10) IN BRAZILIAN
CATTLE HERDS*
* Artigo editado de acordo com as normas de publicação do periódico Veterinary Microbiology,
disponível em: http://www.elsevier.com/wps/find/journaldescription.cws_home/503320/authorinstructions
35
TEAT PAPILLOMATOSIS ASSOCIATED WITH RECENT
CHARACTERIZED BPV TYPES (BPV-7, -9 AND -10) IN BRAZILIAN
CATTLE HERDS
Abstract
Teat papillomatosis has been reported in dairy herds worldwide as a cattle health
problem responsible for economic losses. Despite the high number of cattle herds
affected by cutaneous papillomatosis, studies evaluating BPV diversity remain sporadic.
The aim of the current report was to genotype the BPV types associated with teat
papillomas obtained from Brazilian cattle herds. Fifteen teat papilloma lesions
underwent papillomavirus DNA detection via the FAP PCR assay and were processed
for histopathological evaluation. BPV-6, -7, -9, and -10 were identified in ten (66.7%),
two (13.3%), one (6.7%), and two (13.3%) papilloma specimens, respectively. All
specimens analyzed were classified as true papillomas. This finding demonstrates the
great diversity in BPV types that occurs in benign teat lesions. This study represents the
first report of the identification of the recently characterized BPV types 7, 9, and 10
associated with cases of teat papillomatosis in cattle from the South American
continent.
Keywords: Bovine papillomavirus; cutaneous papillomatosis; papilloma; warts;
histopathology.
36
1. Introduction
Papillomaviruses are able to induce cutaneous warts in the skin and mucosal
epithelia of most higher vertebrate species examined. Some specific viral types have the
potential to cause malignant progression in papillomatous lesions of animals and
humans (Antonsson, Hansson, 2002, de Villiers et al., 2004). In cattle, bovine
papillomaviruses (BPV) are known as the etiological agents of distressing diseases such
as cutaneous and teat papillomatosis, papillomatosis and cancers of the upper
gastrointestinal tract and urinary bladder (Campo, 2002, Borzacchiello et al., 2003a,
2003b, Wosiacki et al., 2006).
Teat papillomatosis has been reported in dairy herds worldwide as a cattle health
problem responsible for economic losses, as milking can become difficult in markedly
affected individuals. Ulceration and rupture of established cutaneous lesions may
predispose dairy cattle to mastitis and distortion of the milk ducts. Additionally, the
maintenance of affected heifers with alteration in mammary gland shape and/or even of
herds with a high number of affected animals may prevent economic profits in the dairy
industry (Campo, 2002, Borzacchiello, Roperto, 2008).
Currently, the genomes of ten BPVs (BPV-1 to -10) have been fully
characterized. They are classified in four genera based on their biological properties and
genome relatedness. These genera are Deltapapillomavirus (BPV-1 and -2),
Xipapillomavirus (BPV-3, -4, -6, -9, and -10), Epsilonpapillomavirus (BPV-5 and -8),
and a yet unnamed PV genus (BPV-7) (Hatama et al., 2008). Moreover, the occurrence
of numerous additional viral types has been proposed based on partial nucleotide
sequence analysis of the major capsid protein L1, obtained both from benign cutaneous
lesions and swab samples of healthy skin from cattle (Antonsson, Hansson, 2002,
37
Ogawa et al., 2004, Maeda et al., 2007, Claus et al., 2008, 2009a). Papilloma lesions
found in teats and udders can be caused by diverse BPV types. Although these warts can
be caused by several viral types, BPV-6 has often been identified in this anatomical
location. However, the association of BPV-1, -3, -5, -7, -8, -9, -10, and other types still
to be characterized, have indeed been confirmed in mammary glands of cattle (Campo
et al., 1981, Jarrett et al., 1984, Ogawa et al., 2004, Maeda et al., 2007, Claus et al.,
2007, 2008).
Despite the high number of cattle herds affected by cutaneous papillomatosis in
several geographical regions in Brazil, studies evaluating BPV diversity associated with
different clinical outcomes remain sporadic (Santos et al., 1998, Freitas et al., 2003,
Wosiacki et al., 2005, 2006, Claus et al., 2007, 2009a, 2009b).
The aim of the current report was to genotype the BPV types associated with
papilloma lesions obtained from cattle herds with teat papillomatosis. To our
knowledge, this study represents the first attempt to investigate the BPV diversity
related to cases of teat papillomatosis in cattle from Brazil.
2. Material and Methods
2.1. Papilloma specimens
Fifteen teat papilloma lesions were individually collected from dairy cows
belonging to two different cattle herds from the northern region of Parana state in
southern Brazil. The teat papillomas were macroscopically classified as “frond,
“caulyflower, “filiform” and “flat-and-round”.
38
Fragments from each papilloma specimen were ground in phosphate-buffered
saline solution (PBS pH 7.2), and suspensions (10–20%, w/v) were centrifuged for 15
min at 3000 g at 4°C. Aliquots (250 l) from supernatant were treated with lysis
buffer [10 mM Tris; 1 mM EDTA; 0.5% Nonidet P40; 1% SDS; and 0.2 mg/ml
proteinase K (Invitrogen, Life Technologies, Carlsbad, USA)]. After homogenization,
the samples were incubated at 56°C for 30 min.
2.2. DNA extraction
For DNA extraction, a combination of phenol/chloroform/isoamyl alcohol and
silica/guanidine isothiocyanate methods was performed according to Alfieri et al.
(2006). Briefly, fractions from each sample were treated with an equal volume of
phenol/ chloroform/isoamyl alcohol (25:24:1), homogenized, and heated at 56°C for 15
min (Sambrook et al., 1989). After centrifugation at 10,000 g for 10 min, the aqueous
phase was processed according to the silica/guanidine isothiocyanate method (Boom et
al., 1990). DNA was eluted in 50 µl of ultrapure (MilliQ®) sterile water and kept at
20°C until use. Aliquots of ultrapure sterile water were included as a negative control
in the DNA extraction procedures.
2.3. PCR assay
The PCR assay was carried out using the primer pair FAP59 (forward: 5’-
TAACWGTIGGICAYCCWTATT- 3’) and FAP64 (reverse: 5’-
CCWATATCWVHCATITCICCATC- 3’) according to Forslund et al. (1999), with
slight modifications (Claus et al., 2007). The reaction was performed using 5 µl of the
39
extracted DNA and 45 µl of PCR mix consisting of 1 µl (20 pmol) of each primer, 200
µM of each dNTP (Invitrogen, Life Technologies, Carlsbad, USA), 2.5 units of
Platinum Taq DNA polymerase (Invitrogen, Life Technologies, BR), 1 PCR buffer (20
mM Tris– HCl pH 8.4 and 50 mM KCl), 1.5 mM MgCl2 and ultrapure sterile water,
resulting in a final volume of 50 µl. Amplification was performed in a thermocycler
(PTC 200, MJ Research Co., USA) with the following cycling profile: an initial step of
10 min at 94°C, followed by 40 cycles of 1 min at 94°C, 1 min at 50°C, 1 min at 72°C,
and a final extension step of 10 min at 72°C. Aliquots of 5 µl from the PCR products
were analyzed by electrophoresis in a 2% agarose gel in TBE buffer, pH 8.4 (89 mM
Tris; 89 mM boric acid; 2 mM EDTA) at constant voltage (90 V) for approximately 45
min, stained with ethidium bromide (0.5 µg/ml), and visualized under UV light.
2.4. Sequence analysis
Initially, all PCR products were purified using Illustra GFX PCR DNA and the
Gel Band Purification kit (GE Healthcare, Little Chalfont, UK). Direct sequencing was
then performed using the DYEnamic ET dye terminator cycle sequencing kit (GE
Healthcare, Little Chalfont, UK) with FAP59 and FAP64 primers, in a MegaBACE
1000/Automated 96 Capillary DNA Sequencer (GE Healthcare, Little Chalfont, UK)
according to the manufacturer’s instructions. The obtained sequences were examined
with the PHRED software for quality analysis of chromatogram readings. The
sequences were accepted if the base quality was equal to or higher than 20. Consensus
sequences were determined using CAP3 software, and the sequence identity was
verified with all sequences deposited in the GenBank using the BLAST software. The
guidelines from the Papillomavirus Nomenclature Committee 1995 (14th International
40
Papillomavirus Conference, Quebec City, Quebec, Canada) were followed to identify
PV types (de Villiers et al., 2004).
2.5. Histopathology
Teat papilloma specimens were fixed in 10% neutral buffered formalin solution,
embedded in paraffin and routinely processed for histopathological evaluation. Sections
(5 m) were stained with hematoxylin and eosin (HE).
3. Results
Fifteen DNA samples extracted from teat papilloma lesions underwent PV DNA
detection via the FAP PCR assay, resulting in amplicons of approximately 480 bp in
length. The negative control for PCR amplification yielded no amplified product.
From the 15 teat cutaneous lesions that were amplified by FAP PCR assay,
BPV-6, -7, -9, and -10 were identified in ten (66.7%), two (13.3%), one (6.7%), and two
(13.3%) papilloma specimens, respectively. BPV-6 was the most frequent viral type
detected in evaluated samples, and this BPV type was present in both investigated
herds. Two (F and H) out of five cows with more than one teat papilloma lesion
evaluated presented double infection by different BPV types (BPV-7 and -10, and BPV-
6 and -9, respectively). The different strains identified in this study were designated as
BPV6/BR-UEL, BPV7/BR-UEL, BPV9/BR-UEL and BPV10/BR-UEL (GenBank
accession numbers: HM245430, HM245431, HM245433 and HM245432, respectively)
(Table 1).
41
In our analysis, we did not observe any association between the macroscopic
characteristics and the viral type harbored in the cutaneous teat lesions. BPV-6 was
detected in teat warts grossly presenting frond, cauliflower, filiform and flat-and-round
aspects, and BPV-7 could be identified in both filiform and cauliflower lesions.
The histopathological features of teat cutaneous lesions showed keratinocytes
with viral cytopathic effect. Epidermal papillary projections composed of variable
acanthosis, parakeratotic or orthokeratotic hyperkeratosis, enlarged keratohyaline
granules, dyskeratosis, the presence of koilocytes and rare intranuclear eosinophilic
inclusion bodies were observed in the evaluated histological samples. All 15 specimens
analyzed were classified as true papillomas (Figure 1).
The gross characteristics of cutaneous lesions as well as the type classification
and GenBank accession numbers for the obtained amplicons are indicated in Table 1.
4. Discussion
This study involved the analysis of lesions exclusively present in the mammary
gland of dairy cows of two Brazilian herds. We detected BPV types 7, 9, and 10, in
addition to BPV type 6, as causative agents of warts in the dairy cow teat. This finding
demonstrates the great diversity in BPV types that cause this condition. Although BPV-
6 is the viral type that is classically associated with teat papilloma worldwide, our
findings of diverse BPV types are in agreement with the results obtained by other
studies investigating viral diversity in Japanese cattle herds affected by teat
papillomatosis. Such investigations have confirmed the high BPV diversity that occurs
both in benign teat lesions and healthy teat skin, in a commensal form (Campo, 2002,
Ogawa et al., 2004, Maeda et al., 2007).
42
Even though high viral diversity (BPV-6, -7, -9, and -10) was observed in our
study, BPV-6 was the viral type present in most affected individuals.
To the authors’ knowledge, this study represents the first report of the
identification of the recent characterized BPV types 7, 9 and 10 associated with cases of
teat papillomatosis in cattle from the South American continent. The identification of
these BPV types in a geographical region not related to the locations where they were
first isolated, Japan (BPV-7 and -9) and Sweden (BPV-10), supports the hypothesis that
these viral types are widespread and affect herds worldwide (Ogawa et al., 2007,
Hatama et al., 2008).
Previous studies involving the identification of BPV types 9 and 10 have
documented that these viral types are easily isolated from naturally occurring teat
papilloma lesions but not from healthy teat skin, highlighting the need for further
investigations to confirm their specific association with the etiology of teat
papillomatosis (Ogawa et al., 2004, Maeda et al., 2007, Hatama et al., 2008). More
recently, the tumorigenic potential of BPV-9 was tested through experimental infection
of the teat skin of heifers, resulting in the development of papillomatosis (Hatama et al.,
2009). Conversely, BPV-7 has been detected mainly from swab samples of healthy teat
skin, and has been identified in only a few teat lesions from dairy cattle in Japan
(Ogawa et al., 2004).
The current taxonomic classification system for the Papillomaviridae family has
recently proposed the introduction of the taxonomic terms “species” and “genus” for
this viral family, establishing the relationship between phylogenetic assemblages and
biological and pathological properties shared by viruses grouped together (de Villiers et
al., 2004). The three Xipapillomavirus representatives (BPV-6, -9, and -10) identified in
our study were determined to be true papillomas in teat skin. This histological feature is
43
in agreement with the biological properties described for this specific genus (de Villiers
et al., 2004). Regarding the histological characteristics of BPV-7-induced cutaneous
lesions, this viral type gave rise to true epithelial papilloma at the same specific site of
the body. The histological characteristics of cutaneous lesions caused by BPV-7 were
missing in the work that established its phylogenetic position and characterized its
genome. Therefore, we now suggest that future isolates that are to be grouped with
BPV-7 in its yet unnamed genus should also be able to induce true papillomas in the
skin epithelia of cattle.
The limited number of recent studies seeking to identify BPV types associated
with lesions of the mammary gland of cattle have reported a considerable diversity of
the viral types involved, demonstrating that the viral type that has been classically
associated with this anatomical site (BPV-6) is not the only causative agent of these
lesions in affected herds. Therefore, the necessity for epidemiological investigations in
different geographical areas is clear, as such studies would facilitate the elaboration of
future immunogens while identifying the most prevalent type detected in each region. It
is noteworthy that there are no commercially available alternatives for the effective
treatment of or prevention against teat papillomatosis.
5. Acknowledgements
We thank Brazilian Institutes CNPq, CAPES, FINEP, and Fundação Araucaria
(FAP/PR) for financial support. Alfieri, A.A. and Alfieri, A.F. are recipient of CNPq
fellowship.
44
6. References
Alfieri, A.A., Parazzi, M.E., Takiuchi, E., Médici, K.C., Alfieri, A.F., 2006. Frequency
of group A rotavirus in diarrhoeic calves in Brazilian cattle herds, 1998–2002. Trop.
Anim. Health Prod. 38, 521–526.
Antonsson, A., Hansson, B.G., 2002. Healthy skin of many animal species harbors
papillomaviruses which are closely related to their human counterparts. J. Virol. 76,
12537–12542.
Boom, R., Sol, C.J.A., Salimans, M.M.M., Jansen, C.L., Wertheim-Van Dillen, P.M.E.,
Noordaa, J., Van, Der., 1990. Rapid and simple method for purification of nuclic
acids. J. Clin. Microbiol. 28, 495–503.
Borzacchiello, G., Ambrosio, V., Roperto, S., Poggiali, F., Tsirimonakis, E., Venuti, A.,
2003b. Bovine papillomavirus type 4 in oesophageal papillomas of cattle from the
south of Italy. J. Comp. Pathol. 128, 203–206.
Borzacchiello, G., Iovane, G., Marcante, M.L., Poggiali, F., Roperto, F., Roperto, S.,
Venuti, A., 2003a. Presence of bovine papillomavirus type 2 DNA and expression of
the viral oncoprotein E5 in naturally occurring urinary bladder tumours in cows. J.
Gen. Virol. 84, 2921-2926.
Borzacchiello, G., Roperto, F., 2008. Bovine papillomaviruses, papillomas and cancer
in cattle. V. Res. 39, 45-64.
Campo, M.S., 2002. Animal model of papillomavirus pathogenesis. Virus Res. 89, 249–
261.
Campo, M.S., Coggins, L.W., 1982. Molecular cloning of bovine papillomavirus
genomes and comparison of their sequence homologies by heteroduplex mapping. J.
Gen. Virol. 63, 255– 264.
45
Campo, M.S., Moar, M.H., Jarret,W.F.H., Laird, H.M., 1980. A new papillomavirus
associated with alimentary cancer in cattle. Nature. 286, 180–182.
Campo, M.S., Moar, M.H., Laird, H.M., Jarret, W.F.H., 1981. Molecular heterogeneity
and lesion site specificity of cutaneous bovine papillomaviruses. Virology. 113,
323–335.
Chen, E.Y., Howley, P.M., Levinson, A.D., Seeburg, P.H., 1982. The primary structure
and genetic organization of the bovine papillomavirus type 1 genome. Nature. 299,
529–534.
Claus, M.P., Lunardi, M., Alfieri A.F., Ferracin, L.M., Fungaro, M.H.P., Alfieri A.A.,
2008. Identification of unreported putative new bovine papillomavirus types in
Brazilian cattle herds. Vet. Microbiol. 132, 396-401.
Claus, M.P., Lunardi, M., Alfieri, A.F., Sartori, D., Fungaro, M.H.P., Alfieri, A. A.,
2009a. Identification of the recently described new type of bovine papillomavirus
(BPV-8) in Brazilian beef cattle herd. Pesqui. Vet. Bras. 29, 25-28.
Claus, M.P., Lunardi, M., Alfieri, A.A., Otonel, R.A.A., Sartori, D., Fungaro, M.H.P.,
Alfieri, A.F. 2009b. Multiple bovine papillomavirus infections associated with
cutaneous papillomatosis in brazilian cattle herds Brazilian. Brazilian Arch. Biol.
Technol. 52, 93-98.
Claus, M.P., Vivian, D., Lunardi, M., Alfieri, A.F., Alfieri A.A., 2007. Phylogenetic
analysis of bovine papillomavirus associated with skin warts in cattle herds from the
state of Parana. Pesqui .Vet. Bras. 27(7), 314-318.
de Villiers, E.M., Fauquet, C., Broker, T.R., Bernard, H.U., zur Hausen, H., 2004.
Classification of papillomaviruses. Virology. 324, 17–27.
46
Forslund, O., Antonsson, A., Nordin, P., Hansson, B.G., 1999. A broad range of human
papillomavirus types detected with a general PCR method suitable for analysis of
cutaneous tumours and normal skin. J. Gen. Virol. 80, 2437–2443.
Freitas, A.C., Carvalho, C., Brunner, O., Birgel-Jr, E.H., Dellalibera, A.M.M.P., Benesi,
F.J., Gregory, L., Beçak, W., Santos, R.C.S., 2003. Viral DNA sequences in
peripheral blood and vertical transmission of the virus: a discussion about BPV-1.
Braz. J. Microbiol. 34, 76-78.
Hatama, S., Nishida, T., Kadota, K., Uchida, I., Kanno, T., 2009. Bovine papillomavirus
type 9 induces epithelial papillomas on the teat skin of heifers. Vet. Microbiol. 136,
347-351.
Hatama, S., Nobumoto, K., Kanno, T., 2008. Genomic and phylogenetic analysis of two
novel bovine papillomaviruses, BPV-9 and BPV-10. J. Gen. Virol. 89, 158-163.
Jarrett, W.F.H., Campo, M.S., O’Neil, B.W., Laird, H.M., Coggins, L.W., 1984. A
novel bovine papillomavirus (BPV-6) causing true epithelial papillomas of the
mammary gland skin: a member of a proposed new BPV subgroup. Virology. 136,
255–264.
Maeda, Y., Shibahara, T., Wada, Y., Kadota, K., Kanno, T., Uchida, I., Hatama, S.,
2007. An outbreak of teat papillomatosis in cattle caused by bovine papilloma virus
(BPV) type 6 and unclassified BPVs. Vet. Microbiol. 121, 242–248.
Ogawa, T., Tomita, Y., Okada, M., Shinozaki, K., Kubonoya, H., Kaiho, I., Shirasawa,
H., 2004. Broad-spectrum detection of papillomaviruses in bovine teat papillomas
and health teat skin. J. Gen. Virol. 85, 2191- 2197.
Ogawa, T., Tomita, Y., Okada, M., Shirasawa, H., 2007. Complete genome and
phylogenetic position of bovine papillomavirus type 7. J. Gen. Virol. 88, 1934–
1938.
47
Pfister, H., Linz, U., Gissmann, L., Huchthausen, B., Hoffman, D., Zur Hausen, H.,
1979. Partial characterization of a new type of bovine papillomavirus. Virology. 96,
1–8.
Sambrook, J., Fritsch, E.F., Maniatis, T., 1989. Molecular Cloning: A Laboratory
Manual, second ed. Cold Spring Harbor Laboratory Press, NY, pp. 1659.
Santos, R.C.S., Lindsey, C.J., Ferraz, O.P., Pinto, J.R., Mirandola, R.S., Benesi, E.J.,
Birgel-Jr, E.H., Pereira, C.A.B., Beçak, W., 1998. Bovine papillomavirus
transmission and chromosomal aberrations: an experimental model. J. Gen. Virol.
79, 2127-2135.
Tomita, Y., Literak, I., Ogawa, T., Jin, Z., Shirasawa, H., 2007. Complete genomes and
phylogenetic positions of bovine papillomavirus type 8 and a variant type from
European bison. Virus Genes. 35, 243–249.
Wosiacki, S.R., Barreiros, M.A.B., Alfieri, A.F., Alfieri, A.A., 2005. Seminested- PCR
for detection and typing of bovine papillomavirus type 2 in urinary bladder and
whole blood from cattle with enzootic haematuria. J. Virol. Methods. 126, 215-219.
Wosiacki, S.R., Claus, M.C., Alfieri, A.F., Alfieri, A.A., 2006. Bovine papillomavirus
type 2 detection in the urinary bladder of cattle with chronic enzootic haematuria.
Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 101, 635-638.
48
Figure 1. Histopathological evaluation of teat papillomas. (A) Lesion harboring BPV-10
exhibit papillary projection of epidemis, by mild to moderate acanthosis, granular cell layer
hyperplasia and discrete hyperkeratosis. HE staining, 100x. (B) Papillary projections compounded
of orthokeratosis and acantholytic epidermis sustained by scanty connective-vascular tissue
(arrow) in BPV-7-induced lesion. The upper cell layer hypergranulosis resulted in marked
basophilic aspect (empty arrow). HE staining, 100x. (C) BPV-9 papilloma featuring
hypergranulosis and koilocytosis (centre) in a moderately acantholytic and orthokeratotic
epidermis. HE staining, 400x. (D) High-power field showing basal cell layer proliferation, mitotic
figures (arrows) and empty stromal blood vessels from BPV-6 cutaneous lesions. HE staining,
400x.
49
Table 1. Lesion characteristics and type classification of the viral strains identified.
Herd Animal Lesion Macroscopic characteristics
of true papillomas
Nucleotide sequence
BPV classification GenBank accession number*
1 A A1 Frond 6 HM245430
B B1 Cauliflower 6 -
B2 Frond 6 -
C C1 Cauliflower 6 -
C2 Filiform 6 -
D D1 Cauliflower 6 -
D2 Cauliflower 6 -
E E1 Filiform 7 HM245431
F F1 Cauliflower 7 -
F2 Cauliflower 10 HM245432
F3 Cauliflower 10 -
2 G G1 Filiform 6 -
H H1 Cauliflower 6 -
H2 Flat-and-round 6 -
H3 Flat-and-round 9 HM245433
*A single representative of each BPV type had its sequence submitted to GenBank database.
50
3.2. PHYLOGENETIC ANALYSES OF BOVINE PAPILLOMAVIRUS (BPV)
OF TEAT PAPILLOMAS IN BRAZILIAN DAIRY CATTLE HERDS
Artigo editado de acordo com as normas de publicação do periódico Veterinary Microbiology,
disponível em: http://www.elsevier.com/wps/find/journaldescription.cws_home/503320/authorinstructions
51
PHYLOGENETIC ANALYSES OF BOVINE PAPILLOMAVIRUS (BPV) OF
TEAT PAPILLOMAS IN BRAZILIAN DAIRY CATTLE HERDS
Abstract
Teat papillomatosis is an infectious disease that has been reported in dairy herds
worldwide as a cattle health problem responsible for economic losses. Despite the high
number of cattle herds affected by cutaneous papillomatosis, studies evaluating BPV
diversity affecting the mammary gland remain sporadic. The aim of this study is
identify the prevalence of BPV types involved in teat papilloma. Were collected 40 teat
papillomas of 25 dairy cows, in 13 dairy cattle herds of tree Brazilian state (Paraná, São
Paulo e Santa Catarina). The use of FAP59/64 primers pair assay amplified a fragment
of approximately 480 pb in all sample analyzed. Twenty nine teat papillomas specimens
processed for histopathological evaluation and two papillomas specimens were
submitted to the histochemical technique (Argyrophil Nucleolar Organizer Regions)
aiming visualization of NORs. The sequence analysis of the amplicons identified eight
different BPVs types: BPV-6, -7, -8, -9, -10, a previously described putative type
BAPV9 and two putative new types never described in the world (BPV/BR-UEL6 e -
7). BPV-6 was the main viral type identified in teat lesions analyzed (45% - 18/40),
followed by BPV-10 (32.5% - 13/40). More than one BPV type were identified in
61.5% (8/13) of the herds evaluated in this study. Multiple lesions were identified in
48% (12/25) of the animals and of these, 58.3% (7/12) presented mixed infection and
consequently 41,6% (5/12) presented single infection. All affected animals that
presented single infection had the BPV-6 identified as causative teat papilloma agent.
The histological features revealed benign proliferation and viral citopathic effects in the
epidermis. All papillomas analysed were classified as true papilloma. The AgNOR
stained showed de intense proliferation of spinous layer of epidermis. The BPV-6 was
the prevalent BPV type causative teat papillomatosis identified, followed by BPV-10.
This study demonstrated the great diversity of BPV that associated with this anatomical
site.
Key-words: Bovine papillomavirus; teat papillomatosis; papilloma; histopathology.
52
1. Introduction
Papillomaviruses (PVs) are a group of non-enveloped, double-stranded and
circular DNA viruses that are strictly species and tissue specific and occur in a broad
range of distantly related animals (Antonsson, Hansson, 2002).
In cattle, BPV is widespread and induces papillomas and fibropapillomas in both
mucosal and cutaneous epithelia. BPV can induce the vulvo-vaginal, penis, and eye
epithelium lesions, skin and teat warts, papillomatosis and cancer of the upper
gastrointestinal tract and urinary bladder (Borzacchiello, Roperto, 2008). The bovine
cutaneous papillomatosis determines economic losses due to secondary infections,
depreciation of leather and may interfere in the bulls’ function (Campo, 2002).
Teat papillomatosis is an infectious disease that affects two years animals, but
can also affect adults. The lesions are characterized as self-limiting and most of them
underwent spontaneous regression, however, occasionally, some tumors may persist and
induce severe and generalized infection affecting various body sites (Sundeberg et al.,
1987, Borzacchiello, Roperto, 2008). In dairy cows, teat papillomatosis can difficult
both manual and mechanical milking. The most common problems caused by
papillomas are: i) the difficulty of perfect coupling of liners caused by the irregularity of
the teat epithelial tissue or duct distortion causing air leaking and difficulty in sucking,
that endanger the teat health; ii) predisposition to mastitis due to the presence of residual
milk caused by the painful sensation that inhibits milk “let-down”; iii) the presence of
warts around the teat canal which may also predispose to mastitis; iv) an increased
predisposition to the development of secondary bacterial infections caused by teat warts
damage, and v) slaughter of heifers before the first lactation due to the lesion severity.
53
Therefore, is subject of the severity of the lesions and the number of affected animals,
the milk production can be unviable and the entire herd be slaughtered (Campo, 2002,
Blowey, Edmondson, 1995).
The BPVs are classified in four genera based on their biological properties and
genome relatedness. These genera are Deltapapillomavirus (BPV-1 and -2),
Xipapillomavirus (BPV-3, -4, -6, -9, -10 and -11), Epsilonpapillomavirus (BPV-5 and -
8), and a yet unnamed PV genus (BPV-7) (Hatama et al., 2008; Hatama et al.,
unpublished)
The L1 gene is the most conserved in genome and the sequence identity of this
gene has been used in the identification of new PVs types (de Villiers et al., 2004). The
partial amplification of L1 ORF by generic primers FAP59/FAP64 followed by
sequencing has allowed the identification of PV types in human and other animal hosts
(Forslund et al., 1999, Antonsson, Hansson, 2002, Ogawa et al., 2004, Claus et al.,
2008). Currently had been complete sequenced 11 BPV types (BPV-1 to -11) and had
been partially described 15 putative new types, based on the highly conserved region
analyses (Antonsson, Hansson, 2002, Ogawa et al., 2004, Claus et al., 2008, Hatama et
al., 2008, Hatama et al., unpublished). The complete characterization of genome
sequences of some putative BPV types lead the identification of four most recently
described BPV types (BPV-7, -8, -9, -10) (Ogawa et al., 2007, Tomita et al., 2007,
Hatama et al., 2008).
The diagnosis of bovine papillomatosis is usually made from the presenting
clinical signs, because the structure of papillomas and fibropapillomas on the skin or
mucosal membranes is easily observed and identified. The diagnosis can be confirmed
by biopsy and histopathological examination. However these diagnostic methods do
not allow the identification of the causative BPV types (Alfieri et al., 2007).
54
A variety of treatments for cutaneous papillomatosis has been suggested but
currently there is no effective science-based treatment to bovine papillomatosis (Santin,
Brito, 2004). Immunity to BPV infection is considered type-specific and immune status
of infected animals is considered critical to define the clinical resolution. While humoral
immunity confers the ability to prevent new infections, cellular immunity, probably
involving T lymphocytes, is responsible for immune-mediated and spontaneous
regression of established lesions (Nicholls, Stanley, 2000). In cattle, preventive vaccines
have been developed against the BPV types 2 and 4. These two viral types were selected
as representative for the cutaneous and mucosal papillomaviruses, and also because both
types are related to determination of cancer in bovines (Campo et al., 1993).
Until now, eight BPV types were described as causative agents for udder and
teat papillomas (BPV-1, -3, -5, -6, -7, -8, -9, -10). Other BPV putative new types have
been reported from bovine teat papillomas and healthy skin swabs (Ogawa et al., 2004,
Maeda et al., 2007, Claus et al., 2007, Claus et al., 2008). Several studies aiming for
identification of BPVs in teat papillomatosis had identified BPV-6 as being the
prevalent type in this anatomical site (Lindholm et al., 1984, Jarret et al., 1984, Campo,
2002, Maeda et al., 2007).
As regards a viral infectious disease, the teat papillomatosis causes great losses
due spreading and lack of effective treatment. At present there are few epidemiological
studies that define the type of BPV teat lesions. The development of type-specific
vaccines can be an alternative to control of this disease.
The aim of this study was to identify the prevalence of BPV types involved in
teat papillomas collected from Brazilian dairy cattle herds of tree Brazilian states.
55
2. Materials and Methods
2.1. Papilloma specimens
Forty teat lesions were collected from 25 animals (16 cows and nine heifers) of
13 dairy cattle herds in three Brazilian states (Paraná, São Paulo and Santa Catarina).
The samples from Santa Catarina state were collected in an abattoir receiving animals
from the state. Twelve animals had multiples lesions and had over a sample. All dairy
cattle herds included in this study were small or medium milking producer and the total
number of animals among herds varied between 19 and 190 animals. The teat
papillomas collected had size ranging from 0.5 to 3 cm. The teat papillomas were
macroscopically classified as “frond, “caulyflower, “filiform” and “flat-and-round”.
2.2. DNA extraction
Fragments from each papilloma specimen were ground in phosphate-buffered
saline solution (PBS pH 7.2), and suspensions (10-20% w/v) were centrifuged for 15
min at 3000 g at 4 °C. Aliquots (250 μL) from supernatant were treated with lysis buffer
[10mM Tris; 1mM EDTA; 0.5% Nonidet P40; 1% SDS; and 0.2 mg/ml proteinase K
(Invitrogen, Life Technologies, Carlsbad, USA)]. After homogenization, samples were
incubated at 56°C for 30 min.
For DNA extraction, a combination of phenol/chloroform/isoamyl alcohol and
silica/guanidine isothiocyanate methods was carried out according to Alfieri et al.
(2006). Fractions from each sample were treated with an equal volume of
phenol/chloroform/isoamyl alcohol (25:24:1), homogenized and heated at 56 °C for 15
56
min (Sambrook, Russell, 2001). After centrifugation at 10,000 g for 10 min, the
aqueous phase was processed according to silica/guanidine isothiocyanate method
(Boom et al., 1990). DNA was eluted in 50 μL of ultrapure sterile water and kept at -20
°C until use. Aliquots of ultrapure sterile water were included as negative control in the
DNA extraction procedures.
2.3. PCR assay
The PCR assay was carried out using the primer pair FAP59 (forward: 5’-
TAACWGTIGGICAYCCWTATT-3’) and FAP64 (reverse: 5’-
CCWATATCWVHCATITCICCATC-3’) according to Forslund et al. (1999), with
slight modifications (Claus et al., 2007). Reaction was performed using 5 µL of the
extracted DNA and 45 µL of PCR-mix consisting of 1 µL (20 pmol) of each primer;
200 mM of each dNTP (Invitrogen, Life Technologies, Carlsbad, CA, USA); 2.5 units
of Platinum Taq DNA polymerase (Invitrogen, Life Technologies, São Paulo, SP, BR);
1x PCR buffer (20 mM Tris-HCl pH 8.4 and 50 mM KCl); 1.5 mM of MgCl2 and
ultrapure sterile water to a final volume of 50 μL. Amplification was performed in a
thermocycler (PTC 200, MJ Research Co., Water Town, Ma, USA) with the following
cycling profile: an initial step of 10 min at 94ºC, followed by 40 cycles of 1 min/94ºC, 1
min/50ºC, 1 min/72ºC, and a final extension step of 10 min/72ºC. Aliquots of 5 μL from
the PCR products were analyzed by electrophoresis in 2% agarose gel in TBE buffer pH
8.4 (89 mM Tris; 89 mM boric acid; 2 mM EDTA) at constant voltage (90V) for
aproximately 45 min. The agarose gel was stained with ethidium bromide (0.5 mg/mL),
and visualized under UV ligth.
57
2.4. Sequence analysis
Initially, all PCR products were purified using PureLink Quick Gel Extraction
Kit (Invitrogen, Life Technologies, Carlsbad, CA, USA) and quantified using Quant-iT
TM dsDNA BR Assay kit (Invitrogen, Molecular Probes, Eugene, OR, USA) in the
Qubit TM Fluorometer (Invitrogen, Molecular Probes, Eugene, OR). The direct
sequencing was performed by using the DYEnamic ET dye terminator cycle sequencing
kit (DYEnamic ET dye terminator cycle sequencing kit (Amersham Biosciences,
Piscataway, NJ, USA) with FAP59 and FAP64 primers, in a MegaBACE
1000/Automated 96 Capillary DNA Sequencer (GE Healthcare, Little Chalfont, UK),
according to the manufacturer’s instructions. The obtained sequences were examined
with the PHRED software (http://asparagin.cenargen.embrapa.br/phph) for quality
analysis of chromatogram readings. The sequences were accepted if base quality was
equal to or higher than 20. Consensus sequences were determined by CAP3 software
(http://asparagin.cenargen.embrapa.br/cgi-bin/phph/cap3.pl) and the sequence identity
was verified with all sequences deposited in the GenBank using the BLAST software
(http://blast.ncbi.nlm.nih.gov/Blast.cgi). The guidelines from the Papillomavirus
Nomenclature Committee 1995 (14th
International Papillomavirus Conference, Quebec
City, Quebec, Canada) were followed to identify putative new PV types. A new PV
isolate is defined as such if its complete genome has been cloned and the L1 nucleotide
sequence is more than 10% dissimilar from the closest known PV type. Differences
between 2% and 10% identity define a subtype and less than 2% a variant. Since
FAP59/FAP64 products represent only part of the L1 gene, the sequences obtained were
denominated putative new PV types instead of new PV types (Antonsson and Hansson,
2002; de Villiers et al., 2004; Ogawa et al., 2004).
58
2.5. Phylogenetic analysis
Two phylogenetic analysis were performed, with and without the BPV putative
BAA3 because of the minor sequence length.
The alignment and degree of similarity among sequences, at both nucleotide and
amino acid levels, were obtained using BIOEDIT version 5.0.9 software (Hall, 1999).
Phylogenetic trees were obtained by the Neighbour-joining method with the Kimura
two parameter distance estimate (Kimura, 1980), using MEGA version 3.1 program
(Kumar et al., 2004). Statistical analysis of phylogenetic trees were determined by
bootstrap method on 1000 replicates. The completely sequenced and putative viral types
of BPVs were included in the phylogenetic analysis. The putative BPV types included
in the study are denominated BAA1 to -4 and BAPV-4, -5, -7, -8, -9, and -10, BPV/BR-
UEL2, -to -5 described by Antonsson, Hansson (2002), Ogawa et al. (2004), and Claus
et al. (2008), respectively. The GenBank accession numbers of BPV and putative new
BPV types sequences reported in this paper are: AF4885375 (BAA1); AF4885376
(BAA2); AF4885377 (BAA3); AF4885378 (BAA4); AY300819 (BAPV3); AY426550
(BAPV4); AY426551 (BAPV5); AY426553 (BAPV7); AY426554 (BAPV8);
AY426555 (BAPV9); AY426556 (BAPV10); XO2346 (BPV-1); M20219 (BPV-2);
AF486184 (BPV-3); XO5817 (BPV-4); AJ620206 (BPV-5); AJ620208 (BPV-6);
DQ217793 (BPV-7); DQ098913 (BPV-8); AB331650 (BPV-9); AB331651 (BPV- 10),
AB543507 (BPV-11).
59
2.6. Histopathology
Twenty nine teat papillomas specimens were fixed in 10% neutral buffered
formalin solution, embedded in paraffin and routinely processed for histopathological
evaluation. Sections (5 m) were stained with hematoxylin and eosin (HE).
Two papillomas (F2 and F3) specimens were submitted to the AgNOR
(Argyrophil Nucleolar Organizer Regions) histochemical technique that allows
visualization of NORs, based on the technique described by Crocker, Skilbek (1987)
with modifications.
3. Results
3.1 PCR and sequence analysis
The FAP59/64 primer pair assay amplified a fragment of approximately 480 bp
in all teat papillomas included in this study. The sequence analysis of the amplicons
identified five different BPV types: BPV-6, -7, -8, -9, and -10; the putative previously
described BPV type BAPV9 and two putative new type never described in the world.
BPV-6 was the main viral type identified in the teat lesions analyzed (45% -18/40),
followed by BPV-10 (32.5% -13/40), other BPV types and BAPV9 (17.5%- 7/40), and
putative new BPV types (5%- 2/40) (Table 1).
Multiple lesions were identified in twelve animals (48%- 12/25) and 58,3%
(7/12) had mixed infection, characterized by infections with more than one type of
BPV. The animals that had single infection were exclusively caused by BPV-6 (5/12),
and 75% (9/12) had papillomas harboring BPV-6 sequences, associated or not with
60
other BPV types. The distribution of BPV viral types in herds, animals and lesions are
showed in table 2.
More than one BPV type were identified in 61.5% (8/13) of the herds evaluated
in this study. Whereas of the five herds that had only one type identified, three of them
had only a sample collected, the number of herds infected by multiples BPV types is
noteworthy prevalent.
Association between the macroscopic characteristics and the viral type detected
in the cutaneous teat lesions was not found. BPV-6 was detected in teat warts presenting
frond, cauliflower, filiform and flat-and-round gross aspects; BPV-7 in both filiform
and cauliflower; BPV-9 in flat-and-round and cauliflower, BPV-10 in cauliflower, flat-
and-round and frond macroscopic classified lesions.
3.2. Phylogenetic analyses
A representative of each BPV type and the two Brazilian putative new BPV types
identified in this study were grouped with BPV types and putative BPV types,
representing three previously defined PV genera (Deltapapillomavirus,
Epsilonpapillomavirus and Xipapillomavirus) (de Villiers et al., 2004). The Brazilian
putative new BPV BPV/BR-UEL7 was gouped with BPV types and putative types
(BAA1, BAPV-3, -9, -10, BPV/BR-UEL-2 e -3) grouped in Xipapillomavirus genus
whereas BPV/BR-UEL6 did not group in any genus (Figure 1). In a second analysis,
considering in a small length alignment with the BPV putative BAA3, the BPV/BR-
UEL6 clustered with this BPV putative type (Figure 2).
In table 3 and 4, the two lesion characteristics are indicated as well as the highest
similarity percentage of Brazilian putative new BPV types with BPV types 1 to 10.
61
3.3. Histology
The histological features of 29 teat papillomas revealed benign exophytic papillary
proliferation of epidermis, acanthosis, orthokeratotic or parakeratotic hyperkeratosis;
enlarge keratohyaline granules; koilocitose; dyskeratosis; rare intranuclear eosinophilic
inclusion bodies and mitotic figures in basal layer. In the samples collected in a abattoir,
that contained the underlying derma, was identified the presence of perivascular
inflammatory infiltrate. The histochemical AgNOR stained showed the intense cellular
proliferation activity in the zone of basal layer of epidermis (Figure 3). All 29
specimens analyzed were classified as true papillomas. The histological features of
macroscopic classification of papillomas are shown in figure 4.
The new BPV putative type BPV/BR-UEL7 described in this study showed in
histopathology epidermal papillary hyperplasia, acanthosis, large keratohyalin granules
in moderate amount, intense koilocytosis and was classified as true papilloma. The
histopathology of the other putative new type (BPV/BR-UEL6) described in this study
was not undertaken.
1.
2. 4. Discussion
3.
The bovine teat papillomatosis is a contagious infectious viral disease spread
worldwide. Most animals eventually undergo self-cure and by the second or third
lactation the warts are gone. Despite this, teat papillomatosis may persist in some cows,
can lead to mastitis, causing distortion of the milk canals, prevent the suckling of calves
and make milking impossible. Among the economic problems caused by teat
papillomatosis is the culled of heavily affected animals and so occasionally are whole
62
herds. In this study, eight heifers were severe affected and probably would be culled
whether papillomas not recede. Despite the high frequency of infection, there are few
studies involving teat papillomatosis and the determination of viral types is still
sporadic. Whereas, the elucidation of the epidemiology and pathology of the disease is
critical for the development of control strategies. This is the largest study to determine
the prevalence of different types of BPV involved in teat papillomatosis in different
Brazilian geographic regions.
The identification of teat papillomas harboring the BPV types -6, -7, -8, -9, -10 and
BAPV9 demonstrates the high BPV viral diversity that affects cattle in this anatomical
site. Furthermore, the strategy of using the primer pair FAP59/64 enabled the
identification of two putative new BPV types, not before described.
In this study the most prevalent BPV type identified in teat papillomas was the
BPV-6 followed by BPV-10. The BPV-6 is the viral type classically associated with
teat papillomatosis lesions and several studies in different countries have identified the
BPV-6 as the prevalent viral type involved in teat warts (Lindholm et al., 1984, Jarret et
al., 1984, Maeda et al., 2006, Claus et al., 2007). In Japan, in an outbreak of teat
papillomatosis, the BPV-6 was identified in 64% of the lesions analyzed, in addition to
BPV-9 and BPV-10. In another study in Japan, including five farms, the BPV-6 was
identify only in swabs of healthy skin of dairy cattle, suggesting that the animal may
harbor the virus commensally, or may harbor a latent or subclinical infection. In the
same study, the BPV-10 was the prevalent viral type identified in teat lesions (7 / 15)
and was not frequently identified from swabs of healthy skin. The BPV-6 was identified
in all investigations that were related to teat papillomatosis, despite this, the prevalence
of particular BPV types highly pathogenic for the mammary gland may differ by
geographic region.
63
Despite the frequent description of multiple human papillomavirus (HPV) infections
in human’s warts, studies with the aim to evaluate the occurrence of mixed BPV
infections and identifying BPV types associated with different skin warts from
individual animals are still sporadic. Claus et al. (2009) demonstrates the high frequency
of multiple infections in different bovine anatomical sites in a study performed in
Brazil. In addition, the present study demonstrates the high frequency which the animal
may harbor mixed BPVs infections in one anatomical site.
In addition to BPV types completely sequenced, there are several types identified
through analysis of partial L1 segments. This is the first description of the putative BPV
type BAPV9 outside of Japan, whitch was identified from swabs of teat healthy skin. In
our study, the BAPV9 was identified from a teat papilloma, suggesting that, despite of
this BPV type having been identified only in swabs of healthy skin, such putative
pathogen may have potential to induce proliferative lesions.
Currently, more than 200 human papillomavirus were described, showing the high
diversity of this viral family. In cattle 11 types of BPV were completely sequenced, but
this small number probably reflects the lack of determination of BPV types in
infections. The use of the generic primer pair FAP59/64, originally developed to
identify epithelial human papillomaviruses, followed by sequencing and phylogenetic
analysis has allowed the identification of BPV types completed sequenced and
characterized putative new types from partial analysis of the L1 gene (Forslund et al.,
1999, Antosson, Hansson, 2002, Ogawa et al., 2004, Claus et al., 2008). Many new
BPV types have been identified using this strategy and in our study two new putative
BPVs were described.
In current studies with HPVs, the way that specific HPV genotypes are associated
with distinct clinical and histological morphologies, and the marked preference of each
64
HPV genotype for specific tissues and sites have been considered as important aspects
of the nature of this group of heterogeneous viruses (Egawa et al., 1998). In order to
correlate microscopic findings with the viral type identified in teat lesions, the
prevalence of type BPV-6 and -10 in bovine teat papillomas is notable. However, the
viral cytopathic effects displayed in histopathology were similar and there was no
correlation with viral types, once samples that had the same BPV type identified
determined histopathological alterations in different intensities. According to Hatama et
al., (1990), the histopathological alterations may vary in effect and intensity with the
stage of lesion development.
The microscopic features of lesions showed characteristics of viral cytopathic
alterations set at different intensity among the samples. Benign exophytic papillary
proliferation of epidermis, parakeratotic or orthokeratotic hyperkeratosis, ancantosis;
basophilic and enlarged keratohyaline granules; koilocitose and acidophilic intranuclear
inclusions. All teat papilloma samples had only involvement of the epidermic tissue and
were classified as true papillomas.
The lesions that were from the abattoir of Santa Catarina state contained the adjacent
derma, which allowed the identification of lymphoplasmacytic perivascular dermatitis
in the histopathology. This finding probably indicates the early stages of papilloma
regression. This finding does not mean that the other lesions did not have this alteration
because that did not contain the adjacent part of the dermis.
The intense cellular proliferation activity in basal cell layer of epidermis was
showed by the technique of AgNOR that is considered a good marker of cellular
proliferation and used to evaluate progress of the malignant transformation (Carneiro et
al., 2000).
65
In 2004, there was a reclassification of the family Papillomaviridae and currently
the BPVs are classified into three different genera according to the sequence homology
and biological features (de Villiers et al., 2004). BPV-1 and -2, grouped in
Deltapapillomavirus genus, are etiologic agents of infection in epithelium and dermis
by inducing the formation of fibropapillomas. BPV-3, -4, -6, -9 -10, and -11, belong to
the Xipapillomavirus genus and are exclusively epitheliotropic viruses that infect only
the epithelium and induce true papillomas formation. BPV-5 and -8 are members of the
genus Epsilonpapillomavirus and seem to have dual pathology, inducing
fibropapillomas and epithelial papillomas, and its genome shares homology with both
Deltapapillomavirus and Xipapillomavirus. Based on phylogenetic analysis, it was
proposed that BPV-7 belongs to a new genus of BPV. All completely described BPVs
identified in this study belong to the Xipapillomavirus (BPV-6, -9 e -10),
Epsilonpapillomavirus (BPV-8), and a not classified genera (BPV-7). In the
histopathological evaluation all samples were classified as true papillomas, reinforcing
that the current taxonomic classification of genus share genomic homology and
pathologial characteristics.
The causative viral type infecting lesions did not showed correlation with the
respectively macroscopic morphology. This result corroborates with other authors and
suggests that the viral type involved in the pathology should not be the only factor that
plays a role in determination of the lesion gross aspect.
The BPV-6 is the viral type classically associated with teat papillomas and was the
prevalent viral type identified in lesions in this study. It is unclear the reason for the
predilection for this anatomical site. This study demonstrated the great diversity of BPV
of bovine teat papillomatosis in three states of Brazil and the great diversity of viruses
in the same herd and in animals, since animals with multiple lesions was found to be
66
harbor different viral types. No data is available about the prevalence of different types
of BPV involved in mammary papillomatosis in dairy cattle in Brazil. This is the first
epidemiological study that identifies BPV types in teat papillomatosis of dairy cows in
different geographic regions, and correlates with the histopathological finds of the
lesion. The molecular epidemiology of BPV knowledge is important because the
immunity developed is type-specific. Vaccination strategies should be developed in
order to prevent the infection and spread of disease.
5. Acknowledgements
We thank Brazilian Institutes CNPq, CAPES, FINEP, and Fundação Araucaria
(FAP/PR) for financial support. Alfieri, A.A. and Alfieri, A.F. are recipient of CNPq
fellowship.
67
6. References
Alfieri, A.A., Parazzi, M.E., Takiuchi, E., Médici, K.C., Alfieri, A.F., 2006. Frequency
of group A rotavirus in diarrhoeic calves in Brazilian cattle herds, 1998–2002. Trop.
Anim. Health Prod. 38, 521–526.
Alfieri, A.A, Wosiaki, S., Alfieri, A.F., 2007. Papillomavirus. In: FLORES, F. E.
Virologia Veterinária. UFSM, Santa Maria, pp. 399-412.
Antonsson, A., Hansson, B.G., 2002. Healthy skin of many animal species harbors
papillomaviruses which are closely related to their human counterparts. J. Virol. 76,
12537–12542.
Blowey, R., Edmondson P., 1995. Mastitis Control in Dairy Herds. Farming Press,
United Kingdom, 196p.
Boom, R., Sol, C.J.A., Salimans, M.M.M., Jansen, C.L., Wertheim-Van Dillen, P.M.E.,
Noordaa, J., Van, Der., 1990. Rapid and simple method for purification of nuclic
acids. J. Clin. Microbiol. 28, 495–503.
Borzacchiello, G., Roperto, F., 2008. Bovine papillomaviruses, papillomas and cancer
in cattle. V. Res. 39, 45-64.
Campo, M.S., 2002. Animal model of papillomavirus pathogenesis. Virus Res. 89, 249–
261.
Campo, M.S., Jarret, W.F.H., Grindlay, G.J., Chandrachud, L.M., Mcgarvie, G.M.,
O’neil, B.W., 1993. Prophylactic and therapeutic vaccination against a mucosal
papillomavirus. J. Gen. Virol. 74, 945-953.
Carneiro, S. S., Moreira, M.A.R., Almeida Netto, J.C., 2004. HPV e câncer
do colo uterino. Rev. Patol. Trop., 33, 01-20.
68
Claus, M.P., Vivian, D., Lunardi, M., Alfieri, A.F., Alfieri A.A., 2007. Phylogenetic
analysis of bovine papillomavirus associated with skin warts in cattle herds from the
state of Parana. Pesq.Vet. Bras. 27(7), 314-318.
Claus, M.P., Lunardi, M., Alfieri A.F., Ferracin, L.M., Fungaro, M.H.P., Alfieri A.A.,
2008. Identification of unreported putative new bovine papillomavirus types in
Brazilian cattle herds. Vet. Microbiol. 132, 396-401.
Claus, M.P., Lunardi, M., Alfieri, A.A., Otonel, R.A.A., Sartori, D., Fungaro, M.H.P.,
Alfieri, A.F., 2009. Multiple bovine papillomavirus infections associated with
cutaneous papillomatosis in brazilian cattle herds Brazilian. Braz. Arch. Biol.
Technol. 52, 93-98.
Crocker, J., Silbeck, N., 1987. Nucleolar organiser region associated proteins I
cutaneous melanotic lesions: a quantitative study. J. Clin. Pathol. 40, 885–889.
de Villiers, E.M., Fauquet, C., Broker, T.R., Bernard, H.U., Zur Hausen, H., 2004.
Classification of papillomaviruses. Virology. 324, 17–27.
Egawa, K., Honda, Y., Inaba Y., Ono T., 1998. Pigmented viral warts: a clinical and
histopathological study including human papillomavirus typing. Br. J. Dermatol.
138, 381-389.
Forslund, O., Antonsson, A., Nordin, P., Hansson, B.G., 1999. A broad range of human
papillomavirus types detected with a general PCR method suitable for analysis of
cutaneous tumours and normal skin. J. Gen. Virol. 80, 2437–2443.
Hall, T.A., 1999. BioEdit: a user-friendly biological sequence alignment editor and
analysis program for Windows 95/98/NT. Nucleic Acids Symposium. 41, 95-98.
Hamada, M., Oyamada, T., Yoshikawa, H., Yoshikawa, T., Itakura, C., 1990.
Histopathological development of equine cutaneous papillomas. J. Comp. Pathol.
102, 393-403.
69
Hatama, S., Ishihara, R., Kanno, T., Uchida, I. Unpublished (GenBank: AB543507.1).
Identification of a new bovine papillomavirus type, BPV-11, in the genus Xi
papillomavirus from a Holstein heifer. Acesso em 19/12/2010.
Hatama, S., Nobumoto, K., Kanno, T., 2008. Genomic and phylogenetic analysis of two
novel bovine papillomaviruses, BPV-9 and BPV-10. J. Gen. Virol. 89, 158-163.
Jarrett, W.F.H., Campo, M.S., O’Neil, B.W., Laird, H.M., Coggins, L.W., 1984. A
novel bovine papillomavirus (BPV-6) causing true epithelial papillomas of the
mammary gland skin: a member of a proposed new BPV subgroup. Virology. 136,
255–264.
Kimura, M., 1980. A simple method for estimating evolutionary rates of base
substitution through comparative studies of nucleotide sequences. J. Mol. Evol. 16,
111–120.
Kumar, S., Tamura, K., Nei, M., 2004. MEGA3: integrated software for molecular
evolutionary genetics analysis and sequence alignment. Brief. Bioinform. 5, 150–
163.
Lindholm, L. Murphy, J., O’Neil, B.W, Campo, M.S., Jarrett, W.F.H., 1984.
Papillomas of the teats and udder of cattle and their causal viruses Veterinary
Record, 115(22), 574-577.
Maeda, Y., Shibahara, T., Wada, Y., Kadota, K., Kanno, T., Uchida, I., Hatama, S.,
2007. An outbreak of teat papillomatosis in cattle caused by bovine papilloma virus
(BPV) type 6 and unclassified BPVs. Vet. Microbiol. 121, 242–248.
Nicholls, P.K., Stanley, M.A., 2000. The immunology of animal papillomaviruses. Vet.
Immun. and Immunop. 73, 101-127.
70
Ogawa, T., Tomita, Y., Okada, M., Shinozaki, K., Kubonoya, H., Kaiho, I., Shirasawa,
H., 2004. Broad-spectrum detection of papillomaviruses in bovine teat papillomas
and health teat skin. J. Gen. Virol. 85, 2191- 2197.
Ogawa, T., Tomita, Y., Okada, M., Shirasawa, H., 2007. Complete genome and
phylogenetic position of bovine papillomavirus type 7. J. Gen. Virol. 88, 1934–
1938.
Sambrook, J., Russell, D.W., 2001. Molecular Cloning: A Laboratory Manual. 3 ed.
New York: Cold Spring Harbor Laboratory.
Santin, A.P.I., Brito, L.A.B. Estudo da papilomatose cutânea em bovinos leiteiros:
comparação de diferentes tratamentos. Ciência Animal Brasileira, v.5, n.1, p.39-45,
2004.
Sundeberg, J.P., 1987. Papillomavirus infections in animals. In Papillomaviruses and
Human disease. In: Syrjänen, L.G., Koss, L.G. Springer, Berlin.
Tomita, Y., Literák, I., Ogawa, T., Jin, Z., Shirasawa, H., 2007. Complete genomes and
philogenetic positions of bovine papilomavirus type 8 and variant type from
European bison. Virus Genes. 35, 243-249.
71
F3BPV 10
H3
BPV 9
BAA1
BPV/BR-UEL7
BPV 3
C2 BPV 6
I 1 BAPV9
BAPV3 BAPV10
BPV/BR UEL3
BPV 11
BPV 4
BPV/BR UEL2
BPV/BR-UEL6
BAA3
BAA2
E1
BPV 7
BAPV5
BAPV7
BAPV8
BAA4 BPV 2
BPV/BR UEL4BPV 1
BPV 5
BPV/BR UEL5BAPV4
U2BPV 8
Figure 1. Neighbour-joining phylogenetic tree reconstructed with FAP sequences of
previously described bovine papillomavirus types, and putative new BPV types. A
representative of each BPV type identified in the study was identified as C2 (BPV-6),
E1 (BPV-7), U2 (BPV-8), H3 (BPV-9), F3 (BPV-10), I1 (BAPV9) and the new putative
types designated as BPV/BR-UEL6 and -7. The tree is divided into the previously
determined genera Deltapapillomavirus, Epsilonpapillomavirus, Xipapillomavirus, an
unassigned PV genus (BPV-7) and a probable new genus. The numbers in internal
nodes represent the bootstrap support values determined for 1000 replicates. The
BPV/BRUEL-6 and 7 indicated by shading.
72
I 1BAPV9
BPV/BR-UEL7
BPV 3
H3
BPV 9
C2BPV 6
BAPV3
BAPV10
BPV/BR UEL3
BPV 4
BPV 11 BPV/BR UEL2
F3
BPV 10
BAPV8
BAA1
BPV/BR-UEL6
BAA4
BAA2
E1
BPV 7
BAPV5
BAPV7
BPV 2
BPV/BR UEL4
BPV 1
BPV 5
BPV/BR UEL5
BAPV4
U2
BPV 8
Figure 2. Neighbour-joining phylogenetic tree reconstructed with FAP sequences of
previously described bovine papillomavirus types, and putative new BPV types, except
BAA3. A representative of each BPV type identified in the study was identified as C2
(BPV-6), E1 (BPV-7), U2 (BPV-8), H3 (BPV-9), F3 (BPV-10), I1 (BAPV9) and the
new putative types designated as BPV/BR-UEL6 and -7. The tree is divided into the
previously determined genera Deltapapillomavirus, Epsilonpapillomavirus,
Xipapillomavirus, and an unassigned PV genus (BPV-7). The numbers in internal nodes
represent the bootstrap support values determined for 1000 replicates. The
BPV/BRUEL-6 and 7 indicated by shading.
73
Figure 3: Photomicrograph of the lesion F2 (bovine papillomavirus type 10) stained
with AgNOR technique. Arrows indicate nucleolar organizer regions, demonstrating
the high cell proliferation in keratinocytes (AgNOR staining, 10X objective).
74
Figure 4: Photomicrograph of four bovine teat papillomas that had different
macroscopic classifications. A) Lesion C2 (BPV-6/filiform): teat papilloma with a close
few papillary projections of similar length. The papillary projections directed in a
similar way. B) Lesion F1 (BPV-10/caulyflower): teat papilloma has large numbers of
close long papillae, of similar length. The papillary projections directed similarly. C)
Lesion L1 (BPV-6/frond) presents many papillary projections, with variable length,
spaced and directed asymmetrically. D) Lesion V2 (BPV/BR-UEL7/flat-and-round):
teat papilloma displays moderate epidermal hyperplasia, flat, extending the papillary
ridges to the dermis (HE stain, objective 4X).
75
Table 1. Bovine papillomavirus identification and macroscopic characteristics of teat
lesions collected in three Brazilian states.
State Herd Animal Lesion Macroscopic characteristics of
true papillomas BPV type
PR 1 A A1 Frond 6
B B1 Cauliflower 6
B2 Frond 6
C C1 Cauliflower 6
C2 Filiform 6
D D1 Cauliflower 6
D1 Couliflower 6
E E1 Filiform 7
F F1 Cauliflower 7
F2 Cauliflower 10
F3 Cauliflower 10
2 G G1 Filiform 6
H * H1 Cauliflower 6
H2 Flat-and-round 6
H3 Flat-and-round 9
3 I I1 Frond BAPV9
J J1 Frond BPV/BR-UEL-6
4 K K1 Frond BAPV9
K2 Frond 6
5 L* L1 Frond 6
L2 Frond 6
L3 Frond 6
6 M M1 Flat-and-round 6
M2 Flat-and-round 10
N* N1 Frond 10
O* O1 Frond 10
P* P1 Frond 6
P2 Frond 6
76
State Herd Animal Lesion Macroscopic characteristics of
true papillomas BPV type
SP 7 Q Q1 Flat-and-round 10
R R1 Flat-and-round 10
8 S S1 Frond 10
SC 9 T* T1 Cauliflower 10
10 U* U1 Cauliflower 10
U2 Cauliflower 8
11 V* V1 Cauliflower 10
V2 Flat-and-round BPV/BR-UEL-7
W* W1 Flat-and-round 9
12 X X1 Cauliflower 6
X2 Cauliflower 10
13 Y Y1 Cauliflower 10
GenBank database accession number: A1 (HM245430); E1 (HM245431); F2 (HM245432); H3
(HM245433)
* Heifers
PR=Paraná, SC=Santa Catarina, SP=São Paulo
Table 2. Distribution of bovine papillomavirus types in herds, animals and teat lesions.
BPV type Herd (n=13) Animal (n=25) Lesion (n=40)
BPV-6 6 12 18
BPV-7 1 2 2
BPV-8 1 1 1
BPV-9 2 2 2
BPV-10 9 12 13
BAPV9 2 2 2
BPV/BR-UEL-6 1 1 1
BPV/BR-UEL-7 1 1 1
77
Table 3. The highest similarity percentage of Brazilian putative new bovine papillomavirus types with
BPV-1 to -10 and putative new BPV types.
Lesion BPV strain Nucleotide sequence data Length
(pb)
Closest
related type
Similarity Closest related
putative type
Similarity
J1 BPV/BR-UEL6 168 BPV-10 0,607 BAA3 0,744
V2 BPV/BR-UEL7 165 BPV-9 0,704 BAPV3 0,68
Table 4. The highest similarity percentage of Brazilian putative new bovine papillomavirus types with
BPV-1 to -10 and putative new BPV types except BAA3.
Lesion BPV strain Nucleotide sequence data
Length
(pb)
Closest
related type
Similarity Closest related
putative type
Similarity
J1 BPV/BR-UEL6 320 BPV-11 0,659
BAPV3 0,678
V2 BPV/BR-UEL7 317 BPV-9 0,753
BAPV9 0,755
78
4. CONCLUSÕES
79
CONCLUSÕES
A PCR, realizada com os primers genéricos FAP59/FAP64, foi eficaz na
amplificação de um produto com aproximadamente 480 pb do gene L1 do BPV
em todos os papilomas de tetos bovinos;
O estudo dos tipos de BPVs provenientes de lesões de teto de gado leiteiro,
realizado a partir das seqüencias de nucleotídeos dos produtos amplificados pela
PCR, proporcionaram a identificação dos tipos de papilomavírus bovino BPV-6,
-7, -8, -9 e 10, do BAPV9 (provável novo tipo) e dois prováveis novos tipos
nunca descritos;
O tipo viral prevalente identificado em lesões de teto no estudo foi o BPV-6,
seguido do BPV-10;
A identificação pela primeira vez no continente Americano dos tipos virais
BPV-7, -9 e -10 recentemente descrito na Europa (BPV-10) e Japão (BPV-7, -9
e -10), sugere a distribuição mundial desses tipos virais;
A primeira identificação do suposto novo tipo viral BAPV9 em lesões de teto
demonstra o potencial patogênico desse vírus, que foi somente descrito
anteriormente em swab de pele de teto saudável de bovinos no Japão;
As formas de infecção pelo BPV foram identificadas como infecções simples
(apenas um tipo viral no mesmo animal) e mistas (mais de um tipo viral no
mesmo animal) nos rebanhos bovinos da regiões estudadas;
A histopatologia permitiu a identificação dos efeitos citopáticos virais clássicos
associados à formação de papilomas verdadeiros.
Não houve relação do tipo de alteração histopatológica com o tipo de BPV
identificado.
80
5. APÊNDICES
81
APÊNDICE A
Lista de Reagentes
1. 100 mM dNTP Set, 4 x 250 mL; 25mmol each (100 mM dATP Solution, 100
mM dCTP Solution, 100 mM dGTP Solution, 100 mM dTTP Solution) (Invitrogen Life
Technologies®)
2. 10 x PCR-Buffer (200 mM Tris-HCl, pH 8.4, 500 mM KCl) (Invitrogen Life
Technologies®)
3. 123 bp DNA Ladder (Invitrogen Life Technologies®)
4. 2-Mercapto-ethanol (C2H6O5) P.M. 78,13 (Fluka®)
5. Acetona, P.A. (CH3COCH3) P.M. 58,08 (Dinâmica®)
6. Ácido acético glacial, P.A. (CH3COOH) P.M. 60,05 (Nuclear®)
7. Ácido bórico (H3BO3) P.M. 61,83
8. Ácido clorídrico (HCl) P.M. 36,46 (Reagen®)
9. Ácido etilenodiaminotetraácido Sal di-sódico – EDTA, P.A.
(C10H14N2O8Na22H2O) P.M. 372,24 (Reagen®)
10. Agarose (Gibco BRL®)
11. Ágar - Himedia Laboratories, India
12. Álcool etílico absoluto (C2H2OH) P.M. 46,07 (Nuclear®)
13. Álcool isoamílico ((CH3)2CHCH2CH2OH) P.M. 88,15 (Synth®)
14. Ampicilina trihidratada - USB, Cleveland, Ohio
15. Azul de bromofenol (Sigma®)
16. Cloreto de Potássio, P.A. (KCl) P.M. 74,56 (Reagen®)
17. Cloreto de Sódio, P.A. (NaCl) P.M. 58,45 (Reagen®)
18. Clorofórmio, P.A. (CHCl3) P.M. 119,38 (Dinâmica®)
82
19. Dodecil Sulfato de Sódio – Lauril Sulfato de Sódio – SDS (C12H25NaO4S)
P.M. 288,38 (Synth®)
20. Ethidium bromide (C21H20N3Br) P.M. 394,3 (Sigma®)
21. Extrato de Levedura - USB, Cleveland Ohio
22. Gibco BRL – Concert™ Rapid Plasmid purification System - Invitrogen Life
Technologies®
23. Glicina, P.A. (Nuclear®)
24. Guanidine isothiocyanate P.M. 118,16 (Gibco BRL®)
25. Hidróxido de sódio, P.A. (NaOH) P.M. 40,00 (Dinâmica®)
26. Hidroximetil amino metano – TRIS 99% P.M. 121,14 (Inlab®)
27. Lambda DNA - (Invitrogen Life Technologies®)
28. Metanol, P.A. (CH3OH) P.M. 32,04 (Allkimia®)
29. Platinum Taq DNA Polymerase recombinant 500 units (Invitrogen Life
Technologies®)
30. PureLink Quick Gel Extraction Kit (Invitrogen Life Technologies®)
31. Silicon dioxide (SiO2) P.M. 60,08 (Sigma®)
83
APÊNDICE B
Soluções e Tampões
• Hidratação da sílica
- 60 g de sílica (SIGMA®)
- Adicionar 500 mL de água MilliQ autoclavada
- Agitar lentamente e manter em repouso durante 24 horas
- Por sucção, desprezar 430 mL do sobrenadante
- Ressuspender a sílica em 500 mL de água bidestilada
- Manter em repouso durante 5 horas para sedimentar
- Desprezar 440 mL do sobrenadante
- Adicionar 600 μL de HCl (32% w/v) para ajustar o pH (pH=2,0)
- Aliquotar e autoclavar
• Solução L6
- 120 g de tiocianato de guanidina (GUSCN)
- 100 mL de TRIS-HCl 0,1 M pH 6,4
- 22 mL de EDTA 0,2 M pH 8,0
- 2,6 mL de Triton x 100
• Solução L2
- 120 g de tiocianato de guanidina (GUSCN)
- 100 mL de TRIS-HCl 0,1 M pH 6,4
84
• Tampão de Amostra
- Azul de bromofenol 0,25%
- Sacarose – sucrose (C12H22O11) 45%
Tampão de corrida: TBE (TRIS – Ácido bórico – EDTA) 10 x [ ]
- 0,89 M TRIS
- 0,89 M ácido bórico
- 0,02 M EDTA dissodium
- Água bidestilada qsp. 1 L
pH = 8,4
• Tampão fosfato salina (PBS)
-137 mM cloreto de sódio (NaCl)
- 3 mM cloreto de potássio (KCl)
- 8 mM sódio fosfato dibásico anidro (Na2HPO4)
- 15 mM potássio fosfato monobásico (K2H2PO4)
- Água MilliQ autoclavada q.s.p. 1 L
pH = 7,2
• Fenol / clorofórmio – álcool isoamílico (24:24:1)
- 24 mL fenol saturado
- 24 mL clorofórmio
- 1 mL álcool isoamílico
85
Tampão de Amostra
- Azul de bromofenol 0,25%
- Sacarose – sucrose (C12H22O11) 45%
Triton X -100 a 0.5% (Técnica de AgNOR)
- Acrescentar 0,5 mL de Triton X -100 em 99,5 mL de PBS
Solução A – Solução Colóide (Técnica de AgNOR)
- Aquecer 50 mL de água deionizada a 60°C
- Dissolver 1 g de gelatina
- Quando solução à temperatura ambiente, adicionar 0,5 mL de ácido fórmico
Solução B – Solução de Prata (Técnica de AgNOR)
- Dissolver 50 g de nitrato de prata em 100 mL de água destilada
86
APÊNDICE C
Protocolo de Técnicas
• Macerado de Papilomas de teto
- Triturar o papiloma
- Macerar o papiloma com pistilo em um gral
- Adicionar PBS 1x
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 4.000 x g durante15 min
- Recolher 250 μL do sobrenadante em eppendorf para extração de DNA
• Lise Celular
- 250 μL do sobrenadante do macerado
- 250 μL de PBS 1x
- 1% de SDS (50 μL)
- 0,2 mg/mL de proteinase K (10 μL)
- Homogeneizar em vórtex 10/s
- Incubar em banho-maria à 56oC/30 min
• Extração do DNA pela técnica fenol / clorofórmio – álcool isoamílico /
sílica / tiocianato de guanidina
- Adicionar 500 μL de fenol clorofórmio álcool isoamílico após a lise celular
- Homogeneizar em vórtex
- Incubar em banho-maria à 56oC/15 min
87
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 10.000 x g/12 min
- Recolher a fase aquosa em outro eppendorf
- Adicionar 25 μL de sílica hidratada
- Adicionar 1.000 μL de solução L6
- Homogeneizar em vórtex
- Agitar durante 30 min em temperatura ambiente
- Centrifugar a 10.000 x g 30/s
- Desprezar o sobrenadante em solução contendo NaOH 10 M
- Adicionar 500 μL de solução L2
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 10.000 x g 30/s
- Desprezar o sobrenadante em solução contendo NaOH 10M
- Adicionar 500 μL de solução L2
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 10.000 x g 30/s
- Desprezar o sobrenadante em solução contendo NaOH 10M
- Adicionar 1.000 μL de etanol 70% gelado
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 10.000 x g 30/s
- Desprezar o sobrenadante
- Adicionar 1.000 μL de etanol 70% gelado
- Homogeneizar em vórtex
88
- Centrifugar a 10.000 x g 30/s
- Desprezar o sobrenadante
- Adicionar 1.000 μL de acetona PA gelada
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 10.000 x g /2 min
- Desprezar o sobrenadante
- Secar o pellet em banho-maria a 56oC/15 min
- Adicionar 100μL de água miliQ autoclavada
- Homogeneizar em vórtex
- Descansar em banho-maria à 56oC/15 min
- Homogeneizar em vórtex
- Centrifugar a 10.000 x g /2 min
- Recolher o sobrenadante
- Estocar a –20ºC
• Gel de agarose a 2%
- 1 g de agarose
- 50 mL TEB buffer (Tris 89 mM; ácido bórico 89 mM; EDTA 2 mM) pH 8,4
- 30 µL de brometo de etídeo (0,5 μg/mL)
Purificação de produto de PCR excisado do gel
-Pesar o fragmento excisado do gel em microtubo de 1,5 mL
89
-Adicionar 10 μL do Capture buffer type 2 para cada 10 mg de Del
-Incubar o tubo a 60°C / 15 min, homogeneizando a cada 3 min
-Spin
-Transferir 600 μL da amostra com o Capture buffer type 2 em um microtubo
coletor com coluna
-Incubar a temperatura ambiente por 1 min
-Centrifugar a 13 000 G / 2 min
-Descartar o filtrado e recolocar a coluna no mesmo microtubo
-Adicionar 500 μL do Wash buufer type 1 na coluna com microtubo coletor
-Centrifugar a 13 000 G / 1 min
-Descartar o filtrado e transferir a coluna para um microtubo de 1,5 mL
-Adicionar 30 μL do Elution buffer type 6
-Incubar a temperature ambiente por 1 min
-Centrifugar a 13 000 G / 1 min
-Estocar o DNA purificado em -20°C
Quantificação de produto de PCR
-Preparar a solução Quant-iTTM
Working Solution diluindo o reagente Quant-
iTTM
no Quant-iTTM
Buffer, 1:200. São necessários 200 μL desta solução por
amostra e para os padrões 0 e 100.
-Homogeneizar em vortex
-No microbuto das amostras adicionar 198 μL da solução Quant-iTTM
Working
Solution 2 a 2 μL do DNA purificado.
90
-No microtubo do padrão 0 adicionar 190 μL da solução Quant-iTTM
Working
Solution a 10 μL do padrão 0
-No microtubo do padrão 100 adicionar 190 μL da solução Quant-iTTM
Working
Solution a 10 μL do padrão 100
-Homogeneizar os microtubos em vórtex por 2 – 3 s
-Incubar os microtubos em temperatura ambiente por 2 min
-Realizar a leitura utilizando QubitTM
fluorometer (Invitrogen Life
TechnologiesTM
)
-Multiplicar pelo fator de diluição para determinar a concentração correta da
amostra
AgNOR
- Desparafinizar a lâmina à temperatura de 80°C
- Reidratar a partir de xilol a álcool 70° GL
- Colocar em água destilada por 10 min
- Colocar em imersão na solução de Triton X 100 a 0.5% por 15 min
- Lavar em água corrente por 20 min
- Colocar a lâmina invertida no laminário
- Preparar solução de A+B na proporção de 1A:2B
- Adicionar para cada lâmina, 3 mL da solução A+B
- Incubar em estufa a 37°C por 25 min
- Lavar em água corrente por 20 min
- Secar e mont
91
ANEXOS
92
ANEXO A
Tabela 1. Alterações histopatológicas dos papilomas de teto induzidas pelos tipos de papilomavírus
bovino identificados.
Lesão Tipo macroscópico Tipo de BPV Alterações histopatológicas
Grânulos de
C-H volumosos
Quantidade de
grânulos de C-H
Coilocitose Inclusão
Intranuclear
Dermatite
perivascular
em derme
adjacente
B1 Couve-flor 6 - - + - -
B2 Frond 6 ++ + + - -
C1 Couve-flor 6 ++ ++ + - -
C2 Filiforme 6 - - + - -
D1 Couve-flor 6 ++ + + - -
E1 Filiforme 7 + + + + -
F1 Couve-flor 7 ++ ++ +++ - -
F2 Couve-flor 10 ++ - ++ - -
F3 Couve-flor 10 + - + - -
G1 Filiforme 6 + - + - -
H3 Plano 9 - - + - -
K1 Frond BAPV9 + - ++ - -
K2 Frond 6 ++ ++ + - -
L1 Frond 6 ++ ++ + - -
L2 Frond 6 ++ ++ + - -
M1 Plano 6 +++ +++ + - -
M2 Plano 10 + + + + -
N1 Frond 10 ++ ++ +++ - -
O1 Frond 10 + + - - -
P1 Frond 6 - - + - -
Q1 Plano 10 + + +++ - -
Q2 Plano 10 ++ + - - -
S1 Frond 10 ++ + + + -
T1 Couve-flor 10 + + ++ - +
U1 Couve-flor 10 ++ ++ + - +
U2 Couve-flor 8 ++ ++ + - +
V1 Couve-flor 10 ++ ++ + - +
V2 Plano
BPV/BR-
UEL7
++ ++ +++ + +
W1 Plano 9 + + ++ - +
C-H: cerato hialina
As lesões T1 – W1 foram coletadas em abatedouuro e tiveram parte da derme adjacente
presente na histopatologia.
93
ANEXO B
Foto documentação de aspectos macroscópicos de papilomatose mamária
Figura 1. Novilha com papilomatose mamária. A) Múltiplos papilomas no teto e pele com aspecto de
“couve-flor” e “plano”. B) Teto acometido em região de esfíncter com mastite purulenta causada por
infecção secundária. C) Teto acometido pela papilomatose, apresentando-se deformado e totalmente
descaracterizado. D) Animal após remoção/coleta de papilomas de teto.
94
ANEXO C
Foto documentação de alterações citopáticas induzidas pelo papilomavírus bovino
em tecido epitelial de glândula mamária.
Figura 1. Fotomicrografia de papiloma da lesão K1, classificado como BPV tipo BAPV9. Primeira
descrição histopatológica da neoplasia determinada por esse tipo viral, que foi identificado a partir de
swabs provenientes de pele de teto saudável de animais do Japão. Hiperplasia da epiderme, coilocitose
moderada e hiperqueratose. Papiloma exclusivamente de epiderme, sem proliferação fibroblática,
classificado como papiloma verdadeiro (coloração HE; objetiva de 10X).
95
Figura 2. Fotomicrografia da lesão V2 classificada macroscopicamente como flat-and-round, induzida
por um suposto novo tipo identificado no trabalho (BPV/BR-UEL7). A) Hiperlasia da epiderme plana,
com prolongamento de cristas papilares para derme (objetiva de 4X). B) Grânulos cerato-hialínicos
grosseiros em grande quantidade. (coloração HE; objetiva de 10X).
Figura 3. Fotomicrografia da lesão S1 (BPV-10), demonstrando pela seta intensa coilocitose nos
queratinócitos da camada espinhosa da epiderme (coloração HE; objetiva de 40X).
96
Figura 4. Fotomicrografia da lesão S1 (BPV-10), demonstrando pela seta inclusões intranucleares nos
queratinócitos da camada espinhosa da epiderme (coloração HE; objetiva de 40X).
97
Figura 5. Fotomicrografia da lesão U2 (BPV-8). A seta indica região de dermatite perivascular
linfoplasmocitária com predomínio de linfócitos em derme adjacente, sugerindo provavelmente um
estágio inicial de regressão do papiloma (coloração HE; objetiva de 10X).
98