Capítulo 8 – Instrumento do pensar: a lógicaFILOSOFAR COM TEXTOS:TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
8 Instrumento do pensar: a lógica
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Capítulo
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A lógica Em sentido amplo, entende-se por lógica a investigação da
estrutura da argumentação válida.
O primeiro filósofo a organizar a lógica de forma sistemática foi Aristóteles. Com esse filósofo grego, inicia-se a chamada lógica clássica, que permaneceu incontestada até o século XIX, quando Frege deu início à lógica simbólica.
Na imagem, A escola de Aristóteles, detalhe do afresco As
quatro faculdades, de Gustav Adolph Spangenberg, século XIX.
Por mais de dois mil anos, estudar lógica significou estudar
essencialmente Aristóteles.
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Lógica clássica: definições O argumento, ou raciocínio propriamente dito, é o
encadeamento de proposições que conduzem a uma conclusão (inferência).
As premissas são proposições que conduzem logicamente à conclusão.
O termo (conceito) é uma palavra ou expressão.
A proposição (juízo) é a frase em que o sujeito e o predicado se negam ou se afirmam um ao outro.
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As proposições podem ser classificadas, quanto à qualidade, em afirmativas ou negativas. Do ponto de vista da quantidade são gerais (total ou universal) ou particulares e singulares.
O predicado de uma proposição pode ter extensão total ou particular. Os termos do sujeito e do predicado se combinam de maneira a assumir a forma universal ou particular.
No exemplo “Todo mineiro é brasileiro” (Todo M é B), o termo “mineiro” é total porque se refere à totalidade dos mineiros e o predicado “brasileiro” é particular porque se refere à parte dos brasileiros que é mineira.
Os princípios da lógica são: identidade, não contradição e terceiro excluído.
Lógica clássica: definições
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Lógica clássica: definições O quadrado de oposições permite classificar as proposições
segundo a qualidade e a quantidade. Por essas combinações podemos saber se as proposições são verdadeiras ou falsas com base nas seguintes relações: contrárias, subcontrárias, contraditórias e subalternas. Por exemplo, quando estamos diante de duas proposições contraditórias, uma deverá ser, necessariamente, verdadeira, e a outra, falsa.
O silogismo é um tipo de argumentação proposto por Aristóteles que se tornou clássico. Compõe-se de um termo médio (que se repete nas premissas), um termo maior (o predicado da conclusão) e um termo menor (o sujeito da conclusão).
O silogismo possui oito regras bastante rígidas quanto a sua validade. São válidos os argumentos cuja conclusão decorre logicamente das premissas (não importando se elas são verdadeiras).
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Lógica clássica: definições Tipos de argumentos: Há três tipos tradicionais de
argumentos: a dedução, a indução e a analogia. A dedução parte de (pelo menos) uma proposição geral
para chegar a uma conclusão que pode ser geral ou particular.
A indução parte de diversos dados singulares constatados para chegar a proposições gerais.
A analogia, ou raciocínio por semelhança, é uma indução parcial em que se passa de alguns fatos singulares para uma conclusão singular ou particular.
A falácia é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de correção. As falácias podem ser formais (quando contrariam as regras da inferência válida) e não formais (quando decorrem de premissas que não estabelecem a conclusão; podem ser de vários tipos).
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Lógica clássica: definições
Argumento, pintura de Rudolf Bergander, 1961. Argumentar não é apenas persuadir psicologicamente o outro a respeito de nossas posições, mas respeitar o rigor e a correção do raciocínio.
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Lógica simbólica A lógica simbólica surge no
século XIX e tem Gottlob Frege como principal representante.
Gottlob Frege, matemático e filósofo alemão, é considerado o fundador da
lógica matemática moderna.
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Lógica simbólica A lógica simbólica ou matemática desenvolve uma
linguagem técnica artificial bem mais ampla e precisa que a utilizada pela lógica tradicional. Divide-se em cálculo proposicional e cálculo de predicados.
Na lógica proposicional, símbolos representam as proposições e as conexões que se estabelecem entre elas: negação, conjunção, implicação e equivalência. Tabelas de verdade são usadas para identificar os valores de verdade e falsidade das proposições e assim saber se o argumento é válido ou não.
A lógica de predicados envolve os quantificadores (universais e existenciais), que se expressam pelas palavras “qualquer”, “todo”, “cada”, “algum”, “nenhum” e “existe”. A vantagem é poder expressar uma rica variedade de estruturas lógicas inexistentes na lógica clássica.
FILOSOFAR COM TEXTOS:TEMAS E HISTÓRIA DA FILOSOFIA
ANOTAÇÕES EM AULACoordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Cláudia FernandesElaboração: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Renato dos Santos BeloEdição de texto: Samir ThomazPreparação de texto: José Carlos de CastroCoordenação de produção: Maria José TanbelliniIconografia: Camila D'Angelo, Marcia Mendonça, Angelita Cardoso e Denise Durand Kremer
EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia EducacionalEditora executiva: Kelly Mayumi IshidaCoordenadora editorial: Ivonete LucirioEditoras: Jaqueline Ogliari e Natália PeixotoAssistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata MichelinEditor de arte: Fabio VenturaEditor assistente de arte: Eduardo BertoliniAssistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí PrazeresRevisores: Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNARua Padre Adelino, 758 – BelenzinhoSão Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510Fax (0__11) 2790-1501www.moderna.com.br2012