Banco Sofisa S.A.
Demonstrações Financeiras Consolidadas 2014
Elaboradas no Padrão Contábil Internacional (IFRS)
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações financeiras consolidadas
Exercício findo em 31 de dezembro de 2014
Índice
Demonstrações financeiras consolidadas auditadas
Relatório da Administração
Balanços patrimoniais consolidados
Demonstrações consolidadas do resultado e resultado abrangente
Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido
Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa
Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
consolidadas
1
RREELLAATTÓÓRRIIOO DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO IIFFRRSS 22001144
Os números de 2014 do Banco Sofisa mostram evolução positiva em diversos aspectos que são resultado de esforços que vimos perseguindo ao longo dos últimos anos com os efeitos esperados, de forma consistente e recorrente.
A carteira de crédito no segmento Empresas encerrou o ano com crescimento de 14,8% comparada ao ano anterior.
As despesas administrativas totais, no padrão IFRS em 2014, foram 10% menores do que as de 2013. Acreditamos que atingimos um nível de despesas adequado ao tamanho do Banco, o que nos permitirá manter índices de eficiência abaixo de 40%.
Neste momento nossa carteira de créditos tem apresentado melhoras constantes e demonstra manutenção de boa qualidade. Porém, temos absoluta consciência do complexo cenário político e econômico que se desenha para 2015. Acreditamos estar preparados para navegar e tirar proveito das oportunidades que irão aparecer. Buscaremos enfrentar o momento com reforço de provisões via um modelo de classificação de operações mais conservador, com consequentes rebaixamentos de ratings.
Mesmo considerando o crescimento de carteira realizado o Banco continua com excelente nível de capitalização em relação às demandas regulatórias. Dessa forma, privilegiamos a remuneração de nossos acionistas e distribuímos dividendos no valor de R$ 21,5 milhões ao longo do ano.
Gilberto Maktas Meiches
Presidente do Conselho de Administração
No encerramento do exercício de 2014, segundo
dados divulgados pelo Bacen, o volume de crédito do
sistema financeiro atingiu R$3.022 bilhões,
crescimento de 11,3% no ano. A relação Crédito
Total/PIB alcançou 56,3%, ante 58,9% em dezembro
de 2014.
O saldo das operações de crédito destinadas às
pessoas jurídicas atingiu R$1.608 bilhões no
encerramento de 2014, crescimento de 9,8% em
relação a dezembro de 2013, enquanto o crescimento
para o mesmo período ao fim de 2013 foi de 13,3%.
O Banco Sofisa é uma das mais tradicionais
instituições financeiras do país. Fundado em 1961
como Sofisa S.A. Crédito, Financiamento e
Investimentos, foi pioneiro no desenvolvimento e
aprimorador de negócios voltados ao financiamento
de pessoas físicas. No ano de 1990, ampliou sua
participação na vida financeira do país com nova
denominação, Banco Sofisa S.A.
Desde então, o Banco Sofisa tem atuado de maneira
proeminente em seu principal foco de negócio:
empréstimos a pequenas e médias empresas, o
chamado middle-market. Dentro deste segmento,
têm prioridade as empresas com faturamento anual
de R$5 milhões a R$300 milhões.
O excelente atendimento que o Sofisa propicia é
garantido por estruturas específicas, que zelam pelo
relacionamento do Banco. Estas estruturas são
compostas por gerentes especialmente treinados para
oferecer soluções e aconselhamento detalhado sobre
os produtos e serviços que melhor atendem às
peculiaridades e demandas de negócio de cada
segmento.
O Banco fundamenta seus negócios em uma política
de concessão de crédito baseada em intensa análise
fundamentalista, amparada por fortes garantias e
alta pulverização de riscos, considerando uma
exposição máxima de crédito por grupo econômico
limitada a R$30 milhões.
O Sofisa conta com patrimônio líquido de R$656,3
milhões, ativos de R$4,0 bilhões e presença em 09
estados do território nacional por meio de uma rede
de 14 agências.
Nestes mais de 50 anos de história, o Sofisa tornou-se
conhecido pela solidez e tradição de bons serviços
prestados aos clientes e hoje conta com uma gama de
clientes fiéis, dos quais é parceiro financeiro de
confiança, que entende suas atividades e participa de
seu dia-a-dia.
PERFIL CORPORATIVO
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DESEMPENHO DO CRÉDITO NO BRASIL
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2
• Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em
30 de janeiro de 2014, foi deliberada a redução de
capital da Sociedade, em R$ 50.000.000,00
(cinquenta milhões de reais), passando de R$
685.700.092,85 (seiscentos e oitenta e cinco milhões,
setecentos mil, noventa e dois reais e oitenta e cinco
centavos) para R$ 635.700.092,85 (seiscentos e trinta
e cinco milhões, setecentos mil, noventa e dois reais
e oitenta e cinco centavos), sem redução do número
de ações, mantendo-se inalterado o percentual de
participação dos acionistas no capital social da
Sociedade. O pagamento dos recursos referentes a
redução de capital foram pagos em 29 de julho de
2014.
• No dia 25.03.2014 foi aprovado pelo Conselho de
Administração a distribuição aos acionistas de JCP, no
valor bruto de R$6,0 milhões, e de Dividendos, no
valor de R$ 2,5 milhões, referentes ao exercício 2013.
O pagamento foi realizado em 08.04.2014.
• No dia 04.06.2014 divulgamos ao mercado o Fato
Relevante sobre a decisão da CVM em que a acionista
controladora do Sofisa deveria realizar oferta pública
de aquisição de ações por aumento de participação
(“OPA”), com fundamento no art. 4º, §6º da LSA e no
art. 26 da Instrução CVM nº 361/2002 (“ICVM nº
361”). Em 30.07.2014 divulgamos novo Fato
Relevante informando que o prazo de 60 dias para
apresentação da documentação pertinente à oferta
pública de aquisição de ações por aumento de
participação (“OPA”) encontra-se suspenso desde
16.06.2014, data em que foi apresentado o Pedido de
Reconsideração da decisão do Colegiado da CVM,
conforme Fato Relevante divulgado pela Companhia
na mesma data. O processo da OPA ainda está sob
análise da Comissão de Valores Mobiliários.
• Em Outubro de 2014 foi alienado o investimento
correspondente ao controle da empresa La Isla
Participações e Empreendimentos Ltda no montante
de R$ 38,0 milhões, de acordo com laudo preparado
por empresa independente.
• No dia 04.11.2014 foi aprovado pelo Conselho de
Administração a distribuição aos acionistas de
Dividendos no valor de R$ 11,5 milhões, referentes ao
exercício 2014. O pagamento foi realizado em
14.11.2014.
• No dia 16.12.2014 foi aprovado pelo Conselho de
Administração a distribuição aos acionistas de
Dividendos no valor de R$ 10,0 milhões, referentes ao
exercício 2014. O pagamento foi realizado em
30.12.2014.
Operações de Crédito
Em IFRS a carteira total totalizou R$2,0 bilhões em
2014 (R$1,8 bilhões em 2013).
A carteira de empréstimos a Empresas totalizou R$2,0
bilhões, representando 99,7% do total da carteira, e a
carteira de Varejo encerrou com saldo de R$ 6,2
milhões, correspondendo a 0,3% da carteira total.
Com relação à qualidade da carteira de crédito, o
maior devedor representou 1,5% da carteira total e
4,5% do Patrimônio Líquido.
As operações de Varejo totalizaram R$6,2 milhões em
dezembro de 2014, correspondendo a 0,3% da
carteira de operações de crédito.
Em função do encerramento das atividades de
originação de operações de Varejo a partir de maio
de 2010, há a projeção de liquidação desta carteira
até o primeiro trimestre de 2016.
Impairment
Com base na orientação fornecida pelo IAS 39, o
Banco estima a provisão para perdas sobre crédito
com base no histórico de perda de valor recuperável
e outras circunstâncias conhecidas por ocasião da
avaliação. Tais critérios diferem em determinados
aspectos dos critérios adotados segundo o BR GAAP,
que usa determinados limites regulatórios definidos
pelo Bacen para fins do cálculo da provisão para
perdas sobre crédito.
A perda com ativos financeiros (impairment),
calculada pelo padrão contábil IFRS, foi de R$44,8
milhões em 2014 e R$45,5 milhões em 2013.
Captação
Em dezembro de 2014, a captação total somou
R$2,93 bilhões, 10,2% superior ao montante R$2,65
bilhões registrados em dezembro de 2013.
Os depósitos a prazo (CDB), Letras de Crédito de
Agronegócio (LCA), Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
e Letras Financeiras (LF), representaram 59,8% dos
depósitos totais (48,9% em dezembro de 2013),
totalizando R$1,48 bilhão, um crescimento de 50,4%
em relação ao ano anterior. O montante de R$181,0
milhões de depósitos a vista em dezembro de 2014 foi
superior aos R$133,2 milhões registrados em
dezembro de 2013, que representam,
respectivamente, 7,3% e 6,6% dos depósitos totais no
encerramento de 2014 e 2013. Os depósitos
interfinanceiros totalizaram R$40,6 milhões ao final
de 2014, ou seja, 1,6% dos depósitos totais (1,3% em
dezembro de 2013).
As operações de Depósitos com Garantias Especiais
(DPGE) encerraram o exercício de 2014 com saldo de
R$773,5 milhões, queda de 10,9% com relação a
dezembro de 2013, quando totalizava R$868,5
milhões.
EVENTOS RELEVANTES 2014
DESTAQUES OPERACIONAIS
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Lucro Líquido
O Banco Sofisa encerrou o exercício de 2014 com
lucro líquido acumulado de R$47,0 milhões, superior
137,7% em relação aos R$19,8 milhões registrados no
ano anterior.
Os principais impactos de adoção dos critérios do
padrão IFRS em relação aos critérios do padrão
BRGAAP no lucro líquido são:
R$ mil 2014 2013
Lucro Líquido em BRGAAP 36.061 21.274
Perda ao valor recuperável de empréstimos e
recebíveis - Impairment17.247 1.372
Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo
método de taxa efetiva de juros-206 97
Operações de venda ou de transferência de ativos
financeiros-255 69
Reversão de receitas - Sociedades de propósito
especifico1.444 -4.037
Imposto de renda e contribuição social sobre
ajustes de IFRS-7.292 1.000
Lucro Líquido em IFRS 46.999 19.775
Despesas Administrativas
Segundo os critérios do padrão IFRS, as despesas
administrativas, de pessoal e de depreciação e
amortização, acumuladas em 2014, somaram R$99,9
milhões, redução de 9,7% em relação aos R$ 110,6
milhões em 2013.
Ativo Total
Os ativos totais do Banco em padrão IFRS somaram
R$3,97 bilhões em dezembro de 2014, crescimento de
8,3% em relação aos R$3,66 bilhões registrados em
dezembro de 2013.
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido do Banco atingiu R$656,3
milhões em dezembro de 2014, decréscimo de 3,7%
em relação aos R$681,8 milhões registrados em
dezembro de 2013.
R$ mil 2014 2013
Patrimônio Líquido em BRGAAP 656.850 692.743
Perda ao valor recuperável de empréstimos e
recebíveis - Impairment34.715 24.687
Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo
método de taxa efetiva de juros-259 -425
Operações de venda ou de transferência de ativos
financeiros-45 -300
Reversão de receitas - Sociedades de propósito
especifico-5.689 -5.225
Classificação de ativos financeiros -29.601 -36898
Imposto de renda e contribuição social sobre
ajustes de IFRS352 7.264
Patrimônio Líquido em IFRS 656.323 681.846
Índice de Basileia
O Banco Sofisa encerrou o exercício 2014 com Índice
de Basileia de 16,3%, decréscimo de 4,1 p.p. em
relação aos 20,4% no mesmo período de 2013.
A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara
de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula
Compromissória constante do seu Estatuto Social.
As agências de classificação de rating afirmaram a
posição do Banco, refletindo a boa qualidade de seus
ativos, a postura conservadora da Administração, o
grande conhecimento do mercado de pequenas e
médias empresas, e adequada liquidez e
capitalização.
Aa3.br/Br-1 (nac.)A- (bra): Longo Prazo Baixo Risco Médio Prazo
F2 (bra): Curto Prazo Disclosure: Excelente
Dezembro/2014 Setembro/2014 Janeiro/2015
Em 31 de dezembro de 2014, as ações do Sofisa
fecharam cotadas a R$2,61, redução de 1,5% em
relação à cotação de fechamento de R$2,65 em 31 de
dezembro de 2013. A variação do Ibovespa para o
mesmo período foi de -2,9%.
A área de Relações com Investidores do Banco Sofisa
é o elo de ligação entre o Banco e o mercado,
interagindo diretamente com a BM&FBovespa e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), investidores,
acionistas, analistas e stakeholders em geral, através
da disponibilização de informações com qualidade e
transparência no prazo adequado, além da captação
da percepção externa do mercado objetivando
otimizar resultados, contribuindo assim para a
valorização e liquidez das ações do Banco.
Desta forma, o RI vem cumprindo sua missão através
da elaboração de relatórios de desempenho
trimestrais, fatos relevantes e/ou outros comunicados
ao mercado, em base bilíngue, e do aprimoramento e
atualização do website de RI, segmentado por área
de interesse. Ao longo ano de 2014, o Sofisa
promoveu e participou dos seguintes eventos:
22 reuniões individuais e/ou calls com analistas,
agências de rating e investidores nacionais e
estrangeiros;
4 teleconferências de resultados;
DESEMPENHO DAS AÇÕES
DESTAQUES ECONÔMICO-FINANCEIROS
DESTAQUES PATRIMONIAIS
RATINGS
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM
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4
1 Reunião Pública realizada na sede do Banco em
São Paulo.
O Banco Sofisa tem aprimorado seus critérios
socioambientais para a concessão de créditos às
Empresas, em consonância com as diretrizes do
International Finance Corporation (IFC), braço do
Banco Mundial, do Nederlandse Financierings-
Maatschappij Vorr Ontwikkelingsladen N.V (FMO),
banco de desenvolvimento da Holanda, e do Inter-
American Development Bank (IDB), instituição
financeira membro do Grupo Banco Mundial (World
Bank Group).
No âmbito socioassistencial, durante o ano de 2014, o
Banco contribuiu com o programa do Centro
Educacional Assistencial Profissionalizante – CEAP -
das Obras Sociais Universitárias e Culturais, assim
como apoiou as obras assistenciais e asilo da Casa do
Povo de Deus Padre Gregório Westrupp, as obras
assistenciais das enfermarias e UTI da Associação de
Amigos da Clínica Médica da UNIFESP-EPM e o projeto
cultural Felicidade – Prado, História e Natureza.
Destacamos, ainda, que o Banco Sofisa promoveu
em junho de 2014, às equipes relacionadas, o
treinamento ministrado in company pela empresa
Celta Capital Sustentável para avaliação de riscos
socioambientais, em parceria com o IDB.
Alcançar a satisfação de seus clientes, mediante a
manutenção de um corpo de funcionários motivados e
alinhados às suas metas, em um ambiente corporativo
saudável, é um dos objetivos do Sofisa.
O Banco acredita que seus funcionários são o seu
maior ativo, e, partindo desta premissa, todas as suas
políticas e ações encorajam uma atitude de cuidado e
preocupação com sua equipe, composta por 234
profissionais. Assim, são realizados investimentos em
programas de Estágios para Formação Profissional e
na Capacitação Técnica e Educacional da sua equipe,
com destaque à parceria realizada com instituição de
ensino renomada (FIA-USP) para realização de cursos
de MBA e pós-graduação aos funcionários.
O Sofisa realiza semestralmente o processo de
avaliação de desempenho de seus funcionários,
oferece, mediante sua Assistência Médica, Programa
de Apoio ao funcionário, de natureza profissional e
pessoal e de caráter confidencial e opcional,
adequado a gerenciar qualquer tipo de dificuldade
que possa comprometer a saúde e o bem estar de um
funcionário ou sua família, e mantém o "Fale com o
RH Sofisa", linha direta de comunicação do
funcionário com o Departamento de Recursos
Humanos.
O Banco Sofisa investe nas melhores práticas de
Governança e, desde dezembro de 2008, está listado
em um dos mais altos níveis de Governança, o Nível 2
de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA.
Os principais destaques de Governança do Banco
Sofisa são:
Conselho de Administração com 50% de membros
independentes;
Comitê de Auditoria desde 1995;
Comitê não estatutário de Remuneração e
Recursos Humanos;
Tag-along de 100%;
Política de Negociação de Valores Mobiliários;
Vínculo à Câmara de Arbitragem do Mercado,
conforme Cláusula Compromissória constante do
seu Estatuto Social.
Em conformidade com a Instrução CVM nº 381, de 14
de janeiro de 2003, informamos que os auditores
independentes da companhia, KPMG Auditores
Independentes, não prestaram ao Banco Sofisa,
durante o exercício de 2014, outros serviços que não
os de auditoria externa. A política do Banco na
contratação de serviços de auditores independentes
assegura que não haja conflito de interesses, perda
de independência ou objetividade.
O Banco Sofisa se orienta por um conjunto de normas
e procedimentos, de ordem interna e externa, para
assegurar o cumprimento das determinações legais e
regulamentares pertinentes, das melhores práticas de
mercado e de suas políticas internas. A gestão de
riscos, efetuada de forma estruturada e por processo
contínuo e permanentemente revisado, abrange a
avaliação e o controle dos riscos de crédito, de
mercado, de liquidez e operacionais que podem
afetar o Banco Sofisa e suas controladas.
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
RECURSOS HUMANOS
GOVERNANÇA CORPORATIVA
RELACIONAMENTO COM AUDITORES
GESTÃO DE RISCOS
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Desde 1995 o Sofisa conta com um Comitê de
Auditoria, cujo objetivo é avaliar as atividades da
auditoria interna e externa e a efetividade dos
sistemas de controles internos e compliance do
Banco. Em 2007 este comitê adequou-se aos moldes
exigidos pelos padrões atuais de Governança
Corporativa.
Maiores informações acerca das práticas de gestão de
riscos do Banco Sofisa podem ser encontradas na nota
explicativa nº 34 das Demonstrações Contábeis
Financeiras ou no seu site de Relações com
Investidores (www.sofisa.com.br/ri).
O Banco adota sistema de controle e de
monitoramento sobre operações ativas e passivas,
imprimindo especial atenção à função cadastro e
back-office, com a finalidade de prevenir a realização
de operações que possam afrontar o marco
regulatório da prevenção à lavagem de dinheiro,
entendendo ser sua responsabilidade subsidiária atuar
no combate a operações da espécie.
Em observância às disposições da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria do Banco declara que discutiu, reviu e
concordou com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes e com as demonstrações
financeiras em padrão IFRS relativas ao exercício encerrado em dezembro de 2014.
***
PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA
Banco Sofisa S.A.
Balanços Patrimoniais Consolidados
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
Reapresentado
Ativo Nota
Caixa e equivalente de caixa 5 131.471 114.781
Ativos financeiros para negociação 24.116 39.148
Instrumentos de patrimônio 7 24.116 39.148
Ativos financeiros disponíveis para venda 1.084.679 1.022.119
Instrumentos de dívida 6 1.084.679 1.022.119
Instrumentos financeiros derivativos
8
20.877 20.431
Empréstimos e recebíveis 2.072.575 1.802.822
Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras 9 74.248 34.607
Empréstimos e adiantamentos a clientes 10 2.043.158 1.813.690
Perda por redução ao valor recuperável sobre empréstimos e
adiantamentos
10(44.831) (45.475)
Ativos não correntes mantidos para venda 11 39.590 39.924
Ativo tangível 12 37.206 76.628
Créditos tributários 13 224.100 238.139
Outros ativos 14 334.232 309.505
Total do ativo 3.968.846 3.663.497
31/12/2014 31/12/2013
Banco Sofisa S.A.
Balanços Patrimoniais Consolidados
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
Reapresentado
Passivo Nota
Instrumentos financeiros derivativos 8 440 1.663
Passivos financeiros ao custo amortizado 2.970.112 2.658.141
Depósitos de instituições financeiras 15.a 40.569 25.900
Depósitos de clientes 15.b 2.221.630 1.787.808
Captações no mercado aberto 15.c 190.085 228.389
Obrigações por empréstimos e repasses 15.d 252.152 405.193
Obrigações por títulos e valores mobiliários 15.e 264.892 198.547
Obrigação por operações de venda ou transferência de
ativos financeiros
15.f 784 12.304
Provisões 16 6.605 9.337
Outros passivos 17 331.765 306.876
Total do passivo 3.308.922 2.976.017
Patrimônio líquido 19 656.323 681.846
Capital social – País 635.700 685.700
Reservas 60.095 40.156
Ajustes de avaliação patrimonial (39.472) (44.010)
Participações de não controladores 18 3.601 5.634
Total do passivo e patrimônio líquido 3.968.846 3.663.497
31/12/2014 31/12/2013
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidadas do resultado
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
Reapresentado
Nota
Receitas com juros e similares 20 383.810 391.099
Despesas com juros e similares 21 (311.580) (280.528)
Receita (despesa ) líquida com juros 72.230 110.571
Receitas de tarifas e comissões 22 13.908 11.920
Despesas de tarifas e comissões 23 (6.177) (7.665)
Receita líquida com comissões 7.731 4.255
Perdas por redução ao valor recuperável 10.e (26.864) (36.234)
Empréstimos e recebíveis (26.864) (36.234)
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) 24 87.053 33.340
Para negociação (6.560) 12.616
Disponíveis para a venda 78.194 24.429
Instrumentos financeiros derivativos 15.419 (3.705)
Variações cambiais (líquidas) 25 49.032 44.534
Resultado da intermediação financeira 189.182 156.466
Despesas administrativas (111.269) (114.127)
Despesas com pessoal 26 (60.559) (66.554)
Despesas tributárias 27 (23.022) (23.876)
Outras despesas administrativas 28 (35.959) (39.694)
Depreciações e amortizações (3.364) (4.355)
Outras receitas (despesas) operacionais 29 11.635 20.352
Resultado na alienação de ativos não correntes disponíveis para venda 30 (2.666) (21.094)
Resultado das operações continuadas 75.247 21.245
Lucro operacional antes da tributação 75.247 21.245
Imposto de renda e contribuição social 31 (29.207) 243
Participação de não controladores 18 959 (1.713)
Lucro líquido consolidado do exercício 46.999 19.775
Lucro básico e diluído por ação (em reais - R$)
Ações ordinárias 0,34 0,14
Ações preferenciais 0,34 0,14
Lucro líquido atribuído
Ações ordinárias 33.144 13.945
Ações preferenciais 13.855 5.830
Média ponderada das ações emitidas - básica e diluída
Ações ordinárias 97.140.150 97.140.150
Ações preferenciais 40.607.271 40.607.271
137.747.421 137.747.421
31/12/2014 31/12/2013
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidadas do resultado abrangente
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas
Reapresentado
Lucro líquido consolidado do exercício 46.999 19.775
Outros resultados abrangentes receitas/despesas
Ativos financeiros disponíveis para a venda 4.538 (42.976)
Ganhos/(Perdas) não realizados sobre ativos financeiros disponíveis para venda 7.274 (71.217)
(Ganhos)/Perdas sobre ativos financeiros disponíveis para venda realizados
no exercício e transferidos para resultado 289 (1.023)
Imposto de renda sobre resultado abrangente (3.025) 29.264
Total 51.537 (23.201)
Atribuível aos controladores 50.578 (21.488)
Atribuível as participações de não controladores 959 (1.713)
31/12/2014 31/12/2013
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
Ajuste Lucros/ Total Participação
Capital Reserva de avaliação (Prejuízos) atribuível ao de acionistas não
Nota Social Lucros patrimonial acumulados controlador controladores Total
Saldo em 31 de dezembro de 2013 (Reapresentado) 685.700 40.156 (44.010) - 681.846 5.634 687.480
Ativos financeiros disponíveis para venda, líquido de impostos - - 4.538 - 4.538 - 4.538 Realização de reservas - (4.601) - - (4.601) - (4.601)
Redução do saldo de acionistas não controladores - - - - - (2.992) (2.992)
Lucro líquido do exercício - - - 46.040 46.040 959 46.999
Destinação do resultado:
Constituição de reserva de lucros 19 - 46.040 - (46.040) - - -
Dividendos pagos 19 (21.500) (21.500) - (21.500)
Redução de capital (50.000) - - - (50.000) - (50.000)
Saldo em 31 de dezembro de 2014 635.700 60.095 (39.472) - 656.323 3.601 659.924
Mutação do exercício (50.000) 19.939 4.538 - (25.523) (2.033) (27.556)
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidadas das mutações do patrimônio líquido
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
Ajuste Lucros/ Total Participação
Capital Reserva de avaliação (Prejuízos) atribuível ao de acionistas não
Nota Social Lucros patrimonial acumulados controlador controladores Total
Saldo em 31 de dezembro de 2012 (apresentado) 685.700 101.226 (1.034) - 785.892 9.148 795.040
Ajuste Intangível - (2.637) - - - - (2.637)
Saldo em 01 de janeiro de 2013 (ajustado) 685.700 98.589 (1.034) - 783.255 9.148 792.403
Ativos financeiros disponíveis para venda, líquido de impostos - - (42.976) - (42.976) - (42.976)
Valor líquido transferido para o resultado - - - - -
Realização de reservas - (1.863) - - (1.863) - (1.863)
Aumento do saldo de acionistas não controladores - - - - - (1.801) (1.801)
Lucro líquido do exercício - - - 21.488 21.488 (1.713) 19.775
Destinação do resultado:
Constituição de reserva de lucros 19 - 15.488 - (15.488) - - -
Dividendos provisionados 19 (2.500) (2.500) (2.500)
Dividendos pagos 19 (69.558) (69.558) (69.558)
Juros sobre capital próprio 19 - - - (6.000) (6.000) - (6.000)
Saldo em 31 de dezembro de 2013 (reapresentado) 685.700 40.156 (44.010) - 681.846 5.634 687.480
Mutação do exercício - (61.070) (42.976) - (104.046) (3.514) (107.560)
Banco Sofisa S.A.
Demonstrações consolidados dos fluxos de caixa
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Valores expressos em milhares de reais)
As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações financeiras consolidadas.
Nota
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Lucro líquido 46.999 19.775
Ajuste ao lucro
Depreciação do ativo tangível 12.b 3.364 4.355
Variações nos créditos tributáveis e passivos fiscais diferidos 8.477 (27.236)
Constituição de provisões (2.732) (25.062)
Perda por redução ao valor recup. s/ emprést. e adiantamentos a clientes 10.e 26.864 (37.872)
(Aumento) decréscimo líquido nos ativos operacionais (341.926) (469.288)
Ativos financeiros para negociação 15.032 33.808
Ativos financeiros disponíveis para venda (92.161) (592.349)
Instrumentos financeiros derivativos (446) 12.783
Empréstimo e adiantamentos a instuituições financeiras (59.732) (707.723)
Empréstimo e adiantamentos a clientes (229.470) 50.923
Ativos não correntes mantidos para venda 334 (5.349)
Investimentos -
Outros ativos 24.517 738.619
Aumento (decréscimo) líquido nos passivos operacionais 10.607 (1.976)
Derivativos (1.223) (4.533)
Outros passivos 11.830 2.557
Total do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (248.347) (537.304)
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aquisição de ativos tangíveis 12.b (6.365) (335)
Alienação de ativos tangíveis 12.b 42.423 3.796
Total do fluxo de caixa líquido das atividades de investimento 36.058 3.461
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Aumento de capital (50.000) -
Captação / Resgate em Mercadorias Institucionais 311.971 (3.158)
Aquisição/Aumento de Participações de Acionistas Controladores (2.992) (228.562)
Captações no mercado aberto 178.762
Obrigações por empréstimos e repasses (58.234)
Obrigações por títulos e valores mobiliários 26.911
Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos financeiros (47.507)
Aumento/(redução) do saldo de acionistas não controladores (3.514)
Dividendos pagos 19.e (24.000) (69.558)
Juros sobre o capital próprio pagos 19.e (6.000) (6.000)
Total do fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento 228.979 (210.860)
Aumento / (Redução) de caixa ou equivalente de caixa 16.690 (744.703)
Caixa e equivalente de caixa em 1º de janeiro 5 114.781 859.484
Caixa e equivalente de caixa em 31 de dezembro 5 131.471 114.781
Informações complementares sobre o Fluxo de Caixa
Dividendos recebidos - 89.222
Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro pagos 13.649 57.653
31/12/2014 31/12/2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
1. Contexto Operacional
O Banco Sofisa S.A. em conjunto com suas controladas (Sofisa ou Banco), opera na
forma de Banco Múltiplo por meio de suas carteiras comercial, crédito, financiamento e
investimento, câmbio e arrendamento mercantil.
O Banco é uma companhia de direito privado com capital aberto e listado como nível 2
de Governança Corporativa na BM&FBOVESPA S.A. O Sofisa possui seu domicilio no
Brasil, tendo sua sede na Alameda Santos, 1.496 – Cerqueira Cesar – São Paulo – SP.
O processo de elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas foi
encerrado em 30 de março de 2015, data em que a administração do Banco Sofisa S.A.
aprovou sua divulgação ao mercado.
2. Principais práticas contábeis
a. Base de preparação e declaração de conformidade
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as
Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Comitê de Interpretações
das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRIC).
b. Base de mensuração
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com base no custo histórico, exceto para o seguinte:
Instrumentos financeiros derivativos mensurados ao valor justo;
Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo contra resultado;
Instrumentos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao valor justo;
Instrumentos financeiros reconhecidos e designados como objetos de “hedge” em transações qualificáveis de “hedge” de valor justo são ajustados ao valor justo atribuível ao risco protegido (nota explicativa 8).
c. Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas estão sendo apresentadas na moeda do
ambiente econômico primário na qual a entidade opera, em Reais (R$). Os ativos e
passivos que são itens monetários são convertidos por taxas de câmbio no final do
período, os itens não monetários são mensurados pela taxa de câmbio histórica na data
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
de cada transação e o resultado do balanço é convertido pela média da taxa de câmbio
do período.
d. Utilização de estimativas e julgamentos
A elaboração das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS
requer a utilização de julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação das
práticas contábeis nos valores apresentados de ativos, passivos, receitas e despesas.
Os valores reais podem ser diferentes destas estimativas.
Tais estimativas e premissas são revisadas periodicamente. As revisões das estimativas
contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas estão sendo revisadas,
bem como nos períodos futuros afetados.
Em particular, informações sobre incertezas em estimativas de áreas significativas e
julgamentos críticos na aplicação de práticas contábeis que possuem o maior efeito
significativo nos saldos registrados nas demonstrações contábeis estão descritas na
nota explicativa 3.
e. Regime de competência
O Banco prepara as suas demonstrações financeiras consolidadas, de acordo com o
critério contábil da competência.
f. Empresas consolidadas e base de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas do Sofisa abrangem integralmente as
informações financeiras de sua agência no exterior e empresas controladas, no país e
no exterior, compreendendo as seguintes:
Empresas Controladas Diretas 2014 2013
Sofisa S/A. – Crédito, Financiamento e Investimento 100% 100%
Sata - Sociedade de Assessoria Técnica e Administrativa S/A 100% 100%
Sofisa Investment Ltda 100% 100%
Sofisa Serviços Gerais de Administração Ltda 99,99% 99,99%
Sofisa Corretora de Seguros Ltda 99,99% 99,99%
La Isla Participações e Empreendimentos Ltda. - 100%
Trademaster Serviços e Participações S/A 25% -
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Empresas Controladas Indiretas 2014 2013
Sata Participações 100% 100%
Eco Beach Empr. Imob. Ltda. 100% 99,99%
SPE PREMIUM 1 - INC. EMPREEND. 51% 51%
SPE PREMIUM 2 - INC. EMPREEND. 51% 51%
SPE PREMIUM 3 - INC. EMPREEND. 52% 52%
SPE PREMIUM 5 - INC. EMPREEND.(1) 33,13% 33,13%
(1) Conforme Contrato Social da Empresa, as deliberações da Empresa serão
aprovadas por três quartos do capital social, salvo nos em que a legislação exigir
maior quorum. Isto posto, visto que o Conglomerado possui 33,13% das ações da
empresa, entendemos que qualquer deliberação tomada pelos acionistas deve ser
aprovada pelo Conglomerado também para fins de atendimento ao quorum exigido
pelo Contrato Social. Adicionalmente, avaliando a quantidade de ações dos demais
acionistas e a dispersão destas quotas em conjunto com a postura passiva destes
acionistas nos votos realizados nas assembleias gerais, conclui-se que a
administração do Conglomerado possui poder sobre a Empresa. Por fim, verificamos
que o Contrato Social prevê que a sociedade será representada e validamente se
obriga pela assinatura dos seus representantes legais. Isto posto, mesmo que o
Conglomerado possua menos de 50% da Empresa (33,13% de forma indireta)
entendemos que o Conglomerado continua a possuir poder sobre a Empresa, visto
que o corpo de representantes legais, em sua maioria, fazem parte da administração
do Banco Sofisa e continuam com poder de administrar e gerir as ações da Empresa,
além dos motivos citados acima.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
La Isla Participações e Empreendimentos Imobiliários Ltda.
O investimento foi alienado em 16 de outubro de 2014, conforme descrito na nota
explicativa 36.d.
Trademaster Serviços e Participações S/A.
Em 16 de dezembro de 2014 o banco adquiriu 25% da participação da empresa
Trademaster Serviços e Participações S/A.
O fato do Banco possuir 25% das ações desta Companhia (podendo chegar a 40%),
associado: (i) ao fato de que faz-se necessário o voto favorável do Banco para a
composição do quorum qualificado de que trata o Acordo de Acionistas assinado entre
as partes; (ii) a indicação pelo Banco de 2 membros (em 4) do Conselho de
Administração e 2 membros (em 4) do Comitê de Crédito; e (iii) a exclusividade do
Banco na contratação dos primeiros R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), em
operações de crédito a serem celebradas com os clientes da Companhia, demonstra a
relação de controle, caracterizada pelo binômio poder / retorno, e justifica a
necessidade da consolidação desta Companhia.
(i) Denominação, natureza, outras atividades auxiliares dos serviços financeiros. A Trademaster foi constituída sob a forma de sociedade anônima fechada. A companhia tem como objetivo social : (a) O recebimento de valores e respectiva quitação, na qualidade de mandatária
e por conta e ordem de seus clientes;
(b) A prestação de serviços de análises de crédito e de situação cadastral de terceiros, bem como a intermediação na realização de pedidos de financiamento dirigidos a instituições financeiras e respectivo encaminhamento;
(c) A venda e compra de direitos creditórios próprios e de terceiros; e
(d) A participação em outras sociedades, seja como sócia ou acionista.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
(ii) Participação no patrimônio e nos resultados da Trademaster Serviços e
Participações S/A., em 31 de dezembro de 2014.
Total do ativo, passivo e patrimônio da Trademaster em 31 de dezembro de 2014.
Entidades de propósito específico (SPE's)
Por meio da Sata - Sociedade de Assessoria Técnica e Administrativa S/A o Banco
controla indiretamente as SPE’s descriminadas no quadro acima.
Quando o Banco constitui entidades de propósito específico ou detém participação
societária nelas para permitir que seus clientes tenham acesso a determinados
Investimentos, para a transferência de riscos ou para outros fins, o Banco avalia,
utilizando critérios e procedimentos próprios e considerando a legislação vigente,se há
controle e, portanto, se essas entidades devem ser consolidadas. Esses critérios e
procedimentos levam em conta, entre outros fatores, os riscos e os benefícios pelo
Banco e, desse modo, todas as questões relevantes são consideradas, inclusive
eventuais garantias concedidas e quaisquer perdas associadas à cobrança dos
respectivos ativos retidos pelo Banco. Essas entidades, as quais são integralmente
Sociedade Participação Patrimônio Líquido Resultado
Trademaster 25% 1.260 -
Total 1.260 -
2014
Ativo 2014 Passivo 2014
Circulante e realizável a longo prazo 1.291 Circulante e exigível a longo prazo 31
Caixa e equivalencia de caixa 1.236 Outras Obrigações 31
Diversas 31
Outros Ativos 55
Património Liquido 1.260
Total do Ativo 1.291 Total do Passivo 1.291
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
consolidadas se for constatado, conforme a análise anteriormente mencionada, que o
Banco continua a exercer controle sobre eles.
As práticas contábeis discriminadas acima foram aplicadas nos exercícios apresentados
nas demonstrações financeiras, e têm sido aplicadas de forma consistente pelas
Empresas controladas pelo Banco.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
(ii) Denominação, natureza, propósito e atividades desenvolvidas pelas SPEs As SPEs denominadas entidades de propósito específico, foram constituídas sob a forma de sociedade limitada por quotas. As sociedades têm como propósito específico a incorporação, construção, desenvolvimento, implantação e comercialização de empreendimentos imobiliários.
(iii) Participação no patrimônio e nos resultados das SPEs em 31 de dezembro de 2014 e 2013.
Sociedade Participação Patrimônio Líquido Resultado
SPE 1 51% 1.672 581
SPE 2 51% 2.384 (389)
SPE 3 52% (545) (244)
SPE 5 33,13% 2.785 (1.400)
Total 6.296 (1.452)
2014
Sociedade Participação Patrimônio Líquido Resultado
SPE 1 51% 2.519 13
SPE 2 51% 3.096 0
SPE 3 52% 179 8
SPE 5 33,13% 4.175 1
Total 9.969 22
2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Totais dos ativos, passivos e patrimônio líquido das SPEs em 31 de dezembro de 2014
e 2013.
g. Principais procedimentos de consolidação
Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas do Banco, exceto os ganhos ou perdas em transações em moeda estrangeira. Perdas não realizadas são eliminadas da mesma forma que os ganhos não realizados, mas somente na extensão de que não há evidência de perda por redução ao valor recuperável;
Eliminação das participações no patrimônio líquido nas empresas do Banco;
Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas/entidades; e
Destaque do valor da participação dos acionistas minoritários nas demonstrações contábeis consolidadas.
h. Moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira e operações no exterior são convertidas à taxa de
câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos expressos em moeda
estrangeira são convertidos para Reais à taxa de câmbio em vigor na data do balanço,
e as diferenças cambiais resultantes são reconhecidas no resultado.
i. Juros
Receitas e despesas de juros são reconhecidas nas demonstrações consolidadas do
resultado pelo método da taxa efetiva de juros. A taxa efetiva de juros é a taxa que
desconta exatamente os pagamentos e os recebimentos futuros durante a vida prevista
do ativo ou do passivo financeiro (ou, se apropriado, um período inferior) até atingir-se o
Ativo 2014 2013 Passivo 2014 2013
Circulante e realizável a longo prazo 35.761 49.001 Circulante e exigível a longo prazo 29.712 39.279
Caixa e equivalencia de caixa 1.063 5.653 Passivos financeiros ao custo amortizado 29.712 39.279
Obrigações por emprestimos e repasses 29.712 39.279
Outros Ativos 34.698 43.348
Ativo tangível 247 247 Património Liquido 6.296 9.969
Total do Ativo 36.008 49.248 Total do Passivo 36.008 49.248
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
valor de registro do ativo ou do passivo financeiro. A taxa efetiva de juros é estabelecida
quando do reconhecimento inicial do ativo ou do passivo financeiro, considerando todos
os termos contratuais, não incluindo perdas futuras em operações de crédito.
O cálculo da taxa efetiva de juros inclui todas as taxas e comissões, os custos de
transação, os descontos e os prêmios que são pagos ou recebidos e que são parte
integrante da taxa efetiva de juros. Os custos de transação incluem os custos
incrementais que são diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de um ativo ou
passivo financeiro.
As receitas e despesas de juros apresentadas nas demonstrações consolidadas de
resultados incluem:
Juros de ativos e passivos financeiros registrados ao custo amortizado, com base na
taxa efetiva de juros;
Juros de instrumentos de dívida disponíveis para venda, com base na taxa efetiva de
juros;
Receitas e despesas de juros de todos os ativos para negociação são consideradas
incidentes às operações de negociação do Banco e são apresentadas na rubrica
“Receita com Juros e Similares”.
j. Tarifas e comissões
As receitas e as despesas de tarifas e comissões que são parte integrante da taxa
efetiva de juros de um ativo ou passivo financeiro são incluídas na apuração da taxa
efetiva de juros.
As demais receitas de tarifas e comissões são reconhecidas à medida que os serviços,
tais como fianças e avais, relacionados são prestados.
Outras despesas com tarifas e comissões referem-se basicamente a eventos que são
reconhecidos no resultado conforme os serviços são recebidos tais como corretagens e
taxas de compensação.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
k. Instrumentos financeiros ativos e passivos
i. Definições
Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para o
Banco e simultaneamente a um passivo financeiro ou participação financeira em outra
entidade.
Instrumento de patrimônio é qualquer contrato que represente uma participação residual
no ativo da entidade emissora depois de deduzida a totalidade de seu passivo.
Derivativo financeiro é o instrumento cujo valor muda em resposta às mudanças de uma
variável de mercado observável (tais como taxa de juros, taxa de câmbio, preço dos
instrumentos financeiros e índice de mercado).
ii. Reconhecimento e mensuração inicial
Inicialmente, o Banco reconhece os ativos e passivos financeiros na data de
negociação. Ou seja, na data em que o Banco se torna parte interessada na relação
contratual do instrumento.
Os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu valor justo, para
instrumentos não avaliados subsequentemente a valor justo contra resultado,
acrescidos dos custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou
emissão.
iii. Classificação
Os instrumentos financeiros estão classificados em uma das categorias abaixo:
Ativos financeiros para negociação
Os ativos para negociação são os ativos e passivos do Banco, cuja intenção seja de
vender ou recomprar no curto prazo, manter como parte de uma carteira administrada
em conjunto para obtenção de lucro no curto prazo e derivativos não designados como
instrumentos de cobertura (“hedge”) em estruturas de cobertura contábil (“hedge”
accounting).
Os ativos para negociação são inicialmente reconhecidos e avaliados pelo valor justo, e
os custos de transação são registrados diretamente no resultado do período. Todas as
mudanças no valor justo são reconhecidas em ativos financeiros para negociação no
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
resultado do período. Os ativos para negociação não são reclassificados após seu
reconhecimento inicial.
Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros classificados nessa categoria têm como propósito o fornecimento
de informações mais relevantes aos usuários das demonstrações financeiras, seja por
eliminar ou reduzir significativamente as inconsistências de reconhecimento ou
mensuração (“divergências contábeis”) derivadas da mensuração de ativos ou passivos
e reconhecimento de resultado em bases diversas, seja porque há um grupo de ativos
financeiros ou passivos financeiros (ou ambos) que é gerido e cujo desempenho é
avaliado com base no seu valor justo (de acordo em uma estratégia documentada de
gestão de risco ou de investimento). O Banco não possui ativos ou passivos financeiros
designados ao valor justo por meio do resultado.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivativos que são
designados nesta categoria no reconhecimento inicial ou que não são classificados em
outras categorias de ativos financeiros. Todos os ativos financeiros disponíveis para
venda são contabilizados pelo valor justo.
A receita de juros é reconhecida no resultado utilizando-se o método da taxa efetiva de
juros. A receita de dividendos é reconhecida no resultado quando o Banco passa a ter
direito aos dividendos. As variações cambiais ativas ou passivas sobre investimentos
em ativos financeiros classificados como disponíveis para venda são reconhecidas no
resultado em variações cambiais líquidas.
Os ajustes decorrentes no valor justo são reconhecidos em componente do resultado
abrangente, líquido de efeitos tributários, com exceção das perdas por redução do valor
recuperável os quais são reconhecidas no resultado, ou em caso de reclassificação,
mesmo se o ativo financeiro não tiver sido baixado.
O Banco avalia na data do balanço patrimonial se existe evidência que um ativo
financeiro ou grupo de ativos financeiros estão em situação de perda de seu valor
recuperável. No caso de instrumentos de patrimônio e instrumentos de dívida
classificados como ativos financeiros disponíveis para venda, um declínio prolongado e
significativo no valor justo, abaixo de seu valor de custo é uma evidência de redução do
valor recuperável, resultando no reconhecimento de uma perda por redução ao valor
recuperável.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Se existir evidência de perda para ativos financeiros disponíveis para venda, a perda
acumulada, mensurada pela diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual,
menos qualquer perda por redução ao valor recuperável previamente reconhecida no
resultado, é reconhecida nas Demonstrações Consolidadas do Resultado como um
ajuste de reclassificação do resultado abrangente acumulado.
No entanto, se em período subsequente, o valor justo de um instrumento de dívida
classificado como ativo financeiro disponível para venda aumentar e esse aumento
puder ser objetivamente relacionado a um evento ocorrido após o reconhecimento da
perda, tal perda é revertida por meio do resultado. Já as perdas por redução no valor
recuperável, reconhecidas em lucros e perdas para um investimento em um instrumento
de patrimônio não serão revertidas por meio de lucros e perdas.
Quando o investimento é alienado, o resultado anteriormente acumulados na conta de
ajustes ao valor justo no patrimônio líquido é reclassificado para o resultado.
Ativos financeiros mantidos até o vencimento
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são ativos com pagamentos
financeiros ou determináveis e vencimento fixado, cujo Banco tem intenção e
capacidade de manter até o vencimento, e que não são classificados pelo valor justo
por meio resultado nem como disponíveis para venda.
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são contabilizados pelo custo
amortizado utilizando o método da taxa efetiva de juros deduzido de qualquer perda por
redução ao valor recuperável. Qualquer venda ou reclassificação de um montante
significativo de investimentos mantidos até o vencimento não próximos de seu
vencimento resultará na reclassificação de todos os títulos de investimento “mantidos
até o vencimento” para “disponíveis para venda”, e impedirá que o Banco classifique
títulos de investimento como “mantidos até o vencimento” no exercício social corrente e
nos próximos dois subsequentes. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e
2013 o Banco não possuía ativos classificados na categoria mantidos até o vencimento.
Empréstimos e adiantamentos à clientes
Empréstimos e adiantamentos são ativos financeiros não-derivativos com pagamentos
fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo, e que o Banco não
tem a intenção de vender imediatamente ou no curto prazo.
Quando o Banco adquire um ativo financeiro e simultaneamente assina um contrato
para revendê-lo (ou um ativo substancialmente semelhante) a um preço fixado em uma
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data futura (empréstimo de ações, por exemplo), o contrato é contabilizado como
operações de crédito e adiantamentos, e o ativo subjacente não é reconhecido nas
demonstrações contábeis do Banco.
As operações de empréstimos e adiantamentos são mensuradas inicialmente pelo valor
justo acrescido dos custos de transação diretamente atribuíveis à operação, e
subsequentemente avaliados pelo custo amortizado utilizando-se o método da taxa
efetiva de juros.
Empréstimos e adiantamentos à instituições financeiras
Créditos de qualquer natureza, inclusive em operações realizadas no mercado aberto,
em nome de instituições financeiras e outras entidades cujo funcionamento seja
condicionado à autorização do Banco Central do Brasil.
As operações de empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras são
mensuradas inicialmente pelo valor justo acrescido dos custos de transação diretamente
atribuíveis à operação, e subsequentemente avaliados pelo custo amortizado utilizando-
se o método da taxa efetiva de juros.
Passivos financeiros ao custo amortizado
Após reconhecimento inicial, depósitos, captações e obrigações sujeitos a juros são
mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de
juros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no
momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo
método da taxa de juros efetivos.
Instrumentos financeiros derivativos
Os derivativos são inicialmente reconhecidos a valor justo na data em que o contrato é
firmado e são subsequentemente reavaliados a valor justo. Todos os derivativos são
contabilizados como ativos quando o valor justo é positivo, e como passivos quando é
negativo.
Derivativos podem ser designados e qualificados como instrumento de “hedge” para fins
contábeis e, dependendo da natureza do “hedge”, o método de reconhecer os ganhos
ou as perdas de valor justo é diferenciado. Estes derivativos e que atendem aos critérios
do IAS 39 são contabilizados como “hedge” contábil.
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De acordo com o IAS 39, para qualificarem-se como “hedge” contábil as seguintes
condições devem ser totalmente atendidas:
• no início existe designação e documentação formais do objetivo e estratégia da
gestão de risco da entidade do objeto a ser protegido.
• é esperado que o “hedge” possua alta efetividade nas alterações de compensação
no valor justo ou nos fluxos de caixa atribuíveis aos objetos e aos instrumentos de
“hedge” considerando a estratégia de gestão de risco documentada;
• a efetividade do “hedge” pode ser confiavelmente medida, isto é, o valor justo ou os
fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao valor justo
do instrumento de “hedge” podem ser confiavelmente medidos.
• o “hedge” é avaliado em base contínua e efetivamente determinado como tendo sido
altamente efetivo durante todos os períodos das demonstrações contábeis para o qual o
“hedge” foi designado.
• O IAS 39 apresenta três estratégias de “hedge”: “hedge” de valor justo, “hedge” de
fluxo de caixa e “hedge” de investimento líquido em operação no exterior.
“Hedge Accounting”
O Banco utiliza instrumentos derivativos para administrar exposição a riscos de taxa de
juros, variação cambial e crédito, inclusive exposição gerada de transações de futuras e
compromissos firmados. Para administrar um risco específico, o Banco aplica ““hedge”
accounting” para transações que se enquadram nos critérios específicos.
No início do relacionamento de “hedge”, o Banco formaliza o processo através de
documentação do relacionamento entre o item objeto de “hedge” e o instrumento de
“hedge”, incluindo a natureza do risco, o objetivo e estratégia de designar o “hedge”, e o
método que será utilizado para avaliar a efetividade do relacionamento de “hedge”.
Também no início do relacionamento de “hedge”, uma avaliação formal é efetuada para
garantir que o instrumento de “hedge” seja altamente efetivo em anular o risco
designado na relação de “hedge”. Um “hedge” é esperado a ser altamente efetivo se a
variação no valor justo ou fluxo de caixa atribuído ao risco que está sendo “hedgiado”
durante o período na relação de “hedge” anular de 80% a 125% da variação do risco.
Em situações em que o item objeto de “hedge” é uma transação futura, o Banco avalia
se a transação é altamente provável e apresenta uma exposição a variações de fluxo de
caixa que possa por fim afetar a demonstração do resultado.
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(i) “hedge” de valor justo
Para os ““hedge”s” de valor justo designados e qualificados, a variação no valor justo de
um derivativo designado para “hedge” é reconhecido na demonstração do resultado em
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros. Da mesma forma, a variação do
valor justo do item objeto de “hedge” atribuído ao risco que está sendo hedgiado é
registrada como parte do seu valor contábil e é também reconhecida na demonstração
do resultado em ‘Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros’.
Se o instrumento de “hedge” vence ou é vendido, cancelado ou exercido, ou quando a
posição de “hedge” não se enquadra nas condições de ““hedge” accounting”, a relação
de “hedge” é terminada. Para os itens objeto de “hedge” registrados a custo amortizado,
a diferença entre o valor contábil do item objeto de “hedge” ao término e o valor
nocional é amortizado ao longo do prazo remanescente do “hedge” original utilizando a
taxa efetiva. Se o item objeto de “hedge” é vendido/ baixado, o ajuste ao valor justo não
realizado é reconhecido imediatamente na demonstração do resultado.
(ii) “hedge” de fluxo de caixa
Quando um derivativo é designado como um “hedge” das variações nos fluxos de caixa
atribuíveis a um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou a uma
transação prevista considerada altamente provável de ocorrência que poderá afetar o
resultado, a proporção efetiva das variações no valor justo do derivativo é reconhecida
diretamente no patrimônio líquido.O valor reconhecido no patrimônio liquido é subtraído
e transferido para o resultado no mesmo período do item objeto de “hedge”. Qualquer
parcela inefetiva das variações do valor justo do derivativo é reconhecida
imediatamente no resultado.
Se o derivativo vence ou é vendido, cancelado ou realizado, não cumpre mais com os
critérios de contabilização de “hedge” de fluxo de caixa, ou sua designação é revogada,
a contabilização como “hedge” de fluxo de caixa é interrompida e o valor reconhecido
no patrimônio líquido permanece registrado até que a transação prevista tenha impacto
no resultado. Caso a transação prevista não seja mais provável de ocorrência, a
contabilização do “hedge” de fluxo de caixa é interrompida e o saldo registrado no
patrimônio líquido é subtraído e transferido imediatamente para o resultado do período.
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(iv) “hedge” de investimento líquido em operação no exterior
O “hedge” de um investimento líquido em operação no exterior, incluindo “hedge” de um
item monetário que seja contabilizado como parte do investimento líquido, é
contabilizado de forma similar ao “hedge” de fluxo de caixa. A parcela do ganho ou da
perda sobre o instrumento de “hedge” que for determinada como “hedge” efetivo é
reconhecida em Resultado Abrangente Acumulado. E a parcela inefetiva é reconhecida
no resultado do período. O ganho ou a perda sobre o instrumento de “hedge”
relacionado à parcela efetiva do “hedge” que tiver sido reconhecida em Resultado
Abrangente Acumulado é reclassificado do Resultado Abrangente para o resultado do
período na alienação da operação no exterior
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Banco não possuía estruturas de “hedge”s de
fluxo de caixa e de investimento liquido em operação no exterior.
iv. Baixa dos instrumentos financeiros
(i) Ativos financeiros
Um ativo financeiro (ou, parte aplicável de um ativo financeiro ou um grupo de ativos
semelhantes) é baixado quando:
- o direito de receber o fluxo de caixa do ativo estiver vencido; ou
- o Banco transferiu o direito de receber o fluxo de caixa do ativo ou tenha assumido a
obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido, no montante total, sem demora material,
a um terceiro devido a um contrato de repasse e se:
- o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo; ou
- o Banco não transferiu substancialmente ou reteve substancialmente todos os riscos e
benefícios do ativo, mas tenha transferido o controle sobre o ativo.
Quando o Banco transfere o direto de receber fluxo de caixa de um ativo ou tenha
entrado em um contrato de repasse, e não tenha transferido ou retido substancialmente
todos os riscos e benefícios do ativo, ou também não tenha transferido o controle sobre
o ativo, o mesmo é reconhecido na medida do envolvimento contínuo do Banco no
ativo. Neste caso, o Banco também reconhece um passivo relacionado. O ativo
transferido e o passivo relacionado são mensurados com base a refletir os direitos e
obrigações retidas pelo Banco, conforme demonstrado na nota explicativa nº 34.1 –
Risco de Crédito – Transferência de ativos financeiros não desreconhecidos.
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O contínuo envolvimento que toma a forma de uma garantia sobre o ativo transferido é
mensurado ao valor menor entre o valor contabilizado original do ativo e o valor máximo
de compensação que o Banco possa ser requerido a pagar.
(ii) Passivos financeiros
Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação a respeito do passivo é eliminada,
cancelada, ou vencida. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro
do mesmo credor em termos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo
existente são substancialmente modificados, a troca ou modificação é tratada como
uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e a diferença no
valor contábil é reconhecida no resultado.
v.Apresentação líquida de ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros podem ser aglutinados e o valor líquido pode ser
apresentado no balanço quando, e somente quando, o Banco possui legalmente o
direito de compensar os valores, e tem a intenção de liquidá-los pelo valor líquido ou de
realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente.
vi. Mensuração ao custo amortizado
O custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro é o valor pelo qual o ativo ou
passivo financeiro é avaliado quando do seu reconhecimento inicial, menos as
amortizações do principal, adicionado ou reduzido da amortização acumulada
utilizando-se o método da taxa efetiva de juros de quaisquer diferenças entre o valor
inicial reconhecido e o valor de resgate no vencimento, deduzindo-se quaisquer
reduções por não recuperação (impairment) ou impossibilidade de cobrança.
vii. Mensuração ao valor justo
Valor justo é o montante pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo
liquidado entre partes conhecidas e empenhadas na realização de uma transação justa,
na data de balanço.
Quando disponível, o Banco determina o valor justo de instrumentos financeiros com
base nos preços cotados no mercado ativo para aquele instrumento. Um mercado é
reconhecido como ativo se os preços cotados são prontamente e regularmente
disponíveis e representam transações de mercado fidedignas e regulares ocorridas de
forma justa entre partes independentes.
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Todos os derivativos são reconhecidos no balanço patrimonial ao valor justo desde a
data do negócio. Os efeitos positivos da mensuração ao valor justo são reconhecidos
como ativos; quando negativos são reconhecidos como passivos. As mudanças do valor
justo dos derivativos desde a data do negócio são reconhecidas na rubrica “Ganhos
(perdas) com ativos e passivos financeiros” da demonstração de resultado consolidada.
viii. Técnicas de avaliação de valor justo
Os instrumentos financeiros que são mensurados pelo valor justo após o
reconhecimento inicial devem ser agrupados nos níveis 1 a 3 com base no grau
observável do valor justo.
Mensurações de valor justo de Nível 1 determinadas com base em cotações
públicas em mercados ativos.
Incluem instrumentos de dívida pública, instrumentos de dívida privada e
instrumentos de patrimônio de empresas listadas na bolsa e derivativos negociados
em bolsa.
Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis
além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo
ou passivo diretamente (com preços) ou indiretamente (com base em preços).
Quando as cotações de preços não podem ser observadas, a Administração,
utilizando seus próprios modelos internos, faz a sua melhor estimativa do preço que
seria fixado pelo mercado. Esses modelos são estabelecidos através de modelos
consistentes e verificáveis e podem incluir:
- A comparação com operações recentes contratadas com terceiros com
características semelhantes;
- A referência a outros instrumentos negociados no mercado e com cotação pública,
que são substancialmente similares;
- A análise de valor presente através de fluxos de caixa descontados; e
Na maioria dos casos, esses modelos utilizam dados baseados em parâmetros de
mercado observáveis como uma importante referência (Nível 2). Várias técnicas são
empregadas para fazer essas estimativas, inclusive a extrapolação de dados de
mercado observáveis. A melhor evidência do valor justo de um instrumento financeiro
no reconhecimento inicial é o preço da transação, a menos que, o valor justo do
instrumento possa ser obtido a partir de outras transações de mercado realizadas
com o mesmo instrumento ou com instrumentos similares ou possa ser mensurado
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
utilizando-se uma técnica de avaliação na qual as variáveis usadas incluem apenas
dados de mercado observáveis, sobretudo taxas de juros.
Mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas
internas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que
não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis).
Em 31 de dezembro de 2014 não houve instrumentos financeiros mensurados a
valor justo agrupados no nível 3.
A tabela a seguir mostra um resumo dos valores justos dos ativos e passivos financeiros
em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, classificados com base nos diversos métodos
de mensuração adotados pelo Banco para apurar seu valor justo:
As principais técnicas usadas em 31 de dezembro de 2014 e 2013 pelos modelos
internos (nível 2) do Banco Sofisa para determinar o valor justo dos instrumentos
financeiros detalhados na tabela a seguir são as seguintes:
Valores justos calculados
utilizando-se modelos
Cotações publicadas de
preço em mercados
ativos (Nível 1)
Modelos internos
(Nível 2)Total
Ativos financeiros para negociação 24.116 - 24.116
Ativos financeiros disponíveis para venda 799.710 284.969 1.084.679
Derivativos (ativo) - 20.877 20.877
Contratos à Termo (passivo) - 33 33
Contratos de Opções (passivo) - 53 53
Derivativos (passivo) 354 354
823.826 306.286 1.130.112
2014
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
internos Técnicas
de Principais
2014 2013 avaliação premissas
Ativos financeiros disponível para venda
Instrumento de dívida no exterior 267.803
213.658 Valor
presente
Dados de mercado observáveis (taxas de
desconto, taxa de câmbio, risco de crédito e taxa de
juros)
Debêntures 17.166
16.468 Valor
presente
Dados de mercado observáveis (risco de
crédito, taxas de desconto e juros)
Derivativos
Swaps – Ponta Ativa 20.877
20.431 Interpolação
de taxas
Estrutura a termo baseada em dados públicos (BVMF,
Cetip)
Swaps – Ponta Passiva 440
1.663 Interpolação
de taxas
Estrutura a termo baseada em dados públicos (BVMF,
Cetip)
O valor justo dos instrumentos financeiros resultante dos modelos internos mencionados
anteriormente leva em conta, entre outros, os termos do contrato e dados de mercado
observáveis, que incluem taxas de juros, taxas de câmbio, preço de mercado cotado de
ações, volatilidade, risco de crédito e pré-pagamentos. Os modelos de avaliação não
são significativamente subjetivos, já que essas metodologias podem ser ajustadas e
auferidas, conforme adequado, através do cálculo interno do valor justo e da
subsequente comparação com o respectivo preço ativamente negociado para ativos e
passivos com características semelhantes. Na utilização de dados observáveis de
mercado, assume-se que os mercados em que o Banco opera são eficientes e
consequentemente, esses dados são representativos.
Classificação contábil e valor justo
A seguir apresentamos uma comparação entre os valores contábeis dos ativos
financeiros do Banco mensurados a outro valor que não o valor justo e seus respectivos
valores justos no final dos exercícios:
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Em 31 de dezembro de 2014 não houve empréstimos e recebíveis cujos valores justos para fins de divulgação foram mesurados a valor justo no nível 3.
Os métodos e premissas utilizados para a estimativa de valor justo são definidos a
seguir:
i) O valor justo do caixa, instrumentos financeiros derivativos, instrumentos de
dívida, instrumentos de capital, empréstimos e adiantamentos à instituições
financeiras refletem seu valor contábil.
ii) Empréstimos e adiantamento à clientes são mensurados brutos da provisão para
impairment. O valor justo dessas operações representa o valor descontado de
fluxos de caixa que se espera receber. Os fluxos de caixa esperados são
descontados à taxas correntes de mercado para determinar seu valor justo.
iii) O valor justo estimado dos depósitos de instituições financeiras, captações no
mercado aberto, obrigações por operações de venda ou de transferência de
ativos financeiros e outros passivos financeiros refletem seu valor contábil.
iv) O valor justo estimado de depósitos de clientes e outros empréstimos sem
cotação no mercado ativo é baseado em fluxos de caixa descontados utilizando-
se as taxas de juros correntes de mercado para os prazos dos instrumentos.
A seguir apresentamos uma comparação entre os valores contábeis dos passivos
financeiros do Banco mensurados a outro valor que não o valor justo e seus respectivos
valores justos no final dos exercícios:
Em 31 de dezembro de 2014 não houve passivos financeiros cujos valores justos para
fins de divulgação foram mesurados a valor justo no nível 3.
Para os depósitos de instituições de crédito, o Banco considera o valor contábil igual ao
valor justo, devido a quase totalidade das operações ser de curto prazo e pós- fixadas.
2014 2013 2014 2013
Empréstimos e adiantamento a instituições de crédito 74.248 34.607 74.248 34.607
Valor
Contábil
O valor justo é igual ao valor contábil por se tratarem de
operações pós-fixadas de curto prazo.
Empréstimos e adiantamento a clientes 2.043.158 1.813.690 2.026.077 1.875.115
Valor
presente
Dados de mercado observáveis (taxas de desconto, taxa
de câmbio e taxa de juros)
Empréstimos e recebíveis: 2.117.406 1.848.297 2.100.325 1.909.722
Valores Contábeis
Modelos Internos
(Nível 2)
Técnicas
de
avaliação Principais premissas
2014 2013 2014 2013
Depósitos de instituições financeiras e demais clientes 2.262.199 1.813.708 2.290.019 1.849.511
Obrigações por títulos e valores mobiliários 264.892 198.547 214.640 198.180
Obrigações por empréstimos e repasses 252.152 405.193 231.789 402.341
Captações no mercado aberto 190.085 228.389 182.419 228.304
Obrigação por operações de venda ou transferência de ativos 784 12.304 784 11.498
Passivo financeiro ao custo amortizado 2.970.112 2.658.141 2.919.650 2.689.834
Valores Contábeis
Modelos Internos
(Nível 2)
Técnicas
de
avaliação Principais premissas
Valor
presente
Dados de mercado observáveis (taxas de
desconto, taxa de câmbio e taxa de juros)
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Já as captações no mercado aberto referem-se a operações pré-fixadas, também de
curto prazo, para qual o Banco não considera diferença entre o valor contábil e valor
justo.
ix. Identificação e mensuração de "impairment”
Em cada data de balanço, o Banco avalia se há evidências objetivas de que os ativos
financeiros não avaliados ao valor justo contra resultado apresentam impairment. Os
ativos financeiros são considerados com impairment quando evidências objetivas
demonstram que uma perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que esta
perda representa um impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo que podem ser
estimados de modo confiável.
Modelo para cálculo de impairment de adiantamento de clientes
O Sofisa utiliza o modelo de perda incorrida para cálculo de impairment de suas carteiras de crédito, considerando evidências de impairment tanto para ativos individualmente significativos como no nível coletivo. Todos os ativos financeiros individualmente significativos são avaliados para se detectar perdas específicas. Os ativos que não são individualmente significativos são avaliados coletivamente para se detectar impairment agrupando-se ativos financeiros com características de risco similares.
O modelo de negócio na concessão de crédito é fortemente apoiado em garantias, e por
esse motivo, adotou-se a segregação das operações significativas por tipo de garantia
para a apuração de perdas, bem como para o cálculo do impairment.
Metodologia para apuração de impairment da carteira de Atacado – Operações
individualmente significativas
Foram consideradas como evidência objetiva de impairment as operações com atraso
acima de 60 dias, clientes com classificação de rating de crédito deteriorados,
operações renegociadas em virtude de dificuldades financeiras do tomador e quebra de
contrato com outras instituições do mercado.
As operações identificadas individualmente com evidência objetiva de redução ao valor
recuperável são avaliadas quanto a expectativa de recuperação considerando aspectos
como o situação econômico e financeira do cliente, capacidade de pagamento do
devedor, prazo estimado para recebimento, garantias, probabilidade de recuperação e
outros aspectos relacionados às condições da operação.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Para essas operações a instituição mensura o valor presente dos fluxos de caixa
estimados, descontados pelas taxas de juros efetivas originais das operações. Esta
avaliação visa a obtenção de dados que serão utilizados para mensuração da perda por
impairment que é reconhecida no resultado na rubrica “Perda por redução ao valor
recuperável”.
Metodologia para apuração de impairment baseado na perda histórica– Análise
Coletiva
Para as operações não individualmente significativa, considerou-se como evidência de
impairment o comportamento histórico da carteira de crédito da instituição.
O valor de impairment da carteira com evidência objetiva de perda foi apurado com
base no percentual de rolagem histórica por faixa de atraso nos últimos 36 meses e no
percentual de perda histórica incorrida por tipo de garantia.
Para essas operações a instituição mensura o valor presente dos fluxos de caixa
estimados, descontados pelas taxas de juros efetivas originais das operações. Esta
avaliação visa a obtenção de dados que serão utilizados para mensuração da perda por
impairment que é reconhecida no resultado na rubrica “Perda por redução ao valor
recuperável”.
Créditos baixados como prejuízo
O Sofisa considera como baixas para prejuízo empréstimos e recebíveis considerados
como incobráveis devido à ocorrência de mudanças significativas na situação financeira
do tomador/emitente que indiquem que ele não poderá pagar a obrigação e/ou que as
garantias serão insuficientes para saldar a exposição existente e foram exauridas as
alternativas de negociação do crédito. Tais créditos podem estar em cobrança amigável
pela área de recuperação de créditos ou, em caso de insucesso, em cobrança judicial.
l. Caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades, aplicações em
depósitos interfinanceiros, aplicações em moedas estrangeiras e aplicações em
operações compromissadas – posição bancada, com vencimento até 90 dias, conforme
descrito na nota explicativa 5.
m. Ativos não correntes mantidos para venda
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Ativos não correntes mantidos para venda são representados por veículos e imóveis e
são registrados inicialmente pelo custo e mensurados posteriormente pelo menor valor
entre o valor de custo e valor justo menos custos estimados para sua alienação.
Reduções subsequentes ao valor contábil do ativo são registradas como perda por
reduções ao valor justo menos os custos de venda e são contabilizados em “Outras
receitas (despesas) operacionais”. Em caso de recuperação do valor justo menos os
custos de venda, a perda reconhecida pode ser revertida.
n. Ativo Tangível
Os bens do Ativo Tangível correspondem aos bens e direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e
controles dos bens da companhia.
i. Reconhecimento e mensuração
Os ativos tangíveis são avaliados pelo custo menos as depreciações acumuladas e
perdas por impairment.
O custo inclui as despesas diretamente atribuíveis à aquisição do ativo. O custo de
ativos tangíveis construídos pela própria empresa inclui o custo de materiais e mão-de-
obra direta, quaisquer outros custos diretamente atribuíveis necessários à
operacionalidade para a utilização prevista, e os custos de remoção dos itens e
recuperação do local em que se encontram estabelecidos. Softwares adquiridos
integrados à funcionalidade de um ativo tangível são registrados como parte do ativo
tangível.
Quando os principais componentes de um ativo tangível possuem diferentes vidas úteis,
são contabilizados como itens separados do ativo tangível.
ii. Custos subsequentes
O custo de substituir parte de um ativo tangível é capitalizado ao valor do bem quando
for provável que os benefícios econômicos futuros decorrentes das partes substituídas
serão revertidos para o Banco e o seu custo pode ser mensurado de maneira confiável.
O valor remanescente da parte substituída é baixado. Os custos de reparos rotineiros
dos ativos tangíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos.
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iii. Depreciação
A depreciação é reconhecida no resultado pelo método linear considerando a vida útil
estimada de cada parte de um ativo tangível.
As vidas úteis estimadas dos ativos tangíveis para os exercícios atual e comparativo
são:
Veículos 5 anos
Sistemas de computação 5 anos
Outros bens 10 anos
Edificações 50 anos
O método de depreciação, a vida útil e os valores residuais dos ativos tangíveis são
reavaliados a cada data de balanço.
o. Outros ativos
Este item inclui o saldo de todos os adiantamentos, imóveis a comercializar com obras
em andamento, e o valor de quaisquer outros valores e bens não incluídos em outros
itens.
Os imóveis a comercializar com obras em andamento são avaliados pelo custo menos
perdas por impairment. O custo inclui as despesas diretamente atribuíveis construção
dos imóveis, como custo de materiais, mão-de-obra direta e quaisquer outros custos
diretamente relacionados a construção.
p. Impairment de ativos não-financeiros
O Banco Sofisa avalia os ativos a fim de identificar indicações de redução em seus
valores recuperáveis. Se tais indicações forem identificadas, os ativos imobilizados são
testados a fim de avaliar se seus valores contábeis são plenamente recuperáveis. De
acordo com o IAS 36 – “Redução ao valor recuperável de ativos”, perdas por reduções
ao valor recuperável são reconhecidas pelo montante no qual o valor contábil do ativo
(ou grupo de ativos) excede seu valor recuperável e são contabilizadas nas
Demonstrações Consolidadas do Resultado. O valor recuperável do ativo é definido
como o menor valor entre o valor justo menos seu custo de venda e o valor em uso. A
avaliação pode ser feita ao nível de um ativo individual quando o valor justo menos seu
custo de venda possa ser determinado de forma confiável.
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q. Depósitos, títulos emitidos e demais obrigações
Os depósitos e os títulos emitidos são as fontes de captação do Banco para
financiamento de seus ativos.
Os depósitos e os títulos emitidos são inicialmente mensurados ao valor justo acrescido
dos custos de transação incrementais diretamente atribuíveis à sua emissão, e
subsequentemente são avaliados pelo seu custo amortizado utilizando-se o método da
taxa efetiva de juros.
Quando o Banco vende um ativo financeiro e simultaneamente assina um contrato de
recompra do ativo (ou um ativo similar) a um preço fixo ou em uma data futura (“venda
com compromisso de recompra” ou “empréstimo de títulos”), o contrato é contabilizado
como captações mercado aberto e o ativo subjacente continua a ser reconhecido nas
demonstrações contábeis do Banco.
r. Ativos e Passivos Contingentes, Obrigações Legais e Provisões
Uma provisão é reconhecida se, como resultado de um evento passado, o Banco tem
uma obrigação presente, que pode ser estimada de modo confiável, e seja provável
uma saída de benefícios econômicos para sua liquidação.
Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios que o
Banco espera usufruir são inferiores ao custo necessário para atender às obrigações
assumidas no contrato. A provisão é mensurada pelo valor presente do custo estimado
pela rescisão do contrato ou do custo líquido estimado pela continuidade deste, dos
dois o menor. Antes de se estabelecer uma provisão, o Banco reconhece qualquer
perda por impairment nos ativos associados ao contrato.
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e
obrigações legais (fiscais e previdenciárias) são efetuados de acordo com os seguintes
critérios:
Ativos contingentes: não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto
quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização,
sobre as quais não cabem mais recursos;
Contingências passivas: É determinada a probabilidade de quaisquer julgamentos
ou resultados desfavoráveis destas ações, assim como do intervalo provável de
perdas. A determinação da provisão necessária para essas contingências é feita
após análise de cada ação e com base na opinião dos seus assessores legais.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Estão provisionadas as contingências para aquelas ações que julgamos como
provável a possibilidade de perda. As provisões requeridas para essas ações
podem sofrer alterações no futuro devido às mudanças relacionadas ao andamento
de cada ação;
Obrigações legais (fiscais e previdenciárias): referem-se a processos
administrativos ou judiciais relacionados a obrigações tributárias e previdenciárias,
cujo objeto de contestação é sua legalidade ou a constitucionalidade que têm os
seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras,
reconhecidas com base na avaliação de risco da Administração.
s. Outros passivos
Outros passivos incluem o saldo de todas as despesas provisionadas e receita diferida,
excluindo juros provisionados, e o valor de quaisquer outras obrigações não incluídas
em outras categorias.
t. Imposto de renda
Imposto de renda corrente é a expectativa de pagamento de impostos sobre o resultado
tributável para o exercício, usando taxas vigentes na data do balanço, e qualquer ajuste
ao imposto a pagar com relação a exercícios anteriores.
O imposto de renda diferido é apurado sobre as diferenças temporárias entre os saldos
contábeis dos ativos e passivos. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base
negativa de contribuição social devem ser reconhecidos somente se há expectativa de
que serão realizados com a geração de lucros tributáveis estimados. O crédito tributário
é calculado de acordo com as taxas fiscais que são esperadas de serem aplicadas às
diferenças temporárias quando estas forem revertidas com base na legislação que rege
a matéria vigente na data de balanço.
Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que é provável que lucros
tributáveis futuros sejam gerados para sua utilização, e devem ser revisados a cada
data de balanço, sendo reduzidos à medida que não seja mais provável que estes
benefícios fiscais serão utilizados.
A despesa de imposto de renda compreende os impostos sobre a renda correntes e
diferidos, sendo reconhecida na demonstração de resultados, exceto nos casos em que
se refere a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido.
A compensação de impostos correntes ativos e impostos correntes passivos ocorrerá
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
se, e apenas se, o Banco:
(a) tiver um direito, por força de lei, de compensar os valores reconhecidos; e
(b) pretender liquidar em base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo
simultaneamente.
Embora os impostos correntes ativos e passivos sejam reconhecidos e medidos
separadamente, eles são compensados na demonstração da posição financeira,
quando a entidade:
(a) tiver um direito por força de lei de compensar os impostos correntes ativos contra os
impostos correntes passivos; e
(b) os impostos diferidos ativos e os impostos diferidos passivos estiverem relacionados
a impostos sobre a renda lançados pela mesma autoridade fiscal sobre:
(i) a mesma entidade tributável; ou
(ii) entidades tributáveis diferentes que pretendem liquidar os impostos correntes ativos
e passivos em uma base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos
simultaneamente, em cada período futuro em que se espera que valores significativos
de impostos diferidos ativos e passivos sejam liquidados ou recuperados.
u. Garantias financeiras
Garantias financeiras são definidas como contratos pelos quais uma entidade se
compromete a efetuar pagamentos específicos em nome de um terceiro se este não
fizer, independentemente das diversas formas jurídicas que possam ter, tais como
garantias, créditos documentários irrevogáveis emitidos ou confirmados pela entidade,
etc.
O Banco reconhece inicialmente as garantias financeiras prestadas no passivo do
balanço patrimonial consolidado ao valor justo, que geralmente é o valor presente de
taxas, comissões e juros a receber desses contratos ao longo de seu prazo.
Garantias financeiras, independentemente do avalista, da instrumentação e outras
circunstâncias, são revisadas periodicamente para a determinação do risco de crédito a
que estão expostas e, conforme o caso, para considerar se uma provisão é necessária.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
O risco de crédito é determinado pela aplicação de critérios similares aos estabelecidos
para a quantificação de perdas por não recuperação sobre empréstimos e
adiantamentos mensurados ao custo amortizado.
v. Benefícios a empregados
i. Benefícios de curto prazo As obrigações de benefícios de curto prazo para empregados são mensuradas em
bases sem desconto e são lançadas como despesa à medida que os serviços são
prestados pelos empregados. O Banco oferece aos seus empregados os seguintes
benefícios: seguro de vida, seguro saúde, vale-alimentação, vale-refeição e vale-
transporte. Nenhum destes benefícios é considerado como parte integrante do salário.
O Banco não contribuiu com planos de previdência privada ou complementar não nos
exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, além de não possuir planos de
benefícios pós-emprego, benefícios de rescisão de contrato, outros benefícios de longo
prazo ou remuneração baseada em ações.
w. Capital social
O Capital Social do Banco é constituído por ações ordinárias, com direito a voto nas
deliberações das Assembléias Gerais de Acionistas, e ações preferenciais conforme
descrito na nota explicativa 19.
x. Lucro por ação
O Banco apresenta informações sobre o lucro por ação básico e diluído para suas
ações ordinárias e preferenciais segregadas por classe. O lucro por ação básico é
calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo atribuível aos portadores de ações ordinárias
e preferenciais do Banco pela média ponderada do número de ações ordinárias e
preferenciais em circulação durante o exercício. O lucro por ação ordinárias e
preferenciais diluído é determinado ajustando-se o lucro ou prejuízo atribuível aos
portadores de ações ordinárias e preferenciais e a média ponderada do número de
ações ordinárias e preferenciais em circulação para os efeitos de todas as ações
ordinárias e preferenciais com potencial diluição.
y. Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa
Para fins das Demonstrações consolidadas dos Fluxos de Caixa o Banco utiliza o
método indireto segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajustado pelos seguintes
efeitos:
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(i) das transações que não envolvem caixa;
(ii) de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre
recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros; e
(iii) de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.
Os termos a seguir são usados na demonstração consolidada dos fluxos de caixa com
os seguintes significados:
Fluxos de caixa: fluxos de entrada e saída de caixa e equivalentes de caixa.
Caixa e equivalentes de caixa: são representados por disponibilidades em moeda
nacional, moeda estrangeira, aplicações interfinanceiras de liquidez e depósitos
interfinanceiros, cujo vencimento das operações na data da efetiva aplicação seja igual
ou inferior a 90 dias e apresentam risco insignificante de mudança de valor justo, que
são utilizados pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.
Atividades operacionais: as principais atividades geradoras de receita de instituições
financeiras e outras atividades que não são atividades de financiamento ou de
investimento.
Atividades de investimento: a aquisição e a venda de realizável a longo prazo e ativos
tangíveis.
Atividades de financiamento: atividades que resultam em mudanças no montante e na
composição do patrimônio líquido e do passivo que não são atividades operacionais.
z. Pronunciamentos recentes, alterações e interpretações de pronunciamento
existentes
Na preparação destas demonstrações contábeis consolidadas, o Banco utilizou os
critérios de reconhecimento, mensuração e apresentação estabelecidos nos IFRS e nas
interpretações do “International Financial Reporting Interpretation Committee” (“IFRIC”)
descritos nesta nota explicativa.
Não houve por parte do Banco adoção antecipada das normas e/ou alterações das normas apresentadas acima. O Banco está analisando os impactos da adoção das normas e alterações acima mencionadas.
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- IFRS 9 – Instrumentos Financeiros
O IFRS 9 introduzirá novos requerimentos para classificar e mensurar ativos financeiros,
espera-se que esta norma afete a contabilização de instrumentos financeiros do Banco.
O IFRS 9 substituirá o IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração”.
O IASB decidiu postergar a data de vigência da IFRS 9, ainda não definida, tendo em
vista que a fase de definição da metodologia de redução ao valor recuperável ainda não
foi concluída. Todavia, sua adoção antecipada continua permitida.
O Banco avaliará os impactos da adoção desta norma quanto todas as alterações serão
finalizadas.
- Alteração ao IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Apresentação Para esclarecer os requerimentos de “offsetting” de instrumentos financeiros no Balanço
Patrimonial, foi emitida uma alteração no IAS 32.
Estas alterações endereçam as inconsistências encontradas na prática quando
aplicados os critérios de compensação no IAS 32 Instrumentos Financeiros:
Apresentação.
As alterações esclarecem: O significado de “dispõe de um direito legalmente
executável para liquidar pelo montante liquido” (currently has a legally enforceable
right of set of); e, Que alguns sistemas de liquidação pelo valor bruto podem ser
considerados equivalentes ao de liquidação pelo valor líquido.
Essa alteração foi emitida para esclarecer os requerimentos de compensação de
instrumentos financeiros no Balanço Patrimonial.
Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as demonstrações
contábeis consolidadas do Banco Sofisa S.A.
IFRIC 21 – Impostos A Interpretação IFRIC 21 trata da contabilização de impostos requeridos por governos,
que não os impostos sobre os lucros. A interpretação clarifica que o fato gerador da
obrigação que dá origem a um passivo para pagar um imposto é a atividade descrita na
legislação pertinente que determina o pagamento do imposto.
Não foram identificados impactos relevantes dessa alteração para as demonstrações
contábeis consolidadas do Banco Sofisa S.A.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
aa. Reapresentação dos valores correspondentes
Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013,
originalmente apresentados nas demonstrações financeiras daquele exercício, estão
sendo reapresentadas em conformidade com o IAS 8 – Políticas contábeis, mudança de
estimativa e retificação de erro e IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Contábeis,
exceto pela não apresentação do balanço patrimonial do período mais antigo
apresentado, referente a 1º de janeiro de 2013, pois na avaliação da Administração a
retificação dos valores correspondentes não é material.
De 2009 a 2011 o Sofisa fez investimentos no montante de R$ 6.133, para o
desenvolvimento de uma nova plataforma de risco composta de diversos módulos e
sistemas, contabilizados na conta de intangível, cuja reversão foi efetuada em maio de
2014 por não atendimento aos requisitos do IAS 38 – Ativo intangível no que diz respeito
à mensuração do custo de formação do ativo. Em 31 de dezembro de 2013, o intangível
totalizava R$ 4.395 após as amortizações ocorridas até aquela data.
A reversão do intangível no montante de R$ 2.637 (líquido dos efeitos dos impostos)
referente aos exercícios anteriores a 2013 está apresentada nas Demonstrações
consolidadas das mutações do patrimônio líquido, na linha “Ajuste Intangível”.
Segue abaixo, quadros demonstrando os ajustes nas respectivas linhas da
Demonstração do Resultado, da Demonstração dos Fluxos de Caixa e da Demonstração
do Resultado Abrangente.
Balanço consolidado 31/12/2013
Ativo Publicado
Ajustes
Reapresentado
Caixa e equivalente de caixa
114.781
-
114.781
Ativos financeiros para negociação
39.148
-
39.148
Ativos financeiros disponíveis para venda
1.022.119
-
1.022.119
Instrumento financeiro derivativo
20.431
-
20.431
Empréstimos e recebíveis
1.802.822
-
1.802.822
Ativos não correntes mantidos para venda
39.924
-
39.924
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Ativo tangível
76.628
-
76.628
Ativo Intangível
4.395
- 4.395
-
Créditos tributários
236.381
1.758
238.139
Outros ativos
309.505
-
309.505
Total do ativo
3.666.134
- 2.637
3.663.497
31/12/2013
Passivo Publicado
Ajustes
Reapresentado
Instrumento financeiro derivativo
1.663
-
1.663
Passivos financeiros ao custo amortizado
2.658.141
-
2.658.141
Provisões
9.337
-
9.337
Outros passivos
306.876
-
306.876
Total do passivo
2.976.017
-
2.976.017
Patrimônio líquido
684.483
- 2.637
681.846
Capital social - País
685.700
-
685.700
Reservas
42.793
- 2.637
40.156
Ajustes de avaliação patrimonial - 44.010
-
- 44.010
Participação de não controladores
5.634
-
5.634
Total do passivo e patrimônio líquido
3.666.134
- 2.637
3.663.497
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Demonstração consolidada de resultados 31/12/2013
Publicado
Ajustes
Reapresentado
Receita líquida de juros 110.571
-
110.571
Receita líquida de comissões 4.255
-
4.255
Perda por redução ao valor recuperável - 36.234
-
- 36.234
Ganhos com ativos e passivos financeiros (líquidos) 33.340
-
33.340
Variações cambiais (líquidas) 44.534
-
44.534
Resultado de intermediação financeira 156.466
-
156.466
Despesas administrativas - 115.466
1.227
- 114.239
Depreciações e amortizações - 5.582
1.227
- 4.355
Resultado na alienação de ativos não correntes mantidos para vendas - 21.094
-
- 21.094
Resultado das operações continuadas 20.018
1.227
21.245
Lucro operacional antes da tributação 20.018
1.227
21.245
Imposto de renda e contribuição social 708
- 465
243
Participação de não controladores - 1.713
-
- 1.713
Lucro líquido consolidado do exercício 19.013
762
19.775
Demonstração consolidada dos fluxos de caixa
31/12/2013
Publicado
Ajustes
Reapresentado
Lucro líquido
19.013
762
19.775
Ajuste ao lucro
Amortização do ativo intangível
1.227
- 1.227
-
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
(Aumento) Decréscimo líquido nos ativos operacionais
- 469.288
-
- 469.288
Aumento (Decréscimo líquidos nos passivos operacionais
- 2.441
465
- 1.976
Outros passivos
2.092
465
2.557
Total do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais
- 537.304
-
- 537.304
Total do fluxo de caixa líquido das atividades de investimento
3.461
-
3.461
Total do fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento
- 210.860 -
- 210.860
Aumento/(redução) de caixa ou equivalente de caixa
- 744.703
-
- 744.703
Demonstrações consolidadas do resultado abrangente
31/12/2013
Publicado
Ajustes
Reapresentado
Lucro líquido consolidado do exercício
19.013
762
19.775
Outros resultados abrangentes receitas/despesas
- 42.976 -
- 42.976
Total
- 23.963
-
- 23.201
Atribuível aos controladores
- 22.250
762
- 21.488
Atribuível as participações de não controladores
- 1.713
-
- 1.713
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
3. Uso de estimativas e Julgamentos
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas em acordo com o IFRS
exige que a Administração realize estimativa e utilize premissas que afetam os saldos
de ativos e passivos e passivos contingentes divulgados na data das demonstrações
financeiras consolidadas, bem como os montantes divulgados de receitas, despesas,
ganhos e perdas durante os períodos apresentados e em períodos subsequentes, pois
os resultados efetivos podem ser diferentes daqueles apurados de acordo com tais
estimativas e premissas.
Todas as estimativas e as premissas utilizadas pela Administração estão em acordo
com o IFRS e são as melhores estimativas atuais realizadas em conformidade com as
normas aplicáveis. As estimativas e os julgamentos são avaliados em base contínua,
considerando a experiência passada e outros fatores.
As demonstrações financeiras consolidadas incluem diversas estimativas e premissas
utilizadas. As estimativas contábeis e premissas críticas que apresentam impacto mais
significativo nos valores contábeis de ativos e passivos, estão descritas abaixo:
Fontes fundamentais nas estimativas de incertezas
Provisões para perdas por redução ao valor recuperável
A eventual perda por redução ao valor recuperável dos ativos registrados pelo custo
amortizado é avaliada segundo as bases descritas na nota explicativa nº 2, item k,
subitem (ix).
O específico componente da contraparte no total de provisões para redução ao valor
recuperável aplica-se a valores avaliados individualmente e é baseado na melhor
estimativa da Administração do valor presente dos recebimentos previstos. Na
estimativa desses fluxos de caixa, a Administração faz uma avaliação da situação
financeira da contraparte e do valor líquido realizável de qualquer garantia relacionada.
As provisões para redução ao valor recuperável calculadas coletivamente cobrem as
perdas de crédito inerentes a carteiras de créditos com características econômicas
similares quando existem evidências objetivas que elas contêm créditos com redução
ao valor recuperável que não podem ser identificados individualmente. Ao avaliar a
necessidade de provisões coletivas para devedores duvidosos, a Administração leva em
consideração fatores como a qualidade de crédito, similaridades de riscos, tamanho da
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
carteira e comportamento histórico das carteiras por faixas de atraso até a efetiva baixa
a prejuízo.
Para estimar a provisão necessária, são assumidas premissas para definir a forma de
modelagem das perdas inerentes e determinar os padrões de entrada necessários,
baseados na experiência histórica e nas condições econômicas presentes. A precisão
das provisões depende, no caso de contrapartes específicas, da qualidade dessas
estimativas de recebimentos futuros e das premissas e dos parâmetros do modelo
utilizado para determinação das provisões coletivas.
O montante de provisão em 31 de dezembro de 2014 para as operações de
Empréstimos e adiantamentos a clientes é de R$ 44.831 (R$ 45.575 em 31 de
dezembro de 2013).
Determinação do valor justo de instrumentos financeiros
A determinação do valor justo dos ativos e passivos financeiros para os quais não há
preços cotados observáveis no mercado requer o uso de técnicas de avaliação
conforme descritas na nota explicativa nº 2, item k, subitem (viii). Para os instrumentos
financeiros que não possuem liquidez e possuem pouca transparência de preço, o valor
justo calculado é menos objetivo, e requer níveis de julgamento dependentes da
liquidez, concentração, incertezas sobre os fatores de mercado, premissas de
precificação e outros riscos que afetam o instrumento. Estas técnicas de avaliação
podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do valor
justo. Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes
pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, pode resultar em
resultados financeiros diferentes daqueles apresentados.
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido
Conforme nota explicativa nº 2, item t, ativos fiscais diferidos são reconhecidos somente
em relação a diferenças temporárias e prejuízos fiscais a compensar na medida em que
se considera provável que o Banco irá gerar lucro tributável futuro em relação aos quais
os ativos fiscais diferidos possam ser utilizados. A realização esperada do crédito
tributário é baseada na projeção dos lucros tributáveis baseada em estudo técnico.
Passivos Contingentes
Passivos contingentes – são avaliados com base nas melhores estimativas da
Administração, levando em consideração as informações de seus assessores jurídicos,
quando houver probabilidade de exigência de recursos financeiros para liquidar as
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
obrigações e que o montante das obrigações possa ser estimado com razoável
segurança.
Para as contingências classificadas como “Prováveis”, são constituídas provisões
reconhecidas no Balanço Patrimonial na rubrica Provisões.
4. Segmentos Operacionais
Um segmento operacional é um componente de uma entidade conforme IFRS 8:
a) Que opera em atividades das quais poderá obter receitas e incorrer em despesas (incluindo receitas e despesas relacionadas a operações com outros componentes da mesma entidade)
b) Cujos resultados operacionais sejam regularmente revisados pelo principal
responsável da entidade pelas decisões operacionais relacionadas à alocação de recursos ao segmento e à avaliação de seu desempenho.
c) Para as quais informações financeiras opcionais estejam disponíveis.
Baseado nas diretrizes apontadas pelo IFRS 8, o Banco identificou,os seguintes segmentos de negócio como sendo os seus segmentos operacionais:
Empresas
Varejo
Segmento Empresas
O segmento empresas possui um amplo leque de produtos, tais como capital de giro,
títulos descontados e operações de repasse, tanto em moeda local como em moeda
estrangeira; assessoria financeira e estratégica; produtos de tesouraria para o cliente; e
investimentos.
O Banco possui uma ampla rede de relacionamento com empresas dos mais diversos
setores, incluindo importadores, exportadores e produtores de commodities, entre
outros.
Segmento Varejo
O Banco cessou a originação de crédito de varejo, entre elas operação de CDC,
arrendamento mercantil e operações de crédito consignado, no decorrer do primeiro
semestre de 2010 reduzindo substancialmente o volume de sua carteira.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Os resultados gerados pelas demais operações que não se enquadram nos segmentos
descritos acima não são controlados gerencialmente como um segmento operacional do
Banco.
No processo de tomada de decisão da Administração, a distribuição geográfica das
receitas geradas pelos segmentos Empresas e Varejo não é uma informação relevante.
Sendo assim, o Banco optou por não divulgá-las. Todas as receitas demonstradas no
quadro de segmentos foram geradas junto a clientes externos.
Ainda incorrem receitas e despesas relacionadas ao negócio de crédito de varejo, que
ocorrerão até o vencimento das operações existentes na carteira. As principais receitas
e despesas estão relacionadas a seguir.
As demonstrações do resultado e outros dados significativos por segmento são os
seguintes:
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Empresas Varejo Total Empresas Varejo Total
Receitas com juros e similares 375.727 8.083 383.810 371.910 19.189 391.099
Despesas com juros e similares (309.655) (1.925) (311.580) (272.320) (8.208) (280.528)
Receita líquida com juros 66.072 6.158 72.230 99.590 10.981 110.571
Receitas de tarifas e comissões 13.908 - 13.908 9.145 2.775 11.920
Despesas de tarifas e comissões (6.177) - (6.177) (5.880) (1.785) (7.665)
Receita líquida com comissões 7.731 - 7.731 3.264 991 4.255
Perdas com ativos financeiros (líquidas) (23.327) (3.537) (26.864) (31.033) (5.201) (36.234)
Empréstimos e recebíveis (23.327) (3.537) (26.864) (31.033) (5.201) (36.234)
Derivativos 15.419 - 15.419 (3.705) - (3.705)
-
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) 71.634 - 71.634 37.045 - 37.045
Para Negociação (6.560) - (6.560) 12.616 - 12.616
Disponível para venda 78.194 - 78.194 24.429 - 24.429
Variações cambiais (líquidas) 49.032 - 49.032 44.534 - 44.534
Resultado da intermediação financeira 186.561 2.621 189.182 149.695 6.771 156.466
Despesas administrativas (106.009) (5.260) (111.269) (108.120) (7.234) (114.127)
Despesas com pessoal (59.937) (622) (60.559) (65.642) (912) (66.554)
Despesas tributárias (22.736) (286) (23.022) (23.480) (396) (23.876)
Outras despesas administrativas (31.607) (4.352) (35.959) (33.824) (5.870) (39.694)
Outras receitas (despesas) operacionais 11.635 - 11.635 20.352 - 20.352
Depreciações e amortizações (3.364) - (3.364) (4.299) (56) (4.355)
Resultado na alienação de ativos não correntes disponíveis para venda (2.762) 96 (2.666) (16.183) (4.911) (21.094)
Resultado de operações continuadas 77.790 (2.543) 75.247 26.619 (5.374) 21.245
Participação de não controladores 1.003 (44) 959 (1.569) (144) (1.713)
Imposto de renda (30.156) 949 (29.207) 184 59 243
Lucro Líquido do exercício 48.637 (1.638) 46.999 25.233 (5.458) 19.775
Total em ativos 3.949.847 18.999 3.968.846 3.393.476 270.021 3.663.497
Empréstimos e adiantamentos 2.033.477 9.681 2.043.158 1.750.487 63.203 1.813.690
Total em passivos 3.293.102 15.820 3.308.922 2.819.264 156.753 2.976.017
Depósitos de clientes 2.210.966 10.664 2.221.630 1.652.490 135.318 1.787.808
2014 2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais) 5. Caixa e equivalente de caixa
2014
2013
Disponibilidades 116.430
79.649
Aplicações interfinanceiras de liquidez 15.041
35.132
Total de Caixa e equivalentes de caixa 131.471
114.781
6. Instrumentos de dívida
a) Classificação dos instrumentos de dívida
2014
2013
Disponíveis para venda
1.084.679
1.022.119
Total
1.084.679
1.022.119
Disponíveis para venda Títulos públicos federais
767.935
788.641
Títulos privados 3.982 3.352
Debêntures
17.166
16.468
Instrumento de divida no exterior
295.596
213.658
Total
1.084.679
1.022.119
Total geral
1.084.679
1.022.119
b) Composição por tipo
2014
2013
NTN – B
617.422
645.513
LTN
150.513
134.128
Total de títulos públicos
767.935
788.641
Instrumento da divida no exterior (Bonds)
295.596
213.658
Certificado de recebíveis imobiliários (CRI)
3.982
3.352
Debêntures
17.166
16.468
Total de títulos privados
316.744
233.478
Total
1.084.679
1.022.119
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Os instrumentos de dívida classificados nas categorias “títulos para negociação” e
“disponíveis para venda” são demonstrados pelo seu valor justo estimado (valor de
mercado). O valor justo geralmente baseia-se em consultas a cotações de preços de
mercado através de fontes independentes ou cotações de preços de mercado para
ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não
estiverem disponíveis, os valores justos são determinados através de cotações de
operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou
técnicas similares, para as quais a determinação do valor justo pode exigir julgamento
ou estimativa significativa por parte da Administração. Em 31 de dezembro de 2014, foi
apurado um saldo de ajuste no patrimônio líquido no montante acumulado de R$
(65.787), (R$ (39.472) líquido dos efeitos tributários), e em 31 de dezembro de 2013, R$
(73.350), (R$ (44.010) líquido dos efeitos tributários) relativos aos títulos disponíveis
para venda.
7. Instrumentos de patrimônio
a) Tipo
2014
2013
Ativos financeiros para negociação
Fundo de investimento multimercado 11.599 24.589
Ações de empresas nacionais
5.537
8.555
Ações de empresas estrangeiras
6.980
5.734
Total
24.116
39.148
8. Instrumentos financeiros derivativos
O Banco realiza operações com instrumentos financeiros derivativos visando à proteção
das variações de preços de mercado e diluição de riscos de moedas e de taxas de juros
de seus ativos e passivos e fluxos de caixa contratados por prazos, taxas e montantes
compatíveis.
Derivativos são usados como ferramenta de gerenciamento de risco com o objetivo de
cobertura das posições das carteiras de não negociação (Banking Book) e de
negociação (Trading Book). Adicionalmente, derivativos de alta liquidez transacionados
em bolsa são usados, dentro de limites estreitos e periodicamente revistos, com o
objetivo de gerenciar exposições na carteira de negociação.
Visando administrar os riscos decorrentes, foram determinados limites internos para
exposição global e por carteiras. Estes limites são acompanhados diariamente.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Considerando a eventual possibilidade de existência de limites excedidos em
decorrência de situações não previstas, a Administração definiu políticas internas que
implicam na imediata definição das condições de realinhamento. Esses riscos são
monitorados por área independente das áreas operacionais e são diariamente
reportados à alta administração.
O gerenciamento de risco de mercado utiliza-se do VaR, como medida de perda
potencial das carteiras do Banco. Para os cálculos, utiliza-se o modelo paramétrico para
o horizonte de 20 dias e intervalo de confiança de 99%. Todo o cálculo está baseado
nos preços de fechamento de mercado, obtidos de diferentes fontes (Anbima,
BM&FBovespa, Banco Central, entre outros).
a) Derivativos para negociação
b) Derivativos utilizados para ““hedge” Accounting” – “hedge” de valor justo
Valor Nominal Ativos/(Passivos) Valor Nominal Ativos/(Passivos)
Contratos de Futuros:
Compromissos de compra 300.000 - 214 567
Dólar - - 200 578
Euro - - 14 (11)
DI - Depósitos Interfinanceiros 300.000 - - -
Compromissos de venda 160.911 - 68.394 -
DI - Depósitos Interfinanceiros 160.911 - 3.500 -
Dólar - - 64.894 -
Contratos a Termo:
Compromissos de venda 246 (33) - -
Moedas - Termo 246 (33) - -
Contratos de "Swap":
Posição ativa 50.846 20.877 84.908 19.790
CDI 6.000 - 7.627 161
Préfixado - - 5.700 -
Dólar - Hedge 44.846 20.877 71.581 19.629
Posição passiva 50.846 (354) 84.908 (1.663)
CDI 44.846 - 71.581 -
Préfixado - - 1.800 (210)
IGPM - - 1.330 (622)
Dólar 6.000 (354) 10.197 (831)
Contratos de opções:
Compromisso de compra 7.529 (53) 3.468 74
Ações 7.529 (53) 3.468 74
Sofisa Consolidado e Banco Sofisa
31/12/2014 31/12/2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
2014 2013
Valor Nominal Ativos/(Passivos) Valor Nominal Ativos/(Passivos)
Posição ativa 44.847 1.189 71.581 3.937
Dólar - “hedge” 44.847 1.189 71.581 3.937
Total posição ativa 44.847 1.189 71.581 3.937
Posição líquida 44.847 1.189 71.581 3.937
Na contabilização da estrutura de “hedge” das captações internacionais feitas pelo
Sofisa – notional de R$ 44.847 em 31 de dezembro de 2014 (R$ 71.581 em 2013),
utilizou-se o conceito de “day-one gain or loss” como mecanismo de reconhecimento
inicial do valor justo desses instrumentos financeiros (instrumentos derivativos e
passivos financeiros objeto de “hedge”). O efeito calculado no reconhecimento inicial do
“hedge” foi uma perda de R$ 14.938, que será apropriada pelo prazo das operações (o
último vencimento será em fevereiro de 2017). Em 31 de dezembro de 2014, o valor a
apropriar de day-one gain or loss é de R$ 1.756 (R$ 3.393 em 2013).
Para proteger o risco de mercado contra a exposição da variação cambial acrescida de
cupom, o Banco negociou contratos de swap a vencer entre os anos de 2011 e 2017,
que geraram ajustes a valor de mercado registrado no resultado no valor de R$ 1.795
em 2014 (R$ 3.937 em 2013).
Os itens objeto de “hedge” representados por operações de captações no exterior
também possuem vencimentos entre os anos de 2011 e 2017 e marcação a mercado
de R$ (1.250) em 2014 (R$ (3.950) em 2013), garantindo a efetividade desejada da
cobertura do risco.
O monitoramento da efetividade do “hedge”, que mensura a neutralização pelos
instrumentos derivativos dos efeitos das flutuações de mercado sobre os itens
protegidos, é efetuado mensalmente. A efetividade apurada para cada unidade de
“hedge” está dentro do intervalo estabelecido pelo IAS 39.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
c) Acordo de compensação e liquidação de obrigações
O Banco possui acordo de compensação e liquidações de obrigações no âmbito do
Sistema Financeiro Nacional em conformidade com a Resolução CMN 3263/05.
As informações apresentadas a seguir referem-se a ativos e passivos financeiros que:
são apresentados de forma líquida no Balanço Patrimonial Consolidado; ou
estão sujeitos a um contrato “máster” de compensação executável ou acordos similares, independentemente de serem apresentados de forma líquida no Balanço Patrimonial Consolidado.
Em conformidade com a IAS 32, um ativo financeiro e um passivo financeiro são
compensados e o seu valor líquido apresentado no Balanço Patrimonial Consolidado
quando, e somente quando, existe um direito legalmente executável de compensar os
valores reconhecidos e o Banco pretende liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o
ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
De acordo com a IFRS 7, apresentam-se também os valores relativos a instrumentos
financeiros sujeitos a contratos máster de compensação ou acordos similares, os quais
não cumprem alguns ou todos os critérios de compensação definidos na IAS 32. Os
acordos similares incluem os Contratos Globais de Derivativos (CGD/ISDA) e os
Contratos Globais de Operações Compromissadas (GMRA).
Por aplicar-se a ativos e passivos financeiros cujo direito condicional de compensação
apenas ocorre no curso normal das operações, em caso de inadimplência, ou somente
no caso de insolvência ou falência de quaisquer das contrapartes, os acordos máster de
31/12/2013
Valor
referencial
Derivativos usados como "hedge" de dos Valor de
valor justo contratos Valor na curva mercado Ajuste Mercado Ajuste Mercado
Instrumentos de "Hedge"
Posição ativa - Dólar
Contratos de "Swap" - Dólar 44.847 68.320 69.509 1.189 3.937
Total 44.847 68.320 69.509 1.189 3.937
Objetos de "Hedge"
Captações no exterior em moeda
estrangeira - Dólar
Empréstimos e repasses no exterior-Dólar 44.847 68.304 69.509 (1.205) (3.950)
Total 44.847 68.304 69.509 (1.205) (3.937)
Banco Sofisa
31/12/2014
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
compensação e acordos similares não cumprem os critérios para apresentação de
forma líquida no Balanço Patrimonial Consolidado.
As garantias somente serão exercidas em caso de inadimplência, insolvência ou
falência de quaisquer das contrapartes e poderão ser utilizadas para abater saldo
devedor ao final da operação.
Ativos financeiros sujeitos à compensação, acordos principais de compensação
executáveis ou acordos similares.
9. Empréstimos e adiantamentos a instituições financeiras
Os empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito, em 31 de dezembro de 2014
e 2013, estão compostos como segue:
2014
2013
Classificação:
Empréstimos e adiantamentos a instituições de financeiras
74.248
34.607
Total
74.248
34.607
Tipo:
Aplicações em depósitos interfinanceiros
74.248
34.490
Aplicações em moedas estrangeiras
-
117
Total
74.248
34.607
A Administração avaliou as operações classificadas como Empréstimos e
adiantamentos a instituições financeiras e não identificou evidências de perda por
redução ao valor recuperável.
10. Empréstimos e adiantamentos a clientes
a) Composição
31/12/2014
CDI
Títulos
Públicos
Derivativos 20.877 - 20.877 - 11.923 - 11.923 - 20.877
Valores
Líquidos
Valores não
sujeitos a
acordos de
compensação
Saldo
Contábil
Valores relacionados não compensados
Efeitos da compensação no
balanço patrimonial consolidado
Valores
Brutos
Valores Brutos
Compensados
Valores
Líquidos
Impacto dos
acordos de
compensação
Garantias Financeiras
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
2014 2013
Composição:
Empréstimos e adiantamentos
1.920.364 1.717.192
Operações de arrendamento mercantil ao custo amortizado
2.651 11.507
Outros créditos ao custo amortizado
120.143 84.991
Total
2.043.158 1.813.690
Provisão para perdas por redução ao valor recuperável
(44.831) (45.475)
Total
1.998.327 1.768.215
b) Abertura por vencimento – Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
2014 2013
Vencidas 35.908 42.319
A Vencer: 2.007.250 1.771.371
Até 1 ano 1.792.424 1.533.815
Acima de 1 ano 214.826 237.556
Total 2.043.158 1.813.690
c) Diversificação por tipo de produto
2014 2013
Capital de giro 744.464 586.749
Títulos descontados 66.458 139.362
Financiamentos adquiridos 2.405 8.998
Financiamentos a importação 52.405 31.968
Financiamentos a exportação 108.015 111.804
Conta garantida 915.415 752.716
Adiantamento a depositantes 1.358 2.401
Cheque empresa 22.130 21.010
Cheque especial 603 3.015
Financiamentos BNDES 142 726
Operações de arrendamento mercantil 2.651 11.507
Empréstimos consignado / CDC 3.978 26.554
Outros créditos e câmbio 120.143 84.991
Compror - 11.189
Finame 79 793
Veículos 2.912 19.907
Subtotal 2.043.158 1.813.690
d) Diversificação por tipo de garantia recebida
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
2014 2013
Duplicatas 1.490.070 1.183.611
Notas promissórias 166.384 151.093
Cheques pré-datados 21.672 30.598
Recebíveis de aluguéis e imóveis 140.206 199.044
Coobrigação de instituções financeiras 989 6.547
Alienação fiduciária de imóveis 96.656 68.593
Warrant a Penhor Mercantil 11.768 21.479
Saques de empresas do exterior 25.061 15.612
Contratos e Travas de Domicílio Bancário 3.245 6.941
Consignação de folha de pagamento / CDC 7.401 26.427
Investimentos Financeiros 41.630 31.166
Alienação - máquinas e equipamentos 2.354 1.998
Alienação fiduciária de veículos 35.722 70.581
Total 2.043.158 1.813.690
e) Provisão para perdas por redução ao valor recuperável - "Impairment"
Os detalhes das variações no saldo da provisão para perdas por redução ao valor
recuperável dos ativos financeiros classificados como “Empréstimos e recebíveis -
Empréstimos e adiantamentos a clientes” e considerados como não recuperáveis devido
a risco de crédito são os seguintes:
2014
2013
Empresas
Varejo
Total
Total
Saldo inicial 38.919
6.556
45.475
83.347
Provisão constituída 23.327
3.537
26.864
36.234
Créditos baixados (18.957)
(8.551)
(27.508)
(74.106)
Saldo final 43.289
1.542
44.831
45.475
11. Ativos não correntes mantidos para venda
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 está representado por bens não de uso próprio da
instituição, recebidos em dação de pagamento (Imóveis), por reintegração de posse
(Veículos), registrados inicialmente pelo custo e mensurados posteriormente pelo menor
valor entre o valor contábil e o valor justo menos custos estimados para venda. A
rubrica é representada também por imóveis a comercializar relativos a 5
empreendimentos de sociedades de propósitos específicos (SPE's) que são sendo
apresentadas de forma consolidada nestas demonstrações.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Para os bens recebidos em dação de pagamento, a política do Banco consiste em ter o
domínio do bem imóvel, quando for obtido o Auto de Adjudicação ou Carta de
Arrematação ou Dação em Pagamento (domínio do bem), e para Veículos/Outros com
base na sentença definitiva (domínio do bem). No momento em que há a posse do bem,
é feita a baixa do contrato de crédito e a contabilização do bem em “Ativos Mantidos
para Venda” pelo valor constante no laudo de avaliação elaborado por perito
credenciado pelo Banco, limitado ao valor da dívida.
O laudo especifica os critérios de avaliação e os parâmetros de comparação utilizados
para a determinação do valor. O bem é considerado disponível para venda, somente
após a regularização das pendências (exceto emissão de posse). Após esgotado o
prazo regulamentar de (1 ano).
A administração efetua esforços para que os ativos mantidos para venda sejam
vendidos no máximo em 1 ano, a partir da data da posse, desde que não haja
impedimento jurídico. Caso a venda não seja realizada dentro do período mencionado,
os fatores que impossibilitaram a venda serão reavaliados e considerados no processo
periódico de avaliação do valor recuperável do bem.
2014
2013
Imóveis recebidos em dação(a)
3.819
22.298
Veículos
2.176
3.980
Outros(b)
33.595
13.646
Total
39.590
39.924
Imóveis
(a) Imóveis recebidos em dação - Em 31 de dezembro de 2014 é composto por 6
imóveis recebidos em dação no montante de R$ 3.819 (em 2013 R$ 22.298, composto
por 8 imóveis).
(b) O saldo está apresentado por imóveis a comercializar relativos ao empreendimento
de sociedade de propósito específico (SPEs – Ecobeach).
Veículos
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Todos os veículos de posse reintegrada do Sofisa, se encontram fisicamente nos pátios
de leiloeiros que possuem contratos de consignação junto ao Banco para realização de
leiloes periódicos (no mínimo mensalmente).
12. Ativos Tangíveis
Os ativos tangíveis do Banco dizem respeito ao imobilizado para uso próprio. O Banco
também não foi parte de nenhum contrato de arrendamento financeiro durante os
exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014 e de 2013.
a) Composição
2014
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido
Terreno 12.344
-
12.344
Edificações 33.121
(12.502)
20.619
Instalações 767
(479)
288
Máquinas e equipamentos 1.400
(898)
502
Sistema de processamento de dados 1.620
(1.047)
573
Sistema de transporte 1.415
(595)
820
Imobilizações em curso 1.876
-
1.876
Outros 700 (516)
184
Saldos em 31 de Dezembro de 2014 53.243
(16.037)
37.206
2013
Custo
Depreciação acumulada
Saldo líquido
Terreno
23.591
-
23.591
Edificações
62.898
(12.936)
49.962
Instalações
767
(410)
357
Máquinas e equipamentos
1.458
(760)
698
Sistema de processamento de dados
1.437
(769)
668
Sistema de transporte
1.383
(504)
879
Imobilizações em curso
247
-
247
Outros
681
(455)
226
Saldos em 31 de Dezembro de 2013
92.462
(15.834)
76.628
b) Movimentação
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
2014
Saldo em 31/12/2013
Adições
Despesa de Depreciação
Alienações
Saldo em 31/12/2014
Terreno (a)
23.591
671
-
(11.918)
12.344
Edificações (a)
49.962
3.327
(2.829)
(29.841)
20.619
Instalações
357
-
(69)
-
288
Máquinas e equipamentos
698
1
-
(197)
502
Sistema de processamento de dados
668
244
(277)
(62)
573
Sistema de transporte
879
394
(91)
(558)
820
Imobilizações em curso
247
1.629
-
-
1.876
Outros
226
104
(98)
(43)
184
Saldos em 31 de Dezembro de 2014
76.628
6.365
(3.364)
(42.423)
37.206
(a) Movimentação do saldo refere-se a venda da participação na empresa La Isla
Participações conforme descrito na Nota Explicativa nº 36d.
2013
Saldo em 31/12/2012
Adições
Despesa de Depreciação
Alienações
Saldo em 31/12/2013
Terreno
26.621
-
-
(3.030)
23.591
Edificações
53.100
-
(3.138)
-
49.962
Instalações
432
2
(77)
-
357 Máquinas e equipamentos
849
8
(145)
(14)
698
Sistema de processamento de dados
951
27
(256)
(54)
668
Sistema de transporte
1.617
298
(732)
(304)
879
Imobilizações em curso
563
-
-
(316)
247 Equipamentos/Direito de uso
15
-
-
(15)
-
Outros
296
-
(7)
(63)
226
Saldos em 31 de Dezembro de 2014
84.444
335
(4.355)
(3.796)
76.628
13. Créditos tributários
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
a) Composição dos créditos tributários e das obrigações fiscais diferidas
A composição e a movimentação dos créditos tributários e das obrigações fiscais
diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 estão assim
demonstrados:
As movimentações dos saldos das rubricas “créditos tributários diferidos” e “passivos
fiscais diferidos” nos últimos dois anos foram:
2014 2013
Créditos tributários - imposto de renda
Provisão para impairment de empréstimos e recebíveis 52.634 80.650
Contingências 23.373 17.414
Ajustes a valor de mercado 1.292 905
Provisão para impairment de ativos mantidos para venda 2.580 2.360
Prejuízo fiscal 115.329 124.371
Ajuste a mercado de títulos disponíveis para a venda 25.873 14.132
Outras 4.208 1.841
Total de crédito tributário 225.289 241.673
Passivos fiscais - imposto de renda
Superveniências de operações de arrendamento mercantil 1.189 10.814
Provisão para impairment de empréstimos e recebíveis - 9.875
Ajuste a mercado de títulos disponíveis para a venda - -14.759
Outros - -2.396
Total de passivo diferido 1.189 3.534
Saldo líquido 224.100 238.139
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
As estimativas de realização dos créditos tributários foram calculadas considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, histórico de rentabilidade e em estudo técnico de viabilidade.
Saldos em 01 de
janeiro de 2014Constituição
Reversão/
Realização
Saldos em 31 de
dezembro de
2014
Créditos tributários diferidos 238.139 26.565 (40.604) 224.100
Total 238.139 26.565 (40.604) 224.100
Saldos em 01 de
janeiro de 2013Constituição
Reversão/Realiza
ção
Saldos em 31 de
dezembro de
2013
Créditos tributários diferidos 180.494 66.308 (8.663) 238.139
Total 180.494 66.308 (8.663) 238.139
Prejuízo
Base
Negativa Imposto Contribuição
Ano Fiscal CSLL Renda Social Total
2015 4.859 2.799 23.724 14.250 45.632
2016 7.295 4.298 11.787 7.071 30.451
2017 7.018 4.207 10.674 6.404 28.303
2018 6.885 4.130 15.401 9.241 35.657
2019 9.430 5.658 5.031 3.019 23.138
2020 a 2024 58.527 223 1.178 991 60.919
Total 94.014 21.315 67.795 40.976 224.100
-
Prejuízo
Base
Negativa Imposto Contribuição
Ano Fiscal CSLL Renda Social Total
2014 6.300 2.717 19.124 11.490 39.631
2015 6.738 3.199 22.241 13.345 45.523
2016 9.858 5.877 14.060 8.436 38.231
2017 10.749 6.462 9.040 5.424 31.675
2018 12.573 3.438 6.783 4.070 26.864
2019 a 2022 54.702 - 946 567 56.215
Total 100.920 21.693 72.194 43.332 238.139
Diferenças temporárias
31/12/2013
Diferenças temporárias
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
O resultado contábil não tem relação direta com o lucro tributável para o imposto de
renda e a contribuição social, em função das diferenças existentes entre os critérios
contábeis e a legislação fiscal pertinente. Portanto, ressaltamos que a evolução da
realização dos créditos tributários decorrentes dos prejuízos fiscais, base negativa e das
diferenças temporárias não devem ser tomadas como indicativo de lucros líquidos
futuros.
14. Outros ativos
31/12/2014
31/12/2013
Adiantamentos e antecipações salariais 235
196
Devedores por depósitos em garantias 71.320
60.448
Carteira de câmbio 114.789
68.926
Devedores diversos no exterior 2.378 1.621
Devedores diversos país 32.908
22.646
Relações interfinanceiras 36.253 32.410 Imposto de renda e contribuição social a compensar / recuperar 57.053
57.965
Outros impostos a compensar 2.884 3.590
Obras em andamento (SPEs) 8.324 43.755
Outros 8.088 17.947
Total 334.232
309.505
15. Passivos financeiros
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
a) Depósitos de instituições financeiras
31/12/2014 31/12/2013
Depósitos Interfinanceiros
40.569 25.900
Total
40.569 25.900
b) Depósitos de clientes
31/12/2014 31/12/2013
Depósito à vista
180.980 133.162
Depósito à prazo
2.040.650 1.654.646
Total
2.221.630 1.787.808
c) Captações no mercado aberto
31/12/2014 31/12/2013
Títulos emitidos ao custo amortizado
No país
Notas do Tesouro Nacional (compromisso de recompra a liquidar)
14.608 228.389 No exterior Bonds(compromisso de recompra a liquidar)
175.477
-
Total
190.085 228.389
d) Obrigações por empréstimos e repasses
31/12/2014 31/12/2013
Empréstimos e repasses ao custo amortizado Empréstimos 164.000 282.216 Repasses BNDES - 33 Repasses Finame 36 1.142 Repasses no exterior 67.753 103.592 Obrigações no exterior 20.363 18.210
Total 252.152 405.193
e) Obrigações por títulos e valores mobiliários
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
f) Obrigação por operação de venda ou transferência de ativos financeiros
Refere-se basicamente a obrigações com Instituições Financeiras cessionárias em
contratos de cessão de ativos financeiros com retenção substancial de riscos e
benefícios, composto da seguinte forma:
31/12/2014 31/12/2013
Classificação:
Coobrigações em cessões de crédito 784 12.304
Total 784 12.304
Como parte dos acordos de cessão, o Banco proveu garantias de crédito aos
cessionários em relação a eventuais perdas por inadimplência dos empréstimos
cedidos. Assim, o Banco continuou a reconhecer o valor total desses empréstimos em
seu ativo e registrou os valores recebidos pelas cessões como passivos financeiros,
devido à exposição da instituição a desembolsos futuros relacionados ao não
pagamento das operações por parte dos clientes.
Em 31 de dezembro de 2014 o valor da carteira de empréstimos objeto de cessão da
instituição totalizava o montante de R$ 753 mil (R$ 11,8 milhões em 2013), e estão
apresentadas na rubrica “Empréstimos e adiantamentos a clientes”.
31/12/2014 31/12/2013
Títulos emitidos ao custo amortizado
no país
Letras Financeiras
48.030 63.230
Letras de Credito Imobiliário
95.475 87.840
Letras de Credito Agronegócio
70.347 47.478 no exterior Bonds
51.040 -
Total
264.892
198.547
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
16. Provisões
O Sofisa e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos
perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das
operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros
assuntos.
A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos quando à
probabilidade de perda é avaliada como provável, constituiu provisão em montante
considerado suficiente para cobrir as perdas dos respectivos processos, sendo;
Provisões tributárias
O Sofisa vem discutindo judicialmente a legalidade de alguns tributos e contribuições,
sendo a principal questão:
Correção monetária – O Sofisa discute na esfera judicial a dedução na declaração de
ajuste do exercício de 1993 o saldo de correção monetária, corresponde à diferença, no
exercício de 1990, entre a variação do IPC e a do BTNF. Em 31 de dezembro de 2014,
o montante provisionado da causa é de R$ 1.910 (R$ 1.808 em 31 de dezembro de
2013).
Provisões trabalhistas São compostas por ações ajuizadas por ex-funcionários, visando obter indenizações
principalmente com relação ao pagamento de horas extras e respectivos reflexos. A
provisão é constituída com base no valor avaliado para causa pelo assessor jurídico
externo.
Provisões cíveis São compostas por ações de indenização por danos morais e patrimoniais. A provisão é
constituída com base no valor avaliado para causa pelo assessor jurídico externo.
Movimentação das provisões para passivos contingentes
O montante das provisões constituídas e a movimentação no período foram:
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
(a) O valor demonstrado como reversão de provisão, refere-se, a reclassificação
contábil para melhor apresentação da provisão para riscos fiscais de impostos e
contribuições sobre lucros – Cofins no montante de R$ 28.268.
(b) O valor de R$ (1.947) é referente a reclassificação para melhor apresentação das
demonstrações financeiras da obrigação legal da correção monetária.
Os depósitos judiciais apresentados no quadro acima estão registrados na rubrica de
outros ativos (Nota explicativa14).
Nesta rubrica também são contabilizados depósitos no montante de R$ 51.781 (R$
37.323 em 31 de dezembro de 2013) referente ao recolhimento da COFINS; e R$
16.917 depósitos diversos (R$ 3.053). Os saldos de depósitos judiciais totalizam R$
71.320 (R$ 60.448 em 31 de dezembro de 2013).
Contingências ativas e passivas não provisionadas
Ativos contingentes - Em 31 de dezembro de 2014, o Banco Sofisa e Sofisa
Consolidado não possuem ativos contingentes registrados.
Contingências passivas classificadas como possíveis - Existem outros processos
avaliados pelos assessores jurídicos como sendo de risco possível, no montante de R$
Tributárias 2.420 37 (1.947) (b) 1 511 -
Cíveis 4.382 - (468) - 3.914 865
Trabalhistas 2.535 - (354) - 2.181 1.757
Total 9.337 37 (2.769) (2.732) 6.605 2.622
TOTALDepósitos
judiciais
Constituição/
Reversão
31/12/2014
Saldo
inicialAumento Utilização
Passivos contingentes
Saldo inicial Aumento Utilização Reversão Total
Depósitos
judiciais
Passivos contingentes
Tributárias (a) 28.532 2.400 (244) (28.268) 2.420 1.910
Cíveis 4.381 2.179 - (2.178) 4.382 7.392
Trabalhistas 2.130 790 - (385) 2.535 1.715
Total 35.043 5.369 (244) (30.831) 9.337 11.017
31/12/2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
106.109 (75.153 em dezembro 2013), assim distribuídos: i) Tributárias R$ 30.092 dos
quais substancialmente R$ 15.566 referem-se a questionamentos de IRPJ e CSLL e R$
2.344 a questionamentos de PIS e de COFINS (R$ 37.354 em dezembro de 2013), ii)
Trabalhistas R$ 68.605 (R$ 82.625 em dezembro de 2013), iii) Cíveis R$ 7.412 (R$
3.764 em dezembro de 2013). Nenhuma provisão foi constituída para estes processos,
tendo em vista que as práticas contábeis adotadas no Brasil não requerem sua
contabilização.
O Banco possui ações relacionadas à COFINS apuradas em conformidade com a Lei nº
9.718/1998 nos períodos de abril de 2000 a março de 2004 no montante de R$ 49.390
cujo prazo para cobrança está prescrito. Desta forma e por entender que há excelentes
argumentos para que o Banco não seja impelido ao pagamento deste suposto débito de
COFINS, entendimento esse corroborado pela opinião dos advogados do Sofisa, os
referidos valores não foram provisionados.
17. Outros Passivos
a) Passivos fiscais correntes:
2014 2013
Impostos e Contribuições sobre lucros a pagar
25.851 22.987 Refis (1)
43.555 43.184
Impostos e Contribuições a recolher
61.213 49.862
Total
130.619 116.033
1) Programa REFIS aderido em 27 de novembro de 2009 pelo Sofisa com os
benefícios da Lei 11.941/2009, com opção pelo pagamento parcelado em 180
31/12/2014 31/12/2013
Credores diversos 30.048 25.209
Resultado de exercícios futuros 64 240
Carteira de câmbio 96.760 64.989
Transferência de recursos (b) 41.523 -
Pagamentos a efetuar 5.105 10.312
Dividendos a pagar 791 8.333
Impostos e contribuições correntes (a) 130.619 116.033
Emissão de Global Notes 13.796 65.876
Outros 13.059 15.884
Total 331.765 306.876
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
meses do débito consolidado da COFINS do período de 09/2004 a 09/2008 no valor de R$ 43.555.
Em novembro de 2013, o Sofisa aderiu ao programa de parcelamento e pagamento à vista de débitos tributários, com anistia para liquidação de débitos administrados pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), instituído pelo art. 17 da Lei nº 12.865/13, que reabriu, até 30 de setembro de 2014, o prazo para adesão ao programa previsto na Lei nº 11.941/09, com relação à COFINS de que trata o capítulo I da Lei nº 9.718/98, devidos por Instituições Financeiras e Companhias Seguradoras, nos moldes preconizados pelo art. 1º § 7 e seguintes, para liquidar integralmente o parcelamento.
Em 30 de novembro de 2013 recolheu aos cofres da União o valor correspondente ao saldo consolidado da dívida, com os benefícios descritos acima, no valor de R$ 43.555 o qual está registrado em “Outros Créditos – Diversos” (Nota Explicativa nº17.a).
b) Valores recebidos de bancos correspondentes, cujo o repasse ocorre no dia seguinte (TED’s).
18. Participação de Não Controladores
31/12/2014 31/12/2013
Participação de não controladores 3.601 5.634
3.601 5.634
Lucro/Prejuízo atribuível à não controladores (959) (1.713)
(959) (1.713)
19. Patrimônio Líquido
a) Capital Social
O capital social subscrito e integralizado é representado e dividido em 97.140.150 ações
ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal, e 40.607.271 ações
preferenciais nominativas, escriturais e sem valor nominal. O Banco não possui ações
em tesouraria em 31 de dezembro de 2014 e 2013.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
2014 e 2013
Ações
Ordinárias
(ON)
Ações
Preferenciais
(PN)
Total
Domiciliados no Brasil 97.140.150
40.607.271
137.747.421
Total de ações 97.140.150
40.607.271
137.747.421
b) Composição das participações acionárias
Os membros do Conselho de Administração, Controladores e Diretoria possuem a
seguinte participação acionária no Banco Sofisa.
c) Redução de Capital
Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 30 de janeiro de 2014, foi deliberada
a redução de capital da Sociedade, em R$ 50.000 (cinquenta milhões de reais),
passando de R$ 685.700 (seiscentos e oitenta e cinco milhões, setecentos mil reais)
para R$ 635.700 (seiscentos e trinta e cinco milhões, setecentos mil reais), sem
redução do número de ações, mantendo-se inalterado o percentual de participação dos
acionistas no capital social da Sociedade. A aprovação da AGE foi realizada pelo
BACEN no dia 6 de junho de 2014.
Ações Ações Ações Ações Total de Total de
Administradores Ordinárias Ordinárias (%) Preferenciais Preferenciais (%) Ações Ações (%)
Controlador 80.900,690 83,28% 10.382,644 25,57% 91.283,334 66,27%
Conselho de Administração 8.120,854 8,36% 3.737,116 9,20% 11.857,970 8,61%
Diretoria - 0,00% - 0,00% - 0,00%
Conselho Fiscal - 0,00% - 0,00% - 0,00%
Outros 8.118,606 8,36% 26.487,511 65,23% 34.606,117 25,12%
Total 97.140,150 100,00% 40.607,271 100,00% 137.747,421 100,00%
"Quantidades expressas em milhares de ações"
Ações Ações Ações Ações Total de Total de
Administradores Ordinárias Ordinárias (%) Preferenciais Preferenciais (%) Ações Ações (%)
Controlador 89.019,744 91,64% 12.934,260 31,85% 101.954,004 74,02%
Conselho de Administração 1,800 0,00% 821,600 2,02% 823,400 0,59%
Diretoria - 0,00% - 0,00% - 0,00%
Outros 8.118,606 8,36% 26.851,411 66,13% 34.970,017 25,39%
Total 97.140,150 100,00% 40.607,271 100,00% 137.747,421 100,00%
"Quantidades expressas em milhares de ações"
31.12.2014
31.12.2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
d) Reserva de capital
A reserva de capital, nos termos da Lei 6.404/76, somente poderá ser utilizada para (i)
absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros;
(ii) incorporação ao capital social; (iii) cancelamento de ações em tesouraria; e (iv)
pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for
assegurada.
e) Reserva de lucros
A conta de reserva de lucros do Banco é composta por reserva legal e reserva
estatutária. O saldo das reservas de lucros não poderá ultrapassar o capital social do
Banco, e qualquer excedente deve ser capitalizado ou distribuído como dividendo.
Reserva legal - Nos termos da Lei 6.404/76 e do estatuto social, o Banco deve destinar
5% do lucro líquido de cada exercício social para a reserva legal. A reserva legal não
poderá exceder 20% do capital integralizado do Banco. Ademais, o Banco poderá
deixar de destinar parcela do lucro líquido para a reserva legal no exercício em que o
saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital, exceder a 30% do
capital social.
Reserva estatutária - Nos termos da Lei 6.404/76, o Estatuto Social pode criar reservas,
desde que determine a sua finalidade, o percentual dos lucros líquidos a ser destinado
para essas reservas e o valor máximo a ser mantido em cada reserva estatutária. A
destinação de recursos para tais reservas não pode ser aprovada em prejuízo do
dividendo obrigatório. O Banco constituiu reserva estatutária de 100% do lucro líquido,
após a dedução de 5% da reserva legal,da dedução de pagamento de juros sobre o
capital próprio, visando à manutenção de margem operacional compatível com o
desenvolvimento das operações ativas do Banco.
Juros sobre o capital próprio e dividendos
O estatuto social do Sofisa assegura aos acionistas o direito de um dividendo mínimo de
25% do lucro líquido anual ajustado na forma da lei, podendo, alternativamente, ser
distribuído na forma de Juros sobre o Capital Próprio (“JCP”).
Em RCA realizada em 25 de março de 2014 o Conselho de Administração aprovou o
pagamento aos acionistas dos valores provisionados para JCP, no valor bruto de R$ 6,0
milhões e de dividendos no valor de R$ 2,5 milhões que foi realizado em 08 de abril de
2014.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Em RCA`s realizadas em 4 de Novembro de 2014 e 16 de Dezembro de 2014 foram
aprovados os pagamentos aos acionistas, a serem imputados aos dividendos mínimos
obrigatórios referentes ao exercício de 2014, conforme previsto no artigo 9º, parágrafo
7º, da Lei no. 9.249/1995, ad referendum da Assembleia Geral da Sociedade a ser
realizada em 2015.
Proventos referentes
ao(s) resultado(s)
do(s) exercício(s) de
Data da declaração
de pagamentos
Valor bruto
total (R$)
Valor por ação ON e PN
Data de
pagamento Valor
(R$)
Bruto
JCP RCA 25.03.2014 6.000.000,00 0,043557984 | 0,037024287 08.04.2014
Dividendos RCA 25.03.2014 2.500.000,00 0,018149160 08.04.2014
Dividendos RCA 04.11.2014 11.500.000,00 0,083486137 14.11.2014
Dividendos RCA 16.12.2014 10.000.000,00 0,07259664 30.12.2014
f) Ajustes de avaliação patrimonial
Os saldos da rubrica “Ajustes de avaliação patrimonial” incluem os valores, líquidos dos
efeitos tributários correspondentes, dos ajustes dos ativos e passivos reconhecidos
temporariamente no patrimônio apresentadas na demonstração das mutações do
patrimônio líquido e receitas e despesas reconhecidas até que sejam extintos ou
realizados, quando são reconhecidos definitivamente nas demonstrações consolidados
do resultado consolidada.
20. Receita com juros e similares
Receitas com juros e similares na demonstração do resultado consolidada compõem-se
de juros acumulados no ano sobre todos os ativos financeiros, calculados aplicando-se
o método dos juros efetivos, independentemente da medição do valor justo.
2014
2013
Instrumentos de dívida
27.650
51.818 Empréstimos a instituições financeiras
3.053
25.443 Empréstimos e adiantamentos a clientes
353.107
313.838
Total
383.810
391.099
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
21. Despesas com juros e similares
Despesas com juros e similares na demonstração do resultado consolidada compõem-
se de juros acumulados no ano sobre todos os passivos financeiros, calculada
aplicando-se o método dos juros efetivos, independentemente da medição do valor
justo.
2014 2013
Obrigações por empréstimos e repasses
(52.408)
(61.810)
Depósitos interfinanceiros
(3.082)
(1.886)
Depósitos a prazo
(220.191)
(185.954)
Operações compromissadas
(15.387)
(9.162)
Captações no mercado aberto
(17.464)
(6.107)
Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários
(13.772)
(15.608)
Total
(311.580)
(280.528)
22. Receitas de tarifas e comissões
A rubrica "Receitas de tarifas e comissões" é composta pelos valores de todas as tarifas
e comissões acumuladas em favor do Banco no ano, exceto aquelas que fazem parte
da taxa de juros efetiva sobre instrumentos financeiros.
2014
2013
Comissão de Fiança
584
1.056
Tarifas de contas de clientes
13.324
10.864
Total
13.908
11.920
23. Despesas de tarifas e comissões
A rubrica "Despesas de tarifas e comissões" mostra o valor de todas as tarifas e
comissões pagas ou a pagar no ano, exceto aquelas que fazem parte da taxa de juros
efetiva sobre instrumentos financeiros.
A composição do saldo dessa rubrica está demonstrada a seguir:
2014
2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Comissões
-
(1.094)
Serviços bancários
(6.177)
(6.571)
Total
(6.177)
(7.665)
24. Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos)
Os ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros são compostos pelos valores dos
ajustes de avaliação dos instrumentos financeiros, exceto os ganhos não realizados de
ativos financeiros disponíveis para venda, reconhecidos no outro resultado abrangente.
2014 2013 Ativos financeiros
Para negociação (6.560) 12.616
Disponíveis para a venda 78.194 24.429
Instrumentos financeiros derivativos 15.419 (3.705)
Total 87.053 33.340
Sendo:
Para negociação (6.560) 12.616
Instrumentos de patrimônio (6.560) 12.616
Disponível para a venda 78.194 24.429
Instrumento de dívida 78.194 24.429
Instrumentos financeiros derivativos 15.419 (3.705)
Instrumentos financeiros derivativos 15.419 (3.705)
25. Variações Cambiais líquidas
As variações cambiais mostram, basicamente, os ganhos e perdas nas negociações de
moeda, as variações que surgem nas conversões de itens monetários em moeda
estrangeira para moeda funcional e os ganhos ou as perdas divulgadas para ativos não
monetários em moeda estrangeira no momento da alienação.
26. Despesas com Pessoal
2014
2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Proventos
(26.882)
(35.155)
Honorários
(5.765)
(7.769)
Benefícios e treinamento
(5.350)
(5.670)
Encargos sociais
(12.002)
(14.869)
Participação nos Lucros e Resultados
(10.560)
(3.091)
Total
(60.559)
(66.554)
27. Despesas tributárias
A rubrica “Despesas tributárias” nas demonstrações consolidados de resultados, refere-se, a:
2014
2013
Tributos Federais
(20.484)
(20.307)
Cofins
(9.959)
(8.896)
Pis
(1.544)
(1.496)
Multas/juros sobre recolhimento de IRRF (3.792) (2.232)
Homologação REFIS Contribuição Social - (439)
Diferenças a pagar IR e CS exercícios anteriores - (609)
Outros
(5.189)
(1.715)
Tributos municipais
(1.887)
(2.364)
Tributos estaduais
(651)
(1.205)
Total
(23.022)
(23.876)
28. Outras despesas administrativas
2014
2013
Propaganda e publicidade (56)
(650)
Comunicações (1.772)
(1.823)
Manutenção e conservação de bens (1.647)
(1.692)
Aluguéis (5.396)
(3.659)
Contribuições filantrópicas (367)
(301)
Processamento de dados (2.172)
(1.303)
Promoções e relações públicas (2.312)
(4.405)
Seguros (844)
(1.841)
Serviços de terceiros (3.239)
(3.582)
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Serviços especializados (9.926)
(10.530)
Transporte (4.152)
(4.458)
Acordos trabalhistas e cíveis (4.076) (5.788)
Outras -
(248)
Total (35.959) (39.694)
29. Outras receitas (despesas) operacionais
2014
2013
Outros resultados operacionais
-
2.131
Variações monetárias ativas 7.978 6.094
Variações cambiais ativas 5.824 4.700
Reversão de IRPJ e CSLL ex. anterior - 2.601
Benefício REFIS Cofins - 5.530
Comissões seguros Zurich - 950
Provisões para contingências cíveis e trabalhistas
(474)
(1.654)
Total
11.635
20.352
30. Resultado na alienação de ativos não correntes mantidos para venda
O prejuízo no montante de (R$ 2.666) em 2014 (21.094 em dezembro de 2013), refere-
se a prejuízos pontuais em Bens não de Uso Próprio . Esses prejuízos ocorridos em
2014 são casos pontuais e únicos que não se repetem.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
31. Imposto de Renda e Contribuição Social
c) Cálculo efetivo das alíquotas de imposto:
IR CSLL IR CSLL
Resultado antes da tributação sobre o lucro 75.247 75.247 19.775 19.775
(-) Juros sobre capital próprio - - (6.000) (6.000)
(+) Resultado de não controladores 959 959 (1.713) (1.713)
Base de cálculo 76.206 76.206 12.062 12.062
Adições temporárias: 82.563 44.069 116.035 25.257
Perdas por redução ao valor recuperável 26.864 26.864 5.823 5.823
Ajuste a valores a mercado 512 512 4.638 4.638
Impostos provisionados e não pagos 15.672 15.672 11.771 11.771
Contingências fiscais, trabalhistas e cíveis 38 38 524 524
Insuficiência de depreciação 38.494 - 90.778 -
Ajustes IFRS 983 983 2.501 2.501
Adições permanentes: 909 942 6.200 6.200
Impostos de renda pago de exercício anterior - - - -
Multas indedutíveis 57 57 188 188
Outras 852 885 6.012 6.012
Exclusões: (77.531) (77.531) (31.874) (31.874)
Perdas no recebimento de crédito (73.230) (73.230) - -
Outras (4.301) (4.301) (31.874) (31.874)
Lucro Real e Base de cálculo da CSLL 82.147 43.686 102.423 11.645
(-) Prejuízo Fiscal e BC Negativa CSLL (21.913) (10.374) (30.427) (3.194)
Lucro Real e Base de Cálculo IR e CSLL 60.234 33.312 71.996 8.451
Encargos às alíquotas de 15% para IR e CSLL (9.398) (4.943) (13.572) (2.970)
Adicional de 10% de IR (6.000) - (8.252) -
Impostos correntes (15.398) (4.943) (21.824) (2.970)
Conciliação do resultado
Constituição valores correntes (15.398) (4.943) (21.824) (2.970)
Impostos de renda diferido 9.625 - 24.638 376
Constituição de créditos tributários (adições temporárias) 11.384 6.637 21.258 12.754
Constituição de créditos tributários sob Prejuízo Fiscal e BC negativa CSLL - - - -
Realização créd. tributário (Reversão de adições temporárias) (18.308) (10.985) (16.189) (9.713)
Realização créd. tributário (s/Comp.Prej. Fiscal e BC neg. CSLL (5.871) (1.348) (7.609) (478)
(=) Efeito líquido dos impostos diferidos (12.795) (5.696) (2.540) 2.563
(Despesa) Receita com Imposto de Renda e Contribuição Social (18.568) (10.639) 274 (31)
2014 2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
32. Garantias Prestadas
O Banco oferece uma série de garantias para que os seus clientes melhorem sua
posição de crédito e estejam aptos a competir. O quadro abaixo apresenta todas as
garantias em 31 de dezembro de 2014 e 2013.
2014
2013
Garantias prestadas a Instituições Financeiras
6.251
15.333
Garantias prestadas a pessoas físicas e jurídicas
10.785
24.600
Total
17.036
39.933
São fornecidas aos clientes do Banco garantias financeiras em compromissos com
terceiros. Há o direito de cobrar, dos clientes, o reembolso de qualquer valor que o
Banco tenha de pagar devido a essas garantias. Esses contratos estão sujeitos à
mesma avaliação de crédito realizada para os empréstimos.
33. Transações com partes relacionadas
a) Remuneração da Administração
A remuneração máxima aprovada em Assembleia para os exercícios de 2014 e 2013 é
de R$ 10.000, tendo sido distribuído aos administradores no exercício findo em 31 de
dezembro de 2014 o montante de R$ 7.358 (R$ 10.092 em 2013) da seguinte forma:
2014
2013
Honorários
5.761
7.769
Gratificações - PLR
47
25
Encargos sociais
1.550
2.298
Total
7.358
10.092
Os benefícios de curto prazo a administradores estão representados basicamente por
ordenados, salários e contribuições para a seguridade social, licença remunerada e
auxílio-doença pago, participação nos lucros e bônus (se pagáveis no período de doze
meses após o encerramento do exercício) e benefícios não monetários (tais como
assistência médica e automóveis).
b) Benefícios de longo prazo e pós-emprego
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
O Banco Sofisa não possui benefícios pós-emprego e nem de longo prazo para o pessoal chave da Administração.
34. Gerenciamento de Riscos financeiros
O Banco Sofisa está exposto aos diversos riscos provenientes do uso de instrumentos
financeiros e por tal motivo possui uma estrutura para identificação, mensuração e
monitoramento contínuos composta por diretoria, conselho e comitês que atuam sobre
os riscos assim classificados:
- Risco de crédito
- Risco de liquidez
- Riscos de mercado
- Riscos operacionais
- Gestão de Capital
1) Risco de crédito
O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas
ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações
financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente
da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou
remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de
recuperação.
Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito
Dentro das melhores práticas de governança e em linha com os requerimentos da Resolução 3.721 de 30 de Abril de 2009 do Banco Central do Brasil, o Banco Sofisa conta com uma estrutura de Gerenciamento de risco de crédito distribuída entre diversas áreas do Banco visando a identificação, mensuração, controle e mitigação dos riscos de crédito associados a cada uma das instituições financeiras do Grupo e empresas do consolidado econômico-financeiro, provendo a Diretoria de instrumentos, ferramentas e informações que possibilitem a melhor tomada de decisão para mitigar a possibilidade de perdas. O gerenciamento do risco de crédito no Banco Sofisa tem como base principal os seguintes componentes:
i. Metodologia de Rating
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
O Banco Sofisa utiliza modelo de avaliação de clientes baseado em classificação de rating que leva em consideração a situação econômico-financeira do cliente, sua capacidade de geração de caixa, o setor e a região geográfica em que atua. Esse rating define o potencial do cliente em honrar seus compromissos financeiros. As avaliações e classificações dos clientes são revisadas sistematicamente conforme evolução de suas atividades próprias e com o Banco.
ii. Avaliação de risco de crédito produtos e operações
Novos produtos e operações são avaliados previamente de acordo com suas características de risco de crédito e um monitoramento tempestivo é realizado de forma identificar evoluções diferentes das esperadas ou projetadas.
iii. Monitoramento de Clientes e Garantias
Os clientes são monitorados de forma contínua, por uma Unidade de Monitoramento, através do acompanhamento de atividades da empresa, de verificação de informações das qualidades creditícias obtidas de provedores privados e órgãos públicos além da verificação do cumprimento dos compromissos acordados com o Banco. As garantias vinculadas às operações também são monitoradas de forma contínua quanto à sua qualidade e limites. A identificação da deterioração da qualidade creditícia, seja do cliente, seja das garantias gera ação imediata dos gestores comerciais no sentido da adequação das garantias para o Banco.
iv. Análises da Carteira Consolidada
Concentração: Para avaliação do risco de crédito são efetuadas avaliações dos níveis de concentração de risco por cliente, setor, região geográfica conforme a estratégia e limites de diversificação definidos pela diretoria. Cenários de Estresse: são efetuados estudos periódicos do risco potencial em cenários
de estresse visando as adequações necessárias frente aos limites estabelecidos
incluindo nível de capital regulatório e econômico. Os cenários considerados abrangem
sazonalidades, ciclos econômicos e mudanças significativas nas premissas do mercado
além de cenários de comportamentos extremos de mercado verificados no passado.
Unidades de Controle de Risco de Crédito
Todos os controles relativos ao gerenciamento do risco de crédito são efetuados por
uma unidade específica, independente das áreas de negócio que provê as áreas
gestoras, nos seus vários níveis, com relatórios e informes tempestivos.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
O Banco Sofisa adota estruturas de alçadas de decisão cujo fórum maior é o Comitê de
Crédito com participação dos responsáveis pelas unidades de Crédito, Comercial,
Jurídica e de Renegociação.
Exposição máxima ao risco de crédito
O valor contábil dos ativos financeiros e os saldos off balance representam a exposição
máxima do crédito. A exposição máxima do risco de crédito na data das demonstrações
financeiras é conforme demonstrado abaixo:
EXPOSIÇÃO MÁXIMA AO RISCO DE CRÉDITO 31/12/2014 31/12/2013
Empréstimos e adiantamento a clientes
Exposição Bruta Garantias
Exposição Líquida
Operações com redução ao valor recuperável individual (I)
50.728 73.751
Perda por redução ao valor recuperável
(36.182) (32.080)
Saldo
14.546 41.671
Operações com redução ao valor recuperável coletivo
1.992.430 1.739.940
Perda por redução ao valor recuperável (II)
(8.649) (13.495)
Saldo
1.983.782 1.726.445
Total de empréstimos e adiantamentos a clientes bruto
2.043.158
1.654.948
388.210 1.813.690
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito (III)
74.248 -
74.248 34.607
Total de empréstimos e adiantamentos bruto
2.117.406
1.654.948
462.458 1.848.297
Instrumento de dívida
1.084.679 1.084.679 1.022.119
Instrumento de patrimônio
24.116 24.116 39.148
Derivativos
20.877 20.877 20.431
A tabela acima representa a exposição máxima ao risco de crédito para o Banco em 31
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
de dezembro de 2014 e 2013 (exposição bruta), e considerando as garantias ou outras melhorias de crédito agregadas (garantias e exposição líquida). Para ativos registrados no balanço patrimonial, as exposições descritas acima são baseadas em valores contábeis líquidos, conforme reportados no balanço patrimonial.
Empréstimos e recebíveis com redução ao valor recuperável (I) (II) Empréstimos e recebíveis (também chamados de empréstimos) com redução ao valor
recuperável (outros que não aqueles a valor justo contra resultado) são aqueles para os
quais o Banco determina que provavelmente não conseguirá recuperar todo o principal
e os juros devidos de acordo com os termos contratados.
As evidências objetivas de redução ao valor recuperável estão descritas na nota
explicativa nº 2, item k, subitem ix.
Como regra geral, os valores mensuráveis de garantias constituídas serão utilizados
como mitigadores e redução de percentual de perda por não recuperação a ser
aplicado, assim como quando houver amortização significativa da operação ou quando
fatos novos relevantes justificarem a redução do percentual de perda por não
recuperação.
O valor das garantias (estoques e mercadorias, imóveis, fianças, máquinas e
equipamentos, garantias internacionais, duplicatas, garantias com e sem warrant,
aplicações financeiras - CDB) envolvidas nas operações com redução ao valor
recuperável é de R$ 1.654.948 em 31 de dezembro de 2014 (R$ 1.531.750 em 2013).
Empréstimos e recebíveis com termos renegociados Operações de empréstimos e recebíveis com prazos renegociados correspondem às transações que foram reestruturados em razão da deterioração da posição financeira dos tomadores, e nos casos em que o Banco Sofisa fez acordos e concessões que não consideraria em outras situações. Uma vez que o empréstimo é reestruturado, este continua nesta categoria independentemente de ter desempenho satisfatório após a reestruturação. O saldo contábil dos créditos renegociados ativos em 31 de dezembro de 2014 é de R$ 12.936 (R$ 16.607 em 31 de dezembro de 2013) e o desconto concedido nas renegociações durante o exercício de 2014 foi de R$ 7.218 (R$ 10.800 em 2013) que estão contabilizados na rúbrica de “Perdas por redução ao valor recuperável”.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
O total de recuperação de créditos baixados em períodos anteriores foi de R$ 6.417 em 2014 (R$ 10.836 em 2013) e está contabilizado na rubrica “Receita com juros e similares”. Provisões para redução ao valor recuperável
O Banco estabelece uma provisão para perdas por redução ao valor recuperável sobre
ativos financeiros avaliados ao custo amortizado, que representa sua estimativa das
perdas que poderão ser incorridas em sua carteira de empréstimos. Os principais
componentes dessa provisão são um componente de perda específica que se refere às
exposições individualmente significativas, e uma provisão coletiva para perdas em
empréstimos estabelecida para grupos de ativos homogêneos baseado em perdas
incorridas, mas não identificadas nos empréstimos sujeitos à avaliação individual de
redução ao valor recuperável. Ativos avaliados ao valor justo contra resultado não são
testados para fins de redução ao valor recuperável, pois o valor justo reflete a qualidade
de crédito de cada ativo.
Para a identificação da redução ao valor recuperável, em operações individualmente
significativas, são utilizadas evidências objetivas de deterioração do risco de crédito, tais
como, a inadimplência superior a sessenta dias, monitoração das garantias, negócios e
qualidade creditícia do cliente junto aos serviços de monitoração de crédito.
Para as operações identificadas com evidência objetiva de redução ao valor recuperável
deverá ser avaliada a expectativa de recuperação de crédito, considerando aspectos
como, o risco total do cliente, capacidade de pagamento do devedor, prazo,
probabilidade de recuperação e outros aspectos significativos para avaliar a capacidade
de recuperação do crédito em situação de redução ao valor recuperável.
A Administração avalia em cada data de fechamento de balanço, o comportamento de
risco de ativos financeiros e de grupos de ativos financeiros a fim de identificar a
necessidade de reconhecimento de provisão para perdas incorridas e não identificadas,
de acordo com o IAS 39.58. Em caso de evidência de que um ativo financeiros ou grupo
de ativos financeiros apresente problemas de recuperação, deve ser constituída a
provisão para impairment.
As evidências objetivas de redução ao valor recuperável estão descritas na nota
explicativa nº 2, item k, subitem ix.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Política de baixa
O Banco baixa o saldo de um empréstimo ou instrumento de dívida (e as respectivas
provisões para perdas por redução ao valor recuperável com empréstimos atrasados)
quando o, Comitê de Crédito e/ou Comitê Jurídico consideram que os empréstimos
são incobráveis devido à ocorrência de mudanças significativas na situação financeira
do tomador/emitente que indiquem que ele não poderá pagar a obrigação e/ou que as
garantias serão insuficientes para saldar a exposição existente e foram exauridas as
alternativas de negociação do crédito.
O saldo de R$ 27.508 foi baixado conforme descrito na nota explicativa 10e.
Garantias Recebidas
O Banco detém garantias contra empréstimos e recebíveis aos clientes. A base da
qualificação das garantias é julgamental e definida pelo Comitê de Crédito do Banco. O
Banco não está autorizado a vender ou reapresentar a garantia na ausência de
descumprimento por parte do detentor da garantia.
Abaixo apresenta-se uma lista das principais garantias utilizadas como instrumentos de
mitigação do risco de crédito nas operações e seus respectivos valores justos em 31 de
dezembro de 2014 e 2013.
O valor das garantias foi estimado segundo os seguintes critérios:
31/12/2014 31/12/2013
Duplicatas 1.307.208 1.063.447
Cheques pré-datados 21.672 30.161
Recebíveis - Cessão Fiduciária 89.901 197.538
Coobrigação de instituições financeiras 407 21.728
Alienação - Imóveis 115.979 54.493
Warrant e Penhor Mercantil 11.768 21.383
Saques de empresas do exterior 25.061 15.570
Contratos e Travas de Domicílio Bancário 3.245 4.873
Consignação de folha de pagamento / CDC - 15.391
Investimentos financeiros 41.630 30.656
Alienação - máquinas e equipamentos 2.354 1.108
Alienação fiduciária de Veículos 35.723 75.402
Total 1.654.948 1.531.750
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Garantias em operações / clientes com evidências de impairment analisados individualmente: o Comitê Jurídico de Recuperação de Crédito avaliou as garantias individualmente estimando o seu Valor Recuperável.
O segundo grupo é constituido de dois sub-grupos de operações / clientes:
Garantias em operações / clientes com evidência de impairment não avaliados de forma individual e
garantias em operações / clientes sem evidência de impairment:
Para ambos os sub-grupos, o critério de avaliação das garantias é o seguinte:
o Duplicatas: o valor dessas garantias é obtido pela aplicação do percentual mínimo de garantias exigidas multiplicado pelo valor atualizado da operação;
o Notas Promissórias: consideradas como tendo valor de garantia nulo.
o Outras garantias: foram consideradas como tendo valor igual ao das operações às quais estão associadas. Esse critério é adotado devido ao fato que para operações com essas garantias sempre é exigido garantias com valores superiores à 100%.
A composição dos ativos não-financeiros obtidos pelo Banco Sofisa pela tomada de posse de garantias mantidas como empréstimos e recebíveis está apresentada na nota explicativa nº 11 – Ativos não correntes mantidos para venda. Nos casos em que garantias reais tenham sido executadas a estratégia do Banco Sofisa é realizar a venda desses ativos, com a realização de leilões que são divulgados previamente ao mercado, a fim de recuperar os valores de empréstimos e recebíveis não honrados. Concentração de risco de crédito O Banco monitora concentrações de risco de crédito por setor industrial. Apresentamos abaixo uma análise das concentrações de risco de crédito nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 para a carteira de empréstimos e recebíveis da instituição. a) Por Setor
2014 2013
Indústria, Comércio e Instituições Financeiras 2.069.274 1.795.358
Empréstimos a pessoas físicas 48.132 52.939
Total 2.117.406 1.848.297
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
b) Concentração dos Principais devedores
31/12/2014
31/12/2013
Valor % Sobre a
carteira
Valor % Sobre a carteira
Principal devedor
30.455 1,49
30.506 1,67
10 Maiores
261.706 12,82
230.364 12,57
20 Maiores
338.166 16,57
396.687 21,65
50 Maiores
499.487 24,47
749.205 40,90
100 Maiores
457.050 22,39
1.123.136 61,31
Avais e fianças Adicionalmente, o valor de fianças e garantias prestadas – não honradas pelo Banco Sofisa é de R$ 17.036 (R$ 39.933, em 31 de dezembro de 2013), conforme detalhado na nota explicativa 32: Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 não existiam evidências de perda por redução ao valor recuperável com relação as fianças e garantias prestadas.
Transferência de ativos financeiros que não são desreconhecidos No ano de 2014 em seu curso de negócios, o Banco efetuou transações que resultaram na transferência de ativos financeiros representados por títulos e valores mobiliários de emissão pública e empréstimos e recebíveis para clientes. De acordo com as condições das operações, os ativos financeiros transferidos continuam sendo reconhecidos em sua totalidade nos livros da instituição. O Banco transfere ativos financeiros através das seguintes operações:
a) Venda com compromisso de recompra Venda com compromisso de recompra são transações nas quais o Banco vende um título, em sua maioria de emissão pública, e simultaneamente, se compromete a comprar esse mesmo título com preço fixo, em data futura. O Banco continua reconhecendo o título em sua totalidade no balanço patrimonial porque os riscos e benefícios dos títulos foram substancialmente retidos, isto é, qualquer mudança de valor de mercado e os rendimentos que o título oferece são de inteira responsabilidade do Banco. Abaixo, demonstramos nas rubricas os saldos que contemplam as operações:
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Venda com compromisso de recompra
31/12/2014
31/12/2013
Ativo
Ativos financeiros disponíveis para venda
15.435
244.640
Títulos públicos federais
15.435
244.640
Passivo Associado
Passivos financeiros ao custo amortizado (nota explicativa 15.)
(190.085)
(228.389)
Títulos públicos federais (compromisso de recompra a liquidar)
(190.085)
(228.389)
Total
(174.650)
16.251
b) Cessão de crédito com retenção substancial de riscos e benefícios
O Banco transfere o direito de receber o fluxo financeiro futuro dos ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis, ao cessionário, mediante recebimento de uma quantia em caixa, calculada na data da transferência. Contudo o Banco continua reconhecendo em seu balanço patrimonial, os saldos dos ativos financeiros em rubricas destacadas porque os riscos e benefícios dos títulos foram substancialmente retidos, isto é, qualquer situação de inadimplência ocorrida nos recebíveis transferidos é de inteira responsabilidade do Banco. Por conta dessa responsabilidade perante o cessionário, um passivo associado é reconhecido. Abaixo, demonstramos nas rubricas os saldos que contemplam as operações:
Cessão de crédito com retenção substancial de riscos e benefícios
31/12/2014
31/12/2013
Ativo
Empréstimos e recebíveis (nota explicativa 15f)
753
11.810
Passivo Associado
Obrigação por operação de venda ou transferência de ativos financeiros
(784)
(12.304)
Total
(31)
(494)
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
2) Risco de liquidez
Definição
Entende-se como liquidez a capacidade de uma instituição de honrar os seus
compromissos financeiros no vencimento, incorrendo em pouca ou nenhuma perda. O
risco de liquidez é traduzido pela possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar
seus compromissos no vencimento, ou somente fazê-lo com elevadas perdas.
Gestão de risco de liquidez
I. Estrutura de gestão de liquidez
A estratégia e as políticas relacionadas à gestão de liquidez são aprovadas pela
Diretoria e Conselho de Administração e comunicada a todos os intervenientes
no processo de gestão de liquidez.
O banco possui uma estrutura de gestão que efetivamente coloca em prática sua
estratégia de liquidez. Esta estrutura inclui tanto a Unidade de Tesouraria como
a de Riscos Financeiros, e garante que a liquidez é efetivamente gerenciada e
que as políticas e procedimentos para tal são apropriados para controlar e limitar
o risco de liquidez.
A estrutura de gestão segue os procedimentos definidos para controle do risco, e
a diretoria é informada regularmente da situação de liquidez em que o banco se
encontra, e se existem alterações significativas em sua posição atual de liquidez
ou perspectivas para tal.
O banco possui sistemas de informação adequados para medir, monitorar e
controlar seu risco, além de reportá-lo. Os relatórios são preparados diariamente
para o Comitê Financeiro, que realiza reuniões semanais específicas para
discutir a liquidez do banco.
II. Políticas e procedimentos para gestão de liquidez
As políticas e procedimentos de gestão de liquidez são definidos e comunicados
para toda a instituição. A diretoria é responsável pela definição e adequação
destas políticas e procedimentos ao controle de liquidez, enquanto a Unidade de
Riscos Financeiros é responsável por sua implementação.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
III. Monitoramento dos limites de liquidez
Segue descritivo dos limites operacionais utilizados para o monitoramento e
controle de liquidez:
1- Colchão de liquidez: Garantir um colchão de Liquidez adequado à estratégia de
negócio do Banco.
2- Concentração de Depositantes: Garantir a diversificação de fontes de captação.
3- Estoque de CDBs com Liquidez: Mitigar o risco de saques não programados que
possam comprometer a Liquidez do Banco.
4- Alavancagem: Manter o equilíbrio desejado entre a carteira de ativos e o PL do
Banco.
Segue abaixo alguns indicadores de 31 de dezembro de 2014 que comentamos acima:
Acompanhamento Limites de Liquidez Valores em R$
Item Máx. / Mín. no Mês
1. Colchão de Liquidez Cenário Normal Mín. 700.811
(Ativos de Alta Liquidez)
2. Concentração Depositantes Máx. 112.117
3. CDB com liquidez diária Máx. 325.372
(Estoque máximo) 4. Grau máximo de alavancagem
Máx. 3,1 (Carteira Empresas / PL)
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
IV. Montagem do Fluxo de Caixa:
A modelagem de fluxo de caixa visa a verificar o fluxo de caixa temporal de
todos os ativos (principal e juros) e de todos os passivos, de acordo com as
características das transações da instituição. A análise de fluxo de caixa é
utilizada na avaliação da liquidez da instituição, uma vez que permite mapear
todos os ativos e passivos da instituição no horizonte de tempo. O Fluxo de
caixa gerencial, utilizado pela gestão, e construído à partir do cenário constante
em nosso Planejamento Estratégico e à partir das premissas de rolagem
definidas pela Diretoria.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
A seguir apresentamos o balanço contábil baseado no prazo de vencimento de ativos e
passivos
Até 90 dias De 91 a 360 dias Acima de 360 dias Total
ATIVO
Caixa e equivalentes de caixa 131.471 - - 131.471
Ativos financeiros 93.763 132.420 903.489 1.129.672
Ativos financeiros avaliados ao valor justo 93.763 132.420 903.489 1.129.672
Instrumentos de dívida 68.645 125846 890.188 1.084.679
Instrumentos de patrimônio 24.116 - - 24.116
Derivativos ativo 1.002 6.574 13.301 20.877
Empréstimos e recebíveis 1.305.877 440.571 370.958 2.117.406
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 66.150 8.098 - 74.248
Empréstimos e adiantamentos a clientes 1.239.727 432.473 370.958 2.043.158
TOTAL DOS ATIVOS FINANCEIROS 1.531.111 572.991 1.274.447 3.378.549
PASSIVO
Passivos financeiros para negociação 440 - - 440
Derivativos 440 - - 440
Passivo financeiro ao custo amortizado 896.903 905.727 1.167.482 2.970.112
Depósitos de instituições de crédito 20.666 7.417 12.486 40.569
Depósitos de clientes 591.562 787.206 842.862 2.221.630
Captações no mercado aberto - - 190085 190.085
Obrigações por empréstimos e repasses 139.458 44.894 67.800 252.152
Obrigação por operações de venda ou de transferência de ativos f inanceiros 784 - - 784
Obrigações por títulos e valores mobiliários 144.433 66.210 54.249 264.892
TOTAL DOS PASSIVOS FINANCEIROS 897.343 905.727 1.167.482 2.970.552
2014
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Até 90 dias De 91 a 360 dias Acima de 360 dias Total
ATIVO
Caixa e equivalentes de caixa 114.781 - - 114.781
Ativos financeiros 1.303.921 388.127 1.299.372 2.991.420
Ativos financeiros avaliados ao valor justo 45.850 4.322 1.031.526 1.081.698
Instrumentos de dívida 2.928 - 1.019.191 1.022.119
Instrumentos de patrimônio 39.148 - - 39.148
Derivativos ativo 3.774 4.322 12.335 20.431
Empréstimos e recebíveis 1.258.071 383.805 267.846 1.909.722
Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 2.860 10.893 20.854 34.607
Empréstimos e adiantamentos a clientes 1.255.211 372.912 246.992 1.875.115
TOTAL DOS ATIVOS FINANCEIROS 1.418.702 388.127 1.299.372 3.106.201
PASSIVO
Passivos financeiros para negociação 1.150 513 - 1.663
Derivativos 1.150 513 - 1.663
Passivo financeiro ao custo amortizado 835.526 848.519 1.005.789 2.689.834
Depósitos de instituições de crédito 11.752 11.183 3.052 25.987
Depósitos de clientes 276.525 626.804 920.195 1.823.524
Captações no mercado aberto 228.304 - - 228.304
Obrigações por empréstimos e repasses 212.056 130.637 59.648 402.341
Obrigação por operações de venda ou de transferência de ativos
financeiros4.138 6.363 997 11.498
Obrigações por títulos e valores mobiliários 102.751 73.532 21.897 198.180
TOTAL DOS PASSIVOS FINANCEIROS 836.676 849.032 1.005.789 2.691.497
2013
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
3) Risco de mercado
Definição
Riscos de Mercado estão ligados a possíveis perdas monetárias em função de
flutuações de variáveis que tenham impacto em preços e taxas negociadas nos
mercados. As oscilações de variáveis financeiras, como preços de insumos e produtos
finais, índices de inflação, taxas de juros e taxas de câmbio, geram potencial de perda
para praticamente todas as empresas e, portanto, representam fatores de risco
financeiro.
Pode-se afirmar que o Risco de Mercado a que uma instituição está exposta advém de
três fatores:
i) valor exposto ao risco,
ii) sensibilidade a flutuação de preços; e
iii) magnitude da variação de preços. Nota-se que, enquanto os dois primeiros fatores
são passíveis de controle relacionado ao apetite da instituição frente aos riscos
observados, o terceiro fator constitui-se característica do mercado, com origem externa
ao Banco.
Os riscos de mercado podem ser classificados em diferentes modalidades, tais como
taxa de juros, taxa de câmbio, preço de commodities e preço de ações. Cada
modalidade representa o risco de ocorrerem perdas em função de oscilações na
variação em sua respectiva variável.
Gestão de risco de mercado
A gestão do risco de mercado é realizada de forma centralizada por unidade
independente em relação à mesa de operações, tendo como responsabilidade precípua
o monitoramento e análise do risco de mercado oriundo das posições assumidas pelo
Sofisa, frente ao apetite ao risco definido pelo Comitê Financeiro e aprovado pelo
Conselho de Administração.
A gestão de risco de mercado é efetuada diariamente pela unidade de Risco de
Mercado, a qual calcula os indicadores de risco da carteira do Sofisa, remetendo ao
Diretor responsável pelo gerenciamento, os eventos que não se enquadrem na política
do Sofisa.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Os valores são confrontados diariamente com os limites definidos em Comitê Financeiro
e referendados pelo Conselho de Administração.
Para a realização dos testes de estresse são utilizados três cenários aprovados pelo
Comitê Financeiro e referendados pelo Conselho de Administração.
Metodologias
Value-at-Risk – VaR (Valor em risco)
O VaR mede a pior perda esperada através de um horizonte dado sob condições
normais de mercado a um dado nível de confiança, ou seja, o VaR fornece uma medida
do risco de mercado.
O gerenciamento de risco de mercado utiliza-se do VaR, como medida de perda
potencial das carteiras do Banco. Para os cálculos, utiliza-se o modelo paramétrico para
o horizonte de 20 dias e intervalo de confiança de 99%. Todo o cálculo está baseado
nos preços de fechamento de mercado, obtidos de diferentes fontes (Anbima,
BM&FBovespa, Banco Central, entre outros).
Caso o limite de VaR seja excedido, a Tesouraria e o Diretor Responsável é notificada
imediatamente, a fim de garantir que o enquadramento aos limites pré-estabelecidos
ocorra tempestivamente. Ocorrências dessa natureza são reportadas, também, em
relatório de acompanhamento de risco mensal enviado à Alta Administração.
Segue abaixo os valores de exposição e risco das parcelas de risco regulatório,
segregados em trading (ativos negociáveis) e banking (ativos disponíveis para venda e
ativos e passivos ao custo amortizado), e gerencial por fatores de risco referente à 31
de dezembro de 2014:
Valores em R$ milhões
Parcelas de Capital Regulatório - Risco de Mercado
31/12/2014
Exposição Risco
Parcela de Risco Trading 233,8 20,8
Parcela de Risco Banking 276,6 13,4
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Valores em R$ milhões
Parcelas de Capital Regulatório - Risco de Mercado
31/12/2013
Exposição Risco
Parcela de Risco Trading 27,3 8,7
Parcela de Risco Banking 338,7 16,7
Valores em R$ milhões
Cálculo de Risco VaR por fator de risco 31/12/2014
Exposição Risco ¹
Ações 8,92 5,40
Fundos 10,98 0,11
Índice de Preços 192,62 11,02
CDI (461,01) (0,01)
Prefixado 912,04 6,05
Exposição Cambial (12,61) 1,24
Cupom Cambial (150,51) (0,18)
Juros Externo 68,34 0,60
Total (não correlacionado) 568,77 24,23 ¹ VaR Paramétrico, Nível de Confiança = 99% e Holding Período = 20 dias
Valores em R$ milhões
Cálculo de Risco VaR por fator de risco 31/12/2013
Exposição Risco(1)
Posição em U$ Dólar (Vendido / Comprado)
-0,29 0,3
Pré (Vendido / Comprado) 412 4,3
IPCA / IGPM Comprado 183 13,6
Total (não correlacionado) 594,71 18,20 (1)
VaR Paramétrico, Nível de Confiança = 99% e Holding Período = 20 dias
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Análise de estresse
A análise de estresse visa a projetar o impacto sobre as carteiras de determinada instituição, dado cenário extremo. Diariamente são efetuados testes de estresse das operações do Sofisa, com base em 3 (três) cenários, elaborados a partir de premissas de mercado colhidas das fontes de mercado, valendo ressaltar que nos cenários são considerados desvios por vértice dos prazos. A unidade de Risco de Mercado envia diariamente relatórios à Alta Administração contendo informações que contemplam exposição por produtos, fatores de risco e unidades de negócios do Sofisa. Além disso, mensalmente é encaminhado ao Diretor Responsável e ao Conselho de Administração um compêndio de relatórios demonstrando a evolução da utilização dos limites, o monitoramento das carteiras ao longo do mês, bem como a evolução da posição da instituição, mês a mês, durante o semestre, devendo-se frisar que nesse documento constam acontecimentos relativos a consumo de limites.
Exposição ao risco
Risco de taxa de juros
Risco de taxa de juros surge da possibilidade de que variações na taxa de juros
afetarão os fluxos de caixa futuros ou o valor justo de instrumentos financeiros.
Risco de moeda
Risco de moeda é o risco de variação no valor de um instrumento financeiro devido a
mudanças em taxas de câmbio. O Conselho estabeleceu limites de posições em
moedas estrangeiras. Conforme as políticas do Banco, as posições são monitoradas
diariamente e estratégias de “hedge” são utilizadas para manter as posições dentro dos
limites preestabelecidos.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Risco de preço de ações
Risco de preço de ações é o risco de o valor justo de ações diminuir como resultado de
variações no nível de índices de ações ou ações individuais.
Risco de Commodities
Risco de Commodities é o risco devido à oscilação dos preços de produtos físicos
(produtos agrícolas, petróleo, metais, etc).
Análise de sensibilidade aos fatores de risco
Nesta análise procura-se avaliar a variação do valor de mercado da carteira a uma
pequena variação dos fatores de risco atinentes às operações.
Os cenários que serviram de base para a análise de sensibilidade podem ser assim
descritos:
Cenário 1: também denominado cenário provável, aplicações de choques da ordem de
15% sobre os fatores de risco da carteira.
Cenário 2: aplicação de choques da ordem de 25% sobre os fatores de risco da
carteira.
Cenário 3: aplicação de choques da ordem de 50% sobre os fatores de risco da
carteira.
A análise de sensibilidade apresentada teve como objeto as carteiras “trading” e
“banking” do Sofisa e refletem uma posição estática da carteira para o dia 31 de
dezembro de 2014 e 2013.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Fatores de Risco Exposição Posição Base Cenários
Posições sujeitas a variações em: 1 2 3
Prefixado taxas de juros prefixadas em reais 239.936 2.834 (2.606) (7.895)
Cupom Cambial taxas dos cupons de moedas estrangeiras 10.361 (7.801) (16.540) (24.500)
Moeda Estrangeira taxa de câmbio 7.351 - (1.470) (2.450)
Total (sem correlação) (4.967) (20.616) (34.846)
Porcentagem sobre o PL (0,71) (2,94) (4,98)
Quadro demonstrativo de análise de sensibilidade
Data-base: 31/12/2013
(valores em R$ mil. Exceção: porcentagem sobre o PL)
Fatores de Risco Exposição Posição Base
Posições sujeitas a
variações em: 1 2 3
Índice de Preços
taxas de juros de
inflação em reais 192.620 (11.698) (19.169) (36.772)
Prefixado
taxas de juros
prefixadas em reais 912.036 (11.103) (18.061) (34.997)
Cupom Cambial
taxas dos cupons de
moedas estrangeiras (150.510) (546) (594) (716)
Juros Externo taxas de juros externo 68.341 (1.819) (3.072) (6.358)
Total ( sem correlação) (25.166) (40.897) (78.843)
Porcentagem sobre o PL 3,83% 6,23% 12%
Cenários
(valores em R$ mil.Exceção: porcentagem sobre o PL)
Data-base: 31/12/2014
Quadro demonstrativo de análise de sensibilidade
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
4) Risco Operacional
Definição
Consiste na possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo Banco, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas. Para atenuar esse tipo de risco o Banco adota uma estrutura para garantir permanente atualização e mapeamento de riscos e controles, bem como capturar informações relacionadas a qualquer falha operacional. Gestão e Metodologia A Diretoria de Governança e Riscos tem como o objetivo de aprimorar e aperfeiçoar os controles internos e disseminar a cultura de gestão de riscos no Banco, entre eles o Risco Operacional. A estrutura responsável pela centralização da gestão dos riscos operacionais e pela disseminação da metodologia está composta por funcionários da área de Controles Internos, além dos Agentes de Compliance que atuam nas diferentes atividades do Banco e ajudam a promover uma cultura de conformidade e controle de risco em todo o Banco, visando o aprimoramento dos processos internos e a redução de riscos operacionais. Para o apoio na gestão dos riscos operacionais relevantes e seus mitigadores, a área de Controles Internos apresenta relatórios mensal e anual para apreciação e deliberação do Comitê Executivo, composto pela Diretoria Colegiada. Base de Perdas Seguindo as diretrizes da Resolução 3.380/06 art. 3 – III do Conselho Monetário Nacional referente aos registros de perdas operacionais, o Banco adota procedimentos para identificação e armazenamento de informações referentes aos Eventos de Risco Operacional e consolidação da Base de Perdas. Um Evento de Risco Operacional é a materialização do Risco Operacional que pode ou não resultar em perda financeira. Os eventos podem ser classificados como: Quase Perda - Evento de Risco Operacional no qual uma perda potencial foi evitada. Perda Efetiva - Evento de Risco Operacional que foi detectado e gerou impacto contábil.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
Perda Potencial – Possível perda financeira associada a um evento de risco identificado não solucionado ou referente a um risco assumido pelo Banco. A Unidade de Controles Internos utiliza os métodos abaixo para identificar os Eventos de Risco Operacional: Informações Contábeis A Unidade de Controles Internos por meio do sistema SCA Financials extrai relatórios mensais contemplando as perdas operacionais de acordo com as contas contábeis previamente selecionadas para compor a base de perdas . Reporte dos Agentes de Compliance Os Agentes de Compliance reportam à Unidade de Controles Internos as ocorrências de eventos de risco operacional que resultaram ou não em perdas financeiras. Disseminação da Cultura de Risco Operacional A Unidade de Controles Internos realiza periodicamente reuniões com todos os agentes de Compliance a fim de disseminar a cultura de Risco Operacional no Banco. Alocação de Capital O Banco atualmente emprega o modelo de alocação de capital denominado Abordagem Padronizada Alternativa. Plano de Continuidade do Negócio (PCN) O Plano de Continuidade do Negócio (PCN) tem por finalidade traçar estratégias e ações para que o negócio não se torne inoperante em um momento de contingência ocasionado por um evento não programado. O desenvolvimento do PCN foi baseado na avaliação de seus processos, identificando suas criticidades e vulnerabilidades, dimensionando impactos financeiros e institucionais. O objetivo essencial é prover o Banco de ações práticas e aplicáveis em situações inesperadas que poderiam causar impacto na sua operação. A fim de averiguar a efetividade do PCN, o Banco realiza periodicamente testes de Contingência.
5) Gestão do capital
Definição
A Gestão de Capital refere-se ao estabelecimento de padrões mínimos para o processo de avaliação da adequação de capital, compreendendo todos os riscos relevantes que o
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
banco esteja exposto. Trata-se do desenvolvimento e utilização das melhores técnicas nos processos de monitoramento e gerenciamento dos riscos do banco, planejando de forma consistente as necessidades futuras de capital que preveja a realização de simulações em condições extremas e mensuração dos respectivos impactos, processo de validação independente e elaboração de relatórios anuais sujeitos à revisão pelo Banco Central do Brasil, dentre outros aspectos.
Define-se o gerenciamento de capital como o processo contínuo de: I - monitoramento e controle do capital mantido pela instituição; II - avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos a que a instituição está sujeita; e III - planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da instituição.
Políticas e estratégias para o gerenciamento de capital
O Plano de Gestão de Capital é consistente com o planejamento estratégico do Banco, prevendo: (i) metas e projeções de capital; (ii) principais fontes de capital da instituição; e (iii) plano de contingência de capital. Na elaboração do plano de capital são consideradas: (i) ameaças e oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios; (ii) projeções dos valores de ativos e passivos, bem como das receitas e despesas; e (iii) metas de crescimento ou de participação no mercado.
No gerenciamento de capital o Banco adota uma postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado nos próximos dois anos. Este processo acontece em duas etapas:
I - a partir de premissas e metas estabelecidas no Planejamento Estratégico geramos um “cenário-base”, sobre o qual aplicamos as metodologias definidas pelo Bacen em conjunto com a estratégia de gerenciamento de riscos, e efetuamos a projeção dos vários componentes do RWA, PR e RBan avaliando ainda o impacto potencial decorrente de outros fatores de risco não abrangidos pelos componentes acima, sobre o Capital. II - com o objetivo de avaliar a resiliência do banco geramos outros cenários considerando a evolução adversa ou significativamente diferente do previsto no “cenário-base”, de fatores de mercado, verificando-se o impacto que essa evolução traria sobre o capital do Banco.
A conclusão que se chega é que o capital projetado do banco se mostra adequado para
suportar todos os cenários avaliados nos próximos três anos, chegando-se ao menor
Índice de Basiléia de 13,98% em 2017 sob o cenário de crescimento da carteira de
crédito e limites operacionais do Banco.
Também dentro dos processos de Gerenciamento de Capital temos o monitoramento
tempestivo de Indicadores de Gestão pela área de Planejamento, que disparam ações
de contingência conforme atinjam determinados níveis. Caso isto aconteça a área de
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Riscos e Planejamento comunica formalmente a necessidade de acionamento à
Diretoria de Governança Corporativa e à Diretoria Financeira/Administrativa. Em
seguida, a Diretoria prepara proposta de ação mais adequada para apresentação ao
Comitê Executivo, que, após deliberação, encaminha suas recomendações ao
Conselho de Administração.
6) Índice da Basiléia
De acordo com a Resolução nº 2.099/94 do Conselho Monetário Nacional, com
alterações introduzidas pelas Resoluções nº 3.444/07, 3.490/07 e Circular nº 3.360/07,
o Bacen instituiu a obrigatoriedade de manutenção de Valor de Patrimônio Líquido
Ajustado, compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos. A partir de 1º de
julho de 2008, o cálculo do Limite Operacional teve o conceito alterado com o Novo
Acordo de Capital (Basiléia II), onde foram incorporados novos fatores de risco para fins
de Exigência de Capital Mínimo Destacado. Utilizamos como base, o Patrimônio de
Referência Exigido dividido por 11%, que é o Capital mínimo exigido pelo Bacen, que
passou a ser calculado com a seguinte composição: PRE = Pepr + Pcam + Pjur + Pcom
+ Pacs + Popr, conforme quadro abaixo, em que Pepr corresponde a parcela de risco
de crédito; Pcam de risco cambial; Pjur que corresponde as parcelas de risco de taxa
pré-fixada (Pjur1), risco de taxa de cupom cambial (Pjur2), risco de taxa de índice de
inflação (Pjur3) e risco de taxa de TJLP (Pjur4); Pcom de risco de posição em
commodities; Pacs de risco de posição em ações e Popr da parcela de risco
operacional. Em 2013, o Banco Sofisa, seguindo as alterações de Basiléia III mudou
seu cálculo do índice de Basiléia das parcelas de risco Pepr, Pcam, Pjur, Pcom, Pacs e
Popr para RWAcpad, RWAcam, RWAjur, RWAcom, RWAACS e RWAopr.
O cálculo do Limite Operacional para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014
e 2013 está demonstrado a seguir:
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R$ mil 2014
RWAcpad - Risco de Crédito 3.262.024
RWAcam - Risco Cambial 22.006
RWAjur1 - Risco de Taxa de Juros (Pré) 137.992
RWAjur2 - Risco de Taxa de Juros (Cambial) 16.059
RWAjur3 - Risco de Taxa de Juros (Índice de Inflação) 1.502
RWAjur4 - Risco de Taxa de Juros (TJLP) 44
RWAcom - Risco Commodities 22
RWAacs - Risco de ações 19.643
RWAopad - Risco Operacional 188.014
RWA 3.647.307
PR 595.336
Nível I 595.336
Nível II -
Basileia III 16,32
R$ mil 2013
RWAcpad - Risco de Crédito 3.205.568
RWAcam - Risco Cambial -
RWAjur1 - Risco de Taxa de Juros (Pré) 31.204
RWAjur2 - Risco de Taxa de Juros (Cambial) 21.190
RWAjur3 - Risco de Taxa de Juros (Índice de Inflação) 520
RWAjur4 - Risco de Taxa de Juros (TJLP) 385
RWAcom - Risco Commodities 192
RWAacs - Risco de Ações 25.175
RWAopr - Risco Operacional 120.271
RWA 3.404.505
PR 699.984
Nível I 699.984
Nível II -
Basiléia III 20,56
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35. Transição para o IFRS
A reconciliação entre as práticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP) e as normas
internacionais de contabilidade (IFRS) está apresentada abaixo.
Balanço patrimonial
Nota explicativa
2014
2013
Patrimônio Líquido em BRGAAP
656.850
692.743
Perda ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis – Impairment a
34.715
24.687
Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo método de taxa efetiva de juros b
(259)
(425)
Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros c
(45)
(300)
Reversão de receitas - Sociedades de propósito especifico d
(5.689)
(5.225)
Classificação de ativos financeiros e
(29.601)
(36.898)
Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS f
352
7.264
Patrimônio Líquido em IFRS
656.323
681.846
Demonstração do resultado Nota
explicativa
2014
2013
Lucro Líquido em BRGAAP
36.061
21.274
Perda ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis – Impairment a
17.247
1.372
Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo método de taxa efetiva de juros b
(206)
97
Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros c
(255)
69
Reversão de receitas - Sociedades de propósito especifico d
1.444
(4.037)
Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS f
(7.292)
1.000
Lucro Líquido em IFRS
46.999
19.775
a) Perda ao valor recuperável de empréstimos e recebíveis:
Segundo o IFRS, com base na orientação fornecida pelo IAS 39 “Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”, o Banco estima a provisão para perdas
sobre crédito com base no histórico de perda de valor recuperável e outras
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circunstâncias conhecidas por ocasião da avaliação. Tais critérios diferem em
determinados aspectos dos critérios adotados segundo o BRGAAP, que usa
determinados limites regulatórios definidos pelo Bacen para fins do cálculo da provisão
para perdas sobre crédito.
b) Diferimento de tarifas bancárias e comissões pelo método da taxa efetiva de juros:
Segundo o IFRS, em consonância com o IAS 39 “Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração”, as tarifas bancárias, comissões e custos financeiros
inerentes que integram a taxa de juros efetiva de instrumentos financeiros calculada ao
custo amortizado são reconhecidos no resultado durante o período de validade dos
respectivos contratos. Segundo o BRGAAP, essas taxas e despesas são reconhecidas
diretamente no resultado quando recebidas ou pagas.
c) Operações de venda ou de transferência de ativos financeiros:
O Banco realizou a baixa de ativos objetos de cessão de crédito com retenção
substancial de riscos e benefícios, e de acordo com os requisitos do IFRS 1, foi
recomposto e registrado o ativo transferido com retenção de riscos e benefícios e
registrado o passivo referente a coobrigação na operação de cessão de crédito na data
de transição ao IFRS.
d) Reversão de receitas - Sociedades de propósito especifico:
O Banco possui investimentos em sociedades de propósito especifico que participam de
empreendimentos imobiliários. Pelo BRGAAP, as receitas das vendas são reconhecidas
no resultado pelo estágio de andamento das obras (POC – Percentage of Completion).
Para IFRS, as receitas devem ser registradas somente quando da entrega efetiva do
imóvel, em geral, na “entrega das chaves”, quando efetivamente ocorre a transferência
dos riscos e benefícios para o promitente comprador.
e) Classificação de ativos financeiros
Refere-se ao saldo de ajuste de marcação a mercado dos ativos financeiros
classificados como ativos financeiros mantidos até o vencimento em BRGAAP e como
ativos disponíveis para venda em IFRS.
f) Imposto de renda e contribuição social sobre ajustes de IFRS
O IAS 12 requer a contabilização de imposto de renda e contribuição social diferidos
para todas as diferenças temporárias tributáveis ou dedutíveis, exceto para impostos
diferidos originados de reconhecimento inicial de ágios, reconhecimento inicial de um
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passivo originado ou ativo adquirido que não se qualifica como uma combinação de
negócios e que na data da transação não afeta o resultado e não afeta o lucro (ou
perda) para fins fiscais.
Os ajustes de Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos, calculados sobre os
ajustes de IFRS, foram refletidos na reconciliação.
36. Outros assuntos
a. O Sofisa e suas controladas possuem contratos de seguros vigentes, em montante julgado suficiente para cobertura de sinistros sobre o imobilizado e responsabilidade civil.
b. Acordo de compensação e liquidação de obrigações – O Sofisa possui acordo de compensação e liquidação de obrigações no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, em conformidade com a Resolução CMN nº 3.263/05, resultando em maior garantia de liquidação de seus haveres para com as instituições financeiras as quais possua essa modalidade de acordo.
c. O Sofisa possui rating A-(bra) Longo prazo e F2-(bra) Curto prazo da agência Fitch Ratings avaliado em setembro de 2014, Aa3.br/Br-1(nacional) da agência Moody’s Investor Service, avaliado em dezembro de 2014, e rating Baixo Risco para Médio Prazo e Disclosure Excelente pela agência de classificação de risco RISKbank, avaliado em outubro 2014.
d. Em 16 de outubro de 2014 foi alienado o investimento correspondente ao controle da empresa La Isla Participações e Empreendimentos Ltda., por valor de mercado com liquidação forçada, de acordo com laudo de avaliação preparado por empresa independente, no montante de R$ 38.000 recebido à vista , e com apuração de prejuízo no valor de R$ 305.
e. A Lei 12.973/2014, a qual aprovou a Medida Provisória nº 627 (“MP 627/13”) publicada em 12 de novembro de 2013, alterou diversos dispositivos da legislação tributária federal sobre IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, dentre os quais se incluem (i) a revogação do Regime Tributário de Transição – RTT, instituído pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, disciplinando os ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos em razão da convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais; e (ii) a tributação da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, com relação ao acréscimo patrimonial decorrente de participação em lucros auferidos no exterior por controladas e coligadas.
Banco Sofisa S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 (Valores expressos em milhares de reais)
A Administração não optou pela antecipação dos efeitos da Lei nº 12.973/14, dado que a
referida lei não irá produzir efeitos contábeis relevantes nas demonstrações financeiras do
Banco Sofisa S.A.
*************
Relatório dos auditores independentes sobre as
demonstrações financeiras
Ao
Conselho de Administração e aos Acionistas do
Banco Sofisa S.A.
São Paulo - SP
Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Sofisa S.A. (“Banco”) e suas
controladas que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2014 e
as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações
do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o
resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro
(IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações
financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras
com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos
riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por
fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes
para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras do Banco para
planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para
fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos do Banco. Uma
auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a
razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada
do Banco Sofisa S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2014, o desempenho
consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício, findo
naquela data, de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), emitidas
pelo International Accounting Standard Board – IASB.
São Paulo, 30 de março de 2015
KPMG Auditores Independentes
CRC 2SP014428/O-6
Luciana Sâmia Liberal
Contadora CRC 1SP198502/O-8