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XIII Encontro de Gegrafos da Amrica Latina - EGAL
PONENCIA
Eje del Aplicaciones, fenmenos y ambientes biofsicos
Ttulo:
IMPACTOS DAS EROSES ACELERADAS EM MEIO URBANO: O CASO DOMUNICPIO DE FRANCA SO PAULO.
MEGDA, Otvio Reis.
Graduando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista UNESP Campus de
Rio Claro. Possui experincia em Climatologia e Geomorfologia do Estado de So
Paulo, focando trabalhos no tema de eroses em meios urbanos e eventos climticos
urbanos.
RESUMO
As eroses aceleradas no municpio de Franca, localizado no Estado de So
Paulo, Brasil, sempre foram um problema para diversos setores, desde planejamentourbano at agricultura. Diversos autores j efetuaram discusses e estudos acerca de
fenmeno, explicando suas causas e propondo conceitos mitigadores. Os processos
erosivos atuam rapidamente e so influenciados pelas aes antrpicas.
O municpio de Franca exemplo dos processos erosivos lineares em cidades
mdias no metropolitanas e demonstra como a administrao pblica tenta lidar com
essas feies erosivas. Nos ltimos anos, milhes de reais foram destinados para esse
municpio em prol das obras de combate aos processos erosivos preveno deenchentes. Neste trabalho, ser discutido a geografia do municpio, com nfase aos
fenmenos climticos, pedolgicos e geomorfolgicos. Em seguida, sero analisadas
as voorocas que atingem o permetro urbano, tornando o municpio de Franca um
exemplo das cidades mdias, industrializadas e densamente urbanizadas, onde so
necessrias medidas mitigadoras e um planejamento urbano eficaz.
Palavras - chave: voorocas, planejamento urbano, antrpico
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Consideraes gerais sobre o municpio de Franca
A cidade de Franca localiza-se a nordeste do Estado de So Paulo, distandoaproximadamente 400 km da capital.
O municpio possui uma populao total estimada em 342.312 habitantes
(SEADE, 2008). Sua rea de aproximadamente 571 km2, sendo a rea estudada
228,63 km2 (corresponde ao limite da rea urbana e periurbana e de futura expanso
definida pelos tcnicos municipais). O municpio de Franca se situa no universo das
cidades paulistas de porte mdio no metropolitanas, que vem passando por um
processo de desenvolvimento acelerado (Feldman,2002).
Esta rea compreende em sua maior parte o Planalto arentico-basltico de
Franca, cujas altitudes variam de 950 a 1050 m, funcionando como divisor de guas
entre os rios Grande e Sapuca. O rio Canoas, um dos principais afluentes do rio
Grande, constitui-se num importante manancial para o abastecimento de gua da
populao francana; tendo sido criada a rea de Proteo Ambiental da Bacia do Rio
Canoas (Art. 55 do Cdigo do meio ambiente do municpio, dezembro 1996).
A maior parte da cidade est instalada em relevo suave ondulado, limitado pela serra
de Franca a leste, que se tornou uma barreira natural para a ocupao.
Quanto ao desenvolvimento econmico da regio de Franca definem-se trs
grandes fases: a criao de gado, o caf e a industrializao.
Segundo CHIACHIRI FILHO (1986) a ocupao inicial da regio de Franca deu-se
atravs da criao de gado, no comeo do sculo XIX. Na etapa seguinte, o desenvolvimento
da cultura do caf proporcionou o primeiro grande avano econmico, em meados do mesmosculo, juntamente com a chegada da Estrada de Ferro Mogiana a Ribeiro Preto (1883) e a
Franca (1897). Nesta ocasio, exportava-se caf e importava-se a maioria dos produtos
manufaturados, com exceo do artesanato (implementos agrcolas, arreios e artigos de couro
em geral e alguns tecidos de algodo) que existia nas fazendas tornando-as quase
autnomas.
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FIGURA I MAPA DO MUNICPIO DE FRANCA SO PAULO
Verificando a planta cadastral da rea urbana, observa-se que na, cidade, o
processo de verticalizao incipiente. Sua expanso limitada pelas barreiras
fisiogrficas. Observa-se tambm vazios dentro da rea urbana consolidada que, s
vezes, correspondem s reas de cabeceiras de drenagem, nas quais existem
voorocas de grande porte. IPT (2000)
As eroses no so simples obstculos naturais, mas resultam das
transformaes ou alteraes antrpicas decorrentes do desenvolvimento urbano. A
falta de infra-estrutura na instalao de loteamentos colabora para a maximizao
destes processos. Durante a realizao deste trabalho, foram identificadas e
cadastradas 32 voorocas na rea urbana, que configuram um quadro crtico e delicado
para orientao e determinao de medidas de preveno e correo das eroses.
O aumento de feies erosivas e a magnitude dos processos que determinam a
evoluo das voorocas provocam forte impacto nos recursos hdricos (assoreamento,
enchentes, etc.) causando srios problemas e prejuzos econmicos populao e ao
poder pblico local.
Dos principais impactos, destacam-se: aterro sanitrio instalado na cabeceira de
um dos afluentes do rio Canoas, com vooroca de reativao de cabeceira,parcialmente ativa, desenvolvida na base deste aterro; moradias em risco situadas nos
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arredores das grandes eroses (Vooroca da Av. Coelho Neto e da Rodovia Cndido
Portinari); assoreamento dos cursos dgua (estao de captao de gua da Sabesp),
perda de equipamentos pblicos, etc.
Para FENDRICH (1997) a eroso acelerada definida como aumento da taxa de
eroso geolgica ou normal, em decorrncia da quebra do equilbrio do meio ambiente
pelas atividades humanas, principalmente as advindas das alteraes das alteraes
conduzidas na cobertura vegetal, tais como, uso excessivo de pastagens, retirada de
madeira por derrubada ou queima, prticas inadequadas de cultivo, etc. O processo
erosivo, nesses casos, torna-se grandemente acelerado, e as produes de sedimento
aumentam assustadoramente.
A eroso acelerada pode ser de dois tipos: a eroso laminar que dificilmenteperceptvel, porm evidenciada em fotos areas, por tonalidade mais clara dos solos, e
no campo, pela exposio de razes e queda da produtividade agrcola, ou em lenol,
quando causada por escoamento difuso das guas das chuvas, resultando na remoo
progressiva dos horizontes superficiais do solo; e eroso linear, quando causada por
concentrao das linhas de fluxo das guas de escoamento superficial, resultando
incises na superfcie do terreno na forma de sulcos, ravinas e voorocas. SALOMO
(1994).
Para VIEIRA (1978) que promoveu um vasto estudo sobre o assunto, as
voorocas ou boorocas so depresses profundas circundadas por vertentes quase
verticais que se alargam nas proximidades das cabeceiras devido intensa atividade
erosiva regressiva e se afunilam junto foz do curso dgua que a percorre, cortando
sedimentos arenosos de fraca coeso, sem apresentar forte declive longitudinal.
(FIGURA II)
FIGURA II - Modelo de evoluo de voorocas. I: vooroca conectada a rede hidrogrfica; II: vooroca desconectadada rede hidrogrfica; III: integrao entre os dois tipos anteriores. A seta na figura III aponta para degraus formadosno momento da integrao. Segundo RUHE (1974), sendo TS - toeslope; FS - footslope; BS - backslope; SHshouder; SU - summit. Modificado de Oliveira e Meis (1985) e Oliveira (1989).
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A partir disso, VIEIRA (1978) afirma que nenhum os dois fenmenos aparece em
regies frias e midas, onde as precipitaes so mais ou menos constantes, ficando o
fator climtico diretamente relacionado com a cobertura vegetal, pois somente onde h
vegetao recobrindo totalmente o terreno, ou que seque durante o extenso perodo deestiagem, poder haver uma ao erosiva mais intensa.
Diversos trabalhos realizados no municpio de Franca retratam: a localizao das
eroses na cidade e observaes relativas ao processo de reativao de cabeceiras de
drenagem (RIBEIRO, 1941 apud VIEIRA, 1978); o papel da ao antrpica na
deflagrao dos processos erosivos, anlise dos processos e mecanismos de evoluo
das voorocas e diretrizes para o controle, as quais fazem parte do Plano de
Desenvolvimento Integrado do Municpio (ABSABER, 1968 apudVIEIRA, op. cit.).
Aps extensa investigao sobre os processos erosivos em Franca e em outras
regies, VIEIRA (1978) elaborou um estudo geomorfolgico das voorocas neste
municpio, discutindo o papel dos fatores do meio fsico, sobretudo dos processos
morfogenticos, condies pedolgicas, litolgicas e climticas na formao das
voorocas. Esta proposta de geomorfologia aplicada teve como objetivo contribuir para
a elaborao de projetos de controle de eroso.
A complexidade dos processos erosivos de Franca e o agravamento da situao
com o surgimento de novas feies erosivas de grande porte, provocadas, sobretudo
pela expanso urbana, levaram outros pesquisadores a continuar com a investigao
sobre o tema. RINALDI (1982) preocupou-se com o levantamento dos componentes
fsicos e humanos da paisagem que estariam relacionados gnese das voorocas; fez
uma retrospectiva sobre o desenvolvimento da cidade, inserindo a questo da eroso
neste contexto, discutir os impactos e diretrizes para controle, afirmando a necessidade
de um planejamento destinado a conteno dos processos erosivos e de recuperao
das reas atingidas pelas eroses.
Segundo o IPT (1995) o cadastro de eroses do Estado de So Paulo registrou
670 feies erosivas lineares de grande porte somente em reas urbanas. Dentre os
municpios que apresentam srios problemas de eroso em sua rea urbana destacam-
se: Bauru, Presidente prudente, Botucatu e Franca. Estes municpios solicitaram ao IPT
solues para o problema da eroso, possibilitando o desenvolvimento de mtodos e
tcnicas para o diagnstico dos processos e proposies de medidas e diretrizes para o
controle e preveno de eroso.
As condies litolgicas so as responsveis pela presena de ravinas e
voorocas numa determinada zona. Assim, no municpio de Franca, enquanto as reas
de Latossolo Roxo se encontram muito ravinadas, as reas de Latossolo Vermelho
Amarelas so as concentradoras de ravinamentos com propenso voorocamento e
abrigam as voorocas da cidade.
Para Souza (2000) em relao ao estudo da eroso, a chuva o fator naturalmais importante na deflagrao dos processos erosivos. Considerando suas
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caractersticas, como intensidade, durao e freqncia so possveis estabelecer
correlaes entre evoluo/desenvolvimento das feies erosivas lineares, a partir dos
valores obtidos destas medies. A intensidade da chuva o atributo mais efetivo do
processo erosivo, pois age diretamente no volume e velocidade da enxurrada,contribuindo para a formao de eroso linear na forma de sulcos, ravinas e voorocas;
alm de ser responsvel pelo transporte de sedimentos provenientes das eroses.
O seguinte trabalho dos processos erosivos da rea urbana do municpio de
Franca foi elaborado com base no reconhecimento das feies erosivas de grande
porte, a partir de fotografias areas e trabalhos de campo. A identificao das feies
de eroso e sedimentao observados na rea de estudo (sulcos, ravinas, voorocas,
solapamento de margens fluviais e depsitos de assoreamento) foi realizada a partir daanlise de fotografias areas dos anos de 1972 (produzidas pelo IBC) e 1995
(produzidas pela BASE- Aerofotogrametria e Projetos), com ambos os levantamentos
realizados na escala 1:25.000.
Para carter de anlise, os anos selecionados para a identificao das feies
erosivas caracterizam trs marcos do estgio de desenvolvimento destas. Nos
primeiros anos da dcada de 70 tm se um importante incremento no processo de
urbanizao. J nos anos 90, esse processo consolidado revela os problemasambientais decorrentes de uma ocupao rpida e desordenada, como por exemplo, a
observao dos fenmenos em momentos distintos permite a anlise comparativa da
evoluo e/ou estabilizao de tais processos. Em 2010, a situao atual das eroses,
impacto antrpico e comportamento frente aos processos mitigadores aplicados nas
eroses.
Durante o trabalho de campo, a Prefeitura Municipal de Franca apontou reas
com feies erosivas mais recentes, desenvolvidas no perodo de maio de 1996 a
fevereiro de 1997, as quais foram includas no cadastro das eroses e subseqente, as
incluses em novembro de 2010 para anlise e situao comportamental. Este cadastro
incluiu tambm as reas de solapamento de margens fluviais, cuja identificao no foi
possvel por meio das fotografias areas em funo da escala.
Dos principais aspectos levantados na investigao das eroses destacam-se os
condicionantes naturais do meio fsico, processos e mecanismos que comandam o
desenvolvimento e evoluo das feies erosivas, fatores da interveno antrpica e
todas as formas de impactos associados a essas eroses, tais como solapamentos das
margens dos cursos dgua e abatimentos em setores da baixa vertente prximo s
drenagens, trechos de ribeires e crregos assoreados, e pontos de enchentes.
Aziz Ab'Saber, em seu texto As boorocas de Franca, elaborado em 1969,
chama ateno sobre o problema das voorocas que esto localizadas, sobretudo,
margem do permetro urbano, sob a forma de leses fsicas do stio urbano e
elementos-barreira para a expanso homognea e normal do organismo citadino,
sendo agravado este problema, no caso de Franca, em funo do ndice de
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desenvolvimento da cidade (ABSABER, 1969). O autor ainda aponta como agravante,
em uma rea j bastante atingida por leses erosivas (boorocas), a abertura de ruas
para loteamentos sem o cuidado imediato da instalao de sistemas adequados de
drenagem de guas de superfcie (guias, sarjetas, esgotos pluviais, valas
impermeabilizadas e mesmo pavimentao) leva, inevitavelmente, formao de
sulcos pioneiros que se transformaro em novas problemticas boorocas. Removidos
o revestimento vegetal e a camada superficial do solo para abertura de ruas e estas
abandonadas sem o devido tratamento, a eroso no pode deixar de processar-se em
reas que predomina o arenito Bauru, como, alis, acontece no stio onde se encontra
Franca. (op. cit., 1969:4).
O QUADRO I apresenta as principais caractersticas das 32 feies erosivas degrande porte que afetam diretamente a rea urbana e periurbana do municpio de
Franca. Todas cadastradas segundo o relatrio do Parecer Tcnico n 7.149 do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnolgicas), feito com a coordenao da Gegrafa Ktia
Canil, no qual, com base em dados da Prefeitura de Franca, organizou para melhor
localizao, situao e os fatores de condicionantes. Aps trabalho de campo para a
presente pesquisa, foi avaliado e atualizado o quadro geral, e includas novas
situaes, alterando o quadro existente em 1995. Compem o QUADRO I as seguintes
feies erosivas:
a) Grupo I: feies erosivas desenvolvidas pela concentrao de guas
superficiais, situadas a partir da ruptura de declive do tero superior da vertente, em
substrato arentico da Formao Franca. O aprofundamento da eroso chega a atingir o
lenol fretico e provoca a instabilidade dos taludes da eroso (eroses cadastradas de
nmeros 1 a 8 e 28);
b) Grupo II: feies erosivas desenvolvidas em amplos anfiteatros de cabeceiras
de drenagem, em cotas superiores a 1000 m (eroses cadastradas de nmeros 9, 13 e
27);
c) Grupo III: feies erosivas desenvolvidas em cabeceiras de drenagem (eroses
cadastradas de nmeros 10, 11, 12, 14, 15, 16, 21, 24, 25, 26, 29, 31, 32);
d) Grupo IV: feies erosivas desenvolvidas em cabeceiras de drenagem e
associadas a processos de abatimentos e solapamento de margens fluviais (eroses
cadastradas de nmeros 19, 20, 22, 23, 30); e
e) Grupo V: feies erosivas desenvolvidas pela concentrao de guas
superficiais, situadas a partir da ruptura de declive do tero superior da vertente, em
basalto da Formao Serra Geral (eroses cadastradas de nmeros 17 e18).
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QUADRO I - Principais feies erosivas lineares cadastradas no municpio de Franca SP.
Gru
po
Feio
erosiva
Localizao Condicionantes Naturais Uso do Solo
(rea de influncia
direta)
Caractersticas gerais
da feio erosiva
Medidas de
controle
executadas
Situao
Atual
I
1-Centro
Social
R.Cel. Tamarindo
Sub - bacia: 1cabeceira
ribeiro dos Bagres
Substrato: Fm
Franca
Declividade:>30%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e
1000 m
Solo: LV
1972: rea urbana emconsolidao
1995: rea urbanaconsolidada
2011: rea urbanaconsolidada / indstriasde pequeno mdio
porte no local
Instalada na ruptura
topo/vertente;concentrao deescoamento superficial;surgncias dgua nointerior eescorregamentos nostaludes
Instalao de
sistema dedrenagem e aterroparcial
Estabilizada
2-VilaFormosa
R. Afonso Pena
Sub-bacia: 1cabeceira doribeiro dos Bagres
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LV
Instalada naruptura/vertente
Recomposionatural davegetao einstalao de muropara conteno doavano da eroso
Estabilizada
3-Parque
So Jorge
R. Sebastio
Amparo
Sub-bacia:1cabeceira doribeiro dos Bagres
Instalada na linha de
talvegue na rupturatopo/vertente
Aterro com lixo
urbano e industrial
4-Maritacas R. Irnio Grecco
Sub-bacia:1cabeceira doribeiro dos Bagres
Substrato: FmFranca
Declividade: >30%
Vertente:Convexa
Cota: 975 1000 m
Solo: LV
Instalada na rupturatopo/vertente;concentrao deescoamento superficial:surgncias dgua nointerior eescorregamentos nostaludes
Aterro com lixoindustrial (resduosde couro),instalao desistema dedrenagem eimplantao derea de recreaopopulacional
5-Parque Dr.Carro
Av.Dr. Carro
Sub-bacia: 1cabeceira doribeiro dos Bagres
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LV
1972: rea parcelada
1995: rea urbana emevoluo
2011: rea urbanaconsolidada
Instalada na rupturatopo/vertente;concentrao deescoamento superficial
Instalao desistema dedrenagem/recomposio da vegetao
6-Vila Ttoli R. Jos Rodriguesda Costa
Sub-bacia: 1cabeceira do
ribeiro dos Bagres
Substrato: FmFranca
Declividade: 12-20%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LV1972: rea urbana em
consolidao
1995: rea urbanaconsolidada
2011: rea urbanaconsolidada / indstriasde pequeno porte
Instalao desistema dedrenagem e aterro
de lixo industrial eentulhos daconstruo civil
7-CarlosVergani
R. Carlos Vergani
Sub-bacia: 1cabeceira ribeirodos Bagres
Substrato: FmFranca
Declividade:>30%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LV
8-CsimoTraficante
R. CsimoTraficante
Sub-bacia: 1cabeceira ribeirodos Bagres
Substrato: FmFranca
Declividade: 6 12%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LV
1972: rea urbanaconsolidada
1995: rea urbanaconsolidada
2011: rea urbanaconsolidada
Instalao desistema dedrenagem e aterro
28-RuaPrimoMeneghetti
Av. PrimoMeneghetti
Sub-bacia:7ribeiro da Ona
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30%
Vertente:Convexa
Cota: 1000m
Solo:Litlico
1972:pastagem/mata/ preaem consolidao montante eroso
1995: Pastagem/ reaurbana consolidada
2011: Pastagem/ reaurbana consolidada
Instalada no terosuperior da ruptura devertente; concentraode escoamentosuperficial;escorregamentos etaludes
Instalao desistema dedrenagem;instalao derearecreativa
Estabilizada
9-Jd. doLbano
Av. Ademar deBarros
Sub-bacia:1bcrrego do
Substrato: FmFranca
Declividade: >
Cota: 1000e 1025 m
Solo:
1972: rea parcelada
1995: rea urbana emevoluo
Aterro parcial dacabeceira comentulhos daconstruo civil esistema e
Parcialmente
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III
Jardim Vertente:Cncava/Convexa
2011: rea urbanaconsolidada / local deservios pblicos erecreao municipal
Vooroca de reativaode cabeceira dedrenagem; concentraode escoamentosuperficial
Parcialmente
Estabilizada
24-ConceioLeite
R. Alan Kardec
Sub-bacia: 5 ribeiro Bom
Jardim
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30%
Vertente:Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LV
1972: pastagem /rea consolidada montante
1995: pastagem / reaurbana consolidada
2011: pastagem /rea urbanaconsolidada
Aterramento parcialdo ramo principalcom lixo industrial eentulho
25-RuaFranciscoMarques
R. FranciscoMarques
Sub-bacia: 5-ribeiro Bom
Jardim
Substrato: FmFranca
Declividade: >30%
Vertente:Cncava /Convexa
Cota: 975 m
Solo: LV 1972: rea urbanaconsolidada
1995: rea urbanaconsolidada / rodovia
jusante
2011: rea urbanaconsolidada / rodovia
jusante
Aterro parcial comentulho e resduosde couro
26-JardimCalifrnia
R. Oscar Louzada
Sub-bacia: 5 -ribeiro Bom
Jardim
Substrato: FmFranca
Declividade: >30%
Vertente:convexa
Cota: 975 m
Solo: LV /Litlico
Instalao desistema dedrenagem e aterro.
Estabilizada
29-AvenidaDom Pedro I
Av. Dom Pedro I
Sub-bacia: 8-crregos dosCorreias
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30%
Vertente:
Convexa
Cota: 1000e 1025 m
Solo: LV
1972: pastagem
1995: pastagem /avenida montante
2011: pastagem /rea urbana emevoluo / indstrias degrd porte
Parcialmente
estabilizada
31-EscolaAgrcola
Horto Municipal
Sub-bacia:9 crrego do PousoAlto
Substrato: FmFranca
Declividade: 12 20%
Vertente:Cncava
Cota: 1000m
Solo: LV
1972: pastagem
1995: mata /pastagem
2011: mata / reaurbana em evoluo
Vooroca de reativaode cabeceira dedrenagem; associada aabatimentos esolapamento dasmargens fluviais
Recomposio davegetao natural
Estabilizada
32-AterroSanitrio
Estrada Municipal
Sub-bacia:9 crrego do PousoAlto
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30%
Vertente:Convexa
Cota: 1000e 1025 m
Solo: LV
1972:pastagem/estradamontante
1995: pastagem /aterro
2011: pastagem /aterro
Vooroca de reativaode cabeceira dedrenagem econcentrao deescoamento superficial
Instalao desistema dedrenagem e aterroparcial
19-Av.MargaridaFornasier
Av. MargaridaFornasier
Sub-bacia:4-ribeiro do Salgado
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30 %
Vertente:Cncava /
Convexa
Cota: 975 m
Solo:LV
1972: pastagem /caminhos e trilhos degado em direoeroso
1995: pastagem / reaurbana consolidada
2011: pastagem /rea urbana
consolidada
Vooroca de reativaode cabeceira dedrenagem; concentraode escoamentosuperficial; surgnciasdgua no interiorassociada a processos desolapamento de margensfluviais
Aterro commateriais daconstruo civil erecuperao dasvias atingidas comnova pavimentao;instalao desistema dedrenagem
Estabilizada
20-RodoviaCandidoPortinari/
JardimTropical
Rodovia CndidoPortinari
Bacia hidrogrfica5 ribeiro do Bom
Jardim
Substrato: FmFranca
Declividade: 20 30 %
Vertente:Cncava/Convexa
Cota: 975 e1000 m
Solo: LVHidromrfico
1972:pastagem/rodoviamontante
1995: pastagem / reaurbana emconsolidao/rodovia
2011: pastagem/ reaurbana consolidada/rodovia
Aterramento commaterial deemprstimo nacabeceira einstalao desistema dedrenagem.
Parcialmente
estabilizada
22-RuaManuelGimenezAlgartes
R. Manuel GimenezAlgartes
Sub-bacia: 5-ribeiro Bom
Jardim
Substrato: FmFranca
Declividade: 12 20%
Cota: 975m
Solo: LV
1972: pastagem/trilhas de gado em
direo eroso
1995: pastagem/ reaurbana em evoluo
2011: pastagem /rea urbana
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CHIQUITO (2004) em seu trabalho: O (des)controle da expanso urbana e a
questo urbana: a proliferao das voorocas em Franca - SP, aponta que a
implantao do Jardim Aeroporto se deu nas terras altas da sub-bacia do Ribeiro dos
Macabas, na poro sudeste da rea urbana, correspondendo rea do entorno dascabeceiras de drenagem. A caracterizao do meio fsico desta rea, que corresponde
formao Franca, com solo tipo latossolo vermelho-amarelo de textura mdia, com
declividade de at 12%, o que significa uma suscetibilidade eroso mdia, podendo
agravar-se pelo seu uso (IPT, 1998). O parcelamento do solo nesta rea com a retirada
da vegetao e a exposio do solo em conjunto com as movimentaes de terra que,
na classificao da induo dos processos erosivos pelo uso do solo feita pelo IPT
(1998) possui o grau mais elevado, agravou estas condies resultando um alto
potencial para o desenvolvimento de processos erosivos. (op. cit., 1998)
Concluses
O caso do municpio de Franca pode ser visto como um exemplo da grande
dificuldade do setor pblico em conter o avano das eroses lineares em reasurbanas. O grande problema, agregado desde ao fator humano e se estendendo at os
setores de planejamento urbano, modificando a dinmica das populaes dessas
localidades e mesmo, causando desvalorizao ou perda de reas habitveis.
Como j foi discutido, VIEIRA (1978) elaborou um estudo geomorfolgico das
voorocas neste municpio, discutindo o papel dos fatores do meio fsico, sobretudo dos
processos morfogenticos, condies pedolgicas, litolgicas e climticas na formao
das voorocas. Esta proposta de geomorfologia aplicada teve como objetivo contribuir
para a elaborao de projetos de controle de eroso. Muitos desses projetos ficaram
apenas no papel, tal a dificuldade de recuperao. Porm, o avano do crescimento
urbano no municpio torna a situao sensvel anlise.
MEGDA (2011) ainda lembra que, a complexidade dos processos erosivos
e o agravamento da situao com o surgimento de novas feies erosivas de grande
porte, provocadas, sobretudo pela expanso urbana, levaram outros pesquisadores a
continuar com a investigao sobre o tema. Tema que, com grande dificuldade mostra a
sua gnese de formao e evoluo, e projeta novamente, o fator antrpico como o
grande responsvel pela continuada evoluo desses processos.
Somente com um plano de conteno adequada, especfico de cada vooroca e
a utilizao de tcnicas mais modernas de controle de eroso, pode-se chegar a um
resultado mais adequado no municpio. Somente o potencial de crescimento pode
obrigar os rgos administradores a tomar posio, porm, esse mesmo crescimento
pode gerar, em curto prazo, avano dessas eroses. Um trabalho em conjunto e uma
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sensvel anlise dos processos geraro qualidade de vida e planejamento para as
populaes.
Material Grfico (Exemplo de caso no municpio de Franca - SP)
FOTO I: Foto de satlite com detalhe da vooroca nmero 30 (olhar Quadro I). Observar A montante (ao lado da Av. Coelho Neto); B tero inferior
(detalhe dos braos laterais) e C jusante da vooroca. As reas circundadas representam as residncias ameaadas pela vooroca. Foto: Google
Earth images Maro 2010
FOTO II: Vista da cabeceira daeroso em 2003. (Eroso n 30)Foto: A. Artioli Godoi Maro
FOTO III: Vista atual da cabeceira daeroso, com mata de proteo nassurgncias de gua montante esedimentos ao longo do interior do vale,dentro da vooroca. Foto: O. R. Megda
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FOTO V: Detalhe do movimento de creeping combinado com oescoamento superficial concentrado, com grande competnciaerosiva. Na foto, montante da vooroca, observa-se a parte ondeestava a cerca erodida, e a cerca suspensa sem o substrato, que foilavado. Foto: O. R. Megda Maio 2008
FOTO IV: Detalhe de uma cavidade no taludeda vooroca, provocada pelo processo de
piping. Foto IPT Maro 1997
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