Download - Avaliação de risco na era da
Fase de transição
Vacinação + medidas não farmacológicas
Medidas nãofarmacológicas
Vacinação
Passado
Presente
Futuro
1. Revisão dos planos de outros países
2. Estudo de modelação
3. Necessidades de informação na avaliaçao de risco
Como definir o momento e forma de transição?
Imagem de Diário de Notícias: https://www.dn.pt/sociedade/arouca-esta-prestes-a-abrir-a-maior-ponte-pedonal-suspensa-do-mundo-13620163.html
Revisão de outros países: metodologia
Alemanha
Áustria
Canadá
Espanha
Holanda
Finlândia
França
Irlanda
Itália
Reino Unido
Revisão da inclusão da cobertura vacinal para considerar levantamento de medidas não farmacológicas
Revisão de outros países: resultados I
País Cobertura no levantamento Medidas levantadas/a levantar Pressupostos/comentários
Alemanha 12-59 anos: 85% vacinados≥ 60 anos: 90% vacinados
Não indexado a medidas específicas Incidência guia o controlo da doença
Canadá (Ontário)
Próxima etapa, em adultos1 dose: 70-80% 2 doses: 25%Fase final, ≥ 12 anos1 dose: 80% 2 dose: 75%
Menores limitações em espaços fechados, mantendo-se recomendação de distanciamento social e máscaras
Melhorias em outros indicadores epidemiológicos
Holanda Adultos (observado)1 dose: 71%2 doses: 42%
•Regresso ao trabalho presencial •Não obrigatoriedade utilização de
máscara •Reabertura de espaços
Rápido aumento de casos levou à reintrodução de algumas medidas a 10/07
Finlândia População idosa/grupo de risco esquema completo População em idade ativa parcialmente vacinada
Diminuição das restrições para eventos em espaços interiores
Estabilidade da situação epidemiológica
Revisão de outros países: resultados II
País Cobertura no levantamento Medidas levantadas/a levantar Pressupostos
Reino Unido (com diferenças entre países)
68.4%Nos adultos1 dose: 87.6%2 doses: 68.5%1ª dose oferecida a todos os adultos
•Restrições restantes levantadas a 19/07•Obrigatoriedade →
Responsabilidade individual•Final das aulas e período de
verão → revisão em Setembro
• Possibilidade COVID longa• Perturbação funcionamento
sociedade → elevado número de infetados
• Sobrecarga de serviços que respondem a casos de infeção
• Sobrecarga dos serviços → relação infeção-doença grave não totalmente quebrada
• Aparecimento de novas variantes
Estudo de modelação: metodologia
Modelo de compartimentos estratificado por grupo etário e calibrado para internamento em cuidados intensivos
(24/01/2021-10/05/2021), simulando:
1. Levantamento de medidas em 14 de Junho, 14 de Julho ou 14 de Agosto, avaliando-se o impacto da vacinação
2. A partir de 14 de Junho introdução de medidas de acordo com as linhas vermelhas (introduzir se 245 camas em UCI).
Tabela 1. Início e fim da vacinação em cada grupo etário.
GrupoInício vacinação
completaFim vacinação
completaCobertura
atingida
70+ 2021-05-11 2021-07-25 95%
60-69 2021-05-11 2021-08-15 95%
50-59 2021-07-01 2021-07-29 80%
40-49 2021-08-01 2021-08-29 80%
30-39 2021-09-01 2021-09-29 80%
20-29 2021-10-01 2021-10-29 80%
Pressupostos:• 80% de efetividade contra doença sintomática (homogénea);• A nova variante não afeta a transmissibilidade ou a efetividade
vacina;• Indivíduos com <20 anos não são vacinados;• Início e fim da vacinação completa (14 dias após completar o
esquema) em cada grupo e coberturas atingidas na Tabela.
Estudo de modelação: simulações
Impacto vacinação (1 mês)
Impacto vacinação (2 meses)
Inversão devida à implementação de medidas não farmacológicas
Nova onda de menor dimensão após a remoção das medidas não farmacológicas
Simulação 1
Simulação 2
Avaliação de risco: necessidades
Durante e após a fase de transição será necessário continuar a:
1. Caracterizar a situação nas suas várias dimensões (probabilidade de infeção, doença grave e impacto)
2. Identificar alterações das características da epidemiologia da doença (e.g. novas variantes)
3. Identificar alterações nos efeitos das vacinas (e.g. perda de imunidade)
4. Identificar a necessidade de atuar precocemente
5. Direcionar a atuação mediante as características específicas da situação
Referencial monitorização e apoio ao controlo da epidemia
Avaliação de risco: proposta de alterações
1. Manter os indicadores de transmissão (incidência e número de reprodução efetivo) como indicadores centrais
2. Atualizar os limiares de incidência e de internamentos em UCI, com revisão periódica
3. Incluir indicadores de gravidade clínica e de impacto na mortalidade (em modo experimental)
4. Considerar a cobertura vacinal como indicador de planeamento do desconfinamento e não de definição de
controlo da epidemia
5. Utilizar quadro resumo dos vários indicadores estratificados por região e grupo etário
6. Considerar na avaliação de risco a informação dos indicadores, a sua tendência e o nível de confiança no indicador
7. Traduzir a avaliação de risco efetuada em contexto técnico para a população
8. Centralizar a informação em relatório único de forma a facilitar o processo e a otimizar recursos
Avaliação de risco: exemplo de quadro resumo
Incidência (14-dias, 100,000 habitantes)
R(t)
Taxa de positividade
Incidência idosos (14-dias, 100,000 habitantes)
Proporção de notificações com atraso
Isolamento e rastreamento em 24 horas
Ocupação Hospitalar
Ocupação UCI
Mortalidade
Sem
ana
I
Sem
ana
II
Sem
ana
III
Sem
ana
IV
Sem
ana
V
Sem
ana
VI
Sem
ana
VII
Sem
ana
VIII
Sem
ana
IX
Impacto
Gravidade
Transmissibilidade
480/100,000 habitantes
255 camas
+ Variantes de preocupação
Considerações finais
Continuar a considerar o papel de medidas não farmacológicas em conjunto com a vacinação. O nível de imunidade atual ainda não é suficiente para garantir o controlo.
Manter a avaliação de risco com base numa bateria de indicadores, considerando os indicadores de transmissibilidade como centrais na avaliação de risco.
Simplificar a comunicação de risco para a população em geral.
Grupo de peritos
Direção-Geral da SaúdeAndré Peralta-SantosPedro Pinto LeiteBernardo Gomes (consultor)Pedro Casaca
Instituto Doutor Ricardo JorgeBaltazar NunesLiliana AntunesConstantino CaetanoSusana PereiraAusenda MachadoAdriana SilvaAna João SantosJoana Santos
Instituto Superior TécnicoLuísa Morgado
Faculdade de Ciências do PortoÓscar Felgueiras
Escola Nacional de Saúde Pública Carla NunesAndreia LeiteAndré TorresJoão Vitor RochaMarta MonizPatrícia Soares
Comissão de Acompanhamento para a resposta em MI para a COVID-19João Gouveia
Faculdade de Ciências de LisboaManuel Carmo GomesCarlos Antunes Universidade de Trás-os-Montes
e Alto DouroJoão PereiraPaula Patrício