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Aulas1e 2
Atualidades – PF - Agente
Professor: Rivaldo Machado
Aulas: 8
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Aulas1e 2
Apresentação
Rivaldo Lins Machado
Graduado em Ciências Sociais
Pós-graduado em Sociologia
Experiência de 8 anos em curso preparatório para concursos públicos nas
disciplinas de conhecimentos gerais, atualidades e geografia.
Amigos,
Começamos uma nova jornada de estudos com a missão de atingir novos
objetivos. A partir de agora devemos centrar nossas capacidades nas metas a
serem atingidas em um futuro muito próximo.
Como disse Clarice Lispector: É necessário abrir os olhos e perceber que as
coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos
nem os desejos de razão.
Assim, desejo muita sorte e sucesso nesse novo caminho.
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Atualidades
Ecologia e meio ambiental
Atualmente, o debate sobre os impactos no meio ambiente configuram o centro de grande
debate nacional e internacional. As consequências desses acontecimentos podem ser
percebidas nas mais diversas esferas, que vão desde atividades econômicas, cidades e
saúde.
Talvez o mais conhecido deles seja o desmatamento, também conhecido como
desflorestação ou desflorestamento. Consiste n o processo de desaparecimento completo
e permanente de florestas, atualmente causado em sua maior parte pela atividade
humana. Embora o conceito se aplique em senso estrito à perda de florestas, regiões
densamente cobertas por árvores, muitas vezes ele é aplicado para perdas em outras
regiões com cobertura vegetal naturalmente esparsa, arbustiva ou rasteira, como as
savanas, as pradarias e o cerrado, significando, em seu sentido lato, a perda permanente
de todo tipo de cobertura vegetal original em determinada área. Áreas desflorestadas
historicamente e que por qualquer razão recuperaram sua cobertura não entram no
cômputo atual da desflorestação. A desflorestação, que é uma perda quantitativa de
superfície florestada, se distingue da degradação florestal, que é uma perda qualitativa em
biodiversidade, estrutura ou função de uma floresta.
No caso brasileiro a floresta amazônica e a que mais se destaca por esse tipo de impacto,
sendo fato de grande destaque e preocupação nacional e internacional. Nos últimos anos
devido, principalmente, à pressão internacional seu desmatamento vem diminuindo
sensivelmente.
Outro destaque evidente, em se tratando de problemas ambientais, consiste nas
mudanças climáticas. O termo mudança do clima, mudança climática ou alteração
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climática refere-se à variação do clima em escala global ou dos climas regionais da Terra
ao longo do tempo.
O conjunto de variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação,
nebulosidade e outros fenômenos climáticos em relação às médias históricas. Tais
variações podem alterar as características climáticas de uma maneira a alterar sua
classificação didática. Podem estar em causa mudanças no estado médio da atmosfera em
escalas de tempo que vão de décadas até milhões de anos. Estas alterações podem ser
causadas por processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por forças externas (como,
por exemplo, variações na atividade solar) ou, mais recentemente, pelo resultado da
atividade humana.
Portanto, entende-se que a mudança climática pode ser tanto um efeito de processos
naturais ou decorrentes da ação humana e por isso deve-se ter em mente que tipo de
mudança climática se está referindo.
No que diz respeito a ação antrópica, Foi A partir da Revolução Industrial que o homem
passou a emitir quantidades significativas de gases estufa, em especial o dióxido de
carbono. Neste período, a concentração original de 280 ppm deste gás cresceu até os
atuais 400 ppm, intensificando significativamente o efeito natural original. Assim, as
atividades humanas passaram a ter influência importante nas forçantes climáticas. Outros
fatores humanos que adicionam a um aumento no dióxido de carbono incluem o
desmatamento, a queimada dos combustíveis fósseis e o cultivo do gado.
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A camada de ozônio é a região da Terra, localizada na estratosfera, onde se concentra
altas quantidades de ozônio. Localizado entre 15 e 35 quilômetros de altitude e com cerca
de 10 km de espessura, contém aproximadamente 90% do ozônio atmosférico.
Os gases na camada de ozônio são tão rarefeitos que, se comprimidos à pressão
atmosférica no nível do mar, a sua espessura não seria maior que alguns milímetros. Este
gás é produzido nas baixas latitudes, migrando diretamente para as altas latitudes.
As radiações eletromagnéticas emitidas pelo Sol trazem energia para a Terra, entre as
quais a radiação infravermelha, a luz visível e um misto de radiações e partículas, muitas
destas nocivas.
A região, quando saturada de ozônio, funciona como um filtro onde as moléculas absorvem
a radiação ultravioleta do Sol e, devido a reações fotoquímicas, atenuando o seu efeito. Os
clorofluorocarbonetos (CFC), são os grandes responsáveis pela destruição da camada de
ozono. Os CFC tem inúmeras utilizações, pois são relativamente pouco tóxicos, não
inflamáveis e não se decompõem facilmente. Sendo tão estáveis, duram cerca de cento e
cinquenta anos. Estes compostos, resultantes da poluição provocada pelo Homem, sobem
para a estratosfera completamente inalterados devido à sua estabilidade e na faixa dos 10
a 50 km de altitude, onde os raios solares ultravioleta os atingem, decompõem-se. Uma
vez liberto, um único átomo de cloro destrói cerca de 100 000 moléculas de ozono antes
de regressar à superfície terrestre, muitos anos depois.
As chuvas ácidas são outra consequência do excesso de poluentes na atmosfera. A
principal causa dessa acidificação é a presença na atmosfera terrestre de gases e
partículas ricos em enxofre e nitrogenio no meio atmosférico que produzem ácidos fortes.
Quimicamente, chuva ácida não seria uma expressão adequada, porque para a Química
toda chuva é ácida devido à presença do ácido carbônico (H2CO3), mas para a Geografia
toda chuva com pH abaixo de 5,5 é considerada ácida. Os efeitos ambientais da
precipitação ácida levaram à adoção, pela maioria dos países, de medidas legais restritivas
da queima de combustíveis ricos em enxofre e obrigando à adoção de tecnologias de
redução das emissões de nitrogênio para a atmosfera.
A discussão sobre ecologia e meio ambiente está atualmente relacionada com a questão
da sustentabilidade. Sustentabilidade é uma característica ou condição de um processo ou
de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.
Ultimamente este conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos
naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação
das necessidades das gerações futuras, e que precisou do vínculo da sustentabilidade no
longo prazo, um "longo prazo" de termo indefinido, em princípio.
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Sustentabilidade também pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir
com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais
das gerações futuras. É um conceito que gerou dois programas nacionais no Brasil. O
Conceito de Sustentabilidade é complexo, pois atende a um conjunto de variáveis
interdependentes, mas podemos dizer que deve ter a capacidade de integrar as Questões
Sociais, Energéticas, Econômicas e Ambientais.
O princípio da sustentabilidade aplica-se a um único empreendimento, a uma pequena
comunidade (a exemplo das ecovilas), até o planeta inteiro. Para que um empreendimento
humano seja considerado sustentável, é preciso que seja:
- Ecologicamente correto
- Economicamente viável
- Socialmente justo
- Culturalmente diverso
Nessa onda de preocupações ambientais o mercado não poderia passar distante e não
transformar o problema em negócios. Assim, na atualidade o mercado de carbono cresce
com uma velocidade significativa. Créditos de carbono ou Redução Certificada de
Emissões (RCE) são certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua
emissão de gases do efeito estufa (GEE).
Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de
carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão
de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em
crédito de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente (Equivalência em
dióxido de carbono).
Comprar créditos de carbono no mercado corresponde aproximadamente a comprar uma
permissão para emitir GEE. O preço dessa permissão, negociado no mercado, deve ser
necessariamente inferior ao da multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por
emitir GEE. Para o emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa,
na prática, obter um desconto sobre a multa devida.
Acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto determinam uma cota máxima de GEE
que os países desenvolvidos podem emitir. Os países, por sua vez, criam leis que
restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem
atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de
carbono.
A depender do contexto do mercado, os tipos de créditos e a forma de comercialização, os
preços variam.
Conferências internacionais foram organizadas visando debater e popularizar o assunto. A
conferência de Estocolmo, realizada entre os dias 5 a 16 de junho de 1972 foi a primeira
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atitude mundial em tentar organizar as relações do Homem e do Meio Ambiente. Na capital
da Suécia, Estocolmo, a sociedade científica já detectava graves problemas futuros por
razão da poluição atmosférica provocada pelas indústrias.
Em 1992, vinte anos após a realização da primeira conferência sobre o meio ambiente, no
Rio de Janeiro, representantes de cento e oito países do mundo reuniram-se para decidir
que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência
de outras gerações.1 A intenção, nesse encontro, era introduzir a idéia do desenvolvimento
sustentável, um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais adequado
ao equilíbrio ecológico. Os encontros ocorreram no centro de convenções chamado Rio
Centro. A diferença entre 1992 e 1972 (quando teve lugar a Conferência de Estocolmo)
pode ser traduzida pela presença maciça de Chefes de Estado, fator indicativo da
importância atribuída à questão ambiental no início da década de 1990. Já as ONGs
fizeram um encontro paralelo no Aterro do Flamengo. O encontro paralelo era liberado
para a população mediante pagamento. Além do encontro paralelo, certo é que as ONGs,
conquanto não tivessem o direito de deliberar, participaram dos debates na CNUMAD de
1992.
Durante o evento, as forças armadas fizeram a proteção da cidade. O presidente da
República Fernando Collor de Mello transferiu, durante o evento, a capital de Brasília para
o Rio de Janeiro, fazendo durante alguns dias que o Rio voltasse a ser a capital do país,
como foi de 1763 até 1960.
Questões comentadas:
01)
A comparação entre os gráficos permite associar as mudanças na rede de transporte aos
seus impactos ambientais.
A principal consequência sobre o meio ambiente resultante dos investimentos na matriz de
transportes da União Europeia entre 1970 e 2004 é:
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a) agravamento do aquecimento global
b) acentuação do fenômeno da Ilha de Calor
c) aceleração do processo de desmatamento
d) aumento da destruição do ozônio estratosférico
Letra A. O aquecimento global, segundo o ponto de vista da maior parte dos cientistas, é
um fenômeno provocado pelo aumento da concentração atmosférica de gases que
potencializam o efeito estufa natural. Esses gases têm origem antrópica - ou seja, derivam
da ação do homem sobre o meio ambiente -, sendo os meios de transporte modernos os
responsáveis por significativa parcela dessas emissões, em proporções diferenciadas,
conforme pode ser observado no segundo gráfico. Uma vez que cerca de quatro quintos
das emissões provêm do transporte rodoviário, a opção da União Europeia por ampliar a
extensão dessa rede contribui para o agravamento do problema ambiental em questão.
02) Com base em projeções, realizadas por especialistas, prevê-se, para o fim do século
XXI, aumento de temperatura média, no planeta, entre 1,4°C e 5,8°C. Como consequência
desse aquecimento, possivelmente o clima será mais quente e mais úmido bem como
ocorrerão mais enchentes em algumas áreas e secas crônicas em outras. O aquecimento
também provocará o desaparecimento de algumas geleiras, o que acarretará o aumento
do nível dos oceanos e a inundação de certas áreas litorâneas. As mudanças climáticas
previstas para o fim do século XXI
a) provocarão a redução das taxas de evaporação e de condensação do ciclo da água.
b) poderão interferir nos processos do ciclo da água que envolvem mudanças de estado
físico.
c) promoverão o aumento da disponibilidade de alimento das espécies marinhas.
d) induzirão o aumento dos mananciais, o que solucionará os problemas de falta de água
no planeta.
e) causarão o aumento do volume de todos os cursos de água, o que minimizará os efeitos
da poluição aquática.
Letra B: O aumento da temperatura média da atmosfera pode causar desequilíbrio nos
processos naturais atualmente conhecidos, como, por exemplo, o ciclo da água. Nesse
ciclo, em que a água entra num processo de evaporação e condensação constante, a
temperatura mais alta pode quebrar o ciclo, causando maior evaporação, condensação e
maior derretimento do gelo que recobre a Terra, o que implica mudanças no estado físico
(gasoso, líquido e sólido).
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03) Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações
ácidas em Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de
dióxido de carbono e enxofre na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa
camada, formam gotículas de chuva ácida e partículas de aerossóis. A chuva ácida não
necessariamente ocorre no local poluidor, pois tais poluentes, ao serem lançados na
atmosfera, são levados pelos ventos, podendo provocar a reação em regiões distantes. A
água de forma pura apresenta pH 7, e, ao contatar agentes poluidores, reage modificando
seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que provoca reações, deixando consequências.
Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado).
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas ao meio
ambiente: a chuva ácida (pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como
consequência
a) a corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos, destruição da cobertura vegetal
e acidificação dos lagos.
b) a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo de chuva retira poluentes da
atmosfera.
c) a destruição da fauna e da flora, e redução dos recursos hídricos, com o assoreamento
dos rios.
d) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão urbano, corroendo, em curto prazo,
automóveis e fios de cobre da rede elétrica.
e) a degradação da terra nas regiões semiáridas, localizadas, em sua maioria, no Nordeste
do nosso país.
Letra A:A chuva ácida, como mostrada no texto, é corrosiva (devido o pH baixo) e pode
corroer estátuas e monumentos. Além disso, a chuva também pode atingir a vegetação e
os rios. As consequências disso são a possível morte de algumas plantas e peixes pela
acidificação dos rios e lagos.
Portanto esse fenômeno tem como consequência a corrosão de metais, pinturas,
monumentos históricos, destruição da cobertura vegetal e acidificação dos lagos.
04) Entre 1800 e 2010 a população cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão
para 7 bilhões de habitantes), e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes. Hoje,
pode-se dimensionar o impacto do ser humano na Terra por meio de uma metodologia
utilizada para medir as quantidades de terra e de água (em termos de hectares globais –
gha) que seriam necessárias para sustentar o consumo atual da população.
ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. Especial, ano 43, n. 2196, dez. 2010, p 24.
Adaptado.
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No contexto da sustentabilidade planetária, a metodologia acima é denominada:
a) Agroecologia
b) Biorremediação
c) Controle biológico
d Manejo ambiental
e) Pegada ecológica
Letra E: A Pegada Ecológica não é uma medida exata e sim uma estimativa, como aponta
a WWF. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a
capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos
que geramos por muitos e muitos anos.
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Rivaldo Lins Machado
Graduado em Ciências Sociais
Pós-graduado em Sociologia
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Atualidades
A nova ordem mundial
A nova ordem mundial compreende um conjunto de mudanças ocorridas a partir da década
de 1970 na geopolítica mundial. O termo geopolítica teve sua origem na Alemanha, no
início do século XX, tentando explicar o fundamento geopolítico às pretensões
expansionistas alemãs, mais tarde adotado pelos nazistas para justificar seus objetivos
imperialistas.
Portanto, podemos definir geopolítica como sendo: "Ramo da ciência política que estuda
as influências geográficas dos domínios do Estado, dando-lhe suporte estratégico e
ideológico".
A geopolítica foi muito utilizada durante o período da Guerra Fria, sendo uma luta política e
estratégica entre os blocos capitalista (liderado pelos EUA) e socialista (liderado pela
URSS).
Durante a vigência da Guerra Fria (1945 - 1990), criaram-se organizações econômicas e
militares, e houve intervenção das grandes potências em países periféricos, criando
mecanismos supostamente de defesa, mas que se traduziram em instrumentos de
dominação, tanto dos EUA como da URSS.
A nova ordem mundial pode ser definida como as configurações que a geopolítica tomou
com o término da Guerra Fria. Após a implosão da URSS e a consequente desintegração
de seu império, o mundo passou a ser dividido segundo o critério econômico, dando
origem ao mundo multipolar.
Áreas ainda indefinidas:
- CEI - Comunidade de Estados Independentes (Ex-URSS): Por um lado, pode vir a tornar-
se uma periferia da Europa; por outro, pode ocorrer a incorporação das repúblicas
meridionais e islâmicas ao Oriente Médio. Podem, também, vir a ser um mercado comum
efetivo, menos importante que os três principais.
- China: Pode ser periferizada pelo Japão ou tornar-se uma nova potência, embora
secundária.
- Oriente Médio: Área de disputa entre os três polos ou centros importantes, com vantagem
momentânea para os EUA; pode também vir a ser uma região original pela união dos
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povos e estados islâmicos, com tendência a não se alinhar harmoniosamente em nenhum
dos três centros.
Dentro dessas mudanças também surgiu uma nova Divisão Internacional do Trabalho. A
partir do século XVI, com as grandes navegações, realizando descobertas pelo mundo,
criou-se um termo chamado de divisão Internacional do Trabalho, que consistia em
fundamentar a relação entre os colonizadores (Metrópoles) e colonizados (Colônias).
Aos colonizados, cabia o fornecimento de matérias-primas para as Metrópoles e estas por
sua vez teriam a incumbência de vender para as colônias produtos manufaturados.
Este pensamento caracterizou as relações entre os principais países durante muito tempo,
até que a partir de 1945, o poder mundial ficou dividido entre duas superpotências, de um
lado EUA (representando o Capitalismo) e de outro a URSS (representando o Socialismo).
A nova ordem mundial já não se caracteriza pela competição ou disputa ideológica entre
estes dois sistemas, mas a principal característica, na atualidade, é a competição
econômica entre países e blocos de países.
A globalização é uma forte marca dessas mudanças. Ela consiste Conjunto de
transformações na ordem política e econômica mundial que vem acontecendo nas últimas
décadas. O ponto central da mudança é a integração dos mercados numa "aldeia global",
explorada pelas grandes corporações transnacionais. Os Estados abandonam
gradativamente as barreiras tarifárias que existiam para proteger sua produção da
concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional.
Este processo tem sido acompanhado de uma intensa revolução nas tecnologias de
informação: telefones, computadores, televisão, etc.
As fontes de informação também se uniformizam, devido ao alcance mundial e à crescente
popularização dos canais de televisão por assinatura e da Internet. Isso faz com que os
desdobramentos da globalização ultrapassem os limites da economia e comecem a
provocar certa homogeneização cultural entre os países.
A tendência do mercado já no início do século XXI é tornar-se cada vez mais globalizado,
pois não existe mais condições para que uma determinada empresa venha a fixar-se em
apenas uma determinada região do globo a fim de dominar um determinado setor do
mercado.
A acirrada competição entre os grandes conglomerados fez com que ocorresse uma
descentralização acentuada na atividade industrial de vários países. Várias regiões do
mundo subdesenvolvido foram modernizadas, graças à transferência de grandes grupos
industriais provenientes de países do Primeiro Mundo.
Como a competição é acirrada, muitas das empresas transnacionais viram como única
solução para garantir sua lucratividade a transferência de filiais para países
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subdesenvolvidos, onde encontram uma série de fatores que certamente irão favorecer e
garantir um bom retorno de investimento em um curto espaço de tempo e por alguns anos.
O neoliberalismo surge nesse contexto com forte influência política e econômica.
Neoliberalismo, como entendido, é um produto do liberalismo econômico neoclássico
capitalista. O termo foi cunhado em 1938 em uma conferência denominada Colóquio
Walter Lippman pelo sociólogo alemão e economista Alexander Rüstow. Ao ser criado,
termo se referia a uma tentativa de redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas
teorias econômicas neoclássicas. Em 1938 o termo se referia a uma corrente econômica
que pregava a adaptação dos princípios do liberalismo clássico às exigências de um
Estado regulador e assistencialista. A partir dos anos 1980 entretanto, o significado mudou
totalmente de sentido, quando a implementação das políticas neoliberais da forma que são
descritas atualmente costumam ser identificadas como uma volta ao liberalismo clássico .O
neoliberalismo caracteriza-se por apoio à uma maior liberalização econômica, privatização,
livre-comércio, mercados abertos, a desregulamentação, e reduções nos gastos do
governo a fim de reforçar o papel do setor privado na economia.
A partir da década de 1960, passou a significar a doutrina econômica que defende a
absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só
devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo
(minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado atualmente. No entanto,
autores da filosofia econômica e comentaristas de economia que se alinham com as
postulações liberais rejeitam a alcunha "neoliberal", preferindo adotar o termo liberal.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a denominação neoliberalismo é mais uma
denominação elaborada pelos críticos dos pressupostos do liberalismo que uma
reivindicação terminológica por parte dos precursores de sua doutrina.
O Brasil passou por mudanças significativas nesse momento. Até 1950, o Brasil era um
país tipicamente agrário, ou seja, a agricultura era o setor mais importante da economia. A
maior parte da população morava no campo, sendo que a industrialização chegou mesmo
para valer a partir de 1956, com o Plano de Metas do Governo JK, quando ocorreu uma
ruptura com o modelo agroexportador, transformando todas as relações da economia
brasileira com a economia capitalista mundial.
Quanto ao fluxo de capitais, a economia brasileira aumentou seu grau de participação no
mercado mundial, pois mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, os investimentos
estrangeiros estavam resumidos às ferrovias, à eletricidade e ao comércio de importação e
exportação.
Após 1950, os investimentos estrangeiros passaram a dominar os ramos industriais mais
modernos e diversificaram sua atuação nos setores de comércio e serviços urbanos.
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A industrialização brasileira foi desenvolvida através da substituição das importações, ou
seja, da produção interna de manufaturados, fato este que durou até os anos de 1970. A
partir de 1975, o comportamento das importações e exportações sofreu súbitas alterações,
provocadas por mudanças internacionais e o país passa a exportar produtos
industrializados, deixando para trás toda aquela ideia de exportação de produtos agrícolas.
O comércio exterior brasileiro conheceu profundas alterações nas últimas décadas, ou
seja, a exportação de produtos primários (agrícolas e minerais) e de semi-industrializados
foram sendo substituídos por exportações de mercadorias industriais. As importações
também sofreram mudanças; os bens de consumo passaram a ser produzidos pela
indústria instalada no Brasil e as compras no exterior começaram a se concentrar nos bens
de produção.
Os principais parceiros comerciais do Brasil são a China, países do MERCOSUL, União
Europeia e os Estados Unidos, tanto em importações como em exportações. Por sua vez o
Japão e a Coréia do Sul também figuram como importantes mercados.
As relações comerciais do país com áreas do mundo subdesenvolvido são muito menos
significativas. As exportações e importações para a Associação Latino-Americana de
Desenvolvimento e Integração (Aladi), que reúne o México e a maioria dos países da
América do Sul, correspondiam, até o início da década de 90, a pouco mais de 10% do
comércio brasileiro. O Oriente Médio constitui um importante fornecedor, devido às
vultosas importações de petróleo.
Com todas as modificações ocorridas em termos de inserção do Brasil no comércio
internacional não diminuiu a dependência em relação ao fluxo de capitais e ao
desenvolvimento de tecnologia, portanto, continuamos a ser país de periferia.
Essa dependência é uma característica de países periféricos em tempos de globalização.
Questões comentadas:
01)
Um dos fatos inéditos que individualizam o atual processo de globalização está
corretamente identificado em:
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a) os fluxos migratórios mundiais abrangem um grande número de trabalhadores
b) a circulação de capitais internacionais envolve volumes significativos de recursos
c) o comércio entre transnacionais constitui a maior parte das trocas mundiais de bens
d) as exportações de mercadorias representam uma parcela expressiva da economia
mundial
Letra C: O texto faz referência à polêmica existente entre os historiadores acerca da real
singularidade do atual processo de globalização, quando comparado, por exemplo, à
conjuntura do final do século XIX. Para o autor, há sim aspectos inéditos nesse processo,
que foram destacados pelo Relatório Mundial sobre o Desenvolvimento Humano de 1999.
Um desses aspectos é o predomínio absoluto das trocas mundiais de mercadorias por
parte das empresas transnacionais, situação inexistente antes do final do século XX.
02)
Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o
planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. Há uma busca de
uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos, mas o mundo se torna menos unido,
tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal.( Milton
SANTOS, Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.)
Com base nos quadrinhos e no fragmento de texto, dois elementos contraditórios do
processo de globalização capitalista estão identificados em:
a) integração econômica e polarização social
b) liberalização do mercado e ampliação da participação política
c) acesso ao consumo e redução relativa das distâncias espaciais
d) formação de blocos econômicos e diminuição da renda média
Letra A: O progresso e a difusão das redes técnicas, além da acelerada articulação dos
mercados mundiais, têm resultado numa crescente integração econômica e,
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consequentemente, numa intensa circulação de mercadorias. Os quadrinhos de Henfil
remetem a essa realidade, mostrando, ao mesmo tempo, sua contrapartida na ironia
referente ao salário proveniente da Disneylândia: a maior parte da população mundial
mantém-se à margem do usufruto dessa circulação de riquezas. Há uma permanência, ou
mesmo um aprofundamento, das disparidades sociais, o que expressa um quadro de
polarização social ou de concentração de renda, conforme alerta Milton Santos.
03)
A alteração de valores culturais em diversas sociedades é um dos efeitos da globalização
da economia.
O cartaz citado no texto ironiza uma referência cultural que pode ser associada ao conceito
de:
a) localismo
b) nacionalismo
c) regionalismo
d) eurocentrismo
Letra B: De acordo com o texto, o mundo globalizado deslocou valores culturais há muito
enraizados em diversas sociedades, em função de necessidades e demandas
mercadológicas, como, por exemplo, a maior circulação e o consumo de produtos das
procedências mais variadas. Assim, entra em pauta a revisão do valor da identidade
nacionalista, no sentido de cada vez mais se redimensionar sua relevância e centralidade
como critério de estabelecimento de diferenças e hierarquias entre países e povos.
04)
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Aulas3 e 4
A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 colocou
em xeque as políticas neoliberais, adotadas por muitos países a partir da década de 1980.
A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada com:
a) diminuição das garantias trabalhistas
b) estímulo à competição entre as empresas
c) reforço da livre circulação de mercadorias
d) redução da regulação estatal da economia
Letra D: A doutrina econômica neoliberal ou neoclássica é pautada na concepção geral de
que o mercado é autorregulável, o que resulta na convicção de que a ação do Estado
como regulador da economia deve ser minimizada. É justamente a influência desse
aspecto da doutrina sobre as políticas de regulação dos mercados financeiros e
imobiliários que foi apontada como a causa principal da crise iniciada em 2008. Para os
críticos, a reduzida regulação estatal provocou desequilíbrios que só puderam ser
identificados quando já era tarde demais para que as ações do Estado fossem capazes de
evitar as suas piores consequências.
05) O que unia toda a oposição ao programa de Margaret Thatcher era uma suspeita de
que a filha do merceeiro estava determinada a monetarizar o valor humano, de que ela não
tinha coração. Mas, se os leitores de hoje voltassem no tempo até o fim dos anos 70,
poderiam ficar irritados ao descobrir que a programação da TV do dia seguinte era um
segredo de Estado que não se compartilhava com os jornais. Thatcher transformou de tal
maneira a vida cotidiana que hoje mal nos damos conta. A morte de Margaret Thatcher,
em abril de 2013, ocasionou muitos debates na imprensa acerca de suas ações como
primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990, como exemplifica o texto. (Ian
McEwan, Adaptado de Folha de São Paulo, 14/04/2013
No contexto internacional da época, a política econômica da governante britânica foi
associada a estratégias vinculadas à prática do:
a) fordismo
b) trabalhismo
c) corporativismo
d) neoliberalismo
Letra D: A política econômica da Dama de Ferro caracterizou-se pela defesa da não
intervenção do Estado na economia, pela exaltação das virtudes do livre-mercado e pela
privatização em massa, todas as características do neoliberalismo.
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06) O nível de concentração de renda em uma sociedade capitalista relaciona-se com as
doutrinas econômicas que fundamentam as ações do Estado. Observe, no gráfico abaixo,
a variação da participação da população que constitui o 1% mais rico na renda total nos
Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, as doutrinas que predominaram na orientação das políticas públicas
nos períodos de 1930 a 1980 e de 1980 a 2009 foram, respectivamente:
a) liberalismo – estatismo
b) estruturalismo – classicismo
c) fisiocratismo – institucionalismo
d) keynesianismo – neoliberalismo
Letra D: Nos últimos oitenta anos, tem-se assistido ao embate entre duas grandes
doutrinas da teoria econômica: a dos liberais ou neoclássicos, que advogam um grau
reduzido de intervenção do Estado sobre a vida econômica e social, e a dos keynesianos
(com todas as correntes dele derivadas), que defendem o Estado regulador, inclusive no
campo da proteção social ao trabalhador. A leitura do gráfico permite associar o nível de
concentração de renda ao predomínio de cada uma dessas doutrinas na orientação das
políticas públicas norte-americanas. No período de 1930 a 1980, verifica-se a melhoria da
distribuição da riqueza no país, momento que coincide com as políticas de linha
keynesiana do New Deal, de Roosevelt, a partir de 1933. Já a fase de reversão dessa
tendência é iniciada em 1980, com a ascensão de Ronald Reagan à presidência, dando
início a sequência de políticas de linha neoliberal que predominaram nas últimas décadas,
cuja única exceção foi o governo democrata de Bill Clinton.
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Aulas 5 e 6
Atualidades – PF - Agente
Professor: Rivaldo Machado
Aulas: 8
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Aulas 5 e 6
Apresentação
Rivaldo Lins Machado
Graduado em Ciências Sociais
Pós-graduado em Sociologia
Experiência de 8 anos em curso preparatório para concursos públicos nas
disciplinas de conhecimentos gerais, atualidades e geografia.
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Aulas 5 e 6
Atualidades
A população
Na atualidade as condições de vida que estão submetidas grande parcela da humanidade
são motivos de preocupações. Primeiramente, devem-se quantificar essas condições,
através de indicadores sociais.
Indicador social é uma medida, geralmente estatística, usada para traduzir
quantitativamente um conceito social abstrato e informar algo sobre determinado aspecto
da realidade social, para fins de pesquisa ou visando à formulação, monitoramento e
avaliação de programas e políticas públicas.
Para a OCDE (sigla em inglês para Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), indicador é um parâmetro, ou valor derivado de parâmetros, que indica,
fornece informações ou descreve o estado de um fenômeno área/ambiente, com maior
significado que aquele apenas relacionado diretamente ao seu valor quantitativo. Segundo
a European Environment Agency (EEA) define os indicadores como sendo uma medida,
geralmente quantitativa, que pode ser usada para ilustrar e comunicar um conjunto de
fenômenos complexos de uma forma simples, incluindo tendências e progressos ao longo
do tempo.
A construção de indicadores amplos, como o Índice de Distribuição Humano ou as Metas
do Milênio, possibilita comparabilidade internacional, estimulam iniciativas domésticas e
orientam as ações de ajuda internacional aos países mais pobres. Geralmente, os valores
considerados adequados ou satisfatórios para um indicador são estabelecidos por
organizações internacionais.
Os indicadores podem ser analíticos (constituídos de uma única variável: esperança de
vida ao nascer, taxa de alfabetização, escolaridade média, etc.) ou sintéticos (quando
resultantes de uma composição de variáveis, como o IDH)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para
classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para ajudar a
classificar os países como desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto), em
desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos
(desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de
expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do
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padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são
classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações
locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como
estados, cidades, aldeias, etc.
O índice foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amartya Sen e Mahbub ul Haq, e
vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) no seu relatório anual.
Apesar de existir uma grande quantidade de pessoas que são consideradas abaixo da
linha de pobreza no, dependendo da região analisada é possível perceber diferenças
significativas nas condições de vida delas.
A Terra deverá abrigar 10 bilhões de pessoas no ano de 2050, praticamente o dobro de
hoje. A sombria previsão foi apresentada pela ONU. O perigo da explosão demográfica
persiste, mesmo com os programas de planejamento familiar em países desenvolvidos e
latino-americanos. O maior problema não é a velocidade recorde em que o mundo cresce,
mas o perfil da população que mais crescerá que será no mundo subdesenvolvido, onde
falta infraestrutura, saneamento, saúde, educação. A ONU prevê que os gigantescos
bolsões de pobreza da África e Ásia ganharão reforços. A América Latina que formava o
pelotão incontrolável reduziu seu ritmo de crescimento. A África largou na frente, apesar da
mortalidade são hoje 13% da população e em 2050 chegarão a 27%, enquanto a América
Latina teve sua taxa de 6,5 nascimentos por mulher na década de 1950 reduzido para 3,2
no início da década de 1990, a África mantém estatística elevadíssima: 6 nascimentos por
mulher nas últimas 4 décadas. O fosso entre o mundo subdesenvolvido e os países
desenvolvidos aprofunda-se com a mesma velocidade com que a população cresce. O
chamado mundo civilizado vai perder espaço no mapa demográfico do planeta, abrigando
apenas 13% das populações em 2050. Além disso, sua população será idosa. A metade
da população do continente terá mais de 45 anos. Tal perspectiva promete aguçar dois
grandes focos de tensão. O número crescente de aposentados dependerá de uma
população economicamente ativa cada vez menor. Os países do norte da África tentarão
exportar mais de 56 milhões de pessoas ao mercado de trabalho europeu. A América
Latina parece ter sido poupada do fantasma da superpopulação. No Brasil o crescimento
se equilibrou num patamar razoável, de acordo com o último CENSO a taxa é de 1,8% ao
ano e a maior parte dos países da América Latina acompanhou a desaceleração
demográfica do Brasil, caso o ritmo continuasse, as dificuldades seriam ainda maiores.
Outro ponto de destaque a respeito da população é seu crescimento. Alguns historiadores
calculam que no ano 1 da Era Cristã, o número de habitantes de nosso planeta estava na
casa dos 250 milhões.
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Aulas 5 e 6
Por volta de 1650, a população mundial alcançou a cifra de 500 milhões de habitantes
(não esqueça que neste intervalo ocorreram inúmeras guerras e a Peste Negra); já em
1850, a população mundial atingia 1 bilhão de habitantes, passando para 2,5 bilhões em
1950.
Em 1990, a população mundial tinha atingido cerca de 5,2 bilhões de habitantes e, em
2000, já havíamos passado dos 6 bilhões de seres humanos. Atualmente, estamos
próximos aos 7,5 bilhões.
Esse crescimento, nos países mais desenvolvidos, é denominado de transição
demográfica, porém, nos países subdesenvolvidos, o que vemos é uma verdadeira
explosão demográfica.
O aumento que a população mundial teve, nos últimos anos, foi superior a 65 milhões de
habitantes ao ano, em termos absolutos. É um dado alarmante, ainda que represente uma
sensível queda de 1,5% ao ano.
Estudando o binômio população e desenvolvimento, a ONU - Organização das Nações
Unidas - apontou fatores que podem contribuir para reduzir as taxas de crescimento da
população mundial. Entre eles, destacam-se:
- a distribuição mais justa da riqueza;
- a emancipação socioeconômica da mulher;
- o planejamento familiar;
- a transferência da tecnologia das nações ricas, principalmente produtoras de alimentos,
para as nações mais pobres;
- condições melhores de saneamento básico, saúde e educação.
Dos 510 milhões de quilômetros quadrados da superfície terrestre, apenas um quarto é
formado por terras emersas, os chamados continentes. Estes possuem regiões habitáveis
(ecúmenos) ou não (anecúmenas).
Diferentemente do espaço continental, que se mantém relativamente estável, as condições
naturais favoráveis à vida humana vêm-se reduzindo devido ao crescimento natural da
população mundial e à ação antrópica (do homem sobre o meio).
Somente tornando-nos conscientes das condições que afetam o espaço natural,
poderemos idealizar alguma forma de desenvolvimento que seja ecologicamente
sustentável.
Alguns Conceitos Fundamentais:
- Demografia: Estudo sistemático das populações humanas, consideradas basicamente
quanto ao seu crescimento, tamanho e estrutura.
- População Absoluta: É o número total de habitantes de um determinado lugar (país,
região, estado, província).
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Aulas 5 e 6
Quando esta região determinada apresenta um grande número de habitantes, dizemos que
o lugar é populoso ou de grande população total (absoluta) e se o número de habitantes for
pequeno, dizemos que é um lugar pouco populoso.
Em termos mundiais, temos, como por exemplo, alguns países populosos: China, Índia,
Brasil, Japão, Estados Unidos; e países não populosos: Canadá, Portugal, Austrália e
Mongólia.
As cidades mais populosas do mundo podem ser assim enumeradas: Cidade do México,
Nova Iorque, São Paulo, Tóquio e Xangai.
Como áreas pouco populosas, citamos: Amazônia, Sibéria e Saara.
População Relativa: Corresponde ao número de habitantes que ocupam determinada área
(por km²). Pode-se também encontrar a densidade demográfica, dividindo-se o total de
habitantes pela área.
As diferenças na ocupação estão relacionadas a alguns fatores.
- Fatores físicos ou naturais:
Dentre os fatores determinantes e mais favoráveis à ocupação humana de determinada
região, podemos relacionar os aspectos físicos de grande importância, pois desde os
tempos mais remotos, o ser humano vem procurando os melhores locais para realizar seus
assentamentos (povoados).
As áreas de clima temperado, planícies, vales e deltas fluviais e as de solos férteis são as
áreas inicialmente procuradas para ocupação.
- Fatores Históricos:
As maiores concentrações populacionais do mundo, via de regra, estão situadas em áreas
ocupadas desde os tempos mais remotos e que mantiveram o seu motivo principal de
ocupação, quer seja a fertilidade do solo, a existência de riquezas minerais, etc.. Dentre as
áreas de povoamento antigo e que ainda mantêm grandes aglomerados populacionais,
citamos o Extremo Oriente (Leste da China, Coréias e Japão), Ásia das Monções (sul e
sudeste asiáticos) e Europa Centro-Ocidental.
- Fatores Econômicos
Sem dúvida, atualmente, o fator que mais instiga à mobilidade populacional é o econômico,
pois as atividades econômicas são bastante diversificadas quanto à forma de produção, à
natureza, à finalidade dos produtos. Em função destes aspectos, as atividades econômicas
acarretam maior ou menor concentração populacional.
As áreas de agricultura extensiva mecanizada e de pecuária intensiva apresentam
pequena concentração de mão-de-obra, pois requerem pequena quantidade de trabalho
por área, como podemos citar as pradarias canadenses, o pampa gaúcho ou o pampa
argentino. No entanto, as áreas industriais e de prestação de serviço, pela sua própria
natureza e dinâmica, costumam apresentar elevados índices de densidade demográfica,
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Aulas 5 e 6
como o Nordeste dos Estados Unidos, a Europa Ocidental e o vale do Paraíba (eixo Rio-
São Paulo), no Brasil.
Não podemos confundir alto contingente populacional com superpovoamento. Uma área é
considerada superpovoada quando ocorre um descompasso nas condições
socioeconômicas da população em relação à área ocupada.
Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que a população mundial
continua crescendo, embora num ritmo menor que nas décadas anteriores. Sabe-se que a
população mundial dobra o seu contingente a cada 25 anos e que se alguma coisa não for
feita para abaixar esses índices, logo teremos maior escassez de alimentos e de água.
Sabemos que o que realmente ameaça o futuro da humanidade e que poderá produzir
danos maiores que a maioria das guerras juntas é a escassez de água. Hoje, 10 milhões
de pessoas morrem a cada ano por causa de doenças que poderiam ser evitadas se
houvesse saneamento básico. Desse total, metade tem menos de 18 anos.
Outro ponto de destaque na demografia diz respeito a estrutura da população. Essa
consiste em dados estatísticos que demonstra sua qualidade de vida. As pirâmides etárias
são um bom exemplo disso. Elas representam a distribuição da população em diferentes
níveis etários. Sendo, uma de suas características mais marcantes está no fato que em
países menos desenvolvidos ela apresenta uma base larga, demonstrando as altas taxas
de natalidade e o predomínio de jovens.
Por outro lado, os países com a população considerada idosa, ou seja, os países maduros,
geralmente estão situados em áreas mais desenvolvidas do globo, normalmente em áreas
temperadas, tendo em vista uma série de fatores, como por exemplo, a antiguidade da
ocupação, o modo de ocupação, etc.; apresentam uma população adulta e idosa muito
numerosa, pois apresentam baixa taxa de natalidade, porém, baixa taxa de mortalidade e
elevada expectativa de vida.
Por sua vez os países considerados em transição demográfica, como é o caso do Brasil, o
número de adultos tende a crescer, pois a natalidade está diminuindo e a expectativa de
vida aumentando, consequentemente aumenta o número de idosos.
Já os países considerados de população jovem, estão em uma primeira fase de
desenvolvimento, são países subdesenvolvidos e não industrializados que apresentam
altas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida.
Os gráficos de pirâmides etárias nos revelam dados referentes à idade das populações
obtidos em determinada época. Vejamos o exemplo da pirâmide etária brasileira. Até 1970,
a nossa pirâmide etária apresentava-se como sendo típica de um país subdesenvolvido, no
entanto, nas últimas décadas, ocorreu uma substancial mudança no comportamento de
crescimento da família brasileira, que passou a ter menos filhos; a mulher, antes, quase
exclusivamente dona-de-casa, passou a ocupar cargos de liderança, antes só ocupados
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Aulas 5 e 6
por homens, com isso ocorreu uma diminuição acentuada do número de nascimentos no
país, consequentemente diminuindo o número de filhos por mulher, que em 1960, era de
aproximadamente 6 e caindo a partir da década de 1990 para 2,8.
A população mundial apresenta nas migrações outro ponto de destaque. Entre ela
destaca-se o êxodo rural. Esse termo é usado para designar o abandono do campo por
seus habitantes, que, em busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões
consideradas de menos condições de sustentabilidade a outras, podendo ocorrer de áreas
rurais para centros urbanos. Este fenômeno se deu em grandes proporções no Brasil na
segunda metade do século XX e foi sempre acompanhado pela miséria de milhões de
retirantes, e sua morte aos milhares, de fome, de sede e de doenças ligadas à subnutrição.
Os conflitos recentes na África e noutras regiões do mundo são outra causa do êxodo
rural, fazendo com que milhões de pessoas engrossem o exército de desempregados e
marginais nas grandes cidades. Ainda outra causa são os desastres naturais, como
ciclones e secas, que deixam as populações rurais sem meios de subsistência e as
empurram, muitas vezes de forma permanente para as cidades.
Estes fenômenos estão ligados à falta de políticas de desenvolvimento das zonas rurais,
tais como a construção de infraestruturas básicas - estradas, escolas e hospitais.
A migração pendular é outra modalidade que merece destaque. É o movimento diário de
milhões de pessoas saem de sua cidade no período da manhã para cumprir jornada de
trabalho em outra, retornando só à noite para casa.
Esses fluxos não configuram exatamente uma migração, pois não é uma mudança
definitiva nem por largo período. Entre os casos mais comuns de migração pendular está o
dos boias-frias, que saem da cidade e se deslocam para o meio rural para exercer sua
atividade.
No Brasil, o êxodo rural - deslocamento de populações do campo para as áreas urbanas -
foi mais acentuado entre as décadas de 1950 e 1980, período em que as maiores
metrópoles do país, em especial São Paulo e Rio de Janeiro, eram os grandes polos de
atração popular do país.
Nessa época, houve grande expansão horizontal das regiões metropolitanas em direção à
periferia, acompanhada pela baixa qualidade das condições de moradia da população e do
meio ambiente nas áreas ocupadas. Multiplicaram-se as favelas e os cortiços. Começaram
a surgir e a crescer os loteamentos clandestinos em áreas de manancial, desprovidas de
abastecimento de água e coleta de esgoto e lixo.
À medida que as metrópoles se expandiram horizontalmente, o deslocamento de pessoas
entre a casa e o trabalho ( ou escola ) aumentou. Muitas vezes, elas trabalham ou estudam
em outra cidade, percorrendo longas distâncias todos os dias. Esse vaivém diário de
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Aulas 5 e 6
pessoas entre dois lugares diferentes é chamado de migração pendular (em comparação
ao movimento de vaivém dos pêndulos).
Questões comentadas:
01)
Considerando o mapa, a associação adequada entre o valor do IDH, a localização
geográfica e uma de suas causalidades históricas está identificada em:
a) médio - sudeste asiático - proeminência chinesa
b) elevado - América do Norte - colonização inglesa
c) baixo - África subsaariana - neocolonialismo europeu
d) elevado - países do Mercosul - modernização agrícola
Letra C: O cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano leva em conta um conjunto de
indicadores que avaliam as condições gerais de vida das populações. Os
condicionamentos históricos que afetam esse índice variam de sociedade para sociedade,
podendo, contudo, ser agrupados de acordo com processos gerais da história moderna e
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contemporânea. Destaca-se, assim, o caso particular dos efeitos da ocupação imperialista,
das lutas de descolonização e do neocolonialismo, em diversas regiões do continente
africano, marcadas, ainda hoje, pelos baixos índices do IDH, como representado no mapa.
02) O exame da distribuição de renda da população auxilia na avaliação do grau de justiça
social, da qualidade da ação previdenciária do Estado e da eficácia das políticas públicas
de combate à pobreza.
Observe o gráfico que indica a razão entre a renda anual dos 10% mais ricos e a renda
anual dos 40% mais pobres, no Brasil, nos anos de 2001 a 2008.
Considerando os dados apresentados, é possível afirmar que a principal ação
governamental que contribuiu para a mudança verificada na distribuição da renda na
sociedade brasileira durante o período indicado foi:
a) elevação do valor real do salário mínimo
b) redução da carga tributária do setor produtivo
c) diminuição da taxa básica de juros ao consumidor
d) ampliação do investimento público em infraestrutura
Letra A: O gráfico apresenta o quociente resultante da divisão entre a renda total dos 10%
mais ricos pela renda total dos 40% mais pobres no Brasil, de 2001 a 2008. Quanto maior
o número resultante dessa divisão maior a diferença entre a renda de ricos e pobres. Em
2001, a renda da fração mais rica era 23,34 vezes maior do que a dos mais pobres. Ao
longo da década, essa diferença foi reduzindo até atingir a razão de 17,13, indicando
assim o processo de melhoria da distribuição da riqueza no país, resultado da elevação do
valor real do salário mínimo, da estabilidade da moeda e dos programas sociais
governamentais.
03) A proporção entre a população e a superfície territorial é um dos elementos que define
a relação entre sociedade e espaço. Observe os dados informados abaixo:
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Aulas 5 e 6
De acordo com a tabela, o país mais povoado é a:
a) China
b) França
c) Holanda
d) Argentina
Letra C: O povoamento relativo de um espaço pode ser expresso por um dado médio,
conhecido como densidade demográfica. Ela é o resultado do cálculo no qual a população
absoluta do território é dividida por sua superfície, normalmente expressa em quilômetros
quadrados. No cálculo dessa razão para os países indicados na tabela, a Holanda
destaca-se como a nação com maior população em relação ao espaço nacional, por
apresentar uma densidade demográfica de 392 habitantes/km2, enquanto a China tem 137
habitantes/km2, a França 112 habitantes/km2, e a Argentina 14 habitantes/km2.
04) A taxa de dependência total corresponde ao percentual do conjunto da população
jovem (menores de 15 anos) e idosa (com 60 anos ou mais) em relação à população total.
Ela expressa a proporção da população sustentada pela população economicamente ativa.
A manutenção da tendência apresentada no gráfico pode favorecer o seguinte impacto
sobre as despesas governamentais nas próximas duas décadas:
a) redução do déficit da previdência social
b) diminuição das verbas para a rede de saúde
c) elevação dos investimentos na educação infantil
d) ampliação dos recursos com seguro-desemprego
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Aulas 5 e 6
Letra A: Os dados apontam para o decréscimo da parcela da população que é sustentada
pela população que exerce atividade remunerada, ou seja, a população economicamente
ativa. Isso significa que há mais pessoas contribuindo para o sistema previdenciário do
país, em um momento em que a população idosa ainda não corresponde a um percentual
extremamente elevado da sociedade, quando comparado ao que ocorre em países
desenvolvidos. Dessa forma, é possível projetar um alívio nas contas da previdência social,
pelo menos até que ocorra um envelhecimento mais acentuado da população brasileira.
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Aulas 7 e 8
Atualidades – PF - Agente
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Aulas: 8
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Apresentação
Rivaldo Lins Machado
Graduado em Ciências Sociais
Pós-graduado em Sociologia
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Atualidades
A crise europeia
O mundo globalizado apresenta novas conjunturas para a economia mundial. Com o
advento dos blocos econômicos novas realidades se delineiam, como as crises
econômicas. Um exemplo é a crise da dívida pública europeia, muitas vezes referida como
crise da Zona Euro, sendo é uma crise financeira em curso que, para alguns países da
Zona do Euro, que tornou difícil ou mesmo impossível o pagamento ou o refinanciamento
da sua dívida pública sem a ajuda de terceiros.
A partir do final de 2009, o receio de uma crise de dívida pública desenvolveu-se entre os
investidores, como resultado do aumento dos níveis de endividamento do governo e
entidades privadas em alguns estados europeus. As causas da crise variaram de país para
país. Em alguns países, as dívidas privadas decorrentes da bolha de especulação
imobiliária, foram transferidas para a dívida pública como resultado dos resgates do
sistema bancário e respostas governamentais à desaceleração das economias no período
pós-bolha. Na Grécia, os insustentáveis compromissos salariais do setor público e de
pensões impulsionaram o aumento da dívida. A estrutura da Zona Euro enquanto união
monetária (i.e. uma única moeda) sem união fiscal (i.e. impostos e regras de pensões
públicas diferentes) contribuiu para a crise e limitou a capacidade dos líderes europeus
para encontrar respostas. Esta situação é reforçada pelas preocupações relativamente à
solvência dos sistemas bancários europeus, dado estes possuírem quantidades
significativas da dívida soberana públicas.
As dúvidas intensificaram-se a partir do início de 20007 levando os ministros das finanças
europeus a aprovar a criação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e o
Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).
Para além das medidas políticas e programas de resgate implementados para combater a
crise da dívida pública europeia, o Banco Central Europeu (BCE) também contribuiu com a
redução das taxas de juro e proporcionando créditos barato superiores a um trilião de
euros, para manter os fluxos monetários entre os bancos europeus. Em 6 de setembro de
2012, o BCE também procurou acalmar os mercados financeiros anunciando apoio
ilimitado e sem custos a todos os países da Zona Euro com programas de resgate ou
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Aulas 7 e 8
preventivos do FEEF/MEE, através da redução do juro associado a transações monetárias
definitivas.
A crise não só gerou efeitos adversos nas economias dos países mais atingidos, como
também teve impacto político significativo na governação de 8 dos 17 países da zona euro,
levando a mudanças de poder na Grécia, Irlanda, Itália, Portugal, Espanha, Eslovénia,
Eslováquia e Países Baixos.
Economia brasileira
Outro ponto de destaque na atualidade é a economia brasileira. Internacionalmente chama
a atenção por fazer parte de um conjunto de países emergentes, que são designados pela
sigla BRICAS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do sul). Nacionalmente seu destaque se
refere a uma década de significativo crescimento e, com perspectivas, de desaceleração.
Assim, para melhor entendermos essas mudanças vamos analisar a história da economia
brasileira através de uma periodização tendo como base a atividade industrial.
Denomina-se indústria o conjunto de atividades produtivas que o homem realiza, de modo
organizado, com a ajuda de máquinas e ferramentas.A atividade industrial no Brasil teve
início no período colonial. Sua história, no entanto, não se caracteriza por uma evolução
sistemática. As atividades agrícolas e o extrativismo absorviam o pouco capital e mão-de-
obra, dando margem apenas às indústrias caseiras, à agroindústria do açúcar, às
pequenas indústrias no litoral e aos estaleiros em que se construíam embarcações de
madeira.
Em 1785, D. Maria I, a louca, rainha de Portugal, decretou que todas as indústrias
manufatureiras ou fabris instaladas no Brasil deveriam ser fechadas, bem como, proibia a
instalação de outras. Para muitos, esse fato é o responsável pelo atual
subdesenvolvimento do nosso país.
A partir de 1808, com a chegada da Família Real, a situação apresentou uma relativa
melhora. No entanto, as leis protecionistas em favor de produtos ingleses desestimulavam
qualquer tentativa de industrialização independente por parte de brasileiros.
Somente a partir de 1844, com a tarifa Alves Branco e a criação de taxas médias de
importação na ordem de 44% foi que ocorreu o primeiro surto industrial no país, com o
aparecimento de empreendedores como o Barão de Mauá, no Rio de Janeiro, o Coronel
Delmiro Gouveia, em Pernambuco.
A partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi que o país teve um processo
significativo de desenvolvimento e maior diversificação industrial, tendo em vista a
impossibilidade de importar determinados produtos das nações envolvidas no confronto,
forçando a fabricação interna.
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Foi somente a partir da crise de 1929 (queda da Bolsa de Nova Iorque), que o Brasil
acordou para a industrialização, pois seu principal produto de exportação - o café - estava
desvalorizado no mercado internacional, ainda mais que também combinava com a
Revolução de 1930, que desalojou da política brasileira a oligarquia cafeeira que
emperrava qualquer surto industrial.
O surto industrial foi estimulado pelo capital advindo dos barões-do-café, detentores do
poder até então. As ferrovias, que haviam sido construídas para escoar a produção de
café, entroncavam-se em São Paulo e a mão-de-obra imigrante (já com alguma
experiência industrial de seu país de origem), formou o triângulo perfeito para transformar
a capital paulista no principal centro industrial dos anos 30, bem como desencadear a
Revolução Industrial Brasileira.
Em 1942, com a implantação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta
Redonda, priorizou-se a intervenção estatal nos setores de base da economia -
petroquímica, siderurgia, indústria de cimento, etc.
Com a chegada ao poder de Juscelino Kubitschek (1956-1960) e a implantação de seu
Plano de Metas, ocorreram maciços investimentos estatais em diversos setores da
economia - agricultura, saúde, educação, energia, transportes, mineração e construção
civil -, tornando o Brasil um país atraente para investimentos estrangeiros. Foi a partir
dessa época que se abriu a possibilidade da instalação de indústrias automobilísticas no
Brasil e a região escolhida foi a Sudeste, mais precisamente São Paulo, tendo em vista
que a infraestrutura necessária já estava implantada, ou seja:
- Energia abundante;
- Proximidade relativa do porto de Santos;
- Meios de transporte eficazes;
- Mão-de-obra barata e abundante;
- Mercado consumidor em formação;
- Incentivos fiscais;
- Terrenos baratos.
As primeiras indústrias automobilísticas que se instalaram na região foram a FORD, GM e
VW.
Durante os anos seguintes (Período Militar), ocorreu um forte incremento estatal em
indústrias de base, procurou-se modernizar os setores de infraestrutura, como energia,
transportes e comunicações. No entanto, em 1964, a dívida externa brasileira era de 3,7
bilhões de dólares e o Brasil possuía o 43º PIB do mundo, sendo que em 1985, ao término
da ditadura militar, o Brasil apresentava o 8º PIB do mundo capitalista e sua dívida externa
era de aproximadamente 95 bilhões de dólares. Apesar de os indicadores de
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desenvolvimento terem evoluído de forma significativa, a qualidade de vida da maioria da
população piorou bastante; enquanto a economia crescia, a população empobrecia.
A partir de 1985, teve início o processo de democratização do país, com alterações
profundas na política econômica estabelecida pelo governo que passou a priorizar as
privatizações de empresas estatais, combate aos monopólios da União, busca da
diminuição de impostos de importação de bens de consumo e de produção, com
estabelecimento de cotas de importação e tarifas diferenciadas pelos diversos setores.
Com a abertura do mercado brasileiro, a partir da década de 1990, muitos produtos que
antes era supertarifados puderam entrar no país sem maiores restrições, fazendo surgir
uma nova modalidade de comércio, o das lojas de R$1,99, que se espalharam
rapidamente pelo país. Muito embora a qualidade deixe muito a desejar, a maioria da
população de baixa renda procura tais estabelecimentos para resolver momentaneamente
seu desejo de compras. Com a invasão de produtos de todas as partes do mundo, a
indústria nacional viu-se obrigada a rever sua política de investimentos para não perder
mercado; o certo é que muitas empresas tiveram que encerrar suas atividades. No entanto,
no tocante à indústria automobilística, que já atuava em um mercado restrito, foi obrigada a
modernizar-se, pois é cada vez maior o número de fábricas estrangeiras instalando-se no
Brasil e provocando uma significativa redução no preço dos automóveis.
Observe o mapa abaixo:
Questões comentadas:
01) A atual crise financeira que afetou à União Europeia abalou a confiança dos mercados
financeiros internacionais com relação ao bloco. Muitos analistas afirmam que é um efeito
reflexo da crise americana de 2008, e que tal efeito se faz sentir de forma mais aguda nos
países mais frágeis economicamente do bloco. Dentre esses países, a atual crise européia
afetou, principalmente:
a) Turquia, Grécia e Portugal;
b) Portugal, Espanha e França;
c) Grécia, Portugal e Irlanda;
d) Islândia, Grécia e Portugal;
e) Espanha, Grécia e França.
Letra C: Os países mais afetados pela atual crise europeia são representados pela
sigla PIIGS – Portugal, Irlanda, Itália, Grécia, e Espanha (Spain em inglês).
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02) Em novembro de 2011, o governo da Grécia desistiu de convocar um referendo
popular, cedendo à pressão dos líderes europeus preocupados como futuro do continente.
Esse referendo popular decidiria sobre a(o)
a) Aliança estratégica com os países dos Bálcãs
b) Ajuda humanitária oferecida pelas Nações Unidas
c) Presença das forças militares da OTAN na Europa
d) Pacote de Socorro financeiro do resto da Europa
e) Efeito político da Primavera Árabe na economia grega
Letra D: Como a crise grega se trata de uma crise financeira de crédito causada, entre
outros fatores, pelos elevados gastos públicos e pelo endividamento que expôs a
dificuldade de saneamento das contas públicas grega, uma das formas de conter a crise
foram medidas de austeridade e enxugamento dos gastos públicos, além de contração do
socorro financeiro promovido pelo Fundo de Resgaste Europeu. Devido a impopularidade
das medidas de austeridade propostas, o então primeiro-ministro George Papandreau
convocou um referendo para a população votar sobre o pacote anticrise, logo que
determinava o futuro do país.
03)
“A crise nos países centrais levou o jornalão „The Independent‟, londrino, a prever que „os
ricos ficarão mais ricos, e os pobres, mais pobres.‟ Deve ser terrível viver num país onde
....você sabe”
O comentário acima faz referência à interpretação de um jornal europeu acerca da atual
crise dos países centrais e de seus possíveis desdobramentos.
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No contexto específico dessa interpretação, que se refere a países europeus, o
complemento que dá sentido à frase “Deve ser terrível num país onde...”é o seguinte:
a) Os processos de integração são recentes.
b) As disparidades regionais são históricas.
c) As diferenças culturais são irrelevantes.
d)) As desigualdades sociais são crescentes.
e) Os recursos diplomáticos são inoperantes.
Letra D: A frase “ricos ficarão mais ricos, e os pobres, mais pobres” remete ao sentido
expresso pela assertiva que se refere as desigualdades sociais.
04)
Os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek foram momentos marcantes da
história econômica brasileira, especialmente no que se refere ao desenvolvimento
industrial do país.
Uma semelhança entre o processo de industrialização brasileiro verificado no governo de
Vargas e no de JK está apontada em:
a) expansão do mercado interno
b) flexibilização do monetarismo
c) regulação da política ambiental
d) autonomia do progresso tecnológico
Letra A: O governo de Vargas e o de Juscelino Kubitschek foram marcantes no processo
de industrialização brasileiro. Nesses dois períodos, registrou-se grande avanço desse
setor, o que alterou significativamente o perfil socioeconômico do país. Apesar das
diferenças, o avanço da atividade fabril nos dois governos inseriu-se no que foi
denominado posteriormente como processo de industrialização por substituição de
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importações. Em outras palavras, tratou-se de substituir os produtos que anteriormente
eram comprados no exterior por produtos produzidos nacionalmente a fim de atender o
crescente mercado interno. As imagens mostram fábricas inauguradas pelos dois
presidentes, ambas destinadas a essa finalidade.
05)
A realização mais conhecida do governo de Juscelino Kubitschek foi a construção de
Brasília. No entanto, essa obra contemplava objetivos mais abrangentes desse
governante.
Dentre esses objetivos, destaca-se o de promover a integração nacional por meio da
seguinte ação:
a) modernização do setor terciário
b) ampliação da infraestrutura de transportes
c) interligação das redes de telecomunicações
d) exploração das regiões Nordeste e Centro-Oeste
Letra B: A construção de Brasília e a mudança da capital do país para o Planalto Central
foram as metas-síntese das ações desenvolvimentistas do governo de Juscelino
Kubitschek, entre 1956 e 1960. Elas representaram o objetivo de associar o crescimento e
a modernização econômica a cada vez maior integração nacional, por meio, dentre outras
ações, dos investimentos na construção de estradas e na expansão da indústria
automobilística.
06) Entre a posse do presidente João Goulart, em 1961, e a abertura política, iniciada em
1979-1980, a economia brasileira enfrentou conjunturas de crise e de prosperidade,
perceptíveis nas variações dos índices econômicos apresentados na tabela a seguir.
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As particularidades do período conhecido como “Milagre Econômico” foram caracterizadas
por:
a) redução das taxas de inflação e crescimento do PIB
b) incremento da dívida externa e retração das importações
c) estagnação das exportações e manutenção das taxas de inflação
d) estabilização da balança comercial e diminuição da dívida externa
Letra A: Entre os aspectos da conjuntura de crise que afetou o governo de João Goulart
(1961-1964), destacou-se a escalada inflacionária e o quadro recessivo da economia. Os
dirigentes que assumiram o poder executivo federal em abril de 1964 priorizaram, entre
outras ações, a reversão dessa situação econômica. Ampliaram-se os investimentos
estatais, facilitou-se a entrada de capitais estrangeiros e instauraram-se mecanismos de
estabilização do valor da moeda nacional. A partir de 1968, como indicado na tabela, um
dos resultados mais expressivos dessas medidas manifestou-se nos elevados índices do
PIB e também na contenção da inflação na casa dos 20% ao ano. O governo divulgava
esse quadro de crescimento em suas propagandas como um milagre econômico,
escamoteando, em parte, as medidas derivadas desse tipo de orientação: a elevação da
dívida externa, a facilitação dos mecanismos de crédito e o controle dos salários.