As Iniciativas e Visão da Petrobras
sobre Eficiência Energética na
Indústria
23 de outubro de 2012
Neemias Reis Ferreira
Coordenador de Eficiência Energética
Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde
PETROBRAS
Fórum de Eficiência Energética 2012
• Petrobras
• Cenário Mundial e no Brasil
• Estratégia Petrobras em Eficiência Energética
• Gestão e Projetos
• Resultados
Agenda
Houston
Colombia
Argentina
Angola
United Kingdom
USA
BRAZIL
Bolivia Rio de Janeiro
Nigeria Venezuela
Ecuador
Peru
Mexico
Tanzania
Iran China
Japan
New York
Uruguay
Libya
Turkey
Singapore
Paraquay
E&P
COMERCIALIZAÇÃO SEDE
DOWNSTREAM
GAS & ENERGIA
ESCRITÓRIOS
Namibia
Pakistan
Senegal
Portugal
India
Chile
Petrobras no Mundo – 28 países
Reservas Provadas: 16,4 bilhões
BOE (SEC)
Refinarias: 15
- Rendimento: 2.04 milhões bdd
Postos de Serviço - 8356
Receita Líquida:
R$ 244 bilhões
Investimentos 2012-2016: US$ 236 bilhões
Frota Petroleiros - Própria: 56
- Terceiros: 186
Energia -Centrais Termoelétricas: 16 -Eólicas: 4 -Biocombustíveis: 3 op e 12 part
Dutos: 30.067 km
Terminais: 47
Produção Média Diária
(milhões boed): 2.6
Plataformas de Produção:
125 (Fixas: 77)
Plantas de Fertilizantes: 2
Petrobras - 2011
• Petrobras
• Cenário Mundial e no Brasil
• Estratégia Petrobras em Eficiência Energética
• Gestão e Projetos
• Resultados
Agenda
Três forças podem exercer pressões sobre grandes consumidores energéticos nas próximas décadas
• Demanda por energia deve crescer em ritmo intenso nas próximas décadas
• Previsão de escassez dos combustíveis fósseis em menos de 100 anos
• Aquecimento global decorrente das emissões de gases de efeito estufa liberadas na queima de combustíveis fósseis
• Tendência sustentada de alta nos preços das fontes convencionais de energia no longo prazo
• Incentivo para substituição por fontes não convencionais de combustíveis
Pressões sobre grandes
consumidores energéticos
Mudança Climática
3
Escassez Energética
2 1
Cenário Mundial
Nota: EOR = Enhanced oil recovery (Recuperação de petróleo aprimorada) Fonte: Energy Evolution Paribas Jul 07 (IEA Resources to Reserves)
Mudança Climática
3
Escassez Energética
2 1 A maior dependência por fontes não convencionais continuará a pressionar os preços
Cenário Mundial
Custo de produção de óleo (US$/barril)
Custo do óleo previamente produzido (histórico)
Custo do óleo convencional facilmente acessível
Custo do óleo convencional de difícil acesso
Custo do óleo não convencional
Reservas já
exploradas
Norte da África/Oriente Médio
Convencional
(outras fontes)
EOR Óleo
betuminoso
Xisto betumi-noso
Ultra-profunda
Águas profundas
Ártico
Bilhões de Barris
Declínio projetado na produção
Cenário Mundial
Fonte: PN 2011-2015 Petrobras
Escassez Energética
2
Mudança Climática
3
Preço da Energia
Emissões de Gases do Efeito Estufa devem estar na pauta estratégica das Companhias, pois podem causar impactos diretos e indiretos às mesmas
Evolução da regulação Percepção do mercado
• Novas exigências em licenciamentos
• Restrições ao crescimento
• Eventuais taxações
• Potenciais barreiras para entrada de produtos
• Pode reduzir interesse de atuais e potenciais clientes, fornecedores, investidores e novos talentos
Forma de atuação das Companhias
Mudança do Clima
3
Escassez Energética
2 1
Contexto sobre emissões de Gases do Efeito Estufa e potenciais impactos às Companhias
Cenário Mundial
Linha do Tempo – Mudança do Clima
• 192 países membros da UN concordam em participar da United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC)
• Protocolo estabelecido em Quioto (3o UNFCCC):
- Acordo de metas de redução de GEE para 37 países industrializados (ratificado por 184 países, exceto os EUA)
- Redução de 5,2% dos níveis de GEEs de 1990 a serem alcançados em um período de 5 anos (2008-2012)
• European Union Greenhouse Gas Emission Trading System (EU ETS) iniciou operação como o maior sistema de trading internacional e multi setor
• Início do prazo de 5 anos para redução
• Dez/09 – COP-15 discute formato futuro do Protocolo de Quioto; assuntos em discussão incluíram:
- Novas metas de redução (obrigatórias ou de melhores esforços) para os países desenvolvidos e em desenvolvimento
- Planos e cronogramas nacionais para a ações de redução das emissões (NAMAs)
- Mecanismos de operacionalização dos CDM’s
- Retribuição financeira e tecnológica dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento pelas emissões históricas
• Brasil aprova sua Política, com metas de redução da projeção
• Término do primeiro período de Quioto
• Rio +20
1994 1997 2005 2008 2009 2012 2010 1994 1997 2005 2008 2009 2012 2010 1992 1992
• Conferência ECO92 no Rio de Janeiro cria a Convenção das Nações Unidas para Mudanças Climáticas
• Entrada em vigor do Protocolo de Quioto
2007 2007
• Mensuração dos potenciais impactos causados pelo aquecimento global (4º relatório do IPCC)
ações de cooperação
de longo prazo
dos países signatários
e (LCA – Long-term
Cooperative Action)
•Dez/10 COP 16
Cancún - México
Visão AIE
Fontes de redução emissões de CO2 relacionadas a energia – “Low Nuclear 450 Case” vs. “New Policies Scenario” – IEA 2011
Gt CO2
% de abatimento de emissões
Ano e fonte 2020 2035
Eficiência
energética 72% 42%
Renováveis 21% 29%
Biocombustível 2% 4%
CCS 4% 25%
Total (Gt CO2) 2,4 15,0
Cenário Mundial
Linha do Tempo – Eficiência Energética
Notas:Identificação de marcos não exaustiva
Disposição cronológica fora de escala
1991
Criação do
CONPET
2000
Início do
Programa de
Etiquetagem
– PBE
(fogões)
2001
Lei de
Eficiência
Energética
2005
Selo
CONPET
2004
Robô ED
2010
Revisão
dos índices
de
eficiência
do PBE
2011
Aprovação do
PNEf
ISO 50001
ABNT ISO 50001
1986
Instituído o
PROCONVE
1990
Decreto
Lei nº
99.656
(CICEs)
1997
Protocolo
de
Quioto
2009
Lei nº
12.187
(PNMC)
2007
Emissão do
Relatório de
Novos Cenários
Climáticos pelo
IPCC
MA
RC
OS
C
ON
PE
T
1993
Início do
CONPET no
Transporte
(Economizar)
1992
Início do
CONPET na
Escola
Anos 70
Crises do
Petróleo
2008
Início do
PBE
Veicular
• Petrobras
• Cenário Mundial e no Brasil
• Estratégia Petrobras em Eficiência Energética
• Gestão e Projetos
• Resultados
Agenda
A estratégia corporativa já contempla “eficiência
energética” como pilar da excelência operacional
Pesquisa e Desenvolvimento
Fonte: Plano Estratégico Petrobras 2020
Parceria com mais de 100
instituições de ensino e pesquisa
no Brasil e no exterior
PROCLIMA
PROGRAMA TECNOLÓGICO DE MITIGAÇÃO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
PRO-CO2
PROGRAMA TECNOLÓGICO DE GERENCIAMENTO DO CO2 NO DESENVOLVIMENTO DO PRÉ-SAL
• Projetos de injeção de CO2 para maximizar a produção de petróleo • Alternativas para o armazenamento geológico de CO2 • Tecnologias para o monitoramento do armazenamento geológico de CO2
• Avaliação de desempenho ambiental no ciclo de vida de combustíveis fósseis e renováveis • Eficiência energética • Mudanças climáticas: impactos, vulnerabilidade e adaptação • Novas tecnologias de Captura e Seqüestro de carbono
Pesquisa e Desenvolvimento
2015 Compromissos (base 2009)
Redução de Intensidade (%)
US$ 1,2 bilhão
Investimentos (10-15)
65% 15% 10% 8% 5%
Intensidade de Queima em Tocha (E&P)
Intensidade de Emissões GEE (E&P)
Intensidade Energética (Refino)
Intensidade de Emissões de GEE (Refino)
Intensidade Energética e de GEE de Térmicas
• Eficiência energética -
Refinarias
•Redução da queima de
gás natural em tocha –
E&P
• Processos de Conversão
em Térmicas
• P&D
OBJETIVO: Maximizar a eficiência energética e reduzir a intensidade de emissões de GEE, atingindo patamares de excelência na indústria de Óleo & Gás, contribuindo para a sustentabilidade do negócio
EM ATUALIZAÇÃO
A estratégia corporativa já contempla objetivos
estratégicos, metas e investimentos em EE
• Petrobras
• Cenário Mundial e no Brasil
• Estratégia Petrobras em Eficiência Energética
• Gestão e Projetos
• Resultados
Agenda
A Petrobras terá grandes desafios na gestão energética devido
ao grande crescimento projetado para os próximos anos
Desafios em gestão energética da Petrobras
• A Petrobras tem um plano de investimento ambicioso para os próximos 10 anos
• O consumo de energia irá crescer com a execução do plano.
• A eficiência energética é um fator essencial para melhorar a performance em empresas de O&G, imperativo para o crescimento sustentável e mitigação da mudança climática
• A Petrobras tem metas de melhoria da eficiência energética para os próximos anos
Fonte: SMES Petrobras
Gestão da Energia
Protocolo
estabelecido em
Quioto COP-15
RIO +20
2009 2012 2010 1997 2005 2008 2009 2012 2010 1992 1992
RIO 92 Início do Protocolo
de Quioto
2007
COP-13:
Mapa de Bali
Iniciativas Petrobras
2012 2011 2002
Inventário
emissões
SIGEA
- Objetivos voluntários
Emissões Evitadas GEE
- Governança: Comissão
Emissões e MC
PN 2011-2015:
Compromissos
voluntários intensidade
emissões GEE e Energia
Estratégia MC
PROCLIMA
PBIO - Estratégia EE
- Reestruturação EE
e MC
- PRO-CO2
Suporte ao
Conpet
Programas
Internos EE
Emissões Totais GEE (milhões tCO2e/ano)
30
3944
52 50 50
58 5861
56
14
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 1 trim
2012
Diagnóstico ISO
50001
Desdobramento
EE ANs
• Sistema de gestão para Eficiência Energética dentro da Petrobras
-Lideranças ANs
-Governança
-Padrões corporativos
-Indicadores e metas para as Áreas de Negócio
-Sistemas de Informações
• Requisitos de Eficiência Energética no modelo de empreendimentos da Petrobras
- Normas e Diretrizes de Projetos
- Parecer Técnico SMES Empreendimentos
- Desenvolvimento de opções de projeto mais energoeficientes
• Viabilização de projetos das ANs nos ativos existentes
- Sistemática de projetos
- P&D
- Capacitação e Cultura
2
3
Ações Benefícios para o negócio
Ganho de Eficiência Operacional
Melhoria de Rentabilidade
1
4
5
A estratégia de Eficiência Energética na Petrobras
Implementação de Controle Avançado de Processos (Advanced Process Control)
Programa corporativo visando a melhoria de gestão operacional dos processos, permitindo a obtenção dos seguintes benefícios:
ganhos em eficiência energética
maior estabilidade do processo (exemplo na Figura)
redução de riscos operacionais
melhor qualidade dos produtos
maior confiabilidade
maior rentabilidade
Figura: Exemplo de telas de
controle operacional indicando
estabilização de variáveis de
processo após a implementação
de controle regulatório.
Projetos
Melhorias em unidades existentes Redução de Queima de Gás em Tocha: investimento em infra-estrutura e controle.
Ex: POAG BC (Programa de Otimização do Aproveitamento de Gás)
Substituição de Grandes Turbinas de Condensação por Motores Elétricos visando a otimização do balanço termelétrico da refinaria e menor intensidade energética do processo.
Ex.: FCC blower, acionamento de compressores de gás.
Integração Energética: melhoria no aproveitamento de calor de correntes de processo e calor residual.
Ex.: Otimização de baterias de preaquecimento, preaquecedores de ar para fornos.
Otimização de Unidades Processo: investimento visando alcançar o melhor ponto de operação de uma unidade ou equipamento.
Ex.: Variadores de velocidade em motores elétricos, otimização das correntes da torre de destilação.
Modernização Sistemas Termelétricos: utilização de tecnologias mais eficientes, modernização de sistemas de vapor e condensado.
Ex: Utilização de turboexpanders (Figura).
Fechamento de Ciclos de UTEs
Ex: UTE Luís Carlos Prestes (MS) e UTE
Sepé Tiaraju (RS), UTE Fernando Gasparian (SP)
Figura : Turboexpansor instalado em 2009
no FCC da refinaria do Vale do Paraíba
(REVAP) com 23 MW de potência
Projetos
• Petrobras
• Cenário Mundial e no Brasil
• Estratégia Petrobras em Eficiência Energética
• Gestão e Projetos
• Resultados
Agenda
• Nos últimos cinco anos, a Petrobras investiu mais de R$ 480 milhões em projetos de eficiência energética, os quais, juntamente com otimizações proporcionadas por outros projetos e melhorias em procedimentos, resultaram em uma economia de cerca de 4.200 boed.
• Programa de Otimização do Aproveitamento de Gás na Bacia de Campos:
As principais ações são: aumento do aproveitamento do gás natural nas novas plataformas e ajuste das variáveis operacionais das plataformas já existentes para minimizar a queima de gás, .
Destaque à redução de 50% da intensidade da queima de gás natural em tocha em 2011 relativo a 2009.
• Implementação do Programa de Controle Avançado com excelentes resultados (até 50:1/ano)
Resultados
UTE de Referência sem Integração
Vapor Energia Elétrica
Vapor
415 t/h
415 t/h
196 MW
Combustíveis
Eficiência = 82%
Eficiência = 77,5%
Combustíveis
19 541 TJ/a
12 953 TJ/a
Combustíveis 23 360 TJ/a
Combustíveis 19 541 TJ/a
Ganho de Energia (16%) 3 819 TJ/a
1771 boe/d
Energia Elétrica 196 MW
Combustíveis
Eficiência = 60% 10 407 TJ/a
Caldeiras da RPBC RPBC+UTE-EZR
IE-UTE = 1,67 IE-UTE = 1,22
UTE-Euzébio Rocha
Apoio ao Programa do governo para o uso eficiente de combustíveis no transporte, nas residências, no comércio e na indústria,
Destaque para os seguintes projetos que o Programa desenvolve e para os quais a Petrobras aloca recursos técnicos, adminstrativos e financeiros.
CONPET no Transporte – Avaliação de ônibus e caminhões.
Empresas participantes atenderem às resoluções dos órgãos ambientais sobre emissões veiculares.
Estimativa: no período de 2005 a 2010, proporcionou a economia de 850 milhões de litros de diesel contribuindo para evitar a emissão de mais de 2,2 milhões de toneladas de CO2 e quase 51 mil toneladas de particulados.
Evolução obtida nos veículos avaliados: no estado do Rio de Janeiro 2005 somente 78,4% de aprovação e no ano de 2010 93,7% dos veículos aprovados.
Eficiência no Uso Final - CONPET