AS CAMADAS DA ATMOSFERA
TROPOSFERA: É a camada mais importante, pois nela ocorrem as perturbações
atmosféricas (chuvas, neve, granizo, descargas elétricas etc). Apresenta duas zonas –
zona de perturbação atmosférica e zona de calmaria (onde circula a corrente do jato, no
sentido leste-oeste (jet-stream).
ESTRATOFERA: camada ozonizada, sendo responsável pela filtração dos raios
ultravioletas, nocivos à vida humana. Possui uma espessura média de 50 km e é uma
zona de baixíssima umidade. É uma área de ventos horizontais, tranqüilos e preferida
para a aeronavegação.
MESOSFERA: vai de 50 a 80 km de altitude, dando início à chamada atmosfera
superior.
IONOSFERA: prolonga-se da mesosfera até aproximadamente 600 km de altitude.
Apresenta o ar muito rarefeito e reflete as ondas de radiofreqüência. Devido à forte
presença de íons, esta camada é responsável pela desintegração de meteoros, o que é
conhecido popularmente como “estrela cadente”.
EXOSFERA: é a porção mais externa da atmosfera, onde as temperaturas atingem
mais de 1000 ºC devido à inexistência do ar. Acredita-se que ela é constituída de 50%
de hidrogênio e 50% de hélio.
1. FUNÇÕES DA ATMOSFERA
Proteção
Filtração
Conservação da temperatura
2. FENÔMENOS METEOROLÓGICOS
TEMPERATURA ATMOSFÉRICA: quantidade de calor existente
nos gases atmosféricos (ar).
Os raios solares aquecem diretamente a Terra, que conserva parte deste
calor e depois o irradia para a atmosfera (propriedade diatérmica).
FATORES DA TEMPERATURA ATMOSFÉRICA
Altitude: a temperatura é inversamente proporcional à altitude, porque
nas camadas mais elevadas existe menor concentração de moléculas de
ar, o que torna mais difícil a retenção do calor.
MAIOR ALTITUDE = MENOR TEMPERATURA
MENOR ALTITUDE = MAIOR TEMPERATURA
Latitude: a temperatura é inversamente proporcional à latitude, ou
seja, quanto maior a latitude menor é a temperatura.
MAIOR LATITUDE = MENOR TEMPERATURA
MENOR LATITUDE = MAIOR TEMPERATURA
Repartição das terras e águas: a Terra aquece-se e resfria-se mais
rápida que as águas. Nas regiões litorâneas as temperaturas são mais
constantes (é a maritimidade térmica). Nas regiões interioranas, a
variação da temperatura é maior (é a continentalidade térmica).
MARITIMIDADE = MENOR VARIAÇÃO TÉRMICA
CONTINENTALIDADE = MAIOR VARIAÇÃO TÉRMICA
Vegetação: absorvem calor durante o dia, liberando-o à noite. Assim é
que, nas áreas de grande concentração vegetal, a variação da temperatura
diárias é menor (Ex: a floresta equatorial). Em zonas de menor presença
vegetal, a variação térmica será maior.
conservam a umidade
dificultam a irradiação do calor
mantém as temperaturas mais estáveis
Correntes marítimas:
Frias: Falklands ou Malvinas – resfria a troposfera
Quente: gulf-stream – aquece a troposfera
Chuvas (resfriam o ar) e ventos (aquecem e resfriam o ar).
NOTAS IMPORTANTES!
Amplitude térmica: é a diferença entre a maior e a menor
temperatura de um lugar, durante um dia, um mês ou um ano.
Média térmica: representa a média aritmética das temperaturas
de um lugar, no período de um dia, um mês ou um ano.
Isotermas: são linhas que, em um mapa, ligam pontos de igual
temperatura.
4. PRESSÃO ATMOSFÉRICA: é o peso que o ar
atmosférico exerce sobre a superfície terrestre. A
descoberta da pressão exercida pelo ar foi realizada
por Torricelli, no século XVI. O aparelho que mede a
pressão atmosférica é chamado de barômetro,
normalmente de mercúrio. Ao nível do mar, a pressão
atmosférica é de 760 mmHg ou de 1.000 milibares,
porém ocorrem variações a depender da localidade
considerada.
FATORES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Altitude: à medida que altitude aumenta, a pressão atmosférica
diminui, uma vez que os gases estarão em menor volume e,
conseqüentemente, a força do ar também será menor. O raciocínio
inverso vale quando a altitude vai diminuindo (maior altitude menor
pressão).
Latitude: em áreas quentes, como o Equador, formam-se centros de
baixa pressão (ÁREAS CICLONAIS), pois o ar é mais leve e a sua força
é menor. O oposto vai se verificar nas áreas frias da Terra, visto que o ar
estará mais pesado e condensado, exercendo grande força sobre as
diversas superfícies do Planeta. Logo, é de se imaginar que os grandes
centros de alta pressão (ÁREAS ANTICICLONAIS) estão nas zonas
polares e temperadas, onde se originam as mais destacadas massas de ar.
As grandes diferenças de pressão e temperatura das massas de ar dão
origem às FRENTES.
Temperatura alta = baixa pressão.
Temperatura baixa = alta pressão.
PRESTE ATENÇÃO!
Área anticiclonal: dispersora de ventos (alta pressão)
Área ciclonal: receptora de ventos (baixa pressão)
Isóbaras: linhas que em um mapa unem localidades de mesma
pressão atmosférica.
5. OS VENTOS
Origem: anticiclone soprando em direção a um ciclone, em
conseqüência das diferenças de pressão atmosférica.
LEIS DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA
1ª Lei da Circulação Atmosférica: “os ventos sempre sopram das
áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão”. Buys Ballot.
2ª Lei da Circulação Atmosférica: “ a velocidade do vento está na
razão direta da diferença de pressão dos pontos entre os quais sopra o
vento”. Stephenson. Assim, maior diferença de pressão maior
velocidade do vento.
Tipos de ventos
Frios (altas altitudes)
Quentes (zonas tropicais)
Secos (desertos)
Úmidos (oceanos, florestas equatoriais)
VENTOS PLANETÁRIOS, REGULARES OU CONSTANTES:
alísios, contra-alísios, jet-stream (corrente do jato), e polares. Sopram o
ano inteiro, expandindo-se em grandes áreas do Planeta.
_ Alísios: sopram dos trópicos em direção ao Equador, apresentando um
deslocamento para oeste, devido à rotação terrestre. Na região equatorial,
os alísios sofrem aquecimento, o que provoca surgimento de correntes
convectivas. A área de encontro dos alísios recebe a denominação de
Convergência Intertropical (CIT) ou Doldrum Latitude. No
Hemisfério Norte, os alísios são oriundos do nordeste, ao passo que, no
Hemisfério Sul, são provenientes do sudeste.
Alísios: sopram dos trópicos para o Equador no sentido:
NE SO (no HN)
SE NO (no HS)
Contra-alísios: sopram do Equador para os trópicos no sentido:
SO NE (no HN)
NO SE (no HS)
POLARES: sopram dos pólos em direção às latitudes médias.
JET-STREAM: circula entre as latitudes de 40º e 60º, a uma
altitude de 12.000 m, aproximadamente. É um vento perigoso para
os aviões, pois é de alta velocidade. Seu sentido é de oeste para
leste.
NÃO ESQUEÇA!
⇒DOLDRUNS LATITUDE: região de calmarias e de muitas
chuvas. Surge na zona equatorial, onde se encontram os alísios de
nordeste e de sudeste. É a Frente Intertropical ou Convergência
Intertropical (FIT ou CIT).
⇒HORSE LATITUDE: região atravessada pelos trópicos, de onde
partem os alísios e chegam os contra-alísios, são áreas de calmarias e
de secas. Explica o aparecimento dos grandes desertos em território
africano, atravessados pelos trópicos, como o Saara e o Namíbia-
Kalahari.
A força de Coriolis: todos os objetos e fluidos que se movem
livremente na Terra estão sujeitos a essa força. No hemisfério
norte, os ventos são defletidos para a direita, e no
hemisfério sul para a esquerda. A força é menos intensa nos
pólos e mais intensa perto do Equador. Como isso afetaria
nosso modelo de uma Terra sem rotação? Significa que o
vento não sopra simplesmente para o norte ou sul, da alta para
a baixa pressão. De fato, o efeito Coriolis força os fluxos de ar
a assumir uma direção ocidental ou oriental. Isso rompe a
convecção hemisférica em três tipos distintos de células: duas
células de Hadley, duas células Ferrell e duas células
polares. As células Hadley e Ferrell levam os nomes dos
meteorologistas que as descobriram.
VENTOS PERIÓDICOS: sopram alternadamente do mar
para o continente e vice-versa. São eles: as Brisas e as
Monções. As brisas, durante o dia, deslocam-se do mar para
o continente (Brisa Marítima ou Viração) e, à noite, sopram
do continente para o mar (Brisa Terrestre ou Continental). As
Monções, por sua vez, sopram do Oceano Índico para a Ásia,
no verão (Monções Marítimas) e no inverno apresentam
deslocamento da Ásia para o Oceano Índico (Monções
Continentais). As monções de verão provocam chuvas
abundantes no sul, sudeste asiático, o que favorece a
rizicultura, apesar de inundar Bangladesh, nas épocas de
chuvas mais intensas.
VENTOS CICLÔNICOS: originam-se a partir de um centro de baixa
pressão – na CIT (encontro dos alísios de SE e NE). Ocorrem no final do
verão e começo do outono (HN).
furacão (América)
tufão (Ásia)
tornado (Twister – América do Norte)
VENTOS LOCAIS: percorrem determinadas áreas, podendo ser quentes
ou frios. Exemplos: Mistral (frio – França); Bora (frio e seco – sopra na
Iugoslávia); Minuano (frio – sopra no Rio Grande do Sul); Föehn
(aparece na Suíça); Chinoock (frio e úmido – planícies centrais dos
EUA); Pampeiro (vento frio que causa friagem no Brasil, sendo
originário da Argentina); Simun (quente e seco - sopra no Saara em
direção à península ibérica); Siroco (quente – sopra do Saara para o Sul
da Europa); Harmatã (quente e seco – sopra no Senegal).
FIQUE POR DENTRO!
O Brasil está sob forte atuação dos ventos alísios de nordeste
e sudeste.
As regiões de baixa latitude (equatoriais) são normalmente
chuvosas, uma vez que as massas de ar oriundas dos
Hemisférios Norte e Sul são atraídas pelos centros de baixa
pressão, trazendo-lhes muita umidade.
Os grandes desertos tropicais do Planeta (Saara, Kalaari,
Vitória, Atacama, Nefud etc.) são zonas de ventos
descendentes secos e geralmente próximos aos 30º de latitude
(Horse Latitude).
6. MASSAS DE AR
São porções da atmosfera que apresentam características particulares de
pressão, temperatura e umidade. Interferem nos climas, determinando os
diferentes tipos climáticos.
Massas polares (frias e secas): podem ser continentais ou marítimas,
são amplas e possuem alta pressão.
Massas tropicais [continentais (secas) e oceânicas (quentes e úmidas)]:
situam-se próximas às latitudes de 30º.
Massas equatoriais [continentais (quentes e úmidas) e oceânicas
(quentes e úmidas)]: possuem altas temperaturas e, portanto, apresentam
pressões baixas.
FRENTES – indicam o encontro de duas ou mais massas de ar de
características diferentes. Caso a massa de ar em expansão seja
quente, ter-se-á uma frente quente; se, ao contrário, foi fria ter-se-á
uma frente fria.
MASSAS DE AR CARACTERÍSTICAS
MASSA EQUATORIAL (MEA)
Quente e úmida, dominando a parte litorânea da
Amazônia e do Nordeste em alguns momentos
do ano, tem seu centro de origem no Oceano
Atlântico.
MASSA EQUATORIAL
CONTINENTAL (MEC)
Quente e úmida, com centro de origem na parte
ocidental da Amazônia, que domina a porção
noroeste da Amazônia durante quase todo ano.
MASSA TROPICAL ATLÂNTICA
(MTA)
Quente e úmida originária do Oceano Atlântico
nas imediações do trópico de Capricórnio e
exerce enorme influência sobre a parte litorânea
do Brasil.
MASSA TROPICAL CONTINENTAL
(MTC)
Quente e seca, que se origina na depressão do
Chaco, e abrange uma área de atuação muito
limitada, permanecendo em sua região de
origem durante quase todo o ano.
MASSA POLAR ATLÂNTICA (MPA)
Fria e úmida, forma-se nas porções do Oceano
Atlântico próximas à Patagônia. Atua mais no inverno
quando entra no Brasil como uma frente fria,
provocando chuvas e queda de temperatura.
7. AGUA NA ATMOSFERA
Ciclo hidrológico: a água, ao chegar ao solo, poderá se dividir da
seguinte maneira:
Infiltrará no solo;
Escoará pela superfície;
Evaporará, retornando à atmosfera na forma de vapor.
MAIOR TEMPERATURA MAIOR PONTO DE SATURAÇÃO
MENOR TEMPERATURA MENOR PONTO DE SATURAÇÃo
IMPORTANTE!CONDENSAÇÃO: é o retorno do vapor d’água ao estado líquido. É o processocontrário ao da evaporação. Para haver condensação é preciso que a umidadedo ar chegue ao ponto de saturação. Acima de 0º C o vapor passa para oestado líquido e a abaixo de 0º C o vapor passará para o estado sólido,formando a neve.ISOÍGRAS: são linhas que, nos mapas, ligam pontos com a mesma umidadeatmosférica, a qual é medida por um aparelho chamado Higrômetro.EXEMPLO: Em uma certa atmosfera, a umidade absoluta do ar é de 10g/m3 eo ponto de saturação é de 20g/m3. Qual a umidade relativa do ar? Resposta: aumidade relativa será de 50%, um vez que, dividindo-se a umidade absolutapelo ponto de saturação, obtém-se este valor em porcentagem.A umidade atmosférica tende a diminuir com o aumento da altitude elatitude.Acima da troposfera, o vapor d’água é praticamente inexistente.Pela ordem de importância, os principais reservatórios de água do ciclohidrológico são: oceanos, geleiras, águas subterrâneas, lagos, rios, atmosfera ebiosfera.
8. UMIDADE ATMOSFÉRICA
Indica a presença de vapor d´água na atmosfera. Esse vapor d´água
tem sua origem explicada pelo ciclo hidrológico e, em especial, pelo
processo de evapotranspiração.
EM RELAÇÃO À UMIDADE ATMOSFÉRICA, DEVE-SE
GUARDAR TRÊS DEFINIÇÕES BÁSICAS:
Umidade absoluta: é a quantidade de vapor d’água contida na
atmosfera em um dado momento. Sua unidade, em geral, é grama por
metro cúbico do ar.
Umidade relativa: é a relação entre a umidade absoluta e o ponto de
saturação. Sua medição é em porcentagem. Quando atinge 100% está
saturada.
Ponto de saturação (ou de orvalho): é o limite máximo da atmosfera
para conter vapor d’água. Normalmente tem por unidade o grama por
metro cúbico.
9. NUVENS
Vapor d’água condensado e em suspensão, nas camadas mais elevadas da
atmosfera.
Origem: zonas de baixa pressão.
Constituição: gotas d’ água, flocos de neve e cristais de gelo.
AS NUVENS E AS PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS
As nuvens formam-se, graças a compensação do vapor d’água, muito
acima da superfície terrestre, sendo responsável pelas precipitações
atmosféricas não-superficiais. No entanto, quando a condensação se
verifica junto à superfície terrestre, poderá ocorrer a formação das
precipitações superficiais, tais como o orvalho, a geada, a neblina
(nevoeiro) etc.
TIPOS DE NUVENS:
Cirros: parecem fibras e se movem lentamente. São as mais altas,
chegando a atingir 8 km de altitude ou mais.
Cúmulos: ficam normalmente entre 2 e 6 km de altitude e se parecem
com flocos de algodão. Podem ocasionar chuvas fortes e geada de
granizo, quando associada aos nimbos.
Estratos: localizam-se nas baixas altitudes (500 a 1000 m) e surgem
em camadas horizontais estratificadas.
Nimbos: representam as nuvens mais baixas, geralmente escuras e
indicadoras do mau tempo. Costumam formar associações, como
CUMULUS-NIMBOS, altamente temidas por aviões pequenos.
10. PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS
GRANIZO – é também conhecida popularmente pela denominação de “chuvas de pedra”.
Muito comum no verão, durante trovoadas ou em tempestades sazonais, tem sua formação
determinada por fortes correntes convectivas (ascendentes) que levam as gotas d’água
condensadas para as camadas mais altas e frias, onde ocorre o congelamento. Esse tipo de
precipitação não superficial é bastante prejudicial à agricultura.
GEADA – é uma precipitação sólida típica de madrugadas frias. A sua origem está ligada
ao fato de a temperatura da superfície atingir o ponto de congelamento antes de ocorrer a
saturação. É muito comum no Sul do Brasil, durante o inverno.
ORVALHO – também conhecido pela denominação de “sereno”, tem sua formação muito
parecida com a geada. O resfriamento do ar próximo à superfície terrestre origina gotas de
água que se localizam sobre plantas, carros e outros objetos.
NEVE – é o resultado da cristalização do vapor d’água no interior ou logo abaixo das
nuvens. É interessante ressaltar que a precipitação da neve ocorre em áreas onde a
temperatura é suficientemente baixa, para evitar que os cristais de gelo entrem em fusão.
NEBLINA – é também conhecida como nevoeiro. Forma-s junto à superfície, quando esta
está mais fria do que o ar. O ar quente perde calor para a superfície, condensa-se e forma
gotículas suspensas na atmosfera. É mais comum no inverno.
CHUVAS – é a mais conhecida das precipitações, sendo resultante do contato de uma
nuvem saturada de vapor d’água com uma camada de ar frio. A medição do índice
pluviométrico é feita por um aparelho denominado PLUVIÔMETRO, cuja unidade é o
milímetro.
CLASSIFICAÇÃO DA QUANTIDADE DE CHUVA
Categoria Média anual (mm)
Insuficientes
Escassas
Suficientes
Abundantes
Excessivas
Abaixo de 250
250 a 500
500 a 1.000
1.000 a 2.000
Acima de 2.000
DISTRIBUIÇÃO DA PLUVIOSIDADE NO MUNDO
Área Média anual (mm)
Ásia das Monções
América do Sul
África
América do Norte
Europa
Ásia e Austrália
2.000
1.700
850
750
620
550
LEMBRETE!
As linhas que, em um mapa, unem pontos do globo com o
mesmo índice pluviométrico são denominadas ISOIETAS.
Pluviômetro: instrumento usado para medir a quantidade de
chuva caída em uma área.
REGIME PLUVIOMÉTRICO: é o comportamento das chuvas ao
longo do ano, em uma certa área. Os principais regimes pluviométricos
da Terra são os seguintes:
EQUATORIAL: caracteriza-se pela presença de chuvas o ano inteiro.
TROPICAL: apresenta duas estações do ano bem definidas: verão
chuvoso e inverno seco.
MONÇÔNICA: é um regime tipicamente tropical característico do
Sul e Sudeste da Ásia, com chuvas mais concentradas no verão.
MEDITERRÂNEO: apresenta chuvas concentradas no inverno,
enquanto o verão é seco. É bastante encontrado na Europa Meridional.
DESÉRTICO: possui um baixíssimo índice anual de chuvas.
POLAR: as chuvas são mais encontradas no curto período do verão e
são muito raras
Conjunto de fenômenos meteorológicos que
caracterizam o estado médio da atmosfera num ponto
qualquer da superfície da Terra. (CLIMATOLOGIA
TRADICIONAL – J. HANN).
É a sucessão habitual dos vários tipos de tempo, que
são dinamizados pela movimentação das massas de ar.
(CLIMATOLOGIA DINÂMICA – MAX SORRE).
Tempo: é o estado momentâneo da atmosfera.
Clima: conjunto de vários tipos de tempo que ocorrem
durante um longo período em uma determinada região
da Terra.
SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS DA CLASSIFICAÇÃO DE KÖPPEN:
1ª letra – maiúscula, representa a característica geral do clima de uma região:
• A – clima quente e úmido;
• B – clima árido ou semi-árido;
• C – clima mesotérmico ( subtropical e temperado);
2ª letra – minúscula, representa as particularidades do regime de chuva:
• f – sempre úmido;
• m – monçônico e predominantemente úmido;
• s – chuvas de inverno;
• s’ - chuvas do outono e inverno;
• w – chuvas de verão;
• w’- chuvas de verão e outono.
3ª letra - minúscula, representa a temperatura característica de um região:
• h – quente;
• a – verões quentes;
• b – verões brandos.
CLASSIFICAÇÃO DE WILHELM KÖPPEN (1846/1940): é uma
classificação empírica e estática, baseada na temperatura e pluviosidade
relacionadas com a vegetação. Apesar de antiga e estática, é a mais
conhecida.
Este tipo de classificação possui seis climas fundamentais,
indicados por letras maiúsculas.
NO MUNDO NO BRASIL
A = tropicais chuvosos Equatorial e Tropical
B = secos Semi-árido
C = mesotérmicos úmidos (temperados
chuvosos)
Tropical de altitude e
subtropical
D = microtérmicos úmidos (frios com neve
– floresta
E = polares
H = de montanha
Denominação Área de Ocorrência Características
Am (equatorial) Maior parte da Amazônia
Temperaturas elevadas: médias entre 25ºC e 27ºC.
Pluviosidade elevada: médias de 1.500 a 2.500 mm/ano.
Aw (tropical) Brasil Central; parte de
Minas Gerais e da Bahia
Temperatura média entre 19ºC e 28ºC, pluviosidade média inferior a 2000 mm/ano.
Duas estações bem definidas: o verão (chuvoso) e o inverno (seco).
Bsh (semi-árido) Sertão do Nordeste
Médias anuais térmicas superiores a 25ºC.
Pluviosidade média anual inferior a 1000 mm/ano com chuvas irregulares.
Cwa (tropical de altitude) Partes do Sudeste e sul do
Mato Grosso do Sul.
Médias térmicas entre 19ºC e 27ºC.
Pluviosidade média de 1500 mm/ano; chuvas de verão.
Cf (subtropical) Sul do País
Médias térmicas entre 17ºC e 19ºC.
Pluviosidade média de 1500 mm/ano; chuvas bem distribuídas.
Esses climas principais, por sua vez, são divididos em subtipos, os
quais são representados quase sempre por letras minúsculas, que
indicam características de chuva e temperatura. Vejamos os
exemplos a seguir:
Cwb – clima temperado (C) com chuvas de verão (w) e
verões quentes ou brandos (b).
Cfa – clima temperado (C) úmido o ano todo (f) e com
verões quentes (a).
CLIMAS TIPOS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS OCORRÊNCIA
Tropicais
chuvosos
A
Af
Clima de selva equatorial, sem estação seca,
altas médias térmicas anuais com pequena
amplitude térmica anual.
Amazônia, Congo,
Malásia, Indonésia
Aw
Clima tropical de savana e cerrado, Chuvas de
verão e seca no inverno.
Norte e Sul das florestas
Equatoriais,
principalmente na África e
no Brasil.
Secos
B
ES Clima semi-árido de vegetação inexistente,
precipitações até 250 mm anuais.
Saara, Kalahari, Austrália.
Cw
Temperado subtropical, invernos suaves, verões
frescos. Vegetação de florestas e campos.
Costa oriental dos
continentes.
Temperados e
subtropicais
C
Cf
Temperado marítimo, sem estação seca, chuvas
bem distribuídas. Vegetação de florestas
temperadas.
Europa Ocidental e
América do Norte.
Cs
Temperado mediterrâneo de verões quentes e
secos.
Costa ocidental dos
continentes; Sul da
Europa; no norte da
África.
Hidrotérmicos
Úmidos
D
Df Frio continental, vegetação de coníferas. Canadá e Sibéria
Dw Clima subártico ou da taiga, inverno frio e seco. Sibéria Oriental e
Manchúria.
Polares
E
ET Clima das tundras. A temperatura do mês mais
quente é superior a 10 ºC.
Norte da América do Norte
e da Eurásia.
EF Clima das neves eternas. Temperaturas inferiores
a ºC.
Interior da Antártida,
Groenlândia.
CLASSIFICAÇÃO DE STRAHLER – baseia-se na classificação de clima de
acordo com a atuação das massas de ar. É um visão mais dinâmica na explicação
climática.
CLIMAS DAS LATITUDES BAIXAS: CONTROLADOS PELAS MASSA DE AR EQUATORIAIS E
TROPICAIS.
equatorial úmido
litorâneo com ventos alísios
desértico tropical e de estepe
desértico das costas ocidentais
tropical alternadamente úmido e seco
CLIMAS DAS LATITUDES MÉDIAS: CONTROLADO PELAS MASSAS DE AR TROPICAIS E
POLARES.
subtropical úmido
marítimo das costa ocidentais
Mediterrâneo
desértico e de estepe de latitude média
continental úmido
CLIMAS DAS LATITUDES ALTAS: CONTROLADO PELAS MASSAS DE AR POLARES.
continental subártico
marítimo subártico
de tundra
de calota de gelo
de terras altas, onde a altitude controla o clima
O extenso território brasileiro, a diversidade de formas de
relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de ar,
possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil.
Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul
pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior
parte do território, nas zonas de latitudes baixas -chamadas de
zona intertropical- nas quais prevalecem os climas quentes e
úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.
A amplitude térmica - diferenças entre as temperaturas
mínimas e máximas no decorrer do ano - é baixa, em outras
palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é
pequena.
Para classificar um clima, devemos considerar a
temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão
atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre
muitas outras características. A classificação mais
utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil
assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler,
que se baseia na origem, natureza e movimentação das
correntes e massas de ar.
CLIMA SUBTROPICAL: presente na região sul dos estados
de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e
úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de
novembro à março. O índice pluviométrico anual é de,
aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam
em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no
inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.
CLIMA SEMI-ÁRIDO: presente, principalmente, no sertão
nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima
quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase
todo o ano.
CLIMA EQUATORIAL: encontra-se na região da Amazônia. As
temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande
quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.
CLIMA TROPICAL: temperaturas elevadas (média anual por volta de
20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
CLIMA TROPICAL DE ALTITUDE: ocorre principalmente nas
regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da
Mantiqueira. As temperatura médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de
verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias
vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
CLIMA TROPICAL ATLÂNTICO (TROPICAL ÚMIDO): presente,
principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande
influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são
elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno
(média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma
chover muito nestas áreas.
Tais características de temperatura e
chuvas se devem bastante pelo relevo e
pela latitude do Brasil