Ano Litúrgico
Tempo Sagrado, Tempo Litúrgico e o Mistério de Cristo
Denominação
• No século XVI: ano da Igreja
• No século XVII: ano cristão
• No século XIX: ano litúrgico
Unidade e conjunto das celebrações
festivas
É o ano do Senhor, porque é de Cristo e
a Ele pertence
Teologia do Ano Litúrgico
Celebração do Mistério de Cristo e da obra da salvação
no decorrer do ano
• Valor mistagógico
• Valor pastoral
Teologia do Ano Litúrgico: Valor Mistagógico
“As festas e os tempos litúrgicos não são ‘aniversários’ dos fatos da vida histórica de Jesus, mas ‘presença in mysterio’, isto é, na ação ritual e em todos os sinais litúrgicos.”
(Martín, p. 321)
MD 150 (Apostila p. 26)
Teologia do Ano Litúrgico: Valor Pastoral
• Não no sentido moral, para reproduzir suas ações e seus sentimentos.
• No plano ontológico e sacramental, na assimilação e configuração a Cristo (“Porque os que de antemão ele conheceu, esses também predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho” Rm 8,29).
Imitação de Cristo
Teologia do Ano Litúrgico: Valor Pastoral
“A celebração do Ano Litúrgico tem uma peculiar força e eficácia sacramental para alimentar a vida cristã (...). Com razão, ao celebrar o mistério do nascimento de Cristo e sua manifestação ao mundo, pedimos ‘poder transformar-nos à imagem daquele que conhecemos semelhante a nós em sua humanidade’; e enquanto renovamos a Páscoa de Cristo, suplicamos a Deus que os que renasceram com Cristo sejam fiéis durante sua vida à fé que receberam no sacramento.”
Paulo VI, Motu Proprio Mysterii Paschalis, 1969.
Teologia do Ano Litúrgico: três níveis
A Liturgia é um tempo intermédio,
imagem entre a sombra e a realidade.
Teologia do Ano Litúrgico: três níveis
Nível médio: manifesta-se nas palavras e nos atos de Jesus, mas não existe em si só; ele só tem sentido porque se relaciona com acontecimentos reais.
Nível primeiro: ações de Jesus no calvário, na qual ao ato exterior correspondia um ato interior de entrega, que excede o tempo.
Nível definitivo: realizada quando tudo estiver sob o domínio de Cristo, quando “o mundo se tornar um espaço de amor” (Sto. Agostinho).
Teologia do Ano Litúrgico: três níveis
A Liturgia não é substitutiva, mas
representativa
A origem da Liturgia contém o seu futuro.
Nas palavras de S. Bernardo de Claraval:
o semel (uma vez) quer alcançar o seu
semper (sempre)
Teologia do Ano Litúrgico
“O acontecimento momentâneo da liturgia só tem sentido e significado para a nossa vida porque inclui as outras duas dimensões: o passado, o presente e o futuro atravessam-se, tocando a eternidade.”
Bento XVI, p. 46
Bibliografia
BOROBIO, Dionísio (org.). A Celebração na Igreja. Vol. 3 Ritmos e Tempos da Celebração. São Paulo: Loyola, 2000.
MARTÍN, Julián López. A Liturgia da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2006.
RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2006.