UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
ACHADOS RADIOLÓGICOS POR
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PILOTOS
DA AVIAÇÃO DE CAÇA: UM ESTUDO
TRANSVERSAL
Lidiane Delgado Oliveira da Costa
NATAL - RN
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
ACHADOS RADIOLÓGICOS POR
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM PILOTOS
DA AVIAÇÃO DE CAÇA: UM ESTUDO
TRANSVERSAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Fisioterapia da UFRN, como pré-
requisito para obtenção de grau de
FISIOTERAPEUTA.
Orientador: Profº. Dr. Jamilson Simões
Brasileiro
Co-orientadora: Mst. Priscilla Rique Furtado
Mendes
NATAL/RN
2021
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
Costa, Lidiane Delgado Oliveira da.
Achados radiológicos por ressonância magnética em pilotos da
aviação de caça: um estudo transversal / Lidiane Delgado Oliveira da Costa. - 2021.
29f.: il.
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Fisioterapia. Natal, RN, 2021.
Orientador: Jamilson Simões Brasileiro.
1. Dor lombar - TCC. 2. Lombalgia - TCC. 3. Cervicalgia -
TCC. 4. Aviação - TCC. 5. Força Aérea Brasileira - TCC. I.
Brasileiro, Jamilson Simões. II. Título.
RN/UF/BS-CCS CDU 616.711
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263
AVALIAÇÃO DA BANCA EXAMINADORA
TRABALHO APRESENTADO POR LIDIANE DELGADO OLIVEIRA DA COSTA
EM 10 DE SETEMBRO DE 2021
1°Examinador ORIENTADOR: Profo. Dr. Jamilson Simões Brasileiro.
Nota atribuída:
2° Examinador: Profº Dr. Gildásio Lucas de Lucena
Nota atribuída:
3° Examinador: Profº Dr. Álvaro Campos Cavalcanti Maciel
Nota atribuída:
MÉDIA FINAL:
Aos meus pais. Por todo apoio,
carinho e dedicação. Devo tudo a
vocês.
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a Deus e aos meus pais pela minha vida. Mãe, pai, sem
vocês nada disso seria possível. Agradeço ao meu irmão pela paciência e boa vontade
de sempre me buscar, me esperar, não importa a hora e o lugar. Vocês tornaram essa
jornada mais leve. Ao restante da minha família, minhas avós, tias e primos, que fosse
com um pedido de massagem, de orientação ou de ajuda, nunca me deixaram esquecer
pelo o que eu estou aqui e porque amo essa profissão.
Agradeço ao meu orientador Jamilson por toda sua boa vontade, paciência e por
compartilhar da sua sabedoria. É uma honra e um prazer tê-lo como guia. Obrigada a
minha base de pesquisa, a LAPERN, vocês me inspiram a ser cada vez melhor. Priscilla
e Saminha, muito obrigada pelas orientações, dicas e conselhos, e por estarem comigo
ao longo desse projeto, foi duro, mas valeu cada momento.
Meus amigos, minhas gatas anatômicas Tati, Ingrid e Sayara. Dai, Fê, Thatá,
Anderson, Marquinhos, Gugu, Pricila, Gi, meu grupo “trixoudi”. Todos vocês me deram
força de vontade e me proporcionaram muitas alegrias nessa jornada. Aprender com
vocês ao meu lado foi maravilhoso, muito obrigada. Levarei sempre vocês comigo.
RESUMO
Background: pilotos da aviação de caça é uma população frequentemente acometida
por dores na coluna cervical e lombar, o que prejudica seu desempenho durante o voo e
induz a afastamentos. Também é frequente possuírem alterações estruturais observadas
nos exames de imagem. Objetivo: descrever os principais achados radiológicos
encontrados por meio de exames de Ressonância Magnética (RM), na coluna de pilotos
de caça da Força Aérea Brasileira (FAB), bem como avaliar o potencial deste exame na
avaliação e monitoramento destes indivíduos. Métodos: este é um estudo
observacional, analítico e transversal, onde vinte e cinco pilotos tiveram suas colunas
cervical e lombar analisadas através da RM, além de preencherem uma ficha com
informações pessoais, sobre o trabalho, atividade física e dor na coluna. Resultados: foi
observado que 100% dos pilotos possuíam alguma alteração na coluna lombar, sendo o
edema ligamentar por sobrecarga o achado mais prevalente (84%). Cerca de metade dos
pilotos (52%) apresentaram discopatias na coluna cervical e 24% na região lombar. A
queixa de dor lombar nos últimos três meses foi relatada por 88% dos pilotos, enquanto
68% apontaram dor na região cervical. Conclusão: Os altos índices de dor e de
alterações encontradas pela RM apontam para a importância deste exame na avaliação e
sugere a implementação imediatas de terapêuticas adequadas para a prevenção e o
tratamento dos problemas musculoesqueléticos nos aviadores de caça da FAB.
Descritores: lombalgia, cervicalgia, aviação, Força Aérea Brasileira.
ABSTRACT
Background: Fighter pilots are a population often affected by pain in the cervical and
lumbar spine, which impairs their performance during flight and leads to withdrawals. It
is also common to have structural changes observed in imaging exams. Objective: to
describe the main radiological findings found by magnetic resonance imaging (MRI) in
the column of fighter pilots of the Brazilian Air Force (FAB), as well as to assess the
potential of this test in the assessment and monitoring of these individuals. Methods:
This is an observational, analytical and cross-sectional study, where twenty-five pilots
had their cervical and lumbar spine analyzed through MRI, in addition to filling out a
form with personal information about work, physical activity and pain. Results: it was
observed that 100% of the pilots had some alteration in the lumbar spine, with ligament
edema due to overload being the most prevalent finding (84%). More than half of the
pilots (52%) had discopathies in the cervical spine and 24% in the lumbar region.
Complaints of low back pain in the last three months were reported by 88% of the
pilots, while 68% pointed to the cervical region. Conclusion: The high rates of pain and
changes found by MRI point to the importance of this test for the evaluation and suggest
the immediate implementation of appropriate therapies for the prevention and treatment
of musculoskeletal problems in FAB fighter aviators.
Descriptors: low back pain; neck pain; airplane; Brazilian Air Force.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO. ................................................................................................. 9
2. METODOLOGIA. ........................................................................................... 11
2.1 Participantes. ........................................................................................ 11
2.2. Local da pesquisa ................................................................................. 12
2.3 Aspectos éticos. .................................................................................... 12
2.4 Fichas de Avaliação ............................................................................... 12
2.5 Exame de ressonância magnética .......................................................... 12
2.6 Análise estatística ................................................................................. 13
3. RESULTADOS ................................................................................................ 14
4. DISCUSSÃO. .................................................................................................... 16
5.CONCLUSÃO. .................................................................................................. 20
6. REFERÊNCIAS. .............................................................................................. 21
7. ANEXO............................................................................................................. 25
O uso da Ressonância Magnética na avaliação da
coluna em Pilotos da Aviação de Caça:
Um Estudo Transversal
Introdução
Estima-se que um em cada dois pilotos da aviação de caça apresenta dor na
região cervical e um, em cada três, na lombar1. Segundo Silva2, avaliando pilotos de
caça da Força Aérea Brasileira, o índice de dor lombar atinge cerca de 35% desta
população e frequentemente afasta os indivíduos do trabalho, além de modificar a
ocupação destes.
Essa categoria sofre com sintomas relacionados à coluna devido a fatores como
exposição às altas cargas G (forças de aceleração maiores que a gravidade) que atuam
comprimindo a coluna durante o voo3,4, a má postura adotada por períodos
prolongados5,6, o design pouco ergonômico do cockpit4,6 e a realização de manobras
bruscas de voo sob estas condições3,4.
Uma má postura em voo altera as curvaturas naturais da coluna vertebral e o
desempenho dos músculos que agem sobre esse segmento6. Este fator, associado à
compressão gerada pela carga G e pelo tempo prolongado de exposição, exige maior
demanda muscular6 o que poderia gerar fadiga1 e deixar a coluna mais exposta à dor e
lesão.
O quadro doloroso ainda é capaz de ativar o mecanismo de inibição artrogênica,
que por sua vez diminui a atividade muscular e contribui para o desuso e atrofia da
musculatura, deixando a região afetada ainda mais susceptível às lesões7. Estima-se que
até 50% dos pilotos de caça podem apresentar degeneração discal lombar8 e cervical9 e,
considerando as condições as quais eles são expostos, podem sofrer com a degeneração
prematura da coluna que, a longo prazo, pode prejudicar suas carreiras.
Em um estudo com 232 recrutas noruegueses, a radiografia simples da coluna de
apenas 1/3 destes sujeitos foi considerada normal e 10% deles foram rejeitados do
treinamento de voo devido aos achados radiológicos10. Esses protocolos de avaliação,
além de otimizar a seleção para o treinamento militar, funcionam como um mecanismo
de proteção para o piloto, já que a exposição às altas forças “G” podem implicar num
agravamento do seu quadro de saúde.
Problemas musculoesqueléticos é o terceiro maior motivo de desqualificação de
voo entre pilotos da Força Aérea Americana11. Além de diminuir as horas de voo, a dor
na coluna diminui a concentração do piloto12 e prejudica sua performance durante o
voo13. Assim, se faz importante a avaliação da coluna desses indivíduos, com o intuito
de investigar as condições ou fatores preexistentes que possam contribuir para o
surgimento ou agravamento de problemas e venham desta forma, a causar limitações
funcionais.
Existem diversos exames de imagem que podem ser incluídos na avaliação dos
pilotos de caça14-17. Entretanto, do nosso conhecimento, este é o único estudo que
avaliou as alterações por exames de imagem, através da Ressonância Magnética, em
pilotos de caça de aeronaves turbo-hélice, no caso específico, o modelo A-29, Super-
Tucano (Figura 01).
Figura 01. Aeronave A-29, caça de ataque leve utilizado pela FAB.
Essa aeronave está presente atualmente em outras 14 forças aéreas, incluindo a
dos Estados Unidos, Chile, Colômbia e Afeganistão, além de potencial operação em
diversos países da Europa e Ásia. Apesar desse turbo-hélice alcançar em média 3-5G’s
em voo, obtendo menor pressão no corpo dos pilotos quando comparados aos aviões de
caça à jato, observa-se ainda um alto índice de queixas relacionadas à coluna nesses
indivíduos. Assim, o objetivo deste estudo foi apontar os achados radiológicos presentes
em pilotos da aviação de caça, do modelo A-29 e avaliar o potencial do exame de RM
na avaliação e monitoramento da coluna dos pilotos de aviação de caça.
Metodologia
Participantes
A amostra foi composta por pilotos da aviação de caça militar da Força Aérea
Brasileira, do sexo masculino, lotados na Base Aérea de Natal-RN-Brasil.
Local da pesquisa
O preenchimento da ficha de avaliação foi realizado no Laboratório de Análise
da Performance Neuromuscular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(LAPERN - UFRN). Os exames de Ressonância Magnética foram realizados no Centro
de Diagnóstico por Imagem do Hospital Universitário Onofre Lopes (CDI – HUOL-
UFRN), em Natal.
Aspectos Éticos
Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte através da interface nacional
Plataforma Brasil, sob parecer de número 3.082.359. Antes de admitidos no estudo,
todos os voluntários foram informados sobre os objetivos das análises e assinaram um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Fichas de Avaliação
Os pilotos preencheram uma ficha de avaliação padronizada com dados pessoais,
antropométricos, informações sobre ocupação, percepção do trabalho, histórico de
saúde, padrão de exercício físico e informações sobre a dor na coluna, mensurada pela
Escala Numérica da Dor (END). Os resultados da END foram registrados pelo número
apontado pelo piloto, variando de zero a dez. A intensidade da dor também foi
classificada de acordo com os seguintes critérios: 0 – sem dor, 1-3 – dor leve, 4-7 – dor
moderada e 8-10 – dor severa.
Exame de ressonância magnética
Os aviadores foram encaminhados ao Centro de Diagnóstico por Imagem do
Hospital Universitário Onofre Lopes (CDI – HUOL - UFRN), onde realizaram o exame
de ressonância magnética sem contraste da coluna cervical e lombar, utilizando-se
sequências ponderadas em T1 e T2, com e sem saturação de gordura. As análises foram
realizadas para os seguintes planos: Sagital FSE (TSE) - T1; Sagital FSE (TSE) - T2;
Axial FSE (TSE) – T2; Sagital STIR. Um médico radiologista emitiu o laudo
considerando as imagens obtidas.
Análise estatística
Os testes estatísticos foram realizados no programa Statistical Package Social
Science (SPSS), versão 20.0 para Windows. A normalidade da distribuição dos dados e
a homogeneidade das variações foram verificadas pelos testes de Shapiro Wilk e
Levene, respectivamente. As estatísticas descritivas foram apresentadas por meio de
média e desvio padrão ou mediana e interquartil, números absolutos e porcentagem. O
nível de significância de 5% (P <0,05) foi adotado para todos os testes estatísticos.
Resultados
Vinte e oito pilotos aceitaram participar do estudo, contudo, três deles foram
excluídos por estarem em missões no dia agendado para o exame. Assim, a amostra foi
constituída por 25 pilotos, sendo 12 aspirantes e 13 instrutores de caça. A Tabela 01 traz
a caracterização da amostra com dados antropométricos, horas de voo e de trabalho e a
percepção de satisfação do trabalho.
Tabela 01- Caracterização da amostra.
Variáveis Valores
Idade (anos), (média/dp) 25 (3.2)
Peso (Kg), (média/dp) 80.4 (10.8)
Altura (cm), (média/dp) 176.7 (4.7)
IMC (Kg/m2), (média/dp) 25.7 (2.7)
Anos de serviço (mediana, IQ) 7 (7-10)
Horas de voo total (mediana, IQ) 500 (255.5-829.5)
Horas de voo/semana (mediana, IQ) 5 (4.5-7)
Horas de escritório/semana (mediana, IQ) 30 (25-35)
Minutos de exercício por dia (mediana, IQ) 60 (60-82.5)
Dias de exercício/semana (mediana, IQ) 3 (2.5-4.5)
PERCEPÇÃO COM O TRABALHO
Satisfeito 13 (52%)
Estressado ou ansioso 3 (12%)
Não responderam 8 (32%)
Todos os pilotos avaliados tinham alguma alteração na coluna vertebral, com
destaque para o edema ligamentar de sobrecarga lombar, seguido de alterações
cervicais, como mostra a Tabela 02.
Tabela 02- Achados radiológicos por ordem de prevalência.
Achados radiológicos Valores
Alguma alteração lombar 25 (100%)
Alguma alteração cervical 18 (72%)
Edema ligamentar de sobrecarga lombar 21 (84%)
Discopatia degenerativa na cervical 13 (52%)
Protusão ou abaulamento discal na cervical 12 (48%)
Alteração interfacetária lombar 9 (36%)
Discopatia degenerativa lombar 6 (24%)
Protusão discal lombar 6 (24%)
Retificação da lordose cervical 5 (20%)
Contato medular na região cervical 5 (20%)
Contato medular na região lombar 4 (16%)
Edema ligamentar de sobrecarga cervical 2 (8%)
Escoliose toracolombar 2 (8%)
Protusão discal torácica 1 (4%)
Retificação da lordose lombar 1 (4%)
Espondilolistese grau 1 entre (L4-L5, L5-S1) 1 (4%)
Na tabela 3, é possível encontrar a prevalência das queixas de dor e a intensidade
de cada uma.
Tabela 3- Prevalência de dor e média de intensidade entre os pilotos.
Queixas
(últimos 3meses)
Prevalência
(n=25)
% nível da
dor
(n=25)
Média e DP da
EVA
(n=com dor)
Leve Moderada
(n=25) (n=25)
Severa
(n=25)
Dor lombar 22 (88%) 8 (32%) 14 (56%) - 4 (1.6)
Dor cervical 17 (68%) 12 (48%) 4 (16%) 1 (4%) 3.12 (1.6)
Dor torácica 10 (40%) 6 (24%) 2 (8%) 2 (8%) 3.5 (2.7)
Dor leve:1-3, dor moderada: 4-7, dor severa: 8-10.
Discussão
Este estudo analisou as alterações da coluna vertebral de pilotos da aviação de
caça do modelo Turbo-hélice A-29, por meio do exame de Ressonância Magnética,
além dos índices de queixas de dores relacionadas à coluna, na mesma população. Foi
visto nestes pilotos um predomínio de queixas de dor lombar (88%), seguido pela dor
cervical (68%). Os resultados também demonstraram alta prevalência de alterações,
onde os principais achados foram o edema ligamentar de sobrecarga lombar (84%), a
discopatia degenerativa na cervical (52%) e o abaulamento discal cervical (48%). Todos
os pilotos avaliados apresentaram algum tipo de anormalidade.
Na literatura, a prevalência de sinais de degeneração da coluna também tem sido
alta, mesmo em pilotos assintomáticos, como mostra o estudo de Romeo: dentre 350
cadetes assintomáticos da Academia da Força Aérea Italiana, 77% apresentaram alguma
alteração morfo-estrutural da coluna na RM. Esses pesquisadores também apontam que
essas alterações são precoces quando comparados a indivíduos não-pilotos de mesma
idade13. Rintala também encontrou anormalidades quando analisou a imagem da
cervical e lombar de pilotos em exames de RM pré-carreira: observou-se que 82%
tinham alguma alteração na coluna cervical e 92% na lombar16. Possivelmente, sob as
condições de voo, essas alterações tendem a aumentar, elevando as chances do
surgimento de sintomatologia dolorosa.
Nosso estudo demonstrou que os aviadores sofrem com altos índices de dor
lombar, sendo que 56% em nível moderado. Índices menores, porém também
relevantes, foram encontrados em pilotos de caça da Finlândia, Polônia e Israel (45%-
64.02%)1,16,19, demonstrando que a lombalgia é uma sintomatologia recorrente nesta
profissão e merece atenção das autoridades de saúde responsáveis. Curiosamente, o
presente estudo aponta índices ainda maiores em pilotos do modelo turbo-hélice, que
apresentaram prevalência maior do que os de caça a jato, relatados na literatura atual.
A dor cervical foi a segunda maior queixa apontada. Ao analisar pilotos de
diferentes aeronaves, Grossman observou que a dor cervical é mais comum em pilotos
de caça (47,2%) e que 21% destes indivíduos sentiam dor moderada ou severa1.
Wagstaff apontou que 72% dos pilotos noruegueses já sentiram dor cervical relacionada
ao voo e 50% sentiram dor no último ano20. Assim, as regiões mais afetadas na aviação
de caça são a cervical e lombar.
Sabemos que lombalgia é uma condição multifatorial7 e está ligada ao déficit na
capacidade de estabilização da coluna. Panjabi21 descreveu o sistema de estabilização
formado por 3 componentes, sendo eles: o passivo, formado por ligamentos, ossos e
tendões; o ativo, composto por músculos; e o neural: SNC e mecanoceptores. Quando
um dos componentes de estabilização da coluna está prejudicado, os demais tentam
compensar, o que pode causar sobrecarga, acelerar a degeneração das estruturas da
região, gerar fadiga, dor, mais desequilíbrio e degeneração das estruturas envolvidas21.
Análises neurohistológicas na literatura confirmam a existência de
mecanorreceptores no complexo ligamentar posterior da coluna lombar de seres
humanos22. Esses mecanorreceptores fazem parte do sistema de estabilização da coluna
que Panjabi postulou e são responsáveis por detectar e monitorar mudanças de tensão e
deformações, possivelmente danosas para os ligamentos e as articulações da coluna22.
É importante estudar a associação entre a lombalgia e a aviação por duas razões:
a dor nas costas é uma importante causa de faltas no trabalho e perda no desempenho;
além disso, é necessário desenvolver métodos preventivos adequados ao tipo de
aeronave utilizada1. Estudos já apontam a importância e a eficácia de exercícios para o
manejo da dor lombar7,23,24, inclusive em aviadores12,25. Trabalhos como esse ajudam os
profissionais da saúde a prevenir, diagnosticar e tratar desordens musculoesqueléticas,
como a lombalgia.
Os sinais de degeneração discal foram mais frequentes na cervical. Sovelius
também avaliou a coluna de pilotos de caça e encontrou alterações em 8 dos 12 sujeitos
avaliados17. Estas alterações, porém, foram consideradas leves. Os abaulamentos ou
protusões cervicais no presente estudo totalizam 48%, e na lombar, 24%. Romeo
encontrou em 49% da sua amostra pelo menos um abaulamento discal13. Mesmo com
amostras numericamente distintas, fica evidente a alta incidência de degeneração nesta
população.
O edema ligamentar por sobrecarga na região lombar foi o achado mais
frequente nesse estudo, pois estava presente em 84% dos pilotos. Para os aviadores de
caça, a sobrecarga advém da pressão axial causada pelo efeito da força G aumentada
sobre as estruturas da coluna26, que por sua vez, exige um aumento de tensão muscular
por parte dos músculos do tronco27, levando à fadiga28. A própria postura sentada
prolongada favorece o aumento da tensão muscular29. Esse aumento de tensão pode
gerar dor e desconforto30. Essas condições em que os pilotos estão expostos atingem
diretamente o sistema de estabilização da coluna, aumentando, assim, as chances de
desenvolverem desordens nesta região.
Outros estudos que avaliaram a coluna de pilotos de caça através de RM não
encontraram este achado em específico, relatando somente alterações discais (protusões
e desidratações), alterações no alinhamento e condição das vértebras4,17. Outros fizeram
apenas a avaliação pré-carreira dos futuros aviadores13,16. Acreditamos que os achados
tenham sido diferentes devido à natureza metodológica de cada estudo. Sovelius17
buscou alterações num comparativo de RM com intervalo de 13 anos, e a revisão
sistemática de Shiri4 limitou-se a alterações discais. Nosso estudo foi de caráter
transversal e detalhou todas as mudanças encontradas na coluna dos pilotos.
Apesar de não necessariamente existir forte relação entre os achados da RM com
a sintomatologia dolorosa ou com a aceleração da gravidade4,16,17, devemos mencionar
que, além das diferenças metodológicas entre os estudos, existem diferenças no
treinamento militar de cada Força Aérea e nos hábitos de vida e exercícios praticados
pelos pilotos. Ressaltamos que através da RM é possível monitorar as condições da
coluna vertebral31 e justificar intervenções terapêuticas precoces para prevenir o
aparecimento de problemas nesta região.
Os exames de imagem também complementam a clínica e dão subsídio para a
implementação de tratamentos direcionados para os problemas já instalados7, bem como
auxiliam no acompanhamento das intervenções32. Apesar de ser conhecimento comum
que os exames de imagem não correspondem adequadamente à sintomatologia dolorosa
vista na prática clínica23, recomendamos, em específico, a investigação da coluna de
pilotos de caça devido a curta carreira laboral e o grande número de afastamento por
lesões dessa população.
O presente estudo apresenta limitações no que diz respeito ao seu tamanho
amostral. Um número de pilotos maior proporcionaria resultados mais robustos. O fato
de avaliar pilotos de caça turbo hélice é um grande diferencial, mas também se inclui
numa limitação, já que não existem outros trabalhos que envolvam essa aeronave para
serem feitas comparações mais fiéis. Diante do que foi exposto, ainda são observadas
lacunas em relação às origens de algumas as alterações encontradas, deixando margem
para novos estudos pesquisarem estes achados.
Conclusão
Os resultados deste estudo apontam para um alto índice de alterações
radiológicas na coluna de pilotos da aviação de caça. Os achados mais frequentes foram
o edema ligamentar de sobrecarga lombar, seguido pelas discopatias degenerativas e
protrusões discais, nas regiões cervical e lombar. Também foram observados altos
índices de queixas de dor lombar e cervical entre os pilotos, evidenciando a dificuldade
dessa população e a necessidade de intervenções adequadas para sanar estes problemas.
Por fim, destacamos a importância dos exames por ressonância magnética, já
que estes, além de darem suporte à avaliação clínica, ajudam no diagnóstico e na
elaboração de um programa de tratamento mais específico. Neste estudo, a ressonância
magnética permitiu a descoberta de alterações da coluna mesmo em sujeitos
assintomático, o que permite uma intervenção terapêutica mais precoce, antes mesmo
do surgimento de qualquer queixa relacionada à função dos pilotos.
Referências.
1- Grossman A, Nakdimon I, Chapnik L, and Levy Y. Back symptoms in aviators
flying different aircraft. Aviat. Sp. Environ. Med. 2012; 83(7):702–705.
2- Silva GV. A Influência de Problemas na Coluna Vertebral sobre o Desempenho
Operacional e a Segurança de Voo na FAB. Rev. UNIFA. 2006;18(21):4-17.
3- Honkanen T, Sovelius R, Mäntysaari M, Kyröläinen H, Avela J, Leino TK. +Gz
exposure and spinal injury-induced flight duty limitations. Aerosp. Med. Hum.
Perform. 2018;89(6):552–556.
4- Shiri R, Frilander H, Sainio M, Karvala K, Sovelius R, Vehmas T et al. Cervical
and lumbar pain and radiological degeneration among fighter pilots: A systematic
review and meta-analysis. Occup. Environ. Med. 2015;72(2):145–150.
5- Albrethen IA, Alonazi AI, Alomari ARS, Almowssa ARI, Alamri HA, Alzahrani
MM, et al. Chronic Back and Neck Pain in Pilots Flying Different Aircraft.
JMSCR. 2016;4(9):12809–12821.
6- Sovelius R, Oksa J, Rintala H, and Siitonen S. Neck and back muscle loading in
pilots flying high Gz sorties with and without lumbar support. Aviat. Sp.
Environ. Med. 2008;79(6): 616–619.
7- Russo M, Deckers K, Eldabe S, Kiesel K, Gilligan C, Vieceli J, et al. Muscle
Control and Non-specific Chronic Low Back Pain. Neuromodulation.
2018;21(1): 1–9.
8- Landau DA , Chapnick L , Yoffe N , Azaria B , Goldstein L , Atar E. Cervical
and lumbar MRI findings in aviators as a function of aircraft type. Aviat Space
Environ Med 2006;77:1158–61.
9- Oakley CJ. Meta-analysis of studies on cervical degeneration of fighter pilots.
In: Burton R, Hämäläinen O, Kuronen P, et al.eds. Cervical spinal injury from
repeated exposures to sustained acceleration. NATO Science and Technology
Organization, 1999:67–70
10- Andersen HT, Wagstaff AS, Sverdrup HU. Spinal X-ray screening of high-
performance fighter pilots. Aviat Space Environ MedPilots.1991;62(12),1171–3.
11- McCrary BF, Van Syoc DL. Permanent flying disqualifications of USAF pilots
and navigators (1995-1999). Aviation, Space, and Environmental Medicine.
2002;73 (11):1117-1121.
12- Green BN, Sims J and Allen R. Use of conventional and alternative treatment
strategies for a case of low back pain in a F/A-18 aviator. Chiropr. Osteopat.
2006;14:1–6.
13- Romeo V, Covello M, Salvatore E, Parente CA, Abbenante D, Biselli R et al.
High Prevalence of Spinal Magnetic Resonance Imaging Findings in
Asymptomatic Young Adults (18-22 Yrs) Candidate to Air Force Flight. Spine.
(Phila. Pa. 1976). 2019;44(12):872–878.
14- Aydoǧ ST, Türbedar E, Demirel AH, Tetik O, Akin A, Doral MN. Cervical and
Lumbar Spinal Changes Diagnosed in Four-View Radiographs of 732 Military
Pilots. Aviat. Sp. Environ. Med. 2004;75(2):154–157.
15- Hendriksen IJM, Holewijn M. Degenerative changes of the spine of fighter pilots
of the Royal Netherlands Air Force (RNLAF). Aviat. Sp. Environ. Med.
1999;70(11):1057–1063.
16- Rintala H, Sovelius R, Rintala P, Huhtala H, Siitonen S, Kyröläinen H. MRI
findings and physical performance as predictors of flight-induced
musculoskeletal pain incidence among fighter pilots. Biomed. Hum. Kinet.
2017;9(1):133–139.
17- Sovelius R, Salonen O, Lamminen A, Huhtala H, Hämäläinen O. Spinal MRI in
fighter pilots and controls: A 13-year longitudinal study. Aviat. Sp. Environ.
Med. 2008;79(7):685–688.
18- Rintala H, Häkkinen A, Siitonen S, Kyröläinen H. Relationships Between
Physical Fitness, Demands of Flight Duty, and Musculoskeletal Symptoms
Among Military Pilots. Mil. Med. 2015;180(12):1233–1238.
19- Truszczyńska A, Lewkowicz R, Truszczyński O, Wojtkowiak M. Back pain and
its consequences among Polish Air Force pilots flying high performance aircraft.
Int. J. Occup. Med. Environ. Health. 2014;27(2):243–251.
20- Wagstaff AS, Jahr KI, Rodskier S. +Gz -Induced spinal symptoms in fighter
pilots: Operational and individual associated factors. Aviat. Sp. Environ. Med.
2012;83(11):1092–1096.
21- Panjabi MM. The stabilizing system of the spine: Part I. function, dysfunction,
adaptation, and enhancement. Journal of Spinal Disorders. 1992;5(4):383–389.
22- Yahia LH, Newman N, Rivard CH. Neurohistology of lumbar spine ligaments.
Acta Orthop. 1988;59(5):508–512.
23- Delitto A, George SZ, Dillen LV, Whitman JM, Sowa G, Shekelle P et al. Low
back pain. J. Orthop. Sports Phys. Ther. 2012;42(4).
24- Vlaeyen JWS, Maher CG, Wiech K, Van Zundert J, Meloto CB, Diatchenko L et
al. Low back pain. Nat. Rev. Dis. Prim. 2018;4(1):1–18.
25- Brandt Y, Currier L, Plante TW, Kabban CMS, Tvaryanas AP. A randomized
controlled trial of core strengthening exercises in helicopter crewmembers with
low back pain. Aerosp. Med. Hum. Perform. 2015;86(10): 889–894.
26- Honkanen T. Fighter Pilots’ Physical Performance and Spinal-injury Induced
Flight Duty Limitations [dissertation]. University of Jyväskylä; 2019.
27- Cornwall MW, Krock LP. Electromyographic activity while performing the anti-
G straining maneuver during high sustained acceleration. Aviation, Space, and
Environmental Medicine. 1992;63(11): 971- 975.
28- Oksa J, Hämäläinen O, Rissanen S, Salminen M, Kuronen P. Muscle fatigue
caused by repeated aerial combat maneuvering exercises. Aviation, Space, and
Environmental Medicine. 1999;70(6):556-560.
29- Kett AR, Sichting F. Sedentary behaviour at work increases muscle stiffness of
the back: Why roller massage has potential as an active break intervention.
Applied Ergonomics. 2020;82:102947.
30- Masaki M, Aoyama T, Murakami T, Yanase K, Ji X, Tateuchi H et al.
Association of low back pain with muscle stiffness and muscle mass of the
lumbar back muscles, and sagittal spinal alignment in young and middle-aged
medical workers. Clin. Biomech. 2017;49:128–133.
31- Savage RA, Whitehouse GH, Roberts N. The relationship between the magnetic
resonance imaging appearance of the lumbar spine and low back pain, age and
occupation in males. Eur. Spine J. 1997;6(2):106–114.
32- Last AR, Hulbert K. Chronic low back pain: Evaluation and management. South
African Fam. Pract. 2010;52(3):184–192.
Anexo 01
Normas da revista Fisioterapia e Pesquisa para publicação do trabalho
1 – Apresentação:
O texto deve ser digitado em processador de texto Word ou compatível, em tamanho
A4, com espaçamento de linhas e tamanho de letra que permitam plena legibilidade. O
texto completo, incluindo páginas de rosto e de referências, tabelas e legendas de
figuras, deve conter no máximo 25 mil caracteres com espaços.
2 – A página de rosto deve conter:
a) título do trabalho (preciso e conciso) e sua versão para o inglês;
b) título condensado (máximo de 50 caracteres);
c) nome completo dos autores, com números sobrescritos remetendo à afiliação
institucional e vínculo, no número máximo de 6 (casos excepcionais onde será
considerado o tipo e a complexidade do estudo, poderão ser analisados pelo Editor,
quando solicitado pelo autor principal, onde deverá constar a contribuição detalhada de
cada autor);
d) instituição que sediou, ou em que foi desenvolvido o estudo (curso, laboratório,
departamento, hospital, clínica, universidade, etc.), cidade, estado e país;
e) afiliação institucional dos autores (com respectivos números sobrescritos); no caso de
docência, informar título; se em instituição diferente da que sediou o estudo, fornecer
informação completa, como em “d)”; no caso de não-inserção institucional atual, indicar
área de formação e eventual título;
f) endereço postal e eletrônico do autor correspondente;
g) indicação de órgão financiador de parte ou todo o estudo se for o caso;
f) indicação de eventual apresentação em evento científico;
h) no caso de estudos com seres humanos ou animais, indicação do parecer de
aprovação pelo comitê de ética; no caso de ensaio clínico, o número de registro do
Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos-REBEC (http://www.ensaiosclinicos.gov.br) ou
no Clinical Trials (http://clinicaltrials.gov).
OBS: A partir de 01/01/2014 a FISIOTERAPIA & PESQUISA adotará a política
sugerida pela Sociedade Internacional de Editores de Revistas em Fisioterapia e exigirá
na submissão do manuscrito o registro retrospectivo, ou seja, ensaios clínicos que
iniciaram recrutamento a partir dessa data deverão registrar o estudo ANTES do
recrutamento do primeiro paciente. Para os estudos que iniciaram recrutamento até
31/12/2013, a revista aceitará o seu registro ainda que de forma prospectiva.
3 – Resumo, abstract, descritores e keywords:
A segunda página deve conter os resumos em português e inglês (máximo de 250
palavras). O resumo e o abstract devem ser redigidos em um único parágrafo, buscando-
se o máximo de precisão e concisão; seu conteúdo deve seguir a estrutura formal do
texto, ou seja, indicar objetivo, procedimentos básicos, resultados mais importantes e
principais conclusões. São seguidos, respectivamente, da lista de até cinco descritores
e keywords (sugere-se a consulta aos DeCS – Descritores em Ciências da Saúde da
Biblioteca Virtual em Saúde do Lilacs (http://decs.bvs.br) e ao MeSH – Medical Subject
Headings do Medline (http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html).
4 – Estrutura do texto:
Sugere-se que os trabalhos sejam organizados mediante a seguinte estrutura formal:
a) Introdução – justificar a relevância do estudo frente ao estado atual em que se
encontra o objeto investigado e estabelecer o objetivo do artigo;
b) Metodologia – descrever em detalhe a seleção da amostra, os procedimentos e
materiais utilizados, de modo a permitir a reprodução dos resultados, além dos métodos
usados na análise estatística;
c) Resultados – sucinta exposição factual da observação, em seqüência lógica, em geral
com apoio em tabelas e gráficos. Deve-se ter o cuidado para não repetir no texto todos
os dados das tabelas e/ou gráficos;
d) Discussão – comentar os achados mais importantes, discutindo os resultados
alcançados comparando-os com os de estudos anteriores. Quando houver, apresentar as
limitações do estudo;
e) Conclusão – sumarizar as deduções lógicas e fundamentadas dos Resultados.
5 – Tabelas, gráficos, quadros, figuras e diagramas:
Tabelas, gráficos, quadros, figuras e diagramas são considerados elementos gráficos. Só
serão apreciados manuscritos contendo no máximo cinco desses elementos.
Recomenda-se especial cuidado em sua seleção e pertinência, bem como rigor e
precisão nas legendas, as quais devem permitir o entendimento do elemento gráfico,
sem a necessidade de consultar o texto. Note que os gráficos só se justificam para
permitir rápida compreensão das variáveis complexas, e não para ilustrar, por exemplo,
diferença entre duas variáveis. Todos devem ser fornecidos no final do texto, mantendo-
se neste, marcas indicando os pontos de sua inserção ideal. As tabelas (títulos na parte
superior) devem ser montadas no próprio processador de texto e numeradas (em
arábicos) na ordem de menção no texto; decimais são separados por vírgula; eventuais
abreviações devem ser explicitadas por extenso na legenda.
Figuras, gráficos, fotografias e diagramas trazem os títulos na parte inferior, devendo
ser igualmente numerados (em arábicos) na ordem de inserção. Abreviações e outras
informações devem ser inseridas na legenda, a seguir ao título.
6 – Referências bibliográficas:
As referências bibliográficas devem ser organizadas em sequência numérica, de acordo
com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os
Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos,
elaborados pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – ICMJE
(http://www.icmje.org/index.html).
7 – Agradecimentos:
Quando pertinentes, dirigidos a pessoas ou instituições que contribuíram para a
elaboração do trabalho, são apresentados ao final das referências.
O texto do manuscrito deverá ser encaminhado em dois arquivos, sendo o primeiro com
todas as informações solicitadas nos itens acima e o segundo uma cópia cegada, onde
todas as informações que possam identificar os autores ou o local onde a pesquisa foi
realizada devem ser excluídas.