Download - 3º trimestre 2015 adolescentes lição 09
MODELO
TEXTO BÍBLICOAtos 2:42-46; 4:32-37
• 42 E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações.
• 43 Os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas, e por isso todas as pessoas estavam cheias de temor.
• 44 Todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham.
• 45 Vendiam as suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com a necessidade de cada um.
• 46 Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio do Templo. E nas suas casas partiam o pão e participavam das refeições com alegria e humildade.
• 47 Louvavam a Deus por tudo e eram estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas.
DESTAQUE• “...Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada
de ações, é coisa morta...” (Tg 2:17)
DEVOCIONAL
• SEG.........................................Dt 15:11
• TER.........................................Is 1:17
• QUA........................................Jr 34:8-11
• QUI..........................................Lc 14:12-14
• SEX.........................................Mt 25:34-36
• SAB.........................................Sl 41:1
• DOM........................................Tg 2:17
OBJETIVOS• Conscientizar: A respeito de missão social como igreja
do Senhor.• Mostrar: Que, tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento, há uma preocupação com os necessitados.• Ensinar: Que, como Filhos de Deus, temos um
compromisso com Ele e com nosso próximo.
I – A justiça social divina• O Brasil é um pais de grandes contrastes sociais.• Grande parte da população ainda sofre sem ter acesso
a uma educação de qualidade, moradia digna, saúde, transporte público de qualidade, emprego, etc.
• Existe tanta carência que foi preciso que o governo criasse vários programas assistenciais.
• Pagamos impostos, por isso, saneamento básico, educação de qualidade, bons hospitais são direitos nossos.
• No entanto, como igreja, também temos uma responsabilidade social, uma missão a cumprir.
“O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A JUSTIÇA SOCIAL?”
• A justiça social é um conceito tão politicamente carregado que realmente não pode ser dissociado do seu contexto moderno.
• A justiça social é muitas vezes usada como um grito de guerra para muitos no lado esquerdo do espectro político.
• Este trecho da pesquisa "Justiça Social" na Wikipédia (traduzido do inglês) é uma boa definição deste conceito.
• Neste contexto, a justiça social baseia-se nos conceitos de igualdade e direitos humanos, e envolve um maior grau de igualitarismo econômico através da tributação progressiva, da redistribuição de renda ou até mesmo da redistribuição da propriedade.
• Essas políticas visam atingir o que os economistas de desenvolvimento chamam de igualdade de oportunidades, a qual pode realmente existir em algumas sociedades, e para a fabricação de igualdade de resultados nos casos em que as desigualdades inerentes aparecem em um sistema processualmente justo".
• A palavra-chave nesta definição é "igualitarismo". Esta palavra, juntamente com as frases "redistribuição de renda", "redistribuição da propriedade" e "igualdade de resultados", diz muito sobre a justiça social.
• O igualitarismo, como uma doutrina política, essencialmente promove a idéia de que todas as pessoas devem ter os mesmos (iguais) direitos políticos, sociais, econômicos e civis.
• O problema com essa doutrina é duplo: • - Primeiro, há uma premissa equivocada no
igualitarismo econômico de que os ricos se tornaram ricos através da exploração dos pobres.
• Grande parte da literatura socialista dos últimos 150 anos promove essa premissa.
• Isso pode ter sido o caso principal quando Karl Marx escreveu o seu primeiro Manifesto Comunista, e ainda hoje pode ser o caso por parte do tempo, mas certamente não o tempo todo.
• - Em segundo lugar, os programas socialistas tendem a criar mais problemas do que resolvem; em outras palavras, eles não funcionam.
• Qual, então, é a visão cristã da justiça social? • A Bíblia ensina que Deus é um Deus de justiça. • De fato, "Deus é... justo e reto" (Deuteronômio 32:4).• Além disso, a Bíblia sustenta a noção de justiça social
na qual a preocupação e os cuidados são mostrados a favor dos pobres e aflitos (Deuteronômio 10:18, 24:17, 27:19).
• Quando Jesus pregou o Sermão do Monte, Ele mencionou cuidar dos "pequeninos" (Mateus 25:40) e Tiago, em sua epístola, expõe a natureza da "verdadeira religião" (Tiago 1:27).
• Assim, se por "justiça social" queremos dizer que a sociedade tem a obrigação moral de cuidar dos menos afortunados, então isso é correto.
• Deus sabe que, devido à queda, haverá viúvas, órfãos e peregrinos na sociedade, e Ele fez provisões no antigo e novo testamento para cuidar deles.
• O modelo de tal comportamento é o próprio Jesus, o qual refletiu o senso de justiça de Deus ao levar a mensagem do evangelho até mesmo aos párias da sociedade.
• No entanto, a noção cristã de justiça social é diferente da noção contemporânea de justiça social.
• As exortações bíblicas para cuidar dos pobres são mais individuais do que da sociedade como um todo.
• Em outras palavras, cada cristão é encorajado a fazer o que puder para ajudar o "menor destes."
• A base para tais mandamentos bíblicos encontra-se no segundo dos grandes mandamentos - amar ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:39).
II – Justiça social no Novo Testamento • Jesus, o Filho de Deus, sempre o olhou atentamente
para os pobres.• Quando ele veio ao mundo, a Palestina enfrentava
graves problemas sociais e econômicos. • Muitos procuravam a Jesus para ter o que comer (Jo
6:26); porém, ele acolhia a todas as pessoas, sem fazer distinção alguma.
• A epístola de Tiago nos ensina que a fé sem obras é morta (Tg 2:14-26).
• Se tivermos fé em Deus, temos que evidenciar a nossa fé mediante as nossas ações, não basta apenas dizermos que cremos em Deus.
• A palavra diakaiosune é formada do conceito de dikaioo (justificar) e dikaios (justo) e palavras correlatas, dike (penalidade em 2 Ts 1.9) e diakaiosis (em Rm 4.25 e 5.18 “justificação ou absolvição).
• Esta família de palavras nos ajuda entender que “justiça social” significa agir de modo justo ou reto.
• No hebraico a palavra tsadhak (justificar), tseddik (justo) e tsedek outsedhakah (retidão ou justificação) é a principal fonte deste conceito no Novo Testamento (cf. D.E.H. Whiteley,The Theology of St. Paul, Philadelphia, 1964, p. 157).
• Praticar justiça seria praticar boas obras do modo que Jesus ordenou: “...Assim brilhe a luz de você diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus...” (Mt 5.16).
• Paulo faz eco deste conceito de Jesus dizendo: “...Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nos praticarmos...” (Ef 2.10).
• A busca da justiça inspira as admoestações dos profetas hebreus e as reflexões dos filósofos gregos.
• Ela é invocada para proteger a ordem estabelecida, assim como para justificar a sua derrubada..., um valor universal” (cit. R. Shedd,Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, S. Paulo, ed. Revisada, 2013, p.10).
• Se, então, justiça é um valor universal, como devemos explicar a injustiça nas indescritíveis e horríveis atrocidades praticadas pelos alemães sob o comando da Adolf Hitler e as chacinas promovidas pelos socialistas na extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas?
• Os evangélicos entenderam que a transformação de vidas submetidas a Deus pela fé mudaria as condições de injustiça que dominava os países incrédulos. Baseados nas mudanças profundas que a Reforma trouxe para Europa Ocidental e a América do Norte, concluíram que os melhoramentos que o mundo precisava estavam embutidos no próprio evangelho.
• Se a maioria dos homens se convertesse, e obedecessem à Bíblia, o resultado seria a diminuição dos males do mundo.
III – A responsabilidade social da igreja no primeiro século
• “...Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade...” (At 2:45).
• A igreja primitiva não somente evangelizou Jerusalém e alcançou as nações do seu tempo, os irmãos também atendiam os carentes.
• No pentecoste, todos foram cheios do Espírito Santo e muitos sinais e prodígios passaram a ser feitos por intermédio dos apóstolos (At 4:30)
• O Antigo Testamento está repleto de preceitos e narrativas referentes à temática social. As figuras do pobre, do órfão, da viúva e de outras pessoas em situação de desamparo povoam as Escrituras Hebraicas.
• A lei de Moisés continha dispositivos que iam além do mero atendimento de necessidades imediatas, criando condições para que houvesse menor desigualdade na sociedade de Israel.
• São exemplos disso a lei da rebusca (Lv 19.9,10; 23.22; Dt 24.19-21) e o ano de jubileu (Lv 25.8-34).
• Quando se chega à literatura profética, em especial aos “profetas éticos” do século oitavo a.C. (Isaías, Oséias, Amós e Miquéias), a justiça, a misericórdia e a generosidade no trato com os sofredores se tornam um tema dominante.
• Jesus retomou e aprofundou essas preocupações.• Numa época em que a religiosidade judaica havia se
cristalizado em torno de três práticas formais – esmolas, oração e jejum – o Senhor corrigiu algumas distorções vigentes, ensinando que a prática da caridade deveria ser humilde, desinteressada e motivada pelo amor (Mt 5.7; 6.1-4; 7.12).
• Em períodos de grave conturbação social, como nos estágios finais do Império Romano, a igreja era a única instituição que estava preparada para ajudar as populações afligidas.
• Um desdobramento preocupante ocorreu ainda no período antigo e se aprofundou na Idade Média – o entendimento de que a pobreza e a caridade tinham um valor meritório diante de Deus.
• Isso acabou desvirtuando as motivações que levavam muitas pessoas a se desfazerem dos seus bens e a socorrerem os necessitados.
• Além disso, uma atitude fatalista em relação à pobreza involuntária impedia que os pobres superassem a condição em que viviam.
• Os reformadores protestantes questionaram o aspecto meritório da beneficência medieval, mas mantiveram a antiga ênfase na caridade cristã.
• Juntos aos órgãos públicos e as instituições sociais.
• Para Calvino, a restauração inaugurada por Cristo ocorre inicialmente no seio da Igreja.
• É na Igreja que a ordem primitiva da sociedade, tal qual Deus havia estabelecido, tende a ser restaurada.
• Na Igreja, as diferenças exacerbadas entre as classes sociais, econômicas e raciais, bem como os preconceitos delas procedentes, desaparecem, pois Cristo de todos faz um único povo (Gl 3.28; Ef 2.14).
• Quais as responsabilidades da Igreja nesta restauração provisória da sociedade? Podemos resumir o ensino de Calvino em três aspecto fundamentais.
• Segundo ele, a Igreja tinha um ministério didático , um político , e um social.
IV – Avivamento e responsabilidade social
• A igreja de nossos dias precisa de um avivamento.• Necessitamos ser cheios do Espírito Santo a fim de que
possamos transformar a nossa sociedade mediante o poder de Deus, que é aquele que cura, salva, batiza com o Espírito Santo e tem poder para transformar toda e qualquer realidade social e econômica.
• O primeiro sermão produziu três mil convertidos! 3.000! Talvez alguns pensaram: “Agora, o que faremos com todas estas pessoas?” Lucas resumiu as atividades destes primeiros crentes em um versículo:
• “...E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações...” (Atos 2:42).
• O ensinamento na primeira igreja foi chamado a doutrina dos apóstolos. Jesus revelou a sua vontade aos apóstolos e mandou que eles a entregassem ao mundo. Observe que este ensinamento não foi chamado “a doutrina da igreja”.
• É com esta base que eles aceitam os escritos dos “Pais da Igreja”, as tradições e até editos modernos como palavras de autoridade.
• Mas o relato de Lucas demonstra que aconteceu ao contrário. Foi a pregação do evangelho que deu origem à igreja. Então, santos apóstolos e profetas guiaram a igreja até Deus completar a sua revelação (Efésios 3:5).
• No capítulo 3 e 4, o autor do livro de Atos, Lucas, narra o início da perseguição aos cristãos em Jerusalém.
• aprendemos que a vida em comunidade incluía o cuidado com todas as partes da vida de cada irmão e irmã, inclusive questões materiais
• (v.4): • “...Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois
os que possuí am terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um...”.
• E reforça-se a ideia dos encontros regulares de comunhão e oração (v.12):
• “todos os que creram costumavam reunir-se”.