I I A S S O DOMINGO, 35 DE MAIO DE 1903 s.° 45
S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A
4GÍB ETII:fí£»i 0. ' A sslgasttiía §j•Anno, iSoopvrjjs; semestre, 5oo .rçís. Pagamento adeantado. H ftfi Papt o Brnzilj.rapno, 2SS00 réis (moeda forte;. AA vdsd; no dia da p „ t ík ^ ã o /,o T é is . y 1 6 — LARGO DA MISERICÓRDIA — 16 p
EDITOR — Jose Augusto Saloio k a l d e g a l l e g a h
|| I*8Bl>lIcaçõe.s ««f j Annuncios:— \.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, Q-à?o réis. Annuncios na 4.» pagina, contractoj éSp?cial. Os autò- M graphos flão se restituem quer sejam 011 não publicado^-.
PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio
e x p e d i e n t e
A cceiiam -se cosi» g r a tidão q u aesq u er n o t ic ia s que sejam de in te r e s s e piiltUe».
I B I I C M O10® AL
A sociedade moderna confere á mulher hodierna um papel importantíssimo que ella-,; principalmente quando é mãe, tem a desempenhar 110 campo da civilisação. De feito, que ha ahi de mais Sympaihico e attrahente que é vèr a mãe ■com o filho ao collo? Ella sorri se o vè sorrir, chora •se o vè chorar-, vive por elle e para elle, desentranhando-se em consolações e àlíectos, veiando noite ,e dia junto d elle se o vê doente, e isto-com o maior desinteresse, porque o amor maternal é sempre o mais puro e o mais lídimo dos amores.
A mãe é a primeira educadora, e ning-uem como ella insuffla no espirito da c r e a n ç a a s. p r i m e i ras n o ç õ e s da educação moral.' A pai' do desenvolvimento physi- co que com o.seu leite lhe vae dando, lhe ensina a balbuciar as primeiras palavras, Ella entende,.de hygi- e.ne, ninguém como ella a sa.be resguardar dos frios.e dos calores; entende de musica e. poesia, canta-lhe canções suavíssimas, senti- meptaes.,. resonantissimas, como um concerto de tril- lõs de aves canoras; fala- lhe de Deus, do Redemptord.o Mundo, da. Virgem, com uma expressão .encantadora, sympathica, ineguala- vel, de que só as mães sabem 0 segredo. E as crean- ças nessas tenras edades amoldam-se como a cera a todos esses ensinamentos. E tudo isto fica profundamente arraigâdo nó espirito da creança. E’ n essas edades e com essa influencia benefica, salutar, maternal, que se fórma o caracter da individualidade humana. Sempre que nos relampagueia no espirito um
pensamento, investiguemos, perscrutemos, e lá nos apparece pairando no céo da nossa alma a imagem querida de nossas mães. Vale a sociedade o que valer a familia, vale a familia o que valer a educação, vale a educação o que valer a mãe, vale a mãe o que valer a fé.
Eduque-se, portanto, a mulher nos moldes da moralidade, e com ísso presta-se um dos maiores , serviços á causa da civilisacão.
UMA CATASTROPHEAbalou dolorosamente
todos os corações a noticia da morte; de Augusto Severo, o inventor do balão Pax, que tão desastrosamente succumbiu em Paris, depois de se ter elevado nos ares, realisando assim o sonho dourado de toda a sua existencia.
Pagou bem cara a sua audaciosa te meridade. Mais um nome a inscrever no longo martyrologio da sciencia, mais uma victima das concepções arrojadas que hão de levar a, humanidade ao mais alto grau de perfeição,
A conquista do ar, o vasto e intrincado problema da navegação aerea, tem feito muitas victimas, mas o cérebro' humano, cheio de prodigiosa actividade, vae ampliando essas poderosas, invenções e subindo cada vez mais na .escola da perfectibilidade, até conseguir a mais assigna- lada victoria que os homens podem sonhar.
Desde o padre Bartholo- meu de Gusmão, o portu- guez, que foi o inventor do balão, embora os extran- geiros, nos pretendam contestar essa primazia, até hoje, quanto se tem progredido desde a Passarola até aos balões de Santos Du- monte e Severo, que de trabalhos, que de aperfeiçoamentos maravilhosos, se teem apresentado aos nossos olhos deslumbrados! E a direcção dos balões, que a muitos se afigurava um sonho, um produeto dalou-
ca phantasia de qualquer desvairado, na de finalmente conseguir-se, graças ao esforço e á energia dos homens que põem a sua fortuna e a sua vida ao serviço da sciencia.
Pobre Severo! Descanea em paz, infeliz victima do teu arrojo intemerato! Que te cubram de flores a campa os que sabem com- prehender o alcance de todas as idéas grandiosas e nobres, de todos os esforços emprehenclidos para elevar a humanidade ao ni- vel da perfeição!
JOAQOIM DOS ANJOS.
Tomou posse do logar de solicitador forense nesta comarca no dia 22 do corrente, 0 nosso amigo Antonio Rodrigues Callei- ro Junior, activo e intelligente professor de ensino livre. Enviamos-lhe cordialmente as nossas felicitações.
JLivraria ESordaBoEsta antiga casa editora,
fundada em 1835, remette pelo correio, caminho de ferro ou via 'marítima-, todos os artigos que lhe sejam pedidos, para o que tem montada uma Secção de Encommendas, tanto de livraria como de outros generos alheios a. esta especialidade. Tambem se encarrega de vendas á «con-
«■nação» e de outros quaesq-uer negocios.
Toda a correspondencia deve ser dirigida- a A rnal- io Bordalo, rua da Victo- fia,'42, cl.
\ M o d a . ,
Sob esta epigraphe acabamos de receber um elegante numero-brinde da importante e acreditada Casa de Modas do sr. J. J. Martins, rua do ouro, 174— Lisboa. Agradecemos a offerta.
De visita a sua sobrinha a ex."'1 sr.* D. Estephania Augusta da Veiga Sargedas Coelho, estéve nesta villa, a ex.'”3 sr.a D. Hortênsia A. Sargedas Caldas, em companhia de sua sobrinha a ex.raa sr.a D. Hortênsia A. Sargedas Silva.
d ep u ra tiv o S&hss Am ado e o s jtts-asaes dc iJ s -Itõa.
AS DOENÇAS DO UTERO E OVÁRIOSDestruição completa da
syphilis em todas às suas manifestações, rlieumatis- mn, erupção de pelle, fe r idas antigas ou recentes, es- crophulas, olhos e nevralgias,, . _____
Este importante depurativo já celebre pelas curas assombrosas que tem operado, está despertando um interessante indiscriptivel em todo o publico.
Doenças tem elle curado, que os proprios médicos se teem detido em justificadas meditações.
Poderíamos hoje citar o nome dum dos mais notáveis médicos militares, porém, olhando a que elle não fique satisfeito com as referencias que poderíamos fazer ao seu nome, deixamos com bastante pesar nosso de o mencionar.
Referir-nos-hemosao caso que se passou.
Um doente que ha muito tempo procurava allivio para a sua grave doença, nos recursos da sciencia, depois' de ter, consultado diversos médicos, e nenhum d elles tqr logrado restabelecel-o, resolveu-se a ir, por indicação particular, á consulta do referido distincto medico com o qual andou em tratamento, durante bastante tempo, porém,.como a doença não apresentasse tendência alguma a melhorar, o medico- dissê-lhe que já não tinha nada que lhe receitar.
Então o doente já déses- perado e sem esperanças de se vêr livre do seu fla- gello, pediu a opinião do mesmo senhor sobre osef- feitos' do depurativo «Diaã Amado».
O iilustre homem de sciencia já não menos aborrecido com a doença do seu cliente e, talvez no desejo de evitar maior mas- sada,,respondeu-lhe:— textual Sim, ás, vezes a m . faz bem. Experimente vos- sê essa coisa, pode ser que nella esteja a sua cura.
Este poderoso depurativo do sangue, composto apenas de vegetaes inof- fensivos, nãõ contém mercúrio comopor mais d uma vez temos provado com a publicação da analyse feita em Coimbra por dois professores da Universidade.
Preço de cada frasco, 1, 000 réis.
P ara fóra de Lisboa não se remettem encommendas inferiores a dois frascos, sendo o porte do correio de dois até seis frascos 200 réis.
Deposito geral: Pharmacia Ultramarina, rua de S. Pauío, 99 e 101, Lisboa, e no Porto pharmacia Bo- lhãò.
d osa fe s ta ao S en h o r A fflic to s
Teve logar, conforme noticiámos, a festividade ao Senhor dos Afflictos,
jmingo e segunda-feira, sendo muito concorrida, como esperavamos, por forasteiros.
No domingo, a distincta phylarmonica«Uniãoe T ra- balho», de Sarilhos Grandes, percorreu as principaes ruas da villa, acompanhando a Commissão promotora daquelle festejo, que então fazia o peditorio. Pelas 5 horas da tarde entrou no coreto a phylàrmo- nicá «União e Trabalho», que se fez ouvir, éxecucãil- do alli alguns trechos de musica devidos á batuta do sr. Constando Maria da Silva, mestre daphylarmo- nicã, havendo tambem arraial, kermesse, ladainha, etc , até ás 7 horas da tarde. A’s. 8 horas da noite: il-1 u m inação veneziana,— que deveria produzir um effeito deslumbrante se não fosse a traiçoeira ventania— kermesse, bailes ao ar livre e musica no coreto pela phylarmonica «União e Trabalho» que tocou até á meia noite.
Na segunda-feira: missa pelas 11 horas da manhã, kermesse, musica no coreto pela phylarmonica«1.° de Dezem bro desta villa, pelas 5 horas da tarde, ser- mãs pelo rev. prior do Sa-
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mouco, illuminaçao e musica no coreto das 9 horas até á meia noite pela « 1 de Dezembro». O bazar— que não era pequeno — esteve completo de valiosas prendas, salientando-se entre estas uma jarra, primoroso trabalho do sr. Jacintho Antonio Gouveia. Algumas prendas que restaram foram na terça-feira vendidas em leilão por exorbitantes lanços. Tocou durante o leilão a phylarmonica «i.° de Dezembro»., á qual, depois do leilão, foi offerecida uma boa ceia. A illuminação, devido á amenidade da noite, produziu o effeito desejado. Foi mais um dia de larga festa.
Estavam alli muitas barracas próprias destas festividades, discernindo-se entre ellas uma de vistas de cera em tamanho natural.
O local do festejo foi policiado por grande numero de cabos de policia d’esta villa, não se dando occor- rencia alguma digna de mensao.
A nniversario
Completou hontem mais um anniversario natalicio o nosso amigo, sr. Baltha- zar Manuel Valente, digno mestre da banda 1.° de Dezembro, d’esta villa.
As nossas felicitacões.
Tentou hontem suicidar- se pelas 10 hòras e meia da manhã, um individuo de nome Simo, exposto da Santa Casa da Misericórdia, de Lisboa.
In cu rsã o a Thom ar
O nosso amigo, sr. Bal- thazar Manuel Valente, consciencioso mestre da banda i.° de Dezembro, de esta villa, acaba de compor primorosamente um passo doble a que deu o titulo: Aldegallega saúdaThomar, e que é exclusivamente dedicado á for
mosa Thomar, e uma valsa A Noiva do Senhor.
O sr. Valente tambem vae pôr na estante a excel- lente phantasia original deC. Zeller I I Venditorio Uc- celli.
Segundo algumas noticias que temos recebido de Thomar, lavra alli grande enthusiasmo pela visita da Sociedade i.° de Dezembro, tratando-se já activamente de preparativos para a recepção. Por isto e pelos diffe- rentes attractivos que a commissão promotora está preparando, é de crer que a excursão de que se trata deixe magnificamente impressionados todos os que nella tomarem parte. A excursão terá logar no dia 22 do proximo mez de junho. Já ha poucos bilhetes.
S c c r o lo g ia
Falleceu na manhã de 22 do corrente, victimada por uma pneumonia, a ex.nla sr.aD. Maria da Conceição Rodrigues Pinto, estremecida esposa do sr. Francisco Rodrigues Pinto, honrado commerciante desta villa
A’ enlutada familia enviamos as nossas sinceras condolências.
Tem passado incommo- dado de saude o nosso amigo, sr. Domingos Simões dos Santos. Felizmente vae sentindo algumas melhoras, pelo que muito folgamos.
IS ih lio lh eea lllsssira íla da O IA ÇO TA
Recebemos 0 3.° volume desta interessante publicação mensal em volumes de32 paginas sob a direcção de Pygmeu. E’ um interessante íivrinhb com muitas gravuras, impresso em magnifico papel pela 'módica quantia de 60 réis.
Para os assignantes de A Chacota cada série de 12 volumes, (um anno) custa apenas 600 réis, ou 6 volumes, (um semestre/1 3oo réis!
JOÃO DE DEUS(Na passagem do cortejo fúnebre]
Abram caminho! Vão form ar alas!Joelho em terra, humilde e reverente!Mudam-se em luto as feiticeiras galas
1 Que exornaram a festa refulgente.
Vae a passar um r e i... re i do Talento,Realeza a maior de iodo o mundo.Não brilha mais 0 sol no firmamento Do que brilhou seu genio tão fecundo.
Não tem salvas reis de instante a instante,Como os reis adulados toda a vida;Tem soluços de dôr dilacerante,Mas dôr que é mais profunda e mais sentida.
Logar! Logar ao mestre da poesia,Cuja memória o tempo não corroe.Grandes da terra, a vossa fidalguia De nada vale ao pé d aquelle heroe!
A b ri caminho! Ante essa Realeza Descobri as cabeças, descobri!De tão grande talento e singeleza Não ha ninguém, não ha ninguém aqui!
JOAQ UIM DOS ANJOS.
PENSAMENTOS
A arte não conta com a mediocridade; dd aças, não dá muletas.— Victor Hugo.
— Muitos artistas crêem muito no seu genio e pouco no trabalho.— Jules Breton.
— Uma mulher rica é uni mal insolente.— Juvenal.— Começa-se por fa \er arte e a final considera-se
como ajficio. — F. Brunetiêre,— 0 segredo do artista é ficar na verdade das contin
gências individuaes, dando-lhes a immortalidade dos ly- pos.■— G. M. Valtour.
— As rugas são 0 tumulo do amor. — Serrasin.
A N E C D O T AS
Um musico ambulante está locando harpa, e um policia approxima-se.
— .d sua licença?— Não lenho.— Iinlão acompanhe-me.--C o m muito gosto. 0 que é que o sr. quer cantar?
— Isto dos telegrap/ios parece coisa do diabo!— I océ e de bom tempo.— O seu Antonio, pois então ...— Pois então nada maisfácil: toca-se numa extremi
dade, e logo na outra apparece escripta o que a gente quer...
— Ora pois é isso que me fa\confusão; é isso mesmo. Como demonio...
— Olhe, sr. Francisco, não tem que penetrar. Aquil- lo e como um gato; a gente aperta-o atra^, na cauda, e elle mia adiante, cda bacca.
THOMAR(Continuado do n.° 43;
Sobranceiro á cidade pelo lado do poente eleva-se o vetusto castello de D. Gualdim Paes, Mestre da Ordem dos Templários, que alli o mandou edificar em i i 6o e d elle fez séde da Ordem, ao mesmo tempo que no suppe do monte, onde foi erecto, se iam lançando os fundamentos da villa de Thomar, que em poucos annos teve rapido incremento. Para o lado do nascente e sul está aquella fortaleza, para assim dizer, intacta, tão solidamente foi construída que a acção corrosiva do tempo, durante muitos séculos, que vão passados, a não prostrou em ruinas; lá está ainda a alta torre de menagem e os extensos pan- nos de muralhas com seus castellos, com especialidade de um delles se disfru- cta um dos mais bonitos panoramas do nosso paiz: num vasto horizonte vè-se em baixo a cidade alvejante e bella, dividida em quarteirões regulares e bem alinhados, sobresahindo no meio dum manto de verdura que a circunda, o rio que a corta e vae serpeando pela planicie, orlado de virente arvoredo, emittindo frescura, dando realce e belieza; ao longe as collinas subindo e descendo em ondulações graciosas, povoadas d arvores, no meio de cuja verdura aqui e álém se vêem branquejar casaes ou aldeias e pequenas casas de campo, disseminadas pelo valle, sobresahindo nas encostas e elevando-se na cumeada dos montes.
No panno da muralha, que fica voltado para o sul existe ainda uma porta, que era uma das entradas para aquelle recinto fortificado, chamam-lhe porta do sangue, porque, quando cm 1190 o imperador de Marrocos, Yacub Al-mensor veiu atacar aquelle castello com um poderoso exercito, pondo-o em estreito assedio com assaltos durante 6 dias.
12 FOLHETIM
TraduccãO de J. DOS ANJOS
UMA HISTORIADO
OUTRO MUNDORomance de avenluras
vuOnde está ella?
Ora, emquanto a noite cahia, á Brisa do mar, assobiaíldo, roçavà pelos juncos, e a ribeira murmurava, o Mario contemplara todas estas coisas e reflectira.
Foi entáo que di^se- ao companheir 10;
- ^ E ' forçoso que vamos procurar a Joanna!
O João levantou a cabeça ao ouvir aquelle nome querido. Mas, como perdera toda a esperança, n 'o aco lheu aquella proposta com o seu en- thusúismo costumado. Olhou muito para o Mario, como,se olha para um homem que está caçoan ’o comnosco ou para um doido, e respondeu, còm voz lenta e desanimada :
— Bem sabes que é impossível.Era lá possivel,. effecthrartiente.
evadirem-se?De dia, nem pensar n'isso, porque
no dia seguinte iam para a ilhà.De noite; era uma loucura. Quem
andasse de noite e’m redor do territo- rio auctorisado tinha a certeza de ser alcançado por uma bala antes de dar cem passos. Ha portos por toda a parte. T’m dós mais importantes e-ta-
va exactamente no lado leste.do paul e commándava'o tèrreno a que pertenciam a; cabanas dos dois amigos-.
O João fez. todas estas objecçòes num minuto e tornou a cahir no seu abatimento.. -O u v e -m e ! tornou o Mano. Náo
estou doidò, nem cáçôo comjágó, co- trio parece que julgas. Olha lá para baixo, ao longe, do lado opposto ao mar. O que vês?
— O que hei de vêr? vejo a montanha! E vejo-a ainda melhor de dia! rçplicou o outro com despeito.
K ao pé, o que vês sobre a agua dopntií?
— A herva negra, que-èstá immovel de dia e que os sapos fazem mecher de noite.
— Bom ! E tambem vês d'onde sae a ribeira, antes' de entrar na h e r v a
negra?
— Sae de debaixo das arvores, ora essa! M,as que relação pode ter isso com o que me dizias ha boccàdo? Falas como um imbecil eu ir procurar a Joanna. que á o mesmo que despegar a lua, e depois fazes-me olhar para a herva. e para a agu;i. Já me vaes aborrecendo! Olha para isto, olha pará aquillo! Já me pareces utri escamotéàdor falando ao respeitável publico . . . E ’ isso que queres fazer?
— Sim, querò esçamc>tear,í entendes ? Quero esom otear-nos. E o que nos ha de occultar meu velho, é a herva, a água e as arvoreá. A algibeira em que nos havemos de metter, é a montanha. Compféhendes? E ’ béni simples. Trata-se de irmos ao paul inpognitos.-.Depois do paul á,ribeira, é preciso ter animo para chafurdar até'a, bòcca n'nquelle fosso, no meio dá herva viscosa e dój; sapos. Legará
tempo, será aborrecido, mas é preciso fazer-se!
— Está dito! respondeu o João, vou comtigo. Até á ribeira, compre- hendo; mas depois de lá estar, o que fazes?.,.- .) ■ , A-.i i- ifp
. — Caminho pop- debaixo çUis, arvores, porque evidentemente a ribeira segue as arvores. Em todas as terras do mundo é assim. Depois, reflecte que o nome selvagem das ribeiras d'este paiz é «Diaot», e que «piaot» ignificaao mesmo tempo agua e som
bra. Portanto a agua é sempre a sombra, segundo o meu reciócinio. Umá outra prova de qué é verdade é que ella está sempre gelada: Concluí) d is so qqe se pudernáqs chegar á ribéira^ não ;teremos m aisque sybil-a debaixo do arvoredo.
tContinua 1 '
O DOMI NGO
LITTERATURA
0 HOMEM DOS MIOLOS D’0UR0j Conclusão |
O pobre homem respondia: .
.— «Oh!... muito ricos»!E sorria com todo o amor
para a avesinha azul que ]he comia o craneo, inno- centemente... Algumas vezes, porém, o medo apoderava-se delle, tinha vontade de ser avarento; mas a rapariguinha approximava- se então a saltitar, e dizia- lhe:
— «Meu maridinho, que sois tão rico, compra-me alguma coisa que custe muito caro...»
E elle ia-lhe comprar alguma coisa que custasse muito caro.
Isto foi assim durante dois annos; depois, uma bella manhã, a raparigui- nha morreu, sem que se soubesse porquê, como um passarito>.;
O thesouro estava no fim; com o que lhe restava, o viuvo mandou fazer á querida defuncta um grande enterro. Sinos a dobrarem todo o dia, carros muito pesados todos cobertos de preto, cavallos com pen- nachos, lagrimas de prata nos velludos: nada lhe parecia de mais. Que se importava agora com o seu ouro?... Deu á egreja, aos coveiros e cangalhéiros, ás vendedeiras de perpetuas; deu, espalhou por toda a gente, sem regatear... Ao sahir do cemiterio, quasi nada lhe restava d’esses maravilhosos miolos. Aoe-’ 1nas algumas migalhas pelas paredes do craneo.
Viram-n’o então errar pelas ruas, o olhar allucina- do, os braços erguidos, cambaleando como um homem ebrio. A’ noite, á hora em que os bazares se il- luminam, parou deante de uma grande montra onde reluziam montes de setim, e alli ficou por muito tempo a olhar para duas botinas de setim azul, guarnecidas de pennugens de cys- ne.
— «Bem conheçoalguem que ficaria muito contente, se tivesse estas botinas» — dizia elle, a sorrir. E não se lembrando já que a rapariguinha tinha morrido, entrou para as comprar.
A dona do bazar ouviu um grande grito doloroso. Correu para a porta, e recuou espantada vendo um homem de pé, que procurava encostar-se, e que a olhava tristemente com11 molhar espantado...
Tinha numa das mãosbotinas azues guarneci
das de pennugens <3e cys-
ne, e estendia a outra toda ensanguentada, com estilhas d ouro nas pontas das unhas!
Tal é a lenda do homem dos miolos douro.
Apesar dos seus ares de conto phantastieo, esta lenda é verdadeira de principio a fim... Ha por esse mundo pobres creaturas que estão condemnadas a viver do seu cerebro, e que pagam com bello ouro de lei, com a sua substancia e com o seu vigor, as coisas mais insignificantes da vida. Cada novo dia que surge é para ellas uma dôr: e depois, quando estão fartas de soffrer...
Decididamente esta historia é deveras melancho- lica, e o melhor que tenho a fazer é parar aqui.
A LP H O N S E D A U D E T .
J G R I C U L T U R AA am ontoa
Esta operação é bem conhecida ; mas são poucos os agricultores que a adoptam para todas as culturas em que ella é proveitosa. Na horta quasi todas as plantas lucram com a amontôa, e muito, especialmente os feijões anãos.
Em agricultura applica- se sobre tudo ao milho e ás batatas. Em geral a amontoa favorece o desenvolvimento de novas raizes.
Entre nós pratica-se quasi exclusivamente com um sacho ou com a enxada, e devemos confessar que, com trabalhadores habeis, esse systema tem vantagens, sob o ponto de vista da perfeição, sobre o trabalho dos instrumentos aratorios proprios para este amanho, e a que mesmo se denominam amontoado- i'es.
A época mais própria de executar a amontôa é desde junho a setembro, se gundo as culturas a que é applicada. Mas convém notar que essa operação deve ser precedida das sachas com o fim especial de mobilisar aterra, visto que difficilmente se faz a amontôa com o solo compacto e tenaz.
Quando convenha praticar duas amontoas, a pfi- meira deverá ser mais ligeira do que a segunda.
Uma amontôa bem feita é de grande utilidade: Au- gmenta a fixidez das plantas muito altas, como o milho e a canna de assucar, e permitte-lhes muitas vezes resistir ás mais violentas ventanias; facilita o desenvolvimento dos tubérculos da batata, do topinam-
bo, da batata doce, etc.; augmenta a frescura na camada aravei; protege as raizes contra as geadas;1 contribue, emfim, na cultura das couves forraginosas para o saneamento da camada aravei durante o outomno e inverno.
Por outra parte, a amontôa contribue para a limpeza do solo.
PREJUÍZOS CONTRA O SAL
A crença de que o sal entornado é signal de desgraça, procede, talvez, dos tempos antigos em que esta substancia era bastante cara e muito apreciada, como succede actualmente na Africa central.
A superstição é muito antiga, e no famoso quadro de Leonardo de Vinci, representando a Ullima ceia, Judas está representando no momento em que entorna sobre a mesa o saleiro.
Antonio Çhristiano Saloio cumpre o grato dever de patentear p o r este meio o seu profundo reconhecimento ao ex.'"° sr. dr. Manuel Fernandes da Costa Moura, pela maneira carinhosa com que tratou sua mulher da grave doença que a prostrara e de que se acha completamente restabelecida.
A sua gratidão fica, pois, indelevel para com o dis- tincto medico, porque ao seu ^elo e sciencia deve a vida de sua mulher.
Aldegallega, 24 de maio de 1,902.
ANNUNCIOS
ANNUNCIO
1ARCA DE ALDEGALLEGA
(.®a PH lilicação)
No dia i.° do proximo mez de junho, pelo meio dia, á porta do tribunal judicial d'esta villa de Aldeia Galiega do Ribatejo, nos autos de inventario orpha- nologièo a que se procede por obito de Alexandrina Henriqueta, viuva, moradora que foi na Quinta dos Fundilhões, freguezia da Moita, se hão de vender e arrematar em hasta publica a quem maior lanço offerecer sobre os valores abaixo designados os prédios seguintes: 1." Uma marinha denominada AS NA
VES, no sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em 2:ooo$ooo réis. 2.0— Outra mârinha denominada A COSINHEIRA, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:ioo$ooo réis. 3.°-— Outra marinha denominada O JOSE’ CAETANO, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:3oo$ooo réis. 4.0 — Outra marinha denominada A NOVA, e uma casa que serve de abegoaria, no mesmo sitio da Quinta dos Fundilhões, avaliada em i:6ooSooo réis. As marinhas NAVES e NOVA, estão sujeitas ao arrendamento feito pela inventariada ao cabeça de casal Manuel Rollo dos Santos, pela quantia de 2oo$ooo réis, por 19 annos que terminam em 3 i de dezembro de 1913.
Pelo presente são citados quaesquer crédores incertos para assistirem á dita arrematação e usarem dos seus direitos.
Aldegallega do Ribatejo,10 de maio de 1902.
O E S C R IV Á O
Antonio Augusto da SilvaCoelho.
Verifiquei a exactidão.
O JU IZ D E D IR E IT O
Antonio Augusto Nogueira Souto.
MARCENARIAJoão Maria da Luz, mar
ceneiro, encarrega-se de todos os trabalhos pertencentes ao seu officio. Tambem restaura moveis antigos, concerta vãos de ta- boínhas e encarrega-se de polir toda a qualidade de moveis. Tem para vender duas commodas e dois guarda-louças acabados agora de fazer. Preços muito em conta.
Trabalhar barato para ter sempre que_ fazer!
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Ha para vender collec- ções de jornaes, taes como: Seculo, Pimpão, Parodia, Supplemento ao Seculo, e outros; assim como livros antigos de diversos idiomas.
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Jo sé A n ton io N u n e sN ’esle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços
mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu ramo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimáveis fregueses e ao respeitável publico em geral.
Visite pois n publico esta casa.
19 —L IFtGS-O J D A E G B E J A.
AI«legai 1 ega «lo 18.il>atejo< 9-A
SALCHICHARIA MERCANTILD E
JOAQUIM PEDRO JESUS RELOGIOCarne de porco, azeite de Casteilo Branco e mais
qualidades, petroleo, sabão, cereaes e legumes.Todos estes generos são de primeira qualidade e
vendidos por preços excessivamente baratos.
Cirandes « leseon íos para os revesM leíliíres!
5 4 a 5 6 , Largo da Praça Serpa Pinto, 54 a 5 6
ALDEGALLEGAJOSÉ DA ROCHA BARBOSA
«Toeis «sfíteiaaa «leC O R R E E I R O E S E L L E I R O
18, KUA DO FORNO, 18 .A E„ ED l i O A ff. fh l i A
COMPANHIA FABRIL.SINGERP o r 5 oò réis semanaes se adquirem as cele
bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador
da cásà a d c o c k ól í ’.a, e. concessionário em P o r tu gàl para a venda das ditas machinas.
Envia, ca talo g)S a quem os desejar, yo, rua do -R ato, yo — Alcochete.
A O C O M M E R C I O D O P O V Oi ^ í l i ÃO já bem conhecidas cio publico as verdadeiras vantagens que este estabelecimento ofièrece aos
compradores de todos os seus art:gos, pois que tem sortimento. e fa; compras em .condiççáes de podar competir com as primeiras;casas de Lisboa no que diz respeito a preçôs, pòrque vende--''muitos artigos
A s j ê í l a « s a i s S s a r a t o se como tal esta casa para maior garantia estabeleceu o systema de GANHAR POUCO PA RA V E N D E R M UITO e vendendo a todos pelos mesmòs-preços.
Tera esta casa além de varios. artigos de ve-tuario mais as seguintes secçóes;De Fanqueiro, sortimento completo.De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos de prim eira moda.
< De Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, Jlanellas, çheviotes, picolillios, e/c., etc.
Ha tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellentes qualidades por preços baratissimõs.
A O S ' S r s . A l f a y a t e s . — Este,estabelecimento tem bom sortimento de fórros necessários par.a a sua confecção taes.como: setins pretos e de cor, panninhos lisos de cór e pretos, fórros para mangas, botões, etc.
Á S S e i s l i o r a s ' S I O í l í s t a s . * ‘ --Lètnbrám ds proprietários d'éste estabelecimento u m a visitã, para assim se certificarem de quanto os preços são limitados.
Grande coliecçáo de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que garantimos ser preto firme.
U iB fia v i s i t a p o i s a o C O M M l S I t C I O EM* P O V O RUA DIREITA, 88 e 90 — RUA DO CONDE, 2, A L D E G A L L E G A
J O Á O B E N T O ' & N U M E S D E C A R V A L H O
C EN TRO * £ 0 i 1 ER £ I I IJOÃO ANTONIO- RIBEIRO \
. Este,importante estabelecimento é um dos'm ais b'Om"sortidos dê Aldegallega e o que vende ftiais bârrrto. E ' o unico que pode competir com as principaes cazas da capital, pois que ipara isso tem uma existencia de frzen- das de fino gosto compradas aos .fabricantes, motivo/po.rqute ;podp vender mais barato e ao alcancé dé todds. S E C Ç Ã O D E F A N Q U E ÍIíO : panrjos patentes, crus, branqueados, çqtins, riscados, chitas, phantasias. cháiles, etc. R E T R O Z E IR Ò : Sé das ’ para fenfeites.ireçd^s^pusseman terias, etc. M líR C A- DO R: grande variedade de casimiras.-fiiiriellas,; chevíbtes e picdtilljo -, para fatos por preços excessivamente bai-tftdá! 'C H A fP E L A R JA : Vfiípéos em todos os modelos. S A P A T A R IA : gçand.c quantidade de calçado paia. homens., .crianças e sephoras., Ultimas novidades recenténVente' recebidas; 0 proprietário d'este estabelecimento.- tambem é agente, da incamparavel machína’ da Companhia Fabrir«Singer/,,da quál.faz-vendada prestações hu a prompto pagamento com grandes descontos. I.O T E R IA S : encont'-a-se, dos 'principaes- cambistas, nesta casd grande, sortimento de .b ihetes,' çleci- mos, vigésimos e caufellas de todos ès preços, parà todas as Iòterwsl
p a lp it e s ! S é ia p re ' jEssmeèos c e rto s e v a - rla « lo s. 13xp«^ri«íèiBéeí&a «píè aaã<6 :sè arrepesiílea^ão.
GRANDE DESCOBERTA DÕ” SEÇULO X X 'O freguez que nesta caza fizer despeza Síí^ériôr a 5òtí réis féhi-dfí-eito a;
-uma senha e assim que possua dez sánhas eguaes,' teip djreito a ura igrande. e valioso brinde.
Vinde pois visitar d Centro Commercial RUA DIREITA, 2 — PRAÇA SERPA PÍNTO, 02
Al«lega!leg.:í d e It.I?>a*e£o~
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Capilé, lit-ne S 8 <!> réis. cobbí garra^i 8 í « reis
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P E D ID O S A LUCAS & C,A — A L D E G A L L E G A
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R E L O J O A R I A . G A R A N T I D AD E
AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE
:1 ’vl . Relogios de ouró. de prfttíi'. dc abp- de nifc|\eli de plaquet, dè •pbariW- . .« a j «mer# íuios. ánisso.i d e : parede, l>ia.rit:mos,. despert;vdrox-es ajneriqapoji. dep'
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1 — R U A D O P O Ç 0 — 1 ALDEGALLEGA DO RIBATEJO