dossiê - normas, ensaios e testes de controle da qualidade em móveis - valéria pazetto

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DOSSI TCNICONormas, ensaios e testes de controle da qualidade em mveis Valria Pazetto

Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico Universidade de Braslia

Dezembro de 2006

DOSSI TCNICOSumrio 1. Introduo........................................................................................................................2 2. Objetivo............................................................................................................................3 3. Desenvolvimento..............................................................................................................3 3.1. Especificao de mveis...............................................................................................3 3.2. Materiais........................................................................................................................3 3.3. Normas tcnicas e certificao de produtos..................................................................4 3.4. A Norma Regulamentadora NR-17................................................................................5 3.5. Normas ABNT para mobilirio.......................................................................................6 4. Procedimentos de ensaios das normas abnt para mveis de escritrio...........................6 4.1. Ensaios de mesas para escritrio.................................................................................7 4.2. Ensaios de cadeiras para escritrio..............................................................................9 4.3. Ensaios de armrios para escritrio............................................................................12 4.4. Ensaios de estaes de trabalho................................................................................15 5. Procedimentos de ensaios das normas ABNT para mveis residenciais.......................15 5.1. Ensaios de beros infantis..........................................................................................15 5.2. Ensaios de sofs........................................................................................................17 5.3. Inspeo aps os ensaios..........................................................................................18 5.4. Laboratrios de Ensaios.............................................................................................18 6. Concluses recomendaes.........................................................................................19 Referncias.......................................................................................................................19

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DOSSI TCNICOTtulo Normas, ensaios e testes de controle da qualidade em mveis Assunto Mobilirio Resumo A evoluo do mercado consumidor de mveis tem cada vez mais estabelecido padres de qualidade por parte do consumidor, exigindo dos fabricantes atestados de conformidade s normas tcnicas. O presente trabalho trata das principais normas tcnicas da ABNT para mveis de escritrio, mveis residenciais e do avano da normalizao de mveis at os dias de hoje, e a sua relao com as exigncias impostas pelo mercado consumidor. Palavras chave Qualidade de produto; mveis; normas tcnicas; fabricante de mveis; madeira; certificao; ensaios; ABNT; resistncia; estabilidade; durabilidade; mesas para escritrio; cadeiras para escritrio; armrios para escritrio; estaes de trabalho; beros infantis; sofs; laboratrios de ensaios. Contedo

1. IntroduoA expresso Normas Tcnicas serve para designar padres de qualidade estabelecidos pela indstria de bens e servios, quanto apresentao, construo, instalao ou funcionamento de seus produtos ou servios. Neste sentido, as Normas Tcnicas se referem tanto ao aspecto tecnolgico quando ao aspecto mercadolgico da produo, aparecendo estes fatores, algumas vezes, to interligados que se tornam indissociveis (Silveira, 2006). A normalizao constitui uma atividade que estabelece prescries e aspectos de desempenho para projeto, produtos, processos, servios, pessoas e sistemas de gesto, bem como para o uso e emprego de produtos e servios. As normas tcnicas, conseqncia desta atividade, so documentos de carter voluntrio e com contedo tcnico obtido por consenso envolvendo o conjunto das partes interessadas, que dispem sobre tecnologias de projeto e fabricao de produtos, concepo e prestao de servios, transferncia de tecnologia e gesto. As normas tcnicas referem-se em geral a classificao, especificao, mtodo de ensaio, procedimento, padronizao, simbologia e terminologia, sendo no Brasil elaboradas e aprovadas pelo foro brasileiro de normalizao, a ABNT (MCT, 2006). Na prtica, a normalizao est presente na fabricao dos produtos, na transferncia de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida atravs de normas relativas sade, segurana e preservao do meio ambiente (ABNT, 2006). As normas brasileiras para mobilirio comearam ser publicadas em 1992 com a terminologia e a classificao de mveis pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT. Aps esta primeira publicao, o setor passou-se um perodo de cinco anos sem novidades e s em 1997 a ABNT retomou a publicao de normas para mveis, no caso

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para o segmento de escritrios. Inicialmente com as normas de classificao fsica e dimensional. Neste sentido, em 1998 foram publicadas as normas de ensaios para mveis de escritrio e para ferragens e acessrios. Atualmente quase todas as normas j foram revisadas ou esto em reviso pelas diversas comisses de estudo que fazem parte do Comit Brasileiro de Mobilirio CB-15. Esse Comit atua para a normalizao no campo do mobilirio, no que concerne a terminologia, requisitos, mtodos de ensaio e generalidades. Participam representantes dos fabricantes, consumidores, governo e sociedade tecno-cientfica, no caso os laboratrios de ensaios.

2. ObjetivoO presente trabalho tem como objetivo apresentar orientaes aos consumidores e aos fabricantes de mveis sobre as normas brasileiras direcionadas para o setor moveleiro e as suas contribuies para a qualidade desses produtos.

3. Desenvolvimento3.1. Especificao de mveis A escolha de produtos na hora da compra determinada por fatores que dependem das seguintes questes: o qu se quer comprar, para que servir esse produto e quem far uso dele. No caso de mobilirio, existe entre os consumidores certo desconhecimento sobre os processos de fabricao, os materiais e as normas tcnicas, que so desconhecidas at mesmo por grande parte dos fabricantes. Nas especificaes tcnicas de mveis leva-se em considerao requisitos como custo dos produtos e disponibilidade de mercado. Uma boa especificao tcnica deve descrever o material de forma completa o suficiente para que o fornecedor possa se orientar, alm de adequar-se, sempre que possvel, aos padres comerciais e industriais, j que o contrrio acaba por onerar o produto final, outro ponto importante sempre exigir a conformidade com as normas tcnicas vigentes. Alm disso, deve-se procurar obter amostras dos produtos que sero especificados como forma de corrigir eventuais distores de exigncia. As normas tcnicas garantem requisitos mnimos de qualidade, no entanto o prprio consumidor pode conferir alguns itens na hora do recebimento do produto, como a qualidade do acabamento, funcionamento dos mecanismos e a presena de manual de instrues de uso e conservao do produto. 3.2. Materiais So usados hoje em dia uma grande diversidade de materiais na fabricao de mveis, principalmente nos mveis para escritrio, podendo ser encontrados materiais metlicos (ferros, aos, ligas), compsitos de madeira (compensado, aglomerado, MDF, OSB), alm de diversos tipos de plsticos de engenharia. Os compsitos de madeira so materiais ecologicamente corretos, uma vez que so produzidos a partir de madeira de reflorestamento, as chapas de fibra, MDFs, aglomerados, OSB e laminados se constituem nas principais matrias-primas da Indstria moveleira no Brasil. 3.2.1. Aglomerado O aglomerado pelo fato de no empenar, ter espessuras maiores, dureza constante, estabilidade e a preciso, deu condies indstria moveleira de produzir painis em grandes dimenses, que podem ser usinados de vrias formas. Como apresenta boa

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resistncia presso, mas pouca flexibilidade, o aglomerado muito utilizado na confeco de superfcies planas, armrios, tampos de mesas etc. Mas no ideal para a execuo de peas compridas e finas como estrados, por causa da sua porosidade peculiar. A superfcie rugosa exige revestimento com folhas de madeira ou material melamnico e outros que garantam resistncia, sendo, por isso, perfeito para a fabricao de tampos com revestimento. 3.2.2. MDF Considerado a madeira do futuro, o MDF - Medium Density Fiberboard (placa de fibras de mdia densidade) - resultado da aglutinao de fibras de madeira por resinas sintticas. Chapa lisa, compacta, dotada de grande facilidade para receber acabamento, rene em si as qualidades da chapa de fibra e do aglomerado. muito semelhante madeira natural, pois permite usinagens de superfcie e topo que at ento no podiam ser feitas no aglomerado. Por apresentar homogeneidade de superfcie, preciso e estabilidade, pode ser produzido em chapas de grandes dimenses. Alm da pintura e da impresso, o MDF tambm pode ser revestido com melamnicos, PVC, ser polido ou pintado e envernizado. 3.2.3. OSB O OSB Oriented Strand Board - um painel estrutural de tiras de madeira, orientadas de forma perpendicular e unidas com resinas, aplicadas sob altas presses e temperaturas forma um painel com excelentes valores no Mdulo de Elasticidade e de Resistncia Flexo. O OSB foi concebido visando uma resistncia construtiva superior, grande versatilidade de uso e alta durabilidade. Alm disso, o OSB trabalhado facilmente como qualquer outro tipo de madeira e no precisa de tratamentos especiais. Possui resistncia a impactos, propriedades de isolamento termo-acstico e resistncia ao fogo. Permite serrar, perfurar, pregar, pintar, envernizar e colar, com facilidade. Um painel rgido e resistente, mas verstil na utilizao, mais rgido do que o aglomerado, formado por pequenas lminas de madeira coladas ou prensadas perpendicular umas s outras no sentido das fibras, sempre em nmero mpar, para garantir maior estabilidade e diminuir a tendncia ao empenamento. O painel no pode ser pintado, necessitando receber revestimento, seja lmina de madeira ou laminado plstico de alta presso. 3.2.4. Compensado Um painel rgido e resistente, mas verstil na utilizao, mais rgido do que o aglomerado, formado por lminas de madeira coladas ou prensadas perpendicular umas s outras no sentido das fibras, sempre em nmero mpar, para garantir maior estabilidade e diminuir a tendncia ao empenamento. O painel necessita receber revestimento, seja lmina de madeira ou laminado plstico de alta presso. 3.3. Normas tcnicas e certificao de produtos A norma tcnica um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou caractersticas para atividades ou seus resultados, visando obteno de um grau timo de ordenao em um dado contexto (ABNT ISO/IEC GUIA 2). Seu objetivo designar padres estabelecidos pela indstria de bens e servios, quanto apresentao, construo, instalao ou funcionamento de seus produtos ou servios. As normas tcnicas proporcionam maior facilidade e segurana nas trocas de informaes entre o fornecedor e o consumidor, eliminando rudos na comunicao entre ambos; criam padres mnimos de qualidade, em respeito ao seu consumidor, aos novos mercados que pretende alcanar e, ainda, imagem da empresa e do seu setor industrial; promovem a

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difuso tecnolgica consolidando e estabelecendo parmetros consensuais entre fornecedores e consumidores e provocam a necessidade de capacitao tecnolgica dos agentes envolvidos (Fonte: ABNT ISO/IEC GUIA 2). Um dos objetivos da Normalizao garantir a qualidade dos produtos e servios. No Artigo 39 do Cdigo de Defesa do Consumidor est escrito que vedado ao fornecedor de produtos e servios: Inciso VIII - Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou servio em desacordo com as normas expedidas pelos rgos oficiais competentes ou, se normas especficas no existirem, pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT ou outra Entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia. Normalizao e Qualidade Industrial CONMETRO. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas o rgo responsvel pela normalizao tcnica no pas, e tem entre outros objetivos, o de promover a elaborao de normas tcnicas, incentivar e promover a participao das comunidades tcnicas e conceder o selo de Marca de Conformidade e outros certificados referentes adoo de normas, que o documento que atesta a qualidade e aptido ao uso do produto de acordo com as Normas Brasileiras respectivas ou, na ausncia delas, com Normas Internacionais ou Estrangeiras aceitas. Materializa-se mediante a impresso da Marca de Conformidade ABNT no produto, pela aplicao de selos, etiquetas ou outro meio equivalente. (ABNT) Certificar um produto ou servio significa comprovar junto ao mercado e aos clientes que a organizao possui um sistema de fabricao controlado, garantindo a confeco de produtos ou a execuo dos servios de acordo com normas especficas, garantindo sua diferenciao face aos concorrentes. A certificao segundo a Associao brasileira de Normas Tcnicas um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente da relao comercial, com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou servio est em conformidade com os requisitos especificados. Estes requisitos podem ser: nacionais, estrangeiros ou internacionais. As atividades de certificao podem envolver: Anlise de documentao; Auditorias ou inspees na organizao; Coleta e ensaios de produtos no mercado e/ou na fbrica, com o objetivo de avaliar a conformidade e sua manuteno. Para obteno do selo de Marca de Conformidade ABNT, a empresa passa por uma auditoria no seu sistema produtivo, onde so recolhidas amostras de produtos e enviadas a laboratrios conveniados para realizao de ensaios que atestam a conformidade s normas vigentes, esse procedimento repetido a cada seis meses ou quando houver mudanas no produto. 3.4. A Norma Regulamentadora NR-17 A NR 17 do Ministrio do trabalho trata da ergonomia dos postos de trabalho e traz algumas recomendaes sobre o mobilirio utilizado. No posto de trabalho na posio sentada o mobilirio deve ser planejado ou adaptado para esta posio, segundo os requisitos mnimos: a) altura compatvel com o tipo de atividade, com a distncia requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter rea de trabalho de fcil alcance e visualizao pelo trabalhador; c) ter caractersticas dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentao

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adequados dos segmentos corporais. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mnimos de conforto: a) altura ajustvel estatura do trabalhador e natureza da funo exercida; b) caractersticas de pouca ou nenhuma conformao na base do assento; c) borda frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteo da regio lombar. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, poder ser exigido suporte para os ps, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. Os equipamentos utilizados no processamento eletrnico de dados com terminais de vdeo devem ser posicionados em superfcies de trabalho com altura ajustvel. 3.5. Normas ABNT para mobilirio A preocupao com a normalizao do setor tem se estendido a vrias reas do mobilirio alm de mveis para escritrio j existem normas para mveis escolares, mveis infantis, mveis para cozinhas, mveis para dormitrio, mveis de plstico, mveis estofados, colches, assim como tratamento de superfcies e revestimento e aramados. O mobilirio domstico como cadeiras e mesas no so contemplados, pois as normas que tratam de mveis para escritrio no se adaptam a cadeira e mesas de uso geral. As normas tcnicas para mobilirio tratam de forma geral de requisitos dimensionais, de segurana e usabilidade (esse item s foi tratado nas normas mais recentes) e mtodos de ensaio. A questo dos materiais muito pouco abordada pelas normas, apenas as que tratam de mveis para o pblico infantil, no caso de beros e mveis escolares, trazem requisitos mais detalhados, principalmente sobre a qualidade da madeira e materiais derivados. No caso de mveis escolares recomendado o uso de madeiras certificadas, isentas de defeitos naturais e especificada inclusive a densidade da madeira, assim como a exigncia de colas e vernizes atxicos. Os mtodos de ensaios de uma forma geral reproduzem aquelas aes do uso convencional e no-convecional dos mveis, s que de forma mais severa, para se ter uma margem de segurana para o produto. 4. Procedimentos de ensaios das normas ABNT para mveis de escritrio As normas tcnicas para mveis de escritrio estabelecem procedimentos para ensaios de estabilidade, resistncia e durabilidade. Nos ensaios de estabilidade avaliada a capacidade do mvel de resistir ao tombamento sob o efeito de cargas. Os ensaios de resistncia avaliam a capacidade do mvel em resistir a cargas maiores com um pequeno nmero de solicitaes. Nos ensaios de durabilidade so aplicadas um grande nmero de solicitaes para se avaliar a fadiga do mvel, o que simula o uso contnuo do produto ao longo do tempo. Abrir e fechar portas e gavetas, sentar e levantar de uma cadeira vrias vezes durante anos. A seguir esto descritos os procedimentos dos principais ensaios de mveis para escritrio em mesas, cadeiras, armrios e estaes de trabalho. 4.1. Ensaios de mesas para escritrio

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Normas de referncia: NBR 13965:1997 - Mveis para escritrio - Mveis para informtica - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 13966:1997 - Mveis para escritrio - Mesa - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 14111:1998 - Mveis para escritrio - Mesas - Ensaios de estabilidade, resistncia e durabilidade A norma NBR 13966:1997 estabelece dimenses para mesas de trabalho de acordo com a TAB.1. As mesas para informtica obedecem s recomendaes da NBR 13965:1997 que estabelece intervalos de regulagens de altura nos tampos para monitor e nos tampo para teclado, alm de exigir uma distncia mnima para visualizao do monitor. Nome da varivel Altura da superfcie do tampo Largura da superfcie do tampo Profundidade da superfcie do tampo Altura livre sob o tampo Profundidade livre para os joelhos Profundidade livre para os ps Largura livre para as pernas Raio da borda de contato com o usurioTAB. 1. Dimenses de mesas para escritrio

Valor NBR 13966 mnimo 720 800 600 660 450 570 600 2,5 mximo 750 1100 -

Os ensaios fsicos so os mesmos tanto para mesas de trabalho, como para mesas de informtica. A seqncia dos ensaios feita de acordo com a ordem indicada pela norma NBR 1411:1998, que se inicia com o ensaios de estabilidade, seguidos de resistncia esttica, durabilidade e resistncia ao impacto. A norma para ensaios de mesas apresenta cinco nveis de severidade do N1 ao N5. Essa norma se encontra em reviso e deve ser publicada em breve a nova verso. 4.1.1. Ensaios de estabilidade de mesas H dois tipos de ensaios de estabilidade em mesa: com aplicao de fora vertical e com aplicao de foras vertical e horizontal. Em ambos a mesa deve ser posicionada com travamentos no lado adjacente aplicao da fora. No ensaio aplica-se no tampo da mesa uma fora no sentido vertical alinhada com o centro de gravidade da mesa a 50 mm da borda. Para verificao da estabilidade com fora vertical a fora deve ser aumentada at que ao menos um ponto de apoio do lado oposto se eleve do cho. O mesmo procedimento deve ser repetido em todos os lados da mesa. No ensaio de estabilidade com fora vertical e horizontal, a mesa deve ser posicionada com os travamentos no lado adjacente a fora. Deve-se aplicar uma fora vertical no tampo da mesa e outra fora horizontal puxando a mesa, se no tombar com a fora mnima, essa deve aumentada at causar o desequilbrio (FIG. 1).

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FIG 1. Estabilidade com foras vertical e horizontal

4.1.2. Resistncia de mesas Os ensaios de resistncia podem ser estticos e ao impacto e testam a estrutura e o tampo da mesa. No ensaio de resistncia da estrutura a mesa deve ser posicionada com os travamentos nos lados opostos as foras. Deve-se usar uma carga, calculada de acordo com a rea e o nvel de severidade do ensaio, uniformemente distribuda sobre o tampo da mesa e aplicar uma fora horizontal em cada lado a 50 mm da borda do tampo da mesa por 100 vezes mantendo-se durante 10 s em cada aplicao. Mede-se a deformao antes da aplicao da fora, na ltima aplicao e depois da remoo da fora. (FIG 2)

FIG 2. Resistncia da estrutura

H dois ensaios especficos para os tampos das mesas que so o de flexo e o de carga concentrada. No ensaio de flexo dos tampos uma carga deve ser distribuda uniformemente na superfcie do tampo, calculada de acordo com a rea e o nvel de severidade do ensaio (g/cm). Devem ser realizadas as medidas: inicialmente sem carga; aps uma hora com carga; e ao final sem carga. Deve-se registrar as deformaes com carga e aps a remoo da mesma. Nos ensaios resistncia dos tampos a carga concentrada deve ser aplicada uma fora estabelecida pela norma durante 10 s por 10 vezes, sobre a regio menos resistente do tampo, ou seja, a borda externa. A deformao permanente no deve ser maior que 0,1 % da distncia entre os suportes do tampo (FIG 3).

FIG 3. Ensaio de resistncia dos tampos carga concentrada

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Os ensaios de impacto so feitos no tampo e nos ps da mesa. No ensaios de impacto nos ps aplica-se uma fora na parte posterior dos ps com um pndulo pesando aproximadamente 8 kg inclinado a uma altura indicada pela norma e solto em queda livre. No ensaio de impacto contra o tampo um bloco de carga pesando 25 Kg deve ser solto em queda livre a uma altura especificada pela norma, primeiro no ponto mais prximo aos ps e depois em um ponto eqidistante aos ps. No ensaio de queda a mesa deve ser posicionada sobre uma borracha especificada na norma. Ergue-se uma das extremidades a uma determinada altura e solta-se em queda livre por duas vezes. 4.2. Ensaios de cadeiras para escritrio Norma de referncia: NBR 13962:2002 - Mveis para escritrio Cadeiras As normas para cadeiras de escritrio passaram pela primeira reviso em 2002, nessa reviso foram aglutinadas as normas de classificao fsica e dimensional (antiga NBR 13962:1997) e a de mtodos de ensaios (antiga NBR 14110:1998). Os ensaios possuem apenas um nvel, equivalente ao nvel de severidade mais rigoroso da antiga norma. Os ensaios realizados em cadeiras para escritrio so os de dimensionamento, estabilidade, resistncia esttica e ao impacto e durabilidade. H ainda a classificao das cadeiras e critrios de segurana e usabilidade. A anlise dimensional da cadeira feita realizando-se as medies e comparando-se com as recomendaes da norma. Alm das medidas apresentadas na TAB 2, existem ainda as medidas de estabilidade como o tamanho da pata, as medidas dos rodzios e as medidas de cadeiras fixas. Nome das variveis Altura da superfcie do assento (intervalo de regulagem) Largura do assento Profundidade da superfcie do assento Profundidade til do assento Distncia entre a borda do assento e eixo de rotao ngulo de inclinao do assento Extenso vertical do encosto Altura do ponto X do encosto (intervalo de regulagem) Altura da borda superior do encosto Largura do encosto Raio da curvatura do encosto Faixa de regulagem de inclinao do encosto Altura do apia -brao Distncia interna do apia -brao Recuo do apia -brao Comprimento do apia -brao Largura do apia -brao Projeo da pata Nmero de pontos de apoio da baseTAB 2. Medidas de cadeiras giratrias

NBR 13962:2002 Mnimo Mximo 420 500 400 380 380 440 270 -2 -7 240 170 220 360 305 400 15 200 250 460 100 200 40 415 5 -

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4.2.1 Ensaios de estabilidade de cadeiras para escritrio No ensaio de desequilbrio para frente a cadeira deve ser posicionada com os travamentos contra os ps anteriores. Aplica-se uma carga esttica de 60 kg na borda frontal do assento e uma fora de recuo horizontal na frente da cadeira, elevando-se essa fora at provocar o seu desequilbrio (FIG 4).

FIG 4. Ensaio de desequilbrio para frente

O ensaio de desequilbrio para os lados tem procedimentos diferentes para cadeiras com e sem apia-braos. Nas cadeiras com apia-braos a cadeira deve ser escorada no lado oposto fora. Coloca-se uma carga no assento e outra no apia-brao. Na cadeira sem apia-braos a carga colocada s no assento. E aplica-se uma fora horizontal de recuo no apia-brao da cadeira (FIG 5)

FIG 5. Desequilbrio para os lados em cadeiras com e sem apia-braos No ensaio de desequilbrio para trs a cadeira deve ser posicionada com os travamentos colocados no lado adjacente fora. Coloca-se uma carga sobre o assento e aplica-se uma fora horizontal para trs no encosto elevando-se essa fora at provocar o seu desequilbrio. A fora varia conforme altura da aplicao (FIG 6).

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FIG 6. Ensaio de desequilbrio para trs

4.2.2. Ensaios de resistncia de cadeiras para escritrio Os ensaios mais solicitados de resistncia so os realizados no encosto e nos apia-braos, sendo o de apia-braos responsvel pelo maior nmero de reprovao nas cadeiras ensaiadas. No ensaio de carga esttica no encosto aplicada uma fora vertical de equilbrio no assento e uma fora horizontal no encosto por 10 vezes, mantendo-a por 10 s em cada aplicao (FIG 7).

FIG 7. Ensaio de carga esttica no encosto

Nos ensaios de apia-braos so realizados o ensaio de carga vertical, onde aplica-se uma fora vertical no por 10 vezes, mantendo-se por 10 s em cada aplicao. Esse ensaio simula na prtica o uso no convencional de sentar no brao da cadeira. No ensaio de carga horizontal aplicam-se duas foras horizontais opostas paralelas frente da cadeira por 10 vezes, mantendo-a por 10 s em cada aplicao. Esse ensaio equivalente ao esforo realizado pelo usurio quando se apia nos braos da cadeira na hora de levantar (FIG 8).

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FIG 8. Ensaios de resistncia em apia-braos

No ensaio de fadiga conjugada do assento e do encosto so realizados 260.000 ciclos sendo as cargas distribudas da seguinte forma: 120.000 ciclos no ponto central do assento, utilizando-se o bloco de carga anatmico; 80.000 ciclos devem ser aplicados de forma alternada no assento e encosto nos pontos determinados pela norma; 20.000 ciclos nos pontos laterais do assento e do encosto so aplicados de forma alternada e mais 20.000 ciclos nos pontos do assento determinados pela norma (FIG 9). H ainda os ensaios de durabilidade ao deslocamento de rodzios, no apia-braos, no sistema de regulagem de altura do assento, no mecanismo de rotao do assento e no mecanismo de reclinao da concha.

FIG 9. Pontos de aplicao da fora no ensaio de fadiga conjugada do assento/encosto

No ensaio de queda a cadeira dever ser elevada at uma altura de 460 mm, mantendo uma inclinao de 10, solta em queda livre por 10 vezes sobre um p e depois 10 vezes sobre o p diagonalmente oposto. 4.3. Ensaios de armrios para escritrio Norma de referncia: NBR 13961:2003 - Mveis para escritrio Armrios A norma de armrios para escritrio passou por reviso em 2003 cancelando e substituindo as normas NBR 13961:1997 e a NBR 14109:1998, as duas normas, a exemplo da norma de cadeiras, tiveram seu contedo somado em uma nica norma, pois a NBR 13961:2003 engloba as classificaes fsicas e dimensionais e os mtodos de ensaio. As dimenses sugeridas pela norma tm basicamente funo classificatria, a profundidade do armrio a nica medida fixa (TAB 3). H ainda a classificao das gavetas em rasa, mdia e alta de acordo com sua altura interna til e a profundidade da gaveta de

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arquivamento frontal, para pastas suspensas. Valor NBR 13961:2003 (mm) Nome da varivel Altura do armrio baixo Altura do armrio mdio Altura do armrio alto Altura do armrio extra-alto Profundidade do tampo do armrio Largura do armrioTAB 3. Dimenses gerais de armrios para escritrio

Mnimo (mm) 901 1401 1801 450 -

Mximo (mm) 900 1400 1800 630 -

4.3.1. Estabilidade em Armrios Os ensaios de estabilidade de armrios so todos realizados com o mvel vazio, o que no muito representativo do uso do produto. H o ensaio de estabilidade com carga vertical nas partes mveis, onde colocada uma carga na porta ou em outras partes mveis se houver, no caso gavetas. As porta aberta 90 uma vez (FIG 10).

FIG 10. Ensaios de estabilidade vertical e horizontal em armrios para escritrio

No ensaio de estabilidade com aplicao de fora horizontal o armrio tracionado conforme FIG 10 na prateleira mais alta, desde que ela no ultrapasse 1600 mm. Nos ensaios realizados em armrios altos h cem por cento de reprovao. Como comparao com uso normal do produto, o ensaio pode ser relacionado ao ato de puxar o armrio vazio. 4.3.2. Resistncia e Durabilidade em Armrios Os ensaios de resistncia testam a estrutura do armrio e todos os seus componentes. No ensaio de resistncia da estrutura so aplicadas foras em todos os lados do armrio. As prateleiras recebem carga de acordo com a determinao da norma (g/cm). O mvel deve ser posicionado com os travamentos encostados nos pontos de apoio do lado oposto aplicao da fora, de modo a evitar seu deslocamento sem impedir inclinaes (FIG 11)

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FIG 11. Ensaios de estabilidade vertical e horizontal em armrios para escritrio

O ensaio de resistncia dos suportes de planos horizontais testa os suportes de prateleiras, o seu procedimento semelhante a uma pilha de livros caindo no canto da prateleira. Nesse ensaio a prateleira carregada com sua carga mxima, numa prateleira de 420 x 760 mm so usados aproximadamente 80 kg. Uma rea de 320 mm deixada livre, onde solta em queda livre uma placa metlica de 5 kg por 10 vezes(FIG 12).

FIG 12. Ensaio de resistncia dos suportes de planos horizontais

O ensaio de deflexo de planos horizontais avalia a deformao permanente ocorrida na prateleira, a carga calculada em funo da rea da prateleira e deixada por uma semana (FIG 13). A medio feita com a prateleira sem carga, ao final do ensaio com carga para avaliar a deformao elstica e aps remoo da carga se registra a deformao residual. O limite de deformao calculado em funo da distncia dos suportes da prateleira.

FIG 13. Ensaio de deflexo de planos horizontais.

No ensaio de resistncia de planos horizontais a carga concentrada aplicada uma fora

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vertical, conforme FIG 14 sobre a rea menos resistente da prateleira por 10 vezes mantendo-a por 10 s.

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FIG 14. Ensaio de resistncia de planos horizontais a carga concentrada.

Os ensaios de durabilidade so feitos em todas as partes mveis do armrio. Nas gavetas, suportes de pastas suspensas e portas com pivotamento vertical so realizados 80.000 ciclos, nas portas horizontal, de correr ou de enrolar. 4.4. Ensaios de estaes de trabalho Normas de referncia: NBR 13967:1997 - Mveis para escritrio - Sistemas de estao de trabalho - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 14113:1998 - Mveis para escritrio - Sistemas de estao de trabalho - Ensaios de estabilidade, resistncia e durabilidade Os ensaios de estaes de trabalho so basicamente os mesmos realizados em mesas e armrios, dependendo da configurao do mvel. H um nico ensaio que feito especificamente em estaes de trabalho que testa os dispositivos de fixao dos componentes. Caso haja divisria, essa tambm dever ser testada segundo a norma ABNT NBR 13964:2003 - Mveis para escritrio - Divisrias tipo painel. 5. Procedimentos de ensaios das normas ABNT para Mveis residenciais As normas ABNT para mveis residenciais ainda so restritas a beros e sofs. A norma para ensaios de mveis de cozinha ainda est em estudo, atualmente h uma norma de terminologia e outra para padronizao para mveis de cozinha. 5.1. Ensaios de beros infantis Norma de referncia: NBR 13918:2000 Beros infantis Requisitos de segurana e mtodos de ensaio A norma trata das recomendaes sobre as dimenses de beros (TAB. 4 e FIG.15), de requisitos de segurana quanto a partes protuberantes que no devem possuir cantos vivos ou arestas. Ou ainda profundidade de entalhes, decalques que no devem ser colocados nas partes internas do bero ao alcance da criana. Quando houve rodzios esses devem ser em apenas dois ps ou quatro rodzios, sendo dois com trava. Os beros que possuem grade com rebaixamento, segundo a norma, devem possuir dois dispositivos separados a 850 mm e que sejam acionados simultaneamente, ou requeira duas aes simultneas para evitar que a prpria criana acione o mecanismo

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Item a b c d h H

Definio Espaamento mximo entre o estrado e as laterais, a cabeceira e a peseira Distncia entre dois componentes estruturais da grade Distncia entre a vareta de guia do sistema de acionamento da grade mvel e o suporte transversal da cama Espaamento mximo entre as ripas do estrado Distancia mnima entre a superfcie superior do estrado e a borda superior da lateral, cabeceira/peseira (posio mais alta do estrado) Altura mnima interna das laterais e cabeceira/peseira (posio mais baixa do estrado)

Valor 25 mm De 45 e 65 mm De 0 e 7mm ou de 12 e 25 mm 60 mm 300 mm 600 mm

TAB. 4. Dimenses de beros

FIG. 15 Dimenses de beros.

Todas essas dimenses so medidas com um calibrador deslizante do formato de um cone, que possui as dimenses especificadas para parte do bero. A verificao das partes protuberantes feita por uma corrente de esferas que deslizada pelo interior do bero no devendo ficar presa em nenhum ponto. A verificao de componentes destacveis feita aplicando-se uma fora na tentativa de solt-lo do bero. As dimenses desses componentes devem estar de acordo com a norma NBR 11786 Segurana do brinquedo. H tambm os ensaios de resistncia do estrado ao impacto , resistncia das laterais flexo, resistncia das laterais ao impacto, resistncia da estrutura e das ferragens que compreende o ensaio vertical de carga esttica e o ensaio de fadiga. E ainda os ensaios de estabilidade, ensaios no mecanismo de trava da grade para beros com regulagem de altura da grade lateral e os ensaios das travas dos rodzios. A norma tambm faz recomendaes

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sobre a marcao com identificao do fabricante, rotulagem com instrues de uso e embalagem. Todos os ensaios realizados em beros visam principalmente a segurana dos usurios, j que o bero inadequado pode ser a causa de muitos acidentes, sendo os mais comuns: queda, roupas presas em protuberncias e a cabea presa entre as grades. 5.2. Ensaios de sofs Norma de referncia: ABNT NBR 15164:2004 - Mveis estofados Sofs A norma de sofs apresenta requisitos todos os componentes, desde estrutura, estofamento,base de sustentao revestimento e dimenses mnimas (TAB 6). No tocante ao material da estrutura h recomendaes sobre as caractersticas da madeira como sua qualidade, o teor de umidade e a densidade mnima recomendada. Nome da varivel Largura mnima individual do assento Profundidade mnima til do assento Altura do assento ao cho Altura mnima do encostoTAB 6. Dimenses mnimas de sofs

Valor mnimo (mm) 425 470 420 170

Para o estofamento so recomendadas s propriedades da espuma que deve ser utilizada, apresentado-se valores de fora de identao, fadiga dinmica, deformao permanente compresso, resilincia e teor de cinzas. Quanto ao revestimento feita uma referncia norma ABNT NBR 14252 Material txtil Tecido plano para revestimento de mveis. 5.2.1 Ensaios de resistncia e durabilidade de sofs Os procedimentos de ensaios de sofs so muito semelhantes aos ensaios de cadeiras, at mesmo os blocos para aplicao de cargas so iguais, as diferenas esto nas valor cargas aplicadas e em alguns casos a carga aplicada simultaneamente em cada assento do sof. Como no caso do ensaio de carga esttica sobre o assento em sof de dois lugares (FIG.16).

FIG 16. Ensaios de carga esttica sobre o assento e sobre o encosto do sof

Os ensaios de carga esttica tambm so realizados nos apia braos lateral e verticalmente conforme FIG 17. J os ensaios de fadiga no assento e no encosto tm o procedimento semelhante carga esttica, no entanto as carga aplicadas so menores e feito um total de 200.000 ciclos de forma seqencial em cada. So realizados ainda os ensaio de carga esttica sobre os ps da frente e o ensaio de carga lateral sobre os ps.

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FIG 17. Ensaios de carga esttica lateral e vertical sobre o apia-brao do sof.

5.2.2. Ensaios de estabilidade de sofs Os ensaios de estabilidade so o de tombamento lateral e frontal para sofs sem apiabraos, o de tombamento para trs para sofs com encosto e o de tombamento lateral para sofs com apia-braos. 5.3. Inspeo aps os ensaios Aps a realizao de cada ensaio deve-se observar a ocorrncia de: a) fratura de qualquer tipo: do prprio mvel, bem como seus componentes auxiliares ou articulaes; b) desprendimento de qualquer articulao, aplicando fora manual; c) desprendimento do fundo, base, ou da estrutura do mvel, aplicando fora manual; d) folga (jogo) de qualquer parte como: pernas, braos e demais componentes e) deformao ou ruptura de qualquer parte do mobilirio, com defeito aparentemente; f) emperramento ou empenamento de partes mveis g) rudos durante os ensaios.

5.4. Laboratrios de Ensaios Os principais laboratrio de ensaios de mveis atuantes hoje no Brasil so: Centro Tecnolgico do Mobilirio SENAI/CETEMO Localizao: Bento Gonalves RS Maiores informaes disponveis em: http://www.cetemo.com.br Laboratrio de Madeiras e Produtos Derivados (LMPD) do IPT Localizao: So Paulo - SP Maiores informaes disponveis em: http://www.ipt.br/areas/ctfloresta/lmpd/ensaiosmov/ Fundao de Ensino Tecnologia e Pesquisa FETEP/SENAI Localizao: So Bento do Sul SC Maiores informaes disponveis em: http://www.sc.senai.br/ Laboratrio de Ensaio em Mveis LabMov/UnB Localizao: Braslia DF Maiores informaes disponveis em: http://www.labmov.unb.br

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Concluses e recomendaes Em virtude das exigncias do mercado, a certificao de produtos dever ser futuramente um fator de competitividade das empresas do setor moveleiro e afetar principalmente aquelas que no tiverem condies de atender s recomendaes das normas tcnicas. O que se tem observado ao longo do tempo em que as normas esto sendo aplicadas, uma preocupao muito maior dos consumidores em geral, mas principalmente do consumidor institucional em adquirir produtos que estejam de acordo com as normas e dos prprios designers em projetar mveis adequados s exigncias das normas. A qualidade dos produtos testados de uma forma geral tem melhorado, como resultado da adequao dos procedimentos das normas s exigncias do consumidor, e da divulgao de pesquisas de qualidade de produtos pelos meios de comunicao.

RefernciasNormas referenciadas: NBR 13918:2000 - Beros infantis - Requisitos de segurana e mtodos de ensaio NBR 13919:1997 - Cadeiras altas - Requisitos de segurana e mtodos de ensaio NBR 13961:2003 - Mveis para escritrio - Armrios NBR 13962:2002 - Mveis para escritrio - Cadeiras NBR 13964:2003 - Mveis para escritrio - Divisrias tipo painel NBR 13963:1997 - Mveis para escritrio - Mveis para desenho - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 13965:1997 - Mveis para escritrio - Mveis para informtica - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 13966:1997 - Mveis para escritrio - Mesa - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 13967:1997 - Mveis para escritrio - Sistemas de estao de trabalho - Classificao e caractersticas fsicas e dimensionais NBR 14111:1998 - Mveis para escritrio - Mesas - Ensaios de estabilidade, resistncia e durabilidade NBR 14111:1998 - Mveis para escritrio - Mesas - Ensaios de estabilidade, resistncia e durabilidade NBR 14113:1998 - Mveis para escritrio - Sistemas de estao de trabalho - Ensaios de estabilidade, resistncia e durabilidade NBR 14252:1998 - Material txtil - Tecido plano para revestimento de mveis. NBR 14776:2001 - Cadeira plstica monobloco - Requisitos e mtodos de ensaio NBR 15164 - Mveis Estofados - Sofs

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ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. Certificao. Rio de Janeiro, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 18 dez. 2006. ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DO MOBILIRIO - ABIMVEL. Normas Vigentes. So Paulo, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 18 dez. 2006. MINISTRIO DA JUSTIA Departamento de Proteo e Defesa Consumidor - Cdigo de Defesa do Consumidor. Braslia, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 18 dez. 2006 MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA MCT - Normalizao. Braslia, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 18 dez. 2006 MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE Legislao. Braslia, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 19 dez. 2006 TELECO Informaes em Telecomunicaes Silveira L. M. Sobre as normas tcnicas. Disponvel em: . Acesso em: 19 dez. 2006 PORTAL FLEX - Chapas, MDF e Laminados. Disponvel em: . Acesso em: 19 dez. 2006 Nome do tcnico responsvel Valria Maria de Figueiredo Pazetto Nome da Instituio do SBRT responsvel Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico CDT/UnB Data de finalizao 20/12/2006

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