documento protegido pela lei de direito autoral · educação. a proteção jurídica aos direitos...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Ética e a prática docente
Por: Suzana Farias Amorim
Orientador
Prof. Pablo Santos
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ÉTICA E A PRÁTICA DOCENTE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior.
Por: Suzana Farias Amorim
3
AGRADECIMENTOS
Á Jesus Cristo meu guia em minha
jornada; á minha irmã do coração que
me incentiva sempre a me aprimorar.
4
DEDICATÓRIA
Á minha família preciosa, que me
apoia e acompanha em minha
caminhada; á meu professor
Theógenes Eugênio Figueiredo por
iluminar novas possibilidades em
minha formação.
5
RESUMO
A prática docente e a ética envolvem exigências das quais o professor deve
estar inteirado onde seu caráter formativo, e seu currículo oculto precisam se
mostrar atualizados, e transparecer coerência.
O docente em sua prática pode por diversas atitudes ser espelho, onde
representa alguns papéis que são vistos pelo discente, onde pode haver
profunda participação na formação do cidadão, e influência processo de
aprendizagem de um conteúdo proposto.
É necessário debruçar-se no estudo da ética, e acrescentar a prática docente a
reflexão das necessidades que estão propostas no processo do ensino e na
formação do aluno em seus valores, que conjuntamente pode contribuir para o
aprendizado e para melhor convivência no ambiente de estudo e êxito na
formação.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Ética 11
CAPÍTULO II - A Relação 20
CAPÍTULO III – Os Desafios 39
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 55
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
7
INTRODUÇÃO
Paulo Freire, um dos maiores intelectuais do século XX, elaborou teorias, ou
como ele mesmo preferia dizer, uma certa compreensão ético-crítico-política
da educação”, que tem como uma de suas bases o diálogo que possibilita a
conscientização como objetivo de formar cidadãos. Esse também professor
faz um chamamento em seus estudos aos educadores/as para com a ética
crítica, competência, engajamento, ao ensinarem aos seus alunos a serem
“Seres Mais”.
Em um diálogo com outros livros, e autores renomados, podemos conhecer
mais de perto o campo do estudo da prática docente e o pensamento que
se da na sociedade e no estudo da ética nos aspectos que se relacionam na
trajetória do Ensino no âmbito do Ensino Superior, ou em qualquer âmbito
escolar, ou onde se dê o ensino.
Alguns dos autores utilizados nessa monografia como Antonio Carlos Gil,
(Licenciado em Pedagogia e Ciências Sociais. Mestre e doutor em Ciências
Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e
doutor em Saúde Pública pela USP), e como o professor Nilson Guedes de
Freitas (Estudou Fisíca na UFRJ e Psicologia na Estácio de Sá; e bacharel
em Administração na UFF; especialista em Docência Superior na UCAM; e
Mestre em Educação pela UERJ dentre outros.), dentre outros, tem como
incentivo a inquietude e sonho de uma sociedade amparada pelo amor e
respeito, onde há uma inquietação com a realidade escolar que se mostra
distante muitas vezes do verdadeiro sentido da educação.
“Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita. Não há
educação do medo. Nada se pode temer da educação quando se ama.”
Paulo Freire
8
É necessário iniciar a reflexão acerca do papel do professor no
relacionamento professor-estudante, para que a educação seja capaz de
acontecer em um ambiente onde as exigências são grandes. Para isso
torna-se necessário um profissional que sabe definir objetivos de ensino,
selecionar conteúdos, escolher as estratégias de ensino adequadas para
que aspectos da ética, e valores possam ser inseridos nessa prática eficaz.
9
CAPÍTULO I
A ÉTICA
...Deus é maior que todos os obstáculos.
A ética é um assunto discutido entre muitos autores e durante a
história foi se delineando esse estudo que parece não ter definições definitivas
pois está exposto também ao ponto de vista de quem atua. Paulo Freire (2014)
fala da ética universal na qual iremos também abordar no decorrer desta
monografia é a seguinte:
“Da ética que condena o cinismo do discurso citado
acima, que condena a exploração da força de trabalho do
ser humano, que condena acusar por ouvir dizer, afirmar
que alguém já falou A sabendo que foi dito por B, falsear
a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso,
soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não
cumprirá promessa, testemunhar mentirosamente, falar
mal dos outros pelo gosto de falar mal. A ética de que falo
é a que se sabe traída e negada nos comportamentos
grosseiramente imorais como na perversão hipócrita da
pureza em puritanismo. (Paulo Freire, 2014, p.18).
Qual o lugar da ética? Segundo Antonio Carlos Gil em seu livro Didática do
Ensino Superior, existem questões relevantes que não podem ser deixadas
de lado voltando-se a penas para os procedimentos voltados à facilitação da
aprendizagem do daquele que se propõe a aprender. Pois segundo ele, as
principais questões referem-se à maneira que se relacionam professores e
estudantes, entre si e entre os fatores que estão em jogo durante a jornada,
até mesmo com relação a própria disciplina ministrada.
10
A ética tem lugar, quando questões começam a surgir e não são facilmente
respondidas, e faz-se necessário considerar o que seria bom ou mal, o que
seria justo ou o que seria injusto, dentre outras coisas esses aspectos fazem
aluzão a valores, fundamentos de regras e condutas pois esses
pensamentos e definições fazem parte do estudo filosófico e prático, da
ética.
1.1 – Questões éticas no Ensino Superior
De acordo com Antonio Carlos Gil (2012), tópicos que incluem a ética
podem ser dentre outros:
Ensino da disciplina: onde cabe ao professor assegurar-se do
conteúdo pedagógico onde o ele tenha competência pedagógica para ministrar
determinada matéria;
No desenvolvimento dos estudantes: no domínio de competências
essenciais;
Na confidencialidade: onde os estudantes tem direito a privacidade
onde é até mesmo uma situação prevista na lei;
Apresentação de tópicos delicados: Onde o professor precisará
deixar claro a necessidade para o desenvolvimento da disciplina;
Relacionamentos amorosos: Entre o professor e o aluno que devem
ser evitados, ou amizade que possa prejudicar o relacionamento com os
demais;
Avaliação: do conteúdo que precisa que se demonstre honesta e mais
objetiva possível onde o professor limite o que será utilizado para avaliação, e
quais os critérios;
Relacionamento entre os próprios colegas: onde é responsabilidade
também do professor auxiliar respeitando e defendendo os seus direitos do
ponto de vista coletivo ou individual;
Assédio sexual: onde a conduta do professor precisa ser impecável
até mesmo perante a lei, e o professor deve estar ciente do que é considerado
pela lei o assédio;
11
Relacionamento com os funcionários: o professor deve tratar os
funcionários com justiça e respeito não os colocando em situações que criem
dilemas éticos;
Relacionamento com a instituição: esse faz parte de um importante
componente ético onde deve-se respeitar a missão, as políticas, objetivos,
padrões e normas da instituição onde leciona.
Esses são alguns dos parâmetros encontrados na sala de aula no
Ensino Superior analisados criticamente com relação ao papel do professor
levando em consideração a dimensão ética que com certeza trás com suas
dificuldades, porém é responsabilidade do professor que esses compromissos
sejam assumidos.
1.1. 2– Código de ética para os professores
Dentre as Leis propostas no Direito Educacional Brasileiro de acordo com
Nelson Joaquim, há muito a se dizer e a se relacionar no Direito e na
Educação. A proteção jurídica aos direitos por exemplo de personalidade no
contexto educacional, uma vez que a educação é uma necessidade primordial
do ser humano, inclusive direitos como da cidadania de ser educado em
qualquer idade.
“No campo da responsabilidade
civil, a dignidade da pessoa humana é integrada e
caracterizada através de interesses, tais como: a vida
privada, a intimidade, os afetos, as expectativas de vida e
os projetos existenciais, a imagem social, as criações
intelectuais, a honra e o nome, interesses estes hoje
constitucionalmente garantidos.” (Cf. Alvez, Cristiane
Avancini. Revista Jurídica: órgão nacional de doutrina,
jurisprudência, legislação e crítica judiciária. Ano 53, n
330, abril de 2005, p.41)
É necessário que os valores éticos sejam sempre preservados!
12
Contudo, não há ainda um código de ética nacional, e as associações de
professores não conseguiram ainda elaborar um. Os professores não
universitários no Brasil não dispõe de um código de ética profissional embora
muito tem se discutido sobre isso.
“ Ao contrário do que ocorre com
outras profissões, os professores universitários, assim
como os demais neveis, não dispõem de uma ordem ou de
um conselho federal, entidades que costumam funcionar
como tribunais éticos. Embora os professores mantenham
sindicatos, e muitos deles sejam combativos, sua atuação
principal tem sido a de buscar melhores condições de
trabalho para os seus associados e a de lutar pelos
direitos da categoria. Por essa razão, as associações de
professores não conseguiram, ainda, elaborar um código
de ética nacional. Apesar de no 4 congresso Mundial
Internacional da Educação, realizado em Porto Alegre, em
2004, ter sido debatida a criação de um Código de ética
para servir de orientação a professores de todo o mundo,
essa iniciativa pode parecer utópica, mas convém
considerar que já existem códigos internacionais para
outros assuntos, como a Declaração de Helsinque, da
associação Médica Mundial, que data de 1964, e trata da
ética na pesquisa com seres humanos.” (Didática do
Ensino Superior pag 267)
Uma das principais razões pelas quais se deve levar em consideração
aspectos éticos no ensino segundo Antonio Carlos Gil, é o poder que o
professor exerce no desempenho de suas funções. Embora a procura dos
professores seja pouco, eles detêm poder sobre a vida dos estudantes.
Portanto, cabe ao professor utilizar dos recursos, e aprendizados com relação
ao assunto para que os objetivos sejam alcançados com sabedoria, e
conhecimento amplo de suas responsabilidades.
13
Quando refletimos em atitudes, podemos relacionar as atitudes de forma
afinada com o que realmente transferimos. Contudo, quando a ética nos leva
ao pensamento correto, isso se dá através de cooperação, participação mútua,
e não através de transferência, de doação simplesmente.
“ Pensar, por exemplo, que o pensar certo a ser
ensinado concomitantemente com o ensino dos
conteúdos não é um pensar formalmente anterior ao e
desgarrado do fazer certo. Neste sentido é que ensinar a
pensar certo não é uma experiência em que ele – o
pensar certo- é tomado em si mesmo e dele se fala ou
uma prática que puramente se descreve, mas que se faz
e que se vive enquanto dele se fala com a força do
testemunho.” (Pedagogia da Autonomiapag.38)
Quando o educador desenvolve a comunicação, incentiva o aluno a produzir,
incentiva a prática dessa comunicação e participação, isso comporta o fazer
reflexivo. Pois é importante que o aprendiz saiba como construir um saber
crítico e compreenda que não “cai do céu” essa construção do saber. Pois a
reflexão crítica, a prática, a formação exige essas reflexões, e considerações.
“Por isso, é fundamental que, na prática da formação
docente, o aprendiz de educador assuma que o
indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem
se acha nos guias de professores que iluminados
intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo
contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem que ser
produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o
professor formador.”(Pedagogia da autonomia,pag. 39)
14
Como educadores, não há como nos satisfazermos com menos do que o
respeito, o diálogo, novas possibilidades, diferentes maneiras, liberdade,
esperança, liderança, dignidade, luta, enfrentamento, autonomia! Sempre
diminuindo a distância entre o que dizemos e o que fazemos. Os imperativos
éticos devem estar presentes em nossas práticas.
“É neste sentido também que a dialogicidade verdadeira,
em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na
diferença, sobretudo no respeito a ela, é a forma de estar
sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados,
assumindo-se como tais, se tornaram radicalmente éticos.
É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade
jamais pode ser vista ou entendida como virtude, mas
como ruptura com a decência.” (Pedagogia da
autonomia,pag.59)
O professor não deve ferir o direito de aluno ao aprendizado, a reflexão, e
muito menos pode reprimir com palavras, com expressões, que possam tolir a
capacidade de indagar, duvidar, fazer comparações, e criar em sua
curiosidade, pois esses são fatores que levam a autonomia do aluno, levam ao
seu desenvolvimento, e o professor não pode estar fechado em si mesmo,
deve abri-se para que o aluno possa ter crescimento dentro daquilo que ele
está vivenciando também em sala de aula, onde o professor é também um
facilitador e onde a ética deseja contribuir para esse somatório de saberes.
“ A prática docente, especificamente
humana, é profundamente formadora, por
isso, ética. Se não se pode esperar de seus
agentes que sejam santos ou anjos, pode-se
e deve-se deles exigir seriedade e retidão.”
(pedagogia da autonomia, pag.64)
15
Como prática, e ética é parte disso também a valorização do professor, e do
fortalecimento dos órgãos públicos, no que compete a criar um ambiente
favorável a educação e ao educando que não deve cair em descaso e nem se
deve cruzar os braços como quem acredita que não haja mudança, e sim que
haja esperança e luta para que o magistério possa ter melhor preparo. A luta
política é necessária, e na prática pedagógica não posso por conta dessa luta
muitas vezes derrotista perder o interesse por meus alunos, nem tenho porque
exercê-la mal, pois devo lembrar que não se trata a construção do saber e sua
importância como “bico”, mas sim como formação que transforma a realidade,
e pode recria-la.
“O mundo não é. O mundo está sendo.
Como subjetividade com que dialeticamente
me relaciono, meu papel no mundo não é só
o de quem constata o que ocorre, mas
também o de quem intervém como sujeito de
ocorrências.” ( Pedagogia da autonomia,
pág.75)
Diante da ética, e desse universo onde ela está envolvida e onde pode-se
conferir vários aspectos que se desenvolvem em discussões necessárias a
sociedades a partir do viés da abordagem ética, vemos que apesar da
discussão não se encerrar e não poder aqui tratar de todos as faces envolvidas
nesse vasto assunto, contudo, podemos ver que a educação requer um perfil
de professor também no que nos referimos a ética.
“Requer-se um professor capaz de enfrentar
os deveres e os dilemas éticos da profissão
(PERRENOUD,2000).”
Que possa contribuir na prevenção da violência na escola e fora dela, lutar
contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais, e
16
participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na
escola, às sanções e à apreciação da conduta. Que seja capaz de
desenvolver o senso de responsabilidade, solidariedade e o sentimento de
justiça.”
17
CAPÍTULO II
RELAÇÃO PROFESSOR x ALUNO
Todos somos diferentes uns dos outros, e cada um de nós dentro de sua
vivência possui uma história, uma visão e compreensão da vida, da cultura,
das tradições e identidades como diz Renato, Ana e Monique em seu texto:
http://anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE13/RBDE13_08_ESPACO_ABERTO_-_RENATO_ANA_E_MONIQUE.pdf site de onde saiu essa citação: Página 124
“Se, como educadores aceitamos essa participação, avançamos no sentido de ver nossos alunos como sujeitos de seu próprio tempo possuidores de linguagem e constituídos de linguagem, capazes de nomear, criar e recriar indefinidamente a si mesmo e ao mundo. Quando aceitamos que esses inúmeros não são seres “sem rostos”, mas personalizados mais personalizados pelas suas próprias falas e vozes, pelos seus próprios textos e contextos, talvez possamos estabelecer novos pactos, ainda que provisórios. Nesse sentido, o papel de professoras e professores em um cenário diverso e dialógico passa a ser, sobretudo, o de desvelar os diferentes processos constitutivos das diversas formas de ver, nomear, o mundo natural e social ao qual pertencem. A afirmação constante dessa mudança de perspectiva poderá nos fazer repensar questões relacionadas a visibilidade e afirmação crescente das múltiplas culturas, tradições humanas e identidades.”
18
É necessário que saibamos o que nos une para que possamos pensar em
relação, e refletir sobe o relacionamento de professores e alunos.
É necessário que o cidadão conheça seus direitos e seus deveres, e como
cidadãos aprendermos a conviver, como a palavra mesmo requer; que vivamos
juntos! Compartilharmos desse grande mundo onde temos diferentes formas
de ser e fazer, mas que ainda assim nos faz uma nação, nos faz seres
humanos que ao fim virarão pó, pois somos feitos da mesma matéria.
Ainda que o ambiente de estudo, a escola, os lugares sociais onde
costumamos institucionalizar e formalizar o saber não sejam os únicos lugares
capazes de valorizar e estimular a proposta de evoluirmos no conhecimento do
próximo e do saber, ela deve ser o lugar para sociedade buscar a unidade.
No entanto, vamos entender melhor do que se trata estar ou ser professor, ou
estar e ser aluno nesse ambiente onde se espera que o professor tome a
iniciativa dentro deste papel social que ele desenvolve.
Contudo, existem questões inerentes que precisam ser esclarecidas:
“Portanto, não é suficiente saber para ensinar,
porque quem está na outra posição – o de aprender
– pode não estar motivado, interessado ou mesmo
entendendo; pois o que está sendo ensinado, por
exemplo, para nada serve em seu “mundo” ou não
está contextualizado.” ( Pedagogia do amor, pag.19)
Aquilo que aprendemos precisa ter significado para nós, para que aquilo se
transforme em saber. Tudo isso deve ser um processo. Esse processo precisa
ser de liberdade, de simplicidade, humildade e desejo no qual podemos ser
movidos. A parceria de lançar-se em aprender precisa ser de troca, para que
seja de fato uma parceria que se desenvolva e forme nossa visão no mundo e
do mundo.
19
Neste processo não há como fazermos isso sozinhos, porém cada um é
responsável em buscar essa significação, esse empenho e sonho de construir
a própria história.
O professor precisa apontar os caminhos, fazer a ligação, contudo o aluno
precisa seguir e observando criar seus próprios caminhos e ligações.
“Ao professor, cabe a responsabilidade inicial
de como ponte, fomentar os seus sonhos e de
seus alunos, incentivando-os com seus
exemplos e ações. Ao aluno, cabe a ousadia
de trazer seus sonhos e de não aceitar nada
menos do que ser tratado como homem –
sujeito – nessa relação; a ‘”rebeldia” de não
aceitar nada preestabelecido, mas
negociando na parceria as estranhezas. Aos
dois, cabe a “loucura” de se permitirem na
relação com tudo que é peculiar de suas
diversidades.” (Pedagogia do amor, pág.21)
O aluno deve buscar conhecer-se e buscar conhecer o outro, conhecer o seu
próximo e procurar compreende-lo, pois deveram compartilhar de muitos
momentos juntos, onde dessa forma poderão estar mais abertos e disponíveis
ao processo que por longo ou curto período se propõem a construir e
desconstruir também muitas vezes aquilo que se tem como certo, e para isso o
diálogo disponibilizará um porto seguro onde pode haver discussões que
possam tornar novos pensamentos bases de um cidadão em sua sociedade,
pois estão formando o sujeito no mundo.
Nilson Guedes de Freitas defende em seu livro que há necessidade de amor
ao próximo, respeito mútuo, compreensão de fato do outro, entende que para
que a aprendizagem aconteça o professor deve adequar suas dinâmicas em
vez de classificar seus alunos a respeito do que são capazes ou não capazes
20
de realizar apenas por uma atividade aparente para alguns onde outros não
obtêm o desenvolvimento necessário. Sempre educando com para a
coletividade, para cidadania, tornando o aprendizado não somente do
conteúdo mais uma avaliação de todo o processo e do que resta dele ao final.
“ Educamos para a norma, e não para o amor; para
a regulação das prisões, e não para o respeito a
liberdade; para apatia, impotência e conformidade, e
não para autonomia, auto-estima e necessidade de
sonhar. Resultado: sofremos com tanta segregação,
racismo, solidão, conflitos etc.” ( Pedagogia do amor
pag.25)
Onde estarão aqueles que se importam com o que acontece em sala de aula,
e com a maneira como nossos alunos estão sendo formados, e sob que
orientação eles tem se achegado a tantas informações.
Em nossa sociedade atualmente tão competitiva, onde se valoriza mais o ter
do que o ser, onde se pisa em uma pessoa para conseguir alcançar um cargo
ou uma vaga, onde as informações são muitas e não há tempo para serem
processadas, onde lemos os textos, vemos jornais e eles mesmos nos
deixam agitados, pois parecem gritar por socorro! Onde podemos encontrar,
e identificar os exemplos, os educadores?
“Educadores, onde estarão? Em que covas
terão se escondido? Professores, há
milhares. Mas o professor é profissão, não é
algo que se define por dentro, por amor.
Educador, ao contrário, não é profissão; é
vocação. E toda vocação nasce de um grande
amor, de uma grande esperança.(...) De
educadores para professores, realizamos o
salto de pessoa para funções.(...) Não se trata
21
de formar o educador, como se ele não
existisse. Como se houvesse escolas capazes
de gera-lo, ou programas que pudessem
trazê-lo à luz. Eucaliptos não se
transformarão em jequitibás, a menos que,
em cada eucalipto, haja um jequitibá
adormecido.”(RUBEM, Alves. Conversas com
Quem Gosta de Ensinar,p.16-26.)
Há aqueles que não desejam que as mudanças aconteçam. Não podemos
esquecer que há nisso também uma relação de poder. Contudo, há uma
provocação para que cheio de esperança aquele que sonha em meio ao
caos.
“ qualquer que ideia poderosa é absolutamente
fascinante e absolutamente inútil até
decidirmos usá-la.” ( DEJOURS, Christophe. A
Banalização da Injustiça Social,p.138.)
Existem tendências pedagógicas, práticas de ensino, teorias, e muitas delas
buscando melhorias dentro dos aspectos que temos abordado. Contudo,
precisamos nos lembrar sempre que escola, sala de aula, é feita de gente, e
não de concreto, por tanto há falhas, há diversidade, há cara feia, há inclusive
pessoas que podemos pensar que não estão onde deveriam estar, mas as
diferenças dessas pessoas conosco devem nos aproximar e não afastar.
“ a liberdade individual só pode ser fruto do
trabalho coletivo” (SADER,Emir.Liberdade
Individual,Impotência Coletiva.In Cadernos de
Idéias.)
O fato de serem verificados alguns dos fatores que podemos notar em sala
de aula, e no decorrer do envolvimento professor x aluno, pode nos fazer
22
refletir que tem se falado sobre essas questões, e como ser um agente
transformador em um local ou situações onde se tem que sempre “lidar com”.
Como deixarmos de análisar somente com o que temos de lidar, e passarmos
a fazer nossa práxis.
Então em alguma hipótese alguém pode considerar determinar objetivos,
selecionar conteúdos, definir estratégias, alguém pode pensar nos recursos
para obter determinado objetivo, avaliações, porém de acordo com o autor do
livro Didática do Ensino Superior, Antonio Carlos Gil pag.58 podemos
sublinhar a importância de ‘batermos na mesma tecla’:
“ Muito do que é mais significativo em sala de
aula tem a ver com o relacionamento
professor-aluno. Por essa razão, o
relacionamento entre professor e estudante
constitui tópico amplamente estudado nos
centros de pesquisa em Educação. Essas
pesquisas, no entanto, vêm sendo
desenvolvidas segundo diferentes enfoques
teóricos. Os mais adotados têm sido o
rogeriano, o psicanalítico e o construtivista.”(
pág.58)
Vamos passear rapidamente por algumas dessas relações que na realidade
estão interligadas!
A Relação professor-estudante segundo Carl Rogers pode ser de por
exemplo o professor , uma pessoa real em seu relacionamento com os
estudantes, pode ser uma opção ao professor. Ele pode ser entusiasta,
entediado, interessado nos alunos, zangado, sensitivo, ou simpático entre
outros.
“ Por aceitar esses sentimentos como
próprios, o professor não sente a necessidade
de impô-los aos estudantes. Ele pode gostar
23
ou não de algo produzido por um estudante,
sem que isso implique tratar-se de algo
objetivamente bom ou ruim ou que o próprio
estudante seja bom ou ruim. Ele estará
apenas expressando um sentimento que
existe dentro de si. Dessa maneira, ele
representará para os seus estudantes “uma
pessoa, não a corporificação anônima de uma
exigência curricular ou um tubo estéril através
do qual o conhecimento é passado de uma
geração para outra”(ROGERS,1986,P.128).
O estudo prossegue no livro Didática do Ensino Superior pág.61 com
relação ao ponto de vista piscanalítico:
“É importante lembrar que a transferência é
um processo inconsciente. O estudante não
escolhe racionalmente amar ou odiar esse ou
aquele professor ou transferir sentimentos
bons ou maus dependendo da situação.
Quando a transferência se instala, o professor
torna-se depositário de algo que pertence ao
estudante. Em decorrência dessa “posse”, o
professor passa a ter em mãos um poder de
influência sobre o estudante. Dessa forma, a
ênfase, na informação que é transmitida que
transitam entre essas duas pessoas , ou
,seja, na informação que é transmitida de um
para o outro, mas nas relações afetivas entre
professores e estudantes. Assim, segundo a
perspectiva psicanalítica, não se focalizam os
conteúdos, mas o campo que se estabelece
entre o professor e o seu estudante, que
24
estabelece as condições para aprender,
quaisquer que sejam os conteúdos
“(KUPPER,1992).
Como qualquer pessoa, tendemos a ter reações diferentes ante a atitude das
pessoas. De acordo com o esse ponto de vista da psicanálise o professor,
diante da atitude por exemplo da ‘falta de atenção de um aluno’ em sala de
aula, para alguns pode soar como rejeição pessoal, ou como uma atitude de
ansiedade, outros com grande dificuldade, contudo se quando mais os
professores conhecem e estudam sobre o ambiente de sala de aula, terão
melhores condições de lidar com problemas dentro dela.
Relação professor-aluno no Construtivismo, ainda nessa mesma literatura
baseado na página 63:
“Nesse contexto, o professor não assume um
lugar de destaque, já que o estudante é o
centro da aprendizagem e deve estar
constantemente mobilizado para pensar e
construir o seu próprio conhecimento. Seu
papel em sala de aula não é mais o do sábio
que repassa automaticamente o
conhecimento. Sua tarefa básica é auxiliar o
desenvolvimento livre e espontâneo do
estudante. No entanto, o professor não
exerce um papel secundário. Ele está em pé
de igualdade com o estudante, cabendo-lhe a
direção, a definição, a definição dos objetivos
e o controle dos rumos da ação pedagógica
( Rosa, 2000).”
Os novos conhecimentos então são construídos dentro dessa linha como algo
que deve ser feito através do que cada individuo já possui em sua trajetória.
25
O processo está na frente do conteúdo que precisa ser passado, e o aluno
deve aprender a aprender. Aprende-se com entusiasmos e na prática, é um
ambiente construtivista, onde todos são estimulados a discussão, a troca, o
caminhar junto entre os alunos e entre o professor. O Relacionamento é algo
que conta como participação em um ambiente como de construção.
Como podemos ver a relação entre o professor e aluno é importante em
todos os seus aspectos, pois suas diferenças também são fundamentais para
o processo pedagógico como José Carlos Libâneo diz em seu livro, pág 105:
“ Como isso se quer dizer que o ato
pedagógico é o meio pelo qual se torna
possível a ligação de reciprocidade entre
individuo e sociedade. Enquanto instância
mediadora (entre outras), a ação pedagógica
tem um caráter internacional, de
convencimento que viabiliza a inserção do
aluno na sociedade de forma crítica. Isso leva
a admitir que o ato pedagógico supõe a
desigualdade, no ponto de chegada.
Considerar que alunos e professores sejam
iguais diante de um conteúdo objetivo externo
a ambos torna sem sentido a ação
pedagógica.”
26
CAPÍTULO III
Os Desafios
Muito temos brindado nessa monografia a diversidade! E de fato o ambiente de
ensino hoje, é um ambiente de diversidade. Nós a encontramos em diferenças
de etnias, de gênero, credo, cidadania, também de diferenças
socioeconômicas, entre outras.
Com isso vemos a necessidade de observar os desafios que estão presentes
na educação, no Ensino Superior, e atentarmos para o que estamos estudando
até aqui a respeito de como nossa reflexão pelo que se passa em sala de aula
é de suma importância. Por fim vamos observar que tipo de profissional é
requerido ao Ensino Superior, e entendermos o valor de um ambiente tão
diverso, que apesar dos desafios, trazem também o crescimento,
amadurecimento, o suporte ao cidadão que tem esse direito de vivenciar um
local assim, com professores competentes, e que o respeitem.
O perfil do professor para o Ensino Superior é diferente hoje do que foi no
passado. O Docente precisa ser alguém preparado, não apenas pela sua
formação de currículo específico em determinada área que o torne
especialista, mas um professor que esteja comprometido com a educação, e
apesar das rachaduras na sociedade, possa sobrepor essas coisas e procurar
sempre olhando para frente estimular os objetivos propostos, as
27
argumentações, e a realização do saber diante dos desafios que lhe forem
propostos. Sejam esses, os desafios de dilemas éticos, estudantes
independentes, e estudantes que precisam de atenção, trabalhadores
desanimados, estudantes ansiosos, estudantes fechados a aproximação,
estudantes descomprometidos, bem como aqueles que exercem algum tipo de
liderança sobre a maioria, entre outras questões e obstáculos a serem
vencidos, e bem equacionados.
Para tanto, o professor, não deve se basear apenas em um bom salário, ou em
passar algumas horas extras fazendo algo que acrescente uma renda, ou o
chamado “bico”. Muitos professores não estão preparados para rever seus
valores, e suas atitudes, e com isso será difícil tornar suas aulas, com
amplitude de possibilidades de crescimento e conhecimento.
“ Requer-se hoje um professor universitário
competente. Por competência, entende-se
aqui a “ faculdade de mobilizar um conjunto
de recursos cognitivos( saberes, capacidades,
informações etc.) para solucionar com
pertinência e eficácia uma série de situações
ligadas a contextos culturais, profissionais e
condições sociais” ( PERRENOUD, 2000)
Embora muitas vezes possamos confundir os sonhos, a esperança, o falar
sobre o amor, e a paz como utopia, onde as pessoas preferem hoje em nossa
sociedade mais ter, do que o ser, nós precisamos falar nessas coisas pois elas
não somente nos mantém como são o inicio de tudo na jornada do ser
humano, e no inicio de sua história!
“ O amor é
fundamento do fenômeno social e
28
não uma consequência dele. Em outras palavras, é
o amor que dá origem à sociedade; a sociedade
existe porque existe o amor e não ao contrário,
como convencionalmente se acredita. Se falta o
amor ( o fundamento) destrói-se o social. Se, não
obstante, o social persistir, ganha a forma de
agregação forçada, de dominação e de violência de
uns contra os outros, coagidos a encaixar-se. Por
isso sempre que se destrói o encaixe e a
congruência entre os seres, destrói-se o amor e,
com isso, a sociabilidade. O amor é sempre uma
abertura ao outro e uma con-vivência e co-munhão
com o outro.” (BOFF, Leonardo, Saber Cuidar: ética
do humano – compaixão pela terra, p.110-111.)
É necessário que as questões como fatores emocionais também estejam ao
alcance dos professores, pois é possivel contribuir para redução das causas de
sofrimento com procedimentos, que possam proporcionar oportunidades, evitar
situações, utilizar atividades, onde a interação, o aprendizado, entre outras
coisas possam libertar da influência de ‘inimigos da aprendizagem’ como a
ansiedade por exemplo, como podemos ver:
“A ansiedade tem muitas causas, mas os
professores podem contribuir para a redução
mediante certos procedimentos, como: prover os
estudantes com instruções sobre formas adequadas
de estudo; possibilitar oportunidades para que os
mais ansiosos possam falar em pequenos grupos ou
responder a perguntas com respostas curtas; usar
atividades que envolvam aprendizagem
cooperativa;esclarecer o objetivo das provas; evitar
pressões de tempo nas situações de exames;
29
determinar um espaço de tempo que assegure que
todos os estudantes consigam completar a prova;
variar os tipos de avaliação, entre outros” (COSTA,
BORUCHOVITCH, 2004).
Para tantos desafios, o professor não é um super-homem, contudo há o que
tem sido exigido de cada um:
Quadro 2.1 Características do professor eficaz segundo Antonio Carlos Gil:
Bem humorado
Gentil
Tem apreço pelos estudantes Torna as aulas interessantes Expõe com clareza Estimulante Comunica altas expectativas Encoraja iniciativas Apaixonado pela disciplina Questionador Desafia a pensar Oferece aplicações práticas Demonstra interesse pelos estudantes Paciente Interessado no crescimento dos estudantes Oferece feedback Sensível às necessidades dos alunos Tem apreço pelos estudantes
30
Ouve os estudantes Trata igualmente os estudantes Ajuda os estudantes a pensar Organizado Entusiasmado Amigável Reconhece suas limitações É preparado para cada classe Acessível aos estudantes Aprecia a diversidade étnica e cultural Tem habilidade para se comunicar no nível dos estudantes Empático Não se mostra superior Reconhece as diferenças individuais Inovador Respeita os estudantes
31
Livros são escritos, a respeito do profissional ideal, como O que faz um bom
professor ( Hasset,2000), Quais são os dez traços do professor altamente
eficaz? ( McEWAN, 2002), Os sete papéis do professor ( POTENZA 2000) E
Os doze papéis do professor ( HARDEN, CROSBY, 2000), entre outras.
Essas abordagens que são feitas são muitas vezes questionadas, refeitas,
rediscutidas, enquanto meramente procuramos descrever o que vem a ser o
professor eficaz e de que maneira a atuação em sala de aula pode obter êxito.
Cada vez mais a comunicação nos abre entendimento para encontrar o
caminho de por onde podemos seguir para encontrar o outro e partilhar
conhecimento.
A valorização do professor é necessária, e o contexto de aprendizado também,
como um lugar de esmero e excelência onde somente descansamos quando
podemos ver o nosso país crescer através da base ou de onde se nos
colocamos a construir o saber.
Muito tense ainda que discutir a respeito das vielas onde passamos na
educação e como alargar os horizontes para esse ambiente tão especial de
sala de aula, de troca, sejam quais forem as idades presentes, os indivíduos,
ou quem quer que seja, farão com que as questões éticas, questões de
responsabilidade do professor estejam em jogo. Não há o que temer, mas não
podemos deixar de lutar para servirmos melhor uns aos outros, com
professores, chefes de departamento, alunos, pais, sociedade, governo, onde
cada um representando a sua prática baseado na valorização do ser humano e
na educação, fará crescer a cidadania e o saber educacional.
32
CONCLUSÃO
Essa monografia não visa findar essa reflexão, pois cabe aos professores em
seu tempo e contexto fazer sempre a reciclagem de sua prática, das
estratégias, do comportamento e retorno de seus alunos ao seu trabalho,
revendo sempre sua avaliação, seu envolvimento ético com e elegante com os
educandos, sabendo sempre que a responsabilidade pela qual se faz seu dia a
dia virá a ser recompensado se o compromisso for de respeito. Sabendo que
mais do que professores, e a profissão no qual esse é titulado, precisamos de
educadores, que sejam para sempre aprendizes, humildes, sabendo que
ninguém chega a lugar algum sozinho e que uns aos outros nos doando e
exercendo nossas atividades com profissionalismo, teremos objetivos
alcançados para sociedade e nós mesmos como cidadãos. Que não falta o amor, a entrega, o estudo e a dedicação necessária para que
tantos desafios não passem desapercebidos e deixemos de marcar as vidas
que por nós passam.
Essa monografia visou mais do que destrinchar conceitos, e alertar problemas,
a reflexão e a prática responsável na qual os professores devem saber seus
direitos e lutar por eles, mas também lutar para que a ética seja ponte que
possibilite ao máximo o aprendizado do discente.
33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2013.
GIL, Antônio Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2013.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Autores Associados,
1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
FREITAS, Nilson Guedes de. Pedagogia do Amor: caminho da libertação na
relação professor-aluno. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
UNIRIO/PPGM, Educação musical e filosofia: aproximações com as ideias de
Kant, Hegel e Nietzsche. Rio de Janeiro, 2013.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública. São Paulo: Edições
Loyola, 1985.
34
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2013.
2 - GIL, Antônio Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2013.
3 - FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
4 - UNIRIO/PPGM, Educação musical e filosofia: aproximações com as ideias
de Kant, Hegel e Nietzsche. Rio de Janeiro, 2013.