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BIBLIOTECA PUBUí A UOPAEÁSeção de Obras do Pura

Em defesa da ecologiaA versão definitiva do Programa "Nossa

Natureza" será apresentada hoje, em Manaus,durante reunião que contará com a presença

de governadores da região. Segundo FernandoCésar Mesquita, presidente do IBMA, será estemais um passo para combater a devastação do

meio ambiente na região amazônica. (Página 3)

0 LIBERALJORNAL DA AMAZÔNIA

SISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO

Lucidéa MaioranaDiretor-Presidente

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Assinatura Mensal: NCz$ 10,38 ANO XLIII Belém, Pará, Brasil, terça-feira, 07 de março de de 1989 N° 22.236 Preço do Exemplar: NCz$ 0,32

Governo negocia reposição salarialSandra diz que

viu 'Robertinho'rondando prédio

Diante da juíza Yvonne SantiagoMarinho, ontem pela manhã, Rober-to Cirino de Oliveira, o "Robertinho",voltou a negar sua participação noassassinato do deputado João CarlosBatista. Além dos advogados dosacusados de envolvimento no crime— apontados anteriormente por

"Ro-bertinho" —, estiveram no gabineteda juíza a viúva Sandra Batista e Pe-dro Batista. Ao final, após ter ficadopróximo ao acusado, Sandra afirmouque já o vira antes, rondando o edifí-cio onde morava, na frente do qualocorreu o assassinato. (Página 20)

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Robertinho nega que seja o assassino

NESTA EDIÇÃO

Sena: dois fazem a principalAS DEZENAS sorteadas ontem foram as se-guintes:

Õ_| [Õ7| |ÍÕ| |2Í1 |2Í1 [31Os acertadores foram somente dois, que vão1ganhar, cada um, o prêmio de NCz$912.145,04, o segundo maior já pago pelas lo-terias da Caixa Econômica Federal.

(Página 2)

Papão joga amanhã em SantarémREFORÇADO por Dadinho, o Paissandu es-tréia amanhã, em Santarém, no Torneio "He-lio Gueiros", que conta ainda com aparticipação de Clube do Remo, São Fran-cisco e São Raimundo.

(Página 12)ASSOCIADA à Arisco, a Minercal vai man-ter a equipe de basquete feminino bicampeãpaulista, cuja venda foi descartada ao finalda noite de ontem.

Superlotação dá em greveUMA SALA do curso de Ciências Sociais en-trou em greve, ontem à tarde, na União das'Escolas Superiores do Pará. O motivo foi asuperlotação. (Página 5)

Tempo Marés

^«Mwbw^RBELÉM, nublado,passando a enco-berto com chuvasisoladas. Tempe-ratura estável.Máxima de 30 a 32e mínima de 21 a23. Ventos Este/Su-deste fracos. Visi-bilidade boa.

Jornal dos BairrosHOJE: para os moradores dos bairros doMarco, Guamá, Canudos, Terra Firme eSouzaAMANHÃ: Batista Campos, Cremação,Condor, Jurunas, Cidade Velha, Comércioe Campina.

fmt " i''. "?". -¦-•¦.:.--*^^^J^Í__[__r__^£_M________________l_to_. ¦ m\' A 'A? ^ ***£.,<¦. íKSJ '.iííil___________VT^i!^HUÍ|lH_li^^M--HÚ' '""¦" jj/j?^B^ tf: \ ¦¦:. ¦ .'. V- . "4jHHt*X*'fr!-* __&_-9_-^

|—| Estagiários da Santa Casa podem decidir, na quinta-feira, a ocupação da Reitoria, como seqüên-cia da greve iniciada na semana passada, caso recebam amanhã, em Brasília, resposta desfavoráveldo MEC. Na Santa Casa, a enfermaria está praticamente deserta de estagiários e doentes. (Página 5)

ueiros diz que na<as tarifas

pretaumentar

Por não querer contrariar asdeterminações do Plano Verão, o go-vernador Hélio Gueiros não preten-de conceder reajustes para astarifas de ônibus urbanos, caso a de-cisão dependa apenas dele. Os pro-prietários das empresas de ônibusjá encaminharam à Empresa Me-tropolitana de Transportes Urbanoso pedido de aumento das passagens,de NCz$ 0,12 para NCz$ 0,14.

Bebida mata

Gueiros disse ontem que aindanão possui uma avaliação precisados efeitos do pacote econômico so-bre as finanças do Estado, mas ad-mite que a arrecadação do ICMtenha caído, em conseqüência do in-centivo às aplicações no mercado fi-nanceiro e da retração no consumo.Embora aceite que a cobrança doICMS deve recompor as finanças, ogovernador ainda se mostra reticen-

endedè ônibuste em relação ao reajuste do funcio-nalismo. Ele acha que o pacoteantiinflacionário serviu pára aliviaras dificuldades que o povo brasilei-ro vem enfrentando.

Ontem, o governador determi-nou a anulação de duas licitaçõesrealizadas em dezembro, por sus-peitas de fraude que não puderamser confirmadas.

(Página 5)

pessoasna índia

Pelo menos 130 pessoasmorreram e outras 150 se en-contram era estado grave emBaroda, na índia, após teremingerido bebida alcoólica des-tilada ilegalmente. Um hospi-tal da cidade está lotado depessoas intoxicadas, que nãoestão recebendo assistênciamédica eficaz.I | O toque de recolher no-turno foi suspenso em toda aVenezuela, segundo informouontem o ministro da Defesa,general ítalo dei Valle Aliie-gro. A medida de exceção ha-via sido adotada para conteros distúrbios que causaramcentenas de mortes.

(Páginas 16 e 18)

BELÉM E OUTEIRO:Preamar: 23h20min ellhllmin Baixamar:06h08min e 18h23minMOSQUEIRO: Prea-mar: 22h44min e10h27min Baixamar:05!i01 min e 17hl0minSALINAS: Preamar:19h32min e 07hl2minBaixamar: 01h20min e13h4Gmin

HOJE - 21:30Jacic NickolmOn

O protegido de uma fomUiade mo/iosos.Kathleen Tumer — Umaassassino profissional.Dois amonles e umasurpreendente missão.-liquidar um oo outro,Um filme dc John husfon

ho/e, nove e meia da noite.

TEMPERATURA

MÁXIMAA HONRA DO

PODEROSO PRIZZI

TV LIBERAL

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Bebeto, Aldair e Zinho jogam "totó" na concentração da Seleção Brasileira

Seleção inicia preparativos

38 páginas em 4 cadernosJornal da Loto

Sem Bobó, liberado para disputar a Ta-ça Libertadores da América pelo Bahia, aSeleção Brasileira se apresentou ontem, naGranja Comari, em Teresópolis, no Rio deJaneiro, iniciando os treinos para o amis-toso do próximo dia 15, em Cuiabá, diantedo Equador. A apresentação ocorreu numclima de descontração e, em seu primeirocontato com os jogadores, o técnico Sebas-tião Lazaroni adiantou sua filosofia de tra-balho. Aldair, do Flamengo, Vivinho, doVasco, e Rai, do São Paulo, contundidos, sãoos primeiros problemas de Lazaroni. Bobó,enquanto isso, é aguardado no domingo, 12,quando deverá se incorporar à Seleção.

D Por seu turno, o Bahia, atual cam-peão brasileiro, fará hoje à noite, em SanCristobal, Venezuela, seu terceiro jogo pe-Ia Taça Libertadores da América, diante doUnion Tachira. O jogo será às 20hl5min deBrasília, com a presença da torcida, ape-sar da suspensão de garantias em todo oPaís — numa concessão do presidente Car-los Andres Perez, nascido no povoado deRubio, próximo a San Cristobal.

D No Rio, o Conselho Arbitrai da CBFse reúne para discutir a fórmula de dispu-ta da Copa União, que corresponde ao Cam-peonato Brasileiro da Primeira Divisão.

(Páginas 10 e 11)

Os líderes sindicaisJair Meneguelli, da Cen-trai Ünica dos Trabalhado-res (CUT), e Joaquim dosSantos Andrade, da CentralGeral dos Trabalhadores(CGT), aceitaram convitefeito ontem pela ministra doTrabalho, Dorothéa Wer-neck, e vão participar deuma rodada de negociaçõessobre salários.

O encontro será ama-nha e, segundo os sindicalis-tas, deverá abordar, princi-Dalmente, a reposição dasDerdas salariais dos traba-hadores. Meneguelli e Joa-

quinzão afirmaram que,independentemente da reu-nião, está mantida a mobi-lização para a greve geralmarcada para os próximosdias 14 e 15 de março. Elesconsideram que a suspen-são da greve já convocadaé_um assunto sobre o qualnão negociarão. (Página 15)

IBGE acusado porseus funcionários

A direção do InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE) foi acu-sada, ontem, por sua asso-ciaçao de funcionários, deestar manipulando o cálcu-lo do índice de Preços aoConsumidor (IPC), que me-de a inflação, para viabili-zar as metas do governo no"Plano Verão". Além disso,os funcionários tambémapontam várias outras irre-gularidades, entre elas autilização indevida de vei-culos e nomeações políticasna instituição. (Página 14)

Ulysses jáfaz promessasde candidato

"Se eu for presidente des-te país, não pagarei a dívidaexterna com cadáveres, co-mo está acontecendo na Vene-zuela". Com declarações comoessas, o deputado UlyssesGuimarães aproveitou umaentrevista coletiva à Impren-sa, por ele mesmo convocada,para apresentar os pontos bá-sicos de sua plataforma deGoverno, se vier a ser o can-didato do PMDB à Presiden-cia da República. Segundo

. Ulysses, sua preocupação bá-sica é governar com base na"justiça social".I I Em Belém, a Mesa dire-tora da Assembléia EstadualConstituinte decidiu, ontem,alugar um prédio vizinho aoda Assembléia Legislativa —onde funciona uma associa-ção de caratê e judô —, paraque as comissões temáticaspossam realizar suas reu-niões. (Página 13)

Câmara decidenegar EstatutoHouve tumultos, ontem,

na Câmara Municipal, duran-te a sessão em que foi rejeita-do o projeto de Estatuto dofuncionalismo. A presença depessoas, nas galerias, quevaiaram os vereadores favo-ráveis à rejeição provocoumuita discussão. Dois verea-dores quase vão ao desforçofísico. (Página 8)

JP, o preferidodo PDS do Pará

O senador Jarbas Passa-rinho será indicado, à direçãonacional do partido, como ocandidato preferido do PDSdo Pará à Presidência da Re-pública. A decisão foi tomadaontem, durante reunião dasExecutivas regional e munici-pai de Belém, sob a presiden-cia do deputado Gerson Peres.

(Página 13)

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2 CIDADES O LIBERAL Belém, terça-feira, 07 de março de 1989

Sena principal faznovos milionários

em Minas e no RioRio (AE) — O segundo maior prêmio pago pelas lo-

terias da Caixa Econômica Federal saiu para dois após-tadores da sena principal. Cada um vai receber NCz$912.145,04, descontado o Imposto de Renda. Eles fizeramsuas apostas em Belo Horizonte e Rio de Janeiro (capí-tal) e marcaram as dezenas 04 - 07 - 20 - 21 - 24 e 31, sor-teadas ontem, em Brasília, pelo concurso 55. A senaposterior teve um único ganhador de Goiânia, que acer-tou as dezenas 05 - 08 - 21 - 22 - 25 e 32 e vai receber aimportância de NCz$ 608.096,68. A sena anterior premiouquatro apostdores - dois de São Paulo (çapiHl), um deMinas Gerais (Ipatinga) e outro do Rio Grande do Sul.Cada um receberá a quantia de NCz$ 152.024,17 e mar-caram em suas apostas as dezenas 03 - 06 -19 - 20 - 23 e 30.

A quina pagará o prêmio individual de NCz$ 2.172,31para os 373 apostadores, enquanto a quadra, com 22.663acertadores, vai pagar o rateio de NCz? 35,75.

LotoBrasília (Sport Press) — Quem quiser concorrer a

quina do concurso 598 da Loto, que segundo os revende-dores, deverá chegar aos NCz$ 380 mil, tem prazo até hojeàs 20 horas, quando terminam as apostas em todo o Bra-sil O sorteio será na próxima quinta-feira, às 9 horas,no auditório da Caixa Econômica Federal, nesta capital.

Para os apostadores que gostam de curiosidadeslembramos que este ano ainda não foram sorteadas 38dezenas. São elas: 02-04-06-07-08-10-12-13-14

15 - 23 - 24 - 28 - 31 - 33 - 37 - 39 - 43 - 45 - 48 - 49 - 53 -58 - 61-62-65-71-73-79-80-85-88-89-90-91-93

94 e 95. Há sete sorteios que não sai na loteria de nú-meros, dezenas com final 5.

nao vaibuscar prêmio e

perde 6 mil por diaBelo Horizonte (AG) — Uma mulher, com mais de

30 anos e moradora no bairro Padre Eustáquio, Zona Nor-te desta capital, foi a ganhadora da sena principal do con-curso 53, sorteado ontem. Ela dividirá o prêmio com umcarioca e receberá NCz$ 912.145,04. Entretanto, por nãoter comparecido a uma agência da Caixa Econômica Fe-deral para receber o dinheiro, ela deixou de ganhar cercade NCz$ 6 mil equivalentes aos rendimntos de um diase tivesse aplicado seu prêmio no "overnight".

O bilhete premiado é o de número 71.875 e a apostafoi feita na "Dumont Loterias Ltda", localizada no mes-mo bairro em que a vencedora mora. O proprietário dacasa lotérica, Wellington Dumont, contou que por voltada 9h30m, a ganhadora telefonou para a loteria pedindoque ele confirmasse o resultado, pois desconfiava quetinha acertado as dezenas.— Quando eu lhe disse as dezenas sorteadas ela co-meçou a gritar do outro lado falando: "Eu ganhei, eu ga-nhei" — disse Wellington.

Seminário alertasobre os

Ministros de 35 países reúnempara debater questão ambiental AGENDA

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Brasília (Radiobrás) — O ministrodo Interior, João Alves, preside, nosdias 30 e 31 de março próximos, a VIReunião Ministerial sobre Meio Am-biente, a se realizar em Brasília, no Ita-maraty, com a presença dejninistrose secretários de meio ambiente de 35países da América Latina e Caribe,além de representantes dos EstadosUnidos, Canadá, França, Alemanha,Espanha, Irlanda do Norte, Escócia eInglaterra.

A informação, da Coordenadoria deComunicação Social do Minter, aindadá conta de que o encontro será prece-dido de reunião entre especialistas dealto nível para assuntos do meio am-biente, a serem indicados pelos gover-nos dos países participantes. Essareunião preliminar será realizada de 27a 29 de março, também no Itamaraty.Nesta fase, serão examinados aspectostécnicos dos programas regionais e su-bregionais sobre o meio ambiente. Assugestões e propostas que forem elabo-radas nesta etapa serão novamente de-batidas, durante a reunião de ministros.

A VI Reunião Ministerial que serealiza, desta vez no Brasil, é resulta-do de acordo entre o Programa das Na-ções Unidas para Meio Ambiente (Pnu-ma) e o governo brasileiro, através doMinter e, ainda, do Ministério das Re-lações Exteriores. Esses encontros pe-riódicos têm como objetivo a formula-ção de políticas e estratégias para aAmérica Latina e o Caribe, no campoecológico. As outras reuniões foramrealizadas no México, em 1982; em Bue-

nos Aires, em 83; em Lima, em 1984;em Cancun (no México), em 85 emMontevidéu em 87.

No pronunciamento que fará du-rante a abertura da VI Reunião Mun-dial de Meio Ambiente, o ministro JoãoAlves deverá destacar, segundo a As-sessoria de Imprensa do Minter, a im-portância do fortalecimento do SistemaRegional de Cooperação para AssuntosAmbientais, o que coincide com um dosobjetivos do encontro. Ele ainda preten-de analisar as relações entre as quês-toes econômicas e sociais, bem como aaplicação e desenvolvimento das poli-ticas de meio ambiente.

Na opinião do ministro, a preocu-pação do governo em conciliar o desen-volvimento econômico com a preserva-ção das riquezas naturais do país éenorme, a ponto de a Constituição fede-ral ter dedicado um espaço nobre noque tange ao problema ambiental.

AusênciaBrasília (AJB) — Convencido pe-

los militares a não participar da reu-nião em Haia, na Holanda, neste sába-do, que discutirá a questão ecológicamundial, com ênfase na Amazônia, opresidente Sarney será representadopelo secretário-geral do Itamaraty, em-baixador Paulo Tarso Flecha de Lima.Assessores de Sarney concluíram que,num momento em que a Amazônia es-tá sendo utilizada como instrumento depressão internacional sobre o Brasil, apresença do presidente realçaria o en-contro. "Com a ausência de Sarney, a

reunião perde 80% de seu impacto",avaliou um assessor.

Outros acreditam que Flecha de Li-ma, um profissional habituado à dis-cussão das grandes questões interna-cionais brasileiras, é o homem certo pa-ra debater o assunto, sem o emociona-lismo que Sarney. colocaria em seudiscurso. O documento que será apro-vado no final do encontro está circulan-do entre os países participantes, e oBrasil exigiu, para assiná-lo, que los-sem modificados alguns tópicos, consi-derados "preocupantes". Acima detudo, o Brasil quer resguardar a sobe-rania nacional. Um reforço nesse sen-tido está sendo buscado por Paulo Tarsoem Quito, no Equador, onde chefia a de-legaçao brasileira à reunião dos paísesdo Pacto Amazônico (Brasil, Bolívia,Colômbia, Venezuela, Peru, Equador,Guiana e Suriname). O Brasil preten-de aprovar, até amanhã, um documen-to que defina, em termos fortes, quecabelos países da região a responsa-bilidade exclusiva e intransferível, pe-Ia preservação da Amazônia.

Há muito tempo se fala na reuniãoem Haia e, surpreendentemente, asduas grandes potências, Estados Uni-dos e União Soviética, não participarão.Confirmaram presença até agora, alémdos três países organizadores. França,Holanda, e Bélgica, o Brasil, Austrália,Canadá, Cote DTvoire, Egito, Espanha,Hungria, Índia, Itália, Jordânia, Japão,Malta, Nova Zelândia, Alemanha Oci-dental, Senegal, Suécia, Tunísia, Vene-zuela e Zimbabue.

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Brasília (Radiobrás) — Com o objetivo de educar oeducador com relação às drogas e estudar a melhor formade tratar do assunto com crianças e adolescentes, teve ini-cio ontem em Brasília, o Seminário de Prevenção ao UsoIndevido de Drogas, numa promoção da Secretaria de Edu-cação Física e Desportos dos Ministério da Educação.

O encontro, realizado na Ordem dos Advogados do Bra-sil (OAB), que tem o apoio do Conselho de Entorpecentesdo Distrito Federal, conta com a participação de especia-lista em treinamento de recursos humanos na área de pre-venção de drogas e alcolismo como parte do programa"prevenção, educação e vida da SEliD/MJi,c.

AMAURÍLIO SFÂIÜ DAMissa de 7? Dia

Eunice Sfair da Costa (mãe), irmãos, cunhados, sobrinhos,ainda imersos em profunda saudade, convidam seus parentes eamigos para a missa de 7.°dia de falecimento daquele que emvida se chamou AMAURÍtIO SFAIR DA COSTA, a se realizarna Capela do Berço de Belém, hoje (07.03.89), às 18:00 h.

Antecipadamente agradecem a quantos comparecerem a esseato de fó cristã.

HELENA LÚCIA MENDESDE SOUZA

7o DIA DE FALECIMENTOMISSA — CONVITE

A Centrais Elétricas do Pará S/A — CELPA, ea família de sua funcionária HELENA LÚCIA MEN-DES DE SOUZA, convidam funcionários, parentese amigos, para a missa do 7o Dia de falecimento,a ser realizada no dia 08.03.89 (quarta-feira), às17:30 hs, na Igreja de Santa Cruz (AlmiranteBarroso).

ANTÔNIO ROBERTOGUIMARÃES CONTENTE

(BETO)4.° ANO DE FALECIMENTO

Francisco Contente Filho, Maria Cilei Guimarães Contente, Fran-cisco José, Ronaldo Sérgio, Francileide Maria, Fábio Ricardo, pai,mãe e irmãos daquele que em vida se chamou ANTÔNIO ROBER-

Ainda não foram definidos pelo Depar-tamento Nacional de Estradas de Roda-gem (DNER) os locais onde serão instala-das as placas que indicam os limites daszonas urbanas de Belém e Ananindeua, pa-ra fins de cobrança do pedágio. Segundo oinspetor Rocha, cnefe da Polícia Rodovia-ria Federal do Estado do Pará, até que es-ses limites sejam definidos, a fiscalizaçãosó agirá após o viaduto do Coqueiro."Temos algumas unidades móveis ins-taladas diante das agências dos Correiosda Guanabara e de Ananindeua, mas o tra-balho que está sendo desenvolvido até ago-ra é apenas de orientação. Ainda não esta-mos multando ou apreendendo veículosque estejam sem o auto-selo", disse o ins-petor. A previsão é que, em torno do dia 10de março, as multas comecem a ser apli-cadas paia quem não tem o selo.

O chefe da Polícia Rodoviária Federaldisse, ainda, que as dúvidas mais freqüen-tes referem-se ao formato do selo e ao lo-cal em que deve ser afixado: "Os selos deformato triangular são para carros fabri-cados até o ano de 1982, os retangularessão para os veículos com menos de seteanos de fabricação. Quanto à posição, o se-lo deve ser afixado no canto superior direi-

Inspetor Rocha

to do pára-brisa dianteiro".'Quanto à diminuição na venda dos se-

los, o inspetor Rocha assegurou que "atendência é diminuir paulatinamente até oinício do próximo mês, quando deverá ha-ver grande procura novamente".

Número de abortos superao de nascimentos no Brasil

Brasília (AJB) — O número de abortosno Brasil é maior do que o número de nas-cimentos. A estatística foi levantada pelaOrganização Mundial de Saúde (OMS) eaponta cerca de três milhões de interrup-ções de gravidez anuais no país contra ape-nas 2 milhões 779 mil 253 registros denascimento, em 1986. A estimativa da OMS,apresentada no ano passado na Suíça, colo-ca o Brasil em primeiro lugar no mundo,contribuindo com 10% do total de interrup-ções de gravidez. Dados da OMS revelam,ainda, que o Brasil é também o país ondeé feito maior números de cesarianas noplaneta.

Embora não existam números precisos,já que o aborto é uma prática ilegal no Bra-sil, os números da OMS preocupam o Con-selho Nacional dos Direitos da Mulher(CNDM), do Ministério da Justiça. Os da-dos sobre cesariana, extraídos apenas da re-de hospitalar controlada pelo Inamps,indicam que cerca de 30% do total de par-tos do país são feitos por este método (o ín-dice tolerável pela OMS é de 15%, porque amortalidade materna é duas vezes mais ai-ta do que no parto normal).

A carioca Ildete Pereira de Melo, empesquisa sobre a taxa de mortalidade ma-terna, constatou que cerca de 1,7 milhão de

mulheres morre anualmente no país vitimasde complicações obstétricas. O CNDM lem-bra, por sua vez, que cerca de 99% das mor-tes maternas por parto ocorrido no terceiromundo. De acordo com previsão do anuárioestatístico de 1985t cerca de sete milhões demulheres morrerão de nações menos favo-recidas, entre 1988 e o ano 2000 por compli-cações no parto."O problema é grave e polêmico, já quea maioria dos médicos formados, nas 72 fa-culdades de medicina do país, não sao bempreparados para enfrentar as complicaçõesque podem surgir no parto normal", alertao obstetra Paulo Belford, em matéria do jor-nal distribuída pelo CNDM — peça promor-cional da campanha que o Conselho lançadepois de amanhã, em todo o país, com o sio-gan "saúde da mulher-direito a ser con-quistado"."As mulheres têm o direito de dispor deseu corpo e a desenvolver sua sexualidadepara prazer e não só para a procriação", exi-gem as responsáveis pelo CNDM. Elas aler-tam para os índices de esterilizaçãoaltíssimos do país: 70% das mulheres deGoiás, entre 15 e 44 anos, por exemplo, so-freram esterilização. Em Pernambuco, osdados alcançam 60% das mulheres e, no Riode Janeiro, 45%.

Delegadoafastado

por SaboyaRio (AJB) — O governa-

dor Moreira Franco deter-minou ao secretário dePolícia Civil, Hélio Saboya,que afaste o delegado ElirClarindo dos Santos, da De-legacia de Entorpecentes,que exibiu para um grupo dejornalistas uma lista de 10nomes organizada pela Po-lícia a partir de telefonesque se comunicaram com obip 3420, do traficante Anto-nio Naum, o "Toninho de Co-pacabana", para encomen-dar cocaína.

Nas 112 fichas que osjornalistas examinaramconstam os nomes de Neusi-nha Brizola — que está emAmsterdã — e José VicenteGourlart Brizola, filhos doex-governador Leonel Brizo-Ia, da jornalista Belisa Ri-beiro, ex-assessora de Co-municação Social do gover-nador Moreira Franco, e dodono da TransportadoraTransegne, José IsidoroMalta.

Hélio Saboya conside-rou "indigna" a atitude dodelegado Clarindo, que con-trariou não só uma ordemsua de não divulgar nenhu-ma lista, mas também o ar-tigo 26 da Lei 6.368, de 1976,que garante o sigilo de docu-mentos em fase de invés-tigação.

Moreira e Saboya fica-ram irritados porque a di-vulgação da lista poderiaresultar em falsa imputa-ção. Se, por exemplo, tives-se sido aberta na noite desexta-feira a lista de endere-ços dos assinantes de telefo-nes que chamaram o bip3420, os jornais teriam noti-ciado que o ex-ministro Ar-mando Falcão era um dosfregueses. Na verdade, Fal-cão é apenas proprietário deum apartamento cujos in-quilinos estavam sob invés-tigação.

Ontem foi depor na De-legacia de Entorpecentesuma mulher que contou ca-so semelhante. Ela compro-vou que havia alugado seutelefone para o Harry's Bar.

Mortalidade é alarmante

Fábio Ricardo,i aue em vida se chamou

TO GUIMARÃES CONTENTE (Beto), vem por este intermédio con-vidar todos os parentes e amigos para a missa de 4? ano defalecimento, que será celebrada no dia 8 (quarta-feira), às 7:00 hs.da manhã, na capela de Na. Sra. de lourdes, na Gov. José Malcher.Antecipadamente, a família de Antônio Roberto, agradece.

Belo Horizonte (AG) — No ano passa-do, de cada mil crianças nascidas no Bra-sil, 80 morreram antes de completar um anode idade. Esse índice coloca o país em quar-to lugar entre as nações da América Latinacom maior indicador de mortalidade infantile desnutrição, perdendo apenas para oEquador, Honduras e Bolívia. A informaçãoé do ex-presidente da Sociedade Brasileirade Pediatria, Navantino Alves Filho, que sebaseou nos dados do relatório anual da Uni-cef, referente a 1988.

O primeiro indicador dessa tendência,de acordo com o pediatra, é o aumento per-centual de crianças recém-nascidas commenos de 2,5 quilos. Em 1981 13% das crian-ças nascidas na maternidade-escola da Fa-

culdade de Ciências Médicas de MinasGerais pesavam menos de 2,5 quilos. Em1987, esse percentual chegou a 18% e em de-zembro de 1988 atingiu 26%, mantendo-sesempre o mesmo tipo de população assisti-da pela maternidade.

De acordo com a Organização Mundialde Saúde (OMS), a incidência de recém-nascidos de baixo peso é o primeiro indica-dor de recessão econômica de uma região.No Brasil 3,5% dos recém-nascidos têm me-nos de 1,5 quilo, o que representa uma cifraquatro vezes maior do que a registrada empaíses desenvolvidos. Além disso, segundoNavantino Alves, de cada cinco crianças quemorrem na América Latina, três sao brasi-leiras.

Ministro deixa unidade,mas continua sem visitas

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São Paulo (AG) — O ministro das Co-municações, Antônio Carlos Magalhães, dei-xou a unidade coronariana do Instituto doCoração do Hospital das Clínicas de SãoPaulo para ocupar um apartamento no oi-tavo andar, oito dias após ter chegado aohospital para recuperar-se de um infarto domiocárdio. Os médicos ainda não têm umaprevisão sobre a data da cirurgia a que o mi-nistro será submetido para a implantaçãode três pontes de safenas e as visitas conti-nuam proibidas.

O oitavo boletim médico divulgado pe-Ia assessoria de imprensa do hospital infor-mava às 11 horas*que o ministro aindaocupava a unidade coronariana, situação

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jm EscritórioOtávio MendonçaADVOGADOS

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que se alterou no fim da tarde, quando foitransferido para um apartamento onde ape-nas a família tem acesso. De acordo com oboletim, Antônio Carlos Magalhães "man-tém condições estáveis, tendo realizado demanhã todos os exames de rotina: ecocar-diograma, eletrocardiograma e exames la-boratoriais".

Apesar da melhora, o ministro não de-verá receber alta sem antes ser submetidoa cirurgia, o que não deverá ocorrer nos pró-ximos 15 dias. Isso porque, conforme expli-cou o cardiologista Giovanni Bellotti, operíodo de cicatrização ainda levará duassemanas.

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Belém, terça-feira, 07 de março de 1989 O LIBERAL CIDADES v>

Governadores vão conhecer oprograma de proteção à região

Brasília (AG) — Os governadoresdos Estados amazônicos vão conhecerhoje, em reunião em Manaus, a versãodefinitiva do "Programa Nossa Natu-reza", a ser apresentada pelo pesidentedo Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Nah-ais Reno-váveis, Fernando César Mesquita, epelos ministros João Alves, do Inte-rior; e Bayma Denis, da Casa Militar.Quarta-feira, no encerramento da reu-nião no dia 08, os governadores deve-rão elaborar um documento a serenviado ao presidente José Sarneycom propostas de maior proteção eocupação racional da Amazônia.

Fernando César Mesquita disseontem, antes de viajar para Manuas,que o encontro propiciará "um primei-ro contato" dos governadores da Ama-zônia com os estudos feitos pelos seisgrupos técnicos que compõem o "Pro-grama Nossa Natureza", criado em ou-tubro pelo governo, para deter oprocesso de devastação da Amazônia".

Além dos governadores, partici-pam das reuniões o vice-governador deSão Paulo, Almino Afonso, e o deputa-do Fábio Feldman (PSDB-SP), que járeivindica a continuação periódicadesses encontros no Instituto Superiorde Estudos da Amazônia (ISEA), porconsiderá-lo "um foro oportuno" paraas discussões sobre a situação ambien-tal da Amazônia.

O governador do Pará, Hélio Guei-ros, que já se encontra em Manaus, de-clarou que espera levar da reunião dosgovernadores propostas concretas, pa-ra der envolver projetos, no Estado, quepermitam a ocupação da Amazôniadentro de uma política racional e depreservação ecológica.

ObjetivosBrasília (Radiobrás) — Quando

do lançamento do "Programa NossaNatureza", o presidente José Sarney,como primeira providência, assinoudecreto criando o Programa de Defe-sa do Complexo de Ecossistema da

Reserva de seringueiroscriada hoje, em Xapuri

Brasília (AE) — Será criada ho-je, a primeira reserva extrativistade seringueiros do Acre, em Xapu-ri, área de conflito que motivou o as-sassinato do líder sindical ChicoMendes, em 22 de dezembro. Esseassentamento, segundo portaria aser assinada às 10 horas pelo minis-tro da Agricultura, Íris Rezende,ocupará mil hectares, incorporandoo seringal Cachoeira, de proprieda-de de Darli Alves, um dos acusadospela morte de Chico Mendes.

Reivindicação antiga dos serin-gueiros foi recebida com críticas pe-los dirigentes do Sindicato deTrabalhadores Rurais de Xapuri.Ontem, em Brasília, o presidente doConselho Nacional de Seringueiros,Raimundo Mendes de Barros (pri-mo de Chico) e o assessor do sindi-cato e engenheiro agrônomo,Gomercindo Rodrigues, disseramque a área do assentamento não cor-responde nem a 10 por cento das ne-cessidades dos seringueiros de

Xapuri. "Apenas 25 mil hectares emtroca da vida de Chico Mendes e ou-tros companheiros é pouco; issosaiu muito caro pra gente" — re-clamaram.

O assentamento de Xapuri abri-gará 68 famílias e, segundo o Minis-tério da Agricultura, será o primeirodas 18 reservas planejadas, que so-marão mais de dois milhões de hec-tares, atendendo a mais de 40 milfamílias. Os beneficiários não rece-berão títulos de propriedade e nemas terras serão loteadas. Os serin-gueiros obterão concessão de uso edisciplinarão a exploração. Seráproibida a derrubada de matas.

A desapropriação das áreas deXapuri, consideradas uma das maisricas em castanhais e seringais doAcre, não deverá desgostar fazendei-ros e pecuaristas da região, pois o li-tígio continuado entre seringueirose seringalistas tem feito com que asterras fiquem paradas, sem aprovei-tamento econômico.

Incêndio pode ter sidoprovocado pelos Pataxó

Brasília (AJB) —A Polícia Fede-ral da Bahia acredita que os índios Pa-taxo são os principais responsáveispelo incêndio que há cinco dias destróio parque ecológico do Monte Paschoal,no extremo sul baiano. Segundo um as-sessor do Departamento de Polícia Fe-deral, a constatação foi feita por umgrupo de dezoito agentes da Policia Fe-deral, que investigam as causas do in-cêndio. Dez agentes já retornaram aolocal do incêndio e enviaram um rela-tório ao DPF. O incêndio que poderádestruir oito mil 500 hectares do totalde 22 mil 500 hectares do parque —

§arte correspondente à reserva cedi-

a pela Fundação Nacional do índio(Funai) — teria sido causado por quei-madas provocadas pelos índios para oplantio de roças.

Caso seja provada a culpa dos ín-dios, a Polícia Federal só poderá pro-cessar judicialmente os índiosconsiderados emancipados. Além dis-so, há suspeitas sobre exploradoresclandestinos de madeira, entre osquais o atual prefeito de Porto Segu-ro, José Ubaldino Pinto, que respondea inquérito por desmatamento e ven-da ilegal de madeira. O parque deMonte Paschoal — o primeiro ponto dacosta brasileira que, segundo conta ahistória, foi avistado pelo navegadorPedro Alvares Cabral — é uma regiãomuito visada por possuir grande quan-tidade de madeira nobre, principal-mente jacarandá.

O combate ao incêndio está sendodificultado pelo reduzido número dehomens convocados para o combate aofogo. Cerca de cem pessoas, sem equi-pamento adequado e sem experiênciano combate a incêndios desta propor-ção, permanecem lutando contra aschamas que, segundo técnicos do Ins-tituto Brasileiro de Meio Ambiente eRecursos Naturais Renováveis, deve-

rão consumir os oito mil 500 hectaresda reserva.

O Parque Nacional de Monte Pas-choal é a última grande área florestalprotegida no sul da Bahia, onde são en-contrados diversos ecossistemas comomata pluvial de encosta atlântica, ma-tas secundárias, restinga, mangue,praia e recifes. Além disso, é o únicoparque da costa leste que atmge o mar.

FocosSalvador (AG) — Ao sobrevoar no

domingo o Parque Nacional de MontePaschoal — o único reduto da mataatlântica em estado nativo em todo opaís — técnicos do Instituto Brasilei-ro do Meio Ambiente e Recursos Re-nováveis (Ibrama) detectaram 85focos de incêndio, 78 dos quais na áreade 8.500 hectares cedida aos índiosPataxó.

O fogo, que há mais de um mêsconsome milhares de hectares de ma-tas no extremo-sul da Bahia, começoua atingir o parque há cinco dias, ao quetudo indica pelas mãos dos índios, quenesta época do ano costumam fazerqueimadas para plantar suas roças.Apesar das notícias de que pratica-mente toda a reserva pataxó já esta-ria queimada, ontem ninguém sabiadizer qual era a real situação da área,já que os próprios técnicos do posto daFunai na região afirmavam que estãoproibidos de dar informações.

Na área do parque propriamentedito, que conta com 14 mü hectares, hásete focos de incêndio que já destruí-ram 600 hectares de florestas. Ocoordenador de parques e reservas doIbrama no Estado, Walter ErnestoBrechbuhler, disse que 55 homens doinstituto e de empresas de refloresta-mento da região se encontram traba-lhando durante todo o dia nas frentesde fogo, na tentativa de isolar os incên-dios e salvar o parque.

Embaixador diz que AIDSé bem controlada em Cuba

Amazônia Legal, destinado ã estabe-lecer condições para a utilização e pre-servação do meio-ambiente e recursosnaturais da Amazônia.

Coordenado pela Secretaria de As-sessoramento da Defesa Nacional, oprograma conta com a participação detodo o governo federal, além de Esta-dos, municípios, comunidade cientí fi-ca e entidades de proteção airibiental.Eis seus objetivos: Conter a ação pre-datória do meio-ambinte e dos recur-sos naturais renováveis; estruturar osistema de proteção ambiental; pro-mover a educação ambiental e a cons-cientização pública sobre anecessidade de conservação do meio-ambiente na Amazônia Legal; discipli-nar a ocupação e exploração racionaisfundamentadas no ordenamento terri-torial; regenerar o complexo de ecos-sistemas afetados pela ação dohomem; e proteger as comunidadesindígenas e as populações dedicadasao extrativismo.

Jacobs achaque Curitiba é

cidade idealCuritiba (AJB) —Enquantoa

cidade do Rio conta com um ele-mento natural — o mar — paraembelezá-la e torná-la agradável,Brasília tem na sua arquiteturauma fonte de desconforto para apopulação e São Paulo necessitacada vez mais de pequenos proje-tos, já que para seu gigantismo

,não existe mais uma única solu-ção. Estas colocações sobre cida-des brasileiras foram feitasontem, em Curitiba, pelo arquite-to e professor da Universidade deBerkeley (Califórnia), Allan Ja-cobs. Um dos autores do Plano Di-retor de São Francisco, o arqui-teto, de 60 anos, fez ontem a aulainaugural do curso de arquiteturada Universidade Federal do Para-ná, quando falou sobre as carac-terísticas que, em sua opinião,tornam uma cidade boa para seviver.

Falando sobre este mesmo te-ma no Congresso International deUrbanismo que aconteceu sema-na passada em Porto Alegre, Al-lan Jacobs afirmou que SãoFrancisco, Roma e Curitiba são asmelhores cidades do mundo parase viver. Nos últimos 15 anos, eleesteve sete vezes na capital do Pa-raná. "Cito Curitiba porque elatem bom transporte, bons par-quês, um bom centro, boas mora-dias e as pessoas fazem parte dacidade, estão integradas a ela",justificou. Jacobs revisitou ontema cidade acompanhado do prefei-to Jaime Lérner (PDT) arquitetoe urbanista como ele.

Allan Jacobs visitou cidadesde todos os continentes estudandoas soluções urbanas adotadas emcada uma delas. Uma das, mais in-felizes, em sua opinião, é o proje-to de Brasília, que dotou a cidadede grandes espaços que, não po-dem ser usados pela população ecolocou os edifícios longe uns dosoutros, dificultando os contatos."Brasília é fruto de umfi tendên-cia da arquitetura que não prevêsuficientemente o entrosamentoentre o homem e a 'cidade",analisou.

O arquiteto deixou claro, noentanto, que não vê a população deBrasília como "condenada a con-viver com o desconforto", As pes-soas têm sua própria solução.Elas mudam as cidades sozinhase eu acho que em alguns anos Bra-sília terá passado por tantas adap-tações ou será muito diferente dacidade que conhecemos hoje". Ja-cobs citou como exemplo o fato deque em algumas quadras de Bra-sília os moradores mudaram asentradas dos prédios para as ruasque acharam mais convenientesalterando os projetos originais.

RegistroBrasília (Radiobrás) — Cuba é o

único país do mundo que vem realizan-do um controle efetivo da AIDS, atra-vés de testes de detecção do vírus HIVem toda a sua população adulta. A in-formação é do embaixador de Cuba noBrasil, Jorge Baianos, que esteve on-tem com o ministro da Saúde, SeigoTsuzuki, para discutir uma série deprojetos de pesquisa como o vitiligo, avacina contra meningite B, Interferon,entre outros medicamentos.

Jorge Baianos explicou que já foitestada 1/3 da população e esta medi-dá faz com que a velocidade de trans-missão da doença se reduza. Os testessão realizados quando as pessoas pro-curam os postos de saúde para cônsul-tas. Atualmente, Cuba possui 162infectados sendo que cerca de 30 já de-senvolveram a doença, informouBaianos.

Além disso, o país desenvolveu umequipamento que reduz em até 50% oscustos do teste Elisa — um dos aplica-dos para detecção dos anticorpos do vi-rus HIV. O embaixador disse que, comisso, se reduz em até 30 vezes (300%)a utilização de reagentes. Ele acres-centou que o Instituto Adolpho Lutz ealgumas universidades do Estado deSao Paulo já manifestaram interessena aquisição do produto.

Sobre a vacina contra meningiteB, desenvolvida pelo Centro de Biotec-nologia de Havana, Jorge Bolanos dis-se que seu país já a desenvolve emescala industrial, inclusive exportan-

do para a Nicarágua e outros paísessocialistas. Esta vacina vem sendotstada pelo Instituto Adolpho Lutz e, naopinião do embaixador, sua importa-ção "dependerá apenas dos brasilei-ros", depois de terminados os testes.Disse, ainda, que o seu país tem espe-ciai interesse na importação de insu-lina brasileira.

ConcorrênciaSantos (AE) — A Comissão de Li-

citação da Prefeitura de Santos publi-cará, entre hoje e amanhã, o edital deconcorrência pública para a aquisiçãode 6.700 caixas de preservativos, cadauma delas com três unidades, para se-rem distribuídas pela Secretaria Mu-nicipal de Higiene e Saúde (Sehig) àpopulação sexualmente ativa matricu-lada nos programas de adulto e de As-sistência Integral à Saúde da Mulher,desenvolvidos pelas 12 policlínicasmantidas pela Sehig.

A medida faz parte da "operaçãode guerra" que a Prefeitura de Santoslançou contra a AIDS e que prevê ou-trás providências de impacto. Após apublicação do edital são necessários,pelo menos, mais 15 dias para a aber-tura das propostas. Assim, a distribui-ção das 30 mil camisinhas só poderáser feita a partir da última semanadeste mês, prejudicando, dessa manei-ra, a proposta da Sehig de começar omovimento com a entrega de cinco milpanfletos e mil unidades do preserva-tivo aos calouros que participam dotrote unificado.

A diretora-presidente*do SistemaRomulo Maiorana de Comunicação,Déa Maiorana, e o diretor-èxecutivo,Romulo Maiorana Júnior, receberam:

Convites:

Da Câmara Municipal de Belém,para a sessão solene em homenagemao Dia Internacional da Mulher, queacontecerá amanhã, às 10 horas, no sa-lão plenário Lameira Bittencourt, doPalácio Antônio Lemos.

Do senhor Frank Resheuwel e se-nhora, para assistir amanhã, às 20 ho-ras, no eixo Theatro/Camarote, a"Dança do Ventre" e participar do Fes-tival Gastronômico Marroquino.

Agradecimento:

Do professor José da Silveira, pre-sidente do Instituto Histórico e Geográ-fico do Pará, pela divulgação daconferência "A Marinha na Cabana-gem", realizada por Eugênio MarquesFrazão naquela instituição.

Publicações:

Informativo da UFPa,' de 28 de fe-vereiro/89 * Jornal do Tbcantins, de 03a 0*9 de março/89 * Informativo Indi-ce, de janeiro/89 * Comunicado Unes-pa, de 27 de fevereiro/89 * Informativoda Sociedade Brasileira de Engenha-ria e Televisão, de janeiro/89 * JornalFolha da Tarde, de 06/março/89.

Repórter TOCAOS

Já não bastasse Belém ter um sistemaviário, onde o trânsito não flui, agora chega-ram as aulas. Com elas, vem o estacionamen-to de mão dupla à frente de vários colégios ecursos em toda a cidade. Muito certo que ospais vão buscar suas crianças. O que não épossível é infernizar a vida alheia, principal-mente em horários de rush.

Seria interessante que as autoridades detrânsito impedissem esse tipo de atitude, alémde estudar um arranjo mais racional para otráfego cada vez mais intenso observado nosúltimos tempos.

RECLAMAÇÃOA Vale do Rio Doce está reclamando da elevada

taxação que terá de pagar de ICMS sobre o minério deferro de sua extração, na substituição do Imposto Úni-co sobre Minerais da União, para o novo tributo esta-dual, nos termos da Constituição de outubro. Enquantooutros minérios, como bauxita e alumina, passaramde 3 a 7% de IUM para 7,5% de ICMS, o minério de ferrosubiu de apenas 3,5% para o máximo de ICMS, que é17%.

Haverá hoje, em Vitória, uma reunião de direto-res da Vale com os secretários da Fazenda do EspíritoSanto, de Minas Gerais e do Pará, que são os Estadosprodutores, para discutir essa alíquota.

MERCÚRIOA Sudam e o Idesp constituirão um con-

vênio objetivando a fabricação, em série, doequipamento portátil denominado "retortaforno", desenvolvido pelo DNPM. Trata-se deum recuperador de mercúrio, que evita o lan-çamento no ar do vapor deste metal, quandoo garimpeiro aquece a amálgama (liga mer-cúrio/ouro) para recuperar o precioso metal.

Este equipamento, além de evitar que omercúrio contamine o homem e o meio am-biente tem um componente econômico, queé o de recuperar o mercúrio, que pode ser rea-proveitado no processo de depuração do ouro.Fabricado em série, este aparelho não deve-rá custar mais do que o equivalente a 15 gra-mas de ouro, ou seja, NCzS 270,00, já que agrama do metal custa NCzS 18,00.

TRAPICHE0 prefeito Sahid Xerfan visita, hoje, a ilha de Coti-

juba. Ele inspeciona as obras de trapiche construídopelos moradores da ilha, com financiamento da LBA.Toda a madeira utilizada na obra é de lei e foi com-prada no Alto Moju. A ponte terá 80 metros de compri-mento e vai permitir a atracação de barcos de doismetros de calado.

Os construtores já construíram 40 metros de tra-piche em regime de mutirão. Mas, no braço, está difi-cil continuar e, por isso, vão pedir um bate-estaca parafincar os esteios de muiracatiara em lâmina de águamais profunda.

SUSPEIÇÃOO desembargador Carlos Gonçalves e a

juíza Ruthéa Forte colocados sob suspeiçãocom base em um laudo do Instituto Del Pie-chia, segundo o qual os dois (o desembargá-dor ainda como juiz) subscreveram sentençasfeitas por uma única pessoa, estão contra-atacando: pediram ao TJE que seja feita umanova perícia — e já em caráter oficial — pelaPolícia Federal e pela Secretaria de Seguran-ça Pública de São Paulo.

A questão está inserida na ação de inde-nização que a Di Gregório está movendo con-tra os estaleiros Micon.

MEMÓRIAA Globotec Vídeo está planejando para maio o ini-

cio de um projeto denominado Amazônia Memória.A idéia é para 12 anos de trabalho, levantando dadossobre 240 temas relacionados à região, para produçãode filmes, que preservem a memória regional. Até oano 2000,40 pessoas estarão envolvidas no projeto quevai contar com o apoio de consultores da terra, inclu-sive entre estes: Guilherme de La Penha, atual dire-tor do Museu Goeldi, João de Jesus Paes Loureiro,superintendente da Fundação Cultural T"ancredo Ne-ves, Célia Bassalo, professora e diretora do Centro deLetras e Artes da UFPa e José Seixas Lourenço, reitorda UFPa.

MELHORIACom o funcionamento da Assembléia Es-

tadual Constituinte, os funcionários da Assem-bléia Legislativa passam a ter uma melhoriasalarial que permanecerá enquanto a primei-ra Assembléia constituída pelos mesmos de-putados e funcionando nos mesmos locais ehorários não concluir a nova Constituição doPará. Todos os funcionários da AssembléiaLegislativa passam a ganhar, desde feverei-ro, mais 20% sobre os vencimentos e os queestiveram mais intimamente ligados aos tra-balhos constituintes terão outro adicional de20% no final ganhando 40% sobre os venci-mentos.

Os deputados que não faltarem às reu-niões da Constituinte também serão remune-rados com 1/30 avós da remuneração mensal,ou seja, terão diária dupla. Em caso de falta,a segunda diária reverterá em benefício doIpalep, que é o organismo que paga os depu-tados aposentados.

MUDANÇAComo acontece com a Secretaria de Transporte do

Estado que vai ser instalada hoje, absorvendo o DER,a Secretaria Municipal de Transportes, que o prefeitoestá propondo à Câmara Municipal, vai incorporar oDMER — Departamento Municipal de Estradas de Ro-dagem, que perde sua autonomia administrativa. Odiretor-geral do Departamento perde, também, o sta-tus de secretário e, em conseqüência, o salário dessecargo, que é de 906 cruzados novos.

Antes que isso aconteça, adianta-se porém, que aMedalha do Mérito Rodoviário Municipal, uma cria-ção do Conselho Rodoviário Municipal ao tempo em quefoi presidido pelo engenheiro Augusto Meira Filho, se-ja distribuída, talvez por uma última vez. Já há algunsanos, a Medalha não vem sendo concedida

ELEIÇÃOHaverá amanhã eleição na Federação da

Agricultura, com dois candidatos concorren-do à presidência. São o agrônono e pequenoprodutor rural ítalo Falsei, que já foi secre-tário da Agricultura, e o deputado Carlos Xa-vier, médio produtor rural em Paragominase um dos promotores da recente disputa, emtorno da Prefeitura daquele município e queperdeu na Justiça.

Falesi se queixa do trabalho que essa elei-ção está dando. Primeiro, espalharam juntoaos sindicatos — eleitores que sua chapa é ma-rajoara, porque, dos 36 nomes que inclui, 14são empresários da ilha de Marajó. Depois,Felesi teve de contatar com todos os eleitorespara dizer-lhes que continua candidato. Issoporque também espalharam que há apenasuma chapa única e que o deputado Xavier éo único candidato presidente.

EM POUCAS LINHASOs pesquisadores do Museu Goeldi estão

recolhendo assinaturas em um documentocom o qual vão pedir o tombamento de todaa área que circunda o parque zoo-botânico. Amedida será pedida aos governos federal, es-tadual e municipal e objetiva impedir a cons-trucão de novos edifícios ao redor do museu.***** A sra. Conceição Chermont chegou do Rio de Ja-neiro, onde residia, para ocupar a chefia de gabinete,do presidente da Assembléia, deputado Mário Cher-mont, que é seu irmão. ***** O PFL regional játem como certo o lançamento, pelo partido, dacandidatura de Aureliano Chaves à Presidên-cia da República na primeira quinzena deabril. ***** Os técnicos da Prefeitura vão hoje à As-sembléia para uma reunião com os líderes das banca-das, a fim de explicar o projeto de financiamento doBIRD, que será votado pelos deputados. ***** A APAEteve sua sede arrombada e sofreu um grandeprejuízo, principalmente pela perda do únicotelevisor existente na casa e que servia paraa distração de seus alunos. ***** a entidade, quevive uma séria crise financeira, pretende começar naquinta-feira próxima, uma campanha em busca de re-cursos. ***** Dionísio Hage foi ontem, ao minis-tro da Educação, Carlos Santana, defender anecessidade do MECajudar a Santa Casa, viaUniversidade. ***** A Assembléia Legislativa co-meçou a procurar uma ampla casa, às proximidadesdo Palácio da Cabanagem, para abrigar a Coordena-doria da Constituinte Estadual. Na sede, não há maisespaço. ***** O ágio chegou ao peixe. Nos mer-cados, o de primeira qualidade desapareceu.O gerente de um hotel de Belém teve que per-correr várias cidades das zonas do Salgado eBragantina a procura do produto. ***** O Ban-co do Estado pode receber a qualquer momento, o pri-meiro sinal de que a administração compartilhada como Banco Central está prestes a terminar. ***** A di-retoria do Banpará está negociando com o BCa indicação do nome de um funcionário paraa vaga que será aberta com a ida de Luís Ca-sali para a chefia do Departamento Regionaldo Banco Central, do qual é funcionário e em

nome de quem ocupava uma diretoria no Ban-co do Estado. ***** o processo autorizando a subs-tituição já está com o diretor Tupy Caldas, do BaneoCentral, que deve assiná-la hoje. ***** O presidentedo TJE já respondeu ao pedido de informaçõesdo Supremo Tribunal Federal, sobre o man-dado de segurança — que deverá entrar em

Sauta agora em março — contra a posse do

esembargador Ossiam Almeida. ***** Umgrupo de oito técnicos da FAO chega hoje a Belém, pa-ra iniciar, amanhã, na Sudam a discussão sobre o pro-jeto de zoneamento agroecológico da Amazônia. *****Manuel Ribeiro assume hoje, às 12 horas, a Se-cretaria de Transportes do Estado, resolven-do simultaneamente, um velho problemapolítico, que é o aproveitamento do primeirosuplente Mário Martins. Este deve ficar naCâmara, pelo menos até o fim do governo deHélio Gueiros. ***** Prevenido, Manuel trabalhou,na sexta-feira, para a liberação, por Brasília das quo-tas do Fundo Rodoviário Nacional que estavam reti-das. ***** O antigo diretor do extinto DER,Adelerme Cavalcante, foi nomeado, no final datarde de ontem, para o quadro de engenhei-ros da nova secretaria. ***** Fazendo Belém ocoronel Rodolfo Hyssa, baseado em Manaus como di-retor da região Norte da Transbrasil. ***** O trasla-do dos restos mortais do general MagalhãesBarata para o memorial construído em suahomenagem, pode ser adiado para que nãocoincida com a greve geral marcada para ospróximos dias 14 e 15. ***** O prefeito Sahid Xer-fan vai mandar preparar um novo estatuto para os ser-vidores municipais, em substituição ao que ontem foirejeitado pela Câmara. ***** Da elaboração do no-vo documento devem participar representan-tes cfds funcionários da PMB e da CâmaraMunicipal. ***** Jorge Colares, graças ao seu se-gundo internamento no SPA de Regina de Paula e WillyAndersen, no Mosqueirò, conseguiu ganhar da balan-ça. ***** Carrega 14 quilos a menos e já deu tra-balho a seu alfaiate para reajustar todo o seuguarda-roupa.

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4 CIDADbò O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

refeitura gastará 40% a maisna luta com o 'general

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inverno r^filiíWII^Tl"

A Prefeitura Municipal de Be-lém (PMB) deu início, ontem, à ope-

.ração "Força "Tarefa", que visa àequilibrar o sistema viário de Be- Jlém. Até o final de março, 500 ho- amens, divididos em 25 frentes detrabalho e utilizando 50 caçambas e350 toneladas de asfalto por dia,atuarão nas ruas da cidade, com oobjetivo de eliminar os buracos exis-tentes. O prefeito Sahid Xerfan visi-tou ontem, acompanhado pelossecretários municipais de Sanea-mento, Wady Homci, e de Obras,Maurício Almeida, algumas áreasde Belém onde a operação está emandamento.

Na avenida Almirante Barroso,em frente ao 2? Batalhão de Infan-taria de Selva (2? BIS), a Terraple-na asfaltou um "painel" X — buracoque, pelo tamanho, requer o asfalta-mento de todo o trecho — de apro-ximadamente 30 metros. De acordocom Maurício Almeida, nesses ca-sos a via tem que ser impedida pa-ra que seja efetuado o serviço. Outrafrente de trabalho, dessa vez da em-presa Estacon, atuava na avenidaTavares Bastos, às proximidades darua da Mata, no bairro da Ma-rambaia.

Maurício de Almeida explicouque, para a manutenção do sistemaviário, será feito um trabalho de re-corrência: 15 dias após o serviço efe-tuado, uma equipe voltará ao localpara verificar a situação do trechoe tapar os buracos que eventualmen-te tenham surgido.

Para Sahid Xerfan a Prefeituraestá lutando contra o general inver-no "e vai ganhar essa batalha". Deacordo com o prefeito, houve a ne-cessidade de um esforço concentra-do agora, o que só seria realizado noverão, em virtude de a atual admi-nistração ter recebido a cidade comseu sistema viário bastante compro-metido. Caso o serviço pudesse serefetuado no verão, o gasto com ma-terial seria 40% menor, "mas não hácondições de esperar", declarou oprefeito.

Para a operação "Força Tarefa",que a partir de abril entra em fasede manutenção, a Secretaria Muni-cipal de Obras (Semob) dividiu a ci-dade em quatro setores. O setor Iabrange os bairros da Cidade Velha,Campina, Batista Campos, Jurunas,Telégrafo e Umarizal; o setor II en-

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O mapa, dividido em quatro setoresmaterial

serão gastos 40% a mais, em

globa os bairros de Canudos, SãoBraz, Guamá e Cremação. Maram-baia, Nova Marambaia, Pedreira,Marco, Telégrafo, e Sacramenta fa-zem parte do setor III, enquanto doIV, chamado também de "isolado",por abranger os grandes corredoresde saída da cidade, constam as ave-nidas Augusto Montenegro, TavaresBastos e Almirante Barroso, rodoviaArthur Bernardes e rua da Mata,além do bairro do Benguí. O servi-ço está a cargo das empresas Esta-con, Eccir, Terraplena e Betubel.

MendaraNa última sexta-feira, Armindo

Dantas Botelho, residente na alame-da D do conjunto Mendara II, nobairro da Marambaia, esteve naPrefeitura solicitando ao prefeito Sa-hid Xerfan que visitasse o local pa-ra verificar a situação em que oconjunto se encontra. Ontem, acom-patinado pelos secretários WadyHomci e Maurício Almeida, o prefei-to atendeu ao pedido feito e esteveno conjunto Mendara II.

No local, o prefeito e o secreta-rio municipal de Saneamento veri-ficaram a situação. Ocorre que, acada vez que chove, algumas depen-dências da casa de Armindo Bote-

lho, em especial banheiro e umquarto, ficam alagadas. Há um anoe dois meses o problema vem se ve-rificando. No quintal da residência,a água, de acordo com Armindo Bo-telho, "jorra do cimento e do muro".

De acordo com o prefeito, o pro-blema da residência de Armindo Bo-telho é isolado, ocorrendo devido àsconstruções irregulares existentesao lado do imóvel. Wady Homci dis-se que uma equipe da SecretariaMunicipal de Saneamento (Sesan)irá ao local para solucionar o proble-ma. Ele explicou, ainda, que a áreaenfrenta problemas com o sistemade esgotos e, assim, terá que ser fei-to um serviço de drenagem. O con-junto Mendara II, conforme osecretário, teve sua situação agra-vada em função das invasões e ater-ro indevido da área.

As praças do conjunto, que osmoradores se queixavam de esta-rem servindo de local de reunião demarginais, ganharão um novo pro-jeto de arborização e iluminação.Além disso, serão intensificados osserviços de coleta de lixo e capina-ção. O prefeito, ao encerrar a visi-ta, recebeu flores dos moradores doconjunto Mendara II.

Tabu"Vamos quebrar um tabu de

longos anos: tapar os buracos du-rante o inverno , disse o prefeito arespeito da operação, que terminano dia 31 de março e pretende pelomenos minimizar a situação críti-ca em que se encontra o sistemaviário da cidade, segundo o secre-tário municipal de Obras, Maurí-cio Almeida. A operação custaráaos cofres municipais NCz$ 600mil.

As 25 frentes de trabalho rece-beram instruções técnicas sobrecomo atuar diante de cada tipo deburaco. Aqueles com 5 centímetrosde profundidade receberão asfaltolíquido e, por cima, uma camadade asfalto usinado. Nos buracoscom profundidade superior a 5 cen-tímetros será colocada uma cama-da de pedras, até o nível da rua, edepois asfalto liqüido e usinado.Todas as ruas que apresentaremos chamados 'painéis' serão raspa-das por um carro patrol, de formaa serem niveladas e asfaltadas.

Asfalto líquido e usinado para os buracos de até 5 centímetros Para os buracos maiores, primeiro o nivelamento com pedras

Linhares continuaráa pensão

o e Gemologia vaireparar doze geólogos

O Departamento Nacional de PesquisaMineral (DNPM) inicia, hoje, um curso deGemologia, ministrado pelo geólogo Tay-Ior Collyer. O curso atende a uma preocu-

/, í /Taylor Collier

pação da instituição com o comércio e des-vio do mineral, do qual o Brasil é o maior

§rodutor mundial e o Pará o principal pro-

utor brasileiro. "A falta de mão-de-obraespecializada em Gemologia é um dos fa-tores que contribuem para a saída irregu-lar das gemas de nosso Estado. O cursotambém visa preparar pessoal com fins demercado", afirmou Taylor Collyer. Em 40horas, 12 geólogos receberão aulas práti-cas e teóricas sobre o assunto, bem como arespeito de seu aspecto comercial, toman-do conhecimento assim do mercado inter-nacional, nacional e local de gemas.

Taylor Collyer disse que haverá aulaspráticas de microscopia, identificação depedras, imersão do mineral em liqüido eanálise de_propriedades óticas e técnicasde avaliação das gemas. Sobre esse últimoaspecto, o geólogo afirmou que a avaliaçãodas gemas obedece a critérios subjetivos,mas basicamente é feita conforme a cor,tamanho e lapidação da pedra. Oficial-mente, a avaliação é baseada nos boletinsdivulgados pelo Ministério de Minas eEnergia. Futuramente, o DNPM pretenderealizar outros cursos de Gemologia, aten-dendo assim à grande carência do Estado,atualmente, nessa área.

O Mazagão não fez a viagem e provocou o atraso de uma hora e as queixas dospassageiros

Muitas queixas por causado atraso do Catarapiquara

O atraso do navio "Ca.tarapiquara"provocou, ontem, reclamações de cente-nas de pessoas. O navio deveria sair ontemdo porto da Rodomar, localizado na rua Si-queira Mendes, no bairro da Cidade Velha,às 7h30. Desde 6 horas, entretanto, já ha-via pessoas esperando pela saída do barco,o que acabou ocorrendo somente às 8h30.Além das reclamações pelo atraso, algu-mas pessoas que permaneceram no portodenunciaram, também, que o barco saiucom lotação superior à permitida pela Ca-pitania dos Portos.

O gerente da Rodomar, Jayme de Oli-veira, explicou que o "Catarapiquara"saiu atrasado em virtude de um outro bar-co, o "Mazagão", que vem de Arapari pa-ra Belém, ter sofrido uma pane em uma desuas turbinas, na noite de domingo. Segun-do ele, a empresa atua apenas com duasembarcações e a pane no "Mazagão" aca-bou provocando a utilização do "Catarapi-quara" no transporte dos passageiros deArapari a Belém. O "Mazagão" deveriater saído de Arapari às 4hl5.

O "Catarapiquara" saiu do porto daRodomar, com destino a Arapari, às 6h30,segundo o gerente da empresa. A viagemdura de 40 a 50 minutos e, dependendo dasituação da maré, até uma hora. "O tempoque o barco levou para buscar os passagei-ros de Arapari provocou o atraso em seuhorário normal, ou seja, às 7h30, fazendocom que os passageiros só conseguissempartir uma hora depois", esclareceu Jay-me de Oliveira.

Quanto à denúncia de que o barco teria

O equipamento determinou o reduzido número de vagas, segundo o DNPM

O deputado estadual Agostinho Linhares ganhou, naJustiça, o direito de receber a pensão por aposentadoriado cargo de vereador que são pagas pelo Instituto de Pre-vidência Parlamentar do Município de Belém-IPPMB. Odeputado ingressou com um mandado de segurança con-tra o instituto, porque o Conselho Deliberativo do órgãoresolveu sustar o pagamento das pensões, alegando que opolítico vinha recebendo o salário como deputado e não ti-nha direito a pensão, destinada a políticos aposentados esem outro tipo de vencimento para subsistir.

O vereador alegou, na ação, que vinha recebendo apensão depois de ter pago por 10 anos, mais de 121 contri-buiçõesao Instituto. A supressão do benefício aconteceudepois que ele. já na condição de deputado, havia recebido13 pensões, relativas a junho de 87 a julho de 88. Em sen-tença prolatada no dia 3 de março a juíza da 15a Vara Cí-vel, Sidney Floracy, julgou que o político teve seu direitoferido e determinou o pagamento das pensões atrasadas,com a devida correção.

O Instituto alegou, nos autos, que a lei que regulamen-tou o pagamento das pensões foi alterado, vedando o pa-gamento de pensão a vereadores que, mesmo aposenta-dos, estivessem exercendo outro cargo parlamentar, co-mo no caso de Linhares. Mas a magistrada considerouque o deputado satisfez as exigências legais para pleitearo benefício, e mesmo a alteração da lei não garantia a su-pressão de um direito anteriormente garantido.

LBA e OAB poderãoiniciar ação conjunta

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil —OAB/PA, Milton Nobre, participou ontem de uma reuniãocom a Superintendente da LBA/PA, Dyrcélia Koury Palmei-ra, com o objetivo de tornar possível uma ação conjunta den-tro do Programa de Assistência Judiciária desenvolvidopela LBA desde 1987. A participação da OAB será no trei-namento de pessoal através da Escola Superior de Advo-cacia e na própria execução do programa.

A Assistência Judiciária desenvolvida pela LBA, temcomo objetivo oferecer patrocínio às pessoas que necessi-tam recorrer à Justiça para fazer valer os seus direitos eque não tenham condições de arcar com custos e pagamen-tos de serviços profissionais de advogados.

Esteve presente à reunião o procurador chefe daLBA/PA, Carlos Abnader, que informou que desde o iníciodo programa a Legião já atendeu 7.552 casos, dos quais 50%são de ações de pensão alimentícia, 35% de ações de divór-cio e separação judicial e 15% de outras ações. Estes aten-dimentos são feitos nos centros sociais da LBA nos bairrosdo Guamá, Telégrafo e Marco, na Coordenadoria de Desen-volvimento Social da LBA/PA, Creche Casulo Dr. CarlosCosta, além de casos encaminhados pela Defensoria Públi-ca, Delegacia da Mulher e Fundação Papa João XXIII.

Para desenvolver esta atividade a LBA/PA possui con-vênio com a Secretaria de Justiça do Estado do Pará, Fun-dação Papa João XXII, Cartório Vale Chermont e CartórioRegina Coeli.

,saído com a lotação superior à sua capaci-dade, o gerente informou que "não há coij-dições de o fato ter ocorrido", visto que|o"Catarapiquara" pode transportar 1.1Q0passageiros a cada viagem. "Nem o 'M^-zagão , que tem capacidade para 590 pes-soas, sairia superlotado". A empresa, deacordo com Jayme de Oliveira, sempremantém um barco de reserva no porto, "afim de evitar qualquer problema desuperlotação".

II

Jayme de Oliveira

Agricultura alternativadebate terra, vida e lutaDiscutir as propostas

que serão levadas para oIV Encontro Brasileiro deAgricultura Alternativa(Ebba), de 9 a 24 de março,em Porto Alegre, tendo co-mo tema central 'Terra,Vida e Luta', é o objetivo doseminário que será inicia-do hoje, em Belém. O en-contro começa às 19 horasno auditório do InstitutoBrasileiro de Desenvolvi-mento Florestal, na aveni-da Conselheiro Furtado, edeverá reunir cerca de 200pessoas.

O encontro é aberto àparticipação do público. OEbba é considerado amaior reunião de intercâm-bio da área de agricultura,congregando estudantes,•profissionais, pesquisado-res e trabalhadores rurais.De Belém, seguirá uma co-mitiva de 40 pessoas, comas propostas aprovadas du-rante a reuniãopreparatória.

A palestra 'Perspecti-vas da Agricultura Alter-nativa' iniciará a progra-mação, que se encerra nodia 10. Os expositores serãoo professor Paulo Martins,do Departamento de Solosda Faculdade de CiênciasAgrárias do Pará, partici-pante do projeto de produ-ção de alimentos com usode tração e resíduos orgâ-nicos, desenvolvido emSanto Antônio do Tauá comfinanciamento da Funda-ção Banco do Brasil, e opesquisador Jean Hebette,do Núcleo de Altos EstudosAmazônicos, que estuda oproblema do campesinato ecoordena o Centro Agronô-mico do Tocantins.

ProgramaO evento foi organiza-

do pelo Centro Acadêmicode Agronomia e pela Co-missão Pró-Ebba, queagrega professores, estu-dantes e profissionais daárea. Amanhã, o debate se-rá sobre 'A crise do modelode desenvolvimento e a tec-nologia', discutindo as ori-gens da questão, os impac-tos sociais e ambientais eas alternativas cabíveis.Os palestrantes serão o ex--vereador Humberto Cunha,agrônomo, que fará umaanálise política do assunto,e o professor Antônio Cor-deiro, do DepartamentoSócio-Econômico, queapresentará um diagnósti-co sócio-econômico-cultural dos pequenosprodutores.'Organização Social eAgricultura Alternativa' éo tema da discussão do dia9, englobando a questão in-dígena, sindical, ecológicae de propriedade da terra.Um representante do De-partamento de Antropolo-gia do Museu ParaenseEmílio Goeldi abordará aquestão indígena. O depu-tado estadual EdmilsonRodrigues e o suplente de

deputado Raimundo Cor-rêa, do PT, falarão sobre aquestão sindical e o pesqui-sador Raul Navegantestratará da questão ecológi-ca e da terra.

No último dia, o temaserá 'Tecnologia e recursosnaturais', englobando ocontexto internacional, mo-delos de desenvolvimento,importância política, eco-nômica e social destes re-cursos e lutas conservacio-nistas. Os debatedores se-rão um pesquisador doIdesp, o engenheiro flores-tal Edyr Queiroz, do De-partamento Sócio-Econômico da Fcap, e omédico Camilo Vianna,presidente da Sociedade deProteção aosi Recursos Na-turais da Amazônia(Sopren).

AlternativasO professor Antônio

Cardoso, da Fcap, coorde-nador do projeto 'Tecnolo-gias alternativas para aprodução da Amazônia',iniciado em outubro de1987, e os estudantes Fran-cisco Almeida e GilbertoSilva, do Centro Acadêmi-co de Agronomia, dizemque o encontro vai proporalternativas ao pequenoprodutor e questionar aagricultura moderna, queusa intensivamente os qui-micos, ao lado da agricul-tura natural.

Na avaliação do pro-fessor, a situação dos pe-quenos agricultores naAmazônia é de desamparo.De acordo com ele, os pe-quenos produtores estão vi-vendo, hoje, uma espéciede "escravidão branca",trabalhando sem qualquerapoio das instituições pú-blicas e sendo esmagadospelos atravessadores, queficam com os lucros daprodução.

Embora admita que asinstituições oficiais reali-zam programas voltadosao pequeno trabalhador,Antônio Cardoso afirmaque estes projetos são iso-lados e não conseguemcombater os problemasque os pequenos agriculto-res enfrentam. Para rever-ter este quadro, disse ele,seria necessário organizarum programa de âmbitoestadual; coordenando asatividades

Burocracia atrapalha. O pequeno agricultor

precisa- de infra-estrutura,assistência técnica,, locplpara armazenar e comer-cializar a produção, afir-mou o professor. SegundoAntônio Cardoso, algumasexperiências comprovamque, com apoio, a produçãodos pequenos agricultorascresce. Ele citou comoexemplo a Feira do Produ-tor, existente em Castanhjale Altamira, que serve de ip-centivo à produção.

Antônio Cardoso crifi-cou a burocracia do Estadona liberação de recursbsdestinados a projetos altqr-nativos. O projeto coorde-.nado por ele, por exemplo,está dependendo da libera-ção de verbas aprovadaspela Superintendência Üo -Desenvolvimento da Ama-zônia (Sudam), que espe-ram a aprovação do Cqn-gresso Nacional. Segundo oprofessor, esta burocraciaé "absurda", pois atrapa-lha o andamento das piçs-quisas e dificulta aindamais a descoberta de altçr-nativas agrícolas, assur|topouco estudado no país. ',

Uma das propbstas qüeos estudantes de Agroijo-mia têm discutido é a cria-ção de estágio de campo,onde os alunos deixariamas salas de aula para apli-car a teoria. Antônio C$r-doso disse que, na Fcapj olocal onde é desenvolvidp oprojeto de alternativas pa-ra o pequeno produtor —-uma área de 42 hectares,em Santa Izabel —, podefiaser utilizado para estágio.

AlternativasO projeto desenvolve

um sistema integrado ideprodução, onde a plantaçlãode alimentos destinados àsubsistência convive com acriação de animais e; aplantação de produtos agrí-colas voltados à indústria,sem destruir a floresta, fee-gundo o professor, estemesmo sistema integrado éutilizado pelos pequemosagricultores, só que sçmsistematização. No projeto,há, inclusive, um protót pode casa de taipa, destina daaos produtores agrícolas,que pode ser construídí, abaixo custo, concorrei dopara que os agricultores sefixem no interior.

Sm • X.J*' WÊ CA -íâ*»** z**mW* &____Cardoso: questionar a agricultura moderna

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Belém, terça-feira, 07 de março de 1989 O LIBERAL CIDADES 5

Gueiros não reajusta tarifas de ônibus

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0 atendimento pode entrar em regime de sobrecarga para médicos e enfermeiros da Santa Casa.

Estagiários podem decidir 5.afeira a tomada da Reitoria

O movimento nas poucas en-fermarias em funcionamento naSanta Casa de Misericórdia foi deaparente tranqüilidade durante odia de ontem, o terceiro da parali-sação dos estagiários e residentesdo curso de Medicina da Universi-dade Federal do Pará (UFPa), co-mo protesto pelo corte dos recur-sos destinados à instituição de saú-de e por melhores condições de en-sino. A paralisação foi decidida naúltima sexta-feira, em assembléiageral dos estudantes, e deve conti-nuar até que o Ministério da Edu-cação (MEC) tenha uma respostadefinitiva sobre o assunto.

Há dois meses a Santa Casa es-tá atendendo à comunidade comapenas 20% de sua atividade nor-mal, em decorrência da falta de re-cursos financeiros para sua manu-tenção. Um desses recursos é man-tido pelo Sistema Unificado e Des-centralizado de Saúde (SUDS) e aUFPa, cujo repasse não tem sidofeito em sua totalidade. O convênioUFPa/SUDS é o que mantém oHospital-Escola, onde 104 estudan-tes do 6o ano do curso de Medicinaestagiam, além de servir como re-sidência médica a 26 alunos de pós-graduação.

Com o corte de 50% no orça-mento das universidades federais,realizado pelo governo federalatravés do Plano Verão, a UFPadeixou de repassar recursos da or-dem de 30%, relativos ao convênio,gerando reclamações por partedos estagiários e residentes daSanta Casa. O fato fez com que osestudantes realizassem uma pas-seata na quinta-feira passada, comdestino ao prédio da Reitoria, nocampus universitário, para reivin-dicar a obrigatoriedade do repassedos recursos pela administraçãoda UFPa.

Na ocasião, o reitor em exerci-cio, Raimundo Netuno, disse aosacadêmicos que a Universidadenão poderia repassar os recursos,pois a decisão do governo federalde cortar 50% impede qualquer de-cisão da Reitoria. Durante o encon-tro, ficou decidido que seria forma-da uma comissão para reestudaras necessidades da Santa Casa eelaborar um documento de reivin-dicações, a ser levado ao MEC. Nasexta-feira, os estudantes volta-ram a se reunir em assembléia ge-ral e decidiram paralisar suas ati-vidades até que o documento fosseelaborado e a comissão voltasse deBrasília com uma solução definiu-va. Em seguida, os estudantes pro-curaram o vice-reitor, Almir Mor-rison, que estava de férias e assu-miu a administração da UFPa, in-tegrando a comissão responsávelpelo documento.

População prejudicadaO estagiário Celso Lopes infor-

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Na assembléia de ontem, uma análise dn movimento.mou que a Santa Casa de Miseri-córdia atende, por ano, à cerca de16 mil pacientes internados e, a ní-vei ambulatorial, a cem mil pes-soas. Com a paralisação dos estu-dantes, segundo ele, o número ten-de a cair, já que as enfermarias es-tarão com um quadro inferior parao atendimento. "Cada enfermariamantém quatro estagiários e doisresidentes", disse ele. Sem os estu-dantes, os funcionários da SantaCasa "ficarão sobrecarregados e,conseqüentemente, diminuirá onúmero de atendimentos".

Celso Lopes acrescentou, ain'-da, que a maior prejudicada na pa-ralisação é a população carente,que é atendida pelos estudantessem restrições. "As perdas serãona Clínica Médica, GinecologiaObstetrícia, Cirurgia e Pediatria",explicou o estagiário. Ele aprovei-tou, também, para esclarecer quenão se trata de uma greve de estu-dantes, mas "de uma paralisaçãopor falta de recursos financeiros".

SobrecargaOs funcionários da Santa Casa,

principalmente os que trabalhamnas enfermarias, estão preocupa-dos com a continuidade da parali-sação dos estudantes, visto que omovimento pode ocasionar umasobrecarga para eles e problemasno atendimento médico. A enfer-meira Maria Costa e Silva, que tra-balha há 18 anos na Santa Casa,disse que ainda não encontrou difi-culdades, pois o movimento nas en-fermarias está normal. Segundoela, entretanto, há dias em que asenfermarias ficam lotadas de pa-cientes e o movimento só se ameni-za com a ajuda dos estudantes."Na verdade, a presença deles éindispensável para os serviços daSanta Casa", salientou ela.

O coordenador de Cardiologia,Antônio Carlos Castelo Branco, ga-rantiu, contudo, que o corpo técni-co da Santa Casa é suficiente parao atendimento da população, mes-mo com a paralisação dos estudan-tes. Sua maior preocupação é emrelação aos problemas da Educa-ção, "que podem trazer sérias con-

seqüências profissionais aos alu-nos, no futuro". "O Estado precisasolucionar os problemas de ensinoe dar melhores condições parauma boa formação profissional",ressaltou o médico.

AudiênciaEm assembléia geral perma-

nente, os estagiários e residentesvoltaram a se reunir, ontem, no au-ditório da Faculdade de Medicina,na avenida Generalíssimo Deodo-ro, para avaliar os primeiros diasde paralisação. Os discursos profe-ridos por estudantes e funcionáriosda Santa Casa foram favoráveis àcontinuação do movimento até quea comissão volte de Brasília.

Ao final da assembléia, os es-tudantes receberam a noticia deque a administração da UFPa de-verá, dentro de seu "Plano Imedia-to", ceder recursos no valor deNCz$ 78 mil, quando arcará comtodas as despesas relativas à ali-mentação e medicamentos para amanutenção de cem leitos. Isso,porém, ocorrerá somente estemês. Hoje, uma nova assembléiaserá realizada às 9 horas, no audi-tório da Faculdade de Medicina,com o objetivo de aprovar o docu-mento final a ser enviado pela co-missão a Brasília. A tarde, os estu-dantes irão à Assembléia Legisla-tiva pedir apoio dos deputados es-taduais e enviarão telex aos depu-tados federais.

A comissão encarregada deelaborar o documento final estaráse encontrando, amanhã, com oministro da Educação, CarlosSanfAnna, para definir a situação.A comissão é composta pela pro-fessora Waldenice Ohana, coorde-nadora geral da Residência Medi-ca; leda Oliveira, chefe do Depar-tamento de Pediatria; doutorandoJoão Pinto (representando os estu-dantes); e o reitor em exercício,Almir Morrison. Caso a comissãovolte com uma resposta negativado MEC, os estudantes estão dis-postos a tomar uma decisão maisradical, na assembléia geral dequinta-feira: a tomada daReitoria.

Servidores só grevam no dia 14A greve dos funcionários das

universidades federais do país,marcada para amanhã, que conta-ria com participação dos servido-res da Universidade Federal doPará (UFPa), foi revogada duran-te a reunião do Conselho de Repre-sentantes da Federação dos Servi-dpres das Universidades Brasilei-ras (Fasubra), ocorrida no últimosábado, no Rio de Janeiro. Na reu-nião ficou definida a participaçãodos servidores na greve decretadapela Central Ünica dos Trabalha-dores (CUT) e Confederação Geraldos Trabalhadores (CGT) para ospróximos dias 14 e 15. A informa-ção foi dada, na manhã de ontem,pelo diretor da Associação dosFuncionários da Universidade Fe-deral do Pará (Asufpa), AladirSousa, que esteve presente à reu-nião no Rio de Janeiro.

Durante o encontro, represen-tantes das associações presentes

apresentaram suas avaliações so-bre a mobilização da categoria. Aofinal, 15 representantes votaram afavor da participação na greve ge-ral e oito a favor da greve da cate-goria. A maioria dos representan-tes disse que a mobilização da ca-tegoria está "fraca" e que não ha-via condições para garantir umagreve. A vice-presidente Norte daFasubra, Bernadete Menezes, po-rém, acredita existirem argumen-tos para levar à greve não só osservidores mas toda a comunidadeuniversitária.

Bernadete Menezes disse que,com os cortes no orçamento dasuniversidades, diversas atividades"ficarão abaladas", como a produ-ção de vacinas, funcionamento dosrestaurantes e serviço de proces-samento de dados, além dos 25 hos-pitais universitários de todo o país.Ela acrescentou, ainda, que com anão contratação de pessoal para as

universidades as empresas priva-das entram como prestadoras deserviço e "aí tem início o processode privatização destasinstituições".

No próximo dia 13, a diretoriada Fasubra deverá marcar umaaudiência com o ministro CarlosSantana para discutir a crise dasuniversidades devido ao corte nosorçamentos e suas conseqüências,disse Aladir Sousa. Um dia após agreve geral os servidores realiza-rão assembléias nos Estados, paraavaliar o desempenho da categoriana manifestação. Dependendo des-sa discussão, os servidores pode-rão prosseguir a greve. Antes dagreve geral decretada pelas cen-trais sindicais, a diretoria da Asuf-§a

terá uma audiência com o reitora UPFa, José Seixas Lourenço,

para levar a proposta da entidadeem relação à greve e discutir seuposicionamento.

Inscrições para a meia-passagemA direção de Núcleo Pedagógico

Integrado de 1» Grau da UFPa comu-nica aos estudantes usuários de meia-passagem nos ônibus que a inscriçãoao programa será realizado somenteno dia 16 deste mês, no horário das 08às 12 é das 14 às 17 horas, na secreta-ria doNPI, mediante apresentação deuma fotografia em tamanho 3x4.

Embora marcados oficialmentepara iniciar na próxima quarta-feira,aia 08, as aulas no curso de História da

UFPa será iniciado somente nasegunda-feira, dia 13. O motivo doadiamento é ausência de Belém degrande parte dos professores daquelecurso, ainda participando das ativida-des docentes do Projeto de Interioriza-ção nos municípios de Castanhal,Bragança, Cametá, Abaetetuba, San-tarem, Soure, Marabá e Altamira.

Nos demais cursos da UFPa as au-Ias começarão mesmo na quarta-feira,dia 08.

O Centro Acadêmico de Engenha-ria Mecânica da UFPa realiza no diade hoje uma assembléia geral extraor-dinária para discutir vários problemasdo curso, principalmente os relativosá matrícula, paralisada pelos alunosem protesto contra a falta de docentespara algumas disciplinas.

Na pauta da assembléia constauma ampla discussão sobre a parali-sação da matrícula.

O governador Hélio Gueiros afirmouontem que se depender somente dele, nãohaverá reajuste das tarifas de ônibus quetrafegam na área metropolitana. O gover-nador disse que não vai contrariar as re-gras do Plano Verão, e se os preços estãocongelados, não pode reajustar tarifas pú-blicas. O governo do Estado ainda não temuma avaliação financeira sobre os efeitosdo choque econômico sobre o Estado doPará, mas Gueiros admite que em virtudedas regras financeiras favorecerem asaplicações no mercado ao invés do consu-mo, as vendas podem ter caído, e conse-qüentemente, a arrecadação de ICM.

Mas para o governador, o plano, seconseguiu estabilizar os preços, teve avantagem da aliviar o povo brasileiro, quevivia um período de insegurança por causados aumentos diários. Gueiros disse acre-ditar que a cobrança do ICMS, iniciada apartir de Io de março, vai ajudar a recom-por as finanças do Estado. Ainda assim, osefeitos do novo imposto ainda devem de-morar a aparecer, e desta forma, o gover-nador mantém-se reticente em falar sobrereajuste do funcionalismo. O governadoralega não ter nenhuma definição sobre oassunto.

Vale-transporteO governador Hélio Gueiros anunciou

ontem uma substancial alteração na dis-tribuição dos tiquetes de vale-transporte,que passarão a ser entregues ao funciona-lismo público juntamente com o contra-

cheque. Esta decisão foi tomada por eledepois de ouvir várias queixas sobre a ir-regularidade na distribuição dos tiquetes.

O governador disse ter mandado ave-riguar a origem do atraso do repasse dosvales aos servidores, obtendo a garantiade que o problema não está na Secretariada Fazenda. Ontem, ele faria uma avèri-guação no âmbito da Empresa Metropoli-tana de Transportes Urbanos-EMTU.Gueiros disse que o atraso não tem razãode ser, já que o governo vem fazendo o pa-gamento de sua parcela nos diasmarcados.

O governador foi lacônico ao falar so-bre política, ontem. Ele disse que o jantarcom os deputados estaduais foi "normal"e evitou comentários sobre a reunião dabancada paraense em Brasília, com o mi-nistro Jader Barbalho. O governador nãoquer falar na possibilidade de racha noPMDB do Pará, e afirma que somente de-cidiu conduzir o partido, para evitar as in-definições que ele sentiu, durante os quasedois primeiros anos de seu governo.No dia 15 de março, quando completadois anos de mandato, Guejros fará umagrande programação, que inicia com ainauguração do memorial de MagalhãesBarata, em São Brás. e prossegue com ainauguração da 2" etapa do sistema deágua da Pedreira, que vai beneficiar maisde 200 mil pessoas. Serão inauguradostambém dois complexos comunitários eesportivos na Cidade Nova e um novo equi-pamento na Imprensa Oficial do Estado.

Licitação: suspeita de fraudeForam anuladas, ontem, por determina-

ção do governador Hélio Gueiros, duas liei-tações realizadas no dia 12 de dezembro doano passado e colocadas sob suspeita defraude. Ele acolheu o parecer do engenhei-ro Antônio Eugênio Pereira Lobo, assessorespecial a quem foi solicitada a análise derelatório encaminhado pelo assessor Bene-dito Monteiro Filho sobre a abertura dacarta-convite n? 071/88, da Secretaria de Es-tado de Saúde Pública, destinada à aquisi-ção de material de embalagem para oestoque do almoxarifado central da Sespa.

Em seu despacho, o governador, depoisde aprovar o parecer, diz textualmente: "Porele se vê como não é fácil apurar responsa-bilidades em alguma coisa na administra-ção pública porque os denunciantes, na horaem que o governo toma providências, dão odito por não dito e tudo corre o risco de fi-car como dantes no quartel de Abranches.Em todo caso, como diz o apóstolo São Pau-lo, deve-se evitar não só o mal como a apa-rência do mal. E como nessas duaslicitações houve suspeita de existência defraude, anulem-se.".

Segundo o parecer do engenheiro, no atode abertura das propostas os envelopes dasquatro proponentes (as gráficas Santo An-tônio e Sagrada Família, a Livraria Globoe a Racional Equipamentos de EscritórioLtda) os envelopes foram entregues ao pre-sidente da comissão de licitação, HenriqueLemos da Silva, ocasião em que foi obser-vado, pelo assessor, com "estranheza", queos envelopes lacrados "eram velhos e iguaise, na frente de cada um, em vez de impres-so o nome e endereço das firmas, havia o ca-

beçalho de ofício colado".O presidente da comissão disse, então,

ao assessor, que já estavam acostumados areceber as propostas daquela forma. Em fa-ce do exposto — o assessor continuou a sus-peitar, por se tratar de firmas habituadasa participar de licitações, sem nunca faltarcom material adequado à apresentação daspropostas — o autor do parecer fez contatotelefônico com a gráfica Sagrada Famíliae com a Racional, inteirando-se de que asmesmas não haviam sido convidadas nemcompareceram à licitação.

O engenheiro .dirigiu-se formalmente,então, a todas as firmas: em resposta, pa-ra sua surpresa, até mesmo as firmas con-sultadas por telefone (e que haviam negadosua participação) responderam positiva-mente. Mesmo sem poder configurar as sus-peitas de fraude, o autor do parecer solicitouà diretora da Divisão de Material da Sespa,Aristoléa da Silva Lima, que lhe fossem re-metidos, além dessse processo, o de n?072/88, "licitado no mesmo dia e ganho porfirma do mesmo grupo dirigente".

"Os processos", diz ainda o assessor, "aochegarem a esta assessoria, já sem os en-velopes questionados, estavam com o pedi-do da referida diretora, ao diretor doDepartamento de Administração, para anu-lação de ambos, baseado no artigo 29, inci-so II, da lei 5.416, 'em virtude dos preçosapresentados pelos licitantes estarem exces-sivamente altos em comparação aos preçoscorrentes no mercado'. Não houve, no bojodo processo, manifestação do diretor do D.A., nem do Exm? Sr. Secretário da Sespa".

Jordy diz que havia umdesconhecido na passeata

O vereador Arnaldo Jordy foi deporontem na Divisão do Ordem Política e Ad-ministrativa (DOPS), no inquérito policialque apura a responsabilidade do quebra-quebra ocorrido no dia 10 de novembropassado, no Palácio Lauro Sodré. O verea-dor fez parte da comissão que nesse dia foià sede do Executivo Estadual para reivin-dicar melhorias e protestar contra a mortede uma estudante e o espancamento dealunos do Colégio Lauro Sodré, que se ma-nifestavam contra a falta de segurança notrânsito.

Arnaldo Jordy chegou à DOPS na horamarcada e falou com o presidente do in-quérito. delegado Paulo Tamer, sem a pre-sença de advogado. De paletó e gravata eportando o bottom do Partido ComunistaBrasileiro (PCB), ele prestou o depoimen-to, que durou cerca de 40 minutos. Nele, overeador disse ter participado da passeatacomo uma espécie de intermediário, paraauxiliar que os estudantes fossem recebi-dos pelo representante do governador. Ar-naldo Jordy contou que havia um clima decomoção na passeata, que aumentou quan-

do os manifestantes avistaram o cordão deisolamento diante do Palácio.

Embora não possa identificar de quempartiram as pedras atiradas contra o Pala-cio, o vereador contou ter visto, no mo-mento em que os manifestantes ultrapas-savam o cordão de isolamento, um homemde blusa amarela, portando um pedaço demadeira. Arnaldo Jordy disse ter agarra-do o sujeito e o levado à comissão organi-zadora da manifestação, mas ninguém oconhecia. Ele foi advertido, então, paraque não tumultuasse ou seria entregue àPolícia."Não posso dizer que ele era uma pes-soa infiltrada pela direita, mas com todacerteza ele não fazia parte da passeata,porque não foi reconhecido por ninguém",assegurou o vereador, à saída do depoi-mento. Arnaldo Jordy, o quinto depoentena investigação, não acredita que as de-predações tenham partido dos organizado-res do protesto. Três pessoas já foram in-diciadas no inquérito: os estudantes Stefa--ni Monteiro e Leila Márcia Santos e o pro-fessor Luís Araújo.

Projetos de interesse comumreúnem CVRD e UFPa

A Universidade Federal do Pará e aCompanhia Vale do Rio Doce estão inician-do esta semana, a execução de três proje-tos de interesse comum nas áreas científica,cultural e educacional. Os três projetos vãomobilizar, ao todo, recursos da ordem deNCz$ 445.751,00, dos quais NCz$ 271.763,00 acargo da UFPa e os restantes NCz$173.988,00 a serem repassados a fundo per-dido pela CVRD. Eles prevêem a consolida-ção da infra-estrutura do campusuniversitário de Marabá, a montagem deum chalé de ferro na Universidade e o estu-do do controle da distribuição de titânio nodepósito de Maraconaí, em território pa-raense.

A execução desses três projetos virá de-tonar, na prática, a implementação do "con-vênio guarda-chuva", assinado em setembrodo ano passado pela Companhia Vale do RioDoce e Universidade Federal do Pará. Es-se convênio, assinado também pela CVRDcom as Universidades dos três outros Esta-dos onde ela atua — Minas Gerais, EspíritoSanto e Maranhão —, tem como objetivo pro-piciar o desenvolvimento conjunto de ativi-dades técnicas, científicas, culturais eeducacionais. Com validade por cinco anos,ele visa, especificamente no caso do Pará,ao desenvolvimento de programas prioritá-rios de interesse comum da CVRD e UFPana Região Amazônica.

Os projetos

Para dar início à implementação doconvênio "guarda-chuva", a UFPa encami-

nhou à Companhia Vale do Rio Doce, em ja-neiro deste ano, um total de 13 projetos,ficando a CVRD de encaminhar à Univer-sidade os projetos de seu interesse até o fi-nal deste mês. Reunidos no dia 24 defevereiro, no Rio de Janeiro, o superinten-dente de comunicação empresarial da Va-le do Rio Doce, João Manoel de CarvalhoNeto, o reitor da UFPa, José Seixas Louren-ço, e o atual pró-reitor de extensão, NilsonOliveira — que no início de julho assumiráa Reitoria da Universidade — definiram co-mo prioritários para execução imediata osprojetos do chalé de ferro, de consolidaçãodo campus universitário de Marabá e da dis-tribuição do titânio de Maraconaí. Para dis-cutir e acertar os detalhes finais daoperacionalização desses programas, esti-veram reunidos no final da semana passa-da, na Universidade Federal do Pará, opró-reitor Nilson Oliveira, o assistente de co-municação empresarial da Vale, MarboGiannaccini, vindo do Rio de Janeiro, e o ge-rente de comunicação empresarial da Com-panhia em Belém, David Leal.

Orçada, a preços de hoje, em NCz|188.647,00 e execução prevista em cinco me-ses, o projeto de montagem do chalé de fer-ro, conforme ressaltou Marbo Giannaccini,se reveste de grande importância para aárea acadêmica e para os próprios profis-sionais paraenses da área de arquitetura."Ele vai permitir a recomposição de umprédio de grande valor histórico, exemplarraro no Pará, da fase da arquitetura de fer-ro do século 19 ele que é um bem culturaljá tombado pelo Patrimônio Histórico domunicípio", acrescentou.

Pladesfaz semanade debatesPara melhor adaptar

os 12 novos estudantes docurso internacional demestrado em Planejamen-to do Desenvolvimento(Plades) do Núcleo de Al-tos Estudos Amazônicos(NAEA), a coordenação doPlades está promovendouma semana de debates so-bre diversos temas. Oevento foi aberto ontem e aprogramação contou comuma mesa redonda sobre"Problemas da Amazônia— busca de uma agendapara pesquisa, ensino eação interdisciplinar pósCarta da Amazônia e pós. morte de Chico Mendes . Amesa redonda foi coorde-nada pelo diretor do Centrode Filosofia e Ciências Hu-manas e os debatedores fo-ram os professores ElmarAltvater e Elaine Elisa-betski e o jornalista LúcioFlávio Pinto.

A farmacóloga ElaineElisabetski disse que aspesquisas na região devemser ampliadas, no sentidode estudar e aproveitar osconhecimentos indígenassobre as ervas medicinais.O professor Elmar Altva-ter destacou os aspectosque envolvem a propostade internacionalização daAmazônia, como a sobera-nia do país. Lúcio FlávioPinto abordou a questão daconceituação de expansãocapitalista. Para ele, é pre-ciso rever o conteúdo desteconceito, "pois a práticatem demonstrado que ateoria não tem grandeconsistência".

O coordenador do Pia-des, Samuel Sá, disse que oevento tem o objetivo depreparar os novos alunos —11 brasileiros e um colom-biano. Hoje, com o mesmotema, mas sob a coordena-ção do médico e ecologistaCamilo Vianna e com os de-batedores Inocêncio Gora-yeb, do Museu ParaenseEmílio Goeldi (MPEG);Heraldo Maués, coordena-dor do NAEA; e o sindica-lista da Federação dos Tra-balhadores na Agricultura,Almir Barros, a semana te-rá prosseguimento. Tam-bém hoje será inauguradaUma exposição de fotogra-fias e pinturas, associadasà pesquisa.

Ano letivocomeça com

séria criseCom o início do período

letivo marcado para ama-nhã, a Universidade Fede-ral do Pará (UFPa) en-frenta uma grave crise fi-nanceira. Houve cortes noorçamento das universida-des federais da ordem decerca de 60%. Para a pro-reitora de Ensino, Gradua-ção e Administração Aca-dêmica (Proeg), Ruth Bur-lamaqui, "o corte é subs-tancial. Será um ano difícilpara todas asuniversidades".

Ruth Burlamaqui disseque a Proeg está fazendoum levantamento para es-tabelecer prioridades, afim de não falte materialdidático durante o períodoletivo. "Não sei se esta cri-se é a pior da universidade,mas com certeza ela é mui-to séria e envolve toda umaquestão nacional" salien-tou a pro-reitora. Ela disseque há duas semanas hou-ve uma reunião do Conse-lho de Reitores das Univer-sidades Brasileiras(CRUBs), no Paraná, ondefoi aprovado um documen-to mostrando ao governofederal as dificuldades queas universidades apresen-tam devido aos cortes emseus orçamentos e levandopropostas, visando mino-rar o problema.

Sobre o alto índice deabandono de cursos exis-tehte na UFPa, Ruth Bur-lamaqui disse que já existeuma equipe da Proeg fa-zendo um levantamento pa-ra identificar os motivosque provocam essa evasãonó 3o grau. A equipe pre-tende, por exemplo, saberporque um aluno matricu-lado na UFPa em 1971 ain-da não concluiu o curso. Olevantamento ainda nãoterminou, pois o grande nú-mero de cursos existentes— em torno de 40 — dificul-ta o trabalho, disse a pro-reitora.

A falta de vagas em di-versas disciplinas ofereci-das aos estudantes, princi-palmente aos calouros, éum problema, segundoRuth Burlamarqui, quesempre ocorre "mas esteano aumentou . A soluçãoserá O remanejamento dealgumas vagas não preen-chidas durante o período dematrícula. A pro-reitoradisse que o fato está preju-dicando, em especial, os es-tudantes da área de Ciên-cias da Saúde

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6 OPINIÃO O LIBERAL Belém, terça-feira, 07 de março de 1989

indignação de Manhuaçué a mesma de todo o país

A ânsia de moralizaçãoque inundou o país de ponta aponta, assim que os novos pre-feitos assumiram seus cargos,em l?de janeiro deste ano, tam-bém chegou as Câmaras Muni-cipais. De Belém do Pará àManhuaçu mineira, do Rio deJaneiro luminescente das mor-domias do Poder Legislativomunicipal aos mais desconhe-cidos municípios do interior daBahia, ainda se processamajustamentos, auditorias, de-vassas nas administrações pas-sadas, tudo isso para descobririrregularidades praticadas porvereadores e para evitar que oserros se repitam.

É, sem dúvida alguma, sa-lutar a disposição dos novos ve-readores, em levantar o véuque cobria ignomínias pratica-das às custas — e às escondidas— dos contribuintes e adotarprovidências concretas paradotar o Poder Legislativo decondições efetivamente propí-cias ao desempenho das suasatribuições. E mais do que is-so, é significativa a atitude daprópria população, que já che-gou — como aconteceu na pe-quena Munhuaçu de pacatosmineiros — a cercar o prédioonde funciona a Câmara de Ve-readores, para forçar os parla-mentares a revogar aumentoque eles mesmos se concede-ram, com o voto contra de ape-nas um edil.

Isso é o que se pode cha-mar de auditoria popular, imerdiatamente sentida nos seusefeitos, concretizada na mani-festação indignada do contri-buinte que não mais suportaser espezinhado por interessesinconfessáveis absolutamentedestituídos de qualquer senti-do ético, de qualquer carátercoletivo capaz de trazer bene-fícios à coletividade.

Quando a população passado berro à quase coação física,do protesto verbal às ameaçaspouco veladas àqueles que fo-ram conduzidos ao Parlamen-to através do voto popular, ésinal de que o Poder Legislati-vo, revitalizado após a promul-gação da Constituição Federalde outubro do ano passado, porincrível que pareça ainda temuma importância fundamentalpara a manutenção do regime

Nomes & FatosLeilão — Acontecerá no dia 11

de março às 20 horas, na sala de em-barque remoto internacional do Aero-porto Internacional de Confins, o lfileilão de animal de raça em aeropor-to — primeiro do mundo.

Com a promoção da AmericanExpress, a realização da Três Barrase o apoio da ABCCMM — AssociaçãoBrasileira dos Criadores de CavalosMangalarga Marchador e da Infrae-ro. O evento contará com a participa-ção de cerca de 350 pessoas e já estãosendo selecionados 40 animais — ca-valos de estirpe oferecendo, assim,maior garantia aos compradores. Es-te trabalho está sendo executado pe-Ia ABCCMM.

Segundo os experts este leilão se-rá o termômetro que marcará os ne-gócios do ramo, durante o ano emcurso, razão pela qual a Três Barrase a ABCCMM estão se esmerando naseleção dos melhores cavalos à seremnegociados na ocasião.

Os animais ficarão em exposiçãono Parque Bolivar de Andrade (Ga-meleira), saindo para o Aeroporto In-ternacional de Confins três horasantes do evento, onde permanecerãoem área pré-definida, aguardando osfuturos donos.

Já estão sendo negociados com aAmerican Express e a Três Barras 03(três) outros leilões que acontecerão;,-durante o ano de 1989. Em junho o lei-lão de gado Pardo Suíço, em setem-bro cavalos Campolina e, fechando ocircuito em dezembro, com o leilão decavalo árabes.

Constatação — "Ainda é inex-pressivo no Brasil o número de mu-lheres na política. Para quase 500deputados, temos só seis mulheres enão há nenhuma governadora". Estaconstatação de Moema Toscano, doConselho Estadual dos Direitos daMulher, foi feita no programa "ONUem Ação" desta semana. Neste pro-grama, em homenagem ao Dia Inter-nacional da Mulher, foram entrevis-tadas também dona Neuma, da Man-gueira; Nebia de Figueiredo, a pri-meira enfermeira a dirigir um nos-pitai público na América do Sul, eCleonice de Souza, que procurou a De-legacia da Mulher por ser espancadaha vinte e cinco anos pelo marido. O"ONU em Ação" vai ao ar todaquarta-feira às 11 horas, com repriseaos domingos às 22 horas, pela rádioMEC AM — 800 KHZ.

Km homenagem ao Dia Interna-

democrático, na sua viabiliza-ção como um regime que real-mente propicia ao cidadão co-mum o pleno exercício dos seusdeveres e a cobrança dos seusdireitos. É por isso que as co-brancas às vezes são violentas.

As ameaças que a presi-dente da Câmara Municipal doIMo de Janeiro vem sofrendonos últimos dias, por parte degrupelhos insatisfeitos com ahigienização que promoveu, de-mitindo sumariamente cente-nas de funcionários contrata-dos mediante a apresentaçãode documentos falsificados,não devem ser vistas como em-pecilhos a que se prossiga natrilha certa.

A classe política vem so-frendo, nos últimos cinco anospelo menos, notáveis desgastesperante a opinião pública. OPoder Legislativo, nas aferi-ções de abalizados institutosde pesquisa, obtém baixíssi-mos índices de credibilidade,quando comparado a outrasinstituições. Um deputado fe-deral do Pará, ele mesmo, par-te deste diagnóstico palpável,facilmente detectável — o dodesgaste dos políticos e dospartidos de que fazem parte —para propor uma emenda àConstituição, decretando purae simplesmente a extinção daslegendas partidárias antesmesmo das eleições presiden-ciais marcadas para novembrodeste ano.

Pressupõe-se que os poli ti-eos estejam permanentementeafinados com a coletividade,permanentemente sensíveisaos apelos da opinião pública,principalmente quando taisanseios incluem o desejo damoralidade, da correção doexercício de um mandato popu-lar. É exatamente isso que to-do mundo quer, num país quea cada dia está amadurecendoem meio aos embates democrá-ticos. E não é muito, não é ta-refa hercúlea, se considerar-mos que ser probo e cumprirseu papel com reconhecidacompetência é o mínimo que seespera dos homens públicos.

Se eles não podem — equando não podem — fazernem isso, então ficam sujeitosà sanha semelhante a dos ma-nhuaçuenses.

cional da Mulher, está sendo realiza-da na Biblioteca Pública Estadual doRio de Janeiro, ontem e hoje, às 18:30horas, uma comemoração preparadapor organizações não-governamen-tais, coordenadas pelo Centro da Mu-lher Brasileira. A cerimônia foi inau-gurada ontem com uma palestra deJaqueline Pitangui, presidenta doConselho Nacional dos Direitos daMulher, e será encerrada hoje porBranca Moreira Alves, presidenta doConselho Estadual dos Direitos daMulher. Constam ainda do programaa exibição de filmes sobre a situaçãoda mulher, a inauguração de uma ex-posição fotográfica sobre "A Mulherna URSS", e apresentações de ONGStratando de diversos temas que afe-tam as mulheres.

Chegada — Os gritos histéri-eos de "eu vi ele direitinho", "eles exis-tem" ou "eu encostei nele" marcarama chegada na manhã de ontem, às07h50min, do conjunto norueguês A-Ha. Desde o Hollywood Rock, em 88,os fãs brasileiros não se encontravamcom seus ídolos. Quase cem pessoasde toda as idades, classes sociais e devárias cidades receberam os três mú-sicospop: Pai, tecladista e guitarris-ta; Mags, tecladista eMorten Harket,vocalista. Dentro da área de alfânde-ga, no desembarque internacional doaeroporto, "até uma funcionária cho-rava emocionada", revelou um chefede segurança do Infraero. Do lado defora, os tietes os aguardavam com pa-pel e caneta na mão, cantando seussucessos.

Os 20 seguranças contratados pe-Ia WTR — Produções Artísticas, queestá promovendo os show's no Brasil,formaram um círculo de braços da-dos e nem assim conseguiram evitaro tumulto na hora da saída. O cami-nho percorrido até o ônibus que osaguardava ficou congestionado mes-mo quando os músicos já se encontra-vam dentro dele, os fãs não desisti-ram e invadiram a pista de carros, en-garrafando por alguns minutos, otrânsito.

Teve um pouco de tudo na chega-da do conjunto ao Brasil. Desde pes-soas, como Ivan Ferreira Filho eChristiane Ribeiro, que saíram demotocicleta de Duque de Caxias, atéa suíça Eva Dahlgren, que havia che-gado em um vôo minutos antes e re-solveu começar suas férias no Brasilparticipando da recepção das fãs bra-sileiras ao grupo.

LUIZ PINTO

Ç_Coluna do Castello 3As pedras pcaminho de Ul

s noysses

Esta é a semana da convenção doPMDB. O que nela se decidir até domin-go influirá nos rumos da sucessão pre-sidencial e o que dela resultar dirá daviabilidade política e eleitoral da can-didatura do deputado Ulysses Guima-rães, a qual possivelmente se afirmarácontra as resistências opostas por ai-guns governadores. Resta saber se osconflitos internos do partido se resolvemna linha tradicional de conciliação ecomposição a que se vinculou o traba-lho de Ulysses na presidência da agre-miação. As dúvidas a respeito sãocrescentes na medida em que, perden-do o controle da convenção para os go-vernadores, fica o candidato sujeito alimitações e a condicionamentos que po-derão desfazer a instável unidade par-tidária e reduzir o impacto eleitoral doseu candidato, seja ele qual for. É mui-to difícil mobilizar o PMDB contra asaspirações do seu presidente, mas nãoserá tão difícil colocar em seu caminhoalguns obstáculos que dificilmente se-riam superados.

Como se sabe, alguns governadores,como Waldir Pires e Moreira Franco,pregam a tese de que a facção que ven-cer a disputa pelo diretório nacional te-rá o direito de ocupar aquele órgão. Issonão está previsto na legislação nem nosestatutos do partido, mas alega-se queambos estariam implicitamente revoga-dos pela Constituição que dá aos parti-dos políticos autonomia para seorganizarem. Ulysses Guimarães nãopensa assim, pelo menos tem sido estasua posição nas conversas preliminares,mas não parece ter convencido seus in-terlocutores. Se ele se submeter à teseradical estará excluindo não só da exe-cutiva como do diretório alguns poli ti-eos importantes filiados ao PMDB pelocrime de vinculaçao ao governo Sarney,malgrado quase todos os novos autênti-eos tenham em momentos diversos davida política incorrido na mesmaprática.Não importa. O que se quer agoraé nitidez, de modo a desfazer na opinião

Pública a impressão de que ser do'MDB é ser do governo. A operação não

é fácil e a vitória dos radicais do parti-do poderá ser inquinada de oportunismoe eleitoralismo por seus adversários.Além disso abrir a porta de saída parapolíticos eleitoralmente válidos como osministros íris Resende e Jader Barba-lho, antigos integrantes dos grupos pro-gressistas do partido, seria perdersubstância e favorecer candidatos ad-versários, como Leonel Brizola, JânioQuadros e Aureliano Chaves. Há tam-bém a hipótese de alguma recuperaçãoda imagem deste governo pelo menos noque se refere ao combate a inflação, cu-jo êxito poderia beneficiar o candidatodo PMDB, nao fosse a prévia rejeição a

que tende o partido em relação a qual-quer política oficial. Raphael de Almei-da Magalhães, em carta a Ulysses, já oadvertiu a respeito.

Se o presidente do PMDB endossarafinal a tese de Waldir Pires ele estaráalienando apoios importantes e sectari-zando sua candidatura. Se não o fizer,estará dando pretexto a que o "novoPMDB" o abandone, denunciando a per-sistência da sua acomodação com o pre-sidente Sarney. Nesse caso a alternativade Ulysses seria armar-se na convençãode maio de apoios retirados das duaschapas que disputam o diretório pararecompor na base histórica a unidadetradicional e contemporizadora do par-tido e assim viabilizar sua candidatura.Há quem presuma que Ulysses pode terêxito nesse provável segundo tempo dabatalha dentro do partido. Como estádescaracterizada ideologicamente a dis-puta, com a absorção pelos novos autên-ticos de adesões como entre outras as dogovernador Newton Cardoso, dos depu-fados Milton Reis e Expedito Machadotal como na Bahia Waldir Pires assimi:Iara apoios de políticos oriundos do sis-tema militar, ao candidato natural nãoseria impossível compor "ulyssistas" eegressos do Centrão que integram asduas chapas.

Como se vê a situação não é fácil.Ulysses está ameaçado de perder tantoà direita quanto à esquerda, em funçãoda decisão que prestigiar a presença ounão de membros da chapa minoritáriano diretório. Ele está convencido apa-rentemente de que respeitar direitos dasminorias é norma democrática, favore-cida pela existência de disposições le-gais e estatutárias não revogadasexpressamente. Se ele contrariar WaldirPires e seus adeptos que se situam à es-querda, poderá ser apontado como ai-guém que rompeu o pacto feito com o

novo-PMDB", e seus objetores esta-riam liberados para apoiar outros can-didatos do partido ou de fora do partido.Sabe-se que a esquerda peemedebistatem grande atração pela candidaturaMário Covas, lançada no pressuposto deque mais cedo ou mais tarde a esquer-da se deslocaria do PMDB para o PSDB

§elas insanáveis contradições internas

o partido. Covas, Lula e até Brizola po-derao ser beneficiários desse "racha àesquerda.

Para Ulysses, o problema é drama-tico. Situar-se como uma proposta es-querdista seria ingressar numa áreatecnicamente ocupada. Optar pelo cen-tro, a que pertence por tradição jdoIíti-ca, seria despedir-se de uma historia delutas comuns com a esquerda pela res-tauração de governos democráticos e ci-vis no país. A convenção desta semanaé o começo da decisão.

Carlos Castello Branco

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ASSOCIAÇÃOXACIONALDEJORNA1SAm

("Joelmir Beting^)

O efeitoCaracas

Governantes e banqueiros dos países credo-res confessaram-se literalmente chocados com arebelião popular na Venezuela. Se a moda pega...Eles imaginavam que a bomba da dívida expio-diria no Peru, na Argentina, na Bolívia ou no Bra-sil. Eles não têm explicação para os mortos deCaracas. Uma economia encharcada de petróleoque continua vendendo óleo com lucro. E uma''ilha" de democracia no continente das quar-teladas.

0 próprio presidente Andres Perez, recém-empossado, não encontra justificativa para o es-touro da boiada. Ele prefere botar a culpa no ser-viço da dívida externa. Assim fosse, a AméricaLatina, Brasil no meio, já teria virado subnitritode pó de traque.

A culpa está no descalabro administrativo doGoverno Lusinchi. E na megalomania do próprioAndres Perez, que governou a Venezuela antes deLusinchi. Socialista moreno, voltou ao poder comum discurso de moratória, via clube do calote Malempossado, trocou a promessa pela promissória,fazendo acordo com o FMI. 0 povo cobrou a pro-messa fraudada, matando-se uns aos outros.

Onda de remorsoAssustados, os governos dos Estados Unidos,

Alemanha Ocidental e Japão acabam de confir-mar uma "vaquinha" de US$ 2 bilhões para a Ve-nezuela. Uma transfusão de emergência, emnome do meio milhar de cadáveres da semanapassada.

Esse efeito Caracas vale mais que todos os se-minários, discursos e conferências de cúpula so-bre a "debt crisis" da América Latina. Agora comcheiro e ruído de "debt bomb".

0 Brasil espera não ter de matar brasileirospara obter dos credores a mesma colher de águabenta. Até porque, nossa crise é 20 vezes maiorque a da Venezuela.

O sumiço do tesouro0 serviço da dívida até que é manso para a

Venezuela. Os pagamentos na década de 80 absor-veram 38% das exportações totais. No Brasil,48%; na Argentina, 56%; na Bolívia, 69%; noPe-ru, 72%.

A queda dos preços internacionais do petró-leo prejudica, mas não justifica. Nos últimos 15anos a Venezuela embolsou US$ 112 bilhões na ex-portação do petróleo. No mesmo período, o Brasildesembolsou USI 77 bilhões na importação do di-to cujo. Sobre o Brasil, a Venezuela livrou umavantagem petrolífera de US$ 189 bilhões. Umafábula.

Quer dizer: é fácil explicar o sufoco do Bra-sil, difícil é justificar o desastre da Venezuela.

Dá lá, toma cáTripulada por Armeane Choksi, diretor do De-

partamento do Brasil, missão de alto nível do Ban-co Mundial desembarca em Brasília, estasemana, para discutir "problemas operacionais"na concessão de novos financiamentos.

Na agenda, o caso Angra 3 e o "imbróglio" daAmazônia. Armeane Choksi promete não conver-sar com ecologistas nem com índios. E espera ob-ter explicações convincentes para "atrasos naexecução de projetos já financiados" antes que oBrasil lhe cobre justificativa para "atrasos na li-beração de empréstimos já aprovados".

O sexo do anjoBrasil e FMI reabrem, hoje, em Washington,

uma discussão que estava em recesso desde a ins-talação da Nova República: o conceito do déficitpúblico. Déficit operacional, déficit nominal, dé-ficit primário? Com correção ou sem correção?Com ou sem os encargos financeiros da dívida ex-terna e da dívida pública?

Estabelecido o novo conceito, estará compro-metido o novo objetivo. Em principio, o Brasil es-pera fechar 89 com déficit de 2% do PIB, contra4% no ano passado — prometido e cumprido.

A última contribuição para o debate é do eco-nomista Frederico Mazzucheili, secretário do Pia-nejamento de São Paulo:"0 conceito tradicional do déficit público éuma medição de fluxos. No caso brasileiro, o cer-to seria a medição de estoques".

Com ou sem retornoAnálise tributarista da Trevisan e Associados

dispara: sem reduzir a carga federal, o Brasil es-tá ampliando a carga estadual e a carga munici-pai. 0 contribuinte que se cuide. A massa fiscal,em relação ao PIB, deve crescer de 22% para ai-go em torno de 25%.

Claro, carga leve se coteja com os 29% dos Es-tados Unidos, os 38% da Alemanha ou os 51% daSuécia. Mas com a observação de Antoninho Mar-mo Trevisan:"Não há carga leve, média ou pesada. O quehá é carga com retorno ou sem retorno. Na Sué-cia, o imposto é restituído sob a forma de servi-ços públicos exemplares em quantidade equalidade. No Brasil, prefiro o silêncio. É só abrira janela".

Secos e molhados1— Para atrair investimentos de São Paulo, o

governador Moreira Franco almoça quinta-feiracom empresários paulistas na Fiesp. 0 Rio é a me-lhor opção fora de São Paulo — proclama o go-vernador.

2— Em fevereiro, mês de 18 dias, as monta-doras produziram 78,1 mil veículos. 0 mercado in-terno absorveu 58,4 mil. Queda de 8,1% sobrejaneiro, desempenho prejudicado por problemasde suprimento.

3— O mercado financeiro experimenta, hoje,o primeiro megaleilão do choque de verão. O Ban-co Central espera "enxugar", em LFTs, uma liqui-dez do tamanho de NCz$ 1,9 bilhão.

4— O Grupo Votorantim está entrando de so-Ia no suco de laranja. E na vertical: da fábrica doconcentrado ao próprio laranjal. Uma área já emformação de 600 mil pés.

5— A economia alemã divulga indicadores de-finitivos do ano passado. O produto nacional crês-ceu de 3,4% já no limiar da euforia. Se melhorar,estraga. Os 72 milhões de alemães produziramUS$ 1,2 trilhão.

6— O déficit comercial dos Estados Unidos,com repercussão no mundo inteiro, registrou que-da de quase um quinto no ano passado. O déficitcaiu para USf 137 bilhões.

7— Estudo da OCDE informa: a economia ca-pitalista deve continuar aquecida nos próximostrês anos. Não heverá, em 1990, a tal de "grandedepressão", prognosticada por cartomantes re-cheadas de álgebra.

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Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

e-ibliotecTpubLica do paWTIScçuo de Obras do Pará

O LIBERAL CIDADES 7

5v

AmazôniaConceptibilidade e realidade

da questão indígenaEm

lendo o artigo "A Amazônia e oInconcebível", da edição do dia 25 do

mês passado, deste matutino, tive porconfirmadas duas teses:

a) o arraigado preconceito existente,até nas camadas intelectuais, contra cer-tas minorias étnicas de que são exem-pios, em nosso caso, o índio e o negro;

b) a total desinformação acerca daproblemática indígena, infelizmente,grassante em nosso meio.

O artigo, por exemplo, demonstran-do esta última tese, timbrou por inconce-bível a realização do I Encontro de PovosIndígenas do Xingu, em Altamira, e,através de apeios emocionais, esbravejouimprecações contra os mesmos, contra ogoverno que não tinha porque compare-cer a essa reunião, contra quem teriacusteado as despesas (não diz quem),contra a própria imprensa, que teria afir-mado que mais de duas mil pessoasacamparam em Altamira para partici-par dessa reunião "ecológica", chegandoao cúmulo de, absurdamente, negar a no-tória devastação da floresta amazônicae a desconhecer que a cultura indígena,sendo totalmente diferente da nossa, pos-sui seus gestos próprios de protestos, as-sim como nós "civilizados" os temos,bastando lembrar a respeito, o dedo emriste, o murro sobre a mesa, ou, comopreferiu Kruchev, as batidas de sapatossobre a mesa.

O Encontro, como o próprio nomediz, não foi sobre ecologia, embora estadisciplina esteja diretamente relaciona-da com os problemas que advirão com aconstrução da hidrelétrica de Kararaô ouBelo Monte.

Não reconhecer isso é assaz lamen-tável, principalmente por parte de prof is-sional, que sabe que, entre as divisõesbásicas da Biologia, (Fisiologia, Embrio-logia, Genética e Evolução), inclui-se,modernamente, a Ecologia que é o estu-do da relação das formas vivas com o seuambiente.

Em outras palavras: a comunidadede seres vivos de uma determinada áreae o ambiente inerte funcionam em con-junto como um sistema ecológico ouecossistema. E a porção da Tterra na qualos ecossistemas podem operar — o solo,o ar, e a água, geologicamente habitados,é chamada biosfera.

Por conseguinte, é uma estultíciapalmar querer isolar a questão indígena,relacionada, in casu, com a construçãoda hidrelétrica de Belo Monte, do ecos-sistema.

No entanto, é que mais se ouve falar,como é o caso da advertência do Minis-tro do Interior, que, ao referir-se ao mes-mo Encontro, refere que "por trás dacampanha ecológica que se move sobrea Amazônia, há interesses econômicosinternacionais muito fortes".

Isto seria assunto para outro artigo.Mas, afirmações desse jaez, embora re-tratem uma realidade antiga (a cobiçainternacional da Amazônia), lançadasjustamente quando da realização ao En-contro Indígena, visam objetivamente aesvaziá-lo, diante, evidentemente, das re-percussões que o mesmo projetou no ce-nário mundial.

O certo é que, necessariamente, aquestão ecológica não tem relação algu-ma com a atinente à cobiça internado-nal da Amazônia.

Sobre ecologia, salienta o dr. An-thony M.M. Payne, professor de SaúdePública da Universidade de Yale, que "nocomeço do século, a crescente onda deprosperidade, educação gratuita, legisla-ção avançada etc. tiveram real efeitocontra os males que começaram com aRevolução Industrial; entretanto, hojeem dia, sabemos todos quão mesquinhofoi esse efeito: nota-se no aumento da de-linqüência de menores, no delito, no ai-coolismo e nas enfermidades mentaisque atualmente angustiam as grandes ci-dades do mundo". E pergunta: "Por quetemos fracassado?" A meu ver, porquenão temos encarado o homem sob umponto de vista ecológico. Temos conside-rado o homem simplesmente como umanimal biológico, com necessidades bio-lógicas que podem ser atendidas comuma quantidade suficiente de dólares ea satisfação de umas quantas necessida-des físicas relativamente simples. Emgrande parte, temos ignorado que o ho-mem é um animal social e que talvez se-ja pelo menos tão importante para a suasaúde a satisfação de suas necessidadessociais e impulsos determinantes docomportamento, como a de suas neces-sidades exclusivamente biológicas",("in" "El Ambiente em Ia Ecologia Hu-mana", Washington, 1970).

A questão ecológica é preocupação detoda a humanidade.

Na Suiça, por exemplo, a implanta-ção de qualquer indústria depende de au-torizaçao, so concedida após meticulososestudos ambientais. O crescimento dasprincipais cidades é dimensionado de talforma que Genebra não passa de poucomais de 300 mil habitantes, pois os lotea-mentos e as construções de apartamen-tos são sujeitos a inúmeras exigências,como área verde, parque para crianças,etc.

A importância da questão ecológicaé tão grande que ela não se circunscreveaos estreitos limites de um país, como osnossos desavisados intelectuais queremdar a entender.

Em 1972, por sugestão da Suécia, foiconvocada pela ONU, a Conferência deEstocolmo, para debater o problema, emtermos mundiais.

No ensejo, o presidente dos EstadosUnidos propôs a instituição de um Fun-do, sob os auspícios da ONU, para estu-do e efetivação de medidas adequadas auma luta conjunta contra a poluição, vi-sando à sobrevivência da biosfera global.

Interessante observar que os que ,agora, posam de nacionalistas, defenden-do a Amazônia, a ponto de divisarem, emum encontro de índios, sérias ameaçasinternacionais à nossa soberania, são osmesmos que sempre acharam muito na-

Benjamim Lisboa Rayol

tural a nossa eterna dependência ao ca-pita! estrangeiro.

Como a grita desses nacionalistas deocasião é grande, urge verificar se os ín-dios têm sérios motivos para se reuniremem um Encontro do porte de Altamira ese é verdadeira a assertiva do articulis-ta, quando diz que o Brasil "sabe trataros seus índios".

De fato, a legislação colonial portu-guesa e a brasileira sempre reconhece-ram aos índios o direito originário àssuas terras. Evidente que esse direito in-depende da tutela, hoje, a cai-go de um ór-gão: a Funai. Independe, também, doestado mais ou menos "tradicional" dasculturas indígenas. Esse direito decorrede uma continuidade histórica, já que os200.000 índios que ainda restam são os le-gítimos herdeiros dos primeiros habitan-tes do Brasil.

Por isso que todas as Constituiçõesbrasileiras, desde a de 1934, garantemaos índios a posse das terras que ocupam(1934, art. 129; 1937, art. 154; 1946, art.216; 1967, arts. 14 e 186; 1969, arts. 4, IVel98).

Como se diz no jargão jurídico: le-gem habemus (temos Lei). Mas, comonós brasileiros estamos acostumados anotar, entre a legislação e a prática, háfreqüentemente um abismo, tanto maiorquanto mais fraco politicamente for osegmento da população envolvido, comoé o caso do índio.

Assim, apesar da legislação favorá-vel, a triste realidade é que, ao longo dosséculos, os índios foram escravizados,mortos e espoliados de suas terras.

Quando o papa João Paulo II esteveno Brasil, em 1980, e ouviu as queixas dosíndios, representados por Marcai de Sou-za, guarani, e se pronunciou sobre os seusdireitos, como indivíduos e como povos,o então ministro do Interior, Mário An-dreazza, semelhantemente ao atual e aoarticulista, afirmou, indignado, que oBrasil tinha uma das legislações indige-nistas mais avançadas do mundo. Moralda história: em novembro de 1983, Mar-çal de Souza, por defender os direitos ter-ritoriais de uma aldeia guarani, foiassassinado em sua casa, em Mato Gros-so do Sul, e, até hoje, não foi indiciado omandante do crime.

As terras indígenas, apesar da Lei,nunca foram demarcadas como deve-riam ter sido até 19.12.1978 (Lei n?6.001/73). No entanto, essa demarcação,é essencial para que os conflitos não sealastrem. So em 1983, houve mais de 50conflitos de terras envolvendo áreas in-dígenas. Em 1985, soube-se que dois gru-pos indígenas foram massacrados emRondônia.

Muito embora a Nova Carta tenhaencarecido a obrigação da União em de-marcar as terras indígenas (Art. 231), in-cidiu, a meu ver, no mesmo erro dasanteriores, já que nas Disposições Tran-sitórias, não existe nenhum prazo estabe-lecido para a demarcação dessas terras,como a subseqüente homologação ju-dicial.

Despiciendo dizer que essa demarca-ção até hoje não se realizou por um mo-tivo óbvio: pressões do capitalismodesvairado.

N a verdade, as terras indígenassempre foram tratadas como ter-

ras de ninguém. São tratadas, isto sim,como primeira opção para mineração,hidrelétricas, reforma agrária e projetosde desenvolvimento em geral.

Os índios, sim, é que estão sendo di-zimados pela ganância nacional e inter-nacional.

Essa é a razão pela qual a questão in-dígena, hoje, centra-se na disputa pelosrecursos naturais das terras dos índios e,singularmente, pelas riquezas de seusubsolo.

A cobiça sobre esses recursos é gran-de e tem defensores poderosos. Assim éque, em pleno leito de hospital, e a pou-cos dias da eleição de seu sucessor, essesgrupos poderosos conseguiram do presi-dente Figueiredo a assinatura do Deere-to n? 88.985, cuja inconstitucionalidadeestá sendo argüida diante do SupremoTribunal Federal. Dito decreto permite amineração em áreas indígenas e estipu-lava que só seriam dados alvarás de pes-quisa e concessões de lavra a empresasestatais e somente para minerais estra-tégicos. Em caráter de excepcionalidade,seriam concedidos a empresas privadase só às nacionais.

Mas, em 15 de abril de 1986, um dos-siê elaborado pela Conage (CoordenaçãoNacional dos Geólogos) e pelo CentroEcumênico de Documentação e Informa-ção, foi entregue ao ministro de Minas eEnergia e ao ministro do Interior, eviden-ciando que havia 537 alvarás de pesqui-sa mineral já concedidos em áreasindígenas dos quais 160, só no segundo se-mestre de 1985. Desses, apenas 10% be-neficiavam as estatais, 50% haviam sidoconcedidos a grupos privados nacionaise 40% a multinacionais.

Diante de fatos e dados evidentíssi-mos, será possível, em sã consciência,negar-se a justeza e oportunidade da lu-ta dos silvícolas por suas terras e ri-quezas?

Finalmente, a Nova Carta Magnaaprofundou a questão indígena, dedican-do, no Título VIII, "Da Ordem Social",um Capítulo próprio ao índio, o VIII,arts. 231 e 232, realçando, ainda mais, aimportância da problemática indígena.

Da leitura dos aludidos artigos,observa-se que a Carta Maior incluiu, deforam explícita, o reconhecimento dascomunidades indígenas e de suas cultu-ras próprias, não mais os tratando como"selvagens" a serem "civilizados", mascomo portadores de cultura própria, quedeve ser respeitada e com direito à livreorganização. Diz o artigo 231, ipsis: "Sãoreconhecidos aos Índios sua organizaçãosocial, costumes, línguas, crenças e tra-

dições e os direitos originários sobre asterras que tradicionalmente ocupam,competindo à União demarcá-las, prote-ger e fazer respeitar todos os seus bens".

Os índios devem continuar na possedas terras que ocupam, entendidas estascomo seu habitat, conforme demonstramos saudosos ex-ministros do STF, VictorNunes Leal e Themístocles Cavalcanti.

Ora, se se pretende a construção deuma hidrelétrica que venha a inundaráreas indígenas, têm estes legítimo inte-resse em defendê-las, podendo, para tan-to ingressar em juízo em defesa de seusdireitos e interesses, a teor do art. 232 daConstituição Federal.

Esse legítimo interesse mais se soli-difica pelos §§ 3?e 5?do art. 231, que vedao aproveitamento dos recursos hídricos,energéticos etc. em terras indígenas, semautorização do Congresso Nacional, ou-vidas as comunidades afetadas. Vedam,inclusive, a remoção de grupos indígenasde suas terras, salvo, ad referendum doCongresso Nacional, em caso de catas-trofe ou epidemia que ponha em risco suapopulação, ou no interesse da soberaniado País, após deliberação do CongressoNacional, garantido, em qualquer hipó-tese, o retorno imediato logo que cesse orisco.

Ora, diante dos expressos termos dosdispositivos constitucionais, acho bastan-te inviável, como deseja o ministro do In-terior, a remoção dos indígenas de seuhabitat, a não ser que estes concordem,convencidos de que os benefícios com odesenvolvimento da região serão maio-res que os malefícios e que o ecossiste-ma será preservado, a par,evidentemente, da verba indenizatóriadevida.

O impasse, a meu ver, reside aí, ca-bendo ao governo nesse trabalho de con-vencimento, demonstrar que o preço dodesenvolvimento, às vezes, inclui inevita-velmente problemas de poluição, perdade mata e de habitat e até mesmo a pro-liferacão dalgumas doenças, mas quetais eleitos prejudiciais serão, garantida-mente, previstos e minimizados, porquetal construção será precedida por estu-dos ecológicos e planejamento racional.

Afora essa hipótese, naturalmente

com a aprovação do Congresso Na-cional, não vejo como poderá dita hidre-létrica ser construída, a não ser manumilitari, como é comum, no Brasil, e pas-sando por cima do próprio EstatutoBásico.

O usual, entre nós, é se fazer tudo decima para baixo, sem ouvir as partes in-teressadas. Resultado: o próprio minis-tro do Interior, João Alves Filho,reconhece que, se fosse hoje, a hidrelétri-ca de Balbina, no Amazonas, não teria si-do construída (Em O LIBERAL do dia25.02.89, pág. 3).

Para não fugir à regra, Kararaô jáestá decidida, na área governamental,devendo o projeto ter início em 1994, como deslocamento de 320 pessoas, sendo 280indígenas, segundo informa o ministro doInterior. Só que, com relação à preserva-ção dos recursos ambientais necessáriosao bem-estar dos índios, S. Exa. nadainforma.

E quem pensa, como o articulista,que a questão indígena deve ser tratada,isoladamente, da ecológica, vejamos oque diz a Constituição no § l?do art. 231:"São terras tradicionalmente ocupadaspelos índios as por eles habitadas em ca-ráter permanente, as utilizadas parasuas atividades produtivas, as imprescin-díveis à preservação dos recursos am-bientais necessários a seu bem-estar e asnecessárias à sua reprodução física e cul-tural segundo seus usos, costumes e tra-dições" (grifei).

Não sou contra o desenvolvimento,seja ele econômico, seja científico. Reco-nheço que o desenvolvimento científico eeconômico tornaram-se imprescindíveispara o homem moderno.

É fato consumado que as nações quese dispõem a levar avante programas sé-rios e realistas de desenvolvimento cien-tífico e econômico estão investindo nobem-estar social e na sua própria inde-pendência econômica.

Mas, em qualquer situação esse de-senvolvimento deve ser utilizado a favorda vida e não como arma destrutiva.

A ciência, como parte integrante davida humana, não deve ser tolhida, massim educada, como educados devem seros nossos governantes para saberem fa-zer bom uso do conhecimento adquirido,transformando-o em fator gerador debem-estar social, revertendo sempre pa-ra a grandeza maior dos valoreshumanos.

Em suma: por todos os motivos ex-postos, os índios na Amazônia, que sãomais de 100 mil, têm razões de sobra pa-ra estarem apreensíveis com a constru-ção dessa hidrelétrica porque sãolegítimos possuidores das terras que se-rão inundadas, nunca foram tratados co-mo manda a Lei, e sempre foramespoliados e sujeitos ao extermínio. A pardisso, sempre lutaram, ao lado dos antro-pólogos, para serem reconhecidos comopovos de cultura, línguas, tradições ecrenças próprias, o que, felizmente, con-seguiram com a Nova Carta.

Não é de admirar, portanto, que os ín-dios, mais organizados agora, e comconsciência política de sua própria im-portância no cenário nacional, se reúnamem Congressos, em defesa e seu patrimô-nio material e espiritual, como legítimosherdeiros dos primeiros habitantes des-te imenso e contraditório País.

A sua luta, por conseguinte, não é sóconcebível, mas legal, constitucional ejusta para todos os efeitos.

O autor é mestrando em Direito Públicopela UFPa. e professor de Filosofia doDireito da UNESPA.

P faz a primeira grde sua existênei

A mesa que conduziu os trabalhos do seminário de avaliação.

FCAavaliaçãoO Seminário 'FCAP em Discus-

são: Avaliação e Renovação Institu-cional' levou, ontem, ao auditório daFaculdade de Ciências Agrárias doPará, um grande número de pessoas.O diretor da FCAP, professor JoséFernando Lucas, ressaltou a impor-tância de uma avaliação da institui-ção "para que possa ser traçado umplano diretor global de trabalho, ela-borado por todas as classes que com-põem a Faculdade".

O seminário objetiva propiciar àcomunidade fcapiana, a reflexão cri-tica sobre o papel da Faculdade —sua metodologia, desempenho e re-sultados — a discussão técnico-política, a integração, o intercâmbiode informações e experiências comoutras instituições de ensino superiore, a partir daí, a busca de alternati-vas e soluções concretas para 89.

Na abertura, Lucas, em pales-tra, apresentou um perfil da FCAPem seus 38 anos de existência. Segun-do ele, a FCAP nunca realizara umaauto-avaliação que permitisse umaampla discussão com toda a comuni-dade educacional. Para o professor,o maior problema é a carência de re-cursos. As verbas cedidas pelo MECpara o ano de 89 — no valor de NCz$1.800.000,00 — ainda nem foram re-passadas, mas já houve uma reduçãodo orçamento, pelo Ministério, emvirtude do Plano Verão. Para ele, aFCAP desempenha um papel impor-tante na Amazônia: "Nossos cursostêm o objetivo de apresentar solu-ções para a região". Lucas teme que,com a redução das verbas, pesquisae extensão sejam afetadas.

Embora com poucos recursos, aFCAP está funcionando normalmen-te e a proposta da direção é fazercom que a instituição continue de-sempenhando o seu papel. Represen-tantes do Diretório Acadêmico da

José Fernando Lucas.

and©FCAP entregaram, à diretoria, ummanifesto contra a realização do se-minário. Nele é exigida uma posiçãoquanto às verbas do Ministério daEducação, contra as demissões deservidores públicos e a abertura ime-diata do restaurante universitário,com o preço do bandejão a NCz$ 0,15.Lucas prometeu uma definição parabreve.

As demissões, se efetivadas,atingirão cerca de 30% —190 pessoas— do quadro funcional da FCAP. Nasemana passada foi entregue ao Con-selho de Diretores de Estabelecimen-tos Superiores Federais Isolados (Co-desfi), reunido no Paraná, um docu-mento da diretoria da FCAP, contra-rio ao corte de verbas e à demissõesde servidores. "Não podemos aceitaras demissões, pois os setores de pro-cessamento de dados e vigilância se-rão os mais atingidos", disse o dire-tor. Quanto ao restaurante, Lucas dizque a FCAP só não o reabriu aindapor falta de verba.

PalestraOntem houve a palestra 'Avalia-

ção do Ensino Superior: Problemas ePerpectivas', pela professora AnaCélia Bahia, da União das EscolasSuperiores do Pará (Unespa). Elamostrou os critérios e sugesfões para^uma avaliação da comunidade unirversitária. Segundo a professora, auniversidade rejeita uma avaliação"por achar que a sua estrutura écomplexa e multiforme não podendoser avalida por qualquer sistema".Ana Célia Bahia levantou a perpesc-tiva de que as universidades devemelaborar propostas de avaliação queenglobem esta complexidade que,em sua opinião, está relacionadacom a comunidade interna das uni-versidades que "não abrem a suaavaliação às comunidades exter-

nas". Ela defende a criação de cur-sos voltados para a t c.ilidade amazô-nica. "Não ev"' • "¦•'•sos em nossasinstituições que sejam voltados paraas áreas de mineração e pesca, porexemplo".

O subsecretário de Política daEducação Superior da Secretaria deEnsino Superior do Ministério daEducação (Sesumec) falou sobre'Avaliação Institucional como For-ma de Melhoria do Ensino em Ciên-cias Agrárias'. Segundo ele, o ensinosuperior enfrenta problemas e neces-sita de uma avaliação institucionalem todas as áreas. "Isto é necessá-rio, no caso específico da FCAP, porser uma instituição que abrange umadas áreas de maior riqueza do país: aregião Norte".'Ensino de pós-graduação a nívelde mestrado na FCAP' foi a palestraproferida pelo professor Rui de SouzaChaves, presidente do Núcleo de Pós-Graduação da FCAP. Segundo ele, ocurso de mestrado ressente-se da fal-ta de verbas e qualificação docente."Temos atualmente 14 professores,dos quais apenas sete são doutora-dos", disse ele. para quem a FCAPdeveria contratar professores capa-citados para ministrar o curso. Outrareivindicação do setor de pós-graduação é a criação de uma biblio-teca que satisfaça as necessidades docurso. O curso que a FCAP oferece anível de pós-graduação é Mestradoem Solos Tropicais, que este ano for-mou dois alunos. "Precisamos deverbas para manter o único curso demestrado desta região", enfatizouChaves.

A tarde foram formadas comis-sões técnicas que avaliaram as pa-lestras da manhã e elaboraram pro-postas a serem apresentadas no ulti-mo dia de trabalho, na próximasexta-feira.

Vai mudar o ensino superior?"O ensino superior no Brasil pre-

cisa passar por um amplo projeto deavaliação". A opinião é do sub-secretário de política de educação daSecretaria de Ensino Superior do Mi-nistério da Educação, Cláudio Cor-deiro Neiva. A falta de recursos paraas instituições de ensino superior, emsua opinião, é o maior problema en-frentado, atualmente, pela educaçãono país.

A aprimoração do ensino supe-rior no país depende, segundo Cláu-dio Neiva, de uma intervenção dealunos e professores no funcionamen-to de seus cursos. Para ele, um cursosó poderá funcionar adequadamentese as pessoas ligadas a ele — corposdocente e discente — se interessaremem avaliá-los. "A avaliação deveriaser feita como esta que acontece naFcap, ou seja, aberta às comunida-des interna e externa da instituição",comentou o sub-secretário. O projetode avaliação das instituições de ensi-no superior deve constar de uma re-flexão dos objetivos e níveis de efi-ciência da universidade, da qualida-de que o sistema educacional de cadainstituição oferece e de como elefunciona.

Ainda segundo Cláudio Neiva,não se deve criar novos cursos nasuniversidades "se aqueles existentesnão passam por um aprimoramentoe avaliação". Atualmente está em vi-gor, segundo informou Cláudio Nei-va, um decreto governamental queproíbe a criação de novos cursos nasuniversidades brasileiras. Segundoele, este decreto é válido até o dia 30de junho, quando sua revogação de-verá ser apreciada pelo CongressoNacional.

Cláudio Neiva informou aindaque todas as universidades brasilei-ras estão realizando avaliações deseus sistemas e que estas deverão serencaminhadas ao Ministério da Edu-cação ou "ao próprio Congresso Na-cional". As avaliações serão aprecia-das pelo Ministério da Educação eem cima delas será elaborada umanova política de ensino superior. Pa-ra ele, as universidades brasileirasenfrentam graves problemas com re-lação a infraestrutura e recursos. So-bre a situação do ensino superior,Cláudio Neiva diz que é boa, mas queexistem diferenças. Estas diferençassão sentidas principalmente nos seto-res regional e setorial.

No aspecto regional, muitas ins-tituições não oferecem cursos sufi-cientes para a grande demanda dealunos que procura uma instituiçãode nível superior — como é o caso daregião Norte. Quanto ao aspecto seto-rial, Neiva, informou.que muitos cur-sos são demasiadamente bem equi-pados — como os de engenharia —enquanto as áreas de Ciências Huma-nas e Letras enfrentam adesestruturação.

As universidades brasileiras nãosofrerão mais o corte de 50% em suasverbas, segundo informou o sub-secretário. Ele disse que a resoluçãofoi tomada há duas semanas atráspelo Governo Federal e apresentadana reunião do Conselho de Reitoresdas Universidades Brasileiras(Crub) realizada no Paraná. "Asverbas não sofrerão mais corte", as-segurou Cláudio Neiva. O sub-secretário lamentou que os recursosdestinados à área da educação aindasejam pequenos para atender asgrandes necessidades de todas as ins-tituições. Ele disse ainda que esperaque o Governo Federal "olhe um pou-co mais pela educação br.asileira, jáque o seu futuro depende dela".

Superlotação conduz à greveuma sala de aula da Unespa

Os alunos da salaCSV-1 do curso de CiênciasSociais vespertino daUnião das Escolas Superio-res do Pará (Unespa) en-traram em greve no finalda tarde de ontem em pro-testo contra a superlotaçãode sua sala de aula. O coor-denador do Centro Acadê-mico de Ciências Sociais daUnespa, Eduardo Lauande,explicou que os estudantes,há algum tempo, vêm ten-tando resolver o assuntocom a diretoria da faculda-de, sem obter qualquerresultado.

Segundo Lauande, osestudantes do primeiro anodo curso de Ciências So-ciais procuraram a direçãoda Unespa para manifestarseu desagrado por estarem64 alunos lotados em umaúnica sala de aula. "Os es-tudantes sentem-se preju-dicados com o excesso depessoas na sala CSV-1. Pe-dagogicamente é um caos,diversos professores ates-tam isso , afirmou o estu-dante. Na ocasião, os estu-dantes entregaram ao dire-tor da faculdade, EdsonFranco, um documento quedemonstrava os problemasdecorrentes da superlota-ção da sala. "Já tentamosdiscutir o assunto, mas odiretor está irredutível. Só

queremos ter salas de aulaadequadas, que são muitoimportantes para a forma-ção do bom profissional",disse Lauande.

Edson Andrade, da co-missão representativa dosestudantes em greve, afir-mou que o coordenador deEnsino de Ciências Sociais,Mário Barbosa, havia asse-gurado aos estudantes quea Unespa iria estudar apossibilidade de a turma

CSV-1 ser dividida em duase uma outra sala, no quintoandar do prédio, abrigarparte dos alunos. "Nós va-mos todos os dias saber oresultado e a resposta ésempre a mesma: aguar-dem mais um pouco. Esta-mos cansados de aguardarpor uma solução que nuncavem", disse Andrade.

Ontem à tarde os estu-dantes fizeram passeatapor todo o prédio da Unes-

pa. Gritando palavras deordem, eles visitaram di-versas salas de aula, ten-tando chamar a atençãodos colegas para o proble-ma. As manifestações en-cerraram com um ato pú-blico no salão principal dafaculdade, onde os estudan-tes falaram de sua decisãode grevar até que a direçãoda faculdade apresenteuma solução para oproblema.

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As negociações não trouxeram resultado e os estudantes decidiram pela greve.

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8 CIDADES O LIBERAL Belém, terça-felro, Q7 de março de 1989

CÂMARA DA CIDADE

Tumulto para rejeitar oEstatuto do funcionalismo

Em uma sessão muito tumultuada naCâmara Municipal de Belém, em que nãofaltou até um acirrado "bate-boca entreos vereadores Arnaldo Jordy (PCB) e Ze-naldo Coutinho (PFL), foi rejeitado pormaioria, ontem, o restante do Estatuto doFuncionalismo Público Municipal queainda não havia sido votado na Legislaturapassada. A votação foi marcada ainda porveementes protestos por parte dos verea-dores de esquerda e pelas manifestaçõesdos populares nas galerias do plenário,que fizeram com que o presidente da Ca-mara, Nelson Chaves, determinasse a sus-pensão da sessão.

A sessão de ontem na Câmara Munici-pai de Belém transcorreu normalmenteaté o momento em que foi colocado em vo-tação o Estatuto do Funcionalismo PúblicoMunicipal. Na primeira parte da ordem dodia, alguns líderes dos partidos subiram àtribuna de honra do plenário Lameira Bit-tencourt para seus pronunciamentos. O ve-reador José Priante (PMDB) defendeu anecessidade de uma discussão sobre a in-ternacionalização da Amazônia e advertiupara o desequilíbrio ecológico provocadopelas multinacionais instaladas na região.Segundo ele, a Câmara Municipal damaior metrópole da Amazônia não podepermanecer omissa com relação ao assun-to, que vem atraindo as atenções de todo omundo.

A situação do ensino municipal de Iograu em Belém foi debatida pelos líderesdo PT, José Carlos Lima; do PFL, ZenaldoCoutinho; e do PMDB, Emanoel Ô de Al-meida — que após um breve afastamentoem virtude de problemas de saúde retor-nou ontem à Câmara e foi definido para as-sumir a liderança do partido. Em discus-são, estavam a deficiência dos estabeleci-mentos de ensino municipal oficiais emBelém e o papel dos centros comunitáriosna luta pela melhoria nas condições deeducação. O Io secretário, Eloy Santos(PDS), enfatizou o resgate da dignidade eda vontade da opinião pública através dasúltimas eleições municipais. Conformeele, "prefeito e vereadores se constituemna mais legítima e democrática represen-tação da comunidade, sendo os principaiselos das aspirações populares e o desenvol-vimento e progresso da nação". Ele aindaabordou a situação de "falência" e dívidarecebida pela atual administraçãomunicipal.

Polícia

A certa altura da sessão, três soldadosda Polícia Militar entraram no plenário eposicionaram-se à frente das galerias po-pulares. O fato chamou a atenção da ve-readora Socorro Gomes (PC do B), que so-licitou explicações da Mesa Diretora sobrea adoção da medida. O presidente NelsonChaves, porém, apenas disse que o assuntonão estava em discussão no plenário. Deacordo com Eloy Santos, a presença de po-liciais no plenário sempre foi uma rotina— apenas para garantir a segurança dosvereadores — "que a vereadora SocorroGomes mostrou desconhecer em virtudede estar ainda iniciando seu mandato". Se-gundo ele, a presença de policiais é co-mum em todos os parlamentos.

Em seguida, logo que foi iniciada a se-gunda parte da ordem do dia, Zenaldo Cou-unho encaminhou à Mesa uma proposiçãono sentido de dispensar a leitura do Esta-tuto do Funcionalismo — já que restavamser lidos mais de 200 artigos —, a fim deganhar tempo. Ele salientou que todos osvereadores ]á haviam recebido os avulsosdo projeto e, portanto, tido tempo suficien-te para tomar conhecimento da matéria. Aproposição do líder pefelista mais uma vezfoi aprovada por maioria, provocando um

grande tumulto no plenário, gerado pelosprotestos dos vereadores Arnaldo Jordy(PCB), José Carlos Lima e João BatistaAraújo (PT) e Socorro Gomes.

Depois de submetido à votação, com adispensa da leitura do Estatuto, o projetofoi rejeitado pela maioria, aumentandoainda mais a confusão. Os vereadores Ar-naldo Jordy e João Batista Araújo — o"Babá" —, mais exaltados e inconforma-dos com a rejeição do Estatuto, abandona-ram suas bancadas e dirigiram-se ao cen-tro do plenário, repudiando, em voz alta, avotação do projeto sem discussão, o quefez com que o presidente da CâmaraLNel-son Chaves, determinasse a suspensão dasessão.

Briga

Em seguida, o plenário da Câmaratransformou-se no palco de um grande"bate-boca" envolvendo diversos vereado-res, principalmente Arnaldo Jordy, "Ba-bá" e Zenaldo Coutinho, que discutiramacirradamente e só não chegaram às viasde fato devido à intervenção de outros ve-readores. Nas galerias, os populares er-guiam cartazes em favor do Estatuto doFuncionalismo e gritavam palavras de or-dem como "o povo elegeu, mas já se arre-pendeu". O vereador Zenaldo Coutinhotambém foi alvo dos protestos populares.

Para Arnaldo Jordy, a votação do Es-tatuto deveria ser feita artigo por artigo enão em bloco, para que fosse submetido àdiscussão. Ele criticou a rejeição do proje-to encaminhado pelo ex-prefeito CoutinhoJorge "através do 'rolo compressor' ado-tado pelos vereadores da Coligação do Po-vo", por julgar que o Estatuto garantiu ai-gumas prerrogativas para o funcionalismopúblico municipal. O comportamento dospopulares nas galerias do plenário, segun-do Zenaldo Coutinho, foi fruto de uma "or-

questração" do PT. Conforme ele, esse

§artido, "que defende tanto a moralização

a Câmara, é dos que mais apadrinhamfuncionários". "O PT trouxe uma dúzia deapadrinhados para as galerias, pensandoem nos intimidar", salientou. De acordocom o líder do PFL, o Estatuto do Funcio-nalismo proposto pelo ex-prefeito de Be-lém é cheio de irregularidades, inclusiveinconstitucionais.

Conforme o presidente da Câmara Mu-nicipal, Nelson Chaves, houve uma "mole-cagem da minoria". Para ele, o tumultonas galerias "já estava premeditado e en-saiado". "Trata-se de uma claque profis-sionalizada", observou. Ele salientou ain-da que a votação foi encaminhada de ma-neira democrática, lembrando, mais umavez, que o Estatuto não mais poderia sersubmetido a discussões por se encontrarem processo de votação desde a Legislara-ra anterior. Segundo ele, o prefeito SahidXerfan já assegurou a participação deuma representação do Legislativo munici-pai na elaboração de um novo Estatuto doFuncionalismo.

O líder do PTB na Câmara, Wady Ka-yath, disse que "o povo deveria primeira-mente estar esclarecido sobre o que seráfeito, antes de criticar". "O que se vê, con-tudo, é um povo exaltado que se nega a es-cutar, para a partir disso tirar suas con-clusões , afirmou. A rejeição também foidefendida pelo líder do PMB na Câmara,José Luís Toscano. Para ele, os vereado-res novos não poderiam meramente apro-var a matéria, por não terem participadode suas discussões e não poderem apresen-tar emendas. Em seguida, a sessão foi rei-niciada e imediatamente encerrada. O ve-reador "Babá", do PT, conclamou nova-mente os populares a comparecerem àsgalerias na sessão de hoje.

Logo ao final da tumultuada sessão deontem, a Mesa Diretora da Câmara Mum-cipal de Belém imediatamente começou aadotar providências visando ao disciplina-mento do ingresso nas galerias popularesdo plenário Lameira Bittencourt. Isso por-que, entre as pessoas que protestavam egritavam palavras de ordem — algumasdirigidas ao vereador Zenaldo Coutinho(PFL) — por ocasião da rejeição por maio-ria do Estatuto do Funcionalismo PúblicoMunicipal, foram identificados alguns fun-cionários da própria Casa.

Através de uma portaria, o presidenteda Câmara, Nelson Chaves, proibiu a per-manência de funcionários da Câmara nasgalerias do plenário, não somente duranteo horário das sessões mas também duran-te o expediente normal. "Se há funciona-

Lembrado

vertidosrios nas galerias, isso automaticamenteimplica em que eles não estão trabalhan-do , enfatizou ele. Apenas por essa razãofoi adotada a medida, afirmou. A mesmaopinião foi compartilhada pelo Io secreta-rio da Câmara Municipal, Eloy Santos.

Nelson Chaves assinou ainda uma ou-tra portaria, em caráter de advertência,dirigida a quatro funcionários da Casa queforam identificados entre os populares quelotavam as galerias do plenário na sessãode ontem. São eles os técnicos administra-tivos parlamentares João Raimundo Sou-za e José Maria de Castro Pedroso, a assis-tente administrativa Lenise Amorim Bar-reto e a consultora jurídica Graça Torres.No caso de reincidência, os funcionáriosserão exonerados de suas funções pelasvias administrativas legais.

imentodo professor Seihó Gushi

O falecimento do professor Seihó Gus-hi, ocorrido na semana passada, foi lem-brado pelo presidente da Câmara Munici-pai de Belém, Nelson Chaves, na sessão deontem. Ele destacou o trabalho valioso eobstinado do professor, que foi o fundadordo curso de Engenharia Mecânica do Cen-tro Tecnológico da Universidade Federaldo Pará (UFPa). A perda do profissional,segundo ele, desfalcou o Conselho Regio-nal de Engenharia, Arquitetura e Agrono-mia (Crea), Faculdade de Ciências Agra-rias do Pará (Fcap), Associação da Ami-zade Nipo-Brasileira (Assami) e o Clubede Engenharia do Pará. Através de um re-querimento, o presidente da Câmara soli-citou o envio de votos de pesar à viúva doprofessor e a todas as entidadesmencionadas.

O vereador Osvaldo Serrao (PD enfa-tizou a inconstitucionalidade das portariasdo Conselho Nacional de Petróleo (CNP),que segundo ele estabelecem a incidênciado Imposto sobre Vendas a Varejo de Com-bustíveis Líquidos e Gasosos (IVV) tam-bem sobre os consumidores. Conforme overeador, o contribuinte do imposto deve-rá ser, obrigatoriamente, o vendedor doscombustíveis e não o consumidor final. Amedida do CNP, de acordo com OsvaldoSerrao, "imputou aos bolsos dos consumi-

dores brasileiros o ônus do pagamento doimposto".

O Dia Nacional da Mulher — comemo-rado em 30 de abril — foi destacado pelovereador Eduardo Menezes (PFL), que re-quereu a marcação de uma sessão solenepara 2 de maio, em homenagem à passa-gem da data. A vereadora Socorro Gomes(PC do B), por sua vez, salientou o Dia In-ternacional da Mulher, que transcorreamanhã.

A recuperação geral dos bairros doJardim e da Campina, em Icoaraci, foi so-licitada pelo vereador Rocimar Santos(PDS). Todas as vias públicas dessas loca-lidades, segundo ele, encontram-se em es-tado precário de conservação e trafegabi-lidade, necessitando de serviços de capina-ção. A instalação de um aparelho telefôni-co comunitário em frente ao Hospital Bar-ros Barreto foi requerida pelo vereadorMílvio Tavares (PD, que também reite-rou um pedido no sentido de que os verea-dores evitem fumar no plenário.

O vereador Cipriano Sabino (PDS) so-licitou, às entidades competentes da admi-nistràção municipal, a abertura de valas,limpeza de ruas e colocação de aterros narua Nova II e nas passagens Lauro Mal-cher, Júlio Paulino e Santo Antônio, afeta-das por constantes alagamentos nos perío-dos chuvosos.

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"Não está adiantando nada". A declaração foifeita pela leitora Maria Adelia Ribeiro, residenteno conjunto Valparaíso, no bairro do Coqueiro,referindo-se à campanha contra o fumo dentro doscoletivos, deflagrada pela Empresa Metropolita-na de Transportes Urbanos (EMTU). Maria Adé-lia contou que na última sexta-feira, às 8 horas,em um ônibus que faz a linha Souza-Una, o cobra-dor "vinha fumando tranqüilamente, como se nãoestivesse havendo campanha nenhuma". O pior,de acordo com a leitora, "é que a EMTU fez acampanha pensando nos passageiros fumantes equem acaba transgredindo a lei são exatamenteas pessoas que trabalham nos ônibus". Ainda se-gundo Maria Adelia, não havia nos ônibus nemmesmo os cartazes que divulgam a campanha. Aleitora solicitou à EMTU que oriente os operado-res do sistema de transportes coletivos quanto aosentido da campanha. "Não adianta nada os pas-sageiros serem impedidos de fumar se os cobrado-res fazem isso na cara de todo mundo", finalizou aleitora. . ¦

Um buraco existente na esquina da avenidaAlcindo Cacela com a rua Boaventura da Silva, nobairro do Umarizal, vem atrapalhando bastante otrânsito na artéria. A bronca é do leitor PedroLuís Amarante, residente no trecho. De acordocom o leitor, o buraco é, na realidade, "uma caixade esgoto sem tampa que foi quebrando e hoje játoma conta de uma boa parte da rua". O tráfegode veículos no perímetro está bastante compro-metido e, segundo Pedro Luís, "até mesmo a pas-sagem de pedestres, que têm que prestar bastanteatenção para atravessar a rua". A noite, confor-me o leitor, o problema aumenta, tanto para osmotoristas quanto para os transeuntes. "Se ai-guém quiser atravessar a rua nesse trecho e nãosouber do buraco pode até acabar caindo lá den-tro", disse Pedro Luís. O leitor apelou à Secreta-ria Municipal de Saneamento (Sesan) que tomeprovidências urgentes para resolver a questão."Espero que esse problema seja solucionado rapi-damente', completou Pedro Luís. |

Falta de água é o problema que os moradoresdo edifício Urano, do residencial Olimpus, situado

na rua da Municipalidade, no bairro do Telégrafo,vêm enfrentando desde a semana passada. A quei-xa foi feita pela leitora Maria de Fátima Reis Ri-beiro. Segundo a leitora, dos prédios existentes noresidencial Olimpus, só no "Urano" está faltandoágua. Maria de Fátima contou que "a água chegaàs 5h30 e fica até 9 horas, quando é desligada".Depois, o fornecimento do liqüido só é normaliza-do às 19 horas, mas mesmo assim apenas por cer-ca de 20 minutos. Desse momento em diante, faltaágua até às 5h30 do dia seguinte. A situação, deacordo com Maria de Fátima, está ficando "insus-tentável". O síndico do edifício Urano, segundoela, disse que a questão é de responsabilidade daCosanpa e que não existe nenhum problema nabomba d'água do prédio. A leitora solicitou à Co-sanpa que verifique se o problema é realmente desua competência ou se o caso é com a bomba. "O

que não pode acontecer é continuarmos nessa si-tuação", reclamou Maria de Fátima.

Sem contar com serviços de pavimentação as-fáltica, os moradores da avenida Antônio Everdo-sa, no perímetro compreendido entre as travessasda Vileta e Humaitá, no bairro da Pedreira, vêmenfrentando sérios problemas. De acordo com aleitora Ivanilde Pereira, como a artéria não é as-faltada, nessa época de chuvas fortes e freqüentesa situação das pessoas que residem no trecho é"simplesmente desesperadora". Além de não serasfaltado, o perímetro, conforme Ivanilde Perei-ra, ainda é "totalmente desnivelado". "Andar poraqui é um sacrifício constante e um eterno exerci-cio de malabarismo", reclamou a leitora. A lama,segundo Ivanilde Pereira, "tomou conta de tudo".Até os sapatos dos moradores sofrem com a situa-ção. "São dois trabalhos: um de sair de casa como sapato limpo e outro de voltar para trocar o sa-pato, já sujo". De acordo com Ivanilde, muitosmoradores, para evitar o "entra e sai", resolve-ram, agora, "sair de casa com sapatos velhos e sócolocar os bons na avenida Pedro Miranda, quan-do não há mais risco de lama". A leitora pediu àSecretaria Municipal de Obras (Semob) que 'deum jeito nessa situação, que não está fácil".

Congelamentosem respeito

Em telefonema à reda-ção de O LIBERAL, o leitorJosé Moraes de Sales de-nunciou o desrespeito quevem sendo verificado emrelação ao cumprimento docongelamento de preçosinstituído pelo governo fe-deral, através do PlanoVerão.

José Moraes de Salescontou ter comprado o re-médio Lactipan, para in-fecção intestinal, em umafarmácia localizada naavenida Almirante Barro-so, às proximidades daavenida Júlio César, nobairro do Souza. O remédiocustou, nesse estabeleci-mento, NCz$2,40. Passadostrês dias, o leitor adquiriunovamente o remédio, des-sa vez em uma farmácia lo-calizada na avenida Serze-delo Corrêa, às proximida-des da avenida Nazaré, nobairro de Nazaré. Para suasurpresa, entretanto, o re-médio foi vendido por NCz$3,73."E o congelamento?",indagou José Moraes de Sa-les. Para ele, o Procon de-veria efetuar uma fiscali-zação rigorosa nas farmá-cias da cidade, aplicandoinclusive, multas. "Só as-sim esses estabelecimentosvão respeitar o congela-mento do governo", com-pletou o leitor.

Asfalto demá qualidade

"A péssima qualidadedo asfalto colocado na ave-nida Bernardo Sayão é aprincipal responsável peloafundamento da artéria".A declaração foi feita, on-tem, pelo leitor João Fer-nando Abdias, residente natravessa Padre Eutiquio,no bairro da Cremação.

Como passa diária-mente pela avenida Ber-nardo Sayão, a caminho dotrabalho, João Fernandodisse poder avaliar, "a ca-da dia, a sensível piora doestado da artéria". Em ai-guns trechos da avenidaBernardo Sayão, os bura-cos já tomaram "literal-mente" conta da artéria,"praticamente inviabili-zando o tráfego de veícu-los". Além disso, em outrosperímetros "a avenida estáafundando mesmo". Den-tro em pouco, disse o leitor,"os carros vão deslizar pe-Ia pista e acabar dentro dasvalas".

João Fernando solici-tou à Prefeitura Municipalde Belém (PMB), atravésda Secretaria Municipal deObras (Semob) que "resol-va logo essa situação".

CARTASSALÁRIOS

Senhor Redator,Após pactos e planos decididos e im-

plantados pelo Planalto e endossados emgênero e número pelos nossos inertes e ino-perantes representantes, só tinha que darno que deu; e bode expiatório não poderiadeixar de ser o funcionário público federal.Vejamos o seguinte: todo mundo, especial-mente os políticos, teve sua remuneraçãoreajustada entre 80 e 250%; as vítimas aci-ma citadas tiveram a sua em apenas 60%,que com a extinção da URP representouum reajuste de 33%; para aumentar osseus problemas, seus míseros vencimentosserão pagos, a partir deste mês, entre 6 e10 do mês seguinte. Agora, como pagar luz,água, telefone, colégio, BNH, etc, a maio-ria vencendo no último dia do mês? Feli-zes estão os agiotas, que em 10 dias estãofaturando entre 40 e 50% em cima dos mi-seráveis funcionários. Sou e serei defensorde um governo digno e honesto, só não pos-so compactuar com determinadas incoe-rências com cara de mutreta. Até aceitoque o governo somente pague o funciona-lismo após receber os impostos, pois só pa-go a empregada doméstica ao receber osmeus vencimentos, tudo bem, mas já ini-ciaram a coisa errada. Quando são expe-didos os contra-cheques, o dinheiro já foidistribuído à rede bancária. É justamen-te o que está acontecendo, o funcionalismofederal todo com os seus em mão, talvezpara outra utilidade, e seu dinheiro renden-do juros. Para quem, só Deus sabe... O quese tem certeza é que no dia 10, quando bo-tar a mão no tutu, estará cercado de ágios-tas e problemas e quando chegar à suaresidência já estará duro.

Lembro aos nossos representantes queeleição é o aperfeiçoamento do voto. O em-prego de parlamentar no Brasil é o melhordo mundo e quem não atuar vai para o olhoda rua. Vejam o que aconteceu nas Cama-ras de Vereadores. Ninguém engana maiso povão, na hora do voto ele cobra, a par-tir de 1? de fevereiro de 1991 vai ter muitagente desempregada. Vamos fazer justiçacom o político que realmente cumpre comsuas obrigações para conosco, infelizmenteuma minoria. E para aqueles que somen-te se lembram do eleitor às vésperas dopleito, um até logo.

Antônio Monteiro

O PEDÁGIO FORA-DA-LEISenhor Redator,

A opinião pública está às voltas coma instituição de mais um tributo, por par-te do Governo. Trata-se do Pedágio cobra-do pela utilização das rodovias federais.Mas, é tal imposto legal? A resposta estácondicionada à análise de uma série de fa-tores, à luz da ciência jurídica.

O vocábulo Pedágio, segundo magis-trai lição do Mestre Aurélio, provém doía-tim vulgar Pedaticu, através do italianoPedaggio, e significa o "tributo cobrado pe-lo direito de passagem por uma via de

transporte terrestre, como uma estrada,uma ponte, um túnel..." (Aurélio, 1986). Oinstituto não é apanágio das modernas le-gislações. Ele foi praticado pelo ImpérioRomano pela utilização das estradas e ou-tros logradouros públicos. Sua prática foitambém muito comum durante o Feudalis-mo, entre a nobreza e a vassalagem. NosEstados modernos, o Pedágio tem por fi-nalidade precípua, ou como fator gerador,a manutenção e conservação das viasmantidas pelo Poder Público.

Certo órgão de classe do sul do País te-ve, recentemente, negado pedido de limi-nar contra a cobrança do dito tributo. OExcelso Pretório achou por bem coletarmaiores detalhes sobre a questão, antes dedecidir o mérito da demanda. O SupremoTribunal Federal acertou com sua decisãopreliminar, isto porque, ao contrário do en-tendido por muitos, a medida liminar é uraprocedimento especialíssimo, somente uti-lizável quando for relevante o fundamentoe do ato impugnado puder resultar a inefi-cácia da medida, caso seja deferida. (Lei1.533. de 31.12.51, art. 7?, II). Não é este, emabsoluto, o caso do referido órgão de cias-se impetrante, até porque, caso o julga-mento lhe seja favorável, há apossibilidade de ressarcimento pela Uniãodas quantias indevidamente pagas.

Mas, onde, a rigor, a ilegalidade domalsinado tributo?

Há quem sustente que a fixação deadesivos nos vidros dos veículos é, em fa-ce da Lei n? 7.052, de 02.12.82, proibida. Esteraciocínio se mostra falacioso porque, nostermos da Lei de Introdução do Código Ci-vil, art. 2?, § 1?, tal diploma foi, com a pu-blicação de lei posterior com ele incom-patível, revogado.

O art. 150"da Constituição, inciso V, ve-da "à União estabelecer limitações ao trá-fego de pessoas ou bens, por meio detributos interestaduais ou intermunicipais,ressalvada a cobrança de pedágio pela uti-lização de vias conservadas pelo Poder Pú-blico" (grifo nosso). Não haveria nenhumproblema com o imposto questionado, nãofosse a já existência do Imposto sobre Pro-priedade de Veículos Automotores (IPVA),cujo fato gerador é análogo ao do Pedágio.Onde, na Lei Magna, está, pois, a ilegali-dade do tal tributo? No artigo 154,1, ondeé vedado à União instituir impostos cumu-lativo, ou seja, com fato gerador repetido,ou bitributado.

Do exposto pelo texto constitucional,depreende-se que o legislador constituin-te repugnou a multi-tributação, não só porferir a paz social, como por agredir o es-(atuído no art. 150, IV, onde se repudia ii uti-lização do tributo com efeito de confisco.

Umas considerações de ordem doutri-nária cabem a respeito da exata significa-ção do que venha ser Fato Gerador. Estae a situação definida em lei como neces-sária e suficiente à sua ocorrência.

É, pois, o Pedágio flagrantemente in-constitucional, malgrado estar reguladopor lei. Uma lei, todavia, hierarquicamen-te inferior à Lei Máxima, portanto, passí-

vel de imediata revogação.Perguntará, agora, o cidadão o que de-

ve fazer para pôr-se a salvo de tal abusolegalizado. Os esclarecimentos são assaznecessários.

A Súmula 266 do STF diz não cabermandado de segurança contra lei em tese,e esta tem sido a posição tanto na doutri-na quanto na jurisprudência. O caso do ór-gão de classe que impetrou o Writ contrao Pedágio lá para as bandas do Sul é exce-lente exemplo. E a prevalecer tal entendi-mento, a ordem será denegada. Com efeito,não e o mandado de segurança o remédiolegal aplicável à espécie, conforme pacífi-ca tradição sumular. Não se admite a uti-lização da Segurança visando fulminarnorma enquanto disposição ainda não pro-dutora de efeitos jurídicos, ou geja, enquan-to restrita a sua eficácia à condição delatente virtualidade. E o sindicato que ten-tou junto ao STF a anulação da norma emquestão não o poderia fazê-lo, isto porque,em relação a ele, a lei atacada ainda nãohavia produzido efeitos jurídicos a serematacados pela via do Mandamus.

Agora, se determinado motorista da-quele Sindicato for multado por não exibiro auto-selo, aí sim, poderá o órgão de cias-se acudir seu filiado, impetrando a ordem.

Se algum cidadão ou alguma institui-ção quiser atacar determinada lei em te-se, deve fazê-lo por meio das viasordinárias.

Embora pareça, juridicamente falan-do, estranho, mas o mais apropriado reme-dio contra o dito Pedágio é oHabeas-Corpus, porquanto, consoante re-za o inciso LXVIII do art. 5? da Constitui-ção, o instituto tutela o direito de livrelocomoção, sempre que este direito seachar ameaçado, em virtude de ilegalida-de ou abuso de poder. E uma lei que firaa Constituição é simplesmente um caso deilegalidade.

É livre a locomoção no território na-cional em tempo de paz, podendo qualquerpessoa, nos termos da lei, nele entrar, per-manecer ou dele sair com seus bens, rezao inciso XV do art. 5? da Carta Magna. Porsilogismo, e extraindo-se a expressão "nostermos da lei", a considerar-se que não seadmite impostos cumulativos, tem-se co-mo resultado que o cidadão deve recorrerao Habeas-Corpus, sempre que se lhes obs-tarem o caminho.

Não pode o cidadão ser penalizado pe-Ia incompetência dos governantes; tam-pouco, pode ser responsabilizado pelo malfuncionamento da máquina tributária doEstado ou pelo uso irregular dos recursospúblicos.

João Viana SiqueiraCartas para estas colunas devem ser en-

viadas à redação de O LIBERAL — rua Gas-par Viana, 253, Comércio, Belém-Parà. CEP66.000 — para as seções "Cartas" ou 'Quei-xas", em lauda datilografada, com no máximo20 linhas, contendo nome e endereço do reme-tente e seus números de Identidade e telefone.

Não devolvemos os originais.

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Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 O LIBERAL ESPORTES 9

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I Copa de Handebol de Cinco:h procura de novos valores

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Boxe, atração da próxima quarta-feira.

Confirmado Campeonatode Boxe de Estreantes

"' Está confirmada para a noite'desta próxima quarta-feira, a partir

das 20 horas, na sede da escola desamba "Quem São Eles", a aberturado Campeonato de Estreantes, pro-movido pela Federação Paraense dePugilismo (FPP). A informação é deÁna Maria Lima, presidente da FPP,segundo a qual o Campeonato de Es-treantes contará com um total de se-te filiados — Estrela do Norte, 31 deMarço, Norte Brasileiro, Paissandu,Joe Louis, Clube Timbiras e ClubeAtlético São Paulo. Desses, dois —Clube Timbiras de Pugilismo, do

bairro do Jurunas, e Clube AtléticoSão Paulo, do bairro do Marco —filiaram-se recentemente à FPP e fa-zem sua estréia no certame.

Programação — O Campeonatode Estreantes será disputado em trêsetapas, a primeira das quais serárealizada nas próximas quarta equinta-feiras. A segunda etapa estáprevista para os próximos dias 15 e16, com a última etapa prevista paraos dias 29 e 30 deste mes. A progra-mação das lutas da primeira etapa,segundo a presidente da FPP, deveráser divulgada nesta terça-feira.

e salão te3Í ,-9 Com início previsto para as 20 ho-/¦ras, será realizada na noite destaopróxima quarta-feira, no ginásio de."esportes "Moura Carvalho", do Pais--,sandu, mais uma rodada pelo Tor--•neio das Comunicações, promovidoiipela Federação de Futebol de Salão/do Pará (Fefuspa). A informação é

do próprio presidente da Fefuspa,.Astrogildo Piedade, que confirmou,nesta última segunda-feira, a reali-

4.cação da rodada, que terá como pre-ôliminar a partida entre as equipes da

TV Liberal e SBT, enquanto os timesda RBA e TV Cultura farão o segundojogo da noite.

Conselho Arbitrai — Por outro la-do, Piedade confirmou para a próxi-ma sexta-feira, 10, a reunião do Con-selho Arbitrai da Fefuspa, na qualdeverão ser definidos o regulamentoe a tabela do Campeonato Paraensede Futebol de Salão Adulto. Com seuinício previsto para as 18h30min, areunião será realizada na sede daprópria federação.

u.t, Volta do Brasil adiadafalia de consenso

Com o objetivo de difundir o han-debol e descobrir novos valores, aCoordenação de Handebol do Pinhei-rense, de Icoaraci, comandada pela • gtreinadora Kátia Amanajás, promo- |ve, de hoje até o próximo dia 20, a I .§Copa Pinheirense de Handebol de 5.As equipes comerciárias da Ibira-puera Comercial de Bebidas, UniãoMassa e Biscoito, Aquarela Tintas eSuper Lojão Icoaraci, disputarão acompetição, que terá todos os jogosdisputados no ginásio do SESC. Hoje,a partir das 20 horas, será disputadaa primeira rodada, com os seguintesjogos: Aquarela Tintas X União Mas-sas, na partida preliminar, e Ibira-puera X Super Lojão, no jogoprincipal.

Segundo Kátia Amanajás, a rea-lização da competição visa, também,ativar o processo de renovação dohandebol paraense, dando a oportu-nidade às atletas iniciantes de atua-rem com jogadoras mais experiên-tes. Kátia disse, ainda, que o hande-boi praticado com cinco atletas emcada time, levará as jogadoras ini-ciantes a assimilarem novas formasna prática do esporte.

Equilíbrio — As atletas mais ex-perientes, que integram a SeleçãoParaense, disputarão a competiçãodivididas nas quatro equipes e terãoa incumbência de organizar tática-mente seus times. Para a goleiraAdriane Araújo, da Seleção Paraen-se, considerada a melhor do Norte eNordeste, a iniciativa da promoção élouvável, pelo fato de "podermostransmitir um pouco da nossa expe-riência para as jogadoras inician-tes", afirma.

Em seguida, os times que dispu-tarão I Copa Pinheirense de Futebolde 5; Aquarela Tintas — AndreiaAzevedo, Cláudia Lima e Laura Maia(todas da Seleção Paraense), alémde Aurélia Freitas, Idália, Cilene Ne-ves, Valdinéa Jaste, Rosana e Adria-na; União Massas — Sônia Martins eRegina Araújo (Seleção Paraense), emais, Neila Cristina, Regina Olivei-ra, Jalila, Cláudia, Eliana Martins,Jacira e Edileusa; Super Lojão — Ri-soleta Miranda e Fernanda Pereira(Seleção Paraense), jogarão tam-bém, Elizabeth Melo Ângela Mar-tins, Camila, Danila, Simone, GiseleAraújo e Liane; e Ibirapuera de Be-bidas — Adriane Araújo, Simone Go-mes e Kátia Lopes (Seleção Paraen-se) além de Cristina Tenério, SileneBentes, Bernadeth Cristina Barata eHelena Natividade.

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¦ü! São Paulo (AG.! — A Volta Ciclís-;-tica Internacional do Brasil, previstaáfjafa soRdisputada.de 10 a 20 de abril,.¦íoi adiada ontem, depois que a Confe-

deração Brasileira de Ciclismo e a:Atletic Promoções não chegaram a um

.• acordo sobre o contrato de promoçãodo evento. A Atletic queria a garantia

.de organizar a prova por no mínimoíi três anos e como a CBC só se dispôs,;.a negociar a prova deste ano, desistius[do negócio.

Segundo Flavio Aronis, presiden-te da Atletic, ainda é possível tentar

[ Na rotinat Graf conq

San Antônio (UPI) — A alemã-ocidental Steffi Graf levou somente 77minutos, sob temperaturas muito bai-xas, para vencer domingo passado à

¦ noite, a norte-americana Ann Henricks-;.son, por 6-1 e 6-4, conquistando assim... o título do Campeonato de Tênis Femi-ípino dos Estados Unidos em quadra de'concreto, dotado com 200 mil dólares' ém prêmios.°.LJ Graf, que derrotou Katerina Malee-"! va na final do ano passado ganhou 40¦'mil dólares de prêmio. Este foi o seu"»330fi título individual. A alemã-

-oocidental está invicta há 17 partidas-mesta temperada.ob Graf ganhou o primeiro set em ape--unas 22 minutos, mas Henricksson lutour, ,no segundo, antes de perder seu servi-".',fio, ficando com uma desvantagem de°b '

Ambas mantiveram seu saque nosmtrês games seguintes, com o marcadorindicando 5^1, e Graf se recuperou ao

«perder de 0-40 no décimo game, paraii (ganhar cinco pontos consecutivos, o set-ge o torneio.

Arquivo

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•zdGraf: nova vitória.

realizar a volta em agosto, caso a CBCconcorde com suas condições.

— Temos uma empresa com fimlucrativo, e fazer um evento como es-te um ano só não trás retorno. Lamen-tamos, pois já havíamos vendido trêsdas cinco cotas de patrocínio, que ago-ra deverão ser utilizadas para patro-cinar uma grande prova de triatlo(Aronis já presidiu a Federação Pau-lista de Triatlo). Gastamos 20 mil dó-lares inutilmente na preparação daVolta, mas quem perde mais é o ciclis-mo brasileiro, que fica sem sua prin-cipal prova de estrada.

de vitórias,ista torneio

"No segundo set tentei pôr a bolamas perto da linha", disse Graf. "Estoujogando melhor agora do que no anopassado, mas é difícil demonstrar issocom este frio de quase zero grau", afir-mou Graf. Henricksson, que ganhou 20mil dólares de prêmio, disse estar sa-tisfeita com a sua atuação. "Aprendique o meu tipo de jogo, de ataque, é amelhor maneira de derrotar TSteffi",disse.

Liderança — A alemã ocidentalSteffi Graf, vencedora do torneio de SanAntônio, aumentou a vantagem no cir-cuito feminino de tênis profissional. Naclassificação divulgada ontem em Mia-mi, Estados Unidos, Graf soma 1.435pontos, 545 a mais do que a norte-americana Zina Garrison.

Classificação individual: 1" SteffiGraf (Alemanha Ocidental), 1.435pon-tos; 2° Zina Garrison (EUA) 890 pon-tos; 3" Martina Navratilova (EUA), 865pontos; 4B Helena Sukova (Tchecoslo-váquia), 795 pontos; 5S Belinda Cord-well (Nova Zelândia), 494 pontos; 6BGabriela Sabatini (Argentina), 440 pon-tos; 7" CatarinaLindqvist (Suécia) 405pontos; 8" Patty Fendick (EUA) 400pontos; 9* Natália Zvereva (URSS), 337pontos; 10B Hana Mandlikova (Austrá-lia), 325 pontos; ll* Amy Frazier(EUA), 315 pontos; 12» Manon Bolle-

fraf (Holanda), 295 pontos; 13» Leila

leskhi (URSS) 283 pontos; 14» ClaudiaKohde Kilsch (Alemanha Ocidental),260 pontos; 15» Larisa Savchenko(URSS), 251 pontos; 16» Raffaela Reg-gi (Itália), 270 pontos; 17» Ann Hen-ricksson (EUA), 260 pontos; 18» LoriMcNeil (EUA),253pontos; 19» BrendaSchultz (Holanda), 242 pontos; 20»Mary-Joe Fernandez (EUA), 240pontos.Classificação de duplas: 1» PattyFendick (EUA)-Jill Hetherigton (Cana-dá), 1.430 pontos; 2» MartinaNavratilova-Pam Smnver (EUA) 1.060pontos-3» Katrina Adams-Zina Garri-son (EUA), 760 pontos; 4» JanaNovatna-Helena Sukova (Tchecoslová-quia). 615 pontos; 5» Larisa Savchenko-Natália Zvereva (URSS), 475 pontos.

A A KKSão Paulo (AJB) — Ficou mais

distante a hipótese de a equipe bicam-peã paulista de basquete feminino, aMinercal, da cidade de Sorocaba, a 92quilômetros de São Paulo; transferir-se em peso para a Associação Atléti-ca Banco do Brasil, de Brasília. "Pro-vavelmente teremos um final feliz",avaliou ontem Benedito Pagliato, umdos proprietários da empresa que dánome ao time, antes de uma reuniãocom a sua estrela máxima, Hortência— cestinha da Seleção Brasileira — ecom o treinador da equipe, AntônioCarlos Vendramini.

Lembrando que a possibilidade dedissolução da equipe está ligada aos li-mites de seu orçamento, Pagliato res-salva que considera um direito dasatletas procurarem conseguir um con-trato vantajoso para atuar. O otimis-mo de Pagliato para a manutenção desua equipe se deve às negociações quevem encaminhando com a Arisco —empresa do ramo alimentício — paraco-patrocinar o time. "Somando osdois, podemos resolver o problema",afirmou.

As negociações de suas jogadorascom a AABB surgiram, segundo ele,de uma sugestão sua. 'Eles tinham in-teresse em contratar a Hortência e oVendramini. Sugeri que as outras jo-gadoras fossem conversar também",explicou. Na sexta-feira, Hortência eo treinador reuniram-se com um re-presentante da AABB em São Paulo ediscutiram a transferência da equipe.

Hortência, por sua vez, faz quês-tão de sublinhar que não tem intençãode deixar Sorocaba. "Na sexta-feirapela manhã, numa reunião, ele (Pa-gliato) não fez uma contra proposta fi-nanceira e liberou a gente paranegociar com outra equipe", rememo-rou a jogadora.

"Parece que estamosfazendo um absurdo de proposta, masnão é nada disso", afirmou Hortência,referindo ao grupo todo, sem citar nú-meros, antes de outra reunião com Pa-gliato, no início da noite de ontem.

Como exemplo de suas intençõesde ficar na cidade, a jogadora lembraque teve um papel importante no con-tato com a Arisco. "Eu e o Vi tor — Jo-sé Vítor Oliva, noivo da jogadora —

Kátia Amanajás com jogadores do Pinheirense: trabalho de base.

Kay decide a i ¦ a travessi:Teresina (AJB) — A nadadora

paraibana Kay France, recordistalatino-americana da travessia doCanal da Mancha decidiu adiar, pormais um ano, o desafio de fazer a idae volta do canal. Agora Kay preten-de voltar ao canal em agosto de 1990,quando terá então 27 anos. Em 79,Kay tinha 16 anos. Segundo ela, aidade não é problema: "quem se dis-puser a ter sucesso nessa travessiaprecisa de maturidade", diz. A deci-são de adiar a prova se deve à faltade patrocínip e também à impossi-bilidade do pai e técnico dela, JoséSales Pontes, de sair da Paraíba es-

te ano, onde tem negócios parti-culares.

Desde que veio morar em Tere-sina, Kay tem continuado os treina-mentos. Diariamente ela correlOkm, faz ginástica e nada na pisei-na do Departamento de EducaçãoFísica da Universidade Federal doPiauí, onde cursa o segundo ano deMedicina e também é funcionária.Há dois meses ela voltou a João Pes-soa para fazer o treinamento nomar. Esteve também em São Paulo,onde algumas empresas multinacio-nais, segundo ela, se interessaramem patrocinar a travessia. "Mas

eles exigem um projeto detalhado.Estamos mais apreensivos desde oque aconteceu com a Renata". Kayse refere à morte da nadadora Re-nata Agondi, 24 anos, que em agos-to do ano passado tentou a travessiado canal. Agora, Kay pretende con-seguir uma ajuda de custo para po-der viajar, pelo menos duas vezespor mês para Parnaíba (a 350km deTeresina) e praticar no mar.

Enquanto isso, ela quer dar au-las de natação para adultos e crian-ças, uma maneira de melhorar oorçamento e também ensinar àspessoas um pouco do que ela sabe.

me da Minercal paratorna-se mais difícil

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Hortência: possibilidade de ficar na Minercal

voltamos de Miami no mesmo vôo queo presidente da Arisco. Daí surgiu aidéia do patrocínio". Oliva, o empresa-rio da noite paulistana com quem Hor-tência se casará no dia 23 de maio,começou as negociações e ele mesmointerveio pessoalmente para que a no-va empresa aumentasse seu investi-mento. "No fim, com o dinheiro daArisco dá para pagar o meu salário

mais o de três jogadoras americanas",avaliou.

Aguardando em sua casa em So-rocaba um telefonema da AABB, Hor-tência não sabia ainda seu destino e ode suas companheiras até o final datarde de ontem, mas lembrou que nãodeve ir sozinha para Brasília, se atransferência se concretizar. "E eu voujogar com quem?", pergunta.

Lendl absoluto no ranking

enna estabelece recordes

[RJ Paris (AFP) — O tchecoslová-ob co Ivan Lendl continua no primeiroaos lugar da classificação da Associa-

ção dos Tenistas Profissionais(ATP), à frente do sueco Mats Wi-lander e do alemão ocidental Boris

""""'Becker.-TV.-

-?ii- . Classificação: Io, Ivan LendlrA (TCH), 137,66 pontos; 2o, Mats Wi-'lander (SUE), 132,76 pontos; 3o Bo-WM ris Becker (RFA) 108/73 pontos; 4o'aíl' Stefan Edberg (SUE), Wi,W pontos;.oro

5o, André Agassi (EUA), 107,14 pon-tos; 6o John Mcenroe (EUA) 85,30pontos; 7o, Kent Carlsson (SUE),84,15 pontos; 8o Jimmy Connors(EUA), 74,00pontos; 9o, JakobHla-sek (SUI), 73,52 pontos; 10°, TimMayotte (EUA), 67,85 pontos; 11°,Henri Leconte (FRA), 64,66 pontos;12°, Miloslav Mecir (TCH), 62,38pontos; 13°, Thomas Muster (Aus-tria), 59,42 pontos; 14°, AaronKrickstein (EUA), 54,95 pontos; 15°,Brad Gilbert (EUA), 51,68 pontos.

Monza, Itália (AP) — O pilotoAyrton Senna, campeão mundial deFórmula-1, estabeleceu uma sériede recordes extra-oficiais ao expe-rimentar seu novo McLaren-Hondadurante o fim de semana no autódro-mo de Monza.

O novo McLaren, que tem ummotor Honda de aspiração normal,foi mais rápido que os célebres tur-bos no traçado onde se disputa oGrande Prêmio Italiano.

Senna conseguiu um tempo deum minuto, 26.71 segundos, que foidois segundos mais rápido que o re-corde oficial do circuito.

O brasileiro, que conquistou o ti-tulo de 1988 depois de uma vibrantebatalha com o francês Alain Prost,seu companheiro de equipe, deu 50 Senna: recordes extra-oficiais.

voltas simulando as condições deuma corrida, e registrou uma velo-cidade média de 238,830 quilômetrospor hora, comparada com os 228,528do austríaco Gerhard Berger comuma Ferrari ao vencer a prova noano passado.

O Grande Prêmio Italiano foi aúnica das 16 provas de 1988 que asMcLaren não venceram.

Senna empregou mudanças tra-dicionais em vez da nova caixatransversal que lhe causara algunsproblemas na sexta-feira.

O técnico da McLaren, Jo Rami-rez, disse que a nova caixa será tes-tada depois do Grande Prêmio doBrasil, a ser disputado no dia 26 demarço e que dá início à temporadade 1989.

Futebol de mesainicia torneio

Clube do Remo, Paissandu, TunaLuso Brasileira, Botafogo, Corín-tians, Vasco, Flamília, Aimoré, Ca-narinho e Disney são os clubes quedeverão participar da Copa Disneyde Futebol de Mesa, cuja primeirarodada está prevista para a noite dapróxima quarta-feira, às 20 horas, nasala "Célio França", do ginásio deesportes "Serra Freire". Por outrolado, a tabela da competição deveráser divulgada ainda nesta terça-feira, pela Associação de Futebol deMesa do Pará, que é quem coordenaa Copa Disney. Enquanto isso, a IICopa Imobel de Celotex, que tambémé promovida pela Associação de Fu-tebol de Mesa do Pará, tem seu inícioconfirmado para este próximo do-mingo, às 8 horas, na sede do SantaCruz, com a realização de duas parti-das: Remo x Paissandu, na mesa nú-mero 1, e Sacramenta e Santa Cruz,na mesa número 2.

Celotex — Por outro lado, o Cam-peonato Individual de Celotex desteano, promovido pela Associação Pa-raense de Celotex, tem seu final pre-visto para a próxima sexta-feira,com a realização de um triangularentrç os jogadores Miro, do Coral,Batista, do Coríntians, e José Luiz,do Bangu. O triangular decisivo docertame será realizado na sede doSanta Cruz e tem seu início previstopara as 20 horas. Ailton Santos, Plí-nio Souza e Rui Barros são os árbi-tros escalados para as partidas.

Cartolas deixamMiguel irritadoSão Paulo (AG) — Às vésperas de

seu aniversário — ele vai fazer 25 anosna próxima sexta-feira — o judoca Au-rélio Miguel, que conquistou a únicamedalha de ouro do Brasil em Seul,disse ontem já estar cansado da atitu-de autoritária da Confederação Brasi-leira de Judô que, segundo ele, estácolocando inúmeros obstáculos à suacarreira:

— Não entendo porque, ao invés deme apoiar, a CB J está fazendo todo opossível para prejudicar minha carrei-ra. Agora estão querendo que eu dis-pute as seletivas para a Copa Kodokan,coincidindo com o período de estágioque estarei fazendo no Japão.

De fato, a Confederação tomouduas atitudes que irritaram muito o ju-doca brasileiro: enviou uma carta aoseu clube, a Pirelli, desaconselhandoseu estágio no Japão — Aurélio embar-ca na próxima semana para um perío-do de 60 dias — e determinou que eleterá que participar nos dias 18 de mar-ço e 15 de abril das seletivas para a Co-pa Kodokan Pan-Americana, que serádisputada em Santo André. Mas Auré-lio disse que não está preocupado se aCBJ insistir nas seletivas, entendendoque o periodo que passará no Japão se-rá muito importante para a fase depreparação para o Mundial de Judô,seu principal objetivo na rarreira.

— Se fr ii icsmo obrigado a dispu-tar essas seletivas, fico mais tempo noJapão. Já venci a Copa Kodokan, cm1987, p n importante agora ó o Mu.idial.

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1Q ESPORTES O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Seleção se apresenta e inicia treinosClube dos 13 tem

novo presidenteRio (Sport Press) — Carlos Fa-

china é o novo presidente do Clubedos 13, em substituição a Carlos Mi-guel Aidar, que exerceu o cargo qua-se dois anos. Ele foi eleito nestasegunda-feira, numa reunião no Le-me Palace Hotel. Para vice-presidente foi escolhido Fábio Egyp-to, presidente do Fluminense, antesdas eleições, Benito Masci, sugeriu aextinção do Clube dos 13, mas não foiapoiado pelos dirigentes.

Após a eleição de seu novo presi-dente, o Clube dos 13 estudou as fór-mulas de disputa do CampeonatoBrasileiro apresentadas pelo diretorde Futebol da CBF, Eurico Miranda,em São Paulo. Os presidentes do Co-ritiba e Atlético-PR não concorda-ram com nenhuma das propostas su-geridas por Eurico Miranda. Mas osdois clubes paranaenses, que nãopertencem ao Clube dos 13, serão vo-tos vencidos no Conselho Arbitraidesta terça-feira.

Ao final da reunião, o Clube dos13 resolveu dar um voto de confiançaao presidente Ricardo Teixeira e ànova diretoria da CBF. A maioria dospresidentes dos clubes concordoucom as fórmulas de disputa do Cam-peonato Brasileiro apresentadas porEurico Miranda. Uma delas seráaprovada nesta terça-feira, no Con-selho Arbitrai da CBF.

Acumulado prêmiodos 16 pontos

Brasília (Sport Press) — Nin-guém conseguiu acertar a derrota doGrêmio para o Aimoré, no jogo 6 doteste 950 da Loteria Esportiva, uma ze-bra de apenas 5,5% de apostas. Por is-so mesmo o prêmio ficou acumuladoem NCz$ 184.242,84, já descontado oImposto de Renda.

As dificuldades foram tantas, poisalém da derrota do Grêmio, o Vascoempatou com o Olaria, 0 a 0, com15,5% de apostas, e o Botafogo tambémempatou com o Volta Redonda, 1 a 1,resultado que teve apenas 16,6%, comapenas 13 fazendo os 15 pontos. Cadaum receberá NCz$ 9.448,35, sendo oitode São Paulo, três de Minas Gerais, umdo Mato Grosso do Sul e um do RioGrande do Norte.

A estimativa dos próprios reven-dedores, com o acumulado de NCz$184.242,35, é de que o prêmio paraquem acertar os 16 pontos no teste 951seja em torno de NCz$ 500 mil.

Teste 951 — Apenas o jogo Ban-gu x Olaria, n? 3, está marcado parasábado pelo teste 951 da Loteria Espor-tiva. Os demais, em princípio, serãodisputados no domingo, com destaquepara o clássico Botafogo x Vasco, n? 1.No Campeonato Português teremostambém outro grande clássico, Portox Benfica, n? 12.

As apostas terminam sexta-feira.Em Brasília, às 17 horas. No Rio de Ja-neiro, às 18 horas; Belo Horizonte, às19 horas; Recife, Porto Alegre e Curi-tiba, às 12horas; Salvador eFloriano-polis, às 11 horas. Nas demais capitaiscontinua o prazo de encerramento àsquintas-feiras.

Teste 952 — O clássico gaúcho, In-ter/RS x Grêmio é a principal atraçãodo teste 952 da Loteria Esportiva, nosdias 18 e 19 de março. Santa Cruz xSport é outro clássico estadual que me-rece destaque. Constam ainda da pro-gramação quatro jogos doCampeonato Paulista, três do Carioca,dois do Italiano e um do Paranaense,Mineiro, Cearense, Goiano e Por-tuguês.

Eis os jogos escolhidos pela Co-missão de Programação: 1- Corín-tians/SP x Noroeste/SP; 2- Santos/SPx XV Nov. Pir/SP; 3- Botafogo/SP x S.Paulo/SP; 4- Inter Limeira/SP x Pai-meiras/SP; 5- Atlético/MG x Demo-crata GV/MG; 6- Maringá/PR xCoritiba/PR; 7- Santa Cruz/PE xSport/PE; 8- Icasa/CE x Ceará/CE;9- Atlético/GO x Goiânia/GO; 10- Mi-lan/IT x Verona/IT; 11- Sampdoria/ITx Internazionale/IT; 12- Espi-nho/PORT x Sporting/PORT; 13- Flu-minense/RJ x Porto Alegre/RS; 14-Nova Cidade/RJ x Vasco/RJ; 15- Ame-ricano/RJ x Flamengo/RJ; 16- In-ter/RS x Grêmio/RS.

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Aldair, poupado ontem, treinará hoje.

Raí, outro problemaTeresópolis (Sport Press) — A

Seleção Brasileira ganhou, no seuprimeiro treinamento em Teresópo-lis, mais uma preocupação para osmédicos Lídio Toledo e Mauro Pom-peu: o atacante Raí, do São Paulct,queixou-se de dores no joelho direi-to e foi imediatamente retirado dotreinamento. No primeiro exame,constatou-se que a lesão não é gra-ve e que ele poderá, até, participardo treinamento em tempo integraldesta terça-feira.

O treinamento foi realizado de-baixo de chuva — um verdadeirotemporal, com trovões e relâmpagosassustadores — mas teve a partici-pação dos jogadores, com muitadescontração a alegria, como há ai-gum tempo não se via. Com exceçãode Aldair e Mazinho. e dos goleirosque treinaram à parte com Renato,os jogadores fizeram uma série deexercícios físicos, sempre com a bo-la, sob a direção do professor LuísHenrique. .

Depois, o treinamento foi físicoe, embora Lazaroni tivesse anuncia-

do pela manhã que pouparia o gru-po, todos se empenharam com muitoentusiasmo. Em separado, os golei-ros Zé Carlos, Acácio e Tafarel eramexigidos por Renato, no campo en-lameado, em exercício para apuraros reflexos. A sessão foi encerradacom um treino alemão, com bola,muito animado.

Num ambiente de muita ale-gria, com todos os jogadores cum-pr indo suas tarefas com entusiasmo,dois jogadores se destacaram pelamaneira descontraída com que seempenharam: o goleiro Acácio e ozagueiro Marcelo. Acácio está ten-do sua primeira chance na Seleçãoenquanto Marcelo pode até ser con-siderado um estreante, pois partici-pou da Seleção que fez um amistosona Bélgica, no ano passado, mas nãofoi utilizado por Carlos Alberto Sil-va. Acácio destacou o ambiente deunião e muita seriedade, enquantoMarcelo frisou que está sendo con-vocado pela segunda vez, por umtécnico diferente.

Rio (AJB) — Os jogadores da seleção brasileira se apresentaram on-tem — à exceção de Bobó, liberadopara jogar, pelo Bahia, na Taça Liber-tadores — e imediatamente foramapresentados à filosofia do técnico Se-bastião Lazaroni, em reunião já naconcentração de Teresópolis. O únicoausente à reunião foi Raí, do São Pau-lo, que, como Uidemar, do Goiás, che-gou atrasado a Teresópolis, porproblemas de vôo.

Lazaroni perguntou a cada um,inicialmente, se "vale a pena jogar naSeleção Brasileira". Diante da óbvia eunânime resposta positiva, expôs o se-gundo mandamento da sua filosofia:"Todos devem abdicar de suas ambi-ções pessoais em nome do interesse edos resultados de todo o coletivo". E,como terceiro mandamento, deixouaos jogadores uma pergunta que deve-rá ser repetida, por cada um, todas asmanhãs: "Dá pra fazer melhor queontem?".

Como a maioria dos 22 jogadoresjogou na véspera, o treino da tarde foireservado à parte física, com exerci-cios de reflexo e alongamento. Umrecreativo-tático chegou a ser inicia-do, mas foi interrompido pela chuvatorrencial que caía desde que entra-ram no campo número um da concen-tração, transformando-o num charco.No campo 2, os goleiros treinavam emseparado, em condições ainda piores,entre poças que se formaram em me-nos de cinco minutos.

As chuvas encharcaram o campoe jogadores mas não tiraram o otimis-mo constante de Lazaroni que, ao con-trario de lamentar a falta depossibilidade de trabalhar mais, já noprimeiro dia, preferiu sair-se com es-ta: "Ganhamos alguma coisa hoje (on-tem), pois estamos nos conhecendocomo homens". Para hoje ele planeja— ou melhor, ele prevê o ganho em —treinos táticos de manhã e à tarde, en-cerrando com um minicoletivo, de 20minutos de duração.

O primeiro coletivo está planeja-do para quarta-feira. Resta saber seserá mantido à tarde, como previsto,ou se as chuvas de fim de tarde empur-rarão o treino para a parte da manhã.Mazinho, do Vasco, que sentiu uma fis-gada na coxa no jogo de domingo, con-tra o Olaria, não fará qualqueratividade, enquanto Aldair, do Fia-mengo, que sentia dores no joelho, co-meça a treinar normalmente a partirde hoje. Raí cumpriu a primeira par-te do treino mas voltou a sentir doresno joelho — vítima de uma pancada naúltima rodada do Campeonato Paulis-ta — e foi poupado.

Ontem à noite ainda houve umapalestra para os jogadores, onde osmembros da comissão técnica desta-caram observações a respeito da ar-bitragem sul-americana, com as quaiseles vão se deparar tanto nos amisto-sos quanto na Copa América.

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lazaroni define sua filosofiaTeresópolis (Sport Press) — Um

diálogo franco, em que foi fixado co-mo principal objetivo do grupo a con-quista da classificação para o Mun-dial de 1990 na Itália. Assim, o técni-co Sebastião Lazaroni definiu o seucontato com os jogadores que seapresentaram nesta segunda-feira,no Centro de Treinamento "HelenoNunes". Com sua linguagem pecu-liar, Lazaroni colocou os três itensque nortearam sua conversa com osjogadores:Coloquei para o grupo trêsquestões básicas: Ia — vale a penajogar na Seleção Brasileira?; 2" — Sevale, vamos abdicar de todas as vai-dades pessoais e pensar somente nogrupo; e 3o — temos que nos questio-nar sempre, após cada atividade, seé possível fazer melhor.

Lazaroni explicou que Geovani,como capitão da última Seleção Bra-sileira, a que disputou as Olimpía-das, pediu a palavra e falou em nomede todos os companheiros afirmandoque o grupo está consciente da neces-sidade de muita união e que o objeti-vo de todos é um só: trabalhar muitoe dar ao Brasil a classificação aoMundial da Itália.

Acho que foi uma conversamuito produtiva, um momento deunião positiva, que nos vai render di-videndos importantes para o traba-

lho, longo e difícil, que estamos ini-ciando agora. Senti que todos estãopensando em uma única coisa, o su-cesso do grupo. Assim, não tenho dú-vidas de que teremos os melhores re-sultados — ressaltou.

Treinamento —Aldair e Mazinho,que se apresentaram com lesões, fo-ram examinados pelo médico LídioToledo e ficaram à parte no treina-mento que Lazaroni dirigiu à tarde eque constou de exercícios físicos euma movimentação técnica. Aldair eMazinho fizeram apenas exercíciosleves, de flexibilidade ealongamento.

— Tivemos o cuidado de não exi-gir muito dos jogadores, pois a gran-de maioria teve jogos difíceis no finalde semana. Além disso, este primei-ro período de treinamento visa muitomais a unir o grupo, dar-lhe umaconsciência coletiva.

Na quarta-feira, Lazaroni dirigi-rá o único coletivo desta semana. Al-dair e Mazinho tem possibilidades departicipar do treinamento, mas tudovai depender de como reagirem naspróximas 48 horas. O zagueiro doFlamengo sofreu uma torção no joe-lho direito e Mazinho teve uma ponta-da na coxa, no jogo contra o Olaria,domingo. Mas com o tratamento,eles deverão se recuperar rápida-mente.

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Panorama Nacional

Gilmar, do São Paulo,líder paulista.

Rio(SportPrcss) — Deacordocom o levantamento da Sport Press,é a seguinte a situação dos diversoscampeonatos em andamento, apósa rodada do final de semana.

Alagoas — O CSA, campeão de88, não estreou bem, e ficou no em-pate de 0 x 0 com o Penedense. OCRB derrotou o Ferroviário, por 2 x0, e lidera com dois pontos, ao ladode Capelense, Asa e Comercial.

Bahia — Enquanto o Bahia par-ticipa da Libertadores, o campeona-to começou com apenas três jogos.O Vitória derrotou o Leônico, por 2x 0, pelo grupo B. Neste mesmo gru-po, a Catuense venceu o Serrano, por1x0. Fluminense e Galícia empa-taram de 1 x 1.

Brasília — Tiradentes e Guarámarcaram três pontos na primeirarodada e lideram a chave B. Ceilân-dia e Brasília, que empataram comTaguatinga e Gama e venceram nospênaltis, estão com dois pontos. Nachave A, Taguatinga e Gama mar-caram apenas um ponto.

Goiás — Depois da vitória de 1x 0 sobre o América, o Novo Horizon-te assumiu a liderança da primeirafase com quatro pontos. Atlético,Goiânia, Vila Nova, Quirinópolis,Anápolis e Goiatuba estão com três.

Maranhão — O campeonato co-meçou sem surpresas. O Sampaiogoleou o Expressinho, por 4 x 1, nacampanha pelo hexacampeonato. OMoto também goleou o Tocantins,

por 5 x 0, e o Caxiense fez 1 x 0 noTupan. Ainda não estrearam o Ma-ranhao e o Imperatriz.

Minas Gerais — Ao golear o Fa-bril, por 4 x 0, o Atlético lidera a cha-ve A, após a primeira rodada, comdois pontos. Valeriodoce e Vila No-va estão com um. Na chave B, Cru-zeiro, Caldense e Esportivomarcaram dois pontos. O Américaestá nà chave A e estréia naquarta-feira.

Paraíba — O Botafofo, campeãode 88, foi surpreendido na primeirarodada, ao empatar com o SantaCruz, 0x0. Treze e Auto Esporte der-rotaram o Santos e o Esporte, res-pectivamente, e lideram com doispontos.

Paraná — Com a vitória sobre oCascavel, por 2 x 1, o Atlético conti-nua líder do grupo A, com sete pon-tos. O Coritiba, que goleou oOperário, por 4 x 0, está em segun-do com seis e um jogo a menos. Nogrupo B, Pinheiros e Matsubara es-tão na liderança, com cinco pontos.

Pernambuco — Beneficiado poroutro empate do Sport, 0x0, com oSete Setembro, o Náutico passou àliderança do turno, com seis pontos,ao derrotar o Santa Cruz, por 2x1,de virada. Sport e Santa Cruz estãocom quatro.

Rio de Janeiro — O Vasco, queempatou com o Olaria, de 0 x 0, con-tinua na liderança da Taça Guana-

bara, com sete pontos. Botafogo,Flamengo e Americano estão comseis, e o Fluminense, quatro, ao la-do de Volta Redonda e Porto Alegre.

R.G. do Sul — O Grêmio não sóperdeu para o Aimoré, por 1x0, noOlímpico, como também perdeu a li-derança do grupo B, agora com Ju-ventude e Glória, com oito pontos.Grêmio e Novo Hamburgo estãocom seis. No grupo A, o Aimoré dis-parou com seis pontos. Caxias e In-ternacional (com dois jogos amenos) estão com três pontos.

S.Paulo — Depois de marcarmais três pontos (vitória com maisde três gols) o São Paulo lidera ogrupo 2, com nove pontos, seguido doGuarani, com oito. No grupo 1, In-ter/Limeira, Novorizontino e UniãoSão João estão com cinco; XV de Pi-racicaba e Mogi-Mirim, quatro.

Santa Catarina — Herci lio Luz eMarcílio Dias, que empataram comPróspera e Criciúma, respectiva-mente, continuam na liderança daprimeira etapa, com nove pontos ga-nhos, no grupo A. No grupo B, OJoinville, que derrotou o Avaí, por 2x 0, tem nove.

Sergipe — Os dois jogos da ter-ceira rodada do turno terminaramempatados e não mudou a classifi-cação. Sergipe e Vasco continuam li-deres, com sete pontos, seguidos doMaruinense, com cinco, e o Confian-ça, quatro.

Motivado, Bahia jogacom o Union TachiraSan Crlstobal/Venezuela (Sport Press) —

Motivado pelo empate sem gols com o ¦Marítimo, sábado, em Caracas, que odeixou mais próximo da classificaçãono grupo 2 da Taça Libertadores daAmérica, o Bahia volta a campo nestaterça-feira para enfrentar o Union Ta-chira, vice-campeão venezuelano, emSan Cristobal, às 21h30min do Brasil. Otécnico interino José Carlos Quiróz te-rá o time completo.

Com 3 pontos ganhos — venceu oInternacional, na estréia, por 2 a 1, eempatou com o Marítimo em 0 x 0 —o Bahia aos poucos vai transformandoem realidade seu sonho de conquistara Taça Libertadores da América e che-gar ao Mundial Inter clubes. "Estamosencarando a competição com muita se-riedade e vamos chegar lá", garante opresidente Paulo Maracajá, que estádisposto a manter o mesmo time queconquistou o título brasileiro de 1988,apesar das dificuldades encontradaspara a renovação dos contratos dianteda supervalorização dos jogadores.

O esquema cauteloso utilizado emCaracas será repetido diante do UnionTachira, um time que costuma ser mui-

to perigoso quando joga dentro de ca-sa. Bobó, maior estrela do Bahia eúnico jogador que deve deixar o clubeantes do final da Libertadores, teráuma função importante dentro do es-quema tático. Ele terá liberdade parase deslocar e disparar os contra-ataques com lançamentos para os pon-tas Zé Carlos e Marquinhos. "Nosso ob-jetivo é surpreender o Tachira emjogadas rápidas", garante José CarlosQueiroz.

A delegação do Bahia enfrentou 30quilômetros de estrada de San Domin-go a San Cristobal, mas os jogadores ti-veram tempo necessários paradescansar. O técnico recomendou re-pouso desde o momento da chegada nohotel, às 15h50min de ontem.

José Ramirez, será o árbitro dapartida, auxiliado por César Cachay eCarlos Montalvan, todos do Peru. Ti-mes: Tachira — Francovig; Pacheco,Muriel, Paz e Rojas; Laureano, Geno-vese e Camacaro Pajureck, Villar e Ba-chini. Bahia — Ronaldo; Tarantini,Newmar, João Marcelo, Paulo Robson;Paulo Rodrigues, Gil e Bobó; Zé Car-los, Charles e Marquinhos.

Venezuelanos tranqüilose um empate com oSan Cristobal, Venezuela (UPI)

— A partida entre o vice-campeão ve-nezuelano, Union Deportivo Tachira,e o campeão brasileiro, Bahia, pelogrupo 2 da Taça Libertadores daAmérica, será disputada hoje, comoestava previsto, no estádio PuebloNuevo, desta cidade.

O presidente da equipe venezue-lana , Rodrigo Ri vera, ao anunciar ojogo, explicou que o presidente daRepública, Carlos Perez autorizou asua realização às 19h locais (20h deBrasília), depois de ter sido suspensoo toque de recolher nesta cidade.

O Tachira, líder do grupo 2, en-frentará com tranqüilidade o Bahia,pois tem praticamente garantida asua passagem à segunda rodada daTaça Libertadores, após acumularquatro pontos em duas partidas. Aequipe derrotou o Marítimo, da Vene-zuela, e o Internacional, de PortoAlegre.

O Bahia também está pratica-mente classificado, pois tem trêspontos depois de uma vitória sobre o

InternacionalMarítimo.

O campeão brasileiro está nestacidade treinando para o compromis-so de hoje.

Devido a violentos distúrbiosocorridos nas principais cidades daVenezuela, mas particularmente emCaracas, os jogos da Taça Libertado-res disputados na capital foram aportas fechadas, o que causou prejuí-zo ao Marítimo.A suspensão das garantias constitu-cionais, adotada pelo governo paraenfrentar a violência nas ruas, proí-be as concentrações públicas.

Se o toque de recolher não tivessesido suspenso em todo o país, o jogoentre Tachira e Bahia deveria serrealizado também a portas fechadas,com conseqüentes perdas financei-ras. Mas gestões, antes da suspensãodo toque, entre os dirigentes tachi-renses e as autoridades, incluindo opresidente Andres Perez, assegura-ram uma solução, pois San Cristobalé a praça mais rentável do país.

Careca emagrece e podereaparecer no Cruzeiro

Belo Horizonte (Sport Press)único jogador da lista dos pré-selecionados pelo técnico SebastiãoLazaroni a não ser chamado para oamistoso com o Equador, no próximodia 15, em Cuiabá o atacante Careca,do Cruzeiro, aos poucos começa a re-cuperar sua melhor forma física. Osquilos em excesso, que o levaram dacondição de titular absoluto e ídoloda torcida à reserva, desapareceramrapidamente em puxadas sessões detreinos físicos e o jogador está cotadopara reaparecer no Cruzeiro contra oFlamengo, de Varginha, domingo,em Varginha. .

Consciente de sua má forma fisi-ca na época da convocação ("não fi-quei chateado por ter sido retirado dalista e até já esperava por isso", dis-se o jogador), Careca decidiu levar asério a profissão e encarou sua voltaao time titular do Cruzeiro e à sele-ção como um desafio. Morando na re-sidência do diretor Salvador Masci,irmão do presidente do Cruzeiro, Ca-reca tem recebido o incentivo queconsidera necessário para

"dar a

volta por cima".Satisfeito com a disposição do jo-

gador, o técnico Carlos Alberto Silvanão esconde o interesse de utilizá-lona próxima partida pelo CampeonatoEstadual. "O Careca é um dos me-lhores jogadores do país e entra emqualquer time quando está em for-ma", garante. Outro jogador que es-tá cotado para fazer sua estréia é oPonta Peu, ex-Flamengo. O lateralBalu e o ponta Edson, que não joga-ram sábado porque estão sèm con-trato, devem renovar esta semanapara reforçar a equipe.

Atlético — O técnico Jair Pereiraficou entusiasmado com a excelenteapresentação da equipe na goleadasobre o FaDril, por 4 a 0, domingo noestádio Independência, e acreditaque a tendência da equipe é "crescermais". Os laterais Zanata e PauloRoberto, que não participaram dapartida devem jogar no próximo do-mingo contra o Tupi, de Juiz de Fora.Luizinho e Marquinhos, sem contra-to, foram chamados pela diretoriapara renovar.

Inter poupa titularesem Bento Gonçalves

Porto Alegre (Sport Press) — Doisdias após derrotar o Passo Fundo, por 1 a0, o Internacional prossegue sua maratonade jogos enfrentado o Esportivo, nestaterça-feira, às 21 horas, em Bento Gonçal-ves, em partida adiada da primeira roda-da do Campeonato Gaúcho. O técnico Abelvolta a poupar titulares e a utilizar um ti-me misto, preocupado em evitar desgastedos jogadores para os próximos compro

LibertadoresTaça damissos pelaAmérica.

Taffarel, Luis Carlos Winck e Nilson,que se apresentaram ontem à Seleção Bra-sileira, estão fora dos planos. Nilson, quejogou improvisado no meio-campo e mar-cou o gol da vitória do Inter em Passo Fun-do, cobrando pênalti, será substituído porLeomir, Luis Carlos Martins ou Luis Fer-nando. Provável time: Ademir Maria;Norton, Nenê, Aguirregaray éPaulo Afon-so; Fraga, Dacroce e Leomir ou Luis Car-los Martins ou Luis Fernando; Heider,Diego Aguirre e Juarez.

No Grêmio, o técnico Rubens Minellinão escondeu sua decepção pela má apre-sentação do time na derrota para o Aimo-ré, domingo, no estádio Olímpico, por 1 a 0,e disse que

"as estrelas estavamconfusas".

Taffarel: destaque do Inter.

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Belém, terça-feira, 07 de março de 1989 O LIBERAL ESPORTES 11

CBF define a fórmula da Copa União

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Bobó: na mira do São Paulo.

São Paulo insiste equer comprar BoboSão Paulo (AE) — A diretoria do São Paulo está ape-

nas esperando que o Bahia volte da Venezuela, onde dispu-ta jogos pela Taça Libertadores da América, para insistirna contratação do meio Bobó. 0 diretor de futebol MarceloPortugal Gouveia já não esconde mais o interesse pelo jo-gador e dinheiro é o que não falta ao clube: desde o ano pas-sado, vendeu os passes de Pita, Silas, Müller e Le, mas socontratou Mário Tilico.

O time venceu o Noroeste por 3 a 1, sábado, em Bauru,e assumiu a liderança isolada do campeonato com nove pon-tos conquistados em três vitórias de três pontos — a equi-pe já perdeu para o XV de Piracicaba. O técnico Cilinno,no entanto, não contará com o volante Bernardo, expulso,para a partida de domingo, contra o América, no Morum-bi. Ele deve escalar o meia Paulo César em lugar, porqueo jogador foi muito bem em Bauru, dando o passe para osdois gols de Renatinho e mudando a movimentação do ata-que. O zagueiro Adilson e o ponta-esquerda Edivaldo conti-nuam em tratamento médico e não voltam ainda. O meioRai está na Seleção Brasileira, mas chega a tempo.

Edu vive um dia deeiras

São Paulo (AE) — O dia de ontem foi de elogios a Eduno Palmeiras, considerado o melhor jogador do ume na vi-tória de 3 a 0 contra o Botafogo, domingo, no Parque Antár-tica. O técnico Leão disse que Edu "é o melhor jogador doPalmeiras no campeonato" e o zagueiro Dario Pereyra, umdos líderes do elenco, não poupou elogios. Segundo o joga-dor, Edu tem o melhor condicionamento físico do futebolbrasileiro e não sabia: "Foi preciso conversar muito paraque ele se movimentasse, marcasse e não ficasse mais pa-rado como antes".

O time disputará sua terceira partida fora de casa nocampeonato no domingo, contra a Catanduvense e a novi-dade pode ser a presença do goleiro Ivan, que sofreu ope-ração na mão no início do ano. Ele jogou domingo entre osaspirantes e hoje está à disposição de Leão, que terá de re-solver se Veloso, que não sofreu nenhum gol em quatro jo-gos, sai do time. D lateral-esquerdo Abelardo cumpriu asuspensão e deve voltar à equipe. O time completou cinqüen-ta partidas sem perder no Parque Antártica.

Retorno de Gil épara Enio

São Paulo (AE) — Depois de tirar pacificamente o cen-troavante Viola do time titular para a entrada de Barbieri,o técnico Ênio Andrade terá de tomar outra decisão deli-cada a partir de hoje no Coríntians. O meia Sérgio Gil, ti-tular da Seleção Brasileira que ficou em terceiro lugar noMundial de Juniores na Arábia, apresenta-se hoje ao ladode Ari Bazão e o treinador terá de escolher quem sairá dotime para a partida de domingo, contra o XV de Piracica-ba, no Pacaembua. O mais provável é que Ênio tire Már-cio, recuando Gilberto Costa e Barbieri, para que Sérgio Gilatue mais solto. , .

O problema do treinador vai aumentar para as proxi-mas rodadas: outro meia, Ribamar deve chegar hoje emSão Paulo e começar os treinos físicos e a adaptação ao elen-co para estrear em duas semanas. Além disso, o lateral-direito Giba deve ser fixado na equipe, liberando o volanteWilson Mano, que está improvisado na posição. São muitosjogadores de meio de campo e dificilmente Ênio Andradevai evitar insatisfações no elenco. O zagueiro Marceloapresentou-se à Seleção Brasileira, mas volta quinta-feira,a tempo de jogar domingo.

Portuguesa agrideicia complô

São Paulo (AE) — Depois de agredir fisicamen-te o árbitro João Massonetto na partida deste domin-go contra o Novorizontino, no Pacaembu aPortuguesa partiu para a agressão verbal ontem, nasede da Federação Paulista de Futebol. O vice-presidente de futebol Joaquim Justo dos Santos foia entidade protestar contra a anulação do gol de To-ninho, aos 43 minutos do segundo tempo, e acabou en-contrando o árbitro na sala de imprensa. Justo ficoumuito nervoso e o chamou de "incompetente" "apren-diz" e "safado", completando: "Você tem quemorrer".

Justo explicou que a Portuguesa era um grandeclube e este ano investiu muito para ter um grandetime. Por isso, não pode mais ser prejudicada pelaarbitragem, "como sempre foi". Segundo ele, os di-rigentes mandaram ao Tribunal de Justiça Despor-tiva documento colocando toda da culpa pelaconfusão no final da partida nas costas do árbitro,com o objetivo de inocentar o atacante Mathias queagrediu o auxiliar José Montini.

Só que, se depender dos relatórios apresentados,Mathias pode ser suspenso por um ano, o técnico JairPicerni por vários jogos e a Portuguesa por um ano.

E a Portuguesa pode perder o mando de algu-mas partidas. Massoneto escreveu no relatório queMontini disse a ele que tinha sido agredido por Ma-thias, mas o auxiliar foi mais direto: relatou que re-cebeu soco no rosto de Mathias, pontapé de Picernie soco nas costas do preparador físico Antônio Pe-reira, o "Pardal".

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Lê, que deve estrear domingo.

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Rio (Sport Press) — Sem jogos deida e volta, em dois turnos únicos, umcom os 22 clubes divididos em doisgrupos de 11 e outro com os 16 classifi-cados em dois grupos de oito. Esta éuma das quatro propostas que o De-partamento de Futebol da CBF apre-sentará na reunião do Conselho Arbi-trai dos 22 clubes que integram a Pri-meira Divisão do Campeonato Brasi-leiro em disputa da Copa Brasil, nestaterça-feira, a partir das 14 horas.

A principal proposta, que já temaprovação da maioria dos clubes econsiderada "mais justa" pelos diri-gentes da CBF, é simples: os 22 clu-bes são divididos em dois grupos de11, com as equipes jogando entre sidentro dos seus grupos. Classificam-se oito de cada grupo para a etapa se-guinte, sendo que as seis que sobra-rem disputarão um torneio hexago-nal, sem ida e volta, começando comzero ponto, para que se conheçam asquatro rebaixadas para a Segunda Di-visão. As 16 equipes classificadas in-tegrarão na segunda etapa dois gru-pos de oito, mas, ao contrário da pri-meira fase, haverá o cruzamento emturno único dos dois grupos,sagrando-se campeão o clube que con-quistar maior numero de pontos emtodo o campeonato.

Outra fórmula prevê o rodíziosimples, ou seja, todos contra todos.Quem somar maior número de pontosserá o campeão. Os quatro últimos co-locados caem para a Segunda Divi-são. A terceira proposta é parecidacom a primeira, coincidindo com adisputa de duas etapas, sendo a pri-meira com 22 divididos em dois gru-pos de 11 e a segunda com 16 em doisgrupos de oito, mas a diferença é quehaveria uma decisão extra, envolven-do as duas equipes que tivessem so-mado maior número de pontos em to-da a competição, independente degrupos. O clube que tiver mais pontosganha um de bônus para a decisão namelhor de três. O torneio hexagonalpara que se conheçam os rebaixadostambém será disputado, mas apre-senta uma diferença: serão conside-

rados os pontos conquistados nocampeonato.

A quarta proposta é idêntica àterceira, mas a diferença está na so-ma de pontos. Ao contrário de se con-siderar os clubes melhores colocadosem todo o campeonato, independente-mente de grupo, se consideraria a di-visão por chaves. Decidiram o títuloos times campeões de suas chaves,mas a CBF teme que nesta fórmulaaconteçam injustiças como a possibi-lidade de uma equipe com maior nú-mero de pontos ficar fora da final por-que não foi a primeira do seu grupo,embora tendo melhor pontuação doque a campeã da outra chave.

O Clube dos 13 — que participa dareunião do Conselho Arbitrai repre-sentado por Bahia, Internacional,Fluminense, Grêmio, Vasco, Flamen-go, Cruzeiro, Atlético Mineiro, SãoPaulo, Coríntians, Palmeiras, Botafo-go e Santos — terá poder de manobrae aprovará todas as propostas que de*sejar, pois reúne 181 dos 253 votos detodos os clubes que integram a Pri-meira Divisão do Campeonato Brasi-leiro. Será necessário maioria sim-pies dos votos — ou seja, metade dos253 mais um, o que dá um total de 127—, para aprovação das propostas.

Durante a competição serão utili-zadas 21 datas, sendo 15 rodadas aossábados e domingos e seis no meio desemana. O curto período de disputa docampeonato, de 7 de setembro a 17 dedezembro, justifica-se pela realiza-ção, na mesma época, da Supercopada Libertadores da América, da qualparticipara^ Flamengo, Grêmio, San-tos e Cruzeiro, e dos amistosos da Se-leção. Os 22 clubes com direito a voz evoto no Conselho Arbitrai, são os se-guintes: Bahia (22 votos), Inter (21),Fluminense (20), Grêmio (19), Vasco(18), Flamengo (17), Sport Recife(16), Cruzeiro (15),Portuguesa (14),Atlético Mineiro (13), São Paulo (12),Coritiba (11), Goiás (10), Guarani (9),Coríntians (8), Palmeiras (7), Botafo-go (6), Atlético-PR (5), Vitória (4),Santos (3), Inter de Limeira (2) eNáutico (l).

Ricardo Teixeira: negociações... ...através de Eurico Miranda.

Paulistas receptivosSão Paulo (AG) — Os sete clubes pau-listas — Coríntians, São Paulo, Palmeiras,

Portuguesa, Santos, Guarani e Internado-nal — que participarão do CampeonatoBrasileiro da Primeira Divisão, de 27 desetembro a 17 de dezembro deste ano, jun-tos com o presidente da FPF, Eduardo Jo-sé Farah, discutiram ontem com o diretorde Futebol da CBF e vice-presidente doVasco, Eurico Miranda, as três alternati-vas de disputa da competição. Os paulis-tas acabaram aceitando a terceira opçãoproposta pela CBF: disputa do campeoan-to em duas fases — uma classificatória eoutra final — com a realização de 206 ou207 partidas utilizando 24 datas (umaquinta-feira, oito quartas-feiras e 15 sába-dos e domingos). O resultado da reunião,que durou cerca de três horas, durante umalmoço no restaurante do Hotel Maksoud

Plaza, em São Paulo, deverá ser referen-dado pelo Conselho Arbitrai dos 22 clubesda Primeira Divisão, que se reunirá hoje,na sede da CBF.

O diretor de futebol da CBF deixou areunião entusiasmado com o consenso con-seguido em São Paulo e disse esperar omesmo apoio na reunião que terá com Fia-mengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, ga-rantindo que os demais participantestambém deverão optar pela terceira opçãona forma de disputa. Eurico Mirandaadiantou que Flamengo e Fluminense, damesma forma que Botafogo e Vasco, fica-rão em grupos diferentes. Sobre os paulis-tas, Palmeiras, São Paulo e Guaranificarão em um grupo, e Coríntians, Santose Portuguesa em outro, devendo o Interna-cional, de Limeira, ser sorteado para umadas chaves.

Inter frustra pretensão do FiaRio (Sport Press) — O treinador Telê

Santana, necessitando de um cabeça-de-área para o Flamengo, sugeriu a contrata-ção de Norberto, do Internacional. Os diri-gentes do Flamengo entraram em contatocom os do. Internacional na reunião do Clu-be dos 13 è receberam resposta negativa.

O Internacional não deseja vender, nemtrocar Norberto, pois está disputando a Ta-ça Libertadores da América. Após sua par-ticipação na competição, o Internacionaladmite vender Norberto para o Flamengo.

Quanto à situação financeira do clube,o Flamengo não está falido nem corre esterisco. O que o clube precisa é controlar osgastos, pois as despesas aumentaram mui-to e o faturamento manteve-se inalterado,com o Plano Verão. Esta é, em síntese, a ex-plicação oficial do vice-presidente de Finan-ças Joseph Berenstejn, sobre a real situaçãofinanceira do clube da Gávea, muito discu-tida depois de declarações alarmistas dopresidente Márcio Braga.

Segundo Joseph, o clube não vai partirpara a construção da nova sede social, nema do Ninho do Urubu, novo centro de treina-mentos para as categorias inferiores, obrasorçadas, juntas, em mais de US$ 4 milhões,que para isso ser possível é necessário con-trolar os gastos.

O Márcio não falou em falência ou coi-sa parecida. O que houve foi um alerta, poisa situação é preocupante. As despesas con-tinuam subindo e o faturamento foi conge-lado. Por isso, vamos tomar medidas deeconomia, cortando os custos. Mas não creioque seja necessário vender nossos princi-pais craques, porque por enquanto o orça-mento está equilibrado.

Uma medida de ordem econômica se-rá a tentativa de o clube não disputar a Co-pa dos Campeões — competição previstapara agosto, com os campeões estaduais ealguns vice-campeões — pois ela será alta-mente deficitária, segundo os dirigentes. Jo-seph Berenstejn quer que o Flamengoexcursione à Europa e Ásia, onde faturarácerca de 230 mil dólares livres.

— Sem esta escursão, a coisa aí, sim, fi-cará preta, pois no Campeonato Estadual oclube está arrecadando apenas prejuízos —ironizou.

Depois da vitória sobre o América, Te-lê Santana espera contar com o time com-pleto contra o Volta Redonda, domingo, nacidade do aço. Ele terá Leonardo e Rogério,que estavam na Seleção de Juniores que re-tornou nesta segunda-feira da Arábia, e comAldair e Zico, contundidos.

Vasco agitado — Além de ter perdidoum ponto irrecuperável no empate com oOlaria, o Vasco deve ter uma semana agi-tada nos preparativos para enfrentar o Bo-tafogo, domingo, no seu primeiro clássico noCampeonato Estadual. É que Roberto nãoescondeu seu aborrecimento por ter ficadono banco e não parece disposto a repetir adesagradável experiência. Por isso, o técni-co Orlando Pereira vai ter que manobrarcom muita habilidade para evitar a "expio-são" que se prevê se ele desagradar maisuma vez ao maior ídolo do clube, com o qualestá claramente em rota da colisão.

Mas Orlando tem dois motivos para sealegrar: França e Bismark. Os dois jogado-res devem se reapresentar ao clube nestaquarta-feira e terão condições de reforçara equipe contra o Botafogo. Devem sair dotime Emane e William. Em contra-partida,o técnico tem dúvidas sobre o aproveitamen-to de Mazinho, que sofreu uma lesão na co-xa, contra o Olaria, e se apresentou àseleção contundido. Se não atuar, Lira seráo lateral esquerdo.

Flu pensa em reforços — Depois de maisum resultado negativo — empatou com aCabofriense, em Arraial do Cabo — e de de-volver o apoiador Péricles ao Goiás, por pro-blemas no joelho, o Fluminense volta apensar em reforços para o ataque. Os nomesmais visados são os de Hamilton, do Cruzei-ro, e Balaio, do Inter, mas Fagundes, doGoiás, pode substituir Péricles no negócioanteriormente acertado. O técnico Othon Va-lentim considera a equipe inexperiente equer rapidamente os reforços, pois o timeem quatro rodadas já perdeu quatro pontose está em situação muito difícil para ganhara Taça Guanabara (ls turno do cam-peonato).

Botafogo tem centroavante — Vaiado eridicularizado pela torcida, De Lima está devolta ao Botafogo e pode ser a solução parao comando do ataque, no clássico de domin-go, contra o Vasco. Mas o jogador que retor-na ao clube não é o mesmo que saiu háalguns meses, abatido e cabisbaixo. Agora,ele volta como campeão mundial de clubese com muita moral, o que, segundo o técni-co Valdir Espinosa, vai ajudá-lo muito naadaptação ao time e ao futebol brasileiro.Mas a entrada de De Lima pode não ser aúnica alteração no ataque. Espinosa estábuscando a melhor formação para o setore tem à sua disposição os jogadores Mazo-linha, Gustavo, Jeferson e Marinho, para es-colher dois que atuarão criando jogadaspara De Lima concluir.

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Telê: pretensão de ter Norberto frustrada.

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Rio (Sport Press) — Apesar de ain-da em forma insatisfatória, a média derenda do Campeonato Estadual do Riode Janeiro apresentou uma nova subi-da com a realização da quarta rodadado primeiro turno — Taça Guanabara.Em compensação, houve baixa no ín-dice médio de público, o que se explicapelo fato de que no jogo Cabofriense xFluminense, em Arraial do Cabo, os in-gressos foram cobrados acima dos pre-ços determinados pelo congelamentodo Plano Verão.

Nas partidas da quarta rodada, aarrecadação atingiu a soma de NCz$24.449,60 (média de NCz$ 4.074,93) e opúblico foi de 32.633 (média de 5.438).Com isso, o índice de renda subiu deNCz$ 3.915,35 para NCz$ 3.955,25. Já opúblico teve a queda na média de 5.993para 5.855. Nos jogos realizados até omomento, foi arrecadado o total deNCz$ 94.925,90 com a presença de140.524 torcedores.

O clássico Flamengo x Botafogo,válido pela terceira rodada, obteve osmelhores índices. Sua arrecadação foide NCz$ 46.536,00 valor que represen-tou pouco menos da metade do total ar-recadado até agora. Já no aspecto depúblico o clássico contou com 71.868 pa-gantes, o que eqüivale a mais de 50 porcento de todo o público. Americano xNova Cidade, em Campos, detém osmenores números: renda de NCz$195,60 e público de 323.

Os gols — Quarenta e três gols fo-ram marcados nas quatro primeirasrodadas da Taça Guanabara, perfazen-do uma média de 1,79 por partida. Bo-tafogo e Flamengo, com 6 cada,possuem os ataques mais positivos, en-quanto a defesa do Americano aindanão foi vazada. As defesas que sofre-ram mais gols foram as de Olaria e No-va Cidade, 7 cada, Paulinho Criciúma(Botafogo), Vivinho (Vasco), Bebeto(Flamengo) e Zé Maria (Fluminense)

são os principais artilheiros com 3 golscada um.

São Paulo fatura mais — Beneficia-do com os preços maiores dos ingres-sos, o Campeonato Paulista tambémconcluída a sua quarta rodada do pri-meiro turno, teve média de arrecada-ção quase três vezes superior a do Rio.Enquanto o índice médio de renda noCampeonato Carioca está em NCz$3.955,25 em São Paulo atingiu NCz$10.391,89. Mas no aspecto de público, oRio leva vantagem de 935 torcedoressobre os paulistas cuja média é de5.058.

Outro aspecto que merece compa-ração entre os dois campeonato esta-duais de maior expressão no Brasil écom relação ao jogo de melhores nú-meros. Enquanto no Rio o clássico Bo-tafogo x Flamengo ficou em evidência,em São Paulo, Palmeiras x Botafogoobteve os melhores índices. Em termosde arrecadação, os paulistas levarama melhor: NCz$ 55.474,00 contra NCz$46.536,00. No público, no entanto, hou-ve uma grande diferença em favor doclássico carioca: 71.868 torcedores con-tra apenas 22.633.

Com 44 partidas disputadas, oCampeonato Paulista teve a arrecada-ção total de NCz$ 457.243,00 para a pre-sença de 222.592 pagantes. A rendapassada rendeu NCz$ 146.296,00 (médiade NCz$ 13.299,00) e o público foi de66.558 (média de 6.050). Juventus xAmérica foi a partida de menores nú-meros: renda de NCz$ 363,00 e públicode 363.

Em termos de gols, o CampeonatoPaulista apresentou um total de 89 -média de 2,02 — superior ao do Rio. OSão Paulo, com 9 gols, está com o ata-que mais positivo. A defesa do Palmei-ras ainda não sofreu gol, enquanto a dcBotafogo, com 11, é mais vazada, utprincipais artilheiros são Toninho (Por-tuguesa) e Vagner (Guarani), com 4gols cada.

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"12 ESPORTES

O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

l Clube vence Leão narodada de vôlei masculino

Com o portão do ginásio "SerraFreire" fechado — quem assistiu a ro-dada de vôlei entrou pela sede social—, Clube do Remo e SESI jogaramdurante mais de duas horas, ontem ànoite, em partida do naipe masculino,pelo Torneio de Voleibol Juvenil "Jo-sé de Alencar", que também é dispu-tado no naipe feminino. Ao final, apartida terminou com a vitória do SE-SI, por 3 sets a 1.

As duas equipes alternaram bonse maus momentos no transcurso dojogo, mas o SESI foi eficiente na defe-sa e soube variar as jogadas de ata-que nos momentos decisivos, enquan-to o Clube do Remo errou inúmerossaques e foi totalmente impotente noataque. No primeiro set, o SESI foi su-perior e venceu por 15 a 10, em 30 mi-nutos de jogo. Jogando com raça e vi-bração, o sexteto azulino venceu o se-gundo set em 19 minutos, por 15 a 9.

No terceiro set, o SESI saiu nafrente, mas deixou o Remo encostarno final e quase se complica. Contudo,terminou vencendo por 15 a 13, em 35minutos. No quarto set o Remo che-gou a dar a impressão que venceria,após a entrada de Marcelo Maroqui-nha, mas o SESI teve tranqüilidadenos momentos decisivos e venceu no-vãmente por 15 a 13, em 37 minutos.

Comandado pelo treinador Loso,que também treina o futebol de salãodo clube, o SESI venceu com Marival-do, Nixon, Almir, Luís Cláudio, Fran-cisco e José, o time base. Marcos,Cláudio, Edmilson, Denis, Antônio eFrancisco entraram no trascorrer dojogo. O Remo foi derrotado com Mar-ceio Maroquinha, José Alfredo, Mau-ro, Marcelo Ronaldo e João Marcai.Entraram na seqüência do jogo Lú-cio, Ricardo, José, Roberto, Rinaldo eSílvio. Hugo Montenegro e Sérgio Al-

meida foram os árbitros da partida,que teve como apontadora cronome-trista Macrina Montenegro.

Críticas — Muitas críticas foramfeitas ontem durante a partida ao gi-násio do Clube do Remo. A apontado-ra cronometrista, Macrina Montene-gro, disse que a mesa de anotaçõesnão "dá a mínima condição de traba-lho". Segundo o presidente da FPV,José Luis Messias, se a entidade cum-prir à risca as exigências de condi-ções, "não haverá mais jogo de vôlei-boi em Belém, pois todos os ginásiosapresentam falhas".

Sobre o motivo do portão do "Ser-ra Freire" permanecer fechado, ovice-presidente de Ginásio, Max Fer-nandes, disse que não foi avisado so-bre a realização da partida, o que, se-gundo ele, deveria ter sido feito pelosdirigentes de voleibol do Remo. O bloqueio do SESI frustra uma investida do ataque azulino.

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PAISSANDU ESTREIA EM1 HflBJI BJBJI P...a ...AX-l. .;•*£!SANTARÉM QUARTA-F

O centroavante Dadinho sentiu um pou-co o puxado treino comandado pelo técnicoDicão na tarde de ontem , no estádio "Leôni-

___das Castro". Aos repórteres que cobriram o Itreino, Dadinho justificou a falta de condicio-namento físico a partir dos 15 dias que ficouparado, após a participação do Internacionalde Porto Alegre na Copa União. O tempo emque ficou na reserva de Nilson — hoje servin-do à Seleção Brasileira — também prejudi-cou a preparação física do centroavante, jáque, segundo ele próprio revelou, não chega-va a jogar nem um tempo integralmente."Quando entrava para jogar pelo Internacio-nal, atuava apenas 15 ou 20 minutos. Não deupara manter um bom condicionamento",disse Dadinho.

Hoje à tarde, o técnico Dicão comandaráo coletivo que definirá a equipe que vai aSantarém, onde o Paissandu participará dotorneio quadrangular "Hélio Gueiros", jun-tamente com Clube do Remo, São Franciscoe São Raimundo. O Paissandu viajará às5h30m desta quarta-feira e estréia na compe-tição no mesmo dia, à noite, contra o SãoRaimundo, que também estará estreando notorneio. O jogo tem seu início previsto paraas 21 horas (22 horas em Belém) e será reali-zado no estádio "Jader Barbalho". O Pais-sandu voltará a jogar no torneio na sexta-feira, diante do São Francisco. Após o tor-neio, o clube fará uma excursão por outrascidades da região do Baixo Amazonas, numtotal de cinco jogos, devendo estar em Belémantes do dia 27, quando enfrentará o Clube doRemo, na segunda partida da série melhorde tres, em disputa do troféu "CândidoNeiva".

Os títulos patrimoniais colocados à ven-da oelo Paissandu, na esteira da festa deapresentação de Dadinho, neste último do-mingo, poderão ser adquiridos na sede socialdo clube, ao preço único de 5 cruzados novos.Para tanto, bastará ao torcedor interessadoapresentar uma foto 3x4, além, é óbvio, depagar o preço estipulado pelo título, dentroda promoção "Papão 2.000".

Oliveira entregacargo e deixa a

Tuna sem técnico

Dadinho, atração do Paissandu em Santarém.

São Raimundo, o adversário do Remo

A Tuna Luso Brasileira está atrásde um novo reforço para a temporadadeste ano. Só que desta vez não se tra- Jta de mais um jogador, e sim um trei-1nador para a equipe, pois o técnico<Fernando Oliveira entregou o cargoonteni à tarde, optando por fiear ape-,nas como supervisor do time. Áo en-tregar o cargo, Fernando Oliveira jus-tificou que precisa terminar seus es-tudos na Universidade Federal do Pa-rá, onde cursa Direito, e "como técni-co da Tuna não poderei concluir meucurso superior".

Fernando Oliveira estava no co-mawdo do time cruzmaltino desdeabril do ano passado, período em quea Cruz de Malta disputou 30 jogos, en-tre partidas oficiais do CampeonatoParaense e amistosos. Desse total, aLusa perdeu apenas duas partidas,ambas para o Clube do Remo, empa-tou oito e obteve 20 vitórias. Indaga-dos a respeito de um novo treinadorpara substituir Fernando Oliveira, osdirigentes tunantes asseguraram nãoter um nome definido, mas ontemmesmo, na sede da Federação Pa-raense de Futebol, o colaborador dofutebol luso, Walter Abel, tentava umcontato com o treinador José MariaMacedo.

Novos reforços — Enquanto For-nando Oliveira entregava o lugar, osdirigentes tunantes receberam maisdois reforços: o meiocampista Glads-ton e o goleiro Ronaldo Oliveira.Gladston tem 23 anos de idade, come-çou a carreira de jogador de futebolnas divisões inferiores do Botafogo doRio de Janeiro, passando pelo Fabril eVolta Redonda. Oliveira, que foi con-tratado junto ao São Paulo, é irmão docentroavante Ramom, do América-RJ, e no ano passado jogou pelo CearáSporting, de Fortaleza.

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Fernando OliveiraO preparador físico Rui Pacheco

comandou na tarde de ontem uma.preparação física, que constou deuma corrida nas dependências do Sou-za, visando aprimorar o condiciona-mento dos atletas, para dois possíveisamistosos que a diretoria está tentan-do acertar em Tome Açu e Bragança,contra os selecionados locais. Hoje pe-la manhã haverá movimentação napraia do Outeiro.

Juniores convocados — O treina-dor da equipe de juniores da Tuna Lu-so Brasileira, Nélio Pereira, está con-vocando seus jogadores para a apre-sentação dó time, na próxima quarta-feira, às 15 horas. Os treinamentos pa-ra a temporada deste ano deverão ini-ciar no dia seguinte.

O Clube do Remo, queencontra-se em Santarém dispu-tando o quadrangular "Governa-dor Hélio Gueiros", voltará a jo-gar pelo torneio somente na pró-xima sexta-feira, contra o SãoRaimundo, na partida principalda rodada dupla que terá na preli-minar Paissandu x São Francis-co. O treinador azulino, José Du-tra dos Santos, gostou da atuaçãoda equipe na vitória de domingo

passado sobre o São Francisco,por 2 a 0, e deve manter o mesmotime para a partida desta sexta-feira. Domingo, o Remo derrotouo São Francisco jogando com o se-guinte time: Wagner; Paulo Ver-dum, Chico Montealegre, LuizOtávioePedrinho; Edgar, Varelae Bebeto; Tiago, Luizinho dasArábias e Jorginho Macapá.

Fofão, Edmilson, Jair Feito-sa, Luizinho e Ailton, que ficaram

em Belém, realizaram um treina-mento físico na manhã de ontem,no Baenão. Rildon também parti-cipou da movimentação e deve irpara Macapá somente na próxi-ma semana. Ele deve ficar por láaté a volta da delegação azulinado Baixo Amazonas. O zagueiroTonho renovou contrato por uraano antes da viagem para Santa-rém e ganhará, nos seis primeirosmeses, NCz$ 250,00 e nos demais

seis meses NCz$ 280,00.A energia elétrica do estádio"Evandro Almeida" foi cortada

na manhã de ontem. Os dirigentesdisseram que hoje tudo deve sersolucionado, com o pagamento dataxa de iluminação.

Arbitraireúne e

João Saldanha

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Time do Remo: embalado pela vitória do domingo.

tenta acordoO Conselho Arbitrai da Fede-

ração Paraense de Futebol(FPF) voltará a se reunir nestaquarta-feira, 8, a partir das 17 ho-ras, na sede da entidade, oportu-nidade em que os representantesdos clubes deverão assinar o re-gulamento do Campeonato Pro-fissional deste ano, cujo início es-tá previsto para 9 de abril próxi-mo. A reunião do Conselho Arbi-trai será presidida por EuclidesFreitas Filho, presidente da FPF.Freitas Filho, na ocasião, vai soli-citar aos clubes a indicação for-mal, através de ofício, dos seusrepresentantes junto à federação.

Durante a reunião, EuclidesFreitas Filho deverá propor emnome da FPF, que Tuna e Pais-sandu tentem um acordo para tor-nar possível a definição do títulodo Campeonato Profissional doano passado, de modo que o Paráse faça representar na Copa Bra-sil. O presidente da FPF, contu-do, não revelou os termos da pro-posta a ser apresentada.

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1(3 «a . ucsÊ muito importante a quês-

tão do estacionamento de umcarro. Qualquer um. O meu, porexemplo. Mas andando por ai eprestando bem atenção verificoque é muito fácil a solução. Bas-ta comprar ou mandar fazer umcavalete. Pinta-se de amarelo eem letras azuis escreve-se a pa-lavra mágica: segurança. Segu-rança de que, não sei, mas metao carro entre os dois e pronto,barra limpa. Perto da minha ca-sa tem um gerente de banco foi-gado que faz assim e ocupamais de cinqüenta metros. Amulher, os amigos, todos esta-cionam ali sem nenhum proble-ma. As vezes, o guarda aindaajuda. Mole, mole.

Mas estamos preocupadostodos os que lidam com o fute-boi. Ê que está marcado para odia quinze um jogo da seleçãonacional, a que está no Brasil,contra o Equador. Acontece queo pessoal da CBF mandou fazeras contas do custo e ficou saben-do que mesmo com "casa" cheiao dinheiro não dará nem parapagara estada do time visitan-te. Por cima de tudo ainda tere-

mos as passagens e embora sejasomente um jogo, a delegaçãoequatoriana não vem com me-nos de uns trinta, como é praxedos países "ricos" da AméricaLatina. Demarches estão sendofeitas com o pessoal da Sunab(198), mas ninguém sequeratende o telefone. Enquanto is-to, a CBF tenta arranjar o di-nheiro. De acordo com oscálculos, o prejuízo certo e ma-temático deve ser de uns trintamil novos. A não ser que, ou ojo-go seja adiado, ou que os preçosdo futebol sejam compreendidosdentro de uma realidade. Entra-da de futebol a preço de três to-mates não dá. No Equadortambém tem tomates.

Não sei se será fácil de o Bo-tafogo levantar. A situação émuito boa. O Flamengo e o Flu-minense se enfraqueceram e oGeovani já perdeu o primeiropênalti. Entretanto, o Botafogotem uni sério problema internopara resolver: sete jogadorespertencem a "seu " Emil, três aoempresário Figer e um ao clu-be da Estrela Solitária. Como éque fica ?

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Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 O LIBERAL POLÍTICA 13!

Ulysses lança programa de Governo

Gérson Peres (ao centro) comanda a reunião das Executivas

PDS regional apoia nome de JPpara concorrer ao Planalto

Membros das Executivas regional e municipal deBelém do Partido Democrático Social (PDS)reuniram-se ontem à noite, na sede do partido, para de-finir um nome para candidato à Presidência da Repú-blica, nas eleições de novembro, ficando em torno dosenador Jarbas Passarinho.

No próximo dia 14 deste mes, o deputado federalGerson Peres, presidente da Executiva regional, vai aBrasília participar da reunião da Executiva nacional elevar o nome de Jarbas Passarinho como candidatopreferido do PDS paraense. Na hipótese do senadornão sair candidato a Presidência, as Executivas lhe de-legaram poderes para promover negociações o que in-clui até mesmo a possibilidade de coligação do PDScom outro partido.

Durante a reunião, também foram estabelecidasas novas mensalidades. Deputado federal vai pagarNCZ$ 40,00; senador e suplentes, NCZ$ 50,00; deputadoestadual, NCZ$ 50,00; vereador, NCZ$ 20,00 e prefeito,

NCZ$ 20,00. O presidente da Executiva, Gerson Peres,disse que os deputados federais pagarão NÇZ$ 10,00 amenos que os estaduais porque ja contribuem comNCZ$ 120,00. As outras pessoas que são contribuintesexpontâneos vão pagar NCZ$ 10,00. Na reunião, todosos membros do PDS se cotizaram e resolveram resga-tar o débito do partido, que agora não deve mais nada.

O deputado Gerson Peres disse que foi passado emrevista o relacionamento do partido com o prefeito Sa-hid Xerfan. Os integrantes da Executiva acham quedeve haver um maior entrosamento de todos os mem-bros do partido com o prefeito, e vice-versa. O deputa-do Gerson Peres ficou de conversar com Sahid Xerfansobre o assunto.

Para completar, o presidente da executiva regio-nal disse que "a bancada do Legislativo municipal vaicontinuar mantendo a mais estreita relação com o pre-feito. E quando houver atitude que contrarie os mem-bros do PDS, essa banca irá alertá-lo".

Brasília (AG) — O presidente doPMDB, deputado Ulysses Guima-rães, lançou ontem a plataforma desua candidatura à Presidência daRepública: um programa de comba-te à injustiça social, com teses nacio-nalistas e dirigido a uma platéia queele próprio definiu como de esquer-da. Com frases de efeito — "Se eu forpresidente da República deste paísnão pagarei a dívida externa com ca-dáveres de brasileiros". — Ulyssescondenou a ingerência do presidenteGeorge Bush na construção daBR-364, que liga o Brasil ao Peru, eacusou o governo americano de ten-tar capturar o mercado brasileiro,impedindo seu acesso ao Pacífico.

— Esta estrada vai ser feita. Écompromisso do PMDB. E não vaitrazer problemas de devastamentoporque a estrada já existe, mas sóque em termos precários — disse opresidente do PMDB, que considerou"indevida, impertinente e infeliz" aintromissão do governo americano.

Depois de explicitar seu progra-ma de governo, durante uma entre-vista de quase uma hora que ele con-vocou para falar de sua recente via-gem a cinco Estados e da convençãoque o PMDB realiza a partir desexta-feira, Ulysses foi abordado porum repórter:

O governo Sarney tambémcondena a ingerência externa e tam-bém promete não pagar a dívida como sofrimento do povo. O que difere oseu do programa do governo?É que, da minha parte, eu es-pero merecer a confiança dos brasi-

Comissões temáticas reuniem prédio yizinho ao da AL

As comissões temáticas deverãoreunir-se num prédio localizado aolado da Assembléia Legislativa, ondefunciona uma associação de caratê ejudô, conforme informações forneci-das ontem, à noite, pelo deputadoWandenkolk Gonçalves. O parlamen-tar disse que recebeu a comunicaçãooficial do presidente da Constituinteestadual, Mário Çhermont, que já au-torizou o deputado Zeno Veloso a en-caminhar as negociações para o alu-guel do prédio. Wandenkolk infor-mou, também, sobre a reunião deinstalação da comissão "Da ordemeconômica, social e de proteção àecologia", que será presidida porDurbiratan Barbosa e da qual o par-lamentar será o relator.

A reunião contou com a partici-pação de funcionários da Empresade Assistência Técnica e ExtensãoRural (Emater), que comparecerampara tomar conhecimento sobre co-mo será a sistemática de apresenta-ção de emendas e propostas ao ante-projeto de Constituição. Segundo in-formações de Wandenkolk Gonçal-ves, os funcionários da Emater têminteresse em influir nas discussõessobre como se dará o processo de ins-titucionalização de recursos para aempresa, que, após a operação des-monte implementada pelo governofederal, passou para a esfera dosEstados.

O deputado informou, ainda, queuma nova reunião será realizada, ho-je, pela parte da tarde, para definir o

cronograma de funcionamento da co-missão e definir, inclusive, sobre asistemática de atendimento às enti-dades. Amanhã, os parlamentaresdeverão reunir-se, em horário e localainda não definido, com os funciona-rios do Museu Goeldi. Dos sete mem-bros efetivos da comissão, apenas odeputado Valdir Ganzer não estevepresente à reunião, mas credenciouum assessor para participar e tomarconhecimento das deliberações.

SugestõesO líder do PMDB informou, ain-

da, que estará encaminhando às co-missões temáticas sugestões de no-mes para ocupar os cargos de presi-dentes e relatores, "conforme enten-dimentos realizaúos anteriormentecom as lideranças dos partidos". Pa-ra a "Da organização do Estado, dosmunicípios e regiões metropolita-nas", estão sendo cogitados RonaldoPassarinho, para presidente, e Ni-cias Ribeiro, relator. Nessa comis-são, conforme entendimentos manti-dos com a bancada petista, o deputa-do Raimundo Marques deverá assu-mir o lugar de Carlos Kayath, que re-tornou na última sexta-feira à Secre-taria do Trabalho e Promoção So-ciai"; na "Do Poder Legislativo e fis-calização orçamentária", as opçõesrecaem sobre Raimundo Santos eHamilton Guedes, respectivamentepara presidente e relator.

Na "Dos poderes Executivo e Ju-diciário", constam Luiz Maria, para

presidente, e Manoel Franco, rela-tor; na "Da Administração Pública,da Segurança e defesa dos interessesda sociedade, do Estado e dos cida-dãos", a opção é por Itamar Franceze Nonato Vasconcelos; e finalmentena "Das finanças públicas", Aldeba-ro Klautau e Alcides Corrêa. O líderdo PMDB fez questão de ressaltar,entretanto, que as comissões é quedarão a palavra final em relação aosnomes sugeridos, afirmando aindaque procurou garantir o máximo departicipação de todos os partidos nacomposição da direção das comis-soes, faltando somente "conversarcom as lideranças do PMB PT".Lembrado sobre o fato do regimentointerno também prever a escolha devices-presidentes, o parlamentar dis-se ser possível negociar com os doispartidos a indicação para a vice-presidência de algumas dessascomissões.

Entre os nomes encaminhadospela liderança do PMDB, "apenascomo sugestão — como fez questãode ressaltar Wandenkolk Gonçalves— é possível notar, entretanto, quetodos os cargos de relator estão sen-do ocupados por membros do parti-do. Na verdade, isso representa umdos aspectos da estratégia políticapeemedebista, uma vez que os relato-res terão uma papel fundamental nafase seguinte do processo constituin-te, quando será realizada a sistema-tização da nova Constituiçãoestadual.

Prazos começam a ser perdidosPelo clima observado, ontem à

tarde, na Assembléia Legislativa doEstado, o anteprojeto de ConstituiçãoEstadual, que, conforme estabelece oregimento interno da Constituinte de-verá ser encaminhado à Comissão deSistematização, num prazo máximode 60 dias após a instalação das co-missões temáticas, vai terminar nãosendo entregue no prazo estabelecidopelos próprios constituintes. O princi-pai problema, conforme justificamalguns deputados, é a carência de es-paço físico para acomodar as comis-soes; mas o fato é que, das seis co-missões temáticas, apenas a "Da or-dem econômica, social e de proteçãoà ecologia" parecia preocupada embuscar alternativas para a questão ejá havia planejado sua reunião deinstalação para às 17 horas de ontem,na ante-sala do deputado Wanden-kolk Gonçalves, líder da bancada doPMDB, onde também deverá funcio-nar a comissão de Constituição eJustiça.

O impasse terá de ser resolvidocom urgência, caso os constituintesqueiram cumprir os prazos estabele-cidos por eles próprios, no regimentointerno. Um deles estabelece, porexemplo, que, uma vez constituídas,as comissões terão um prazo de 24horas para reunir-se e eleger presi-dentes e relatores. A definição dos in-tegrantes das comissões aconteceuna última quinta-feira, em reuniãoentre os líderes de bancadas; oficial-mente, no entanto, só foram consti-tuídas ontem, após a publicação noDiário Oficial da resolução 01/89, do

- presidente da Mesa Diretora daConstituinte, Mário Çhermont, no-meando os membros efetivos e su-plentes às comissões temáticas. Des-sa forma, os parlamentares deverãoreunir-se impreterivelmente hoje,para instalar as comissões e elegerpresidentes e relatores.

A tarefa não será fácil, conformeassegurou o deputado WandenkolkGonçalves: "Alguns deputados nãoapareceram hoje (ontem) e telefona-

ram avisando que só comparecerãoquando a questão do espaço físico ti-ver sido resolvida". Há também osque ainda não resolveram nem osseus problemas individuais e aindadisputam vagas em gabinetes. É ocaso do deputado Kzan Lourenço,eleito para a 4a secretaria da Assem-bléia Legislativa e que disputa umgabinete com Guaracy Silveira, quese recusa a abandonar o que ocupaatualmente, alegando que o referidopertence à liderança do PDC. O líderdo PMDB acredita que essa situaçãosó será resolvida se os parlamenta-res se dispuserem "a abrir mão dealgumas prerrogativas" em nome doobjetivo maior, que é a elaboração daConstituição estadual.

O regimento interno não faz res-trições em relação aos locais onde ascomissões temáticas podem reunir-se, estabelecendo inclusive, no para-grafo 12 do artigo 15, que "as reu-niões destinadas a ouvir e receberproposições de segmentos popularesserão realizadas no auditório 'New-ton Miranda', nos períodos matutinoe noturno, ou em qualquer auditóriode órgãos públicos", bastando paratanto que o presidente ou a maioriada comissão se responsabilize pelasolicitação. Nesse sentido, alguns de-putados cogitaram a possibilidadedas reuniões serem realizadas no au-ditório do Centur. Mas a proposiçãofoi questionada, em virtude das difi-culdades para o deslocamento diáriode funcionários e material de expe-diente, o que implicaria em gastospara os quais a Assembléia Legislati-va não estaria preparada.

Contra essa proposição, algunsargumentavam que, caso as reuniõesaconteçam fora da Assembléia Le-gislativa, a cobertura por parte daimprensa será mais difícil e muitosparlamentares não poderão acompa-nhar as reuniões e influir nos deba-tes. Outra sugestão seria alugar umprédio às proximidades da Assem-bléia Legislativa, mas, conforme as-segurou o deputado Wandenkolk

leiros — respondeu o presidente doPMDB.

A seguir, os principais tópicos daentrevista do deputado Ulysses Gui-marães: Convenção: A convençãoestá na rota do sucesso, o que semprefoi a trajetória do PMDB. Reconheçoque tivemos problemas em 86. Masnão estamos fazendo disso um murode lamentações. Ao contrário, esta-mos vivendo a retomada do sucesso.Sinto no partido um cheiro de empol-gação igual ao da campanha dasdiretas".

Disputa: Quem aceita o foroda convenção deve aceitar sua deci-são. E a decisão do estatuto doPMDB diz que existe o critério daproporcionalidade para o diretório,mas não para a Executiva. A chapavencedora pode querer fazer a suaExecutiva)'.

Prévias: Sou contra as pré-vias. Em São Paulo, realizamos pré-vias para a eleição de Franco Monto-ro e não fizemos na de Quércia. Mas,como presidente do partido, me sintona obrigação de fazer algumas pon-derações. Estamos preparando aconvenção desta sexta-feira desdedezembro do ano passado. Temosque preparar a convenção da escolhado candidato e, para não prejudicargovernadores que eventualmentequeiram se apresentar como candi-dato, devemos realizá-la até 15 demaio, que é uma segunda-feira. Po-demos fazer no fim de semana, no dia13. Eu não sou supersticioso.

Expulsão de Sarney dosquadros do PMDB: O partido

não deve se preocupar com pessoas esim preocupar-se com os necessita-dos que precisam do PMDB. Achoque o partido deve traçar a sua rotade independência".

Definição ideológica doPMDB: Somos, diariamente, bom-bardeados por perguntas sobre qualé a geografia do PMDB — se é de di-reita, esquerda ou de centro. Aindabem que não nos perguntam se é decima ou de baixo. Considero anacrõ-nicas essas definições.

O novo programa: A quês-tão está em julgamento na justiçaeleitoral, que tem já um parecer deque a lei orgânica está em vigor. E onosso estatuto também proíbe a re-formulação do programa, a não serseis meses antes da convenção. Mas,nada nos impede de fixar diretrizes.

Plataforma de governo: Anossa preocupação é com a injustiçasocial. É preciso ter o mercado interrno e para ter o mercado interno é pre-ciso haver o poder de compra. E parahaver o poder de compra é preciso'ter salários para comprar as utilida-des. E para haver salários é precisoter educação básica. E por que não o'salário-educação? É preciso romperesse circulo vicioso de, mesmo ha-vendo salários, existirem prateleirasvazias.

Dívida externa — Essa éuma idéia pessoal minha, mas que le-varei ao partido. Se eu for presidenteda República deste país, nao pagareia dívida externa com os cadáveresdos brasileiros, como acontece naVenezuela.

Gonçalves, os gastos com a instala-ção da infra-estrutura necessária pa-ra o funcionamento das comissões,também inviabiliza essa alternativa.Mas esta sugestão acabou sendo aca-tada, já à noite.

A saída é buscar soluções na pró-pria Assembléia Legislativa, opina oparlamentar: "Com um pouco de boavontade é possível que as comissõespossam funcionar nos gabinetes dealguns parlamentares", aventou. Autilização do Salão Nobre, localizadono 3o andar e utilizado para recebervisitas oficiais, também está sendoestudada, bem como os espaços re-servados às visitas, dos 3o e 4o anda-res, "desde que sejam construídasdivisórias".

Na opinião de Carlos Cavalcante,1° vice-presidente da Constituinte eintegrante da comissão que tratará"da ordem econômica, social e deproteção à ecologia, além das dificul-dades impostas pela carência de es-paço físico, os parlamentares enfren-tarão, também, problemas para sis-tematizar as discussões e trabalhos.A comissão da qual o parlamentarfaz parte deverá discutir e se pronun-ciar sobre temas que ele classificoucomo "díspares, amplos e muito po-lêmicos" e a única alternativa seriaa divisão em subcomissões, "o quenão é viável em virtude do número dedeputados em cada comissão" —ape-nas sete. Carlos Cavalcante adiantouque proporia a seus companheirosque cada deputado integrante da co-missão optasse por uma tema.

As matérias de competência dacomissão "da ordem econômica, so-ciai e de proteção à ecologia serãs asseguintes": "Desenvolvimento eco-nômico e social"; "Política urbana emeio-ambiente"; "Educação e Cul-tura"; "Saúde pública e Assistênciasocial"; "Política agrícola e Fundia-ria"; "Transportes e Comunica-ção"; "Receita e despesas públi-cas"; "Política mineral"; "Políticapara os microprodutores rurais e ur-banos e artesãos".

J. BOSCO

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Sarney discute cestratégia para a c

• ístrosBrasília (AG) — O ministro da Previdência e Assis-

tência Social, Jader Barbalho, saiu ontem do Palácio daAlvorada, depois da reunião que os ministros do PMDB ti-veram com o presidente Sarney, para acertar a estratégiaque será adotada pelos moderados na convenção do parti-do. garantindo que seu grupo poderá contar com 40% dosvotos dos convencionais.

Além de avaliar as chances dos moderados na con-venção do próximo domingo, os ministros peemedebistaschegaram à conclusão de que o governo não deve interfe-rir diretamente no processo. A chapa "Unidade", segundorevelou ontem um auxiliar do presidente Sarney, nao vaitomar a iniciativa de levantar o debate, duante a conven-ção, em defesa do governo. Isso porque os moderados nãoquerem que a reunião do PMDB, no dia 12, se transformeem julgamento do governo.Apesar das previsões feitas por Jader Barbalho, fon-tes do Palácio do Planalto preferiam dizer, ontem, que oscálculos mais otimistas, na verdade, estavam variandoentre 15% e 30% dos votos dos convencionais para os "mo-derados". Mas o certo, para o ministro Jader Barbalho, éque o grupo dos moderados vai conseguir preservar o seuespaço no partido, participando da renovação do direto-rio, que será decidida na convenção.

Em seus cálculos, o ministro considerou que apenasos votos dos integrantes da chapa dos moderados repre-sentariam 20% dos convencionais.

Assim como disse não acreditar na exclusão dos mi-nistros do PMDB, Jader Barbalho também garantiu quenão espera que encontre aceitação dentro do partido a

§roposta para expulsão do presidente Sarney de sua presi-ência de honra.

Escolhido como porta-voz do grupo que se reuniu on-tem com o presidente Sarney, Jader Barbalho disse que osministros do PMDB vão atuar junto a todos os peemede-

bistas com direito a voto na convenção. Entretanto, nãorevelou quais os elementos de persuasão que serão usadospelo governo no corpo-a-corpo para convencer os conven-cionais de que devem votar nos moderados. Aliás, JáderBarbalho preferiu dizer que essa não é uma questão pro-priamente do governo. O presidente Sarney, segundo afir-mou, entrou nesse assunto na medida em que surgiu nopartido o processo para vetar a participação de seusministros. ,

Dizendo-se "pré-histórico" para rebater os argumemtos do grupo dos históricos do PMDB contrário à partici-pação dos ministros, Jader Barbalho afirmou que ele eoministro íris Resende estão no partido desde 1966.

Apesar do empenho dos moderados para preservarum espaço dentro do PMDB, o ministro garantiu que nãoestá pensando em disputar a presidência do partido comodeputado Ulysses Guimarães. Também não quis anteci-par um apoio dos moderados para que o deputado disputena sucessão do presidente Sarney.

Jader Barbalho garantiu que a proposta de expulsãodo presidente Sarney da presidência de honra do PMDBnão foi discutida na reunião de ontem. De sua parte, con-tudo, disse que não passa de "mero oportunismo", às vés-peras das eleições, a tese defendida por grupos radicaisdizendo que o "Novo PMDB" tem hoje governadores quêforam nomeados, no passado, por governos militares, go-vernadores que, segundo lembrou o ministro, eram da ex-tinta Arena. Mais uma vez, Barbalho ironizou os históri-cos, destacando que o grupo é integrado por homens comoSinval Guazzelli, que governou o Rio Gande do Sul nomeá-do pelo presidente Geisel.

Além de Jáder Barbalho, estiveram na reunião com opresidente Sarney, que durou cerca de uma hora, os mi-nistros íris Resende, Vicente Fialho, Carlos SanfAnna,Ronaldo Costa Couto e Roberto Cardoso Alves.

Quércia pede apoio para os "históricos"São Paulo (AE) — O governador Orestes Quércia reuniu-se on-

tem à noite, na sede do PMDB, com os delegados à convenção dopartido, neste final de semana, em Brasília, quando será escolhidaa nova direção partidária. Quércia pediu todo o empenho dos con-vencionais para a vitória da chave progressista presidida pelo de-putado Ulysses Guimarães e apoiada pela maioria dos governadorespeemedebistas.

A sucessão presidencial não deverá constar da pauta de assun-tos a ser levada por São Paulo à convenção, mas ela estará explici-ta nas propostas que os delegados paulistas deverão apresentar. Aprincipio e uma moção aprovada na Convenção Regional do PMDBPaulista, defendendo um explicito afastamento do partido, em re-lação ao governo Sarney. Além dessa proposta, há ainda uma reco-mendação para que os ministros do PMDB renunciem ou sedesliguem do partido.A proposta que estabelece de forma mais clara o divisor deáguas entre a candidatura de Ulysses e a de Quércia é a de decla-ração de moratória até nova renegociação da dívida externa. 0 paidesta proposta é Quércia, e ele a defendeu claramente durante aconvenção regional dopartido, enquanto Ulysses permaneceu ca-lado sobre a questão. Sao Paulo vai brigar ainda para que a con-venção nacional, destinada a escolher o candidato do partido àpresidência, seja realizada antes de 15 de maio, prazo para desin-compatibilização de ministros e governador. Essa proposta favore-ce todos os governadores do PMDB que são candidatosespecialmente Quércia.

Brasília (Radiobrás) — O presidente do PMDB, deputado Ulys-ses Guimarães, disse ontem que a expectativa da Convenção Na-cional do Partido, a ser realizada no próximo final de semana é amelhor possível, até mesmo pela elaboração de um novo estatutoe um novo programa do partido e também a renovação do Direto-rio Nacional.

O deputado Ulysses Guimarães informou que tem notado nosencontros com as bases do partido, com os convencionais e com osgovernadores que a convenção será a retomada do sucesso "que é

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a trajetória do PMDB". "Estou certo — disse — que esta será a con-venção mais vibrante, mais movimentada e a mais útil da história".

Para o presidente do partido, que no último final de semana vi-sitou cinco Estados, o que se pode constatar é que o PMDM querreimplantar-se, buscar novos caminhos e novos compromissos. Opartido — salientou está estimulando, cheio de idéias e esperançascom a convenção.

0 deputado Ulysses Guimarães aproveitou a entrevista de on-tem, no gabinete do líder do partido na Câmara e rodeado dos lide-res deputados Ibsen Pinheiro, e senador Ronan Tito, para apresentara sua plataforma de candidato a sucessão do presidente José Sar-ney, ou aquele que deve ser o programa do candidato do partido,já que a escolha só de dará em convenção a ser realizada nos próiximos meses.

CalendárioBrasília (Radiobrás) — O PMDB realiza no próximo final dej

semana dias 10,11 e 12 — sua convenção nacional para a escolha)do novo Diretório Nacional do Partido e para a eleição da nova exe-|cutiva nacional. Disputam a convenção duas chapas, uma encabe-jcada pelo atual presidente, deputado Ulysses Guimarães, e a outrasencabeçada pelo ministro Jader Barbalho, da Previdência Social.j

A chapa encabeçada pelo deputado Ulysses Guimarães é for-[mada pelos chamados "Ulyssistas" e pelos integrantes do grupo;chamado novo PMDB. A outra chapa é formada pelos chamados-moderados e é integrada pelos ministros do partido e por alguns;governadores. Como são duas chapas disputando o diretório have-jrá a decisão pelo voto.

Esta é a oitava convenção nacional que o partido realiza. O en-;contro dos peemedebistas será nas dependências do Congresso Na-icional, a partir desta sexta-feira, quando estarão chegando a-Brasília, prefeitos, vereadores, militares, governadores, deputados;estaduais, enfim centenas de peemedebistas para três assuntos: dis-jcussão de um novo programa. Um novo estatuto e, também, a re->novação do diretório nacional.

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14 ECONOMIA O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Homens &Negócios

GUARACY DE BRITO

BIRD

0 governo brasileiro respirou aliviado após anota do Banco Mundial, em resposta à firme ma-nifestação do presidente José Sarney, na semanapassada, criticando o BIRD pela retenção de cré-ditos da ordem de US$ 500 milhões destinados aosetor elétrico. Em alguns ministérios da áreaeconômica e também no Itamaraty havia, de ini-cio, algum temor de que a reação do Brasil aca-basse por tornar muito mais difíceis as relaçõesdo Brasil com o Banco Mundial. Mas parece quea nota do governo brasileiro teve efeito justa-mente contrário, ou seja, forçou o BIRD a con-fessar publicamente que é preciso superar diver-gências de ordem técnica e que o banco vai conti-nuar agindo com a mesma vontade em relaçãoao Brasil, viabilizando projetos imprescindíveisao desenvolvimento nacional.

Agora, acham técnicos do governo, estáaplainado o caminho para que o Brasil e o BIRDsentem-se à mesma mesa e negociem.

ORGANIZAÇÃOCom o título "Estado de Organização", a

"Folha da Tarde", de São Paulo, em seu Cader-no Propaganda & Marketing, publicou o seguin-te: "Surpreendeu o leitor de jornais, semanapassada, a veiculação de um anúncio assinadopelo governo Hélio Gueiros (criado pela Men-des), ao Pará, chamando o investidor para o seuEstado, onde o atual governo "jamais gastoumais do que arrecada".

O título do anúncio — corajoso e realista —não deixa de ser uma vergonha para a Nação:"Nem tudo é bagunça".

O texto — visivelmente de autoria de Oswal-do Mendes — defende a escolha do Pará para ainstalação de futuros projetos e o anúncio, na as-sina tura, mostra uma "versão paraense" do"Caminhante, não há caminho; se faz o caminhono andar" (Governo Hélio Gueiros — Caminhan-do é que se encontra o caminho).

DESABASTECIMENTONão obstante a euforia do ministro da Fazen-

da, Mailson da Nóbrega, a respeito dos resulta-dos até agora apresentados pelo Plano Verão,afirmando que se outras não fossem as razões desua alegria, bastaria saber que até agora nãohouve desabastecimento, a verdade é que se nãotem faltado determinados produtos nas pratelei-ras dos supermercados, há, pelo menos, a faltadas melhores marcas.

Nos supermercados de Belém, o fato se ob-.serva no que diz respeito aos óleos de soja, o con-sumidor sendo obrigado a levar gara casa mar-cas desconhecidas, porquanto nao encontra assuas preferidas. Outros produtos, de igual modo,

"aparecem mas com qualidade inferior, semqualquer explicação mais convincente.

PRÊMIOSA Campanha de Férias da Varig, criada pela

Expressão Brasileira de Propaganda, ganhou doPrêmio Voto Popular, na categoria "Turismo-Hotelaria, Serviços e Transportes", medalha deouro na votação do público alvo e medalha deprata na votação geral. ....... ,

Esta é a única premiação publicitária dopaís onde a escolha é feita pelos próprios consu-midores, que integram um júri formado por pes-soas de todas as idades e classes sócio-econômicas, que durante dois dias, reunidos emSão Paulo, selecionou os premiados entre cercade 400 peças e campanhas inscritas por agênciase produtoras de todo o país.

A Expressão inscreveu, ainda, o comercial"Amor ao Primeiro Keep", para o Keep Coolerdo seu cliente Vinícola Aurora, que ganhou me-dalha de prata na votação geral da categoria"Bebidas Alcoólicas".

PRORROGAÇÃOÉ muito natural que quantos enfrentaram fi-

Ias e demais embaraços para cumprir a lei, pro-videnciando no tempo devido o selo correspon-dente ao pedágio das rodovias federais, mostrema sua inconformação com as medidas das autori-dades, concedendo uma tácita prorrogação paraque não sejam punidos os que não, por comodida-de ou descuido, não se muniram do selo corres-pondente dentro do prazo.

É certo que isso não é novidade e, ao contra-rio, já se vem constituindo rotina no Brasil, masé inegável que tais dilatações de prazo simples-mente beneficiam os negligentes que inclusive játêm a certeza de que sempre há condescendên-cia da parte da autoridade. A concessão tácita denovo prazo é também o reconhecimento das au-toridades de um esquema mal feito, que provo-cou balbúrdia, mas proporciona a incredibilida-de em torno do rigor dos prazos.

GOSSIPSComeçou ontem,

em Berlim, mais umaversão do Internatio-nal Tourism Exchan-ge, o maior evento doramo, com 2.500 expo-sitores de quase 150países. O Pará respon-deu presente atravésda Paratur, buscandomaiores espaços paraatrair visitantes aonosso Estado, xxxxx OBanco Meridional doBrasil apresentará lu-cro equivalente a 3 mi-lhões de OTNs relativoao semestre, em seubalanço a ser publica-do este mês e referenteao exercício encerradoa 31 de dezembro de 88.xxxxx Recebo o exem-plar do "Jornal doConsultor", órgão pu-blicado pelo CEAG.Grato, xxxxx Ontem,no teatro Margarida

Schiwazzappa, o en-cerramento do show"Presença", com acantora Eleny, inicia-do sexta-feira e quevem apresentando ca-sas lotadas, mercê osucesso alcançado.Um empreendimentode Eduardo Silva,xxxxx O Banco BozanoSimonsen lançou nomercado o "overgold"— o Clube de Investi-mento lastreado emouro, destinado a pes-soas físicas e jurídicascom aplicações a par-tir de NCz$ 1.000,00sem prazo de carência,xxxxx Uma semanaapós ter introduzido anova operação, a agên-cia Belém captou maisde NCz| 82.000,00, sain-do na frente das de-mais agências do ban-co em todo o país.

IBGE acusado de manipular índicesRio (AE) — A Associação de Funcionários

da Fundação Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) acusou ontem a direção dainstituição de promover "loteamentos políticos"nas delegacias regionais e de aceitar a "mani-pulação do Índice de Preços ao Consumidor(IPC)", pelo governo, por ocasião do Plano Ve-rão, em prejuízo de sua autonomia técnica. Aacusação foi feita pelo diretor da Executiva Na-cional da Associação, Alcydes Alves Braga, e pe-lo diretor da Associação de Santa Catarina, JúlioCésar Pacheco Augusto. A entidade pretende en-trar com uma queixa-crime na Polícia Federalde Santa Catarina por conta de várias irregula-ridades na administração regional do IBGE. Emrelação ao índice, exige que o IBGE divulgue nãosó o IPC calculado de acordo com as regras de-terminadas pelo governo, como também o IPCde janeiro e fevereiro na forma de cálculo ante-rior, sem o vetor do Plano Verão.

Com cópia da carta enviada ao presidentedo IBGE, Charles Curt Mueller, em novembro doano passado, Júlio César Pacheco Augusto de-nunciou que os cargos nas delegacias regionaisdo IBGE são distribuídos de acordo com a maio-ria política no Estado — no caso de Santa Cata-rina, seria o PFL — em detrimento de técnicos

qualificados. Ele contou que o núcleo de SantaCatarina da Associação de Funcionários flagrouo uso de carros oficiais no transporte de mudan-

Í:as particulares, em eventos festivos com fina-

idades políticas e também no carnaval. Outrairregularidade foi a instalação de um telefone doIBGE na residência do assessor da delegacia re-gional, Jamilton Janir Monguilhotti. Depois dasdenúncias, contou Júlio César, a direção do IB-GE enviou ao Estado um auditor interno e aca-bou por concluir pela inocência do delegadoJocely Lottin e qualificar as irregularidades de"pequenos deslizes", insuficientes para a instau-ração de uma comissão de inquérito.

Insatisfeitos com a conclusão do caso peloIBGE, os funcionários resolveram apresentar aqueixa-crime na Polícia Federal e anexar pro-vas documentadas, como fotografias dos carrosoficiais transportando móveis residenciais. Elesacusam também o delegado de Santa Catarinade promover transferências punitivas de local detrabalho no caso dos funcionários que fizeramas denúncias, como Aterino Conceição MoreiraJúnior — transferido do setor de finanças paraa garagem, onde tinham sido registradas váriasirregularidades — e Raquel Lacerda dos Reis,ex-chefe do Departamento de PeSsoal, transfe-

rida para a Divisão de Geociências. Em toda aauditoria feita no Estado, a única pessoa puni-da efetivamente pelo caso do telefone, segundoJúlio César, foi o responsável pelo setor de ma-terial, Roni Ouvídio Bittencourt, que perdeu ocargo de chefia.

As denúncias não se restringem a Santa Ca-tarina. Outro documento do núcleo da Associa-ção de Funcionários do Amazonas anunciatambém o uso de carros oficiais pelo delegadode Manaus, Raimundo Santiago Garcia, e suaatual substituta, Maria Luiza Ruivo, em servi-ços particulares. Foi registrado, inclusive, umacidente com um dos veículos do IBGE, que ba-teu em um ônibus na madrugada do dia 26 de no-vembro do ano passado. O delegado também éacusado de trabalhar em estado de embriaguez.Além desse documento, a associação tem cópiade telex enviado pelo chefe do departamento deTransportes da Presidência da República, co-mandante Álvaro José Teles Pacheco, no dia 21de fevereiro, ao delegado do IBGE do Ceará, An-tônio Augusto Leite de Castro para colocar à dis-posição do deputado Paes de Andrade (entãopresidente interino), com recursos próprios, duasParatis com motoristas para viagem à sua ter-ra natal, Mombaça, denúncia já feita pelo jor-nal o Estado de S. Paulo.

Taxa de desemprego sobee Fiesp teme a recessãoSão Paulo (AE) — A pesquisa semanal

da Federação das Indústrias (Fiesp) de em-prego industrial registrou no mês de feve-reiro declínio de 0,45%, significando adispensa de 9.100 trabalhadores, elevandopara 17.050 as demissões deste primeiro bi-mestre. O diretor do Departmaento de Do-cumentação e Estatísticas, Carlos EduardoUchôa Fagundes, assegurou haver uma ten-déncia recessiva e se o plano governamen-tal não mudar de rumo poderá gerar au-mento no desemprego.

Ele não descarta o fator sazonalidade,que demonstra haver queda na oferta de em-prego nesta época do ano. No ano passado,nos dois primeiros meses, o desempregoatingia a 8.000 trabalhadores, mais da me-tade desse período."Perder quase meio por cento no nívelde emprego em um só mês é sinal de alertaque deve haver uma profunda avaliação,porque as empresas ja começaram a reti-rar gorduras e, se não houver redução nastaxas de juros e reativação dos negócios, po-dera haver aprofundamento dessa tendên-

cia recessiva" — acrescentou UchôaFagundes.

Dos 46 setores pesquisados, dez apre-sentaram desempenho positivo, enquantooutros 28 tiveram queda e oito se mantive-ram estáveis. Entre as principais quedas es-tão: adubos (-9,69%), doces e conservas(-2,49%), congelados (-2,49%), massas e bis-coitos (-2,48%), tratamento de superfície(-2,36%) e condutores elétricos (-2,07%). Nocaso do setor de alimentação, as demissõesocorreram devido ao desahnhamento depreços na maioria das empresas, segundoconstata a pesquisa da Fiesp.

Embora o acumulado da pesquisa des-te ano indique -0,8% no nível de emprego,nos últimos 12 meses a queda já chega a2,37%, representando a perda de 48.675 pos-tos de trabalho.

Uchôa Fagundes lembrou que o equilí-brio de estoque^consumo e produção depen-dera da redução ou aumento de empregoindustrial. A flexibilização e redução nas ta-xas de juros são os principais pontos paraimpedir o aumento do desemprego.

Mesmo sem autopeças, setorautomobilístico está bem

São Paulo (AJB) — Apesar das dificul-dades enfrentadas com o suprimento irre-guiar de autopeças e componentes em geral,a indústria automobilística produziu, nosdois primeiros meses de 1988,165 mil 700 uni-dades, ou seja, 4.6% a mais em relação a ia-neiro e fevereiro de 1989 (15 mil 400unidades). As vendas no atacado, no mer-cado interno, também aumentaram, comcrescimento de 20,2%.

Nas exportações, porém, apesar docrescimento de 63,9% nas vendas de feverei-ro, em relação à janeiro, o setor automobi-lístico está preocupado. André Beer,presidente da Associação Nacional dos Fa-bricantes de Veículos Automotores (Anfa-vea), lembrou: "As vendas de 21 mil 823unidades no mercado externo estão muitoabaixo da média mensal de 1988, que foi de26 mil unidades".

Em fevereiro último, a produção de vei-culos atingiu 78 mil 110 unidades, contra 87mil 558 unidades de janeiro, com queda de10,8%. Isso, porém, segundo André Beer, nãoretrata a realidade: "Em fevereiro, com 18dias úteis, a produção diária do setor foi de4 mil 339 veículos, contra 3 mil 980, nos 22dias úteis de janeiro. Já . as vendas no ata-cado tiveram a média diária de 3 mil 248 uni-dades em fevereiro, contra 2 mil 891 emjaneiro".Apesar de acumular ainda cinco milveículos incompletos nos pátios, Beer lem-bra que o setor conseguiu, no primeiro bi-

mestre de 1989, manter a média de produçãoe vendas dos últimos meses de 1988. Ele es-tranha até mesmo as denúncias de ágio so-bre preço cobrado acima da tabela oficial:"Não existe razão lógica para o ágio, que es-tá existindo no mercado paralelo (na bocado automóvel), mas não nas concessionáriasautorizadas".

O presidente da Anfavea comentou queas montadoras continuam administrando aescassez de oponentes, para não interrom-per o fluxo normal de veículos à rede de dis-tribuidores. Além do suprimento irregular,pelos fornecedores, Beer confirmou que oproblema tem sido agravado, nas últimassemanas, com algumas greves, a exemploda que ocorreu com a Goodyer (pneus).

Nas exportações, apesar da recupera-ção de fevereiro, a tendência é de queda. Se-gundo Beer, vem ocorrendo reduções depedidos dos importadores desde o final doano passado, em conseqüência do aumentode preços para exportação dos veículos bra-sileiros. Além disso, ele lembra que o pro-blema de falta de recursos do programa deFinanciamento das Exportações (Finex),que ainda não teve solução por parte do (Jo-verno Federal.

As vendas externas, em fevereiro, soma-ram US$ 266 milhões 794 mil, contra US$ 200milhões 693 mil de janeiro. O primeiro bi-mestre de 1989 registrou um crescimento de13,3%, em relação a igual período de 1988.

BOLSARio

Rio (AG) — O mercado de ações dabolsa de valores do Rio de Janeiro ope-rou ontem em alta. O IBV, com 199.816pontos, subiu 2.2%. O índice geral de pre-ços (IPBV) subiu 1.2%, atingindo 213.543pontos. OIBV-12 da bolsa brasileira de fu-furos subiu 2,7. Com 48.935 pontos no fi-nal do pregão. O mercado futuro deíndice fechou para abril a cotação de60.750 pontos, 1,5% maior em relação aodia anterior, sendo negociados 880 contra-tos. Das 72 ações componentes do IBV, 46subiram, 25 caíram e uma não foi ne-gociada.

No mercado de opções foram nego-ciadas, 86.610 mil ações, no valor de NCz$17.070 mil, 35,1%, maior que o vulume davéspera. As séries mais negociadas nodia com seus respectivos prêmios foram:CDP-abr (NCz* 1.100,00) e CDT-abr(NCz$ 670,00) ambas da Vale do Rio Do-ce A futuro de ações não houve negócios.

A vista, 273.930 mil ações, no valor deNCz$ 91.945 mil, 115,3% maior que o mo-vimento de sexta-feira. Foram negocia-dos no telepregão de ontem NCz$ 5milhões correspondentes a 5.4% do volu-me do mercado 2. vista. Participaram 93corretoras que negociaram 162 ações di-ferentes. A termo, 1.800 mil ações, no va-lor de NCzf 66 mil. Foram negociadasnas diversas modalidades, 362.340 milações, no valor de NCz$ 109.082 mil, 97%maior que o volume do último pregão.

As maiores altas do IBV foram: po-lipropileno PA-G — (18,46%), VerolmePP-G - (13,68%), Olvebra PP-G —(U,07%),Microlab PP-G — (11.04%) eVaie do Rio Doce OP-G - (8,17%).

As maiores baixas do IBV foram:J.H. Santos PP-G — (10,59%), AgroceresPP-G - (10,41%), Adubos Trevo PP-G —(5,57%), Barbara PP-G - (4,91%) e Co-pene PA-G — (4,89%).

Das ações que não compõem o IBV:as maiores altas foram: Vacchi PP-G —(42,86%), Trol PP-G - (42,59%), JoãoFortes OP-G — (35,45%). Bicicletas Ca-Íoi PB-G - (34,00%) e Marcopolo PP-G- (19,81%).

As maiores baixas foram: Metalúr-gica Douat PP-G — (25,83%), QuimisinosPB-G - (14.982&), Eberle PP-G -

(14,07%), Riosulense PP-G — (9,68%) eCica PP-G — (9,18%).

Das ações que compõem o IBV-12: asmaiores altas foram: Petrobrás PP(6,61%) e Paranapanema PP (4,53%).

São Paulo

São Paulo (AG) — Ao se encerrar asessão, o Ibovespa acusou evolução de2,5%. O volume financeiro, entretantodecresceu 15,5%, totalizando NCz$65.296,6 mil.

Permanecendo estável no início dostrabalhos, o Ibovespa retomou suas tra-jetória ascendentes a partir das10h30min, para alcançar, no fechamen-to, o patamar recorde de 55.345 pontos.

O índice médio, da mesma forma,expandiu-se 1,6%.

Ambos os grupos de ações que inte-gram a carteira do Ibovespa concorre-ram para seu avanço, ao exibiremvalorizações de 4,6% (primeira linha) e1,8% (segunda) na média de suas co-tações.

O montante à vista (97% da impor-tância geral) somou NCz$ 63.368,4 mil —o que significou incremento de 17,9%,com referência a cifra estabelecidasexta-feira. Desse total NCz$ 49.525,3 milsão relativos à transações com ações eNCz$ 13.763,3 mil, a negócios com opçõesde compra.

Entre os papéis de primeira linha, osque demonstraram as maiores altas fo-ram: Petrobrás PP e ON (5,4% e 5,1%).Dos títulos de segunda linha, os que maisavançaram: Olvebra PP (23%) e Marco-polo PP (21,7%), os que mais recuaram:Varie PP (11,5%) e Met. Barbara PP(6,5%).

Foram efetuados 27 contratos a ter-mo, no valor de NCz$ 1.928,2 mil.

Registraram-se 2.842 operações comopções, gerando 200,4 milhões de títulos(200.418 opções). A série de maior giro,Paranapanema PP/abril/400,00, respon-deu por 17,4% da quantia de prêmios. Naabertura do pregão, esse mercado con-tava com 374.807 posições em aberto(225.275 cobertas e 149.532 descobertas),pira o vencimento abril. Das posiçõesen aberto, as duas séries de maior par-ticipação eram: ParanapanemaPP/abril/360,00 (17,2%), com 64.350 posi-ções, e Paranapanema PP/abril/500,00(15,2%), com 56.840 posições.

INDICADORESTABLITA

Dívidas em cruzados »m correção monetária ou com correção prefixada do

primeiro do janeiro do ano passado até 15 de janeiro de 1989, terão seus valoresreduzidos, no dia do vencimento, através de uma "tablita",

que deve durar até 15

de janeiro de 1990.Basicamente este instrumento será aplicado sobre todas as dívidas referentes

a aquisição de bens duráveis de consumo (eletrodomésticos, automóveis, etc.) e de

crédito pessoal obtido na rede bancária, onde todas as prestações já eram co-

nhecidai. .A aplicação da tablita não vale para obrigações tributárias, contas de água,

luz, telefone, esgoto e gás, nem para mensalidades de oscolas, clubes, associaçõese despesas condominiais {veja isso nas respectivas seções).

Tablita para os próximos 15 dias.

Fatores de conversãoCruzado para Cruzado Novo

fevereiro e março de 1989

Data dovencimento

fator dedivisão

CzS/NCiS

15/02 1.137,788216/02 1.142,761017/02 1.147,760618/02 1.152,782119/02 1.157,825520/02 1.162,891021/02 1.167,978622/02 1.173,088525,02 1.178,220824/02 1.183,375525/02 1.188,552826/02 1.193,752727/02 1.198,975428/02 1.204,2209

Data dovencimento

fator dedivisão

CzS/NCzS

01/03 1.208,954702/03 1.213,707103/03 1.218,478204/03 1.223.268005/03 1.228,076706/03 1.232,904207/03 1.237,750808/03 1.242,616409/03 1.247,501110/03.; 1.252,405011/03 1.257,328212/03 1.262,270813/03 1.267,232814/03 1.272,214315/03 1.277,2153

CUSTO DE VIDA/INFLACAOMESES

DezembroJaneiroFevereiro

¦CV-BELÉM IPC(INFLAÇÃO)

28,79%70,28%

3,6%

Mínimo: —

Piso Nacional NOS 63,90

URP: 26,05% paraaplicar em dez e janeiroEmpregada domésticaContribuição p/ lapas

NQS 11,82

Maior: NCzS 17,86Regional: NCzS 13,97DOU de 18.01.89

JUROS

UNIDADE FISCAL

Estado: NCzS 5,54Belém: NCzS 3,00

Barcarena: NCzS 3,89Ananindeua: NCzS 2,00

ly&ERCADOSDÓLAR - Cz$

OficialParaleloTurismo

CompraNas 0,95NaS 1,55NaS 1,55

VendaNas 1,00Na5 1,65NaS i,60

OUTRAS MOEDAS

OURO

POUPANÇA | OTN/UPC

Nwtmbro Deumbro Jutiro Fevereiro fattbro Nwembfo Deiembro Jueiro

27,55% 29,43% 22,97% 18,95% 2.966,39 3.774,73 4.790,00 6.170,19

| | | I

SALÁRIO | Vr. REFERÊNCIA

Libor (3m): Prime: —

Compra Venda Repasse Cobertura

Coroa Dinamarquesa... 0,13772 0,13875 0,13786 0,13861Coroa Norueguesa 0,14715 0,14830 0,14730 0,14815Coroa Sueca 0,15649 0,15766 0,15664 0,15750

Dólor Australiano 0,83333 0,83956 0,83417 0,83872Escudo 0,0065011 0,0065638 0,0065077 0,0065573Florim 0,47530 0,47881 0,47578 0,47833Franco Belga 0,025586 0,025779 0,025611 0,025753Franco Belga Financ... 0,025474 0,025667 0,025500 0,025641Franco Francês 0,15775 0,15894 0,15791 0,15878Franco Suíço 0,62673 0,63135 0,62736 0,63072Yen .' 0,0077108 0,0077682 0,0077185 0,0077604Libro 0,0007301 0,0007355 0,0007308 0,0007348Urr 0,53613 0,54007 0,53667 0,53953Marco 0,23020 0,23198 0,23043 0,23175Peseto 0,0086043 0,0086693 0,076304 0,076746Xelim 0,076228 0,76823 0,076893 0,077340

Brasil (Grama/Cz$) Compra Venda

Sofra NCzS 19,50 NaS 19,60Ourobraz NaS 19,10 NCzS 19,55Eldorado —

EXTERNO(Onça (31g) x~US$)

Cidade CotaçãoLondresParisZurique

N°Z £r"k: NÃO DISPONÍVELHandy and HarmanEngelhard:

RefinadoBruto

Paralisaçãoatinge 9 milmetalúrgicos

São Paulo (AJB) — Cer-ca de nove mil metalúrgicosde quatro empresas entra-ram em greve, ontem, natentativa de compensar aperda salarial de janeiroprovocada pelo descumpri-mento do acordo coletivo detrabalho, assinado em no-vembro do ano passado en-tre a Federação das Indús-trias do Estado de São Pau-lo (Fiesp) e o Sindicato dosMetalúrgicos, que represen-ta 370 mil trabalhadores. Omovimento atingiu as indús-trias Villares, com 5.670 em-pregados, a Bicicletas Caloi,com 3.100, a Ramberg andRamberg, com 160, e a Soli-meno, que mantém 80 traba-lhadores. Na Villares, aadesão foi praticamente to-tal, segundo o sindicato, como apoio de 90% do pessoal doescritório.

Ontem pela manhã, opresidente do Sindicato dosMetalúrgicos, Luiz Antôniode Medeiros, entregou aojuiz-presidente da 2? Regiãodo Tribunal Regional doTrabalho, Helber AlmeidaCarvalho, um dissídio cole-tivo de natureza jurídica se-licitando ao TRT que julguea pendência com a Fiesp.Pelo artigo 6? do acordo, ostrabalhadores teriam direi-:to ao pagamento da URPmais a diferença entre esteíndice e o IPC, sempre quea defasagem fosse superiora 10%. Em janeiro, essa diTferença ficou em 29% —mas, alegando mudanças naordem econômica com oPlano Verão, os empresáriosda Fiesp suspenderam oacerto.

De lá para cá, o Sindica-toa dos Metalúrgicos res-pondeu com greves e mobi-hzações sucessivas — numtotal de 37 paralisações en-volvendo 30 mil trabalhado-res em luta por acordosempresa a empresa, que seconcretizaram com aumen-tos variáveis entre 10 e 39%.Hoje, às 14 horas, haveráuma primeira audiência deconciliação entre patrões eempregados, na sede doTRT, e até sexta-feira o de-sacordo deverá ser julgado."O mínimo que podemos es-perar dos empresários nes-te momento é sensibilidade",diz o sindicalista Luiz Antõ-nio de Medeiros.

CaminhoneirosSão Bernardo do Cam-

po, SP (AG) — Os caminho-neiros do ABC paulista,entre os quais estão 1,5 miltransportadores de veículosconhecidos por "cegonhei-ros", decidiram ontem adiarnovamente a greve marcadapara zero hora. Segundo odiretor da Associação dosTransportadores Autônomosde Carga, Audi Armando,embora o governo não tenhaatendido a reivindicação dacategoria, de aumento de24,5% no preço dos fretes, noprazo estipulado, os cami-nhoneiros adiaram a greveporque suas .liderançasencontram-se em Brasília eesperam um acerto com osrepresentantes dos Ministé-rios da Fazenda e do Traba-lho para as próximas horas:

— Adiamos novamentea greve porque existe a pos-sibilidade de um acordo —disse Armando, acrescen-tando que representantesdos caminhoneiros e do go-verno, particularmente daSecretaria Especial deAbastecimento de Preços(SEAP), deveriam iniciar osentendimentos para um rea-juste no preço dos fretes ain-da ontem.

Hospitais emgreve contra

o SUDSSão Paulo (AG) — O

presidente do Sindicato dosHospitais, Chafic Farhat, di-vulgou um balanço no finalda tarda de ontem, infor-mando que 60% dos hospi-tais da rede privadaconveniados com o Inampsaderiram à greve, iniciadaontem pela categoria, emprotesto contra a decisão doSistema Unificado e Descen-tralizado de Saúde (SUDS-SP), que decidiu transferirpara o serviço público asconsultas consideradas sim-pies, que eram realizadaspelos hospitais conveniados.O secretário estadual deSaúde, José Aristodemo Pi-notti, no entanto, garantiuque apenas dois hospitaissuspenderam o atendimen-to ambulatorial e que nãohouve greve— Dos 88 hospitais dacapital credenciados juntoao Inamps, 55 têm serviçoambulatorial e, desses, ape-nas 15 atenderam normal-mente no primeiro dia deparalisação — afirmouChafic.

Por problemastécnicos, não

publicamos, hoje, omercado externo.

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Belém, terça-feira, 07 de março de 1989 O LIBERAL ECONOMIA 15

CUT e CGT vão negociar com o governoSão Paulo (AE) — Jair M.eneguelli, pre-sidente nacional da Central Única dos Tra-

balhadores (CUT), e Joaquim dos SantosAndrade, presidente da Central Geral dosTrabalhadores (CGT), anunciaram ontemque vão se reunir amanhã com a ministrado Trabalho, Dorothéa Wernerck, para dis-cutir perdas salariais. A decisão foi toma-da durante reunião de cerca de uma horaentre os dois dirigentes na sede nacional daCUT, em São Paulo. Joaguinzão informouque o convite partiu da ministra, em conta-to telefônico ontem pela manhã e, para ele,o fato de as centrais se disporem ao diálogosignifica que "o movimento sindical não éintransigente". O encontro será na Delega-cia Regional do Trabalho — DRT — e segun-do os dois presidentes, deve ter como tônicao problema da defasagem acumulada.

Jair Meneguelli procurou dissociar anegociação da greve geral marcada para osdias 14 e 15. Conforme disse, o movimentonão será reavaliado, qualquer que seja aproposta do governo, garantindo que a mo-bilização continua. Ele descartou, ainda, apossibilidade de o movimento sindical acei-tar participar de reuniões com o governo àsvésperas da paralisação. Para o sindicalis-ta, o encontro com a ministra será apenaspara as duas centrais imporem uma reivin-dicação, que é a de recuperação das perdas."Se a ministra aceitar a nossa reivindica-ção, passaremos a discutir as regras paraá negociação, mas a greve geral será man-tida", declarou.

Na sede da CUT, prosseguiu ontem o ba-lanço de adesões ao movimento, mas os re-sultados são ainda bastante parciais.Meneguelli afirmou estar certo de que todoo sistema de transportes vai parar, uma vez

que está havendo ênfase na mobilização des-se setor. Esta semana, tanto ele quanto Joa-quinzão viajam para vários Estados parareforçar o movimento. No dia 09, está con-firmada uma passeata intersindical, quepercorrerá o centro de São Paulo, da Praçaaa Sé a Praça da República. Já as manifes-tações para os dias de greve ainda não fo-ram programadas, mas a tendência é dedescentralização, por falta de meios detransporte.

Meneguelli voltou a afirmar que have-rá violência "por parte do Exército e da Po-lícia" durante a greve, a partir de umaanálise dos últimos acontecimentos — o di-rigente diz que várias categorias estão re-cebendo ameaças em seus sindicatos.Quanto as últimas críticas de Luiz AntônioMedeiros, presidente dos Sindicato dos Me-talúrgicos de São Paulo, sobre o "peleguis-mo vermelho", praticado pela CUT, opresidente da entidade preferiu não polemi-zar. "Cada um com seus métodos e suas tá-ticas", resumiu, num esforço para que nãohaja divisão do movimento na última hora,como aconteceu emgreves anteriores.

A direção da CUTreuniu-se ontem, tam-bém com os dirigentes da corrente sindicalciassista, que reúne perto de 700 entidadessindicais independentes. Sérgio Barroso,principal liderança do movimento, não des-cartou a possibilidade de entrada em blocodessas entidades na CUT, o que vem sendonegociado. Antes, porém, os integrantes dacorrente querem discutir o pluralismo par-tidário. "A CUT tem uma partidarização ex-tremada", segundo Barroso. Na direçãodessa facção do movimento sindical, há in-tegrantes do PC do B (que reclamam coma CGT no ano passado), do PDT e do PSDB.

Depois da greve, nova reuniãoBrasília (AG) —O go-

verno convocará os traba-;lhadores para negociar,depois da greve geral mar-cada para os dias 14 e 15,a nova lei salarial, que de-ve ser encaminhada parao Congresso até o dia 14 deabril. A orientação foitransmitida ontem pelopresidente José Sarney aministra do Trabalho, Do-rothéa Werneck, em au-diência no Palácio doPlanalto.

Na avaliação do gover-no, a greve geral não terá

a adesão esperada pelascentrais sindicais e, se con-firmada essa expectativa,os trabalhadores se senta-riam a mesa de negocia-ções, depois do dia 15, coma sua posição enfraqueci-da. Seria, então, o dia 14 deabril, data-limite para aapresentação do projeto delei ao Congresso, e não osdois dias marcados para aparalisação, o fator depressão, e dessa vez favo-rável ao governo, a quemcaberá a iniciativa do seuencaminhamento.

Antes da greve o go-verno não fará qualqueresforço para negociar ouapresentará proposta parao esvaziamento da greve, oque considera desnecessá-rio. Na próxima rodada denegociações, os ministrosda área econômica confir-marão a sua proposta dereajuste semestral comum mecanismo semelhan-te ao "gatilho", caso a infla-ção atinja umdeterminado índice, que fi-cou em aberto para nego-ciação com ostrabalhadores.

Cardoso Alves diz que estásendo vítima de 'radicais'São Paulo (AG) — O ministro do Desen-

volvimento Industrial, Ciência e Tecnologia,Roberto Cardoso Alves, cuja atuação nessapasta tem gerado uma série de denúnciasde irregularidades, decidiu defender-se detodas as acusações através de um comuni-cado nos jornais. Fazendo questão de frisarque a matéria é paga pessoalmente por ele,o ministro responde em especial às críticasfeitas pela revista "Veja" em sua últimaedição.

Ele relaciona em sua defesa oito itensque estão sob suspeita de irregularidades evolta a afirmar que é vítima da "bateria dosradicais de esquerda e de direita". No casoda acusação de venda do açúcar abaixo dopreço do mercado internacional, CardosoAlves defende-se alegando que o preço erab vigente do mercado, descontando o valor

,do frete. Mas, sem citar nomes, levanta a$uspeita de que as denúncias nesse caso vie-ram de um "sócio de pessoa notória", que

TCU investigará a Siderbrás. Brasília (AG) — O Tri-bunal de Contas da União(TCU) deverá investigar ascontas da Siderbrás, em fun-ção das graves denúncias', publicadas recentemente naimprensa. A proposta de in-vestigação poderá ser apro-vada nos próximos dias peloElenário

de ministros do Tri-unal. Mas, segundo infor-

mações de inspetores doTCU, todos os membros do

i tribunal já manifestaramsua intenção de investigaras contas da "holding", vin-: culada ao Ministério do De-

senvolvimento Industrial,Ciência e Tecnologia.

Segundo informaçõesda Coordenadoria de Divul-gação do TCU, a designaçãodas equipes técnicas que de-verão inspecionar o Institu-to do Açúcar e do Álcool(IAA) e o Instituto Brasilei-ro do Café (IBC) poderáocorrer hoje mesmo.

— A saída dos inspeto-res é precedida de um estu-do complexo do assunto.Ainda estão sendo analisa-dos quais os caminhos a se-guir e as instruções para o

trabalho — disse o coorde-nador Carlos Alberto. Se-gundo ele, a possibilidade deo TCU promover investiga-ções extraordinárias em to-do o Ministério doDesenvolvimento Industrial,Ciência e Tecnologia, não es-tá longe de se concretizar. Aproposta para investigaçõesno IAA e no IBC feita peloministro Carlos Átila na úl-tima semana, foi aceita porunanimidade no plenário doTCU. A Siderbrás deve ser opróximo órgão a ser invés-ligado.

Dieese, em crise, lançacampanha em todo o país

Solucionar a crise financeira do De-partamento Intersindical de Estatística eEstudos Sócio-Ecônomicos (Dieese). Esse

,,è o objetivo da campanha "SOS Dieese",i. lançada ontem pela entidade. Foram en-

yiadas, a todos os 1.041 sócios e 98 direto-res do Dieese em todo o país, cartas onde

,!era solicitado que os sindicatos mantives-.'.sem suas mensalidades em dia, visando..garantir a continuidade dos trabalhos daí. instituição. A resposta veio rápida: váriasô . entidades já entraram em contato com of'.£>ieese, se comprometendo a saldar suas

.dívidas; outras pediram a lista dos asso-. ciados devedores, para que possam ajudar

. j. na cobrança dos débitos.•j£jl Os problemas, entretanto, ainda não3 ..estão próximos de soluções, apesar de um.. 'balanço mais detalhado dos resultados ob-

. tidos só poder ser efetuado em meados de' março. Para a campanha, agora, come-çam a ser confeccionados cartazes e selos

j adesivos. Está previsto, para maio, um: show em São Paulo, visando angariar fun-

dos. Além disso, o Dieese abriu a contaSOS Dieese, n° 408.000-9, no Banco do Bra-

. sil, agência Central, São Paulo, para even-ói;'.tuais contribuições.o,"' O número de sócios em débito com o

Dieese, nos últimos anos, aumentou bas-tante. Hoje, são 634 entidades devedoras.Dessa forma, mais da metade dos associa-dos devem ao Dieese, fazendo com que ainstituição tenha um déficit de NCz$662.571,17. Por outro lado, as mudanças napolítica salarial, efetuadas pelo governofederal, exigiram do Departamento análi-ses freqüentes. Cada sócio do Dieese con-tribui, mensalmente, com um valor pro-porcional ao número de trabalhadores nabase. Atualmente, essa quantia é de NCz$0.01 por trnhplhanor

Arrecadação prejudicadaCaso não houvesse o débito das asso-

ciações, a verba arrecadada mensalmente

?elo Dieese seria suficiente para pagar os

79 funcionários das 15 unidades da entida-de espalhadas pelo país. O desequilíbrioentre o Dieese e seus associados foi causa-do pelo convívio dos sindicatos com a infla-ção dos últimos anos e pelo fato de eles te-rem, como base de subsistência, taxas fi-xas, como o imposto sindical e a taxa as-sistencial, além das mensalidades dos fi-liados. Muitas entidades, em função disso,acabam por eliminar despesas, entre elasa contribuição ao Dieese, julgando que ou-trás instituições manteriam a entidadefuncionando.

Em 1987 a arrecadação dos sindicatostambém foi prejudicada, devido ao fato dea Caixa Econômica Federal (CEF) teratrasado o repasse de parcelas da contri-buição sindical, argumentando que haviaproblemas no processamento de dados.Assim, vários s: idicatos tiveram dificul-dades em mantjr o pagamento da contri-buição ao Dieese. Alguns deles, inclusive,ainda possuem débitos referentes a esseperíodo.

A "SOS Dieese" hoje, apela para queos associados regularizem sua situaçãojunto à entidade, dando prioridade ao pa-gamento das contribuições, para que o tra-balho que vem sendo feito há 34 anos tenhacontinuidade, já que a manutenção desseserviço está a cargo do movimento sindi-cal. Além disso, a campanha torna públicaa crise financeira da instituição, objeti-vando, com isso, fazer com que a popula-ção, que utiliza os dados fornecidos peloDieese, se solidarize pela preservação daentidade.

oUVIo

uidação do BRDE decrete suspensa em apenas uma hora

queria ele próprio exportar o açúcar. Iam-bém promete que, mais tarde, voltará tem-pestivamente a esse caso.

As denúncias que envolveram a conces-são de subsídios para o café solúvel que, co-mo no caso do açúcar também foicancelado, ele contesta publicamente a de-cisão do presidente do IBC, Jório Dauster,de não conceder o subsídio sob a alegaçãode que a União Soviética não pertence à Or-ganização Internacional do Café e que sub-sídios eram inadmissíveis.

No assunto Siderbrás, Cardoso Alvesprimeiramente nega qualquer interferênciano pagamento às empresas fornecedoras,mas em seguida admite ter interferido porduas vezes na "holding" do grupo.

Ele também afirma que a decisão deaprovar o projeto de uma fabrica de polipro-pileno em São Paulo foi tomada porque deCubatão vem a matéria-prima e na regiãoestá o centro consumidor.

Brasília (AJB) — Pouco mais deuma hora após ter anunciado, oficial-mente, a liquidação extrajudicial doBanco Regional de Desenvolvimento doExtremo-Sul (BRDE), que apresentaum rombo de NCz$ 500 milhões junto aoBanco Central e NCz$ 130 milhões jun-to a outras instituições financeiras —o Banco Central foi obrigado a voltaratrás em sua decisão, depois de um te-lefonema do Palácio do Planalto paraa direção do banco.

Uma lacônica nota da assessoriade imprensa informava apenas que oBanco Central decidiu suspender a li-quidação para tentar, junto com asequipes técnicas dos três Estados doSul — Paraná, Santa Catarina e RioGrande do Sul — uma solução "menostraumática" e também "para preser-var a saúde do sistema". Com esta de-terminação do Palácio do Planalto, foipor terra a decisão tomada na semanapassada pelos ministros da área econô-mica e anunciada na reunião do Con-selho de Desenvolvimento Econômico(CIDE), de não mais se colocar recur-sos do Tesouro para socorrer bancos es-taduais. O secretário-geral doMinistério da Fazenda, Paulo César Xi-menes, chegou a afirmar que, se fos-sem colocados novos recursos nosbancos estaduais, o Plano Verão esta-ria condenado ao fracasso.

O Palácio do Planalto, no entanto,acabou cedendo às pressões dos gover-nadores. Ontem a tarde, técnicos doBanco Central estavam temerosos deque a liquidação não se concretizassepor pressões políticas, mas o anúncioda liquidação feito às 19 horas pelo di-retor de Fiscalização do BC, José TupyCaldas de Moura, trouxe alívio para ocorpo técnico do BC.

Um relatório feito pelo diretor defiscalização do BC apontava o BRDEcomo "absolutamente inviável" finan-ceiramente e sem outras saída que nãofosse a liquidação". O próprio diretor in-

BIRD garanteempréstimo

para ArgentinaWashington (AP) — A junta dire-

tora do Banco Mundial declarou efeti-vos os créditos para a Argentina de 420milhões de dólares dando marcha a réao congelamento de 350 milhões de dó-lares decidido na semana passada porrazões técnicas, segundo supôs ontemo representante argentino na junta. Fé-lix Alberto Camarasa não quis entrarem detalhes sobre o assunto, mas insi-nuou que haveria um anúncio ontem ànoite em Buenos Aires. Fontes não iden-tif içadas disseram que a experiência daVenezuela pesou grandemente na novadecisão sobre a Argentina. Isso foi umaalusão aos distúrbios que explodiramem Caracas depois que o presidenteCarlos Andres Perez impôs um severoprograma de austeridade que se ajus-tava as linhas pautadas pelo FMI. Opresidente Raul Alfonsín encara umaeleição nacional em maio na qual aspesquisas indicam uma possível vitó-ria da oposição peronista que prometeuuma política de afastamento do FMI edo Banco Mundial.

DesembolsosA flexibilidade adotada por Alfon-

sín quanto as pautas sobre dois crédi-tos aprovados em outubro passado peloBanco Mundial levaram, quinta-feira,a junta a suspender a retenção de de-sembolsos de 350 milhões de dólares emcréditos. O banco havia desembolsadojá a outra metade das operações desti-nada a facilitar a modernização do sis-tema bancário e a ampliar a liberdadede ação do comércio externo. As fontesdisseram que os créditos agora efetivosincluem 120 milhões de dólares para odesenvolvimento de obras municipaise 300 milhões para a construção de ca-sas em diversas regiões do país. Asquatro operações fazem parte de umpacote de crédito de 1.252 milhões de dó-lares que estava a disposição da Argen-tina em outubro para reforçar suaestratégia sobre o pagamento da divi-da externa. A essa soma o Banco Mun-dial acrescentou 104 milhões de dólarespara o desenvolvimento energético de-vido a mais grave crise de produção efornecimento nesse país devido ao bai-xo caudal dos rios que alimentam asprincipais usinas hidroelétricas.

formou, ao anunciar a liquidação, queo BRDE está sem qualquer condiçõesde operar no mercado e de pagar suasdívidas junto ao BC e a várias outrasinstituições financeiras.

Em novembro, o governo já haviafeito uma injeção de NCzf 500 milhõesno BRDE, para permitir que as outrasinstituições financeiras resgatasssemseus papéis e não tivessem maioresprejuízos com a quebra do BRDE. Nema colocação destes recursos permitiu arecuperação do banco, "tão pobre estáa situação dos seus ativos" frisam fun-cionários do Banco Central.

Para manter o BRDE funcionando,no entanto, o Tesouro terá que colocarnovos recursos na instituição, assumin-do uma dívida muito maior que não se-rá paga. Isto porque os maioresdevedores do BRDE são os próprios go-vernos estaduais, que não têm qualquercondição de quitar sua dívida. O Esta-do de Santa Catarina, por exemplo, játem uma enorme dívida com o Tesou-ro que foi assumida em 87 para cobrira dívida de seu banco junto ao BancoCentral.

Naquela época, o BESC teve queentrar em regime de administração es-pecial porque o Estado tinha tomadoempréstimo junto ao banco e não haviapago.

A situação do BRDE é tão ruim queo governo do Estado do Rio Grande doSul, que hoje pressiona para o banconão ser liquidado, se recusou a trans-ferir a reserva do seu banco estadual,o Banrisul, para o BRDE com medo dequebrar o Banrisul. A mesma coisaocorreu com o BESC, que se recusou arolar a dívida diária do BRDE. O Te-souro, assim como ocorreu com o Ban-co Meridional em 85, também do RioGrande do Sul, acabará tendo que co-brir o prejuízo. Uma das soluções queestá sendo discutida é o BRDE ser en-campado pelo Meridional. Os funciona-rios do BC já alertaram, no entanto, que

esta solução só irá agravar a situaçãodos bancos estaduais. O BRDE, déacordo com um funcionário, irá que-brar com o Meridional, caso seja en-campado.

Protestos dosfuncionários

Porto Alegre (AG) — Cerca de 200funcionários do Banco Regional de De-senvolvimento do Extreno Sul realiza-ram ontem de manhã uma passeatapelas ruas da capital até o monumen-to ao general Bento Gonçalves, coman-dante da Revolução Farroupilha noséculo passado. Vestidos com indumen--tária gaúcha e portando as bandeirasda capital e do Estado, eles iniciaramuma vigília cívica até a solução finalsobre a extinção ou manutenção dobanco, prevista para hoje.

O líder da comissão de servidores;Edson'Vicente, disse que a vigília éuma reposta do Estado à pressão dosbancos paulistas sobre o Banco Centralpara a extinção completa do sistemabancário gaúcho. Segundo ele, a reu-nião entre o presidente José Sarney eos governadores Pedro Simon, CasildoMaldaner e Álvaro Dias é o primeiropasso para o governo federal terminarcom a Caixa Econômica Estadual, oBanrisul e o Banco Meridional. Ele sa-lientou que o Banco Central já lançouum projeto neste sentido em comple-mento à Constituição.

Além dos funcionários do BRDE;bancários da Caixa Estadualincoporaram-se ao protesto. Ontem àtarde eles foram até á Assembléia Le-gislativa pedir aos deputados estaduaiso apoio necessário ao governador Si-mon, que estava reunido com o presi-dente Sarney em Brasília.

Região Norte pode sairperdendo financiamentos

O secretário de Estado de Indús-tria, Comércio e Mineração, Nelson Ri-beiro, vai desenvolver gestões, em apoioao empresariado do Pará, no sentido deque a lei ordinária que regulamentaráo artigo constitucional que criou umfundo de financiamento ao setor produ-tivo do Norte, Nordeste e Centro-Oestedefina novos percentuais para a divisãodos recursos desse Fundo entre as trêsRegiões, diversos daqueles estabeleci-dos pelo Ato das Disposições Constitu-cionais Transitórias, que ele considera"injustos para com o Norte".

Segundo explicou, ontem, "o Gover-no Federal tem que encaminhar aoCongresso Nacional um projeto de leipara a regulamentação do artigo 159,inciso I, alínea C, que criou o fundoconstitucional de financiamento. O ar-tigo 34, parágrafo 10 das DisposiçõesTransitórias diz que, até que essa lei en-tre em vigor, os percentuais do Fundosão de 0,6% para a Região Norte, 0,6%para o Centro-Oeste e 1,8% para o Nor-deste. Diante disso, o que se está que-rendo é que essa divisão seja revista,já no projeto de lei que o Governo Fe-deral vai encaminhar, de vez que essespercentuais hoje vigentes são injustospara com o Norte, porque, com os trêsnovos Estados criados pela Constitui-ção, Tocantins, Roraima e Amapá, es-ta Região vai ter sete Estados,enquanto a do Centro-Oeste tem apenastrês, Mato Grosso, Mato Grosso do Sule Goiás, que são, inclusive, muito maisricos que os da Região Amazônica".

De imediato, o secretário desenvol-verá gestões junto ao Ministério do Pia-nejamento. Depois que o projeto de leifor encaminhado ao Congresso Nacio-nal, somará seus esforços aos dos par-lamentares, do Pará e de outrosEstados, que sejam favoráveis à fixa-ção de novos percentuais dos recursosdo Fundo, no sentido de que se consigasensibilizar congressistas em númerosuficiente para garantir a correção dainjustiça contra o Norte.

O artigo 159 da Constituição pro-mulgada a 5 de outubro do ano passa-do diz que "a União entregará:",conforme o inciso I. "dn produto da ar-

recadação dos impostos sobre renda eproventos de qualquer natureza e sobreprodutos industrializados, quarenta esete por cento na seguinte forma":; nocaso, de acordo com a alínea C,- "trêspor cento para aplicação em progra-mas de financiamento do setor produ-tivo das Regiões Norte, Nordeste eCentro-Oeste, através de suas institui-,ções financeiras de caráter regional, deacordo com os planos regionais de de-senvolvimento, ficando assegurado aosemi-árido do Nordeste a metade dosrecursos destinados à Região, na formaque a lei estabelecer;".

O parágrafo 10 do artigo 34 do .Atodas Disposições Constitucionais Tran-sitórias é o seguinte: "Enquanto não en-trar em vigor a lei prevista no art. 159,I, c, cuja promulgação se fará até 31 dedezembro de 1989, é assegurada a apli-cação dos recuros previstos naqueledispositivo da seguinte maneira: I —seis décimos por cento na Região Nor-te, através do Banco da Amazônia S. A.;II — um inteiro e oito décimos por cen-to na Região Nordeste, através do Pan-co do Nordeste do Brasil S. A.; III —seis décimos por cento na RegiãoCentro-Oeste, através do Banco do Bra-sil S. A.".

Em reunião promovida pela Asso-ciação Comercial do Pará (ACP), dia16 do mês passado, Nelson Ribeiro pro-pôs uma mobilização para que se obte-nha, na lei que vai regulamentar aaplicação do artigo 159, inciso I, alíneaC, a correção do que chamou de "equi-voco da equiparação do Centro-Oeste àAmazônia, através de participaçõesiguais nos recursos do fundo", na mes-ma ocasião, ele acrescentou a propôs-ta de "diferenciação na destinação derecursos do fundo em favor dos mi-croempresários", justificando-a com ofato de que "o risco para o microempre-saro nas Regiões subdesenvolvidas é 'maior do que nas demais regiões". Su-geriu, também, que o fundo constitucio-nal de financiamento ao setor produtivo"atenda o que é requerido em termosde capital de risco, para as regiões sub-desenvolvidas, a juros diferenciados'*

Bareiii nãoquer índices

regionaisSão Paulo (AG) — A-

proposta da ministra do TYa-.balho, Dorothéa Werneck,de regionalização dos índi-ces para reajuste salarial ede reajustes quadrimestraisfoi rechaçada ontem pelo di-retor técnico do Departa-mento Intersindical deEstatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Wal-ter Barelli, para quem a po-li tica salarial deve levar àrecuperação e ao cresci-mento do poder de comprados salários:

Para Barelli, reajustequadrimestral é uma fórmu-la já proposta na época emque Murilo Macedo era oministro do Trabalho e quenão vingou. Ele lembra am-da que essa fórmula foi ade-tada pelos uruguaios, semque tenha sido satisfatória,é que só deveria ser sugeri-da aos brasileiros depois deaprimorada.

Ele também condena aregionalização dos reajustesporque, em sua opinião, es-sa seria a maneira de man-ter subdesenvolvidas asregiões onde o movimentosindical tem menos força.Barelli citou como exemploo Estado do Piauí, qnde jáhouve casos de supermerca-do registrarem seus funcio-nários como se recebessemsalário mínimo e pagaremum terço desse salário.

Seplan vaicoordenarprojetos

São Paulo (AG) — O Mi-nistério do Planejamento

. passará a concentrar todosos projetos de Financiamen-to do Brasil'junto ao BancoMundial (BÍRD), revelou odiretor da área bancária doBanco Central, Wadico Buc-.chi. Segundo ele, até mesmoo.empréstimo no valor de•US$ 500 milhões para viabi-lizar o reordenamento dosistema financeiro, pratica-mente acertado com o"Board" do Banco Mundiale cuja primeira parcela de-verá.ser liberada no final deahril, deixa de pertencer aesfera do BC para ser res-ponsabi.lidade direta daSeplan.

Na realidade, explicouBucchi, o caráter da decisãoé mais amplo, pois determi-na que todo pedido de finan-ciamento formulado peloGoverno Federal, Estadualou Municipal junto às agên-cias multilaterais terá depassai pelo crivo da coorde-nadoria técnica do Ministé-rio do Planejamento. A idéiabásica é de que, ao estabe-lecer um cronograma deprioridade, será mais sim-pies identificar quais os pro-jetós- viáveis, facilitando atramitação burocrática,além. de evitar problemascomo o que recentementeocorreu com a decisão do

.•BIRD em vetar o financia-mento de US$ 500 milhõespara o setor elétrico porqueele envolvia a destinação derecursos para a construçãoda Usina Nuclear de AngraIII.

Restituiçãodo IR saiem abril

Rio (AG) — Os contri-buintes que têm restituiçãodo Imposto de Renda refe-rente ao ano-base 1986 játem data prevista para rece-ber o seu dinheiro. No próxi-mo dia 22 de março, o Serproestará enviando à rede ban-caria os cheques dos contri-buintes que fazem aniversá-rio no primeiro semestre doano e; no dia 20 de abril, se-gue novo lote dos aniversá-riantes dò segundo semes-tre. A informação é da Supe-rintendêricia da Receita Fe-deral da 7? região, queabrange os.Estados do Riode Janeiro e Espirito Santo.

A Receita Federal aler-ta, no entanto, que o fato deo Serpro enviar os cheques

• àrede bancária em datas jádefenidas não quer dizer queo contribuinte terá acesso aoseu cheque no mesmo dia.Ele deverá aguardar, em ca-sa, o comunicado da Recei-ta Federal para comparecerao banco.

O prazo para que esseaviso seja envtadóao contri-buinte é de cerca de uma se-mana. Assim, quemaniver-saria no primeiro semestredeverá ser avisado pela Re-ceita em torno do dia 29 des-te mês. Quem faz aniversá-no no segundo"semestre es-Uirá recebendo o comunica-do por volta do dia 27 de.'abril. '

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16 INTERNACIONALO LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Distúrbios no Tibet com mais de 10 mortosPequim (UPI) —Pelomenos onze

pessoas morreram ontem, pela açãoda polícia quando milhares de mani-festantes antichineses promoveramagitações nas ruas da capital do Tibetpelo segundo dia, atacando chinesescivis e queimando edifícios, segundoinformações de estrangeiros nacidade.

A violência renovada se seguiuaos distúrbios furiosos de domingo,quando a polícia atirou em mongesbudistas que exijam a independênciado Tibet. Segundo comunicados ofi-ciais, houve 11 mortos atingidos pelos

tiros. Desde outubro de 1987, o Tibetestá em constante sobressalto porcausa dos protestos violentos contra ogoverno comunista chinês.

Turistas norte-americanos e ca-nadenses que estão na capital do Ti-bet, Lhasa, disseram acreditar que onúmero de mortos deve ser muitomais alto, em torno de 50, nos últimosdois dias. A informação não pôde serconfirmada oficialmente.

Os estrangeiros, que se comunica-ram por telefone, disseram que a poli-cia — fortemente armada e usando

capacetes — ocupou as ruas de Lhasadurante a noite, invadindo edifícios eprendendo centenas de pessoas.

Segundo os turistas, mais de doismil tibetanos ocuparam as ruas deLhasa durante todo o dia de ontematacando chineses civis e queimandoe saqueando lojas. Os objetos pilha-dos, como rádios e toca-fitas, eramqueimados em grandes fogueiras. Osestrangeiros não foram incomodadose ficaram restritos aos hotéis onde es-tão hospedados. Mas um deles disseque todos estavam apavorados.

China enfrenta hostilidade tibetanaPequim (AFP) — Trinta anos de-

pois da cruenta insurreição antichine-sa de Lhasa, Pequim continua semconseguir ser aceito no Tibete, ondeuma nova explosão de violência lem-brou anteontem a profundidade do sen-timento nacionalista e ondeprosseguiam ontem as manifestações.Vários milhares de manifestantes des-filaram ontem em Lhasa, dispersos emgrupos de algumas centenas, e ocupa-ram o centro da capital com a policiaapenas observando a movimentação,disse um turista norte-americano quefalou para Pequim pelo telefone.

Os distúrbios de anteontem nosquais morreram pelo menos 11 pessoas,são "uma nova afronta" para Pequim,"que esgotou todos os seus trunfos", noTibete, disse um diplomata ocidental.

Centenas de manifestantes ataca-ram anteontem a sede do governo e doPartido Comunista Chinês em Lhasa,comemorando os distúrbios de 5 de

março do ano passado, que segundo di-ferentes fontes deixaram entre cinco e30 mortos.

Segundo o diplomata, "isto não émais que o princípio" da violência queacontecerá, em particular por ocasiãodo aniversário de 10 de março de 1959,data da insurreição tibetana contra asforças chinesas, na qual morreram10.000 pessoas."Não vejo como as autoridades chi-nesas vão sair deste atoleiro" acrescen-tou, destacando que a China nãocontava com a ajuda do Panchen Lama,a segunda autoridade religiosa tibeta-na, falecido no dia 29 de janeiro, que de-sempenhou um papel de mediadorentre chineses e tibetanos. A maioriadestes últimos são fiéis ao Dalai Lama,chefe religioso do Tibete, exilado na tn-dia desde 1959.

Os acontecimentos atuais "não aju-darão no diálogo" que se está esboçan-do entre o Dalai Lama e a China, disse,

por sua vez, um diplomata asiático, quelamentou a "brutalidade" da repressãoaplicada anteontem.

Segundo uma testemunha, os poli-ciais chineses dispararam contra osmanifestantes com fuzis de assalto. Umpolicial morreu e 11 ficaram gravemen-te feridos, segundo a agência NovaChina.

Pequim propõe ao Dalai Lama avolta à China com a condição de que re-nuncie a independência. O "Deus-Rei"dos tibetanos aceitou no ano passadodeixar com a China o controle da defe-sa e as relações exteriores do Tibete,em troca de uma ampla autonomia, oque Pequim considera jnsuficiente.

As comunicações com o Tibete es-tavam ontem virtualmente cortadas. A.região foi ft.hada à imprensa depoisdos distúrbios de 1? de outubro de 1987,que marcaram a reativação da agita-ção nacionalista antichinesa.

Familiares lamentam a morte de um homem que ingeriu o licor fabricado clandestinamente em Boroda, índia.

Bebida tóxica matou 132 emais 240 podem morrer, ainda

Cientistas chineses pedem anistiapara presos políticos em Beijing

Ahmedaba, (UPI) — Médicos, estu-dantes de medicina e voluntários con-tinuam a luta para salvar as vidas decentenas de pessoas que tomaram umabebida tóxica de produção ilegal, en-quanto subia para 132 o número de mor-tes na pior tragédia desse tipo jáocorrida no estado de Gujarat.

Os médicos, que estão lutando coma escassez de remédios e equipamen-tos, disseram que o número de mortosdeverá crescer, porque muitos dos pa-cientes estão em estado muito grave.

O chefe do gabinete de Gujarat or-denou a abertura de um inquérito judi-ciai e a transferência do chefe depolicia das cidade de Baroda, onde abebida foi vendida. Fontes policiais dis-

seram que está sendo feita tambémuma investigação criminal.

Esses providências são exigidaspor uma lei aprovada ano passado pe-fa assembléia estadual, como parte doesforço de combate à produção ilegalde bebidas, um dos mais sérios crimesorganizados do Estado. As bebidas ai-cóolicas foram proibidas em Gujarat,em 1960, em homenagem ao líder da in-dependência "Mahatma" Gandhi, quenasceu no Estado

O superintendente médico do hos-pitai governamental de Baroda disseque pelo menos 42 pessoas morreramsegunda-feira, elevando para 132 o to-tal de mortos.

Muitas das vítimas são trabalhado-res pobres, varredores de rua e catado-res de lixo. Mas uma delas foiidentificada como o filho de um dosprincipais produtores da bebida ilegale um dos dois suspeitos presos pela'ven-da do "Lattha , como a bebida échamada.

Os médicos acreditam que há pou-ca esperança de sobrevivência para asmais de 240 pessoas internadas no hos-pitai estatal de Baroda. O álcool meti-lo, que foi usado em percentual muitoalto na produção da bebida, é muitotóxico.

Os mortos estão sendo cremadosem uma enorme pira comum, para eco-nomizar combustível vegetal.

Começa em Viena reunegociar o desarme n

o paraViena (AFP) — Os ministros das Re-

lações Exteriores dos 35 países daCSCE (Conferência sobre Segurança eCooperação na Europa), iniciaram on-tem de manhã, em Viena, as novas ne-gociações sobre o desarmamentoconvencional na Europa.

Poucas horas antes de começar acerimônia de abertura no palácio deHofburgo, os especialistas conseguiramresolver uma diferença interocidentalsobre a posição de negociação dos 16países da aliança atlântica disseramfontes diplomáticas.

A OTAN proporá ao Pacto de Var-sóvia dividir a Europa em várias zonasou setores geográficos para fazer emcada um reduções substanciais e assi-métricas de armamento convencional.Os diplomatas ocidentais trabalharamdurante grande parte da noite passadapara solucionar as divergências sobreesta divisão e a importância das redu-ções em cada setor.

Na primeira jornada da reunião, aOTAN e o Pacto de Varsóvia exporãosuas respectivas posições, com as inter-venções dos chanceleres soviéticos ebritânicos, Eduard Shevardnadze eGeoffrey Howe.

As negociações propriamente ditasreunirão pela primeira vez em volta deuma mesma mesa os 16 países da alian-ça atlântica e os 7 do Pacto de Varsóvia,

Paralelamente, no extremo opostodo palácio começarão as conversaçõesentre os 35 membros da CSCE (os 23mais 12 neutros e não-alinhados), sobreas medidas de confiança e de seguran-ça na Europa.

O primeiro chanceler ocidental afalar será Geoffrey Howe, que anuncia-rá em grandes linhas a oposição daaliar-rça e insistirá na necessidade deconseguir uma paridade entre Leste e

,> WÍmmmmL ¦? "flÜftfv •' ¦ *_„X' - 3Hk|'- Xf^ffflJr™" 'MHKlpr''' ¦ <X ^'IsmmmWÊi'-'-'-'

O chanceler soviético Eduard Shevardnadze faz um apelo para extinção das armas nu-cleares em Viena.

Oeste.Essa paridade suporia uma dimi-

nuição de quase dois terços do poten-ciai do Pacto de Varsóvia nas trêscategorias de armas (tanques, artilha-ria e blindados de transportes de tro-pa)) que permitem ataques desurpresa.

Em contrapartida, as reduções daOTAN só seriam ao redor de 10%, da-da a superioridade — "esmagadora",segundi classes de armas.

Os ocidentais se puseram de açor-do sobre a divisão da Europa em três

zonas concêntricas e sobre os limites decada categoria de armamento nessasregiões.

Espanha, que havia feito objeções,obteve satisfação ao não ser integradana zona periférica, que compreendeTurquia, Grécia, Noruega e Islândia.

Por outro lado, para satisfazer aTurquia, que achava a zona periféricademasiada débil, a OTAN decidiu au-mentar a quota de veículos blindadosde transporte de tropas, solução quesuscitou por sua vez os receios da Gré-cia, disse a mesma fonte.

Beijing (AP) — Mais de 40 desta-cados cientistas aderiram a um crês-cente clamor entre intelectuais paraque se conceda uma anistia a presos po-li ticos e se estabeleça um sistema de-mocrático, informou ontem umporta-voz do grupo.

Xu Liangying, historiador que per-tence a prestigiosa Academia Chinesade Ciências, disse que 42 pessoas assi-naram uma carta que pede aos dirigen-tes do país a "garantir a liberdade deexpressão, publicação e informação"."Esta é a única garantia confiávelde unidade e estabilidade", diz a cartaao se referir aos temores do governo deque a democracia possa ser desestabi-lizadora."A história mundial e a experiên-cia da China demonstram que a demo-cratização política, inclusive umsistema legal, é necessária para garan-tir a reforma econômica e todo o pro-grama ,de modernização", diz odocumento.

Xu disse que a carta foi enviada nasemana passada ao secretário geral doPartido Comunista, Zhao Ziyang, aoprimeiro-ministro Li Peng, e aos pre-sidentes do Congresso Nacional do Po-vo e do Comitê Consultor Político doPovo Chinês, um órgão assessor de in-

Itália sacudidapela disputa doPCI e do PSI

Roma (AFP) — Uma exasperadadisputa entre o Partido Comunista e oPartido Socialista sacode há quatrodias a vida política da Itália.

A polêmica começou quando o li-der do PCI, Achille Occhetto, afirmouque seu partido está disposto a se fi-liar a Internacional Socialista (IS) eque "o único obstáculo é Craxi" (o ex-presidente do Conselho, Bettino Cra-ki, líder do PSI).

Os comunista gostam de provo-car, mas os socialistas não têm sensode humor, comentaram os observado-res, ao se tornar pública a batalha deadjetivos, comunicados e editoriaisque inundaram a Itália após a afirma-ção de Ochetto, reflexo das divergên-cias e rivalidades dentro da esquerdaitaliana.

Primeiro resultado da disputa:Craxi não viajará amanhã, a Bruxe-Ias, onde será realizada uma reuniãode partidos socialistas e social-democratas europeus, para a qual Oc-chetto foi excepcionalmenteconvidado.

Os socialistas acusam o dirigentecomunista de "confucionismo" e"gorbachevismo", enquanto os ad-versários de Craxi o qualificam de"nervoso", "medroso" e "antiunitá-rio", por este ser contra a integraçãodo PCI à esquerda social-democrataeuropéia, abandonando os outros par-tidos comunistas.

telectuais.É a terceira carta deste tipo que é

enviada às autoridades governamen-tais este ano. O mais conhecido dissi-dente chinês, o astrofísico Fang Lizhi,foi o primeiro a propor uma anistia emuma carta ao dirigente Deng Xiaopingem janeiro.

Dezenas de intelectuais, entre elesos mais famosos escritores e filósofoschineses, assinaram uma segunda car-ta do mesmo tom em fevereiro. Alémdisso, centenas de pessoas em HongKong, assim como chineses que vivemem Formosa e Estados Unidos, assina-ram petições e cartas de apoio a umaanistia.

As cartas anteriores exortavam es-pecificamente a que se libertasse WeiJinsheng, condenado em 1979 por ativi-dades contra-revolucionárias, e que su-postamente ficou louco na prisão. Weidesagradava particularmente a DengXiaoping devido as cri ticas que lhe fez.

A carta dos cientistas, no entanto,não menciona nomes, apelando apenaspara que se liberte "todos os jovens aeu-sados e sentenciados a reforma traba-lhista devido a problemas ideológicos".Diz que isso "abriria uma nova era nahistória política do país".

Xu disse que considerava que a

carta, que ele contribuiu a redigir, é"mais suave" que as anteriores, masdisse que os que a assinaram acredi-tam que na China "não se deveria pren-der pessoas só por que tem pontos devista políticos diferentes".

O Ministério de Justiça disse nomês passado que os pedidos de anistiaeqüivaliam a "interferir na administra-ção da Justiça", mas não tem havido ou-trás respostas diretas do governo.

No entanto, o jornal de Beijing emsua edição de ontem defende enérgica-mente a prisão de Wei, o que indicariaque a tolerância aos pedidos de anistiaestaria para terminar."A liberdade de expressão em ne-nhum país pode ser sustentada acimados interesses básicos do país", diz ojornal. 'As pessoas têm liberdade de ex-pressão, mas não a liberdade de agitarem favor da contra-revolução, aprovei-tando a vantagem de uma democraciasocialista".

Xu disse que não acreditava que se-riam tomadas medidas de represáliaspolíticas por ter enviado a carta."A China enfrenta muitos proble-mas agora e simplesmente queremosapresentar uma apelação", disse. Os au-tores da carta disseram que a escre-viam "com corações patrióticos".

Pedida a renúncia dopresidente sul-africano

Preso no Japão o ex-presidenteda empresa NTT, por corrupção

Tóquio (AFP) — O ex-presidente da gigante das telecomu-nicações Nippon Telegraph And Te-lephon (NTT), Hisashi Shinto, foipreso ontem por corrupção, emmais um capítulo do chamado Es-cãndalo Recruit, que desde dezem-bro levou à demissão de trêsministros e arruinou a popularida-de do chefe do governo Noboro Ta-keshita. A decisão da justiçacomoveu os meios político e econô-mico do país.

Um dos empresários mais pode-rosos no Japão, Shinto, de 78 anos,é acusado de ter adquirido ações daRepruit Cosmos a preço baixo, emtroca de facilidades para que o gru-po Recruit, um gigante da publici-dade econômica, estendesse o seu

império ao mercado das comunica-ções. O promotor considerou que is-so eqüivale a um suborno passivo.

Após uma oferta pública deaquisição (OPA), em 1986, a reven-da a preço alto de 10 mil ações daRecruit Cosmos, subsidiária para osetor imobiliário do grupo Recruit,permitiu a Shinto e a seu secretário,Kozo Murata ganhos de cerca de 20milhões de yenes (157.500 dólares),dos quais 9 milhões (70.900 dólares)foram depositados em uma só con-ta bancária, a de Shinto, que em de-zembro renunciou à presidência daNTT.

De personalidade autoritária ecarismática, Shinto foi detido emum hospital de Tóquio. A casa delee a do seu secretário foram revista-

das. A prisão causou comoção na se-de da NTT, a maior empresa domundo em capitalização em bolsade valores.

Murata também foi preso emmais um capítulo desse escândaloque agora já ameaça pessoalmenteTakeshita e até mesmo o seu ante-cessor, Yasuhiro Nakasone, e já in-fligiu inesperadas derrotaseleitorais ao Partido Liberal Demo-crata (PLD), há 40 anos no poder.Nakasone, suspeito de ter favoreci-do a Recruit e ao presidente do gru-po, Hiromasa Ezoe, também éacusado de ter conseguido muitasvantagens, durante os cinco anosque chefiou o governo, de 1982 a novembro de 1987, graças às mesmasinformações reservadas.

Escândalo afastaprocurador geraldo governo suíçoBerna (AFP) — O governo suíço

decidiu ontem a aposentadoria anteci-pada do procurador geral da Confede-ração, Rudolf Gerber, que paga assimpelo escândalo dos dólares procedentesdo tráfico de drogas, "lavados" naSuíça.

Esta decisão foi tomada com baseno relatório apresentado pelo juiz fede-ral Arthur Haefliger.

Gerber, que em sua qualidade deprocurador geral dirige o MinistérioPúblico (_. Suíça, é acusado de laxismona luta contra o tráfico de drogas. Doispartidos politicos pediram seu afasta-mento no dia 18 de janeiro.A principal crítica que lhe é feitano relatório de Haefliger é que deveriater iniciado inquérito judicial contracinco empresas financeiras suposta-mente implicadas na "lavagem" dosnarcodólares.

O Conselho Federal decidiu na prá-tica conceder-lhe férias até o dia 1? desetembro, quando se aposentará pre-maturamente..

Johannesburgo (AP) — Um jornalpró-governamental, conhecido por seufirme apoio a P.W. Botha, se juntou on-tem a outras publicações em um pedi-do ao presidente, que se encontraenfermo, para que renuncie a seucargo.

Botha ainda se recupera de umaembolia cerebral que sofreu no dia 18de janeiro, mas anunciou na semanapassada que voltaria a seu escritórioem abril e pretendia permanecer até ofim de seu mandato em setembro.

Botha, de 73 anos, que foi chefe degoverno durante mais de um decênio,deixou aberta a possibilidade de seapresentar como candidato a presiden-te para mais um mandato de cincoanos."Há um tempo para chegar e umtempo para ir embora", disse o jornalpró-governamental

"Beeld", citando pa-lavras de D.F.Malan, que foi primeiro-ministro nos anos 40 e 50, e mentor po-lítico de Botha.'Termita-nos sugerir que Bothaleia novamente com atenção essa pa-lavras", diz o jornal em um editorial. "Avoz de Malan mesmo e um passado lon-glnquo ainda tem muito a nos dizer".

No entanto, circularam versos de-que Botha regressaria ao cargo somen-te o tempo sufiviente para apresentarsua renuncia com pompa e dignidade,e tornar seu provável herdeiro político,o ministro da educação F.W. de Klerk,em presidente.

De Klerk foi eleito líder do PartidoNacional, da situação, no mês passado,

quando Botha renunciou a esse cargo.Tradicionalmente, o dirigente do par-tido tem sido o chefe de governo e deKlerk se encontra agora numa posiçãoincômoda, pois não tem poder formalsobre as decisões do governo.

A cadeia de rádio South .AfricanaBroadcasting Corporation disse ontemque o país se viu "revigorado" pelos dis-cursos iniciais de Klerk desde que as-sumiu a liderança do Partido Nacional.

O extenso editorial não mencionouBotha, mas disse que as exortações deKlerk a uma reforma da questão racialtinham provocado "uma resposta entu-siasta" de grupos da oposição que, an-teriormente, tinham se negado anegociar com o governo. .

Klerk não declarou publicamentedivergências políticas com Botha, masé considerado em geral como mais fie-xível e moderado e por isso, mas emcondições de romper o estancamentopolítico da Africa do Sul. Item feito pro-postas um pouco vagas para diminuiro impacto das leis de segregação em vi-gência.

Vários jornais importantes prog-nosticaram nos últimos dias que have-rá uma disputa pelo poder no PartidoNacional se Botha tentar permanecerno cargo."Existe agora uma forte possibili-dade de que depois das reuniões de or-ganizações do partido esta semana, seenvie uma delegação ao senhor Bothapara lhe pedir que renuncie", disse ojornal "Star", o ae maior circulação nopaís, em uma nota na primeira página.

North mandou construirpista de vôos secretos

Washington (AP) — Um oficial da For-ça Aérea da reserva disse que Oliver Northo contratou para trabalhar na construçãode uma pista para missões secretas deabastecimento aos rebeldes nicaragüenses,quando o Congresso havia proibido todaajuda aos "contras". Richard Gadd deu seutestemunho ontem no julgamento contraNorth, acusado de mentir ao Congresso e aopromotor geral sobre as tentativas do go-verno do ex-presidente Ronald Reagan pa-ra não cumprir com a proibição de ajuda.

Gadd prestou testemunho na quinta-feira e disse que North o havia contratadopara ajudar na construção de uma pista naCosta Rica para manter a "frente sul" dos"contras" em sua guerra contra o governosandinista da Nicarágua. Gadd descreveu,como foi citado um domingo pelo ajudantede North, Richard Secord, a uma reuniãocom o assessor da Casa Branca, que mos-tr ou num mapa um afastado local da costaocidental do país."Secord e North me perguntaram sepoderia ajudar a construir uma pista aé-rea. Por não ser construtor, sugeri algunsconsultores e mais tarde a pista estava

pronta", declarou Gadd. Em outra ocasião,North acompanhou Gadd a uma reuniãocom o embaixador Robert Duemling, aquem pediu uma concessão a Gadd para otransporte aéreo para ajudar a distribuir os27 milhões de materiais de ajuda "humani-tária" aos "contras", disse Gadd, acres-centando que Duemling aceitou o pedido.

Um dos principais testemunhos do go-verno contra North, o ex-assessor nacionalde segurança, Robert McFarlane, foi sen-tenciado na sexta-feira por seu papel no es-cãndalo Irã-"contras" e depois seria cha-mado pela promotoria.

O problema no manejo do material se-creto continua sendo um obstáculo no julga-mento. O juiz distrital Gerhard Gessel teveuma audiência na sexta-feira para analisaro que fazer quando o governo tentar censu-rar o material que já foi dito ao público. .

O último conflito surgiu quando os ad-vogados de North descobriram que memo-randos que o governo evitou que fossemusados no julgamento já tinham o conheci-mento do público oito meses antes em umcaso judicial distinto.

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Belém, terça-feira, 07 de março de 1989 O £/BF/?>\£ INTERNACIONAL 17

Brasil defende soberania na AmazôniaChoque detrens mata2: EscóciaGlasgow, Escócia (AP) —

Dois trens suburbanoschocaram-se ontem de frentenos arredores de Glasgow, comum saldo de pelo menos doismortos e 44 feridos, informou oserviço escocês de trens.

As autoridades disseramque possivelmente uma pessoapermanecia ainda entre os fer-ros retorcidos várias horas de-pois do acidente, o segundo queocorre na Grã-Bretanha em 48horas.

Willie Caldwell, porta-vozda companhia estatal de trens,disse que os feridos estavam fo-ra de perigo e muitos foram li-berados depois de um rápidoatendimento no local doacidente.

Os dois trens que se choca-• ram ontem iam em direções

opostas entre os subúrbios deSpringburn e Milhgavie quandocolidiram à 1:00 h (13:00 gmt)perto da estação Bellgrove, atrês quilômetros a leste do cen-tro de Glasgow.

Os dois trens levavam cer-< ca de 70 passageiros e iam a

uma velocidade de 45 quilôme-tros por hora, informaram asautoridades.

Cinco pessoas morreramt sábado e outras 94 ficaram feri-

-, das em um choque de trens nasproximidades do setor sul deLondres.

Finanças doVaticano em

estudoCidade do Vaticano (AP) —

Um comitê especial de cardeaiscomeçou ontem uma reunião detrês dias para tratar de questõesfinanceiras da Igreja, como par-te dos esforços do Vaticano pa-ra reduzir seu déficitorçamentário.

O Vaticano anunciou em ou-tubro passado que seu déficitem 1987 foi de quase 64 milhõesde dólares, e que era provávelque em 1988 o déficit registreum aumento de três por cento.

Segundo indicou-se, o Vati-cano cobriu o déficit com as con-tribuições anuais que oscatólicos brindam ao papa, ecom fundos de reserva.

O comitê especial, denomi-nado oficialmente "conselho decardeais para o estudo da orga-nização e problemas econômi-cos da Santa Sé", emitiu em 1988um apelo para que os fiéis au-mentem suas contribuições.

O conselho é integrado porcardeais da Argentina. Brasil,Burkina Faso, Canadá, Espa-nha, Estados Unidos, Filipinas,França e Quênia, assim comopelos principais cardeais do Va-ticano, como o secretário de Es-tado, cardeal Agostino Casaroli.

Ceiam fazreunião emWillemstadWillemstad, Antilhas Ho-

landesas (AP) — Cerca de 67delegados das conferênciasepiscopais de 25 países da Ame-

, rica Latina, Estados Unidos e; Alemanha Federal iniciaram

ontem em Willemstad a 22? as-sembléia ordinária do ConselhoEpiscopal Latino-Americano(Ceiam) com uma agendaorientada para os trabalhos co-memorativos dos 500 anos doinicio da evangelização da Amé-rica Latina.

Os trabalhos da reunião se-. rão realizados no centro de re-'•' tiros e dirigidos pelo bispo de

Pereira, Colômbia e presidentedo Ceiam, monsenhor DárioCastrillon Hoyos. O presbíteroEnrique Castillo Corrales, se-cretário adjunto do Ceiam, in-

c. i formou que depois da aberturada assembléia será lido o infor-me dos diversos órgãos da Ce-Iam. Para hoje está

fu programada a entrega de infor-'•"¦ mes das 22 conferências episco-pais e na quinta-feira seráavaliada uma reunião regional

... entre os países do Caribe.Castillo Corrales informou

também que nesta reunião se-rão examinados os preparativospara a quarta conferência do' Ceiam que celebrará em outu-bro de 1992, em São Domingo, acomemoração dos 500 anos do

i início da evangelização da Amé-... rica Latina.

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Quito (UPI) — Os chanceleres evice-chanceleres dos oito países ama-zônicos — Brasil, Bolívia, Colômbia,Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Su-riname — que iniciaram ontem umaconferência de três dias em Quito, a ca-pitai equatoriana, afirmaram que de-sejam o desenvolvimento dessa impor-tante região da América do Sul semprejudicar seu meio ambiente.

Os representantes também concor-daram em que os oito países não podemabrir mão da soberania na Amazôniaante supostas tentativas de interjnacio-nalização da região.

O secretário geral do Itamaraty,Paulo Tarso Flecha de Lima, afirmouque o Brasil recebeu cri ticas por estarsupostamente destruindo a selva ama-zônica, mas acrescentou que "o gover-no respondeu dizendo que essasacusações são parte de uma campanhapara impedir a exploração de seus re-cursos naturais e evitar que o país setransforme numa potência mundial".

Flecha de Lima está representan

do o ministro das Relações Exteriores,Roberto de Abreu Sodré, na III reuniãode Chanceleres dos Países Signatáriosdo Tratado de Cooperação Amazônica,instrumento criado há 10 anos pelos go-vemos da região.

O diplomata brasileiro afirmou queo Brasil "não pode ceder sua sobera-nia", declaração esta que foi interpre-tada como resposta às críticasformuladas por defensores da ecologiaa exploração da região amazônica.

O chanceler da Venezuela, EnriqueTejera, afirmou por sua vez que "o pro-blema ecológico não deve incidir na so-berania dos países", acrescentando que"muito se pode fazer em matéria deciência e de conservação" na região.

Já o ministro das Relações exterio-res do Peru, Guillermo Larco, disse queé necessário fortalecer o acordo firma-do pelos oito países amazônicos.

Sobre a reunião de Quito, que seráencerrada na quarta-feira, o chancelerperuano declarou: "Nosso objetivo é

continuar com tudo aquilo que propicieo desenvolvimento da Bacia Amazôni-ca, a preservação do meio ambiente e,através disso, a integração dos paísesque assinaram o tratado de cooperaçãoamazônica".

O vice-chanceler da Bolívia, Car-los Gonzalez, afirmou que seu país es-tá disposto a apoiar as propostas queforem apresentadas para fortalecer otratado.

A necessidade de fortalecer a uni-dade entre os oito países amazônicostambém foi citada ontem pelo ministrodas Relações Exteriores do Equador,Diego Cordovez, ao afirmar: "Atravésde ações conjuntas podemos obter ummelhor aproveitamento das riquezasque existem na região".

Cordovez afirmou ainda que, no de-correr da conferência de Quito, os oitopaíses definirão políticas conjuntas quevisam a aproveitar as riquezas naturaisque existem na Amazônia e a defendera conservação do meio-ambiente naregião.

Nações debatem camada de ozônio. ¦* » »T -^_ C...1ÍL-. ~. mnto^ moinrac c nrü7iK muiravi:" tar rin rnnfortn moderno sem ameaça-

Jovens palestinos incendeiam pneus durante uma greve geral na Faixa dc Gaza.

Israel suspende toquede recolher em Nablus

Jerusalém (UPI) — O Exército de Is-rael levantou ontem um toque de recolherque vigorou durante 10 dias em Nablus, amaior cidade da margem Ocidental ocupa-da, mas a lojas permaneceram fechadas en-quanto a população palestina observavauma greve geral em protesto contra a sus-pensão das aulas nas escolas da região pe-Ias autoridades militares.

Na faixa ocupada de Gaza, fontes pales-tinas informaram que soldados mataramum jovem árabe, de 19 anos, e feriram pelomenos dois durante uma manifestação vio-lenta na aldeia de Beit Lahia.

Um port-avoz do Exército afirmou, emJerusalém, que as autoridades iniciaramuma investigação para determinar a vera-cidade da notícia.

Pelo menos quatro palestinos foram ba-

leados e feridos em outros incidentes isola-dos ocorridos nos territórios, ainda segundoas fontes.

Desde 9 de dezembro de 1987, a data quemarca o início do levante palestino contraa ocupação israelense da Margem Ociden-tal e da Faixa de Gaza, pelo menos 373 ára-bes e 3 judeus morreram em incidentesviolentos.

A greve geral convocada ontem pela li-derança clandestina do Levante foi em pro-testo contra o fechamento das escolas euniversidades árabes. As universidades nãofuncionam desde o início da rebelião, en-quanto as escolas têm suas aulas periódica-mente suspensas pelas autoridadesmilitares israelenses, que as classificam decentros de agitação e de distúrbios.

Londres (UPI) — A União Soviéti-ca manteve-se firme, ontem, na confe-rência sobre o salvamento da camada •de ozônio, em sua exigência de maisprovas científicas antes que concordecom uma eliminação mais rápida dosprodutos químicos ligados ao esgota-mento da camada de ozônio protetorada terra, apesar do acordo de outrasseis nações para a redução do uso dosclorofluorcarbonos (CFCS).

Vladimir Zakharov, o chefe da de-legação soviética à conferência, quereúne 124 nações, voltou a pedir caute-la na eliminação dos CFCS e observouque o dano à camada também pode serdevido a causas atmosféricas naturais.

A conferência visa a encorajar umacordo global para a eliminação grada-tiva dos CFCS, amplamente usados emrefrigeração e ar condicionado, aeros-sóis, solventes de limpeza e espuma.

Trinidad e Tobago, Zâmbia, Filipi-nas, Malásia, Hungria e a Áustria anun-ciaram que se juntariam às 31 outrasnações que assinaram o Protocolo deMontreal, um acordo internacional pa-ra reduzir o uso dos CFCS em 50% até1998.

A primeira-ministra britânicaMargaret Thatcher disse que a confe-rência não procura negociar acordoscompulsórios. Apenas a conjugação deconhecimentos e experiência para me-lhorar a compreensão do sério proble-ma e abrir caminho para nova açãocombinada.

Margaret Thatcher louvou o traba-lho do programa de meio ambiente dasNações Unidas, com base em Nairobi,Quênia, e o protocolo."Mas muitos países — e isto inclui,certamente, o Reino Unido — está con-vencido de que precisamos ir adiantee agir com maior rapidez para aceitar-

omeini reaparece empúblico mas nada fala

Atenas (UPI) — O aiatolá Khomeini fezsua primeira aparição pública ontem depoisde vários meses, comparecendo a uma ce-rimônia na mesquita de Jamaran, ao nortede Teerã, onde se reuniam fiéis vindos de vá-rias partes do Irã. A rádio Teerã, captadaem Atenas, transmitiu a cerimônia a quecompareceu Khomeini, mas o aiatolá nãofez qualquer pronunciamento, apenas ace-nancio para a multidão.

Segundo a agência de notícias iranianaIrna, que também divulgou a presença doaiatolá na cerimônia, Khomeini chegou àmesquita acompanhado de seu filho Ahmade de seu neto de 3 anos e foi saudado comemoção pela multidão que se encontrava notemplo. Ainda de acordo com a Irna, Kho-meini, "aparentando estar muito bem,sentou-se na cadeira que habitualmente ocu-pa no balcão da mesquita de Jamaran, deonde pode avistar os fies".

Na cerimônia, o ex-ministro do comer-cio Habibollah Asghar-Owladi, fez um pro-nunciamento de cinco minutos, ouvido peloaiatolá e demais presentes. Terminado opronunciamento, Khomeini se levantou eacenou para os fiéis, dirigindo-se em segui-da para a porta.

Khomeini não faz um pronunciamentopúblico desde maio do ano passado, quan-do, na mesma mesquita a que compareceu,teria feito uma prece pedindo a morte do en-tão presidente norte-americano Ronald Rea-gan bem como do presidente do IraqueSaddam Hussein. Um mês depois, começa-ram a circular no Ocidente notícias de queo aiatolá estaria sofrendo de câncer na prós-tata e no fígado e que não teria mais do quecinco meses de vida.

Na semana passada, a televisão estataliraniana mostrou imagens de um encontrode Khomeini com o ministro do Exterior so-

viético Eduard Shevardnadze. Ele estavasem o habitual turbante e coberto com ummanto cinza e parecia estar bem de saúde.

Compras reduzidasManama, (UPI) — O caso Salman

Rushdie levou a França e o Japão a pedira suas companhias petrolíferas que restrin-jam as compras de óleo iraniano, informouontem um boletim da indústria de petróleo,e em Teerã partidários do aiatolá RuhollaKhomeini choraram durante um sermão emlouvor do decreto do líder iraniano conde-nando à morte o escritor anglo-indiano."Os governos japonês e francês entra-ram em contato com suas companhias pe-trolí feras num esforço para persuadi-las alimitar as compras de petróleo iraniano nascondições políticas desfavoráveis do mo-mento", noticiou o boletim "Middle EastEconomic Survey", editado em Nicósia.

Explicou o boletim que embora o gover-no francês não tenha vinculado sua suges-tão diretamente ao caso Rushdie, o únicoincidente diplomático importante nas rela-ções do Irã com o Ocidente desde o cessar-fogo de 20 de agosto na guerra do Golfo foio apelo de Khomeini ao assassinato do au-tor de "Os Versos Satânicos", consideradosacrílego pelos muçulmanos.

O parlamento iraniano votará hoje umaresolução que pede o rompimento de rela-ções diplomáticas com a Grã-Breanha de-vido ao que Teerã qualificou de "posiçãohostil" de Londres à decisão de Khomeinide pôr a cabeça de Rushdie a prêmio.

Teerã escolheu a Grã-Bretanha como ai-vo porque o governo da primeira-ministraMargaret Thatcher tomou a iniciativa quelevou a Comunidade Econômica Européiaa isolar diplomaticamente o Irã. A comuni-dade, porém, não impôs oficialmente san-ções comerciais contra o Irã.

Ofensiva no Sri Lanka contros guerrilheiros cingaleses

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Colombo (UPI) — Tropas do SriLanka prenderam perto de 100 rebeldessuspeitos da maioria étnica cingalesano segundo dia de uma ofensiva maci-ça contra a esquerdista Frente de Li-bertação popular (JVP), segundo in-formações de alto oficial militar. Eledisse que a ofensiva foi lançada domin-go para prevenir ataques que o JVP po-deria estar planejando para os três diasde greve geral convocada pelo grupo epreparada para começar terça-feira,coincidindo com a abertura do Parla-mento pelo presidente Ranasinghe Pre-madasa quarta-feira.

Soldados com equipamento com-pleto de combate cercaram três cida-des do sul da ilha na madrugada deontem e fizeram uma busca em todasas casas, à procura de membros doJVP. Perto de 100 suspeitos foram deti-dos e entregues à polícia para interro-ga tório.

Outras 380 pessoas foram presasem operação semelhante domingo emuma região próxima a Wellegama, a 145quilômetros ao sul de Colombo.

Segundo o oficial, 18 detidos foramidentificados como militantes ativos doJVP. Os demais foram liberados massuas carteiras de identidade retiradaspara investigações posteriores.

O Exército planejou outras opera-ções do mesmo tipo, que serão realiza-das em áreas a nordeste de Colombo.

O JVP é acusado da morte de mi-lhares de pessoas em sua campanhaviolenta para derrubar o governo e ins-talar um regime marxista no país.

O grupo tem continuado os ataques,a despeito das tentativas de paz do pre-sidente Premadasa, que assumiu oatual mandato no dia 2 de janeiro e pro-meteu negociar com os extremistas seeles renunciassem à violência.

O JVP é composto principalmentede estudantes e jovens desempregadosda maoria cingalesa. O grupo se for-mou na década de 1960 e foi pratica-mente extinto em 1971. quando tentouuma insurreição global em toda a ilha.

Seus quadros foram refeitos a par-tir de 1987, recrutados entre os 11 mi-

mos metas maiores e prazos menores",acentuou. É favorável a uma reduçãode pelo menos 85% até o fim do século,mas disse que cada nação precisa vero que pode fazer.

Na semana passada, a comunida-de européia, formada por 12 nações,concordou em eliminar todo o uso dosCFCS até o ano 2.000.

Cario Ripa de Meana, a autorida-de mais alta da comunidade na área domeio ambiente, disse domingo que asnormas aprovadas pelos ministros daorganização precisam ser fortalecidaspara abrangerem as exportações dospaíses da CEE que não assinaram oprotocolo.

Gostaria que a redução de 85% fos-se conseguida antes de 1995 e que a eli-minação total surgisse em 1996 ou 1997.

O presidente George Bush disseque apoiará uma eliminação gradati-va global dos CFCS se existirem alter-nativas seguras.

Mas Zakharov disse que o protocolode Montreal não deve ser revisto numabase emocional. A União Soviética quersólidas provas científicas antes de con-cordar em acelerar a eliminação dosCFCS.

A busca de sucedâneos para osCFCS causaria muitas dificuldades, in-clusive maior investimento e reestru-turação de indústrias, frisou.

Espera-se que np^ões como a Chi-na e a índia se esquh ao corte no usodos CFCS, em sua busca de industria-lização.

O chefe da agência de proteção domeio ambiente, William Reilly, decla-rou que os Estados Unidos estão dispôs-tos a partilhar pesquisas e tecnologiacom os países em desenvolvimento e afornecerem assistência financeira, demodo que também eles possam desf ru-

tar do conforto moderno sem ameaça-rem o meio ambiente.

O presidente de Quênia, Daniel Ar-rap Moi, abriu a conferência, de trêsdias de duração, alertando que somen-te uma verdadeira parceria global im-pedirá que a humanidade danifique oescudo protetor do planeta. A menosque todas as nações tomem medidasurgentes e drásticas para a proibiçãodos produtos químicos que causam da-no ao meio ambiente, o destino da hu-manidade e de outras coisas vivasestará ameaçado, frisou.

Cientistas dizem que os CFCS so-bem para a atmosfera superior e libe-ram cloro e bromo, que desintegrammoléculas de ozônio. Uma equipe bri-tânica detectou uma brecha no escudode ozônio sobre a Antártica.

Especialistas em saúde alertamque o esgotamento da camada de ozô-nio permitirá que mais radiação ultra-violeta chegue à superfície da terra,causando o aumento da incidência docâncer da pele, danos aos olhos e dimi-nuição da capacidade de combate àsdoenças, assim como danos à vida ani-mal e vegetal.

Os CFCS também são importantescontribuintes do aquecimento global. Oefeito estufa devasta a agriculturamundial, os litorais e as florestas.

"A mensagem está clara: mexe-mos com as forças naturais do climapara nosso próprio perigo. Não pode ha-ver vencedores nos danos que o homemcontinuar a infligir a seu próprio e uni-co planeta", observou Moi.

"Aceitemos, nós todos, o fato de quea ameaça à camada de ozônio é umproblema global, cujos efeitos desastro-sos não conhecem as fronteiras nacio-nais.

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lhões de cingaleses enraivecidos porum acordo feito com a Índia e que ga-rantiu autonomia limitada a regiões donordeste da ilha, onde vivem três mi-lhões da minoria étnica tamil. A regiãoestava convulsionada por uma guerraseparatista de mais de cinco anos. Oacordo pôs fim a guerra e a quase to-dos os grupos rebeldes da minoria ta-mil, menos o grupo Tigres da Liber-tação Tamil Eelam (LTTE), que rejei-tou o acordo.

Os cingaleses também se revolta-ram com a presença de mais de 60 milsoldados indianos nas regiões nordes-te, enviados para dominar a rebelião ta-mil e combater os grupos guerrilheiros.

A queda dos quadros do JVP ocor-reu um dia depois que os militares in-dianos informaram ter destruído umadas maires bases dos rebeldes LTTE,durante uma operação de três dias.

Um porta-voz da missão diploma-tica da índia em Colombo disse que en-tre 40 e 50 rebeldes foram mortos, oitosoldados morreram e 13 ficaramferidos.

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18 INTERNACIONAL O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

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Venezuela suspende o toque derecolher e volta à normalidade

LOREN20

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O reverendo Jasse Jackson com os grevistas da Eastern.

Greve dos mecânicospára vôos da Easternnos Estados UnidosMiami (AP) — Os pilotos que respeitaram os piquetes

dos mecânicos em greve virtualmente paralisaram ontema empresa Eastern Airlines, incluindo suas rotas prionta-rias do nordeste norte-americano, porém a ordem de umacorte evitou que as paralisações de solidariedade provo-cassem caos nos trens suburbanos."Não se pode voar sem pilotos", disse o porta-voz daempresa, Robin Matell, em uma entrevista á imprensa."A cada hora estamos fazendo uma avaliação".

A neve em Nova Yorque piorou a situação. A maioriados 3 mil pilotos e 4.800 assistentes de vôo respeitaram agreve dos 8.500 mecânicos, carregadores de malas e pes-soai em terra da companhia, agrupados no sindicato demecânicos. A greve, que se encontra em seu terceiro dia,começou pela persistência da Eastern em conseguir con-cessões contratuais dos trabalhadores para manter a fro-ta da empresa, que é a sétima em importância dos Esta-dos Unidos e que diz ter prejuízos de um milhão de dólarespor dia.

Os efeitos da greve poderão se agravar hoje se os pilo-tos do país seguirem as instruções de seus sindicatos paraobservar estritamente as normas da avaliação a partirdesse dia.

Só 92 dos 1.000 vôos diários da Eastern foram realiza-dos anteontem, disse Matell. O sindicato de pilotos infor-mou que foram 68.

A drástica redução nas operações deixou abandona-dos milhares dos 100 mil passageiros que diariamente uti-lizam a empresa nos aeroportos norte-americanos.

A Eastern esperava realizar cerca de 100 vôos ontem,dando especial atenção a seu serviço na região nordeste,disse Matell. A empresa espera uma aprovação federalpara vender essas lucrativas operações ao investidornorte-americano Donald Trump.

Duplo assassinatona Colômbia ligadoa guerra de drogas

Bogotá (UPD — Dois empregados da rede de farmá-cias "La Rebaja" foram assassinados ontem na Colômbia,em mais uma ação que pode estar ligada à guerra do tráfi-co de cocaína entre os cartéis de Cali e de Medellin. O du-pio assassinato, ocorrido um dia depois da explosão de umabomba numa filial da rede de farmácias "La Rebaja" emBarranquilla, foi praticado quando os dois funcionários le-vavam 1,5 milhão de pesos (o equivalente a 4.320 dólares)para depositar em um banco de Armênia, capital do Esta-doa colombiano de Quindio, a 200 quilômetros de Bogotá.

Embora ainda não se saiba se o crime foi cometido porbandidos comuns, já que os funcionários levavam uma gran-de quantia em dinheiro, é possível que seja mais uma reta-liação contra a rede de farmácias "La Rebaja", cujo dono,o ex-banqueiro Gilberto Rodriguez Orejuela, é considera-do o chefe do cartel de Cali.

Desde que começou a disputa entre os dois cartéis deCali e Medellin — o primeiro controla o mercado de cocai-na de Nova York e o segundo o de Miami — 15 farmáciasda rede de Orejuela já foram alvo de atentados.

Guarda Costeira dosEUA interceptou onavio seqüestrado

Miami (AP) — Um cargueiro hondurenho, que prova-velmente foi seqüestrado no Haiti, foi interceptado anteon-tem pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, mas aindanão há provas do seqüestro, disse o porta-voz da Guarda Cos-teira. Uma lancha da Guarda Costeira, despachada depoisde ter recebido pedido do governo do Haiti, deteve o car-gueiro "Madrid', de 76 metros, em águas internacionais a64 quilômetros a noroeste do Haiti, disse o porta-voz JerySnyder.

O governo do Haiti suspeita que três de seus soldadosseqüestraram a embarcação sábado à noite em Miragoa-ne, a 80 quilômetros a oeste da capital, Porto Príncipe. De-pois de abordar o cargueiro, oficiais da Guarda Costeiracolocaram na sua lancha 36 haitianos. O capitão da embar-cação "Madrid" disse que as outras oito pessoas a bordoeram tripulantes ou visitantes e não tinham nada a ver com

o suposto complô.O governo do Haiti deverá resolver se o cargueiro "Ma-

drid" foi seqüestrado ou não. A Guarda Costeira está cui-dando do caso das 36 pessoas que foram levadas em sualancha como imigrantes ilegais. Snyder disse que eles se-rão interrogados por funcionários do Serviço de Imigraçãodos Estados Unidos e provavelmente deportados a PortoPríncipe.

A lancha da Guarda Costeira também deteve um ve-leiro que levava a bordo 80 haitianos, que também foramdetidos e serão interrogados por autoridades da imigração.Alguns haitianos têm recebido asilo nos Estados Unidos,mas a maioria é devolvida a seu país.

• VidrosA NACÃ0CONTRA AINFLAÇÃO

Caracas (AP) — O governo anun-ciou ontem a suspensão do toque derecolher em todo o país, ao mesmotempo em que a polícia recolhia maiscadáveres na zona norte desta capi-tal, cenário de ações violentas deriva-das da desobediência à lei marcial.

O número oficial de mortos nosdistúrbios ocorridos entre segunda esexta-feira da semana passada eraaté ontem de 247, porém tendia a au-mentar a medida que a polícia conti-nuava um rasteamento em zonas peri-féricas de Caracas, onde tiveram lu-gar as ações mais violentas.

A suspensão do toque de recolher,que vigorou entre as oito da noite ecinco da manhã, foi anunciada peloministro da Defesa, general ítalo DelValle Alliegro, numa breve mensa-gem pela televisão.

O toque de recolher, implantadona terça-feira devido aos piores dis-túrbios já ocorridos na história con-temporânea da Venezuelana, forasuspenso na maioria das cidades e vi-gorava somente em Caracas, Valen-cia e Maracay.

Continuava em vigor, porém, asuspensão das garantias constitucio-nais, como a liberdade de reunião, deexpressão e outras que facilitam otrabalho das forças de segurança.

Pelo menos cinco cadáveres de jo-vens entre 20 e 25 foram encontrados aumas 15 quadras ao norte do paláciodo governo, na zona de San José, ondeentre quinta e sexta-feira ocorreramintensos tiroteios.

As autoridades reiteraram que anormalidade foi restabelecida em to-do o país e a maioria dos empregadose trabalhadores compareceram aseus centros de ocupação de formanormal.

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Aiidres Perez: volta à normalidade.

Patrulhas do exército continua-vam postadas em zonas estratégicasdesta cidade de 4 milhões de habitan-tes e mantinham a ordem nos super-mercados e centros especiais de abas-tecimento instalados pelas autorida-des para a venda de víveres.

Del Valle Alliegro reiterou ontemque as forças armadas "não foram àsruas para reprimir", mas sim pararestabelecer "a ordem que fora per-turbada e que não permitia o desen-volvimento normal das atividades dopaís"

A afirmação, entretanto, foi con-traditada por líderes estudantis osquais denunciaram que só em Cara-cas havia mais de 100 estudantes deti-dos e que pelo menos 12 estavamdesaparecidos."Muitos foram detidos em suascasas e a única explicação que se deuaos parentes é que estavam suspensasas liberdades civis", disse JazminJaimes, da Federação de Centros Uni-versitários da Universidade Centralda Venezuela (UCV).

As atividades universitárias con-tinuavam suspensas. Tradicional-mente, as universidades têm sido fo-cos de protesto contras as políticaseconômicas do governo venezuelano.

Meios de imprensa independentestêm informado sobre maior númerode mortos que os dos oficiais, assina-lando que poderia ser de 350 a 600 eque os feridos se contariam pormilhares.

Segando o governo, um númeroindeterminado de vítimas ocorreu du-rante os saques de segunda, terça equarta-feira. Grande parte dos feri-dos que deram entrada nos hospitaisapresentava ferimentos produzidospor armas de fogo.

O balanço é um dos mais elevadosdo mundo para este tipo de incidentese ainda não há uma versão plausívelque explique o elevado número debaixas.

Após implantar o toque de reco-lher, unidades militares lançaramataques sistemáticos sobre zonas on-de havia franco-atiradores, especial-mente em bairros do leste e oeste deCaracas. Versões independentes asse-guram que grande número de inocen-tes morreram durante essas ações.

Líderes políticos disseram que pe-dirão uma investigação sobre os acon-tecimentos e a forma com que agiramas patrulhas do exército para restabe-lecer a ordem.

Venezuelanos vivem o fim das ilusõesCaracas (AFP) — Os venezuelanos

retomaram ontem suas atividades nor-mais, após uma semana de distúrbiose violência que deixaram, oficialmen-te, 247 mortes, e que definitivamenteromperam suas ilusões de serem oexemplo de democracia e um oásis debem-estar na América Latina.

Nas filas dos ônibus e dos bares, ostrabalhadores e donas de casa aceitama contra gosto os fortes aumentos nastarifas e preços, de pelos menos 30% —que originaram os motins da últimasegunda-feira, altas que o governo dosocial-democrata Carlos Andres Perezse recusa a rever.

Enquanto fazia algumas conces-soes — aumentos de salários de 30% econgelamento de alguns gêneros de pri-meira necessidade — Perez não cessoude repetir a seus compatriotas que nãoteriam outra saída senão aceitar seuprograma de liberalização de preços"aprovado" pelo Fundo Monetário In-ternacional, condição "sine qua non"para receber novos empréstimos, nummomento em que os cofres do Estadoestão vazios.

Uma semana de revolta espontâ-nea — "selvagem e primitiva", segun-do um jornal — caracterizada pelosaque a centenas de lojas seguido deuma violenta repressão contra os pe-quenos grupos de franco-atiradores,deixou os venezuelanos no mais com-

pleto desamparo.A maioria dos venezuelanos votou

em uma ilusão: a volta da abundânciados anos 74-78, através do retorno do ho-mem que havia governado então. Me-nos de um mês após seu regresso àfrente do país, Perez lhe apresentavaum "pacote" de medidas econômicas,"sem anestesia prévia", segundo ex-pressão de um jornal de Caracas.

Os venezuelanos, até então orgulho-sos de uma democracia de 31 anos, ago-ra descobrem a pequenarepresentatividade e o pouco peso dospartidos e sindicatos, nenhum dos quaispôde prever e canalizar a cólera deuma população que não tem outra saí-da senão aceitar o "beijo da morte" doFMI. Enquanto a classe política se ca-lava, somente o Exército saía maciça-mente às ruas para restabelecer aordem, o que por si só constitui um pre-cedente inquietante, de acordo com inú-meros observadores.

Apesar da queda do preço do petró-leo e de uma inflação de 37,5% em 1988,extremamente baixa em relação aospaíses vizinhos, os venezuelanos man-tinham um nível de vida elevado gra-ças aos preços baixos artificialmentemantidos por um sistema de subven-ções generalizado por parte do Estado.Para manter esta ilusão de abundância,o presidente Jaime Lusinchi, o prede-cessor de Perez, teria esvaziado os co-

fres do Estado, nos quais encontrou.aochegar ao poder, em 1984, 13,5 bilhõesde dólares.

Ao terminar com as subvenções, eem particular com o dólar preferenciala 14,5 bolívares (em vez dos 39 do mer-cado livre) para as importações, os ve-nezuelanos logo descobriram que, longede terem "semeado o petróleo", conti-nuam dependendo quase exclusivamen-te do produto (90% das exportações) eque, tanto a agricultura como a indús-tria, dependem amplamente das im-portações que agora terão de pagarcaro.

A população assistiu à posse de Pe-rez, em 2 de fevereiro passado, com apresença de 24 chefes de Estado e degoverno. Agora descobrem que a "soli-dariedade" prometida de todas as par-tes não funcionou. A Venezuelafinalmente se encontra só e obrigada anegociar com o FMI. "Eu não jogareia dívida sobre os ombros do povo vene-zuelano", havia afirmado o presidenteem sua campanha...

"A inssurreição popular demons-trou que vivemos em uma sociedadefundamentalmente instável", fundadaem "uma falsa idéia de onipotência",afirmou ontem Uslar Pietri, o principalescritor vivo da Venezuelana, partida-rio do fim da "farsa das subvenções"mas com cautela.

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^iMÊmmlPWBÊáUma menina dá um beijo em Danielle Mittcrrand, em Manágua.

Primeira dama daFrança inicia visita

de 3 dias a ManáguaManágua (AP) — Danielle Mitterrand, esposa do pre-

sidente da França, Francois Mitterrand, chegou anteon-tem à noite para uma visita de três dias para tratar de as-suntos da fundação social que dirige. A senhora Mitter-rand disse no aeroporto Sandino que em sua visita não ofi-ciai ao país tratará de assuntos da fundação França-Liberdades, que fundou em março de 1986.

Os meios de comunicação local informaram que du-rante sua estadia na Nicarágua a senhora Mitterrand visi-tara projetos sociais, terá um encontro com membros dacomissão de promoção e proteção dos direitos humanos ese entrevistará com funcionários do governo, assim comodirigentes juvenis.

Além disso, se reunirá com o presidente Daniel ortegae participará do ato do Dia da Mulher, no próximo dia 8 demarço. A senhora Mitterrand, que realiza uma viagempela América Latina e Caribe, aceitou um convite de Ro-sário Murillo, esposa do presidente Ortega, para que visi-tasse este país centro-americano.

Fontes da Presidência disseram anteontem à noite,que ontem a senhora Mitterrand se reunirá com as mãesde heróis e mártires da revolução, assim como criançasórfãos pela guerra.

No terminal aéreo, a primeira-dama francesa foi re-cebida por Rosário Murillo, Doris Tijerino, chefe nacionalda Polícia Sandinista, Mônica Baltodano, ministra do In-terior, Xavier Chamorro Mora, vice-chanceler da Repú-blica e diplomatas franceses creditados no país.

Organização preparaprograma para salvarelefantes da extinçãoGland, Suíça (AFP) —O Fundo Mundial para a Natu-

reza (World Wildlife Fund — WWF) lançou ontem emGland, Suíça, um programa internacional em favor doselefantes, ameaçados de extinção pelos caçadores demarfin. A entidade espera reunir cerca de 30 milhões defrancos suíços (19 milhões de dólares) para financiar umplano de ação, com a participação de outras organizaçõespreservacionistas da Europa.

Com o objetivo de salvar os elefantes de um desapare-cimento brutal, o plano da WWF — uma entidade interna-cional de proteção aos animais ameaçados de extinção —

procura intensificar a luta contra os caçadores e traficar;-tes de marfin, que atuam inclusive nas reservas protegi-das. Atualmente, o marfin dos dentes externos do elefanteé vendido até a 250 dólares o quilo. No começo dos anos 80,custava 50 dólares. Os principais importadores são os pai-ses da Europa Ocidental, Japão e Estados Unidos.

Por causa disso e apesar dos restrições e controle,cerca de 70 mil desses animais são mortos anualmente —um ritmo que está dizimando os elefantes a razão de 50por cento a cada 10 anos.

Argentina seduziaacompanhantes

para roubar automóveisMar dei Plata, Argentina (AFP) — A polícia deteve

uma jovem e bela mulher cuja atividade principal — mui-to bem "remunerada" — consistia em seduzir homens ma-duros, levá-lqs para locais discretos, drogá-los com soníferose rouba-lhes todos os seus pertences, informaram ontem asautoridades. , . .

A "amável" moça, Sílvia Juarez, de 25 anos, havia ins-talado sua "base de operações" na porta do cassino destebalneário, a 400 km de Buenos Aires.

Ali, toda madrugada esperava homens idosos endinhei-rados, sempre disposta a consolar os derrotados pela role-ta, ou melhor ainda, compartilhar a euforia de ter vencidoo azar.

Feito o contato, a dama convidava o ocasional apren-diz de otário a uma boate local conhecida por sua discre-ção e escuridão. Em uma mesa afastada, punha o soníferona bebida.

Logo que o "conquistador" dormia, Sílvia tirava seuspertences e, especialmente, o automóvel, que ia parar nasmãos de um cúmplice, que entregava à moça o equivalen-te a 400 dólares por veículo.

Finalmente, um grupo de policiais civis que realizavauma missão de vigilância em busca de drogas, detectou amanobra e Sílvia foi parar na prisão. Por precaução, seuscarcereiros são mulheres.

Indicação de Toweré primeiro teste dehabilidade de Bush

Washington (AP) — A luta da Casa Branca para sal-var a candidatura de John Tower para secretário de Defe-sa tornou-se a primeira prova importante da habilidadepolítica do presidente George Bush e está sendo analisadacomo barômetro da forma em que se administra um Con-gresso dominado pelos democratas.

Os estrategistas republicanos dizem que há muito emjogo para Bush, que está no cargo há somente um mês emeio.

Mitchell Daniels, um estrategista de Reagan, disse queBush deveria esclarecer que haverá conseqüências políti-cas para aqueles que se oponham ao rumo do governo.

Enquanto a Casa Branca ainda falava em vitória, Da-niels disse que não há virtualmente nenhuma possibilida-de de Tower obter a confirmação como secretário de Defesa,porque os democratas têm a maioria com 55 votos, sobre45 dos republicanos, no Senado.

Inclusive entre os republicanos, existe a sensação deque a Casa Branca não soube administrar as coisas coma indicação de Tower. O ex-senador foi acusado de beber ex-cessivamente, de ser "mulherengo" e de ter conflitos de in-teresses, por suas relações com empresas provedoras dematerial de defesa.

A Casa Branca não tentou pressionar o Congresso me-diante um aumento do apoio da opinião pública a Tower.

Daniels disse que "as pessoas estão incomodadas comos boatos. Não há nenhum grupo que promova a embria-guez por aí".

Bush falou várias vezes a favor de Tower e descartoucomo caluniosas as afirmações sobre o ex-senador.

Um funcionário da Casa Branca disso que Bush não teu-ta iniciar uma campanha nacional a favor de Tower por-que não é um tema quo geraria apoio público. Em troca,está se esforçando para conseguir alguns votos a mais noSenado.

Quanto a suas relações com ò Congresso, depois do as-sunto de Tower, Bush disse que

"vamos ler que trabalharjuntos em muitos outros lemas".

;?^%x£7'xxx:;. x^rx ^-y: rfF-^t* w

Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 O LIBERAL POLÍCIA 19"

AVISOS & EDITAIS Familiares de presos denunciamtorturas na Casa de DetençãoCOMPANHIA FLORESTAL

MONTE DOURADOCGC. N? 04.815.734/0018-28

AVISO AOS ACIONISTASComunicamos que se encontram à disposição dos Srs.

Acionistas, na sede social, os documentos a que se refere o

Art 133 da Lei 6.404/76, relativos ao exercício social

encerrado em 31 de dezembro de 1988. Monte Dourado,

6 de março de 1989. Miguel Sampol Pou - Diretor-

Presidente.

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARA.JUIZO DE DIREITO DA 13? VARA DA CAPITAL.

EDITAL DE CITAÇÃOPRAZO DE 20 DIAS

FAZ SABER, a quem possa interessar, que tramita neste Juízo expe-

diente do Cartório Sampaio, 13? Oficio, os Autos de ALVARÁ JUDICIAL,

em que é Requerente JOÃO MENDONÇA RODRIGUES, brasileiro, casa-

do, residente e domiciliado nesta Cidade, pelo que fica citada a Sra. NELYVIEIRA CAVALCANTE DE MENDONÇA, brasileira, casada, encontrando-

se em lugar incerto e não sabido, há mais de 1 ano, no prazo de 20 dias,

para manifestar interesse no alvará em apreço. E, para que chegue ao co-

nhecimento de todos e os mesmos não possam alegar ignorância, mandou

o MM? Juiz publicar o presente e afixar no lugar de costume. Dado e Pas-

sado nesta Cidade de Belém do Pará, aos 02 dias do mês de março de1989. Eu, José Milton de Lima Sampaio Neto, escrivão, o subscrevi.

WERTHER BENEDITO COELHO, Juiz de Direito da Capital.

SINDICATO DA INDUSTRIA DAMARCENARIA DO ESTADO DO PARÁEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Pelo presente, fica convo-cada a Assembléia Geral Ex-traordinária desta Entidade,que realizar-se-á na sede so-ciai, sita à Trav. Quintino Bo-caiuva nG. 1588, 6°. andar, no

próximo dia 10 de março de1989, às 18:00 horas em 1°.convocação e às 18:30 horas,em segunda, a fim de elegernos termos da Portaria n°. 124,de 24.02.89, da Exrn". Sr".Dr°. Juíza Presidente do Tribu-nal Regional da 8a. Região, oLista Tríplice destinada ao

preenchimento das funções deJuiz Classista Temporário e Su-plente, das Juntas de Concilia-ção e Julgamento, sob ajurisdição dp referido Tribunal.Belém, 02 de março de 1989.

A) MUSTAFÁ MORHYPresidente

SINDICATO DAS INDUSTRIASMETALÚRGICAS, MECÂNICASE DE MATERIAL ELÉTRICO DO

ESTADO DO PARA.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOPelo presente, fica convocada a

Aisemblíia Gorai Extraordináriadesta entidade, que se realizará nasede social sita à Trav. Quintino Bo-caiúva, n° 1588, 6^ andar, no pró-ximo dia 10 do março do 1989, às18:00 horas om 1-G convocação e às18:30 horas, em segunda, a fim deeleger nos termos da Portaria n° 124,do 24/02/89, da Exma. Sra. Dra. Juí-za presidente do Tribunal Regionalda 8-" Rogião, a Lista Triplico dosti-nada ao preenchimento das funçõesde Juiz Classista Temporário e Su-plente, das Juntas do Conciliação eJulgamento, sob a jurisdição do refe-rido Tribunal.

Bolem, 06 do março do 1989.

AS) JOSÉ DO EGYPTO VIEIRA SOARES.PRESIDENTE

PROFISSIONAIS DE VENDASA TV Liberal Marabá. Empresa do Sistema

Romulo Maiorana de Comunicação, está selecionai*-do profissionais com experiência em vendas, parafunção de Contato Comercial. O.s interessados de-verão enviar "Curriculum Yitae"" para CS1-31. Qua-dra S. Mova Marabá.Pará.

TV LIBERAL MARABÁ

JUÍZO DE DIREITO DA 15° VARA FAZENDAPÚBLICA ESTADUAL, MUNICIPAL E AUTARQUIAS

15.° OFÍCIOESCRIVÃ: ANA MARIA MELO CASTELO

BRANCO DE CARVALHOEDITAL DE CITAÇÃO

de ROSA MARIA MARQUES com o prazo de10 (DEZ) dias, na forma abaixo:

A dra. SIDNEY FLORACY SILVA FONSECA, juíza de Direi-to da 15? Vara-Fazenda Pública Estadual, Municipal e Au-tarquias da Comarca de Belém, Pará, na forma da Lei,FAZ SABER, aos que o presente virem ou dele conhecimento

tiverem que, pelo presente CITA, ROSA MARIA MARQUES, bra-sileira, solteira, funcionária pública, residente e domiciliada nes-ta Cidade na casa residencial localizada no Conjunto CidadeSatélite "Nuneslândia", Trav. WE-04, Quadra 23, casa n? 394,bairro do Coqueiro, que se encontra em lugar incerto e não sabi-do, com o prazo de dez (10) dias, para que pague no prazo de24 (vinte e quatro) horas o valor das prestações vencidas no mon-tante de CzS 21.977 (vinte e hum mil, novecentos e setenta e setecruzados e sessenta e cinco centavos) e as que se vencerem nocurso das diligências, com todos os seus acessórios, custos pro-cessuais, multa contratual de 10% (dez por cento) sobre o res-

pectivo montante ou depositar no mesmo prazo o valor total dosaldo devedor no valor de 268,612 OTN's — Obrigações do Te-souro Nacional, com todos os seus encargos adicionais até o mo-mento do depósito, acrescido das custas judiciais e honoráriosadvocatícios à base de 20% sobre esse montante, sob pena delhe ser penhorado o imóvel acima descrito, objeto da ação, ficandodesde logo a executada intimada da penhora e citada para em-bargar a execução no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de revê-lia, tudo de conformidade com o processo de EXECUTIVAHIPOTECÁRIA que lhe move o INSTITUTO DE PREVIDÊNCIAE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO PARÁ -IPASEP, cujo prazo correrá em Cartório e fluirá a partir do tér-mino do prazo do edital. DESPACHO: R. em 06.12.88. Cite-sea executada através de edital com o prazo de 10 dias. Após,manifestar-me-ei sobre o segundo pedido. Belém, 7.12.88. Dra.Sidney Floracy Silva Fonseca, juíza da 15? Vara. — E, para quenão alegue ignorância de futuro, expedi este e outros iguais queserão publicados na forma da lei e afixados no lugar de costu-me. Dado e passado nesta Cidade de Belém, Para, aos quinzedias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e oitenta eoito. Eu, Ana Maria Melo Castelo Branco de Carvalho, escrivãdo Cartório do 15? Ofício — Fazenda Pública Estadual, Munici-

pai e Autarquias, subscrevo.Cartório Privativo dos Feitos da Fazenda Pública

Estadual, Municipal e AutarquiasBelém - Pará - Brasil

Ana M? Melo Castelo Branco de CarvalhoEscrivã

Dra. Sidney Floracy Silva FonsecaJuíza de Direito da 15? Vara - FazendaPública Estadual, Municipal e Autarquias

Religiosos condenamseqüestro de Tenderini

Recife (AG) — A Comissão de Justiça e Paz da Arqui-diocese de Olinda e Recife divulgou ontem nota oficial ma-nifestando "a mais veemente indignação diante do seqüestrocom tortura" de seu presidente, Luís Tenderini, ocorrido nanoite de sábado. A nota atribui o crime a "pessoas vincula-das as atividades criminosas do Esquadrão da Morte" e dizque "foi uma ação covardemente executada com a delibe-rada intenção de intimidar os que defendem a melhoria devida da população brasileira".

Aprovada por unanimidade por todo o colegiado da Co-missão de Justiça e Paz, diz um trecho da nota: "Os queatentaram contra a dignidade do companheiro Luís Tende-rini, também líder da Pastoral Operária, pertencem ideo-logicamente aos mesmos grupos que assassinaram o padreHenrique, o procurador Pedro Jorge Melo, a lider rural Mar-garida Alves, o padre Josimo Tavares o advogado Evan-aro Cavalcanti, os metalúrgicos de Volta Redonda e, maisrecentemente, o ecologista Chico Mendes".

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DIA - 28 DE MARÇO DE 1989às 10 horas

LEILÃONO

3.° ANDAR DO PALÁCIO DA JUSTIÇADE

LOTEDETERRENODENMOS,Parta integrante do lotoamonto Par-

que Adiva, atte c/sntrada pela BR-316,km 06, distante 1.600m, fazendo (ron-te p/rua principal Av. Leopoldo Toixoi-ra medindo 2Óx79,84m. Avaliado emNCzS 1.500,00, bom oslo objolo dopenhora na ação executiva que KSRCom. e Indústria de Papel move contraVEIGA & CHAVES, Cartório RhotiardJuízo de Direito da 2a. Vara Ove!.

Leiloeiro Jool NovosCaio não haja Üdtanle deide já fi-

ca marcado o 2? leilão p/o dia10/4/69.

São Paulo (AJB) — Cerca de 100 familiaresde presidiários do pavilhão 8 da Casa de Deten-ção e representantes das comissões Teotônio Vi-leia, Direitos Humanos da OAB e Justiça e Paz,da Arquidiocese de São Paulo, entregaram, on-tem, um abaixo-assinado pelos presos — que afir-mam terem sido torturados — ao juiz-corregedordos presídios, Francisco Galvão Bruno. Segun-do o documento, assinado por 174 presidiários,eles teriam sofrido torturas numa "blitz" reali-zada por funcionários do presídio e pelo esqua-drão de choque da Polícia Militar, depois que doisdetentos mataram um carcereiro e fugiram daprisão. Bruno recebeu o documento, admitiu apossibilidade da existência de tortura e foi, on-tem mesmo, visitar o presídio acompanhado pelodiretor da casa de detenção, José IsmaelPedroso.

Na noite de 26 de março, às 19 horas, dois pre-sos conseguiram pegar o carcereiro JoaquimFonseca Lopes e mantê-lo como refém ate con-seguir atravessar vários portões da detenção. Nasaída, encontraram maior resistência e mata-ram o carcereiro, fugindo em seguida. Nasegunda-feira, dia 27, conforme contam no docu-mento entregue ao juiz-corregedor, os presos fo-

SINDICATO DA INDUSTRIA DACONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DO PARÁASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA

CONVOCAÇÃOFicam os senhores associa-

dos convocados para a Assem-bléia Geral Extraordinária,que o Sindicato fará realizarem sua sede social no dia10/03/89, às 18:00 horas em1 ? convocação e às 18:30 ho-ras, em 2? convocação para,em caráter permanente e inde-

pendente de nova convocação:— Eleger nos termos da

portaria n.° 124, de 24/02/89,da Exma. Sra. Dra. Juíza Pre-sidente do Tribunal Regional da8? Região, a Lista Tríplice des-tinada ao preenchimento dasfunções de Juiz Classista Tem-

porário e Suplente, das Juntasde Conciliação e Julgamento,sob a jurisdição do referidoTribunal.

— Tratar e deliberar so-bre o que ocorrer.

Belém (PA) 06 de marco de 1989

AS) ENG0 FERNANDO DE SOUZAFLEXA RIBEIRO

Presidente em exercício

¦.*/ .-¦----¦¦

ram avisados de que haveria uma "blitz". Às 13horas iniciou-se a operação e a tortura. "Todosos presos apanharam de cassetetes de madeira,de borracha, canos de ferro, pedaços de caibro,ripas e tudo o que trouxeram os policiais milita-res e funcionários da casa", conta o documento."Eu vi meu marido todo machucado nas costas,ele apanhou com ferro e tudo", contou indigna-da, Suety Gomes da Silva, de 23 anost que anteon-tem visitou o marido, Cícero Sebastião da Silva,há quase dois anos na detenção por causa de umassalto. "O meu marido é bem branco e está comas costa roxas", descreveu ela, uma das váriasmulheres que insistiram em ficar de plantão emfrente à corregedoria dos presídios na tarde deontem.

Segundo o abaixo-assinado, os policiais ini-litares e os funcionários da detenção depredaramas celas e aproveitaram a oportunidade para rou-bar relógios, correntes e comida. Além da tor-tura, os presidiários foram mantidosincomunicáveis até a quinta-feira passada.

Estas não são cenas desconhecidas do advo-gado Fernando Marques, da Comissão de Direi-tos Humanos da OAB de São Paulo. "A- "hM™"As "blitze"

são um espancamento generalizado e quebra demesas, rádios etc", comentou ele. Marques foi umdos membros da comissão recebida pelo juizBruno. "Conversamos com ele e ele nos deu to-da a liberdade para ir lá amanhã (hoje) visitai*!a detenção", comentou. Hoje, membros das co^'missões que conversaram ontem com o juiz vãqf'ao presídio apurar o ocorrido. Além de verificaia existência ou não de tortura e de depredaçãonas celas, Marques quer apurar o que pode liaver por trás da fuga dos detentos, "segunci i cons'.**>ta, o carcereiro morto era a principal testei n inliat-*do processo de evasão de alimentação da jetenção", disse ele. "Há suspeita de que tenha sidouma simples queima de arquivo", completou.Marques acha muito estranho que dois decentosj.tenham conseguido passar por vários portõesisem terem sido barrados. Ele admite, também,a possibilidade dos funcionários estarern tentando criar um clima de violência na deto <;ao, o que.poderia levar a uma rebelião c a posterior subs1-';tituição do diretor. • J"A direção da casa de ü^utínçãoé até adequa-J *da", comentou. "O diretor vem tentando humarjnizar o presídio e isso não agrada os funcionáriosem geral".

Júri inocentade tentai

reue h

acusadmicídio

O julgamento do Tribunal doJúri Popular de ontem não foi dosmais demorados. O Conselho deSentença, ao final da sessão, acei-tando a tese da defesa, absolveu,por unanimidade, Marcos Luiz Ma-chado Galego. O réu, dizem os au-tos, na noite do dia 16 de novembrode 86, dirigindo um veículo, tentoumatar Maria do Socorro Lira doNascimento, Edna dos Santos Lira,Newton Reis e José Francisco deSouza e Silva. As vítimas, no mo-mento, encontravam-se comendocachorro-quente numa banca, lo-calizada na avenida Senador Le-mos. Todos eles, segundo o laudode exame de corpo de delito, sofre-ram lesões corporais. Marcos Luizfoi indiciado pela autoridade poli-ciai processante como autor do cri-me de tentativa de homicídio.

Na acusação funcionou o pro-motor de Justiça João Diogo que,durante o tempo em que usou a tri-buna, leu o depoimento das vi ti-mas, como, também, das testemu-nhas, as quais, afirmaram a "in-tençao de Marcos Luiz em tentarmatar aquelas pessoas, só não o fa-zendo, por motivos alheios a suavontade. E; por isso, afirmou o pro-motor, o reu deveria ser condena-

Marcos foi absolvido

do pela prática de homicídioculposo.

Quem joga um veículo de en-contro a um grupo de pessoas ten-ta matá-las, asseverou o promotorJoão Diogo. E isso, afirmou, o réufez naquela noite, de conformida-de com o depoimento das vítimase das testemunhas.

Já o advogado José Maria daConsolação, ao rebater as palavras

Menor estádesaparecida

Está desaparecida,desde as 15 horas do últi-mo domingo, a menorEliane Cristina SenaAlho, 13 anos. Qualquerinformação sobre seuparadeiro pode ser dadaà sua mãe, Janete Ma-ria Sena Alho, na rua daMunicipalidade, conjun-to residencial Olimpus,edifício Netuno, apt°1505.

PF apreendetíquetes deleite falsos

Belo Horizonte (AE) —A Polícia Federal de MinasGerais abriu inquérito, on-tem, para apurar a apreen-são de 2 milhões e 600 miltíquetes de leite falsos, dis-tnbuídos no sul do Estado.Os talões, avaliados emNCz$ 936 mil, foram pagospelo Banco do Brasil da ci-dade de Campo Belo, a 264quilômetros de BH, à distri-buidora de leite CalimérioAlves Costa Comércio e In-dústria S/A — Cacisa. Elesforam apreendidos em Var-ginha, sul de Minas, para on-de tinham sido levados, afim de serem incinerados. Osuperintendente da PF emMinas, delegado Renato Su-rette, não descartou o envol-vimento de funcionários doBanco do Brasil no episódio.

A descoberta foi feitapela Secretaria Especial deAção Comunitária da Presi-dência da República —SEAC —, que percebeu queos tíquetes da região tinhamultrapassado muito a cotade distribuição. A participa-ção da Cacisa ainda não foiconfirmada, mas o superin-tendente da PF, Renato Su-rette, já intimou osresponsáveis pela empresa,para prestarem depoi-mentos.

Segundo o superinten-dente, a falsificação foi mui-to mal feita, em papel depior qualidade. Ele se sur-preendeu de a distribuidoranão ter percebido a falsifica-ção e no aumento exagera-do de tíquetes mas ponderoude que ainda é "prematurofazer uma avaliação". Os do-cumentos foram encami-nhados para a perícia e osempresários devem ser ou-vidos nos próximos dias, as-sim como os funcionários dobanco.

Advogado desconfiada prisão de 'Sheila'

Rio (AG) — O advogado ClóvisSahione, assistente da acusação nojulgamento do assassinato de LeonEliachar, considerou suspeita a pri-são de Ilza Cavanhol Macedo, conhe-cida como "Sheila", no Paraná, nasexta-feira passada. Ele desconfiade que a dançarina tenha se deixa-do encontrar propositadamente, pa-ra prestar um depoimento quelivrasse o vereador Alberto Araújoe o pistoleiro Roy Baumer — atual-mente presos no Rio de Janeiro —do envolvimento no caso. Alberto éacusado de ter tramado a morte dohumorista e Baumer de executá-la,em junho de 1987, com a ajuda de ou-tro pistoleiro, Melquisedeque de Oli-veira, o "Deque", que continuadesaparecido. O ex-delegado CésarProdocimo, também incriminado, jáfoi julgado e condenado a 14 anos deprisão por ter contratado os doismatadores.

No depoimento prestado no Pa-raná, "Sheila" disse que esteve comLeon Eliachar apenas para lhe en-tregar um quilo de cocaína. Segun-

do sua versão, o humorista teria sidomorto por se recusar a pagar NCz$200 pela encomenda. A dançarinadeverá chegar ao Rio hoje para sesubmeter a um interrogatório na Po-licia Federal, por tráfico de drogas,antes de ser entregue a justiça flu-minense.

— A história contada por "Shei-Ia" não passa de um gesto desespe-rado dos acusados para tentarmodificar o rumo dos acontecimen-tos. Se César Prodocimo, que era omenos envolvido no crime, acaba deser condenado a 14 anos de prisão,os outros implicados já perceberamque também não escaparão de umapesada sentença. A sugestão de queLeon teria comprado um quilo de co-caína no interior do Paraná é ridí-cuia, além de ser notório que ele eraum homem sem vícios, não haverianecessidade de buscar a droga tãolonge, pois vivia no Rio de Janeiro,onde já se faz tráfico até por telefo-ne e por "BIP" — opinou o ad-vogado.

O promotor João Diogo

da acusação, afirmou que "Marcosnão praticara nenhum delito, tan-to que as vítimas estão bem desaúde, ao contrário do acusadoque, até hoje, sofre as conseqüên-cias que sofrerá naquela noite. Porisso, requereu ao Conselho de Sen-tença que o absolvesse, o que veioa ocorrer. A sentença foi lida pelajuíza Maria Izabel Benone, quepresidiu a sessão.

Sindicalistapreso no Acre

Rio Branco (AG) — Policiais mili-tares prenderam na noite de anteon-tem, rondando as proximidades dohotel "Xador" — onde está hospedadoo fazendeiro Gaston Mota —, em Bra-siléia, o sindicalista Saulo Lins Ribei-ro, conhecido por Bacalhau, que estavaarmado com um revólver carregadocom cinco balas. Ele, segundo a poli-cia, é um dos suspeitos de ter matadoo pistoleiro José Cândido de Araújo, oZezão, juntamente com outro elemen-to conhecido por Osvaldo e pelo irmãodo sindicalista Chico Mendes, o solda-do da PM Francisco Alves de Assis.

Gaston Mota esa hospedado no ho-tel Xador acompanhado por dois segu-ranças da Polícia Militar, já que teriasido também ameaçado de morte. Fo-ram os próprios seguranças que viramBacalhau rondando o hotel com maisdois elementos, que fugiram em segui-da.

Dentre as cinco balas encontradasem poder de Saulo Lins Ribeiro, que re-side em Xapuri, conforme o secretáriode Segurança, Lourival Marques deOliveira, duas estavam preparadascom uma técnica regional que permi-te a bala ter um impacto maior ao atin-gir o alvo.

Governo cede e policiais civisvoltam ao trabalho em RecifeRecife (AJB) — Com a promessado Governo do Estado de que terão se-

guro de vida dentro de 90 dias, todas asfaltas abonadas, auxílio moradia de15% para os que trabalham na regiãometropolitana e aumento do vale-refeição de NCz$ 0,50 para NCz$ 1,50,os policiais civis de Pernambuco encer-raram ontem a greve que realizavamhá 29 dias por melhores condições detrabalho e aumento de salários. Tão lo-go terminou a assembléia da categoriaque decidiu pelo fim da paralisação, oslíderes do movimento dirigiram-se aoInstituto de Medicina Legal que de ime-diato foi reaberto, enquanto os agentesescalados para plantão ocuparam seuspostos nas 225 delegacias que hoje jáestarão funcionando normalmente."Foi uma vitória da categoria, que,com o apoio da população, conquistouvários direitos sociais" afirmou SérgioLeite, presidente da Associação dos Po-liciais Civis, ressaltando que mesmosem conseguir o reajuste de 258% quereivindicavam além de 130% de grati-ficação pela função, os policiais vao termelhores condições de trabalho. Parao secretário de Segurança Pública, Se-verino de Almeida Filho, o final da gre-ve da Polícia Civil significou a vitóriado entendimento: "Conversando comos grevistas, mostrando as dificuldadesdo governo, nós conseguimos chegar aum denominador comum e com issoganhou a população que tem de voltaa Polícia Civil nas ruas", afirmou.

Além de seguro, do vale-refeição edo auxílio moradia, os policiais civis de

Pernambuco conseguiram com a para-lisação o aumento de passes de 80 pa-ra 120 por mês para os agentes da ativae 100 para os inativos, além da modifi-cação na jornada de trabalho: no lugarde trabalharem 24 horas por 24 horasde descanso, eles terão agora 24 horaspor 72 horas de descanso, o que na opi-nião da categoria foi um fato muito im-portante, pois permite ao policial serecuperar melhor e conseqüentemen-te prestar um melhor serviço.

Eles também conseguiram a pro-messa do governo de que vão partici-par da comissão de promoção dainstituição e ficou acertado de que fi-carão liberados de suas atividades fun-cionais os policiais civis indicados porsuas respectivas associações, inclusi-ve seu presidente, na quantidade detrês a seis. O governo também prome-teu que será traçado um plano emer-gencial para elaboração de um projetocom o objetivo geral de proporcionarmelhores condições de trabalho à Po-licia Civil, incluindo os itens armamen-tos, viaturas, munições, coletesidentificadores, coletes à prova de ba-Ias, equipamentos de comunicação,alojamento adequado e equipamentoscontra incêndio.

Os policiais solicitavam tambémna rua pauta de reivindicações, que fos-sem retirados os apenados dos servi-ços de cozinha e dos setoresadministrativos dos estabelecimentospenais, mas ficou decidido que sobreesse assunto a Secretaria de Justiça sepronunciará dentro de 30 dias.

Polícia não

emSão Paulo (AG) — A po-

licia paulista está investi-gando o possível seqüestrodo líder dos sem-terra da ci-dade, Sílvio Rocha, de 36anos, que teria acontecidona madrugada de anteon-tem, perto de seu escritóriopolítico, localizado na ruaSouza Bandeira, em VilaNhocune, na zona leste dacapital. Os quatro "seques-tradores", conseguiramlevá-lo, segundo denúnciasde amigos, dentro de un*MOpala de cor escura. Antes?!-destruíram completamentâgseu escritório, quebrando vií$|jdros, arrombando portas èjqueimando documentos. O |delegado Osmar Porcelli, da 1delegacia de Vila Matilde, \abriu inquérito policial, mas |recebeu a denúncia com re~jservas: '. !

— Não acredito inicial-àmente na possibilidade de|jter ocorrido realmente se-Jqüestro. Acho tudo fruto daüautopromoção e seasaciona-|lismo que envolvem o nome!deste senhor. Registramos o|caso e vamos investigá-lo,|

mas acho que tudo isso nãojjpassa de mais uma encena*ção — explicou.

O delegado Porcelli es-g.tranhou principalmente olar!to de nenhum familiar dd3empresário ter comparecideoà delegacia para registrar íÇJocorrência, confirmando^aindadaventada.

Segundo amigos do emÇ*presário, ele foi atacado a 5(T*metros do escritório, quan«jdo se dirigia a um estabeleci!cimento parapizza.

Com a greve dos policiais civis, ini-ciada no dia 7 de março, o Instituto deMedicina Legal foi fechado pelos gre-vistas. Por determinação do governa-dor Miguel Arraes, todas as necrópsiase autópsias passaram a ser feitas peloserviço de verificação de óbitos do Hos-pitai das Clínicas da Universidade Fe-deral de Pernambuco. E paracontinuar prestando os serviços essen-ciais à população o governo instalouquatro delegacias de plantão nos quar-téis da PM de Recife, Olinda, Jaboatãoe Paulista, mas isso não resolveu osproblemas da criminalidade: sem fun-cionários capacitados para o serviço,as prisões efetuadas pela PM não re-sultavam em inquérito e na semanapassada os presos começaram a ser li-bertados porque depois de 10 dias, co-mo manda a Constituição, eles nãopodem continuar presos, sem respon-der a inquérito.

Com isso, e por conta das declara-ções do secretário de Segurança Públi-ca, Severino de Almeida Filho, de quea greve dos policiais civis aumentou as-sustadoramente a criminaliade o go-verno, que havia encerrado asnegociações com os líderes do movi-mento, decidiu recuar e novamente ten-tar o diálogo. Através do secretário doTrabalho e Ação Social, Romeu da Fon-te, os grevistas foram novamente con-tactados e ontem, finalmente, as duaspartes assinaram um documento, inti-tulado de "Protocolo de Intenção", on-de o governo concordava em atenderalguns dos pleitos dos policiais civis.

mais suas suspeitas,história ter sido in«i

comprarra

Livro conta1se _

de um bebê'Brasília (AE) —Como

apelo "Devolvam meu filhòjO caso Pedrinho", Maria Aú-xiliadora Tapajós, a Lia, Sffanos lançará amanhã eçqBrasília, um livro que pre*tende manter a atenção dásociedade e autoridades pafra o drama que viveu há trêsanos, quando o filho recénftnascido foi roubado da ClíniVca Santa Lúcia, no Plano Pjrloto da cidade. Esperançosade rever Pedrinho, Lia mosütra a incompetência da pó^licia ao longo das investi'-gações e a má vontadeatual. Ela acusa o secreta-rio de Segurança Pública,João Brochado, de negligen-ciar a lista que forneceu con-tendo nomes do tráfico decrianças na capital da Re-pública.

Lia e Jario Tapajós, 37anos, viam no nascimentode Pedrinho a renovação deesperanças depois da morteda filha Juliana, vítima demá formação congênita inocoração. Pedrinho iria fazercompanhia às irmãs AnaCláudia e Cristina, hoje com11 e sete anos. Nasceu às23h3min do dia 20 de janei-ro de 86. "Era o bebê maisbonito nascido aquele dia",lembra Lia, que teve poucotempo para ter o filho nosbraços. A alegria deu lugarao desespero, quando umamulher, dizendo-se assisten-te social, levou o menino"com uma facilidade quês-tionável para uma clínicaque se diz séria".

Revelado o seqüestro, ocaso tomou conta dos prin-cipais jornais, que acompa-nharam os passos dasinvestigações dos policiais,pressionados por manifesta-ções públicas e pela insis-tência do casal. Lia apontadiversas falhas da po': inno'livro, uma delas a falta deiniciativa de fechar as saí-idas da cidade, coisas que apolícia garante que pode fa-zer em menos de um minu-to. Também não foramtiradas impressões digitaisdo telefone usado pela falsaassistente social e não foifeita a perícia do quarto on*de ficou Lia e o bebê

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20 POLÍCIA O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Segundo uma testemunha, a vítima fora visitar os filhos

Braçal morto com barra de ferro«3 „ . . „„ _,—i casa—.=.«...,.. -¦¦-:¦ '¦¦ /-..,...>¦:-., ¦ ST- "~3B

Duelo de casais a terçadodeixa 1 morto e 3 feridos

Dois casais, armados de terçados, bri-garam no município de Castanhal. 0 dueloresultou num morto e três feridos, que fo-ram atendidos no Pronto Socorro dacidade.

O crime aconteceu anteontem à noite,quando o braçal Tome Ribeiro da Silva Oli-veira, 38 anos, que residia no conjunto Ja-derlândia, em Castanhal, encontrou-se comum velho rival, e acabou morto com umaterçadada no pescoço.

Segundo apuraram os policiais da De-legacia de Castanhal, anteontem à tarde,Tome, acompanhado da esposa, Maria Di-vina Alves de Souza, e portando um terça-do foi até a casa do velho rival, Carlos Cor-dovil Meninéia, para matá-lo. Aconteceque, ao chegar ali, não encontrou Carlos,mas apenas a esposa dele, Ângela Meni-néia, a quem avisou que, em instantes, ma-taria o rival a terçada das.

Em seguida, Tome e Maria Divina fo-ram para um bar, às proximidades da casade Carlos, e ali passaram a beber, esperan-

do pela chegada do rival. Assim que Carlosentrou em casa, foi avisado por sua esposaque Tome estava querendo matá-lo.

Carlos armou-se também de um terça-do afiado e partiu para o bar. Após uma rá-pida discussão, eles passaram a duelar. To-mé Ribeiro acabou caindo, com um feri-mento no pescoço, que lhe causou a morte.Carlos também caiu, em conseqüência dosvários golpes que recebeu pelo corpo.

Ao verem seus maridos caídos, e pen-sando que ambos estavam mortos, MariaDivina e Ângela pegaram as armas e deci-diram continuar o duelo. Ambas tambémacabaram no chão, com vários ferimentospelo corpo.

O corpo de Tome foi levado para o Ins-tituto Médico Legal de Castanhal, enquantoas outras vítimas — Carlos, Ângela e MariaDivina —,foram atendidas no Pronto Socor-ro daquela cidade. Os crimes foram comu-nicados ao delegado de Castanhal, queabriu inquérito para apurar as causas doduelo.

Lavradorexecutadopelo rival

O lavrador João da Silva, 30anos, foi morto com um tiro de car-tucheira, pelo amante de sua mu-lher, com quem ela estava na resi-dencia do casal, localizada no mu-nicipio de Medicilândia.

João era casado há alguns anoscom Maria Angélica da Silva, comquem não teve filhos. Segundo pa-rentes da vítima, o casal, que sem-pre se deu bem, ultimamente pas-sara a brigar, porque João desço-briu que Angélica estava tendo umromance com seu vizinho, o tam-bém lavrador conhecido por"Carvão".

Anteontem, João saiu, dizendoque ia trabalhar, mas voltou e fia-grou Angélica com "Carvão", den-tro de sua casa. Como pretendiacaçar após o encontro, o acusadolevara uma car tucheira. Ao entrarno quarto, onde estavam os aman-tes, João levou um tiro no peito,tendo morte instantânea.

Angélica e seu amante conse-guiram fugir, abandonando o corpode João no quarto, onde foi encon-trado ontem por um vizinho, quenotou sua ausência no roçado ondetrabalhava.

Motorista matabêbado a facada

O motorista Andrade, da Belauto, matou com uma faca-da no tórax Vicente Oliveira, que tinha 28 anos, era casado eresidia na rua São Bento, n° 80, no Bengui. Andrade está fora-gido. A vítima foi levada por populares ao Pronto SocorroMunicipal, onde morreu.

Duas pessoas que afirmam ter visto o crime, contam ver-soes diferentes para a morte de Vicente.

Conforme registro no PSM, Paulo Barbosa, 23 anos, quemora ao lado da casa da vítima, declarou que, todas as vezesque Vicente ficava embriagado, costumava se deitar na pis-ta, próximo à sua casa. Na madrugada de ontem, segundoPaulo Barbosa, a vítima estava bêbada e deitou-se no asfal-to Minutos depois apareceu Andrade, que acabou tropeçan-do em Vicente. A vítima teria se levantado e passado a discu-tir com o acusado.

Conforme Paulo, Andrade foi até sua casa, que fica àsDroximidades do local do crime, e de lá voltou portando umataça, com a qual atingiu a vítima no peito, fugindo emseguida.

AmeaçasA versão contada por Paulo Barbosa foi contestada, na

Delegacia da Marambaia, pelo cunhado da vítima, João Pin-to Ribeiro, 32 anos, também residente na rua São Bento, queafirma ter testemunhado o crime.

Segundo João, Vicente estava bebendo, em companhiade vários amigos, quando apareceu o motorista Andrade.João contou que, há algum tempo, sem que saiba os motivos,Andrade ameaçou dar um soco na cara de Vicente. Quandotodos os amigos foram embora, ficando apenas Vicente, Joãoe Andrade, este foi até sua casa e voltou armado com uma fa-ca pequena.

Antonio Maria Guimarães, 33anos, residente na passagem Bragan-ça, n° 61, numa área de invasão noBengui, por volta das 19 horas de an-teontem, matou a golpes de barra deferro, na cabeça, o braçal Firmo Bor-ges da Conceição, 39 anos, que residiana travessa 9 de Janeiro. O crimeaconteceu, segundo uma testemunha,quando a vítima se dirigiu à casa desua ex-mulher — que atualmente vivecom o acusado —, para visitar seusquatro filhos menores, que estão mo-rando com a mãe.

Após matar Firmo, Antonio Ma-ria foi preso por soldados da PolíciaMilitar, levado para a Delegacia daMarambaia e autuado em flagrante,pelo delegado Pauxis.

A versão contada pelo acusado foidesmentida por uma ex-cunhada davítima, que afirmou ter presenciado ocrime.

A versão do acusadoAntonio Maria contou que, por

volta das 19 horas de anteontem, esta-va em casa, junto com sua compa-nheira, Berenice da Silva Conceição(ex-esposa da vítima). Segundo Anto-nio estava muito escuro na área de in-vasão, pois lá não existe iluminaçãoelétrica, quando ouviu baterem naporta de entrada de seu barraco. Eledisse que Berenice ficou apavorada,pois o casal vem sendo perseguido pordois irmãos de Berenice, conhecidoscomo "Carrapeta" e "Caveirinha",que segundo Antônio são bandidos.

Antonio disse que levantou-se e,com medo de ser atacado pelos ir-mãos da mulher, pegou uma barra de

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Antônio, com a barra de ferro usada nocrime

A morte de Firmo revoltou seus familiares

ferro — que servia como tranca —,aproximou-se da porta e perguntouquem estava batendo, ouvindo comoresposta que era o "Zé". Caso nãoabrisse a porta, segundo Antonio, o tal"Zé" ameaçou colocá-la abaixo.

Logo após a ameaça, contou Anto-nio, o homem deu um pontapé na por-ta e, como estava escuro, so pôde vero brilho de uma lâmina, por isso apli-cou a primeira pancada na cabeça davítima, que caiu e foi atingida de no-vo, não mais se levantando.

Em seguida, ainda conforme An-tonio, apareceram três irmãos de Be-renice — "Carrapeta", "Caveirinha"e Maria Alice —, além de um cunhadodela, chamado Pedro, que, armadoscom pedaços de pau, tentaramagredi-lo.

Disse o acusado, que ainda che-gou a brigar com "Caveirinha", quequeria tomar-lhe a barra de ferro,mas conseguiu se desvencilhar e saircorrendo. . ; . ',

Outra versão ' > |i".-, • i,;Maria Alice da Silva Borges, ir-

mã de Berenice, desmentiu a históriacontada por Antonio. Segundo Alice,Firmo foi visitar os quatro filhos queteve com Berenice que, apósdesquitar-se da vítima, foi morar comAntonio Maria. Lá chegando, bateuna porta do barraco e pediu para falar

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3a)

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Maria Alice contestou o acusadocom as crianças. Maria Alice, quemora às proximidades da casa de Be-renice, disse que viu quando Antonioabriu a janela, segurando a barra deferro, e bateu na cabeça de Firmo:»'¦'¦ . Alice diáse que chamou seu:m3rt-do. Quando chegaram próximo aobraçal, ele já estava morto. Ela, en-tão, foi registrar queixa na Delegaciada Marambaia, onde informou queAntonio estava escondido na casa deum primo, preparando-se para deixara cidade. O acusado foi preso e agoraestá à disposição da Justiça. O

Ratificando o que dissera, hádias, à imprensa, de que não par-ticipou do assassinato do deputadoJoão Carlos Batista, Roberto Ciri-no de Oliveira — o Robertinho —ouvido ontem de manhã, pela juí-za da 2" Vara Penal, Yvonne San-tiago Marinho, voltou a negar, quetivesse morto ou participado damorte do parlamentar.

Calçando sandália de borra-cha, vestindo uma blusa verde ecalça azul, "Robertinho" entrou es-coitado e algemado, às 11:30 horas,no gabinete da juíza. A titular da2" Vara Penal o advertiu, antes dointerrogatório, para que ele "falas-se somente a verdade". Depois, ajuíza Yvonne Santiago Marinho de-terminou ao escrivão Edivaldo quelesse para o acusado, a denúnciaque fora formulada pelo represen-tante do Ministério Público contraele e demais acusados do assas-sinato.

Presentes à audiência, o pro-motor Raimundo Mendonça, os ad-vogados Paulo Rolla, que defendeos empresários Josiel e Jeová, Wal-mir Bandeira, advogado de Oscar,Raimundo Pinheiro Filho e Osval-do Benedito Teixeira, defensores de

9 volta a negar o crime"Robertinho", além de José CarlosCastro, assistente de acusação.

Às perguntas que lhe íoramfeitas pela juíza Yvonne SantiagoMarinho, "Robertinho", demons-trando calma, respondeu que, no"dia do crime, encontrava-se emsua casa, localizada no Km 48 daBelém-Brasília, às proximidadesde Irituia". Na hora do assassina-to do deputado João Batista, "Ro-bertinho" afirmou que estava nacasa de seu compadre, José Mariados Santos, às proximidades de suaresidência, onde ficou até às 23 ho-ras. E, segundo ele, tomou conhe-cimento do crime, através donoticiário de um canal de televisão."Robertinho" afirmou que não co-nhecia a vítima, mas ouviu falarmuito de João Batista.

Nos autos do inquérito policial,existem sete testemunhas, todas deacusação. A juíza perguntou a "Ro-bertinho" se ele as conhecia de no-me ou de vista. Ele respondeu quesomente uma, de nome DilcéliaPereira de Lima, com quem vivehá um ano e seis meses.

Por ocasião de seu interroga-tório na Polícia, "Robertinho" aeu-sou o homem conhecido porPéricles como autor do assassina-

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'Robertinho* chegou escoltado ao gabinete da juiza

to do deputado. Disse, inclusive,que, Péricles trouxera para Belémtrês revólveres calibres 38 duplos,cabendo a "Robertinho" ficar comum deles. A juíza, então,perguntou-lhe se ele poderia reco-nhecer a arma que fora usada pa-ra o homicídio. O acusadorespondeu desconhecer o tipo dearma usada no delito, pois ele não"estava presente no momento docrime".

Nos autos do inquérito, "Ro-bertinho" afirmou que o assassina-to do deputado João Batista teriasido a mando dos empresários Jo-siel, Jeová e Oscar.

Indagado pela juíza se ele co-nhecia uma daquelas três pessoas,ou se já tinha falado com uma de-las, o acusado respondeu que não,mas já ouvira falar dos três, e que,na polícia, não disse que Jeová, Jo-siel e Oscar eram os mandantes docrime.

A juíza Yvonne Santiago Mari-nho disse a "Robertinho" que eleprestara depoimento na Polícia,perante um representante do Po-der Judiciário, o promotor ManoelSantino, e que jamais iria deixarque ele fosse molestado pela auto-ridade policial processante ou ou-tros policiais."Robertinho" contou à juíza,que se lembrava de um "homem decabelos lisos e forte, quando elesaía por alguns momentos da sa-la". "Robertinho" afirmou que o de-legado Brivaldo Soares oameaçava e lhe colocava um revól-ver na boca, para que confirmas-se o que estava sendo escritodurante o interrogatório.

A juíza Yvonne Santiago Mari-nho quis saber como "Robertinho"foi preso e envolvido no crime. Oacusado disse que a "moto de umamigo seu, de nome Milton, foi rou-bada e jogada num rio, lá pelasbandas onde mora". Ele acabousendo preso como se tivesse com-prado a moto do ladrão."Robertinho", finalmente afir-mou que, dias depois da prisão, foitrazido para Belém, pelo delegadode Castanhal, e recolhido ao depó-sito de presos do Coqueiro. Lá, foique veio a tomar conhecimento deque "era um dos matadores do de-pulado João Batista, pois era mui-to parecido com o retrato-falado docriminoso".

Várias pessoas assistiram ao depoimento do acusado

Sandra Batista reconhece pistoleiroAssistindo ao interrogatório de Ro-

berto Cirino — o "Robertinho" —encontravam-se também, no gabineteda juíza Yvonne Santiago Marinho, aviúva Sandra Batista e seu tunhado,Pedro Batista.

Sandra se manteve calma, duran-te o interrogatório do acusado, ouvin-do com atenção tudo o que elerespondia à titular da 2? Vara Penal.Pedro Batista ficou em pé o tempo to-do, de frente para "Robertinho".

Ao término da audiência, Pedro Ba-tista disse, que não "acredita que "Ro-bertinho" tenha participado do crime".O que pode ocorrer, segundo Pedro é elesaber de detalhes do homicídio.

Já Sandra Batista que anterior-mente, afirmara em entrevista que"não acreditava na participação de"Robertinho" no crime, ontem, ao vê-lo de perto, admitiu que o viu, por di-versas vezes, rondando o edifício ondemorava. Por isso, já admite sua parti-cipação na morte de seu marido.

Dos cinco acusados de envolvimen-to na morte do deputado João Batista,quatro ainda não compareceram pe-rante a juíza Yvonne Santiago Marinho,para prestar depoimento. So "Roberti-nho" foi interrogado pela magistrada.Péricles, apontado como o autor dosdisparos, e os empresários Josiel, Jeo-vá e Oscar que, segundo "Robertinho",

teriam sido os mandantes do homicídio,não foram localizados.

Oscar, seria apresentado ontem,por seu advogado Walmir Bandeira.Mas, até às 14:30 horas, Oscar não ha-via comparecido ao Tribunal de Justi-

Quanto aos empresários Josiel e

Jeová, seu advogado Paulo Rolla, espe-ra, a qualquer momento, apresentá-losà Justiça.

A juíza Yvonne Santiago Marinhoirá notificar os quatros acusados fora-gidos, por edital. E suas prisões preven-uvas continuam vigorando, asseveroua titular da 2? Vara Penal.

—Médicos negam sevícias—No último dia 3, Roberto Cirino de Oliveira, o "Robertinho", foi exâ-

minado no Instituto Médico Legal' 'Rena to Cha ves'', já que denunciou tersido seviciado por policiais da Divisão de Crimes Contra a Pessoa, quan-do teria perdido vários dentes, devido ao espancamento.

O exame para detectar lesões corporais.em "Robertinho" foi feito pé-los médicos Adirceli Ferreira Bastos e Cláudio Marcai. Os médicos cons-tataram que "Robertinho"possui "quatropequenas cicatrizes atróficas,circulares, nas falanges proximais , o que limita os movimentos na'áreaatingida."Robertinho" também foi examinado pelo odontólogo Mário Moreira, o qual constatou quèéle não apresenta marcas de violência nas arca-das dentárias. Os dentes posteriores ausentes (primeiro molar superiordireito, primeiro molar superior esquerdo, primeiro molar inferior direi-to, primeiro molar inferior esquerdo) foram retirados há mais de un)ano, "apresentando inclusive fechamento dos espaços remanescentes")Já os dentes anteriores ausentes (incisivo lateral superior direito e incisí-vo central inferior esquerdo),, conforme Mário Moreira, foram arranca-dos "em época não inferior a 8 meses".

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I 7m Jf ai até o próximo dia 15 o período de ins-^^ È crição para o projeto Arte Paixão, pro-^k# movido pela Fundação Cultural do Parámr Tancredo Neves que há três anos reali-

za o evento. O projeto acontece de 21 a 29 de marçoe consiste em uma exposição de artes plásticas nagaleria Theodoro Braga (subsolo do Centur), apre-sentação de corais e encenação da Paixão de Cristo.O objetivo do projeto é dar, através de várias expres-soes da arte, uma visão crítica sobre esse momentoda história cristã.

O projeto, que está a cargo da Coordenadoria deCultura da FCTN, traz este ano algumas mudançasem sua organização, como o fato de os artistas par-ticipantes não serem mais convidados pela entida-de Em 87 e 88, como o projeto ainda era desconhecidoda população, os participantes eram convidados pe-Ia entidade, mas isso causava certa insatisfação nosartistas não escolhidos. O grupo acredita que a aber-tura de inscrição é sinal de evolução do projeto. Osartistas interessados em participar do Arte Paixão— com apenas dois trabalhos cada, como reza o re-gulamento — devem dirigir-se ao protocolo do Cen-tur (avenida Gentil Bittencourt, esquina da travessaRui Barbosa), pela manhã e à tarde, no horário co-mercial, para realizarem a inscrição. Na oportuni-dade, cada artista receberá também uma relação depessoas que poderão compor a comissão julgadorados trabalhos (pessoas ligadas às artes plásticas, in-cluindo artistas que não participarão, obviamente,do Arte Paixão) para votar em dois dos três nomesque a integrarão.

Comissão julgadoraA comissão de seleção foi formada este ano de-

vido a outra alterarão no projeto: a premiação deuma obra com o Prêmio Aquisição, para a formaçãodo acervo da galeria Theodoro Braga. Os trabalhosde artes plásticas serão aceitos nas categorias Pin-tura, Desenho, Gravuras, Esculturas, Fotografia, Ob-jeto e Instalação, desde que não ultrapassem 2mlineares e/ou 4m2 em planta baixa, em virtude do es-paço físico da galeria Theodoro Braga. As premia-ções ainda não foram definidas pela Fundação. ACoordenadoria de Cultura espera que o número deinscritos seja alto e que sejam selecionados em tor-no de quarenta trabalhos, como nos anos anteriores.O número de vagas no entanto, terá critérios de li-mites como a qualidade dos trabalhos apresentadose o citado espaço da galeria. Nenhuma taxa será co-brada aos artistas plásticos inscritos para participa-rem do projeto Arte Paixão, no entanto, as despesascom montagens especiais serão de inteira responsa-bilidade dos mesmos.

Dentro do projeto Arte Paixão, haverá a apresen-tação de dois autos sobre a Paixão de Cristo, com aencenação ficando sob responsabilidade de gruposque, todos os anos, realizam esse tipo de montagem.Á entrada será franqueada e o local para ambos se-rá a praça do Povo. O primeiro auto acontece no dia17, sexta-feira; o outro, no domingo de Páscoa.

Músicos aprocura

de empNos tempos dourados, eram disputados pe-Ias salas de espetáculos dos cassinos. Mas ho-

je em dia, muitos músicos de Atlantic City, acidade do jogo, estão desesperados atrás de em-pregos cada vez mais difíceis.

Os músicos sobrevivem fazendo pequenosbiscates, tocando em casamentos, aniversáriosou festinhas particulares. Alguns estão diver-sificando suas atividades, e procurando traba-lho fora de seu mercado natural.

A automatização da música golpeou comforça os músicos dos cassinos. Trompetistasguitarristas e bateristas estão sendo substituí-dos por aparelhos de som.

Uma década atrás, o Sindicado dos Músi-cos de Atlantic City se engajou com entusias-mo na luta pela legislação do jogo na cidade.I-les o fizeram acreditando na promessa de quehaveria dezenas de empregos permanentes pa-ra artistas no balneário costeiro, que através-sava um período de dificuldades econômicasAgora, o sindicato e seus membros se sen-tem traídos. O baixista Jack Hegyi, de 30 anosque perdeu seu emprego no Trump Castle Ho-tel e Cassino, quando o conjunto de música aovivo foi substituído por um tape deck, disse quecom a mudança na legislação sobre os espeta-culos, foi aberta uma Caixa de Pandora_ , Ele contou que é um dos trabalhadores doEstado de Nova Jersey a quem os cassinos de-veriam ajudar. Mas não o fazem. Ele acha queo que acontece em Atlantic City é um desres-peito aos músicos e uma traição ao grupo queajudou os cassinos.

A filial local da Associação dos Músicosque tem 750 membros, está tentando salvar osempregos de seus associados. Recentementeconseguiu uma pequena vitória quando a Co-missão de Controle dos Cassinos aceitou estu-dar de novo a obrigatoriedade de música aovivo nos cassinos. Este requisito foi eliminado¦em 1981.

Paixão de Cristo nas artesH9PI I IPl ' 1 i Bk .3Ü i* \r*m

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Mas a distância entre os estudos e a apro-vação da obrigatoriedade é grande, principal-mente porque os músicos reconhecem que amaioria dos freqüentadores dos cassinos pare-ce não se importar com a origem da música queouve, e nem mesmo sabe que os shows que es-tão assistindo são acompanhados por músicagravada.

O guitarrista Bob Alexeev, de 56 anos, quejá chegou a ganhar 45 mil dólares por ano co-mo músico, e agora ganha em torno de 12 mildólares em trabalhos ocasionais, disse que es-tá trabalhando como motorista, e tocando devez em quando, se a oportunidade surge. Eleconsidera a situação muito deprimenteEle contou que muita gente está deixandoa profissão e procurando emprego em outros se-tores, perdendo o interesse pela música. Há umdesânimo generalizado, e os jovens que queremse tornar músicos são desestimulados, porquenao há futuro nesta atividade.Alexeev pergunta de onde sairão os futurosmúsicos de jazz e das orquestras sinfônicas, seos jovens nao são estimulados a estudar e pra-ticar música. Para ele, é um problema sério

que deve ser enfrentado pelo governo e pelosempresários. E uma obrigação cultural que nãopode ser esquecida.

Os cassinos Rally's, Park Place e o TrumpS. Castle usam música gravada em suas salasde espetáculos. No ano passado, o Harrah S.Marina estreou um novo snow de mágicos usan-do música gravada também. Muitos outros cas-sinos e teatros usam uma combinação demúsica ao vivo e música gravada. Só o Clarid-ge, famoso por seus shows trazidos da Broad-way, emprega uma orquestra regular da casa,mas o presidente do estabelecimento, RobertoWagner, disse que não pode garantir que issocontinuará para sempre.

Wagner não concorda com a interferênciado governo na gerência dos cassinos. Ele achaque essa é uma decisão do estabelecimento, eque o governo não pode obrigar os cassinos aapresentarem música ao vivo, se preferirem amúsica gravada.

Quando o Trump e Castle estreou a revista"Glitter", usou música gravada, em substitui-ção à revista "City Lites", que ficou em cartaztrês anos e empregou uma orquestra de 13músicos.

Dennis Gorski, porta-voz do Castle, disseque o hotel não é inimigo dos músicos. Eles fo-ram empregados no passado e, com certeza se-rão chamados novamente no futuro.

Gorski disse que a decisão de não usar mú-

Uma das mudançasno Arte Paixãodeste ano é a

premiação de umadas obras com o

Prêmio Aquisição,a ser incluída noacervo da galeriaTheodoro Braga.

No Arte Paixão doano passado,

participaram nomescomo José MoraesRego e Rose Vasco

sica gravada o tempo todo era antiga na em-presa. Eles gostam do clima que a música aovivo dá ao ambiente, tornando-o mais refinado.

Mas o líder do Sindicato dos Músicos, Geor-ge Fognano, se queixou de que o Castle, comoos outros cassinos, esqueceu uma promessa fei-ta há alguns anos.

Fognano disse que a luta pela legalizaçãodo jogo em Atlantic City foi apoiada pelos mú-sicos porque os proprietários de cassinos pro-metiam empregos aos músicos. Na campanhadesencadeada em 1976, os folhetos traziam emletras garrafais as palavras — "empregos, ém-pregos, empregos" no alto da página. Os músi-cos acreditaram e lutaram junto com os donosde cassinos. Fognano acredita que a participa-ção do sindicato foi decisiva para a elaboraçãoda Lei de Controle de Cassinos, que tinha a in-tenção de garantir os empregos dos músicos.Mas agora não há empregos, e não se pode re-vitalizar a economia se as pessoas não estãotrabalhando e produzindo.

Quando o Resorts International, o primei-ro cassino de Atlantic City, abriu suas portasem 1978, os cassinos eram obrigados a ter mú-sica ao vivo em suas salas de espetáculos, deacordo com a lei.

Essa obrigação foi suspensa em 1981, paraajudar a reduzir os custos mais altos que os cas-sinos tinham no setor de shows e espetáculos.Desde então, a música gravada tem sido usa-da com freqüência cada vez maior, substituin-do os músicos que perdem assim seu mercadode trabalho.

O irônico de tudo isso é que os próprios mú-sicos são responsáveis pela limitação de seumercado de trabalho.

Mark Tully Massaglo, vice-presidente doSindicato Nacional de Músicos e presidente dafilial de Las Vegas, disse que o produto grava-do pelos músicos no final deixa sem empregoos próprios músicos que participam das grava-ções. Não há proteção contra o uso indiscrimi-nado de música de fita ou disco, e os músicosperdem seus empregos.

Segundo Massaglo, o contrado com o Sin-dicato dos Músicos de Las Vegas exige que oscassinos mantenham uma orquestra ao vivo emseus salões, embora permita que a música gra-vaaa seja usada se há necessidade para o showem cartaz, e de forma suplementar.

Harry Kleinstank, um músico de 35 anos,disse em Atlantic City que as pessoas que vo-taram a favor da instalação de casas de jogona cidade não receberam o que foi prometido,já que a idéia era criar empregos para os ha-bitantes da cidade. Para ele, a situação ficoutão ruim que aceitou um convite para tocar emum conjunto de um navio de cruzeiro.

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ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS LIBERAL

Flores cm destaqueA menos que a maré mude su-

bitamente, o almirante Mário CésarFlores é quem ganhará a quarta es-trela na Marinha. Ele atualmentedirige a diretoria de material e suapromoção vai lhe valer a chefia doEstado Maior da Armada, o que pra-ticamente lhe assegura o posto deMinistro da Marinha no próximogoverno.A promoção de Flores, um of i-ciai muito respeitado por sua posi-ção liberal-democrata, significará apassagem para a reserva do almi-rante Ache Pillar.

Do alto de sua experiência, o

senador Roberto Campo manda umrecado para o governo: "brigar como Banco Mundial é coisa tão útil pa-ra o Brasil como para a quinta rodanum automóvel. Segundo o ex-ministro, o Bird tem reclamações le-gítimas, "como o enxerto na Eletro-brás do elefante branco chamadoNuclebrás, empresa totalmente dé-bil". Campos disse que além dissomuitos empréstimos ao Brasil para-ram porque nosso governo não deua contra-partida em cruzados paraos projetos, fato que estava previstonos contratos assinados. Daí não terporque chorar.

Ibrahim SuedNa corrida da sucessão

o_ Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Além do ministro Paulo Bros-sard, já há um outro candidato à va-ga de Aurélio Buarque de Holandana academia. Trata-se do presiden-te do Pen Club, Marcos Almir Ma-deira, que vai tentar a imortalidadepela segunda vez. Ele já entrou emcontato com alguns escritores tra-tando do assunto.

A vaga de Menotti Del Pichiavai ser definida no dia 30, em funçãoda sessão especial que a casa de Ma-chado de Assis vai fazer à memóriade Aurélio Buarque de Holanda.Apenas 37 imortais vão votar.

Pagamos impostose queremos

proteçãoO sr. João Pereira de Siquei-

ros até que teve sua razão. Foi umalerta contra os sucessivos assai-tos aos caminhões da Tele-Rio. ORififi acabou levando o meu ami-go Hélio Saboya a aumentar o po-liciamento. Porque a verdade éque os assaltos estão aumentan-do. Falou daqui e não como jor-nalista. Como sócio de umaempresa que também tem cami-

ot nhões de entrega. Pagamos os tu-bos de imposto e temos direito aproteção.

Vai muito bem o secretárioEduardo Chuahy no combate aoscamelôs que estavam transfor-mando (e ainda estão) a cidadenuma porqueira e prejudicando ocomércio que paga impostos.Agora é partir para acabar comaquele mercado no calçadão doposto 5. Bola Branca, vá em fren-te, doutor, que o comércio o estáaplaudindo.

Desembargador, juizes e ad-vogados na festa niver do sr. e sra.Armando Jerck, que receberamno castelo da lagoa para um bigjantar.

O deputado Denizar Arneiro,será um dos novos secretários dogovernador Moreira. Transporte.

O professor Marcos Almir Ma-deira, presidente do Pen Club, tomouprovidências para tornar claro o re-púdio do meio literário brasileiro àcensura sofrida pelo escritor Sakman Rushidie pelo Aiatolá Khomei-ni. Madeira enviou mensagem desolidariedade a Rushidie, por inter-médio do interna tional Pen Club, deLondres, com adesão do reitor Gui-lherme Figueiredo, Lygia FagundesTelles, Nelida Pinon, Autran Doura-do, Evaristo de Moraes e AffonsoRomano de SantAnna e muitosoutros.

asDiplom©fti io*\\toPromete a reunião quea comissão mista Brasil-Fortugal vai realizar quar-ta, em Brasília. E que umtema polemico será trata-ao: a equivalência de eur-sos superiores. Com o baixonível dos muitos brasileiros

que foram para Portugal ogoverno de lá decidiu que'osdiplomas daqui não valiammais que um pedaço qual-quer de papelTe parou depar equivalência. Os brasi-leiros chiam até hoje. Entreos que estão chegando paraa reunião, o professor Fer-nando Cristóvão, presidenteao Instituto Cultural da Lin-gua Portuguesa.• Hoje, mais de cem di-plomatas e chefes de mis-soes vao ser recebidos porAna eosr. Manuel Mendes,u nosso muito conhecidoMiguel Strogoff festeja seus25 anos de diplomacia nacapital. Daqui meu abraço

Chanceler despacha no leitoDia 11 de abril o MAM apresen-

tara uma exposição de Arte Moder-na Britânica, com obras de nomesfamosos dos últimos 40 anos na In-glaterra. Entre alguns nomes esta-rão expostos os trabalhos dosescultores Henry Moore e Sir JaciEpstein, a pintura de Ben Nicholsone gravuras de John Piper e RichardSmith.

• O ministro Abreu Sodré, se re-cuperando solicitou que seu chefe degabinete, Gilberto Velloso, voasse toSP, onde ele está em repouso, paradespachar documentos pendentes.

Breve ele estará de volta a Brasília.Daqui meu abraço carioca.

• "Consommé" de entrada, se-guido de camarão com abacate, ros-bife com arroz colorido e tendo desobremesa banana caramelada comsorvete, foi o menu do jantar ofere-cido pelo embaixador da Finlândia,Risto Kauppi e senhora, e algunsamigos na sua residência. Entreeles o embaixador da Rússia e se-nhora Leonid Kusmin., da China,Shen Yunso, o conselheiro dos States,James Ferrer e senhora e o minis-tro Rangel de Castro e senhora.

Albano Franco reúne empresários.Moreira amanhã em São Paulo.Inauguração do Instituto Brasil-Peru.

A inauguração do InstitutoBrasil Peru Ramon Castillo se-rá dia 20 com a presença do em-baixador Hugo Palma. A cote, ocônsul Miguel Palomino e o pro-fessor Paulo Baiana.

O sr. Flavio Corrêa recebeudo governador Pedro Simon amedalha Negrinho do Pastoreio,em Caxias do Sul.

Uma das mais tradicionaisentidades lusas no Brasil, o Li-ceu Literário Português, vai ga-nhar um novo presidente dia 15,é o banqueiro Antonio Gomes daCosta, que assume no lugar dePizarro Loureiro.

O senador Albano Francoestará liderando uma reuniãonesta quinta, na CNI, com os in-dustriais de bebidas, agrotóxi-cos, e de fumo, paracombaterem o projeto do aepu-tado Ademar de Barros, que

proibe radicalmente a veicula-ção nos meios de comunicação.

Mostrando aos amigos seusdotes de "Cordon Bleu". a sra.Heloísa Nascimento Britto abriuseu ap na Avenida Atlântica, re-cebendo pela chegada de seu fi-lho Jaime Francisco fromLondres.

O governador Moreira viajanesta quarta para SP, onde fica-rá por três dias com o caderni-nho cheio. Uma reunião a portasfechadas com o governadorOrestes Quércia também fazparte do caderninho de Moreira.

Ficou acertado nos statesque a Coca Cola vai patrocinarnovamente os Jogos Olímpicosde Barcelona, em 1992.

Filosofia: Não é necessáriosaber muito para ser sábio. Euvolto.

Horóscopo

Jece Valadão e Jorge da Cunha: autores do projeto

Cultura agora em ticketDemocratizar o consumo da cultura no

País. Essa a finalidade do projeto Ticket Cul-tural, que nasce sob o respaldo da organizaçãoMark/Tural, concebida especialmente paracuidar da implantação e consolidação do pro-jeto, dentro de uma estrutura capitalista, fun-damental para que o 'produto' Culturaconquiste novos consumidores e amplie seu po-tencial de mercado. Com osistema, apmpara-do pela Lei Sarney, o projeto permite queempresas e pessoas físicas adquiram o TicketCultural e obtenham benefícios legais para re-dução do imposto de renda.

Projeto pioneiro, a mecânica de operaçãodo Ticket Cultural pode ser comparada a dosoutros tickets do mercado, com a diferença numponto básico: sem qualquer ônus, através des-se sistema o trabalhador tem passaporte livrepara o mundo das artes e espetáculos. Criadopor um grupo de pessoas ligadas às áreas cul-tural e empresarial, como o jornalista e ex-secretário da Cultura de São Paulo Jorge da Cu-nha Lima, e o ator e produtor cinematográficoJece Valadão, o projeto enquadra-se na Lei Sar-ney e possibilita que empresários conveniadosofereçam gratuitamente a seus funcionários,amigos e clientes vales que são trocados e uti-lizados no circuito cultural.

Só na Grande São Paulo, 156 cinemas e 20teatros já são conveniados. A implementaçãodo projeto prevê abertura de novos mercadospara o Ticket Cultural a começar pelo interiorde São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília,ampliando-se posteriormente para outros Es-tados. Além de proporcionar às camadas mais

populares o acesso à cultura, a proposta tem ou-trás vantagens. "O pé furado da cultura brasi-leira é o consumo. Os cinemas e teatros estãofechando por falta de público. Através do esti-mulo do Ticket pretendemos aumentar em até40% a freqüência das salas", assegura Jorge daCunha Lima. O consumidor da cultura, o pro-dutor e o exibidor saem ganhando.

A medida em que os tickts forem sendovendidos, será criado um banco de dados quepossibilitará aos produtores de espetáculos tra-çar um perfil geográfico das praças para me-lhor direcionar a demanda. Para o convêniobasta encomendar um determinado valor emtickets e a Mark/Tural se encarrega de toda aoperação e administração, que inclui a asses-soria jurídica e fiscal referente às aplicaçõesda Lei Sarney. Como benefícios, a empresa po-de proceder o registro do valor integral da ope-ração, sem limites, contabilizando-o comodespesa operacional. O valor dos tickets com-provadamente utilizados pode ser deduzido in-tegralmente, limitando-se a 2% do imposto derenda devido em cada exercício.

A pessoa física poderá abater até 15% doimposto a pagar. Entretanto, se o valor adqui-rido em tickets superar a dedução permitida,o valor excedente poderá ser abatido em atécinco exercícios posteriores. Para que as dedu-ções possam ser efetivadas, a Mark/Tural emi-tira sistematicamente o documento"Declaração Mensal para Fruição dos Incen-tivos da Lei Sarney, Gerados pelo Projeto Tic-ket Cultural", que informará o valor dos ticketscomprovadamente utilizados.

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SESSÃO DA TARDEPODE CHAMAI

Título Original: CallHer Mom. Nacio-nalidade: Americana.Ano de Produção:1972. Direção: JerryParis. Elenco: Connie

Sievens, Van Johnson, Gloria De Haven.Os membros da APE, Grêmio da Univer-sidade Beardsley, esfão para ser desa-lojados da Casa do Esfudante, se não

encontrarem uma "Madrinha". A demisrsão do garçonete Angie Bianco (Stevens)leva os estudantes a convidá-la pa;j"Madrinha". A história chega ao conhe-cimento do povo e do presidente da Uni-versidade, que mando o professorJonathan Cleder passar algumas horascom Angie e obter alguma coisa contraela que justifique sua demissão e de ces-sem as fofocas. Cor. 74'.

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TEMPERATURA MÁXIMAA HONRA DO

PODEROSO PRIZZB| Título Original: Priz-I zi's Honor. Nacio-nalidade: Americana.Ano de Produção:1985. Direção: John

LiT'.\» Huston. Elenco: JackNicholson, Kathleen Turner, Anjelica Hus-ton, Robert Loggia, William Hickey, JohnRandolph, Lee Richardson, Michael bom-bard, Lawrence Tierney, Joseph Ruskin,Ann Selepegno. Desde que nasceu e fi-cou órgão da mãe, Charley Partanna(Nicholson) viveu sobre a proteção deseu padrinho, Don Corrado Prizzi (Hie-key), chefe de uma das mais poderosas

famílias da Máfia de New York. Chjr-ley teve um romance com Maerose (Hus-ton), neta de Don Corrado, mas ocomportamento algo escandaloso da jo-vem acabou com a possibilidade de ca-samento. Durante uma festa, ele conhecee se apaixona pela bela Irene Walker(Turner). Ele a corteja viajando até LosAngeles para propor-lhe casamento.Pouco depois, Charlie descobre que elee Irene têm mais uma coisa em comumalém do amor mútuo: ambos são assas-sinos profissionais, frios e determinados.Cor. 115'.

CAMPEÕES DE BILHETERIAA VOLTA DO DR. PHIBES

Título Original: Dr.Phibes Rises"22

""'Again. Nacionali-rBmt dade: Inglesa. AnoJÍBL de Produção: 1972.Ui7'T. Direção: RobertFuest. Elenco-. Vincent Price, RobertQuarry, Valli Kemp, Fiona Lewis, PeterCushing, Terry Thomas, Hugh Griffth, Pe-terJeffrey, Beryl Reid, John Carter. O Dr.Phibes (Price) deixa o sarcófago onde fi-(Si

TV LIBERAL

co o sua falecida mulher, Victoria, eacorda Vuivania (Kemp) que deveráauxiliá-lo na tarefa de ressuscitar Victo-ria. Ao tentar recuperar um pergaminhopelo qual localizará no Egito um rio sub-/errôneo cujas águas têm o dom da vi-da, Phibes comete alguns crimes. Acaminho do Egito, Phibes e o antiquárioBiederbeck (Quarry) são perseguidospelo inspetor Trout (Jeffrey) e o superin-tendente Waverly (Carter). Cor. 84'.

Veículo do Sistema Rômulo Maiorana de Comunicação.

éPSS-4^-ARIES (de 2J/03 a 20/04), Regente:

Marte. Agora você se lembrou da alegria.Muitas vezes, quando você está triste, ten-tando encontrar as causas da tristeza, dáum cansaço tal que você resolve não pen-sar mais. Seja o que Deus quiser. Então aalegria volta, porque você se entregou econfiou. Isso sempre dá certo.

TOURO (de 21/04 a 20/05) Regente:Vênus. A Lua transitando conjunta ao seuregente está lhe trazendo alegria e bom hu-mor, além de dar uma trégua nos conflitosinternos. O dia desliza suavemente, levan-do você por entre os obstáculos. Não resis-ta à maré, pois só tem a ganhar.

rn II1111 Ni riGÊMEOS (de 21/05 a 20/06) Regente:

Mercúrio. Boas notícias no campo profis-sional, mas não se deixe impressionar porpropostas vantajosas demais. Não se es-queça de analisar bem tudo o que cair nassuas mãft;, mesmo que isso pareça desne-cessário ou chato. Neste momento, você es-tá precisando ser mais rigoroso com seusnegócios.

CÂNCER (de 21/06 a 22/07) Regente:Lua. A humildade é a chave do seu suces-so, neste momento. Pense no corpo huma-no, que tem milhões de células, grupadasem sistema^ que trabalham sem cessarnem falhar. Elas não se preocupam em sermais importante que sqas companheiras,apenas agem. Agora, siga este exemplo.

LEÃO (de23/07a22/08) Regente: Sol.Hoje você está super eficiente, chegando nafrente de todo mundo, atento a todos os de-talhes, saltando por cima dos obstáculos.eainda com um sorriso nos lábios. Isso naoé para qualquer um, não é mesmo? Se nãocomeçar a se levar muito a sério, poderáse divertir bastante.

VIRGEM (de 23/08 a 22/09) Regente:Mercúrio. Hoje você está muito seguro desi, o que torna o dia alegre aventura, e nãoum pesado fardo. Tantas coisas vão cha-mar sua atenção que você não sabe como,às vezes, o mundo pode parecer tão mono-tono e vazio. Veja como é uma questão deângulo de visão.

LIBRA (de 23/09a 22/10) Regente: Vê-nus. Hoje você está esbanjando alegria, di-zendo coisas inteligentes e interessantes.Aliás, falar vai funcionar como uma terá-pia. Mas não é uma questão de botar os po-ares para fora, mas sim expressar o guevocê tem de melhor. Em todas as situações,você encontrará o lado mais divertido.

ESCORPIÃO (de 23/10 a 21/11) Regen-te: Plutão. Dia tranqüilo, em que você te-rá uma tendência maior jíara a introversãoe a modéstia. Esta será uma introversãopositiva para descansar das lutas pela vi-aa. Nada de revolta, mágoa ou inveia. Anoite, cuide das suas raridades. Variedadessão os objetos que têm história.

SAGITÁRIO (de22/11 a 21/12) Regen-te: Júpiter. Momento muito alegrç e favo-rável para a sua vida afetiva. Hoje e um diaadequado para namorar, bater papo comamigos, etc. Os companheiros de trabalhoficarão encantados com a sua energia e atéos inimigos darão uma trégua porque, nofundo, sentirão que o admiram.

CAPRICÓRNIO (de 22/12 a 20/01) Re-gente: Saturno. Hoje a sua tendência paraa calma e suavidade falam mais alto doque a angústia, e você poderá passar umdia bastante agradável. Você esta precisan-do de beleza e paz, e não custa dar um pre-sente a si mesmo, nem que seja um belosorriso no espelho.

AQUÁRIO (de 21/01 a 19/02) Regente:Urano. Hoje a Lua vem em seu socorro efornece brilhantes idéias para resolverseus problemas, principalmente na área fi-nanceira. Uma luz vai se acender na suamente como que por encanto., para ilumi-nar seu caminho. Dê valor às idéias relâm-pago que passarem pela sua cabeça.

PEIXES (de 20/02 a 20/03) Regente:Netuno. Hoje diminuem as tensões e vocêse sente em solo seguro. Muita intuição eespirito generoso vao atrair sorte para vo-cê. A Lua está ajudando a sua vida profis-sional. principalmente se você tem sócios.Cuidado com quem se finge de coitadinhosó para obter favores seus.

T*.ri***jFíJi ~ít? jwt?í' "t^T"*! s*r>"'* .'"í->r,.7»'" w:'r'T''T!''' •¦""•t." y^'7-^":-vrr^v^^s^^

Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 O LIBERAL SOCIEDADE CADERNO DOIS. 3 j

m Curi, sábado, na boite da APReiniciando sua programação ar-

tística, a diretoria da Assembléia Pa-raense, à frente seu dinâmico diretçrpresidente, engs Maneco Bisi, iaagendou um grande acontecimentopara o jantar dançante deste sábado,11 de março, às 24 horas, na "boite re-frigerada* do clube. Será com a pre-sença simpaticíssima aointernacionalmente famoso "show-man" Ivon Curi que, acompanhado deseu conjunto musical exclusivo, apre-sentara números de humonsmo «ícantará todos os seus grandes suces-sos. Ivon já lançou mais de 22 discos

no mercado e conquistou por 7 anosconsecutivos o prêmio "Medalha deOuro Revista do Rádio" como melhorcantor de televisão. O conjunto Sayo-nara dará o toque musical da noiteconvocando os casais para dançar, ateas 4 da madrugada. Avionando pelaVarig-Cruzeiro, Ivon Curi chega a Be-lém pelas mãos de nosso "promotionman*' Carlinhos Corrêa e ficara hos-pedado no Hilton Hotel. Com grandeprocura, as mesas de 4 lugares já seencontram à venda na secretaria doclube, ao preço de trinta cruzadosnovos.

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iapa Integração íflCIÇlí1

Soaresdo Teleclube

Os associados do Teleclube, valorosa agremia-:ão dos funcionários da Telepará, estão em ritmo

Je eleição. É que no próximo dia 20 de abril, se-rão realizadas em todo o Estado, pelo voto direto,eleições para os novos corpos_dirigentes do elegan,-te clube. A "Chapa IntegAçao" que concorrerá aeleição da nova diretoria do Teleclube, com gran-de programa de realizações, está tendo a prefe-rência dos associados. Ela está assim constituída:presidente: Osmar Rainéri; vice-presidente An-tônio Sobreira de Araújo Jr; secretário: Francis-co Carlos Lopes de Paula: tesoureiros: Mana daGlória Brito Freitas e Odilardo Silva Filho; patri-mônio e sede: José Catarino de Sarmento; promo-ções sociais: Francisco José do Couto Camarãoe Luzanira da Cruz Barros; Esporte: Wilson Mo-reira Miranda e Milton Alberto Mata Cruz;Interior-OD: Antônio Leonardo Gomes Braga;interior-ODL: Antônio Wilson do Nascimento eSérgio Ferreira de Menezes; interiqr-ODO: LuizCarlos Lima do Vale e Vera Ebraim; interior-ODS: Gileno da Silva Drago e Raimundo Pinhei-ro de Azevedo.

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JunichiroYamada seráhomenageado

pela ADVBJunichiro Yamada, o

frande "cap" do Grupo Y'amada e um dos nomes

em evidência do mundo em-presarial e social da terra,no próximo dia 31, receberásignificativa homenagemda diretoria da ADVB, porter sido escolhido, mereci-damente, o "Homem Mar-keting, 88" num justoreconhecimento do seu di-namismo e capacidade rea-lizadora. Para maior des-taque do grande aconteci-mento, está previsto tam-bém, um grande show.

Seis belas "tigresas"trajadas de nissei servirãode recepcionistas.

O grande coquetel-jantar para 500 pessoas, se-rá realizado no HiltonBelém.

A noiva Lise Barcessat, feliz, aguardando a horado Sim. (Foto de Linoberto Rodrigues)

Lise e José no grande diaO acontecimento de destaque hoje é o ca-

samento da bonita Lise Barcessat, filha docasal engenheiro Messod Levy Barcessat eMiriam Larrat Barcessat, e o jovem empre-sário José Isaac Serruya, filho do empresa-rio Isaac Jayme Serruya e Ororvida MendesSerruya, a realizar-se na Sinagoga "Shaar

Hashamain", às 19 horas, decorada à base deflores naturais em arte retreau branco e de-grades na cor rosa, criatividade e bom gos-to do artista plástico Abrão Bemerguy. Liseusará elegante traje nupcial em renda fran-cesa bordada com tafetá em seda pura. Asbonitas Larissa Barcessat Gabbay, Marce-la Soares Santos, Helena Julia BarcessatPinto e Ruth Gabbay Mendes servirão de da-mas de honra, e os garotos bonitões SamuelMax Gabbay, Moisés Serruya, Leonardo Tb-belém e Moisés Alves, de pagens. O fundomusical será de Orlando Pereira, Márcia Ah-verte, cantora lírica. O luxuoso traje nupcialde Lise Barcessat, estilo romântico, é mode-lo e confecção da conceituada modista EnidAlmeida. Após o ato religioso, Lise e José,ao lado dos pais, oferecerão aos convidadoselegante recepção no salão nobre da Assem-bléia Paraense, decorado pelo

"expert" Jor-ge Maneschy. O serviço e o gabaritado buffet"são de responsabilidade da Assembléia Pa-raense, a cargo do excelente "maitre" JoãoSantos. A recepção na Assembléia Paràen-se é para 500 convidados.

Trocando de idadehoje a tigresa Alda Ma-ria de Pinho Couto, ad-vogada, professora deDireito Comercial daUnespa e eficiente au-xiliar da Superinten-dencia Regional doBanco do Brasil.

O evento vai serfestejado na residênciade seus pais com umjantar, à base de comi-das regionais, para pa-rentes e amigos maischegados da família.

...X.X.X.X....Quem também es-

tá mudando de idadehoje, é o jornalista Car-los Gomes, funcionáriode categoria da CaixaEconômica Federal doPará. Carlos Gomesserá homenageado porseus companheiros aofinal do expediemte.

O casal Luiz Cláu-dio Bastos e AmtôniaMiranda Bastos come-mora hoje, com festamirim, o primeiro am-nho do filho queridoAnderson Miranda. O"rebu" será nos salõesda sede social do Cas-sazum, a partir das18:30 horas.

....x.x.x.x....A distinta sra.

Aracy de Jesus de Oli-veira Rayol aniversa-ria hoje, ela que éesposa do advogadoRaymundo DomienseRayol e dama queridaem nossa sociedade.

Maria Creuza, dia 31,no Bancrévea Clube

ristiana Pedreira de Freitas dama da socie-dade de Salvador-Bahia agora está residin-

W do em Belém acompanhando seu esposoAgenor Pedreira de Freitas, diretor regional

do Banco Econômico S.A. A elegante Cristiana e bió-loga e como tal terá em nossa região muita matéria

para os seus estudos. Já conquistou muitas amigasem nossa sociedade e confessa que está adorandonossa cidade. (Foto de Mário Barbosa)

Os associados do BancréveaClube, no próximo dia 31, estarãoparticipando de mais um grandeacontecimento, após a vitoriosaprogramação de carnaval desteano, com o sensacional show daconsagrada cantora Maria Creu-za, um dos maiores nomes damúsica pupular brasileira e umadas musas preferidas de Viniciusde Moraes. Maria Creuza está se-lecionando as melhores músicasde seu já famoso repertório que,por certo empolgara os associa-dos bancreveanos. Maria Creuzainterpretará suas músicas acom-

panhadas de seu excelente con-junto musical. Antes e depois doshow a animação estará a cargoda excelente orquestra Sayonara,sem dúvida das melhores de Be-lém que agora está utilizando so-fisticada aparelhagem de som,recém adquirida em São Paulo.

A diretoria do BancréveaClube, à frente o presidente Jay-me Sobrinho e diretores LuizMartins, Dirceu Batista e AmélioBrasil, tomando as providênciaspara que o show de Maria Creu-za seja um tremendo "su". E vaiser mesmo.

Grande show de Ivon Curi dia 10, na AABB.A Associação Atlética Banco

do Brasil prosseguindo o seu pro-grama de grandes realizações so-ciais, nesta sexta-feira, dia 10,estará oferecendo aos seus asso-ciados, mais um grande show,apresentando o consagrado cantor

Ivon Curi, um dos maiores nomesda música popular brasileira,acompanhado de seu excelenteconjunto musical. 0 "show" deIvon Curi denomina-se "Ontem eHoje" e é realmente, imperdível.

É grande a procura de mesas

e camarotes, numa antecipação dosucesso do show que será realiza-do na sede social-campestre da ro-dovia de Ananindeua. É o queinforma ao colunista o dedicadopresidente Haroldo Vieira.

kriandoAumentou nos últimos quatro anos o uso de se-

ringas e agulhas hipodérmicas descartáveis, es-pecialmente por causa das campanhas de pre-venção da AIDS e da morte de Tancredo Neves,por infecção hospitalar. Hoje, o uso de seringas devidro esterilizáveis é de apenas 30 por cento noBrasil. A análise foi feita pelo presidente da Bec-ton Dicknson, indústria de materiais cirúrgicosdescartáveis, inaugurada em Curitiba. A empre-sa vai fabricar mais de 700 milhões de seringase agulhas descartáveis por ano, garantindo auto-suficiência do produto ao Brasil.

xxxxUm pequeno aparelho eletrônico vai contro-

lar a velocidade e reduzir os acidentes da frota deveiculos oficiais do Paraná. Denominado MonitorEletrônico de Velocidade — MEV, ele registraráo desrespeito dos limites de velocidades estabele-cidos para o veiculo. Se o motorista ultrapassaro limite, o aparelho emitirá um "bip" de advertfin-cia que se transformará em registro, se a veloci-dade excessiva for mantida por mais de 15 se-gundos. O governo paranaense afirmou que os mo-toristas infratores receberão punições que irãodesde advertência até multas e demissões. O MEVfoi desenvolvido pela empresa Deltapronick, jun-tamento com engenheiros da Copei — CompanhiaParnaense de Energia Elétrica.

NotíciasUm "pé de borracha" zerinho foi o presente

do marido à esposa Carmita Cardoso, que contoutempo. **** Botou o pé no jato e se mandou paraManaus, para participar da reunião de governa-dores, o vice Hermínio Calvinho. **** Antes 'in fa-mily" e em ambiente "closed", HC comandou o"nat' da neta Neriza Amanda, filha de Nídia eHermínio Calvinho Neto. **** Resultado do seu de-sempenho, inclusive colocando o "resto" refrige-rado devidamente "in", Linton Barros Júnior foipromivido do Hotel Grão Pará para o "Del Rey"de Belo.

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Shirlene de "niver"Aniversariando hoje, a bonita Shirlene da

Silva Santos, muito querida no meio da jovemguarda, por sua irradiante simpatia, inteli-gência e educação. Shirlene é filha do casalSebastião dos Santos Repolho e Jacirene daSilva Santos. A comemoração é "in family"porque Shirle preferiu ganhar de presente dospais, uma viagem ao exterior. (Foto Hexa Pro-duções).

AcontecendoA versão final do pro-

grama "Nossa Natureza",voltado para a proteção eocupação racional da Ama-zônia, será mostrada nosdias sete e oito, em Manaus,aos nove governadores dosEstados que integram aAmazônia Legal. O progra-ma será lançado oficialmen-te em Brasília no início deabril pelo presidente JoséSarney. Entre suas priorida-des está o controle do uso domercúrio nos garimpos,além de restringir os des-matamentos e mudar o có-digo florestal para eliminarabsurdos da lei atual. Umdesses absurdos é permitiro desmatamento de até oi-tenta por cento das áreas daMata Atlântica, segundo in-formou o presidente do Ins-tituto Brasileiro do MeioAmbiente (IBAN), Fernan-do César Mesquita.

X.X.X.X.X.X.

Por trás da internado-nalização da Amazônia hámuita emoção, desinforma-ção e interesses econômicosexternos. A declaração é deEmeleocipio Botelho de An-drade, diretor do Centro dePesquisa Agropecuária doTrópico Úmido—Cpatu, daEmbrapa, em Belém do Pa-rá. Para o diretor do Cpatu,o Brasil dispõe de tecnologiapara ocupar a Amazônia deforma racional, mas deveinvestir mais em pesquisas.Segundo Emeleocipio, aAmazônia tem 40 milhões dehectares de terras férteis, oque significa mais da meta-de que o Brasil vem utilizan-do atualmente para suaprodução agrícola.

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Luiz Pauloem nat yy

Aniversariando, hoje, o jornalis-ta Luiz Paulo Freitas, nosso estima-do companheiro de O LIBERAL eeficiente auxiliar do gabinete do Su-perintendente Regional do Banco doBrasil, onde esplende por sua inteli-gência e capacidade profissional. O"tigrão" Luiz Paulo comemora oevento "in family" o que não impedeque receba durante o dia as felicita-ções dos colegas e amigos, que sãomuitos.

Despedida de solteiraNa Catedral de Belém, no próximo dia 19 de

maio, às 20 horas, realiza-se a cerimônia do casa-mento da bonita Danielle Vaz Pereira e Lauro Ca-sagrande Filho, ela filha do casal Antônio deCarvalho Vaz Pereira e Edna Maria Cardoso VazPereira, e ele filho de Lauro Casagrande e Rosade Matos Casagrande. A recepção será no SalãoKarajás do Hilton Belém.

.x.x.x.x.x.x.A despedida de solteira de Danielle, será no

próximo dia 30, na boite da Assembléia Paràen-se, na sede da Praça da República, oferecido porum grande número de amigas.

No "clic" de Reinaldo Silva Jr., a bonita Da-nielle Vaz Pereira.

NoticiandoSerá lançado no próximo dia 7, na Fiesp, o

"Prêmio Lix da Cunha" de estímulo e incentivo àpesquisa e desenvolvimento de novas tecnologiasnas áreas da engenheria e arquitetura. O prêmioé homenagem ao engenheiro Lix da Cunha, mor-to em 84. Ele foi o primeiro estrangeiro agracia-do nos EUA com o título de doutor em engenhariapela Rose Plytecnic Institute.

********O manual Merck de Medicina, editado em mil

oitocentos e noventa e nove nos Estados Unidos,está sendo lançado em português pela livraria Ro-ca. Reeditado periodicamente até hoje pelos Es-tados Unidos, o manual trata com profundidadeda discussão de diagnósticos e tratamentos em to-das as especialidades da Medicina, através de du-zentos e sessenta renomados especialistas domundo inteiro. No formato 14 x 21 cm, o livro temtrês mil páginas em papel especial e é encader-nado com percalux e gravado a ouro. Contém ilus-trações e tabelas, índices individuais por sessãoe remissivo individual por seção.

Campanhas da Mesblapremiadas em Chicago

Numa concorrência entre gigantes domercado de varejo internacional, como ascadeias Bloomingdale's, Macy's e Mac Donald's,uma grande parte do leão acabou ficandocom a Mesbla que abocanhou o Golden Astar(ouro), principal prêmio do 37fl Retail Advert-sing Conference (RAO — mais importanteevento do mercado mundial de varejo como encarte "Edição especial Outono Inverno"— 28 páginas com fotos dos mais talentososprofissionais de moda do país - veiculado nasprincipais revistas brasileiras em 1988. Dequebra, a empresa trouxe ainda quatro prê-mios de prata pelas campanhas "Barqui-nho", "Borboleta", "Vinhetas Olímpicas* e"Toalhas", veiculadas pela TV também noano passado.Às premiações, segundo o superinten-dente de propaganda e promoções da empre-sa, Miguel Barros, coroaram definitiva-mente a "virada" da Mesbla, que a partir dametade desta década passou a dar uma no-va projeção à moda, atendendo até o consu-midor mais exigente.

Secretárias eficientesAs secretárias tanto do serviço público

como da iniciativa privada que constituemum grande contigente do leitorado deste es-paço, começaram a usar muito o 226-7607.Não é nada, não é nada, trata-se simples-mente de informações sobre o treinamento"Básico de Secretária II", que Ray MayreMacias comandará a partir desta próximasegunda-feira e, logo em seguida; o seminá-rio que o CEAG também promoverá sobre"Como Ser Secretária Eficiente e Eficaz",que o "expert" Zéwalter Barros, que virá doRio para comandá-lo.

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Elegante em "nat"De "niver" hoje, a bonita e inteligente Ana

Cleide Marques dos Reis, esposa do empresa-rio João Marques dos Reis, dama estimada nomeio do círculo de amizade do casal, por suasvirtudes. O evento será comemorado na intimi-dade, o que não impede que Ana Cleide recebadurante o dia, as felicitações das amigas, quesão muitas. Daqui, o abraço do colunista aosamigos Ana Cleide e João.

FALHA DE IMPRESSÃO

CurtinhasA juíza vederal Zilah Fadul,

que vai fazer curso na Sorbone(França), vai ganhar

"chá-de-despedidas" de um grupo de ami-

fas, no próximo dia 09, no Hilton.

!la viajará no dia 19. xxx Regres-sou do Rio o casal dr. Arthur(Lia) Seixas dos Anjos, depois demerecidas férias, xxx No dia 30de junho próximo será o casa-mento de Michelle Ferro e Silvacom Eduardo Menezes, xxx Nodia 09 do corrente, na boite da As-sembléia Paraense a recepção docasal José Augusto (Vera) Ponbo.comemorando os 15 anos de suabonita filha Luciana. xxx Viajoupara Altamira o dr. Célio Fernan-do Gonçalves, para presidir a JCJdaquela cidade, xxx A diretoriade esportes do Cabana Clube, jáestá colocando em prática todosos planos elaborados para suagestão. Sendo assim o diretorCleiton Martins já deu inicio à gi-nástica e ao judô. além da reaber-tura das aulas de natação e ostreinos de futebol de salão infan-til e adulto. Com a finalidade deadquirir verba, aconteceu no úl-timo, dia 1?, um bingo esportivo,no salão de festas do clube.

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1*I .A CADERNO DOIS ARTE/ESPETÁCULOS, O LIBERAL Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Cláudia Alvares

IngridB©3"g!í!3S8 SHumphrey

Bogart em"Casablanca",

o clássicode Michael

Curtirque voltaagora às

telas(tellnha)

colorlzadopor

computador.

p^lljaBailgSÉ" '.¦¦' '^BBÊ mmt '¦'--^É^^^^^^^l BBk ^B IB

Vídeo NotasDepois de "Casablanca",

"Sargento York", "A Felicida-de Não se Compra" e tantosoutros, chega a vez do clássi-co "Cidadão Kane", de OrsonWelles, submeter-se tambémao processo de colorização defilmes originalmente em pre-to e branco. A notícia sacudiua Associação dos Diretores daAmérica que considerou a de-cisão do empresário Ted "Rir-

ner, responsável pelo direitoautoral de "Cidadão Kane" ede mais cem títulos da antigaprodutora RKO, como "umgolpe baixo" na indústria deentretenimento. O assuntoainda vai dar muito o que fa-lar. O Concilie (Conse-lho Nacional de Cinema) emresolução publicada no DiárioOficial no final do ano passa-do, regulamentou a criação e

o funcionamento de salas deexibição de caráter comercialde vídeo no país. Segundo Ro-berto Farias, vice-presidentedo Concine, a medida deve in-centivar a criação de váriassalas do gênero e principal-mente em cidades do interiordevido aos custos baixos ne-cessários para a manutençãodestas; bem inferior, inclusi-ve, aos custos de manutenção

de um cinema, um dos gran-des motivadores nos últimosanos pelo fechamento de maisde duas mil salas de exibição.A legalização destas salas devídeo, entretanto, para seremefetivadas deverão contarcom registro e equipamentosprofissionais, e trabalhar me-diante ingressos e borderôspadronizados. Pontofinal.

Vídeo FilmesARGÉLIA(Algers)

Estados Unidos, 1938. Direção de JohnCromwell. Roteiro de John H. LawsonFotografia de Gregg

Tolland. Com CharlesBoyer e Heddy Lammar.

VTI Network, 106'.Clássico popular dos anos 30.

Em Casbah, um traficantechamado Pepe Le Moko (Boyer), desafiaa polícia e as autoridades colonialistasEle tem muitos amigos no

povo e vai vivendobem até conhecer uma jovem francesa,

noiva de um executivo,por quem se apaixona e por

quem fatalmente é levado a cairem uma armadilha, quebrando o seu "tabu"^ n j de Jamais ser preso.O filme de um modo geral ganha o tempo.Tem movimentos de câmera e dinâmica

de montagem que nãofazem diferença

para as produções de hoje.Uma seqüência em que Pepe Le Moko

encaminha-se para oencontro com a amada(encontro que lhe será fatal), a câmeraacompanha-lhe de perto e observa-se, em frente,uma fusão de imagens já vistas

sobre o romance dos dois.Apenas o final, presoao melodrama tismo

da época, torna-se estranho aosolhos de hoje. Afinal, ninguémsuporta o galã morrer falando, dizendo

as palavras "certinhas"para sacar lágrimas de espectadores

demasiadamente sensíveisDe qualquer forma, uma relíquiapara quem estuda cinema ou

para quem quer rever os grandesmomentos do cinema de ontem. (Fox Vídeo)

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mam-WiM.kLU li I I I i i i A I i I XZVIM Ml" I I l-LLU

Víd<prevenção

da cárieAtravés da exibição

de vídeos, a AssociaçãoBrasileira de Odontologia -secção Pará, estámontando um programade prevenção à cáriedentária e doenças dagengiva. O presidenteda entidade, AntônioAthayde, contou que oprograma é destinado àscrianças, a seus paisou responsáveis, e osfilmes serãoapresentados emescolas públicas eparticulares.Independentede suas outras funções,como ministrar cursosprofissionais, a ABOvai desenvolver essaprogramação para acomunidade "sem ônus,sem cobrar nada".Segundo o presidenteda Associação,a exibição de vídeosserá uma "tentativa deorientar sobre aimportância da higienebucal, dos diversos tiposde alimentos e do flúorna prevenção dasdoenças, com oobjetivo de diminuir aincidência da cáriee as doenças da gengiva".

Antônio Athayde disseainda que, desde que hajainteresse por parte dasescolas no programa,basta que entrem emcontato com a ABO —na rua Mundurucus,1533 —, que estamandará uma equipede profissionais aoestabelecimento deensino interessado emassistir os vídeos.Essa equipe da ABO,durante a apresentaçãodos vídeos, daráexplicações necessárias,"elucidando asdúvidas que possamsurgir", esclarece Athayde.

Durante ademonstração dos filmes,que foram enviados deSão Paulo para a ABO,serão convidadosdentistas do bairroonde está localizadaa escola em que osvídeos estão sendoexibidos. AntônioAthayde espera que,"após tomaremconhecimento dos vídeos,esses profissionais§ossam,

particularmente,ar prosseguimento

ao programa, ajudando acomunidade a melhorar otratamento dasdoenças da gengivae a diminuir a incidênciada cárie dentária".

FALHA DE IMPRESSÃO' ¦"T..-Ç"*

Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 O LIBERAL ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS 5

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I "A Hora do (Subwai) Espanto II"Seguindo o raciocínio de Vladimir Nabokov — "o

tempo e o espaço, as cores da estação, os movimen-tos dos músicos e das mentes, tudo isso é, para o cria-dor de gênio, não noções tradicionais que podem sertomadas emprestadas da livraria circulante de ver-dades públicas, mas uma série de surpresas diferen-tes que os grandes artistas aprenderam a expressarem sua própria e também diferentes maneiras. Pa-ra os criadores é deixada a ornamentação do lugar-comum; esses não se incomodam a respeito de ne-nhuma reinvenção do mundo".

Por tudo isso e posto isso, talvez não seja nenhu-ma loucura se pretender unir em um único comen-tário, nessas minhas mal traçadas linhas, os filmes"A Hora do Espanto II" e "Subwai". Afora o lado punkdessas duas fitas, existe nelas a preocupação, a re-criação dos lugares comuns, sem contudo esbarra-rem nos antigos e manjados clichês cinematográfi-cos. Se em "A Hora do Espanto II", que temarrebatado grandes platéias para os Cinemas I e II,os jovens estão em alta. o mesmo pode-se dizer de"Subwai", que prima pelo resgate às sólidas amiza-des e dá um murro na cara dos preconceitos com afamília padrão mundial. Em "A Hora do Espanto II",tudo se cerca em volta de um jovem casal e um ve-lho apresentador de filmes de terror, tendo como pon-to de partida a continuação do filme número um. Jáem "Subwai" a criação é muito forte em cima do dia-a-dia de um metrô, onde tudo acontece e se mantémmuito bom, mesmo apresentando cenas externas so-mente no início do filme, numa bela perseguição decarros. Quem poderia imaginar que do submundo deum metrô, dentro de seus esgotos, há uma vida cia-mando por um lugar ao sol? E quando isso acontece,o mocinho, mesmo morrendo, consegue um sorrisode vitória. Dois belos exemplos de quem consegue re-criar um clima de liberdade criativa em suas histó-rias. E que conseguem, sem favor nenhum, osaplausos do público. (Donizete César).

ROGER DONALDSON é um dire-tor que se dedicou a diferentes gene-ros de filmes. Natural da Austrália,Donaldson emigrou para Nova Zelân-dia e começou sua carreira como fo-tógrafo. Especializando-se emtrabalho de televisão, ele dirigiu vá-rios comerciais, filmes e shows antesde começar a se enfronhar com fil-mes de curta-metragem.

Em 1977, ele fez seu primeiro fil-me, o drama político, Slleping Dogs.Passado num futuro-próximo, o filmede Donaldson foi o primeiro a ser pro-duzido, em mais de quinze anos, naNova Zelândia, e o fator chave nacriação da comissão de cinema do

_n_ B B BBCocktailO segundo filme de Donaldson,'Smash Palace', uma visão, descom-

promissada, da cisão de um casamen-to, deu-lhe atenção internacional, foiaclamado pela crítica, e elogiado porPauline Kael, do New Yorker, como"um filme perfeito e engraçado". Eleentão, foi dirigir a estréia de Mel Gib-son em 'The Bounty'. Em 1985, ele di-rigiu seu primeiro filme americano,'Marie: A True Story', estrelandoSissy Sapcek. Antes de iniciar "Cock-tail , Donaldson dirigiu o grande su-cesso de crítica e comercial, 'SemSaída', estrelando Kevin Costner e Ge-ne Hackman.

Atualmente Donaldson reside emSanta Mônica com sua mulher e seusfilhos.

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Panorâmica

ittiji _<___ri0vwH___H % , .* r\. a,. v. t T-í . ,\„ >%jP_B_____l "i t u\ \•£. -

José de Abreu e Beth Goulart em "Mistério no colégio Brasil" de JoséFrazáo, que estréia no Olímpia na quinta-feira.

êwCine Libero Luxardo (Centur) — As 18:30 e 20:30 h. — "Co-

lheita Amarga". Domingo: "Filme Demência".Cinema 1 - Matinal — "Platoon" de Oliver Stone. Com Wil-

liam Dafoe e Tom Berenger. Premiado com o "Oscar".Cinema 2 - Matinal — "Branca dè Neve e os Sete Anões" de

Walt Disney.

Final de semana com movimen-to excelente em todos os cinemas dacidade. A espantomania, com Sexta-Feira 13 - Parte VII" e "A Hora do Es-panto 2", ficou com a maior parte dopúblico, que felizmente não deixa deperder um filme, mesmo que seja re-prise como "Duro de Matar". **** Porfalar em espantomania, está de vol-ta esta semana "O Exorcista", filmede estrondoso sucesso, produzido e di-rígido em 1974 pelo cineasta ámerica-no William Friedkin. Aterrorizando opúblico em geral, o filme é continua-mente relançado pela Warner Bro-thers, sempre com sucesso, tendocomo base um fato verídico sobreuma menina possuída pelo demônio.No elenco do filme, Linda Blair, quena época era considerada uma boapromessa, mas que nunca mais acer-tou na sua carreira no cinema. ****Domingo, no Cine Libero Luxardo, se-rá lançado o filme brasileiro "FilmeDemência" do cineasta paulista Car-los Reichenbach. Premiado em váriosfestivais, inclusive no exterior, o filmede Reichenbach participou de uma in-

Jeressante polêmica alguns anosatrás, e agora o público paraense vaiter a oportunidade de conferir. Maisdetalhes sobre "Filme Demência" se-rão abordados durante a semana. ****Enquanto este filme nacional não che-ga, é bom conferir o filme alemão"Colheita Amarga", também no cine-minha do Centur. **** "Rainman", fil-me de Barry Levinson que concorreeste ano a oito "Oscar" 89, já tem da-ta marcada para ser lançado no Bra-sil. Será no dia 23 de março, emlançamento nacional. Também nestemesmo dia será lançado "Acusados",que tem Jodie Foster concorrendo aoprêmio de melhor atriz. **** "A Séti-ma Profecia", filme estrelado pelaatriz Demi Moore, é o próximo lança-mento da Columbia Pictures. ****

Jacques Rivete, excelente diretorfrancês que muitos pensavam estarfora da ativa, foi um dos premiadosno último Festival de Berlim, com oseu novo filme, "O Bando dos Quatro",produzido na Suiça. Rivette, paraquem não se recorda, é o diretor deuma das obras-primas do cinemafrancês, "A Religiosa" com Anna Ka-rina. **** Também no Festival de Ber-lim, Gene Hackman ganhou o prêmiode melhor ator por "Missisipi em Cha-mas" de Alan Parker. Hackman, queé um dos injustiçados do "Oscar", éresponsável por uma série de excelen-tes interpretações que marcaram di-versos filmes, mesmo aqueles que nãoeram bons. Talvez a mais marcantede suas atuações, esteja em "O Es-pantalho" (1974) ou então em "A Con-versação" (1975) de Coppola. Agora,em "Mississipi em Chamas", ele vol-ta a ter a chance de ganhar a estatue-ta, mas segundo os prognósticos, éDustin Hoffman que deve levar o prê-mio. **** Ainda falando de premia-ção: Isabelle Adiani, atriz francesavista recentemente em "Subway", ga-nhou o César de melhor atriz pelo fil-me "Camile Claudel". Há algumassemanas atrás, Adjani tinha ganho omesmo prêmio no Festival de Berlim.**** "Platton", de Oliver Stone é a pró-xima matinal do Cinema 1. **** "Mis-tério no Colégio Brasil", de JoséFrazão, é um dos poucos filmes bra-sileiros que tem a sua trilha sonora adisposição no mercado discográfico.Vale a pena conferir. **** Marcos Pai-meira, ator de diversos filmes brasi-leiros, fará o papel do compositorVilla Lobos num filme que será diri-gido por seu pai, o cineasta ZelitoVianna. As filmagens começam no se-gundo semestre, e marca a volta deVianna depois do êxito de "Terra deíndios". **** Por hoje é só. (MarcoMoreira).

I RADIO]JT5^nt__________B

mm LÊBBIAL ÃM00:00 Utilidade Musical (Show da

Madrugada — Com ManoelCláudio — Hora certa a todoinstante — Músicas de onteme hoje — Utilidade Pública.

04:00 Relógio Musical do Trabalha-dor — Com Estefânio Nauar— Tutti-Fruti: receitas de fru-tas — Conheça o Mundo: in-formações sobre as nações,suas cidades, suas moedas,religiões, idiomas, rodovias,etc — A música brasileira emtodos os ritmos — O Flash daSaudade: música — Apari-ções da Virgem Maria emMedjugorge na Iugoslávia —Receitas de ervas medicinais.

05:45 Alvorecer da Esperança —Programa Religioso

06:00 Costa Filho Show — Horósco-po — Bolsa de Empregos —Pedidos Musicais através decartas — Homenagem aosaniversariantes do dia — Ho-ra certa a todo instante — Ro-leta da Sorte — Informações

do Pará, do Brasil e do Mun-do — Noticiário dos principais

Clubes de Belém.09:00 Bom Dia Total — com Giusep-

pe Tbmazo — Reportagens ex-ternas em todos osquadrantes da cidade — Aten-dimento de reclamações dopúblico — Horóscopo — Noti-ciários dos principais clubesde Belém — Participação Es-pecial de Jair de Ogum, omaior Pai de Santo do Brasil- Utilidade Pública — Noticia-rio do mundo peladeiro deBelém.

11:55 Banco de Praça — Com Joa-quim Antunes — Comentáriose críticas sobre todos os as-suntos.

12:00 horas LIBERAL NA POLÍCIA - com Ada-mor Filho - Resenha policial -Tàcando-lhe a "Pua" - Mesa Redon-da - No Fundo da Cela - A Tribunaé Livre (0 Povo no Rádio) - LautreAlencar e as notícias do PSM

12:45 A Bola é Nossa — ProgramaEsportivo

13:30 Programa Santino Soares —Roteiro de atrações, com su-cessos de todos os tempos —Reportagens, informações eutilidade pública.

15:00 Sua Tarde Favorita — ComAdonai do Socorro — Progra-ma popular de críticas e soli-citações musicais —Reportagens — ParticipaçãoEspecial da Mãe Rai-mundinha.

17:00 Boa Tarde, Saudade (Arquivoda Juventude) — Com Adonaydo Socorro — Programa foca-lizando os grandes sucessosde ontem

19:00 Atualidades Esportivas —Programa Esportivo

20:00 Projeto Minerva

20:30 Motorista Brasileiro — ComRaymar Bentes — Programapopular dedicado à classe mo-

torizada — Música de todosos gêneros.

22:00 A Volta do Boêmio - Com LuizEuclides — Programa deSeresta.

23:30 Resenha FinalEsportivo

Programa

/MMUBBfÃL

06:00 às 10:00 hs — Beto10:00 às 14:00 hs — Sílvio Jr.14:00 às 19:00 hs — Ney19:00 às 23:00 hs — Binho23:00 às 02:00 hs — Paulo Brasil02:00 às 06:00 hs — Aldrin Gonçalves

Rádio Cultura FM06:00 Musical07:00 Conversa com Hélio

Gueiros07:05 Musical07:30 Jornal da Manhã08:00 Musical13:00 Jornal da Tarde13.30 Musical18:00 Brasileiríssimo19:00 A Voz do Brasil20:00 Concertos Cultura21:00 FMPB00:00 Musical Especial

Rádio Modelo FM06:00 às 10:00 hs — Aluisio Paixão10:00 às 14:00 hs — Chico Silva14:00 às 18:00 hs — Claudecy18:00 às 22:00 hs — Vânia Costa22:00 às 02:00 hs — Alaisio Pinto (GoodTimes)

oienaTVmm u Mmsmmm&mMmmmmMm

(S)TV LIBERALCANAL 7 - BELÉMCANAL 2 - MARABÁ

06.30 Telecurso 2? Grau - In-glês/Geografia

07.00 Bom Dia Brasil07.30 Bom Dia Pará08.00 Xou da Xuxa12.25 Jornal Liberal12.35 Liberal Esporte12.40 Globo Esporte13.00 Jornal Hoje13.25 Vale a Pena Ver de Novo

- A Gata Comeu14.20 Sessão da Tarde - Pode

Chamar-me Mamãe16.20 Sessão Aventura - Guer-

ra dos Sexos17.20 Sessão Comédia - Primo

Cruzado17.55 Novela I - Vida Nova

Michel e Tatu discutem. Sarae Clara ouvem e se recusam a fa-lar com Michel. Bruno incentivaBianca a ir para Cajuru por cau-sa de sua vocação. Laura confes-sa a Antônio Sapateiro que aindao ama. Jucá e André contam aBruno que Samuel morreu. Martavolta a procurar Pietro, mas ele arecusa. Abrahão promete Fanyensiná-la a mexer com os negóciosde Samuel. Pietro chega em casasujo de baton e Gema o mandaembora.

18 50 Novela II - Que Rei SouEu?

Loulou vai com Fanny. Ela re-conhece Pichot e tenta convencê-lo

que não é o herdeiro. Concoranouve Gaston e Bidet conspirandocontra Bergeron. Todos os conse-lheiros vão a uma recepção. Ma-deleine aconselha Suzanne a fugirde Vanoli. Lili conta a Crespu queConcoran se faz de bobo da cor-te para espionar. O soldado feri-do reconhece Jean Pierre, elesduelam e Jean Pierre vence. Alineconta a Cozette que esteve comPichot.

19.45 Jornal Liberal20.00 Jornal Nacional20.30 Novela III - O Salvador

da PátriaMarina pede a João que pa-

re com a brincadeira do cartaz,touro bate em Eduardo. Marinaconfessa a Lauro que realmenteEduardo a conhece bem. Quinzo-te diz a Sassa para aceitar sua in-dicação para prefeito e salvarTangara. Sérgio chama Camila

para conversar e promete que de-

pois das eleições eles vão ficar jun-tos. Danielo vai ao quarto deSevero. Paulo tenta levar Angela

para um hotel. Marina vai a casade João e o beija.

21.30 Temperatura Máxima -A Honra do PoderosoPrizzi

23.30 Jornal Liberal - EdiçãoFinal

23.35 Jornal da Globo00.05 Globo Economia00.10 Campeões de Bilheteria

- A Volta do Dr. Phibes

TV TapajósCanal 4 {Santarém)05.30 Telecurso 2? Grau - In-

glês/Geografia06.00 Bom Dia Brasil06.30 Bom Dia Pará08.00 Xou da Xuxa11.25 Jornal Tapajós11.35 Tapajós Esporte11.40 Globo Esporte12.00 Jornal Hoje12.25 Vale a Pena Ver de Novo

A Gata Comeu13.20 Sessão da Tarde - Pode

Chamar-me Mamãe15.20 Sessão Aventura - Guer-

ra dos Sexos16.20 Sessão Comédia - Primo

Cruzado16.55 Novela I - Vida Nova17.50 Novela II - Que Rei Sou

Eu?18.45 Jornal Tapajós19.00 Jornal Nacional19.30 Novela III - O Salvador

da Pátria20.30 Temperatura Máxima -

A Honra do PoderosoPrizzi

22.30 Jornal Tapajós - EdiçãoFinal

22.35 Jornal da Globo23.05 Globo Economia23.10 Campeões de Bilheteria

A Volta do Dr. Phibes

TV GuajaráCanal 4

07:00 Brasil Hoje07:30 Força Verde07:35 Dinheiro - 1? Edição08:000 Despertar da Fé08:10 Dia a Dia - c/Baby

Garoux09:00 Cozinha Maravilhosa

da Ofélia10:00 Meu Pé de Laranja

Lima11:00 Boas Novas no Larll:30TVShopp11:55 Boa Vontade12:00 Bandeira 112:30 Esporte Tbtàl - c/Lucia-

no do Valle e equipe13:15 Gil Reis Especial -

c/Gil Reis13:45 Lopo na Cidade14:15 TV Cidade - Apres.

Everaldo Lobato14:30 Cidade Alerta -

c/Amaury Silveira15:00 Show de Atrações16:15 Cidade Notícia - c/Gil-

berto D&nin16:30 Cavalo Amarelo17:30 Canal Livre19:15 Jornal do Pará - c/Fer-

nando Navarro19:40Agrojornal19:45 Jornal Bandeirantes -

1? Edição20:30Dallas - Novela21:30 Terça Sem Lei - "Tterra

Selvagem"23:30 Jornal de Vanguarda00:OOHenri Maksoua e Você01:00 Flash - c/Amaury Jr.02:00 Cinema na Madrugada

- "Licença de Amar atéMeia Noite"

TV StádiosCanal 5

06:45 Qualificação Prof is-sional

07:00 Eureka07:15 Jornal Ia. Página07:30 A Turma do Pica Pau08:00 Oradukapeta10:45 Dó Ré Mi Fá Sol Lá

Simony12:20 Chapolin12:45 Bozo15:30 Show Maravilha18:15 Carrossel — Punky, a

levada da breca18:45 Jornal da Cidade —

Sandro Valle/GiselePinheiro

19:08 Economia Popular —Pergunte ao Tamer

18:10 TJ Brasil19:45 Chaves20:15 Karatê Kid 0'Hara —

A luz em torno do seucorpo

21:15 Tbm&Jerry21:30 Hebe —Show23:30 Jô Soares Onze e

Meia00:30 Jornal Notícias de

Primeira Página00:45 Perfil — Otávio

Mesquita"TV Cultura

Canal 208:15 Qualificação Prof is-

sional — Comunica-ção e Expressão •

08:30 Telecurso 1? Grau —Geografia

08:45 Telecurso 2? Grau —Geografia

09:00 Catavento09:15 Sítio do Picapau

Amarelo — O BurroFalante

09:45 Canta Conto — Quemnão viu, perdeu

10:15 Cinemim11:00 France Express11:30 Montanhas12:00 É Hora do Esporte12:40 Jornal 1? Edição13:00 Esporte Cultura13:30 Documentários13:45 Cinemim14:30 Canta Conto15:00 Sítio do Picapau

Amarelo — O BurroFalante

15:30 Viver — Creche (IIParte)

16:00 Sem Censura19:00 M.P.B. — Especial

Gonzaguinha20:00 Eu Sou o Show — Tu-

ríbio Santos (IIParte)

20:30 Jornal Cultura21:00 Via Brasil — Abrindo

o Jogo21:30 Rede Brasil22:15 Repórter Econômico22:30 Especial — Mulheres

no Carnaval23:30 1989 — Advogado do

Diabo

TV RBACanal 13

06:30 Programação Edu-cativa

06:50 Estação Ciência07:30 RBA em Manchete - lf

Edição08:00 São Paulo 08:00 Hs08:30 Brasi lia 08:30 Hs09:00Rio 09:00 HS09:30 Repórter Manchete10:00Jaspion10:30Changeman11:00 Xerife Lobo12:00 Manchete Esportiva -

1? Ttempo12:30 Jornal da Manchete -

Edição da Tarde13:00 Corpo Santo - 64? Ca-

pítulo14:00 Mulher 9016:00 Xerife Lobo17:00 Clube da Criança19:20 RBA Esporte19:30RBA em Manchete - 2?

Edição20:00 Manchete Esportiva -

2? Tempo20:20 Momento Econômico20:30 Jornal da Manchete -

1? Edição21:30 : Dona Beija - 66? Ca-

pítulo22:30 Sem Limite00:30 RBA em Manchete -

Edição Final00:45 Jornal da Manchete -

2? Edição01:15 A Ilha da Fantasia

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6 ARTE/ESPETÀCULOS O LIBERAL Belém, terça-feira, 07 de março de 1989

Ciência cheqa a Belém Obra reúne o melhor da seresta^6^M^^ nw»,.'-. „io_,!_ i„_, «i«i_ _ aposentado, curtidor da boa música, seresta é aquela que começa cec

Amanhã será lançado, emBelém, o projeto Ciranda da Ciên-cia, que é uma iniciativa conjun-ta da Hoechst do Brasil,Fundação Roberto Marinho eFunbec. A Ciranda, que já estápresente em quinze Estados alémdó Distrito Federal, distribuirákits de laboratório com materialdç pesquisa para quarenta esco-las — trinta e cinco da rede pú-blica — de 5? a 8? séries do 1?Grau.

: As 10 horas, o projeto seráapresentado oficialmente à The-rezinha Gueiros, secretária esta-dual de Educação, que receberáum kit semelhante aos que serãorepassados às escolas. Cada kitcontém quatro microscópios, lâ-minas, lamínulas, reagentes ele-mentares, instrumentação deapoio, guia para condução dostrabalhos, manual de instruções,cartazes explicativos e caixa pa-ra guarda e transporte. Os profes-sores envolvidos no projetotambém serão treinados para ti-rarem o máximo proveito do ma-terial e incentivarem os alunospara a pesquisa.

A escolha das escolas que se-

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Tristeza, alegria, luar, violão. Apaixão, amores (não) correspondidos.A seresta, uma das formas mais ca-racterísticas da manifestação popu-lar, praticamente nasceu com o Brasile através dos anos vem retratando, deuma maneira natural e exclusiva, ocomportamento do nosso povo. Mascomo cantar à lua e às estrelas semconhecimento das letras das músicasdos inveterados seresteiros? Reunin-do num volume as letras mais signi-ficativas do cancioneiro popular, oantigo boêmio e juiz do trabalho apo-sentado Lóris Pereira facilita essetrabalho.

Intitulada Minhas Serestas, aobra, o suprasumo de tudo que há demelhor desse repertório e que reúne389 letras de músicas, será lançada nopróximo dia 17 de março, pela Cultu-ral Cejup, o segundo lançamento daEditora neste ano. Se auto-definindocomo "apenas um juiz de trabalho

As escolas receberão um 'kit' de laboratório para pesquisa

rão integradas ao projeto ficou,este ano, a critério da equipe decoordenação da Ciranda da Ciên-cia e não da secretaria de Educa-ção, como seria de costume. Apreferência foi dada às que ti-nham contato com o projeto pormeio do Clube da Ciranda da

Ciência ou que tenham demons-trado interesse efetivo em parti-cipar da Ciranda. O projetoCiranda da Ciência atinge hoje600 mil crianças em todo o país eo Pará entra na sua quarta fase,junto com Espírito Santo, Rondo-nia e Goiás.

Inscrições para o festivalde conjuntos regionais

Já estão abertas as inscrições para o "V Festi-vai dos Conjuntos Regionais do Pará", que há cincoanos descobre e divulga talentos da música regiona-lista. Promovido pela Casa da Seresta, dos empre-sários Nadir Neves e Manoel Cavalcanti, o concursojá consagrou conjuntos como o "Grupo Nativo" — pri-meiro lugar no festival, realizado em 85 —, o "Poro-

roca" — primeiro lugar, em 86 —, e o "Orvalho daMadrugada" — escolhido o melhor nos festivais de87e88. _, r-, _ . j

Segundo Nadir Neves, o objetivo do Festival dosConjuntos Regionais do Pará que já faz parte do ca-lendário cultural da Prefeitura Municipal de Belém,"é valorizar os compositores locais, proporcionandoaos novos grupos a divulgação, hoje tão escassa. E,de uma maneira geral mostrar o que o Pará tememtermos de conjuntos regionais, sempre elogiados,mas pouco reconhecidos".

Onde se inscreverAs inscrições poderão ser feitas na própria Ca-

sa da Seresta, à rua Ferreira Pena 352, telefone241-4104, nos finais de semana, ou na rua Ferreira Pe-na 562, fone 224-2494, entre 14 de Março e Alcindo Ca-cela, a qualquer hora do dia, e ainda no Bar NovoPaulista, na Ferreira Pena com a Curuçá, à noite, to-dos os dias. Segundo a primeira cláusula do regula-mento do concurso, "por conjunto regional entende-sed grupo que tem como base violão, cavaquinho, pan-deiro e instrumentos de percussão, com "crooner op-cional, não podendo usar contrabaixo, órgão eguitarra elétricos, nem bateria, Caso contrário, se-rão desclassificados".

De acordo com o regulamento, "para o festival,cada grupo terá que executar uma música de sua au-toria, de um ou mais membros (ou criação coletiva)do conjunto inscrito, e respectiva cópia da letra; uma

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TVTetêNaftai

Bom astral com OliveiraCom Calunguinha virando tipo fixo no programa

do papai Chico Anysio, Bruno Mazzeo ganhou con-trato na TV Globo com direito a crachá de ator e tudo.Orgulhosíssimo, ele assume uma atitude profissional e,disposto a levar a sério a carreira, já tratou de cônsul-tar numerologista para saber se o astral lhe sorri. De-

pois de estudar todas as combinações que seu nome

permite, cálculos e coisas tais, Bosco Viégas, o cônsul-tado, deu o veredicto: para pleno sucesso ele deve as-sinar Bruno de Oliveira, último nome do papai. Oaspirante a astro pensa se faz já a troca ou esperaum pouco.

Na tarde de sábadoComo quem não quer nada, Cláudia Raia entra na bri-

ga de audiência nas tardes de sábado da Globo. Dirigidoao público infanto-juvenil, mas sem deixar de ter encantos paraos adultos, o programa terá direção de Maurício Sherman ebolações dos antigos roteiristas do "Vídeo Show", que nãovolta mais ao ar. Á estréia deve acontecer na primeira soma-na de abril com a nova programação da emissora, mas o tem-

po ó curto, pois só esta semana se escolhem seus quadros eformato difinitivo.

hmlnk ü iov.ffl titioFoi entre as festas de piscianos que pululam

em "O Salvador da Pátria" que João Carlos Bar-roso descobriu: entre ele, Marcos Paulo e JoséCarlos Pieri, todos aniversariantes da semana pas-sada, ele era confessadamente o mais velho. Foisó depois da euforia inicial que Barrosinho racio-cinou: "Gente, se continuar assim vocês vão aca-bar me chamando de titio".

Falando em Barrosinho, os fãs de seu talentoque indagavam o que aconteceria com seu perso-nagem na novela podem se alegrar: uma viradana trama traz Fidélis para ativa, batalhando aolado de Sassá Mutema.

Casamentosempre demora

Para a gravação do casamento de Bruno (Giu-seppe Oristânio) e Bianca (Patrícia Pillar),concentrou-se numa igreja do Caju todo o elencode "Vida Nova", sob o sol escaldante das 14 h. E,entre uma cena e outra, estendeu-se por tanto tem-po o trabalho que, ao verem adentrar pela igrejaa noiva, ninguém resistiu: aplaudiram, eufóricos.Não a noiva, mas o prenuncio do fim das tarefasdo dia.

Aliás, todos estavam cansados e suados depoisde alguns takes do casamento, quando Nívea Ma-ria resolveu levantar o moral da tropa e subiu aopúlpito. Sorridente ela ensaiou várias brincadei-ras mas acabou capitulando: "É, há 25 anos eu fa-ço novelas e já devia ter aprendido. Toda novelatem casamento e toda gravação de casamento de-mora. Não tem jeito".

Entretanto... v«3_gf|iía_í.ií«wí

Para comprar o apartamento de seus so-nhos, na Barra, Edwin Luisi foi obrigado avender o antigo e, temporariamente desalo-iado, dá um tempo no ap do Perry Salles. ***Perry, por sua vez, deixou lá o Edwin e levouseu show para São Paulo, onde espera ficarpor longo tempo. *** Dina Sfat já está em ca-sa mas, infelizmente, sua saúde ainda não es-tá legal. *** Nada é certo ainda, mas existegrande possibilidade de "Pacto de Sangue"entrar no ar logo após "Vida Nova". *** Pia-nos para nova produção, no entanto, cami-nham, e esta semana, Walter Negrão chegaao Rio para definições. Segundo ele, o pen-sado é uma história para jovens, bem jovensmesmo. *** Com ordem especial do Boni,Tony Ramos bate papo, hoje, com a Hebe Ca-

margo. *** Em São Paulo com a peça "O Pre-ço", Paulo Gracindo cedeu e vai entregar osprêmios dos críticos de arte de lá, mas fezuma exigência: nada de smoking. Não teme não quer usar. *** Falando em Gracindo,nesta temporada paulista ele fica num hotel,mas tem de Eva Wilma a promessa: cuida-dos especiais. *** Depois de duas costelasquebradas num tombo, Gonzaga Blota já vol-tou ao batente. *** Será dele, aliás, a direçãoda novela das 18 horas. *** Depois de quatroanos ausente das telinhas, Vera Gimenez vemaí em "Kananga do Japão", pela Manchete,vivendo Zazá, uma dama de vida nada fácil.*** Para bem impressionar, aliás, a mocinhatrata de apurar as formas. Esta semana in-tema-se num SPA para perder cinco quilos.

aposentado, curtidor da boa música,do que de melhor se faz na músicabrasileira e apreciador de serestas",Lóris Pereira é também um atento ob-servador do comportamento das pes-soas, resultado de suas andanças pelointerior do Estado, presidindo Juntasde Conciliação e Julgamento.

Sons maviososA seresta sempre esteve presen-

te na vida do juiz. Apreciador não sóda boa música brasileira, mas prin-cipalmente "daquela boa música an-tiga", o seresteiro reconhece, "commuita alegria, que há novos nomessurgindo na música brasileira, espe-cialmente na paraense, que fazem jusao título de bons". Uma seresta à mo-da antiga, porém, com todos os ingre-dientes que a tornaram famosa einesquecível é a "paixão" de Lóris Pe-reira. "Uma seresta em que o cantor,ajudado pelo violão, transforma a vi-da num sonho e enternece os cora-ções". Para ele, uma verdadeira

seresta é aquela que começa cedo esó termina quando o sol dá os seus pri-meiros albores".

Ao reunir as letras famosas numvolume, Lóris Pereira só teve umapreocupação: contribuir para que os"velhos boêmios" mantivessem a for-ma e "desenferrujassem aa gargan-ta. Como também oferecer aos maisjovens, a oportunidade de ouvir belascomposições, um tanto quanto esque-cidas, mas que constituem o mais be-lo acervo de nossa música popular .Para que a coleção tivesse um ladoprático, o juiz mencionou todos os au-tores, não só das letras como das mú-sicas que fazem parte de "MinhasSerestas". A obra, segundo ele, e umahomenagem aos muitos compositoresdo passado — alguns até desconheci-dos do grande público —, "que nos le-garam sons maviosos e letrasoriginalíssimas, cujas criações emba-laram noites de antanho e fizeram afelicidade de muita gente".

música do cancioneiro brasileiro à escolha; uma mú-sica conhecida nacionalmente, mas com arranjo dopróprio conjunto; e uma apresentação só de músicainstrumental". Outra exigência do regulamento é que"os conjuntos terão cinco minutos para a preparaçãono palco, e mais vinte para a apresentação, tanto nafase eliminatória quanto na final".

Chorinho e sambaA quarta cláusula do regulamento do Festival de

Conjuntos Regionais do Pará diz: "As músicas só po-dem ser do gênero chorinho e samba, com suas va-riações, tipo samba-canção, partido alto e outros,exceto samba-enredo. Entretanto, a música de auto-ria de um ou mais membros do conjunto (ou criaçãocoletiva) poderá ser de qualquer gênero, desde queseja um ritmo brasileiro". Serão realizadas duas eli-minatórias: nos dias 28 de maio e 4 de junho, saindoquatro classificados em cada uma; e a finalíssima,com oito concorrentes, que será realizada no dia 11de junho de 1989.

ReconhecimentoOs cinco primeiros colocados receberão troféus,

e os três primeiros um prêmio em dinheiro. O hora-rio das eliminatórias que serão realizadas sempreaos domingos, será a partir das 12 horas, na Casa daSeresta, promotora do Festival. Na opinião de Ide-raldo Jaime da Fonseca (cavaquinho e bandolim) eWilson Nascimeno Monteiro (percussão), dois inte-grantes do Grupo Nativo, o conjunto vencedor do pri-meiro concurso realizado em 85, "o Festival deConjuntos Regionais do Pará, promovido pela Casada Seresta é um acontecimento que veio despertarem todos a marginalização do músico de seresta emBelém, no sentido dele não ser reconhecido pelo pú-blico. Nadir Neves e Manoel Cavalcanti foram, porisso muito felizes em realizar o evento".

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HORIZONTAIS — 2 - (Fig.) Andar em procura de;9 - A ti; 11 - Composição poética de catorze versos rima-dos, distribuídos por dois quartetos e dois tercetos; 12

Decifrei; 14 - Satisfação; 15 - Rio da Itália, na Sarde-nha; 17 - Intervalo de meio tom, na música chinesa; 19

Aquentar levemente; 22 - Glamour; 23 - Ninfa conver-tida em ilha; 26 - Do oásis; 30 - Pequeno tambor, mima-tura do atabaque; 32 - Deus egípcio, tronco dos deusese do gene humano; 33 - Porção; 36 - Sufixo feminino deâo; 37 - Causa, razão; 39 - Uma das pessoas da Trinda-de confuciana: 41 - De todos os modos.

VERTICAIS — 1 - A primeira nota do hino a SãoJoão; 3 - Exímio; 4 - Trompa de caça dos russos; 5 -(Mar.) Abertura na coberta para dar passagem ao mas-tro; 6 - Escritor polonês (1824-1915); 7 - Formação insu-lar coralina; 8 - Letra grega; 10 - Resina balsâmica daicica; 13 - Imóvel; 15-Basta!; 16-Suf.: profissão; Nú-mero indivisível; 20 - Pronome pessoal; 21 - Condiçãode réu; 24 - Relativo ao ano; 25 - Outra coisa mais; 27

Do mesmo modo; 28 - Papagaio da Amazônia; 29 - In-vocação mística dos hindus; 31 - Mítico monte da Trá-cia; 3i.- Xavante; 35 - Duração sem fim; 37 - Pedra demoinho; 38 - Luz que emana da ponta dos dedos; 40 - Deoutro modo. Solução do problema anterior (Nf 4.692):HOR. — ocidental - sa - ramada - SA - rir - maré - aa

Le - ar - od - latim - ai - mi - im - sã - oriz - aco - ardálias - ri - apostolar. VER.—os - casal - dr. - car - N.M.tara - adi - larada - arei - Ari - ati - patada - amã - miramirra - solo - Cap - Cat - Is - só - ir.

Kflf-StJrr^Mrf¦¦¦- ¦

... _

-.;' Y' ^9^TV^s«mT^ámíMm*máÊsm

~õümmU. índice - 2a- páginaBelém, terca-felra, Q7 de março de 1989

UB SO Sibi(07.03.89)Você sempre será meurei. Felicidades, te amo.

Sua esposa Nazaré.

Papai Sibi (07.03.89)Hoje o dia amanheceu sorrindo para

você que é o sorriso dos que teamam. Feliz aniversário e um beijão

de suas filhas Cinthia, Carla,Claudia e Marcela.

Adalberto Júnior15 anos

Não é todo dia que nasce um gato, mashá 15 anos atrás você pintou I Te

desejamos felicidades. Beijos. Tua mãeMarlene e teu irmão Alexandre.

Adalberto JúniorParabéns pelos 15 anos.

Rogamos a Deus quealcances tudo que mereces

e desejas. Teu vô Augustoe vó JVtarina.

Vamê Cals-ln MemorianHoie faz 2 anos da tua partida, mas continuas

viva no coração dos que te amam. Que os an|os

cantem em teu louvor por tanto amor que nos

ensinastes. Da tua filha e teus netos: Suely,Leonardo, Mário Antonio Cais.

Adalberto JúniorEufóricos parabenizamos-

lhe seus 15 anos.Felicidades Lauriano,Mariiene, Lorissa,Lorena e Lauriano

Neto

DiegoParabéns pelo seuaniversário. Seja

sempre essa criançamaravilhosa. Telma

e Léa

MelQuero felicitar-lhe

por esta lindadata e confirmarmeu sentimento.Te amo. Favo.

¦&*SK ALUfiUEL:i" *\

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Onovo Secretário de Transpor-tes Aquaviários do ministériodos Transportes, engenheiroCarlos Deccour, já definiu a es-tratégia de transferência de to-das as atividades da extintaSUNAMAM.

0 destino dos funcionáriosda Sunamam, depois de um le-vantamento especialmente nasDelegacias Regionais, para de-tectar as qualificações de cadaum, serão distribuídos entre ostrês órgãos que assumiram astarefas da Sunamam. Ou sejam:

ST-Secretaria de TransportesAquaviários, Conselho Diretordo Fundo de Marinha Mercantee Portobrás, entretanto nem to-dos serão aproveitados.

A delegacia da Sunamam,em Belém, sem dúvida algumadas mais movimentadas do Bra-sil, tem papel importantíssimotanto no Pará, como no Amapá,considerando o grande númerode empresas de navegação e ou-trás unidades avulsas que ope-ram no transporte de cargas epassageiros.

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Muito LuxoHoje, por volta das 10,00 horas,estará chegando em Belém, rea-lizando a sua segunda viagemapós ter sido entregue ao tráfe-

§o o navio "Seabourne Pride", de

andeira norueguesa, trazendopouco mais de 100 turistas a bor-ao, atracando diretamente no ar-mazem n? 3 da CompanhiaDocas do Pará, prosseguindo nomesmo dia com destino a Ma-naus cuja escala será pela pri-

meira vez.0 "Seabourne Pride", consi-

derado como um dos navios maisluxuoso do mundo, tem 133 me-tros de cumprimento com 18 pésde calado, oferecendo aos seuspassageiros o mais exigente con-forto. D seu atendimento no por-to de Belém está sob aresponsabilidade da AgênciasMundiais Ltda, e pela parte turis-ta a Expresso Mercantil, do mes-mo grupo empresarial.

Na foto o luxuoso "Seabour-ne Pride", quando de sua primei-ra viagem.

Boa impressãoA missão oficial do porto de ROUEN,

que esteve recentemente em Belém, presidiapelo empresário Jacques Mouchard, presi-dente do Conselho de Administração do PortoAutônomo de Rouen, levou a melhor impres-são do funcioanamento do porto de Belém,mesmo com suas dificuldades, o movimen-to diário de embarcações em geral é bastanteacentuado, inclusive os de grande porte nasua maioria de bandeiras estrangeira queoperam no carregamento de produtos regio-nais, quase sempre predominando a madei-ra serrada.

Os navios da Frota Amazônica S/A, porsinal empresa de longo curso, que tem suasede em Belém, operando há longos anos ex-clusivamente para a Amazônia, gosa de ele-vado conceito no porto de Rouen, onde seusnavios escalam regularmente, isto foi desta-cado pelo próprio presidente daquele porto.

EnasaPelo que parece, até o momento oito empre-

sas, algumas delas em conjunto, apresentaram suaspropostas de compra da Enasa ao ministério dosTransportes, destas, seis funcionam em Belém,comentando-se ainda que existem outros interessa-dos de Manaus, inclusive um grupo ligado â comu-nicação.

Enquanto isto, a comissão criada pelo Governodo Pará já tem uma avaliação positiva quanto â si-tuação cia estatal, por certo animadora, visto queo governador Hélio Gueiros, assegura o orçamentodestinado à Enasa para o presente exercício, pro-moverá a encampação da mesma, conforme revê-laçãò recente do presidente da Enasa jornalistaCarlos Rocque.

Aliás a atual diretoria, mesmo com a propala-da privatização da Enasa, continua trabalhando, in-clusive apresentando bons resultados, como porexemplo as providências para a volta ao tráfego docatamarã "Roraima".

ARodomar, empre-

sa das mais bemorganizadas do setor, e

que há 15 anos vem

prestando um irre-

preensivel serviço detravessia no transportede passageiros, ontemteve problemas técm-eos com um de seus na-vios, passando a operarsomente com um delessem o menor problema,oferecendo com isto ;melhor segurança paraseus usuários, enquan-to estava sendo removi-do o defeitoapresentado coisa mui-to comum na navega-ção em geral.

Aliás essa empresaobjetivando ainda ummelhor conforto para osseus usuários, graçastambém ao apoio doGoverno Federal atra-vés do Fundo de Man-nha Mercante, estaráconstruindo brevemen-te mais dois navios comcapacidade cada para1000 passageiros, queserão utilizados tam-bém na travessia, aten-dendo diversaslocalidades da área

guajarina.

AVANTEALMOÇO - Hoje em companhia do

¦nosso jovem diivtor administrativo Romtt-lo Maiorana Jr., estaremos almoçando abordo do mais luxuoso navio do mundoo "Seabourne Pride", dc bandeira no-rueguesa, que está transitando pela sc-gunda vez pelo nosso porto, agora rumoa Manaus com mais de 100 turistas abordo. "'AGÊNCIA - Hoje em Be-lém o empresário Martin Jensen,titular da agenda de turismo pau-lista "Qucensperry", que seguirá abordo do "Seabourne Pride" até acapital amazonense cuja viagemterá a duração de cinco dias.***VISITA - Ontem esteve no bureaudo colunista o nosso estimado amigo Ei-nar Dantas, profissional dos mais com-petentes do rio Amazonas, que ainda nodecorrer deste ano estará lançando a suasegunda obra literária, esta denominada:"Amazônia, nossas coisas".???ASSOREAMENTO — O assorea-mento na bacia de manobras doporto de Belém, continua aumen-tando consideravelmente, com is-to trazendo problemas para aentrada de navio de maiores cala-dos. Aliás as providências parauma nova dragagem já estão sen-do tomadas pelo presidente daCDP engenheiro Affonso Freire.***BENEFICIADO - Um dos beneficia-dos com diversas promoções indevidas cmconhecida empresa dc navegação do se-tor nas últimas administrações, recebeuo que merecia do nosso amigo Carlos Roc-que. Voltarei ao assunto. "Quem temtelhado de vidro, não joga pedra nodo vizinho". ***ARMADOR - O ar-mador Joaquim Luiz Fonseca Ne-to, vice-presidente do GrupoJonasa, puxava uma animada me-sa no último sábado no Iate Clubedo Pará, comemorando a chegadade seu luxuoso iate. ???CONCEITO— O comandante Confúcio Nina Ribei-ro, que acaba de ser eleito presidente doSindicato dos Oficiais de Náutica e Prá-ticos do Estada do Pará. goza do melhorrespeito junto aos seus companheiros deprofissão e de pmnrte conceito pela arma-

ção fluvial do Pará pela sua coerência,sem prejuízo aos interesses da categoriaque representa. '"AGÊNCIA - A co-nhecida Agência Mundiais Ltda,hoje está novamente em ação aten-dendo o navio "Seabourne Pride", quedesta vez vai até a capital amazo-nense. ***CONVITE - Para o colunis-ta visitar brevemente o conhecido estaleiroINACE, localizado em Fortaleza, respon-silvei pela construção dos mais luxuososiates dc exportação. "'PASSEIO - Oilustre deputado federal GersonPeres, acompanhado deste colu-nista no último sábado estava sin-grando as águas do rio Guamá abordo do luxuoso iate do nosso es-timado amigo Jurandir (Jurico)Cunha, empresário dos mais bemsucedidos do setor de exportaçãode pimenta-do-reino.***TELEFONEMA - Ontem o nosso pri-meiro telefonema foi para o armadorWaldemiro Lusloza em Manaus, que estáincorporando ã frota de sua empresa no-vas embarcações, inclusive dois possan-tes empurradores para operar no sistemade comboio integrado para os altos rios.'"EMBARCAÇÕES - É impressio-nante o número de embarcaçõesluxuosas que hoje estão no IateClube do Pará, dentro em brevepassaremos a publicar algumasfotos. ***POSSE - No dia 1". do prúxi-mo mes. estará tomando posse na presi-dencia da Federação dos Trabalhadorescm Transportes Marítimos e Fluviais doEstado do Pará, de cuja entidade.foi umdos fundadores, o companheiro José Ma-ria Carvalho Filho. '"CONVITE - Oamigo Sérgio Salomão, diretor-superintendente da CONAN-Companhia de Navegação do Nor-te, convidando o colunista para suaposse na presidência da Associa-ção Brasileira dos Armadores deCabotagem, com sede no Rio deJaneiro. ***PORTUÁRIA - A eleganteportuária, que ontem estava impecável.está pivji tando Salinopolis para u Sema-na Santa. '"PÁRA.

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Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 O LIBERAL CLASSIFICADOS 3

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ORAÇÃO A NOSSAQUERIDA MÂE

NOSSA SENHORAAPARECIDAQuerida Mãe Nos-

sa Senhora Aparecida.Vós que nos ama e nosguia todos os dias, vósque sois a mais bela dasmães a quem eu amocom todo o coração euvos peço mais uma vez

que me ajude a alcan-çar essa graça por maisdura que ela seja, seique vós me ajudarásempre, até a hora daminha morte, amém.

Rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Mariae fazer três dias segui-dos essa oração; alcan-cará a graça por maisdifícil que seja. Mandarpublicar três dias se-guidos.

Agradeço a graçaalcançada.

Heloísa

ORAÇÃO ÀSANTA CLARA

Pela inlercessão deSanta Clara, o Senhor to-do poderoso me abençoee proteja. Volte para mimos seus olhos misericor-diosos. Me dê paz e tran-

qüilidade. Derrame sobremim as suas copiosas gra-ças e depois dessa vidame aceite no céu em com-

panhia de Santa Clara ede Iodos os Santos. Emnome do Pai, do Filho edo Espírito Santo. Amém.

Fazer os pedidos àSanta Clara, 1 de nego-cio e 2 impossíveis.

Rezar durante 9 dias9 Ave-Maria, com umavela, e deixar queimar no9o dia. Mesmo sem fé oseu pedido será atendido.

Mandar publicar no9o dia.

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PRECE AANASTÁCIAPrlncoia ANASTÁCIAEscrava ANASTÁCIASanín ANASTÁCIA

Pf.nccio qui lo; Douio. DüUiaque fitaram Escrava, derava que oroPrincesa, dai'nos a belaia doleu <oipo í; o serenidade dc lua olmaAmem Dn-.so-Escrava, Enrovo-Princcso, Princesa Domo, que loporam o bor a mos não suprimiram o g"-to rebelde, dai-nos a rmiloncoliu datou oltiui n ri oltive/ do leu porte nlivro-nos do mordaça que nindo hojenos otneoco Amém Deuso-Márt.r,Escrava-Douia, Princesa¦Lendo, dm-noi leu Amor e lon Coragem AmémDouiq do Povo. Escravo df um Povo.Princesa do teu povo dai-noi o Fé dopovo, o Amor do povo, pura que poisamos ser mulharos •• homens digno*do po«o Amém Mulhor-Escrava,Deuso-Mulher, Mulher.Princesa, daí-

lermoi escrovas, porque nôo somoslõo rebelde* como lu ASSIM SEJAAMÉM

PRECEVemos que algum algo/ le/ do

lua vido um martírio, violentou lirani-íomonlcoluornotidodo V.moilom.bém no tou lumblante macio, no teurosto tuave, tranqüilo a pu/ que oi so(rímenloi não conseguiram perturbar

Isso quer diier eras pura, supona-, lanto assim que Deus levou te po-ro a* planuras do Céu B dtíu-le opoder de Fazeroí curas, graças e mi-logioi mil

Anastácio, pedimos-te Rogaipor nós, ptoiege-nos, envolve nos noteu munlo de graças a rom leu olharbondoso, (iirne. peno'rnn'e, alaslu de

mundo'Por

C. M. G.

ORAÇÃO ÀSANTA CLARA

Oh! Santa Clara

que seguiste à Cristocom tua vida de po-breza e oração, faze

que entregando-nosconfiantes à provi-dencia do pai celesteno inteiro abandonoaceitemos serena-mente sua vontade.Amém.

Rezar esta ora-

ção durante 9 dias,com 9 Ave Marias euma vela acesa namão e no último diadeixar a vela quei-mar até o fim.

Fazer 3 pedidos:1 de negócio e 2 im-

possíveis.Por uma graça

alcançada

Lúcia

PRECE AANASTÁOAVemos que algum al-

goz fez da tua vida ummartírio, violentou tirânica-mente a tua mocidade, vi-mos também que no teusemblante macio, no teurosto suave, tranqüila apaz que os sofrimentos nãoconseguiram perturbar.

Isso quer dizer eraspura, superior, tanto assimque Deus levou-te para asplanuras do Céu e deu-te opoder de fazeres curas,graças e milagres mil.

Anastácia pedimoste... roga por nós, protege-nos, envolve-nos no leumanto de graças e com teuolhar bondoso, firme, pe-netrante, afasta de nós osmales e os maldizontes domundo.

Por graça alcançadaAna Margarida.

¦ii»iMnMiflBW'vriTfiigrjr,'^T^iTT'

ORAÇÃO AS13 ALMAS

l—M

Oh! Minhas 13 AlmasBenditas, Sabidas e Enten-didas, a Vos peco peloamor de Deus, atendei omeu pedido. Minhas 13 Al-mas Benditas, pelo sangueaue Jesus derramou, aten-dei o meu pedido. Meu Se-nhor Jesus Cristo me cubracom os vossos olhos. OhlDeus de bondade, Vós soiso meu advogado e m^ livredos males e dai-me scile navida. Segui meus inimigos,que os olhos do mal nãome vejam. Cortai as forçasdos meus inimigos. 13 Al-mas Benditas, Sabidas eEntendidas se me fizerdesaicançar estas graças(pede-se a graça) ficareidevota de vós e mandareitambém rezar uma missa.

Reza-se 13 Pai-Nosso,13 Ave-Maria durante 13dias.

Manda publicar porter recebido uma graça.Gulomar S. Santos.

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paga-se bem tratar tv Piraján-°1359 entre Duque e 25 ou

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COZINHEIRA FORNO EFOGÃO — Competente, deconfiança, asseada, durma noemprego folga quinzenal, quetenha documentação e referèn-cios. Idade a partir de 35anos. Paga-se o piso salarial atratar c/sr. Antônio ou D. Mar-tinha Tv. Angustura 3269 apô702.

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COZINHEIRA — Precisa-se

que saiba cozinhar bem e façaserviço de limpeza, com refe-rências. Ordenado NCz50,00. Tratar a Almirante Bar-roso 3629 Alameda Tatianacasa 14 entre Júlio Cezar e Ta-vares Bastos entrada pelo anti-

go Restaurante Chaló.0007330

COZINHEIRA — De forno efogão, não estude, durma noemprego, dè referências. Foi-

ga quinzenal e a quarta-feiraa tarde. Que faça limpeza. Sa-làrio NCz 100,00. Ligar235.3370. (BR-316 LagoAzul, Av. Principal 95).

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ATENÇÃO —Precisa-se de 1moça para trabalhar numa ca-sa de 3 pessoas que possa mo-rar no emprego, salário à com-binar tratar na Av. Alcindo Ca-ceio, 2749 entre Conceição eCaripunas

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COZINHEIRA E LAVADEI-RA —Precisa-se que entendade cozinha e ajude na limpe-za, salário 50,00 e 1 lavadei-ra para lavar 2 dias na sema-na. Tratar rua Pres Pernambu-co ní_83 fone 222-4877

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COZINHEIRA — Precisa-sede uma forno e fogão, com

grande experiôncía e referân-cias, maior de 35 anos. SalárioNCz 100,00. Tratar fone226-0518. Endereço:TermínalRodoviário sala 112.

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paga-se bem.5010119

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FORNO E FOGÃO —Precisa-se de cozinheira fornoe fogão. Paga-se multo bem.Favor trazer referências. Av.Ferreira Cantão 421 entre Ga-ma Abreu e Arcipreste.

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PRECISA-SE DE EMPRE-GADA—Responsável, p/serv.gerais, que cozinhe. Traga re-ferências e documentos, não

precisa dormir. Paga-seNCz35,00 +o transporte. An-tônio Barreto 744 apto 704 A,

parte da tarde5010348

PRECISA-SE —De uma cozi-nheira e uma servente, paga-se bem. tratar fone 225-0036.

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PRECISAMOS DE UMACOZINHEIRA — Que sojaeficiente, de forno e fogão. Sa-lário de NCz 150,00, c/todosos direitos. Tratar na Só Fio-res. Gentil esquina c/RuiBarbosa.

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LAVADEIRA — Precisa-so deuma p/pequena familia e quelave na casa do patrão folgano final de semana salário30,00 t/Palácio do Rádios/216.

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LAVADEIRA — Precisa-se deuma, que lave no emprego.Paga-se bem. Tratar na Gov.Josó Malcher, n- 1,106 próxi-mo a Geralíssimo.

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LAVADEIRA — Precisa-se naTrav. Rui Barbosa 845. Exige-se documentos. Paga-se sala-rio, mais IN P S, maistransporte.

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PRECISA-SE — De lavadei-ra. Tratar na Av. 1 °de Dezem-bro 182 enlre Antônio Baena eCuruzú.

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go, dó referências. Folga quin-zenol, e olhe criança. SalárioNCz 75,00. Ligar 235.3370.

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pai 95).5010465

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pregada para lavar e serviçosde limpeza que durma no em-

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CAMINHÃO

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CAMINHÃO FORD350/75 — Vende-se um combom funcionamento. Ver tralarpelo fono 228-2306.

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CAMINHÃO — Vende-se umAgrale com baú, ano 86, ro-dado duplo, com 25.000Km,estado de novo. Ver o tratarrua de Óbitos n-° 600, fone222-0026.

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CAVALO MECÂNICOC/CARRETA 1519 77 —Vende-se em perfeito estadode conservação pneus novosmecânica sujeito e qualquerteste. Aristides Lobo, 887, en-tre Piedade e Benjamin, fone224-1478/225-4165

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CAMINHÃO MERCEDESBENZ —2216 Iruck lurbo1983. 1518 truck lurbo 1988.1113 loco 1979 6-90 1986.608 cabine dupla 1976.F-4000 1986. T.F.235-3041 e235-2334.

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M E R C E D E~~SL-l 1 14/L-l 1 1B —Cargo1415 ano 89 Okm, não perca aoportunidade p/adquirir seucaminhão através do consórciocom mensalidade congelada apartir do 932,82p/mís.Inf.AI.Cacolci 13B0 ou2251045

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TOYOTA/F-1000/D-2OL—Ano 89 Okm nõo perca a opor-tunidade p/adquirir seu utilitá-rio através do consórcio, commensalidado congelada a par-tir do 504,49 p/mês. Inf.Alcin-do Cacela 1380 ou fone2251045.

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FIAT

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FIAT 147 — Tomos 80/82 e83 motor câmbio sujoito a tos-tes selados som pneus 100%etc c/50% entrada e o restantefacilito. T/28 de Setembro1060, entre Quintino o Doca.

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FIAT FIORINO ANO 84 —Super conservado selado mo-tor câmbio sujeito a testesc/50% de entrada o o restantefinanciado ató 4 meses. T/28de Setembro 1060, entreQuinlino e Doca.

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FIAT PClCMIO 87 — Branco4 portas pneus novos, baixaquilometragem, rádio AM/FM,sujeito a .estes. Ver na CarlosGomos S>3, fone 224-7505.

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FIAT PPJMIO S ANO 86 —Em estado de novo único todooriginal r/som completo, corbranco, preço 6.0000,00 T/naDr.Freitis 353, ou fone233-023C

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FIAT UNO CS ANO 86 —Em estado de novo único dono,c/vidro vordo, limpador trasio-ro,desembaçador traseiro,toca-fita, roda de magno-sio,pneus radiais novos, corvermelho, proço 6.500,00 oufono 2330230

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Jornal dos D NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTEairros ,—>. ^ y

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OUMRAL

Foto faula SampaioBelém, terça-feira, 07 de marco de 1989

Terra FirCanudosGuamá-Souza

Ano II, edição n? 389

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Da Itália para oBrasil, Focolarestrazem trabalhode cunho social

O Movimento dos Focolares: o Pi-Focolares, de cunho quiá. Ali, centro co-religioso, foi criado munitário e crechena Itália, mas logo são mantidos pelose espalhou pelo Movimento. Agora,mundo. Em Belém, o Movimento Foco-o Movimento desen- lares se prepara pa-volve trabalhos as- ra realizar seusistencialistas em congresso no muni-bairros carentes da cipio de Benevides.periferia. No Gua- Todos os grupos domá, uma comuni- Estado estarão pre-dade sente mais sentes,próxima a presença Pág. 4.

Os mistérios das cavernas vistos pelo GEP.MilWámmMmt¦¦¦HP^ ;, Formado em 1980, por estu-

dantes do curso de Geologia daUniversidade Federal do Pará(UFPa), no Guamá, o Grupo Es-peleológico Paraense (GEP)realiza um trabalho autônomo eúnico dentro do Estado. Fazen-do expedições às grutas existen-tes no Pará, o GEP realiza

levantamentos e divulga os re-sultados das pesquisas em publi-cações próprias. Além disso, ogrupo participa de congressos eencontros que discutem a Espe-leologia. Os seres das cavernasse revelam no trabalho do GEP.

Pág. 8.

Peixes amazônicos já nascemem cativeiros na Terra Firme

Para reproduzir em cativeiro es- Firme, desenvolve um projeto cha-pécies de peixes típicos dos rios ama- mado "Piscicultura em áreas de vár-zônicos, a Faculdade de Ciências zeas", com bons resultados.Agrárias do Pará (Fcap), na Terra Pág 6

f- jv ^BESjTB^Tfr^K^KpB *'' ^^k sSk akii >

2 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

Servig°s Profissionalização chega aos bairrosTelefones úteis

e de emergênciaAeroporto - 223-4122;Alcoólicos Anônimos -224-2965; Banco deSangue-229-4511; Cel-pa - Plantão 196/ Infor-mações 120; Corpo deBombeiros - 193; Co-sanpa - 195; Detran -194; Previdência So-ciai -191; INAMPSPronto Atendimento -231-0003; Prefeitura -156; Pronto-SocorroMunicipal - 192;Rádio-Patrulha - 190;SUNAB - 198; Termi-nal Rodoviário -228-0500; TransportesUrbanos - 158.Telefones públicos

comunitáriosAvenida Pedro Miran-da, esquina da traves-sa Timbó (PM-Box) -233-0144; rua StélioMaroja (PM-Box) -233-2000Bairro da Terra Firme

rua São Domingos,próximo à passagemSão Jorge (229-9622)

HospitalHospital Adventista deBelém - avenida Almi-rante Barroso, 1758,228-3344.

Postos de SaúdeCentro de Saúde doMarco - avenida 25 deSetembro, 2558, próxi-mo a avenida DoutorFreitas; e UnidadeMunicipal da Pratinha

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A falta de vagas nas escolas públicas, principalmente nos estabele-cimentos de 2? grau, pode ser emparte suprida por cursos profissio-nalizantes. Promovidos pelo Servi-ço Nacional do Comércio (Senac).os cursos são realizados nas sedesdos centros comunitários e associa-ção de cada bairro. Esse programa,segundo o secretário do Departa-mento de 'lele-educação e UnidadesMóveis do Senac, Jorge Batista, nãoé novo. Não sabendo precisar a da-ta de sua implantação, o técnico ex-plica que a procura aos cursos temsido pequena e a causa principal éa falta de divulgação.

Sem a pretensão de resolver oproblema da insuficiência da redeoficial de ensino, o programa buscagarantir uma ocupação aos jovense adultos, e de certa forma, um em-prego fixo. As lideranças comuni tá-rias interessadas devem procurar oDepartamento de lele-educação eUnidades Móveis do Senac, rua Ser-zedelo Corrêa, 287, local onde sãofeitos os contratos. O Senac entracom os instrumentos e materiais,máquinas e apostilas, entre outrascoisas. Os profissionais que dirigemos cursos podem ser do próprio cen-tro, em alguns casos treinados noSenac, ou mesmo os técnicos dessa

Fotoa Paula Sampaio*

Os centros comunitários interessados devem procurar a sede do Senac

instituição.Para este ano está prevista a

realização dos seguintes cursos:chefia de liderança, comunicaçãooral e escrita, relações humanas,datilografia e correspondência co-mercial. Até o momento a procura

maior é do interior do Estado, ha-vendo poucas solicitações dos bair-ros e distritos de Belém. Somente odistrito de leoaraci e Ananindeua.através das lideranças de bairro, jásolicitaram a implantação de algunscursos.

A programação tem como umdos objetivos, conforme Jorge Batis-ta, chegar mais perto da comunidá-de, facilitando a realização doscursos. As pessoas não são maisobrigadas a se deslocar ao centro dacidade para participar das aulas.Cada pessoa interessada paga umataxa simbólica, como acontece nasede do Senac. Quando não, o cursosai totalmente gratuito. "No final, to-dos têm direito ao certificado deconclusão", garante Batista.

No ano passado, a experiênciafoi realizada na sede da Ação Social,no bairro de Fátima e no Centro Co-munitário Cristo Redentor, em leoa-raci. Jorge garante que osresultados foram promissores e épossível que este ano haja a forma-ção de novas turmas. Dependendodo ambiente, se aprovado pelo Se-nac, é possível a participação de até20 alunos.

Após a solicitação das lideran-ças comunitárias, são estudadas, noDepartamento de Tele-educação eUnidades Móveis, todas as possibi-lidades de implantação dos cursos,sempre com a participação dos so-licitantes. Jorge Batista garantiuque o departamento está disposto aatender qualquer pedido.

Semana do Calouro, no campus,vai animar início das aulas

Os novos universitáriosaprovados no último vesti-bular, realizado no mês dejaneiro passado, como todosos anos acontece, terão co-mo recepção uma progra-mação destinadaexclusivamente a eles. Como objetivo de informar sobrea atual situação das univer-sidades no Brasil e sobre ou-tros problemas que asociedade brasileira atra-vessa, o Diretório Centraldos Estudantes (DCE) daUniversidade Federal do Pa-rá, no Guamá, vai promover,do dia 27 a 31 de março, a Se-mana do Calouro, sendo quecada Centro Acadêmico, en-tidades representativas docorpo discente de cada cur-so, realizará programaçõesindependentes.

A Semana do Calourocomeçará com o debate"Amazônia e a Violência",com as participações deLuís Vila Nova, líder campo-

nês do Maranhão, e José Hé-der Benatti, componente donúcleo da Sociedade Pa-raense de Defesa dos Direi-tos Humanos (SPDDH). Aquestão da Amazônia, quevem despertando o interes-se mundial, será um dos te-mas mais abordados pelaprogramação dos centrosacadêmicos.

No segundo dia de even-tos, a Semana do Calouro te-rá em sua pauta um tema defundamental importânciapara os calouros: "S.O.SUniversidade", com a parti-cipação dos reitores Horáciode Macedo, da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro, eNilson Oliveira, candidato areitor da UFPa. Será a opor-tunidade para os calourosentenderem um pouco sobrea política universitária, seusproblemas e perspectivas.As palestras promovidas pe-lo DCE se realizarão serri-pre às 18 horas, no Ginásio

de Esportes do campus doGuamá.

Nos dia 29 e 30, aconte-cerão programações especí-ficas em cada CentroAcadêmico. O Centro Acadê-mico de Direito (CAD), apartir do dia 27 de março,também realizará debates eeventos culturais. No dia 27,o grupo musical Corta Jacase apresentará, às 18 horasno Centro de CiênciasJurí-dicas, onde acontecerão to-das as palestras e mostrasde vídeo, exceto a do dia 28,que acontecerá no AuditórioProfissional. Nesta, o temaserá "Amazônia: InfernoVerde", também às 18 horas.Um vídeo sobre a violênciano campo será exibido nodia 29, às 16 horas, e logoapós haverá um debate so-bre os direitos humanos, vio-lência rural e urbana. Outrovídeo, com o tema "DireitosHumanos", será apresenta-

-Comer bem.

No campus, a programação dos calouros será intensa

do no dia 30, às 16 heras. Pa-ra encerrar a programaçãodo CAD, no dia 31 haveráuma palestra tendo como te-ma "Universidade: angústiadepois da conquista".

Para fechar com chavede ouro a programação daSemana do Calouro do DCE,está prevista para o dia 31 aapresentação da peça tea-trai "Genet, o Palhaço de

Deus", com o grupo CenaAberta. O espetáculo é ba-seado na obra do escritorfrancês Jean Genet, abor-dando temas como o homos-sexualismo amarginalidade. O local daapresentação será, possível-mente, o teatro MargaridaSchiwazzappa, no CentroCultural Tancredo Neves, oCentur.

O que é uma boa alimentação? Uma boa ali-mentação deve ser suficiente, completa, harmô-nica e adequada. A alimentação é suficientequando atende a quantidade que o organismo ne-cessita. Mas satisfazer a fome não é tudo. A re-feição precisa também ser completa, ou seja,fornecer ao organismo proteínas, vitaminas, mi-nerais e energia, contendo, portanto, um alimentode cada grupo:

No almoço, por exemplo, devemos comer umalimento do grupo plástico ou construtor, repre-sentado pela proteína encontrada nos ovos, nasleguminosas, como o feijão, ou em alimentos deorigem animal, como as carnes, as vísceras, oleite e seus derivados. Para ser completa é in-dispensável que da refeição conste ainda umafonte de minerais e vitaminas, elementos regu-ladores das funções orgânicas e presentes nasfrutas, legumes e nas verduras frescas. Uma fon-te calórica capaz de fornecer energia (massas,cereais, batatas, macaxeira e cará) deve cons-tar também da refeição completa. O consumodos cereais integrais (arroz, trigo e aveia inte-

gral, por exemplo), deve ser incentivaao, sem-pre que possível, em substituição aos polidos edescorticados. Nos integrais há maior teor de fi-bras e nutrientes.

Além de ser suficiente e completa, a nossaração diária de alimentos deve atender tambémao princípio da harmonia, ou seja, deve haveruma proporcionalidade na qualidade e na quan-tidade dos nutrientes. Por exemplo: muitas ve-,zes, a alimentação é rica em alimentosenergéticos (farinhas, pães, arroz e macarrão)e pobre em proteínas e vitaminas. Neste caso, háuma desarmonia, que irá levar a um desequilí-brio orgânico. Esse é um problema comum nasclasses de menor poder aquisitivo, uma vez queos alimentos protéicos são mais caros e, portán-to, fora do alcance do orçamento dessas famílias.

AdequaçãoA boa alimentação precisa também estar de

acordo com a fase da vida. As crianças, porexemplo, por estarem em fase de crescimento.

precisam de mais elementos para construir ocorpo e, por isso, precisam de mais proteínas queos adultos, que necessitam simplesmente reporo desgaste causado pelo trabalho. O mesmo acon-tece com as mulheres grávidas, por estarem comum ser em seu ventre, em plena formação. O tra-balhador, por sua vez, já necessita mais de ali-mentos que forneçam energias (cereais emassas) do que uma pessoa de vida meioparada.

É importante lembrar sempre que a saúdecomeça pela alimentação saudável e equilibra-da. Sem isto, o homem não só adoece, mas se tor-na incapaz de trabalhar, produzir, gerarprogresso e aprender, passando a ser uma fontede despesas com medicamentos e serviçosmédicos.

O acesso à alimentação adequada em todasas fases da vida é um direito fundamental de to-das as pessoas. Cabe ao Estado o dever de asse-gurar esse direito a todos os cidadãos.

Maria Emitia Jucá FerreiraNutricionista

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Belém, terça-feira, 07 de março de 1989 Jornal dos Bairros O LIBERAL 3^mmmmmmm,^ FotO lf_ui_ SamP-ÍO

A travessa Perebebuí é uma das que presta homenagem â Guerra do Paraguai Poucos moradores conhecem a história que hâ por trás dos nomes das ruas

A na que cada rua contaAs ruas do Marco e tambémPedreira contam um poucoda História em homenagens

feitas à Guerra do Paraguai.erebebuí, Itororó, Lomas Valentinas, Curuzu,

I Mauriti, Angustura e Humaitá são denomina-ções de ruas que percorrem os bairros da Pe-dreira e do Marco, homenageando algumas

batalhas importantes acontecidas durante a Guerrado Paraguai. Os moradores dessas vias públicas na-da sabem dizer sobre o significado dos nomes dasruas e nem conhecem os fatos históricos da guerra.Mesmo assim, os que residem nos dois bairros de-monstram orgulho quando ficam sabendo a origemdas denominações.

As relações do Brasil com o Paraguai, atualmen-te, são as melhores possíveis, principalmente porqueos dois países têm problemas econômicos semelhan-tes. Entretanto, durante o reinado de Dom Pedro IIesse relacionamento esteve deteriorado. Naquele pe-ríodo, o Brasil não desejava que a Argentina resta-belecesse o extinto Vice-Reinado do Prata, porqueprejudicaria os interesses do Império naquela região,Por

onde eram realizadas as comunicações com arovíncia do Mato Grosso. Além disso, o império bra-

sileiro não queria o aparecimento de questões fron-teiriças com as províncias que tinham limites comoutras nações.

Solano Lopez, ditador do Paraguai, havia prepa-rado um exército muito forte, pois pretendia criar umimpério novo, o Paraguai Maior, que incluiria terri-tórios do Brasil, Argentina e Uruguai. O ditador, queserviu de mediador entre os conflitos do Brasil coma Argentina, aproveitou a ocasião para abrir guerracontra o império brasileiro.

Tríplice AliançaA guerra durou cinco anos e quatro meses, ini-

ciando no dia 12 de outubro de 1864, quando SolanoLopez aprisionou um navio brasileiro, o "Marquês de'Olinda", que navegava pelo rio Paraguai em direçãoao Mato Grosso. Para combater o Paraguai, foi for-mada a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Ar-gentina e Uruguai. Lopez ainda invadiu o MatoGrosso, o Rio Grande do Sul e uma província ar-gentina.

Nessa época ocorreram várias batalhas, sendoque uma das mais encarniçadas, na primeira faseda guerra, foi a de Tuiuti, onde os aliados tomaramo Forte Curuzu. Depois desse combate, os aliadosconseguiram invadir o Paraguai pela Província deLaguna. Mas a tropa, de 2.500 homens, foi obrigadaa se retirar, atacada por uma epidemia de cólera epelos paraguaios. Esse episódio ficou conhecido co-mo a Retirada da Laguna.

Em 1866, o Marquês de Caxias assumiu o coman-

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Caderneta da CAIXA. ;|SB Segurança sem limite.

Angustura foi uma das batalhas em que os aliados saíram vitoriosos durante a guerrado das tropas aliadas e teve início uma série de vitó-rias. Uma delas — a mais importante — foi a tomadade Humaitá, a maior fortaleza paraguaia. No mes-mo ano, os aliados foram vitoriosos nas batalhas deItororó, Lomas Valentinas e Angustura. No dia 5 dejaneiro de 1869, o Marquês de Caxias conseguiu en-trar em Assunção, a capital paraguaia, mas afastou-se do comando das tropas por motivos de saúde. Seulugar foi assumido por Gastão de Orleans, conheci-do como o Conde DTI.U, genro de Dom Pedro II. Eleparticipou de mais duas vitórias dos aliados, nas ba-talhas de Perebebuí e Campo Grande.

Solano Lopez fugiu então para o norte do país,

mas foi encontrado e morto em Cerro Cora, pelas tro-pas do general Câmara. Assim terminou a Guerrado Paraguai.

A guerra ficou na memória de muitas pessoas,principalmente dos paraguaios, que tiveram seu paísdestruído. A própria Tríplice Aliança ajudou, depois,na recuperação do país, hoje um dos aliados do Bra-sil no combate à dívida externa.

Apesar dos moradores do Marco e Pedreira nãosaberem o significado da denominação de suas ruas,e até mesmo dos fatos relatados, no Paraguai aindaé possível encontrar idosos cidadãos que tiveramseus antepassados mortos pela guerra.

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4 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, terça-feira, 07 de março de 1989

Movimento religioso atua no Piquiá

Valéria Luz

Uma dasáreas mais favore-cidas com o traba-lho desenvolvido

§elo Movimento

os Focolares jun-to às comunidadescarentes é a do Pi-quiá, a mais pobredo Guamá, onde foiconstruído um cen-tro comunitário —localizado na pas-sagem Jambu —para atender a to-dos os moradoresdas proximidades.

O centro cô-munitário foi cons-truído há 15 anos ejá conseguiu algu-mas melhorias pa-ra os moradores dePiquiá. Uma delas,foi no serviço desaneamento básico das passagens, que antes eram ala-gadas, cheias de lama e mato. Segundo uma das coor-denadoras do Movimento dos Focolares, Valéria Luz, oproblema ainda existe, mas sensivelmente reduzido.

Outra conquista do centro comunitário foi a cria-ção de uma escola, que funciona com duas turmas —de maternal e de pré-escolar — para crianças na faixaetária de três a seis anos, num total de 100 alunos. O cen-tro também conta com um ambulatório médico e odon-tológico que abre duas vezes por semana.

Além disso, foi criada, ainda, a Associação de Mo-radores do Piquiá, que funciona também no centro co-munitário. Lá, são ministrados cursos de promoçãohumana, como corte e costura, e preparação de enxo-vais para as mães solteiras.

Na Associação dos Moradores, que existe desde 1981,a população do Piquiá se reúne para discutir os proble-mas da comunidade, procurar soluções em conjunto edefender seus direitos. Os moradores ainda têm cursose palestras de conscientização social, numa tentativade educá-los em hábitos sociais e higiênicos.

A associação também distribui leite para 100 fami-lias da área. Margarida Santos, coordenadora do cen-tro, disse que cada pessoa tem direito a 30 tickets de leitepor mês. Esse produto é doado pelo SEAC, órgão quesubstituiu o antigo Projeto Rondon", informou.

No início de abril, todos os grupos de Focolares noEstado deverão se reunir em um congresso, a ser reali-zado em Benevides, tendo como tema central "Por umaCultura de Paz para a Unidade dos Povos". O encontroserá aberto a todas as pessoas com atuação nos cam-pos político, social e evangélico. Os interessados na ins-criçao devem ligar para 226-1300 e procurar por AuraiseFigueiredo.

Foto faula Sampaio

Na Associação de Moradores funcionam cursos para a comunidade do Piquiá

Focolares: da Itália para o BrasilA comunidade do Piquiá, a

mais carente do bairro do Gua-má, vem sendo um dos alvos dostrabalhos desenvolvidos pelo Mo-vimento dos Focolares, uma or-ganização cristã fundada em1945, durante a II Guerra Mun-dial, por uma italiana chamadaChiara Lubich. A partir de suacriação, esse movimento ganhoumuitos adeptos, na Itália, e pas-sou a apoiar espiritual e social-mente as famílias vítimas daguerra.

Ao criar o movimento, Chia-ra Lubich pretendia desenvolveruma ampla atividade de sensibi-iização das pessoas para o iadoespiritual e evangélico da vida, eainda procurar comprometer osfocolarinos com as necessidadesdos pobres. Através desse pensa-mento, a fundadora dos Focolaresencontrou no Evangelho a solu-ção para os problemas espirituaise sociais da humanidade.

Em 1958, o Movimento dosFocolares chegou ao Brasil, comum grupo de italianos que se fi-xou em Recife. Alguns pernambu-canos aderiram ao movimenteque, depois, se difundiu por todo

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A comunidade do Piquiá é uma das mais carentes do bairro do Guamá

o pais.Ha 25 anos, os Focolares che-

garam a Belém e se instalaramno Centro de Irradiação Espiri-tual, uma casa localizada na ruaDom Romualdo de Seixas, ondemoram as mulheres do movimen-to. Os homens foram para outraresidência. O trabalho do movi-

mento, nesta capital, foi sistema-tizado há 15 anos. Atualmente,existem 1.200 focolarinos na re-gião Norte e mais de 20 mil pes-soas trabalhando junto aomovimento. No interior do Esta-do, cinco municípios são benefi-ciados com os trabalhos doMovimento dos Focolares.

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O Movimento apoia creches para crianças carentes

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O LIBERAL

Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

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Jornal dos Bairros O LIBERAL 5

Embora sejam de grande utilidade nem sempre os orelhões funcionam perfeitamente

A difícil comunicaçãofeita por telefones

Com um índice alarmante de telefones públicosdefeituosos (em cada bairro,pelo menos dois aparelhosdanificados), quem sai pre-judicada, indiscutivelmente,é a população. Sendo de im-portância vital para a comu-nicação, os orelhões daTelepará fazem parte do co-tidiano das pessoas. Muitas,às vezes, têm de sair do seubairro para encontrar umtelefone público funcionan-do. Os defeitos, em certoscasos, enervam o usuário atal ponto que ele chega adescarregar sua fúria noaparelho. E este é quem me-nos tem culpa de estar empane.

Rui Barbosa Rocha,professor de Psicologia So-ciai na Universidade Fede-ral do Pará. residente noconjunto predial Cesário Al-vin. no Jurunas. reclamoude não existir um telefonepúblico naqueie coniunto.Contudo, segundo ele. exis-tem três telefones públicosno perímetro onde mora. <;irritante é que sempre umou doi< desses aparelhosapresentam defeitos, Tíim-bém estão mal localizados,na opinião do professor:"Dois desses telefones fo-ram instalados em locaisque fecham à noite. Não

adianta colocar telefonespúblicos sem estudar umaposição que permita o aces-so e a privacidade das pes-soas". Rui Rocha acha que onúmero de orelhões da cida-de é insuficiente para as ne-cessidades dos bairros.

O professor lembrou,com desgosto, que certa vezteve necessidade urgente defazer uma ligação telefôni-ca. No quarteirão onde mo-ra, o único telefone públicoexterno estava com defeito.Começou então a percorrera cidade em busca de umorelhão em boas condições esó encontrou no bairro daCampina. "Quando eu con-segui a ligação já era tardedemais".

AgressãoAilson Braga, ator, mo-

rador do mesmo conjunto,concordou com os pontosabordados por Rui Rocha ecomplementou analisando aquestão do vandalismo: "Sevocê quer agredir o Estadocomo yályula de escape pa-ra a opressão, eu acho queos teleiones públicos sãouma das piores escolhas pa-ra esse tipo de atitude. Asmesmas pessoas que que-bram os telefones, podemprecisar deles para umaemergência', argumentou

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Ailson.Uma atitude mais enér-

gica da Telepará no sentidode manter os telefones públi-cos em funcionamento, foi oque cobrou Valdenice Costa,moradora do bairro do Gua-má. Na opinião dela, cam-panhas de conscientizaçãoda comunidade náo dão cer-to com a juventude, "que nãoquer saber disso". Paulo Al-berto Pinho, morador deIcoaraci, reclamou do nú-mero reduzido e da distri-buição dos telefonespúblicos â disposição daque-Ia comunidade. "Os orelhõesse concentram mais na pra-ça central, em frente à Ttele-para. Eu acho que elesdeveriam ser mais bem dis-tribuídos', sugeriu.

Ana Lúcia Menezes,moradora da passagem Tbr-res, no Marco, disse que ostelefones da redondeza sãoverdadeiras cobaias para osvândalos do local. "De vezem quando, amanhece umorelhão com o disco derreti-no e o punho arrancado", la-mentou. Para ela, aTelepará não merece culpapelos aparelhos danifica-dos: "Náo adianta instala-rem 10 telefones por rua, seas pessoas continuarem aquebrá-los". Já para Rober-to Menezes, marido de AnaLúcia, para a conservaçãodos aparelhos teria que ha-ver uma ação conjunta da -Telepará com a população.

Telefones públicos tambémnão escapam ao vandalismo.

2% dos aparelhos não funcionamDos 1547 telefones públicos instala-dos em Belém, 2% apresentam algumtipo de defeito. Numericamente, o per-centual pode parecer baixo, mas se tor-na relevante quando se olha o lado

prático da questão: todos os bairros deBelém têm pelo menos dois telefonescom defeito. A Telecomunicações doPará S/A (Telepará) registra um acú-mulo diário de 50 telefones com defei-to. 90% dos casos de pane em telefonespúblicos origina-se de atos de van-dalismo.

O presidente da Telepará, AmbireJosé Gluck Paul, disse que entre asações preferidas pelos vândalos estão

,a depredação, o roubo dos cofres e dospunhos dos aparelhos, e a ludibriação,que consiste em enfiar objetos no localonde se põe a ficha para tentarsubstituí-la, causando quase sempre oentupimento da via.

Marcos Aurélio Oliveira, assisten-te do presidente da Telepará, ressaltouque o vandalismo ocorre mais na ca-pitai e nos balneários, na época das fé-rias. O índice de depredação detelefones públicos no interior do Esta-

do, com seus 600 aparelhos, é muito bai-xo, contrastando com a gravidade domau costume belenense. Conforme*Marcos Aurélio, nem a campanha "OOrelhão é Seu Amigo" conseguiu dimi-nuir a ação dos vândalos em Belém.

O sistema de manutenção desen-volvido pela Telepará não é suficientepara manter1 todos os telefones públi-cos em funcionamento. A manutençãoé feita através de uma empreiteira, emsistema de rondas pela cidade e aten-dendo as reclamações feitas pela co-munidade. Mas neste ano, por falta deverbas, esse serviço não poderá ser de-senvolvido com a mesma eficiência, se-gundo o presidente da TeleparáEnquanto em 1988 a empresa de tele-comunicações implantou 300 telefonespúblicos na capital, em 1989 não tem re-cursos para implantar sequer 200 ore-lhões. Por isso, na opinião de AmbireGluck Paul, faz-se necessária a cons-cientização da comunidade no sentidode que sejam mantidos em funciona-mento os telefones públicos já exis ten-tes, para que Belém não sofra aindamais com a carência desse meio de co-municação.

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A dzreçoo da Telepará acredita que somente uma maiorconsetenUzação da população poderia solucionar oproblema do grande número de aparelhos quebrados

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6 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989

i^jMf-í O projeto "Piscicultura em áreas devárzeas", segundo o coordenador do Setor

de Pesca, Albino Laia Fernandes, estáobtendo excelentes resultados. A idéia écriar em, cativeiro espécies amazônicas.

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Reprodução de peixes em cativeiroNa Terra Firme, a Fcapé responsável por projeto

de criação alternativo

Há

cerca de quatroanos, técnicos e pro-fessores da Faculda-de de Ciências Agra-

rias do Pará (Fcap), locali-zada no bairro da TerraFirme, vêm realizando umtrabalho inédito na área dapiscicultura no Estado. Elesbuscam a elaboração de téc-nicas alternativas para acriação em cativeiro de es-pécies de peixes amazôni-cos. 0 nome do projeto é"Piscicultura em áreas devárzeas" e tem como objeti-vo principal a transferênciade tecnologia, simples e debaixo custo, para a criaçãoe engorda de peixes em tan-ques de várzea, adequada àrealidade dos pequenos emédios produtores ruraisdas localidades existentes àsmargens do rio Guamá.

Segundo Albino LaiaFernandes, coordenador doSetor de Pesca, o projeto es-tá tendo resultado positivo eos conhecimentos podem sertransmitidos para outrasáreas de várzeas. Tambémestá servindo de suporte téc-nico às aulas práticas dadisciplina de aquicultura,obrigatória para o curso deMedicina Veterinária, queministra conhecimentos so-bre a criação de peixe, rã ecamarão. Um grande consu-midordos peixes produzidosnos tanques de várzeas, se-gundo o professor, é o res-taurante da Fcap.

Sem segredos

O processo para a cria-ção dos peixes em cativeironão tem segredos, sendo ne-cessário apenas uma faixa

de terra própria e mão-de-obra para a construção dostanques. Albino Laia ressal-tou ser importante que os vi-veiros, ou tanques, sejamescavados diretamente nochão, como são os da Fcap,.onde existem cinco viveirosoperacionais, em uma áreade 640 metros quadrados. Oabastecimento de água é fei-to pelo próprio rio Guamá,através do lençol freático.Quando necessário, em tem-pos de estiagem, o abasteci-mento é realizado através demangueiras e tubos de PVC.

Inicialmente, os alevi-nos (filhotes de peixes) fo-ram colocados nos tanques,na proporção de dois metrosquadrados, e ficaram cercade oito meses recebendo ali-mentação fertilizada à basede estéreo de codorna e ra-ção industrializada, comple-mentada pelo consumo demicroorganismos produzi-dos pela atividade primáriano interior do tanque. Atual-mente, eles pesam, em mé-dia, dois quilos, e aalimentação pode ser varia-da conforme o lugar, rece-bendo complementação deoutras substâncias alimen-tares.

As espécies que estãosendo reproduzidas são ta-muatás, tambaquis e tilá-pias.

Albino Laia enfatizouque o projeto de piscicultu-ra da Fcap é de grande im-portância e que já mostraresultados positivos. "É ape-nas uma unidade demons-trativa. Em um pequenoespaço pode-se produzirquantidades enormes depeixes", ensinou.

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Jornal dos Bairros O UBERAL

Belém, terça-feira, Q7 de março de 1989 Jornal dos Bairros O LIBERAL 7.

Comunidade organizada exige melhores condições de vida no Curió

Comissão pede a construção de dois canaisFolo Raula Sampaio

A construção de canais é uma das reivindicações

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A comunidade do Curió,no bairro do Marco, maisuma vez se mobiliza paradenunciar as deficiências dobairro e reclamar melho-rias. E se depender da boavontade dos participantes,dessa vez os resultados vãoaparecer. No sábado passa-do, uma comissão, formadapelos representantes e cola-boradores do Centro Comu-nitário Jesus, Maria e José,localizado na passagem Al-berto Engelhard, se pronti-ficou a levantar osproblemas mais graves pa-ra encaminhar o resultado àSecretaria Municipal de Sa-neamento (Sesan).

Composta pelo presi-dente do centro comunitário,Ivanildo Pantoja; diretor dePatrimônio, Juliano Costade Santana; conselheiro deOrientação, Etelvino Mo-raes; um morador, Arman-do Figueiredo; e umcolaborador, Benedito Câ-mara, a comissão reivindi-cou, para começar, aconstrução de dois canais:um em toda a extensão dapassagem Gaspar Dutra atéa avenida 1? de Dezembro, e

•o segundo fazendo a ligaçãocom a passagem Bartolo-meu de Gusmão.

O reflexo da ausência desaneamento pode ser cons-tatado numa extensa área,que abrange as passagensMariauadir Santos, Elvira,Gaspar Dutra, Matilde ealameda Osvaldo Coelho,consideradas as mais precá-rias. Nessas ruas, os proble-mas não precisam de quemos enumere e descreva paraos visitantes: são evidentes

Organizada, a comunidade do Curió tenta obter melhorias para a ãrea

a partir do momento em queas pontes e estivas não con-seguem livrar ninguém daágua e da lama.

Cano da Cosanpa

Os representantes dacomissão chamam a aten-ção para os erros cometidospor órgãos públicos, queacabaram por piorar o as-pecto da área, como um ca-no instalado pela Cosanpa,na 1? de Dezembro. Ele é tãogrande que chega a escon-der as casas e a gerar co-mentários revoltados dotipo: "essa rua jamais pode-rá ser asfaltada".

Na passagem OsvaldoCoelho, os moradores to-

mam a iniciativa de manu-tenção das pontes demadeira, muitas já apodre-cidas. Mas essa rua está me-lhor que a passagemMatilde, onde nem estivasexistem, ficando os morado-res ilhados e sujeitos a todaespécie de doenças trazidaspela água dos esgotos daparte mais alta do bairro.Segundo Ivanildo, essaágua, que acaba se acumu-lando embaixo das casas, éum verdadeiro criadouro debactérias, vermes e insetosnocivos à saúde. Nenhumacasa possui esgoto sanitárioe a ocorrência de doenças égrande, principalmente nascrianças.

Nas passagens Elvira e

Gaspar Dutra, localizadasria 1? de Dezembro, os pro-blemas se duplicam. JoséCosta, morador da última,denunciou os constantes ala-gamentos, que forçaram osmoradores a abrir uma va-Ia em direção ao 5? Setor daCosanpa. Sem nenhum re-sultado, já que a água voltaao chegar perto do lotea-mento Itororó.

Os moradores da áreajá fizeram dois abaixo-assinados, que, juntamentecom uma relação completade todos os problemas exis-tentes na comunidade do Cu-rió, serão encaminhadospelos representantes das 12associações do bairro àSesan.

————-——- "" "I —

III Hl II II ¦¦¦¦ ¦¦¦!¦¦ «IM ¦¦— II ^^^™^g*Ivanildo Pantoja, presidente doCentro Comunitário O cano da Cosanpa Impede o asfaltamento e piora o aspecto da rua

A drenagem da área ê prioridade para os moradores

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Desvendando os mistérios das grutasPouca gente sabe. mas a

nossa região é rica em ca-vernas. Menos gente sabe.mas a Espeleologia é umaciência que. agregada a ou-trás, estuda as cavernas.Um reduzido grupo de pes-soas sabe. mas em Belémexiste um grupo de pesqui-sadores que. desde 1983. vemfazendo um trabalho pionei-ro na Amazônia, descobrin-do. catalogando e estudandoas nossas cavernas: é o Gru-po Espeleológico Paraense(GEP), instalado proviso-riamente no Museu de Mine-ralogia da UniversidadeFederal do Pará. no bairrodo Guania.

Legalmente constituído,filiado à Sociedade Brasilei-ra de Espeleologia (SBE) econtando atualmente comcerca de 2(1 membros, oGEP. com seu trabalho, jáconseguiu catalogar mais cie30 cavernas existentes naAmazônia. Segundo um deseus integrantes, o geólogoClóvis Maurití, do ponto devista espeleológico nenhu-ma dessas cavernas haviasido explorada antes. Clóvisdisse que a maioria das ca-vernas. no Brasil, são for-madas em rochascarbonáticas (calcárias). Jána Amazônia, pelo númerode cavernas exploradas atéagora, nota-se que tem umgrande quantidade formadapor outros tipos de rochas. Éo caso da gruta do Piriá. si-tuada no nordeste do Pará,formada em bauxita fosfata-da — um caso raro nomundo.

Informações

De acordo com o geólo-go, o grupo toma conheci-mento da existência dascavernas através de infor-mações dos moradores dasproximidades, que para elesão muito importantes e jálevaram "a grandes caver-nas em rochas não carboná-ticas". Ou então, jáconhecendo o tipo de localonde pode haver formaçãode cavernas, saem em bus-ca delas. Assim que a caver-na é encontrada, osespeleólogos passam a

explorá-la. Estudam o desenvolvimento de suas gale-rias e passam a medir acaverna por completo. De-pois disso, fazem uma plan-ta baixa da caverna, comsuas medidas e localização.

A caverna é também fo-tografada e dela são retira-das amostras de rochas,porém só aquelas que esti-verem caídas no chão. poisuma das maiores preocupa-ções da Espeleologia é apreservação das cavernas.Posteriormente, sua fauna eflora são estudadas, assimcomo os aspectos geológicosligados ao processo de for-mação e destruição de suascavidades.

Clóvis contou que nes-sas explorações eles encon-tram cavernas totalmentelimpas e algumas com umagrande concentração de bi-chos. como baratas e morçe-gos. Segundo ele. oschamados troglóbios — ani-mais totalmente adaptadosao ambiente das cavernas,que nâo mantém ligaçãocom o meio externo, pois nâosobreviveriam — não sãoencontrados nas cavernasdaqui, onde "'a influência domeio externo é muitogrande".

Das cavernas explora-das, mapeadas e cadastra-das pelo GEP, as trêsmaiores são: caverna Pia-

naltina. que fica no Km 50da Transamazônica, no sen-tido Altamira-Itaituba, emede 1.500 metros: cavernado Limoeiro, no Km 80 daTransamazônica. medindo1.200 metros: e caverna daCachoeira Grande, que ficaem uma vicinal, próxima 20quilômetros do aeroporto deAltámira. com 1.000 metros.Considera-se caverna ougruta a cavidade natural eu-ja profundidade é maior quea altura. Caso contrário,denomina-se abrigo.

Riscos

Explorar cavernas éuma aventura fascinante.Porém, como toda aventura,tem seus riscos. Um dessesriscos é uma doença, a his-toplasmose. transmitida pe-lo fungo Histoplasmacapsulato. e que provoca noser humano uma forte gripeacompanhada de dores nopeito. Outro risco é a intoxi-cação por gases. De acordocom Clóvis. esses e outrosriscos podem ser evitados. Ouso de um bom equipamen-to é uma das medidas quedevem ser tonjadas pelo es-peleólogo. O equipamentoessencial do profissional é oseguinte: máscara e maça-cão para se proteger, capa-cete com iluminação, botas.

cordas, aparelhos de desci-da, escadinhas de cabo deaço, e outros. Antes de qual-quer viagem eles sempre to-mam determinadasvacinas, como a anti-rábica,anti-tetânica. anti-amarílicae contra febre tifóide.

De um modo geral, otempo que os espeleólogospassam explorando uma re-gião de cavernas, segundoClóvis, é de 15 dias. em ca-da excursão. Algumas vezes,quando encontram um bomlugar, chegam até a dormirdentro da caverna.

Uma das preocupaçõesdo GEP é a ameaça que so-frem muitas das nossas ca-vernas. A gruta do Piriá. porexemplo, está ameaçada porse encontrar localizada bempróximo a uma mina de fer-ro, onde são jogados muitosexplosivos. As cavernas daserra dos Carajás estão su-jeitas ao mesmo tipo deameaça e se tem conheci-mento que algumas já desa-pareceram. Muitas delastêm importância arqueoló-gica. Em Altámira, a caver-na do Kararaô seráinundada, caso a usina deBelo Monte seja construída.Através da divulgação des-ses problemas, o GEP quertentar evitar o desapareci-mento dessas cavernas, quemuito têm ainda para ser es-tudado.

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Espécie encontrada na gruta do limoeiro

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Na gruta Isonardo da vlnci, o trabalho dos espeleólogos do ForaFofa» fanla Sam.

O grupo se formou no ano de 1980 na Universidade Federal do Para

GEP faz trabalho autônomo no Estado

Clóvis Maurití, geólogo

Segundo o geólogo Clóvis Maurití, o Grupo Espeleoló-gico Paraense (GEP) nasceu em 1980, por iniciativa de qua-tro pessoas, na época estudantes de Geologia naUniversidade Federal do Pará (UFPa), que, através de umareportagem sobre as grutas de São Domingos, no Estadode Goiás, tomaram conhecimento da existência da Socie-dade Brasileira de Espeleologia (SBE). A partir daí, pas-saram a manter vários contatos com a SBE, que osdenominou de Grupo Espeleológico Paraense. A Espeleo-logia chegava então até nós.

Em 1982, o grupo fez sua primeira excursão: os quatromembros foram à gruta de Ubajara, no Ceará. Porém, es-sa tentativa frustrou-se pelos entraves burocráticos impôs-tos pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal(IBDF) e, também, pela própria inexperiência do grupo.Em 1983, já com um número maior de membros, o grupoexcursionou, com o apoio do Museu Paraense Emílio (Joel-di, à Serra do Piriá, no nordeste do Estado. Ai, explorou aprimeira caverna, a gruta do Piriá, formada em bauxitafosfatada — um tipo de ocorrência muito rara.

Depois, o grupo se organizou e preparou seu estatuto,que foi publicado no Diário Oficial do Estado, no dia 11 deagosto de 1983. A partir daí, passou a divulgar a Espeleoló-gia entre nós, através de reportagens, seminários, cursose outras atividades.

ExploraçõesNo período de 1984 a 1985, os membros do GEP expio-

raram as cavernas de Monte Alegre, desenvolvidas em ro-chás areníticas. Essa exploração contou principalmentecom o apoio da Prefeitura local. Exploraram as cavernasda Serra dos Carajás, com apoio do Departamento de Ar-queologia do MPEG. Na serra, foram encontradas váriascavernas de formações intempéries (rochas alteradas, la-teritas e outras).

Em 1986, o GEP voltou mais uma vez às regiões de Mon-te Alegre e Carajás, descobrindo novas cavernas. Ainda nes-se ano, descobriram o potencial espeleológico da borda sulda bacia sedimentar amazônica, com amplas cavernas de-senvolvidas em arenito No final de 1986, exploraram umacaverna localizada na Serra do Veado, no Amapá. De 1987até hoje, o GEP vem desenvolvendo um projeto de exten-são, através da UFPa, visando o estudo das cavernas da re-gião compreendida entre os rios Xingu e Tapajós, e naregião de Monte Alegre.

O GEP vem divulgando os resultados de seus trabalhosatravés de revistas especializadas, jornais e participaçãoem congressos da área. Publica, trimestralmente, um jor-nalzinho, o "Espeleo Amazônico", onde coloca também osresultados de seus trabalhos e remete para os outros gru-pos brasileiros e estrangeiros. 0 GEP é autônomo e recebeapoio da UFPa e do Museu Emílio Goeldi.

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04 07 20 2124 31Anterior 03 06 19 20 23 30 Posterior 05 08 2122 25 32

ANO II — N.° 187 07 de março de 1989

Xx

Concurso 597

11 I àfDesta feita hao houve nenhuma acumulada

E a principal saiu para doisQuadro continua

sem alteraçõesNenhuma das dezenas relacionadas entre as mais

atrasadas da Loto foi sorteada domingo, no concurso 597.Assim, o quadro das mais atrasadas continua sem altera-ções e a dezena 65 completou 71 concursos e 264 diassem aparecer.

fl

DEZENAS ULTIMA VEZ QUE SAIU CONCURSOS DIAS SEM

CONC. I DATA SEM SAIR SAIR

65 526 16.06.88 71 264

61 531 04.07.88 66 246

13 538 31.08.88 59 204

02 541 15.08.88 56 204

88 543 21.08.88 54 198

10 549 11.09.88 47 177

89 550 15.09.88 46 174

08 552 25.09.88 44 163

15 553 29.09.88 43 159

39 553 29.09.88 43 159

58 553 29.09.88 43 159

Desta vez não houve acumu-ladas e todas as faixas de premia-ção da Sena da Loteria tiveramacertadores, o que acontece pelanona vez. A última ocasião emque todas as faixas de premiaçãotiveram acertadores aconteceuno concurso 41, no dia 12 de no-vembro do ano passado. As deze-nas sorteadas ontem, no concurso53 foram: 04 - 07 - 20 - 21 - 24 e 31.

Dois apostadores - um do Riode Janeiro e outro de Minas Ge-rais - acertaram a sena principal,que estava acumulada, devendocada um receber a importânciade NCz$ 912.145,04, descontado oimposto de renda.

As senas anterior e posterior,que também estavam acumula-

das também tiveram acertado-res. Quatro apostadores - 2 de SãoPaulo, um do Rio Grande do Sule outro de Minas Gerais - acerta-ram a anterior, devendo cada umreceber NCz$ 152.024,17, enquan-to um único apostador de Goiásfaturou a posterior e, por isso re-ceberá NCz$ 608.096,68.

A quina apresentou 373 acer-tadores, devendo cada um rece-ber um prêmio de NCz$ 2.172,31,enquanto a quadra vai pagar acada um dos 22.663 ganhadores orateio de NCz$ 35,75.

A distribuição dos acertado-res da quina por Estados foi a se-guinte: Alagoas, 02; Amazonas,05; Bahia, 17; Brasília, 22; Cea-rá, 05; Espírito Santo, 05; Mato

Grosso do Sul, 12, Goiás, 05; Maranhão, 07; Mato Grosso, 05; Mi-nas Gerais, 32; Pará, 08; Paraíba,05; Paraná, 20; Pernambuco, 13;Piaui, 01; Rio Grande do Norte;02; Rio Grande do Sul, 21; Rio deJaneiro, 55; Santa Catarina, 12;São Paulo, 117 e Sergipe, 02. Naquadra a distribuição foi essa:Alagoas, 165; Amazonas, 415; Ba-hia, 1.101; Brasília, 929; Ceará,441; Espírito Santo, 313: MatoGrosso do Sul, 442; Goiás, 661Maranhão, 263; Mato Grosso, 302Minas Gerais, 2.457; Pará 641Paraíba, 173; Paraná, 1.194; Per-nambuco, 775; Piam, 135; RioGrande do Norte, 141; Rio Gran-de do Sul, 979; Rio de Janeiro,2.944; Santa Catarina, 566; SãoPaulo, 7.504; e Sergipe, 122.

Esportiva acumulae prêmio do fimde semana podeser novo recorde

Pág. 3

Sena completa umano e já premioumais de 1 milhão

de apostadoresPág. 2

Jornal da totó — 7 de março de 1989 - pág. 2

LottNúmeros

pares = 1.466Números

ímpares = 1.515

51 =24, 32, 5642, 76, 00

0911, «42, 1741, 63, 9203, 29, 8105, 10, 35

68, 74, 75, 8104, 34, 37

45, 46, 64, 78

58, 8736

44 vezes=41 vezes= 40 vezes= 38 vezes= 36 vezes= 35 vezes= 34 vezes

= 33 vezes

20 vezes19 vezes

Númerosde 01 a 50 = 1.483

Númerosde 51 a 00 = 1.502—______»————

SgiiciNúmeros

pares = 166Números

ímpares = 152

SenaDezena 24 sai noconcurso 53 e é

sorteada pela3 a vez consecutiva

A dezena 24, que havia sido sortea:das nos concursos 51 e 52 da Sena, foisorteada pela terceira vez consecutiva,uma vez que também saiu ontem, noconcurso 53. Esta é a quarta dezenaque sai por três vezes seguidas. Ante-riormente o mesmo havia acontecidocom as dezenas 15, que foi sorteada nosconcursos 03, 04, 05; com a dezena 25,que saiu consecutivamente nos concur-sos 32, 33 e 34 e com a dezena 32, queapareceu seguidamente nos concursos29 30 e 31.'

As dezenas 04 e 20 foram sorteadaspela oitava vez, enquanto a 21 saiu pe-Ia sétima oportunidade. A dezena 24saiu pela sexta vez; a 31, pela quintae a 07 foi sorteada pela terceiraocasião.

Das seis dezenas sorteadas ontema mais atrasada era a 07, que não saiadesde o concurso 18. As demais foramsorteadas anteriormente nos seguintesconcursos: a21, no35; a 31, no39; a 20,no 40 e a 04, no concurso 49.

A dezena 04 já havia sido sortea-da junto com a 07, no concurso n° 07;com a 20, no concurso 04 e com a 31, noconcurso 31. A dezena 07 havia saídojunto com a 31 no concurso 18. As de-mais nunca haviam sido sorteadas jun-to anteriormente.

+15, 25 = 10 vezes

18, 19, 32 = 9 vezes03, 04, 05, 09, 20' ' „ = 8 vezes26, 33, 36, 40, 48

12, 49 = 2 vezes

Númerosde 01 a 25 = 162

Númerosde 26 a 50 = 156

Direitos depublicação cedidos

por M.E. DESANTANA LYNCH,

MICROEMPRESA -Editor Responsável

Júlio Lynch —Programador

visual: CARLOSG0UVÊA -Arte final:

MAXCOUTINHO

0 20.°sorteia

No próximo domingo, dia 12 demarço, teremos o sorteio do con-curso 599 da Loto, que será o 20? doano de 1989. E, nas nove oportuni-dades anteriores, no vigésimo sor-teio do ano as dezenas maissorteadas foram a 27, 32,39,48, 61,73 e 95, que sairam duas vezes ca-da uma, enquanto as dezenas 02,03, 05, 06, 07,11,16,19, 22, 25, 28, 30,33, 36, 39, 40, 43, 45, 58, 59,62, 67, 79,80, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 97 e 99 fo-ram sorteadas uma vez cada.

MARÇO-4

O sorteio do próximo domingoserá o quarto do mês de março. E,nos anos anteriores, o quarto sor-teio do mês de março apresentouo seguinte panorama:ANO DATA

25.0325.03

22.0313.03

.987 16.03.988 M

CONCURSOSó 3 sorteios77

DEZENAS SORTEADAS

10-13-56-75-8323-31-73-81-8216-35-53-73-8809-48-56-92-0005-62-95-98-0003-05-11-27-3612-63-80-83-00

Sena completa um anoe já premiou mais de

1 milhão de pessoasNo dia de hoje, 7 de março, faz exa-

tamente um ano em que foi realizado oprimeiro sorteio da Sena da Loteria. Nodia 7 de março do ano passado o sorteiodo concurso n° 1 apontou as dezenas 28- 36 - 38 - 41 - 43 e 44 e ninguém conseguiuacertar a sena principal, muito menosa anterior e a posterior. Em 53 sorteiosrealizados este ano a Sena já premiou1.076.698 apostadores, sendo que 58 acer-taram a sena principal, 56 a sena ante-rior, 48 a sena posterior, 18.203 a quinae 1.058.33 apostadores tiveram de se con-tentar com a quadra. No Pará, neste pri-meiro ano foram premiados 25.800apostadores, sendo que apenas 2 acerta-ram a sena principal; 3 a sena anterior;outros 2 a sena posterior; 442 a quina e25.351 a quadra.

Dezenas que jásairam em 1989

Loto3 vezes= 01— 50 - 59 - 70 — 00; 2 vezes

= 09 - 11 - 17 — 19 - 30 - 38 - 51 - 54 -56-60-63-66-69-72-74-76-77-78-83; lvez= 03-05-16-18-20 —21 22 - 25 - 26 - 27 - 29 - 32 - 34 - 35 - ,¦;40 — 41 — 42 —44 —46 —47 —52 —55 —57— h,-'64-67-68 — 75 — 81-82 — 84-86 — 87-92 — 96 — 97 — 98-99.

Sena3 vezes= 04 — 24 - 32 - 33 ; 2 vezes=

08-09-19-22-25-26-29-34-3638 —42 —43 —48; lvez= 01 — 02 — 06— (\

07 - U - 13 - 14 - 15 - 18 - 20 - 21 -2328 — 31 — 35 — 37 — 39 — 40 — 41 — 45.

Senaimvic

N?DE ÚLTIMA VEZ QUE SAIUDEZENAS „r7rc. VEZES

QUE SAIU CONCURSO DATA

105 44 02.01.89

07 48 30.01.8908 43 26.12.8808 53 06.03.8908 39 28.11.8807 49 05.02.8903 53 06.03.8907 52 27.02.8908 51 20.02.89

05 48 30.01.89~1Õ~ 52 27.02.89

04 41 12.1288

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QUE SAIU CONCURSO DATA

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QUE SAIU CONCURSO DATA

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05.02.89

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02 28 12.09.88

07 38 21.11.88

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Jornal da Loto — 7 de mar,o de 1989 - pág. 3

Esportiva

Loteria divulga concurso952 que pode ter sorteio

A Caixa Econômica Federal divul- tro e dando um prazo de 5 dias à FMF,gou ontenfa pfog?a?nação de jogos do para programar novamente este en-

Concurso 599No próximo domingo será rea-

lizado o sorteio do concurso 599 daLoto. O período de apostas começaamanhã, quarta-feira e termina naquinta-feira à noite, aqui em Beléme na maioria das capitais brasilei-ras. E, nos concursos com a nume-ração terniinada em 9, apenas cincodezenas nunca foram sorteadas, quesão: 05-49-66-79-86.

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distribuição por todo o país, o proble-ma que surgiu na última quinta-feira,após a reunião do STJD da CBF, naopode ser contornado e o jogo subs-tituido. -_¦ , .

A Federação Mineira de Futebolhavia proclamado o Democrata-GV co-mo vice-campeão da segunda divisão,do ano pasado, e com isso asseguradosua promoção à primeira divisão. Mashavia um recurso do Pouso Alegre,contra a falta de segurança na parti-da que disputou e perdeu por 4 x 0, em

A programação do teste 952 é a se-guinte: jogo 1 — Coríntians x Noroes-te; jogo 2 — Santos x XV dePiracicaba; jogo 3 — Botafogo de Ri-beirão Preto x São Paulo; jogo 4 — In-ternacional de Limeira x Palmeiras;jogo 5 — Atlético Mineiro x Democra-ta de Governador Valadares; jogo 6 —Maringá x Coritiba — jogo 7 — SantaCruz x Sport Recife; jogo 8 — Icasa xCeará; jogo 9 — Atlético Goianiense xGoiânia; jogo 10 — Milan x Verona; jo-

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concurso 490voha a se repetir

Trêl Corações, diante do Atlético local, go 11 - Sampdona x Internazionaleaue foi realizada sem policiamento jogo 12 - Espinho x Sporting; jogo 13com a torcida fazendo pressão sobre os — Fluminense x Porto Alegre; jogo 14visitantes O STJD deu ganho de cau- - Americano x Flamengo; jogo 16 -sa ao Pouso Alegre, anulando o encon- Internacional x Grêmio.

Ninguém fez 16 pontos eprêmio pode ir a 300 mil

Nos concursos com a numera-ção terminada em 9 a dezena maissorteada é a 56, que já saiu nove ve-zes, vindo a seguir as dezenas 03,50e 76, que foram sorteadas em seteoportunidades. As dezenas 32,34,47e 00 sairam em seis ocasiões cadauma, enquanto a 12, 24, 54, 81, 82 e94 foram sorteadas cinco vezescada.

Ninguém conseguiu acertar 16pontos no teste 950 da Loteria Esporti-va e, com isso o prêmio fica acumula-do para o próximo final de semana emNCz$ 184.247,82. Assim, o prêmio doconcurso 951 para quem fizer 16 pontospode superar a casa dos 300 mil cruza-dos. A derrota do Grêmio diante do Ai-more foi a grande zebra do concurso950 e responsável pelo fato da LoteriaEsportiva não ter apresentado nenhumganhador com 16 pontos.

Com 15 pontos o número de acer-tadores também foi pequeno, uma vezque apenas 13 apostadores atingiramesta marca. Cada um vai receber a im-portancia de NCz$ 9.448,35. A distribui-ção dos acertadores com 15 pontos porEstados foi a seguinte: São Paulo, 8;Minas Gerais, 3; Mato Grosso do Sul,1; e Rio Grande do Norte, 1.

Só um Jogo no sábadoPara o teste 951, no próximo final

de semana, em princípio apenas o jo-go 3 — Bangu x Olaria, está programa-do para sábado. No entanto, hápossibilidades do clássico português —jogo 12, F.C. Porto x Benfica tambémvir a ser antecipado, uma vez que exis-te interesse da televisão em mostrareste encontro não só para todo Portu-gal, como para diversos países da Eu-ropa e das Américas. Como na Europa,o televisionamento de jogos não podecoincidir com partidas das rodadas doscampeonatos das diversas divisões,que usualmente utilizam o domingopara o futebol, a solução é antecipar,ao contrário da Inglaterra, onde as ro-dadas são realizadas no sábado, e jo-go da televisão fica adiadoisoladamente para o domingo.

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Quina do concurso 597 daLoto teve 13 acertadores

Foram exatamente 13 os ganhado-res na quina do concurso 597 da Loto.Cada um receberá a quantia de NCz?25.835,48, descontado o Imposto de Ren-da. Eles marcaram em suas apostas asdezenas 09 -11 -17 - 66 e 00, sorteadasdomingo, em Brasília, A quina saiu pa-ra os seguintes Estados: Rio de Janei-ro (4), São Paulo (2), Minas Gerais (2),Ceara (2), Mato Grosso do Sul (1), Ma-to Grosso (1) e Pernambuco (1).

A quadra premiou 1.490 apostado-res, cabendo a cada um o prêmio indi-vidual de NCz$ 225,41 enquanto o ternopagará o rateio de NCz$ 9,11 para ca-da um dos 49.146 acertadores. Os ga-nhadores da quadra estão assim

distribuídos por Estados: Alagoas 09;Amazonas 11; Bahia 74; Brasília 58;Ceará 27; Espírito Santo 23; MatoGrosso do Sul 18; Goiás 45; Maranhão15; Mato Grosso 10; Minas Gerais 186;Pará 27; Paraíba 12; Paraná 86; Per-nambuco 50; Piauí 11; Rio Grande doNorte 10; Rio Grande do Sul 88; Rio deJaneiro 259; Santa Catarina 28; SãoPaulo 434 e Sergipe 09.

No terno, a divisão foi esta: Ala-goas 335; Amazonas 549; Bahia 2.593;Brasília 1.848; Ceará 861; Espírito San-to 674; Mato Grosso do Sul 491; Goiás1.484; Maranhão 445; Mato Grosso 473;Minas Gerais 6.027; Pará 923; Paraíba356;-Pacaná 2:076; e Sergipe .7^ a H e

Final 5, que é amais atrasadacompleta sete

sorteios sem sairA final 5, que é a mais atrasada da

Loto, completou domingo sete sorteiosconsecutivos sem aparecer. A últimavez que uma dezena com a final 5 foisorteada na Loto aconteceu no concur-so 590. A seguir, em matéria de atrasovem a final 3, que completou quatrosorteios seguidos sem sair, já que, a úl-tima vez que uma final 3 apareceu,aconteceu no concurso 593. À final 8completou três sorteios consecutivossem sair, uma vez que foi sorteada an-teriormente no concurso 594, enquan-to as finais 2, 4, que haviam sidosorteadas no concurso 596, não volta-ram a sair no 597. Em matéria de se-qüência, este foi o terceiro sorteioconsecutivo em que aparecem na Lotodezenas com a final 0 (zero) sorteadasno concurso 595,596 e 597, e o segundosorteio seguido em que aparecem de-

o çenascomafinal 1.. g -

A trinca formada pelasdezenas 17-66 e 00, que haviasaído anteriormente no con-curso 490, voltou a se repetirdomingo no concurso 597.Quatro das cinco dezenas sor-teadas domingo estão entreas mais freqüentes. A dezena00 saiu pela 40a vez na Loto,enquanto que a 09 foi sortea-da pela 38a oportunidade, en-quanto a 11 e 17 saíram pela36a vez cada uma. A menosfreqüente é a 66, que foi sor-teada pela 24a vez.

Das cinco, a mais atrasa-da era a 17, que não saia des-de o dia 2 de janeiro p.p., noconcurso 580. As demais fo-ram sorteadas anteriormen-te nos seguintes concursos: a11 e a 66, no 587; a 00, no 589;e a 09, no 591.

Esta foi a primeira vezque a dezena 09 saiu nummesmo concurso junto com a66; a segunda vez junto coma 00 e a terceira junto com a11 e com a 17. A dobradinha09-00 havia acontecido ante-riormente no concurso 230,enquanto a 09-11 foi formadanos concursos 79 e 286, e a09-17 nos concursos 01 e 354.

Esta foi a primeira vezque a dezena 11 saiu nummesmo sorteio junto com a17; a segunda vez junto coma 66 e a terceira junto com a00. A dobradinha 11-66 haviaacontecido no concurso 587,enquanto a 11-00 registrou-senos concursos 285 e 309.

Esta foi a terceira vezque a dezena 17 saiu juntocom a 66, e a quarta vez jun-to com a 00. A dezena 17 ha-via saído junto com a 66 nosconcursos 340 e 490, e com a00 nos concursos 191,406 e 490.

Finalmente esta foi a se-gunda vez que as dezenas 66e 00 saíram juntas. Antes, elashaviam formado dobradinhano concurso 490.

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A DANÇA DOS MEROSN° DE ULTIMA VEZ QUE SAIU

DEZENAS VEZES r-1QUE SAIU CONCURSO DATA

129 596 02.03.89

24 541 15.08.8835 593 19.02.8933 563 03.ii.88

34 584 15.01.89

27 577 22.12.8826 573 08.12.8826 552 25.09.8838 597 05.03.8934 549 n.09.8836 597 05.03.8936 579 29.12.8825 538 31.07.8825 576 18.12.8824 553 29.09.8827 593 19.02.8936 597 05.03.8924 589 02.02.8923 593 19.02.8930 596 02.03.8929 581 05.oi.8926 593 19.02.8927 578 26.12.8841 575 16.12.88~24^~

584 liÕÜ9~31 590 05-02.8923, 583 i2.oi.8932 570 27.11.88~35~

584 liÕÜIT26 590 05.02.8929 577 22.12.8841 586 22.01.89~2B I

566 | B.11.8T

^^^ N. DE ÚLTIMA VEZ QUE SAIU

DEZENAS VEZES ,—QUE SAIU CONCURSO DATA

IM 33 581 05.oi.89

34~ 581 05.01.8919~ 588 29.01.8933 554 02.10.8824 594 23.02.89

JÉ 27 553 29.09.8826 586 22.oi.8936~ 583 i2.oi.8940 589 02.02.8932 562 30.io.8823 596 02.03.8933~ 579 29.12.8833 591 12.02.8929 592 16.02.8930 575 16.12.8825 570 27.ii.882Q

~592 16.02.89

44 587 26.oi.8930~ 583 12.qi.8929~ 569 24.11.88

¦^ 26~ 595 26.02.8928 590 05.02.8941 589 02.02.8924 592 16.02.892Õ~ 553 29.09.8826~ 587 26.oi.89

31 595 26.02.8931 531 04.07.88

Tm 32~ 568 20.11.8836 591 12.02.8933 591 12.02.89

Pg 2Ü 526 16.06.8824 597 05.03.89

7T~\ 29 581 05.01.89in— _—-_—__—__— _—_.______

•IL™ ULTIMA VEZ QUE SAIUDEZENAS VEZES r-^—;—

QUE SAIU CONCURSO DATA

134 585

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24 588 29.oi.8926 588 29.oi.8931 576 18-12.8823 595 26.02.8929 567 i7.ii.8834 596 02.03.8934 583 i2.oi.8932 592 16.02.8932 595 26.02.8933 594 23.02.8928 571 oi.i2.8826 554 Q2.io.8835 590 05.02.8940 592 16.02.8929 591 12.02.8927 594 23.02.8932 573 08.12.8824 582 08.01.8920 580 02-01.8930 543 21.08.8832 550 15.09.8831 564 Q6.ii.8834 578 26.12.8836 596 02.03.8924 560 23.10.8821 561 27.10.8832 570 27.11.8825 584 15.01.8926 588 29.01.8927

" 584 15.01.8^

30 595 26*02*8940 597 05.03.89