the fadeaway - vision vox

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TRADUÇÃO: VANESSAREVISÃO INICIAL: FRANCINE

REVISÃO FINAL: CIDALEITURA FINAL: REJANI

CONFERENCIA: LUNA & BELLYFORMATAÇÃO: BELLY

Para Michelle – Obrigada!

Este atleta da faculdade é um jogador total. Ele está acostumado a conseguir quem e o que ele quer.

Até ela....Katrina

O cara mais gostoso do campus não para de me convidar para sair. Eu sei que isso parece um bom

problema, mas esse cara ... esse cara não tem idéia do quão complicada minha vida é, tentando fazer malabarismos sendo mãe solteira e estudante

universitária.Toda quinta-feira, ele aparece no café onde eu

trabalho. Suas cantadas bregas e arrogância devem me deixar completamente irritada. Eu não fico. Não

posso dizer que sim, mas quinta-feira é meu dia da semana favorito.

JoelA garota mais gostosa do campus não sai comigo. Eu sei, eu sei, isso parece presunçoso, mas essa garota ...

essa garota ficou sob a minha pele, e eu não consigo ir embora.

Toda quinta-feira, eu apareço no café onde ela trabalha. Ela me deu todas as desculpas do livro. Eu deveria desistir e ir atrás de uma das muitas garotas

que estão explodindo meu telefone. Eu não vou. Mesmo quando ela diz não, quinta-feira é o meu dia

favorito da semana.

01Joel

QUATRO MESES ATRÁS

EU PRECISO DE CAFEÍNA.Normalmente, corro muito bem com quatro horas de sono, uma

ligeira ressaca e dores musculares, mas a maratona de foda danoite passada era diferente de tudo que eu já experimentei. Ouquero experimentar novamente. A garota usava uma tiara deorelha de gato (que, em retrospecto, deveria ter sido minhaprimeira pista) e ela realmente miou enquanto eu caía sobre ela.Sim, como um gato. Minhas costas e minha bunda carregam asmarcas de suas longas unhas em forma de garras que completamtoda a personalidade de gato que ela estava passando. E não meentenda mal, era meio quente e bizarro, mas que porra é essa? Écomo se todas as garotas estivessem tentando superar as últimas ecom certeza eu estou deprimido por alguma razão, mas o queaconteceu com a boa e velha foda onde a única coisa que mepassava pela cabeça era como é bom estar enterrado dentro deuma boceta quente e molhada?

Atravesso a University Hall até o pequeno café do campus. Blairnão está à vista. Megera. Eu estava esperando que ela pegassecerca de doze muffins. Ela está namorando com meu companheirode equipe e de quarto Wes e as vantagens do meu amigo fodendouma garota que trabalha no café incluem café e doces gratuitos. Euposso pagar, mas esse não é o ponto.

Quando chego ao balcão, ainda não vejo ninguém.—Olá. —eu chamo.Uma cabeça loira aparece e eu dou um passo para trás

enquanto copos e pacotes de açúcar voam. Meus olhos captam onome dela primeiro. Katrina Kat-rina. Eu estremeço e me arrepiocom a lembrança da catástrofe da noite passada - trocadilho,totalmente intencional. Mas quando meu olhar se move para cima,

todas as lembranças da garota na noite passada, e de todas asoutras garotas, desaparecem.

—Puta merda! —Ela se endireita e olha para cima. Longos fiosloiros e sedosos de cabelo caem em seu rosto e ela os escova devolta com uma mão quando ela encontra meus olhos. —O queposso fazer por você?

Droga.Olhos castanhos e azuis me atacam. A íris esquerda é

totalmente azul, e a direita quase toda marrom com apenas umtoque de azul no meio dançando ao redor da pupila. Eu olho paracada um individualmente, de um lado e para outro, tentandodecidir qual eu gosto mais.

Eu não sei quanto tempo eu olho para seus olhosmulticoloridos, mas quando alguém limpa a garganta atrás demim, eu finalmente lembro por que estou aqui.

—Sim. Café. Grande. —Eu sou incapaz de formar uma frase, oque é definitivamente novo para mim. Eu posso falar da calcinhade qualquer uma. Porra, aquela garota ontem à noite deve ter feitoum grande número comigo.

—Quer espaço para creme e açúcar?Eu concordo. —Blair não está trabalhando hoje?Ela suspira. —Não até esta tarde. Desculpe sem citações esta

manhã.Melhor deixá-la pensar que eu só queria uma citação no meu

copo - algo que Blair é conhecida por fazer quando trabalha nocafé, e depois deixá-la saber que eu realmente queria acabar com obalcão de doces.

Enquanto ela prepara meu café, eu vejo seu corpo esguio, asleggings que se ajustam contra ela me dando uma prévia da bundamaravilhosa que seu avental tenta esconder. Ela não é baixa, maseu tenho um metro e oitenta e seis, então não há muitas pessoasque eu não ultrapasse.

Quando ela se vira para mim e coloca o café na minha frente, eudecido que a melhor maneira de me livrar do sexo estranho danoite passada é mudar para alguém novo. E essa garota, nome àparte, é perfeita.

—A que horas sai do trabalho? Posso te pagar o almoço ou café?Suas sobrancelhas levantam. Sim, café era uma ideia de merda,

mas a única coisa que planejo fazer é com ela, então é apenassemântico.

—Não, obrigada! —Ela aperta alguns botões no registro. —Um ecinquenta e oito.

Eu passo o dinheiro. —Bem, que tal trocarmos números epodemos fazer algum plano quando você não estiver ocupada?

—Eu não disse que estava ocupada. Eu disse não, obrigada.O cara atrás de mim limpa a garganta novamente.Olha, não tem como não soar como um idiota quando eu digo

que garotas não me recusam... como sempre, mas elas nãorecusam. Sempre.

—Você tem um namorado?—Sério cara. Eu tenho que ir ou eu vou me atrasar para a aula.

— O cara atrás de mim fala. Eu me viro, com um olhar mortal, masele olha para baixo e seu rosto fica vermelho.

—Café?— Eu entrego o copo que acabei de comprar em suadireção.

Sem levantar a cabeça, ele balança a cabeça, mas não faznenhum movimento para pegar o copo.

—Aqui. — Eu praticamente empurro o café em sua mão. —Desculpe, mas eu preciso de mais tempo, a menos que você queirase atrasar para a aula, eu sugiro que você pegue este e vá embora.— Eu inclino minha cabeça na direção da porta.

Pegando o café e fugindo, o cara sai para University Hall medeixando sozinho com Katrina. Arrepio. Aquele nome. Eu nãoposso chamá-la assim, Kat? De jeito nenhum. Trina. Não, ela nãoparece desse tipo. Rina. Eh.

Ela faz um pequeno som em algum lugar entre uma zombaria euma risada que soa como o mais doce ronronar. Eu sorrio. Ela nãoé a Kat, ela é fofa e brincalhona Kitty.

—Onde estávamos Kitty?—Eu me inclino contra o balcão e elarevira os olhos e cruza os dois braços contra o peito, como seestivesse irritada com o apelido. Pena que o movimento só atraimais atenção para os seios dela que empurram para fora pelo o

contato. Ela tem um bom par, maior que a média. Quando euencontro seus olhos, não sinto falta do calor e uma pitada dediversão neles. Ela pode não gostar das palavras que saem daminha boca, mas ela gosta de mim.

—Eu estava tentando te ignorar e você não estava entendendo adica.

—Só tentando te salvar de cometer um grande erro. —Eu meinclino para ver se ela está blefando. Ela está. Sua respiraçãoengata e ela continua como se estivesse prendendo a respiração.Eu não sei por que ela está jogando duro. —E seria um grandeerro.

—Você está perdendo seu tempo, Joel Moreno. Eu sei tudosobre a carnificina que você deixou para trás.

Ela disse meu primeiro e último nome. Ela é tão boa quantonua.

—Tudo o que você ouviu, esqueça. A única coisa que deixei nomeu caminho são mulheres felizes e satisfeitas. O que há de erradocom um pouco de diversão? Apenas viva uma vez. Você só viveuma vez e tudo mais. Que tal jantar hoje à noite?

—Desculpe, eu vou lavar meu cabelo.—Que coincidência eu tenho um banheiro e eu vou deixar você

ficar depois de usá-lo. —Meu olhar corre sobre ela novamente. —Eu acho que talvez precise de um também depois que eu terminarcom você.

Ela bufa e descruza os braços. —Não, obrigada.Nenhuma pista porque ela está me afastando quando eu posso

dizer que a atração é mútua. Eu dou de ombros e empurro obalcão. Sua perda. Embora, ao dar uma última boa olhada nela,pareça um pouco com a minha perda.

02Joel

NATHAN SENTOU na minha cama desfeita. —Festa na casa Theta

hoje à noite, você vai?Eu lanço meu celular na cama, ignorando as três mensagens de

texto da Shelly, a mulher gato. —Eu não sei. Posso apenas ficar emcasa.

Ele levanta as sobrancelhas. —Doente?—Não, só não sentindo vontade.Meu colega de quarto se apóia em um cotovelo esperando por

uma explicação. Se fosse qualquer um dos meus outros colegas dequarto, eu conseguiria um passe. Wes está muito envolvido emBlair e Z opera como uma imprensa completa. Apenas os maisagressivos e determinados superam sua frente intimidadora - o queé totalmente. O cara é um ursinho de pelúcia por baixo, só nãodiga que falei isso.

—Você já entrou no café da universidade?—Não, eu não gosto de café. Isso é sobre Blair?—Seu rosto

empalidece e ele parece legitimamente nervoso. —Por favor, não mediga que você dormiu com ela. Wes vai te matar - como te matar.Porra, seria divertido ver esse cara se empolgando com algo alémdo basquete, mas eu gosto muito do nossa casa aqui. É melhor quemorar no dormitório.

Eu nunca tive o privilégio, e sim, eu digo sarcasticamente, demorar nos dormitórios. Os meus pais moram a uns vinte minutosda universidade e, quando estavam convencidos de que eu eracapaz de administrar a universidade e o jogo sem ser reprovado,compraram esse lugar perto do campus. Eu olho em volta do meuquarto, que é cerca de três vezes maior do que os dormitórios queeu vi. Eu tenho a suíte máster, mas todos os quartos são grandes.Todo mundo a chama de White House. Além do óbvio, é branca egrande, meu pai é o presidente da universidade. Poderia ser pior.

Eles poderiam chamar isso de Moreno Hall ou alguma merda dotipo.

—Tem uma garota lá chamada Katrina. Nunca a vi antes.—Tenho certeza que Blair a conhece.Eu aceno devagar. —Provavelmente. De qualquer forma, eu a

convidei para sair hoje.—Ah, então você tem um encontro hoje à noite.Uma onda de ar quente faz meu rosto parecer fogo e minha

garganta fica tensa. É isso que o constrangimento parece?—Ela me recusou.O filho da puta ri.—Não é uma merda?—Pergunta ele, tentando se impedir de rir

mais. Falhou.—Tanto faz, é só uma garota. —Eu ando em direção ao meu

armário.—Não se preocupe, amigo, isso iria acontecer eventualmente.

Garotas são estranhas. Talvez ela esteja menstruada.Eu examino as camisas no meu armário. Pego uma, coloco de

volta. Puxo outra para fora. Eu começo a colocar de volta, masporra, por que estou me estressando sobre o que vestir?

—Você poderia parecer menos feliz com isso. — eu digoenquanto saio do armário. —Além disso, minha média ainda émelhor do que a sua.

—Eu acho que eu gosto mais de você assim. Qual é o nomedessa garota de novo? Eu quero comprar uma bebida para ela.

—Esqueça. Esqueça toda essa conversa ou vou contar aos carassobre a merda que você está vendendo para o Frank. Eles não sãoidiotas, cara. A palavra vai dar a volta.

—É só até eu conseguir economizar o suficiente para o próximoano.

—Há outras maneiras de ganhar dinheiro. —Eu atiro-lhe umolhar duro. Me sinto mal pelo cara. Não sei o que é não terdinheiro, mas sei que vender drogas é uma ideia terrível. —Vocêainda está mantendo essa merda fora da casa? Não leve todos nóspara baixo com você.

Ele balança a cabeça e bloqueia seu olhar no meu. —Eu nunca

faria isso. Você sabe disso.—Eu sei, mas é bom ouvi-lo dizer.—Tudo bem, vamos fazer isso.—Eu pensei que você ia ficar em casa. —Chamando-me na

minha besteira, ele se levanta, e eu o sigo do meu quarto para oandar de baixo. Quando chegamos à sala de estar, fico meiosurpreso de ver Blair aqui, os pés no sofá, os fones de ouvido e onotebook no colo.

Quando ela nos vê, ela solta um botão. —Ei.—Onde está Wes?—Nathan pergunta enquanto se senta em

uma espreguiçadeira.Blair dá de ombros, mas Z entra na direção da cozinha, com

uma bebida protéica na mão, e diz: —Ele estava checando acerveja.

Ele sacode o copo na mão me lembrando de que eu precisopegar algo para comer antes de irmos à festa. E me certificar deque Nathan faça o mesmo. O cara tem uma tendência a pularrefeições quando não temos comida em casa. Minha mãe sabedisso e tenta nos manter abastecidos, mas isso é um feito quaseimpossível. Z sozinho come o suficiente para alimentar uma famíliade quatro pessoas. Ele é um cara grande mesmo para os padrõesdos atletas, o que significa que ele absorve muitas calorias extraspara manter os músculos que carrega. Estamos perto da mesmaaltura, mas Z é construído como um cruzamento entre umlinebacker e um fisiculturista.

—Blair, o que você acha dessa camisa?Ela olha para cada um dos caras, que riem, antes de responder.

—Umm. Está boa.—Porra. Eu deveria trocar certo?Sua risada continuada é a única resposta. Nathan me joga uma

bola de basquete. Ele não diz nada, mas eu leio o “cale sua boca,porra” escrito no rosto dele.

Mas eu não posso. Katrina me tirou do meu jogo.Eu pego a bola em busca de conforto e olho para Blair. —Bem?Ela se senta para frente e me dá uma lenta olhada. —Vire.—Desculpe?

Ela faz um gesto com o dedo para eu girar. Cacete.Não solto a bola de basquete, me viro com os braços estendidos.A voz de Wes é divertida quando ele entra e pergunta: — O que

diabos está acontecendo aqui? Um desfile de moda?Eu lanço a bola em sua cabeça e me arrependo imediatamente,

porque agora eu sou apenas um cara parado no meio da salagirando.

—Blair está me ajudando a escolher uma camisa para estanoite.

—Por que a obsessão por trajes hoje à noite?—Ele perguntaenquanto se senta ao lado de Blair.

—Ele tentou pegar um número esta tarde e agora está todoirritado. —Eu atiro a Nathan um olhar que lembra que eu tenhosujeira sobre ele. Ainda é tarde demais. Minha rejeição está lá fora.

—Ahhh, pobre coitado. — Wes diz, sem soar nem um poucocom pena.

—Não é disso que se trata. Foi uma garota. Uma garota. —Euaponto meu dedo no ar para dar ênfase. —Fodam-se todos. —Eunão tenho dedos suficientes para contar suas rejeições. Eu olhopara a minha camisa e calça e, em seguida, decido rolar asmangas. É legal. —Então, essa aqui é boa?

Blair balança a cabeça com entusiasmo dessa vez. —Vocêparece quente. O preto é uma boa cor para você. Te dá toda a coisaescura e misteriosa com o seu tom de pele e cabelos escuros.

—Devagar, agora. —Wes soa com ciúmes e isso me deixa maisfeliz do que a tarde toda.

Eu tiro uma piscadela para ela. —Muchas gracias, linda1.

—Sim, definitivamente faça isso. —Seus olhos se iluminam.—Fazer o que?—Fale em espanhol. Nem sempre... Mas solte-o casualmente.

Os sotaques são sexy.Mostro um sorriso em agradecimento pelo petisco. Ela não é a

primeira garota a me dizer isso, mas eu acho que esqueci. Estiveusando meu status de atleta e de presente de Deus para mulherese peguei garotas. Agora, não tenho mais cantada quando isso é

importante.Blair e Wes fazem planos para ver um jogo de baseball local hoje

à noite, o que me faz questionar sua ideia de romance, mas entãoela olha para ele com olhos de coração, então que diabos eu sei?Ela se despede do grupo, faz alguns estudos ou outra coisa superchata. Eu espero até que a porta esteja fechada atrás dela antes deaproveitar a oportunidade para apontar os golpes para outrapessoa.

—Então... —Eu pergunto inocentemente. —Você e Blair... ascoisas estão ficando sérias?

O rosto de Wes empalidece. —O que? Não, é só...—Se você está fazendo sexo, está ficando sério. Você não estaria

misturando negócios com prazer, a menos que seja sério. —Wesnão namorou desde que eu o conheço, e conexões aleatórias têmsido poucas e distantes entre si. Ele gosta de Blair. Não tenhocerteza porque ele não pode admitir isso. Todos nós sabemos.

—Eu não estou misturando - sabe de uma coisa? Eu não vounem ir lá. —Ele parece estar fisicamente doente. Bem, ele nãofodeu ela.

—Espere, espere, espere. Você não dormiu com ela?—Isso é realmente tão ridículo? Eu só a conheço há algumas

semanas.—Uh-huh. —Não sei por que, de repente, estou me sentindo

esperançoso e romântico de que esses dois vão se ligar, mas estoumuito tonto com a perspectiva. —Então, isso significa que estanoite é à noite?

—Vamos a um jogo de beisebol do ensino médio, não querocumprir pena por exposição indecente. — retruca Wes. Eu nãoestou comprando. Desculpa esfarrapada.

—Não me engane. Esta noite é à noite.—Ela completa você. — acrescenta Nathan. Acabamos de ver

Jerry Maguire há algumas semanas atrás na busca de Z para vercada um dos filmes de Tom Cruise.

—Foda-se, vocês dois. —Wes joga a bola de mão em mão.—Eu tenho que tomar banho. — Nathan anuncia.—Se apresse. Estou saindo em quinze, e preciso fazer uma

parada para preservativos. —Eu olho para Wes. —Você tem?Precisa que eu coloque um pouco em sua mesa de cabeceira?

Ele joga a bola de volta para mim.—OK tudo bem. Vou sair. Você provavelmente precisa cuidar

dos negócios de qualquer maneira. Desde que ela saiu para jantar,você tem tempo para bater uma antes e depois do banho.

—Pelo amor de tudo que é santo. — ele lamenta.—O que? Por favor, me diga que você não está planejando

comparecer ao jogo sem limpar a cabeça. Cara, você vai lá semcuidar dos negócios, e você vai se envergonhar e toda a populaçãomasculina.

Ele balança a cabeça e deixa cair.—O que diabos está errado com você? — Quero dizer,

honestamente, o cara não transa em meses e ele só vai aparecertotalmente carregado? Ele vai chegar em suas calças no momentoem que tirar a roupa. Um movimento.

Ele se levanta e caminha em direção à escada.—Você sabe que estou certo. — eu grito atrás dele. Ele não

parece convencido. Eu puxo meu telefone do bolso de trás e colocoum alarme para mais tarde hoje à noite. Boa coisa para ele, eu levoorgasmos - mesmo quando eles não são meus - muito a sério. Voumandar uma mensagem para ele depois para ter certeza de que eleseguiu ao meu conselho.

Na verdade, eu estaria fazendo a mesma coisa se eu já nãotivesse me machucado tentando fazer com que Kitty saísse do meusistema. Aqueles olhos azuis e marrons me assombraram quandocheguei tão forte que vi estrelas. Duas vezes. Mesmo imaginandoela agora posso me sentir ficando duro novamente. O fato de queKitty não apenas disse não, mas o fez com tanto desdém, é por issoque apenas o pensamento dela faz meu pulso acelerar e um sorrisose espalhar pelo meu rosto.

Sopro a respiração e puxo o meu histórico de mensagens. Umagarota gostosa é igual a qualquer outra - pelo menos para o queestou procurando. Eu não faço gestos românticos ou longascaminhadas na praia. Bem, a menos que por longas caminhadasvocê queira dizer sexo. Sexo na praia é incrível.

Enquanto espero por Nathan, percorro as garotas que meligaram para conversar hoje à noite. Elas disseram sair, mas todavez que uma garota me manda mensagens para “sair”, termina comela me despindo. As garotas não gostam de sair e pedir por sexo.

Loira peituda? Ruiva atrevida? Caloura boa menina olhandopara sair de sua concha tranquila? As opções são infinitas, masestou entediado.

—Toc toc. — a voz de minha irmã chama da entrada dosfundos.

Eu me apressei para cumprimentá-la. O cheiro saindo dacaçarola que ela está carregando faz meu estômago roncar.

—Isso cheira incrível. — eu digo, pegando-a e colocando devolta.

Eu pego um garfo e prato, me dou uma porção generosa, douuma mordida, e então olho para cima.

—Noite de jogo? — Eu pergunto em torno de uma boca cheia demacarrão e aponto meu garfo em direção a sua camiseta verdeValley High e tinta verde correspondente pintando em suabochecha.

—Jogando contra Pinnacle hoje à noite. Eles são ainda maiorese mais malvados do que no ano passado.

—Vá devagar com eles. — Eu digo com humor atando meu tom,porque mesmo das arquibancadas, Michelle é uma força. Ela é adefinição de fã enlouquecida por jogadores e treinadores. Ela adoraassistir basquete talvez tanto quanto eu adoro jogar. E ela faz issocom tanto talento quanto eu.

—Ei. — Nathan chama entrando na cozinha e puxando umacamisa limpa sobre a cabeça. —É bom ver você, Smelly.

Michelle revira os olhos. Ela odeia que meus amigos tenhamadotado meu apelido de infância para ela. Ela está nessa idade quequer todos pensando que é madura e capaz, em vez da garotaingênua de dezesseis anos que ela é.

Eu empurro um prato e garfo na frente de Nathan, e ele se serveda comida.

—O que vocês dois estão fazendo hoje à noite?— PerguntaMichelle, puxando uma cerveja da geladeira, estalando o topo e

dando um longo gole.—Me dê isso. —Eu tomo a cerveja para mim. —Quer uma? —

Eu pergunto a Nathan.—Festa na Theta hoje à noite. — Nathan responde para nós e

sacode a cerveja.—Só vocês dois? — Ela faz um gesto entre nós com uma

carranca. —Você não deveria ter encontros ou algo assim?Ah, inocente Michelle.—Joel tentou e foi abatido.Eles riem e eu atiro um olhar para ambos.Michelle me estuda. —Uau, alguém realmente rejeitou o grande

Joel Moreno. O que aconteceu? Como você perguntou a ela?—Uhh. Eu só perguntei se eu poderia pegar o número dela para

que pudéssemos sair mais tarde. — Eu dou de ombros. — Eladisse não.

Deixe-me dizer, falar sobre isso de novo não está fazendo eu mesentir bem.

Minha irmã geme exasperada. —Uau. Finalmente aconteceu.—O que é isso? — Eu pergunto claro que vou me arrepender de

perguntar.—Seu ego ficou tão grande que você esqueceu como se esforçar

para pedir a uma garota da forma certa.—Oh, meeerda! — Nathan cobre a boca, mas não esconde o

sorriso enorme no rosto.—Quero dizer, você colocou algum pensamento nisso ou você

apenas o falou e esperou que ela caísse a seus pés?Nathan se encolhe de tanto rir. Ainda bem que ele está se

divertindo.Com relação a mim seriamente, a voz de Michelle é cheia de

simpatia. —Nem toda garota é mentirosa, trairá você, não é bomco...

—Tudo bem, eu acho que é hora de você ir. — eu digo, fechandominhas pálpebras e espero ter cortado seu discurso para sempre.O fato de minha irmãzinha saber o quanto os relacionamentospodem explodir na sua cara é tudo para mim. Mas pelo menos nãoparece ter feito dela menos romântica.

Ela ri baixinho e eu abro os olhos e suspiro de alívio quando elase dirige para a porta. Graças a Deus. —Espero que o seu egoferido não afete o jogo neste fim de semana. — acrescenta, acena edesaparece.

—Ela tem um ponto. —diz Nathan. —Quero dizer, quando foi aúltima vez que alguém fez você fazer mais do que pedir gentilmenteantes de se voluntariar para pular em seu pau?

—Trabalho para isso. — eu digo, principalmente para mimmesmo. Infelizmente, o pensamento nem me ocorreu. Droga. Bem,desafio aceito. Quero dizer, honestamente, o quão difícil seriaconvencer uma garota que eu já sei que me quer, a sair comigo?

03Joel

PRESENTE O SOM de um texto recebido é o meu segundo alarme do dia. O

primeiro veio cinco minutos atrás, quando Z bateu em todas asportas da nossa casa.

A segunda, no entanto, sempre chega precisamente às cinco emeia na forma de mensagem. Especificamente, um meme. Nathanos ama. Juro por Deus, o cara me envia dez por dia. Ele devegastar uma boa parte do seu tempo livre vasculhando sites paraencontrar os melhores. Eles são engraçados como merda, então eunão digo a ele para parar, embora dez textos por dia de outro caraseja um pouco demais.

Deslize o dedo pela tela e toco no texto. Apertando os olhos pelaluz forte do meu celular, eu tiro o cobertor e coloco a mão atrás daminha cabeça. O meme diz: “Como eu durmo à noite sabendo quesou um idiota?” As palavras brancas estão em um fundo preto liso.Desapontamento pisca porque eu prefiro fotos engraçadas a umaparede de texto, mas eu continuo lendo de qualquer maneira.“Bunda nua com o ventilador ligado”.

Isso dá uma risada rouca e eu tiro uma foto do meu lixo, emângulo para que o ventilador preto ao lado da minha cama sejavisível. Cara me conhece muito bem. Eu aperto enviar e pulo dacama. Puxo cuecas boxer, shorts e uma camisa. Eu escovo osdentes enquanto mijo - multitarefa como um profissional. Uma vezque terminei no banheiro, pego as meias e os sapatos e vou para oandar de baixo. O resto dos caras já estão na cozinha tomando caféda manhã. Z é o único que está sentado. Seu grande corpo estásentado à mesa da sala de jantar com um prato e vidro na frentedele - usando boas maneiras o resto de nós reserva paracompanhia mista. Por algum acordo tácito nós nos revezamos parafazer o café da manhã e pelo brinde ligeiramente queimado

espalhado no balcão com vários condimentos - manteiga, geléia,Nutella e manteiga de amendoim, eu sei que é o Wes que estáfazendo.

—O café da manhã está servido. — diz Wes enquanto puxa maisquatro fatias de pão preto da torradeira e as coloca sobre o balcão.Então ele pega uma mão cheia de facas de manteiga da nossagaveta de talheres e as coloca ao lado delas.

—Vai para praticar hoje?—Eu pergunto, e punhais são atiradosna minha direção de todos, mas não do homem com quem eu estoufalando.

Um grunhido e um aceno de cabeça são a minha resposta.Depois de uma lesão no final da temporada, o veteranorecentemente começou a voltar a treinar. É muito bom tê-lo devolta, mesmo que apenas nos bastidores. Não é o mesmo sem elena quadra conosco, no entanto.

Eu coloco minhas meias e sapatos, em seguida, pego umaxícara e encho com água. Coloco uma colher de proteína em pó emisturo com uma faca, porque é isso que está no balcão para ocafé da manhã.

Eu levanto o copo para a minha boca assim que Nathan pisa aomeu lado, pegando outro pedaço de torrada enquanto ele empurrao que restou de seu último pedaço na sua boca.

—Cara, você não sabe que toda vez que você manda uma foto doseu pau ele encolhe um centímetro?—Ele diz a boca ainda cheia.Então ele começa a bater na minha cabeça. Eu gemoinstintivamente antes que a dor seja registrada. Derramo minhabebida na minha camisa e no chão. —Isso é para o visual do seupequeno pau que eu não consigo tirar da cabeça.

—Não foi legal. — eu grito. —Isso não foi nada legal.Eu pego minhas bolas no meu short e dou um aperto protetor.

—A oportunidade foi boa demais, cara. E se meu pau é pequeno,então o seu é microscópico.

—Hora de ir. — diz Z enquanto se levanta e leva seus pratossujos para a pia.

Eu pego dois pedaços de torrada seca para a caminhada e beboo que resta da minha bebida de proteína. Limpo as costas da

minha mão sobre a minha boca e sigo os meninos para fora daporta.

Está quieto. Cedo, escuro e frio. Nós nos movemos em um saltopara o outro lado da Rua para Ray Fieldhouse, onde praticamos,treinamos e jogamos. É o meu lugar favorito em todo o campus. Ofato de não ter meu sobrenome engessado é um bônus definitivo.

Pode ser um novo semestre, mas estamos no final datemporada. As quartas de final estão a menos de dois meses e todomundo está sentindo a pressão e excitação. O treinador Danielsnão precisa gritar com a gente sobre sermos preguiçosos oudescuidados, embora ele faça isso, porque somos tão duros comnós mesmos quanto ele. Nós queremos isso. Talvez mais do quenunca, agora que vimos Wes sair com uma lesão.

Nós praticamos por duas horas antes das aulas e, na maioriadas noites, estamos de volta à academia para treinos. Temos umgrande jogo no domingo, então a prática de hoje é particularmentecansativa. Treinos de tiro, manobras mano-a-mano, tiros deimagem em quadra completa, condicionamento e mais exercíciosde arremesso. Quando terminamos, estou quase ansioso para aaula, para poder sentar e relaxar.

Entrando no vestiário para tomar um banho rápido antes desair, paro quando o treinador grita da porta do escritório, —Moreno, venha me ver antes de sair.

Eu levanto minha cabeça em reconhecimento. Depois que tomobanho e me troco, paro no escritório do técnico, conformesolicitado.

—O que aconteceu?—Eu me inclino para a cadeira no ladooposto de sua mesa e pego duas barras de granola da minha bolsa.Essas coisas são inúteis. Eu precisaria comer umas doze parasatisfazer minha fome, mas duas é tudo que me resta. Preciso dizerà minha mãe, a santa que mantém nossa despensa abastecida,para obter algo mais substancial da próxima vez para lanches.

O treinador olha para o celular, uma mistura de confusão eexcitação no modo como sua boca se curva em um sorriso, masseus olhos se contraem. —Um segundo.

Eu me divirto quando ele faz com que eu espere enquanto ele

está perdido para o que quer que esteja acontecendo.Eu cedo e comento sobre suas ações estranhas quando o

homem realmente rir do barulho de uma mensagem recebida. —Trocando mensagens de sexo durante o expediente?

Demora um momento antes que ele levante a cabeça e encontreo meu olhar. —Desculpe, o quê?

—Nada. Você queria me ver?—Eu levanto a mão para ele chegarao ponto.

Ele coloca o telefone na mesa e depois se recosta na cadeira. —Certo. Eu quero mudar um pouco as coisas no domingo e ter vocêem cima da zona em vez de na parte de trás. Shaw ainda estáencontrando seu lugar e vamos ter que jogar a bola de forma maisagressiva, se quisermos chacoalhá-los.

Faz sentido. Eu sou mais alto e mais rápido do que as outrasopções e Z é um monstro baixo.

—Tudo certo. Algo mais?Seu telefone toca novamente e ele olha para baixo antes de

responder. —Sim, e sobre sugestões de restaurantes locais? Algolegal, mas não muito pretensioso.

Eu sinto minha sobrancelha esquerda arquear em questão. —Jantar da equipe?

—Uhh. Não. —Ele balança a cabeça. —Só achei que vocêpoderia conhecer um lugar bom. Desde que me mudei para oValley há cinco anos, a maioria dos meus restaurantes incluiu oIn-N-Out, estou com medo.

—Estamos falando de restaurantes da variedade romântica?O constrangimento que se espalha por seu rosto me joga fora.

Treinador Daniels não é o tipo de cara que eu esperava estarprocurando dicas de namoro. —Eu disse bom, não romântico.

—Quando se trata de jantar, essas duas coisas são sinônimos.—Eu decido colocá-lo fora de sua miséria. —Araceli’s temexcelentes vistas, bom menu, mas não é exagerado.

—Araceli’s. — Ele repete o nome lentamente, como se estivessetentando lembrar.

Eu jogo as embalagens de barra de granola no lixo e pego meutelefone. —Estou enviando mensagens de texto para você. Não

precisa de uma reserva numa quinta-feira, mas se tiver algumproblema, diga que é um amigo e quer a minha mesa no pátio.

—Sua mesa no pátio?—Eu tenho uma reserva de quinta à noite.Ele inclina a cabeça para o lado, olhando para mim como o

garoto de vinte e um anos que ele pensa que sou.—É melhor você esperar que esta noite não seja a noite que eu

finalmente preciso dela. —Eu me levanto e sorrio, deixando eleantes que ele possa me perguntar mais.

04Katrina

EU NUNCA FUI PARTICULARMENTE das manhãs. Olhando para trás,isso parece ridículo. Quero dizer, o quão difícil foi ficar sozinha esair pela porta? As manhãs agora são uma tortura. Alguém deveriaavisar antes de ter filhos que, levantar antes do sol dura muitoalém dos anos do bebê. E aqueles coelhinhos da Energizer nãoentendem o conceito de não falar até você tomar uma xícara decafé.

Não, Christian entrou no meu quarto antes mesmo de o solpensar em se levantar e ele está sem parar desde então,tagarelando o tempo todo.

—Christian, nós estamos saindo em dois minutos. —Eu não seipor que eu dou a ele um aviso como esse, de alguma forma, vaiapressá-lo. Meu filho de três anos não tem noção do tempo.

Pego meus livros e meu laptop e enfio na mochila, passando poruma lista mental, certificando-me de que tenho tudo para a escola,e ele tem o que precisa para um fim de semana com o pai.

—Não se esqueça de pegar sua bola de futebol no caso de vocêsirem ao parque. —Altamente improvável, mas se ele pegar a bola,há pelo menos alguma chance de Victor se sentir obrigado a passaralgum tempo com seu filho. Estou muito além da manipulaçãosutil neste momento.

—Tudo bem, vamos carregar. —Eu coloco minha mochila no

meu ombro e pego a bola de futebol que vejo no chão da sala.Quero dizer honestamente, não é como se eu não tivesse quecarregá-la de qualquer maneira.

Christian sai correndo de seu quarto, cabelo loiro bagunçado eum sorriso que não entende que sua mãe não é uma pessoamatinal. —Eu preciso levar alguns brinquedos para Rex!

—Já feito. Eles estão em sua mochila. Você escovou os dentes?Em vez de responder, ele olha para cima como se estivesse

tentando lembrar isso lá atrás. Isso é um não.—Vamos lá, vamos escová-los bem rápido. —Eu coloquei minha

mochila e a bola de futebol no chão e ele pula pelo corredor. Eusigo atrás, pegando brinquedos e roupas sujas em seu caminho.Eu posso ouvir a torneira ligar e, em seguida, o som inconfundíveldele cortando a água com sua escova de dentes. Eu resisto alevantar a voz, isso não faz bem, mas o corrijo gentilmente quandoentro no banheiro. —Não brincar na água. Faz uma bagunça,lembra?

—É sóágua. Vai secar.Ponto justo.Sem palavras, eu o ajudo a escovar os dentes, limpo a água com

a toalha de banho e depois pego minhas coisas novamente.Geralmente, são necessárias duas ou três tentativas para sair pelaporta. Eu planejo isso adicionando um tempo de quinze minutos.

—Você acha que vovó Nadine vai deixar Rex dormir no meuquarto desta vez?—Christian pergunta enquanto eu vou para aporta, esperançosa de que desta vez nós vamos para o outro lado.

Eu mordo de volta um sorriso com o quanto ele ama essecachorro bobo. Tenho certeza que ela comprou apenas paraChristian, mas a mais dura Nadine nunca iria admitir isso.Christian ama animais. Sempre amou, mas se tornou umaobsessão total em algum momento do ano passado. Não podemoster animais de estimação em nosso prédio de apartamentos, masmesmo que pudéssemos, não há como dar a um cão o tipo deatenção que ele merece.

—Você pode perguntar a ela quando chegarmos lá, ok?Ele balança a cabeça animadamente.

—Papai está chegando tarde hoje à noite, então você vai vê-loneste fim de semana também.

Ele corre de volta ao seu quarto para um brinquedo que ele temque levar. Eu me sinto mal por ele estar mais animado para ver ocachorro do que seu pai, mas em sua defesa, o cão é muito maisconfiável.

Leva menos de uma hora de carro até minha cidade natal, ondeos pais de Victor e os meus ainda moram. Quando chegamos àcasa de Nadine, ela está saindo pela porta da frente, Rex em seuscalcanhares, antes que eu possa tirar Christian de seu assento decarro.

—Olha o meu neto favorito.—Vovô me disse que eu sou seu único neto.—Ele disse?—Ela coloca sua melhor falsa voz incrédula. —Bem,

isso torna você ainda mais especial, não é?Ela consegue um rápido abraço antes de ele se soltar e começar

a perseguir Rex pela frente da casa.—Fique longe da rua, amigo. — eu chamo enquanto pego sua

mala e entrego a Nadine.—Obrigada!Ela me acena. —Não precisa me agradecer por cuidar do meu

próprio neto. Nós amamos tê-lo aqui.E eu sei que ela sabe, mas ainda assim, sou grata pelo papel

que ela desempenhou na vida de Christian.—O sentimento é mútuo. — eu digo enquanto vejo meu filho

correr despreocupado e feliz. As crianças são resilientes. Foi o queo médico me disse quando perguntei como ser criadoprincipalmente por um dos pais o afetaria.

Victor, o pai de Christian, fica em um final de semana uma vezpor mês para vê-lo. No que diz respeito ao meu filho, isso é normal,ele não chegou à idade em que ele compara sua situação a outraspessoas, mas eu sei que está chegando. Ele está na creche ecomeçou a pré-escola no outono passado e, embora tenha visto umgrupo diversificado de crianças de todos os tipos de famílias, meufilho vai me fazer às perguntas difíceis sobre seu pai.

Ainda assim, Nadine o leva todos os fins de semana, mesmo

quando Victor não vem, e ela foi além do que eu poderia terimaginado. A mulher não era minha maior fã quando descobriuque Victor me engravidou, mas ela nunca segurou isso contra seuneto.

—Parabéns pela peça. —Meu olhar dispara para o dela emsurpresa. —Eu vi sua mãe na mercearia. Ela está muito orgulhosa.

—Obrigada!Ela balança a cabeça e ficamos lá sem jeito.—Você quer que eu venha buscá-lo no domingo?—Eu ofereço.—Absurdo. Bill e eu vamos levá-lo de volta depois que Victor

sair, como sempre fazemos. —Ela bufa como se minha oferta fosseà verdadeira imposição. —E, além disso, Christian gosta de iràquele lugar de panquecas no Valley, então vamos levá-lo parapanquecas e depois deixá-lo. A menos que você queira participar?

Aquele lugar de panqueca é IHOP, mas ela se recusa a chamá-lopelo nome, outra peculiaridade de Nadine. Eu pondero sobre oconvite dela. Eu nunca sei se a resposta correta é sim ou não.Temos um relacionamento decente, mas não quero me intrometerno tempo dela. Christian passa por mim e eu o agarro para abraçá-lo antes de sair. —Eu acho que vou deixar a festa de panquecaspara vocês.

Ele salta ao meu lado. —Vamos ao IHOP?Oops. Eu atiro-lhe um olhar de desculpas.—Não até domingo, mas se você entrar vai encontrar bolinhos

de mirtilo esperando por você. Diga tchau a sua mãe primeiro.Ela dá alguns passos em direção à casa para nos permitir dizer

adeus.—Você tem que ser bom com a vovó e o vovô, ok?Ele acena com a cabeça uma vez, mas seus olhos já estão

correndo em direção a Rex. —Ei, olhe para mim. —Ele faz, emboracom relutância. —Quero dizer. Ouça a vovó e prometa que você sedivertirá muito com o papai quando ele chegar aqui, ok? Você podemostrar a ele suas novas habilidades de futebol.

—E você? Você não vai se divertir sem mim por perto.Meu peito dói com a ideia de que ele se preocupa comigo

enquanto ele deveria estar se divertindo com seu pai. —Eu prometo

tentar se você fizer ok?Ele sorri e balança a cabeça, e eu recuo. —Eu te amo. Vejo você

no domingo..—Tchau. — ele chama enquanto corre em direção a casa. —

Amooooo você.Eu o vejo desaparecer na casa antes de eu entrar no carro, já

sentindo falta dele. Eu sei que o tempo que ele passa com o pai eos avós são bons para ele, mas é um longo fim de semana paramim.

A parte boa? É que quinta-feira é meu dia favorito da semana.

05Katrina

EU TRABALHO no café do campus duas vezes por semana - terças equintas-feiras. Com minhas bolsas de estudos e algunsempréstimos estudantis para ajudar a cobrir o restante de nossasdespesas, é dinheiro suficiente para cobrir as necessidades sem meafastar de Christian à noite. E honestamente, eu gosto do tempopara mim mesma. Especialmente às quintas.

Exatamente as dez e cinquenta e três, ele entra pela porta doUniversity Hall. Toda quinta-feira é a mesma e toda quinta-feira euespero ansiosamente. Seus olhos encontram os meus e um sorrisode arrogância ergue os cantos de sua boca estonteante. Seu passoconfiante é longo, mas sem pressa.

Eu não me permito ofuscar o corpo dele, porque isso estariacedendo à batalha de vontades com as quais estamos nosenvolvendo há meses. Mas eu sei o que veria se o fizesse.

Cabelos negros, pele morena clara, um corpo magro, masmusculoso que ele cobre em roupas que abraçam seu corpo eparecem ter sido selecionadas por um estilista.

Ele é sempre de alguma forma totalmente montado e aindaconsegue exalar masculinidade e ter a proezas de derretercalcinhas. Não é justo que um cara pareça tão bonito e semesforço.

Joel Moreno. Jogador de basquete da Valley - na verdade, risqueas duas últimas palavras - ele é apenas um jogador de todos osaspectos. E eu não posso nem culpá-lo. Se eu fosse um cara e euparecesse assim, eu também estaria fodendo tudo ao redor.

O que eu não daria. Eu resisto a fazer aquele barulho de “mm-hmm” quando eles veem uma garota que eles acham supergostosa. Esse barulho é exatamente como eu me sinto.

Olha, eu não faço sexo há quatro anos.Está certo. Quatro anos. Ah, e a última vez que fiz sexo,

engravidei. Bons tempos. Isso vai fazer você ser feliz. E deixar você

com um presente que assusta os rapazes de vinte anos parasempre.

Eu desisto e encontro seu olhar que eu lamento imediatamenteporque seu sorriso cresce incrivelmente mais amplo e zombeteiro.Eu não tenho que olhar em volta para saber que todos os olhos daUniversity Hall estão voltados para ele. Ele é um imã.

Eu me endireito atrás do balcão do café da universidade e ocupominhas mãos, retendo o avental azul em volta da minha cintura.Meu corpo superaquece quando ele se aproxima. Mesmo se eufosse cega, acho que sua presença dispararia todos os neurôniosno meu cérebro e me alertaria para o perigo. Porque é exatamenteisso que esse cara é - perigoso.

Ele não diz uma palavra enquanto se aproxima do registro ecoloca a mão no balcão.

Olhando para o seu queixo, eu digo: —Oi, o que posso fazer porvocê?

—Ah, não seja assim Kitty, você sabe como eu gosto.Sempre Kitty, nunca Katrina ou Kat. O apelido deve incomodar.

Deveria, mas isso não acontece. Há algo sobre a maneira como elediz isso como se ele soubesse que é ridículo e ele só quer tirar algode mim.

Quando eu não reconheço o seu comentário, - e sim, eu seiexatamente como ele gosta, - muito café com creme, duas colheresde açúcar e ao lado seus peitos e bunda de acompanhamento, - elefala em seu pedido, —Bolinhos com café com creme e duascolheres de açúcar.

Sem palavras, pego uma xícara e encho-a com café, deixandoum pouco para o creme e o açúcar que acrescento em seguida. Eusei que ele está me encarando enquanto eu concluo a tarefa e seique quando eu me virar, será uma apreciação que eu vejo nosolhos dele. Esse olhar me faz passar a semana.

Quando me viro, seus olhos escuros levantam lentamente atéque ele está estudando meu rosto.

—Algo mais?—Que tal jantar hoje à noite, Kitty?Rápido e direto ao ponto. Abordagem interessante. Eu tenho

que dar a ele, ele tem sido muito mais persistente do que eu previ.Meu coração bate rapidamente contra o melhor julgamento do meucérebro. Meu corpo acende, mas eu levanto um ombro semcompromisso. —Desculpe, não estou interessada.

Nós jogamos esse jogo toda semana. Ele me pergunta e eu orespondo. Ele acha que estamos jogando o jogo mais longo desempre.

Não estamos.Ou eu não estou de qualquer maneira. Eu não tenho intenção.

As tentativas de sair, que eu realmente amo, nunca serão boas osuficiente. Quero dizer, se as coisas fossem diferentes, euprovavelmente o teria puxado sobre o registro na primeira vez quefalamos. Estar com o Joel seria divertido e louco, tenho certeza.Mas as coisas não são diferentes. Eu não sou o tipo de garota queJoel Moreno namora, se é que ele já teve um namoro sério. Casualparece ser tudo em que ele está interessado e minha vida estáprogramada, rotineira, e não se presta exatamente as rapidinhasno almoxarifado.

Mas por dois minutos toda quinta-feira, eu finjo que sou apenasuma universitária regular, flertando com o cara mais popular docampus. E eu estaria mentindo se dissesse que eu também não mededico a sonhar acordada, inofensiva sobre o que essas rapidinhasem almoxarifados, banheiros, becos (ei, elas são fantasia) poderiamser.

Não sei por que ele continua voltando quando não lhe deinenhuma indicação de que vou mudar de ideia, mas acho que,neste momento, ele só quer provar que pode ter qualquer mulherque queira. Ele claramente não está acostumado a rejeição.

Ele provavelmente acha que estou fazendo disso um desafio pelobem do esporte, mas se ele realmente recuasse e pensasse sobreisso, ele perceberia que ele nem mesmo quer que eu diga sim.Talvez ele já tenha percebido isso. Ele nunca insiste - nunca mepede duas vezes ou questiona minhas desculpas esfarrapadas.Inconscientemente, acho que ele está ansioso para eu responderele toda semana.

Eu sou possivelmente o último fio solto que mantém seu ego

sob controle. Da próxima vez que ele estiver batendo em algumagarota de sorte, ele o fará com uma satisfação que não poderia serencontrada se ele não tivesse meu “não” semanal parafundamentá-lo na possibilidade de rejeição. Quando você ganha otempo todo, o jogo não é divertido. Eu sou a perda irritante a cadasemana que faz com que ele trabalhe mais e aprecie muito mais asvitórias.

Meu legado na Valley U pode muito bem ser a motivação quelevou Joel Moreno a conquistar todas as outras garotas do campus.De nada, senhoritas.

Com um aceno de cabeça, ele entrega seu cartão de crédito parao café. Eu tomo meu tempo, prolongando o processo para atrasarsua partida.

—Vejo você na próxima semana.Enquanto ele se afasta, eu finalmente o olho – cada lindo

centímetro - e eu me deixo acreditar que é tudo real. Que elerealmente me convidou para sair, esperando que eu dissesse quesim e que ele passaria os próximos seis dias meditando sobre comome convencer. Eu quero que ele fantasie comigo da mesmamaneira que eu fantasio com ele. Isso é tudo que ele pode ser.Tudo o que posso ser para ele. Eu estou bem com isso. A fantasia équase sempre melhor que a realidade e Joel Moreno é minhafantasia perfeita. Por que mexer com isso?

Depois do meu turno da manhã no café, eu atravesso o campuspara o Teatro Adams. É o primeiro dia de ensaios para a peça deprimavera. A cada semestre, o departamento de roteiro se une aodepartamento de teatro para fazer uma apresentação originalescrita e executada inteiramente pelos alunos para o Show daPrimavera. Este ano é a primeira vez que uma peça de juniores jáfoi selecionada. Minha peça original, The Tragic Love Story, deHector e Imelda, será apresentada em poucos meses, e estou tãonervosa que sinto que vou vomitar toda vez que fico parada temposuficiente para pensar sobre isso. O que felizmente não éfrequente.

Meu conselheiro, o professor Morrison, o chefe do departamentode roteiristas, está de pé lá dentro e me cumprimenta. —Katrina,

eu estava falando de você. Conheça Brody Bradley.Brody Bradley. Seu toque de língua de um nome funciona

porque ele é o tipo de cara que não poderia ter um nome normal.Algum dia ele estará na Broadway ou estrelando um filme indicadoao Oscar e as multidões ficarão loucas por ele.

—Prazer em conhecê-lo. — Eu mudo minha mochila para cimano meu ombro e ofereço minha mão.

—Brody aqui vai ser o seu Hector.Meu Hector.Ansiedade no alto, eu tremo quando sua grande mão envolve a

minha e olhos verdes brilhantes me olham. Se eu não o tivessevisto, eu ficaria preocupada. Sua personalidade é grande eencantadoramente - alta. Nada como o apelo discreto de Hector.Mas eu vi Brody mais louco. No último semestre, ele interpretou ofantasma em uma releitura de O Fantasma da Ópera e me levou, eo resto do show esgotado, às lágrimas.

—Vou deixar vocês dois conversarem. Com licença. —Oprofessor Morrison coloca a mão em sua cintura em um gestoquase de arco e se afasta de nós.

—Então, você é a roteirista, hein?—Aspirante. Sim.—Não mais aspirando. Eu li o roteiro, é bom. Estou muito

animado com isso.—Você está?Um lado de sua boca levanta e ele inclina a cabeça para o lado

como se estivesse tentando me entender. —Claro. Vamos, deixe-meapresentar você aos outros.

A próxima hora é um redemoinho quando Brody me apresenta atodo o departamento de teatro. Pessoas que admiro e outras quetrabalham nos bastidores. Estou impressionada e totalmenteinspirada. E o sorriso no meu rosto é grande e genuíno quandotroco números com Brody e Tabitha, que está interpretandoImelda.

—Um monte de gente geralmente sai na sexta à noite depois dosensaios— diz Tabitha enquanto saímos. —Você vai?

—Oh, eu...—Minha voz desaparece quando eu pego uma

desculpa e percebo que não tenho nenhuma. Nas poucas vezes emque fui convidada para festas, tive que dizer não por causa deChristian. Não temos família na Valley, o que significa que não hánoites fora, a menos que haja creche. Isso não é algo que você vêlistado no quadro de avisos do campus.

Mas não há Christian neste fim de semana e Tabitha olha paramim com tal excitação contagiante com a perspectiva de sair. Eume surpreendo dizendo: —Isso parece divertido.

E isso acontece.

06Katrina

EU SENTEI na frente do palco com meu caderno no colo e o roteiroimpresso na minha frente. Brody e Tabitha estão passando pelacena de abertura onde Hector e Imelda se encontram no Día de losMuertos, ou no Dia dos Mortos. É uma citação para o filme Coco,onde minha inspiração surgiu, mas eu também escolhi porque eusabia o quão bonito o palco poderia parecer iluminado com luz develas falsa como pano de fundo para o início de uma história deamor épica.

A equipe de palco está trabalhando na criação da grande telaque eventualmente será pintada e terá as luzes amarradas e já émais bonita do que eu poderia imaginar.

—Precisa de algo.Eu olho para as palavras de Willa para encontrá-la estudando o

palco atentamente, brincando com seu piercing no lábio. Elacontinua: —Eu não estou recebendo a vibração histórica ou doMéxico.

Meu estômago cai em suas palavras, que foram ditasgentilmente, mas não me fazem pirar menos. Ela me cutuca com ocotovelo. —Ei, é uma ótima história e vai ser incrível. Eu tenhocerteza que os figurinos e acessórios vão trazer tudo.

Eu suspiro. —Não, você está certa. Parece contemporânea eamericana, porque é isso que eu conheço.

—O que fez você decidir escrever uma peça histórica dequalquer maneira?

Mordo o canto do meu lábio e me pergunto a mesma coisa, masnão digo em voz alta. Eu só posso dar de ombros. Honestamente,não foi intencional. Eu nunca sonhei que seria tão difícil traduzir acultura e a época do México no início de 1900. Aparentemente,muita coisa estava acontecendo no México, o mundo inteiro naverdade, que eu não considerei.

—O que precisamos fazer é pesquisar. —Ela bate as mãos

juntas. —Ooooh, vamos planejar uma viagem para Cabo. Podemosnos bronzear e perguntar sobre a história e o que quer que seja.

Eu sorrio para sua excitação de olhos arregalados. Willa escreveas palavras mais bonitas e perspicazes, principalmente poesia econtos, mas ela fala como uma garota do Valley dos anos noventaque me faz rir. Eu a adoro.

Ela também é provavelmente a coisa mais próxima que eu tenhode uma amiga da universidade. Estamos em todas as mesmasturmas e fazemos parte de um grupo de crítica que se reúne umavez por semana para compartilhar nossa redação e trocar ideiasumas com as outras. Seu entusiasmo e criatividade fazem delauma grande parceira de crítica e de criação, mas eu me perguntocomo ela consegue colocar seus pensamentos no papel tãopoeticamente quando termina frases com coisas como “e o quequer que seja”.

—Acho que vou ter que resolver esse problema da Valley, masnão é uma má ideia. Talvez possamos conversar com odepartamento de espanhol e ver se eles têm algumasrecomendações. Enquanto isso preciso trabalhar no final. Nãoconsigo descobrir a última cena em que Imelda recebe a últimacarta de Hector, um mês depois de sua morte.

Eu trago o final da minha caneta para a minha boca enquantotento visualizá-lo. Eu quero que seja perfeito.

Quando o ensaio acabou, Tabitha desce do palco.—Ei, Katrina, você ainda virá hoje à noite?—Seu olhar voa para

Willa. —Olá, eu sou Tabitha.—Desculpe. Tabitha, esta é Willa, ela também é roteirista.—Bem, vocês duas deveriam sair hoje à noite. Eu só preciso

passar em casa e me trocar.Willa está de pé. —Estou fora. Eu tenho que trabalhar hoje à

noite.—Katrina?—Oh, eu...Willa me cutuca. —Vai. Você tem que ir.Ela está certa, mas estou de repente mais nervosa do que previ.

—Ok, sim, eu estou dentro.

A excitação de Willa é muito maior do que a minha enquantopegamos as coisas e seguimos Tabitha para fora do teatro. Ela sabeque raramente saio e tenho certeza que na segunda-feira estareisob intenso escrutínio para obter todos os detalhes.

—Divirta-se. Fique bêbada, beije meninos ou meninas... apenasbeije alguém. —Ela aperta os lábios roxos escuros e beija o ar.

—Eu realmente não acho que isso vai acontecer. —Eu dou umarisada nervosa, mas a excitação do desconhecido faz borboletasdançarem no meu estômago.

—Até mais tarde. — Willa acena. —Prazer em conhecê-la,Tabitha.

Tabitha retorna e depois se vira para mim. —Por que você nãome segue até minha casa e nós podemos fazer uma arrumação edepois pegar uma carona com Brody para a festa? Ele leva maistempo para ficar pronto do que qualquer um que eu conheça, entãodevemos ter muito tempo para uma bebida ou duas.

Esta sujeira um pouco embaraçosa em Brody de alguma formame deixa à vontade e uma bebida antes de entrar na minhaprimeira festa da universidade parece ótimo.

O apartamento de Tabitha fica a poucos quarteirões do campus.É menor do que o que alugo para mim e Christian, mas aindaestou com ciúmes ao ver sua linda decoração - sofá branco,almofadas rosa-claro. O pensamento de um sofá branco emqualquer lugar perto do meu filho me faz estremecer. E osbrinquedos e coisas de criança que sempre parecem chegar à salade estar, não importa quantas vezes eu diga a ele para colocá-lo emseu quarto, não é um espaço muito chique.

—O que você quer beber? Eu tenho vinho, tequila, vodka, rum,um monte de misturadores.

—Tudo o que você beber está bom. Eu só preciso fazer umtelefonema rapidinho.

—Você não está mais me abandonando, está?Eu sacudo minha cabeça. —Eu tenho que ligar e verificar o meu

filho.—Vai lá, você tem um filho?—Sim. — eu digo, e ela não parece surpresa ou estranha,

qualquer coisa realmente. Apenas aceita. —Um filho, Christian. Eletem três anos.

—Bem, ligue para ele, faça o que você precisa fazer. Vou nosservir dois copos muito fortes de rum e coca.

Ela serve as bebidas enquanto eu me acomodo no sofá.Soltando meu copo na mesa lateral, ela carrega a dela em direção auma porta aberta, presumo que leva ao seu quarto. —Eu voutrocar de roupa. Suba quando você terminar. Eu quero ouvir suahistória, Katrina Phillips.

Eu tomo um pequeno gole do rum e faço careta. Não me lembrose já tinha bebido rum antes, mas tenho o prazer de descobrir quenão odeio. Pressionando chamar, eu tomo um gole maioresperando que isso acalme meus nervos. Nadine responde nosegundo toque.

—Oi, Katrina. Christian acabou de perguntar por você. Bem,você sabe antes que ele fugisse para a próxima coisa que chamousua atenção.

—Ele perguntou? — Eu sorrio para o telefone. —Como eleesteve?

—Ocupado. Assim como seu pai sempre foi. Eu semprecostumava dizer a Victor que eu esperava que um dia ele tivesseum filho tão ocupado quanto ele. Claro que eu achava que eleestaria por perto para criá-lo.

Ela fica quieta, o que é mais alarmante do que o discurso dela.—Victor não está? Eu pensei que ele viria esta noite.Ela suspira e eu respiro pelo nariz e deixo sair lentamente

tentando apagar a irritação que sinto. —Ele teve uma pequenamudança de planos, mas ele estará aqui amanhã. Christian está láatrás com Bill enchendo os alimentadores de pássaros. Você querque eu ligue para ele para conversar?

—Não, tudo bem. Você pode apenas dizer-lhe boa noite e que euo amo e que vou ligar logo de manhã?

—Você não quer que ele ligue antes de dormir?—Bem, na verdade, estou me preparando para sair com uma

amiga, então não tenho certeza... —Eu sei que não é o mesmo, masde repente eu sinto que Christian teria dois pais ausentes nele esta

noite. —Na verdade, sim, quero que ele me ligue.—Que tal eu ligar na primeira parte de manhã? Ele realmente

deveria estar indo para a cama.—Oh. OK. Sim, tudo bem.—Aproveite a sua noite, Katrina. — diz ela, e acho que é pena

que ouvi em sua voz.Nos despedimos e eu jogo meu celular na bolsa como se fosse

um símbolo das responsabilidades da minha vida real.Tabitha está em seu quarto segurando dois vestidos quando eu

entro. —O que você acha?—Ela move o um em sua mão direita nafrente dela. —Pequeno vestido preto?

É um vestido simples - corte curto e baixo. É mais um vestidoque mal-cobre-algo que por acaso é preto, mas com as pernascompridas de Tabitha e cintura fina, eu não tenho dúvidas de queela poderia fazer isso.

—Ou o rosa?—A maneira como ela praticamente grita deexcitação eu posso dizer que ela prefere. E quando ela o segura atéo rosto, complementa seu tom de pele pálida e cabelo ruivo. Ela écomo uma versão mais quente de Molly Ringwald em Pretty inPink.

—Aquele. —eu digo e, em seguida, roubo um olhar para aminha roupa. Eu optei por uma blusa fora do ombro, leggings ebotas. Eu pareço bem, mas ao lado de Tabitha, estou mais bempreparada para ensinar pré-escolares do que ir a uma festa deuniversidade. —De repente me sinto realmente mal vestida.

Ela segura o vestido preto para mim. —É todo seu. Quero dizer,você já parece quente. Você sempre parece. Eu já vi você algumasvezes no campus e no café, você está sempre tão arrumada.

Neste caso, acho que significa que não mostro pele suficiente.Tabitha estava certa sobre Brody e nós já terminamos nossa

segunda bebida e eu contei a ela mais sobre a minha vida do quequalquer outra pessoa além de Willa antes de ele mandar umamensagem de que ele está a caminho. Ela faz mais uma tentativade me pegar no vestido minúsculo. —Última chance.

—Acho que não.Ela revira os olhos dramaticamente. —Você pode muito bem ir

com ele hoje à noite. Se levar mais três anos para sair de umanoite...

—Faz apenas um ano. — eu digo enquanto rio. —Willa me levoua uma poesia local de leitura e mixagem.

—Oooh tão selvagem — Tabitha zomba, mas seu tom ébrincalhão.

—Tudo bem, tudo bem. Eu vou usar o vestido, mas promete quevocê não vai sair do meu lado. Tenho a sensação de que vou mesentir muito exposta.

Ela sorri vitoriosa. —Eu prometo não sair do seu lado, mas issoé só porque, se eu ficar ao seu lado, há uma pequena chance deque os caras possam me notar depois de verem você.

Quando Brody finalmente chega, nós rimos até o meio-fio eentramos em seu carro. É uma coisa boa Brody é um cara tãopopular, porque esse carro não faria nenhum ponto com asgarotas. Não que o meu, coberto de migalhas que eu nunca pareçoaspirar e completo com a cadeirinha, fosse tão legal.

—Katrina, uau.—As sobrancelhas de Brody se levantam quandoele me vê. —Você parece... uau.

—Não muito nua?—Eu pergunto com uma risada nervosa.—Isso é uma pergunta capciosa?—Seu sorriso é reconfortante.

—Você parece ótima.—Onde estamos indo de qualquer maneira?—Eu pergunto do

banco de trás enquanto Tabitha e Brody brigam pelo rádio.—Jock Central.—Tabitha bate palmas e se vira para mim. —Os

caras do beisebol estão tendo uma festa hoje à noite e suas festassempre atraem as outras equipes no campus.

—A música deles é uma merda, mas eles são bons e legais comtodos, então as festas deles são sempre incríveis. Você já foi?

Balanço a cabeça e respiro fundo, esperando que isso acalmemeu coração acelerado.

Eu vejo pessoas caminhando em direção à festa antes de ver acasa em si. Ela fica na rua e em frente ao campo de beisebol, o quefaz sentido, embora eu não tenha pensado muito nisso antes.

Brody estaciona ao longo de uma rua lateral e desliga o motor.Borboletas confusas que vibram com entusiasmo e depois

mergulham com ansiedade intermitente me livram de qualquerfalsa calma residual do álcool. Eu sigo em silêncio enquantocaminhamos até a casa de beisebol em um fluxo constante depessoas. Eu estou fazendo isso. Levou apenas três anos, mas estoufinalmente participando de uma verdadeira festa da universidade.O pensamento de cerveja em um copo de plástico nunca soou maisatraente.

Ninguém parece me olhar engraçado, então eu entendo issocomo o meu encaixe. Mas onde eles estão todos se movendo com opropósito e facilidade como eles fizeram isso um milhão de vezes,eu estou hesitante e vejo Brody e Tabitha perto de mim imitaremseus movimentos.

Passamos pela sala de estar e entramos em uma pequenacozinha que tem garrafas de bebidas alcoólicas alinhadas em umbalcão com copos e misturadores. Eu localizo o barril de prata efaço uma pequena dança mental feliz ao ver meu primeiro barrilem ação. Eu vejo um grupo de rapazes se amontoando ao redorrindo e se revezando derramando cerveja do tambor de metal.

Eu aceito o copo que Brody empurra na minha direção quandoele diz: —Escolha o seu veneno.

Tabitha olha as garrafas cuidadosamente antes de apontar parao rum. —Eu não estou misturando meu álcool hoje à noite.

Brody entrega a garrafa para ela. —Vou dar uma volta, verquem está aqui antes de me comprometer com uma bebidadurante a noite.

Ele sai enquanto Tabitha serve rum e derrama coca em seucopo. —E você Katrina?—Ela para. —Você vai por mais algumacoisa? Kat? Trina?

Eu levanto um ombro e deixo cair enquanto balanço minhacabeça. Quando eu era mais jovem, amigos tentavam me chamarde coisas diferentes, mas nada nunca ficava preso.

—Apelidos?O único que vem à mente é...—Kitty. — Sua voz, aquela voz, é rouca, mas suave e quando ele

diz meu apelido, o apelido ridículo que faz meu corpo formigar,parece uma marca.

07Joel

— KITTY. —Seu nome está fora antes que meu cérebroreconheça plenamente que é ela.

Você poderia me derrubar com uma pena. Talvez seja umadaquelas estranhas dissonâncias em que a sua mente nãoconsegue associar uma pessoa fora do lugar habitual que você vê,ou talvez eu seja apenas uma pessoa fixa. Eu nunca encontreiKatrina em lugar algum além do café, mas está claro que eutambém estou bêbado porque é a única razão pela qual eu estariausando palavras nerds como dissonância. Até na minha cabeça.

O vestido que ela está usando mostra pernas longas etonificadas, e os peitos que eu tenho admirado sob as camadas dematerial que ela usualmente usa não são felizmente o resultado deum sutiã de aumento milagroso. Seu perfil é para mim, mas a vejoreagir à minha voz. Ela se cala e seus lábios se separam quandoela se vira para mim. Ela não responde até que a garota ao ladodela, uma ruiva que me olha com uma mistura de confusão eintriga.

—Joel Moreno. —A maneira como ela diz meu nome é comouma dose dupla da garrafa de Jack que eu seguro em uma mão.Queima tão bem.

—O que você está fazendo aqui?Uma sobrancelha levanta e uma mão vai para o quadril. É o

mesmo olhar de zombaria e postura que ela me dá toda semana,mas esta noite ela parece nervosa sem o balcão entre nós. —É umafesta. O que você acha que estou fazendo?

—Bom ponto. —Eu dou a sua amiga, que parece familiar, masfelizmente não eu vi seu jeito nu, um pequeno aceno de cabeça epasso mais perto de Katrina. Eu pego três copos e preencho cadaum deles com um gole saudável da garrafa que eu quase terminei.Eu entrego um copo para Katrina e sua amiga e levanto a outra nadireção delas. —Felicidades para fazer o que as pessoas fazem em

festas.Sua amiga sorri e olha entre Kitty e eu. Katrina levanta o copo

para os lábios rosados, mas faz uma pausa antes de beber. Ela fazuma careta com o cheiro, começa a tomar um gole, tosse e, emseguida, força o resto para baixo como uma campeã. —Isso énojento.

—Os shots geralmente são. — diz a ruiva e toma o dela de umasó vez. Ela firma o copo na mão e olha o copo que ela está bebendo.

Kitty assiste e faz o mesmo. —Qual é o ponto de beber algo quetem um gosto ruim?—Seu rosto fica vermelho. —Eu não bebo commuita frequência.

Eu arquivei esse fato. —Primeiro de tudo, não fale sobre o meumenino Jack assim. Em segundo lugar, depende do que você querda noite. Diferentes tipos de álcool fazem as pessoas se sentirem demaneiras diferentes. Bêbado de vinho é emocional. Oh meu Deus,eu te amo tanto. —eu digo em uma voz estridente falsa que puxauma pequena risada de sua amiga. —Bêbado de cerveja é alto edesagradável... —Eu aceno minha mão em direção ao barril na salade jantar. Os caras ao redor empurram e se atropelam enquanto serevezam enchendo seus copos, falando tão alto que você pode ouvirseus insultos acima do resto do barulho da casa.

—E isso. —Ela levanta o copo vazio. —Que tipo de bêbada euserei?

—Divertida e invencível.A garota ao lado dela bufa. —Até amanhã de manhã de

qualquer maneira.—Alguma verdade nisso. —eu admito.—Tabitha. —a ruiva se apresenta.Katrina olha entre nós. —Desculpe, pensei que talvez vocês dois

já se conhecessem.—Joel, prazer em conhecê-la. —Eu estendo a mão para Tabitha.Antes que ela pudesse tremer, Nathan se intromete. —Shots,

shots, shots. — ele canta em sua melhor imitação de Lil Jon, o queé horrível.

Ele tem uma caixa de pizza vazia que ele está usando comobandeja e está cheia de copos de qualquer coisa que ele tenha

criado.Ele oferece primeiro a Tabitha e Katrina que ambas tomam um.Eu levanto a mão para passar. Eu conheço meus limites. Eu

gosto de estar à beira do desperdício. Eu estou seguindo a linhacomo ela é. A mistura de bebida e a adrenalina me bombeando coma visão de Katrina aqui quando eu menos esperava que meacendesse.

—Cale-se. Você não está exagerando. São apenas dez horas. Afesta está apenas começando.

—Eu estou andando. —eu digo irritado, mas suave de qualquermaneira. Eu levanto até o nariz e farejo, tento fazer uma ideia doque estou metendo. Tudo que eu cheiro é uma bebida frutada dealgum tipo.

—O que é isso?Seu sorriso é rápido e perverso.

Ah foda-se. —Há Everclear2 nisto?

Foda-se isso. Eu coloco o shot de volta em sua bandeja. E dejeito nenhum eu vou deixar Katrina beber isso. A garota vai ficarapagada antes que ela perceba.

Muito tarde. Olho para cima a tempo de ver seu rosto bonito secontorcer em uma mistura de confusão e desgosto.

—Oh Deus, o que é isso?— Ela pergunta depois de ter bebidometade do shot.

Eu tiro da mão dela e bebo o resto antes de responder. Eu pegoapenas o menor indício do álcool ridiculamente alto, mas meucorpo estremece como se soubesse que eu acabei de fodê-lo.

—Ei, eu ia beber isso.—Confie em mim. Eu fiz um favor a você.Tabitha coloca seu copo ainda cheio e olha para Nathan. —O

que há nisso?—Relaxe. —Nathan bate no meu ombro. —Só tem um pouco do

Everclear.—Essa merda vai estragar você tão rápido que você nem vai

perceber.Fico feliz quando Katrina não faz nenhum movimento para

pegar outro copo da bandeja de Nathan, mas, em vez disso, pega ocopo vazio e diz: —Vou pegar uma cerveja.

Nathan já está fora em sua busca para obter todos na merda,então eu sigo Katrina para o barril.

—Eu não posso acreditar que você está aqui. Eu nunca vi vocêantes.

Ela tenta derramar. O fluxo é fraco e ela mexe com a torneira edá uma sacudida que ajuda.

—Precisa ser bombeado.—Uh, o que?—Ela deixa cair e olha para mim impotente.—Estou começando a pensar que esta pode ser sua primeira vez

com um barril. —Eu dou um passo à frente e dou ao barrilalgumas bombeadas lentas. —A chave é não sobrecarregar. Vocêbombeia demais e poderá sair na ponta.

Eu a movo com a inclinação na ponta e aperto o bico. Ela colocao copo embaixo e eu a encho como um profissional.

—Você está olhando. — diz ela enquanto eu lhe entrego o copo ede fato continuo a observá-la.

—Desculpa. Estou apenas... surpreso por te ver. Vamos, vamoslá fora. É mais silencioso lá fora e podemos conversar.

Falar, fazer o que for.—Eu deveria voltar para Tabitha. —Ela faz um gesto com a

cabeça e eu olho para ver sua amiga nos observando com cuidado.—Nós viemos juntas.

Garotas são estranhas como merdas por ficar com suas amigasem festas. Normalmente, é quando eu ofereço que as duas sejuntem a mim do lado de fora, mas não estou com disposição paraumavia de três. Minha atenção está voltada exclusivamente para oKatrina. Mas ela também não sai da minha vista. Eu temo que elapossa ser uma alucinação ou talvez eu já tenha dado o fora e estousonhando.

Eu coloco um braço ao redor de seus ombros, apreciando cadacentímetro de pele nua que aquece meu antebraço. —Tabitha. —euchamo quando nos aproximamos. —O que você acha de jogos debeber?

Sua expressão não parece nem um pouco encenada ou adiada

para dominar seus planos. —Adoro eles.Eu deixo meu braço cair e agarro a mão livre de Katrina. Sua

pequena palma está mole por um breve momento antes de relaxare enrolar os dedos em volta dos meus. Eu as levo até a mesa nomeio da cozinha e agradeço o karma, a Deus ou a pura sorte deque há três lugares vazios.

Mario e Vanessa estão sentados com alguns outros caras egarotas de beisebol que eu reconheço como frequentadores daBaseball House. —Ei, Mario, tudo bem se nos juntarmos a você?

Ele geme quando Vanessa atira uma bola no copo na frente delae levanta ambos os braços acima na vitória. —Otário, beba denovo!

—Aviso justo, Vanessa é estranhamente boa em bolas de tiro. —diz ele enquanto enche seu copo com a garrafa Captain Morgan nafrente dele e, em seguida, bebe.

—É verdade. — Vanessa diz com orgulho. Seus olhos pousamem Katrina e seu sorriso se alarga. —Ei, você é Katrina. Vocêtrabalha no café com Blair... ou bem, antes dela sair.

Katrina assente com a cabeça. —Eu pensei ter reconhecidovocê. Você é sua colega de quarto, certo? Não é o mesmo sem ela.

Vanessa é gostosa, mas implacável. Eu não a foderia porqualquer quantia de dinheiro, mas agora ela sorri tão docementequando pede que Katrina tome o assento ao lado dela que eu souuma perda total. Minha Kitty parece ter um efeito estranho emtodos. Os assentos remanescentes estão do outro lado da mesa,então eu puxo uma cadeira para Tabitha e, em seguida, pegoaquela diretamente em frente a Katrina. Pelo menos assim possoobservá-la com mais cuidado. Para ser prático, no entanto.

Nós jogamos e Vanessa nos destrói como Mario previu. Meusolhos ficam colados a Katrina, que observa e copia os movimentosde todos os outros. Não consigo ler sobre ela. Ela não é festeiraporque eu nunca a vi sair, mas ela parece estar se divertindo, senão mais timidamente do que todos os outros.

—Ok, eu estou fora. — diz Mario depois que ele é forçado atomar outro copo.

Vanessa franze o nariz para ele. —Boa decisão. Eu não quero

que você tenha WhiskeyDick3 depois.

—Muita informação, V. — eu digo com uma risada e vejo Mariopender a cabeça e murmura algo em voz baixa.

—Que tal o Drunk Jenga? Você ainda tem esse?—Eu pergunto,não tendo nenhum interesse em jogar qualquer coisa, mas derepente sentindo que eu preciso ser o anfitrião da porra de MarthaStewart e garantir que todos se divirtam. Bem, nem todo mundo,só a Katrina.

—Boa ideia. —o lançador dos Jerseys ao meu lado diz com maisentusiasmo do que Jenga merece.

—O que é Drunk Jenga?—Katrina pergunta hesitante esilenciosa, dirigido a mim.

—Você vai gostar. —eu prometo. E ela vai. Ela se divertir setornou meu único objetivo para a noite. Bem, e levá-la para casacomigo.

Montamos Jenga e Katrina ria enquanto ela lia algumas daspeças. —Cartas a mesa.

Um dos meus favoritos.—Faça uma regra para a mesa e escolha duas pessoas para se

beijarem.Eu li o olhar em seu rosto que pergunta se nós vamos realmente

jogar um jogo tão ridículo que poderia ter sido feito por garotos doensino médio. Sim, querida, a universidade é apenas puberdadecom esteróides. Jogando jogos como girar a garrafa, verdade oudesafio, ou eu nunca é totalmente legítimo porque há álcoolenvolvido. Amanhã as pessoas vão culpar suas ações hoje à noitepor estarem bêbadas quando a verdade é que elas estavam commuito tesão e querendo transar.

—Eu vou primeiro. —a menina ao meu lado diz, olhando de ladopara mim. Ah inferno. Eu não considerei que poderia participardas festividades. Quer dizer, eu geralmente sou um jogador, mascom Kitty aqui - de jeito nenhum eu estou perdendo tempo comoutras garotas.

—Na verdade, que tal deixarmos Kitty primeiro já que é aprimeira vez dela. —Eu me levanto e me movo pela mesa. Com

uma mão nas costas da cadeira, eu me inclino.—Eu sei jogar Jenga. — diz ela com um sorriso.—Eu só quero ter certeza de escolher sabiamente. —Eu aponto

para um quadrado no meio da torre.Ela me olha com desconfiança, mas puxa a que eu escolhi de

qualquer maneira. Eu tento esconder o sorriso puxando meuslábios enquanto ela lê para si mesma.

—O que é que diz?—Alguém pergunta, mas nem Kitty nem eurespondemos.

Ela finalmente olha para cima e ao redor da mesa e eu quaseposso ouvi-la avaliando suas opções. Eu recuo e espero. Quandoeu quase perdi a esperança, ela suspira, vira para mim, fica em pée diz: —Isso não conta como um encontro.

Há risadas da mesa enquanto Vanessa lê o ladrilho descartadoem voz alta. —Sete Minutos no Céu.

Quando estamos no andar de cima, no quarto de Mario, elafinalmente fala. —Não tenho certeza se devo me sentir insultada ouimpressionada por você ter me colocado em um quarto uma horadepois de eu chegar à festa.

—Impressionada. —Eu ando até o fim, esperando que ela siga, ecoloco a garrafa de Jack que eu ainda estou carregando na mesa.Ela para na porta, e eu passo de volta para ela e escovo o cabelopara longe do lado do seu pescoço. Inclinando-me, eu pressionoum beijo logo abaixo de sua orelha antes de murmurar: —Definitivamente impressionada.

—Eu não vou fazer sexo com você. — ela sussurra em uma voztrêmula. Eu puxo de volta. Guerras de indecisões em seus olhos.Ela me quer, eu sempre soube disso, mas algo ainda a impede.Mesmo aqui sem mais ninguém e sem barreiras entre nós, ela estálevantando um sinal com a maneira como ela parece quaseculpada.

De alguma forma, eu consigo me afastar. Seu cheiro me segue,e eu tento encontrar alguma aparência de sanidade quando eupego a garrafa de Jack. —Não precisamos fazer nada além de ficaraqui por sete minutos.

Eu me acomodo na cama de Mario com o álcool e dou um

tapinha para ela seguir.Ela olha ao redor do espaço que é limpo e não em tudo o que ela

imaginou a julgar pelo olhar em seu rosto. Vou ter que agradecer aVanessa por isso. Eu vejo toques dela por toda a sala, incluindo acama que foi feita e lençóis que cheiram como se tivessem sidolavados recentemente.

—Vamos. Eu estive te convidando para sair por cinco meses. Meajude aqui.

Ou, me deixa ajudar você.—Ok, mas a porta permanece aberta e eu não toco naquela

cama.Ela entra no quarto e fica de braços cruzados, olhos por todo o

local.Minha cabeça está pesada, provavelmente do álcool, mas eu

forço meu cérebro para ter uma ideia. Qualquer coisa para mantê-la aqui e tudo para mim. —Que tal fazer outra coisa para passar otempo? Nós poderíamos nos conhecer. Sete perguntas no céu. —Olhe para mim todo inteligente. Não vamos exatamente adicionareste ao jogo. Sete minutos no céu normalmente não devem seralterados. Tempos drásticos e tudo isso.

Ela parece considerar isso. —Eu posso te perguntar qualquercoisa?

—Certo. Contanto que eu possa fazer o mesmo.Seus braços vão para os lados e ela se move para a cama e

senta na beirada. Progresso.—OK.Eu jogo-lhe uma bola de softball. —Qual é a sua graduação?—Roteiro. Seu?—Comunicações. — eu respondo e, em seguida, atiro de volta

para continuar o jogo. —O que fez você decidir sair hoje à noite?Ela encolhe os ombros. —Tabitha me convidou para sair.—Sim, ok, mas eu nunca vi você, então por que hoje à noite e

não antes?Seus lábios se separam e seu peito sobe e desce antes que ela

responda. —Eu acho que as estrelas apenas se alinharam. Euestava livre e ela me chamou. Eu sinceramente não sou convidada

para tantas festas. E isso foram duas perguntas.Eu seguro minha palma em um gesto que é a vez dela.—Quantas garotas você trouxe aqui?Estou satisfeito que esta é uma pergunta que posso responder

honestamente e para o meu crédito. —Nenhuma.Ela estreita o olhar. —Eu não acredito em você.—É verdade. A sala oficial dos Sete Minutos no Céu é na

verdade o armário do andar de baixo.Revirando os olhos, sua postura se fecha um pouco. —Você

sabe o que eu quis dizer.Sim, claro que sim.—Eu não sei. Muitas. Isso importa?—Não, eu acho que não. Foram quatro perguntas.—Ela segura

três dedos no ar com um sorriso. —Por que você continua vindo aocafé me convidando para sair toda semana? Você tem que saberque eu nunca vou dizer sim.

—É aí que você está errada. —eu argumento. —Você quer dizersim. Eu não sei por que você continua dizendo não, mas eu sei quenão estou errado sobre a atração entre nós ser mútua.

—E você está o que? Esperando me cansar comprando café?—Os vencedores querem a bola.—Desculpe?—Você me ouviu.—Eu não entendo como isso se encaixa nesse cenário. Eu sou a

bola?Estendendo a mão, deixei meus dedos passarem pelo braço dela

- cotovelo ao pulso. Arrepios encontram meu toque, mas ela nãorecua. —Isso significa que estou disposto a arriscar que você merejeite toda semana porque sempre há uma chance de você dizersim. Eu posso falhar noventa e nove vezes antes de eu ter sucesso,mas vou continuar tentando porque eu quero você. Você não é abola, Kitty, você é o objetivo.

Ela torce o nariz. —O objetivo? Você pode “pontuar”, —ela cita apalavra —com qualquer garota que você queira. Então, não tenhocerteza se compro isso. Se eu sou apenas um objetivo...

—Não torça minhas palavras. Você não é nada.

Nossos olhos se fecham e o ar se desloca. Não me atrevo a memexer mesmo que esteja morrendo de vontade de prová-la, paramostrar a ela como podemos ficar juntos.

Ela solta um longo suspiro e balança a cabeça. —Posso tomarum gole disso?

Eu entrego a garrafa e vejo como ela a inclina para trás ecomeça a fazer careta quando a bebida encontra sua língua. Eladevolve com uma tosse. —Obrigada.

—Lo que tu quieras, hermosa.Seus olhos se arregalam. —Você fala espanhol?Droga. Eu não atirei o espanhol sobre ela? Em todas as minhas

tentativas para que ela saísse comigo, eu tinha esquecido oconselho de Blair de que jogar minha habilidade de falar espanholera o derradeiro conta-gotas. Evidentemente, isso não costumaacontecer. Minha cara bonita e o corpo que vem com os treinos epráticas de ser um atleta universitário fazem praticamente todo otrabalho para mim.

—Meus pais queriam que pudéssemos nos comunicar comnossa família no México.

Ela se desloca para que ela esteja sentada na cama. —Seus paiscresceram aqui ou no México?

—Ambos. A família do meu pai mudou para cá quando ele eracriança. Minha mãe veio com a irmã depois do ensino médio.

Seja qual for a hesitação e o bloqueio que ela estava tendo, elase inclina para frente e faz a próxima pergunta. —Como eles seconheceram?

Eu balancei minha cabeça e elevei minha língua contra o céu daminha boca duas vezes. —Ah, não, você usou suas sete perguntas.É a minha vez.

Ela segura a mão para a garrafa.Eu passo por cima, assistindo hipnotizado enquanto ela toma

outra pequena bebida e a devolve. —Estou pronta. Atire.—Admita que você está atraída por mim.—Isso não é uma pergunta.—Bem. Você está atraída por mim?Seu rosto fica rosa. Se eu estivesse duvidando disso, o que eu

não tenho, eu estaria certo agora. Katrina está atraída por mim,mas preciso ouvi-la dizer isso. Eu preciso que ela admita para simesma. Ela revira os olhos. —Você sabe que é gostoso, não precisade mim para preencher seu ego.

—Isso não é a mesma coisa. Eu perguntei se você estava atraídapor mim?

Ela joga as mãos para cima, exasperação saltando fora dela. —Claro que estou. Tenho certeza que toda a população feminina éatraída por você. —Mais atenção.

Eu tomo um gole para esconder o sorriso arrogante que estáameaçando se espalhar pelo meu rosto. A queimadura do álcool e aexcitação de sua admissão me deixam tonto.

—Última pergunta.—Tenho certeza que você ainda tem pelo menos duas sobrando.Aquele sorriso arrogante que eu estava tentando esconder? Sim,

não escondo isso agora. Puxo meu rosto e, obrigado, Jesus, estanoite está prestes a ficar boa. Boa e suja. —Eu só preciso de uma.

Ela arqueia uma sobrancelha, olhando para mim comdesconfiança.

Inclinando-me para frente, ouço a respiração ofegante quandomeu polegar se move para o canto de sua boca e sigo seu lábioinferior cheio antes de passar para o centro de seu perfeito arco decupido. Ela os cobriu de um rosa claro e brilhante, e eu querosaboreá-lo e manchá-lo em medidas iguais. Ela treme sob o meutoque e é uma reação tão honesta que meu pulso acelera.

Eu solto minha mão do seu rosto para o pescoço e passoatravés de seu cabelo, observando o caminho e admirando osarrepios que surgem em sua pele de marfim. —Posso beijar você?

Quando eu olhei seus lindos olhos multicolores, eles estavamlargos e escuros, como se ela estivesse tão excitada sobre issofinalmente acontecer como eu estou.

—Seus olhos... —Seus lábios se abrem quando me aproximo eseu olhar dispara da minha boca para os meus olhos. —Tienes losojos más bonitos que he visto.

Ela ainda não responde com palavras, mas acena com a cabeçalevemente enquanto eu fico tão perto que nossas respirações se

misturam. Seus olhos ficam presos nos meus até que nossas bocasse encontrem. Os cílios tremulam e ela encontra meu beijotimidamente. Quero devorá-la, mas me contenho, recusando-me aapressar esse momento. Seu beijo é suave e despretensioso, comose ela estivesse tentando saborear esse momento também. Talvezeu esteja projetando.

Ela se abre mais e eu varro minha língua para provar o licorpersistente e uma doçura que eu quero engolir. Na verdade, minhacabeça gira e quando minhas mãos encontram seus quadris eapertam, o beijo fica frenético. Seus gemidos encontram os meus.Quando eu me tornei um gemedor? Eu sinto a escuridãorastejando enquanto eu afasto todas as perguntas e tento mesegurar a ela e ao momento, não querendo que isso acabe.

— Ojos bonitos. —Eu sussurro as palavras contra o pescoçodela. Meus quadris procuram contato, pau tão duro que é doloroso.

—Acorde, Moreno. —Algo bate no meu rosto e eu registro otravesseiro e a perda dela ao mesmo tempo. Sem abrir meus olhos,deixo meus outros sentidos jogarem a situação. Eu não estou naminha cama nem em nenhuma cama. A almofada irregularembaixo de mim e o travesseiro eu pego. Meu pulso entre meusolhos.

—Ele está vivo?—Eu ouço alguém perguntar seguido por umarisada.

—Sim, ele está vivo. —Eu reconheço a voz de Mario dessa vez.—Provavelmente amamentando uma ressaca para rivalizar comtodas as ressacas.

Eu gemo em resposta, tudo o que posso conseguir sem medo deminha cabeça explodir.

—Wes ligou procurando por você. Ele disse para dizer para vocêse mexer. Prática em trinta minutos.

Bem, isso não é uma boa notícia, mas eu estou menospreocupado com isso do que com o que aconteceu com o Katrinana noite passada. Uma vaga lembrança dela recebendo um texto einsistindo que ela precisava ir é a única coisa que eu lembro depois

de beijá-la. Sento devagar e me dou conta de mim e da situação aomeu redor. Estou desmaiado no sofá da sala.

Eu verifico a hora na caixa debaixo da TV. Assumindo que estácerto, estou muito atrasado. Nosso treino matinal de sempre foimarcado para o meio do dia, daí a noite de bebedeira. De novembroa abril, não temos muitas noites para beber. Práticas de manhãcedo, treinos da tarde que às vezes vão bem à noite. Depois, háfitas de jogos e, ah, bem, eu também estou tendo uma cargacompleta de aulas da universidade.

Então, quando o treinador mudou nosso treino matinal, Nathane eu aproveitamos.

—Nathan também ficou aqui?—Não, ele saiu na noite passada. Você desmaiou no meu

quarto. Levou tudo que eu tinha para levar sua bunda do alto daescada para o sofá.

—E Katrina?—A garota que você levou para o meu quarto?—Ele balança a

cabeça. —Não a vi depois que vocês subiram para fazer odesagradável na minha cama. Vanessa insistiu em trocar a roupade cama e depois queimar seu lençol de sexo.

Normalmente ela estaria certa na aposta, mas do jeito que eume sinto agora? Algo me diz que não houve sexo.

—Desculpe-me, cara. Te devo uma.Eu sinto por meu telefone no meu bolso, aliviado quando o

encontro, mas desapontado quando vejo a bateria no zero.Eu o seguro e puxo minha bunda para fora do sofá. Com uma

saudação a Mario, estou fora. Quando eu ando os dois quarteirõespara a minha casa, os caras já estão fora da porta enquanto euestou indo para a calçada, o que significa que eu terei uma merdade tempo. Parece que vou usar qualquer roupa amarrotada efedorenta que deixei no meu armário.

Wes manca para mim todo mal-humorado e irritado - seu novomodus operandi. A bota do pé direito da lesão que terminou suacarreira na universidade bate na calçada e ecoa como um canhãona minha maldita cabeça.

—Caminhada da vergonha? Mesmo?

—Eu odeio essa frase. Esta é a caminhada do incrível. Não fiquecom ciúmes, eu tive uma boa noite e você provavelmente perdeu oseu traseiro às oito.

O menor levantar de seus lábios me faz adivinhar minhasuposição. —Ah, você ficou com Blair. Agradável. Você tenta issoainda, oficializar?

Ele não responde, mas ele não precisa. O silêncio de Wes me diztudo.

—Bom para você. Muito tempo.Nathan se apressa, dando um passeio e nos deixando para trás.

Eu levanto minha cabeça em sua direção. —Ele estava bebendo oEverclear na noite passada e agora olha para ele. Ele tem umatolerância inacreditável ou...

—Não termine essa frase. —instrui Wes. —Eu estou querendoesse trabalho de treinador no próximo ano. Quanto menos eusouber melhor.

—Treinador Reynolds. —eu experimento. —Treinador Wes. —Agito minha cabeça. —Não, que tal o treinador Dubya - você sabecomo George Dubya Bush.

—Todos soam super estranhos, mas se você me chamar deTreinador Dubya, sua bunda estará fazendo muitas milhas extras.

—Relaxa, Dubya. Relaxa.

08Joel

— RELAXA, eu falei com o dono. É legal.Wes parece inseguro apesar das minhas palavras quando

entramos no The Hideout. É a primeira vez que voltamos desde queele entrou em uma briga de bar com o ex-namorado de Blair nomês passado. Os policiais foram chamados, foi tudo muitodramático, mas eu paguei pelos danos - algumas cadeiras e coposquebrados - e prometi que estaríamos em nosso melhorcomportamento a partir de agora.

Blair segue atrás de Wes parecendo tão nervosa quanto. Seuolhar vai para o bar e ela verifica o comprimento dele. Vanessa acutuca. —O barman gostoso não trabalha mais aqui.

—Como você sabe?—Mario pergunta com ciúmes suficiente emseu tom que me faz rir.

Ela envolve seu braço através dele, tudo reconfortante. —Euouvi os outros bartenders conversando sobre como ele os deixoucom pouco pessoal antes de March Madness. Eles esperam que ocomparecimento seja grande para todos que acompanham o timede basquete este ano.

Nós cinco nos acomodamos em uma mesa perto do bar. Z optoupor sair como ele normalmente faz, e Nathan jogou fora como sequisesse descansar para amanhã, mas eu tenho certeza que elenão tinha dinheiro para cobrir as refeições.

O bar está lotado e ainda é cedo. Muito cedo para a multidãobebendo no sábado à noite. Temos um jogo fora de casa amanhã,então terá que ser cedo para nós. Enquanto esperamos que alguémtome nosso pedido, eu olho ao redor do lugar pesando minhasopções. Ser a quinta roda é uma merda. Não me entenda mal, eunão invejo o Wes ou o Mario, mas eles não gostam de companhiaquando as garotas estão aqui.

Eu me pergunto o que o Katrina está fazendo hoje à noite. Elachegou bem em casa? O que ela faz em uma típica noite de

sábado? Estou incomodado porque ainda estou pensando nela.Todas as ideias que tive sobre transar com ela fora do meu sistemadesapareceram. Eu a beijei sem sentido na noite passada e tudoque consigo pensar é em fazer isso de novo. Essa garota tem minhacuriosidade implorando para ficar satisfeita. Meu pau também.

—Hey, Blair, posso pegar emprestado o seu telefone por umminuto?

Ela está distraída com Wes, que tem uma mão tão alta na coxaque eu me pergunto se talvez eles devam simplesmente pular ojantar e ir foder. Vá com Deus e tudo mais. Mas funciona a meufavor que ela está aqui e distraída porque ela abre a tela e aempurra para mim sem pensar.

Eu percorro os contatos dela, prendendo a respiração até ver onome dela. Katrina Philipps. Bingo. Eu transfiro o número delapara o meu telefone e depois fico em pé.

—Volto já. — eu anuncio e vou em direção ao corredor que levaaos banheiros.

Eu digito um monte de textos diferentes, mais de pensar efinalmente digo estragando tudo.

Eu: Planos para hoje à noite? Eu quero te beijar novamente.Eu ando de um lado para o outro, observando meu celular para

uma resposta que chega apenas alguns minutos depois.Kitty: Quem é?Eu: Quantas pessoas você beijou ontem à noite?Kitty: Depende de quem está perguntando.Eu: O cara que te beijou melhor.Kitty: Como você conseguiu esse número Joel Moreno?Quando a maioria das pessoas diz meu nome completo, vêm

com expectativas, intrigas e garantias de que estou prestes atransar. Com Katrina, no entanto, parece ser uma barreira entrenós. O que eu tenho que fazer para que ela me veja apenas comoJoel?

Eu: Te conto como. Me encontre na minha casa em quinze minutos e eu lhedirei qualquer coisa que você queira saber.

Kitty: Você não deveria estar descansando antes do jogo de amanhã?

Eu: Está me observando?Kitty: Não. É difícil não saber a programação do lendário time de basquete de

Valley.Eu: Vou dormir melhor depois de te beijar completamente. Você estará

fazendo um favor à equipe e universidade.Kitty: Boa sorte no seu jogo amanhã.Eu rosno ao telefone e enfio no meu bolso antes de voltar para a

mesa. Parece que estou de volta à estaca zero com Katrina.Tomando um gole da água que apareceu e pegando o cardápio,tento afastar a garota da cabeça. Vou ligar para outra pessoa.Responder um dos muitos textos ou mensagens diretas. Por que eujá não estou fazendo isso?

—Cara, você está bem?—Wes pergunta. A mesa toda está meencarando. Perfeito. Agora eles decidiram me notar?

—Eu estou bem. —Eu sinto seus olhos ainda em mim enquantoolho para o menu. Eu larguei e fiquei de pé. —Na verdade, eu nãoestou mais com fome. Mario, você pode levá-los?—Eu aponto paraWes e Blair, e ele concorda. —Vejo vocês de volta em casa.

Dirijo até Ray Fieldhouse e entro. O time de basquete femininoestá terminando e espero que elas saiam para pegar uma bola edriblar na quadra.

Se você perguntasse a algum dos meus colegas de equipe, elesprovavelmente diriam que eu preferia o dia do jogo para praticar.Eu gosto do rugido dos fãs, do jeito que todos os olhos estão emmim e no meu time, e gosto de saber que posso colocar um estádiointeiro em pé com o tiro perfeito. Mas estando apenas na quadra,só eu, a bola e a cesta- há algo quase religioso nisso. Nenhumabateria, nenhum aplauso, nenhuma expectativa.

Eu perco a noção do tempo enquanto jogo. A rotina disso meacalma e eu quase me esqueci da garota causando estragos naminha sanidade.

—Moreno, o que você está fazendo aqui?—A voz do treinadorexplode na quadra. Eu rebato a bola e me viro para encontrá-lo nosbastidores me dando um olhar confuso. Ele caminha na minhadireção e não posso deixar de notar que, de longe, parece que elepode fazer parte do time. Alto, ainda construído, vestindo shorts e

uma velha camisa de basquete Baylor com as mangas cortadas. Oano de mil novecentos e noventa e nove orgulhosamente exibido nafrente está desbotado de ser lavado muitas vezes. Ele não é umdaqueles treinadores que parece que ele gosta de um grande jantarde bife todas as noites com jogadores e ex-alunos com grandesbolsos. Ele não vai tão longe quanto a jogar ou treinar com a gente,mas tenho certeza que ele poderia nos dar uma boa corrida para onosso dinheiro dentro ou fora da quadra.

—Apenas entrando em alguns ajustes. Grande jogo amanhã.Ele me olha daquele jeito que me diz que ele sabe que é

besteira, mas ele não me chama. —Deve ir para casa e descansarum pouco.

O telefone que está em sua mão apita e ele sorri enquanto ele lêo que está na tela. Treinador levanta seu telefone em umasaudação. —Tudo bem, saia daqui. Eu vou fazer o mesmo.

Parece que todo mundo tem alguém para hoje à noite, menoseu. O que é besteira porque eu poderia ter uma dúzia de garotasdiferentes esperando por mim em casa se eu quisesse. Qualqueruma menos ela.

Maldita seja ela.

09Katrina

EU ASSISTI o fim do jogo do Valley na TV. Eu nunca fui a um jogoda universidade pessoalmente, mas desde que nosso time debasquete foi para a Final Four no ano passado, eu acho que eu meenvolvi tanto na empolgação quanto o resto da universidade.

E não faz mal que o objetivo de todos os meus pensamentos sejavestir a camisa número trinta e três e dançar à margem como seele não tivesse um cuidado no mundo. Quer dizer, o Valley venceu,mas o resto do time parece sério e concentrado apesar da vitória.Joel parece tão confortável como se estivesse comemorando umjogo no parque local.

Minha mente vagueia até sexta à noite e aquele beijo. Aquelebeijo. Nunca na minha vida fui beijada tão... completamente. Joelbeija como eu imaginei. Não, melhor. Meus lábios formigam e eutrago meus dedos para eles desejando que eu pudesse trazer amemória à vida. Meu rosto aquece e eu balanço minha cabeça naesperança de limpá-lo. Um milhão de coisas para fazer e meucérebro repete o olhar de desejo apenas alguns segundos antes deele me beijar. Ele olhou para mim desse jeito. Como se me beijarfosse tão importante quanto sua próxima respiração.

Joel aparece na lista de jogadores de basquete de Valley na TV eos locutores discutem sua temporada e as estatísticas diárias. Elescontinuam falando sobre ele até que eles são forçados a umintervalo comercial e eu finalmente recebo um segundo sem agrandeza de Joel Moreno na minha TV.

Me ocupo pelo apartamento, lavo roupas, lavo pratos e pegobrinquedos até que minha mente está concentrada. Eu pego meulaptop e sento no sofá para terminar de editar o diálogo na últimacena da peça quando meu telefone toca. Eu o alcançodistraidamente, levo-o para o meu rosto e olho para baixo, prontapara descartar qualquer notificação ou alerta de notícias que tenhainterrompido minha escrita.

E paro de repente.Queixo no chão.Corpo em chamas.É o segundo dia consecutivo que ele me choca ao entrar em

contato.Quatro pequenas palavras esmurram meu coração quando leio

a notificação: JoelMoreno33 quer lhe enviar uma mensagem. Minhascontas de redes sociais estão bloqueadas e eu nunca fiquei tãofeliz.

Eu estaria mentindo se eu dissesse que nunca tinha seguidoele, que são muito públicos. Seus posts e interações são tãodivertidos quanto ele. E nem vamos falar sobre as fotos em que eleestá marcado. Há uma Fan Page real para Joel Moreno.

Meu polegar desliza sobre a notificação e antes que eu possafazer uma grande parte disso, eu pressiono aceitar e abro amensagem. É um vídeo de um cara tomando banho. Você não podever nada a não ser as pernas do cara até que um gato entra nochuveiro e começa a esfregar nele, ficando todo molhado, masclaramente feliz pela atenção e completamente implacável. Tenhocerteza de que há algum tipo de mensagem aqui, mas, em vez departicipar, fecho sem resposta.

Não passam cinco segundos antes de um texto tocar.Joel: Você ainda está acordada. O que está fazendo?Porra, eu esqueci que o Instagram mostra quando a outra

pessoa leu a mensagem. Erro de novato. Eu rio um pouco do jeitoque eu trabalhei em uma referência esportiva e então gemo porqueeu apenas ri alto no meu apartamento silencioso. Christian estádormindo por horas após o mais longo dia de soneca da história.

Eu: Escrevendo. Parabéns pelo jogo.Joel: Obrigado. Me conte uma história para dormir, mestre em histórias, estou

cansado, mas os ônibus não foram feitos para pessoas altas.Eu: Era uma vez um garoto muito alto...Joel: Garoto, meu amor. Homem alto.Eu rolo meus olhos, mas sorrio enquanto corrijo a introdução

da história.

Eu: Era uma vez um homem muito alto com cabelos da cor do carvão.Joel: E o corpo de Zeus.Eu: Quem está contando essa história?Joel:<cara sorridente com lábios de zíper>Eu: Sua boca era inteligente. Suas palavras encantadoras. Tão charmoso que

quando ele falava as mulheres caíram de joelhos. Mas o homem forte,simplesmente varreu as mulheres e as levou para seu covil, onde ele as devastou.Mais tarde, ele as deixou sozinhas e frias para encontrar mais mulheres paratrazer de volta. Pois ele era ganancioso e queria todas as mulheres para si.

Joel: <risada> Covil, foda.Eu: Mas, com o passar dos anos, ele teve um encurvamento terrível nas costas

de se inclinar continuamente e varrer as mulheres desmaiadas em seus braços.Repugnadas pelo agora feio e encurvado homem-menino, todas as mulheres emseu lar se levantaram, se recompuseram e seguiram suas vidas como se o homemnunca tivesse existido. Fim.

Joel: Estranho. Isso deveria ser algum tipo de história de advertência?Eu: Apenas uma história improvisada na hora de dormir, homem-menino.

Todas as pessoas nesta história eram fictícias.Joel: Agora eu vou ter pesadelos de corcundas, muito obrigado.Eu: Eu faço o que posso.Joel: Venha hoje à noite.Eu: Você nunca desiste, não é?Joel: Nunca.Estou escrevendo minha fala para a noite quando outra

mensagem chega e rio do silêncio do meu apartamento pelasegunda vez hoje à noite.

Joel: Se eu te levar até o meu covil, vou devastar você.Eu: E me deixa fria e sozinha?Joel: Com você no meu covil, eu não acho que isso seria possível.

Entre as aulas e a peça, a semana voa em um borrão. Eu nãotenho notícias de Joel de novo e estou me perguntando se eudeveria ter dormido com ele na noite da festa ou ter aceitado aoferta dele de ir até a casa dele neste fim de semana. Quero dizer,se esse fosse meu último tiro, eu deveria ter acabado de fazer isso?

Eu vejo o relógio como um falcão em uma tentativa fútil de acelerarou desacelerar - alternando sentimentos dependendo do minuto.Eu não tenho certeza se ele vai aparecer no café novamente. Elepode não ter conseguido exatamente o que queria, mas talvezaquele beijo e minha contínua recusa em dormir com ele fosse aúltima gota.

É isso que eu quero, me livrar dele? Ou eu sinceramente acheique ele iria me perseguir para sempre?

Eu gemo audivelmente.Antes que eu possa descobrir meus sentimentos, ele empurra a

porta e trava meu olhar com uma intensidade que sinto nos dedosdos pés.

—Bom dia, Kitty.—Café?—Eu pergunto, e ele concorda.—E talvez jantar esta noite?Uma pequena, boa parte de mim, pula de alegria que ele não

desistiu de mim. Mas isso não faz sentido, porque não vou dizersim. Mas como justifico o alívio que sinto que ele está aqui? Achoque responde a minha pergunta se eu quisesse me livrar dele. Eunão.

—Desculpe, eu não posso.—¿Por qué mierda sigo torturándo me?Sua exasperação me faz sorrir. Meu não nunca pareceu

incomodá-lo antes. Na verdade não. Assim não. E há algoseriamente sexy sobre um homem falando em outro idioma.

— Mas, — eu digo em voz baixa, e sua cabeça se levanta e algoque parece esperança passa pelo seu rosto. — Eu tenho um projetoem que estou trabalhando e posso usar sua ajuda.

— Um projeto escolar?— Uma peça que estou escrevendo. Se passa no México.— Ah.—Ele parece considerar isso. — Eu poderia ajudá-la

durante o nosso encontro.Isso parece improvável, mas talvez eu possa trocar. Quero dizer,

honestamente, um encontro com Joel em troca de ajuda com apeça que pode fazer a diferença nos pedidos de emprego no anoque vem não é uma negociação injusta. E na pior das hipóteses,

será a noite mais divertida da minha vida. Disso, não tenhodúvidas.

— Eu vou fazer um acordo. Se você me ajudar, então eu vousair com você. Um encontro.

— Feito. — ele responde sem hesitação. — Pego você hoje ànoite às sete?

— Oh, uh, esta noite não é boa para mim. —Oh Deus, eu estourealmente fazendo isso? Quando eu sair com ele, a fantasia terádesaparecido e não haverá volta às quintas-feiras, onde Joel entrae tenta me tirar do chão. Eu vou ser varrida e ele vai passar paraalguém novo.

E eu ainda não lhe contei sobre Christian. Percebo que agora eudeveria ter dito a ele a primeira vez que ele entrou e bateu em mim,mas eu queria ficar na terra de fantasia. Agora é tudo estranhoporque eu não contei a ele e como apenas deixo escapar que eutenho um filho sem parecer esquisito ou como se você estivessepedindo um juramento de relacionamento com uma assinatura desangue? É uma situação complicada que eu evitei principalmenteno passado por não deixar os homens entrarem.

— Que tal domingo à tarde?— Isso está a três dias de distância. —Ele bate os nós dos dedos

no balcão enquanto pensa. — Domingo à tarde. Eu tenho um lugarque eu preciso estar ao meio dia. Que tal às dez?

— Dez está bom. —Ou eu espero que seja. Eu preciso verificarcom Nadine e minha mãe e ver se uma delas pode ficar comChristian por algumas horas. Elas estão sempre insistindo que nãoé problema e é tecnicamente para a escola.

— Perfeito.Eu pego um copo, principalmente para ter algo a ver com

minhas mãos. — O de sempre?— Você sabe o que? Eu acho que estou bem. —Ele sorri e se

afasta. — Eu finalmente entendi porque eu realmente venho aquipor todos esses meses... um encontro.

— Domingo não é um encontro, é uma sessão de estudo. — euchamo depois dele.

Ele coloca as duas mãos nos ouvidos. — La, la, la, la.

Eu balancei minha cabeça lentamente em suas travessuras,mas meu coração bate mais rápido.

—Vovó Nadine vai estar aqui em cinco minutos.Christian não se move de seu lugar no meio do chão da sala de

estar. Ele tem uma pista de corrida elaborada e empurra carros emcírculos e rampas. Meu filho pode ser frio durante o dia, mas eunão sou.

Livros, ok. Laptop, ok. Caderno e caneta, ok. Satisfeita que aterceira leitura da minha mochila não mudou o fato de que estápronta para ir, eu ando em direção ao meu quarto para que eupossa me olhar no espelho novamente. Eu nem cheguei ao limitequando a campainha toca. Acho que isso é tão bom quanto eu vouparecer.

Eu abro a porta enquanto Christian se levanta e corre paracumprimentar vovó Nadine.

Exceto…—Victor, o que você está fazendo aqui?—O tom na minha voz é

desnecessário e eu tento me recuperar. —Desculpe. Eu pensei queNadine estava vindo.

—Papai. —diz Christian e se joga nas pernas de Victor.Victor dá-lhe um tapinha na cabeça e entra. —Eu voltei ontem,

então ela me enviou. Pensei que poderia levar Christian parapanquecas - ouvi dizer que é uma tradição de domingo.

Christian grita de excitação.—Christian, você pode colocar seus brinquedos no seu quarto

enquanto eu falo com a mamãe?Meu radar interno de alerta dispara e meu corpo fica esperando

o que certamente deve ser uma má notícia. Victor esteve em nossoapartamento exatamente uma vez antes e foi porque Nadine ficougripada e não conseguiu levar Christian para casa em um fim desemana.

—O que se passa?—Eu pergunto quando os braços de Christianestão cheios de brinquedos e ele está indo para seu quarto.

—Estou voltando. —Bem, recuei, eu acho.

—Com seus pais?—Eu me encolho com o jeito de julgar que sai.—Por enquanto. Eu vou conseguir um emprego e depois

terminar meu curso na universidade da comunidade.—Isso é ótimo. —Eu acho? Estou completamente chocada. —

Tudo certo?—Sim. — Ele se desloca desconfortavelmente. —Você sabe que a

escola sempre foi difícil para mim.O menor pingo de pena me domina quando percebo que ele

provavelmente caiu antes de ser reprovado.—Bem, Christian ficará feliz em ver mais de você.Ele acena uma vez brevemente. —Mamãe pensou... Eu pensei

que talvez pudesse mantê-lo por uma semana ou duas. Ficarei livreaté encontrar um emprego e te dar um tempo.

—Eu não preciso de uma pausa do meu filho. —eu sussurro.Victor passa a mão pelo queixo. Ele está usando uma barba

curta e moderna que é nova desde a última vez que o vi. —Olha,Katrina, eu achei que seria legal passar mais tempo com eleenquanto não estou ocupado.

Tantos comentários sarcásticos estão na ponta da minhalíngua. Tipo, sim, seria legal se você passasse tempo com ele... nosúltimos três anos. E enquanto você não está ocupado? Quãoabnegado de você. Mas eu os mordo de volta quando Christian saicorrendo de seu quarto.

—Deixe-me pensar sobre isso. Ele tem pré-escola e futebol. Nóstemos uma rotina aqui. —Eu pego minha mochila, digo a Christianpara se divertir com seu pai e o abraço com força. —Eu voltarei porvolta de duas.

Na biblioteca, eu pego uma mesa no segundo andar em umcanto traseiro que me dá uma visão das escadas. Eu estouesperançosa com o meu ponto de vista. Eu vou vê-lo antes que eleme veja. Com o Joel, vou aproveitar qualquer vantagem queconseguir. O cara seriamente me joga fora de ordem. Estou nervosapor uma sessão de estudos que é ridícula, mas aí está.

Pego meu caderno e laptop e me perco no mundo de Hector eImelda. Eu estou mastigando o final da minha caneta, imaginandouma cena na minha cabeça quando ele cai na cadeira na minha

frente. Tanto para minha vantagem. Eu me assusto e ele sorri.—Escrevendo mais histórias sobre mim?Eu estava, na verdade, imaginando-o como Hector, mas eu não

daria a ele a satisfação de saber disso.—Não. Heróis muito mais interessantes.Ele olha para o meu caderno. —Em que você está trabalhando?—A peça que eu te falei. Ainda estou trabalhando em algum

diálogo. Eu adoraria receber o seu feedback quando estiver pronto,mas por agora, talvez seja mais útil se eu fizesse as perguntas queeu preparei?—Eu divago, tão nervosa as palavras se derramandojuntas, e Joel olha para mim como se ele estivesse totalmenteconfuso.

10Joel

— VOCÊ DISSE que sua mãe veio para os Estados Unidos depois doensino médio. O que a fez decidir deixar o México?

Eu olho para Katrina por cinco segundos sólidos semcompreender as palavras que saíram de sua boca. Para começar,quando eu contei a ela sobre a minha mãe vindo do México depoisdo ensino médio? E então os sucessos óbvios como por que diabosela quer saber informações pessoais sobre minha família? Eupensei que isso fosse sobre um jornal da escola.

Eu não estou orgulhoso de que meu primeiro pensamento sejapara ela vender informações sobre mim para algum tabloide outalvez ela tenha começado seu próprio blog nas minhas piadasruins, mas seus seguidores ficaram entediados e agora queremmais detalhes suculentos.

—Sinto muito, o que isso tem a ver com a minha ajuda?Ela olha fixamente para trás antes de responder. —Tudo.Seu olhar se estreita enquanto eu continuo lutando pelo que

diabos está acontecendo. Eu penso de volta para a outra noite.Está embaçado, mas tudo bem, sim, eu falei em espanhol e melembro vagamente de ela querer saber mais sobre meus pais esobre a imigração deles para os EUA, mas achei que o negócio eraapenas uma farsa. Eu fingiria ajudá-la por uma ou duas horas edepois convencê-la a voltar para casa comigo. Ela está seriamenteesperando que eu a ajude com o espanhol?

—Você não se lembra. —Ela cruza os braços e se inclina paratrás.

—Desculpe. —Eu nunca tive mais vergonha de ter meembriagado e perdido a memória. —Eu bebi muito antes de vocêchegar lá e então eu tomei Everclear... e só lembro depois quesubimos.

Ela ri, me pegando de surpresa e ganhando alguns olharesirritados das mesas próximas. —Oh meu Deus. Isso é tão... —Ela

olha como se estivesse procurando pela palavra certa. —Acidental.—Como assim?—Você está tentando fazer com que eu saia com você por meses

e eu finalmente aceito, e você nem se lembra disso.Eu corro o polegar na minha testa. —Eu lembro.Ela não parece convencida.—Eu lembro que fiquei feliz em ver você e nos divertimos... eu

acho. Eu lembro que beijar você foi legal.Ela sorri docemente. —Exceto aquela coisa estranha que você

fez com a sua língua. —Então olha para sua virilha e se encolhecomo se ela estivesse se lembrando do pior sexo oral de sua vida.

A mão no meu rosto fica imóvel e eu juro por Deus que meucoração para. Essa garota acabou de chamar minhas habilidadesorais de estranhas? E maldição, eu realmente gostaria de melembrar de ir sobre ela.

—Estou totalmente brincando com você.—Então, nós não...Ela faz movimentos entre nós com a caneta na mão. —Nós não

fizemos sexo.Eu concordo.—De qualquer tipo. —acrescenta ela.Alívio e decepção me atingem. Eu a quero, mas eu também

quero lembrar disso.Diversão cintila nos olhos dela.—Quer me dizer o que fizemos?—Você quer dizer: o que deixei você fazer além da primeira

base?—Esporte errado, Kitty.

Ela pensa por um momento. —Qual é o equivalente à primeirabase em linguagem de basquete? —No basquete, é tudo ou nada.Você marca ou não.

Seus lábios se separam e bochechas rosadas. Quando ela fala, avoz dela está tensa. —Ninguém marcou.

—Vergonhoso. Embora, provavelmente, seja o melhor.Ela arqueia uma sobrancelha em questão.Eu me inclino. —Quando eu marcar com você, vou ficar sóbrio e

vou me lembrar de cada segundo.Deixando escapar um suspiro, ela quebra o contato visual. —

Ooookay. Talvez devêssemos voltar às perguntas.—Espera. Primeiro, quero saber o que eu aceitei. Você está

escrevendo algum artigo sobre a família Moreno?—As pessoas leriam isso?—Ela parece incrédula.—Droga certamente elas leriam.Elas iriam.—Não. Eu escrevi uma peça que acontece no México no início de

1900. —Ela para e tira alguns livros que parecem ter sidoimpressos naquele período. —Eu tenho esses livros de históriamexicanos, mas honestamente a história não é minha coisa e euacho, ou espero, que aprender mais sobre seus pais me ajudará aentender um pouco sobre como seria crescer no México.

Quando ela termina de explicar, a decepção estraga seu rostocomo se ela tivesse acabado de perceber que é um tiro longo. É,mas tenho uma ideia.

—OK.—Ok. — ela pede esperançosa.Eu solto um suspiro como isso vai ser difícil - uma imposição

real da minha parte. —Eu vou ajudá-la o melhor que posso. —Issovai ser fácil. Eu não posso nem tentar esconder meu sorriso. —Admita, você estava apenas procurando uma desculpa para saircomigo.

Ela rola seus lindos olhos.Eu me inclino de volta na minha cadeira. —Vamos fazer isso

então. Eu estou capitalizando meu encontro imediatamente.—É domingo.Ela olha fixamente. Eu não dou uma fodida importância que dia

é ou mesmo a que horas. Estou ganhando dinheiro agora.Puxando o caderno, ela faz a pergunta sem olhar para cima. —

Por que sua mãe decidiu deixar o México?Eu penso por alguns segundos. A resposta óbvia é mais

oportunidades, mas eu não quero dar a ela uma resposta boba queela poderia ter obtido sem a minha ajuda. Ela realmente deveriaestar perguntando a minha mãe.

—Que tal almoçarmos e eu posso obter suas respostas aomesmo tempo?

—Isso conta como seu encontro?Eu sacudo minha cabeça. —Não.—Isso é besteira. Você está tentando tirar dois encontros disso.Eu dou de ombros. —Não há nada errado em comer enquanto

discutimos. Além disso, o lugar que tenho em mente é rico emcultura mexicana.

Seus olhos se iluminam e sei que a tenho.De pé, eu alcanço sua bolsa e a atiro por cima do meu ombro.

—Vamos.Ela está em silêncio enquanto caminhamos para o

estacionamento atrás da biblioteca. Eu vou direto para o meu carroe abro a porta do lado do passageiro. Ela para em suas trilhas eolha para mim.

—Eu estou lá. —Ela aponta através do estacionamento.—Mas você não sabe para onde estamos indo.Nenhum movimento.—Eu prometo te devolver ao seu carro.—Eu tenho que estar aqui por volta de duas.Eu sorrio de acordo e aceno com a mão para ela se sentar.

Semântica. Apenas entre no carro, mulher, para que eu possa irpara este encontro tão bem quanto. —Quando você quiser.

Uma vez que estamos saindo do estacionamento, eu finalmenteme dou os parabéns que eu mereço para requisitar este estudopara um encontro. Merda, eu sou bom. Almoço rápido com minhafamília, onde ela pode fazer suas perguntas e então eu vouconvencê-la a um encontro adequado que, esperançosamente,terminará conosco nus.

É tão bom quanto feito.

11Katrina

— ONDE VOCÊ ESTÁ INDO?—Eu fico curiosa, mas estou um poucoem pânico quando Joel sai em uma estrada que parece que não vaia lugar nenhum além de subir a montanha. É aqui que morro. Ok,isso é dramático, mas minhas palmas estão suadas, e acho quetenho um coração acelerado por estar cercada de Joel assim.

—Almoçar.—Vamos caçar cascavéis e leões da montanha?—Eu rio sem

jeito enquanto agarro minha bolsa como uma tábua de salvação nomeu colo. Não tenho certeza sobre a recepção de celular aqui, mastalvez eu consiga passar um texto. Eu não tenho ideia de quem euchamaria na minha hora de necessidade. Isso é uma realização demerda.

—Hoje não, Kitty, hoje não.Quando a casa aparece, uma onda de alívio passa sobre mim e

depois me atinge. —Oh meu Deus. Estamos na casa dos seus pais?Um sorriso arrogante puxa um lado de sua boca e ele coloca

uma grande mão na minha perna e aperta. Tenho certeza de queisso deve ser reconfortante, mas meu corpo formiga e aperta ocontato antes que eu possa aproveitá-lo.

—Esta é a melhor maneira que conheço para obter suasrespostas.

—Não poderíamos ter ligado para sua mãe e perguntado a ela?Isso parece um exagero. Eu não posso simplesmente invadir a casadeles e entrevistá-los.

—Relaxe. Toda a família vem aqui para o almoço. Nós fazemosisso todos os domingos. “Cuantos mas seamos, mejor.” —Ele pisca.—Quanto maismelhor.

Como parece que não vou sair dessa eu vou entrar na lindacasa em estilo espanhol. Joel estaciona sob o porto e desliga omotor. Eu olho pela minha janela e descendo a montanha olhandopor cima do Valley. —Essa vista é incrível.

Ele acena concordando sem olhar e abre a porta. —Pronta?—Qualquer coisa que eu deveria saber? Já faz algum tempo

desde que eu conheci os pais de um cara. E não geralmente antesde termos nosso primeiro encontro.

Ele encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. —Só nãodeixe Dylan te ver pela metade. —Eu lhe dou um olharinterrogativo. —Você verá.

Ele me conduz através de uma casa que eu silenciosamentecatalogo com assombro como se estivesse em um episódio da MTV

Cribs4.

—Minha mãe vai estar na cozinha. — diz ele enquantocaminhamos em direção ao som de vozes.

É nesse momento que eu percebi que provavelmente deveria terverificado meu cabelo e maquiagem, talvez ele tivesse parado nomeu apartamento para que eu pudesse colocar algo além deleggings e uma camiseta aberta para trás. Não há tempo para nadadisso agora, no entanto. Eu sou puxada para uma sala e todos osolhos estão em mim antes que eu possa pensar sobre o que é queeu teria usado se eu soubesse.

Há pelo menos dez mulheres na sala e uma a uma, cada umanota a moça ao lado de Joel. Infelizmente essa garota sou eu. Asala parece muito quieta e muito concentrada em mim por doissegundos inteiros antes de Joel romper o silêncio.

—Ei, mãe. — ele diz e nos leva em direção a uma mulher lindade pé do outro lado de uma enorme ilha na cozinha. A mãe de Joelé gostosa. Eu nunca chamei a mãe de alguém de gostosa, mas é amelhor maneira de descrevê-la. Cabelo exatamente da mesma corde Joel, ela é alta e se encaixa como seu filho, mas de uma maneirafeminina. Seus olhos são um pouco mais claros, e seu sorriso nãoprende a arrogância que ele faz.

Ela deixa cair a tesoura que estava usando para cortar ashastes do que parecem duas dúzias de rosas brancas. O resto dasala voltou para o que quer que estejam fazendo e me ignorando -graças a Deus.

Mãe e filho se abraçam e então Joel dá um beijo na bochecha

dela. Seu rosto se ilumina com tanta felicidade que me faz sentirfalta da minha própria mãe.

Estou congelada assistindo à interação quando Joel recua ecoloca a mão de volta ao meu lado. —Ma essa é Ki - Katrina.

—Que bom conhecer você, Katrina.—É bom conhecer você também, Sra. Moreno. Você tem uma

bela casa.—Obrigado querida. Me chame de Isa.—Ela lança um olhar ao

filho que eu não consigo decifrar.—Katrina está trabalhando em um projeto da universidade e

tem algumas perguntas sobre o México no início de 1900 - vocêsabe sobre o tempo que você nasceu.

Ela bate nele, mas seu sorriso permanece intacto. —Isso émaravilhoso. Que tipo de projeto universitário?

—Oh, eu... —Eu não estava preparada para dar o meu discurso.E se eles acham que é a ideia mais idiota? Eles ainda vão meajudar? —Eu escrevi um roteiro baseado nos bisavós do filme deCoco - Hector e Imelda, e ele foi selecionado para ser aapresentação do Spring Showcase deste ano.

—Você não me contou essa parte. — diz Joel, surpreso em seutom. —Isso é incrível, Kitty. —Ele não pega o apelido que sai dasua língua. —Eu adoro aquele filme.

—Você adora?—Dylan nos fez assistir muitas vezes. —acrescenta Isa.—Meu filho faz a mesma coisa. Isso é onde eu tive a ideia.Meu rosto aquece e sinto o homem ao meu lado virar pedra.

Merda. Bem, isso certamente não é como eu imaginei dizendo aJoel que eu tinha um filho. Eu olho para ele com o que espero serum sorriso de desculpas.

Ele limpa a garganta, mas quando fala, é rude e duro. —Katrinaessas são minhas tias, Lupita, Opal e Bonnie, e minhas irmãs Breee Michelle. Aquelas três lá são minhas primas Karla, Anita eCeleste — Ele diz como se houvesse alguma chance de eu lembrarde todas elas. Cada uma sorri ou acena em olá.

—É tão bom conhecer todas vocês. Posso ajudar com algumacoisa?

Sua mãe olha para Joel, que se dirige para os fundos da casa.—Papai está lá fora?

—Você sabe que ele está. —Ela puxa duas águas da geladeira eas entrega para Joel. —Certifique-se de que ele não jogue outrotaco nas montanhas.

—Você está bem?—Ele pergunta baixinho, virando-se de costaspara o resto das mulheres na cozinha e me protegendo de seusolhares.

Eu aceno, mas ele não se move. O olhar dele é intenso quandoele me estuda como se estivesse me vendo pela primeira vez. Tudode mim. Katrina Phillips, universitária de 21 anos e mãe.

—Continue. Vamos cuidar bem dela. —A voz da mãe de Joelcorta o momento.

Seus dedos escovam os meus enquanto ele dá um passohesitante em direção à porta. —Eu voltarei se você precisar dealguma coisa.

Isa grita ordens enquanto eu o vejo ir. —Katrina, você pode me

ajudar com os buñuelos5 assim que eu terminar este arranjo.

Lupita, o único nome de que me lembro porque Joel aapresentou primeiro, dá um passo à frente e estende a mão. —Deixe-me terminar a peça central. Você está cortando as rosasmuito curtas para o vaso. Desastre.

A mãe de Joel entrega-lhe a tesoura e me faz sinal para seguirenquanto entra numa grande despensa. —Eu esperava que elaassumisse a última meia hora. Temo que eu seja terrível comflores. —Ela me entrega uma panela cheia de fileiras de pequenasbolas de massa e pega duas outras. —Mas cozinhar eu posso fazer.E esta é uma receita antiga da família, então é perfeito que vocêesteja aqui para ajudar.

—Obrigada por ser tão boa sobre isso. Eu não pretendia meintrometer no almoço da sua família, mas Joel insistiu que seriamais fácil se eu lhe perguntasse diretamente.

—Cuantos mas seamos, mejor. —ela diz repetindo as mesmaspalavras que Joel disse no carro. — Quanto mais melhor.

Levamos as bandejas de volta para a outra sala e, sem avisar,

as irmãs de Joel pegam as bandejas e começam a estender amassa em círculos finos sobre a largura de uma mão. Eu nãoposso anotar isso no meu caderno enquanto ajudo então eumentalmente catalogo tudo. Incluindo a maneira como suas irmãstrabalham como fizeram um milhão de vezes, apesar de pareceremalguns anos mais novas que eu. Na verdade, toda a cozinhafunciona assim. Não há nenhuma colisão com a outra e perguntaro que precisa ser feito a seguir. Todas elas estiveram aqui nestacozinha todos os domingos, assim como Joel disse, e issotransparece na facilidade de sua rotina.

— Há quanto tempo você conhece Joel?—Uma das tias cujonome eu não lembro pergunta com um brilho de conhecimento emseus olhos.

— Não muito.Espero que seja uma resposta segura. Eu ainda não conheço

Joel. Mas quando ninguém responde, eu divago. — Quero dizer, elevem ao café do campus onde eu trabalho, então conversei com elemuitas vezes, mas acabei de encontrá-lo na outra noite e foi aí quedescobri sua família. Ele concordou em ajudar e aqui estou eu.

Ele concordou que parece uma maneira melhor de ajudar doque ele pensava porque ele quer entrar nas minhas calças. O olharque essas senhoras me dão, no entanto, acho que elas estão bemfamiliarizadas com os motivos de Joel.

— Isso é muito legal da parte dele. — diz a tia faladora. Eugostaria de poder lembrar o nome dela porque eu tenho a sensaçãode que ela é a única que tem a sujeira de cada membro destafamília.

— Muito legal da parte dele, você não acha Michelle?—A maisvelha das irmãs de Joel entra, olhando para a outra. Bem, esse émais um nome para a lista. Eu realmente preciso de umaatualização sobre quem é quem.

— Eu acho que é irremediavelmente romântico. Vocês seencontraram e por acaso você está escrevendo uma peça baseadana cultura mexicana. —Michelle olha em volta como se esperasseque todos concordassem. — E nós somos uma família americanamexicana.

— Isso dificilmente nos torna únicos. — retruca a irmã maisvelha.

Michelle não é dissuadida, e eu quero abraçá-la na esperançade que algumas de suas visões idealistas acabem comigo. — Masfoi Joel quem ela conheceu na hora certa. Quero dizer, de todas aspessoas que você encontra todos os dias, é incrível que uma delastenha exatamente o que você está procurando.

Eu não discuto que ele está correndo para mim de propósito hámeses. Eu gosto dela pensando assim.

— Nesse caso, acho que a coisa que ele estava procurando era...Tenho certeza de que fico corada com as palavras prestes a sair

da boca da irmã mais velha de Joel, mas a mãe dele, que Deus aabençoe, intervém. — Destino ou não, estamos felizes em ter vocêaqui. —Ela olha de mim para as irmãs. — Bree, traga os buñuelospara cá. Michelle, você e Katrina podem polvilhar o açúcar e acanela.

Michelle se move ao meu lado com um sorriso satisfeito. — Vocêé realmente linda. Seus olhos são tão legais.

— Obrigada.— Você e meu irmão teriam bebês lindos. Você gosta de

basquete?Eu engasgo com o meu próprio cuspe ao ponto de todo mundo

me olhar em preocupação. Eu não acho que eles ouviram Michelleporque ninguém pula para dizer o quão louca de uma coisa é dizera um estranho.

— Desculpe. — ela diz quando eu quase me controlei. — Eutenho o mau hábito de dizer o que estou pensando. Mas é verdade,vocês teriam. Você não é casada, é? Quer dizer, eu não vi um anel,então estou pensando que não.

O primeiro buñuelo é colocado à nossa frente e eu sigo a sualiderança e polvilho uma generosa quantidade de açúcar e canelaem ambos os lados.

— Não, eu não sou casada. — eu confirmo, e ela merecompensa com um grande sorriso que revela suas visões depequenos sobrinhos e sobrinhas. — E eu gosto de basquete, masseu irmão e eu mal somos amigos. Ele nem sabia que eu tinha um

filho até hoje.Ela me acena. — Joel adora crianças. Ele... —Ela faz uma

pausa, morde os lábios e depois se repete, — Ama crianças.Uh-huh. Todo mundo adora crianças quando elas podem

devolvê-las. Ter um filho ou namorar alguém com uma criança éuma coisa totalmente diferente. Ou então eu acredito. Eu nãonamorei ninguém com uma criança ou realmente namorei desdeque eu tive Christian, então eu estou supondo na melhor dashipóteses. Parece verdade.

Estamos levando a comida para um pátio coberto antes de euperceber que negligenciei completamente as minhas perguntasplanejadas. Estar na casa dos Moreno é um pouco como euimagino que seria montar um tapete mágico. É emocionante e legale tão mágico que você se esqueça de fazer qualquer outra coisaalém de estar no momento. Bem, ei, isso é o que parecia paraJasmine de qualquer maneira. Eu realmente preciso expandirmeus filmes assistindo algo além de desenhos animados.

Eu vejo Joel atravessando o pátio em minha direção. Pernaslongas, cobertas de calças esportivas, consomem o espaço e metransportam para às vezes em que ele atravessou a porta doUniversity Hall. Exceto que não existem barreiras entre nós agora.Nenhum balcão de café para esconder todas as verdades que eutinha medo de dizer.

Eu gosto dele. Lá eu admiti isso. Ele é meio doce com todoaquele charme suave, e embora eu tenha zero expectativa de queele queira algo além do sexo, eu não estou tão desanimada comoeu estava no começo. Ele pode ser um jogador total, mas tem sidorespeitoso e atencioso e a quantidade de esforço que ele fez para eusair com ele mostra um nível de compromisso que eu nunca tivecom um cara antes.

Um garotinho da idade de Christian passa por mim a todavelocidade e se lança nos braços de Joel. Eu assisto fascinadapercebendo que é exatamente o que eu quero fazer. Joel leva-opara mim enquanto o menino agarra seu pescoço e conversaalegremente. —Tio Joel, aprendi um novo truque. Quer ver?

—Depois do almoço, ok?—O garoto parece absolutamente

desanimado. —Dylan, esta é minha amiga Katrina.Ele me olha com cuidado e dou um pequeno aceno.Joel se inclina e sussurra algo no ouvido de Dylan e ele balança

a cabeça animadamente antes de alcançar as costas de Joel e tiraruma rosa branca aparentemente do nada. Ele entrega para mim eeu estou impressionada.

—Para mim? Obrigada.—Eu sou um mágico. — diz ele, massacrando a palavra, mas

afirmando que é muito importante que eu saiba melhor do que rir.—Que outros truques você conhece?Um sorriso diabólico se espalha por seu rosto adorável. —Eu

posso cortar você pela metade.Joel ri. —Não vai cortar as pessoas hoje, homenzinho. Vá lavar

as mãos antes de comermos.Joel faz um movimento em direção à comida. —Pronta para

comer?Eu sigo sua liderança e preencho meu prato com tudo -

querendo experimentar tudo e experimentar cada pedacinho domundo dele. Todo mundo fica do lado de fora e para o jantar quaseestilo buffet, ainda é íntimo e acolhedor.

O grande quintal tem uma piscina, uma churrasqueira ao arlivre, uma TV, uma área para golfe e uma grande área gramada,onde várias bolas de futebol e bambolês foram abandonadas. Afamília mais velha se senta em uma mesa de jantar ao ar livre e ascrianças optam por tomar seus pratos e sentar na grama. Joel nosleva para a mesa. —Você conseguiu que suas perguntas fossemrespondidas?

—Oh, hum...—Eu realmente mal administrei meu tempo. —Euacho que fiquei um pouco envolvida na preparação da comida. —Eu pego um pouco do buñuelo. —Isso é incrível.

O pai de Joel aparece ao lado de Isa. Eu sei disso antes mesmode ele se inclinar e beijá-la suavemente na boca e dizer: —Tudo

parece incrível, mi reina6. Como sempre.

O pai de Joel tem a mesma presença e o comando que seu filho,mas onde o charme de Joel parece deliberado, o de seu pai não é.

Ele só tem um ar de importância e carisma.—Você deve ser Katrina?—Ele pergunta quando ele me vê

sentada ao lado de seu filho.—Sim, senhor.Seus olhos se enrugam com um sorriso que me faz repensar as

diferenças entre seu filho. —Me chame de Dax. Conte-nos maissobre este roteiro que você escreveu. Qual é o título?

Eu respondo suas perguntas. Toda a conversa do almoço giraem torno e eles parecem verdadeiramente fascinados. Tanto queme esqueço de ficar nervosa. Eles até respondem a algumas dasminhas perguntas, mas estou gostando muito da nossa conversafácil para aprofundar suas vidas.

Eu aprendo que Isa e Opal são irmãs. Isa é a mais nova e elesvieram da Mexico City para os Estados Unidos assim que Isacompletou dezoito anos porque Opal conheceu Joe - um fazendeirode nogueira que virou empresário e viajou entre a Mexico City eValley para trabalhar. Opal e Joe têm três filhos - Lucas, Will eKarla. Karla é a única aqui hoje com o marido Pete e Dylan, omágico, é o filho deles.

Dax tem duas irmãs, Lupita e Bonnie. Eles se mudaram para cácom seus pais em uma idade muito mais precoce. O raciocínioexato é um pouco confuso, mas o consenso geral parecia ser maisoportunidades. Lupita é casada com José e eles têm dois filhosAnita e Celeste – que são solteiros. Bonnie também é irmã de Dax,mas ela é solteira também, tanto quanto eu posso dizer.

—Como vocês dois se conheceram?—Eu pergunto a Isa emovimento entre ela e Dax. É difícil dizer qual é a diferença deidade. Isa poderia passar por trinta, mas se eu tiver conseguido alinha do tempo nas várias datas que eles jogaram fora, ela está porvolta dos quarenta. Acho que Dax é mais velho, talvez dez anosmais velho, mas a forma como se olham não me parece que alguémpossa chamá-lo de Sugar Daddy ou Interesseiro.

—Eu o conheci primeiro. — anuncia Lupita com orgulho.Isa e Lupita compartilham um sorriso que sugere anos de

amizade e irmandade. —Eu me candidatei a um emprego nauniversidade.

—Eu não sabia que você trabalhava lá também.—Eu não trabalho. —diz ela com uma risada. —Eu não

consegui o emprego, mas conheci Lupita e ela me encontrou umemprego na empresa imobiliária de José.

O homem que eu só posso supor é que José levanta sua bebidapara ela. —Melhor agente que já tive.

—Eu conheci Dax na festa de aniversário de trinta anos de Josecerca de seis meses depois.

Isa se aproxima e coloca a mão na bochecha de Dax e omomento é tão íntimo que forço meu olhar para outro lugar.Olhando para Joel, ele observa seus pais com tanto amor e apreçoque é difícil reconciliar esse lado dele com o cara que tem meatraído por meses.

—Quando é a peça, Katrina? Eu adoraria assistir isso.—Osorriso e a voz de Lupita são sinceros.

Eu tenho a data memorizada, claro, mas eu tropeço na minharesposta porque eu não tinha previsto esse nível de interesse. —Oh, não é até abril.

—A noite de abertura é quatro de abril. — Acrescenta Dax. —Isae eu assistimos ao Spring Showcase todo ano.

O mais novo membro da família vai até a mesa, o rosto cobertode canela e açúcar. —Posso te mostrar meu novo truque de mágicaagora?—Ele olha para Joel com grandes olhos suplicantes.

—Envolve cortar ou disparar?—Joel pergunta em um tom sério.Dylan balança a cabeça. —Não. Mamãe diz que não há mais

magia que exija algo afiado ou inflamável. —A última palavra é ditano tom de sua mãe e com total desconsideração pelo significado.

Eu roubo um olhar para Karla, que me dá um. —Oh, ashistórias que eu pude contar. —parece que eu tento me lembrardela.

—Tio Joel, preciso do seu relógio. Eu vou fazer ele desaparecer.Dylan acena uma varinha que ele está segurando na mão direita

e Joel tira seu relógio muito caro e entrega sem protestar.Segurando-a em uma palma da mão estendida, Dylan fecha os

dedos ao redor dela o máximo que pode e depois acena com avarinha três vezes antes de abrir a mão agora vazia.

—Para onde foi?—Eu pergunto.—No seu pulso.Eu olho para baixo para descobrir meu pulso recém-adornado.

O relógio não está preso, mas está na minha mão direita. —Ó meuDeus. Como você fez isso?

—Magia. — ele responde simplesmente.Joel estende a mão para o meu pulso e aperta meu pulso logo

abaixo da faixa de metal. —Ladra.Eu assisto os movimentos de seu polegar em transe com o jeito

que seu toque aquece meu corpo inteiro.—É um bom relógio. — eu digo finalmente e relutantemente me

movo para tirá-lo, vendo a hora no processo. —Ah não. Não. —Eume levanto e puxo meu celular do bolso de trás para verificar. —Estou atrasada. Estou tão atrasada. —Eu envio uma mensagempara Victor.

Joel entra em ação no tom urgente da minha voz. —Ma, nóstemos que correr.

Eu calculo o tempo que acho que vai demorar para voltar para auniversidade para pegar meu carro e depois para a minha casa.Ugh, como eu pude ser tão descuidada?

Apressadamente, mas forçando o máximo de apreciação esinceridade no meu tom quanto possível, eu digo adeus a todos nocaminho sentindo genuinamente arrependida por estar deixandoeste almoço em família.

Eu estou perdida em meus próprios pensamentos quandovoltamos. Não posso deixar de comparar a família de Joel com aminha. Minha gravidez prejudicou nossas famílias - a minha e a deVictor. As famílias nos apoiaram, é claro, mas não tem sido umcaminho fácil. Há uma perda de sonhos que os pais enfrentamquando percebem que seu filho tem que crescer e ser um adultoantes do que deveriam.

E então, com Victor se afastando assim que Christian nasceuisso aumentou o fardo que nossas famílias sentiam. E eu nemestou triste pelas maneiras que me mudei, eu só quero queChristian tenha o melhor. Ele é um garoto tão especial e eu sóqueria que Victor pudesse ver como suas ações impactam

Christian. Eu sei que ele não pode sentir falta do que ele nuncateve, mas eu quero que ele tenha mais. Pela primeira vez desde queele apareceu na minha porta esta manhã, estou pensando se devoir mais fácil com ele. Eu não posso mudar o passado e se ele estáaparecendo agora para Christian, isso não é tudo que realmenteimporta?

Eu dou uma olhada para Joel, que olha para a estrada abertaperdido em seus próprios pensamentos.

—Obrigada por hoje. Sua família é incrível.Seu sorriso é fácil. —Você conseguiu o que precisava?Eu considero o que aprendi hoje. Eu não escrevi uma única

nota, mas sinto que tenho uma pequena amostra de suas vidas. —Eu não tenho certeza. — eu respondo honestamente. —Eu fiqueitão envolvida com sua mãe e tias que me peguei ouvindo mais doque perguntando qualquer uma das perguntas que eu pretendia.

—Envie-me as perguntas e eu posso enviá-las para minha mãe,ou você sempre pode voltar na próxima semana. Convitepermanente.

—Vocês realmente fazem isso todo domingo?—Sim. Eu não faço isso toda semana. Treino e jogos fora de

casa às vezes interferem, mas todo domingo ao meio-dia o almoço éservido na casa de Moreno para qualquer um que aparecer.

Meu telefone toca e eu leio a mensagem de Victor dizendo quetudo bem que eu vou chegar alguns minutos atrasada.

—Atrasada para pegar seu filho?É a primeira vez que ele mencionou a bomba que eu deixei cair,

e eu não sinto falta do aperto na voz dele. Eu me pergunto se eleestá desapontado porque eu tenho um filho ou porque eu nãocontei a ele. É melhor não perguntar. A primeira opção é oesmagamento da alma e o segundo é completamente válido e tudoem mim. Eu deveria ter dito a ele e evitado toda essa tensãoestranha.

—Sim, eu deveria estar em casa em... —Eu verifico o tempo. —Três minutos.

—Onde você mora?—Lado oeste da cidade. Columbia e Main.

—Os apartamentos do West Lot?—Sim. — eu respondo.Eu noto o aumento na velocidade, mas ele parece ter um bom

comando do carro, então eu não mencionei.—Eu gosto dessa área. Eu cresci a alguns quarteirões de lá.—Você cresceu lá?—Estou surpresa. Não é uma vizinhança

ruim, mas não é tão legal quanto onde seus pais moram agoratambém.

—Sim, nos mudamos para a cidade quando eu estava no ensinomédio. Meu primo Lucas mora lá agora. Eu vou te levar para o seuapartamento e se você me der às chaves, eu vou levar seu carro devolta para você hoje à noite.

—Isso realmente não é...—Você precisa do seu carro antes de hoje à noite?Eu sacudo minha cabeça.—Você quer chegar na hora ou não?—Ele sorri.—Você vai me levar lá em três minutos?—Eu verifico meu

telefone. —Dois minutos.Ele concorda. —Dê ou leve dois minutos. Qualquer coisa abaixo

de cinco não é um atraso.Se meu estômago não estivesse em nós para chegar ao meu

filho, eu ficaria impressionada com sua arrogância, mesmo em ummomento como este. Ele corre pelas ruas laterais em direção aomeu bairro com uma certeza e facilidade que comprova ainda maiso seu conhecimento da área.

Apesar do tempo maravilhoso que tive hoje, é o alívio e afelicidade que sinto quando Joel estaciona na calçada em frente aomeu prédio. Eu abro a porta antes que ele pare.

—Muito obrigada. —Eu pulo para fora do carro e depois façouma pausa antes de fechar a porta. —Hoje foi ótimo. Sua família éfantástica. Obrigada por tudo isso. E por me trazer para casaimpressionantemente rápido.

Com seu sorriso arrogante no meu cérebro, fecho a porta ecorro para o meu filho.

12Joel

DEPOIS DE UM TREINO NO COMEÇO DA NOITE, eu tomo banho e depoisvou até a sala de cinema. Domingo à noite é o dia de cinema comos colegas de quarto e estou ansioso para uma noite de Tom Cruisee refrigeração.

—Qual longa-metragem de Cruise estamos assistindo hoje ànoite?—Pergunto a Z quando eu me ponho na fila da frente commeu telefone e pego o refrigerante que ele passa em minha direção.

—A mamãe.Eu dou-lhe um tapa na cabeça. Não me importo com o filme

hoje à noite. Cansado como merda e só quero relaxar.Bless entra no quarto. Bless é Blair e Wes. É o nome do casal

deles e é um nome mais legal do que eles merecem, mas euinventei isso, então ninguém deveria se surpreender se é umajunção.

Me faz pensar em que tipo de casal Katrina e eu poderíamos ter.Katel. Não.Jina. Foda-se não.Cara, com base em possíveis nomes de casal, não estamos com

boa aparência. Fora isso, com base em tudo, não estamos com boaaparência. Eu não tenho relacionamentos. E um filho? Issorealmente me pegou. Não estava esperando isso. Faz sentido agora,porém, sua hesitação, porque eu não a vi em festas.

Eu: Tudo acabou bem?Kitty: Sim. Obrigada por levar meu carro ao meu apartamento. Você não

precisava fazer isso.Eu: Claro que fiz. Eu precisava impressioná-la ainda mais com meu

cavalheirismo.Kitty: Dois pontos.Eu: Merda. Eu nem ganho três para isso? Isso parece digno de três pontos.Uma vez que Nathan se junta, começamos o filme, mas eu não

estou prestando atenção em Tom. Eu terei que pesquisar no Googleas sinopses e as citações mais tarde para que eu possa estar

preparado se Z me questionar sobre isso. O cara leva a sério seuTom Cruise.

Kitty: Tudo bem. Três pontos.Eu: Alguma razão especial para você não ter me dito que você tem um filho?Kitty: Você não perguntou?Eu ri baixinho, não porque é engraçado, mas porque eu quase

posso ouvir o jeito que ela diz tudo doce e inocente. Nathan olhapara mim, mas eu simplesmente o ignoro.

Eu: Bem, vamos apenas cobrir o básico agora, vamos?Eu: Tem outras crianças?Eu: Já foi presa?Eu: Filme favorito? Este é o mais importante, obviamente.Meus dedos coçam para perguntar sobre o pai de seu filho, mas

isso não é da minha conta e nem importa. Enquanto ela estiversolteira, essa é a única coisa que eu deveria me importar.

Kitty: Não, apenas um. Seu nome é Christian e ele tem três anos. Nenhumaprisão ou registro criminal. E eu não posso escolher apenas um favorito. Qual o é oseu?

Eu: Bond - os novos. Casino Royale é o meu favorito.Kitty: Eu acho que se eu tiver que escolher, vou dizer A culpa é das estrelas.Eu: Então, realmente, por que não me contar sobre ele antes, quando você

estava dando desculpas para lavar o cabelo e assistir Saved by the Bell.Kitty: Ambas as desculpas dignas se você me perguntar.Eu: …Kitty: Eu acho que imaginei que você teria uma razão real para parar de

aparecer e me convidar para sair.Eu: Então me deixe ver se entendi. Você estava disposta a continuar recusando

encontros incríveis comigo porque você pensou que eu iria sumir quandodescobrisse que você tem um filho?

Kitty: Algo parecido.Eu: Oh Kitty, você me subestimou descontroladamente.

13Katrina

CHRISTIAN ESTÁ SAINDO da banheira quando a campainha toca.—Se seque e vista o seu pijama. —eu digo enquanto caminho

até a porta da frente. Estou contando os minutos até a hora dedormir e simultaneamente me sentindo culpada por querer quemeu filho já esteja dormindo. Segundas são os dias mais longos.Três classes, grupo crítico e Christian tem prática de futebol. Eutenho andado sem parar o dia todo e estou tão perto de um silênciofeliz e um punhado de bolachas Goldfish (Essas coisas sãoviciantes!) Enquanto eu assisto TV sem pensar.

Eu abro a porta, esperando que meu vizinho precise de açúcarou farinha ou o que os vizinhos pedirem. Para referência, nenhumdos meus vizinhos fez isso, mas é sempre o que eu espero quandoa campainha toca. Eu não sou incrível em muitas coisas, mas eutenho açúcar e farinha.

Uma mulher da Fed Ex está do outro lado da minha portasegurando uma caixa e um desses scanners eletrônicos. —Oi. Vocêé Katrina Phillips?

—Sim.Ela empurra o scanner eletrônico para mim. —Assine aqui.Depois de rabiscar minha assinatura na tela, ela enfia a caixa

em minhas mãos e me deseja uma boa noite.Eu não reconheço o endereço do remetente, mas ele foi enviado

no mesmo dia, então tem que ser algo incrível. Eu pego a caixadentro e coloco no balcão, atrasando a excitação de descobrir o quetem dentro.

Eu ando pelo apartamento pegando brinquedos, pegando acaixa gigante de Goldfish e uma lata de Coca Diet e colocando-a namesa de café para mais tarde, tudo enquanto olho na caixa comose olhar para ela de alguma forma me desse alguma pista do que éisso.

—Christian, você está pronto para dormir?

Na hora, ele corre para a sala de estar ainda molhado com umatoalha jogada sobre a cabeça. —Você deveria secar antes de sair dobanheiro. — eu lembro a ele quando eu pego a toalha e a envolvoao redor dele e então o abraço com força. —Você escovou osdentes?

Em vez de responder, ele sorri mostrando seus pequenos dentese me dando um sopro de pasta de dente de menta.

—Vá pegar seu pijama, eu estou bem atrás de você.Eu roubo outro olhar para a caixa e sigo Christian em seu

quarto.O apartamento é pequeno, mas Christian tem seu próprio

quarto do outro lado do apartamento. De acordo com nossocontrato de locação, não podemos fazer nada sobre as paredesbrancas entediantes, mas seu quarto está decorado com obras dearte da pré-escola, fotos coloridas e algumas fotos de Hobby Lobbyque minha mãe comprou para ajudar a decorar o quarto quandoele era pequeno.

Eu o ajudo a vestir o pijama e fico debaixo das cobertas, e medeito ao lado dele na pequena cama.

—Qual foi a sua coisa favorita que aconteceu hoje?Seu rostinho brilha e eu sei que ele já pensou em sua resposta.

—Treino de futebol.—Você fez um ótimo trabalho. Estou muito orgulhosa de você.—Você acha que meu pai virá me ver?—Não tenho certeza, mas podemos ligar para ele amanhã e

convidá-lo.Ele balança a cabeça vigorosamente. —Qual foi a sua coisa

favorita?—Eu comi o mais delicioso bolinho de limão hoje. —Eu fecho

meus olhos e esfrego meu estômago dramaticamente, o que fazChristian rir.

—Isso é bobo.—Tudo bem, amigo. Eu te amo. Durma um pouco.—Noite, mãe.Ao fechar a porta do quarto, solto um suspiro de verdade,

sentindo-me contente pela primeira vez o dia todo. Eu fiz isso. Eu

sobrevivi outro dia. Talvez isso pareça melodramático, mas amaternidade é dura. Ser sozinha não me faz sentir toda mulherindependente e durona. Isso me faz sentir cansada e mais velha doque eu sou.

Eu pego a caixa misteriosa e a trago para o sofá. Eu ligo a TV epuxo para cima um velho episódio do Saved by the Bell para oruído de fundo antes de finalmente rasgar o pacote.

A primeira coisa que me atinge é a fragrância. Hortelã-pimenta,cedro e couro. Tive meses para separar os cheiros de Joel e, aopuxar o lenço de papel, é o cheiro dele que flutua com os finoslenços brancos. Eu chego ansiosamente e pego duas grandesgarrafas azuis. Shampoo e condicionador?

Eu seguro as garrafas na frente do meu rosto completamenteperplexa. Por que diabos ele me mandaria... Oh meu Deus! Quandoisso me atinge, não posso deixar de desmaiar um pouco. Uma dasprimeiras desculpas que eu dei a ele foi que eu precisava lavar meucabelo. Dois pontos pela originalidade. Virando o topo do xampu,eu inalo. Cheira incrível. Isso não veio de uma loja dedepartamentos. Parece e cheira como muito caro. Ok, bem, trêspontos.

Eu: Obrigado pelo shampoo e condicionador, isso será útil na próxima vez queeu precisar ignorá-lo.

Joel: De nada. Além disso, apenas um pensamento, outro plano poderia servocê lavar o cabelo, se vestir e me deixar levá-la para jantar? Quinta-feira noAraceli’s sete horas?

Eu: Eu não posso.Joel: Você realmente não pode ou está dando uma desculpa de novo?Eu: Realmente não posso. Eu não tenho uma babá.Joel: Eu tenho certeza que eu poderia encontrar alguém para isso.Eu: Sou meio exigente com quem deixo vê-lo. Ele só ficou com a família à

noite.Joel: E a sua família não pode ficar com ele quinta-feira?Eu: Não.Dois longos minutos passam e eu suponho que ele desistiu.Joel: Tudo bem, então estamos fazendo isso de outra maneira. Amanhã à

noite, sete horas. Encontro virtual. Você nem precisa sair do seu apartamento.

Eu: Encontro virtual?Joel: Detalhes para vir. Até as sete, Kitty.E assim, tenho um encontro para amanhã e uma nova coisa

favorita do dia.

—Mãe, você está bonita.—Christian olha para mim como se eutivesse três cabeças quando eu entro na sala de estar onde ele estáassistindo Os Incríveis. Seu sorriso cai. —Vamos a algum lugar?

—Não.Com um encolher de ombros, ele volta para o filme e eu estou

agradecida por não ter que tentar explicar por que estou arrumada.Se eu não consigo envolver meu próprio cérebro, eu definitivamentenão posso explicar isso para uma criança de três anos de idade. Oque diabos é um encontro virtual afinal?

São vinte minutos até as sete. Christian normalmente não vaipara a cama até mais perto das sete e meia, mas eu empurrei tudohoje à noite para levá-lo para a cama antes do meu encontro.

—Tudo bem, amigo, hora de dormir.Quando ele parece que vai protestar, eu acrescento: —Três

livros esta noite, então vá buscá-los e eu estarei lá.Enquanto ele foge, eu passo a mão trêmula pelo meu cabelo -

lavado com meu novo xampu e condicionador, enrolado e eu atéusei uma velha garrafa de spray de cabelo que não foi tocadadesde... bem, eu nem tenho certeza. Eu optei por leggings e umacamisa que mostra o meu umbigo e fica pendurada em um dosombros. É confortável, mas sexy.

Eu tenho que ser honesta, eu não sei se um encontro virtualinclui a capacidade de ver a outra pessoa. Talvez nós vamosapenas teclar. Estou dividida entre a esperança de que isso incluao chat por vídeo e de que, se o fizermos algo dê errado. Eu possoapenas imaginar Christian invadindo a sala no meio do meuencontro - isso seria estranho.

Eu pego meu telefone e levo comigo para o quarto de Christian.Ele se senta em sua cama com uma pilha de livros ao lado dele.Muito mais do que três, mas honestamente, seria melhor ceder

hoje à noite e esperar que a leitura em grandes quantidades ocolocasse no sono.

Christian está sentado no meu colo, à cabeça inclinada paratrás no meu peito quando sinto meu celular vibrar com umamensagem. Estamos no quarto livro, então eu faço a versão rápida,pulei palavras e frases desnecessárias, e depois guardei-o. Poralgum milagre, ele parece cansado e eu cruzo os dedos enquantopego meu telefone, dou-lhe um beijo, digo ele minha coisa favoritado dia - ele, e vou para a sala de estar.

Joel: Pegando você em cinco. E, pegando você, quero dizer que vou ligar paravocê.

Eu: As pessoas ainda fazem isso? Falar ao telefone?Joel: Apenas quando não há outra opção.A culpa rói e o pânico se instala. Porra, esse vai ser o pior

encontro em toda a história de namoro de Joel Moreno. Essa é umalonga lista para estar no final da página. Pelo menos, serámemorável por ser o pior. Ugh.

Joel: Mal posso esperar Kitty.Eu aperto o telefone no peito e sorrio. Ele sempre sabe o que

dizer.Exatamente as sete, meu telefone toca. Eu respiro fundo duas

vezes e depois respondo: —Alô?—Olá, Kitty. Você está bonita.Eu sorrio para o telefone. —Como você sabe?—Você sempre está linda.Sentindo o rubor subindo pelo meu pescoço, eu desvio a

conversa. —Então, o que exatamente estamos fazendo nesteencontro virtual?

—Verifique seu e-mail.—Meu e-mail?—Sim, eu te enviei uma coisa.Eu ando até a mesa da sala de jantar onde meu laptop está e

abro meu e-mail. Há algo realmente interessante em ver o nomedele na minha caixa de entrada. Parece bobo, já que estou falandocom ele ao telefone, mas quando clico no e-mail, escrito Melhor

Encontro da Sua Vida, sinto-me mais especial do que jamais poderiater imaginado.

Há um link e clico nele, rezando para que não seja pornô, e ficoagradavelmente surpresa quando ele me leva a um site parareivindicar meu filme gratuito. Eu tento ler o título em voz alta, —La Val…—Minhas palavras sumiram e eu decidi apenas ir para asinopse que é felizmente em Inglês.

—Agora, a versão completa, eu nunca vi, mas minha mãe disseque era super popular quando ela era jovem, e aconteceu umpouco mais tarde do que a história de Hector e Imelda.

Termino de ler a sinopse, sorrindo de orelha a orelha. —Isso éincrível. —Eu praticamente posso ouvir seu sorriso. Bastardoarrogante. —Vamos assistir isso juntos?

—Sim. Eu tenho tudo pronto para começar, então me avisequando estiver pronta.

Eu peguei meu laptop e levei comigo para o sofá.—Onde está você? Na sua casa?—Sim, no meu quarto. Quer um visual?Sim, eu faço. —Certo.Um momento depois, o texto chega. Joel se esparramou na

cama, apoiado na cabeceira da cama com um laptop nas pernas.Ele está nu da cintura para cima e eu sigo seu torso nu para baixo,passando pelo abdômen esculpido e corte em V. Eu estoumentalmente despindo-o e não estou nem um pouco envergonhadaaté ouvir sua voz através do viva-voz. —Coloque em seu banco paradepois, Kitty.

Eu fecho a foto. —Banco de merda, realmente?—Você está sugerindo que eu não estou quente o suficiente

para ser usado como material do banco ou que você não tem obanco. Estou chamando besteira de qualquer maneira.

—Você é demais. —Eu balancei minha cabeça e pressionei parainiciar o filme. —Ok, eu estou pronta.

Nos próximos noventa minutos, assistimos ao filme. Hácomentários sobre os guarda-roupas e como a qualidade do filmemudou, mas na última metade do filme estamos tão grudados na

tela, nem uma palavra é pronunciada. Ou pelo menos eu suponhoque é por isso que ele é quieto. Talvez ele tenha adormecido.

Eu pressiono uma mão sobre o meu coração e sinto osentimento de espanto que poucos filmes conseguem. —Isso foiincrível.

—Eu não posso acreditar que vou admitir isso, mas isso não foiterrível.

—Você escolheu um filme que você achou que poderia serterrível?—Eu rio no telefone.

—Bem, eu estava confiante de que você gostaria.Isso é estranhamente doce. —Eu gostei, obrigada! Este é o

melhor encontro virtual que já tive. Além disso, foi o único.Ele me deu algumas ideias para a minha peça e eu desejo

escrever, mas não vou encerrar nosso encontro virtualprematuramente.

—E ainda não acabou.Borboletas dançam no meu estômago com a perspectiva do que

vem a seguir. —Tem mais?—Bem, assim como um encontro normal, depois do filme você

está mais relaxada e aberta, então é um bom momento paraconversar e se conhecer.

Ele continua me impressionando com sua percepção. E ele estácerto, eu me sinto mais confortável agora.

—Se estivéssemos em um encontro de verdade, eu pegaria suamão e sairíamos do cinema até a sorveteria na esquina da Fourthcom a University. Já esteve lá?

—Não, mas eu vi.Joel Moreno é bom em romance. Eu não esperava isso. Eu

esperava charme e movimentos suaves, mas isso parece muitomais íntimo. Pessoal. Uma pequena voz na minha cabeça sussurraque provavelmente é assim que ele faz toda garota se sentir.

—Qual foi a coisa mais romântica que você já fez com umagarota?—Pergunto, precisando saber se é apenas quem ele é. Bebae coma, faça as meninas sentirem que elas são a coisa maisimportante do universo e, em seguida, nunca mais ligue de novo.

Eu o ouço soltar um suspiro. —Eu não sei.

—Mas você já levou garotas ao cinema antes?—Certo.—E para a sorveteria depois?Ele hesita, mas eu o conheço bem o suficiente para saber que

ele não vai mentir. —Sim eu levei.Obviamente, eu esperava essa resposta. Eu sei tudo sobre a

reputação de Joel, então não deve ser difícil ouvir esta noite não éexatamente algo especial. Ele só está me tratando como faria comqualquer outro encontro - bem, o aspecto virtual de lado.

—E você? Qual foi o encontro mais romântico em que você jáesteve?

De jeito nenhum eu estou dizendo a ele que é esse encontro.Especialmente agora que sei que é o modus operandi dele.

—Noite de formatura. Meu pai perdeu o emprego logo antes,então eu não podia comprar um vestido e decidi não ir. Dequalquer forma, o cara que eu também gostava pulou, apareceu naminha casa sem avisar na noite do baile e nós dançamos sob asestrelas.

—Por que você não usou apenas um vestido que você jápossuía, ou melhor, ainda, por que ele não comprou um vestidopara você?

—Oh meu Deus.—Essa seria sua resposta. É discutível. —Issonão aconteceu comigo, era uma referência de Saved by the Bell. —Eu gemo quando ele não responde. Deus, minha vida é chata. —Deixa pra lá. Acho que a coisa mais romântica que alguém fez pormim é me comprar rosas. Elas foram uma surpresa e ele asmandou para a escola, então era como se ele estivesse declarandopublicamente seu amor.

—Passo. As flores são clichê.—Todo cara pensa isso, e todo cara está errado.—E baile - o seu não foi romântico?—Eu não fui. Essa parte era verdade.—Por quê?Eu paro e penso em como expressar minha resposta. —Eles não

fazem vestidos de formatura em tamanho de gestante.—Ah!!

Estamos quietos e eu seguro o telefone entre o ombro e a orelhaenquanto pego um pedaço de tecido nas minhas leggings. Imagensde Joel em um smoking, uma linda garota em seu braço, chegandoa seu baile de formatura em algum carro ridículo, provavelmenteuma limusine Hummer, me faz sentir ressentida e exausta.

—Treino pela manhã?—Eu pergunto, verificando o tempo epercebendo que é mais tarde do que eu pensava.

—Sim, acho que eu deveria deixar você ir para a cama e fazer omesmo.

—Eu me diverti hoje à noite. Obrigada por isso.—Foi meu prazer, Kitty. Apenas uma grande desvantagem para

um encontro virtual.Meu coração martela no meu peito e eu sinto que estou de volta

à casa dos meus pais conversando com um garoto e não querendoser a primeira a desligar. —O que é isso?

—Eu não posso te beijar antes de dizer boa noite.—Beijando no primeiro encontro.—Eu faço um som tsk. —Eu

pensei que a regra não era beijar até o terceiro encontro.—Acho que já quebramos essa regra.—Não contei. Foi um não encontro.Ele ri e eu aprecio o som quente e rico.—Noite, Joel.—Noite, Kitty.

14Joel

— ONDE VOCÊ ESTAVA ONTEM À NOITE?—Nathan acende umcigarro enquanto voltamos da academia para a casa.

—Casa.—Você estava?—Ele ergue uma sobrancelha e então seu rosto

muda de compreensão. —Oooh, eu entendi. Agradável. Shelly?—Claro que não. —Eu balancei minha cabeça como se isso

fosse me livrar da memória.—Tara?Outra sacudida da minha cabeça.—Quem foi? Se você se escondeu em seu quarto com ela a noite

toda, ela deve ser uma coisa diferenciada.—Na verdade, eu estava sozinho. Bem, mais ou menos. —Limpo

minha garganta. —Eu tive um encontro virtual.Ele sopra uma longa nuvem de fumaça. —Tipo de coisa de

conexão online?Nervoso como merda, uma risada ansiosa ressoa no meu peito.

—Não, cara. Estilo old school7, falando ao telefone.

—Eu não entendo. Você acabou de falar com uma garota aotelefone? Parece que levá-la em um encontro real seria muito maisfácil.

—É complicado. —eu admito.—Desde quando você faz o tipo complicado?—Ele me olha de

lado quando ele dá outra tragada.—Eu...—Eu considero minhas palavras. —Eu não. Eu não faço.

Eu fiz um acordo com uma garota, ela me devia um encontro, masnão podia sair de casa. Eu improvisei.

—Isso soa como o oposto de descomplicado. —Diga-me, o que sefaz em um “encontro virtual”? —Ele cita o ar.

—Foda-se. —Eu empurro seu ombro. —O que está acontecendohoje à noite?

Fazemos planos para que as pessoas passem e, quando

voltamos para casa, Nathan e eu nos separamos para tomar banhoe fazer ligações.

Eu não ouvi falar de Katrina hoje, não que eu esperasse, mas euestou querendo saber o que ela está fazendo e se ela pensa emmim. Eu não consigo me cansar dela e estou prestes a abandonartodas as pretensões de tentar.

Enquanto me seco, pego meu telefone. Em vez de enviar amensagem de grupo de que estamos com as pessoas, eu puxo onúmero dela. Meu dedo paira sobre o nome dela e eu decido ligarem vez de mandar mensagem. Ouvir sua voz na noite passada,suave e despretensiosa, foi bom.

—Alô. — ela responde soando apressada e agitada e euimediatamente me sinto como um idiota por ligar. Quem liga semaviso prévio nos dias de hoje?

—Uh, oi. Desculpe, eu te peguei em um momento ruim?Há uma pausa. —Joel?—Sim. Eu não apareci no identificador de chamadas?—Merda. — ela exclama baixinho longe do telefone. —Eu não

verifiquei antes de atender. Presumi que era uma das outras mãesque ligavam para conseguir uma estimativa de tempo.

Estou completamente fora do jogo. Ela parece ocupada edesinteressada e agora me sinto um idiota. Eu decido ir com curtoe conciso. —Estamos com algumas pessoas hoje à noite e eu queriaconvidar você.

—Oh. Isso é legal, mas eu não posso. Eu tenho vinte criançasfamintas e as mães delas irritadas que eu esqueci que era a minhavez de pegar lanches para praticar futebol e se eu não encontraralgo sem glúten, nozes e laticínios e voltar para o Russell Field napróxima hora, eu vou ficar na lista negra.

Eu sinto sua exasperação através do telefone e possoperfeitamente imaginá-la em pé na mercearia andando peloscorredores. —Eu tenho que ir. Obrigada pelo convite embora.

Ela desliga deixando-me segurando meu telefone no ouvido eme sentindo um idiota. Ela não fez nada além de me dizer como elaestá indisponível e eu continuo insistindo. Eu não sei o que é sobreessa garota que eu não posso simplesmente aceitar que não

estamos em momentos semelhantes em nossa vida para ter algoalém de flertar com o café. Já faz muito tempo desde que eu meimportei o suficiente para perseguir alguém assim e oconhecimento de como isso termina deveria me fazer correr para ooutro lado.

Eu me visto rapidamente e depois mando alguns textos paraconvidar mais pessoas. Os caras já estão lá embaixo quando euvou para a cozinha. Agarrando minhas chaves e uma maçã dobalcão, faço um rápido levantamento da bebida. —Eu vou buscarsuprimentos. Alguma preferência?

Z e Wes balançam a cabeça. Nathan fala. —Eu acho queestamos bem, cara. Nós provavelmente podemos nos dar bem como que temos.

—Nunca é demais ter muito. — eu lanço de volta quando eusaio pela porta.

Não é até que estou chegando a Russell Field que começo arepensar minha decisão de interferir. Eu olho para as criançascorrendo ao redor, as mães amontoadas assistindo as criançasatentamente. Sento-me no carro e me pergunto se essa épossivelmente a pior ideia que já tive. Eu me convenci a virar ocarro quando a vi. Parando sozinha parecendo fora do lugar e atédo meu carro, posso dizer que a ansiedade rola dela em ondas.

Eu me movo para a ação, pegando as sacolas do banco de trás eatravessando o campo como um homem em uma missão.

As outras mães me identificam primeiro. Crianças de repenteesquecidas, seus olhares me dominam como se eu fosse o Super-Homem. Eu acho que deve ser as compras ou talvez o fato de euestar aqui. O único outro cara no campo é o treinador. Os pais nãoaparecem para esse tipo de merda?

Eu ignoro seus olhares curiosos - focado apenas em chegar aKatrina. Eu posso dizer o momento em que ela me percebe. Antesque seu olhar atenda ao meu, ela se cala e seus olhos se arregalamenquanto ela examina o campo. Como se ela pudesse sentir minhapresença antes que ela me visse. Uma miríade de emoções cruzaseu rosto quando ela me vê. Confusão, felicidade, surpresa. Ela seaproxima devagar. Todos os olhos estão em nós.

—O qu...—Desculpe, estou atrasado. — eu digo alto o suficiente para que

as mães intrometidas penduradas em cada palavra minha possamme ouvir bem claro. Eu levanto as compras ao meu lado. —Ondeeu coloco?

Ela abre a boca e fecha, olha para o nosso público cativo e voltaantes que ela responda: —Bem ali.

Eu a sigo até uma mesa dobrável com umas sacolas embaladasindividualmente e um galão de suco de laranja com coposdescartáveis ao lado. Eu não posso parar o sorriso que aparecepelo lanche de última hora. —Eu tive que improvisar. — ela gritabaixinho.

Eu atiro para ela quando coloco as sacolas no chão.Desembalamos os itens em silêncio, mas eu a sinto observandocada movimento meu.

Seus olhos não são os únicos que sinto em mim. O grupo demulheres que a estava ignorando quando eu parei, agora caminhaem nossa direção. A líder delas está usando calças de yoga e umaregata com um capuz aberto no topo para que seu decote fique emexibição. Quando ela fala, seu tom é extremamente doce, o quequer dizer falso pra caralho. —Katrina, eu não acho que eu conhecio pai de Christian.

—Oh, não, ele é... —O rosto de Katrina fica vermelho e estáclaro que ela está desconfortável, mas eu não sei se é porque euestou aqui ou porque o pai de Christian não está. De qualquerforma, quero apagar esse olhar.

Dando um passo à frente, eu estendo a mão. —Joel. Prazer emconhecê-la.

—Samantha. A mãe de Bryson.Um apito soa e as crianças correm para os bastidores em alta

velocidade.Eu olho para o Katrina. —Eu provavelmente deveria ir.Mas meu adeus é interrompido quando uma cabecinha loira se

joga ao redor das pernas de Katrina. —Mãe, você viu? Eu chutei nogol.

—Bom trabalho, amigo. —Ela oferece sua mão e ele bate.

Eu fico boquiaberto. Eu não posso nem ajudar. Saber que elatinha um filho era uma coisa. Vê-lo, observar eles interagirem, tirao fôlego de mim.

Olhos castanhos encontram os meus. Ele parece muito com oKatrina que eu não posso deixar de sorrir. Nariz pequeno, olhosgrandes, cílios escuros e uma bagunça de cabelos loiros.

—Uh, Christian, esse é meu amigo Joel.Ele inclina a cabeça para me olhar de verdade.—O que há pequeno homem?—Eu coloco meu punho para fora

e ele estuda com cautela antes de bater seu pequeno punho nomeu.

—O que há para lanches?—Uma das crianças chama e recebetoda a sua atenção. Mãos ansiosas se estendem e passam por nós.

Eu sigo a liderança de Katrina e nos movemos para o outro ladoda mesa e ajudamos as crianças a encher os pratos com lanches.Durante dez minutos, trabalhamos em silêncio, ajudando crianças,enchendo pratos, limpando bagunça, enchendo os pratos depoisque metade das crianças derramaram sua comida no chão. Estouquase suando quando o treinador apita e as crianças voltam para ocampo.

Nós jogamos o lixo e Katrina finalmente quebra o silêncio. —Você não precisava fazer isso.

—Eu estava indo para ao mercado de qualquer maneira. —Euolho para as outras mulheres que estão de volta a examinar cadamovimento nosso. —Elas sempre fazem isso?

Ela encolhe os ombros. —Eu não me encaixo com as outrasmães.

Eu posso dizer pelo tom dela que ela acha que isso é de algumaforma culpa dela.

—Christian parece com você. —Eu me viro para assistir à açãono campo. Que bagunça quente. Não há como saber quem está noataque ou na defesa, é apenas uma massa de pequenos corposcorrendo ao redor da bola. —Essas suas habilidades de futebollouca em exibição lá fora também?

Christian irrompe na frente do bando e chuta a bola em direçãoà rede. Não chega, mas ele não desanima e continua correndo para

o gol para chutar a bola novamente. Ele levanta os braços emvitória e olha para sua mãe. O sorriso no rosto dela é orgulhoso eela pula e bate palmas como se ele tivesse ganhado ouro nasOlimpíadas.

—Eu devo ir.Depois que ela está torcendo, ela se vira para mim. —Você

realmente não precisava fazer isso. A prática dura apenas umahora, não é como se eles estivessem passando fome. —ela dizirritada e eu admiro que ela não esteja se curvando para seencaixar nas expectativas da outra mãe.

—Kitty?—Hmmm?Eu me inclino, meus lábios roçam sua orelha. —Apenas diga

obrigado.

15Katrina

EU TENHO seu café pronto e dois muffins de canela em umasacola quando Joel vai até o café.

—Bom dia, Kitty.Eu deslizo a bolsa e o café em sua direção. —Obrigada.Um sorriso puxa seus lábios. —De nada. Como está o nosso

astro do futebol?Meu coração palpita pelo jeito que ele diz nosso, mas ele parece

completamente inconsciente de que ele fez isso e eu não estouprestes a fazer um grande negócio com isso. Eu sei que ele nãoquis dizer isso da maneira que soou, mas é bom falar sobreChristian com alguém como ele pertence a nós dois. Eu mepreocupei tanto que esqueci como é bom fazer parte de um time.Ter o Joel aparecendo para mim me lembrou que eu preciso deixarmais pessoas entrarem. Nem todo mundo vai me decepcionar.

Quando se trata de pais, a responsabilidade sempre recai sobremeus ombros. Victor passa o tempo com Christian, mas ele nãotoma decisões e ele não está aqui todos os dias. E eu ainda estoufrustrada que depois do seu grande discurso no domingo, ele nãose incomodou em aparecer no treino de futebol de Christian.

—Eu iria adiar os sonhos olímpicos, ele passou a maior parte daúltima metade do jogo girando em círculos até que ele ficou tãotonto, que ele caiu. —Sua risada baixa envia arrepios sobre aminha pele. —De qualquer forma, café e bolos por conta da casaesta manhã.

Ele acena o sorriso nunca deixa seus lábios. —Você está livreamanhã à noite para outro encontro virtual? A equipe estáviajando, então provavelmente eu não vou poder falar ao telefonedurante a viagem, mas achei que poderíamos assistir a um filme etrocar mensagens?

O jeito que meu coração bate contra o meu peito, você acha queele acabou de me pedir para voar para Paris. —Você já tem o seu

primeiro encontro. Além disso, você não precisa, eu não sei estudarpeças ou preparar mentalmente ou algo assim?—Eu aceno minhasmãos no ar.

—Não. Eu costumo assistir Netflix ou dormir. Estamos indoamanhã pela noite, mas o jogo não será até à tarde de sábado. Ébom ver que você está preocupada comigo, Kitty. Eu vou te mandarmensagens às sete. Eu vou deixar você escolher o filme dessa vez.—Ele bate no balcão duas vezes com os dedos e depois se afasta.

—Terra para Katrina. —Willa acena na frente do meu rosto.Eu olho em volta da mesa, cada membro do nosso grupo de

crítica me olha interrogativamente. —Desculpa. Eu estavasonhando acordada. Qual foi a pergunta?

—Na minha história, a mãe da heroína está lutando para aceitaras escolhas que está fazendo - se afastar de casa, escolher onamorado, a universidade que escolheu. Estávamos discutindocomo isso afetaria o relacionamento da heroína com sua mãe, suasações, seus pensamentos internos. É um momento tão importanteem sua vida - hora de crescer e conquistar a independência pelasbolas - pelo menos é o pensamento da heroína. O que você acha?

Eu coro, a situação parece muito familiar e pessoal.—Oh, hum, não tenho certeza. Eu acho que a heroína iria se

afastar, se distanciar de sua mãe. —Eu levo minha caneta atémeus lábios, como se eu estivesse imersa em pensamentos,considerando isso do ponto de vista da heroína. Eu não preciso. Euvivi isso. —Ela se encontrava contando menos à mãe, nãocompartilhando os detalhes de sua vida para evitar brigar com ela.Acho que todos somos culpados de fazer isso, certo?—Olho emvolta nervosamente, mas continuo quando todos parecem queestão considerando cuidadosamente minhas palavras. —Sabemosque nossos pais não querem que a gente beba a noite toda oumatemos aula, mas é nessa hora que finalmente tomamos essasdecisões. Além disso, todos nós temos que aprender coisas porconta própria. Cada geração repete os erros de nossos pais nãoporque não sabemos melhorar, mas porque precisamos enfrentar

as consequências por conta própria.Willa me lança um grande sorriso. —Sim! Eu amo isso. Isso é

tão verdade. —ela diz enquanto seus dedos voam sobre as teclas deseu laptop.

O resto do grupo termina e nos deixamos até a próximasemana. Com minha mãe em minha mente, eu ligo para elaenquanto caminho para a próxima aula.

—Alô?— Ela responde como se não soubesse que sou euquando sei que o identificador de chamadas me anunciou.

—Oi mãe.—Katrina!—Ela exclama. —É tão bom ouvir você.—Eu sei. Desculpe-me, eu não liguei em algumas semanas. As

aulas e o trabalho têm me mantido ocupada e, é claro, Christian.Obrigado pelas chuteiras que você enviou a ele. Ele está amando ofutebol.

Eu respiro fundo. Quando eu disse aos meus pais que estavame mudando para o Valley e indo para a universidade, assim comoplanejei antes de engravidar, eles não ficaram nadaentusiasmados. Eles são ótimos e tenho certeza de que, se eutivesse ficado eles teriam me ajudado de todas as formas possíveis,mas meus pais estavam contando os dias até que pudessemcomeçar a viajar e fazer todas as coisas que não podiam porqueeles também foram pais adolescentes.

Minha mãe tinha apenas dezesseis anos quando teve minhairmã e então, surpresa, eu apareci quinze anos depois. Isso é ummonte de anos para o pai, eu entendo, eu estaria pronta para umavaga também.

E parte de mim queria ficar e levar toda a ajuda que eu pudesseconseguir, mas ter Christian tão jovem mudou tanto, eu decidi quenão queria ser como meus pais esperando trinta anos para fazer ascoisas que eu queria porque eu tinha um filho. Eu quero queChristian me veja trabalhando para atingir meus objetivos - meformar e, eventualmente, ser roteirista.

—Claro, me envie sua programação de jogo quando você tiver eseu pai e eu vamos tentar fazer a viagem para vê-lo jogar. —Olembrete de que estamos muito longe para eles apenas aparecerem

sem planejamento,me faz ficar em silêncio por muito tempo. —Katrina? Você ainda está aí?

—Sim, eu ainda estou aqui. Lamento que não estejamos maisperto. Eu sinto falta de vocês. —eu digo. —As coisas estão indomuito bem para nós, no entanto. —Antes que ela possa dar umapalavra, eu continuo. —E Christian está indo muito bem na pré-escola. Estamos ótimos, mãe.

Mais um ótimo e estou compensando oficialmente. Eu diminuomeu ritmo quando chego perto da minha próxima aula.

—Oh, querida. —Eu a ouço suspirar. —Claro que você está. Seupai e eu estamos tão orgulhosos de você, mas nos preocupamos.Eu não quero ver você fazendo as coisas mais difíceis do que énecessário. Lembro de como era tentar ser jovem e criar um filho esua avó estava a apenas cinco minutos de distância. Ela me salvoumais vezes do que eu posso contar. Eu só acho que você precisadeixar as pessoas te ajudarem mais. Você não precisa sempre irsozinha.

—Eu sei. —Minha voz é pequena. A culpa toma conta de mim eme pergunto se estou sendo egoísta. Não é a primeira vez quequestiono se minhas ações são as melhores para Christian. Seráque ele seria mais feliz se fôssemos mais próximos da família,almoçássemos no domingo como a família de Joel e avós nosbastidores de seus jogos de futebol?

—Eu também sei. — diz ela com uma ponta de agitação, comose esperasse minha teimosia, mas não a aceitasse.

—Eu tenho uma aula. Diga ao papai que eu disse alô eChristian e eu vamos ligar por vídeo neste fim de semana para quevocês possam conversar.

—OK. Dê a ele nosso amor.Eu me inclino contra a parede do lado de fora da minha aula de

composição e solto um longo suspiro.Eu: Tudo bem. Vamos falar hoje à noite sobre Christian ficar com você durante

a semana.Eu ouço o professor começar a aula e eu coloco o celular na

minha mochila e entro na sala de aula sem esperar pela respostade Victor.

16Joel

EU ABAIXO bandeja da mesa e apoio meu iPad antes de mandaruma mensagem para Katrina.

Eu: Pronta para o nosso segundo encontro?Kitty: Novo telefone - quem é?Eu recuo.Kitty: Brincando. Sim, estou lhe enviando o filme agora.Eu puxo meu e-mail e rio ganhando uma olhada de canto de

Wes que se senta ao meu lado.Eu: Eu não acho que Saved by the Bell conta como um filme.Kitty: Cada episódio tem pouco mais de vinte minutos para que possamos

assistir alguns, então é a mesma quantidade de tempo. A quinta temporada é aminha favorita, mas acho que devemos começar na terceira temporada porquetem o infame episódio de baile de que eu estava falando.

Eu inclino meu iPad na direção da janela e conecto meus fonesde ouvido. Se os caras me pegarem assistindo Saved by the Bell,eles vão me dar todo tipo de merda.

Eu: Tudo bem, Kitty, estou pressionando o início. Qual é o seu fascínio porSBTB?

Kitty: Eu tenho uma irmã que é quinze anos mais velha que eu. Como você podeimaginar, nós não tínhamos muitas coisas para nos relacionar durante ocrescimento, mas quando eu fiquei mais velha e queria fugir dos meus pais, ela medeixava ir até a casa dela e nós tínhamos noites de cinema onde ela me

apresentaria a todos os seus filmes favoritos. The Princess Bride, Titanic, Clueless,Friends, Family Matters e Saved by the Bell.

Eu: Isso é legal. Apenas uma irmã?Kitty: Sim.Nós assistimos três episódios, principalmente mensagens de

texto sobre coisas engraçadas dos anos 90 - o cabelo, roupas,dança, querido Deus, a dança. Mas também aprendo mais sobre oKatrina. Por exemplo, ela é profunda. Eu acho que deveria saberdisso desde que ela é escritora. Os artistas não são bons com suas

emoções e sentimentos e essas merdas? Bem, de qualquermaneira, ela é. Eu gosto de ouvir o que ela pensa sobre as coisas,até coisas estúpidas como a de como o Sr. Beldingé mais umafigura paterna para Zack do que seu próprio pai.

Eu: Estamos entrando no hotel.Kitty: Ah, tudo bem. Bem boa sorte amanhã.Eu: Tentando se livrar de mim?Kitty: Eu presumi que isso significava que você precisava ir.Eu: Nah, me dê quinze minutos e eu te ligo antes de dormir?Kitty: Claro.Eu sigo Nathan pelo saguão até o terceiro andar do hotel onde

estamos hospedados. No quarto, jogamos nossas coisas nas camas.—Eu vou tomar banho. — digo a ele. Eu tenho Kitty no cérebro

e preciso de uma liberação antes de dormir.Nathan assente e tira os cigarros da bolsa. —Eu estou indo para

um cigarro.Ele sai da sala e eu me sento na cama, pegando meu telefone e

meu iPad. Wes e Z criticam Nathan por seu hábito de fumar e festaexcessiva, mas é a vida dele. Desde que isso não afete odesempenho dele ou a equipe, isso não me incomoda.

Eu ligo Saved by the Bell de novo. Faltam apenas algunsminutos para o episódio que assistimos acabar e, caramba, ela mefaz querer saber como a turma vai contar a Slater que ele é um DJterrível e... foda-se minha vida.

Eu sorrio enquanto vejo o final brega e depois me vejo prontopara ir ao chuveiro antes de ligar para Kitty. Eu pego meu telefonee decido enviar uma foto enquanto ela espera. Eu não mando fotospara garotas, apenas meus amigos quando estamos brincando. Euadmito que provavelmente esteja confuso, mas que seja. Eurecortei a foto para que ela possa dizer que estou nu, mas ela nãopode ver as mercadorias e pressiono enviar.

Antes que eu possa dar os dois passos para o banheiro, receboum texto de volta. Eu estou sorrindo antes mesmo de pegar otelefone antecipando sua resposta. Eu espero uma respostainsolente. Em vez disso, ela me envia uma foto de volta e calorpercorre meu corpo e atira para o meu pau.

Ela usa leggings pretas e um top branco que não cobre bem oestômago e mergulha baixo o suficiente para que seus peitos selevantem e implorem para serem notados. Minha mão viaja parameu pau e bate nele. Eu estou tão dolorosamente duro.

É uma volta agradável para a minha noite. Eu pensei que teriaque usar minha imaginação e as memórias de sua boca quente,mas agora eu tenho material novo.

Eu me acaricio lentamente, deixando meu olhar cair em seurosto em forma de coração e sorriso brincalhão. Ela está meprovocando com aqueles lábios cheios e olhos hipnotizantes.Apertando o meu pau e acelerando o ritmo, eu vasculho seu corpoimaginando o que está além das roupas, mas de alguma formaamando que ela não está nua. Eu quero despi-la, peça por peça,explorando um novo território e reivindicando-a.

Minhas bolas se apertam e estou tão perto.—Woah. Porra. Desculpa cara. —A voz de Nathan registra

devagar apenas alguns segundos antes de minha liberação poderchegar e eu estou em partes igual irritado e frustrado.

—Eu pensei que você estava indo para um cigarro. — eu grito,entrando no banheiro e me cobrindo com uma toalha.

—Desculpe, cara, só esqueci o isqueiro. —Ele está quieto porum minuto e tudo que eu posso ouvir é o som suave de vozes vindodo meu iPad. —Cara, você estava masturbando com Saved by theBell?

Saio do banheiro, pego meu telefone e desligo o meu iPad. —Não. Acabei de deixar isso.

—Por que você estava assistindo para começar? Kelly estavaquente. Nenhum julgamento.

—Parece foda.Ele ri, pega um isqueiro da bolsa e volta para a porta. —Eu

voltarei em trinta minutos. É tempo suficiente?Em vez de responder, eu abro, ando no banheiro e bato a porta

atrás de mim.

Z Acena com a cabeça em aprovação e bate as mãos enquantoele toma seu lugar no bloco e eu ando em direção à linha de lance

livre. —Bom trabalho. Vamos pegar esse ponto extra.Eu tiro meu lance e o Estado do Arizona pede um tempo. Nós

estamos destruindo eles. Até vinte pontos no meio, em grandeparte para mim. Tudo que eu atiro hoje à noite encontra seucaminho. Algumas noites são assim. A maioria não é.

Eu faço o arremesso e a outra equipe pede um timeout. Nathane eu batemos os punhos enquanto nos sentamos à margem.

— It’s alright cause I’m saved by the… it’s alright cause I’m savedby the bell. — ele canta baixinho com um sorriso de merda.

—Foda-se. — eu digo, mas estou sorrindo.Depois que o treinador nos dá uma conversa fraca sobre a

execução das jogadas e o reforço da defesa - há tanta inspiraçãoque você pode reunir quando você está tirando a outra equipe daágua - eu volto para a quadra vendo as câmeras e locutores e mepergunto se Katrina está assistindo. Ela disse que sim, mas eu nãosei se era apenas ela alimentando meu ego.

A ideia de ela assistir pode ter algo a ver com o meudesempenho estelar. Eu estou em uma zona como nunca sentiantes. Estou sempre confiante e pronto para jogar, mas um tipodiferente de calma tomou conta de mim esta noite e a únicadiferença que posso identificar é ela, o que não faz muito sentido,mas levo meus amuletos de boa sorte muito a sério.

Parece que meu ritual antes do jogo mudou. De agora em dianteeu preciso de uma pequena dose de Katrina antes de cada jogo.

Katrina—Vocêé meu amuleto da sorte. — diz Joel e aponta um sorriso

arrogante para a tela.Ele está usando fones de ouvido e encostado na janela do

ônibus. Ainda está claro, mas apenas por pouco, e o brilho suavede seu telefone lança uma sombra ao redor dele, tornando difícilver qualquer outra coisa.

—Eu duvido muito disso, mas estou disposta a receber crédito.Existe algum tipo de pagamento pelos meus serviços?—Eu lanço

para ele antes de pensar nas minhas palavras e posso dizer peloenorme sorriso que surge em seu rosto que eu joguei direto na mãodele.

—Na verdade, existe. Um encontro comigo. Um real - semnecessidade de telefone. Quer dizer, não me entenda mal, estouadorando usar meu telefone para algo além de mensagens ememes, mas acho que isso está atrapalhando meu charme. Eu soumais bem apreciado pessoalmente.

Eu rio contra o meu melhor julgamento. Deus, ele é ridículo.—Eu não tenho uma babá até o próximo fim de semana. —Eu

paro e espero ele ligar os pontos - eu já verifiquei e no próximo fimde semana não é bom - ele tem um jogo. —Você tem um jogo,então...

—Deixe-me cuidar dos detalhes.O desconforto se instala na boca do meu estômago. Tenho

certeza de que ele acha que pode pedir a alguém aleatório paraficar com Christian, mas isso não vai funcionar. Posso contar emuma mão as pessoas em quem eu confiaria, e a maioria delasmorava longe demais para aparecer em uma noite de namoro.

—Não se preocupe. — ele diz como se estivesse lendo meuspensamentos. —Eu tenho alguém em mente que eu acho que vocêvai aprovar, mas eu não quero dizer até eu checar. Enquanto issomostre-me o que você está vestindo?

Ele move a cabeça como se estivesse tentando ver além dofundo da minha tela. Eu rio mas inclino para fora e para baixopara que ele possa ver as leggings e a camiseta de basquete doValley que estou usando.

—Eu tenho espírito de equipe. — eu digo e aceno minha mãocom um pompom imaginário.

—Esqueça o espírito de equipe, desde que você tenha espírito deJoel Moreno.

Deus, o jeito que ele diz parece tão quente e sujo, minha bocetaaperta.

—O que você fez hoje à noite?—Pergunta ele, inclinando acabeça para trás no encosto de cabeça, o cabelo preto aindamolhado do banho.

—Christian e eu assistimos ao jogo e comemos pizza. Eledormiu cedo porque perdeu sua soneca por dois dias seguidos,então eu estava trabalhando em coisas para a peça.

—Como vai isso?—Bom. Eu acho que o roteiro está quase finalizado. Eles estão

me deixando participar dos ensaios, o que é incrível.Ele abafa um bocejo.—Eu acho que você está cansado.Ele balança a cabeça em sinal de protesto.—Eu deveria ir de qualquer maneira. Christian não entende que

fins de semana são para dormir.Nós desligamos e eu deito na cama assistindo trinta minutos e

depois uma hora. Então duas. Eu estou jogando e virando e quasedesistindo de dormir quando um texto ilumina meu telefone.

Joel: Abra sua porta da frente.Meu coração bate rapidamente e eu sento e tiro as cobertas. Ele

não pode estar falando sério.Eu me movo pela casa silenciosamente sem acender as luzes.

Quando chego à porta da frente, olho através do olho mágico einspiro bruscamente.

—Abra a porta, Kitty.Eu recuo rapidamente e o ouço rir. Respirando fundo, eu abro a

porta e olho para ele, certa de que a surpresa está escrita em todoo meu rosto. Meus olhos olham para cima e para baixo,observando a maneira como as calças atléticas e a camiseta demangas compridas o fazem parecer um deus atlético. —O que vocêestá fazendo aqui?

—Eu percebi uma coisa e tive que vir ver você.Envolvendo meus braços em volta de mim, eu permaneço firme

no meu lado da porta e não ofereço para deixá-lo entrar. Eurealmente não pensei nisso, mas eu sei que não quero queChristian acorde com alguém que ele não está acostumado noapartamento. —O que é isso?

Ele se aproxima e agarra meu quadril, me puxa para ele e seinclina até que eu possa sentir sua respiração na minha bochecha.Ele cheira a hortelã e couro e frio e a combinação me faz tremer em

seu toque. Em vez de responder a minha pergunta, ele passa oslábios sobre os meus suavemente. Muito mais suave do que eujamais imaginaria que Joel Moreno fosse capaz. Eu posso senti-losorrir em meus lábios e então ele pressiona mais forte, mechamando para abrir. Sua língua varre e eu me derreto nele, grataque ele tem um aperto forte em mim porque eu me sintoridiculamente instável.

Ele puxa para trás e se inclina a testa contra a minha sóafrouxando o meu quadril ligeiramente. —Esta noite foi o nossoterceiro encontro.

17Joel

—PRECISO DE UM FAVOR.Blair estreita o olhar dela. —Eu não estou arrumando você com

nenhuma das irmãs da minha irmandade.—Eu não preciso da sua ajuda para conseguir um encontro,

mas obrigado por pensar tão bem de mim. —Reviro os olhos e pegoum dos donuts das duas caixas que ela trouxe. —Você pode tomarconta de alguém na quinta à noite?

—Você pode repetir isso?—Você me ouviu, estranha.—De quem eu seria babá?—Uh. —Eu esfrego meu queixo. Eu não mencionei a Blair que

estou falando com Katrina em parte porque ela é a única queparece conhecê-la, e eu já sei o quanto Blair pensa de mim por seuconstante lembrete de que eu não sou bom o suficiente para suasamigas... —O filho de Katrina, Christian.

—Por quê?—Ela cruza os braços e maldição, eu sinto que estouprestes a obter a ira de Blair. Todo o metro e meio dela está medeixando mais nervoso do que eu gostaria de admitir.

—Katrina e eu temos conversado e...—Ah não. Jooeeel. — Ela lamenta, e eu trinco os dentes porque

eu posso dizer pelo tom dela que ela não aprova. —Katrina não éalguém com quem você pode brincar.

—Mais uma vez, muito obrigado pelo voto de confiança. Vocêpode ficar com ele ou não?

—Ela concordou em sair com você?Eu suspiro. —Ela está preocupada com uma babá. Pelo que eu

sei, ela não tem muita gente aqui em quem ela confia, mas achoque ela confiaria em você.

Ela morde o lábio inferior me estudando com cuidado.—Por favor?—Eu tenho estipulações.Porra é claro que ela tem. —Tal como?

—Eu quero falar com ela primeiro.Eu reviro meus olhos novamente. —Ela está bem ciente da

minha reputação. Você não precisa avisá-la.—No entanto, parece que ela ainda está disposta a sair com

você. —Ela balança a cabeça. —Isso não é negociável. Eu vou até ocafé e falo com ela.

—Algo mais?—Sim, na verdade. Gabby está se mudando no próximo mês.Eu sorrio. —Sim? Isso é incrível. —Eu só a vi algumas vezes,

mas pelo que sei da melhor amiga de Blair, Gabby, não é umpequeno milagre que ela esteja se mudando para a Valley. —Ela vaiter aulas este semestre?

—Ela vai terminar o semestre com suas aulas on-line e, emseguida, ter algumas aulas de verão para ajudar a se instalar antesdo próximo ano.

—Isso é incrível. — repito.Ela sorri. —É, e eu quero dar uma festa em sua homenagem.—Claro, isso não é problema.—Uma grande festa. Pensei em promover uma festa com

espuma. Gabby perdeu o baile de formatura e ela tem em menteque temos festas de espuma todo fim de semana. —Blair franze orosto para cima. —Eu não sei de onde ela tirou isso, mas isso nãoimporta, esses são os meus termos.

Uma festa de espuma? Ambos soam super ruins. Combiná-losnão ajuda. As coisas que um cara faz por uma boa foda. Merda,isso nem é verdade. Eu poderia transar agora se isso é tudo.

—Bem. Podemos resolver os detalhes da festa, mas tem que serdepois da temporada.

Ela acena com firmeza como se fosse a CEO do comitê deplanejamento do partido.

—Você vai falar com o Katrina hoje?—Oh sim. —Ela ri. —Eu tenho tantas perguntas para ela.

Katrina

—Ei, Blair, é tão bom ver você. — eu digo quando desato meuavental e saio de trás do balcão.

—Você também. — diz ela com um tom que me diz que ela sabesobre Joel.

Não é completamente surpreendente, considerando que Joel eWes são companheiros de quarto, sem mencionar meu encontrocom Vanessa.

—Você tem tempo para conversar por alguns minutos?—É claro. — eu digo alegremente, apesar do suor agora entre o

meu decote.Ela levanta um dedo. —Eu só preciso pegar alguns muffins para

os caras primeiro.Depois que ela pede duas dúzias de bolinhos, nos sentamos em

uma mesa no University Hall.—Então, como está o novo trabalho?—Eu pergunto sobre seu

novo trabalho no centro de tutoria.Ela sorri. —Está indo muito bem, eu sinto falta do café há

alguns dias.—Nós sentimos sua falta também. Não é o mesmo sem suas

citações. Garrett tentou assumir as citações no turno da noite, masrapidamente desistiu quando as pessoas começaram a corrigir suaortografia e gramática.

Ela ri. —E você, algo novo com você?—Eu estou supondo que você está se referindo a Joel por esse

olhar em seus olhos.Seus olhos ficam grandes e seu sorriso maior. —Como e

quando? E como?!—Ele veio no café no semestre passado e me convidou para sair.—Você tem visto ele desde o último semestre?!—Não. —Eu balancei minha cabeça. —Eu recusei, mas ele

voltava toda semana.—A sério? Isso soa... tão diferente dele.—Tenho certeza que o ego dele não descansaria até eu dizer

sim.—Bem, obviamente você finalmente fez porque ele me pediu

para tomar conta de Christian para você na quinta-feira.

—Oh, você não precisa...Ela coloca a mão sobre a minha. —Eu adoraria vê-lo.

Honestamente, isso não é problema. Eu só queria ter certeza deque você não tinha perdido a cabeça. Joel é ótimo, não me entendamal, mas...

Como as palavras dela se apagam, eu só consigo acenar com acabeça.

Seus dedos apertam os meus. —Você deve gostar muito dele.—Eu gosto. Quero dizer, todo mundo gosta do Joel - ele é fácil

de gostar, mas é diferente do que eu esperava também. —Euencontro os olhos de Blair e ela está tão grande que eu sinto quepreciso recuar para que ela não tenha a ideia errada. —É apenasum encontro.

—Um encontro que ele vai ter muito trabalho para conseguir.Algo me diz que ele pode ter encontrado sua partida em você.

—Não, eu não penso assim. Eu realmente não sou o tipo dele.—O tipo de Joel é mulheres bonitas. Você é definitivamente o

tipo dele.—Obrigada!—Então, vamos falar detalhes, você quer que eu vá para a sua

casa? Uma casa de fraternidade provavelmente não é o melhorlugar para ser babá.

Nós fazemos planos para quinta-feira e eu finalmente sinto acoisa que eu venho adiando - excitação.

18Katrina

JOEL TOMA TUDO.Suas longas pernas esticam na frente dele e eleapoia a cabeça em uma palma grande. Eu deveria ter acabado deescrever uma história sobre Joel Moreno. Ele ficaria bem no palcocom um holofote no rosto ridiculamente esculpido.

Eu ouço Brody e Tabitha, mas é Joel que eu assisto enquantoeles abraçam e recitam as palavras que eu escrevi. É surreal terescrito alguma coisa no silêncio do meu apartamento e depois poof!Assistir a duas pessoas que ganham vida.

Quando a cena termina, eu o deixo para conversar com Brody.A expressão que ele usa me diz que ele ainda não está sentindobem e quero ter certeza de que captarei qualquer visão que eletenha.

—Você acha que a cena precisa de mais diálogo?—Eu perguntoquando me aproximo dele.

—Não, eu não acho que é isso. Está faltando alguma coisa. Aconexão não está lá. Por que a Imelda é tão atraída por mim? Evice versa? Eu não estou dizendo que necessariamente precisamoscontar ao público a história de fundo, mas eu quero saber, entãoeu sinto isso em meus ossos. Você entende?

Assentindo, eu engulo um nó na garganta. Eu deixo meusombros caírem sentindo-me inadequada e como uma fraude total.Por que eu achei que poderia fazer isso? Eu não sei nada sobre oamor que tudo consome.

Brody sai andando, o resto do elenco e equipe já está fazendo asmalas e eu volto para Joel.

—É uma história matadora. — diz ele.Eu verifico sua expressão, mas só encontro sinceridade. —

Obrigada. Brody quer que eu o ajude a entender a conexão entreHector e Imelda. Essa primeira cena é crítica.

É a única cena íntima com Imelda e Hector em toda a peça.Passamos pelo feliz namoro e então todo o segundo ato é contado

através de um estágio dividido. Imelda vivendo sua vida cuidandode Coco enquanto faltava Hector e Hector em turnê pelo mundoescrevendo canções. É uma maneira única de mostrar sua vidajuntos e poderosa, espero também, mas significa que essa cena emque eles se encontram tem que ser incrível.

—Hey. — Ele se inclina para pegar minha linha de visão. —Vocêvai descobrir.

—Precisa de mais angústia e paixão. Ela define o tom para todaa história. Se o público não comprar aqui, não sentirá dor eangústia mais tarde.

—Dor e angústia, hein?—Seus lábios se contorceram. —Eupensei que isso era uma história de amor.

—É... mas..uhh... não tem um final feliz.—Não gosta de histórias que normalmente exigem um final

feliz?—Não, não em todos os casos. Fantasma da Ópera, A Culpa é

das Estrelas, Como Eu Era Antes de Você, e basicamente tudo queNicholas Sparks já escreveu.

O palco desaparece deixando Joel e eu sozinhos. Nóscaminhamos para frente e eu descanso a mão sobre ele. Umlembrete tátil do que está em jogo. Minhas palavras, minha visãoserá trazida à vida. É uma oportunidade única na vida.

—Feche os olhos. — diz ele, ligando os dedos em uma mão epegando minha outra no palco.

—Por quê?—Nenhuma pergunta. Apenas faça.Eu bufo. —OK.—Você pediu minha ajuda. Isso sou eu ajudando.Eu deixo minhas pálpebras se fecharem. Sensações me

dominam - ele me domina.Minha pele fica sensível e sinto seu hálito quente na minha

bochecha antes que ele fale.—Diga-me como você vê isso. Não tente fazer as palavras me

dizerem tudo. O que você vê?Leva um momento para eu me concentrar na cena e não do jeito

que parece ser tão perto de Joel. O que eu vejo?

—Eles estão se afastando da multidão, o festival está emsegundo plano - luzes, risos, música - mas eles estão alheios atudo isso.

—O que Hector vê?Eu mudo meu foco, imagino-me olhando para Imelda do ponto

de vista de Hector. —Ele vê uma jovem que é impetuosa edeterminada. Ele é atraído por sua beleza e espírito, quer escrevermúsica sobre ela e o modo como ela faz com que ele se sinta.

—E como ela faz ele se sentir?—Vivo. — eu sussurro. —Como se a vida nunca tivesse

importado até agora.—E Imelda?Minha boca puxa um sorriso enquanto imagino o adorável

Hector. —Isso é fácil. Imelda é atraída pelo seu charme. Ele a deixamais leve e a lembra de parar e cheirar as rosas.

Eu abro meus olhos, sentindo a magia do mundo extraordinárioque eu criei colidindo com a vida real. O sorriso de Joel éexatamente como eu imagino Hector nesta primeira cena e seminhas entranhas combinam com o lado de fora, então estouolhando para ele assim como Imelda olhou para o homem dela.

As luzes no palco diminuem a magia. —Parece que eles estãofechando a noite.

Ele solta minhas mãos e recua. —Vai ser ótimo, Kitty.Nós reunimos nossas coisas e ele me conduz pelo teatro e fora

dele.—Agradeça a sua mãe por mim. As perguntas que ela

respondeu foram realmente úteis.Ele me acena. —Ela estava feliz em fazer isso.Ficamos em silêncio por um momento enquanto eu luto para

parar de pensar sobre a peça. Eu quero que seja perfeito. Algo queeu fiz sozinha e contra todas as probabilidades.

—Eu sei que você disse que teve a ideia do seu filho, mas o quefoi que te inspirou a escrever uma trágica história de amor? Não épara garotas felizes para sempre?

Eu sorrio. —A cena em Coco, onde Imelda canta. A históriadeles é trágica, mas também é tão bonito pensar que o amor pode

conquistar qualquer coisa. Até mesmo a morte.—Isso é bonito.Eu dou de ombros. —Bem, é apenas uma história, mas é bom

sonhar.—Você não acredita que o amor pode conquistar alguma coisa?—Digamos que eu seja cética. E você?—Amor conquistando a morte? Não.—Ele balança a cabeça. —

Mas eu tento viver a minha vida de uma maneira que torna aconquista da morte desnecessária.

Típica resposta Joel. Você só vive uma vez. Exceto que essaexpressão só funciona quando você é corajoso e arrogante osuficiente para ir atrás de tudo que você quer.

—Christian está animado com a peça?—Ele não entende totalmente, mas está animado por eu ter

permitido que ele assistisse Coco mais vezes este mês, enquanto eutentava fazer o roteiro do jeito certo.

Falar de Christian, mesmo de passagem, parece tão estranho.Não me lembro da última vez que um cara da minha idade fezalgum esforço para perguntar sobre ele. E eu nunca o levantoporque isso assusta os caras mais rápido do que eu posso tirar onome dele.

—E o pai de Christian, ele é a razão pela qual você fica merecusando?

Uma risada filtra pela noite quando chegamos aos nossoscarros, estacionados lado a lado no estacionamento. O meuconfiável e prático e o Tesla arrogante de Joel. Hoje à noite euposso abandonar a praticidade e fingir que pertenço ao mundodele.

—Não. —Eu inclino minha cabeça para cima e vejo o jeito que orosto dele reage às notícias. É deleite ou surpresa que eu vejo? —Não estamos juntos. Nunca realmente estivemos.

—Entendo. —Ele passa a língua sobre a frente de seus dentes eolha para o estacionamento deserto.

—Bem...—Então por que então?Eu sei exatamente o que ele está pedindo, mas eu sou burra. —

Porque o que?—Por que você me recusou treze vezes?Minhas entranhas vibram. Não sei se a contagem dele é precisa,

mas a ideia de que ele rastreou o número de vezes que ele meconvidou para sair me deixa tonta.

—Porque você é Joel Moreno.Ele sorri. —Isso geralmente é um ponto na coluna pró.—Não aja como se você tivesse tentado tanto para me convencer

a mudar de ideia.Sua boca cai aberta. —Inferno se eu não fizesse. Eu te convidei

toda semana por quase cinco meses. Eu vasculhei mais linhas deencontros do que um garoto de quatorze anos. Eu tive que recorrera ajudá-la com a sua peça, o que eu estou gostando, não me leve amal, mas só sei que estou fazendo isso para entrar em suas calças.

—Oh meu Deus. —Minha indignação não é convincente quandoeu rio de sua declaração sincera.

Ele encolhe um ombro. —Apenas sendo honesto. Isso vai acabarconosco nus.

Eu quero pular nele. Dizer a ele que eu queria dormir com eledesde o primeiro momento em que ele me mostrou o sorriso de JoelMoreno, mas eu desanimo.

—Então o que vem depois?Ele me leva para o lado do passageiro do carro e abre a porta. —

Em seguida, eu te alimento.Quando chegamos ao Araceli’s, o estacionamento está lotado e

há uma fila pela porta.—Eu realmente não me importo se formos para outro lugar—eu

insisto quando ele abre a minha porta e pega a minha mão.—Absurdo. Este lugar é o melhor.Ele segura minha mão frouxamente e eu sigo atrás enquanto ele

caminha para a banca de recepcionista.—Joel Moreno. — ele diz à garota atrás do pódio. Seu aperto na

minha mão. —Eu tenho uma reserva de quinta-feira.Sua voz treme. —Eu sinto muito, Sr. Moreno, mas nós demos a

sua mesa. —Ela se desloca desconfortavelmente. —Um cavalheiroveio e disse que você não precisaria disso hoje à noite e que você

deu a ele.—Entendo. Vamos esperar no bar por uma mesa. — diz ele, sem

esperar que a recepcionista responda, ele passa pelo pódio emdireção ao bar.

A garota parece nervosa ou talvez embaraçada quando Joel mepuxa por ela. Eu dou-lhe um sorriso de desculpas, na esperança dealiviar alguns dos seus nervos. Eu ainda estou me recuperandodas informações que acabei de ganhar. Joel tem uma reservapermanente toda quinta-feira?

Isso não deveria me aborrecer. Eu sei que isso é o que ele faz -tira garotas, muitas garotas, mas eu acho que eu era diferente dealguma forma. Ou que pelo menos ele me levaria para outro lugar.Mas é claro que ele não faria isso - é o jogo dele por uma razão.

Em vez de parar no bar, ele me puxa para fora e envolve umbraço em volta da minha cintura. Eu o ouço rir suavementeenquanto caminhamos em direção a uma mesa no canto de trás.

—Treinador Daniels, eu pensei que fosse você.Eu não teria reconhecido o treinador de basquete do Valley além

do time, mas quando nos aproximamos da mesa, o técnico Danielsse levanta, e ele e Joel se enfrentam sem jeito.

—Joel, estou surpreso em ver você aqui.Joel sorri. —Treinador, esta é Katrina, estávamos apenas

parando para jantar, vimos você e eu queria dizer oi. —O olhar deJoel vira para a mulher sentada à mesa e a minha segue. Ela éjovem, excessivamente arrumada e parece mais animada com omeu encontro do que com o dela. Seus olhos se movem entre todosnós tentando entender a situação.

—Ah, Mindy, esse é um dos meus jogadores, Joel.—Prazer em conhecê-la.Eu ofereço a ela um sorriso que ela não retorna. Em vez disso,

ela fica de pé. —Preciso ir ao banheiro feminino. Por favor, comlicença. —Seu olhar rola sobre Joel mais uma vez enquanto elajoga o cabelo por cima do ombro e se afasta.

O rosto do treinador Daniel suaviza quando todos a observamossair da mesa. Quando ela desaparece de vista, ele olha para Joel,uma expressão de culpa no rosto. —Obrigado por isso. Estamos

quase terminando se você quiser sua mesa.Joel sacode a cabeça. —Absurdo. Aproveite. Vamos esperar por

outra mesa.Treinador acena com a cabeça e seu olhar desliza para mim e

ele sorri antes de olhar de volta para Joel. —Finalmente precisavada reserva, eu vejo.

Joel me puxa para ele, e eu me inclino contra seu lado duromuito feliz. —Vejo você amanhã de manhã, treinador.

—O que foi aquilo?—Eu pergunto enquanto ele me leva ao bar.Há apenas um assento e ele me guia para dentro dele e depoisdesliza uma perna entre as minhas enquanto ele se aglomera entreas cadeiras altas do bar.

—O que foi aquilo?— Pergunta ele, sem me olhar nos olhos.—Isso. —Eu aponto para onde acabamos de sair de seu

treinador e encontro. —O time tem uma mesa ou algo assim?—Uhh, não. —Ele parece envergonhado e eu não posso esperar

para ouvir isso. Deve ser bom. —Minha...—Joel Dax Moreno. —interrompe a voz de uma mulher e me

viro para encontrar uma morena deslumbrante por trás do bar comum sorriso que só pode ser descrito como o efeito de Joel Moreno.—Você quase teve minha anfitriã em lágrimas.

Ela se inclina sobre o bar e eles se encontram de rosto colado etrocam um beijinho. Quando ela puxa de volta seus olhosencontram os meus e Joel segue seus olhos para mim. Sim, amigo,ainda estou aqui. Estou aborrecida e irritada por estarincomodada. Ele não fez nada, e eu já sabia que ele tinha dormidopelo Valley, então não é como se eu pudesse segurar isso contraele.

—Maria, esta é a Katrina.Maria estende a mão. —Prazer.Eu engoli um sorriso e apertei sua mão. —Prazer em conhecê-

la.Ela pega um copo e começa a enchê-lo como ela fez um milhão

de vezes. Ela está confortável atrás do bar, mas não está vestidapara o trabalho de blusa e saia lápis. —Já faz meses. O que vocêtem feito?

—Treino, aulas. — ele responde com uma careta e queda de umombro. Interessante. Eu não tinha notado isso antes, mas Joel nãoparece gostar de falar sobre si mesmo. Enquanto Maria e eleconversam, penso em todas as nossas conversas e percebo que issoé verdade. Por mais arrogante que ele seja, ele está perfeitamentesatisfeito em manter a conversa fora de si mesmo.

Maria desliza o copo na frente de Joel. Ele não questiona o queme apunhala no coração um pouco mais. Ela conhece sua bebidafavorita.

—O que eu posso pegar para você, Katrina?Eu coro enquanto os dois olham para mim. Uma bebida. Merda.

Eu não tenho uma bebida de escolha. Eu quase não bebo nada.Estou quieta por muito tempo e finalmente o Joel fala. —Deixe-aprovar o Reisling. —Ele olha para mim para confirmação.

Eu aceno, e Maria pega uma garrafa de vinho e uma taça e aenche antes de deslizá-la para mim. Eu pego hesitante,determinada a odiar qualquer coisa neste momento, mas o vinhofrio e doce dança em minha língua.

O som de vidro se despedaçando em algum lugar do restaurantefaz Maria ficar em pé e dar um passo para trás. —Foi bom te ver.Não seja tão estranho. —Ela vira seus grandes olhos castanhospara mim. —Prazer em conhecê-la.

A atenção de Joel se volta para mim com um sorriso brincalhão.—Como está o vinho?

Sua capacidade de transformar o charme de uma mulher paraoutra me irrita. Eu giro na minha cadeira, forçando-o de volta. —Eu preciso verificar Christian. Eu volto já.

Não espero resposta enquanto saio do restaurante. O sol se pôs,mas uma pitada de rosa e laranja ainda se estendem pelo céuenquanto eu ando para o lado do restaurante fora do tráfegoentrando e saindo. Eu envolvo meus braços em volta da minhacintura e me forço a respirar. Deus isso foi um erro. Tudo isso foium erro. Eu estava certa em querer manter o Joel como fantasia. Arealidade dói demais. Toda vez que eu me viro, tem alguém comquem ele dormiu e depois nós terminamos antes que eu possaaproveitar. Eu estava errada em convencer-me de que eu poderia

me divertir estilo Joel Moreno. Fingir estar bem com isso e esperarque ele me trate de forma diferente porque eu o fiz trabalhar paraisso um pouco mais é terrível.

Puxando meu telefone, vejo que já recebi um texto de Blair.Blair: Christian correu em círculos ao nosso redor. Você é minha heroína.Ela anexou uma foto e eu rio ao vê-la e Wes parecer exausto e

desgrenhado e um doce Christian adormecido desmaiado na cama.Eu corro meu dedo sobre a tela, querendo isso. Eu quero estar comChristian e eu quero alguém que estará ao meu lado exausto todanoite, mas capaz de rir e amar cada segundo disso, porque tudoValley a pena.

—Hey. —. A voz de Joel chama minha atenção. Ele andahesitante em minha direção, com as mãos nos bolsos. —Tudocerto?

Eu seguro o telefone. —Ele está dormindo.Ele sorri para a foto e depois para mim e descansa a mão no

meu quadril. Seu telefone apita e ele puxa para fora, não mesoltando. Seu sorriso fica maior e ele vira o celular para mim. Eu lia troca de texto do telefone de Joel.

Joel: Tudo bem?Wes: Sim.Muito mais conciso do que o romance de perguntas que eu

estava prestes a mandar para Blair. Tudo está bem.—Você verificou sobre ele?—Estou tocada, ele pensou em fazê-

lo.Ele dá de ombros. —Eu sabia que era importante que você

soubesse que ele está bem.Eu solto um longo suspiro e espero que um pouco da minha

ansiedade. Christian está bem. Eu estou uma bagunça, mas isso édo meu jeito.

—Quer me dizer por que você realmente correu aqui?Meus olhos se arregalam de surpresa e ele ri levemente.—Vamos, Kitty. Eu te conheço melhor do que você pensa.Inalando pelo nariz e deixando escapar outra respiração

profunda e limpa, decido ir com honestidade. —Eu acho que istofoi um erro.

Seu aperto no meu quadril aperta possessivamente.—Eu pensei que poderia ficar bem com isso e poderíamos nos

divertir e eu poderia viver o momento e tudo o mais. —Eu levantoum olhar para ele. —Você só vive uma vez, como você disse. —Eurio baixinho. —Mas eu não posso ser uma daquelas garotas quevocê tira para o jantar e bebidas para fazê-la se sentir especial equeira logo antes de passar para a próxima.

—Que garotas?—Seu tom é duro.Eu me movo em direção ao restaurante atrás de nós. —Como

Maria.Ele chega mais perto até que estamos de peito a peito, que é

como eu sinto seu tremor antes de sua risada cortar o silêncio.Eu endureço.—Maria é a esposa de meu primo Lucas. Eles são donos do

restaurante e são muito, muito bem casados.Eu sinto que o vento foi arrancado de mim. Bem, merda.Seus dedos levantam meu queixo e encontro seus olhos com um

sorriso tímido. —Eu gosto desse seu lado ciumento, no entanto.—Eu não estou com ciúmes. — eu digo, percebendo que estou e

sabendo que o tom da minha voz é a prova disso.Ele ri novamente. —Você está totalmente. Não se preocupe, eu

gosto disso. É a primeira vez que vislumbro como você está sesentindo. Você faz um bom trabalho de manter tudo trancado aqui.—Sua mão se move para o meu peito e ele bate levemente.

—Eu não percebi. — eu digo honestamente.—Olha, eu sei que tipo de mulher você é. Eu entendo. Eu

respeito isso.Eu ouço a convicção em suas palavras, mas não posso deixar de

ficar desapontada por ele não tentar se defender também. Pelomenos ele é honesto.

—Você quer voltar?Um último suspiro profundo antes de lançar os exercícios

calmantes e provavelmente minha sanidade. Você vive só uma vez.—Sim.

19Joel

EU NÃO PLANEJEI ISSO MUITO BEM. Nós deixamos o carro dela nocampus, então eu não tenho nenhum motivo para deixá-la em casapara que eu possa entrar e podemos levar isso para o próximonível. O próximo nível é o sexo, caso não seja claro.

—Oh meu Deus, isso foi incrível. Não é de admirar que vocêtrouxesse todos os seus encontros aqui. —Katrina diz quandosaímos do restaurante. Ela não parece mais adiada com a ideia detrazer outras garotas para cá e estou hesitante em esclarecer.

—Nunca trouxe mais ninguém aqui, Kitty.—Mas você tem uma reserva permanente?—Ela me estuda com

cuidado. —E você nunca me disse por que seu treinador estava nasua mesa.

—Eu tenho uma reserva permanente toda quinta-feira desdeoutubro. —Eu espero que ela faça a conexão se sentindo todos ostipos de exposição por essa declaração.

—Você tem uma reserva permanente a cada... —Suas palavrasse apagam e seu sorriso se espalha lentamente, como se estivesseavaliando a verdade.

—Eu queria ter um lugar para trazer você quando finalmentedissesse sim.

—E você nunca trouxe mais ninguém, mesmo depois de eu terecusar toda semana?

Eu olho para ela e depois para baixo, abro a porta do carro e afecho antes de balançar a cabeça em resposta.

Eu gemo enquanto ando ao redor do carro. Eu deveria termentido. Eu pareço um idiota. O que é a honestidade se meimpedir de transar? Maldita moral.

Eu entro no carro e voltamos para o campus em um silênciopesado.

—Então. — Ela limpa a garganta. —Você teve muitos problemaspor mim.

—Não foi nenhum problema.Eu atiro nela o que espero ser um sorriso brincalhão, mas acho

seu rosto sério e considerando.Droga. É isso que dá tentar demais. Eu pareço um idiota total.—Obrigada. —Ela se vira em seu assento, tanto quanto o cinto

de segurança permite. —Eu adivinhei cada movimento seu porqueeu tinha todas essas noções preconcebidas sobre você, mas issonão é justo. Eu sinto muito por isso e eu realmente aprecio estanoite e toda a ajuda com a peça.

Ótimo, agora ela acha que sou uma espécie de bom rapaz. —Denada, Kitty. Posso convencer você há ficar um pouco mais?

—Eu deveria chegar em casa. Eu sei que ele está dormindo e éirracional, mas eu não quero ficar longe por muito tempo.

—Nenhuma explicação é necessária. Eu imaginei que você diriaisso, mas eu estava pensando em algum sorvete e Saved by theBell?

—Eu não tenho sorvete, mas eu tenho alguns picolés.—Parece perfeito.Eu ligo para Wes depois que deixo Katrina no carro dela. Eu a

deixei liderar o caminho para o seu apartamento, embora eu saibao caminho, provavelmente, melhor do que ela.

—Hey. —responde Wes soando grogue enquanto ele sussurra aotelefone.

—Estamos a caminho do apartamento agora. Tudo certo?—Sim, todos nós desmaiamos cedo. O garoto é ótimo, mas cara,

ele é cheio de energia.Eu ouço Blair no fundo. —Pergunte a ele sobre o encontro.—Você ouviu isso?—Wes pergunta.—Sim, eu a ouvi. Foi bem. Estou levando ela de volta ao

apartamento para um picolé.Ele ri. —Eu aposto que você está.Eu não corrijo sua suposição. Filho da puta rabugento.—Estarei lá em cinco.Chegando ao apartamento, eu desliguei o carro e abri o console

onde eu escondia meus preservativos. Eu peguei um. Em seguida,peguei mais cinco. Um pouco demais, talvez, mas eu tenho grandes

planos para foder Kitty até que seja fisicamente impossível ir denovo. Eu não quero exatamente tirá-la do meu sistema, mas esperoque, depois de hoje à noite, o sentimento pesado que eu tenha nomeu peito toda vez que vejo ou falo com ela vai embora.

Wes e Blair já estão fora da porta enquanto eu subo as escadaspara o apartamento do segundo andar de Katrina. Eles parecemque passaram pelo espremedor.

—Vocês dois parecem uma merda.—Sinto-me assim também. — diz Wes, esfregando a mão sobre

o queixo e olhando com adoração para Blair. —Você deveriaaguentar muito mais da próxima vez que ele te chamar como babá.

—Sim. Eu agradeço.Eu passo por eles, mas Blair chama atrás de mim. —Trate-a

bem, Moreno.Blair só usa meu sobrenome quando estou com problemas.

Como se ela quisesse me lembrar de quem eu sou, e meusobrenome de alguma forma representa isso.

Eu bato na porta silenciosamente e ouço Katrina se arrastandopara dentro. A porta abre um momento depois e ela é a imagem doconforto. Mudou de seu vestido, ela está usando leggings e umacamiseta folgada pendurada em um dos ombros, cabelo preso emcima da cabeça. Normalmente eu ficaria chateado com uma garotavestida, sinalizando que não haveria como entrar em sua calcinha,mas meu pau se contorce em apreciação, confuso, porque aquelasleggings mostram como o corpo dela está balançando. Uma garotaque pode usar lycra é uma verdadeira jóia.

—Eu mudei. — diz ela, puxando a bainha de sua camisa.—Queria entrar em algo mais confortável para mim?Ela bufa, ignora o meu comentário e caminha até o suporte de

TV para pegar o controle remoto. —Quer pegar de onde paramos?Nós não terminamos o episódio onde eles estão tentando salvar oThe Max.

Eu queria e, em seguida, bateu para a música-tema, mas comcerteza, não dizendo isso. —Parece bom.

Ela hesita enquanto eu me movo em direção ao sofá como se elanão tivesse certeza de onde sentar ou o que fazer. Ela se senta em

uma extremidade e enrola seus pés sob ela, ocupando o menorespaço possível. Ela se dobrou até o tamanho do bolso, como seisso fosse me impedir de tocá-la. Possibilidade nula, Kitty.

Sento-me no meio e puxo as pernas para o meu colo. Ela rinervosamente enquanto eu levo seus pés delicados na minha mão.Um pedaço de cabelo loiro se soltou e ficou pendurado no canto doolho. Alcançando para frente, eu escovo a ponta do meu polegarsobre sua pele lisa e coloco o cabelo atrás da orelha sem pensar.

O movimento simples me leva de volta a um milhão de anosatrás e congelo de pânico.

20Joel

OUTUBRO, ANO DE FORMATURA DA ESCOLA — VOCÊ ESTÁ NISSO OU NÃO? — Polly pergunta enquanto ela

puxa o cabelo para cima, torcendo-o e colocando um grampo parasegurá-lo. Ela perdeu um fio e eu o guardo de volta, arrastandomeus pés na frente do meu armário. Eu olho para a mecha decabelo, agora atrás de uma orelha, porque eu sei muito bem se eua olhar nos olhos, estou feito. Aqueles grandes olhos verdes são arazão pela qual eu comecei a persegui-la e a razão pela qual eupedi para ela ser minha namorada. Eu pensei que ia ser umdaqueles caras que jogaram no campo e expandiram quando o Sr.Walter a chamou na sexta série quando tivemos a conversa deeducação sexual.

Eu vi como era o amor verdadeiro. Meus pais eram loucos umpelo outro, mesmo depois de dezessete anos de casamento, o amordeles era óbvio. O amor era lindo e especial, presumi, mas tambémvi quanto trabalho era. Toda segunda-feira meu pai levava paracasa rosas brancas, as favoritas da minha mãe. Às terças-feiras,eles tinham uma noite de encontro - toda semana, não importava oque acontecesse. Às quartas-feiras, eles jogavam tênis juntos noclube de campo com alguns casais. Eu poderia continuar... tododia foi gasto mostrando sua afeição. Soava muito exaustivo.

Claro, eu queria tudo isso eventualmente, mas eu estavacontente em deixar o amor ficar em segundo plano até que euolhasse para aqueles olhos verdes musgosos. Agora estou fodido,mas entendi.

—Claro que estou nisso. O que a minha compra de um telefonetem a ver com isso?

—Considere o meu presente de aniversário antecipado. — dizela.

—Eu pensei que íamos sair no sábado, celebrar o grande dia

então. —Meu presente depende disso ser verdade.—Eu não te contei? Eu vou visitar minha irmã neste fim de

semana em Phoenix. Ela quer que eu conheça suas amigas e elasestão dando uma festa, então é meio que perfeito. Eu possocomemorar meu aniversário com minha irmã este ano.

Bem, merda. A irmã de Polly é apenas um ano mais velha e elassão próximas. Tem sido difícil para Polly desde que sua irmã foipara a universidade. Eu espero que ela me convide, coloque umforro de prata no meu fim de semana arruinado, mas ela não o faz.

Ela segura o iPhone arrebentado e depois fica na ponta dos péspara pegar meu olho e esticar os lábios carnudos e cheios. —Minhatela está rachada. Você não quer que eu seja capaz de enviarmensagens de texto enquanto eu estiver fora?

—Claro que sim, mas...—Então qual é o problema? Você pode pagar.Um peso desagradável se instala no meu peito. Bem,

tecnicamente eu não posso, mas ela sabe que eu poderia conseguiro dinheiro dos meus pais. Eu nem tenho certeza de qual é o grandeproblema. Adicione-o à lista de coisas caras que comprei nos seismeses que estivemos namorando. Mas esses foram os presentesque eu queria dar a ela. Ela nunca saiu e pediu algo antes e eu nãogosto do jeito que me faz sentir usado.

Eu me viro e abro meu armário para pegar o presente que eucomprei. Dois bilhetes na primeira linha para Katy Perry nestesábado. Até recebi passes nos bastidores porque sei que é acantora favorita da minha garota.

Polly desliza na minha frente, bloqueando meu acesso. —Vamoslá, se você realmente me amasse você faria isso por mim.

Ela olha para mim com olhos grandes. Os ingressos valerammuito mais, além disso, achei que era algo legal que poderíamosfazer juntos. Eu realmente não gosto de Katy Perry, mas percebique sua empolgação faria valer a pena.

Eu aceno e fecho meu armário atrás dela. —Eu vou pegar vocêdepois da escola.

Ela dá um beijo na minha bochecha e sai correndo. Acampainha toca e eu solto um suspiro quando abro meu armário e

pego meu livro de biologia.—Ei, Timmie.O cara, dois armários para baixo, olha para mim como se

surpreendesse eu sei o nome dele. —Tem namorada ou namorado?Ou alguém importante?

Ele ainda está me encarando confuso. —Sim, estou namorandocom a Cheri.

—Sério?—Eu não posso esconder minha surpresa. A líder detorcida Cheri e esse cara... bem, ele não parece que poderiaacompanhar Cheri, mas acho que eu o julguei mal.

Pego os bilhetes e os atiro para ele. Ele os atrapalha, deixandocair seus livros no processo e me deixando envergonhado por ele etambém esperançoso de que talvez ele possa marcar alguns pontoslegais com Cheri. Merda, talvez ele não precise deles, ele de algumaforma já a pegou. Não importa, eu não preciso mais deles.

—Woah, obrigada cara. — ele diz enquanto olha para eles edepois os enfia no bolso.

—Sem problemas.

21Katrina

ELE FICA QUIETO por dois episódios. Além de segurar meus pés emseu colo, ele não fez nenhum movimento para me tocar desde queele colocou meu cabelo atrás da minha orelha. Eu sei que ele temtreino de manhã, então eu pensei que ele estaria ansioso paraentrar e sair... por assim dizer. Dentro e fora de mim.

—Você quer assistir outro?—Eu pergunto, olhando para ocontrole remoto e não encontrando seus olhos.

—Eu provavelmente deveria ir.Estou surpresa com a resposta dele, embora não tenha certeza

do motivo. Está tarde. Acho que percebi que o sexo era mais altona lista de prioridades do que o sono. Eu o perdi com as leggings?Porcaria, eu sabia que deveria ter mantido o vestido sexy.

—Certo. Você tem treino bem cedo amanhã.Seu polegar acaricia meu pé. —Sim. Nós temos um grande jogo

no sábado. Falando nisso, você e Christian gostariam de vir para ojogo? Eu posso deixar bilhetes para você pegar.

—Oh uau. Isso é muito legal da sua parte, mas você não precisafazer isso. Nós geralmente assistimos os jogos aqui.

—Então, você realmente assiste? Você não estava apenasbrincando?

Eu ri. De todas as coisas para mentir sobre isso nunca entrouem minha mente. —Sim, nós realmente assistimos.

—Venha para o jogo. Não há nada como estar no RayFieldhouse no dia do jogo e é o último jogo em casa da temporada.

—OK.Ele sorri, parecendo mais relaxado e como ele mesmo, e se

senta para frente. —Eu deveria ir para que você possa dormir umpouco antes do pequeno homem acordar.

É por isso que ele está saindo ou é apenas uma desculpa? Eunão posso ler sobre ele. Se de repente ele não está em mim, entãopor que ele me convidaria para o jogo? Bom Deus, isso não pode

ser ele tentando ser um cara decente e indo devagar para o meubenefício. Pode?

Eu movo meus pés para que ele possa ficar de pé e então o sigoaté a porta da frente pesando minhas opções e tentando decidir oque eu realmente quero dele. Estou tão envolvida naquilo que elequer ou não quer, eu mal consegui meus próprios desejos.

Ele se vira na porta e estende a mão para a minha. Eu o deixotecer nossos dedos juntos e eu olho para ele tentando ler cadapensamento ou emoção que possa estar lá. Ele não me deunenhum motivo real para hesitar ou adivinhar e isso é a coisa maissurpreendente de todas. Joel Moreno tem um coração. Ou pelomenos uma consciência.

Sem tirar, nem por.—Você poderia ficar. —eu ofereço e depois estremeço com as

palavras totalmente avançadas. —Quero dizer, amanhã é sexta-feira e eu não trabalho ou tenho aulas, então estar cansada não é ofim do mundo.

Ele sorri, mas não diz nada arrogante para me arrependerinstantaneamente da minha decisão. Em vez disso, ele passa amão pelo meu cabelo e traz seus lábios aos meus.

—Você quer que eu fique?—Sua pergunta vibra contra os meuslábios. Ele parece sincero e esperançoso como se minha respostamudasse a dele.

—Sim, mas...Minha resposta é interrompida quando ele bate os lábios nos

meus em um beijo que me tira o fôlego e faz minha cabeça flutuar.Eu puxo de volta. Preciso contar a ele minhas condições antes deser arrastada pelo toque dele.

—Espera.Ele captura meu rosto com as duas mãos enormes e olha para

mim. —Vai mudar alguma coisa que poderia acontecer naspróximas duas horas?

—Não, mas...—Diga mais tarde então.Suas mãos vão para meus quadris e ele se inclina e me pega.

Sua intenção é clara, e eu pulo em seus braços muito felizes.

—Qual o caminho?—Ele pergunta, quebrando o beijo apenas otempo suficiente para sair as palavras.

Eu respondo acenando com a cabeça e Joel se move na direçãodo meu quarto. Eu nunca estive mais agradecida que o quarto deChristian esteja do lado oposto do nosso apartamento. Ele forneceuma proteção para o ruído, o que nunca foi um problema antes,mas acho que pode ser hoje à noite.

Nada suave. Não é arrogante como eu finalmente estou cedendoa ele. Nada do que eu esperava quando ele me deitou na cama. Eleé pesado enquanto se acomoda em cima de mim. Um pesotranquilizador de que isso é real. Ele está aqui e isso estáacontecendo.

Beijos que transformam meu corpo em chamas e iluminamminha alma em chamas, toques e carinhos que são duros eásperos, porém suaves e afetuosos. As emoções vertiginosas queespalham através de mim me fazem quebrar o beijo e enterrar meurosto em seu pescoço.

—Você está bem?Eu mergulho minha cabeça, não confiando em minha voz. Eu

estou nervosa. Tão nervosa. Eu quero isso, mas também não queroque seja o fim. Se eu dormir com ele, será isso. Eu sei isso. Jásoube disso. E eu quero mais do que a minha próxima respiração,mas não estou pronta para desistir dele.

Ele rola para o lado e me puxa ao lado dele para que minhascostas estejam em seu peito. Ele pressiona beijos no meu pescoço eescova meu cabelo atrás da minha orelha.

—Estás asustada. —ele sussurra.Meu corpo se molda ao dele e eu posso sentir cada centímetro

dele. Eu não posso ajudar, nervos ou não, eu contorço minhabunda contra sua virilha. Ele geme e isso me faz sentir maiscorajosa. Eu chego ao redor e o pego em seu jeans e ele geme tãodesesperadamente antes de pegar minha mão e envolvê-la, com adele, no meu estômago. Eu movo nossas mãos conectadas parabaixo e o calor de sua palma e o contato, tão perto de onde euquero me faz contorcer.

— Você está me matando, Kitty. — ele praticamente rosna

enquanto ele move a mão mais alto e envolve protetoramente emvolta da minha cintura.

— Mas eu pensei...— Você não está pronta e, por mais que eu queira isso, eu quero

que não haja dúvidas quando eu devastar seu lindo corpinho.Ele está certo e eu odeio que eu não posso encolher minhas

inibições para ser a garota com quem Joel faz sexo quente e sujo,sem ter que parar antes mesmo de ele ter uma sensação.

Ah, e posso sentir o quanto ele quer fazer exatamente isso.— Ei, Joel?— Sim?— Christian acorda às cinco. Se ele vir você aqui, ele fará

perguntas e...—Minha voz sumiu porque, ugh, isso é difícil.— Eu vou embora antes que ele acorde.— Joel?Ele suspira. — Sim?— Obrigada!Eu sei que está sorrindo enquanto ele se aperta ao meu redor.

— De nada, Kitty.

22Joel

MEU CELULAR VIBROU no meu bolso, eu me viro e puxo para fora,só abrindo os olhos o suficiente para ver a tela. Meu celular apitacom texto de Nathan. Merda, isso significa que perdi o primeirodespertador. Como diabos eu dormi com Z batendo nas portas?

Abrindo meus olhos completamente, minha atenção cai sobre oque me rodeia e lembro onde estou. Merda é depois das cinco, oque significa que eu não consegui sair do Dodge antes queChristian acordasse. Eu me sento na cama e passo a mão pelo meucabelo. Enquanto tento decidir se arrisco a fuga, Katrina abre aporta e desliza para dentro.

—Ei. —ela sussurra, e meus olhos viajam por seu corpo e devolta para o prato que ela carrega. —Eu trouxe seu café da manhã.

—Desculpe eu perdi a hora. Eu pretendia sair daqui antes queChristian acordasse.

—Está bem. Você estava dormindo tão profundamente que eunão consegui acordar você. Além de Christian estar comendocereais e assistindo desenhos animados, você está tão bemescondido aqui.

—Eu tenho que começar a praticar.—Eu vou criar um desvio. —Ela coloca o prato na mesinha de

cabeceira e eu estendo a mão e puxo-a para baixo. Ela ri quandocai em cima de mim. A expressão cautelosa que ela usou na noitepassada se foi.

Rolando com ela, murmurei contra sua pele, —Não consigo melembrar da última vez que alguém me ofereceu o café da manhã nacama. — Deixando minhas mãos vagarem para seus quadris e sobsua camisa, eu estou explorando sua pele lisa como se quisessedurar. Bônus, eu posso ver agora que está claro lá fora. Parandono fundo de seu sutiã, espero por qualquer sinal que aponte paranão, mas ela esfrega contra mim e eu me movo mais para a terraprometida.

Colocando-a sobre o sutiã, meus dedos pegam alguma coisa eeu puxo a blusa para investigar melhor.

—Kitty, você usou isso para mim?Ela parece um pouco envergonhada quando eu olho para o

sutiã branco de renda que tem um pequeno laço rosa preso a cadaalça. Ela parece um presente esperando para ser desembrulhada.

—Eu amei. — eu digo enquanto passo meus polegares sobre osmamilos através do sutiã. Ela treme no meu toque e eu tragominha boca para um seio e mordo.

Eu tenho toda a intenção de tomar meu tempo até que meutelefone apita com um texto. Sei que é Wes sem nem olhar. Ela secontorce debaixo de mim, contorcendo seus quadris até que eu memovo ao lado dela e levo a mão até sua boceta, colocando-a atravésde suas leggings. Deus abençoe o material fino que não faz nadapara amortecer o calor pulsante dela. Seus doces sons sexuaisenchem o ar e eu não posso esperar para adorar cada centímetrodela.

Estou me arrependendo seriamente de ser um cara legal nanoite passada porque não há tempo suficiente para fazer as coisasque eu quero fazer com ela antes que eu comece o treino, ou antes,de Christian procurar por sua mãe.

Encontrando o cós das leggings, deslizo minha mão para baixo epara baixo. Cristo, ela não está vestindo calcinha. O que significaque ela não estava a noite passada também.

—Você estava sem calcinha ontem?—Eu brinco.Ela pega o lábio inferior entre os dentes e agora estou curioso.—Ela tinha um arco atrás, mas parecia que eu tinha uma

bunda de bolha, então eu tirei.Rindo da imagem dela verificando sua bunda antes de eu

chegar aqui, eu mostro a minha aprovação, removendo minha mãoe colocando dois dedos em seus lábios. —Chupe. — eu insisto.

Ela hesita, mas abre devagar para mim. Uma vez que estoudentro, a língua dela acaricia meus dedos e suas bochechas vazias.

—Boa menina. — eu digo, libertando-os e, em seguida, guiandominha mão para baixo, encontrando seu clitóris e esfregandolentamente.

Seus quadris se levantam para me dar melhor acesso e nãoperco tempo dando a ela o que ela quer. Eu continuo em traçospreguiçosos que se tornam mais rápidos quando ela se mexe emmim. Ela fode minha mão com tal abandono, eu estou querendosaber onde minha tímida Kitty foi. Talvez eu tenha entendido tudoerrado.

Eu me afasto apenas o suficiente para apreciar completamentea visão de Katrina esparramada debaixo de mim parecendo que elavai morrer se eu não a fizer vir. Eu sou um cara generoso, feliz porser o único a distribuir orgasmos e recebê-los, mas eu nunca gosteide ver alguém recebê-los sabendo que vou para casa com bolasazuis.

—É isso, Kitty. Goze pra mim.Eu circulo seu clitóris mais rápido e deslizo um dedo dentro

dela enquanto ela grita. Seus olhos se abrem e se trancam nosmeus. Meu coração martela no meu peito quando a sintocompletamente solta e sentindo prazer.

Quando ela fica mole, eu movo minha mão e rolo em cima dela,deixando-a sentir como estou excitado. Meu pau contorce e meimplora para não se mover.

—Aquilo foi gostoso, Kitty. Você é tão boa. — digo a ela e querodizer cada palavra. —Vou ter que pedir uma visualização dessascalcinhas bonitas que você descartou quando eu tiver mais tempo.

Te ligo mais tarde, Bubble Butt8.

Eu coloco um beijo em sua boca e pulo, pego um pedaço debacon do prato de café da manhã que ela me trouxe. Ao trazê-lopara minha boca, respiro o cheiro dela na ponta dos dedos, colocoo bacon e lambo as pontas dos meus dedos. —Obrigado pelo caféda manhã.

Boceta revestida de bacon... meu novo prato favorito.Ela endireita suas roupas e fica olhando-me adoravelmente

amarrotada e tímida. —Dê-me dois minutos para distrair Christiane então você está limpo para correr.

—Moreno. —o treinador chama da linha lateral e faz sinal paramim.

O treino está basicamente acabado e tudo o que está paradoentre mim e um banho quente é mais dez lances livres.

—O que está acontecendo?—Eu pergunto, limpando meu rostocom a minha camisa de treino.

—Jogo duro neste final de semana. Como você está se sentindo?—Bem. Estou pronto. A equipe também está bem.Ele concorda. —Recebi mais algumas ligações de Sara Icoa. Ela

vai estar aqui no sábado e ela tem um bom relacionamento com osLakers.

Lakers são minha melhor escolha. Desde que eu era criança, eusangrei púrpura e ouro. Há muitas boas equipes no campeonato,mas qualquer outra coisa além de Los Angeles vai ser a segundaescolha. Sara Icoa é a agente de Z, mas também tem me visto esteano. Eu quero terminar a universidade - mesmo que este ano sejaa minha melhor chance de mostrar meus talentos. Com Z e Malonese formando, o próximo ano parece um ano de reconstrução para aValley. Não é o melhor ano para tentar conseguir um lugar no meutime dos sonhos.

Eu estou em silêncio enquanto considero meu futuro contraoutro ano na Valley.

—Com as novas regras da NCAA9, você pode conversar com um

agente sem declarar o rascunho. Se você quer que eu definaalguma coisa, apenas me avise. Eu sei que não estou contandonada que você não saiba, mas por mais que eu queira mantê-loaqui no próximo ano, pode ser bom manter suas opções em aberto.

Eu olho em volta do meu local favorito no campus, talvez emtodo o Valley, e tento imaginar amanhã a minha última vez jogandoem Ray Fieldhouse. —Obrigado, treinador.

—Também.—Ele limpa a garganta. —Eu queria me desculparpor ontem à noite. Eu não quis roubar sua reserva.

Eu sorrio. —Araceli’s é o melhor, certo?Ele ri. —Foi perfeito.—E a mulher?

—Bem, eu não tenho certeza de que haverá outro encontro, masela foi menos horrível do que a última. Faça um favor a si mesmo equando você encontrar uma boa mulher em seus vinte anos, case-se com ela. Namorar depois dos trinta é horrível.

—Bem, eu não tenho pressa para o casamento, mas o conselhoestá anotado.

—E a jovem mulher com quem você esteve ontem à noite? Elaestá ciente disso? Ela parecia muito apaixonada.

—Ela está ciente.Talvez muito consciente do meu passado. Ela parece estar

constantemente esperando por mim para seguir em frente e talvezeu deva antes que as coisas fiquem muito confusas.

—Posso te fazer uma pergunta?Ele balança a cabeça, sobrancelhas levantadas. —Certo.—Já namorou uma mãe solteira?Entendimento aparece em seu rosto e ele me olha com algo

como pena quando ele coloca as peças juntas.—Sim eu já. Nada sério, no entanto. Minha experiência com

namorar mulheres com crianças é que não há meia-boca. É sérioou não é, e elas geralmente entram no relacionamento que jáespera um ou outro. Se sua garota realmente está ciente de quevocê não está procurando nada sério agora, então eu diria que elajá fez as pazes com ela.

Eu considero isso. Kitty me colocou na coluna nada sério? Eladeveria. Não é isso que eu fiz com ela e todas as outras garotasdesde Polly?

Mas porra, por que isso me incomoda tanto?

23Katrina

EU sou toda sorrisos enquanto trago a caixa da porta para a salade estar. —Christian, você recebeu uma correspondência.

Seus olhos se iluminam na caixa com seu nome escrito emgrandes letras pretas.

—De quem é isso?Eu já sei, mas não sei exatamente como explicar, então ignoro

sua pergunta distraindo-o. —Vamos ver o que tem dentro!Enquanto ele tenta rasgar a caixa, não conseguindo passar pela

pesada fita, eu pego uma tesoura da cozinha e, em seguida, mejunto a ele no chão. —Aqui, deixe-me ajudar.

Alguns cortes rápidos e o cheiro de Joel permeiam o ar.Christian mergulha na caixa aberta, tirando uma mini-bola de

basquete e um dedo de espuma com a marca da Valley U. Eu nãoposso deixar de rir.

Enquanto ele está ocupado comprando bastante material debasquete da Valley para equipar uma torcida inteira, eu mandeiuma mensagem para Joel.

Eu: Obrigada. Christian está tão animado.Joel: Tem algo para você também.Eu olho para a pilha que Christian acumulou, identificando

uma camiseta que é claramente grande demais para o meu filho.—Eu acho que esta é para mim. —, digo a ele enquanto eu o

seguro na minha frente. A camiseta é como muitas outras que eujá vi a Valley U Basketball impressa na frente com o nossomascote, mas a parte de trás tem Moreno e número trinta e trêsorgulhosamente exibidos.

Eu: Eu estava realmente esperando por uma camisa de Zeke Sweets. Ondeposso conseguir uma dessas?

Joel: Se você aparecer hoje em uma camiseta do Sweets, eu vou espancá-lamais tarde. Aviso justo.

Meu corpo se arrepia. Na mão de Joel, acho que posso ficar bem

com uma pequena palmada.Eu: Promete?Eu o estou incentivando, o que não é justo porque não há

tempo para isso hoje, mas eu não posso evitar. Flertar com ele édivertido.

Joel: Podemos sair depois do jogo?Estou prestes a lembrá-lo de que terei Christian quando ele

envia outra.Joel: Eu gostaria de levar você e Christian para a pizza depois do jogo, já que

eu arruinei o ritual do seu dia de jogo.Eu: Isso parece legal.E isso acontecendo. Muito legal.Eu: Boa sorte hoje. Quebre uma perna, ou seja, qual for o sentimento

apropriado.Joel: Eu posso pensar em todos os tipos de sentimentos que eu gostaria de

você.Jesus, como ele faz tudo parecer tão sujo?Trinta minutos antes do jogo, Christian e eu seguimos para

nossos assentos em Ray Fieldhouse. Eu tive que entregar nossosingressos para um porteiro porque minhas mãos estavamtremendo tanto que eu não consegui ler os números dos assentos.Eu não sei por que estou tão nervosa. Estou me arrependendo deusar a camisa dele. Eu sou uma das cerca de cinquenta outrasgarotas que eu já vi usando a mesma. Eu me senti especial quandoa coloquei na cabeça e agora me sinto como uma das muitas no fã-clube de Joel Moreno.

—Assentos um e dois. —A mulher me entrega os bilhetesenquanto ela fica na fileira de baixo e se dirige para nossos lugares.

Eu pego os ingressos e verifico que ela não está louca. Euesperava assentos na seção de alunos, não na primeira fila atrásdo banco da equipe. Isso é demais. Christian está alheio, é claro, esua excitação me deixa mais à vontade quando ele pula para cimae para baixo com o ridículo recorte do rosto de Joel. Christianacena e aponta para o chão onde o Valley está se aquecendo. —Aliestá ele!

Joel acena e dribla a bola em nossa direção.

—Vocês conseguiram. — diz ele, olhando de mim paraChristian.

—Esses assentos são... —Eu balancei minha cabeça. —Ridículos.

—Queria ter certeza de que você tem uma visão boa, próxima epessoal do quão incrível eu sou. —Ele pisca e eu não posso deixarde rir.

—Você quer vir conhecer Ray Roadrunner?O rosto de Christian se ilumina. —Posso mãe?Como eu posso dizer não a isso?—Sim, mas, por favor, tenha cuidado com ele?—Eu imploro a

Joel, não me importando nem um pouco se eu parecer superprotetora.

Christian corre para a quadra e Joel se abaixa ao lado do meufilho, entrega-lhe a bola de basquete que ele estava driblando, eeles trocam algumas palavras de um lado para o outro. Meucoração martela no meu peito enquanto os vejo tão facilmenteinteragirem. Eu tomo meu assento, sentando-me para frente paraque eu possa ver Christian enquanto ele atravessa a quadra. RayRoadrunner está de pé ao lado das líderes de torcida, e Joel oconduz e o mascote levanta a mão para um high five que Christianbate, e então Ray finge que Christian machucou sua mão.

Em seguida, Joel leva-o para os caras e cada um lhe dá umsoco no punho. O sorriso de Christian não poderia ficar maior. Eentão, quando eu acho que eles estão para voltar, Joel pegaChristian como se ele não pesasse nada e o colocasse em seusombros. A equipe abre o caminho e Joel pisa na cesta e incentivaChristian a atirar. A bola sobe e entra e a equipe aplaude. Omesmo acontece com a multidão. Eu olho para cima para verChristian e Joel sendo exibidos nos telões para todos os fãs verem.

Christian está radiante quando ele se vira na minha direçãopara se certificar de que eu vi. Eu aplaudo do meu lugar e nãoposso deixar de rir de como ele está feliz lá fora. É uma verdadeuniversal que o caminho para o coração de uma mulher é atravésde seus filhos. Meu peito está subindo e descendo rapidamente,traindo qualquer sensação que eu possa querer mostrar quando

Joel trouxer Christian de volta para nossos lugares.—Mãe, você viu isso?—Sim!—Eu o abraço contra mim. —Isso foi incrível, amigo.Olhando para Joel, sorrio. Espero que ele esteja me olhando

com um sorriso e talvez um soco de despedida, mas a expressãoem seu rosto enquanto ele me observa e Christian é suave esincero. Quando eu peço a Christian para dizer a Joel obrigado, eeu faço o mesmo, Joel simplesmente balança a cabeça e se afastapara se juntar ao seu time.

Joel estava certo, não há nada como estar em Ray Fieldhouseno dia do jogo. Como é o último jogo em casa, os jogadores senioressão muito aplaudidos. Quando Wes é apresentado, o lugar fica empé para homenagear o namorado de Blair, que foi ferido no inícioda temporada. Eu olho em volta para ela e a vejo na seção dosalunos pulando para cima e para baixo descontroladamente.

Para minha surpresa e felicidade, Christian fica colado à açãono primeiro tempo. Ele aplaude especialmente alto para Joel eacena o dedo de espuma e o recorte de Joel no ar. Quando acampainha sinaliza no intervalo, ficamos de pé.

—Quer pegar um pouco de pipoca?—Eu pergunto a ele e eleresponde correndo para o corredor. Agarrando a mão dele, eu sintoos olhos em mim e olho para cima para ver Isa sorrindo para nós.

Eu aceno e deixo meu olhar voar pelo resto do corredor ondetoda a família de Joel está sentada. Mate-me agora. Eles estiveramsentados à distância toda a primeira metade sem que eupercebesse. O pai de Joel está conversando com alguém que eu nãoreconheço, mas Isa se move para o final do corredor quando nosaproximamos.

—Katrina, este deve ser seu filho.Eu pego a mão de Christian. —Christian, esta é a mãe de Joel,

senhora Moreno.—É um prazer conhecê-lo. — ela diz para ele e depois sorri para

mim. —Eu estava pensando em você no início desta semana. Comoestá a peça?

Christian puxa minha mão, entediado com a conversa adulta.—Bem. Obrigada novamente por responder minhas perguntas.

—Talvez você volte para a casa para o almoço de domingo denovo?—Ela pergunta, e eu tenho a nítida sensação de que seusmotivos são egoístas e que Joel provavelmente ficaria louco sesoubesse que sua mãe estava convidando as garotas. —E vocêpoderia trazer Christian, é claro.

Eu deixo Christian me puxar com ele. —Oh, obrigada. Nósvamos pensar sobre isso.

Entramos na fila e eu mandei uma mensagem para Blairenquanto esperamos.

Eu: Estou no jogo. Eu vi você pulando para o seu homem.Blair: Onde você está sentada? Você vem para a White House para a festa

depois do jogo? Deve haver muita gente para ajudar a celebrar o último jogo emcasa de Zeke e Wes.

Uma pontada de desapontamento me atinge que eu não posso ire depois me sentir culpada. Joel sabia sobre a festa antes de fazerplanos comigo e com Christian? Eu não posso imaginar que ele iriaquerer perder uma festa em homenagem a dois de seuscompanheiros de quarto.

Eu: Não, Christian está comigo. Estamos sentados atrás do time.Blair: Vamos recuperar o atraso esta semana. Quero detalhes sobre o que está

acontecendo com você e Joel!Eu: Vou enviar uma mensagem para você esta semana.Eu guardo meu telefone, prometendo a mim mesma que vou

mandar uma mensagem para Blair esta semana. Eu fiz umtrabalho de merda de fazer conexões com as pessoas, usandoChristian como desculpa. Se eu aprendi algo em passar tempo comJoel, é que preciso me colocar mais lá fora. Eu me enganei aopensar que era melhor para Christian, mas quando eu olho para osorriso enorme em seu rosto hoje, eu sei que era sobre me protegere não a ele.

24Joel

TIPICAMENTE APÓS UM JOGO, nós seguimos direto para o vestiário,mas já que é o último jogo em casa, ficamos na quadra deixando osveteranos aproveitarem o momento. Eu tento e faço o mesmo porvia das dúvidas. Eu realmente não acho que posso desistir de maisum ano disso, mas se a oportunidade certa cair no meu colo...bem, eu não sei o que eu faria.

Z e Wes se abraçam na metade da quadra. É um momentoagridoce para eles como veteranos e por causa de toda a merda queWes passou este ano.

Nathan bate no meu ombro. —Pronto para festejar?—Sim, tenho que fazer algumas coisas primeiro. —Eu aceno

para a seção que meus pais estão sentados e eu sei que ele assumeque eu quero dizer sair com a família. Eu não me incomodo emcorrigi-lo. —Eu vou te ver em casa mais tarde. Tente manter ascoisas sob controle.

Olho para o lado procurando por Katrina e Christian para queeles saibam que vou tomar banho antes de sairmos, mas eles nãoestão à vista. Minha família paira nos bastidores, papaiconversando com o diretor de esportes e minha mãe meobservando.

—Ei, mãe. Viu Katrina? Eu deveria encontrá-la depois do jogo.Sua testa franze. —Ela se despediu e subiu as escadas. Talvez

ela tenha pensado...Mas eu não fico por perto para ouvir o final dessa frase.—Eu te ligo mais tarde. —eu chamo por cima do meu ombro e

subo as escadas até as saídas tão rápido quanto a multidãopermitir. Minhas costas estão afagadas e as pessoas me chamam.Eu murmuro meus agradecimentos e continuo com um focosingular. Eu corro um círculo ao redor do nível superior, mas elesnão estão à vista. Eu finalmente desisto e vou até o vestiário, ondeposso pegar meu telefone e mandar uma mensagem para ela, mas

já há uma esperando por mim.Kitty: Parabéns pelo jogo! Christian teve uma explosão, muito obrigada!

Precisamos tomar um banho nesta tarde, mas vou te mandar uma mensagemdepois.

Bem, foda-se essa merda.Ainda estou irritado quando entro na garagem. A música está

explodindo e isso me irrita sem um bom motivo. Minha cabeça estátoda desarrumada e eu me sinto como uma idiota por pensar queeu poderia convencer Katrina a me deixar entrar com bilhetes nonível do chão e algumas mercadorias do Valley de merda.

Nathan está na cozinha quando eu ando e dá uma olhada emmim e passa-me a garrafa fechada de Jack.

—Obrigado. Viu Z?Senti sua falta depois do jogo e quero ter certeza de que falo

com ele antes de mergulhar fundo demais nessa garrafa.—Não, mas eu tenho uma boa ideia.Eu aceno e pego a garrafa comigo no andar de cima. A porta de

Z está fechada, mas eu posso ouvir o som fraco da música vindo dedentro. Eu bato —Z?

—Entre.Eu abro a porta e encontro Z deitado em sua cama, atirando

uma bola de basquete no ar. —Saudades da festa lá embaixo.Ele não ri da minha piada, o que obviamente é porque Z perde

quase todas as festas.Ele olha para mim antes de enviar a bola de volta no ar. —O

que você está fazendo aqui?—Você tem o número de Sara Icoa?Ele para e se senta. —Você está pensando em entrar no time?Eu desparafusei o topo da garrafa e tomei um gole antes de

responder. —Eu não sei, mas o treinador acha que devo manterminhas opções em aberto e do jeito que o ano que vem parece quepode ser melhor.

—Eu pensei que você queria terminar o seu grau?Eu levanto um ombro. —Um diploma não é realmente

necessário para o que eu quero fazer.Jogar basquete e ser um radialista. O grau é importante para os

meus pais e há algo especial em ser um graduado de segundageração da universidade que meu pai ajudou a construir.

Ele pega seu telefone. —Vou te mandar uma mensagem com onúmero de Sara, mas vou encontrá-la na próxima semana se vocêquiser ir junto. Tenho certeza de que ela ficará mais do que feliz emresponder às suas dúvidas.

—Legal. Obrigado.—Sinto a vibração do meu celular no bolso eresisto a olhar para ele. Está saindo a cada poucos minutos. Tenhocerteza de que minha ausência no andar de baixo foi notadaporque eu nunca estou no centro de uma festa na White House.

Eu não faço qualquer movimento para sair e Z levanta umasobrancelha. —Alguma razão especial para você estar aqui meperguntando sobre isso agora, em vez de descer e ficar com metadedo time de vôlei feminino?

Eu rio. Foi a equipe feminina de vôlei de praia e foi uma noiteembaçada que nem me lembro.

—Você já sentiu que não é a pessoa que todo mundo pensa queé?

Ele me considera seriamente. —Todo dia.Eu não sei porque Z se mantém do jeito que ele faz. Eu nunca o

pressionei. Acho que eu assumi que era a maneira dele de mantero foco na bola e nos objetivos dele, mas agora eu me pergunto se éalgo completamente diferente que o mantém aqui enquanto o restode nós está aproveitando nossos trinta segundos de fama.

—Faltam apenas alguns meses para pensar em aproveitá-lo eaproveitar o que resta da universidade.

Ele sacode a cabeça. —Eu prefiro ficar aqui em cima.—Ficar com você mesmo.Eu deixo Z para fazer o que ele faz trancado em seu quarto e eu

vou para a festa.Lá embaixo, Blair me vê do outro lado da sala e corre para longe

de Wes na minha direção. —Eu ouvi que Katrina e Christianestavam no jogo. —Sua voz sobe enquanto ela fala animadamentecom as duas mãos. —Posso supor o que você estava fazendo?

Quando eu aceno, o sorriso de Blair é nuclear.—Acho que subestimei você, mas estou um pouco desapontada

por você estar aqui quando sabe que não há como ela trazerChristian para esse tipo de coisa.

—Sim, bem, isso não importa.Ela cruza os braços como um sinal claro como qualquer outra

que ela não vai se mexer até que eu a responda.Eu tomo outro gole. Coragem líquida. Eu criei sentimentos e

isso é uma merda.—Nós deveríamos sair depois do jogo, mas ela cancelou via

texto.—E ela não disse por quê?—Não.—Você perguntou?—Blair pressiona.Eu balancei minha cabeça e ela soltou um suspiro exasperado

que de alguma forma ainda soa animada. —Há um milhão derazões totalmente legítimas pelas quais ela poderia ter feito. Em vezde ficar emburrado por aqui ficando perdido, por que você nãopergunta a ela? Melhor ainda, vá até lá e fale com elapessoalmente.

O fato de que Blair está tentando fazer com que eu e a Katrinafiquemos juntos me faz rir. —O que aconteceu comigo não ser bomo suficiente para suas amigas?

—Oh, você ainda não está em nenhum lugar bom o suficientepara ela, mas eu estou realmente gostando de ver você cair emcima de si mesmo tentando.

Eu olho, mas ela apenas mostra um sorriso doce. —Se você nãoestá disposto a arriscar tudo, então você não quer o suficiente.

Levanto uma sobrancelha e tomo outro gole generoso dagarrafa.

Isso não impede Blair de continuar a falar. —Quando foi aúltima vez que você deu alguma coisa além de basquete no seu A-time?

—Eu não sei.Mentira. Eu lembro. E é exatamente por isso que estou

chateado por me colocar nessa posição duas vezes.

25Joel

DEZEMBRO, ANO DE FORMATURA DA ESCOLA A BATERIA ESTÁ TOCANDO,e minha equipe já está no chão

aquecendo.—Escute, Polly, eu tenho que ir até lá, mas vamos falar sobre

isso depois do jogo.É a última noite do torneio de basquete de inverno da Valley

High. Ganhar este torneio é tudo o que deve estar em minhamente, mas minha namorada tem outras prioridades.

—Mas o baile é na próxima sexta-feira, e nós temos que pegaruma limusine.

—Nós podemos falar sobre isso...Dois passos em direção a quadra e ela me interrompe, cruzando

os braços enquanto seus olhos verdes assumem um tom dourado.—Você não se importa com o baile? Ou comigo?

Polly é linda e franca e acostumada a conseguir o que quer. Euadmirei essas qualidades nela há um ano, mas ultimamente,parece que é à custa de mim e dos meus objetivos. Ou talvez elaesteja certa e eu parei de ligar. Estou a cinco meses da formaturae, com as universidades me observando, tenho certeza queacabarei jogando em algum lugar incrível. É difícil me preocuparcom bailes e limusines quando estou prestes a ser um jogador deuniversidade. Um passo mais perto dos meus sonhos da NBA.

Mas eu me importo com Polly.—Eu te amo e vou ter certeza de dar tudo que você quer, mas

agora eu tenho que ganhar um jogo de campeonato, boneca. —Euescovo um beijo em seus lábios carnudos e levo meu traseiro paraa quadra.

Nós ganhamos o jogo e o clima no vestiário é leve. Rapazesbrincando, dançando e curtindo esse momento com a equipe.Alguém ligou uma playlist old school de Jock Jams e eu canto para

“Crazy Train”, tocando guitarra quando apropriado.Eu estou andando na nuvem até sair do vestiário. Polly espera

por mim e a expressão comprimida me diz que ela não estáimpressionada com os trinta pontos que eu acumulei na quadra.Ainda assim, eu gosto de brincadeiras quando eu caio ao lado delae coloco um braço em volta dos ombros duros.

—Ei, linda. A equipe está indo comer pizza para comemorar.Você quer passar comigo?

—Ugh. Não pizza novamente. Eu pensei que poderíamos ir aalgum lugar legal. Apenas nós dois. Seus primos não abriram umbom restaurante? Vamos lá.

Seus sentimentos não são totalmente injustificados. A pizza é odestino depois de uma vitória, mas mesmo com quatro anos depizzarias pós-vitória, não há outro lugar que eu prefira.

—Vamos. —Eu uno as mãos e tento fazer o meu melhor paraparecer encantador. Normalmente uma tarefa fácil, mas osrecursos rígidos de Polly não suavizam sob os meus olhos decachorro. —Podemos fazer planos para o baile de inverno depois decomermos.

A menor rachadura de um sorriso puxa seus lábios cheios e seinclina para cima.

Os jogadores de basquete da Valley High, suas famílias enamoradas ocupam a maior parte da pequena pizzaria. Meus paise irmãs estão aqui e é aí que eu levo Polly.

—Parabéns. — minha mãe diz quando nos aproximamos.Eu mal consigo agradecer a ela antes que Michelle pule e jogue

os braços ao redor do meu pescoço. Polly solta minha mão e seafasta enquanto minha irmã mais nova se aperta de excitação. —Você foi incrível!

—Obrigado, Smelly.—Eu uso seu apelido e puxo no final de seurabo de cavalo. Ela se afasta e se retira para seu assento e eu viropara Polly, que desapareceu. Eu a vejo com algumas dasnamoradas dos outros jogadores de basquete, conversando sobrequem sabe o quê.

Eu vou em frente e me sento com minha família. A pizza depepperoni no meio da mesa está quase acabando, então eu sei que

eles vão sair em breve. Pego uma fatia e dou uma grande mordidaenquanto escuto minha irmã me dizendo o jogo como se eu nãoestivesse lá. Ela é quase tão fã de basquete quanto eu. No entanto,ela prefere assistir do que jogar. Algo sobre muita corrida e suorpara o seu gosto.

Meu telefone toca no meu bolso e quando eu o pego e leio a tela,continuo mastigando.

Polly: Eu pensei que íamos falar sobre o baile de inverno. Eu te guardei umlugar.

Ela não fez nenhuma tentativa de conhecer minha família notempo que estamos namorando. Eu acho que isso é normal, masminha família é tão parte de mim e minha vida, é estranho manteros dois separados. Mas eu prometi a ela que falaríamos sobre obaile.

—Vejo vocês em casa mais tarde. Vou celebrar com os caras.Minha família não briga. Eu sei que meus pais entendem, mas o

sorriso de Michelle escurece e eu odeio isso.—Smelly, quer comer fora e ver Teen Wolf amanhã?—Eu estou

cinco episódios para trás. Porque eu só assisto quando ela meforça. Ela sabe disso, mas isso não impede que seus olhos seacendam e ela não consegue acenar com a cabeça rápido osuficiente. Essa é uma mulher na minha vida apaziguada.

Na manhã de terça-feira seguinte, estou sentado no primeiroperíodo, querendo que o sino toque. Quando isso acontece, douuma última olhada ao redor da sala, verificando que não sou louco.Todas as garotas estão olhando para mim, sussurrando. Excetoque não é esse tipo de aparência. Discretamente, eu corro a mãodebaixo do meu nariz para verificar se há meleca. Passo as palmasdas mãos sobre o meu rosto e cabelo. Quatro longos passos e euestou no banheiro e olhando para o meu reflexo.

—O que há?—Eu pergunto para o lugar vazio.Eu me viro para sair quando Timmie entra. É uma regra geral

que os caras não podem conversar no banheiro, mas comonenhum de nós tem nossos paus fora, eu não o ignoro quando elediz: —Ei, Joel.

—O que está havendo?—Eu pergunto completamente retórico ecabeça baixa para deixá-lo fazer sua coisa em paz.

Eu tenho uma mão na porta para sair quando ele continuafalando.—Desculpe ouvir sobre Polly. Ou talvez devesse dizerparabéns? Desculpe, eu não sei o que é apropriado dizer, mas sejao que for, vamos apenas fingir que disse isso.

Ele começa a descer o zíper e eu saio do banheiro e repito suaspalavras na minha cabeça. Eu vou para o armário de Polly. Elaestava doente ontem e além de alguns textos, eu não falo com eladesde o fim de semana. Uma multidão de garotas está de pé aolado dando a ela o mesmo olhar que eu passei no primeiro período.

—Ei. — eu pergunto, preocupação e confusão em meu tom.Aqueles olhos verdes perfuram-me e ela parece nervosa. —Oi.Polly é um monte de coisas. Tímida não é um deles. —O que

está acontecendo?A campainha de aviso de um minuto para as trocas do segundo

período e ela fecha o armário e olha em volta antes de falar.—Ouça, Joel, precisamos conversar.Eu balanço minha cabeça para ela continuar.—Aqui não. Que tal depois da escola?Eu tenho treino até as cinco e meia e não tenho como esperar

tanto tempo para saber o que está acontecendo. —Diga agora.Ela engole e vira o olhar para o chão. Meu coração está

galopando no meu peito e eu aperto minha mandíbula emantecipação, porque isso não parece uma boa notícia.

—Estou grávida. —Sua voz é quase um sussurro e estou tãochocado que leva alguns segundos para as palavras dela seregistrarem.

Estou atordoado e totalmente sem palavras. Eu sei que deveriadizer alguma coisa. Literalmente qualquer coisa seria melhor doque o que sai da minha boca, que é foda tudo por nada.

Seus olhos se enchem de lágrimas e ela balança a cabeça. —Eutenho que ir para a aula.

Os soluços balançam seus ombros e Polly olha para mim comtanta agonia que eu quero fazer tudo desaparecer. Eu fui um idiota

antes. Ela precisava que eu dissesse que tudo ficaria bem e, em vezdisso, congelei. Ela me evitou a tarde toda, mas eu finalmente aencurralei antes do treino para ter certeza de que ela soubessedisso.

—Ei, não é o fim do mundo. —Eu envolvo meus braços em voltadela e aperto. —Nossas famílias vão ajudar. Minha mãe me tevejovem.

Claro, meus pais vão ficar chateados por eu não ter maiscuidado por engravidar minha namorada do colegial, mas a famíliaé tudo na casa dos Moreno. Eles ficarão chateados, mas ainda vãome amar e me apoiar. Eu já posso imaginar o grande sorriso norosto da minha mãe ao ver seu primeiro neto. Eu não possoacreditar, mas estou um pouco animado. Assustado, mas animado.

—Não, você não entende. —Ela vira a cabeça e empurra meupeito até que meu abraço se rompe.

Eu ainda estou escondido no canto entre os vestiários e meuginásio do colegial, vejo Polly ajeitar os ombros e enxugar aslágrimas no rosto.

—O que é isso?—Eu pergunto timidamente.Sua expressão se transforma de medo em sorriso tímido. —

Nada. Eu sinto muito. Estou com medo.Eu fecho o espaço novamente. —Eu também. Nós vamos ficar

com medo juntos, boneca.

26Katrina

— ESTA PIZZA ESTÁ RUIM. — Christian empurra seu pratopara longe. A pizza é boa, mas ele ainda está chateado que estamossentindo falta de uma pessoa. Aparentemente, sem que eusoubesse, Joel havia dito a Christian que ele estava nos levandocomer pizza.

Eu teria feito o que eu fiz de qualquer forma, mas se eusoubesse que Joel já havia contado a Christian sobre nossosplanos para depois do jogo, eu teria levado Christian para tacos oualguma outra coisa em vez da nossa habitual pizza.

—Eu sinto muito, amigo. Joel tinha muita gente querendoajudá-lo a comemorar esta noite e não seria justo se o fizéssemosperder isso.

Christian me considera por um momento. —Mas ele disse queestava empolgado para comer pizza conosco. Ele ia comer umapizza inteira sozinho. — Os olhos de Christian se arregalam comose fosse uma façanha que Valley a pena ser vista em primeira mão.

Suspirando, pego meu telefone. Joel não me mandou umamensagem e o jogo acabou há duas horas, então tenho certeza queele já viu meu texto. Espero que ele tenha ido à festa com seusamigos. É onde ele deveria estar.

Mas sufocar ele também é ruim.—Vamos. Vamos levar isso para casa e vamos assistir a um

filme e você pode dormir na minha cama hoje à noite.Eu tenho ele. Eu raramente o deixo dormir no meu quarto, mas

acho que esta noite pode ser tão reconfortante para mim quantopara ele.

No caminho para o apartamento, repasso as últimas semanastentando resolver meus sentimentos por Joel. Eu acho, não, eu sei,há um cara genuinamente bom debaixo de seu exterior arrogante,mas isso não significa que ele está pronto para a minha vida. Aspartes reais, feias e exaustivas. Entrar e brincar de tio divertido é

uma coisa, ser uma figura paterna é outra completamentediferente. Não há realmente nenhum entre mim. Eu não posso saircom um cara e esperar que Christian não faça parte dele. Isso nãoseria justo para mim ou para o Christian. E não é justo para Joeldesistir das coisas que ele ama - festejar e sair com os amigos -porque eu não posso.

Minha vizinha de baixo está de pé do lado de fora da portaquando eu carrego um Christian dormindo por ela enquantoequilibro a caixa de pizza. Ela me dá um olhar de desaprovação.

—Qual é o problema dela?—Eu murmuro enquanto subo asescadas.

Eu recebo a minha resposta quando vejo Joel sentado eencostado na minha porta da frente.

Eu sorrio para a minha vizinha que continua ali parada.—Tenha uma boa noite. —eu digo, esperando que ela aceite a

dica.Com um grunhido de aborrecimento, ela se dirige para seu

apartamento e eu continuo subindo as escadas. Eu posso sentir ocheiro do álcool nele. Ótimo. Apenas o que eu preciso outropequeno homem para tomar conta.

Eu o cutuco com o pé enquanto abro meu apartamento.—Ei, Kitty. — diz ele, abrindo os olhos apenas ligeiramente.—O que você está... —Eu ouço a porta da minha vizinha reabrir

abaixo. —Não importa, entre e eu farei um pouco de café.O deixo na varanda e carrego Christian para o meu quarto e

deito-o na cama. Com um pouco de sorte, ele vai dormir osuficiente para que eu possa levar Joel de volta para casa dele.

Quando fecho a porta e volto para a sala de estar, encontro Joelem pé no final da bancada da cozinha, observando o lugar como seele tivesse acabado de perceber onde está.

—O que você está fazendo aqui?—Você me deu um bolo. — ele diz, e apesar de tentar parecer

um pouco brincalhão, eu posso ouvir a dor.—Eu não te dei um bolo. — eu insisto. —Blair me disse que

vocês estavam tendo uma festa para comemorar o último jogo emcasa da temporada e eu não achei que você deveria perder isso.

Ele concorda. —Por que você não me disse isso?Eu dou de ombros e ele balança.—Vá para o sofá e eu vou fazer um café para você. Você não

dirigiu até aqui, não é?—Uber. —, diz ele quando ele cai no meu sofá, com as pernas

penduradas no final.Coloquei a pizza na geladeira e depois coloquei duas canecas de

café e atravessei a sala de estar. Sento-me a mesa de café eofereço-lhe uma caneca. —Aqui.

—Obrigado, Kitty.—Por que você está aqui, Joel?Ele toma um gole e depois coloca a cabeça para trás. —Eu

queria mostrar a Christian que eu poderia comer uma pizza inteirasozinho e ganhar um daqueles bichinhos de pelúcia do guindastena pizzaria.

Eu não posso deixar de rir e quando faço os olhos de Joel seabrem e ele sorri para mim. —Eu sou um homem adulto, Kitty. Euposso tomar decisões por conta própria. Eu não preciso que vocêfaça por mim com base no que você acha que eu quero.

Eu engulo o nó na garganta porque ele está certo. Em vez dedeixá-lo decidir, tirei uma opção e forcei sua mão.

—Eu sinto muito. Você está certo. Eu não estou acostumadacom pessoas, especialmente caras, nos escolhendo ao invés defestas ou o que for. É mais fácil manter as pessoas à distância doque continuar desapontada.

Abro os olhos para encontrar Joel me observando atentamente.Com cuidado. Como ele pode ver além da minha guarda.

—Beba seu café e Christian e eu vamos levá-lo quando eleacordar de sua soneca.

Eu me levanto e pego suas pernas pesadas para dar espaçopara me sentar ao lado dele. Com pouca ajuda dele, consigo mesituar com as pernas em minhas coxas. Sua respiração começa aestabilizar e eu deito minha cabeça para trás e fecho meus olhos.

—Ei, Kitty?—Hmm?—Eu gosto de você.

Eu rio porque ele soa tão sério. Eu não ouso encontrar seuolhar embora. Eu tenho medo que meus sentimentos sejamescritos em todo o meu rosto.

—Além disso, eu realmente quero fazer sexo com você.Meus olhos se abrem e eu pego o sorriso no rosto dele para

minha surpresa. Eu jogo um travesseiro nele e ele o usa paracobrir os olhos antes de adormecer.

Somos acordados com os gritos felizes de Christian. —Joel! Joel!Você está aqui! Mamãe, Joel está aqui.

—Merda. — eu exclamei quando tentei pegar Christian antesque ele saltasse para Joel. Eu não tenho sucesso, mas Joel apenasri quando meu filho pula em seu peito.

—Calma, Joel não está se sentindo muito bem.Christian fica quieto por um instante e seu rosto doce fica sério.

—É por isso que você não pôde comer pizza com a gente?—Uhh, não. Isso foi minha culpa, amigo.Joel sacode a cabeça enquanto eu tento explicar, o menor

movimento como ele não quer que Christian veja. —Eu só tinhaque fazer algumas coisas primeiro. Desculpe, eu senti falta,homenzinho.

—Trouxemos a pizza para casa para comer na cama. Mamãeestá me deixando dormir com ela hoje à noite.

—Bem, você é um cara de sorte. — diz Joel e sorri para mim porcima da cabeça de Christian.

—Venha ver o meu quarto. —Christian puxa a mão de Joel e elese levanta e segue meu filho através do apartamento para o seuquarto.

Levanto-me e pego as canecas de café na pia e as lavo. Eu possoouvir Christian apontando cada item em seu quarto com orgulho emeu coração aperta com a paciência de Joel. Joel me faz querercoisas que eu não posso fazer com ele, mas eu não estou fazendonenhum favor a Christian mantendo as pessoas fora de sua vida,na chance de que elas também nos decepcionem.

—Mãe, Joel pode ficar para pizza e um filme?Joel fica quieto enquanto Christian implora grandes olhos

castanhos.

—Claro que ele pode. Você se sente bem?— Pergunto incapaz deolhá-lo nos olhos.

—Eu adoraria.—Vou trazer todos os meus brinquedos pro seu quarto, mãe. —

diz Christian correndo de volta para seu quarto.Joel vem ao redor do balcão. —Tem certeza de que você está

bem com isso?—Você está? Uma hora atrás eu pensei que você estivesse

desmaiado.Ele esfrega a mão sobre a mandíbula desalinhada e em volta da

nuca. —Sim. Acho que talvez precise de outra xícara de café ouduas, no entanto.

—Isso eu posso fazer.—Agora, você pode responder a uma pergunta muito

importante?—Eu levanto a caixa de pizza para fora da geladeira. —Frio ou quente?

—Frio. — Ele pega a caixa e eu pego pratos e guardanapos e olevo para o meu quarto.

—Eu vou pegar o café. — eu digo quando coloco tudo no final dacama.

—Não tão rápido. —Ele pega minha mão e me puxa para ele. —Estamos bem?

Como se eu pudesse ficar brava com ele, mas preciso que eleentenda que existem regras para estar perto de Christian. —Sim,mas não apareça mais bêbado.

—Entendi. —Ele parece envergonhado quando ele balança acabeça. —Algo mais?

—Não faça a Christian nenhuma promessa que você não possacumprir. Ele gosta de você.

—Eu gosto dele também.—Estou falando sério. Ele não está acostumado a ter alguém

aparecendo assim e...Ele para minha sentença, trazendo seus lábios aos meus. Eu

recuo um pouco. —Você não me deixou terminar.—Eu entendi Kitty. Eu nunca faria qualquer coisa

intencionalmente para machucar qualquer um de vocês.

Eu acredito nele, mas intencional ou não, as chances de ele memachucar ou meu filho parecem altas.

No meu silêncio, Joel captura minha boca e cobre meu rostopossessivamente. Ele tem gosto de café e álcool e o mais leveindício de hortelã-pimenta. A maneira como ele me beija me lembrade suas palavras mais cedo. Eu realmente quero fazer sexo comvocê. Deus eu também.

Os passos de Christian aumentam quando ele corre para oquarto e eu puxo para trás enquanto ele pula na cama com seusbichos de pelúcia a tiracolo.

—Tudo bem. —Eu tento limpar a minha cabeça enquanto Joel eChristian tomam seus lugares na minha cama fazendo o colchãoking size parecer pequeno.

Nós três comemos pizza e assistimos A Vida Secreta dosAnimais. Christian começa o filme ao pé da cama, enquanto Joelme segura contra seu peito, mas eventualmente Christian se moveentre nós e os únicos lugares que eu estou tocando Joel sãoombros e pernas.

—Ele está dormindo. —eu sussurro enquanto os créditos rolam.Christian se aconchegou no peito de Joel, boca aberta e olhosfechados. —Eu vou apenas movê-lo.

—Eu pego ele. —Ele se levanta, segurando Christian firmementeenquanto eu puxo as cobertas. Joel o coloca para baixo e eu levo ascobertas ao redor dele e coloco seu cachorro de pelúcia favorito aolado dele.

Eu me movo em direção à porta e Joel me segue até a sala deestar, onde tomamos nossos lugares de volta no sofá mais cedo.

—Ele dorme a noite toda?—Sim. Ele fica acordado durante o dia, mas ele dorme bem.—Ele é um ótimo garoto.—Obrigada.—Você não fala sobre o pai de Christian. Ele não anda muito

por aí?—Ele estava visitando uma vez por mês, quando ele estava indo

para a universidade em Phoenix, mas ele se aproximou, entãoestou esperançosa que Christian o verá mais agora. Tem sido difícil

para ele ver Christian regularmente, mas Christian aguarda seutempo juntos da mesma forma. Isso funciona para eles.

—E isso funciona para você? Você tem muito que lidar sozinha.—Você soa como a minha mãe. —Eu gemo. —Eu fiz a minha

escolha de ir para a universidade como planejei antes da gravidez,sabendo que também criaria uma criança. Isso é comigo e eu nãome arrependo.

—Ainda assim, é difícil fazer malabarismos com tudo isso.—Minha mãe teve minha irmã quando ela tinha dezesseis anos

e desistiu de tudo. Ela tinha grandes planos para ir para auniversidade e ela nunca fez. Eu não queria que isso acontecessecomigo.

Ele acena com uma expressão séria no rosto.—De qualquer forma. É um ponto de discórdia para ela. Ela

acha que minha decisão de vir ao Valley foi egoísta. Ela queria queeu ficasse em casa, onde ela poderia ajudar a olhar Christianenquanto eu participava de aulas na faculdade comunitária local.

—Christian ver você amadurecer é bom para ele e mesmo apartir da pequena quantidade de tempo que passei em torno devocês dois, eu sei que você não é egoísta.

—Obrigada por isso. —Eu deixei minha cabeça cair de voltacontra o sofá e olhei para ele. —Diga-me algo sobre você. Algo quefaz você menos perfeito.

Ele ri baixinho. —Há uma longa lista para provar esse fato.—Diga um.Ele puxa o lábio inferior para trás dos dentes como se estivesse

imerso em pensamentos. —Já sei. —diz ele finalmente. —Na quintasérie, enganei Mallory Sinclair. Um monte de gente fez isso e eu fuio único que não foi pego porque concordei em beijá-la depois daescola em troca de ela não contar para a professora.

—Oh meu Deus. Usar seu charme e boa aparência começoucedo, eu vejo.

Ele pisca um sorriso irônico.—Você teve muitas namoradas no ensino médio ou você sempre

foi... —Eu me esforço para encontrar a palavra certa e Joel levantaas sobrancelhas.

—Curioso como você vai terminar a frase, Kitty.Eu reviro meus olhos. —Você é um jogador. Você sabe que é.

Você foi sempre assim?O sorriso arrogante desaparece e seus lábios formam uma linha

reta. —Não, nem sempre.—Alguém partiu seu coração, Joel Moreno?—Meu próprio

coração bate descontroladamente no meu peito porque a expressãoestóica em seu rosto me faz pensar que foi exatamente o queaconteceu.

Ele ri, entretanto, fazendo-me adivinhar minha teoria. — Estasasumiendo que tengo corazón.

—Não é justo com os espanhóis. Talvez você seja apenas umcínico quando se trata de amor?

Balançando a cabeça, ele se inclina mais perto. —Não, eu só seio que é e eu vivo minha vida de acordo. As pessoas não me veem,as meninas não me querem - elas querem o que eu posso oferecer -um bom momento, dinheiro, um destaque, e eu lhes dou isso, nadamais. Eu não quebro os corações delas porque elas não os dão paramim e vice-versa.

Eu li a sinceridade em seu rosto.—Oh meu Deus, você realmente acredita nisso, não é?—Ele

olha para mim com uma expressão perplexa. —Joel, as garotasestão dispostas a aceitar o que você lhes dá, porque elas estãosilenciosamente esperando por mais. Toda garota quer ser aquelaque muda sua mente e captura seu coração, aquela que faz vocêquerer mais.

Ele parece divertido, seus lábios perfeitos puxados para cimaem um sorriso e olhos castanhos claros com humor.

—Estou falando sério. Isso é o que faz com que grandeshistórias de amor como Crepúsculo ou Cinquenta tons de Cinzasejam tão românticas. Eles podem ter qualquer mulher quequiserem, mas apenas uma mulher realmente os muda. Garotasquerem ser sua Bella ou Anastasia.

Suas sobrancelhas levantam. —Você acabou de chamarCrepúsculo de uma grande história de amor?

—Estou falando sério. Ok, talvez para algumas garotas é sobre

dinheiro ou fama ou quão insanamente você é sexy, mas a grandemaioria está arriscando o coração partido na esperança de ser aúnica a capturar o seu.

Ele corre o polegar ao longo do meu queixo, inclinando meuqueixo para cima. —E você? Victor quebrou seu coração?

Eu sacudo minha cabeça. —Não, mas às vezes acho que elequebrou minha capacidade de confiar.

As palavras saíram antes que eu possa pará-las.Arrependimento, tristeza, pena, tantas emoções cruzam seu rosto e

me sinto como a maior Debbie Downer10

do mundo. Com as mãosainda no meu rosto, eu rastejo em seu colo. Eu não sou burra osuficiente para acreditar que eu vou roubar o coração de Joel, maseu mantenho minha teoria porque sorrir e rir, e apenas sair comele, parece quase tão bom.

—Quando estou com você, me sinto um pouco maisesperançosa de que posso passar por isso. — digo tão baixo quenão tenho certeza se ele me ouve a princípio.

Sinto seu peito subir e descer e ele sussurra de volta: —Eutambém, Kitty.

27Joel

MEU INTERIOR DOÍA e meus lábios estão rachados. Beijei Kitty semsentido durante quase duas horas e depois fiz com que ela gozassecom meus dedos. Eu tenho o pior caso de bolas azuis da históriada humanidade. Eu estou começando a pensar que há algo erradocomigo. Se ela fosse outra pessoa, eu teria fodido com ela no sofáou no banheiro. Tenho noventa e nove por cento de certeza de queo garoto teria dormido, mas aquele um por cento fodeu comigo e eunão me senti bem com Christian dormindo no outro quarto. É umamaravilha que os pais tenham relações sexuais.

Eu dormi no sofá em vez de pegar uma carona de volta para omeu lugar, que é onde eu estou quando Christian entra na sala esobe para o sofá comigo. Uma espiada no relógio me diz que sãocinco horas em ponto. Estou cansado como merda, mas não tenhocoragem de mandá-lo embora.

—Bom dia, homenzinho. Sua mãe ainda está dormindo?Ele concorda. —Eu estou com fome.—Eu também.—Eu me sento. —O que você costuma comer no

café da manhã?—Aos domingos, comemos panquecas.—Panquecas, hein?—Eu esfrego a parte de trás do meu

pescoço. —Isso pode ser um pouco avançado demais para mim.Que tal um cereal?

Abro alguns armários até localizar as caixas de cereais e tirarCheerios e Lucky Charms.

Seus olhos se arregalam. —Eu posso ter Lucky Charms?Merda. Está tudo bem para ele ter tanto açúcar às cinco da

manhã? Eu não tenho nenhuma pista. —Sua mãe deixa vocêcomer Lucky Charms?

Ele morde o lábio e hesita antes de responder. —Apenas umavez por semana.

—E você já comeu esta semana?

Ele encolhe os ombros.—Parece que será Cheerios.—Eu localizo duas tigelas, duas

colheres, e o leite e Christian e eu sentamos juntos na mesa dasala de jantar comendo nosso cereal. É meio que me lembra dequalquer outra manhã tomando café da manhã com os caras,exceto que Christian me observa com cuidado e imita todos osmovimentos. Quando levanto a tigela vazia até a boca para beber oleite, ele faz o mesmo e quase derrama a tigela inteira em simesmo.

Christian quis ver desenhos depois do café da manhã, então ligoa TV para ele enquanto lavo a louça. Eu continuo esperandoKatrina sair e assumir, mas eu não tenho coragem de acordá-la.Quero dizer, quando foi a última vez que ela dormiu?

Eu não tenho treino até esta tarde, mas me sinto lento elevemente de ressaca. A cura com a qual me acostumei está dandocerto, então faço o que posso no chão da sala alternando flexões.Em algum momento, Christian se junta e é exatamente assim queKitty nos encontra. Eu encontro o olhar dela no meio da postura.Seus olhos se arregalam ao meu peito nu e as semanas de beijos econversas não são suficientes.

—Oi mãe. Olhe para os meus músculos. —Christian dizorgulhosamente, parando para flexionar um bíceps.

—Impressionante. — Katrina diz e depois balança a cabeça. —Não se importe comigo. Eu só preciso de café.

Ela se move para a cozinha e eu ouço o café, mas sinto seusolhos em mim ainda.

—Tudo bem, homenzinho, acho que você pode me ajudar comeste próximo?

Christian salta e eu fico de barriga para baixo. —Pule nasminhas costas.

Se ela vai assistir, posso muito bem fazer um bom show.É preciso algumas tentativas para equilibrar seu peso, mas,

eventualmente, ele se deita em cima de mim e envolve seus braçosem volta de mim enquanto eu empurro para cima e para baixo dochão. Depois de dez, eu olho para encontrar Katrina em pé,descansando na lateral do balcão entre a cozinha e a sala de estar,

tomando seu café e nem fingindo que ela está fazendo nada alémde me observar.

—Você gosta da vista, Kitty?Sua língua se lança e ela molha seus lábios. Ela não encontra

meu olhar, em vez disso, continua a me olhar como um pedaço decarne. Eu não estou ofendido. Nem um pouco. —Eu não tenhocerteza do que você está falando, estou assistindo Christian. — dizela, mas sua voz é tensa e nós dois sabemos que ela está mentindo.

Merda, talvez isso fosse uma má ideia. Kitty querendo-me e meobservando assim tem meu corpo pronto para dar-lhe tudo e háum tornado de três anos nas minhas costas.

Deitado no chão olho por cima do ombro para Christian elevanto meu punho para ele. —Obrigado pela ajuda.

Ele bate os nós dos dedos nos meus e depois pula. —Mãe, possotomar banho?

Eu me sento de joelhos e vejo Katrina tentar se segurar. Estouacostumado a garotas se atrapalhando e me observando como umcolírio para os olhos, mas a maneira como Kitty olha para mim émuito mais quente. Ela não é tão fácil de ser impressionada, eudeveria saber, e é o sinal que eu tenho esperado que ela me queira.Realmente me quer.

Ela limpa a garganta e finalmente arranca os olhos de mim. —Umm, claro. Sim, vamos colocar você na banheira.

Eu me levanto e me ajusto. Eu acho que é o que eu preciso. Umchuveiro. Um banho muito frio. Eu volto para o quarto de Katrina epara o pequeno banheiro anexo a ele e tiro meus jeans e boxers.

—Oh. —A voz de Katrina atrás de mim está assustada e eu meviro para encontrar seus olhos arregalados de surpresa, mas issonão a impede de ficar ali congelada enquanto ela verifica meucorpo.

—Eu vou tomar um banho rápido. — eu digo a ela e não façonenhuma tentativa de me cobrir.

—Eu, uh... toalha.Eu localizo as toalhas brancas empilhadas em cima de uma

prateleira sobre o banheiro e agarro uma para ela. Ela ainda está lácom a toalha na mão e eu fico duro com o olhar faminto em seus

olhos e os flashes de cada coisa suja que eu quero fazer com ela.Ela sai do banheiro tão devagar que eu tenho que segurar o

fôlego e contar até cinco para me impedir de estender a mão epará-la.

—Logo, Kitty. —Eu pisquei para ela e ela corou antes de virar edesaparecer de vista.

—Você desapareceu cedo ontem à noite. — diz Wes enquanto eume sento ao lado dele na linha lateral. Ele tem uma prancheta secana mão e estou tendo dificuldade em levá-lo a sério como novotreinador adjunto. Ele não começa oficialmente até depois daformatura, mas como ele não pode jogar, ele está ajudando comuma estratégia ofensiva. Não me entenda mal, ele está de olhonisso e acho que os caras mais novos aprendem muito com ele,mas ainda é estranho ter um dos meus melhores amigos jogandode treinador.

—Eu fui na Katrina.—Você sabe que Blair vai estrangular você quando decidir sair,

certo?—Quem disse que eu vou sair?Suas sobrancelhas se levantam e ele me estuda de perto. —

Então você está falando sério sobre ela?Eu levanto um ombro e deixo cair. —Ela é uma garota legal.—Com um filho. Eu odeio ser o único a trazer desgraça e

tristeza na situação, mas o seu histórico não é exatamenteindicativo de você ser capaz de lidar com um relacionamento,muito menos um que inclua uma criança.

É isso que todo mundo está pensando? Que eu não posso lidarcom isso?

Como se ele estivesse lendo minha mente, Wes diz: —Olha, Blairnunca diria isso porque está torcendo por você e Katrina - é o queela faz, mas não tenho certeza se você realmente pensou sobre oque significa estar com Katrina – a curto ou longo prazo.

—Você já se perguntou como seria ter uma criança no ensinomédio ou na universidade?— Pergunto a ele.

O olhar de pânico no rosto dele é toda a resposta que preciso.—Minha namorada do colegial engravidou. —digo a ele antes

que ele possa se recompor e responder.—Que merda?—Sim, esse olhar em seu rosto agora é como eu me senti no

começo. Eu me lembro de como eu estava com medo quando elame contou, mas eu também estava animado. Ser pai é uma coisalinda. Eu respeito muito Katrina por fazer isso sozinha. —Eu checosua expressão que é incrédula, e dou risada, mas Wes e eu somosdiferentes. Nossas famílias são diferentes.

O treinador dá ordens para o nosso treino depois da prática eWes e eu ficamos em silêncio.

Eu gemo com o condicionamento cansativo que eu tenho queesperar quando tudo que eu quero fazer é ir para casa e desmaiar.Talvez Wes esteja certo. Quero dizer, uma noite lá e eu estoucansado pra cachorro.

—Eu pensei sobre isso - o que significa estar com ela em curto elongo prazo. — digo ao meu amigo, mas parece que estoufinalmente admitindo isso para mim mesmo. —Eu gostei da minhavida antes de conhecer Katrina, mas quando estou com ela e comChristian, não sei cara, estou apenas tomando um dia de cada vez.

Ele balança a cabeça, considerando minhas palavras edeixando-as entrar. É Wes, sempre pensando e calculando. Estoupronto para passar a próxima hora para poder ir para casa ecompensar o sono que perdi esta manhã. Uma coisa é certa, se vouficar de novo, preciso ensinar a criança a dormir nos finais desemana.

—Hey. —Wes chama. —Você não disse o que aconteceu comsua garota do ensino médio. Ela teve o bebê? Há um pequeno Joelou Joelina por aí em algum lugar?

É uma ferida que nunca cicatriza e dor corta através de mimenquanto eu balanço minha cabeça. —Não, não era para ser, euacho.

28Katrina

ESTOU ALÉM de nervosa quando paro na entrada da casa deNadine.

—Christian, chegamos.Eu pego sua mochila nas costas antes de soltar um Christian

sonolento.Victor e eu sempre mantivemos um relacionamento civilizado,

mas isso não faz com que ele seja mais fácil. Eu nunca o amei e elenunca me amou. Nós éramos uma pequena aventura que teverepercussões longas.

—Aqui, eu vou pegá-lo. — diz Nadine, e eu me movo para queela possa levantar Christian de seu assento de carro.

Eu olho ao redor percebendo que o carro de Victor não estáaqui. —Onde está Victor?

Um olhar de culpa cruza seu rosto antes de ela soltar suaexpressão. —Um de seus amigos pediu a ele para preencher umaliga de softball agora que ele se mudou para casa. Ele voltará maistarde.

Inacreditável. Eu mordo minha língua, mas Nadine lê minhaexpressão.

—Eu tentei falar com ele.Eu aceno porque tenho certeza que ela fez. Ela não é perfeita,

mas ela nunca tem dificuldade em falar o que pensa. —Eu achoque talvez seja hora de falar com ele sobre isso.—Eu soltei umlongo suspiro. —Tem certeza de que quer mantê-lo a semana toda?

Tecnicamente desta vez é de Victor, mas nós duas sabemos queela é quem realmente vai ficar com ele.

—Sim eu tenho certeza.—Tudo bem, uma semana inteira amigo. Você está animado?—

Eu olho para o meu filho que não é nada além de animado. Eununca estive longe de Christian por uma semana inteira, e mesmosabendo que vou vê-lo na quarta-feira no treino de futebol, estou

me sentindo meio fora de mim.—Victor vai levá-lo para o treino de futebol na quarta-feira. Vou

mandar uma mensagem para lembrá-lo da hora e do lugar. Vocêsabe que pode me ligar a qualquer momento e eu estarei aquiassim que puder.

Ela ri. —Eu sei querida.—Eu vou sentir falta dele. — eu admito enquanto eu escovo o

cabelo dele para trás de sua testa.—Você é uma boa mãe, Katrina.Meus olhos estão furiosos, mas antes que eu possa agradecê-la

pelas melhores palavras que ela já falou comigo, ela dá um passoem direção à porta.

—Agora, saia daqui e ligaremos mais tarde hoje à noite parafazer o check-in.

Eu dirijo até a casa dos meus pais ainda chateada com Victor etentando decidir como vou lidar com isso. Eu nunca escondi comome sinto sobre o seu trabalho de pai, mas eu realmente nunca faleicom ele sobre isso.

Minha mãe, sua melhor amiga Lisa e minha irmã sentam-se navaranda quando paro. Vinho tinto na mão, uma cópia em brochurade Big Little Lies entre elas.

—Clube do livro?—Eu sorrio enquanto subo as escadas.Elas riem como adolescentes.—Deixe-me adivinhar, nenhuma de vocês realmente terminou o

livro?—Bem, nós tentamos. — diz Lisa.Minha mãe se levanta para me cumprimentar e me agarra ao

peito. —Eu estava esperando que você trouxesse Christian.—Eu tive que deixá-lo na Nadine para sua visita de uma

semana com Victor.—Aqui, você provavelmente precisa disso mais do que eu então.

—Ela empurra a taça para mim, e eu tomo um gole e sento.—É um gosto adquirido. — diz ela, pegando a taça de volta.—Christian estava animado para ver Victor?Sento-me no balanço da varanda e envolvo uma mão ao redor

da corrente que a prende ao teto. —Ele não estava lá.

—O que?Eu sacudo minha cabeça. —Ele está por aí, jogando softball

esta tarde.Eu bato meus pés e faço um rugido irritado na minha garganta.

Elas olham para mim como se eu tivesse perdido a cabeça porqueeu nunca perco minha merda na frente delas. Chame isso deautopreservação, mas eu não quero mostrar a elas a quão certaelas poderiam estar sobre eu precisar de mais ajuda. —Desculpe,estou tão frustrada. Eu pensei que com a volta dele seria bom paraChristian, mas é a mesma merda. Eu o convidei para o treino defutebol de Christian e ele me disse que estava ocupado.

—Por todos os meios, grite, grite, apenas faça isso com ele. —minha mãe diz enquanto ela toma seu vinho.

—O que?—Você tem deixado ele ficar longe por muito tempo se você quer

saber.—Mas você nunca disse nada.—Não competia a mim. Ainda não é. Isso vem acontecendo há

três anos. Mais do que isso, na verdade, ele nem conseguiucomparecer à maioria das consultas médicas. —Algumas das quaiseu talvez não tenha lhe contado, mas parece improdutivocompartilhar isso agora. —Você sabia que Victor não era o jovemmais confiável desde o começo. Eu pensei que em algum momentovocê iria enfrentá-lo pelo amor de Christian ao invés de tentar sersuper mãe. Você não pode ser tudo para todos.

Minha mãe bufa como se fosse a única a ser exposta por Victor.—Eu vou conseguir mais vinho.

—Acho que vou ajudar. — diz Lisa, deixando-me sozinha com aminha irmã.

Eu chuto o chão para colocar o balanço em movimentoenquanto a porta da tela se fecha.

Mary se move para se sentar ao meu lado. —Eu sei que amamãe não vem e diz, mas ela está do seu lado nessa.

—Ela tem uma maneira estranha de mostrar isso. Desde que saípara a universidade, ela me fez sentir como se eu fosse a pessoaque estragou tudo, correndo com o Christian.

—Você está brincando?—Ela ri. —Ela está tão orgulhosa devocê. Ela e Lisa estavam conversando sobre como, quando tinhama sua idade, as duas estavam sentadas com crianças em cadaquadril, desejando que tivessem seguido seus sonhos.

Reviro os olhos porque Lisa só tem um filho e quando minhamãe teve filhos suficientes para ter um em cada quadril, Marytinha quinze anos. Eu entendo a expressão, no entanto.

—Ela se preocupa com você, quer o melhor para você. Domesmo jeito que você quer para o Christian.

Minha mãe e Lisa reaparecem com outra garrafa de vinho e umataça extra. Minha mãe entrega para mim. —Você vai ficar?

Duas taças de vinho e a pior discussão sobre os clubes de livrosem toda a história depois, vou para o meu antigo quarto e me deitona cama. Mary teve que ir para casa para sua família e mamãe epapai saíram para jantar. Eu optei por ficar em casa e aumentarminha miséria. Christian liga e me conta tudo sobre sua tarde, queeu tenho o prazer de descobrir, incluindo Victor jogando futebolcom ele. Em um momento de fraqueza, eu mando mensagem paraJoel.

Eu: O que você está fazendo?Suave, Katrina. Grande forma de abordagem.Joel: Acabei de chegar ao hotel.Eu: A que horas é o jogo de amanhã?Joel: Não até às 6 - não voltarei até domingo.Eu: Boa sorte!Ele não responde imediatamente, e eu lanço meu telefone no

final da cama, desejando mais do que nunca que eu me perdesseem fantasias com Joel. Eu rolo de barriga e puxo as cobertas, nãome importando com nada e que eu ainda estou completamentevestida. Eu tenho uma semana só para mim. Deus faz tanto tempodesde que eu fui capaz de fazer planos com mais ninguém paraconsiderar.

Enquanto eu saio, imaginando um dia no spa ou talvez com acalça de moletom na semana e vendo Netflix e comendo sorvete,uma ideia muito melhor me ocorre e passo o resto da noitesonhando com isso.

29Katrina

BLAIR,Gabby, e eu saímos de nossos lugares fora do estádio dosSun Devils. Valley derrotou a ASU e estou a minutos de Joel,sabendo que vim até aqui para vê-lo jogar.

—Então, você não disse a ele que você estava vindo?—Gabbypergunta com os olhos grandes.

Nos empilhamos em um táxi e damos ao motorista o endereçodo nosso hotel.

—Eu deveria ter avisado?—Não, está bem. Ele ficará tão animado em vê-la. — insiste

Blair.Deus, eu espero que sim.—Ele vai. —Blair cutuca meu joelho. —O que você está fazendo

na terça? Gabby está se mudando para um apartamento e vamosfazer uma noite com ela. Dançar, beber e conversar sobre garotos.

—Isso soa bem. Christian foi passar a semana toda com o pai.—Como ele é? Você nunca o mencionou, e eu sempre tive medo

de perguntar.Eu faço uma careta ao pensar que eu poderia ter me deparado

com aquilo. —Ele é um cara bom, um pouco esquisito. Nós tivemosuma aula juntos e saímos algumas vezes, mas eu engravidei depoisque ficamos juntos apenas uma vez, então eu também não seimuito sobre ele. Quer dizer, nós tentamos ser amigáveis ecivilizados, mas é difícil.

—Droga. Uma vez?Eu aceno para Gabby, que parece horrorizada ao saber que esse

tipo de coisa realmente acontece. —Sim. Primeira e última vez quefiz sexo.

—O que?!— grita Blair nos dando uma olhada do taxista noespelho retrovisor.

Minhas bochechas queimam com calor. —Sim, foi um pouco deseca.

—Puta merda. Você não dormiu com Joel ainda?

—Umm...Blair ri e Gabby se junta.—O que?—Isso é muito precioso. Joel deu a Wes o pior momento sobre

quanto tempo nós levamos para fazer sexo depois que começamosa sair e que eram apenas algumas semanas.

—Não tem sido tanto tempo e com Christian por aí não temostido oportunidade.

Até agora.Gabby abre a bolsa no colo e me entrega uma tira de

camisinhas. —Muita oportunidade esta noite.O táxi vai até o hotel e eu enfio os preservativos na minha bolsa

antes de sair atrás de Blair.—Espere, por que você está carregando camisinha?—Blair

pergunta a Gabby enquanto nós três pegamos o elevador até onosso quarto.

Gabby tem o hábito de deixar seus longos cabelos louros caíremsobre as cicatrizes no lado esquerdo de seu rosto quando ela estánervosa ou insegura, o que ela faz agora. —Eu só queria estarpreparada para qualquer coisa. E se eu encontrar um cara quenteesta noite?—Seus olhos se iluminam. —Ou talvez eu possaconvencer o Treinador Daniels a me deixar entrar em seu quarto.— ela diz e sorri maliciosamente.

—O treinador, sério?—Eu pergunto. —Quero dizer, ele égostoso, não me entenda mal, mas ele tem uns quarenta anos.

—Eu não estou querendo me casar e ter bebês, apenas pularnos ossos dele.

Blair balança a cabeça e olha para mim. —Isso é o que acontecequando você passa muito tempo sem sexo. Tome isso como umaviso, vá em frente e faça sexo ou então você terminará como aGabby.

Gabby a soca de brincadeira.—Mais de quatro anos?— Pergunto.—Tente vinte e um. — ela sussurra, apesar de estarmos

sozinhas no elevador.Chegamos ao nosso andar e fico boquiaberta quando as portas

se abrem. —Você é virgem?!Um grupo de jovens entra no elevador e o rosto de Gabby fica

carmesim em seus sorrisos.Nós corremos para fora deles, mas um dos caras grita: —Feliz

em ajudar mais tarde no quarto quinze.Gabby praticamente corre pelo corredor. Blair e eu seguimos

risadas ecoando pelo chão quando entramos em nosso quarto.—Eu sinto muito. — eu digo quando posso forçar a risada de

volta. —Eu só não tinha ideia. —Eu aceno uma mão na frente dela.—Você é linda. Não sei como você conseguiu manter suavirgindade.

—Depois do acidente, eu não saí muito de casa. —ela admite.Blair pega a mão dela e enfia os dedos juntos. Eu não sei muito

sobre o acidente de carro que deixou Gabby com as cicatrizesestragando seu lindo rosto, mas tenho vislumbres de suasinseguranças e espero que ela se mudando para o Valley seja bompara ela.

O telefone de Blair emite um sinal sonoro e ela solta a mão deGabby para pegar o telefone. —Os caras estão entrando no ônibusagora para ir ao hotel. Temos cerca de quinze minutos para nosprepararmos.

Meu estômago se torce em nós. —Devo mandar uma mensagempara Joel?

—Eu digo, você coloca a roupa mais sexy que você trouxe, e nósvamos esperar lá embaixo por eles. Ataque de choque. — Blair bateas mãos. —Vá se preparar.

Joel—Quer tomar uma bebida?—Wes pergunta, parecendo muito

feliz por ele. Sua preferência habitual depois de um jogo fora é irpara o seu quarto e relaxar com Z.

Eu dou de ombros, decidindo não questionar seu súbitointeresse em sair. —Claro, deixe-me colocar minhas coisas no meuquarto primeiro.

—E talvez você devesse tomar banho também.—Cara, o que tem com você?Ele está todo sorridente quando sai do ônibus antes de mim. Eu

mando mensagem para Kitty a caminho do quarto.Eu: Você viu o jogo?Kitty: Eu vi. Parabéns pela vitória.Eu: Obrigado!O que você irá fazer hoje à noite?Dentro do quarto, deixo minha bolsa na cama. Eu realmente

não me importo se Wes tem que sentir o cheiro de mim ou não,mas eu quero ouvir de Kitty antes de descer, então eu pulo nochuveiro enquanto espero que ela responda. Depois que eu saio eme visto de novo, ainda não ouvi falar dela, então eu seguro meutelefone e vou até o bar.

Quando vejo Blair sentada ao lado de Wes, me arrepio. Por queme convidar para acompanhar? Olhando para o resto da mesa,vejo que Gabby e Nathan estão com eles. E alguém no outroextremo da mesa, eu não posso ver, escondido pela cabeça grandede Nathan. Uma bebida e depois estou fora.

Meu telefone vibra e eu alcanço, lendo o texto enquanto andopelo bar.

Kitty: Saindo com você.Eu começo a digitar uma resposta, mas algo chama minha

atenção para a mesa e, enquanto Nathan se inclina para frente, eutenho uma visão perfeita. Ela acena nervosamente me observandocom os olhos arregalados. Meu peito dói. Na verdade, porra dedores. Ela está aqui. Kitty está aqui.

Eu ignoro o resto da mesa, ando até ela, e a levanto apreciandoos gritos de prazer enquanto ela envolve seus braços em volta domeu pescoço.

—Você está aqui. —Eu a agarro para mim, começo a colocá-lade volta para baixo, mas, em vez disso, seguro-a contra mim e colominha boca sobre a dela.

Eu ouço os caras rindo de mim e eu os abro com uma mão, semquebrar o beijo até que eu mostrei o quanto estou feliz que elaesteja aqui.

Quando eu finalmente puxo para trás, ela está sem fôlego e

suas bochechas coradas. —Eu acho que isso significa que vocêestá bem comigo estar aqui?

—Mais do que bem com isso. —Eu tomo o assento que elaestava sentada e puxo-a no meu colo.

Há conversa. Acho que até participo disso. Ria no momentoapropriado, respondia quando foi feita uma pergunta direta, mastudo que posso focar é Kitty. Ela está aqui. Para mim. Minhamente está meio explodida. E não apenas por ela estar disposta adesistir de uma noite, dirigir por todo esse caminho para me verjogar, mas pelo quanto estou feliz.

O bar do hotel fecha cedo, então só temos tempo para umabebida, o que é perfeitamente bom para mim.

—Uhh, onde estou dormindo?—Nathan pergunta enquantotodos nós estamos saindo.

Wes entrega-lhe o cartão-chave. —Você pode ficar com Z. Gabbypode ficar no meu quarto. Blair e eu vamos conseguir outro quarto.

—Isso é ridículo. —Gabby protesta. —Eu vou ficar com os caras.Há algumas idas e vindas, mas a Gabby é insistente. —Está

bem. Vou dormir no chão ou no sofá. Tanto faz.Nathan coloca um braço em volta dos ombros dela. —Você pode

ter a cama. Eu vou dormir no chão.Com isso resolvido, Katrina olha para mim como se ela não

tivesse certeza. Eu a puxo para mim. —Quer ir ao meu quarto?Ela ri quando eu a pego e a jogo sobre meu ombro como uma

boneca de pano, colocando uma palma na bunda para cobrir o queo tecido não faz. Eu fui homem das cavernas e é fantástico.

Estou pronto para devastar minha Kitty. Fodendo finalmente.

KatrinaEle não me coloca para baixo até que estejamos no quarto. Ele é

um homem em uma missão. Chutando seus sapatos fora, puxa acamisa sobre a cabeça. Eu rio enquanto o vejo despir como seestivesse sendo cronometrado.

—Vai deixar qualquer coisa para eu tirar?

Suas mãos ainda no jeans. Ele abre o botão, mas não osempurra para baixo. —Você quer me despir?

Eu aceno e dou um passo à frente. Quaisquer que sejam osnervos que eu tenha a respeito desse momento, seus olhos seescurecem e seu peito sobe e desce enquanto eu deixo minhasmãos passarem por seu estômago. Seus abdominais são cortados eum rastro de cabelo escuro desaparece em sua cueca.

Suas mãos se fecham em punhos ao seu lado como se eleestivesse se segurando de mim. Deixando-me ter esse momento.Enganchando meus dedos sob o jeans, eu empurro para baixolevando sua cueca com ela. Eu me movo com as roupas dele,tirando-as de suas pernas. Eu já o vi nu, mas ele é tãoimpressionante quanto eu me lembrava e meu coração pulsava.

Eu olho para ele, encontrando-o me observando com tantodesejo que me deixa estranhamente ousada. Seu pau se contorcequando eu trago minha boca para ele e coloco um beijo suave nacabeça. Um gemido escapa de seus lábios e eu continuo beijando eadorando cada centímetro glorioso.

Suas mãos não se movem de seus lados até eu levá-lo emminha boca. Suavemente, seus dedos passam pelo meu cabelo eele aplica a menor pressão me guiando enquanto eu chupo elambo.

Eu sei que ele está se segurando, mas eu quero tudo o que eleestá disposto a dar. Eu o levo mais fundo até que ele bate na partede trás da minha garganta e eu olho para encontrar o seu olhartorturado. Eu tento sorrir ao redor dele, dizendo a ele com o olharde pura felicidade que eu sei que deve estar no meu rosto que estátudo bem para deixar ir.

Ele responde puxando meu cabelo mais apertado até que amenor picada do meu couro cabeludo envie ondas pulsantes deprazer através do meu corpo. Ele pega minha boca até as lágrimasvazarem dos meus olhos e eu luto contra o meu reflexo de vômito,mas é o momento mais quente da minha vida.

Um estrondo deixa seu peito e quando eu acho que ele vaigozar, ele me surpreende recuando e me colocando de pé. Eu ficodesnorteada e um pouco tonta quando ele me segura e enxuga o

polegar nos meus lábios, limpando a saliva reunida ao redor deles.—Sua boca é a perfeição, Kitty, mas quando eu gozar quero estarenterrado até as bolas dentro de você.

Meu corpo zumbe em antecipação e eu sento no final da cama,tão pronta para isso e muito mais.

Ele anda para mim com um sorriso malicioso e mergulha,pegando minhas pernas e jogando-as sobre os ombros. Minhacalcinha se foi em um flash, vestida agora em volta dos meusquadris, e sua boca encontra meu sexo.

Puta merda.A vibração de seu riso contra minha carne sensível ganha outro

gemido. Acho que eu disse isso em voz alta. —Você é adorávelcensurando seus palavrões quando eu tenho minha língua na suaboceta.

—Força do hábito. —Eu mal consigo pronunciar as palavrasantes que seus dentes se juntem à ação e eu grito - não com dor,mas em puro êxtase.

Ele me guia para o meu estômago e levanta minha bunda no ar,continuando a doce tortura no meu clitóris e trazendo um dedopara a festa. —Cristo, você está tão molhada.

Seu dedo desliza suavemente para dentro e para fora quandoele dá beijos de boca aberta nas minhas coxas e bunda. Meu rostofica quente quando ele espalha minhas bochechas e continua mebeijando. Oh meu Deus, ele vai lamber minha bunda. A percepçãome atinge muito tarde e não tenho tempo para ser tímida, ou virarantes que sua língua entre no meu buraco em sincronia com osdedos abaixo.

—Pooorra. —Não adianta censurar minhas palavras enquantoeu recebo meu primeiro oral. É assim que os jovens estãochamando hoje em dia? Ou nunca? Eu não saberia desde que eununca discuti isso. Senti isso.

—Relaxe— Joel diz em um tom abafado. —Você confia em mim?—Sim. —eu digo. E eu confio. Deus me ajude, eu realmente

confio.—Bom. —Ele bate na minha bunda de brincadeira. —Devemos

ter o preservativo.

Eu rio de sua abertura. Provavelmente deveria ter tido dezminutos atrás, mas melhor agora do que amanhã. —Estoutomando pílula, mas acho que devemos usar preservativo porprecaução.

—Estou limpo. Nós fazemos exames de sangue a cada doismeses, e isso aconteceu no mês passado. — ele diz tudo isso, meu,bem, meu tudo, ainda no ar em exibição.

—Ok, mas desde então você poderia ter entrado em contato comalguma coisa. —Não tenho certeza se é mais humilhante quetenhamos essa conversa ou que ele esteja basicamente com aminha parte. Eu ando de quatro na cama e na mesa de cabeceirapara pegar minha bolsa. Eu pego os preservativos que Gabby medeu mais cedo, os coloco na cama ainda me recusando a olharpara cima enquanto me sento de joelhos. Uau, ser adulto é difícil.Mas, novamente, a outra opção é uma DST ou uma criança e, bem,eu aprendi minha lição sobre sexo seguro da maneira mais difícil.

—Não entrei em contato com nada, mas se você quiser que euuse um, é claro que vou. —Ele me segue até a cama e puxa meuvestido para cima e sobre a minha cabeça. Eu não estou usandosutiã e ele cobre meus seios em suas grandes mãos. —Droga, Kitty.Seus seios são fantásticos. Adicione isso a minha nova lista dehobbies.

—Não é como se você pudesse dizer olhando com todas asDSTs. —digo a ele antes de perder este momento e minha últimaoportunidade de expressar todas as minhas preocupações.

Ele tira o olhar dos meus seios e balança a cabeça devagar, deum lado para o outro. Um largo sorriso toma conta de seu rostobonito e seus olhos perfuram os meus. —Não, você entendeu mal.Não é possível. Eu não estive com ninguém desde então.Concentrei-me unicamente em você, boneca.

—Vamos. Você não pode esperar que eu acredite nisso. —Reviroos olhos e empurro o peito nu de brincadeira.

—É verdade.—Por quê?—A pergunta está fora antes que eu possa pará-la.

Eu não quero que ele minta ou finja que somos algo que nãosomos, mas eu preciso saber.

—O mesmo motivo que eu tinha uma reserva permanente noAraceli's. Eu sabia que eventualmente você ia dizer sim.

—Uau. Você é bom.Ele me leva para a cama com ele, rola em cima de mim,

segurando minha cabeça com as mãos enquanto olha para mim. —Kitty, você não tem ideia.

A atenção e o amor que ele dá ao meu corpo é tão Joel.Completo, dedicado e quente pra caralho.

Ele é áspero, mas de alguma forma ainda gentil. Nem um únicocentímetro do meu corpo é perdido. Ele me dá tudo, exceto a únicacoisa pela qual estou morrendo. Eu estou moendo embaixo dele,implorando com meus quadris, para ele me tirar da minha miséria.—Você está pronta, Katrina?

Nenhuma zombaria ou brincadeira em seu tom. Ele estágarantindo meu consentimento. Estou tão pronta. Quatro anos amuito tempo pronta, mas não posso imaginar de outra maneira.Aqui com Joel, assim é perfeito.

—Tão pronta.Ele beija o topo do meu nariz e muda, pega um preservativo e se

cobre antes de se alinhar na minha entrada. Eu assisto fascinadaenquanto ele desliza dentro de mim tão dolorosamente devagar queeu tento deslizar para baixo para ajudar. Ele me prende no lugar,segurando meus quadris ainda. —Você está tão apertada.

Meu corpo sobe e meu coração bate tão rápido que eu sei que étanto meus sentimentos pelo homem quanto este momento. Ele medeixa tão cheia, mas não é apenas o imenso ego dele ou até mesmoo pau (totalmente a palavra certa para esse momento), é meucoração lembrando o que é deixar alguém entrar em mente e alma.

Completamente à sua mercê, eu finalmente o deixei me ter.Tudo de mim.

30Joel

KITTY ESTAVA NUA na minha cama. Bem, não na minha cama,mas não vou ficar preso nos detalhes. Ela está aqui nua e ela éminha, porra.

—A que horas sai o ônibus amanhã?—Ela pergunta, traçandocírculos no meu peito enquanto ela está ao meu lado.

—Cedo, mas posso dormir no ônibus.—Podemos sair quando você voltar?—Sua voz é cautelosa e

insegura.Eu a puxo em cima de mim. —Sim. Eu pretendo roubar o

máximo de seu tempo que você vai me deixar esta semana.Ela aperta o sorriso para o meu. —Eu finalmente conseguirei

ver seu covil?—Oh sim. Há muito mais devastação a ser feita. —Eu já estou

imaginando uma semana cheia de Katrina nua e em cada lugar eposição eu posso sonhar quando me lembro de que tenho umareunião com Sara Icoa amanhã. —Tenho algumas coisas para fazercom a equipe e domingo é noite de cinema com os colegas dequarto, mas venha. Blair vem com mais frequência, então vocêpode ser mais uma.

—Eu pensei que você prometeu devastar. Soa suspeitamentecomo sair completamente vestido.

Ela diz isso de uma maneira provocante, mas merda ela estácerta. Nós fizemos sexo e, em vez de seguir em frente, quero fodê-laa cada minuto livre que eu tiver. E diabos eu planejo devastá-la omais rápido possível, mas isso não é tudo que quero fazer com ela.

Eu acho que estou quieto por muito tempo porque ela muda. —Você está bem? Desculpe, eu estava apenas brincando. Euadoraria sair.

Planto um beijo em sua testa e a coloco perto de mim. —Apenascansado, eu acho. Foi um longo dia. —Ela boceja de acordo.

—Boa noite, Kitty.

Katrina—Este lugar é insano. — eu digo para Blair enquanto ela me

leva ao redor da White House. Os caras estão preparando a noitede cinema enquanto eu faço um grande tour. É o lugar mais legalque eu já vi, e eu não estava tão preparada depois de ver o buracoque os caras do beisebol vivem.

—A família de Joel comprou e transformou em uma mini versãodos dormitórios de basquete de algumas das maioresuniversidades. Ouvi dizer que o Kansas tem uma barbearia nadeles.

—Parece um pouco exagerado.—Certo? Mas os caras adoram isso. Eles até têm roupas de

cama personalizadas, não que eles se importem com isso, mas euacho isso incrível. Wes está triste por sair no ano que vem. Eu achoque Z também vai então, quem sabe quem vai entrar e tomar o seulugar.

—O que acontece quando Joel se formar?—Pergunto.Ela encolhe os ombros. —Não tenho certeza. Se ele acabar

sendo convocado no ano que vem, em vez de jogar seu último ano,Nathan seria o único que ficaria.

Meu coração cai. Se Joel for convocado ano que vem? Eu nemsabia que isso era uma possibilidade. Para ser justa, eu nãoperguntei. Evitei cuidadosamente qualquer conversa sobre futuro.Eu não me permiti perguntar a ele quais são seus planos para opróximo fim de semana porque eu não quero parecer tão grudenta.Mas o jeito que minhas mãos tremem eu sei que meu coraçãocomeçou a desejar e esperar por mais independente.

Paramos na frente da última porta. —E este é o quarto de Joel.Eu nunca...

—Não tão rápido. —Joel corre do topo da escada e pula nafrente dela. —Acesso negado. Apenas garotas permitidas aqui sãoas que entram. —O sorriso em seu rosto cai como se ele tivessepercebido a piada de mau gosto.

É difícil pensar em quantas garotas ele deixou passar por essasportas, não vai mentir, mas eu forço uma risada e rolo os olhos ecoloco uma mão no meu peito dramaticamente. —Tão charmoso.

—Eu, uh, nos tirei da noite de cinema. — diz ele.—Cachorros de sorte. Wes está empolgado com a nova Missão

Impossível. Te vejo mais tarde.—Obrigado pelo tour. — eu chamo atrás dela.Ela desaparece no corredor e Joel me puxa para ele. —

Desculpe-me por isso. Nós não temos que ficar aqui se você nãoquiser.

—Não seja ridículo. —Ao pensar em ser negada a experiênciacompleta de Joel Moreno, percebo que é exatamente para isso queme inscrevi. Sexo quente e divertido, sem amarras. —Eudefinitivamente vou colocar para fora.

Ele morde meu lábio superior. —Antes de você sair, eu tenhouma surpresa. —Ele abre a porta e me puxa atrás dele. —Vamos.

Ele não acende as luzes, mas ele não precisa. Toda a parede detrás da sala são janelas do chão ao teto que deixam entrar o sol doArizona e dar uma visão do quintal. As portas francesas abrem-separa uma pequena varanda e há uma única cadeira onde eu tentoimaginar Joel sentado sozinho. Por que não duas cadeiras? Eu seia resposta para isso sem perguntar, mas isso me deixa um poucotriste.

Sua cama é enorme, e eu vejo a cama personalizada que Blairestava falando - branca com listras azuis e o mascote do time.

—Uau. Meu apartamento poderia caber em seu quarto.Ele olha em volta como se nunca tivesse percebido o quão

grande é e encolhe os ombros.Agarrando um laptop de uma mesa, ele o leva para a cama e o

abre. —Eu pensei que nós poderíamos ter nossa própria noite decinema.

Intrigada, eu me sento ao lado dele na cama e rio quando vejo oque ele selecionou para esse momento íntimo. —James Bond,realmente?

—Você disse que nunca tinha visto. Considere isso como umaparte crítica da sua educação em roteiros.

Eu acho que prefiro que ele me surpreenda novamente, mas eusou completamente incapaz de dizer não ao que ele obviamenteplanejou como um gesto romântico. Todos esses meses decontenção e agora eu estou praticamente me oferecendo em umprato e um pouquinho desapontada que não vamos ficar nusnovamente imediatamente, mas também tocada que ele queiracompartilhar algo tão simples quanto o seu filme favorito.

Gah, estou em conflito. Liderar com meu coração é muitoarriscado. Deixar meu corpo fazer todo o sentimento parece umamissão mais segura e agradável.

Ele sai rapidamente. —Eu esqueci os lanches. Volto logo.—Banheiro?Ele aponta para uma porta atrás de mim e depois se inclina e

dá um beijo nos meus lábios antes de sair.Eu passo por um impressionante closet, meus olhos pousando

em sapatos o suficiente para deixar qualquer mulher com ciúmes.E o banheiro. Bom Deus. Inalando, eu posso sentir o cheiro esenti-lo em todos os lugares. É mais limpo do que eu esperava,armários de madeira escura e bancadas brancas. Eu faço xixi, lavoas mãos e depois vou para o chuveiro.

Que é onde ele me encontra.Braços me envolvem e eu me assusto. —Você me assustou. E se

eu estivesse fazendo xixi?—Você realmente acha que isso teria me parado?—Limites.—Não é necessário. — diz ele, e eu o golpeio. —O que você está

fazendo no meu chuveiro?—Eu estou querendo saber o que teria acontecido se eu tivesse

dito sim na primeira vez que você me convidou para sair.Eu me viro para ver sua expressão, que é pensativa, e presumo

que ele não se lembra.—Você me disse que me deixaria usar seu chuveiro.—Oh, eu me lembro. —Ele aperta um botão e todas as luzes se

apagam no banheiro, exceto uma luz no meio do chuveiro, quefunciona como chuveiro. Chove água à nossa frente e cerca de umadezena de jatos d'água de todas as direções. Há até música

tocando. —Lamentando sua resposta agora?Sim.—Não.Ele aperta o botão novamente e o chuveiro desliga. Minha

camisa e leggings não estão encharcadas, mas estoudesconfortavelmente molhada.

—Vamos tirar você dessas roupas molhadas. —ele murmura.—Você está esperando a sua vida inteira para usar essa frase,

não é?Ele não responde quando ele puxa minha camisa sobre a minha

cabeça.—E quanto a Bond?—Acho que ele aprovaria muito minhas prioridades.Eu aponto para os controles do chuveiro. —Bond não é nada

sem seus truques.—Não é verdade. Essa é a coisa mais legal sobre James Bond -

ele não precisa de dinheiro ou truques. —Ele aperta o botão e ochuveiro liga de novo. —Mas ele gosta deles da mesma forma.

31Katrina

— OH MEU DEUS. ELA REALMENTE MORREU?—Estouchorando e Joel está rindo.

—Bem, sim. Sua morte é o que faz Bond, ser Bond.Eu choro mais, cubro meu rosto, mas não consigo abafar o riso

dele.—Eu pensei que você gostaria. História de amor trágica e tudo

mais.—Eu fiz. —Outro soluço se solta.Ele desliga o laptop e me puxa para ele. Eu não sou

normalmente tão esperta. Quero dizer, ok, eu estou totalmente,mas eu não estava pensando em chorar na frente dele de todas aspessoas. Eu não estava preparada para a profundidade do filme.Ou o homem ao meu lado.

—O que faz Joel, ser Joel?Depois do banho, coloco uma de suas camisetas largando meu

sutiã e ele tem uma mão embaixo de meu peito esquerdo. Ele fezisso na primeira vez durante o filme e isso resultou em mais coisasque também exigiram que reiniciássemos o filme, mas agora eunem tenho certeza de que ele está ciente disso. Sua mão apenasdescansa lá como se meu peito esquerdo fosse sua bola de estressepessoal.

Ele não responde então eu pergunto novamente. —Vespermorrendo faz Bond, ser Bond. O que faz você, ser você?

Sinto o corpo dele tenso e me inclino em um cotovelo para podervê-lo.

—Nada quase tão trágico quanto isso. Minha vida tem sido fácil.—Suas palavras seriam convincentes se não fosse pelo tom áspero.Ele dá de ombros e continua. —Meus pais eram rígidos, masamorosos e deram um bom exemplo para trabalhar duro paraalcançar meus sonhos.

—Jogar na NBA?— Pergunto, lembrando-me do comentário deBlair sobre ele jogar profissionalmente.

Ele acena e coloca nossos dedos juntos. Sua mão grande faz aminha parecer tão delicada em comparação. —Sim, desde que euera criança. Realmente não sei como ou quando começou, mas eusempre quis ser o próximo Kobe Bryant e jogar para os Lakers.

—Blair disse que você pode desistir de ir mais cedo.Eu prendo minha respiração enquanto ele responde.—Eu me encontrei com uma agente hoje cedo. Existem prós e

contras de qualquer maneira. Meus pais realmente querem que eume forme, mas não precisam que eu seja um jogador de basquete.

—E depois?—O plano é usar minha carreira de basquete para entrar na

transmissão esportiva. Uma boa parte dos radio difusores nos diasde hoje são profissionais antigos. —Ele se afasta e coloca a mãosob o queixo. —Quero dizer com essa linda cara, acho que pertençoà TV de uma forma ou de outra.

—É por isso que você está se formando em comunicações. — eudigo.

—E você? O que você quer fazer depois da universidade?—Eu não sei mais. Quando eu era mais jovem, eu me imaginava

me mudando para LA e tentando conseguir um emprego comoroteirista, mas com Christian e nossas famílias estando aqui, eurealmente não vejo isso acontecendo. Já é difícil estar a uma horade distância.

—LA é apenas seis horas de carro.—Esse é um longo caminho para transportar uma criança toda

semana.A consciência de como ter uma criança faz a minha vida

diferente finalmente aparece em seu rosto. Eu não possosimplesmente pegar e sair. Christian tem um pai que, apesar denão ser o mais confiável, merece ser capaz de ver seu filho. Semmencionar que tem um direito legal.

—Quando você tem que decidir sobre o próximo ano?Ele solta um suspiro. —Final de abril, oficialmente, mas eu

preciso decidir em breve para que eu possa acostumar meus pais àideia de pular o meu último ano.

Ele está quieto e perdido em pensamentos por um momento

antes de olhar para mim e sorrir. Eu sinto o humor com aquelesorriso, mas eu fico em silêncio esperando que ele compartilhemais sobre suas esperanças e sonhos. O que ele quer para suavida. Literalmente qualquer coisa. Ele dá tão livremente e ainda sesegura tão fortemente também. Eu espero, prendo a respiração pormais palavras que eu não tenho certeza, mas eu quero tudo domesmo jeito.

Joel—Qual é a sua agenda hoje?Os olhos de Katrina se movem ao nosso redor enquanto

caminhamos pelo campus em direção ao prédio inglês. —Desculpeo que?

Eu pego sua mochila que ela insistiu em carregar de seu ombroe colocá-la no chão à nossa frente. Tomando as mãos dela, eu paroe a forço a olhar para mim. —Eu perguntei como está sua agendahoje? O que está acontecendo com você? Você está agindo de formaestranha desde que estacionei o carro. Você está envergonhada deser vista comigo, Kitty?

Seu olhar anteriormente focado por mim se encaixa no meu. —O que? Isso é ridículo. Não.

—Então, o que é? Você está praticamente correndo para a aulae olhando em volta como se estivesse com medo de alguém vervocê.

—As pessoas estão olhando para nós. — diz ela e movimentoscom a cabeça para um grupo de meninas que estão olhando para onosso caminho. Um dos caras do beisebol, Clark, passa e levanta oqueixo para me cumprimentar. —Correção. Todo mundo estáolhando para nós.

—Eles não estão olhando para nós. Eles estão me encarando. —Eu dou de ombros. Estou acostumado com isso. Quero dizer,quando você é tão alto quanto eu, você não pode andar sempessoas olhando. Além disso, eu sou um cara social, então eu saícom a maioria deles ou conversei com eles - os outros só sabem

quem eu sou.Ela olha em volta como se estivesse verificando minha

afirmação. —Deus, que vida você vive. —diz ela com um sorriso.Deixando de lado suas mãos, eu envolvo minha mão em torno

de suas costas e a puxo para mais perto. —Não vou mentir, é umaboa vida, Kitty. Melhor quando você passa a noite e eu te levo paraa aula.

Eu tenho que me curvar para colocar meus lábios nos dela. Elahesita e a ideia de que ela pode não estar no modo demonstraçãopública de afeto passa pela minha cabeça até que eu a ouçosuspirar e ela pressiona seu corpo no meu. Eu não tenho nenhumproblema com demonstrações públicas de nada, então eu deixominhas mãos descerem até a bunda dela e puxo-a com forçacontra mim enquanto eu varro minha língua em sua boca.

Quando ela finalmente quebra o contato, ela está com aspálpebras pesadas e sem fôlego. —Eu vou me atrasar.

Ela não se move e eu rio enquanto ela olha para os meus lábios.Sua língua se inclina para molhar os lábios e em vez de fazer o queeu quero fazer - continuar a beijá-la sem sentido - eu pego suabolsa.

—Vamos, Kitty.Depois da aula da manhã, vou para casa. Katrina pegou um

turno extra no café e eu não tenho que voltar para a academia atémais tarde, então estou entediado. Eu encontro Z treinando emnossa academia em casa.

Eu pego uma bola da estante e me junto a ele. É apenas umameia quadra, então não é como se ele não me visse, mas o únicoreconhecimento que recebo é o movimento dele para o ladoesquerdo da cesta me dando o outro lado.

Eu não costumo empurrar Z para falar, mas hoje eu preciso dealguém para refletir sobre meus pensamentos.

—Você acha que estou acabando com as minhas chances de serconvocado se eu ficar e terminar a universidade?

Ele não para de atirar quando responde. —De ser graduado?Não. Se você se mantiver saudável e seus números estiverem emqualquer lugar perto do que eles são agora, alguém irá buscá-lo.

Quando vencermos o torneio este ano, haverá muita imprensa eisso poderá ajudá-lo a conseguir um melhor negócio, mas…

Suas palavras sumiram e eu as refleti. Z sempre fala emcertezas sobre a gente ganhar. É como se ele tivesse ouvido deDeus ou talvez ele tenha certeza de si mesmo e de sua capacidadede nos levar à vitória. Eu preciso de um acordo melhor? Querodizer, obviamente, eu quero um contrato, mas o sonho era semprejogar na NBA não assinar um contrato multimilionário.

—Ainda indeciso?Eu aceno e faço um arremesso que salta ao redor da cesta e

para fora.—Seria muito bom se nós dois estivéssemos começando nossas

temporadas de estréia no ano que vem.—Você vai sair no ano que vem talvez namorar ou pelo menos

iniciar uma conversa com uma garota?Ele resmunga.—Não será mais fácil distinguir os bons dos olheiros de Jersey.

Pode querer considerar se estabelecer antes de você ser ummilionário.

Eu nem tenho certeza de que é por isso que ele evitou garotasaté agora e seu rosto não revela nada.

Ele para de arremessar e me parece morto. —É isso que vocêestá fazendo com a Katrina?

Inclino minha cabeça para o lado. —Eu dificilmente chamariaalguns encontros de se estabelecer.

Ele levanta ambas as sobrancelhas e me olha com um olhar quechama de besteira.

—Parte de mim está pronto para dar tudo isso e seguir emfrente, mas a outra parte parece que estou pegando o atalho. —Como sempre fiz. Fácil, descomplicado, o que me deu maissatisfação no momento. Isso resume muito bem a minha vida.Especialmente meus relacionamentos. Eu trabalhei duro no baile ena escola, mas nunca com as mulheres. Não desde Polly. Pensarsobre Katrina e quanto mais difícil tudo é para ela me assombra.Eu procuro o caminho de menor resistência por causa de umacurva na estrada. Ok era mais como uma porra de um buraco, mas

o jeito que eu deixo isso me mudar... Eu deixo isso me mudar comose Polly fosse minha Vesper. E foda-se isso.

Sim, estou me comparando a James Bond. Carros, dinheiro,mulheres. Eu não sou um assassino, mas eu sou mortal da linhade três pontos, então vamos chamar isso de basicamente a mesmacoisa.

A partir do momento em que entrei na vida de Katrina, fiz coisasque me surpreenderam. Eu tomei a estrada difícil. Ok, mais difícildo que o habitual, mas para ser justo, eu apreciei cada momento,então não exatamente um fardo. Eu mudei desde que a conheci epode ter começado como um jogo para conquistá-la, mas deixou deser sobre isso há muito tempo.

—Acho que vou ficar por aqui mais um ano. — digo, e aspalavras parecem certas. Terminar o meu curso, continuar atrabalhar e ser profissional quando for o meu tempo.

—Katrina não tem outro ano também?—Pergunta ele, sorrindotão grande que seus dentes fazem uma aparição.

Não é sobre ela, pelo menos não totalmente. Ele tem minhasdefesas e eu alcanço a primeira resposta que vem para mim. —Issome dá mais um ano antes de me preocupar com os sérios olheirosde Jersey. Então, novamente, eu nunca discriminei as garotas quesó estão interessadas em mim por causa do baile.

Ele sorri, e eu rio, mas parece tudo errado quando ele sacodemeu peito. As palavras são verdadeiras. Eu nunca me importei seuma garota estava atrás de mim por causa de quem eu sou e o queisso significa para a sua lista de desejos sexuais. Não importavaporque eu estava usando da mesma maneira. Fácil, descomplicadoe sem sentido. Mas agora... não tem o mesmo apelo de antes.

32Katrina

O APARTAMENTO DE GABBY ESTÁ perto do campus em um novo ebonito condomínio. Blair e Vanessa estão planejando morar comela no final do semestre, então a casa de três quartos parece vazia,apenas com Gabby ali.

Os caras estão mexendo as coisas pesadas e nós quatroestamos fingindo arrumar as coisas da cozinha.

Vanessa despeja vinho em quatro xícaras de plástico. —Precisamos de taças de vinho.

—Não.—Blair sacode a cabeça. —Eu tenho aqueles e algunscopos de margarita. Eles estão na casa dos meus pais, mas eu voutrazê-los da próxima vez que eu os visitar.

Eu olho para cima a tempo de ver Joel e Z entrando pela portacom uma grande cadeira redonda que é grande o suficiente paraenroscar e dormir. A tensão do peso força os músculos de Joel a seprojetarem ao redor da manga de seu bíceps.

—Tente babar pouco. —Vanessa me cutuca e limpa no canto daboca.

—Cale-se.Quando o caminhão em movimento está vazio, nós empurramos

os caras para fora da porta. Wes dá a Blair grandes olhos decachorrinho quando ela diz a ele que vai ficar com Gabby hoje ànoite.

—E você? Posso convencê-la a se esgueirar mais tarde?—Joelsussurra em meu ouvido.

—Vou mandar uma mensagem para você daqui a pouco.Ele escova os lábios nos meus. —Mmm. Você tem gosto de

vinho e más decisões.—Alguém me disse uma vez que o vinho deixa as pessoas

emocionadas. — eu provoco e tento acalmar as batidas do meucoração. Minhas emoções já estavam em declínio antes de eutomar um gole.

Com um aceno lento e um sorriso, ele se afasta. —Doce. Esperoque você conte todos os seus segredos mais profundos depois.

Eu sei que ele está brincando, mas eu estou tentada a segurá-loem cativeiro e forçar o vinho a descer pela sua garganta.

—Eu vou te mostrar a minha se você me mostrar a sua.Seu olhar me envolve e meu corpo se arrepia. — Mais tarde,

Kitty.Acontece que leva apenas uma hora para o vinho ter o efeito

desejado. Estou bêbada e de repente tudo o que quero fazer éconversar com Joel e dizer que estou me apaixonando tanto porele.

Gabby puxa seu cabelo em um coque bagunçado em cima desua cabeça enquanto ouvimos Vanessa contar histórias sobreMario e seu pau gigante. A expressão de Blair é de choque, entãoestou confiante de que isso não foi algo que Vanessa tenhacompartilhado antes desta noite. Porra, o vinho é realmente bompara desvendar segredos.

—Sério, ele tem que ter corpos atléticos feitos sob medida paraproteger tudo isso. —Ela faz um movimento para sua virilha eentão move a mão para baixo da coxa e para uns bons centímetrospara baixo como se para nos dar um visual de quão baixo o pênisde seu namorado chega.

—Eu não posso mais ouvir. — diz Blair e cobre as orelhas. —Eununca vou ser capaz de olhá-lo nos olhos novamente.

Eu estou ouvindo, mas ainda assisti a Gabby. Todo aquelecabelo loiro empilhado acima de seu pequeno rosto a faz parecermais jovem. Ela me pega olhando e inclina a cabeça como se elapensasse que eu estou olhando para suas cicatrizes.

—Seu cabelo é lindo. —eu digo. —Você deveria usar mais assim.Você se parece com Tinkerbell.

Ela zomba. —Mais como duas caras do Batman, mas obrigada.—Suas cicatrizes não são tão ruins assim. Na verdade, acho que

elas diminuíram muito nos últimos meses. —Blair insiste e puxa-apara um abraço. —Você é uma Tinkerbell foda.

Nós caímos na gargalhada. Chorando de tanto rir.—Por que estamos rindo, não é tão engraçado?—Vanessa

pergunta entre risadinhas.Mais uma hora e a conversa está de volta aos meninos. Meus

dedos pairam sobre o número de Joel no meu celular. Eu escrevoos textos na minha cabeça alternando entre engraçado, sexy ouapenas casual.

—Pegue meu telefone. — eu imploro a Blair e enfio na direçãodela. —Eu nunca entendi mensagens de texto bêbadas até agora etenho certeza que estou perto de me tornar uma completa idiota.

Vanessa a arrebata de Blair e seus polegares batem na tela. —Eu tenho isso.

—O que você está fazendo?Ela ri e vira o telefone para mim.Eu: Eu quero seu P na minha B.—Oh meu Deus, Vanessa.Meu telefone apita.Joel: Esteja lá em cinco.Meu rosto aquece e eu pressiono minhas palmas nas minhas

bochechas.—Eu sou eficaz, o que posso dizer?—Vanessa se vangloria.—Aww, eu estou com ciúmes. —diz Gabby. —Eu quero um

namorado.—Ele não é meu namorado.Blair ri. —Eu acho que eu disse exatamente a mesma coisa

quando Wes e eu começamos a sair.—Eu posso confirmar isso. — Vanessa oferece.Gabby joga o braço para cima, taça de vinho na mão,

espalhando o líquido doce pegajoso no ar. —Eu libero você. Todasvocês.

—O que isso significa?—Eu pergunto enquanto eu molho ovinho nas minhas leggings.

—Isso significa que eu apoio seus relacionamentos. Eu amo oquão feliz vocês são e eu quero que vocês vão para seus namoradosirresistíveis.

—Eu pensei que nós estávamos tendo uma festa do pijama?—Blair pergunta, mas eu posso dizer que ela apoia a ideia de ir paraWes.

—Estou exausta e amanhã eu preciso sair e tentar encontrarum emprego. —Ela franze o rosto, mas depois sorri. —Além disso,agora que estou aqui, podemos sair o tempo todo.

—Eu libero você. — eu digo a ela, envolvo meus braços em voltade sua cintura e aperto com força. Eu não tenho amigas de verdadehá muito tempo, e é tão bom.

Ela ri. —Não é assim que o ditado funciona.

JoelKitty está bêbada. Presumi que ela estava bêbada com a

mensagem de texto, mas quando deixo Vanessa no Mario e voltopara a White House com ela e Blair, ela está alternando entrerisadas e olhos me fodendo.

Blair sai do banco de trás antes que eu tenha desligado o motor.—Obrigada pela carona, Joel. Noite, Katrina.

—Seu carro tem um nome?— Ela pergunta enquanto passa amão sobre o painel, sedutoramente.

Eu estou obcecado com os movimentos dela, curioso com o quea bêbada Kitty vai fazer em seguida.

Eu desaperto. —Não.—Diga alguma coisa em espanhol. —Ela bate palmas e eu rio do

pulo de tópico aleatório e sua excitação.—Eres linda cuando estás borracha.—O que você disse?—Eu disse que você é fofa quando está bêbada.Desapontada,ela se vira para mim. Ainda estamos sentados no

carro estacionado na garagem, mas tenho medo de me mexerporque, assim que a levar para o meu quarto, é provável que eladesmaie em mim. E isso é muito mais divertido.

—Você já fez sexo aqui?—Uhh. —Isso é uma pergunta capciosa? Eu nunca menti para

uma garota, mas eu sinto que ser sincero aqui poderia colocar umsério amortecedor no clima.

—Você fez totalmente. — ela diz, mas ela está sorrindo, então eu

não me incomodo em negar. —Eu nunca fiz sexo em um carroantes. —Ela suspira como se isso fosse decepcionante para ela.

—¿Quieres tener sexo en mi carro?—Eu não sei o que você disse, mas soou quente.—Estás caliente, Katrina.Ela morde o lábio, parecendo toda insegura, mas de alguma

forma ainda sedutora e eu não posso pegar. —Vem cá, Kitty.—Pergunte em espanhol. —diz ela timidamente.—Trae tu trasero aquí.O assento já está tão atrás quanto possível quando ela sobe no

meu colo, me abraçando, não há muito espaço. Não que eu precisedisso. Apenas a sensação dela em cima de mim me deixa prontopara fodê-la. Seus olhos se fecham quando meu pau empurra suaboceta. Deus abençoe as leggings. O material fino que ela usaquase diariamente não apenas fornece uma visão que me impedede ter que usar minha imaginação, ela me permite sentir o calor desua boceta e as curvas suaves de suas pernas e bunda.

—Eu provavelmente deveria ter tirado minhas calças primeiro.— diz ela. —Não há espaço suficiente aqui para tirar.

Eu capturo sua boca e ela esfrega contra mim enquanto eulevanto meus quadris para oferecer-lhe mais atrito. Movendominhas mãos para seus quadris e assumindo o controle, deslizo-asobre o pau em minhas calças. Lento e duro até que seus gemidosenchem meu carro.

A última vez que eu fodi alguém assim, eu provavelmente estavano ginásio, mas droga é a coisa mais quente que já aconteceu nomeu carro. Na minha... qualquer coisa.

Katrina arqueia as costas e seu cabelo loiro cai pelas costas. Elapega ambos os seios, a cabeça jogada para trás, e ela parece tãofeliz e sexy como ela me fode através de nossas roupas.

—Oh meu Deus, eu estou gozando. — diz ela, os olhos se abreme ela parece atordoada quando o orgasmo estremece através dela.

Está na ponta da minha língua para dizer algo imaturo comovocê pode me chamar de Joel, mas eu acho melhor. Provavelmentetem bastante apelo de sétima série aqui fodendo a seco sozinhos.Estou me dando um high five mental para a minha maturidade

quando o orgasmo de Kitty me deixa fora e eu gozo na minhamaldita calça.

33Katrina

UMA BOA PARTE dos quatro dias eu me escondi no quarto de Joel.Universidade, trabalho, ensaios e Joel. Se eu não estivessesentindo tanto a falta de Christian, seria uma felicidade.

Eu paro no campo de futebol, examino os carros e, em seguida,aceno quando vejo Christian e Victor em pé na frente do carro deVictor.

O sorriso de Christian me diz que ele quer correr para mim, masVictor o impede segurando a mão dele.

Eu corro em direção a ele e ele se solta de Victor e corre para meencontrar no meio do caminho.

—Mamãe!Estendendo a mão para ele, eu o abraço ferozmente sentindo-

me completa pela primeira vez desde que o deixei. —Senti suafalta.

Victor se aproxima mãos nos bolsos e parecendo que ele sesente como um estranho.

—Obrigado por trazê-lo. — eu digo. —O treino é apenas umahora e eu tenho ensaio logo depois. Você vai ficar ou quer que eu teencontre em algum lugar antes do meu ensaio?

—Sobre isso.O treinador apita e Christian e as outras crianças correm para o

campo.Eu cruzo meus braços, a pele já eriçada.—Eu consegui um emprego trabalhando à noite carregando

caminhões. Eu começo esta noite.—Você não poderia ter me dado um aviso?—Desculpa. Eu não achei que seria um grande negócio. O que

você costuma fazer com ele quando tem aulas noturnas?—Não é uma aula, é...—Eu conto até três antes de responder. —

Está bem. Eu vou descobrir.—Você ainda vai trazê-lo neste fim de semana, certo?

Eu cerro meus dentes. —Sim, é seu fim de semana.—Talvez possamos nos sentar e conversar, criar uma nova

programação assim que eu conseguir meu horário de trabalho?Eu só posso acenar. Falar resultará em mim dizendo algo de

que me arrependo mais tarde. Ou gritando na frente das crianças ede suas mães perfeitas.

—Desculpe Katrina.Eu ouço o barulho de cascalho sob seus sapatos sinalizando

sua partida. Puxo meu telefone e passo o dedo sobre os contatos.Estamos a menos de um mês da noite de abertura da peça e este éo último ensaio em que posso alterar qualquer diálogo ou script.

Eu poderia levá-lo comigo. Imagens de Christian rasgando oteatro como um tornado me fazem estremecer. Isso não é umaopção.

Eu: Eu sei que é impossivelmente no último minuto, mas um de vocês podecuidar de Christian esta noite enquanto eu tento ensaiar.

Blair: Passo. Desculpe, estou trabalhando no centro de treinamento hoje ànoite.

Gabby: Eu começo meu novo trabalho no The Hideout hoje à noite. <emojinervoso>

Vanessa: Aula. Desculpa!Blair: Os caras acabaram de sair do treino, pergunte a Joel <emoji sorridente>Ugh. Isso soa pior do que deixar Christian balançar nos postes.

Eu seguro meu telefone e ando mais perto do campo. Eu planejeiler o roteiro durante a prática, mas em vez disso, eu me permitoapenas assistir Christian. O grande sorriso em seu rosto, seucomportamento despreocupado, a determinação e energia. Nospiores momentos, meu filho sempre me lembra que tudo Valley apena. Malabarismo com a universidade, a criação de filhos equalquer outra coisa que a vida faça do nosso jeito - podemos fazerisso. Meu celular vibra no meu bolso e eu o pego rapidamente,esperando que uma das garotas tenha mudado de planos ou decoração.

Joel: Meu pau está duro e confuso porque você não está aqui, mas meu quartocheira a sexo e Kitty. Que horas você termina de ensaiar?

Se eu soubesse que não passaria outra noite em sua casa, teria

entretido o sexo da manhã que ele tentou fazer às cinco. Depois deapenas algumas noites, eu já estou com medo de dormir sem ele.

Eu: Mudança de planos. Victor teve um problema e eu estou com Christianhoje e amanhã.

Joel: E quanto ao ensaio?Eu: Vou levá-lo comigo.Depois de digitar as palavras, sinto-me melhor com a minha

decisão. Algo sobre declarar isso me faz aceitar. Não é o cenárioperfeito, mas é o que é. Joel não responde de volta, e eu retornomeu foco para o treino e assisto Christian correr de um lado docampo para o outro. A hora voa e quando o treinador os dispensa,eu pego um garotinho sujo e suado.

—Eu tenho uma surpresa para você. — digo a ele. —Masprimeiro você tem que ir comigo para o meu ensaio e ficar quieto eficar super quieto. Você pode fazer isso?

É mais um apelo a Deus do que uma pergunta real para meufilho. Mas ei, sorvete é um pequeno preço a pagar.

Eu estaciono o carro no estacionamento ao lado do teatro eseguro Christian quando ele pula em direção à entrada da frente.Por dentro ele se solta. Minha mochila escorrega do meu ombro eeu paro e me ajusto antes de correr atrás dele.

Minha boca se abre para chamar atrás dele, mas quando eusigo o caminho que meu filho tomou, meus olhos se movem para ohomem em frente a ele. Christian salta na ponta dos pés e Joeloferece seu punho, que Christian colide com o seu.

—Mãe, encontrei a surpresa! Joel está aqui.—Esta não é a surpresa que eu tinha planejado. — digo a ele

uma vez que eu fechei a distância entre nós e olhei para cima paraencontrar os olhos escuros sorridentes de Joel. —Mas esta é umaboa surpresa. O que você está fazendo aqui?

—Pensei que o homenzinho poderia querer alguma companhiaenquanto você faz suas coisas.

Eu agradeço e ele me dá um sorriso desonesto. Um que me dizque vou agradecer em favores sexuais. Por mim tudo bem.

Tabitha e Brody já estão no palco, com scripts na mão.—Eu tenho que chegar lá. Christian, obedeça Joel.—Eu uso a

minha voz mais severa que cai em ouvidos surdos. No entanto,acho que Christian é tão apaixonado por Joel que ele fariaqualquer coisa que ele dissesse. —Eu estarei na frente se vocêsprecisarem de mim.

—Na verdade, eu estava pensando em poder levá-lo para casa,jogar uma bolinha até você terminar.

Os olhos de Christian se iluminam me dando muito poucoespaço para dizer não.

—Você tem certeza?—Sim, vai ser divertido.—Por favor, mamãe?—Sim, ok.Christian salta e Joel o pega e coloca seu corpinho debaixo do

braço, carregando-o como uma bola de futebol.—Quebre uma perna. —Ele começa em direção à porta levando

meu filho e meu coração de uma só vez.

JoelChristian fala um quilômetro por minuto enquanto eu o levo

para o meu carro. Conversando sobre o jogo de basquete que ele esua mãe participaram, perguntando se Ray Roadrunner estaria emminha casa e me contando como ele espera que ele cresça para sertão alto quanto eu. Estou abrindo a porta para ele quando a voz deKitty chama: —Ei, espere.

Eu me viro para vê-la correndo pelo estacionamento. Seiossaltando e cabelos balançando de um lado para o outro. Eu souviciado nessa garota. Eu não posso ter o suficiente, que é a únicaexplicação para eu aparecer aqui para cuidar de seu filho.

—Ele precisa de um assento de carro— diz ela sem fôlegoquando está na nossa frente.

—Oh. Certo.—Eu posso te dar o do meu carro ou... —O olhar travesso no

rosto dela tem minhas sobrancelhas levantadas.—Você quer trocar de carro?

—É mais fácil e mais rápido do que tirar do meu, arrastar parao seu... —Ela acena com as mãos ao redor como se mover oassento do carro é um assunto de dia inteiro. Eu vejo além de sualógica velada. Ela morde o lábio em uma tentativa de manter suaesperança e excitação aparecendo.

Eu soltei um suspiro, observando a minha sanidade flutuar comela. —Bem. Eu vou pegar seu carro.

—Sim!Ela passa as chaves e eu já me arrependo dessa decisão.—Tenha cuidado. —eu avisei.—Aww, preocupado comigo?—Preocupado com o meu carro. — murmuro para Christian e

eu vou para o carro dela.Quando chegamos à White House, eu paro no estacionamento,

observando os caras arremessando lá fora no velho aro. Wes temuma coisa pela velha placa enferrujada e borda que foi anexada aum poste de telefone antigo há cerca de um milhão de anos pelaaparência dele.

Eles olham para o carro e para mim com diversão. É a emoçãode Christian que me força a sair do carro.

—Bom passeio. —Nathan grita.Z cutuca-o nas costelas. —Você trouxe uma companhia.Christian agarra minha mão. Uma coisa tão simples que me

pega completamente desprevenido. Eu aperto a mão delegentilmente. —Você se lembra dos caras?

Ele balança a cabeça, mas ainda se segura. Lugar estranho,pessoas que ele só viu uma vez - sim, talvez este não tenha sido omeu plano mais bem pensado. Ajoelhando-me, encontro suaexpressão assustada, mas curiosa. —Nervoso?

Outro aceno de cabeça.—Eu sei que esses caras são meio grandes e feios. — eu digo

alto o suficiente para que os caras possam ouvir. Eles zombam deindignação fingida e Christian dá um sorriso. —Mas eles são legais.

Ele olha para eles e dá um pequeno passo à frente.—O que você acha de mostrar a esses caras suas habilidades de

bola louca de novo?—Eu o pego e coloco-o em meus ombros.

Wes entrega a bola para Christian. —Vá devagar com a gente.Os caras são todos bons em esportes, recuperando a bola

repetidas vezes para Christian e torcendo por ele arremesso apósarremesso. Em algum momento, Z leva Christian de mim e chuta aporcaria de todos nós com o quão bom ele está com ele. Christiansorrindo, muita felicidade irradiando do rapazinho. Ele e o grandehomem se unem contra o resto de nós, conversando todo o tempo,alto e claro.

Isto é divertido. Parece bom e certo. Faz-me imaginar uma vidacom eles. Ela lida com tudo isso sem esforço e quando estou comeles, não estou desejando estar em outro lugar. Como seria seKatrina e Christian fossem uma parte permanente da minha vida?Agito minha cabeça e afasto a ideia. Eu não posso nem pensarnisso. Ela merece alguém que pode dar tudo e eu simplesmente...não posso. Eu não vou. De novo não.

Meus pensamentos são interrompidos quando os pneusguincham e Katrina entra na garagem. Dirigindo meu carro comose ela o tivesse roubado.

Os caras riem.—Porrra. Não posso acreditar que você a deixou dirigir seu

carro. — diz Nathan. —Você está mal.

34Katrina

DIRIGIR O CARRO DE JOEL ME FEZ SENTIR PODEROSA.Ou talvez seja uma combinação de eventos. Joel aparecendo

para mim, um ensaio incrível, Joel me deixando dirigir seu carro -que era quase tão quente quanto de fato dirigir, e eu apenas pareina cena mais incrível.

Observando através do para-brisa, Zeke tem Christian em seusombros e o resto dos caras parecem estar tentando impedi-los,indiferentemente, de marcar. Honestamente, eu não tinha ideia doque Joel ia fazer com Christian quando ele se ofereceu para trazê-loaqui. Eu nem tinha pensado nisso, eu estava tão feliz por ele teraparecido.

Estou apaixonada por ele. Eu não sei quando isso aconteceuexatamente, mas eu finalmente admiti para mim mesma no minutoem que o vi enfiar meu filho debaixo do braço e se afastar como sefosse a coisa mais natural.

Zeke tira Christian de seus ombros e o coloca no chão enquantoeu saio do carro. Ele corre até mim, abraça minhas pernas e dizque está experimentando uma nova palavra e quer ouvir suaprópria voz dizer algo que ouviu. Eu arqueio uma sobrancelha paraJoel, cujo rosto fica em pânico. Os caras riem e só ouvemChristian.

—Porra. —ele diz novamente.—Muito legal pessoal.—Minha culpa. — diz Nathan quando Joel lhe dá um soco no

braço.Eu agacho para baixo ao nível dos olhos. —Essa é uma palavra

adulta.—Oh. — Seus olhos ficam grandes e redondos.Eu sinto Joel ao meu lado antes que ele se incline. —Foi mal

carinha. Nathan disse uma palavra feia, mas ele sente muito.Certo, Nathan?

Eu olho para cima para ver Nathan parado ali, esfregando anuca e olhando timidamente. —Desculpe por isso, Katrina. —Eleolha para Christian. —Apenas caras idiotas como eu usam essapalavra. Você é muito inteligente para isso, certo?—Ele oferece seupunho e Christian bate nele.

Satisfeito, Nathan se afasta deixando-me com Joel e Christian.—Desculpe. — ele diz baixinho, inclinando-se e beijando-me

suavemente nos lábios.—Eu não posso nem fingir estar com raiva. Eu ainda estou

muito empolgada por dirigir seu carro. Eu posso nunca devolver.—Nem pense nisso, boneca.Christian puxa ambos os nossos braços e nós o balançamos

entre nós.—Eu deveria levá-lo para casa. Obrigada por isso.Nós nos arrastamos desajeitadamente, nenhum de nós indo

embora.—Você vem?—Christian pergunta, finalmente dizendo à coisa

que eu era muito frouxa para perguntar.Um lado de sua boca se levanta e ele concorda. —Sim, se estiver

tudo bem para sua mãe. —Ambos se voltam para mim como sehouvesse alguma pergunta real.

—Sim claro.Um sorriso completo se estende em seu rosto. —Eu tenho treino

de manhã e um jogo fora de casa neste final de semana, entãoprovavelmente a última chance de ficar por alguns dias. Eu sópreciso pegar minhas coisas. Eu terminarei em alguns minutos.

Eu mordo minha língua para não expressar minha excitação deque ele esteja falando em termos futuros. Ok, não é exatamenteum compromisso para a vida toda, mas o fato de ele pensar queainda vamos sair na semana que vem é bom o suficiente para mim.Passos de bebê.

Eu sorrio e viro para sair, sentindo o melhor que eu tenho emtanto tempo. Parece-me o quanto isso é fácil. Realmente sou algona vida de Joel Moreno, eu acho.

Joel limpa a garganta atrás de mim e giro minha cabeça paraencontrá-lo sorrindo com a mão estendida.

—Tudo bem. —eu digo e entrego-lhe as chaves. —VamosChristian.

Ainda estou flutuando por aí imaginando quando a vida ficoutão boa quando Joel entrou no meu apartamento. Christian correaté ele e abraça as pernas como se tudo fosse parte de nossa rotinaantes de voltar para sua pizza.

Tentando não pensar demais, faço o mesmo. Pegando-me, masrindo de surpresa quando eu pulo em seus braços, Joel me levantacomo se eu não pesasse nada. —Eu poderia me acostumar comesse tipo de acolhida.

—Eu acostumei. —eu deixo escapar.Eu sinto seus braços tensos quando ele me coloca no chão.Eu luto, tentando colocar o que sinto nas palavras certas. —Eu

só quero dizer que passar tempo com você e passar o tempo nóstrês - você, eu e Christian - eu gosto e eu quero continuar fazendoisso. Eu sou totalmente para o que quer que seja. Admito que nãoesperava me sentir assim, mas estar com você me faz feliz. Isso fazo Christian feliz. Eu sei que tudo aconteceu meio rápido e nós nãofalamos muito sobre qualquer coisa, mas eu acho que estou me a...

—Pare.Eu encontro seu olhar. Na minha divagação, eu evitei contato

visual, a fim de esclarecer tudo, mas agora estou pensando quedeveria ter olhado mais cedo. Eu vejo o pânico e o remorsonaqueles profundos olhos castanhos.

Eu balancei minha cabeça, me sentindo tola. —Eu sinto muito.Eu pensei...

—Mamãe colocou seu prato ao lado do meu. — grita Christianda sala de jantar, interrompendo a minha humilhação.

Joel parece dividido entre ficar e se juntar a Christian. Eu meviro e vou para a cozinha tentando recuperar alguma aparência decompostura. Colocando a mão nos meus lábios trêmulos, eu fechomeus olhos e as lágrimas não cairão.

Eu posso ouvir Joel atravessar o apartamento e sentar ao ladode Christian, mas fisicamente não consigo me juntar a eles. Eu nãoposso sentar em frente a ele e fingir que ele não apenas esmagou ocoração que eu ofereci em uma bandeja de prata. Ou quase ofereci.

Não tenho certeza se é mais ou menos humilhante que eu nãotenha dito as palavras. Que tipo de cara impede uma garota dedizer que ela está se apaixonando por ele?

Eu sempre soube o que era isso. Eu sabia quem ele era, masum encontro se transformou em outro e outro, e em algum lugarao longo do caminho meu coração parou de receber o memorandode que isso era casual. Estar com Joel é fácil - muito fácil. Só issodeveria ter me mantido em guarda. Minha vida não é fácil e eu meorgulhei de fazer o máximo apesar disso.

Eu fico na cozinha, lavando a louça até que eu possa ver meureflexo, limpando os balcões, esfregando as portas sujas do armário- basicamente qualquer coisa que me mantenha ocupada.

—Tudo pronto?—Eu ouço Joel perguntar Christian.Ele entra na cozinha carregando os pratos dele e Christian, lava

e enxágua, antes de se virar para mim. Christian já mudou para apróxima coisa, empurrando carros ao redor da pista montada nasala de estar.

—Sinto muito. — diz ele. Nenhuma tentativa de suavizar ascoisas. Nenhuma falsa promessa. Apenas suas desculpas por nãome amar de volta.

—Não me desculpe. Eu fui arrebatada em tudo. Você me fazfeliz, meu filho feliz. A maneira que você aparece para nós, é, bem,é difícil não se apaixonar por você.

—Eu acho que você e Christian são ótimos e eu adoraria passarmais tempo com você, mas amor e relacionamentos são apenas...eles apenas não são algo que eu faço. Vocês dois merecem muitomais do que eu posso te dar. Acho que eu estava sendo egoísta meforçando a entrar em sua vida quando não posso ser o que vocêprecisa. É só... —Ele passa a mão pelo cabelo e murmura para ochão. — No estoy listo para rendirme.

Uma lágrima escapa e eu a limpo furiosamente.Ele coloca um dedo no meu queixo e traz seus lábios aos meus

no beijo mais suave que diz o adeus que eu sei que está chegando.—Não chore por mim, Kitty. —Ele recua os olhos atormentados,mas o queixo está definido. —Eu devo ir.

Eu aceno, não confiando na minha voz. Mais ainda, esmagando

meu coração, ele vai para Christian, se agacha e fala então eu nãoposso ouvi-lo. Christian sorri e depois bate os punhos de Joel comos seus. Meu filho está completamente alheio que este homem estásaindo de nossas vidas para o bem e eu tento ser feliz com isso.Melhor agora do que em seis meses ou um ano, quando Christianestivesse mais ligado.

Eu sigo Joel até a porta. Ele me envolve em um abraço,pressionando nossos corpos juntos e enfiando a mão no meucabelo. Eu quero ficar assim para sempre. Voltar no tempo emanter meus sentimentos dentro de onde eles pertencem.

—Losiento. Losiento mucho.

35Joel

JULHO, UM MÊS ANTES DA UNIVERSIDADE A BEBÊ MINKA SUZANNE nasceu na última semana de julho. Ela é

tudo. Tão suave e adorável e, eu inalo o topo de sua cabeça e meucoração se sente tão cheio, absolutamente perfeito. A vida éperfeita.

A universidade começa no próximo mês. Eu consegui umaforma para jogar basquete na Valley University. Polly está tirandoum semestre e depois quer ir à universidade de beleza para poderfazer as pazes. Ela é boa nisso. Mesmo dois dias depois de terMinka, ela parece impecável.

—Tem certeza de que não quer simplesmente morar comigo? Háum quarto vazio ao meu lado, podemos montar seu quarto de bebêlá. Além disso, teremos mais ajuda.

Polly termina de arrumar sua bolsa, dobrando cuidadosamenteas minúsculas roupas cor-de-rosa. —Não, eu não penso assim.Isso seria muito estranho - nós morando com seus pais. E seconseguirmos um lugar só nós dois?

—Eu não posso bancar isso. Minha bolsa de estudos sobrebasquete afirma que não posso trabalhar. E eu prefiro gastar meutempo livre com minhas melhores garotas. —eu pego nasbochechas rechonchudas da doce Minka e, em seguida, coloco-a nacadeirinha do carro.

—Ei, você comprou aquele balanço de bebê para o qual enviei olink?

—Não, nós já temos um balanço.Seu rosto cai. —Este é muito melhor. Ele desliza e balança.

Além disso, você pode fazer o upload de sua própria música e oassento funciona como uma cama. Temos que ter isso.

—Sim, claro, o que você quiser. —Este bebê jáé o humano maismimado de Valley.

Eu alcanço os formulários do hospital, meus olhos seprendendo no papel deitado em cima. —Não precisamos preencherisso antes de sairmos?

—Eu preenchi. —Ela limpa isso das minhas mãos. —Isso é umacópia.

—Você não preencheu a seção do pai.—Claro, eu preenchi. —Ela empurra os papéis dentro da bolsa,

fecha e entrega para mim. —Pronto para ir?Sua voz alegre demais faz com que cada nervo do meu corpo

fique alerta. —Você não vai me listar como seu pai? Eu sei que nãosomos casados, e eu estou legal com Minka tendo seu sobrenomeaté então, mas eu sou o pai dela.

O medo nos olhos de Polly arranca tudo em mim. —Eu sou opai dela, certo?

—Eu... —Sua voz racha.Eu olho para a minha linda filha, pele clara, olhos azuis escuros

com manchas de ouro que eu tenho certeza que vão ficar verdes.Ela será uma mini versão linda de sua mãe, mas ela é minha. Eusinto isso nos meus ossos.

—Polly?—Garganta espessa. —Ela é minha, certo?—Soa ridículoaté para os meus próprios ouvidos.

—Eu não tenho certeza.Meus joelhos cedem e eu me apoio na parede atrás de mim.Não tenho ideia de quanto tempo se passa enquanto fico de pé e

espero que a bomba acabe de explodir no meu peito.—Eu sinto muito. Eu te amo. Eu sinto muito, desculpa. —A voz

de Polly quebra o silêncio. Lágrimas escorrem pelo rosto deixandoum rastro de preto de sua maquiagem. —Foi apenas uma vez.

—Você dormiu com outra pessoa enquanto estávamos juntos?Eu procuro as palavras. Como eu não vi isso chegando? Polly e

eu tomamos cuidado toda vez que fizemos sexo. Eu sempre usoproteção, mas, porra, ela me traindo foi a última coisa que eupensei quando ela engravidou.

Como ela poderia ser tão enganadora, e eu nunca considereiisso uma possibilidade? Não havia sinais ou eu simplesmente osignorei? Cegado pelo amor. Caralho, amor.

Ela se aproxima e alcança minha mão. —Eu te amo.Eu recuo tanto nas palavras quanto no toque dela. —Você não

me ama. —Eu me afasto. Ela inala bruscamente, mas estou muitochateado para me importar que eu possa estar perturbando amulher que pode ou não ter tido meu bebê. Eu adicionarei isso àminha lista de arrependimentos mais tarde. —Você não poderia meamar e manter isso de mim por nove meses. E se... —Eu não possome forçar a dizer as palavras. E se ela não for minha?

Isso, o que quer que seja que Polly sente por mim,definitivamente não é amor. Ou se for, não é suficiente para mim.

—Foi apenas uma vez. — ela repete como se isso importasse.Uma vez que ela fodeu com outra pessoa enquanto alegava meamar. Eu não gosto de jogar, mas se eu fizesse, eu diria que aschances não são boas de que ela esteja dizendo a verdade. Elapoderia muito bem ter fodido toda a cidade, porque eu terminei.Não com Minka, mas com Polly. Não planejei criar um filhosozinho, mas não há chance de criar um com Polly. Eu não possonem olhar para ela.

—Você e eu ainda podemos ficar juntos. — ela insiste e empurracontra mim. —Era um cara que minha irmã conhece dauniversidade. Eu tinha bebido demais na festa de aniversário euma coisa levava a outra. Não significou nada. Mesmo que ele sejao pai, é com você que eu quero estar. Minka pode ser nossa,independentemente disso.

Ranjo meus dentes em frustração e coloco minhas mãos empunhos porque eu quero estrangular essa garota com cada novodetalhe que ela oferece.

Como eu poderia ser tão idiota? Como ela poderia ser tãoconivente? —Não. Você destruiu o amor que eu tinha por vocêquando você abriu as pernas para outra pessoa.

Minka é minha. Ela tinha que ser.Ela engasga com as minhas palavras duras. Eu me arrependo

imediatamente, mas eu não peço desculpas. Eu nunca envergonheialguém na minha vida, mas estou vendo vermelho e precisomachucá-la tanto quanto ela me machucou. Eu posso sentir meucoração endurecer e me afastar antes de dizer qualquer outra coisa

da qual possa me arrepender. Se isso é amor, foda-se. O amor éuma troca de poder. E a pessoa que mais ama - eles negociam todoo seu poder. E para quê?

Nunca mais. Eu vou assumir o controle da minha vida sobre oamor a qualquer momento.

Amor é besteira.

36Joel

— MORENO, o que diabos está acontecendo com você hoje?Eu balancei minha cabeça e limpei o suor da minha testa.A boca do técnico fixa em uma linha firme e ele aponta para a

linha lateral. —Sente-se. Johnson, você está de pé.Wes parece que pode falar quando eu passar por ele no topo da

quadra com a porra da prancheta e toalha seca na mão, mas eu odesvio. —Guarde isso.

Estou com raiva. Não, estou enfurecido. Comigo mesmo. Navida. Em cada maldita coisa.

Katrina me ama ou está se apaixonando por mim. Tenho certezaque esses são sinônimos. Como eu não vi isso chegando? É omotivo exato em que parei de deixar as garotas entrarem além daminha cama. Desde o dia em que Polly quebrou minha crença emamor e confiança, eu mudei. Eu me certifiquei de que minhasintenções fossem claras - apenas sexo, apenas diversão, deixaremoções fora. Foi mais fácil do que eu pensava até entrar naquelemaldito café.

Eu estava me enganando em pensar que eu poderia dançar aoredor das linhas com ela e Christian, mas no segundo que aspalavras deixaram sua boca, eu não me senti feliz - eu me senti empânico. Se eu lhe desse meu amor e ela o tratasse tãoimprudentemente quanto Polly, isso me destruiria. Isso memudaria além do reparo.

Porra.Lançando a bola para Johnson, dou outro passo em direção ao

banco e paro. Congelado no lugar enquanto o peso da realizaçãome atinge.

Polly não era minha Vesper. Katrina é. Katrina é minha Vesper.Meu peito já está apertado com o pensamento de não vê-la ou

Christian. Aquele garoto ficou debaixo da minha pele tanto quantoela. E se ela mudasse de ideia em um mês ou um ano? Não, não se

- quando. Assim como antes eu não teria controle - eles teriam idoembora e eu estaria destruído. Perder Polly me mudou, mas se euder meu coração para Katrina, vai me arruinar quando elaeventualmente for embora.

Sabendo que não posso ser o que eles precisam, que estãomelhor sem mim, merdas de dores. Saber que não estou disposto ame arriscar, a tentar, me faz sentir um covarde.

Abaixo minha cabeça e coloco uma toalha sobre mim, mecobrindo na escuridão. Meu próprio inferno suado pessoal.

Alguém se aproxima, e eu olho para o chão na minha frente,avistando um velho sapato estilizado, Jordan. O homem tem bomgosto em sapatos, vou dar isso a ele.

—Saia daqui. Vá para a aula, vá para casa, não ligo para o quevocê faz, mas fique de cabeça fresca.

—Estou bem. — eu resmungo irritado por ter sido mandadopara casa como uma criança.

—Não foi uma pergunta, filho. Eu não quero ver você atéamanhã de manhã. Temos sete dias até o torneio e preciso quevocê trabalhe bem.

Com um suspiro, paro e começo a andar em direção aovestiário.

—E Moreno. — chama o treinador e eu paro. —Amanhã euespero que sua merda seja arrumada ou você não vai sair daqui atéque esteja.

Quinta-feira chegou a ser o meu dia favorito da semana. Umaaula de comunicação que eu realmente gosto, seguida deeconomia, onde eu costumo passar os cinquenta minutos de auladando um jeito no que eu vou dizer para Kitty. Hoje eu apenas olhopara frente totalmente entorpecido até que a classe sejadispensada. Estou na porta do University Hall antes de perceberque meu corpo entrou no piloto automático.

Eu estou na frente incapaz de entrar, mas incapaz de sair semum vislumbre. Um grupo de pessoas entra o último segurando aporta para mim e eu passo através.

Prendendo a respiração, eu examino o balcão do café, exalandoquando não é Kitty que eu vejo, mas um cara. Eu entro na fila eespero, mantendo meus olhos abertos o tempo todo. Talvez elatenha se atrasado e esteja atrasada. Porra, eu não sei. Ela estásempre aqui.

—Posso ajudá-lo?—Cara que não é Katrina pergunta quando é aminha vez.

—Procurando por Katrina.—Ela não está aqui.Óbvio, Capitão.—Este é o seu turno. —Eu sigo firme. Seria mais fácil se eu

simplesmente perguntasse, mas eu não faço.—Ela está doente. Café?Agito minha cabeça e me afasto.Leva dez minutos para chegar ao seu apartamento do campus.Eu faço isso em seis.—Kitty abra. —Eu bato na porta e me encontro com o silêncio.

Paro, bato mais um pouco, puxo o meu telefone. Estou prestes aligar para ela quando a porta se abre.

—Joel? O que você está fazendo aqui?Em vez de responder, abro a porta e entro. Estou bem ciente de

que posso não ser bem-vindo, mas preciso explicar ou pedirdesculpas, ou foda-se, não sei, alguma coisa.

Eu abro minha boca para falar e, em seguida, tomo suaaparência. Cabelo bagunçado, círculos escuros sob os olhos. —Você está doente?

—Não, é Christian. Ele ficou acordado a noite toda.O que significa que ela ficou acordada a noite toda. O

pensamento, de que eu deveria estar aqui, passa por mim, masisso também não está certo. Ainda assim, eu odeio que elaestivesse sozinha. Ela não deveria ter que fazer isso sozinha.

Eu olho para o sofá onde Christian esta deitado, o cobertor emvolta dele, a lata de lixo ao lado dele.

—Como ele está?O olhar que ela me dá me diz que não tenho o direito de

perguntar, mas ela responde assim mesmo. —Ele está com febre e

não consegue segurar nada.Sua cabecinha se ergue um centímetro e o menor sorriso inclina

seus pequenos lábios.—Ei, homenzinho. —Eu cruzo para ele, me sentando no final do

sofá. —Ouvi dizer que você não estava se sentindo bem.—Minha barriga dói. — ele admite. —Você vai ficar e assistir

Bolt comigo?—Não queremos que Joel fique doente, amigo. —ela diz e o rosto

de Christian cai.Seria ruim se eu adoecesse tão perto do torneio, mas é a coisa

mais distante da minha mente.—Eu tive a minha vacina contra a gripe. Além disso, nunca fico

doente.Isso é verdade. Não me lembro da última vez que tive gripe.

Dedos cruzados.—Seu pai deve estar aqui daqui a pouco. — diz ela. Tenho

certeza que isso é para me assustar, mas eu não recuo.—Legal. Eu vou ficar até ele chegar aqui.Eu olho de volta para Katrina, não consigo ler a expressão em

seu rosto, mas ela encolhe os ombros dando-me permissão que eusei que é puramente para o benefício de Christian.

O homenzinho rasteja para mim, descansa a cabeça no meucolo e meu coração martela no meu peito possessivamente. Nósassistimos o filme em silêncio. Katrina fica longe, exceto parachecar a temperatura de Christian e instruí-lo a beber mais água.

Ela verifica seu telefone não menos que vinte vezes e eu tenhoque me perguntar se Victor está explodindo ela.

—Ele está dormindo. — eu sussurro baixinho quando Christianfinalmente adormece.

—Oh bom. —Essas são as primeiras palavras que deixaram suaboca sem atitude. Ela está na minha frente, querendo se aproximardele, mas também quer evitar me tocar.

—Você o quer em sua cama?—Sim, talvez ele durma por algumas horas. Ele ficou acordado

a noite toda—diz ela pela segunda vez.Eu fico com ele, tomo cuidado para não acordá-lo, e levo-o para

o seu quarto, coloco-o na cama, empurro o cabelo para trás datesta que ainda está quente ao toque. Eu sinto Katrina meobservando, mas eu não a deixo me apressar. Eu puxo o edredompara cobri-lo e canto baixinho a música que minha mãe cantavapara mim à noite.

—Buenas noches, Hasta mañana, que Juan Pestañasyava allegar. El viejito de lossueños bonitos cuentos te contará. Buenasnoches, Hasta mañana, que Juan Pestañasyava a venir. ¡Ponte tupijama y métete a la cama¡, porque ya es la hora de dormir.

Eu olho para ele mais um pouco antes de me forçar a sair.Katrina está sentada no sofá, pernas cruzadas sob ela, olhando

fixamente para mim, telefone na mão.—Victor está a caminho?Sua mandíbula tensa. —Ele estará aqui.Eu tento não deixar ela me intimidar enquanto me sento ao lado

dela. Ela está com tanta raiva, ou talvez machucada, e sei queestar aqui provavelmente está dificultando as coisas, mas estoutendo muita dificuldade para ir embora.

—Sinto muito pela noite passada.—Está tudo bem. Você não pode mudar como você se sente. Ou

não sente. — acrescenta ela.—Eu faria qualquer coisa por você ou por Christian. Isso me

mata porque eu não estava aqui ontem à noite quando vocêprecisava de mim, mas eu não faço a linha de amor erelacionamentos, então estamos apenas atrasando o inevitável. Eume importo muito com você para fazer isso com você ou ele.

—Por quê?Determinada e irritada é um lado de Katrina que eu não vi

antes. Ela é assustadora pra caralho.—Eu simplesmente não sei. Por que isso importa?—Não, isso não é bom o suficiente. Eu quero saber por quê?—A última vez que estive em um relacionamento acabou

horrivelmente. Não é um caminho que eu quero trilhar novamente.—No ensino médio? Quão ruim poderia ter terminado?—Do jeito

que ela diz, eu sei que ela está imaginando meus dias do ensinomédio de forma diferente da dela. Fácil - o jeito que minha vida é

agora. Fácil tem um custo. O preço, conexões profundas esignificativas.

—Minha namorada do ensino médio engravidou.Sua boca forma um O e eu praticamente posso vê-la tentando

adivinhar o que poderia ter acontecido.—Por meses ela me deixou acreditar que seríamos uma família.

Eu estava todo dentro. Eu teria feito qualquer coisa por elas. É porisso que fiquei tão chocado quando a bebê nasceu, e minhanamorada me disse que não tinha certeza se era minha. Eladormiu com outra pessoa enquanto estávamos juntos e não podiater certeza. Teria sido um conhecimento útil antes de eu seguraraquela menina em meus braços. Ela não era minha, é claro, maspara aqueles meses que antecederam a isso e aqueles dois diasdepois que ela nasceu quando eu pensei que ela estava... Eu aamava tanto. —Porra, se eu me concentrar bastante, eu juro queainda pode cheirar o topo de sua cabeça recém-nascida. A vozcomo cascalho, eu me forço a continuar. Se a Katrina não merecemais nada de mim, ela merece a verdade. —Eu nunca vi issochegando.

Katrina fica quieta, seus lábios puxados em uma carrancatriste.

—Eu te admiro, Kitty. Eu sei o quão corajosa você foi para terChristian e criá-lo basicamente por conta própria. Eu só... —Minhavoz racha e eu fecho meus olhos enquanto digo as palavras. —Eujurei nunca mais chegar tão perto de alguém. Não me colocar emuma posição onde eu não tenha controle sobre a situação. E comChristian na foto, isso torna tudo muito mais difícil para mim. E seas coisas acabarem mal para nós? Perder vocês dois, eu apenas...

—Sinto muito que ela tenha feito isso com você. Isso érealmente uma merda.

Uma risada áspera ressoa no meu peito. —Sim.—É o que faz Joel, ser Joel.Eu travo meus molares. As ações de Polly me fazendo quem eu

sou é besteira. Eu segui em frente. Exceto, apenas o pensamentodela me deixa tão bravo que não consigo enxergar direito. Estouchateado com uma garota que não vejo há quase quatro anos e por

mim mesmo por me apaixonar por ela em primeiro lugar. Eduplamente chateado e fodendo com o que provavelmente é amelhor coisa que já aconteceu comigo.

—Mas, Joel, não há garantias. Não para você. Não para mim. Oque ela fez foi horrível, mas você realmente quer passar o resto dasua vida sem confiar em alguém o suficiente para deixá-los entrar?Você merece muito mais. E eu também.

Uma batida na porta quebra o momento e Katrina vai atenderenquanto eu fico em pé e tento apagar todas as emoções que Kittytrouxe em mim. Eu tenho que sair daqui. Eu me movo para a portae o homem caminhando dentro me olha com cuidado. Katrina olhaentre nós.

—Victor, este é Joel. Joel, este é o pai de Christian, Victor.Christian grita e Katrina caminha em direção ao seu quarto. —

Eu volto já.Eu ofereço minha mão para Victor. —É bom conhecer você.

Você tem um ótimo filho.—Sim, eu sei. — diz ele, não soltando a minha mão além do

ponto de ser educado. Eu libero, deixando-o ter a vantagem.—Bem, eu deveria ir. —Eu me movo na direção que Katrina foi.

—Diga a eles que eu disse adeus.—Certo cara.Eu passo em direção à porta e depois volto. —Cuide deles. E eu

sei que não é o meu lugar, mas Katrina é o tipo de garota que nãopede ajuda mesmo quando precisa. E ela precisa disso - elesprecisam de você. Você deveria ter estado aqui, mas você sabedisso.

Sabendo que ultrapassei meus limites, dou-lhe um breve acenode cabeça e saio.

37Katrina

TODO O CAMPUS está falando sobre o jogo hoje à noite. Inundaçõesazuis e amarelas da Universidade Hall. O café tem estado ocupado,alunos e professores recebendo antecipadamente sua cafeína atétarde da noite assistindo à primeira rodada do torneio.

Uma semana. Sete dias. Dias excruciantes e longos sem Joel.Ele não mandou uma mensagem, não que eu esperasse que elefizesse. A fantasia acabou oficialmente.

É a primeira quinta-feira, fora dos feriados e das fériasescolares, que Joel perdeu, e não posso deixar de pensar se eleteria vindo mesmo se não estivesse em Salt Lake City.

Gabby aparece na parte de trás do balcão. Estou tão feliz em vê-la que me concentro e faço os quatro pedidos na frente dela seremfeitos rapidamente.

—Ei!—Eu digo quando ela finalmente está no balcão. —O quevocê está fazendo aqui?

Ela não está tendo aulas no campus, então a presença delasignifica que ela veio me ver.

—Eu queria convidar você para o The Hideout hoje à noite. Éminha primeira noite trabalhando sozinha e Blair, Vanessa ealguns dos caras do beisebol estão vindo assistir ao jogo. —Elaolha para mim esperançosa. —E por apoio moral. Por favor?Preciso de pelo menos uma mesa que sei que não vai gritar comigo.

Gabby tem um jeito de puxar sorrisos de pessoas sem querer eeu sinto o primeiro estalo de um sorriso sincero desde que Joelpartiu meu coração.

—Claro, eu estarei lá. Christian está com Victor neste fim desemana.

E eu poderia usar a distração. Sei que não poderei assistir aojogo e assistir ao jogo só pode levar a pensar em Joel. Como se eutivesse feito qualquer coisa, mas isso na semana passada.

—Ótimo. Obrigada. —Ela se inclina sobre o balcão e abraçameu pescoço. —Meu turno começa às seis.

O resto do dia passa sem muita demora na minha semana demerda, e quando o jogo começa e eu estou sentada entre Blair eClark, um amigo de Mario do time de beisebol, eu quase me sintobem.

Quase.Parte de mim está animada para ver Joel nas telas planas

coladas em todas as paredes. Exceto que não é o verdadeiro Joel. Éum imitador solene e derrotado. Quando a campainha do intervalosoa e os locutores começam a discutir a primeira metade do jogo,eu percebo que ele está tão infeliz quanto eu e isso mostra em suaperformance menos que estelar.

Talvez seja estupidez da minha parte não estar pulando deacordo com esse conhecimento, mas se Joel não vai ficar comigo,eu quero que ele volte para o cara charmoso e tranquilo que euansiava. Eu não quero nem preciso da dor dele. Certamente nãofaz a minha própria miséria parecer melhor por ter companhia.

—Isso deveria ser um jogo fácil. — diz Mario quando Gabby trazuma nova rodada para a nossa mesa.

Ainda estou chocada que Gabby tenha aceitado um emprego noponto de encontro mais popular da universidade. Metade do tempoela está se escondendo atrás de seu cabelo esperando que ninguéma notará, mas não há como esconder seu lindo cabelo loiro e suabunda incrível. Aquele Clark, que abençoe seu coração, tentoudizer isso como um elogio, mas mandou Gabby correndo de voltaatrás do bar.

O resto da mesa fala no jogo, mas eu paro de ouvir e pego meutelefone.

Eu sei que há pouquíssima chance de que os caras passem otempo checando seus telefones, mas eu conheço alguém que podesimplesmente passar uma mensagem para ele.

JoelO paletó do treinador é jogado sobre uma cadeira e ele está

puxando a gravata. Que merda de primeiro tempo. O Golfo da

Flórida está jogando a metade de suas vidas, mas mesmo assim,nós deveríamos estar destruindo-os. Shaw, nosso novato, estásobrecarregado em seu primeiro jogo de torneio e estou jogandotijolos.

Deixar de lado as distrações e focar no presente é algo que osatletas aprendem a fazer quando chegam a um nível competitivo. Énecessidade. Para alguns jogadores, eles trocam de marcha e sãocapazes de deixar tudo fora da quadra, alguns usam dias ruinspara alimentar sua motivação. Para ser honesto, nunca preciseidesenvolver um mecanismo de enfrentamento. Depois de Polly,desliguei essa parte do meu cérebro, não apenas quando estavajogando bola, mas o tempo todo. Até o Katrina.

—Moreno. —a voz do treinador me puxa para fora dos meuspróprios pensamentos. —Vou deixar você começar o segundotempo, mas eu tenho Johnson de prontidão, se você não conseguirjuntar tudo.

Espetacular.Z me cutuca, me dando uma conversa silenciosa com seu olhar

sério.O técnico nos dá as ordens finais para o plano de ataque, e nós

estamos de volta para a quadra.—Hey. —Wes movimentos com a cabeça e eu volto.—Cara, eu juro por Deus se você me der outra conversa sobre

coração, eu vou perder a minha merda.Ele ri. —Porra, eu preciso de material novo. —Ele me passa seu

telefone. —Eu acho que isso é melhor do que o que eu poderia terfeito.

Confuso, mas intrigado, eu pego o telefone dele e vejo um textodo Katrina.

Wes me dá tapinhas nas costas. —Vejo você lá fora, cara.Sento-me no banco em frente aos armários e ponho uma toalha

sobre a testa. Solto um suspiro e leio.Kitty: Se você está lendo isso depois do jogo e perdeu, bem, pare de ler. Mas

na chance de desistir, Wes é capaz de conseguir isso para você no intervalo, aquivai…

Você disse uma vez que eu era o seu amuleto da sorte. Eu não sei se você

estava dizendo a verdade ou não, mas há toda uma gama de pessoas no TheHideout prestes a tumultuar, então aqui está a esperança.

Eu dei uma consideração cuidadosa e decidi ir com a sabedoria de alguém queeu conheço que você mesmo ouvirá. Pronto? Os vencedores querem a bola. Sim, éisso. E se isso não funcionar, então apenas saiba, por qualquer que seja o valor, euacredito em você.

Leio três vezes antes de ficar de pé, sabendo que preciso sair,mas querendo que suas palavras me motivem. Muitas perguntas epensamentos de Kitty me chamam a atenção, mas demorará algumtempo para decifrar o modo como me sinto em saber que ela estáde pé, mesmo quando eu lhe dei todos os motivos para não fazê-lo.

Wes está me esperando do lado de fora do vestiário. Deveria teradivinhado. Ele me olha de cima a baixo com cuidado. —Você estábem?

Eu entrego o telefone para ele. —Sim, tudo bem.O som da banda tocando “Tequila”, o eco das bolas de basquete

batendo no chão de madeira, eu deixei acalmar algo dentro de mimque eu não era capaz antes da mensagem de Katrina.

Quinze mil fãs estão aqui. É para isso que eu vivo - fazer o queamo diante de milhares de pessoas. Dando-lhes algo para esperar,para torcer. Por duas horas, eles conseguem deixar tudo para trás.É mais que um jogo. É uma chance de fazer parte de algo maiorque eu.

Wes puxa a prancheta seca que ele segurava sob um braço eolha para o que parece ser uma lista. Uma longa lista.

—Tenho algumas anotações para mim, treinador Dubya?Ele sorri. —Pensando que você deveria atacar a cesta desta

metade.Eu jogo a minha melhor bola do lado de fora - tiros longos,

saltadores e desbotamento - esse é o meu movimento deembreagem. Eu sou muito bom no desvanecimento. Melhor. Naquadra e fora. Você não pode proteger alguém que atira eretrocede. Você simplesmente não pode. Eu apostei meu futuro eminha vida pessoal nesse único movimento.

—Mas eles têm Louis baixo. O homem é uma parede de tijolos.—Sim, e é por isso que eles não estão esperando por isso. Acho

que você pode tirar duas ou três boas viagens dele antes de seajustar e começar a olhar para Z e Malone. Não precisa quefuncione a noite toda, apenas para chacoalhar e ganhar algumimpulso.

Florida Gulf é um time de quinze anos - ninguém esperava quenos desse problemas hoje à noite. Wes está certo, se conseguirmosalgum impulso e jogá-los fora, eles provavelmente vão desmoronar.

—Tudo bem. Longe de mim ir contra seus anos de experiênciacomo treinador.

O alívio suaviza suas feições. —Tudo bem então. Vamos ter umjogo.

Sim, vamos jogar.

38Joel

O CAMINHO para o aeroporto é tranquilo. Conseguimos a vitória,mas foi um alerta para a rapidez com que a temporada terminaria.Mesmo que por algum milagre nós voltemos aqui ano que vem, eusei que não será o mesmo sem Z. Ele me fez trabalhar mais espertoe me esforçar mais. Brincar com um cara de talento nos faz parecermelhor porque nos esforçamos para ser melhores.

Wes me cutuca enquanto estou prestes a fechar os olhos. —Bom trabalho lá fora.

—Sim, você também. Eu sei que eu dou a você uma merdasobre ser treinador, mas você ainda tem que nos levar. E você nemprecisou dar o coração para falar.

—Não precisava, alguém me bateu primeiro.Katrina.Wes e eu quase sempre sentamos um ao lado do outro em

passeios de ônibus. Wes nunca admitiria isso, mas eu acho que elegosta de como eu não sento e fico como ele ou Z. Eu nunca tive umproblema em falar o que pensava, tirar as coisas do meu peito. Masesta noite, eu estou perdido na minha cabeça e ele parece sentirisso.

—Então, ela é seu amuleto da sorte, hein?Fodido, ele leu a mensagem.Como se estivesse lendo meus pensamentos, ele diz: —Tive que

me certificar de que não iria mexer com a sua cabeça. Eu gosto dagarota, mas não o suficiente para jogar um campeonato nacionalcom suas palavras de sabedoria.

—Sim, eu acho que ela é.—Você sabe qual é o seu problema?—Wes vira seu corpo em

minha direção, e eu gemo. Apenas o que eu estava esperando, umarevisão crítica do meu desempenho de merda.

—Qual é?—Eu pergunto secamente, apenas o humilhandoporque eu sei que o caminho mais rápido para frente não é resistir.

—Você acha que a fuga é o seu único movimento. Não é.—Tudo bem, eu vou aceitar. Que diabos isso significa?—Isso significa que você é um dos melhores jogadores de

basquete que eu conheço. Você não precisa ficar com seusmovimentos de assinatura. Tente coisas novas, arrisque. Você foiincrível esta noite.

—Obrigado, cara.—Enquanto estou dando o conselho, me sinto compelido a dizer

que acho que você poderia fazer o mesmo fora da quadra.Ah, aí está. Eu sabia que essa conversa estimulante se prestaria

a uma intervenção pessoal.—Você pareceu feliz no mês passado. Eu realmente não percebi

isso até você não perceber. Quer dizer, você sempre foidespreocupado e a vida de festas, mas desde Katrina, vocêsimplesmente parecia... feliz. Porra, eu não sei como explicar isso.Desculpe se eu não apoiei no começo. Eu estava errado.

Eu fui feliz. Um tipo mais profundo de felicidade que eu esquecique existia, se eu for honesto. Mas isso não significa que eu querome inscrever para a inevitável bola de demolição em um mês ouseis, quando as coisas quebram e queimam.

—Qualquer que seja a merda que você está lidando, eu nãoacho que foder toda a população feminina do Valley vai ajudar.Especialmente não agora.

Eu resisto a revirar os olhos. Apenas ruim. —Não é terapiasexual. Eu apenas gosto de mulheres.

—Me deixe perguntar, quantas mulheres você fodeu no últimomês?

Eu ranjo meus molares.—Não significa nada.—Bem. Mas você está livre agora, certo? Obviamente, você e

Katrina terminaram pelo seu humor de merda. Então, posso suporque você enviou uma mensagem para várias garotas para ver quemestá disponível quando voltarmos para uma pequena vitória comseu pau? Já que vocês dois não são uma coisa, não deve ser umproblema.

É verdade que é o que eu teria feito no passado e o idiota sabe

que não mandei mensagens para ninguém. Eu mal toquei no meucelular nos últimos dias porque toda vez que faço isso, eu queromandar uma mensagem para Katrina e sei que não posso. E ostextos dos caçadores de Jersey vêm em sucessão constante, maseu não li nenhum. Deus, eu odeio quando ele está certo.

—Você terminou?—Pergunto e pego meus fones de ouvido paraque eu possa bloquear qualquer tentativa de conversar.

Ele sorri docemente como se soubesse que ele fez o que queria.

39Katrina

JOEL e a equipe não apareceram na universidade desde ocomeço do torneio. Eu não o vi, e nós trocamos apenas algunstextos, todos sobre os jogos. Este fim de semana é a Final. É o fimde semana de Victor com Christian, mas Christian realmentequeria que todos nós assistíssemos ao jogo juntos, então eu estouna casa de Nadine entre o meu filho e o pai dele no sofá do andarde baixo - nunca pensei que isso aconteceria honestamente.

Enquanto a câmera se aproxima de Joel, Christian salta eaplaude. Os locutores falam sobre como seu desempenho estanoite será fundamental para uma vitória no Valley e meu estômagoestá em um nó.

Victor me oferece uma tigela de batatas fritas e eu balançominha cabeça. —Não, obrigado, eu não sou muito do tipo batatafrita.

—Mesmo? Eu não sabia disso.Há muitas coisas que não sabemos sobre o outro, mas apontar

isso dificilmente parece produtivo. Victor tem tentado mais. Ele nãoestá atrasado ou perdeu um encontro e ele realmente foi a um dosjogos de futebol de Christian. Desde que Christian estava doente eeu liguei para ele, tem sido diferente. Talvez ver seu filho tãovulnerável finalmente chegou até ele.

—Eu tenho uma ideia. — eu digo, assistindo Joel na TV.Quando eu olho para ele, Victor me olha com desconfiança.

Justo desde que eu não tenho sido a pessoa mais fácil. Minha raivae amargura sobre a ausência dele não são sem mérito, mas eucertamente não ajudei a questão, segurando-a sobre a cabeça eagindo como uma rainha de gelo ao seu redor.

—Vamos jogar sete perguntas. Você me faz sete perguntas quequiser e eu farei o mesmo.

Puxando um movimento de Joel Moreno. Funcionou para nós,talvez ajude com Victor - menos os beijos e carícias. Não há

absolutamente nenhuma química entre Victor e eu agora. Eleainda é atraente, cabelo loiro e olhos azuis com cílios longos eescuros para os quais as mulheres matariam. Mas ele não érealmente meu tipo. Naquela época eu não sabia que tinha umtipo. Victor tinha sido legal e confortável.

—Tudo bem. Sim, é uma boa ideia.Nós nos encaramos por um minuto, nem fazendo um

movimento para ir primeiro.—Vou pegar um pouco de álcool para isso. Você gosta de

cerveja?—Cerveja é bom.Victor desaparece pelas escadas e eu puxo um Christian se

contorcendo no meu colo. —Como está o time?—Bom. — Ele sorri de orelha a orelha. —Talvez se eles

ganharem, podemos comer pizza com Joel de novo?Ele olha para a ideia que eu não consigo fazer nada, mas aceno

quando ele pula do meu colo para ficar na frente da TV.—Tudo bem. — diz Victor, descendo as escadas com quatro

cervejas, duas em cada mão. —Pronto?Nos acomodamos no velho sofá de couro, de frente um para o

outro. Eu me inclinei para trás contra o braço e Victor do outrolado apoiado no joelho.

—Comida favorita?—Eu pergunto e tomo um gole da Bud Light.—Pizza.—Christian também.Ele olha para o nosso filho e sorri. —Sua?—Cheese burgers. Banda favorita?—Tupac.—Ele pisca um W com a mão esquerda no símbolo do

lado oeste e eu rio. Eu não o atrelei a um rapper antigo.Nós disparamos perguntas de um lado para o outro, nenhum de

nós contando e parando apenas ocasionalmente para acompanharo jogo. Valley está liderando e Joel parece bem. Não, ele pareceótimo. Christian salta entre um pé na frente da TV, torcendo epulando no sofá entre nós.

—Eu tenho uma pergunta. — diz Victor, puxando minhaatenção da TV. —O que está acontecendo com você e o cara do

basquete?—Ele aponta para a TV.—Oh. Nada.—Vamos lá, estamos compartilhando.—Ele estava me ajudando com a minha peça, e nós fomos a

alguns encontros. É isso. Estamos em lugares diferentes. Ele nãoestá procurando um relacionamento, e eu estou. Foi estúpido meenvolver. —Eu dou de ombros. —E você? Você está namorando?

Ele sacode a cabeça. —Não. Eu quero dizer um pouco nauniversidade, mas nada sério.

Nós caímos em um silêncio confortável, olhando para a TV,embora seja meio tempo e não há realmente nada para ver. Valleyestá em dez e os anunciantes parecem bastante confiantes de quepodem ganhar desde que não percam a cabeça no segundo tempo.

A câmera aproxima-se de Joel e Z voltando para a quadra.—Eu acho que você está errada sobre ele. —diz Victor. —Todo

mundo, mas ele que me disse que eu precisava dar um passo. Elenão faria isso se não tivesse interesse.

—Espere o que? Quando?—Isso não soa como Joel. Ou bem, naverdade, mas ainda estou surpresa.

—Aquele dia no seu apartamento. Antes de sair, ele me dissepara dizer adeus e que você não pediria ajuda, mas precisavadisso.

Eu me encolho porque Victor e eu finalmente estamosconversando, e eu não quero que isso acelere as coisas antes quenós mal tenhamos progredido.

—Ele estava certo. Quer dizer, eu fiquei puto no começo, e é porisso que eu não mencionei isso antes, mas eu pensei sobre isso,então recebi a mesma conversa da minha mãe, então eu percebique ele provavelmente não estava falando algo errado.

Eu rio sem jeito e ele se junta.—Eu sinto muito. — eu digo, embora eu não tenha certeza

exatamente do que estou me desculpando - por deixá-lo chegar aum ponto em que outras pessoas precisavam intervir? Eu deveriater sido a única a falar com ele sobre isso.

—Não, eu que sinto. —Ele brinca com o lacre de sua lata,empurrando-o para um lado e depois para o outro. —Me desculpe

por ter saído. Quando Christian nasceu, parecia que vocês nãoprecisavam de mim. Mesmo quando ele estava aqui, mamãeprincipalmente adorava ele. Ela assumiu e eu deixei. Então,quando ele ficou mais velho, eu mal o conhecia. Não sabia o queele gostava ou precisava, e ele sentiu isso.

Estamos quietos e não consigo pensar no que dizer. Eu nãosabia nada disso. Não tinha perguntado - sempre assumi que erapuramente egoísmo que o mantinha longe.

—Christian é um bom garoto. —eu digo e nós dois olhamos parao nosso filho que perdeu o interesse no jogo e está rolando apequena bola de basquete que Joel deu a ele ao redor do porão. —Vocês só precisam de mais tempo juntos. Ele está entendendo issoagora e acho que tem sido bom para ele.

—Sim, ele é um bom garoto. Eu não posso levar nenhum créditopor isso. Foi tudo você. Obrigado por isso e por um milhão deoutras coisas.

Talvez seja só isso que eu precise ouvir - o reconhecimento deque fiz bem e que ele percebeu, porque todo o ressentimentopersistente que eu mantive nos últimos três anos desaparece comessa afirmação. Espero que isso seja realmente um novo começopara todos nós.

—Além disso, pelo que vale a pena, acho que você deveria dar aocara uma chance real. Ele definitivamente tem o selo de aprovaçãode Christian.

—O que você quer dizer com uma chance real?Victor sorri. —Não o afaste no primeiro estrago. Parece que você

já se decidiu por ele. — Ele levanta as mãos defensivamenteenquanto abro a boca para protestar. Joel fez sua mente esentimentos muito claros. —Olha, eu sei que não tenho espaçopara falar quando se trata de autodesenvolvimento, mas suatendência é se fechar, morder sua língua e fazer barulho emsilêncio. Essa e minha falta de bolas é a razão pela qual esta é aprimeira vez que tivemos uma conversa real em três anos.

—Eu não posso forçá-lo a sentir algo que ele não sente. Emesmo se ele sentisse o mesmo, e se ele não puder ser o que eupreciso?—Eu expresso minhas verdadeiras preocupações em voz

alta. Ser responsável por um humano minúsculo significa que nãoposso ser nem aceitar menos do que mereço, mesmo que ache queestaria disposta a aceitar qualquer coisa que Joel me desse se ascoisas fossem diferentes.

—Então pelo menos você pode seguir em frente sabendo quevocê deu tudo de si. Mas agora, olhando para você, eu sei que vocêainda está esperando que ele mude de ideia. Talvez ele tenha asmesmas reservas.

O jogo termina tarde e, por insistência de Nadine, me vejo noquarto de hóspedes passando a noite. Valley venceu, e eumantenho meu celular no meu rosto debatendo em mensagenspara Joel. Eu não posso acreditar que estou prestes a aceitar oconselho de Victor, de todas as pessoas.

Eu: Parabéns pelo jogo! Christian e eu assistimos. Nós estaremos torcendo porvocê na segunda-feira!

Meu telefone toca um minuto depois com um vídeo chamada.—Hey. — eu respondo, com o coração na garganta quando o

rosto de Joel aparece na tela. É a primeira vez que o vejo emsemanas.

—Ei você. —Ele sustenta uma mão atrás da cabeça, e eu possodizer que ele está deitado na cama.

—Você não deveria estar comemorando?—Eu vou celebrar segunda-feira à noite quando vencermos. Até

lá, durmo, pelo basquete.Eu ouço Nathan resmungar ao fundo e Joel o vira. —Eu tenho

que ir, Kitty, só queria ver seu rosto. Diga ao homenzinho que eudisse oi.

—Eu vou. Boa noite.Ele sorri para o telefone, o sorriso arrogante que eu me

apaixonei e meu coração aperta. —Noite, Kitty.

40Joel

AS LÁGRIMAS DE Z misturaram com as minhas. Estou chorandocomo um bebê e nem me importo. Nós ganhamos. A Universidadede Valley tem seu primeiro troféu de campeonato de basquete daNCAA e nossa equipe fez algo com o qual cada um de nós sonhou.

Nós nos revezamos cortando a rede em entrevistas apósentrevistas. É o melhor tipo de insanidade. O maior momento detoda a minha vida, que nunca vou esquecer. Meus pais e irmãsestão olhando para baixo de seus assentos e há um conforto esenso de satisfação que flui junto com a emoção.

Já é tarde quando a platéia vai embora, tomamos banho evamos para a mesa de mixagem para jogadores, familiares e quemquer que seja considerado importante o suficiente.

—Parabéns. —Michelle se move para mim primeiro e me abraçacom força. Ela está coberta da cabeça aos pés em azul e amarelo.Tanto orgulho de Valley atravessa seu sangue, não há dúvida deque ela vai ser uma orgulhosa estudante da universidade assimque ela se formar no ensino médio.

Bree não me abraça, mas sorri e me diz que foi um bom jogoque é o que posso esperar dela. Ela está se formando no ensinomédio este ano e já declarou alto e claro que vai a qualquer lugar,menos à Valley. Ela não aplicou em nenhum outro lugar, entãoestou chamando de besteira.

—Estamos muito orgulhosos de você. —Minha mãe coloca asduas mãos no meu rosto antes de me puxar para ela. — Estamosmuy orgullosos de ti. Siempre.

Eu lembro que Nathan está atrás de mim, sua família nãopoderia estar aqui, e eu percebo o quanto deve ser ruim não terninguém aqui. Eu me viro para ele e envolvo um braço ao redor deseus ombros e o puxo para o círculo antes de soltar meu braço. —Enós temos outra chance de voltar aqui no próximo ano.

—Foi um inferno de um ano. Um que você tanto deveria se

orgulhar. — meu pai diz em sua voz oficial de presidente da Valley,mas depois suaviza quando ele diz:—Não gaste muito tempocomemorando antes de voltar ao trabalho para a próximatemporada.

Nathan sorri e ergue o braço e batemos os punhos. Fazemos asrondas, cumprimentamos os colegas de equipe, as famílias equalquer outra pessoa que queira um momento do nosso tempo - oque parece ser todo mundo.

Quando posso me esgueirar, checo meu telefone. Ainda nada deKitty. Com cerca de um milhão de pessoas dando tapinhas nasminhas costas e me parabenizando pela minha contribuição para avitória, são as palavras dela que eu quero mais do que qualqueroutra pessoa. Ela me mandou uma mensagem de boa sorte antesdo jogo, com os rostos dela e de Christian juntos, e eu poderia dizerque ambos estavam usando as camisas da Valley.

Nathan caminha enquanto estou olhando para a foto equerendo que Kitty ligue ou mande uma mensagem. —Você estápronto para a festa?

Eu concordo. —Sim, pronto para sair daqui com certeza. Eupreciso dizer adeus à minha família.

Nathan aponta para Shaw e Malone que estão ao lado da porta.—Quer que esperemos por você?

—Não, continuem. Eu vou sair.Minha mãe e minhas irmãs não estão à vista, mas vejo meu pai

e vou até ele.—Estamos indo. Obrigado por terem vindo. Significa muito.Ele coloca a mão no meu ombro. —Você se tornou um bom

homem. Trabalhando duro, sendo inteligente, leal. Em nenhumoutro lugar eu prefiro estar. Presidente da Valley ou não.

Tocado por suas palavras, mas sentindo-me desajeitado como oinferno com toda a atenção que meu talento e caráter adquiriramesta noite, eu mudo de assunto. —Onde mamãe e as garotasforam?

—Ao banheiro. —Se é algo como a viagem que elas fizeram nointervalo, eu não esperaria que elas voltassem tão cedo. —Vá. —elefaz movimentos com a cabeça. —Nós vamos ver você quando voltar

para casa.Não é necessário mais nenhuma alerta, eu saio e ligo para

Katrina assim que estou longe o suficiente do barulho que achoque poderei ouvi-la.

—Alô. — ela responde com voz rouca, obviamente acordada dosono.

—Ei.—Parabéns. —Eu posso ouvir o sorriso em sua voz.—Obrigado.Há silêncio por muito tempo, mas estou com uma perda total.

Para alguém que ligou para ela, estou fazendo um trabalho demerda em falar. Todas as coisas que eu quero dizer e nenhumadelas parece bem via telefone.

—Eu ia mandar uma mensagem ou ligar, mas achei que vocêestaria comemorando com a equipe. —Ela boceja.

—Ainda poderia estar. Você sempre pode ligar.—Christian te desenhou um retrato. Eu prometi a ele que te

daria quando você voltar.De alguma forma, isso parece melhor do que o troféu que

aceitamos anteriormente. E obrigado, homenzinho, por forneceruma ótima desculpa para vê-la.

—E você? Você me desenhou um retrato?Sua risada suave faz meu sorriso crescer. —Não, mas eu tenho

café e muffins sempre que você quiser.—Isso parece bom. —Exceto que não. Relembrar nosso tempo

juntos de volta ao café onde o balcão serve como um limite literal emetafórico entre nós não é suficiente. É o que eu mereço o que eudisse a ela que queria, mas isso não é mais suficiente. Osvencedores querem a bola. Eu quero a bola.

Eu quero Katrina.

KatrinaEu bocejo enquanto encho outra xícara de café. Eu não fui

àúnica que ficou acordada até tarde para assistir ao jogo a julgar

pela longa fila que tem sido constante desde que o café abriu.Tabitha é a próxima da fila e ela avança com o que parece ser a

maquiagem de ontem embaçada sob os olhos dela.—Você também, hein?—Ela recebe meu primeiro sorriso real do

dia, porque o sorriso leva muita energia para aqueles que nãoprecisam dele hoje. —Parece que toda a universidade estáfuncionando com três horas de sono.

—Menos do que isso. —diz ela e cai sobre o balcão. —Brody e euestávamos acordados quase a noite toda ensaiando. Falando nisso,eu estava pensando em você no caminho.

Eu pego uma xícara de café grande e ela balança a cabeça. —Dois.

Eu pego um segundo café e encho quando pergunto: —Por quevocê estava pensando em mim?

—Brody e eu queríamos ter certeza de que você irá olhar osacessórios do traje. Eles devem ter os cenários prontos também.Deus, não posso acreditar que o show seja tão perto.

—Creme ou açúcar?Ela sacode a cabeça e eu coloco as xícaras no balcão e seguro as

tampas. —Claro. Eu estou além de animada. Já é muito mais doque eu poderia ter sonhado.

Estou tocando seus cafés quando o University Hall começa aaplaudir e gritar. Olhando para a porta, eu o vejo. Ele está vestindouma camiseta de basquete da Valley e calças esportivas quemostram tornozelos sensuais - sim, tornozelos sensuais. É umacoisa. Uma coisa de Joel Moreno.

As pessoas se aglomeram em torno dele, dão tapinhas nascostas e dizem coisas que eu não consigo entender. Ele leva tudoisso a passos largos, sorrindo e agradecendo as pessoas, mas semparar enquanto ele caminha da porta para o balcão. Eu ouçoTabitha rir enquanto entrego seu cartão de volta sem olhar.

—Falando de sonhos se tornando realidade. —ela diz para mime depois olha para Joel. —Parabéns.

—Obrigado. —Seu olhar cai de volta para mim e ele sorri. —Oi,Kitty.

—O que você está fazendo aqui?

—Eu não consegui parar de pensar em você e em Christian nanoite passada. Imaginando o que você estava fazendo e desejandoque eu pudesse comemorar comendo pizza e vendo aquela foto, ohomenzinho me atraiu.

Tabitha pega um dos cafés e toma um gole, o que chama aatenção de Joel para o fato de termos uma audiência.

—Oh, não se importe comigo. — diz ela. —Ou as outrascinquenta pessoas penduradas em cada palavra sua.

Ele ri e depois pula o balcão. Minha boca parece que eu engoliareia e abri para dizer alguma coisa, perguntar o que ele estáfazendo, ou talvez eu devesse apenas beijar o sorriso ridículo dorosto dele como eu realmente quero. Mas eu sou incapaz de fazerqualquer uma dessas coisas. O olhar que ele me dá chega esimultaneamente puxa meu coração e excita minhas partes demulher.

—Eu acho que você está cruzando a linha, Joel Moreno. —Comose eu me importasse.

—Café para mim. —diz ele alto o suficiente para que elespossam ouvir, mas primeiro -

Eu estou olhando sua boca, esperando pelas doces palavras quetenho certeza que estão chegando quando seus lábios se chocamcom os meus.

Forte. Pretensioso. Possessivo.Por meio segundo, eu considero onde estou - em um maldito

trabalho com uma fila de pessoas, mas quando a língua dele entrae ele agarra a parte de trás das minhas coxas para me pegar e meaproximar, eu coloco meus braços ao redor do pescoço dele e obeijo como eu quero.

Como eu queria desde o dia em que ele entrou pela primeira vezneste café.

É só quando sinto a boca dele puxar um sorriso contra a minhaque percebo que não estamos apenas sendo observados, estamossendo aplaudidos.

Ele se afasta e descansa a testa na minha. —Também pode seacostumar com isso, Kitty. Se vamos ficar juntos, asdemonstrações públicas de afeto são um requisito. De jeito

nenhum eu posso manter minhas mãos e lábios para mim mesmoquando estou perto de você, não importa onde estejamos.

—Vamos ficar juntos?—Minha voz treme.Ele acena e me coloca para baixo, pega minhas mãos e olha nos

meus olhos. Ele tem essa maneira de olhar de um olho para outrocomo se quisesse desvendar o mistério de cada íris - como se cadacor tivesse seus próprios segredos para contar. —Eu te amo. Euamo Christian. Me dê uma segunda chance para mostrar quenamorado jogador eu posso ser?

—Melhor dizer sim, ou eu vou. —diz Tabitha.—Eu também. — alguém grita.Joel enfiou os dedos juntos, me puxou para ele. —O que você

diz Kitty? Saia comigo?Eu digo sim, como eu queria desde a primeira vez que ele

perguntou.

41Joel

A HISTÓRIA DO AMOR TRÁGICO. A performance da noite de aberturade Hector e Imelda é aplaudida de pé. Christian e eu estamos naprimeira fila junto com Blair e Gabby e um monte de amigos doroteiro de Katrina. A família de Katrina e todo o clã Moreno estãochegando amanhã ao final da noite de sexta-feira e eu estarei devolta onde eu pertenço, vendo Kitty se tornar uma estrela. Onúmero de pessoas que vêm para ver a roteirista provavelmentesupera o número dos atores e isso me deixa muito feliz. Minhagarota trabalhou tão duro e acertou em cheio.

Eu seguro Christian no alto enquanto Katrina sobe ao palcopara seu tempo. Ele acena as rosas que temos para ela e ela sorripara nós. Quando o aplauso termina, ela desce as escadas do palcolateral e Christian e eu a encontramos no meio do caminho. Elapega Christian, abraçando-o com força e aceitando o beijo que eudeixo cair em seus lábios.

—Para...—Christian olha para mim. Nós praticamos a palavrauma dúzia de vezes antes do show, porque ele queria acertar.

—Parabéns. —eu digo baixinho perto de sua orelha.Ele sorri. —Parabéns, mamãe.—Obrigado amigo. O que vocês acharam?—Foi incrível. — eu digo sem hesitação. Ela arrasou. Eu me

movo para onde Blair e Gabby estão trás. —As garotas estãoesperando para te elogiar. Vou levar o homenzinho para fora paraconhecer a Karla.

Karla não tem ideia do que ela está fazendo. Eu prevejo queDylan e Christian serão rápidos como ladrões em pouco tempo. EKarla pode concordar em nunca ser babá de novo.

Ela beija Christian e o abraça novamente. —Divirta-se hoje ànoite e seja bom.

Ele concorda. —Dylan vai me ensinar magia!Eu sorrio enquanto Katrina e eu levantamos nossas

sobrancelhas em uníssono. Ela o entrega e diz: —Encontro você nosaguão quando terminar.

—Não tenha pressa.Uma vez que eu coloco Christian no carro com Karla, eu ligo

para Wes. —É hora do show chefe.Silêncio.—Cara. Chefe? Não importa. Apenas vá com calma.Quando a limusine estaciona no meio-fio, abro a porta e rio.

Wes e Z estão vestidos - uma visão rara. Eles saem Wes parecendomal-humorado e Z fora do lugar.

—Você está lindo, Z.Ele faz um ruído estrangulado e rouco.—Esse olhar em seus olhos é uma dor na minha bunda, você

sabe disso, certo?Ele olha para mim sem expressão e eu balanço a cabeça. —

Missão Impossível. O que há de errado com vocês dois esta noite?—Nada, só porque eu estou aqui de novo?—Z pergunta,

puxando as mangas de sua camisa, um cartaz escondido debaixode um braço maciço.

—Porque era você ou Nathan e nós precisávamos que ele dessea festa. Tudo que você tem que fazer é ficar lá e talvez sorrir. Bem,e segurar o cartaz.

Wes me entrega uma caixa clara, que combina com uma que elee Z carregam, e eu sorrio. —Vamos fazer isso.

Nós vamos para o lobby. O teatro foi esvaziado, e poucaspessoas ainda conversam com o elenco e a equipe. As garotas estãoamontoadas em um canto, conversando e rindo animadamentedaquele jeito que as garotas fazem com as mãos e expressões.

Gabby nos vê primeiro e eu cutuco Z. —O sinal.Ele geme, mas desdobra o cartaz de papelão cheio de glitter que

diz: “Venham para o baile conosco?” e segura na frente de seupeito. Eu ouço Wes rir, mas eu me concentro no rosto de Gabbyenquanto ela observa a cena. Sua boca forma um pequeno O e elafica vermelha. Nós os alcançamos quando as outras meninaspercebem que estamos aqui e viramos para nos encarar.

—O que está acontecendo?—Pergunta Blair.

—Baile, boneca. — eu respondo e depois olho para Katrina. —Oque você diz?

—Mesmo?Eu entrego-lhe uma caixa. —Mesmo.As garotas gritam enquanto as levamos para a limusine

estacionada do lado de fora.Eu abro a porta enquanto Blair me estuda. —Como vocês

conseguiram isso sem que nós soubéssemos?—Eu tive alguma ajuda. —Eu me movo para dentro, onde

Vanessa e Mario estão esperando por nós.Nós entramos e eu estouro o champanhe.—Isso é incrível. —Katrina me olha como se estivesse pronta

para me recompensar por bom comportamento. Animado por isso,mas primeiro... nós saímos.

—Você tem glitter meio que... em cima de você. — A voz deVanessa me distrai temporariamente de todos os planos sujos quetenho para mais tarde.

Eu olho para cima a tempo de ver Gabby mordendo um sorrisoenquanto ela tenta limpar o brilho do homem grande.

Esta noite será foda.A White House está uma loucura. Nós saímos da limusine para

uma festa já selvagem. Uma festa de quinta-feira à noitenormalmente não atrairia muitas pessoas, mas na próxima semananós estamos de folga para as férias de primavera, então todos estãoquerendo se soltar antes de saírem de Valley por uma semana.Além disso, os caras e eu passamos o diabo para garantir queatendesse a todas as expectativas que Gabby e Kitty poderiam tertido.

Agarrando meu braço, Kitty sorri de volta para mim. —Vocêescolheu o melhor que você poderia encontrar?

—Encomenda personalizada, Kitty. Nada além do maior emelhor para o baile da minha garota.

—O que exatamente nos espera lá dentro?—Gabby pergunta.É nesse momento que um grupo de garotas gritando corre da

parte de trás da casa coberta de espuma, tirando as roupas comose estivessem prestes a sair correndo pelo pátio.

—Esta pode não ter sido a ideia mais brilhante que você já teve.— diz Wes, enquanto duas garotas estão no jardim da frente comsutiã e calcinha.

—Não olhe para mim. —Eu rio. —Isso foi tudo ideia da suanamorada.

—Uma festa de espuma?!—Gabby grita e pula com tamanhaexcitação que Z dá um sorriso.

Gabby tira os sapatos e foge, Blair segue atrás, e Wes e Z têmpouca escolha a não ser fazer o mesmo.

—Impressionante. —Katrina diz para Vanessa e eu nem sequertento levar o crédito por isso, porque enquanto esse sorrisopermanecer em seu rosto é irrelevante.

—Oh não, isso foi tudo Joel. Eu só mantive em segredo paraque eu pudesse ver os olhares em seus rostos quando chegássemosaqui. —Ela sorri e de mãos dadas, Mario e ela, vão embora.

—Devemos?Em vez de seguir os outros, eu a levo pela porta da frente e subo

as escadas em direção ao meu quarto. Ela está quieta, mas usa umsorriso que me diz que acha que vamos foder. Quero dizer, talvezisso também, se houver tempo, mas não é por isso que eu vou levá-la para o meu quarto.

—Eu sei que não é tão legal quanto o baile surpresa de ZackMorris, mas... —Eu abro a porta e vejo sua expressãocuidadosamente.

—Oh meu Deus, o que você fez Joel? — Ela entra no quarto àluz de velas, as mãos cobrindo o rosto chocado. Ela para no meioda sala e se vira para mim. —Isto é melhor. Muito melhor.

—Tem mais. —Tomando sua mão, eu a levo para a varanda. Ascaixas de música e nós temos uma visão da festa de espumaacontecendo abaixo. Eu a puxo para perto e envolvo meus braçosao redor de sua cintura. —Não seria baile se você não conseguisseconferir meus incríveis movimentos de dança.

Ela revira os olhos para mim, mas coloca os braços em volta domeu pescoço e nós balançamos a música. —Você sempre foiarrogante?

—Sempre.

Ela deita a cabeça no meu peito e eu me pergunto se ela podesentir meu coração batendo. —Obrigada por isso. É melhor do quequalquer formatura do ensino médio poderia ter sido.

—Só uma coisa que poderia tornar esta noite melhor. —Elasolta um pequeno bufo, claramente pensando que eu quero dizermelhor trazendo meu pau para a equação, mas nah, eu jámencionei que eu não a trouxe aqui para isso. Invocando maiscoragem do que o necessário para puxar um giro, eu caio para umjoelho todo dramático.

—O que você...—Relaxe, querida. Eu tenho uma proposta para você, mas não

do tipo que você está pensando.Pelo menos ainda não. Levou cinco temporadas para Zack

Morris para selar o acordo com Kelly, eu não tenho nenhumaintenção de esperar tanto tempo, mas eu quero o primeiro contratoda NBA. De preferência em Los Angeles. Não só porque o Lakers é omeu sonho, mas porque é onde ela quer estar também. Não tenhocerteza de como vamos resolver isso ainda, mas eu tenho um anointeiro para descobrir e acho que minha dedicação em conseguir oque eu quero é clara.

—O-kay.—Minha garota destemida parece nervosa.—Baile esta noite. —Eu tiro a chave da casa de férias da minha

família em Puerto Vallarta do meu bolso. —Viagem de férias deprimavera amanhã depois do show?

—Mesmo??!!Eu esperava uma série de perguntas sobre logística para

Christian - e eu pensei em todas elas, mas é apenas emoção queela usa quando ela pula para cima e para baixo. Um monte decoisas que ela desistiu de ser a mãe mais incrível e ainda trabalharem direção a seus sonhos. Mas eu vou dar tudo a ela, um pouco decada vez.

E todos os dias.

Fim

Notas

[←1]

“Muito obrigado, linda” em espanhol.

[←2]Bebida com 95% de teor alcoólico.

[←3]Quando um homem não consegue ter uma ereção devido ao consumo excessivo de álcool.

[←4]Programa da MTV que visita mansões de celebridades.

[←5]Donuts.

[←6]Minha rainha.

[←7]Velha Escola

[←8]Bunda Gostosa.

[←9]Associação Atlética Universitária Nacional.

[←10]Alguém que está de mau humor na maior parte do tempo.