minerais industriais do estado do riograndedo

196
Ministério de Minas e Energia Serviço Geológico do Brasil - CPRM Governo do Estado do Rio Grandedo Norte Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio, da Ciência e da Tecnologia SINTEC MINERAIS INDUSTRIAIS DO ESTADO DO RIOGRANDEDO NORTE SUPERINTENDENDÊNCIA REGIONAL DO RECIFE 1999

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Ministério de Minas e EnergiaServiço Geológico do Brasil - CPRM

Governo do Estado do Rio Grande do NorteSecretaria de Estado da Indústria, do Comércio, da Ciência e da Tecnologia SINTEC

MINERAIS INDUSTRIAIS DOESTADO DO RIOGRANDEDO NORTE

SUPERINTENDENDÊNCIA REGIONAL DO RECIFE1999

EQUlpETÉCNICA

3eól. Adeilson Alves WanderleyGerente de Geol. Rec. Minerais (CPRM/Recife)

Geól. Júlio de Rezende NesiGeól. Valdecílio Galvão D. de Carvalho

Geól. Antonio José BarbosaSupervisor (CPRM/Recife)

Digitalização de Mapas

3oord. Geól. Paufo R. S. de AssunçãoDigitalização Luiz Cláudio Ferreira

Eng9 Minas Paulo Eduardo d'Oliveira VenturaCoordenador de Recursos MineraisSecretaria de Ind. Com. Ciênc. e Tecn. do RN Digitação

Clara Fabíoia Freire nariz

Editoração EletrõnicaGeó}. Ctaudio Sobe;dTécnico Flávio Renato A. de A. Escorel

Analista de InformaçõesDalvanise da Rocha S. Bezerra!

Nesi, Júlio de Rezende

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte/Júlio de Rezende Nesil Valdecílio Galvão Duarte de CarvalhoRecife: CPRM. 1 999.

156 p. il. l mapa /r7 l)o/se.

1 . Geologia Económica2. Minerais Industriais3. Brasil4. Rio Grande do Norte1. Carvalho, Valdecílio Galvão Duarte de11. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais111. Título

CDD 553.52

MINISTERIO DE MINAS EENERGIA

Rodolpho Tourinho NetoMinistro de Estado

Hélio Vigor Ramos FilhoSecretário Executivo

Luciano de Frestas BorgasSecretário de Minas e Metalurgia

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRMServiço Geológico do Brasil

Gerando Gonçalves Soares QuintasDiretor-P residente

Umberto Raimundo Costa

Diretor de Geologia e Recursos MineraisPauta Antõnio Carneiro Dias

Diretor de Relações Institucionais e DesenvolvimentoThales Queiroz Sampaio

Diretor de Hidrologia e Gestão TerritorialJosé de Sampaio Portela Nunes

Diretor de Administração e FinançasMarceto Soares Bezerra

Superintendente Regional do Recife

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEGaribaldi Alves Filho

Governador

Nelson Hermógenes de Medeiros FreireSecretário de Estado da Indústria, do Comércio, da Ciência e da Tecnologia

Pauta Waldemiro Soares CunhaCoordenador de Rec. Minerais Ciênc. e Tecnol. da Secretaria da Ind., do Com., da Ciênc. e da

Tecnologia do RN

SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO RIO GRANDE DO NORTE - SEBRAURNLuiz Claudio Souza Macedo

Diretor-Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI/RNMarcos José de Castão Guerra

1 ) 1 rota r

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO RIO GRANDE DO NORTE - CEFETFrancisco das Chagas Marlz Fernandes

Diretor Geral

FUNDAÇÃO NORTE-RIOGRANDENSE DA PESQUISA E CULTURA - FUNPECAna Célia Cavalcanti Fernandes Campos

Superintendente

Sumário

RESUMO

1-INTRODUÇÃO 01

2-METODOLOGIA 02

3-ASPECTOS SOCIO-ECONOMICOS3.1 Aspectos Fisiográficos3.2 Situação Administrativa3.3 Situação Demográfica3.4 Situação Económica3.4.1 0s Setores Produtivos3.4.2 0 Setor Mineral3.4.2.1 Reservas3.4.2.2 Produção3.4.2.3 Exportação3.4.2.4 Ocupação de Mão de Obra3.4.2.5 Concessões Minerais3.5 Pólos de Desenvolvimento3.6 Infra-Estrutura de Apoio3.7 Incentivos e Orgãos de Apoio

04040709101214141518192021

2426

4-CONTEXTO GEOLOGICO REGIONAL 28

5 - OS MINERAIS E ROCHAS INDUSTRIAIS5.1 Definição e Características5.2 Reservas5.3 Produção5.4 Principais Empresas5.5 Descrição Individualizada dos Principais Minerais e Rochas Industriais.5.5.1 Argila para Cerâmica Vermelha5.5.1 .1 Depósitos de Planícies Aluviais5.5.1 .2 Depósitos Lacustres5.5.1 .3 Depósitos Residuais5.5.1 .4 Depósitos Lagunares5.5.1 .5 Depósitos Associados às Rochas Sedimentares .........................5.5.2 Argila para Cerâmica Branca e de Revestimento5.5.2.1 Depósitos de Planícies Aluviais5.5.2.2 Depósitos Lacustres5.5.2.3 Depósitos Associados às Rochas Sedimentares ....5.5.3 Argila Refratária5.5.4 Barata5.5.5 Caulim5.5.5.1 Depósitos Pegmatíticos5.5.5.2 Depósitos Sedimentares5.5.5.3 Depósitos de Alteração Superficial5.5.6 Celestita5.5.7 Diatomita5.5.8 Feldspato5.5.9 Fluorita5.5.10 Gipsita e Anidrita5.5.1 1 Marga Dolomítica5.5.1 2 Minerais de Lítio5.5.1 3 Minerais de Titânio e Zircõnio

3434343536383939444547475051

56585961636368707071758284868890

Sumário

5.5.1 4 Mica5.5.1 5 Rochas Carbonáticas5.5.1 5.1 Rochas Carbonáticas Sedimentares5.5.1 5.2 Rochas Carbonáticas Metamórficas5.5.1 6 Sílica5.5.16.1 Depósitos Sedimentares Recentes5.5.16.2 Depósitos de Coberturas Cenozóicas e Mesozóicas5.5.16.3 Depósitos de Coberturas Proterozóicas e Associados às Rochas Metamórficas5.5.17 Talco5.5.1 8 Outros Minerais

91

9394

100105105107109113117

6 - PERSPECTIVAS TECNICAS DE APROVEITAMENTO DOS PRINCIPAIS MINERAISE ROCHAS INDUSTRIAIS E ÁREAS DE POTENCIAIS MINERAIS

6.1 Matérias-Primas Cerâmicas6.1.1 Matérias-Primas para Cerâmica Vermelha6.1 .2 Matérias-Primas para Cerâmica Branca e de Revestimento6.2 Matérias-Primas para Cimento, Cal e Agricultura6.3 Matérias-Primas para Vidros6.4 Matérias-Primas para Cargas Minerais6.5 Matérias-Primas para a Indústria Química6.6 Materiais para Construção Civil6.7 Matérias-Primas Clarificantes ou Absorventes e Filtrantes6.8 Outras Matérias-Primas

120121

121122124124126130132134134

7- CONCLUSOES 136

140

142

8- RECOMENDAÇOES

9- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

10- DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA 150

QUADROSQuadro 1 - Coordenadas Geográficas dos Pontos Extremos do Rio Grande do NorteQuadro 2 - Valores de Precipitação Pluviométrica AnualQuadro 3 - População Total, Urbana e Rural do Río Grande do NoteQuadro 4 - Taxas de Crescimento

Quadro 5 - Densidade DemográficaQuadro 6 - População Economicamente AtavaQuadro 7 - Evolução do PIB do RN e Nordeste (US$ 1 .000.000)Quadro 8 - Taxa Média Anual de Crescimento do PIB do Rio Grande do Norte e Nordeste(%)Quadro 9 - Evolução dos Indicadores Sócio-Económicos do Rio Grande do Norte (1970-1995)Quadro 10 - Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte - Participação por Setor de Atividade

(%) - 1 970/1 997Quadro 1 1 - Reservas Medidas das Substâncias Minerais Metálicas do Rio Grande do Norte (t

de metal contido)Quadro 12 - Reservas Medidas das Substâncias Minerais Não-Metálicas do Rio Grande do

Norte (em 1.000 toneladas)Quadro 13 - Valor da Produção Mineral do Rio Grande do Norte - Inclusive Petróleo e Gás

Natural (US$1000)Quadro 14 - Valor da Produção Mineral do Rio Grande do Norte - Exclusive Petróleo e Gás

Natural(US$1000)Quadro 15 - Valor da Produção Mineral por Classe de Substância(US$ 1 000)

Sumário

Quad ro 1 6 Valor Comparativo Entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Valor da ProduçãoMineral(VPM) do Rio Grande do Norte(Preços Correntes em US$ milhões)Comparação do Valor da Produção Mineral Entre o Rio Grande do Norte eEstados do Nordeste (US$ 1000)Exportação de Bens Minerais - Setor Primário - Rio Grande do Norte (US$ 1 000

Ocupação de Mão-de-Obra na Indústria Extrativa Mineral do Rio Grande do NorteRelatórios de Pesquisa Aprovados no Rio Grande do NortePortarias de Lavra Outorgadas no Rio Grande do NorteReservas de Minerais e Rochas Industriais do Rio Grande do Norte-1 996(Em t)Produção de Minerais e Rochas Industriais do Rio Grande do Norte - 1 996Produção Estimada de Minerais e Rochas Industriais Diversos do Rio Grande doNorte - 1 996 (Em t)Teste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies AluviaisTeste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies AluviaisTeste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies AluviaisTeste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies AluviaisTeste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies AluviaisAnálises Químicas de Argilas de Depósitos AluviaisTeste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos LacustresTeste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies ResiduaisClassificação Preliminar de Argilas Para Uso Cerâmico Com Base Nas CoresApresentadas Após Queima em Quatro TemperaturasEspecificações de Argilas para Cerâmica VermelhaAnálises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies AluviaisAnálises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies AluviaisAnálises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies AluviaisAnálises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies AluviaisAnálises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies AluviaisReservas Medidas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies AluviaisAnálises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos LacustresAnálises Químicas de Argilitos DolomíticosAnálises Químicas de Argilas RefratáriasClassificação Preliminar de Argilas Para Uso Cerâmico Com Base Nas CoresApresentadas Após Queima em Quatro TemperaturasEspecificações Físicas de Argilas Plásticas (Tipo Ball - Clays) Para Usos emCerâmica Branca Após Queima a 950gC e 1 250gCAnálises Químicas e Densidades de Baratas de Depósitos Hidrotermais FiloneanosAnálises Químicas de Caulins de Depósitos PegmatíticosAnálises Químicas de Caulins de Depósitos PegmatíticosEspecificações de Caulim Para os Principais Usos IndustriaisLimites Qualitativos da Classificação de DiatomitasAnálises Químicas de Diatomltas de Depósitos Fluviais

- Análises Químicas de Diatomitas de Depósitos LacustresAnálises Granulométrica e Química de Diatomitas de Depósito FluvialEspecificações Químicas e Físicas dos Principais Produtos Comercializadosde Diatomita

- Identificação Mineralógica Por Seção Delgada em Amostras de K-Feldspato- Análises Químicas de Feldspatos de Depósitos PegmatíticosAnálises Químicas de Feldspatos de Depósitos Pegmatíticos

- Ensaios de Cone e Fusibilidade de Feldspatos- Ensaios de Cone e Fusibilidade de Feldspatos- Especificações de Feldspato Para os Principais Usos Industriais

Recursos Económicos de FeldspatoAnálises Químicas de Gipsitas

FOB)

Quadro 1 7

Quadro 1 8

Quadro 1 9Quad ro 20Quad ro 21Quadro 22Quadro 23Quadro 24

Quadro 25Quadro 26Quadro 27Quadro 28Quad ro 29Quadro 30Quadro 31Quad ro 32Quadro 33

QuadroQuadroQuadroQuadroQuadroQuadroQuadroQuadroQuadroQuadroQuadro

3435363738394041

424344

Quadro 45

Quadro 46Quadro 47Quad ro 48Quadro 49Quad ro 50Quadro 51Quad ro 52Quadro 53Quadro 54

Quadro 55Quad ro 56Quadro 57Quad ro 58Quadro 59Quad ro 60Quadro 61Quad ro 62

Sumário

Quadro 63Quadro 64Quadro 65Quadro 66Quadro 67

Análises Químicas de Margas DolomíticasAnálises Químicas de Espodumênio e Ambligonita de Depósitos PegmatíticosAnálises Químicas de Muscovitas de Depósitos PegmatíticosClassificação das Rochas CalcáriasParâmetro Estatístico de Dispersão dos Componentes QuímicosFundamentais dos Grupos Litológicos Carbonátlcos da Bacia do Apodi:Formações Açu e JandaíraAnálises Químicas de Calcários Calcíticos (Conchíferos e Lajeados)Análises Químicas de Calcários MetamórficosEspecificações de Calcários Para Usos na Construção CivilEspecificações de Calcários e Dolomitos Para Usos Principais na IndústriaAnálises Químicas de Areias Quartzosas de Depósitos AluvionaresAnálises Químicas de Areias de Depósitos de Coberturas Arenosas Cenozóicas eMesozóicas

Comparação Entre Resultados de Análises Químicas Com Outros DepósitosAnálises Químicas de Areias Quartzosas de Depósitos de Coberturas ArenosasProterozóicas

Análises Químicas de Quartzo de Depósitos PegmatíticosEspecificações de Quartzo Para os Principais Usos IndustriaisAnálises Químicas de Talco Xistos de Depósitos Associados a Corpos Básicos /Ultrabásicos

Análises Químicas de Talco Xistos de Depósitos Associados a Corpos BásicosUltrabásícos

Análises Químicas de Talco Xistos de Depósitos Associados a Corpos BásicosUltrabásicos, Fazenda Bonfim-Lages/RNCaracterísticas Químicas dos Principais Depósitos de Talco do BrasilRecursos Minerais Económicos Estimados Para Matérias-Primas CerâmicasRecursos Económicos Estimados de Matérias-Primas Para Cimento. Cal eAg ricultu raRecursos Económicos Estimados de Matérias-Primas Para Vidro

Recursos Minerais Económicos Estimados de Matérias-Primas Para CargasMine raisRecursos Económicos Estimados de Matérias-Primas Para Indústria QuímicaRecursos Económicos Estimados de Materiais Para Construção CivilRecursos Económicos Estimados dos Principais Minerais e Rochas Industriais

Quadro 68Quadro 69Quadro 70Quadro 71Quadro 72Quadro 73

Quadro 74Quad ro 75

Quadro 76Quadro 77Quadro 78

Quadro 79

Quadro 80

Quadro 81Quadro 82Quadro 83

Quadro 84Quadro 85

Quadro 86Quadro 87Quadro 88

FIGURASFigura 1 : Mapa de Localização do Estado do Rio Grande do Norte(RN)Figura 2: Estado do Rio Grande do Norte - Zonas HomogêneasFigura 3: Macro Localização dos campos Produtores de Petróleo e Gás Natural, das Principais

Salinas, da Alcanorte, do Porto Ilha e do Pólo Industrial de Guamaré (UPGN)Figura 4: Planta de Localização da Alcanorte e do Pólo Gás-SalFigura 5: Bases Geológicas Regionais do Rio Grande do NorteFigura 6: Seção Geológica das Minas de Gipsita de Dix-Sept Rosado-RNFigura 7: Mapa Indicativo da Área Aflorante das Margas Dolomíticas Intercaladas em Calcários

da Formação Jandaíra -- Grupo ApodoFigura 8: Mapa de Dominância Litológica Aflorante em Carbonatos da Formação Jandaíra,

Bacia do ApodFigura 9: Distribuição de CaO -- MgO em Rochas Carbonáticas do Topo da Formação Açú e da

Formação Jandaíra, Bacia do ApodiFigura 10: Mapa de Áreas com Dominância de Calcários(Aflorantes) de Alta Pureza, da

Formação Jandaíra, Bacia do ApodiFigura 1 1 : Mapa de Áreas com Dominância de Rochas Dolomíticas (Aflorantes) de Alta Pureza,

da Formação Jandaíra, Bacia do Apodo

Sumário

Figura 12: Áreas de Potenciais Minerais para Matérias-Primas CerâmicasFigura 13: Áreas de Potenciais Minerais de Matérias-Primas para Cimento, Cal e AgriculturaFigura 14: Áreas de Potenciais Minerais de Matérias-Primas para VidroFigura 15: Áreas de Potenciais Minerais de Matérias-Primas para Cargas MineraisFigura 16: Áreas de Potenciais Minerais de Matérias-Primas para Indústria QímicaFigura 1 7: Áreas de Potenciais Minerais de Materiais para Construção CivilFigura 18: Áreas de Potenciais Minerais de Matérias-Primas para Clarificantes e Filtrantes

ANEXOS

Anexo l Listagem de Jazimentos de Minerais e Rochas Industriais do Rio Grande do Norte

Anexo ll Análises Granulométricas por Peneiramento, Composicional Qualitativa eMorfométrica das Frações Cascalho e Areia(Arquivos Disponíveis em Meio Magnético na CPRM -Superintendência Regional do Recife)

Anexo 111: Ensaios Cerâmicos Preliminares(Arquivos Disponíveis em Meio Magnético na CPRMSuperintendência Regional do Recife)

Anexo IV: Mapa de Jazimentos de Minerais e Rochas Industriais do Estado do Rio Grande doNorte - Escala 1:500.000.

Resumo

O presente documento abrange uma série de informações de inte-resse do setor mineral do Estado do Rio Grande do Norte, enfocandoos seus aspectos sócio-económicos e geológicos, os pólos de desenvol-vimento e os principais minerais e rochas industriais existentes, quecontempla o Projeto Minerais Industriais do Estado do Rio Grande doNorte

Inicialmente, destaca-se uma listagem onde constam cerca de 942jazimentos minerais, distribuídas entre garimpos, indícios, ocorrênciasminerais, jazidas e minas, em atividades ou paralisadas e outros dados,correspondentes a 24 minerais e rochas industriais. Assinalam-se asareias, argilas/argilitos, calcários e dolomitos (sedimentar e metamórfico),caulim, celestita, diatomita, espodumênio, amblígonita, feldspato, fluorita,gipsita, anidrita, granada, iemenita, rublo, zírconita, marga dolomítica,muscovita, quartzo, talco e vermiculita, que aliados a uma base geológicasimplificada integram o Mapa de Jazimentos de Minerais e Rochas In-dustriais do Estado do Rio Grande do Norte, na escala 1 :500.000.

Em seguida, os minerais e rochas industriais foram descritos indi-vidualmente, enfocando-se aspectos referentes às suas localizações,naturezas geológicas dos depósitos, caracterizações e ensaios tecnoló-gicos efetuados pelo projeto e compilados da bibliografia, reservas co-nhecidas e recursos económicos estimados. Vale destacar que dos 942jazimentos listados neste relatório, 32 tem caráter inédito, e que foramdescobertos através de trabalhos de campo e caracterização tecnológica,destacando-se as argilas cauliníticas e refratárias, argilitos dolomíticos,caulim de alteração superficial, margas dolomíticas e as areias quartzo-sas das coberturas arenosas fanerozóicas e proterozóicas.

Enfatizou-se a caracterização tecnológica de minerais e rochas in-dustriais utilizados como matérias-primas cerâmicas de aplicações maisnobres, destacando-se as argilas cauliníticas, os argilitos dolomíticos,caulim, feldspato, marga dolomítica e talco, e como matérias-primas daindústria do vidro, com destaque principalmente para as areias quartzo-sas das coberturas arenosas fanerozóicas.

Por fim, foram abordadas as principais oportunidades de investi-mentos minerais, em função de áreas de potenciais minerais, com ênfasepara os minerais e rochas industriais utilizadas como as seguintes maté-rias-primas: cerâmicas, cimento, cal e agricultura, vidro, cargas minerais,indústria química, construção civil, clarificante e filtrante, e outras.

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

l

Introdução

O presente documento integra oConvênio n' 062/CPRM/97. celebrado em20 de dezembro de 1997. entre a Compa-nhia de Pesquisa de Recursos Minerais(CPRM). a Secretaria de Indústria. Comér-cio, Ciência e Tecnologia do Rio Grande doNorte (SINTEC/RN), com as interveniên-cias do Serviço de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas do Rio Grande do Norte(SEBRAE/RN), do Serviço Nacional deAprendizagem Industrial(SENAI/RN). daFundação Norte - Rio Grandense de Pes-quisa de Cultura (FUNPEC) e do CentroFederal de Educação Tecnológica do RioGrande do Norte (CEFET/RN). tendo comoprincipais objetivos:

. Qualificar os minerais e rochas indus-

triais selecionados. para uma abordagempreliminar sobre as características geoló-gicas e tecnológicas, que possibilitemadequa-los em oportunidades de investi-mentos:

. Oferecer uma visão integrada dosfatos e problemas dos bens mineraisabordados:

B Estimular o desenvolvimento da in-dústria de minerais e rochas industriais doEstado

Deste modo. os órgãos convenen-tes esperam que a divulgação destas in-formações. possa transformar-se em fontede consulta para possibilitar ao setor públi-co. orientação aos programas governa-mentais de apoio a esta atividade mineral,para o estabelecimento de diretrizes políti-cas e de planejamento setoriall e ao setorprivado. subsídios para a tomada de deci-sões e identificações de oportunidades deinvestimentos, que possam fomentar acriação de pólos interiores de desenvolvi-mento. impulsionar a implantação do PóloGás-Sal. e promover a retomada do pólocerâmico nobre do Estado contribuindo.desta forma. para a promoção do desen-volvimento sócio-económico do Rio Grandedo Norte.

e Iniciar ações imediatas para fomentar oaproveitamento dos minerais e rochas in-dustriais;

Contribuir para o descobrimento de jazi-das de minerais e rochas industriaisl

Dar ênfase aos minerais e rochasindustriais mais expressivos. com desta-que para as argilas. os minerais de peg-matitos como caulim. espodumênio.feldspato, mica, quartzo, e outros taiscomo barata. diatomita, gipsita, calcários.dolomitos. ilmenita, rublo. talco. dentreoutros;

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

MetodologiaEste documento foi elaborado em

quatro etapas, obedecendo a seguintemetodologia de trabalho

coleta de amostra de minerais erochas industriais

Etapa l- Pesquisa e análise bibliográfica ecartográfica. através da reuniãode artigos. relatórios . trabalhos,listagens. papers, bases de dadosdo sistema de informações geo=lógicas (SIGA/CPRM), mapascartográficos. geológicos e meta-logenéticos. e de instituições di-versas ligadas à área de geociên-cias. De posse dessas informa-ções, foi elaborada uma listagemde garimpos, indícios. ocorrênciasminerais, jazidas e minas de mi-nerais e rochas industriais doEstado.

Etapa 111 - Preparação e envio de amostrasdos minerais e rochas industriaispara análises diversas, comogranulométrica. morfométrica.composicional, petrográfica. quí-mica. física e mineralógica. noslaboratórios de análises mineraisda CPRM, no Rio de Janeiro(LAMIN) e Recife (SECLAB) e daFundação Instituto Tecnológicodo Estado de Pernambuco(ITEP), em Recife (Anexos ll e

111), que não comporão o corpo dorelatórios estarão disponibilizadasem meio magnético na CPRM. OAnexo ll corresponde a uma sé-rie de análises granulométricaspor peneiramento e de análisescomposicionais qualitativas emorfométricas das frações cas-calho e areia. de amostras deareias quartzosas de depósitosaluvionares e de depósitos de co-berturas arenosas fanezóicas eproterozóicas. O Anexo 111 com-preende uma série de ensaios ce-râmicos preliminares em amos-tras de argilas. argilitos dolomíti-cos, caulino. margas dolomíticase talco xistos, com característicasfísicas dos corpos de prova secosa 1 10'C e após queima a 950'C.

Etapa 11 - Pré-seleção de indícios. garim-pos. ocorrências. jazidas e minasreunidas em uma listagem e loca-ção em mapas cartográficos naescala 1:100.000. Execução dequatro etapas consecutivas dereconhecimento de campo paravisita e confirmação /n /oco dosindícios. garimpos, ocorrências.jazidas e minas (listadas no Ane-xo 1). identificação e cadastra-mento de novas ocorrências. ca-racterização de ambientes geoló-gicos. seleção final das áreas al-vos. execução de amostragens e

2

Minerais Industriais do Estado do Río Grande do Norte

1250' e 1450'C. análise granulo-métrica(via úmida), rendimentoem peneira 325, alvura e ph àtemperatura de 22.8'C. com usosprováveis para cerâmica verme-lha e branca.

a sua rapidez e precisão na locação destespontos. apoiadas por fotos aéreas e mapasplanialtimétricos nas escalas 1:100.000 e1 :250.000. respectivamente

Os dados físicos das atividades re-alizadas pelo prometo são mencionados aseguir:Etapa IV - Integração e consolidação dos

diversos dados obtidos. reunidosem texto final e acompanhado porum mapa de jazimentos de mine-rais e rochas industriais do Esta-do do Rio Grande do Norte, naescala 1:500.000. A base geoló-gica simplificada deste mapa foiobtida à partir do mapa geológicodo Estado do Rio Grande do

Norte (Brasil DNPM - 1998), naescala 1:500.000.

Etapas de campo realizadas - 041pontos estudados - 1441 garimpos. indíciose ocorrências minerais, jazidas e minasestudadas - 139: afloramentos estudados -35: amostras coletadas - 118. Amostrasanalisadas - 297. compreendendo: análisequímica (elementos traços) - 03; análisequímica (elementos maiores) - 1 161 análisepetrográfica -- 191 análise composicional emorfométrica - 171 análise granulométrica- 171 determinação de densidade - 101definição de grupo cerâmico -- 331 ensaioscerâmicos - 30; testes de alvura - 13 edifração de raios-X - 39

A localização dos diversos pontosde afloramentos e das ocorrências mine-rais. foi efetuada com equipamento GPStipo Garmin 45. com leitura normal. devido

Minerais !ndustriais do Estado do Rio Grande do Nade

Aspectos Sócio-Económicos

3.1 Aspectos Fisiográficos respondente a 0,62% do território nacionale 3,41% da região Nordeste (Figura l).Limita-se ao norte e a leste com o OceanoAtlântico, ao sul com o Estado da Paraíba ea oeste com o Estado do Ceará. A distân-cia entre os pontos extremos Norte-Sul éde 233 km e entre os pontos extremosLeste-Oeste. 403 km.

O Estado do Rio Grande do Nortesitua-se na Região Nordeste do Brasil. e ospontos extremos ocupam as coordenadasgeográficas listadas no Quadro l .

O Estado do Rio Grande do Norteabrange uma área de 53.306.8 km2. cor-

4

Minerais industriais do Estado da Rio Grande do Norte

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Figura l Mapa de Localização do Estado do Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte apresentadistintos tipos de clima: ç!!!na..á1ldg. locali-zado na parte central e litoral setentrional.prolongando-se numa faixa estreita, quasecontínua. até o extremo sul do Estado.Clima Semi-Árido. domina de forma quasecontínua todo o interior do Estado. onde aoeste se prolonga até o litoral setentrional.Clima Sub-tímido Seco, localizado, emparte, no litoral oriental e nas áreas serra-nas do interior do Estado. Çlimg ymído,

localizado no litoral oriental. A pressãoatmosférica é da ordem de 1.007.4 mb; asmédias anuais máxima e mínima das tem-

peraturas do ar são de 30,7'C e 23.4'C.respectivamente e umidade relativa médiado ar é de 80,6%.

Os valores máximos e mínimos daprecipitação pluviométrica anual, segundoos dados pluviométricos por zonas homo-gêneas (IDEC. 1997) estão no Quadro 2

5

Minerais fndustríais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 2 - Valores de Precipitação Pluviométrica Anual

Fonte: IDEC (1997)

As chuvas são mal distribuídas ebastante irregulares ao longo do ano, emgeral. concentrando-se nos meses de feve-reiro a julho. com ausência de chuvas nosdemais meses. Por vezes. ocorrem anosconsecutivos com ausência completa dechuvas no Estado. caracterizando o perío-do da "seca'

As principais bacias hidrográficasdo Estado, pela extensão de área drenada.são as dos Rios Apodo, Mossoró. Piranhas-Açú, Trairí. Jacú, Ceará-Miram. PotengíPunaú, Maxaranguape e Curimataú. quecobrem cerca de 90% da área estadualEm geral. são caracterizadas por apresen-tar um regime intermitente, em grandeparte dos cursos alto e médio. e perenenos baixos cursosAs formas de relevo estão repre-

sentadas por três unidades geomorfológi-cas (Prates et al.. 1981), denominadas!abulelrgg..ç9sle!!es, caracterizados pelapredominância de tabuleiros. com altitudemédia entre 70m a 100m, constituídos porsedimentos cretácicos do Grupo Apodi. porsedimentos tércio-quaternários do GrupoBarreiras e por sedimentos quaternáriosl aDenrg$$ãe..Sg!!adeja. corresponde a umaárea constituída pelos metassedimentos doGrupo Seridó" e embasamento cristalinopré-cambriano. bastante díssecada. detopografia plana. emergindo elevações queconstituem os /nse/l)eras.

A mais importante bacia hidrográfi-ca do Estado é a do Rio Piranhas-Açú(18.419 Km2 de área). percorrendo no RioGrande do Norte uma extensão de 200 Kme banhando cerca de 12 municípios. Cercade 10 Km à jusante da cidade de Açú. noRio Piranhas-Açú. foi construída a barra-gem Engenheiro Armando Gonçalves Ri-beiro. a mais importante do Estado. comcapacidade para armazenar cerca de2.4 bilhões de m3 de água.

A vegetação está representadapelos tipos a seguir referidos, segundoSalgado et al. (1981). "Begjãa da Savana(Cerrado). predominantemente xeromórfi-ca, com árvores de baixa altura. e de distri-buição esparsa e um tapete graminóidecontínuo. ocorrendo principalmente nostabuleiros costeiros. "Reqião da Estepe'Çaê!!liga). que abrange a maior repre-

sentatividade sendo predominantementexerófita. ocorre principalmente na Depres-são Sertaneja e no Planalto da Borborema'Beg11naa" arbórea. arbustiva e herbácea.nas dunas e praias e vegetação de "b4altyg$" de influência fluvio-marinha são co-

muns. Relíquias da Vegetação remanes-cente da Mata Atlântica estão preservadas

Apresenta altitudes variáveis entre100m a 590m cujo ponto culminante é oPico do Cabugíl e o ElgnallQ..da..BQlbple:mg. que é circundado pela DepressãoSertaneja, corresponde a uma extensaárea. com altitudes entre 300m a 850m.correspondente às áreas serranas. comdestaque para as Serras da Queimada.Patú. São José, Portalegre. Santana. Jogodo Vale. Martins, São Miguel e Luiz Ga-mes, sendo também constituído pelos me-tassedimentos do Grupo Serídó e peloembasamento cristalino pré-cambriano. eem pequena proporção. pelos sedimentosterciários da Formação Serra do Martins.

6

Zona Valor máximo mm) Valor mínimdlfmm\Litoral Oriental 1.554.3  Litoral Norte 1.038.2  Agreste 771.9  Currais Novos 568.2  Caicó 772.5  Serras Centrais 851.0  Alto ADodi 925.2  Mossoroense 978.5  

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

em Baía Formosa. na Fazenda Mata daEstrelar em Natal. no Parque Estadual dasDunas e em Macaíba, na Escola Agrícolade Jundiaí. Finalizando. ocorre uma vege-tação secunçjêrjq. representada por ativi-dades agrícolas, que ocorrem em menorproporção. ocupando principalmente asáreas mais úmídas do Estado.

uvas e regionais. As unidades administrati-vas correspondem a 152 municípios e 184distritos. e as unidades regionais subdivi-dem-se em 8 zonas homogêneas denomi-nadas Litoral Oriental. Litoral NorteAgreste, Currais Novos. Caicó. SerrasCentrais, Alto do Apodi e Mossoroense(Figura 2). e em 15 sub-zonas homogêne-as, denominadas Natal. Vale do Ceará-Mirim. Mata. Jogo Câmara. Touros, AgresteCentral, Fronteiriça da Paraíba. PotengíSantana do Matos. Jucurutú. Pau dos Fer-ros. Serras Umidas, Mossoró. Açú e Sali-neira

3.2 Situação Administrativa

A Divisão Político-Administrativa eRegional do Estado do Rio Grande doNorte compreende as unidades administra-

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

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Minerais Industriais do Estado da Rio Grande do Norte

3.3 Situação Demográfica Constata-se no período 1991/1996um acréscimo de l0.4% da população ur-bana e um decréscimo de 4,2% da popula-ção rural. Isto deve-se principalmente aosprojetos de fruticultura irrigada, que provo-caram mudanças na estrutura social daregião devido ao deslocamento da popula-ção rural para as cidades vizinhas àsagrolndústrias. As relações entre popula-ção. taxa geométrica crescimento anual edensidade demográfica. podem ser obser-vadas nos Quadros 3, 4 e 5

Em 1 996. o Estado do Rio Grandedo Norte abrigava 2.558.660 habitantes,correspondente a 5.7% da população doNordeste. Sua densidade demográfica é daordem de 47.99/hab/km'.

Nas três últimas décadas, o RioGrande do Norte vem apresentando umcrescimento urbano cada vez mais acele-rado. O Estado conta com uma populaçãocuja composição. em 1996, é predominan-temente urbana. com 72.0% nas zonasurbanas. contra 28.0% nas zonas rurais.situação esta ocorrida principalmente porcircunstâncias climáticas, razões económi-cas, devido a ausência de uma política defixação do homem no campo. e condiçõesde infra-estrutura básica para atender aesta população.

O Rio Grande do Norte apresentouum incremento em sua taxa geométria decrescimento anual que passou de 2.05%nas décadas de 1970/1980 para 2,21% em1980/1991 e 1.18% no período de1991/1996. Em relação a população eco-nomicamente ativa (PEA) do Estado nosanos de 1970, 1980. 1991 e 1996, quepode ser observada no Quadro 6

Quadro 3 - População Total, Urbana e Rural do Rio Grande do Norte

Fonte: IDEC (1 997)

Quadro 4 - Taxas de Crescimento

Fonte: IDEC (1997)

Quadro 5 - Densidade Demográfica

Fonte: IDEC(1997)

9

Pooulacãofx1000  Anos Total Urbana Rural1970 1.550 737 8131980 1.898 1.11 5 7831991 2.415 1.669 7461996 2.558 1.843 715

Taxas de Crescimento (%)Período Total Urbana Rural1970/80 2,05 4.22 0.37

1980/1991 2.21 3.73 -0.441991/1996 1,18 2.04 -0.86

Densidade Demoçiráfica (hab./km')1980 1991 199635,83 45.41 47.99

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Quadro 6 - População Economicamente Ativa

Numa análise sucinta, verificam-seduas mudanças radicais. Uma no setoragrícola. que constituía a principal força detrabalho do Estado e decresceu de 58.8%em 1970, para 28,0% em 1996. A outra. nosetor serviços. que cresceu de 30.2% em1970 para 55.4% em 1996. aumentandosignificativamente o seu contingente nesteperíodo. constituindo atualmente o setormais representativo de absorção de mãode obra do Estado, devido principalmenteao acentuado processo de terceirizaçãodas atividades económicas. Por sua vez. osetor industrial também apresentou cresci-mento neste mesmo período. mas em valorinferior ao setorserviços

grandes influenciadores da queda da economia estadual. Esse desempenho despendente desajustou totalmente as atividades produtivas do Estado. que então passou a enfrentar uma violenta recessão economica.

Como consequência. ocorreu a fa-lência da cultura algodoeira. que acarretouna desativação. em meados dos anos 80do parque industrial têxtil integrado do Es.tado, desenvolvido através dos incentivosda Sudene, na vigência do sistema 34/18.Sucederam-se, a decadência da extraçãoda scheelita e da tantalita. O concentradoda scheelita correspondia ao principal bemmineral do Estado e um dos principais dasua pauta de exportação3.4 Situação Económica

A base económica do Rio Grandedo Norte no período que antecedeu a dé-cada de 70, era principalmente constituídapela atividade agropecuária. destacando-sea cultura do algodão do tipo fibra-longa oumoca, que por muitos anos foi o principalproduto e o Estado era um dos grandesprodutores do Nordeste. Como segundoapoio económico, destacava-se a extraçãodo sal marinho. O Rio Grande do Nortemantém atualmente a sua hegemonia demaior produtor nacional. desse bem mine-rala

O Rio Grande do Norte era o prin-cipal produtor nacional. A sua produção. apartir da década de 80, começou a declinargradativamente, em virtude da superprodu-ção do concentrado de wolframita prove-niente da China, Importado a baixos preçosno mercado internacional e com isenção'detaxas de importação. refletindo fortementena produção interna. Por sua vez. a tanta-lita também sofreu influência dos baixospreços praticados no mercado internacio-nal, acarretando a queda da produção in-terna, até a estagnação total

Seguiam-se ainda como importan-tes. a extração da scheelita e tantalita. asculturas do sisal. da cana-de-açúcar. dacêra de carnaúba e a pesca da lagosta.Diversos fatores como adversidades climá-ticas (secas periódicas). pragas no setoragrícola, estagnação/recessão e inflaçãosem precedentes na economia nacionalinstabilidades das políticas económicaspraticadas pelo governo federal e a desva-lorização da moeda nacional frente ao dólarnorte-americano. dentre outros. foram

Outrossim. as diversas crises en-frentadas pela indústria salineira do Estado.ocasionadas pelos baixos preços pratica-dos no mercado interno, os altos custos dotransporte marítimo e dos encargos, e aconcorrência do sal importado do Chileisento de taxas de importação. mais ascnses ocorridas com as culturas da cana-de-açúcar, da cêra de carnaúba. do sisal eda pesca da lagosta. concorreram para aqueda do desempenho descendente daeconomia estadual

10

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Outros fatores. como a não decola-gem dos pólos cerâmico e químico-metalúrgico. com os projetos da Lousane ePorcelana Beatriz. da barrilha da Alcanorte.do ferro-gusa da Siderúrgica União, doferro-tungstênio e do carboneto de tungstê-nio da Metais do Seridó S.A. (Metasa) edos sulfatos de sódio e potássio e do mag-nésio metálico de Unissais. todos criadosdentro dessa concepção de integraçãolocal da matéria-prima ao produto final.considerados como indutores de desenvol-vimento, também não impulsionaram aeconomia estadual, ou seja. não surtiramos efeitos desejados.

pabú, Pipa e Tibau do Sul. Para outrasáreas, como as praias do litoral norte.existem os projetos "Rota do Sol" e "CostaBranca" de infra-estrutura turística

A agroindústria de produção irriga-da foi implantada a partir de grandes pro-jetos, no vale do Rio Piranhas/Açú, e viabi-lizada pela construção da barragem Ar-mando Ribeiro Gonçalves, em Açúl e naChapada do Apodi, na região de Mossoró.no Vale do Rio Apodi/Mossoró. Através denovas técnicas de irrigação, foi desenvolvi-da à fruticultura irrigada. cuja produção écomercializada em forma de fruta fresca.de suco concentrado e de polpa. O melão éo produto principal. seguindo-se acerola.manga, banana. uva. goiaba, graviola emaracujá. A produção é principalmentevoltada para atender o mercado internacio-nal(Europa e América do Norte).

Em meio a este estágio de subde-senvolvimento económico-social que oEstado atravessava. a partir de meados dadécada de 70. a economia estadual (se-gundo Rodrlgues Neto. 1994). entra emoutra fase de sua industrialização. com aimplantação de uma nova matriz produtiva:a indústria extrativa do petróleo. Esta fase.continua Rodrigues Neto (op. cit.), é mar-cada pela presença do Estado-produtorcomo o principal agente canalizador deinvestimentos. tanto na área da infra-estrutura estadual (estudas. energia elétri-ca, habitação. etc.). como nas atividadesinerentes à pesquisa, perfuração, explora-ção e produção de petróleo e gás natural.marcando uma fase de reanimação daeconomia estadual.

Em outra região do Estado, nazona do Litoral Oriental. considerada deelevado potencial hídrico, a agroindústriafoi introduzida a partir de pequenos proje-tos de irrigação. para a produção de frutastropicais. destacando-se melão. mamão.banana e maracujá. dentre outras. voltadapara atender a demanda interna

Outras ações governamentais fo-ram também implementadas, com a mo-dernização do parque têxtil e. atualmente.empresas de porte nacional como os gru-pos Vicunha. Coteminas, Guararapes eAlpagartas, estão instaladas no Estado

Por outro lado, e também preocu-pado em reverter este processo da estag-nação da economia estadual. o Governo doEstado implementou ações para nortearnovas áreas de atuação. Foram definidas apdoH, o apoio e incentivo à indústria doturismo e à agroindústria de produção irri-gada.

Encontram-se também indústriasde cerâmica estrutural (tijolos e telhas) e deconfecções, o Centro Industrial Avançadolocalizado entre os municípios de Parnami-rim e Macaíba, e os projetos de criação decamarão em viveiros.

O incentivo à indústria do turismofoi implementado na Via Costeira. em Na-tal. entre as praias de Ponta Negra e Bar-reira Roxa. com a construção do Centro deConvenções do Estado e de diversos ho-téis na sua orla, bem como proporcionou aampliação da rede hoteleira de Natal e emoutros pontos de interesse turístico, comonas praias de Ponta Negra. Pirangí. Geni-

Desta maneira. a economia esta-dual nos últimos anos. conseguiu manterum significativo crescimento do PIB (Qua-dro 7), elevando a sua participação no PIBdo Nordeste, de 3.55% em 1970, para6,93% em 1995. Isto corresponde a umincremento de 95,2%. quase que dobrandoo seu peso na economia regional

1 1

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Com referência a taxa média anualdo crescimento do PIB do Rio Grande doNorte e do Nordeste (Quadro 8). consta-tam-se pelos quatro períodos considera-dos. que a economia Norte-Río-Grandenseapresentou um bom desempenho. osten-

tando em todos os casos, um crescimentomédio superior ao obtido pelo Nordeste. Aevolução dos principais indicadores sócio-econõmicos do Rio Grande do Norte éapresentada no Quadro 9.

Quadro 8 - Taxa Média Anual de Crescimento do PIB do Rio Grande do Norte e

l2

Dado referente a 1993

31g hUB ll !un:Fâ!:',Bnp#.n-::::::«;

12

L . ' ''''--!-------------=c-lu!!ginlpin RN i   l iauv    Crescime     D.0UÕ    193.00

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PIB RN/Pié     y l.qJ  píB RN/FiB'iqÊ'?!   V l v \J   1.1y l.ZIIPç?pulaçãi3   'fila D.lO  PEA mil)     z.q lo Z.b34

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Esgoto     áu.uu qü.uu b1,4U'

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Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

3.4.1 0s Setores Produtivos

Quadro 10 - Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte - Participação por Setor deAtividade (%) - 1970/1997

Fonte: SUDENE (1997)

Os setores produtivos compreen-dem os setores primários. secundários eterciários. A participação destes setores.quando avaliados em função do produtointerno bruto, nos permitirá realizar umdiagnóstico sucinto do seu desempenho.No caso. consideramos o período1970/1997 (Quadro lO).

extrativa de petróleo e gás natural, nasatividades desde exploração e produção.seguindo-se os incentivos canalizados paraa agricultura. com destaque para a cons-trução no vale do baixo Açú, da barragemArmando Ribeiro Gonçalves, e os respecti-vos incentivos para a implantação dasagroindústrias e. a expansão do setor deserviços, destacando-se as atividades docomércio e terceirização, conforme co-mentaremos adiante (As indústrias extrati-vas. transformadoras e consumidoras debens minerais, serão abordadas no Itemseguinte)

O setor primário que tinha a culturado algodão como principal atívidade, segui-do pela produção animal e derivados e oextrativismo vegetal, apresentou um de-sempenho descendente em sua participa-ção na formação do PIB estadual, princi-palmente a partir da década de 80. Se em1970 teve uma participação de 18,8%. em1997 participou com apenas 4,1%. e istocorresponde a um decréscimo de 78,2%. Aagricultura praticada nos moldes artesa-nais, por questões anteriormente referidas,apresentou um desempenho bastante irre-gular, por conta das prolongadas estiagens,característica das regiões seml-áridas. ediante disto, foi incapaz de manter osmesmos índices de participação no PIBestadual. E bem verdade que a agriculturado Rio Grande do Norte, a partir da décadade 80. entrou numa nova etapa de desen-volvimento. com a implantação das agroin-dústrias.

O setor terciário. também denomi-nado setor de serviços manteve. no decor-rer do período referido. uma posição relati-vamente estável. participando com 54,8%em 1970 e 50.5% em 1997. apresentandovalores oscilatórios neste intervalo. com umpico máximo de participação da ordem de55,5%. em 1980. Este setor, segundo Sou-sa (1998). obteve um excelente desempe-nho na economia estadual nos anos 80.destacando-se as atividades do comércio.inclusive turismo. hotéis e restaurantes edos ganhos obtidos pelas empresas pres-tadoras de serviços à Petrobrás, via tercei-rização. O turismo teve papel importantepara o desempenho alcançado pelo setor,e o governo e a iniciativa privada passam ainvestir em infra-estrutura. tais como hotéis.pousadas. bares e restaurantes, contribu-indo para aquecer as atividades da indús-tria e do comércio.

Em te rmos de crescimento nesteperíodo, destaca-se o setor secundário.Este setor apresentou um desempenhoascendente. passando de 26,4% em 1970para 45,4% em 1997. representando umacréscimo de 71.9%. Este desempenhoascendente foi causado por vários fatores.Rodrigues Neto (1994). afirma que os prin-cipais fatores foi o surgimento na décadade 80. da nova matriz produtiva da econo-mia do Rio Grande do Norte, a indústria

Com relação ao comércio exterior.o Rio Grande do Norte apresenta umapauta de exportação pouco diversificada,com predomínio de apenas seis produtos.que vêm representando nos últimos anos.65% a 75% do volume total exportado. As

13

Setor 1970 1975 1980 1985 1990 1992 1997Primário 18.81 23.4 15.7 12.1 5.9 6 4.1

Secundário 26.4 26.1 28.8 41.3 40.2 41.6 45.4Terciário 54.8 50.5 55.5 46.6 53.9 52.4 50.5

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

frutas tropicais. principalmente o melão.castanha de cajú, couros. bombons e caramelos. lagosta e açúcar refinado de canaconstituem os principais produtos.

1996. considerando reservas. produção.exportação, mão-de-obra e concessõesminerais. Também comentaremos acercade sua contribuição para o desenvolvi-mento sócio-económico do Estado: Nestaanálise. por solicitação da SINTEC. serãoconsideradas as substâncias minerais me-tálicas, não metálicas e energéticas. Osminerais-gemas foram excluídos. pois suasreservas e produções registradas oficial-mente não refletem a realidade. É um seg-mento onde predomina a informalidade naatividade produtiva.

Os bens minerais, principalmentesal marinho. scheelita e tantalita. na déca.da de 70 contribuíam significativamente nabalança comercial do Estado. Em 1980.estes três produtos representaram cerca de43% do volume total exportado pelo Esta-do. Atualmente. só há exportação de salmarinho. Em 1996, esta contribuição repre-sentou apenas 2.4%

Em 1996. o valor total das exporta-ções no Estado. alcançou US$ 94,8 mi-lhões FOB. Quando comparado com ovalor do PIB estadual, representa apenas1,2% deste. valor considerado baixo nocontexto económico do Estado

3.4.2.1 Reservas

As reservas consideradas(Qua-dros ll e 12) correspondem às reservasoficiais aprovadas pelo DNPM. No RíoGrande do Norte, 12 substâncias mineraistêm depósitos quantificados. Deste total.cinco são de constituintes metálicos (miné.rio de ferro, ouro. ilmenita, scheelíta e zir-conita) e sete de constituintes não metáli-cos (argila. calcário. caulim. diatomita.feldspato. gipsita e mármore)

3.4.2 0 Setor Mineral

De maneira sucinta, analisaremoso desempenho da produção mineral do RioGrande do Norte no período de 1980 a

14

Minerais Industriais da Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 12 - Reservas Medidas das Substâncias Minerais Não-Metálicas do Rio Grandedo Norte (em 1.000 toneladas)

Fonte: Anuário Mineral Brasileiroj'mó

MME/DNPM 1981/1986/1991/1996/1997

No Quadro ll registraram-se osurgimento em 1990, das reservas de he-matita do Saquinho, em Cruzetal em 1985do minério de ouro da mina São Francisco.em Currais Novos. e em 1990. da ilmenitae zirconita de Baía Formosa.

As reservas de scheelita apresen-tam uma participação decrescente no perí-odo considerado. ocorrida em função. prin-cipalmente do fechamento das principaisminas, como Zangarelhas l e Boca da Lagel e 11. em maio de 1990 e Barra Verde. emfevereiro de 1990. bem como da drásticaredução da capacidade operacional damina Brejuí. ocorrida no início da décadade 90 e posteriormente o seu fechamento.ocorrido em novembro de 1 997. Todas elassituam-se nos municípios de Acari e Cur-rais Novos. respectivamente. Por outrolado. a mina Bodo, em Bodó, vem diminu-indo gradativamente as suas reservas me-didas. cubadas em 1982, sem que tenhaocorrido até hoje. o redimensionamento denovas resewas.

ocorreram no período de dezembro/1986 ajunho de 1991, tendo produzido cerca de1,5 toneladas de ouro. praticamente exau-ríndo estas reservas. O minério fresco,abaixo desta profundidade não foi pesqui-sado.

No Quadro 12 destacamos o cres-cimento das reservas de algumas substân-cias pela exploração das atividades delavra. De diatomita da região de Maxaran-guape, feldspato da região de Parelhas eTenente Ananias, e argila e calcário daregião de Mossoró. O decréscimo ocorridocom as reservas de feldspato em 1995. foidecorrente da exploração das minas Capo-eira e Malhada Vermelha, em Parelhas eXique-Xique. em Carnaúba dos Dantas.

Quanto às demais substâncias minerais. elas mantiveram posições relativamente estáveis no período analisado

3.4.2.2 Produção

As reservas de minério de ferro(hematita). também decrescentes, foramexploradas no período de outubro/1988 anovembro/1990, para a produção de ferro-gusa. Atualmente encontram-se exauridas.

O valor de produção mineral do RioGrande do Norte, no período de 1980 a1996. estava representado pela atuação decerca de 27 substâncias minerais e ener-géticas. destacando-se petróleo e gás natu-ral. seguindo-se areia, argila. água mari-nha. água mineral. barata, berilo. brita, cal,calcário calcítico. calcário magnesiano.caulim. diatomita, feldspato, gipsita. hema-tita. ouro, mica. quartzo. sal marinho. sche-elita talco e tantalita. e as rochas orna-mentais e de cantaria. como granito. már-more e quartzito.

As reservas de ouro também mos-tram um decréscimo no período considera-do. Foram projetadas para exploração numprazo de sete anos. pelo processo da lixivi-ação em pilha. utilizando principalmente ominério sulfetado. alterado, até 20m deprofundidade. Os trabalhos de exploração

15

AnosSubstância mineral 1980 1985 1990 1995 1996

Arg ila 1.860 20.047 7.615 6.063 6.063Calcário 1.757.876 2.204.064 2.470.538 2.425085 2.425.085

Caulim 1.016 1.006 1.003 990 990Diatomíta 29 536 1.023 1.274 1.274Feldspato 27 275 454 92 92

Giosita 7620 7.620 7.620 7.620 7.620Mármore 1.380* 1.380* 1.380* 1.380* 1.380*

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

A análise do valor da produção mi-neral (Quadro 13) mostra valores de de-sempenhos ascendentes. 84,2% em 1985e 82.3% em 1990, como reflexo principal-mente do aumento da produção do petróleoe gás natural no Estado, constatando-se acrescente importância destes recursosenergéticos para a economia estadual.

(Quadros 14 e 15), mostra uma predomi-nância. do desempenho descendente sobreo ascendente.O caso dos minerais metáli-cos é o mais discrepante

O valor da produção cai drástica econtinuamente no período analisado, atin-gindo em 1995. o pico máximo da queda.cerca de 89,9%. quando comparado comos anos anteriores. As causas destas vari-ações negativas foram provocadas pelasquedas dos preços no mercado internacio-nal da scheelita, wolframita. tantalita e be-rilo, que influenciaram fortemente o merca-

do interno, afetando a produção interna. Ascheelita. considerada como o carro chefeda mineração do Estado, foi bastante afe-tada, ocorrendo daí o fechamento das prin-cipais minas produtoras de Currais Novos.em virtude da baixa demanda por parte dosetor metalúrgico nacional e da excessivaoferta de tugstênio no mercado internacio-nal proveniente da China

Em 1 995, mesmo com a tendênciacrescente da produção do petróleo e dogás natural, ocorreu uma variação negativade 15,8%. fortemente influenciada pelaqueda de preços do petróleo no mercadointernacional. com reflexos no mercadointerno. Em 1996, com o aumento da pro-dução de petróleo e gás natural e umapequena recuperação dos seus preços nomercado interno. o desempenho do valorda produção voltou a ser positiva.

neraA análise do valor da produção ml-

excluindo o petróleo e gás natural

Quadro 13 Valor da Produção Mineral do Rio Grande do NorteInclusive Petróleo e Gás Natural (US$1000)

(15) Corresponde a variação negativa

Quadro 14 Valor da Produção Mineraldo Rio Grande do NorteExclusive Petróleo e Gás Natural (US$1000)

(53) Corresponde a variação negativa.Fonte: Anuário Mineral Brasileiro - MME/DNPM 1981/1986/1991/1996/1997

16

Ano Valorda oroducão Va rianãn foH.\1980 217.351  1985 400.349  1990 730.000  1995 614.911  1996 774.910

\ B V /

Ano  1980 62.229  1985 29.258  1990 113.566

\VV/

1995 87.106  1996 68.319   H l/

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 15 - Valor da Produção Mineral por Classe de Substância(US$ 1 000)

*MM - Minerais Metálicos - " MNM - Minerais Não-Metálicos(53) Corresponde a variação negativaExclusive petróleo e gás naturalFonte: Anuário Mineral Brasileiro - MME/DNPM - 1 981/1 986/1991/1996/1997

Quanto aos minerais não-metáli-cos, estes apresentaram desempenhos oradescendentes, ora ascendentes, cujascausas serão comentadas adiante.

estoques de sal existentes nos pátios dassalinas locais. ocasionado pela superpro-dução de sal. pela importação do sal chile-no e pelos altos custos de transporte marí-timo(do pátio da salina ao destino final).

Em 1985, o valor da produçãoapresentou uma variação negativa de 53%,ocasionada principalmente pela queda daprodução de sal marinho. por excesso dechuvas que provocaram enchentes nosprincipais parques salineiros do Estado. Em1990. o valor da produção apresentou umexcelente desempenho em relação a 1985.com uma variação positiva de 288%. Istodeve-se a recuperação da produção de salmarinho e ao aumento da produção debrita. água mineral. argila e diatomita. Nosanos de 1995 e 1996 ocorrem novos de-créscimos na produção, de 24% e 22%.respectivamente. em virtude da queda dopreço do sal marinho no mercado interno.Isto ocorreu em razão dos excessos de

O sal marinho participa, em média.com 75% a 85% da produção dos mineraisnão-metálicos. daí influenciar fortementeeste setor. Comparativamente ao PIB/RNa participação do valor da produção mineralapresenta valores que oscilam entre 7,9%a 13% (Quadro 16).

Em comparação aos Estados doNordeste, o valor da produção mineral(Quadro 17) do Rio Grande do Norte, queocupava a terceira posição nos anos de1980 e 1985, a partir do ano de 1990. pas-sou a ocupar a segunda posição. inferiorapenas ao Estado da Bahia

Quadro 16 - Valor Comparativo Entre o Produto Interno Bruto(PIB) e o Valor daProdução Mineral (VPM) do Rio Grande do Norte(Preços Correntes em US$ milhões)

Inclusive petróleo e gás naturalFonte: SUDENE e Anuário Mineral Brasileiro MME/DNPM 1981/1986/1991/1996/1997

17

Ano Classe desubstância

Valor da produção Variação (%) Participação (%)

1980 MM* 26.621   43MNM" 35.608   57

1985 MM 12.600 (53) 43MNM 16.658 Í46) 57

1990 MM 6.404 (49) 6

MNM 107.162 543 941995 MM 648 (89) l

MNM 86.458 Í19) 991996 MM

MNM683 5 l

67.636 Í22) 99

Ano PIB VPM VPM/PIB % 1980 2.736 217 7,91985 4.291 400 9.31990 5.608 730 13.01995 6.859 614 8.91996 7.848 774 9.8

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 17 Comparação do Valor da Produção Mineral Entre o Rio Grande do Norte e Estadosdo Nordeste (US$ 1000)

Inclusive petróleo e gás natural.Fonte: Anuário Mineral Brasileiro MME/DNPM 1981/1986/1991/1996/1997

3.4.2.3 Exportação Scheelita e tantalita. consideradosimportantes produtos da pauta de exporta-ção em 1980. responderam por 38.3% dototal exportado pelo Estado. A partir daí.com o início da decadência da atividade

produtiva (ocorrida em função da queda depreços no mercado internacional), as parti-cipações tornaram-se irrisórias. ou pratica-mente nulas. Atualmente. nas estatísticasde exportações, incluem-se na categoria deoutros produtos não especificados

Dentre os bens minerais exporta-dos no período analisado assinalam-se.majoritáriamente scheelita. tantalita e salmarinho. seguindo-se berilo e columbita.Scheelita. tantalita. berilo e columbita ex-portavam-se sob a forma de concentrados.e sal marinho. nas formas bruta e refinada.

Em 1980, o valor das exportações(Quadro 18) de bens minerais atingiu opico máximo na pauta de exportação doEstado, representando. em valor, cerca de43% do total exportado (US$ 54,8 milhõesdo total do Estado e US$ 23.7 milhões dosbens minerais).

O sal marinho que até 1985 repre-sentava o terceiro bem mineral da pauta deexportação. já a partir de 1986, passou aliderar a pauta, com a queda das exporta-ções da scheelita e tantalita. Atualmente. éo único bem mineral exportado

Daí em diante até ]996. as expor-tações registraram. geralmente. valoresanuais decrescentes. caindo no períodoanalisado, cerca de 95,2%. Em 1996. ovalor das exportações de bens mineraisrepresentou apenas 2,4% do total exporta-do pelo Estado (US$ 94,8 milhões contraUS$ 2.2 milhões).

No período 1980 a 1990. a expor-tação de sal marinho apresentou um de-créscimo em valor de 80.7% (US$ 2,36milhões em 1980 para US$ 456 mil em1990). Em 1996. apresentou um cresci-mento em valor de 395%. quando compa-rado com 1990(US$ 456 mil em 1990 paraUS$ 2,2 milhões em 1996)

18

Estados 1980 % 1985 % 1990 % 1995 % ii lgi :1111 99fi#lli l lgg %

Alagoas 41.606 2.0 143.550 5.5 117.000 4.4 91 545 4 1 lnl Ra9 a nBahia 1.050.613 52.8 1.163.351 44.g 1.022.000 38.4 871 974   q44 5qq R7 dCeará 49.612 2.4 274.094 l0.6 180.000 6.7 148 807   172 G42  

Maranhão 2.408 0.1 11.175 0.4 43.000 1.6 19 867      Paraíba 9.213 0.4 9.029 0.3 43.000 1.6 72 477      

Pernambuco 62.572 3.1 13.210 0.5 45.000 1.7 80 092 3 6 5q 776  Piaui 1.691 0.0 3.068 0.1 23.000 0.9 14 926 n 7    

R. G. Norte 217.351 l0.9 400.349 15.5 730.000 27.4 614 911 27 d    Sergípe 551.947 27.7 575.608 22.2 451.000 16.9 332 7q7 14 R 3R3 qlq  Nordeste 1.987.018 100 2.593.433 100 2.659.000 100 2 247 395 inn    

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 1 8 Exportação de Bens Minerais - Setor Primário(US$ 1000 FOB)

Rio Grande do Norte

Fonte:SINTEC-RN e SUDENE 1981/1986/1991/1996/1997

3.4.2.4 Ocupação de Mão de Obra produção de diatomita. Do número de em-pregados registrados em 1980, cerca de91,6%, ou seja. 2.476 empregados traba-lhavam na produção de scheelita, e osdemais. na produção de água mineral,calcário, caulim, diatomita e feldspato. Odecréscimo verificado nesse deve-se. prin-cipalmente. à crise que desestruturou asempresas produtoras de concentrado descheelita. em virtude da queda do preço dotungstênio no mercado internacional, umavez que eram as grandes absorvedoras demão-de-obra da indústria extrativa mineraldo Estado

Atualmente, as empresas produto-ras da diatomita detém o maior número deempregados do setor. Em 1996, cerca de58% da mão-de-obra foi absorvida por elas

A estatística refere-se principal-mente à mão de obra empregada em áreasde decretos e/ou portarias de lavra. Foramexcluídas as áreas de garimpos. salinas eda indústria de petróleo e gás natural. Estaocupação compreende pessoal de nívelsuperior e de nível médio. da administraçãoe operários. ocupados nas minas e nasusinas de beneficiamento.

No período de 1980 a 1995 (Qua-dro 19), constata-se um decréscimo contí-nuo da oferta de empregos na indústriamineral do Rio Grande do Norte. registran-do-se uma variação negativa de 80.8%. Em1996, a variação foi positiva devido ao au-mento de empregados, cerca de 18%. na

Quadro 19 Ocupação de Mão-de-Obra na Indústria Extrativa Mineraldo Rio Grande do Norte

(23) Corresponde a variação negativa

19

Bem Mineral 1980 % 1985 % 1990 % 1995 l    Berilo 133 0,5 155 2.6            

Columbita 133 0.5                Sal marinho 2.362 9,9 1.740 30 456 58 1.352 100 2.258 IUU

Scheelita 8.024 33,9 2.033 35            Tantalita 13.054 55,2 1.867 32.4 332 42        

Total do Bem Mineral 23.707 100 5.795 100 788 100 1.352 100 2.258 IQQ

Totaldo Estado 54.894 43.1 42.659 13.6 88.800 0,8 79.228 1,7 94.876 2,4

Ano Número de

empregada!Evolução

.  1980 2.703   1985 2.089   1990 1.248     1995 519 (59) 1996 566 9

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Noite

3.4.2.5 Concessões Minerais mineração. e demonstram a situação preo-cupante que atravessa atualmente o setormineral no Rio Grande do NorteA evolução das concessões mine-

rais será analisada de forma sucinta. con-siderando os indicadores de relatórios depesquisa aprovados e os decretos e/ou asportarias de lavra outorgadas por substân-cia mineral no Rio Grande do Norte.

Outro regime de exploração eaproveitamento dos recursos minerais. deaplicação restrita, é o do licenciamento. Eleregula principalmente o aproveitamento dassubstâncias minerais de emprego imediatona construção civil, e outras especificadasporlei

No período analisado, o DNPMaprovou 89 relatórios de pesquisa e outor-gou 37 portarias de lavra. Dentre os relató-rios aprovados. destacaram-se o calcáriocom 47%, a diatomita (23.5%) e água mi-neral (7%), e das portarias de lavras outor-gadas. destacam-se calcário (24%). diato-mita (19%), água mineral (13%). feldspato(11%) e ouro(11%). Nos Quadros 20 e 21principalmente no período de 1991 a 1996,percebe-se a queda ocorrida com as con-cessões minerais no Estado. No primeirocaso, comparativamente ao período de1986/1990. a queda foi de 69% e no se-gundo caso. também de 69%. Tais indica-dores dimensionam o comportamento da

Numa análise dos licenciamentosexistentes no Estado, outorgados até31.12.96, há um predomínio para mineraise rochas industriais de utilização imediatana construção civil. seguido da utilizaçãona agricultura. Foram outorgadas ll licen-ciamentos. assim distribuídos: granito parabrita (04). argila para cerâmica vermelha(02). calcário dolomítico para calagem desolo (02). ardósia para piso e revestimento(01), quartzito para piso e revestimento(01), areia para construção civil(01 )

Quadro 20 Relatórios de Pesquisa Aprovados noRio Grande do Norte

Fonte: Anuário Mineral Brasileiro MME/DNPM 1981 a 1997

20

Substância mineral 1980 a1985

1986 a1990

1991 a1996

Agua mineral 02 02 02Argila 01 02  Berilo   01  

Calcário 23 19  Caulim     01

Diatomita 08 05 08Feldsoato 02 02  Fluorita     01Gema   01  

Mármore 01    Ouro 01    

Scheelita   02  Titânio   01  Turfa   03  Total 38 39 12

Minerais industriais do Estado do Ria Grande do Nade

Quadro 21 Portarias de Lavra Outorgadas no RN

Fonte: Anuário Mineral Brasileiro - MME/DNPM - 1981 a 1997*Manifesto de Mina existente em 31.12.1 980

3.5 Pólos de Desenvolvimento campos terrestres, sob a forma de gásliqtlefeito de petróleo (gás de cozinha) egás residual (gás composto principalmentede metano), numa unidade de processa-mento de gás natural. O gás residual écomercializado para abastecimento deindústrias nos Estados do Rio Grande doNorte, Paraíba e Pernambuco. interligandoGuamaré ao Cabo de Santo Agostinho. emPernambuco. numa extensão de 420 Kmsendo denominado de Gasoduto Nordes-tão. Encontra-se em fase de execução aampliação do fornecimento deste gás emoutro ramal, interligando Guamaré a Forta-leza. no Estado do Ceará. sendo denomi-nado Gasfor

A indústria extrativa do petróleo egás natural no Estado, encontra-se emamplo processo de desenvolvimento pro-dutivo, que detém a primazia na produçãobruta nacional de petróleo em terra, sendoo terceiro maior produtor de gás natural dopaís. Tal aspecto vem proporcionando ex-celentes alternativas para a criação depólos de desenvolvimento. objetivandopromover a aceleração de base dos seto-res químico e petroquímico no Rio Grandedo Norte. Dentre as principais oportunida-des criadas, duas são consideradas rele-vantes.

Uma. é o Pólo Industrial de Gua-maré, implantado com investimentos maci-ços da Petrobrás. Encontra-se em opera-ção desde novembro/1985. Atualmente.está em fase de expansão e com outrosprojetos de ampliação. A segunda oportu-nidade encontra-se. no momento. em fasede projetos. cujas ações vem sendo imple-mentadas pelo Governo do Estado, Petro-brás e Federação das Indústrias do RioGrande do Norte, que é o Pólo Gás-Sal.(Figuras 3 e 4).

A expansão programada para oPólo de Guamaré. compreende a implanta-ção de uma segunda unidade de proces-samento de gá$ natural e uma unidadepara a produção de óleo diesel e naftaPara assegurar a garantia deste supri-mento, a Petrobrás ampliará a sua atualprodução de gás natural (3 milhões dem3/día para 5 milhões de m3/dia até o ano2000) e de petróleo. a partir da exploraçãodos campos de Pescada e Arabaiana, daplataforma continental em alto mar. Con-cluída tal expansão. está programada arealização de estudos de viabilidade técni-ca e económica para a implantação de umaplanta de conversão para a produção degasolina automotiva e querosene para avi-acao.

O Pólo Industrial de Guamaré ouPólo Petroquímico de Guamaré. aproveitae processa grande parte do gás naturalproveniente dos campos de Ubarana.Agulha, Aratum. Pescada e Arabaiana, naplataforma continental. em alto mar. e dos

21

Substância mineral 1980 a1985

1986 a1990

1991 a1996

Agua mineral 01 01 03Arg ila :-: [ ÕT  

Calcário 06 03  Caulim 01    

Díatomita 06 01  Feldsoato 02 01 01

Ferro   01  Gipsita* 02    Mármore 01    

Ouro 01 03  Scheelita 02    

Total 20 13 04

Minerais fndustriaís do Estado do Rio Grande do Nade

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22

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

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GUAMARE

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8

Rodovia Estadual NATAL

Rodovia Federal

Estrada de Ferro

ÁREA DNLAaOA DEEXnPORACj0 E ESTOCAGEM

DE,ÁGUAS-MÃESNATAL

0 l 2 3km

MOSSORÓ ,/

Figura 4 - Planta de Localização da ALCANORTE e do Pólo Gás-Sal

23

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Nade

O Pólo Gás-Sal compreende umconjunto de empreendimentos industriais aserem implantados pela iniciativa privada.promovido pela Federação das Indústriasdo Estado do Rio Grande do Norte - FIERNe incentivado pelo Governo do Estado.Este pólo objetiva promover a aceleraçãoindustrial de base dos setores químico epetroquímico do Estado a partir do apro-veitamento dos insumos minerais e ener-géticos em disponibilidade na região deMossoró, Macau, Areia Branca. Guamaré eadjacências, como calcário. sílica. sal mari-nho e gás natural. As atuais atividades daPetrobrás em Guamaré. e futuramente daprodução da barrilha em Macau, previlegi-am este município para sediar o pólo. queinclusive já dispõe de uma área de830 hectares para tal finalidade(Figura 4).

controle acionário. Este ano. o Governo doEstado assinou um protocolo de intençõescom o objetivo de transformar as dívidasque a Alcanorte tem com o BNB e BNDESem ações. Por outro lado, o BNDES vaigarantir os investimentos no valor deR$ 140 milhões para viabilizar a infra-estrutura da fábrica de barrilha. Neste gru-pamento está prevista a produção de bar-rinha, vidros planos e sabão em pó

c - Grupamento Soda/Cloro e De-rivados. Neste grupamento está prevista aprodução de soda caústica e policloreto devinila (PVC)

d - Grupamento Magnésio Metá-lico e Derivados. Este constituí o grupa-mento mais rentável e de maior custo doprojeto. Há interesse também manifestadopor um grupo francês, representado pelaconsultora France Fie. Neste grupamentoprevê-se a produção de magnésio metálico.sal refinado. brometos inorgânicos. bro-metos orgânicos e decabromodifenila

O projeto do Pólo Gás-Sal. segun-do a NATRONTEC/FIERN (1999), fol divi-dido em quatro grandes grupamentos pro-dutivos. para fins da atração de investido-res. A descrição sucinta das unidades inte-gradas é discriminada a seguir:

a - Usina Termoelétrica. É um

dos pontos de partida do pólo. pois forne-cerá a energia necessária para a implanta-ção das indústrias. Esta deverá cogerar asenergias elétrica e térmica via gás natural.Estima-se que a usina terá uma capacida-de produtiva de 330MW de energia elétrica.A capacidade produtiva da energia térmicaesta estimada em 250t/h de vapor. O passoinicial para a concretização deste pólo já foidado. com a assinatura de um protocolo deintenções ocorrido em julho/98. entre oGoverno do Estado, Petrobrás e a Cotemi-nas, que assegura a implantação destausína. Por sua vez. o Governo do Estadosubsídíará o custo final do gás natural.necessário a esta implantação, que deveráser reduzido em cerca de 51 %.

Os grupamentos soda/cloro e mag-nésio metálico. deverão utilizar como maté-rias-primas básicas, o sal marinho e às'águas-mães" das salinas. As águas-mãessão sub-produtos da produção do sal mari-nho. Anualmente. cerca de 6 milhões de m3destas salmouras são devolvidas ao mar. esão ricas principalmente em magnésio.potássio. sódio. cloreto. brometo. sulfato.dentre outros. A sua composição provávelé a seguinte: MgSO4 - 46.96g/ll MgCl279.56g/ll KCI - 15.92g/l e Naco - 202, 12g/l

3.6 Infra-Estrutura de Apoio

A infra-estrutura de apoio referenteaos meios de transporte. comunicação eaos serviços básicos de energia, abasteci-mento d'água do Estado, pode ser de ummodo geral. considerada como satisfatóriaO sistema de transporte no Estado, com-preende os segmentos marítimo. terrestre eaeroviario

b - Grupamento Barrilha e Deri-vados. Existe interesse manifestado porgrupos norte-americanos, em assumir ocontrole da Alcanorte, do grupo nacionalFragoso Pares. São os grupos U.S. SaltCorporation. com larga experiência na fa-bricação de barrinha. Florida Power e Lighte Peak Investments. As negociações avan-çam para definir os valores de venda do

O sistema marítimo movimentaprincipalmente cargas. em operações decabotagem. longo curso e outros. atravésdos portos de Natal, Areia Branca e Gua-maré. O porto de Natal é o mais importan-

24

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

te. está situado no estuário do Rio Potengí.Atualmente passa por um processo demodernização para duplicar a circulaçãodos produtos, objetivando o crescimentodas exportações. O seu canal de acessoestá sendo ampliado para permitir o apar-tamento de navios de maior calado(12,0 m). em baixa-mar.

interligação do porto de Natal com o projetodesta ferrovia.

A malha ductoviária está restrita àsatividades da Petrobrás, para escoamentodo petróleo e do gás natural produzidos naregião de Mossoró, Areia Branca, Pendên-cias, Alto do Rodrigues, Carnaubais e adja-cências.

O porto de Areia Branca está loca-lizado em mar aberto, é um porto-ilha artifi-cial, especializado na exportação de salmarinho. O porto marítimo de Guamaré,operado pela Petrobrás. está localizado emGuamaré. Foi construído em um modernoquadro de bóias, para escoar os produtosgerados pelo Pólo de Guamaré. no caso.GLP e óleo diesel e, futuramente. nafta,gasolina automotiva e querosene de avia-ção. E o porto de Macau. que atualmenteapresenta condições de funcionamentodeficiente.

O sistema aeroviário do Estado foi

definido pelo Departamento da AviaçãoCivil - DAC de acordo com o Plano Aeroviá-rio Estadual, compreendendo aeroportos eaeródromos. Destacam-se no Estado doisaeroportos. um em Parnamirim. o maisimportante, e outro em Mossoró. Ambosdestinam-se especificamente a passageirose cargas.

O aeroporto de Parnamirim. deno-minado Augusto Severo, está situado 12km ao SW de Natal. estando capacitadopara receber grandes aeronaves. Encontra-se atualmente em fase de modernizaçãopara possibilitar uma demanda de 1,5 mi-lhão de passageiros/ano e uma movimen-tação de cargas de 8 milhões de toneladas.

O sistema terrestre corresponde àsmodalidades rodoviária, ferroviária e ducto-viaria.

No Rio Grande do Norte. como emtodo o país. o sistema terrestre é realizadopredominantemente por via rodoviárias é oque possui maior eficiência e apresenta amaior demanda, contando com uma razoá-vel malha de estudas pavimentadas cor-tando todo o seu território. A malha rodovi-ária corresponde a uma extensão de27,4 mil km. sendo 1.6 mil km de rodoviasfederais (6,0%). 4.1 mil km estaduais(15,0%) e 21,7 mil km municipais (79,0%).O fluxo principal de escoamento de cargasorienta-se, em geral, na direção das rodo-vias federais (BR's 266, 304 e 406), quecruzam o Estado na direção aproximada E-W partindo de Natal. e da BR-101. que ligaNatal à Jogo Pessoa e ao Recife.

Os aeródromos que se caracteri-zam por sua pequena capacidade de tráfe-go. distribuem-se nos municípios de Açú,Caicó. Ceará-Miram. Currais Novos. Jardimdo Seridó. Macau, Pau dos Ferros. Tanga-rá. dentre outros. Encontra-se em fase deprojeto. a construção de um novo aeropor-to. localizado em São Gonçalo do Ama-rante, e que objetiva funcionar como entre-posto para exportação e importação demercadorias da América do Norte e daEuropa para o Mercosul. Isto proporcionaráao Estado a sua transformação como oprincipal portão de comércio exterior doNordeste porvia aérea.

A malha ferroviária constitui-se portrês ramais. estendendo-se por cerca de472 km, com a seguinte disposição: Natal-Nova Cruz-Guarabira, na Paraíba, com121 km: Natal-Macau, com 235 kml e Mos-soró-Sousa, também na Paraíba, com116 km. Oportunamente. estes ramais se-rão interligados ao projeto de moderniza-ção da Ferrovia Transnordestina, parapromover a integração entre os estados doNordeste. Também está programada a

O Rio Grande do Norte conta. atu-almente, com uma rede de distribuição deenergia elétrica que cobre todo o território,e que atende satisfatoriamente os setoreseconómicos urbanos. Por outro lado, nomeio rural este atendimento vem se ampli-ando, mas ainda existem áreas deficientesde energia

O sistema elétrico é constituído por1.1 mil km de linhas de transmissão de

25

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

69kv, 13.1 míl km de linhas de distribuiçãode 13.8 kv e 7,5 mil km de linhas baixatensão (380/220v). Dispõe de uma capaci-dade instalada de 670 mva para uma de-manda máxima da 433 mva.

O sistema de comunicação do Es-tado conta com os serviços de telefoniaconvencional, telefonia móvel(celular-bandas A e B), estações de rádio AM e FM.06 canais de televisão. 03 redes de TV porassinatura. postos de correios. e jornaisdiários. Dos 152 municípios do Estado.cerca de 83 são atendidos pela rede con-vencional. Os demais contam com postosde serviços distribuídos nas sedes e zonasrurais. A EMBRATEL disponibiliza os servi-ços de telex, circuitos vocais nacionais einternacionais. comunicação de som e ima-gem, transmissão de dados e 'rV executivaJá operam no Estado 6 provedores regula-res da internet

O consumo industrial de energiaelétrica em 1996 foi da ordem de 693.860mwh. Quando comparado ao ano de 1995(609.385mwh). constata-se um crescimentopositivo de 13,8%. Em 1996. o consumoglobal foi de 2.088.061 mwh. destacando-se o setor industrial como o maior consu-midor(33,2%). O abastecimento de energiaé feito pela Companhia Hidro-Elétrica doSão Francisco-CHESF, enquanto a distri-buição é realizada pela Companhia deServiços Elétricos do Rio Grande do Norte -COSERN. privatizada em novembro/97.quando passou para o controle da empresaholding lberdrola. de capital espanhol

3.7 Incentivos e Órgãos de Apoio

O governo do Estado do Rio Gran-de do Norte dispõe de dois programas es-taduais de incentivos para a indústria: oProadi. Programa de Apoio do Desenvolvi-mento Industrial e o Pro-Gás, Programa deApoio ao Desenvolvimento das Atividadesdo Pólo Gás-Sal. Ambos objetívam apoiar eincrementar o desenvolvimento industrialdo Estado

O abastecimento de água no Esta-do é feito pela Companhia de Águas e Es-gotos do Rio Grande do Norte - CAERN. epela Fundação Nacional de Saúde - FNS. Aconcentração de consumo é de base resi-dencial. destacando-se a cidade de Natalcomo a grande consumidora do Estado(38%). Dentre os municípios atendidos.cerca de 129 contam com os serviços daCAERN e 8 com serviços da FNS

O Proadi. criado em outubro/85. seconstitui em um incentivo muito atrativopara a concessão de financiamento a em-presas e indústrias, sendo administradopela SECRETARIA DE INDÚSTRIA. CO-MERCIO. CIÊNCIA E TECNOLOGIA eoperacionalizado pelo BANCO DO BRASIL.Os principais incentivos fiscais do Proadi.são a redução da base de cálculo ou Isen-ção do ICMS e deferimentos do ICMS paraalguns produtos e operações. destinados aempreendimentos industriais e agroindus-triais

A captação de água para o atendi-mento a população é principalmente reali-zada através de poços e de acumulaçõessuperficiais de águas (açudes, barragens.lagoas, etc.) Uma outra modalidade decaptação de água implantada recente-mente pelo governo estadual em regiõesconsideradas de acentuada escassez. épelo sistema de adutoras.

Encontra-se em andamento umprograma para implantar seis adutoras.através da captação das águas da barra-gem Armando Ribeiro Gonçalves e da La-goa do Bonfim. Duas adutoras foram con-cluídas (Sertão Central/Cabugí e Monse-nhor Expedito) e 04 outras estão em cons-trução (Jardim do Seridó. Médio Oeste.Mossoró/Serra do Mel e Serra de Santana).

Quanto a infra-estrutura de locali-zação, a região metropolitana de Nataldispõe do Distrito Industrial de Natal. com160 hectares (e área totalmente ocupada);o Centro Industrial Avançado. com 320hectares em Macaíba, e o anexo ao CentroIndustrial Avançado, com 48 hectares (am-bos encontram-se em fase de implantaçãoe instalação de indústrias diversas)

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Minerais Industriais do Estado do Río Grande do Nade

O Pró-Gás delimitou uma área de830 hectares. nas circunvizinhanças dafábrica da Alcanorte. em Macau, onde pre-tende implantar o Pólo Industrial de Macau(Figura 4).

vimento Económico e Social e o PRO-GRAMA BRASIL EMPREENDEDOR doBanco do Brasil. este último direcionado,principalmente. para micro e pequenasempresas

Outras modalidades de incentivosfinanceiros para aplicação em investimen-tos produtivos, são o FINOR - Fundo deInvestimentos do Nordeste. administradopela SUDENE. o FNE - Fundo Constitucio-nal do Nordeste. gerenciado pelo Banco doNordeste do Brasil, o Nordeste Competitivodo BNDES - Banco Nacional de Desenvol-

Outros incentivos de apoio ao de-senvolvimento científico e tecnológico sãoda FINEP - Financiadora de Estudos eProjetos. e do FUNDET - Fundo Estadualde Desenvolvimento Científico e Tecnológi-co vinculado à SECRETARIA DE INDUS-TRIA. COMÉRCIO, CIÊNCIA E TECNO-LOGIA do Estado do Rio Grande do Norte.

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

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Contexto Geológico Regional

Em linhas gerais. o Río Grande doNorte é constituído de terrenos antigosdenominados de Complexo Gnáissico-Migmatítico ou Complexos Caicó. São Vi-cente e Presidente Juscelino, nos quaisocorrem diversos tipos de granitóides intru-sivos. além de faixas de rochas metasse-dímentares dobradas, perfazendo cerca de60% da superfície do estado. A área res-tante compreende as coberturas não do-bradas fanerozóicas, englobando a BaciaSedimentar Potiguar. Formação Serra dosMartins. que forma chapadas interiores. oGrupo Barreiras. e sedimentos inconsolida-dos aluvionares e de dunas do Quaternário.

estruturação atual das sequências metas-sedimentares e do Complexo Gnáissico-Mígmatítico que são marcadas por filia-ções, eixos de macrodobras. falhas e zo-nas de cisalhamento, todas com direçãogeral NNE. O Complexo Gnáissico-Migmatítico (APgm) ocupa a maior áreados terrenos cristalinos de leste a oeste doestado e representa a etapa de desenvol-vimento precoce da crosta continental deidade Paleoproterozóica(2,40Ga a2.15Ga). com núcleos restritos do Arquea-no. As áreas mais representativas destaunidade estão em Santa Cruz a leste, Lajesno centro-norte. Caícó no centro-sul. Cam-po Grande no oeste, e Pau dos Ferros noextremo oeste até a divisa com o CearáA síntese geológica apresentada a

seguir é baseada nos seguintes trabalhosBarbosa et al. (1974) abrangendo a regiãoleste do estados Brasil DNPM(1998). mapade integração geológica do Estado do RioGrande do Norte, escala 1:500.000: Fortes(1987) sobre a Bacia Potiguarl e Ferreira(1 998). correspondendo à região centro-suldo estado (Figura 5). As rochas cristalinasmais antigas foram afetadas por sucessivasfases deformacionais e o evento tectono-magmático mais recente e abrangente édesignado de Ciclo Brasiliano (750Ma-550Ma). o qual além de ser responsávelpor intenso plutonismo dominantementeácido. culminando com alcalino. modelou a

Este complexo é constituído domi-nantemente de ortognaísses granodioríti-cos. tonalíticos e graníticos, de texturaequígranular ou augen, com pronunciadobandamento metamórfica antigo. atestandocondições do fácies anfibolito. Incluemmetabásicas. biotita-paragnaisses, ortoan-fibolitos. além de raras lentes de quartzitoformação ferrífera. mármore e rochas cal-cissilicáticas. algumas mineralizadas emscheelita. Ocorrências de barata. amianto.água marinha. esmeralda. berilo. talco eferro também são assinaladas

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40'00' 38 00' 36'00' 34'00'400

Ceará

b'ç3riNatal

UfJ

L\

6'00

']

Paraíba/'- -......

Jogo Pessoa

ZPernambuco Recife

8 00

0 50 100 km

BRASIL DNPM. Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do NorteBrasílía: DNPM/UFRN/PEI'ROBRAS/SINTEC-RN(1 998)

1:500.000

Barbosa, A. J. et al. Prometo Leste da Paraíba e Rio Grande do Norte, 1:250.000Recife: Convênio DNPM/CPRM (1 974)

Fortes. F. P. Mapa Geológico da Bacia Potiguar, 1 :100.000Natal: PETROBRAS (1 987)

Ferreira, C. A. Folha Caicó, 1:250.000. Recife, CPRM(1998)

Figura 5 Bases Geológicas Regionais do Rio Grande do Norte

O plutonismo no Paleoproterozóico(Py) é representado por augen gnaissesgranitóides com biotita, e proporções variá-veis de anfibólio, de natureza subalcalí-

na/monzonítica ou cálcio-alcalina potássi-ca. Incluem ortognaisses granodioríticos agraníticos de afinidade cálcio-alcalina. alémde fácies leucocráticos. metapegmatitos e

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rochas metabásicas subordinadas. Esta

unidade. chamada de granitos G2 por Jar-dim de Sá (1994) e designada por Ferreira(op. cit.) de Suite Magmática Poço da Cruz,é considerada sin a tarda-tectónica a umevento de deformação tangencial e o me-tamorfismo é da fácies xisto verde a anfibo-lito

em Lucrécia e em Tenente Ananias noextremo sudoeste do estado. Ao sul dacidade de Currais Novos aflora importantesegmento da Formação Jucurutu bordejan-do o limite norte do maciço granltóíde Acari.onde ela apresenta intercalações de már-more e calcissilicáticas contendo o maiorjazimento de scheelita do Brasil

Cobrindo parcialmente o ComplexoGnáissico-Migmatítico ou Caicó jaz umaextensa seqüência supracrustal essencial-mente metassedimentar de idade protero-zóica (Neo a Mesoproterozóica?) que cortaa região central do estado segundo duasfaixas paralelas orientadas na direçãoNNE. sendo representadas pelas forma-ções Jucurutu, Equador e Seridó. as quaisintegram o Grupo Seridó. Os contatosdeste grupo com o Complexo Caicó geral-mente são marcados por zonas de cisa-Ihamento. A faixa leste, descrita por Ar-chanjo(1993) e Jardim de Sá(1994) sob adesignação de Faixa Seridó. é a de maiordimensão. com largura máxima de 63kmentre São José do Serídó e Carnaúba dosDantas, e média de 30km, adentrando-seao sul pelo estado da Paraíba. O limitenorte é encoberto pelos sedimentos daBacia Potiguar, exibindo uma extensãoaflorante contínua de 175km. Os traçosestruturais mais marcantes são de direçãoNNE-SSW, correspondendo a dobras nor-mais e invertidas, e zonas de cisalhamentotranscorrentes dextrais com alguma com-ponente transpressiva e transtensíva

A Formação Equador (MNse), con-siderada por alguns como uma variaçãolateral de fácies da Formação Jucurutu.correspondendo a uma sedimentação ma-rinha plataformas em ambiente extensionalé composta basicamente de muscovita-quartzito esbranquiçado (qt) e metacon-glomerado (mc). ambos cortados por nu-merosos diques de pegmatitos

O quartzito exibe foliação bemdesenvolvida, granulação média a fina etextura equigranular. No estado o quartzitose dispõe segundo uma estreita faixa des-contínua com extensão total de 150km nadlreção NNE. As maiores extensões aflo-rantes estão na porção sul do estado comdois segmentos, um entre Parelhas eEquador formando a serra das Queimadas.que se prolonga para sul pelo estado daParaíbal mais a norte. entre Carnaúba dosDanças e Currais Novos, formando a serradas Umburanas

Nestes segmentos a largura médiaaflorante é de 4km. estando em contatocom o xisto da Formação Seridõ ondedesenvolve provável zona de cisalhamento.e na primeira serra compõe uma anticlinalnormal com eixo mergulhante para norte.enquanto na serra das Umburanas a es-trutura é braquianticlinal. Em Parelhas oquartzíto é lavrado e usado como revesti-mento de piso e parede. Numa área aflo-rante ao sul de Cerro Cora forma outrabraquíanticlinal, e no extremo norte ele seadelgaça numa extensa língua constituindoa serra do Feiticeiro. a sudeste de Lajes

A base do Grupo Seridó é repre-sentada pela Formação Jucurutu (MNsj)composta de biotita-paragnaisses comproporções variáveis de anfibólio. epidoto ediopsídio. freqtlentes íntercalações demármores esbranquiçados, de textura sa-caroidal, às quais se associam rochas cal-cissilicáticas. algumascom forte mineraliza-ção scheelitífera, e lentes restritas de pa-ranfibolitos. Ocorrem ainda níveis de orto-anfibolito, serpentinito, formação ferrífera emicaxistos aluminosos a biotita. A área demaior exposição da Formação Jucurutuencontra-se a leste de Jucurutu até próxi-mo de São Fernando, na margem direita dorio Piranhas. Faixas estreitas e alongadasdesta formação ocorrem entre São Vicentee a oeste de Ouro Branco. ao sul de Param.

O metaconglomerado tem área deocorrência restrita. desenvolvendo-se emParelhas na zona periclinal da anticlinal daserra das Queimadas e segue bordejandoo flanco leste dessa estrutura ao longo de20km. Ele tem natureza mono a polimictacom matriz cinza-esverdeada essencial-

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

mente quartzosa. Está sendo lavrado emParelhas para uso como pedra ornamental.

buda, do Câmara e das Porteirasl (Nyd)suites básicas a intermediárias incluindogabros. monzogabros, dioritos. monzo equartzo-dioritos, granodioritos, usualmentecom biotita e/ou anfibólío. de afinidadesubalcalina/shoshonítical exibem corposrelativamente pequenos e de formas irre-gularesl (Nrc) suite de biotita-granitosequigranulares. localmente porfiríticos,leucogranitos com muscovita de granula-ção média a grossa. de filiação peralumi-nosa ou subaluminosa. e biotita-anfibólío-granodioritos a tonalitos, de natureza cál-cio-alcalina. Esta suite tem larga distribui-ção segundo a direção geral E-W sob aforma de maciços irregulares individualiza-dosl fora desse frend existe um corpo arre-dondado a leste de Campo Redondo, alémde uma série de corpos alinhados. estreitose alongados, nas zonas de cisalhamento

que cortam a Formação Seridól (Nyb) deocorrência restrita. representado por gra-nito e sieno-granito porfiróide, com anfibólioe proporções variáveis de piroxênio, defiliação alcalinas (Nya) de idade tarda a pós-tectõnico ao Ciclo Brasiliano. ocorre umúnico plutão de síenogranito alcalino. in-cluindo fácies com faialita e piroxênios.designado de Granitóide Brasíliano deUmarízal.

A Formação Seridó (MNss) é aunidade mais jovem do Grupo Seridó e aque ocupa a maior área aflorante em terre-nos rebaixados, desde Equador no extremosul onde se estende pela Paraíba. até oextremo oposto ao norte de Carnaúba deAngicos, onde é encoberta pelos sedimen-tos da Bacia Potiguar.

A unidade MNss também está bemrepresentada desde Angico até a oeste deFlorânia por uma extensão linear de 75km.Ela se compõe de granada-biotíta-xistosaluminosos a feldspátícos, com porcenta-gens variáveis de cordierita. estaurolita.sillimanita, andaluzita, e. raramente cianita.Vênulas e veios de quartzo interfoliados emicrodobrados estão sempre presentes.Também ocorrem intercalações lenticularese esparsas de mármore. calcissilicáticas.quartzito e ortoanfibolito. Na porção sul écortada por enxames de pegmatitos quegeralmente se destacam no relevo. EmParelhas e noutros municípios. áreas aflo-rantes e alteradas do xisto são explotadaspara o fabrico de telhas e tijolos em diver-sas olarias. Em alguns locais, exposiçõesnão alteradas do xisto são cortadas emplacas e usadas como piso e revestimentode paredes. No intervalo entre o Ordoviciano e

Jurássico Inferior não são conhecidos re-gistros geológicos no estado. Do JurássicoMédio ao Cretáceo Inferior desenvolve-se oMagmatismo Río Ceará Miram que é repre-sentado por enxame de diques de diabásioe basalto de afinidade toleítica, os quaistêm direção geral E-W e cruzam nestadireção toda a região central do estado

Durante o Neoproterozóico houvediversificada atividade plutõnica, manifes-tada por intrusões dominantemente graníti-cas, com rochas básicas-intermediáriassubordinadas, sin a tardi-tectónicas aoepisódio principal do Ciclo Brasiliano. Esteplutonismo é representado pelas seguintessuites: (NFe) granitóides porfiríticos de gra-nulação grossa a média. com biotíta e anfi-bólio em menor percentagem, de afinidadesubalcalina, monzonítical os pórfiros sãoformados por prismas centimétricos de K-feldspato róseos com proeminente gemina-ção Carlsbad. Esta suite é a mais difundidano estado, e ela inclui fácies K-diorito. gra-nito equigranular, e rochas básicas subor-dinadas.

A Bacia Sedimentar Potiguar ocupatoda a região norte do estado. prolongan-do-se na plataforma marinha. e a oestecontinua no estado do Ceará. A porçãoemersa no Rio Grande do Norte tem exten-são de 250km na direção E-W e larguramáxima aflorante de 100km na direçãoN-S. A evolução da bacia teve início noCretáceo Inferior com a deposição da For-mação Pendências (Kp), constituída dearenitos finos. argilosos. intercalados comsiltitos e folhelhos ricos em matéria orgâni-ca, depositados em ambiente lacustre as-sociado com deltas progradantes e planí-

Os maciços são alongados na dire-ção NNE e formam elevações expressivascomo as serras do Jogo do Vale. da Barri-

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

cies aluviais. Também ocorrem conglome-rados e arenitos grosseiros demarcandoantigas escarpas de falha do embasamentocristalino. Esta unidade ocorre fundamen-talmente em subsuperfície, mas existemtrês áreas aflorantes, preenchendo estrutu-ras de graben encravado em rochas crista-linas. a nordeste de Riacho da Cruz, emRafael Fernandes e Coronel João Pessoa.

claros a amarelados. siltitos. folhelhos,argilitos e dolomitos cremes. Níveis restri-tos e descontínuos de evaporitos (gipsita ecelestita subordinada) ocorrem na base. Oscalcários cálcicos e magnesianos são usa-dos na indústria de cimento, cal. corretivode solo e ração animall na construção civilcomo piso, revestimento e pedrasl e gipsitae argilas em cimento e gesso agrícola

Segue-se no topo a Formação Ala-gamar que. junto com a formação anterior-mente citada, integram o Grupo AreiaBranca. ocorrendo apenas em subsuperfí-cie. A Formação Alagamar é representadapor arenitos finos a grossos, intercaladoscom folhelhos lagunares ricos em matériaorgânica, depositados em ambiente transi-cional. Também ocorrem camadas de car-bonatos fossilíferos sob influência marinharestrita. Esta formação é produtora de pe-tróleo e gás.

Soleiras de olivina-basaltos de afi-nidade alcalina caracterizam o Magmatis-mo Serra do Cuó com datação do CretáceoSuperior. 90-85 Ma (K-Ar). Duas pequenasexposições desse magmatísmo são encon-tradas a leste da cidade de Açu.

O Terciário Inferior está represen-tado pela Formação Serra dos Martins(Tsm), formando chapadas no interior doestado. destacando-se como a de maiordimensão a Serra de Santana ao norte deCurrais Novos. Consta de arenitos médiosa conglomeráticos. avermelhados ou ama-relados, com níveis caulínicos e silicifica-dos, associados a sistemas fluviais. Segue-se o Magmatismo Macau (Tm) datado de40Ma-25Ma (K-Ar). representado por olivi-na-basaltos de filiação alcalina. contendoxenólitos peridotíticos, sob a forma de der-rames. diques. p/ugs e necks. São registra-das quatro áreas aflorantes dessas rochas.onde a maior delas se encontra a sudestede Macau. A oeste da cidade de Lajes. emmeio a ortognaisses. surge um neck comproeminente destaque topográfico. desi-gnado de Pico do Cabugi.

A seguir depositaram-se os sedi-mentos do Grupo Apodi. compreendendoas Formações Açu, Quebradas e Jandaíra.a primeira em ambiente continental asso-ciado a leques aluviais e sistemas fluviais.e a última em ambiente marinho de plata-forma rasa. A Formação Açu (Ka) compõe-se de arenitos finos a grossos. com níveisconglomeráticos. e em direção ao topoapresenta intercalações de folhelhos eargilitos sílticos. Esta unidade é de grandeinteresse económico. pois além de encerraro maior aqt)ífero do estado, contém osmais significativos reservatórios de petróleoe gás do Rio Grande do Norte. Os arenitosafloram extensivamente na borda sul dabacia. desde a divisa com o Ceará até JoãoCâmara, segundo uma faixa E-W de375km. O contato norte é gradacional comos calcários da Formação Jandaíra e a sulcom rochas cristalinas do embasamento.

Completa a estratigrafia do Terciá-rio a Formação Guamaré. que ocorre ape-nas em subsuperfície. Compõe-se de cal-carenitos bioclásticos depositados na pla-taforma e talude. interdigitando-se com aFormação Tibau (Tt), constituída de areni-tos médios a grossos, imaturos, amarela-dos. Afloramentos desta unidade são car-tografados a leste de Pendências. O GrupoBarreiras (TQb). que se distribui em largasexposições bordejando toda a região cos-teira do estado, é formado por arenitosfinos a médios. ou conglomeráticos. aver-melhados, com intercalações sílticas, argi-losas e caulínicas. dominantemente asso-ciados a sistemas fluviais. As paleodunas(TQd) e as paleocascalheiras (TQc) ocor-

Na faixa norte da bacia ocorre aFormação Quebradas reconhecida apenasem subsuperfície. constituída por folhelhosíltico arenoso. com finas camadas de car-bonatos. gradando lateralmente para onível superior da Formação Açu. Sobreesta repousa a Formação Jandaíra (KJ) quetem a maior área de exposição do grupo. eapresenta como litótipos comuns calcárioscinza a creme, margas e calcarenitos cinza

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Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

rem constituindo cordões de dunas fixas emanchas expostas na porção leste do Es-tado, recobrindo os sedimentos do GrupoBarreiras.

sentados por depósitos costeiros (Qd).constituídos por areias finas a grossas.bem selecionadas. comumente constituindocordões de dunas móveis. e as aluviõesrecentes (Qa), representadas por areias.argilas e cascalhosl depósitos de planíciese canais de marés depósitos de lagoas

A coluna estratigráfica se encerracom os sedimentos quaternários, repre-

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Os Minerais e Rochas Industriais

5.1 Definição e Características produtos de alta tecnologia modernaSão muito competitivos entre si. podendoser substituídos um por outro em váriasaplicações industriais, resultando em bai-xos valores unitários:

Geram empreendimentos minerais pe-quenos a médiosEnsejam pesquisa e desenvolvimento

diferenciados dos minerais metálicos. Emgeral, a pesquisa dos minerais industriaisé iniciada por uma provocação de merca-do. enquanto que a dos minerais metáli-cos é iniciada por uma perspectiva geoló-ylUd.

Apresentam recursos potenciais relativa-mente abundantes e o seu aproveita-mento é, em geral, racionalizado por situ-arem-se próximos dos centros consumi-dores.

Minerais Industriais. segundo Fer-nandes (1997). são rochas, minerais ououtros materiais de natureza mineral.quando consumidos em todas as suasaplicações não metalúrgicas e não-energéticas por um amplo espectro desegmentos da indústria de transformação.pela própria indústria extrativa mineral ouutilizados diretamente por outras ativídadescerâmicas(construção. agricultura, sanea-mento básico. entre outros).

As principais características dosminerais industriais, segundo Moreira(1994), são as seguintes:

Transferem suas propriedades aos pro-dutos industriais. Parte dos minerais in-dustriais são utilizados por suas proprie-dades físicas e outros peelos atributosquimicoslApresentam grande diversidade de apli-cações. produtos. preços e tipologias dedepósitos. mesmo para um único mineralSeus depósitos são em geral de pequenoa médio portesSuas aplicações são crescentes. incluindo

5.2 Reservas

As reservas referem-se a quantifi-cação comprovada (Quadro 22) em termosde tonelagem e teor de uma substânciamineral. rigorosamente determinadas den-tro dos limites estabelecidos. sendo estasaproveitáveis economicamente ao tempoda sua comprovação.

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Minerais Industriais do Estado da Rio Grande do Nade

Quadro 22 - Reservas de Minerais e Rochas Industriais do Rio Grande doNorte - 1996 (Em t)

Fonte: Anuário Mineral Brasileiro - MME/DNPM - 1997 e DNPM/RN

As reservas aqui consideradas cor-respondem às reservas oficiais aprovadaspelo DNPM. em áreas de concessões mi-nerais (referentes a relatórios de pesquisaaprovados e portarias de lavra)

económico, será abordado no item de de-talhamento individual dos minerais e rochasindustriais

5.3 Produção

Serão abordados os dados maisrecentes, referentes as reservas medidas.indicadas e inferidas dos seguintes mine-rais e rochas industriais: argila, calcáriosedimentar, calcário metamórfico. caulim.diatomíta. feldspato, fluorita e gipsita.

A quantidade e o valor da produçãodos minerais industriais aqui considerados(Quadro 23). correspondem aos dadosoficiais mencionados pelo DNPM, princi-palmente em áreas de concessões mine-rais correspondentes a nove substânciasminerais: areia, argila, brita. calcário calcíti-co. calcário dolomítíco, caulim. diatomita.feldspato e sal marinho. As informaçõesforam coletadas com base nos relatóriosanuais de lavra, com exceção do sal mari-nho. cujos dados foram obtidos junto aoSindicato da Indústria da Extração do Sal.

O enfoque referente à quantifica-ção com base em evidências geológicasresultantes dos trabalhos de prospecçãocom indicação preliminar de economicida-de, ou seja, com perspectiva razoável deaproveitamento económico a ser compro-vado posteriormente. denominado recurso

Quadro 23 Produção de Minerais e Rochas Industriais do Rio Grande doNorte - 1 996

Fonte: Anuário Mineral Brasileiro MME/DNPM 1997

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Substância mineral Rnç:nrt/ae   

Argila 6.063 016    Calcário sedimentar 2.425 085 276    

Calcário metamórfica 46 717 652    Caulim 990 233 797 nnn  

Diatomita 1 912 617    Feldspato 107 261    

Fluorita 363    GiDsita 7 618 377    

Substânciaminera l

Quantidadenroduzidallít\

Valor dan rnrl l irã ótilfl l q C$4 f\nn\

Areia 426 g99*  Argila 381 7nn  Brita 321 63n*  

Calcário calcítico 44g lqR  Calcário dolomítico   47

Caulim    Diatomita    Feldsnato    

Sal marinho 3 450 000  

Minerais !ndustriais do Estado do Rio Grande do Norte

Quadro 24 Produção Estimada de Minerais e Rochas IndustriaisDiversos do Rio Grande do Norte - 1996(Em t)

Fonte: Direto do produtor

Quanto a outros minerais indus-triais produzidos informalmente e de formaintermitente, em regime de garimpagem.caso de barata. cal. gipsita. mica. quartzo etalco. não existem registros oficiais dassuas produções. Com base em informa-ções fornecidas nos locais de produção,apresenta-se neste relatório uma estimativaaproximada da quantidade anual produzidapor estas substâncias no ano de 1996(Quadro 24).

a) AreiaAilton Barbosa de Medeiros - São Gonçalodo AmaranteAntonio Cardos Sobrinho - MossoróFrancisco Xavier Ferreira -- São Gonçalodo AmaranteCherosil Juarez de Lima -- São Gonçalo doAmaranteGeraldo Teixeira - Natal

Geronilton Rodrigues da Silva - MonteAlegreJosé Gomes Barbosa - Monte AlegreJosé Jaelson de Andrade Simões -- SãoGonçalo do AmaranteLútercio Jackson Guimarães - São Gon-pn in dn A mn râ ntn

Ramiro Francisco de Souza -- São Gonçalodo Amarante

Vale salientar que. nestes últimosanos. encontram-se paralisadas as produ-ções de barata, gipsita e quartzo. enquantoque as demais substâncias mantiveram umritmo de produção mais contínuo. nos anosde 1997 e 1998. A produção da argila édestinada para cerâmica vermelha. Ocor-rem também produções esporádicas einformais de outros minerais industriais,como ambligonita e espodumênio. cujosdados são de difícil obtenção.

b) ArgilaMineração Geral do Nordeste Parnamirim

c) BarataCarbomil S. A. Mineração e IndústriaAngicosQuímica Geral do Nordeste S.A. - LagesUnião Brasileira de Mineração S. A.Equador

5.4 Principais Empresas

As principais pessoas físicas e jurí-dicas que respondem pela extração etransformação mineral de minerais e ro-chas industriais. encontram-se relaciona-

das a seguir, com o respectivo municípioprodutor. Esta relação foi montada combase nos dados do Cadastro Industrial daFIERN (1998), do DNPM/RN e Xavier(1998).

d) BritaAgromar Mineração Ltda - TaipaBrasil Brita Mineração Indústria e ComércioLtda - MossoróBrita Souto Ltda - MossoróBritagel Artefatos de Concreto Ltda - Dix-Sept Rosado e RiachueloBritemer Indústria e Comércio Ltda - Mos-soro

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Substânciamine ra l

Quantidadeoroduzida

Argila cerâmica vermelha)* 800.000Barata 20.000

Cal 150.000Gipsita 300

Mica 600Quartzo 200

Talco 18.000

Minerais Industriais do Estada do Rio Grande do Nade

Campel - Construções e Máquinas Pesa-das Ltda - TaípúFrancisco de Assis Montenegro Queiroz --PendênciasJ. G. Material de Construções - RafaelFernandesPrincol - Pré-moldados Indústria e Comér-cio Ltda - Caicó

Potycret Produtos de Concreto Ltda - SãoC.nnnnln dn A marantn

Real Brita Ltda - Macaíba

Lavras Santo Amaro -- Equador

i) Cerâmica vermelhaCelime Cerâmicas Medeiros Ltda -- Pare-lhasCerâmica Acauã Ltda - AcariCerâmica Bamburral Ltda - PendênciasCerâmica Beira Rio Ltda - ParelhasCerâmica Caríri Ltda - PendenciasCerâmica Currais Novos Ltda - CurraisNovos

Cerâmica da Ponte Ltda - lpanguaçúCerâmica Dantes Ltda - AcaríCerâmica Diamantina Ltda -- MarcelinoVieiraCerâmica Diniz Ltda -- lpanguaçúCerâmica do Gato Ltda - ltajáCerâmica F. Santiago Ltda - lpanguaçúCerâmica ltajá - Ltda - lpanguaçúCerâmica J. Azevedo - Parelhas

Cerâmica Jacaraú - São Gonçalo do Ama-ranteCerâmica João Barbalho Ltda - GoianinhaCerâmica Lagoinha Ltda -- São Gonçalo doAmaranteCerâmica Luciano Ltda -- Currais NovosCerâmica Malhada Grande Ltda - OuroBrancoCerâmica Meira Ltda - Jardim do SerídóCerâmica Modelo Ltda - lpanguaçúCerâmica Nacional Ltda - lpanguaçúCerâmica Nordeste Ltda - MossoróCerâmica Nova Diniz Ltda - AçüCerâmica Novassu Indústria e ComércioLtda - lpanguaçúCerâmica Padre Jogo Mana - Nísia Flo-restaCerâmica Panorama Ltda -- PendenciasCerâmica Parelhas Ltda -- ParelhasCerâmica Planalto Ltda -- Alto do RodriguesCerâmica Samburá Ltda - São Gonçalo doAmaranteCerâmica Santa Clara Ltda - Santa CruzCerâmica Santa Elisa Ltda - São Gonçalodo AmaranteCerâmica Santa Elvira Ltda - GoianinhaCerâmica Santa Mana Ltda - São Gonçalodo AmaranteCerâmica Santo Antõnio Ltda - AcaríCerâmica São Fernando Ltda -- São Fer-nandoCerâmica São Joaquim Ltda - Nísia Flo-restaCerâmica São José Ltda - CaicóCerâmica São Sebastião Ltda - Parelhas

e) CalCal Junco Mineração - MossoróCal Mossoró Ltda - MossoróComercial e Industrial de Cal Ltda - Díx-Sept RosadoHonorato Alves de Oliveira - Dix-Sept Ro-sadoIndústria de Cal e Cerâmica Ltda - Dix-Sept RosadoIndústria e Comércio de Cal e CerâmicaLtda - Dix-Sept RosadoJogo Aldeni de Souza -- ApodiPetrocal Indústria e Comércio de Cal Ltda -JandaíraSiderúrgica União S. A. - Currais Novos

f) Calcário dolomíticoAdubos Santa Raquel - MacaíbaAzevedo Corretivos de Solos Ltda.VelhoCarirí - Carvalho Irmãos IndustrialPendênciasIrmãos Arnaud Agropecuária S.A.Câmara

Pedro

Ltda -

- Jogo

g) Calcário calcíticoltapetinga Agroindustrial S. A. - MossoróCompanhia Brasileira de Equipamentos --MossoróCarbomil S. A. - Mineração e Indústria -BaraúnaAlcanorte -- Alcalis do Rio Grande do NorteS. A. - MacauCompanhia Cearense de Cimento Portland- MossoróSandra Mineração -- Mossoró/Areia Branca

h) CaulimMana Adélia de Souza -- EquadorMineração José Marcelino de Oliveira Ltda- EquadorMinérios Martins Ltda - EquadorCaulim Calçara Ltda - Equador

N isca t- lo-

37

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Cerâmica Serra Branca Ltda - lpanguaçúCerâmica Sevania Ltda -- UpanemaCerâmica Telhassú Ltda - AçúCerâmica Tibíri Ltda - Parelhas

Cerâmica Triunfante Lida - lpanguaçúCerâmica Vale do Açú Ltda - AçúCerâmica Vencedora Ltda - lpanguaçúCerâmica Vieira Diniz Ltda - lpanguaçúCerâmica Vila da Princesa Ltda - AçúCerâmica Uruassú Ltda - São Gonçalo doAmaranteCerâmica Vale do Apodi Ltda - ApodCerâmica Ouro Branco Ltda -- Ouro BrancoE. A. Dantas Cerâmica - ParelhasF. Azevedo Cerâmica -- ParelhasG. B. Fonseca Cerâmica - ParelhasIndústria de Cal e Cerâmica Ltda - Dix-

Sept-RosadoIndústria de Cerâmica Santa Rosa Lida -Ceará-MirimIndústria de Cerâmica Sertaneja LtdaAfonso BezerraIndústria de Artefatos Cerâmicos Diniz Ltda-AÇúJ. A. Dantas Cerâmica - Carnaüba dosDantasM.A. Medeiros Cerâmica - ParelhasR. Freire Indústria e Comércio Ltda - SãoGonçalo do AmaranteTriunfante Cerâmica Ltda - lpanguaçú

Mineração Salgadinho - Carnaúba dosDantasMineração Ubaelra S. A. - Currais NovosCooperativa dos Mineradores de São Tomé- São Tomo

Minérios Martíns Ltda - EquadorSilvino José Dantes - Carnaúba dos Dan-tas

k) GipsitaEmpresa Industrial Gêsso MossoróDíx-SeptRosadoS. A. Mineração Jerõnimo RosadoSept Rosado

Dix

1) 11menita, Rublo e ZirconitaRublo e llmenita do Brasil S. A.Formosa

Baía

m) MicaJosé Xímenes Filho

n) Sal marinhoSalina Diamante Branco - GalinhosCimsal - MossoróCompanhia Nacional de Alcalis - AreiaBranca. Grossos. Macau e MossoróHenrique Lage Salineira do Nordeste -MacauF. Souto - Areia Branca. Grossos. Macau eMossoró.F. Souto Irmãos - Areia Branca. Grossos.Macau e MossoróF. Souto Filhos - Areia Branca. Grossos.Macau e MossoróNorte Salineira S. A. -- Areia Branca

j) DiatomitaCearita - Empresa de Mineração IndustrialLtda - MaxaranguapeCiemil - Comércio Indústria e Exportaçãode Minérios Ltda -- Ceará-Miram e Maxa-

ranguapeMineração Dianorte Ltda - Maxaranguapee Ceará-MirimMineração Diafil Ltda - Nísia FlorestaMineração Gundelo Ltda -- Ceará-MirimMineração Ribeiro de Andrade S. A. - Ma-xaranguapeRogério Nery da Câmara -- MaxaranguapeSinval Duarte Pereíra S. A. - Ceará--Mirim

o) TalcoCerâmica Santa Mana - Ouro Branco

5.5 Descrição Individualizada dos Principais Minerais e Rochas Industriais

Após a abordagem, análise biblio-gráfica e as etapas de campo efetuadaspela equipe do projeto, foram listados 24minerais e rochas Industriais num total de942. correspondentes a indícios, ocorrênci-as. garimpos. jazidas e minas, assim distri-buídos:

h) EspodumênioMineração Salgadinho S. A.dos Dantas

Carnaúba

i) FeldspatoCelite Mineração do Nordeste Ltda - Pare-lhasMineração José Marcelino de Oliveira S. A.- Equador

Areia -- 40Argila -- 1 1 8Barita - 66

38

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Calcário calcítico(sedimentar) - ll 5Calcário dolomítico(sedimentar) - 59Calcário metamórfico - 63Caulim - 75Celestita - 04Diatomita - 1 53

Espodumênio e Ambligonita - 22Feldspato - 78Fluorita - 04Gipsita e Anidrita - 22Granada - 01llmenita, Rublo e Zirconita - 17Marca dolomítica - 02Mica - 70Quartzo - 07Talco - 25Vermiculita 01Total - 942

todo o Estado, e realizaram ensaios decaracterização tecnológica em cerca de17 ocorrências.

Diniz (1982). prospectou níveis deargilítos das minas de gipsita de Dix-SeptRosado, na Bacia Sedimentar do Apodo

Diniz (1986), selecionou e pros-pectou ocorrências de argilas em 07 seto-res correspondentes a depósitos de pla-nícies aluviais, compreendendo os RiosCeará-Mirim, Curimataú. Jacú. JundiaíMaxaranguape, Potengí. Trairí e Araraí.todos situados na zona do Litoral Orientaldo Estado.

Muzzi et al. (1986) realizaram en-saios de caracterização tecnológica em37 amostras de argilas coletadas nestes07 setores referidos

Estes são considerados os princi-pais minerais e rochas industriais que ocorrem no Río Grande do Norte

5.5.1 Argila para Cerâmica VermelhaOliveira(1986), efetuou trabalhos

de pesquisa de turfa e argila nos RiosGuajú e Pau Brasil em Baía Formosa. Fo-ram realizados 232 furos e coletadas 32amostras de argilas.

A cerâmica vermelha. também de-nominada cerâmica estrutural, segundoZandonadi(1995). compreende a parte dacerãmrca que engloba todos os produtosque apresentam cor vermelha após aqueima a 950'C. Estes produtos são utili-zados. em sua maioria. na construção civil.como tijolos. telhas, k)locos, lajes, lajotas eoutros artefatos. Essas matérias-primassão as argilas com alto teor de impurezas.cuja composição mineralógica é uma mistu-ra de argilo-minerais de caulinita. imita. es-mectita. matéria orgânica e minerais aces-sórios. como quartzo, mica. carbonatos eoutros. e uma apreciável quantidade decompostos de ferro, estes os responsáveispela cor vermelha característica dos pro-dutos. que resultam da oxidação destescompostos presentes ou liberados pelaargila durante a queima

Bezerra e Carvalho (1997), coleteram duas amostras de argilas das vazantes dos açudes públicos Caldeirãoem Parelhas e Salgado, em Cruzeta.

Neste Projeto foram cadastradas20 ocorrências de argilas de depósitosdiversos. Todas estas ocorrências referi-das estão plotadas em mapa anexo. Con-siderando todas estas informações e paraefeito de descrição dos depósitos cadas-trados e compilados das argilas, tanto poreste Projeto quanto por outros, foramclassificados cinco tipos de depósitos, asaber:

Depósitos de planícies aluviais:Depósitos lacustreslDepósitos residuaislDepósitos lagunares, eDepósitos associados às rochas sedamentares

A análise bibliográfica revelou aexistência de diversos trabalhos referentesa prospecção, pesquisa e caracterizaçãotecnológica de depósitos de argilas comunsno Estado

Ferreira et al. (1977), cadastraram27 ocorrências de argilas de depósitosaluvionares e lacustres. distribuídas em

5.5.1.1 Depósitos de Planícies Aluviais

Tratam-se de depósitos de argilasutilizadas na indústria da cerâmica verme-

39

Minerais industriais do Estado do Ria Grande do Norte

Iha no Rio Grande do Norte. Constituem osdepósitos de argilas mais notáveis e co-nhecidos, e muito importantes por encerra-rem expressivas reservas. São depósitosde argilas recentes, que ocorrem em áreasrestritas. limitando-se aos trechos de terra-ços e várzeas de rios e riachos. configu-rando extensas planícies de inundação,próximas à costa marítima. Estes depósitossão constituídos por camadas descontí-nuas ou lenticulares, com espessuras vari-áveis entre 0,80m a 4,0m contendo materi-al de plasticidade baixa a média. apresen-tando coloração cinza escura a preta. co-mumente associados a areias e turfas. Emgeral, os depósitos são constituídos por umhorizonte argiloso. mas existem depósitos.onde ocorrem dois ou mais horizontes deargilas.

e ltajá. Em segundo plano, seguem-se osdepósitos dos cursos médio a inferior doRio Apodi(Foto 1), nos municípios deApodi, Felipe Guerra, Dix-Sept Rosado eMossoró e do Rio do Calmo, em Upanema

Na zona de Currais Novos, consi-derada como uma terceira região de inten-sa ativldade produtiva, os depósitos são depequeno porte e situam-se nas margensdos rios e riachos nas proximidades dassedes municipais, com destaque principal-mente para os municípios de Currais No-vos. Carnaúba dos Dantas, Acari e Pare-lhas. São também muito utilizadas as argi-las extraídas das vazantes dos açudesdesta região e das regiões circunvizinhas.

Menos significativas são as ocor-rências de argilas dispersas nas demaiszonas do Estado, de pequeno porte, con-tendo material argiloso de boa plasticidade.porém mais comumente, de moderada abaixa qualificação para fins cerâmicos. Emgeral. também situam-se nas proximidadesdas sedes municipais, sendo muitos ex-plotadas por métodos artesanais e em re-gime intermitente, para a fabricação detijolos comuns e de telhas. destinadas emparte ao consumo local.

Nestes depósitos concentra-se atotalidade das pequenas e médias indústri-as de cerâmica vermelha, produtoras detijolos, telhas e outros artefatos que. emgeral. são semi-mecanizadas e artesanaisAs três principais áreas de produção decerâmica vermelha no Estado localizam-senas zonas do Litoral Oriental, Mossoroensee Currais Novos.

Na zona do Litoral Oriental há umintenso desenvolvimento da atividade ex-ploratória destas argilas. constituindo umgrande pólo de produção de cerâmica ver-melha. destacando-se os depósitos docurso inferior do Rio Potengí, junto a con-fluência com o Rio Jundiaí, nos municípiosde Macaíba e São Gonçalo do Amarante.seguindo-se os depósitos dos Rios Trairí eAraraí. nos municípios de São José deMipibú e Nísia Floresta, do rio Jacú, emGoianinha. do Rio Curimataú. em Cangua-retama, dos Rios Guajú e Pau Brasil. emBaía Formosa e do Rio Baldun, em Arês.

Do total das ocorrências de argilascadastradas por Ferreira et al. (1977). 12foram selecionadas para testes visando adefinição do grupo cerâmico por determi-nação da cor. Os resultados definiram to-das estas para o grupo cerâmico vermelho(Quadro 25). A comparação entre o Qua-dro 25. a seguir, e o Quadro 33 (apresen-tado no.Capítulo 5.5.1.3) também corroboraesta afirmativa

Muzzi et al. (1986), Oliveira (1986)e Bezerra e Carvalho (1997). também reali-zaram testes objetivando a definição dogrupo cerâmico. Foram selecionadas 16amostras dos 7 setores prospectados porDiniz (1986), 38 amostras dos 2 setoresprospectados de Oliveira, e 2 amostras deBezerra e Carvalho. Todas foram definidaspara o grupo cerâmico vermelho (Quadros24, 25, 26). Quando estes também sãocomparados com o Quadro 31, confirmamtal assertiva

Na zona Mossoroense ocorretambém uma intensa atividade produtivadestas argilas, desenvolvida por um grandenúmero de pequenas e médias indústriasprodutoras de cerâmica vermelha, cujosdepósitos situam-se a jusante da barragemArmando Ribeiro Gonçalves. no curso infe-rior do Rio Açú até a confluência com o RioPataxós, nos municípios de Açú. lpanguaçú

40

Minerais Industriais da Estado do Rio Grande do Norte

A seqüência nas cores após quei-ma em 3 temperaturas resultantes dosensaios cerâmicos (Anexo 111) realizadospor Muzzi et al. (1986), revelaram a 950oC.as cores vermelha. alaranjada e marrom, a1250'C. as cores marrom escuro. verme-lha, preta e creme escuro. A 1450'C quase

todas as amostras fundiram totalmente.Estes resultados. quando comparados como Quadro 31. corroboram a definição des-tas para usos em cerâmica vermelha. Estaúltima característica (fusão total) exclui ouso das argilas de cerâmica vermelha emcerâmica branca

41

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Dos 27 pontos de Muzzi et al.(1986) foram selecionadas 16 amostras. Amaioria dos depósitos de argilas amostra-dos (Quadro 24) não constam desta lista-gem (Anexo 1). pois foram prejudicados emrazão dos extravios ocorridos com os ma-pas das prospecções executadas por Diniz(1986). nos 7 setores referidos anterior-mente.

importantes do ponto de vista de reservaspotenciais para argilas. tanto aplicadaspara cerâmica vermelha, quanto para ce-râmica branca. os autores selecionaramcerca de 07 setores das planícies aluviaisdos Rios Apodo. Araraí. Baldun. Ceará-Mirim. Curimataú. Jacü e Trairí, situadasnas zonas do Litoral Oriental e Mossoroen-se, respectivamente. Os locais dos pontosamostrados por estes, à exceção do RioApodo. foram selecionados com base noProjeto Turfa do Nordeste Oriental, de Cal-dasso et al. (1981). a partir dos mapas dealuviões e turfeiras executados em semi-detalhe. na escala 1:25.000

Das amostragens de argilas prove-nientes das sondagens realizadas por Oli-veira (1986). cerca de 20 foram coletadasna planície aluvial do Rio Pau Brasil e 12no Rio Guajú. ambas em Baía Formosa.Este trabalho de pesquisa foi executadopela extinta CDM/RN, em áreas requeridaspor terceiros. correspondentes aos DNPM's840.027/85. 840.160/85 e 840.161/85. Dototal das amostras coletadas, selecionamos4 por setor amostrado (Quadros 27 e 28).

Foram selecionados ll pontos decometas de amostras de argila. que posteri-ormente foram submetidos a testes paradefinição do grupo cerâmico. Todos osresultados a definiram para o grupo cerâ-mico vermelha (Quadro 29). Quando com-parado com o Quadro 33, corrobora talassertiva.

Na tentativa de resgatar informa-ções extraviadas em áreas consideradas

Quadro 27 - Teste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies Aluviais

Fonte: Oliveira (1 986)

Quadro 28 - Teste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies Aluviais

Fonte: Bezerra e Carvalho (1997)

42

N'doProjetoanterior

Grupocerâmico

Município Setoramostrado

çoraequeima (950'C)

F6AM2 Vermelha Baía Formosa Rio Pau Brasil creme escuroF7AM2 Vermelha Baía Formosa Rio Pau Brasil Marrom

FIOAM2 Vermelha Baía Formosa Rio Pau Brastl vermeinaF17AM2 Vermelha Baía Formosa Rio Pau Brastl vermeina

F55AM2 Vermelha Baía Formosa Rio Guaiü creme escuroF56AM3 Vermelha Baía Formosa Rio Guaiü Marrom

F59AM4 Vermelha Baía Formosa Rio Guaiú VermeIRa

F60AMI Vermelha Baía Formosa Rio Guaitl lvlarrom

Nodoprojeto

atual

Nodoprometoanterior

Grupocerâmico

Município Setoramostrado

lordequeima(950'C)

153 74 Vermelha Parelhas Acude Caldeirão Marrom

154 75 Vermelha Cruzeta Acude Salaado%n# Marram

Minerais industriais da Estado do Rio Grande do Norte

A composição mineralógica das ar-gilas dos depósitos de planícies aluviais foideterminada em algumas áreas.

(15-25%) e em Fe2O3, entre 3.2 a 11.0%.também comparáveis com o valor padrão(<10%), e os demais elementos estãocompatíveis com os valores padrões. cor-roborando a sua utilização para a indústriada cerâmica vermelha.

Salva (1997), ao analisar duasamostras de argilas do Rio Açú, determinoua presença de ilita e esmectita (dominan-tes). caulinita e como minerais acessóriosquartzo e rublo.

Foram realizados ensaios cerâmi-cos preliminares de amostras selecionadas.por meio de corpos de provas padroniza-dos (6x2x0,5cm). secos a 110oC e queima-dos a 950'C. 1250'C e 1450'C para deter-minação da cor, absorção de água. porosi-dade. tensão de ruptura à flexão. retraçãolinear e massa específica aparente.

O LAMIN/CPRM ao analisar umaamostra de argila do Rio Ceará-Miram. pordífração de raios-X, identificou a presençada ilíta e esmectíta (dominantes), caulinita ecamada mista irregular de imita-esmectita(traços).

Análises químicas foram efetuadasem 12 amostras (Quadro 30) de argilasdos depósitos dos Rios Apodo(03), Araraí(01). Baldun (01), Ceará-Miram (03). Curi-tamataú(02). Jacú(01) e Trairí(01).

Foram selecionadas 12 amostrasde Ferreira et al. (1977), 16 de Muzzi et al(1986). duas de Bezerra e Carvalho (1997)e uma pelos autores. A análise das carate-rístícas dos corpos de prova. quando com-parados com o Quadro 34 (exibido em5.5.1.3), determinaram o aproveitamentopara a confecção de tijolos de alvenaria.tijolos furados, telhas. ladrilhos para pisocerâmico e outros artefatos, cujos resulta-dos encontram-se no Anexo lll.

Em relação aos resultados obtidos.

constata-se que a totalidade das argilasapresentam valores em Al2O3, entre 14.2 a21,3%. comparáveis com valores padrões

43

Nodoprojeto

atual

i ilINO de

campoGrupo

cerâmico amostrado 1 ::: queima

54 JN-325 Vermelha Mnnqnró    55 JN-326 Vermelha Mnqqnró    68 JN-341 Vermelha Ca na l la rnt;a m n f? in f'r lrimntni'r  69 JN-340 Vermelha Ca na l ía rPtn mn    71 JN-336 Vermelha Sãn .l dn Rdinihi'l Din Trairi

Laiallla c;Dbulu\ /n -.A IL

72 JN-337 Vermelha Nísia Flnrpqtn Pin ArarasV CllllEllld\ /n ,m n l h n

73 JN-338 Vermelha N íKin Flnrpçta Pin Raid.inv ÇllllCllld

75 JN-342 Vermelha Goianinhn    112 JN-382 Vermelha Cpa rá .Mirim    138 VC-084 Vermelha Coa rá .lvl irem    139 VC-085 Vermelha C nn rá .h/l i ri m    

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 30 Análises Químicas de Argilas de Depósitos AluviaisNodo

projeto l:i N' deatual 'XI campo

Elemento (%) Setor. l Municípioamostra-

do

JN-325 l 43.6 20.8Nabo0,54

1,6

Ti020.83

Fe203

10.054 Rio

ApodiRio

ApodiRio

AoodiRío

CurimataúRio

CurímataúRio

TrairíRio

ArarasRio

BaldunRío

JacúRio Cea-rá-MirimRio Cea-rá-MirimRio Cea-rá-Miram

55

63

:iiq-32ã l ÉÓl9 l 18.0 2,0

1,6

1,4

1.8

2.8 3,1 0.83

0,31

0,52

0,52

8,2 11.7 Mossoró

Dix-SeptRosaddo

jN-ã28 l 60.8

jN-ãil l 60,8

15,1

15,1

15.1

18.0

16.1

3,4

2,8

3,1

2.8

2.8

2,6

2,2

3.0

2,3

4.1 5,0

5,4

3.7

l0,5

11.0

6.7

8.2

7.1

68

69

3.2

3,2

2,3

2.7

JN-340 l 61.1 Cangua-retamaS.José

do MipibúNísia

FlorestaArês

71 JN-336 l 47.1

:JN-3© l ié:é

2,6

2,6

1.0

1,8

1.6

1.8

2.6

1 .1 13.1

12.272

73

75

110

112

139

1 .1 0.94

jN-ã3s l 62.0 11.3

14,2

15,1

15.1

21,3

2.5

2,0

2,1

2.2

2,8

1,5

1,8

0,68

0,54

0.40

2.2

1.3

2,1

1,9

1.5

0.52

0.63

0,83

0.94

0,83

3,2

6,4

6.4

7,8

9,6

15.1

15,3

18,1

20.0

18,7

JN-342 55.7

jN-380 l 53,0

Goianinha

JN-382 l 49,7

vc-085 l 42.8

CearáMiram

Fonte: LAMIN/CPRM

Cerca de 60% das amostras de ar-gilas superqueimaram com início de fusãoe/ou fundiram parcialmente a 1250'C, etotalmente a 1450'C, mostrando que partedestes depósitos encerram argilas de baixoponto de fusão. corroborando o seu uso emcerâmica vermelha. E esta última caracte-rística que exclui o uso das argilas de ce-râmica vermelha em cerâmica branca. Odimensionamento das reservas destesdepósitos. em geral. não é realizado pelasempresas que atuam no setor da cerâmicavermelha.

kmz de domínio parcial dessas planíciesaluviais

Considerando também. que das di-versas frentes de lavras em atividades, foifeita uma estimativa útil lavrável dos hori-zontes de argila da ordem de 1.20m. nestecaso. teremos recursos da ordem de28.800.000 m3 de argilas de planície aluviallavrável para a indústria de cerâmica ver-melha, equivalente a 48.960.000 toneladas(d = 1 .7t/m')

5.5.1 .2 Depósitos LacustresSe consideramos uma área deli-

mitada por cerca de 60 km de extensãosegundo os eixos dos cursos dos rios ante-riormente referidos. principalmente situadosnas zonas do Litoral Oriental e Mossoroen-se, e uma largura média de 0.4 km. ondese concentra a grande maioria dos depósi-tos, chegaríamos a valor da ordem de 24

Tratam-se de depósitos de argilasde pequeno porte. utilizadas em pequenaescala na indústria de cerâmica vermelha.

principalmente em olarias. Estes depósitosocorrem em lagoas de água doce. rasas,intermitentes. com formas circulares e/ouelipsóides e são de tamanhos variáveis

44

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Apresentam uma morfologia lenti-cular. arqueamento côncavo, com maiorespessura ocorrendo no centro da lagoa,adelgaçando em direção às margens. Tra-tam-se de ocorrências situadas em áreaslivres. isoladas. sob uma cobertura areno-sa. posicionando-se no domínio das rochaspré-cambrianas(Complexo Gnáissico-Migmatítico). Elas ocorrem principalmentena Zona Agreste, abrangendo os municí-pios de Bom Jesus. Serra Caiada. SãoJosé do Campestre, Serrinha. Passa eFica, e outros.

recursos económicos para estes depósitosde argilas.

5.5.1.3 Depósitos Residuais

Foram identificadas pelo prometoduas áreas onde ocorrem argilas residuaiscom potencialidades para uso em cerâmicavermelha. Numa área, estas argilas temsua provável origem relacionada com ro-chas vulcânicas do magmatismo da Serrado Cuó. correspondente a olivina basaltosde afinidade alcalina. e são de idade cretá-cica. Ocorrem sob forma de derrames e/ousoleiras, em corpos alongados. distribuin-do-se em áreas de relevo de pequenosmorros suavemente ondulados. nos quaisse desenvolvem solos cinza escuros. pro-vavelmente resultantes da lixiviação e alte-ração dessas rochas. Em alguns pontos,ainda verifica-se a presença de blocoscentimétricos de basaltos dispersos no soloargiloso

As argilas apresentam uma colora-ção preta. e em alguns casos, associam-sea díatomítos areias e turfas. Ferreira et al.(1977) cadastraram 5 ocorrências de argi-las destes depósitos. realizando testes paradefinição do grupo cerâmico por determi-nação da cor após queima a 950'C, cujosresultados são visualizados no Quadro 31 .

Os ensaios cerâmicos preliminaresforam realizados obedecendo a mesmametodologia já referida anteriormente. Fo-ram selecionadas 5 amostras acima referi-das. cujas características físicas apresen-tadas após comparação (Quadro 34) de-terminaram o seu aproveitamento para aconfecção de tijolos de alvenaria. tijolosfurados e telhas (Anexo 111). Todas asamostras de argilas superqueimaram como início de fusão a 1250'C. e fundiram to-talmente a 1450'C, mostrando que estasargilas tem baixo ponto de fusão, corrobo-rando o uso em cerâmica vermelha. E estaúltima característica que exclui o uso dasargilas de cerâmica vermelha em cerâmicabranca. Não foram feitas estimativas de

A área mais interessante situa-seem Cuó. no município de lpanguaçú. nasimediações da Serra do Cuó. Predominanesta área. um solo cinza escuro, argiloso.constituindo um material com característi-cas homogêneas e plasticidade baixa amédia. E freqüente a presença de inúmerosblocos e fragmentos centimétricos de cal-cedónia espalhados desordenadamente. deaspecto maciço e coloração amarela quei-mado. Quando comparado este depósitocom os depósitos de calcedónia e de argilamontmorilonítica da Formação CamposNovos (Terciário). da região de Cubata, naParaíba. observa-se uma certa similarídadenos contextos geológicos de ambos

Quadro 31 Teste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos Lacustres

Fonte: Ferreira etal.(1977)

45

Nadoprojetoatual

Nodoprojetoanterior

Grupocerâmico

Município Setoramostrado

Cor:dequeima (950'C)

88 021 Vermelha Boa Saúde Laaoa do Trairi Vermelha90 026 Vermelha Passa e Fica Lagoa da Carnaúba Laranja escuro91 027 Vermelha Serra Caiada Laaoa da Serra Vermelha92 028 Vermelha Serra Caiada Laaoa das Pedras Laranja escuro97 035 Vermelha Serrinha Laaoa do Bom Pasto Laranja escuro

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

A composição mineralógica efetua-da pelo LAMIN/CPRM. na fração argila dasduas amostras coletadas nos derramesbasálticos.através da difração de raios-X.revelou a presença de esmectita (abun-dante). seguindo-se a camada mista irre-gular de ilita-esmectita (traços). As análisesquímicas efetuadas em amostras destedepósito, apresentaram valores elevadosde Fe203(l0,7% e 12,3%) e de Tios(2.1%e 2,5%), provavelmente devido a área fontebasáltica.

áreas de relevo plano, nas quais se desen-volvem solos cinzas, resultantes da altera-ção /n s/fu dessas rochas. provavelmenteconstituídas por uma sequência de calcári-os, mangas. siltitos e argilitos. Nesta áreahá predomínio de um solo cinza, de texturaargilosa. constituindo material com caracte-rísticas homogêneas e plasticidade média.Observaram-se concreções subarrendon-dadas disseminadas dispersamente nestesolo. constituídas por material argilosoavermelhado, bastante oxidado, como quepigmentando este solo. Foram coletadaspela equipe do prometo nestas áreas 4amostras de argilas. duas em cada área, esubmetidas a testes para definição do gru-po cerâmico por determinação de cor apósqueima a 950'C. cujos resultados (Quadro32) quando comparados (Quadro 33) cor-roboram o seu uso para cerâmica verme-lha

Na segunda área, as argilas resi-duais tem sua origem relacionada às ro-chas sedimentares argilosas da FormaçãoJandaíra. do Grupo Apodo. da Bacia Sedi-mentar do Apodi. A sul da cidade de Mos-soró, nas localidades denominadas Hipólitoe Esplnheirinho. este litótipo forma umaextensa área. cujo domínio ocorre em

Quadro 32 - Teste de Cor de Queima em Argilas de Depósitos de Planícies Residuais

Fonte: ITEP (1998)

Quadro 33 Classificação Preliminar de Argilas Para Uso Cerâmico Com Base Nas CoresApresentadas Após Queima em Quatro Temperaturas

S.Q. (') = Superqueima. isto é. os corpos de prova apresentam isoladamente ou simultânea-mente as seguintes alterações: a) uma mudança brusca da cor vermelha para marrom escuroou pretas b) aparecem bolhas internas ou superficiaisl c) os corpos de prova aderem entre si enão podem ser separadosl d) os corpos de prova incham ou expandem com a formação debolhas internas (1)/oafing)l e) os corpos de prova fundem nas arestas ou totalmente.

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N'doprojetoatual

Nadecampo

Grupocerâmico

Município Setoramostrado

lordequeimaf950oC)

52 JN-318 Vermelha Mossoró HiDOlitO Marram53 JN-319 Vermelha Mossoró EsDinheirinho Marrom76 JN-354 Vermelha IDanauacÚ Paraíso Vermelho

104 JN-355 Vermelha loanciuacú CuÓ Vermelho

Grupocerâmico

Cores dos corpos de prova a110'c 950oC 1250oC 1450oC

Cerâmicavermelha

Vermelha. marromverde. violácea.creme, cinza. outrascores. exceto bran-ca. vermelha ala-ranjado, marromavermelhado, preta.cinza. avermelhada

Vermelha comdiversas tonalída-desl amarela, mar-rom claro

Creme amarelado.vermelha. vermelhaescuro. marramescuro. marromclaro e preta (S. Q.)(')

Marram escuro.preta com ou semperda de formalcinza esverdeado(S. Q.) ('); cinzaescuro. marrom

escuro, pretac/fusão (l}

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Observações:1) Dentro do grupo da cerâmica vermelha. algumas argilas que adquirem cor marrom

escuro ou preta a 1250'C, podem superqueimar com ou sem expansão nessa tem-peratura, fundindo com perda de forma a 1450'C

2) Os corpos de prova podem trincar e empenar, mas não devem perder a forma origi-nal. nem arrendondar as arestas

Fonte: Santos (1975)

Quadro 34 - Especificações de Argilas para Cerâmica Vermelha

Mpa(Megapascoal) = l0,204Kgf/cm2Fonte: Ferreira (1972)

5.5.1.4 Depósitos Lagunares depósitos argilo-arenosos,Barreiras:depósitos de argilitos daJandaíra, do Grupo ApodoSedimentar do Apodi.

do Grupo

Tratam-se de depósitos situadospróximos da orla litorânea. periodicamenteinvadidos pelas águas do mar e alimenta-dos continuamente por águas fluviais. For-tes (1987) assinalou-os na região de Ma-cau e Pendências. na planície de inunda-ção fluvial do Río Açú. Foi coletada umaamostra de argila deste depósito em Espi-nheiro. no município de Pendências. sendorealizado teste para definição do grupocerâmico. por determinação da cor apósqueima a 950'C. O resultado a definiu parao grupo cerâmico vermelho. Análise quími-ca desta argila revelou valores compatíveiscom análises das argilas dos depósitos deplanície aluviais. de aproveitamento nacerâmica vermelha. Este tipo de depósitonão desperta interesse na exploração paracerâmica vermelha. face a proximidadecom a área tradicionalmente produtora decerâmica vermelha de Açú-lpanguaçú.

Formaçãoda Bacia

Os depósitos argila-arenosos doGrupo Barreiras, até o presente momento.nunca foram explorados para emprego naindústria da cerâmica, sendo de poucaimportância económica. Foi estudada umaocorrência de argila inserida neste tipo dedepósito, na localidade denominada fazen-da Serra Vermelha, no município de AreiaBranca. cuja área foi requerida pela SandraMineração Ltda. do Grupo Tupi , através doprocesso DNPM 840.1 30/90.

Barbosa et al. (1974) assinalaramoutras ocorrências de argilas associadas aestes depósitos, em localidades como Jun-diá de Baixo em Goianinha. Mato Verde emParnamirim, Boa Vista em Taípú. dentreoutras. No decorrer dos trabalhos prospec-tivos executados pela Sandra MineraçãoLtda., duas unidades lítológicas foram defi-nidas. Uma. constituída por arenitos mé-dios. friáveis. coloração creme avermelha-do. com pouca argilas e outra, por umaargila arenosa. coloração variada (marrom.

5.5.1.5 Depósitos Associados às Ro-chas Sedimentares

São dois os tipos de depósitos as-sociados às rochas sedimentares. a saber:

47

Massa:icerâmica(manual, extrudada,

prensada)

Tijolos dealvenaria

Tijolosfurados

Telhas Ladrilhos depisos

vermelhosTensão de ruptura à flexão damassa seca a 1 1 0'C (mínimo)

15 Kgf/cm' ou1.4MPa

25 Kgf/cm' ou2.4MPa

30 Kgf/cm'ou2.9MPa

ND

Tensão de ruptura àflexão damassa após a queima (mínimo)Absorção de água da massaapós queima (máximo)

2Õ KljOi;Õi'iü''1 .9MPa

55 Kgf/cm' ou5.4MPa25,0%

65 Kgf/cm' ou6.3MPa20,0%

ND

Abaixo de1.0%

Cor após queima Vermelha Vermelha Vermelha Vermelhasem manchas

oretas

Minerais industriais do Estado do Rfo Grande do Norte

rósea, vermelha e creme). pouca plastici-dade. com espessuras variáveis entre0.30m a 1.0m. Na base. ocorrem níveis decascalho e laterita ferruginosa. Esta argilaarenosa foi a unidade selecionada para aprospecção.

e os calcários mais puros. cálclcos (Figura6)

Os argilitos. nesta área, apresen-tam coloração verde a cinza-esverdeada eavermelhadas. quebradiços, dispostos emleitos estratificados e de espessura variávelentre 0,10m a 1 ,20m. com intercalações desiltitos. dolomitos e níveis calcíferos. Acamada argllítica de coloração avermelha-da. foi considerada por Diniz (op. cit.) comocamada-guia, pela sua continuidade naárea estudada. Foram coletadas amostrasdestes argilitos vermelhos para caracteri-zação tecnológica (Fotos 3 e 4). Com refe-rência aos argilomineraís presentes nestaseqüência argilosa, Srivastava (1 998) iden-tificou os minerais iliba (70 a 85%). e mine-rais irregularmente interestratificados deilita-esmectita (15 a 30%). Clorita e cauli-nita são encontrados em quantidades in-significantes (menor que 10%)

Apesar da boa extensão aflorante(2.0 km). as argilas encontradas nesta áreasão arenosas. Os resultados das análisesquímicas indicam valores elevados de SiO2(entre 72,2% a 87.9%) e de Fe2O3 (3,1% a6.1%) e baixos valores de Al203 (5,9% a13.6%). Não foram realizadas testes dequeima, porque o objetivo da pesquisa eraencontrar argilas para fabricação de ci-mento portland, e estas revelaram-se ina-dequadas para tal uso.

Estas argilas. pelas suas caracte-rísticas químicas e colorações apresenta-das, tem perspectiva para uso na indústriada cerâmica vermelha, principalmente naconfecção de tijolos, desde que sejammisturadas com outras argilas de diferentescomposições e utilizadas para estes fins.

A amostra do argilito vermelho,apresentou teores elevados de Fe203(7,64%). MgO (7.9%). K2O (5.33%) e CaO(2,18%). O argilito foi submetido a testespara determinação da cor de queima a950'C. Os resultados revelaram as coresvermelha e vermelha escuro. caracterizan-do-o para o grupo cerâmico vermelha,quando comparado com o Quadro 33Ensaios cerâmicos preliminares foram rea-lizados em 3 amostras de argilitos (Anexo111). Prosseguindo. e na temperatura de1250'C, foram definidas as cores marromescuro e marrom avermelhado. A seqüên-cia de cores nas 4 temperaturas classificaestas argilas para a cerâmica vermelha(Quadro 33). E as características físicasdos corpos de provas. após comparação(Quadro 32) corroboraram os dados. de-terminando um uso provável em tijolos dealvenaria. A 1450'C a amostra apresentoufusão completa. É esta última característicaque exclui o uso das argilas de cerâmicavermelha em cerâmica branca.

O segundo tipo de depósito foidescrito por Diniz (1982). Associa-se àsminas de gipsita da região de Dix-Sept-Rosado. atualmente abandonadas. Trata-se. segundo Díniz (op. cit.), de uma se-quência dolomítico-argila-gipsífera, comespessura da ordem de 40m, encaixadaconcordantemente nos calcários da Forma-ção Jandaíra. do Grupo Apodo. da BaciaSedimentar do Apodo.

Esta seqüência ocorre em cama-das tabulares a sub-tabulares. com suavemergulho para NNE. Da base para o topo.ocorrem margas dolomíticas e dolomitos decoloração cinza-esverdeado. textura média.seguindo-se camadas gipsíferas basais.intercaladas com níveis argilíticos. Se-guem-se níveis de dolomitos. argilitos esiltltos, intercalados com níveis de gipsita.No topo ocorrem calcários poucos argilosos

48

Minerais Industriais do Estado da Rio Grande do Norte

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49

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

5.5.2 Argila para Cerâmica Branca e deRevestimento

Coelho (1996) assinala que a maté-ria-prima cerâmica é definida por 3 tipos deparâmetros, variáveis para cada substânciamineral, a saber: químicos (teor mínimoaceitável para elementos úteis. teor máxi-mo. admissível para os contaminantes,umidade máxima, etc.)l físicos (distribuiçãogranulométrica. área de superfície, alvura.cor, resistência mecânica. etc.)l cerâmicos(fusibilidade, módulo de ruptura a cru eapós a queima, resistência mecânica a crue após a queima, análise térmica diferenci-al e termogravimétrica. etc.)

Estes dois grupos de materiais ce-râmicos. segundo Zandonadi(1995), per-tencem ao campo da cerâmica onde osprodutos são fabricados a partir de massasconstituídas principalmente por argilascauliníticas. quartzo e fundente (feldspato.calcita, dolomita. filito, talco e outras) e que.após queima de sua massa básica, emtemperaturas superiores a 1.000'C. apre-sentam cores branca ou clara.

Os revestimentos cerâmicos. se-gundo Coelho (1996), utilizam matérias-primas que são classificadas em dois tiposprincipais: materiais argilosos (argila e cau-lim) e materiais não-plásticos ou magros(feldspato, feldspatóide. quartzo, talco.etc.). cuja principal característica é possuirbaixos teores de Fe2O3 e Tios para evitarpossíveis mudanças na coloração dos cor-pos

A análise bibliográfica efetuadapelo projeto. revelou a existência de traba-lhos referentes a prospecção, pesquisa ede caracterização tecnológica de depósitosde argilas cauliníticas no Estado. Vale sali-entar que este insumo mineral é considera-do escasso no Estado e continua a ser umgrande problema da indústria da cerâmicabranca no Brasil: a falta de jazidas de argi-las plásticas com as propriedades das l)a//-c/ays estrangeiras. As duas grandes jazi-das atualmente conhecidas são as de SãoSimão/SP e Oeiras/PI

A massa para um corpo brancomonoporoso é constituída por 5 compo-nentes (argila branca - 30/40%. caulim -20/30%. feldspato - l0/20%, quartzo --lO/15% e calcita -- 7/10%)l para os porce-lanatos (ciclo rápido) por 4 componentes(caulim - 35/45%. feldspato - 27/32%.argila plástica - 12/18% e quartzo -12/18%)l e para o corpo branco do reves-timento tipo grés (monoqueima) por 5 com-ponentes (argila branca- 25'Zo. feldspato --25%. caulim -- 20%. quartzo - 15% efeldspatóide - 1 5%).

Cronemberger Filho(1985) pesqui-sou e realizou ensaios de caracterizaçãotecnológica em um depósito de argila cauli-nítica do Riacho Taborda. em Parnamirim.Muzzi et al. (1986) realizaram ensaios decaracterização tecnológica em depósitos deargilas cauliníticas nos Rios Trairí/Ararasem Nísia Floresta. e Cata. em Goianinha eno Riacho Taborba, em Parnamirim

O grupo da cerâmica branca com-preende os seguintes produtos: louça sa-nitária, porcelana de mesa. porcelana elé-trica. porcelana técnica e de laboratório,etc. De modo geral. as temperaturas dequeima devem ser elevadas para que pos-sam ser obtidos produtos densos e de altadureza

Carvalho (1987), pesquisou e reali-zou ensaios de caracterização tecnológicano depósito de argila caulinítica do RioBaldun, em Arês. Meio et al. (1998) exe-cutou ensaios de caracterização tecnológi-ca . em amostras de argilas cauliníticas dosRios Curimataú, em Canguaretama. Cata.em Goianínha. Jundiaí. em Macaíba. eBaldun. em Aros.

O grupo de cerâmica de revesti-mento compreende os azulejos. porcela-natos. ladrilhos e pastilhas (mosaicos). Emvirtude do formato regular das peças, estegrupo de produtos, segundo Zandonadi(1995). é o que tem permitido o maior graude automação industrial

No desenvolvimento dos trabalhos

correspondentes às quatro etapas de cam-po realizadas pelo Projeto. foram identifica-das e cadastrados 12 ocorrências de argi-las cauliníticas e 6 ocorrências de argilitosdolomíticos, todas consideradas inéditas.

50

Minerais Industriais do Estada do Ria Grande do Nade

associadas a três tipos de depósitos. asaber: (1986) também assinalou outras ocorrênci-

as no Riacho Taborda, em São José doMipíbú. no Rio Trairí/Araraí, em Nísia Flo-resta e no Rio Catú. em Goianinha. Carva-lho (1987) identificou uma jazida no RioBaldun, em Arês

- depósitos de planícies aluviais:depósitos lacustresl edepósitos associados às rochas seda.

mentares.

Todas estas ocorrências referidasestão plotadas em mapa anexo.

A equipe do prometo identificou ecadastrou 6 ocorrências consideradas iné-ditas. de argilas cauliníticas nos Rios Maxa-ranguape. em Maxaranguape, do Mudo emExtremoz. Ceará-Mirim em Ceará-Miram. noRiacho Taborda. em Parnamirim e SãoJosé do Mípibú. e no Rio Araraí em NísíaFloresta. Conclui-se que os depósitos des-tas argilas são de pequeno a médio portese localizam-se, principalmente, em rios eriachos de pequenos cursos. e estão pro-vavelmente relacionados com a erosão dossedimentos do Grupo Barreiras.Foramfeitas outras tentativas de descoberta des-tas argilas. em áreas pré-selecionadas nosRios Ceará-Miram, Trairí e Araras . combase em Caldasso et al. (1981), utilizandométodos prospectivos diretos. através deum tudo manual. Foram selecionadas 5áreas alvos. sendo 3 no Rio Ceará-Mirim el nos Rios Trairí e Araraí. respectivamentee executados 5 furos. com profundidademédia de 5,0 m.

5.5.2.1-Depósitos de Planícies Aluviais

Tratam-se de depósitos de argilasrecentes. associados a planícies que ocor-rem em áreas restritas. limitando-se aostrechos de várzeas de rios e riachos. Sãodepósitos de natureza sedimentar. geradosem um sistema deposicional costeiro. Estesdepósitos são constituídos por camadasdescontínuas ou lenticulares. com espessu-ras variáveis entre 0,30m a 1,50m conten-do material de plasticidade média a alta.apresentando colorações variadas entrecinza claro, cinza escuro e preta. Em geralsão constituídos por um horizonte argilosoEste pode ser capeado por camada deturfa e com areia na base. Ou seja, a asso-ciação areia, argila e turfa faz parte dagrande maioria dos perfis mitológicos destesdepósitos, ocorrendo em posições diversifi-cadas. com variações tanto horizontalquanto vertical. Matéria orgânica e diato-mita também podem ocorrer.

A persistência em selecionar asáreas alvos para prospecto-las. foi justifica-da pelos seguintes aspectos:

A região do Estado onde atual-mente são conhecidas ocorrências de ar-gilas cauliníticas associadas a estes depó-sitos. localizam-se na zona do Litoral Ori-ental. Nas demais regiões, ainda não foramidentificadas ocorrências destas argilasExistem informações verbais da ocorrênciade argila caulinítica no Rio Apodi, na zonaMossoroense. Os autores coletaram amos-tras de argilas em pontos d.iversos do RioApodo. mas todas foram caracterizadaspara uso em cerâmica vermelha. Trata-sede uma área tradicionalmente produtora decerâmica vermelha.

a) testar um modelo de jazimento consa-grado pelas pesquisas geológicas rea-lizadas pelo IPT/SP. em jazidas tipoSão Simão, em São Simão/SP:atingir o horizonte de argila encimadapor camadas de turfas existentes nes-tes depósitoslprospectar a presença de argilas cauli-níticas. Nos jazimentos tipo São Simão.a camada da turfa capela o horizontede argila, favorecendo a lixiviação doferro, tornando a argila mais plástica epredominantemente caulinítica

b)

c)

Na zona do Litoral Oriental.. foramidentificadas, até o presente. cêrca'de 8ocorrências destas argilas. CronembergerFilho (1985) identificou o depósito do Ria-cho Taborda, em São José do Mipibú. Diniz

Concluídos os trabalhos de pros-pecção, as amostras coletadas foram sub-metidas;;â::testes de queima a 950oC emfornos das cerâmicas locais, cujos resulta-dos não corresponderam às expectativas.As cinco amostras revelaram cor de quei-

51

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Note

ma laranja escuro e marrom avermelhado.classificando-as para uso em cerâmicavermelha. As áreas foram descartadas paraargilas de usos em cerâmica branca.

Muzzi et al. (1986), selecionaram 4amostras de argilas, sendo duas do depó-sito do Riacho Taborda e uma dos depósi-tos dos Rios Catú e Trairí/Araraí. respecti-vamente, para testes de queima. Os resul-tados definiram as cores branca (duas) ebranca rósea (duas)

A composição mineralógica efetua-da pelo LAMIN/CPRM, através da difraçãode raios-X, na fiação argila, foi determinadaem alguns destes depósitos. No Rio Maxa-ranguape. em Conceição, os argilomineraissão constituídos por caulinita (dominante),esmectita. camada mista irregular de ilita-esmectita, ilita. camada mista irregular deilita-clorita e clorita; e em Santa Mana. porcaulinita (dominante) e camada mista irre-gular de ilita-esmectita. Em Araçá, no RioCeará-Mirim, por caulinita (dominante), ilita.esmectita e camada mista irregular de ilita-esmectita

Carvalho (1987). ao pesquisar odepósito do Rio Baldun. selecionou 29amostras de argilas para testes de queimaOs resultados determinaram as cores bran-ca(14). branca rósea(11), rósea(3) e cre-me (1)

Meio et al. (1998). selecionaramquatro amostras de argilas dos depósitosdos Rios Curimataú. Jacú. Jundiaí e Bal-dun. para testes de queima. Os resultadosdeterminaram as cores branca e cremeTodos estes resultados determinaram usoprovável para cerâmica branca.

Em Comum. no Rio do Mudo, osargilominerais constituem-se. predominan-temente. pela caulinita. Em Taborda e Ca-turano. no Riacho Taborda. pela caulinita e.em Golandi. no Rio Araraí, a caulinita épredominante, seguindo-se esmectita. ilita(traços) e camada mista irregular de ilita-esmectita (traços). Amostras diversas deargilas destes depósitos foram submetidasa testes para determinação da cor dequeima a 950'C.

Os autores selecionaram seisamostras de argilas dos depósitos dos Riosdo Mudo (uma). Maxaranguape (duas) eCeará-Mirim (uma) e do riacho Taborda(duas), para testes de queima, e os resul-tados determinaram as cores rosa pálido.laranja cinza. cinza rosado e marram claroQuando comparados com as do Quadro44. corroboram também o seu uso provávelpara cerâmica branca.Cronemberger Filho(1985). sele-

cionou 19 amostras de argilas do depósitodo Riacho Taborda. no Sítio Murici, pararealização de testes de queima. Os resul-tados definiram as cores creme (lO). ama-relo (5) e amarelo claro(4).

Análises químicas foram efetuadasem amostras destas argilas de depósitosdiversos, conforme registram os Quadros35 a 39).

Quadro 35 - Análises Químicas de Argilas Cauliníticas de Depósitos de Planícies Aluviais

ND - Não Determinado.Fonte: Cronemberger Filho(1985)

52

NO do

projeto

atual

Amostraquarteada

de furosdiversos

Elemento (%)

Setoramos-tudo TSi02 Al203 Feios Ti02 CaO MaO K20 Nabo PF

103Amostra 01 47.54 28,28 1,76 ND 0.94 0.40 0.07 0,10 21.2U

  Josédo

MipibúAmostra 02 71,20 15.45 2.35 ND 0,00 0,62 0,36 0,14 9.56

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Fonte: Meio et al. (1998)

53

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Fonte : LAMIN/CPRM

A amostra 01 foi considerada comode boa qualidade para provável aplicaçãoem cerâmica branca. devido aos baixosteores de SiO2 e Fe2O3 e alto teor de AlzO3apresentados. A amostra 02 foi questiona-da pelos altos teores de SiO2 e Fe203 ebaixo teor de Al203. comprometendo emparte o uso mais nobre. Os óxidos de ferroe titânio são considerados elementos con-taminantes. pois são responsáveis porcolorações indesejáveis. Teores de Tios <1.0% não alteram as propriedades tecnoló-gicas das argilas.

Al203 estão compatíveis com amostraspadrõesl que os teores de Fe203. emborasuperiores a 1.0%. queimam claro. nãoapresentando a cor avermelhada nestecorpo. CaO e MgO apresentam baixosteores e ft)ncionam como fundentes. Na02e K2O caracterizam a presença defeldspato nas amostras, ocorrendo umamaior predominância do feldspato sódicoPerda ao fogo nestes níveis indicam baixosteores de matéria orgânica. Em resumo,verifica-se que estas amostras podem serusadas em formulações de massas cerâ-micas para uso provável em cerâmicabranca.Os resultados apresentados mos-

tram-se compatíveis quando comparadoscom a amostra padrão (uma) e outras

amostras padrões. Os teores de Ti02 nasamostras 126 e 210 estão altos (> 1.0%) eos de Fe2O3 nas amostras 126. 127 e 210.também estão acima de 1.0%. mas esteaspecto interfere na cor de queima e emaplicações mais nobres. O ideal é que osteores de Fe2O3 sejam inferiores a 0.50%

No Quadro 39. as amostras 43 e48 podem ser consideradas como de boaqualidade para aplicação em cerâmicabranca. Os teores de Fe203 e de Tios aci-ma de 1.0 %, revelam a presença de ele-mentos contamlnantes que vão interferir nacor de queima destas. A amostra 44 apre-sentou um elevado teor de Fe203 (4.6%).Este aspecto também interferirá na sua corde queima e poderá influir desfavoravel-mente no aspecto dos vidrados com que aspeças cerâmicas são recobertas durante afabricação

Os resultados apresentados mos-tram-se compatíveis quando comparadoscom amostras padrões diversas, inclusivedos depósitos tipo São Simão e Oeiras. Osteores de Tios e Fe2O3 ficaram abaixo 1.0%. bem como os demais teores de CaO.MgO. K2O e Na02. e baixos teores de ma-téria orgânica. comprovando a excelentequalidade desta argila.

Se comparados com os resultadosdo Quadro 38. verifica-se uma certa simili-ridade entre estes. Algumas diferenças.como nas amostras 43 (PF - 34,0%. commoderado nível de matéria orgânica). 46(CaO. MgO. K2O > 1.5%. caracterizando apresença de mais fundente e feldspato).

Ao analisar estes dados, Meio et al.(1998) afirmam que os teores de SiO2 e

54

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Em resumo, tais amostras podemser usadas em formulações de massascerâmicas para uso provável em cerâmicabranca

borando os seus usos prováveis para ce-râmica branca.

Com referência às característicasdos corpos de prova, na queima a 950'C.em relação a absorção de água e a tensãode ruptura à flexão. os valores apresenta-dos estão compatíveis com os limites pa-drões. Com referência a retração linear b aporosidade aparente. alguns valores apre-sentados estão abaixo dos limites. maspodem ser corrigidos com o uso de quanti-dades adequadas de quartzo e argila nascomposições da massa cerâmica

As amostras 51 e 136. se compa-radas com os resultados da análise doQuadro 38. por apresentarem altos teoresem SiO2. teores da Fe2O3 acima de 1.0 %.baixos teores em Alhos. CaO. MgO. NaO2K2O e PF. também podem ser usadas emformulações de massas para uso em cerâ-mica branca, embora estes elementoscontaminantes possam influir desfavora-velmente no aspecto dos vidrados. Os en-saios cerâmicos preliminares de amostrasdiversas destas argilas, foram executadospor quase todos os autores anteriormentereferidos.

Na queima a 1250'C. as amostrasde Meio et al. (op. cít.) e do Projeto. à ex-ceção da retração linear. as demais carac-terísticas apresentaram-se compatíveiscom os limites padrões respectivos, quandocomparados com o Quadro 45. sendo es-tas portanto, recomendadas para usosprováveis em cerâmica branca

Foram selecionados os ensaios ce-râmicos mais representativos. cujos resul-tados podem ser visualizados no Anexo lllEstes ensaios foram realizados em corposde provas padronizados (6x 2x 0.5 cm).secos a 110 'C e queimados a 950 'C1250 'C e 1450'C para determinação decor. absorção de água. porosidade apa-rente. massa específica aparente, retraçãolinear e tensão de ruptura à flexão

O dimensionamento de reservasdestes depósitos requer trabalhos de pes-quisa de detalhe. em virtude principalmentede tratar-se de depósitos de pequeno porte.constituídos por horizontes descontínuostornado-se difícil de estabelecer para estasargilas estimativas de recursos económi-cosA seguir. são comentados sucinta-

mente os resultados dos ensaios das qua-tro amostras por Muzzi et al. ('1986). 29amostras de Carvalho (1987), quatroamostras de Meio et al. (1998) e cincoamostras do projeto. Os resultados revela-ram a 950'C. as cores branca, rosa. laranjae marram claros a 1250'C, as cores branca.creme, laranja pálido, rosa, cinza amarela.do e marrom amarelado. A 1450'C há umescurecimento tendendo para as corescinza e marrom. A maioria, nesta tempera-tura. superqueimou com colagem e apre-sentou início de fusão. Quando compara-das com as do Quadro 44, constata-se queocorre uma certa correspondência, corro-

Cronemberg Filho (1982) e Carva-lho (1987) realizaram trabalhos de pesqui-sa e dimensionaram reservas medidas deargilas cauliníticas dos depósitos do RiachoTaborda e no Rio Baldun. totalizando59.470 toneladas (Quadro 40)

Tratam-se de áreas requeridas aoDNPM, que encontram-se em vigor, nafase de requerimento de lavra, ambas comrelatórios de pesquisa aprovados. Valesalientar que as reservas da área do RioBaldun. encontram-se atualmente bemmenores que as mencionadas. em virtudede terem sido exploradas em parte

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Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Fonte: Cronemberg Filho(1982) e Carvalho(1987)

5.5.2.2 Depósitos Lacustres zontes de diatomitos e. finalmente. podeocorrerturfa ou solo orgânico

Estes depósitos, na sua grandemaioria, também constituem jazimentos dediatomitos. onde as argilas predominante-mente cauliníticas se associam a diatomi-tos. Eles ocorrem em lagoas rasas. inter-mitentes. de água doce. com formas pre-dominantemente circulares e elipsóídes ede tamanhos variáveis. Constituem, semdúvida, áreas de reservas potenciais des-tas argilas (Foto 2). A morfologia destesdepósitos é do tipo lenticular. com arquea-mento côncavo, com a maior espessuraocorrendo no centro da lagoa, adelgaçandoem direção às margens. Estão encravadosno domínio geológico dos sedimentos doGrupo Barreiras e, mais raramente. encon-tram-se sobrepostos às rochas pré-cambrianas(Complexo Gnáissico-Migmatítico). A distribuição não pareceobedecer a critérios geológicos. mas aelementos geomorfológicos.

A composição mineralógica efetua-da pelo LAMIN/CPRM, por difração deraios-X. na fração argila, foi determinadaem amostras de algumas lagoas. Nas La-goas do Gaspar. em Ceará-Mirim, Gondelo,Vermelha e Jaburú. em Maxaranguape. acaulinita é dominante. Na Lagoa BaixaVerde. em Serrinha. os argilomineraisconstituem-se por caulinita(dominante),esmectita. ilita.camada mista irregular deilita - esmectita (traços) e camada mistairregular de iliba-clorita (traços). Na LagoaQuatro Bocas, em Monte Alegre, os argilo-minerais constituem-se por caulinita (domi-nante), ilha (traços), camada mista irregularde imita - esmectita (traços). camada mistairregular de imita - clorita (traços) e clorita(traços). Amostras diversas de argilasdestes depósitos foram submetidas a tes-tes para determinação de cor de queima a950'C

Abrangem a faixa litorânea leste doEstado, correspondente principalmente àzona do Litoral Oriental e em segundo pla-no. às zonas Agreste e Litoral Norte, comregistros de mais de quatro centenas deocorrências. distribuídas nos municípios deTouros. Maxaranguape. Ceará-Miram. NísiaFloresta. Monte Alegre. Verá Cruz, LagoaSalgada. Lagoa de Pedra e Boa Saúde. eoutros. em menor número.

Os autores selecionaram seis lago-as para coleta de amostras destas argilaspara a realização de testes. Nas Lagoas doGondelo e Gaspar, os resultados definirama cor branca. na Lagoa Vermelha. cinzarosa. na Lagoa Jaburú. rosa alaranjado. enas Lagoas Baixa Verde e Quatro Bocas,laranja pálido. A comparação com as coresestabelecidas(Quadro 44) determinamusos prováveis para cerâmica brancaTratam-se de ocorrências Inéditas desco-bertas pelos autores, e encontram-se plo-tadas em mapa anexo.

Tais depósitos apresentam um per-fil característico. iniciando-se da base parao topo. com areia de cor esbranquiçada, degranulação média a fina. inconsolidada.seguindo-se os horizontes de argila decoloração cinza escuro a preta, com umaespessura média de 0,60ml depois os hori-

Análises químicas foram efetuadascom amostras desta argilas. com resulta-dos visualizados no Quadro 41 .

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ProcessoDNPM n9

Setor Local Município Reserva

medida (t) x'

840.222/80 RiachoTaborda

SítioMurici

São Josê doMiDibú 7.768

840.121/85 RioBaldun

FazendaCampina Bela Arês 51.702

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Os resultados apresentados mos-tram-se compatíveis quando comparadoscom valores de amostras padrões. Naamostra 137, o alto valor da PF. deve-se àgrande quantidade de matéria orgânicacontida. Os teores de Tios, à exceção daamostra 137, revelaram valores abaixo de1,0%. Outrossim, as amostras 41. 42. 120e 137 apresentaram valores de Fe2O3 abai-xo de 2,0%. ao passo que as demais(157e 158). ficaram acima de 2,0%. Os demaiselementos. como CaO. MgO. NaO2, K2O ePF apresentaram baixos teores. Tais re-sultados indicam que estas amostras po-dem ser usadas em formulações de mas-sas cerâmicas para uso provável em ce-râmica.

sentaram início de fusão e/ou superquei-maram com colagem. Desta maneiraquando efetuamos a comparação destascores com as do Quadro 44, há uma certacorrespondência, corroborando os seususos prováveis para cerâmica branca

Com referência às característicasdos corpos de prova, na queima a 950'Cem relação a absorção de água, porosida-de aparente e tensão de ruptura à flexão.os valores apresentados estão compatíveiscom os limites padrões apresentados noQuadro 45. A retração linear apresentouvalores abaixo do limite padrão, nas amos-tras das Lagoas Gondelo. Vermelha eJaburú, e valores acima do limite padrãonas amostras das Lagoas Baixa Verde eQuatro Bocas.Ensaios cerâmicos preliminares fo-

ram realizados em cinco amostras de argi-las. das Lagoas Gondelo, Vermelha. Jabu-rú, Baixa Verde e Quatro Bocas. cujos re-sultados podem ser visualizados no Anexo111. Eles foram realizadas em corpos deprovas padronizados (6 x 2 x 0.5 cm ), se-cos a 110'C e queimados a 950oC. 1250'Ce 1450'C para determinação de cor, absor-ção de água. porosidade aparente. massaespecífica aparente. retração linear e ten-são de ruptura à flexão(Quadro 45)

Na queima a 1250'C, as amostrasdas Lagoas Gondelo e Jaburú. apresenta-ram valores compatíveis com os limitespadrões. ao passo que, as amostras dasLagoas Vermelha. Baixa Verde e QuatroBocas. com relação a tensão da ruptura àflexão e retração linear. apresentaram valo-res compatíveis com os limites padrões . Aabsorção da água e a porosidade aparenteapresentaram valores abaixo do limite pa-drão referido no Quadro 45. Todas asamostras foram recomendadas para usosprováveis em cerâmica branca.

Os resultados da queima revela-ram. a 950'C. as cores branca. rosa claro elaranja claro, a 1250'C as cores branca.rósea e laranja pálido. A 1450'C há umescurecimento tendendo para as corescinza e marrom, mas as amostras apre-

Se considerarmos as zonas do Li-toral Norte, Oriental e Agreste do Estado. edelimitarmos uma área compreendida pelos

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Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

municípios de Touros ao norte, Lagoa dePedras ao sul. Boa Saúde e Bom Jesus aoeste, onde concentra-se um grande núme-ro de lagoas. embora parte delas encontre-se em atividade exploratória de diatomitos.estima-se que existem mais de 500 lagoasnesta área. com base em levantamentosefetuados pela extinta Companhia deÁguas e Solos do Rio Grande do Norte -CASOL. Considerando extensões médiasde 150 m x 100 m, respectivamente. se-gundo os eixos maior e menor das lagoas euma espessura média de 0.50 m da cama-da de argila. teremos um recurso económi-co da ordem de 3.750.000 m' de argilascauliníticas de depósitos lacustres. equiva-lentes a 6.375.000 toneladas (d = 1.7t/m').

da analise da difração de raios - X, efetua-da pelo LAMIN/CPRM. Os resultados re-velam dolomita. imita (dominante), camadamista irregular de ilita - esmectita (traços) equartzo (traços)

Menor e Monteiro (1981). ao estu-dar a mineralização gipsífera de Dix-SeptRosado. constataram imprecisões resul-tantes da classificação macroscópica dosargilitos. siltitos e margas. Os argilitos são.mais precisamente. argilitos dolomíticos. ossiltitos carbonáticos são dolomitos calcáriosargilosos. até margas, e as margas dolomí-ticas são dolomitos argilosos um poucocalcíticos. Prosseguindo, eles afirmam quena fase terrígena. as argilas predominamsobre o quartzo. e o feldspato ocorre comoacessório. A composicão da fração argilarevela invariável dominância de iliba sobreinterestratificados de imita - esmectita e cau-linita. Esta dominância é habitual em fácieshipersalinas e foi ratificada em depósitosevaporíticos por diversos autores. Na fasecarbonática há, quase sempre, dominânciada dolomita sobre calcita

5.5.2.3 Depósitos Associados às Rochás Sedimentares

Um tipo de depósito associado àsrochas sedimentares são os argilitos daseqüência dolomítico argilo-gipsífera. refe-ridos por Diniz (1982). da região de Dix-Sept Rosado. situados na zona Mossoro-ense. A seqüência apresenta uma sedi-mentação rítmica. Segundo Diniz (op. cit.) éconstituída, da base para o topo. por argi-litos. margas dolomíticas e dolomitos. decoloração cinza esverdeado. Posterior-mente. ocorrem os níveis de gipsita basais,intercalados com argilitos. Seguem-se ní-veis dolomíticos, argilíticos e de siltitos.intercalados com diferentes níveis de gip-sitas. Para o topo. ocorrem os bancos decalcários poucos argilosos e de calcárioscálcicos. inserindo-se todo este pacote naFormação Jandaíra, do Grupo Apodo, naBacia do Apodo (Figura 6).

Srivastava (1998) assinala que osargilominerais em carbonatos da FormaçãoJandaíra. do ambiente marinho, são repre-sentados por ílita (60.0 %) camadas mistasde ilita - esmectita (30.0%), clorita e cauli-nita (5.0%). Em fácies evaporítica destaformação. os minerais in- terestratifica-dos podem atingir valores de até 40.0%Todas estas afirmações corroboram osestudos mineralógicos efetuados pelo LA-MIN/CPRM, e a partir daí. passamos adenominar estes argilitos. de argilitos do-lomíticos.

Como o nível de argilito averme-lhado (camada-guia) freqüente nesta se-qüência já tinha sido caracterizado porDiniz (op. cit). os autores acharam conve-niente desenvolver estudos preliminares decaracterização tecnológica nos argilitosesverdeados e cinza-esvervedeados. fre-qüentes e bem visíveis nas seções dosparedões expostos nas minas de gipsitaatualmente abandonadas (Fotos 3 e 4)Inicialmente. a partir de duas amostrasdestes argilitos, foi determinada a composi-ção mineralógica da fração argila. através

O Projeto compilou. cadastrou eplotou em mapa anexo, cerca de seis ocor-rências de argilitos dolomíticos na regiãode Dix-Sept Rosado. São ocorrências con-sideradas como inéditas. Estes argilitosapresentam uma coloração esverdeada ecinza esverdeado. são quebradiços. plásti-cos quando umedecidos e dispostos emhorizontes bem estratificados. podendo serdescontínuos e de espessura variável (0.10cm a 2.00 m). Análises químicas efetuadasem três amostras de argilitos dolomíticospodem ser vistos no Quadro 42.

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Minerais industriais do Estado do Río Grande do Norte

Fonte : LAMIN/CPRM N -não detectado

Numa análise sucinta. quandocomparamos os valores apresentados deMgO e Feios. com a composição minera-lógica total das rochas integrantes da mine-ralização gipsífera de Dix-Sept Rosado. deMenor e Monteiro (1981), estes enqua-dram-se na denominação de argílitos dolo-míticos, corroborando os dados anterior-mente referidos sobre estes argilítos.

MPa, quando os valores padrões oscilamentre 0.50 a 24,0 Mpa. ou seja. um resulta-do pouco acima do limite padrão (Quadro43). Os resultados dos ensaios físicos re-comendaram usos prováveis para cerâmicabranca e de revestimentos

Foi feita uma estimativa de recur-sos económicos para os argilitos dolomíti-cos da região de Dix-Sept Rosado. Consi-derando a área estudada por Diniz (1982),em torno de 5.000 hectares e uma espes-sura média de 1,50m, chegou-se a umrecurso económico da ordem de 165 mi-lhões de toneladas.

Ensaios cerâmicos preliminaresforam realizados em duas amostras deargilitos dolomíticos das minas de SãoSebastião e Cajazeiras, da região de Dix-Sept Rosado, cujos resultados podem servisualizados no Anexo 111, e que foramrealizados em corpos de provas padroniza-dos (6 x 2 x 0.5 cm), secos a 110'C equeimados a 950'C, 1250'C e 1450'C paradeterminação de cor. absorção de água.morosidade aparente, massa específicaaparente. retração linear e tensão de ruptu-ra à flexão. Nos resultados da queima, umaamostra (mina São Sebastião) apresentoualtos teores de sinterização e perda ao fogona queima a 950'C. As outras duas amos-tr?? apresentaram a 950'C, a cor laranja, a1250'C as cores laranja pálido e cinza ogi-va. e a 1450'C. a cor preta. Uma delasapresentou fusão total a 1250'C e a outra a1450'C. Quando comparamos estas corescom as do Quadro 44. exibido maisadiante, constatamos que ocorre uma certacorrespondência entre estas, determinandousos prováveis para cerâmica branca.

Estas ocorrências de argi-lítos dolomíticos são consideradas grandesdescobertas deste projeto, principalmentepelos resultados recomendados para seususos

5.5.3 Argila Refratária

A argila refratária, segundo Queiroz(1997) é um tipo de argila silicosa rica emsilicatos de alumínio hidratados, capaz desuportar altas temperaturas sem deforma-ção e desintegração. Esta argila caracterizauma matéria-prima que inclui diversas va-riedades de argilas cauliníticas. Muzzi et al(1986) caracterizaram quatro ocorrênciasde argilas refratárias de depósitos de planí-cie aluvial, sendo uma no Rio Trairí/Ararasem São José do Mipibú, e três no Rio Jun-diaí. em Macaíba. As suas localizações nãoforam encontradas. uma vez que os mapasde detalhes das pesquisas geológicas efe-tuadas nestes depósitos pela extintaCDM/RN, foram extraviados. Após caracte-rização efetuada pelo ITEP. foram identifi-cadas pela equipe equipe do projeto duasocorrências de argilas cauliníticas refratá-

Com referência às característicasdos corpos de prova. na queima a 950'C e1250'C, em relação aos índices físicosreferidos, todos se enquadrarem nos valo-res padrões especificados. com exceção dovalor.da tensão de ruptura à flexão, que a1250'C apresentou um valor de 30,67

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

rias. Uma na Lagoa do Gondelo. em Maxa-ranguape. correspondente a um depósitolacustre. e outra em Caturano. em Parna-mirim. no Riacho Taborda, correspondentea um depósito de planície aluvial, tratando-se pois. de ocorrências inéditas. ambasplotadas em mapa anexo. Elas situam-sena zona do Litoral Oriental. A composição

mineralógica efetuada pelo LAMIN/CPRM.por difração de raios-X. em duas amostrasdestas argilas. na fração argila. determinoupara ambas a presença dominante da cau-linita. Análises químicas realizadas nasduas amostras de argilas podem ser visua-lizadas no Quadro 43.

Fonte: LAMIN/CPRM

FonteS.Q.

Santos(1975)Superqueima. isto é, os corpos de prova apresentam isoladamente ou simultaneamenteasseguintes alterações: a) uma mudança brusca da cor vermelha para marrom escuraou pretas b) aparecem bolhas internas ou superficiaisl c) os corpos de prova aderementre si e não podem ser separadosl d) os corpos de prova incham ou expandem devi-do a formaçãode bolhas internas (ó/oaf/ng)l e) os corpos de prova fundem nas arestasou totalmente

Quadro 45 Especificações Físicas de Argilas Plásticas (Tipo Ball - Clays).Para Usos em Cerâmica Branca Após Queima a 950'C e 1250'C

Fonte: Meio et al. (1998)

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Especificação física Limite pacirao

Retracão linear 5-12%

Absorção de água 10-55%Porosidade aparente 19-57%

Tensão de ruptura à flexão

5-245 kaf/cm0.5-24 MPa

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

As argilas cauliníticas utilizadaspara a fabricação de refratários devemconter baixo teor de Fe2O3 (menor que1,0%) e baixo teor de alcalis (Nabo + K2Omenor que 1.0%). No caso, a amostra daLagoa do Gondelo apresenta valores com-patíveis com este limite. enquanto que aamostra do Caturano, no Riacho Tabordaapenas os valores de Fe2O3 excederam ovalor limite (Quadro 43). Estas argilas re-fratárias apresentam teores de Al2O3 <46.0%. sendo classificadas como materialrefratário sílico-aluminoso. Ensaios cerâmi-cos preliminares realizados nestas duasamostras. mostraram que elas suportaramqueima nas temperaturas de 950'C1250'C e 1450'C. sem apresentarem de.formação e desintegração. É também im-portante a determinação da refratariedademínima equivalente ao cone Orthon 15(1430'C) que caracteriza a sua resistênciatérmica. As cores reveladas nos corpos deprova a 950'C. 1250'C e 1450'C, para aamostra 48, foram brancas a laranja cinzae para a amostra 120, cinza rosa, laranjaamarelo e marrom claro. respectivamenteFace ao pequeno número de ocorrênciasconhecidas destas argilas. não foram reali-zadas estimativas de recursos económicos.

caixantes (ortognaisses, xistos e quartzi-tos). e o outro ocorrente no seio das rochassedimentares fanerozóicas, utilizando asidades das formações mineralizadas

Ferreira et al. (1977) cadastraram44 ocorrências de barata relacionadas commetamorfitos pré-cambrianos. associados aortognaisses. paragnaisses e quartzitosdistribuídos nos municípios de Caicó.Equador, Florânia. lpueira. Jardim de Pira:nhas, Jucurutú. Lages, Ouro Branco. Pa-relhas. Santana, Santana do Matos. São

Fernando. São Jogo do Sabují, São Rafael.São Vicente e Timbaúba dos Batistas.Posteriormente. Lama et al. (1980), Oliveirae Salva (1983), Amaram (1987) e Ferreira(1 998), cadastraram e compilaram ocorrên-cias diversas de barata. Estas ocorrênciasrelacionam-se com diversas unidades lito-estratigráficas. representadas por quartzi-tos da Formação Equador, paragnaisses daFormação Jurucutú. ambas do Grupo Serí-dó(Neoproterozóico), por augen-gnaissese ortognaisses do Complexo Gnáissico-Migmatítico(Paleoproterozóico/Arqueano),e distribuem-se nos municípios referidos

No Rio Grande do Norte, os depó-sitos associados aos metamorfitos pré-cambrianos são os mais representativos elocalmente apresentam importância eco-nomica

5.5.4 Barata

O mineral barata (quimicamente umsulfato de bário - BaSO4), é a fonte maisimportante de bário. Os usos e aplicaçõesda barita como mineral industrial são vas-tos, em razão das propriedades de inérciaquímica, relativa insolubilidade em água eácidos e elevada densidade. O principaluso da barita consiste no preparo de lamasdensas. empregadas na perfuração depoços de petróleo e gás natural. Ela aindaé utilizada nas indústrias da borracha, pa-pel, plásticos. asfalto. cerâmica, vidro, pig-mentos e química, e em concreto especi-ais

Castro et al. (1977) cadastraramuma ocorrência de b?rata de alta pureza(densidade - 4,35t/m3, BaO - 62.31% eBaSO4 - 94,84%). posicionada no contatodo arenito da Formação Açú com o calcárioda Formação Jandaíra, do Grupo Apodo, naBacia do Apodi. em Upanema. Como aocorrência é freqüente na área citada. hánecessidade de uma investigação geológi-ca mais detalhada. para verificar suas pos-sibilidades económicas. Com base na aná-lise bibliográfica, os autores cadastraram1 1 ocorrências de barita. sendo seis encai-xadas em ortognaisses e cinco em quart-zitos. distribuídas nos municípios de Caicó.Cerro Cora, Equador, Lages, Ouro Branco.Parelhas, Pedro Avelino e São RafaelTodas estas ocorrências referidas encon-tram-se plotadas em mapa anexo. Estasocorrências enquadram-se em depósitosdo tipo hidrotermais filoneanos. de Darden.

Farina (1978) agrupou as ocorrên-cias conhecidas de barata no Nordeste(aditando critérios essencialmente geoló-gicos) em dois gruposl um relacionado comos metamorfitos pré-cambrianos, por suavez subdivididos em três tipos, baseadosem critérios de tipologia litológica das en-

61

Minerais Industriais da Estado do Rio Grande do Norte

ne (1997), e/ou em veios associados àszonas de cisalhamentos brasilianos quecortam rochas do embasamento paleopro-terozóico da Faixa Seridó (Salva. 1998).Nestes depósitos. a barita encontra-sefrequentemente associada a quartzo. sen-do bastante comum a associação barataquartzo e hematita/magnetita. Fluoritagalena, pinta. calcopirita e ametista. tam-bém podem ocorrer. Evidências de silifica-ção estão por vezes presentes nos conta-tos com a rocha encaixante.

mente subconcordantes com a foliação e omergulho das rochas encaixantes

Ferreira et al. (1977). realizaramanálises químicas em ocorrências diversasde barata. Dentre estas. 10 ocorrênciasdestacaram-se por apresentarem teoresmédios elevados de BaSO4. cujos valoresvariaram entre 90.41% a 97.87%, e teoresde Fe203 entre 0.05% a 0.10%. Estas ocor-rências distribuem-se nos municípios de

Caicó (1), Ouro Branco (2). Parelhas (1),São Fernando (1). São Rafael (4) e Tim-baúba dos Batistas (1).A barita ocorre nas colorações

branca. rósea, roxa e avermelhada. comtextura dos tipos maciças e sacaroidais. degranulação fina a média, e mais raramente.em agregados de cristais bem formados. Apossança dos veios é, em geral. da ordemdecimétrica a métrica, podendo ati'agir até2.0m. As extensões são da ordem de al-gumas dezenas ou centenas de metros.podendo em alguns casos. alcançar 2 km.sendo estes tabulares a lenticulares. Emprofundidade, verifica-se que a possançado veio não apresenta a mesma espessurauniforme da superfície, ocorre um estreita-mento e, em alguns casos, este veio divide-se em vários outros de espessuras centi-métricas. Os veios ocorrem preferencial-

Outras áreas pesquisadas para ba-rata (processos DNPM 812.486/76 e840.116/82). em Saco de Forquilha. SãoFernando e Boa Vista. em Lages. já cadu-cas. extintas, apresentaram densidades de4.25t/m3 e 4,24t/m3 e teores de BaSO4 de92.39% e 94,56%. respectivamente.

A SECLAB/CPRM e o LA-MIN/CPRM efetuaram determinações dedensidades e realizaram análises químicasem 10 ocorrências selecionadas. em virtu-de de terem sido alvo de intensa explora-ção (Quadro 46).

Quadro 46 - Análises Químicas e Densidades de Baratas de Depósitos Hidrotermais

Fonte: SECLAB e LAMIN/CPRM

62

N' do lprometo

atual

Nadecampo

Fe203(OZa)  

BaSQ4(ayo)

uensiaaae(t/m') ,==;'. IVIUlllVllflV

[=n . . afiar172 JN-360 0,10 55,4 84,32 4.3U UOU uell ub  188 JN-379 1 ,1 53,8 81.88 4.24 LUUldUUUIU  192 JN-368 4,2 55,8 84.93 4.'1Õ LUUldUUUIU  193 JN-375 l0.3 43.8 66.66 J.yU F''Bula LJ PXquÓ  215 JN-352 0,10 45,6 69.4U 4.JZ    217 JN-351 0,30 57,2 8/.U6 4.24    218 JN-353 0.50 60.5 92.08 4.1J INlsia riUiebLd r CUI \J rlVUlll lv

r'\ n FFn f'b n r'3219 JN-361 0.40 1 58.3 88,/3 4.'1J    221 JN-358 0,10 55,9 85.U8 4.DU    224 JN-412 0.09 52.3  

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Narre

Se considerarmosções da barata:

as especifica rochas sedimentares fanerozóicas, comosó há uma única ocorrência conhecidatorna-se difícil elaborar uma estimativa derecurso económico para este tipo de depó-sito no Rio Grande do Norte.

grau lama de perfuração (densidademínima de 4,2t/m' e teor de BaSO4acima de 90.0%)l

grau químico (teor de BaSO4 acimade 95,0%. e de Fe2O3 < 1 ,0%)l

barata para indústria de tintas (teorde BaSO4 acima de 90,0%)

5.5.5 Caulim

Entre os grupos de minerais argilo-sos. o grupo do caulim é um dos que maisse destaca, em razão das propriedadesespeciais que apresenta, como brancura.maciez. plasticidade, inércia química. fortepoder dispersivo na água e em outros mei-os líquidos, baixa condutividade de calor eeletricidade. conferindo propriedades espe-ciais. tais como térmica e mecânica. dura-bilidade, rigidez dimensionar. dentre outrasA unidade estrutural básica corresponde àscomposições químicas 4SiO2. 2Al2O3 .4H2Oou 4 SiO2 . 6MgO . 4H2O. O grupo do cau-lim compreende os subgrupos do caulim oucaulinita e da serpentina. O subgrupo dacaulinita constitui-se mineralogicamentepela caulinita. haloisita. nacrita e diquital eo subgrupo da serpentina, pela crisotila eantígorita. Estes constituem os tipos maisfreqüentes

constata-se que existem depósitos diversosde barita no Estado que atendem. em par-te, às especificações de usos para estessegmentos industriais. Deve-se ressaltarque. nas 10 ocorrências selecíonadas eestudadas pelo projeto, foram coletadasamostras pontuais de barata, não se reali-zando uma amostragem mais representati-va das ocorrências, pois os depósitos en-contram-se dilapidados. entulhadas derejeitos e abandonados.

Em algumas áreas amostradas eque apresentaram densidades de 4,3 a4.5t/m'. caso de Coqueiros, em EquadorAlívio em Lages e Cipó em São Rafael(Foto 5), estas deveriam ter apresentadoteores de BaSO4 superiores a 90.0%. e talnão ocorreu Talvez haja necessidade derepetir a amostragem. de vez que tratam-sedas áreas mais exploradas para a barata noEstado, cuja produção foi destinada parauso em lama de perfuração e indústriaquímica. Atualmente. não há atividade deprodução de barata. pois os garimpos en-contram-se paralisados desde meados de1996

Os fatores que controlam os usosindustriais do caulim são. principalmente, ograu de pureza. alvura. poder de reflexãoluminosa e a granulometria. Os principaisusos industriais são para cerâmica branca.papel. borracha. tintas. plásticos, tecidos.inseticidas. fertilizantes. adesivos. esmal-tes. vidros especiais, medicamentos, quí-mica e couros, dentre outros

Considerando que foram cadastra-das 65 ocorrências de barata associadasaos depósitos hídrotermais filoneanos. etomando-se como base a pesquisa realiza-da na localidade de Boa Vista, em Lages(processo DNPM 812.486/76). onde foicubada uma reserva inferida da ordem de3.360 toneladas de minério de barita comteor de.94.56% de BaSO4 e densidade de4.24t/m3, e tratando-se de depósitos demesmo contexto geológico, foi realizadauma estimativa de recurso económico totalda ordem de 218.400 toneladas de minériode barata com teor de 81.20% de BaSO4 .edensidade média de 4.22t/m3. Com refe-rência a depósitos de barata associados às

Os depósitos de caulim no RioGrande do Norte. classificam-se em trêsprincipais tipos

depósitos pegmatíticosldepósitos sedimentares edepósitos de alteração superficial

5.5.5.1 Depósitos Pegmatíticos

Nestes depósitos o caulim é en-contrado. usualmente. como um produto dealteração dos K-feldspatos dos pegmatitos,constituindo cerca de 40% a 60% da rochadecomposta. Muscovita, quartzo. feldspatoturmalina, berilo. mangano - tantalita, co-

63

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

lumbita/tantalita e outros. constituem osdemais minerais que compõem estas ro-chas. De uma maneira geral, os pegmatitoscaulinizados estão encaixados nos quart-zitos da Formação Equador. do Grupo Se-ridó. ocorrendo de formas discordantes econcordantes/subconcordantes. em altostopográficos. sendo encontrados principal-mente na região de Equador, e em menornúmero em Carnaúba das Dantas e Pare-lhas, constituindo a Província Pegmatíticada Borborema-Seridó, de Salva e Dantas(1984).

os caulins são constituídos por caulinitabem cristalizada (dominante. acima de90,0%). tubos de haloisita (identificada emapenas três amostras), muscovita (abaixode 10.0%). quartzo e feldspato (em traços emuitas vezes ausentes). A Geoklock(1 982)corroborou os resultados dos estudos mi-neralógicos efetuados por Ferreira (1 972)

Wilson et al. (1998) afirmam queestes caulino são mineralogicamente cons-tituídos por caulinita lamelar euédrica, deperfil hexagonal bem cristalizada. Nãoidentificaram haloisita.

Os pegmatltos caulinizados sãodos tipos homogêneos (não zoneados).mais frequentes e heterogêneos (zonea-dos. diferenciados). Têm geralmente es-pessuras médias inferiores a 20m. comextensões variáveis, da ordem de algumasdezenas ou centenas de metros. podendo.em alguns casos, atingir 600m. alinhando-se sob a forma de rosário. Em profundida-de. estes corpos são lavrados até cerca de30m. por garimpagem.

O LAMIN/CPRM, ao analisar8 amostras de caulim. através da difraçãode raios-X, sendo sete de Equador e um deCarnaúba dos Dantas, confirmou a presen-ça da caulinita (dominante), seguido dequartzo. muscovita. feldspato e turmalina(traços). A muscovita está. por vezes. setransformando para mineral do grupo docaulim. Ocorrências minerais de caulinsforam cadastradas por autores diversosOliveira e Salva (1974) ao realizar estudossobre o caulim no Nordeste. cita a existên-cia de 23 ocorrências no município deEquador. Ferreira et al. (1 977) cadastraramcerca de 21 ocorrências de caulim situadasnos municípios de Equador (17) e Parelhas(4)

A Geoklock (1982) identificou ma-croscopicamente três tipos distintos decaulim nestes depósitos:

Caulim tipo sal, é o mais co-mum. É uma mistura granularde caulim. quartzo e muscovita,de coloração branca. e queocorre nas zonas intermediáriasdos pegmatltoslCaulim tipo veeiro ou gordo.Consta de uma massa leve,branca. macia e pastosa, seminclusões de impurezas apa-rentes. Ocorre sempre associa-do aos núcleos de quartzo dospegmatitoslCaulim seco, que representa umestágio incipiente de alteraçãodo feldspato. Ocorre nas por-ções centrais dos pegmatitos demaiores espessuras.

Posteriormente. Lima et al. (1980).Geoklock (1982). Oliveira e Sirva (1983).Sirva e Dantes (1984). CDM/RN (1989) eFerreira (1998). cadastraram e compilaramocorrências diversas de cauiins nos muni-

cípios de Equadore Parelhas.

O Projeto cadastrou 8 e compilououtras 39. totalizando 47 ocorrências decaulim distribuídas nos municípios deEquador (38), Parelhas (8) e Carnaúba doscantas (1) - (Foto 6).

Todas estas ocorrências referidasencontram-se plotadas em mapa anexo.

A composição mineralógica destescaulino foi estudada por autores diversos.por difratogramas de raios-X, espectogra-ma no infravermelho e termogramas(A.T.D). Ferreira (1972) ao estudar 12amostras da região de Equador. afirma que

Estudos de caracterizações tecno-lógicas dos caulino de Equador e Carnaúbados Dantas, foram realizados por Ferreira(1972). Geoklock (1982). Oliveira e Silva(1983), e pelos autores

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Minerais Industriais do Estado do Ría Grande do Norte

Das análises químicas efetuadaspor Ferreira (1972), foram selecionadas 6amostras que apresentaram bons resulta-dos (Quadro 47)

do a obtenção da elevada alvura(> 85%) destes caulins (Wilson et1998).

ISOal.

Numa análise sucinta. verificam-seas variações dos teores de Fe2O3 (0.12 a1.,21%) e Tios (0,10% a traços). considera-das baixas. Estes valores tem proporciona-

Análises químicas efetuadas pelaCPRM em 8 corpos pegmatíticos. distribuí-dos entre Equador (07) e Carnaúba dosDantas (01). podem ser visualizadas noQuadro 48.

Quadro 48 - Análises Químicas de Caulins de Depósitos Peamatíti

onte: LAMIN /CPRM* Bezerra epal.(1994)

N = não detectado L = menor que

65

N'doproje-

toatual .$-

Setoramostrado Muni-

copio

Si02 Al203 Fe2Oa l TiO, l Ca(5: 1462   51,7 30,7   0,17 N 0,14 0.32 5,1 l l ,l Jacú l

Equador

468*   46.2 38,7 0.11   0,07 o,05 1 0.15 0,07 14,4 Alto

471   47.1 37,8   N N 0,07 0,05 0.36 13,9 Favela

494   46,5 37.8   N N L(0,05) 0,05 0,48 14.6 Pitombeira

527   70.5 20,8 0.06 0,17 N 0,05 0,22 0.36 8.0 Serra do Car. dos

533   46,2 37,8   0,08 N L(0,05) 0,05 0,36 14,6 Jacú ll

534   70.8 19.9 0.16 N N 0.15 0.19 0,97 7,5 Tanquinhosl

46.5 F 37,8   N N L(0.05) 0,05 0,24 14,7

45,6 l 38.0 0.07 l o.08 l iÍT''Õ.Õi 0.22 0,36 14,9

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Analisandos os dados, percebem-se os baixos teores apresentados peloFe203 e Tios (menores que 0,20%).. Osvalores altos de SiO2 nas amostras 527 e534. são devido à presença do quartzo, ede K2O na amostra 462. é pela presençado feldspato ainda não totalmente caulini-zado.

valores entre 71 .3% a 87,1% e a viscosidade variou entre 63.0% a 71 ,0%.

O Projeto também realizou ensaiosem corpos de provas padronizados(6x2x0,5cm), sêcos a 1 10'C e queimados a950'C. 1250'C e 1450'C para determina-ção de cor, em 8 amostras de caulim. sen-do 7 de Equador e l de Carnaúba dosDantas. Deste total. 7 amostras queimarambranco nas 3 temperaturas referidas e lamostra queimou cinza rosado, cinza claroe cinza amarelado. respectivamente. Nosensaios cerâmicos preliminares. a amostra527 (Serra do Forte), apresentou os resul-tados de tensão de ruptura à flexão e ab-sorção de água muito abaixo dos valoresespecificados para aplicação em cerâmicabranca. A amostra foi considerada inade-quada para uso cerâmico, quando compa:Fado com o Quadro 49. Nesta área. hánecessidade de repetir a amostragem, paracaracterizar melhor este depósito.

Ferreira (1972) realizou ensaioscom corpos de provas padronizados(6x2x0.5 cm). secos a 110'C e queimadosa 950'C. 1250'C e 1450'C para determina-ção da cor. em 12 amostras de caulim daregião do Equador. 9 amostras queimarambranco nas três temperaturas referidas, lamostra queimou rosa claro, branca e cinzaclaro e outra amostra queimou rosa claro.marrom claro e marrom escuro, respecti-vamente. Perdeu-se uma amostra por aci-dente no laboratório. Para estes caulinsforam recomendados usos cerâmicos e nãocerâmicos. Deste total. 8 amostras foramrecomendadas para usos prováveis comocerâmica branca (em porcelanas duras emassas para grés sanitários) e materiaisrefratários sílico-aluminosos. Para usos nãocerâmicos. 3 amostras foram recomenda-das para cobertura para papel tipo couchê.não de primeira qualidade. mas cujas ca-racterísticas são adequadas para atender aindústria de papel de São Paulo. Oliveira eSalva (1974) também efetuaram ensaiostecnológicos em 6 amostras de caulim daregião de Equador. cujos resultados corro-boraram os dados de Ferreira(1 972)

Quanto às demais amostras. nasua maioria, ou seja 5 delas, apresentaramvalores de tensão de ruptura à flexão eabsorção de água compatíveis com osparâmetros específicos de caulim paracerâmica branca, ao passo que as outrasduas (amostras 533 e 535) apresentarampequenas distorções referentes a tensãode ruptura à flexão a 1250'C (amostra 535foi menor que 80) e a 1450'C (amostra 535fol menor que 120) e a absorção da água1250'C e 1450' (amostra 535 foi maior que16% e 6%. respectivamente). Mesmo as-sim. todas as 7 amostras foram recomen-dadas para usos prováveis em cerâmicabranca (Anexo 111). Foram também deter-minadas nestas amostras. análise granu-lométrica. rendimento em peneira 325,alvura. pH à temperatura de 22,8oC. Orendimento em peneira malha 325, apre-sentou valores baixos em 3 amostras, entre15.41% a 38.07%. decorrente da presençadominante do quartzo e mica sobre o cau-lim. (caulim tipo sal). e valores altos nas 5outras amostras. variáveis entre 80.15% a98,6% (caulim tipo gordo). A alvura apre-sentou valores altos. variáveis entre 75% a91% e o pH à temperatura de 22.8'C apre-sentou também valores variáveis entre 6.1 9d D.Q l

A Geoklock (1982) submeteu lOamostras de caulim da região de Equador aensaios do beneficiamento em escala delaboratório. Os testes de lavagem e sepa-ração granulométrica seguiram os padrõesnormais para beneficiamento de caulimbruto. e os resultados obtidos comprova-ram a obtenção de produtos finais de altovalor, para usos cerâmicos (cerâmica bran-ca) e não cerâmicos (cobertura e carga depapel).

Outros resultados, como da análisegranulométrica, que refere-se ao percentualdas partículas com diâmetro inferior a 2microns . apresentaram valores entre 47%a 73.0%. definindo estas como de umagranulometria fina. a alvura apresentou

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Minerais Industriais da Estada do Rio Grande do Norte

Bezerra e Carvalho (1997) realiza-ram ensaios tecnológicos de caulins daregião de Equador. Os rendimentos napeneira de malha 325 mostram uma varia-ção entre 28,0 e 99,0% e as partículasmicrométricas estão numa faixa mais gros-seira. típica de caulino primários. A alvuraapresenta valores quase sempre aclima de80.0%, com pH entre 4,5 e 7.0. Nos en-

saios cerâmicos preliminares foram obser-vadas cores de queima branca ou clara,tensão de ruptura à flexão (kgf/cm') a110oC maior que 2. a 950'C maior que 15.a 1250'C maior que 80 e a 1450'C maiorque 120. A absorção de água foi medida a950'C menor que 26%, a 1250' C menorque 16% e a 1450oC menor que 6%.

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Minerais Industriais do Estado da Rio Grande do Nade

Trabalhos de pesquisas geológicaspara dimensionamento de reservas foramrealizados pela Geoklock (1982), Rêgo(1.983) e Souza (1985). A Geoklock (opcit.) efetuou uma pesquisa geológica em llpegmatitos selecionados da região deEquador e Parelhas. grandes produtores decaulim: Tanquinho. Jacú l e 11. PitombeiraBaixa da Catíngueira. Serra Redonda. GaloBranco. Cajueiro, lcó l e ll e Serra da Bor-borema. Foram cubadas reservas totais(medida + indicada+inferida) da ordem de2.706.405 toneladas de caulim bruto (tiposal)..Considerando que a recuperação 'mé-dia deste caulim. quando beneficiado. é emtorno de 35.0%, esta reserva total é reduzi-da para cerca de 947.240 toneladas de

caulim. das quais estima-se que 15,0% jáforam extraídas. Posteriormente, Rêgo(1983) e Souza (1 985) realizaram trabalhosde pesquisas geológicas em áreas já refe-ridas e cubadas pela Geoklock (1982) Nãoforam feitas estimativas de recursos eco-nómicos de caulim para esta região, poisconsideramos os dados acima estimadospela Geoklock

clonados. de coloração amarelada. vermeIha e/ou roxa, devido às freqüentes contaminações ferruginosas. No topo destacorrespondente ao nível da chapada, ocorrem crostas lateríticas avermelhadasconstituídas por quartzo com cimento fer.ruginoso.

Estes depósitos são encontradosem chapadas de relevo plano-onduladas.de escarpas abruptas e fortemente ravina.ldas. nas regiões de altitude entre cotas de600m a 750m, capeando altos do emba-samento cristalino pré-cambriano. consti-tuindo as Serras de Santana. Martins ePorto Alegre, situadas nas zonas das Ser-ras Centrais e do Alto Apodo, respectiva-mente. Foram compiladas da bibliografiacerca de 17 ocorrências de caulim, englo-bando os municípios de Cerro Cora (1)Lagoa Nova (6). Martins (9) e São Vicente(1). Na maioria. estas ocorrências são des-providas de interesse económico. Todaselas estão plotadas em mapa anexo

Existem ocorrências muito conhe-cidas, com citações na bibliografia, comoLadeira do Barro Branco, em Martins. eLiberdade em Cerro Cora. Algumasdestas ocorrências foram alvo de prospec-ção geológica (processo DNPM805.883/77. atualmente caduco). referenteao engenho Umarizeiro. em Martins. Aprospecção interceptou, na base. um nívelcaulinítico. onde o caulim ocorre comocimento preenchendo os espaços interstici-ais do quartzo. de coloração creme. comrmpregnações de óxidos de ferro e de es-pessura centimétrica. com extensão demetros a algumas dezenas de metros. sen-do considerado como de pouco interesseeconómico

Na Serra de Santana, nas localida-des denominadas Massangana, Baixa Ver-de, Figueira. Floresta. Clavinote e CantaGalo. situadas nas circunvizinhanças e aonorte da sede da cidade de Lagoa' Nova. ogeólogo Edgard Dantas. acompanhando aperfuração de poços tubulares para oabastecimento d'água destas comunída.des. no período de 1968 a 1970. identificouem amostras de calhas de diversos poçosa presença de caulim. (o que Ihe chamou aatenção). A reconstituição dos perfis litoló-gicos destes poços, permitiu identificar um

5.5.5.2 Depósitos Sedimentares

Os depósitos de caulins sedimenta-res estão associados aos sedimentos terci-ários do Grupo Barreiras e da FormaçãoSerra do Martins. São constatados doistipos de depósitos. O primeiro, ocorre deforma lenticular. de espessura centímétrica.raramente métrica, constituído por um nívelcaulinítico. com extensão de metros a al-gumas dezenas de metros. e o caulim ocor-re geralmente comentando os espaços in-tersticiais dos grãos de quartzo. provavel-mente resultante da caulínização dosfeldspatos. Estes estão também presentescomo minerais essenciais.

Os depósitos de caulim associadosaos sedimentos terciários da FormaçãoSerra do Marfins correspondem aos depó-sitos do primeiro tipo. A mineralização'decaulim ocorre na porção basal desta 'forma-ção. constituída por arenitos esbranquiça-dos. mal selecionados, localmente conglo-meráticos, com grãos de quartzos angulo-sos. foscos, comentados principalmente porcaulim. Na sua porção média a superior.ocorrem arenitos finos a médios. mal sele.

68

Minerais Industriais do Estado do Río Grande do Norte

horizonte caulinítico, com espessura supe-rior a 20.0m. ocorrendo numa área aproxi-mada de 20km'. Trata-se, portanto, de umajazida de caulim. de origem secundária,correspondente ao segundo tipo referidoanteriormente. cujas características quími-cas e físicas e reservas são ainda desco-nhecidas.

re um pacote de arenito argiloso de colora-ção avermelhada. que pode atingir até20 m de espessura. Este depósito apre-senta extensão superior a 5 quilómetros elargura de 3,5 quilómetros. As sondagens eos poços de pesquisa mostraram um fe-chamento destas lentes para sul e sudo-este de Mangabeira, em direção a ocorrên-cia de Passagem de Areia

O segundo tipo ocorre também deforma lenticular, de espessura centimétricaa métrica. formando por vezes horizontescom até 20.0m. de extensão bastante vari-ável. da ordem de algumas dezenas oucentenas de metros, e o caulim é tipica-mente secundário.

Os trabalhos geológicos de pesqui-sa efetuados nesta área, permitiram cubaruma reserva total (medida + indicada +inferida) da ordem de 32.3 milhões de to-neladas de caulim. A composição minera-lógica efetuada por difração de raios-X emamostras de caulim. revelou constituiçãopor caulinita bem cristalizada (dominante.97.0%). seguindo-se ilita, alunita, goetita.quartzo e feldspato (em pequena propor-

Os depósitos associados aos se-dimentos areno-argilosos, de coloraçõesvariadas, do Grupo Barreiras. correspon-dem ao segundo tipo, ocorrem na regiãocosteira do Estado, na zona do Litoral Ori-ental. São também citadas ocorrências decaulim em Pendências e Macau. por Araújo(1985) e Costa Neto (1985). Foram compi-ladas da bibliografia 10 ocorrências destescaulins. distribuindo-se nos municípios deGoianinha (1), Macaíba (5). Nísia Floresta(1). Parnamirim (1) e Tibau do Sul (2). Nagrande maioria. tratam-se de ocorrências.pois nunca foram exploradas economica-mente. Dentre estes. um único depósito decaulim destaca-se dos demais, o depósitode Ferreiro Torto/Mangabeira/Guarapes.em Macaíba. Este depósito foi alvo de umapesquisa geológica no Início da década de70. em áreas requeridas pela empresaGema S. A. Agropecuária e Indústria. atra-vés dos processos DNPM's 819.098/69.811.606/70. 811.607/70, 811.608/70.81 1.609/70 e 800.629/72. todos já caducos.

As análises químicas efetuadas emamostras diversas de caulim, revelaramteores de SiO2 variáveis entre 47.0% a49.6%. Al203 (34.4 a 37.0%). Feios e Tios< 1.0%. e baixos teores (<1.0%) de CaO.MgO, N2O. K2O e de matéria orgânica. Acaracterização tecnológica efetuada emamostras de caulim deste depósito, reveloubons resultados. A granulometria do caulimé fina. predominando partículas com diâ-metro inferior a 2 microns (72.0% a 89.9%),favorecendo a sua economicidade. poisdentro desta faixa granulométrica é possí-vel a industrialização de uma série de pro-dutos para utilização na indústria de papelA viscosidade revelou valores entre 62,3 a70.8 cp e a alvura variou entre 72.2% a91.1%. A análise das características físicase químicas permitiu classificar 3 tipos decaulim (primeira. segunda e terceira quali-dade). recomendados para usos em cerâ-mica branca, cobertura e carga de papel

As áreas de Mangabeira. Guarapese Ferreiro Torto foram pesquisadas atravésde sondagens a diamante e poços de pes-quisa e constituem um único jazimento. Odepósito tem forma lenticular, sendo cons-tituído por dois horizontes caulínicos. Osuperior tem uma espessura máxima de 2metros. contendo freqüentemente impreg-nações de óxido de ferro. O nível inferior émais potente. com espessura máxima daordem de 20 metros. Entre estes dois ní-veis intercala-se uma camada de argilaavermelhada. Na capa deste depósito ocor-

Questionamentos técnicos diversosforam levantados pelo DNPM. quando davistoria técnica efetuada a esta área, taiscomo os resultados das característicasfísicas apresentadas (pH, viscosidade ealvura). razão da mineração. espessuramédia da camada, do capeamento e teormédio do depósito e economicidade dajazida. dentre outros, que influenciaram aempresa a não prosseguir com os traba-

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Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Foram efetuados estudos micro-paleontológicos por Salva Neto (1987). Fer-nandes et al.(1990) e Dantas et al.(1997)que identificaram duas grandes classes dealgas diatomáceas frequentes nestes de-pósitos: as Clntricas (Centricae) e as Pe-nadas(Pennalae). indicando ambientetípico de água doce.

Atribui-se à presença de caulinita ede sedimentos arenosos nestes depósitosa um possível retrabalhamento dos sedi-mentos do Grupo Barreiras

Dantas et al. (1997) utilizaram 3classes para a definição da qualidade dosprincipais depósitos de dlatomitas: diato-mitas classe A, de boa qualidades diatomi-tas classe B, de qualidade inferior, e diato-mitas classe C. de qualidade mais inferior.

As Penadas. predominam e apre-sentam esqueletos com formas alongadas(bastonetes). lanceoladas e navicular. AsCintricas são menos frequentes. cujos es-queletos tem formas cilíndricas. podendoser circulares. elípticas ou polígonais. Osgéneros mais comuns. segundo a formadas suas carapaças são: pinularia, eunotia.fragilaria. navícula. synedra. gomphorema.nitzschia. diatoma. rouxia. amphipleurapellucida, anomoloneis seriana. dentreoutros. Os mais abundantes são: pínularia.eunotia e fragilaria. Entre os espongiários,predominam as espículas monaxõnicas

Os limites qualitativos para estaclassificação são demonstrados no Quadro50

No Rio Grande do Norte. são en-contrados depósitos das 3 classes. Osdepósitos da classe A são bastantes ex-plotados. Os da classe B são também ex-plotados. mas necessitam de processosmais sofisticados de beneficiamento paraeliminação das impurezas (areias, argilas ematéria orgânica) que constituem fatoreslimitantes para usos mais nobres. e os dasclasse C, são os mais numerosos bastan-tes explotados. e principalmente utilizadospara a fabricação de tijolos brancos. Nestecaso. vem ocorrendo uma grande dilapida-ção destes depósitos, efetuada por mora-dores locais que subutilizam a díatomítapara confeccionartijolos

Estudos mineralógicos efetuadospor Salva (1990). em uma amostra de dia-tomita da mina Punaú, em Maxaranguape.identificou mineral silicoso, tipo tridimita(dominante). seguindo-se caulinita. quartzo,espículas e diatomita. Sirva Neto (op. cit.)ao analisar amostras de díatomíta do RioGuajirú. em Extremoz, conclui que a com-posição mineralógica provável é a seguinte:diatomita - 45.91%, caulínita - 48.72% eareia - 5.37%.

Análises químicas de amostras dedepósitos fluviais de diatomita, podem servisualizadas no Quadro 51

Quadro 50 - Limites Qualitativos de Classificação de Diatomitas

Fonte: Cabral e Menor (1979) Maior que (>) Menor que (<)

72

Composição (%) Classe

Sílica díatomácea íamorfa} > 60 51 -60  Arq ila < 5 26 - 35  Matéria orgânica < 15 16 - 30  

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Quadro 51 Análises Químicas de Diatomitas de Depósitos Fluviais

Fonte Silva Neto (1987)* Amostra calcinada a 950'C

Segundo o critério dos limites qua-litativos citado no Quadro 50, o depósito607 /n natura pode ser enquadrado naclasse A (sílica amorfa < 50%. Al2O3 < 5%e PF < 15%). pois quando calcinado. cer-tamente atingirá o valor desejado de sílica.O depósito 637 é de excelente qualidade,sendo enquadrado na classe A (sílicaamorfa, Alz03. Fe2O3 e PF apresentamvalores compatíveis com amostras pa-drões). O depósito 622 (sílica amorfa <50%) quando /n natura é classificado naclasse C. mas quando calcinado, elevou osteores de sílica amorfa para 56,7%, sílicatotal para 72,5% e PF para 0.09%. elimi-nando as impurezas. enquadrando-se naclasse B. O valor de Al203 aumentou de19,39% para 23.5%. identificando a pre-sença da argila caulinítica.

diatomita da mina Punaú, em Maxaranguape, podem ser visualizados no Quadro 53.

Verifica-se que a sílica da diatomi-ta. o Fe2O3 e o Al203. encontram-se con-centrados nas frações mais finas. abaixode 400 malhas. enquanto que a a sílicaproveniente do quartzo está concentradanas frações mais grosseiras, acima de 400malhas. As demais características físicassão também muito importantes para a de-terminação final da sua utilização, comodensidade aparente, porosidade. elastici-dade. capacidade de absorção. condutivi-dade térmica, coloração clara (alvura), eoutros. Dantas et al. (1997) assinalam al-gumas características físicas das diatomi-tas

Análises químicas de amostras dedepósitos lacustres de diatomita. podemser visualizadas no Quadro 52

Cor -- branca. creme, cinzasDensidade aparente - 0.12 a 0.50g/cm;(após calcinada)líndice de refração - 1.461Ponto de fusão - 1 .61 5'CICondutividade térmica - 0,49 - 0,77Kcal/cm2/cm/OCISolubilidade: insoluvel em ácidos e solúvelem álcalis forteslCoeficiente da irradiação térmica a 1 .000'C

Condutividade elétrica - 1.5x10lõ (õme-ga/cm);Permeabilidade -- 2,5(graus Kopescki)lPh - 6 a 8;Porosidade absoluta - 0.8 a 0,9 cm'/g

Utilizando o critério do limite quali-tativo (Quadro 50), os depósitos 654 e 658são enquadrados na classe B. e o 687 naclasse A. Os valores de Al2O3 nas amostras654 e 658 (7.6% e 11,4%) ainda refletem apresença da argila caulinítica. ao passoque na amostra 687 o valor de Al203 éinferior a 5%. tratando-se de uma excelenteamostra.

Resultados de análise granulomé-trica e análises químicas de amostras de

73

Minerais industriais do Estada do Rio Grande do Nade

A diatomita é comercializada. prin-cipalmente sob 3 formas: natural. calcinadae fluxo calcinada. As especificações quími-

cas e físicas dos principais produtos co-mercializados são mostradas no Quadrouü+.

Quadro 52 - Análises Químicas de Diatomitas de Depósitos Lacustres

Fonte: Fernandes etal.(1990). Sílica total sílica (amorfa + caulinita + quartzo)

Quadro 53 - Análises Granulométrica e Química de Diatomitas de Depósito Fluvial

Fonte: Silva (1990 )

74

N9do

prometoatual

Elemento (%)Setor

amostrado Município

SiOzamorfa

Si02total

Al203 FeZO3 Nabo K20 PF

654 69.9 B3.1 7,6 1.3 0,48 0.44 4.1 Lagoa CurraisBoa

Saúde658 61,6 81.3 11.4 1.2 0.73 0.31 5.6Lagoa

Pau D'Arco

687 89.9 93.4 4.0 0.39 0.55 0.22 2.7Lagoa

.lerimitm

Fração

malhas

Massa

calcinada

Elemento (%)Setor

amostra-do

Municí-plo

Si02total

Si02Quartzo

Si02Diatomíta

Al203 Fe20a Perda aoFoao

+ 20 0,1 90,5     3,4 3,0 21,4

 

Maxaran-

guape

+ 28 0,1 92,5     1.9 1,9 7,0

+ 35 0,4 97.5 92,7 2,1 2,3 0,9 16,7

+ 48 0,7 98.2 94,2 1,7 2,0 0,5 11,4

+ 65 1.4 98,0 94.9 2,4 0,7 0.4 7,6

+ 100 1,9 96.0 92,4 2,5 1,0 0,8 4,7

+ 150 1,9   80.6   1,3 1.6 6,9

+ 200 1.5 89,4 61.2 24,2 3,5 1.9 8.1

+ 270 1,4 93,4 44.8 45,7 2,3 0,7 l0,4

+ 400 1,7 95,6 27.2 66,5 1,6 0,3 11,0

400 88,9 89,5 3,4 78.4 6,6 0,6 18,0

Minerais !ndustriais da Estado do Rio Grande do Norte

Quadro 54 Especificações Químicas e Físicas dos Principais ProdutosComercializados de Diatomita

Fonte: Dantas et al. (1997)

Atualmente, o beneficiamento dediatomita é feito através das seguintesetapas: secagem. calcínação, moagem eclassificação através de ciclones.

de minerais subdivide-se em feldspatospotássicos e sádico-cálcicos(plagíoclá-síos). Os feldspatos potássicos compreen-dem o ortoclásio e a microclina. que apre-sentam a mesma composição química(KAISi30e). porém diferem na estruturacristalina. Os plagioclásios formam umasérie isomórfica. na qual o membro finalmódico é a albíta (NaAISi30o) e o cálcico é aanortita (Ca Al2Si2Oe). Outra variedadecomum de feldspato é a pertita, que cor-responde ao intercrescimento de ortoclásioou microclina com albita.

Nas áreas caracterizadas tecnolo-gicamente por Sirva Neto (1987), Sirva(1990) e Fernandqs et al. (1990). por vezesa diatomita apresenta-se bastante argilosa,o que não ocorre com jazimentos clássicosconhecidos no Estado. como Carro Que-brado, Rio Riachão. dentre outros. O pro-blema qualitativo deriva basicamente dopercentual de argilominerais presentes.que. face à atual tecnologia disponível, éremovida a um alto custo. A presença daargila diminui o seu poder de filtração. Esteaspecto constitui um fator limitante no con-trole de qualidade do nosso produto, tor-nando-o de qualidade inferior quando com-parado com o produto importado.

Devido a sua mais importante ca-racterística tecnológica. que é a fusibilida-de, pela capacidade de vidrar, os feldspa-tos são muito utilizados nas indústrias dovidro. cerâmica. esmalte e vidrado. Outrosusos importantes do feldspato são, comopreenchedor de borrachas e de plásticos,como extensor em tintas a óleo e emul-sões. em bastões da solda elétrica. emcimentos refratáriosl na composição derações para aves. na produção de abrasi-vas de ação mediana, como fonte de po-tássio. dentre outros.

Os principais depósitos defeldspatos do Nordeste são do tipo pegma-títico. embora ocorram com abundância emgranitos e rochas afins, ainda não aprovei-tados economicamente. No Rio Grande doNorte. os pegmatitos mineralizados emfeldspato, constituem a Província Pegmatí-tica Borborema-Seridó (Sirva e Dantas.

Com referência aos recursos eco-nómicos. França et al. (1981) estimarampara o setor Metalogenético Litorâneo Poti-guar. valores da ordem de 16 milhões detoneladas de diatomita /n natura.

5.5.8 Feldspato

Feldspato é o termo que define umgrupo de minerais aluminossilicatados. comproporções variáveis de potássio, sódio ecálcio. em geral com características físicase cristalográficos semelhantes. Este grupo

75

Especificações químicas/Produto

Filtração Isolante Cargaindustrial

SiO2 nu 75-95 80 íman)  Al203 {% max) 2.0 2.0 AI,O,+Fe203 r-%- m,x) 1.5 1.5 +Fe,O.+CaO r% max) 1.0 1.0 +CaO+MgO r% m,*) 0.5 0.5 +MaO = 1 5%

Ph 5.3 a 7,0 7.0 6.0 a 7.0

Especificações Físicas/ProdutoDensidade aoarente g/cm'  0.15 - 0.35 0.1 5 (max)  

Teor de umidade f9 m;H 5.0 5.0 3.0Granulometrias Cq max) 3.0 % em

1 20 mesh7.0% em1 20 mesh

7.0% em325 mesh

B rancura ladrão GE     50

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

1984). abrangendo inclusive o Estado daParaíba. Também ocorrem na região deTenente Ananias e circunvizinhanças.constituindo outra província pegmatítica.Estes pegmatitos ocorrem na forma dealtos topográficos. constituem pequenosdepósitos. são de estrutura interna hetero-gênea. zonada, com grau de diferenciaçãoelevada.

Johnston Jr. (op. cit). e delimitou nestescorpos, áreas com predominância de fei-ções texturais e composicionais. que de-nominou de fácies. Foram reconhecidasseis fácies: pegmatito grosso, pegmatitofino. pegmatito homogêneo. rico em grana-da, rico em feldspato potássico e bolsõesde quartzo. Desta maneira, os feldspatosocorrem em cristais de tamanho centimétri-cos a 1,0m de comprimento. de coloraçãocreme. na fácies rica em feldspato potássi-co associado aos núcleos de quartzo, as-semelhando-se com as zonas 111 e IV deJohnston Jr.(op. cit.)

Em Tenente Ananias. eles ocorremem baixios e a estrutura interna é do tipomisto. Apresentam espessuras centimétri-cas a métricas. alcançando até 20m. ex-tensão variável, de algumas dezenas oucentenas de metros, podendo atingir até500m. alinhando-se em forma lenticular. derosário, ou amebóide. encaixando-se emposição concordante e/ou discordante ouuma combinação de ambos. Na ProvínciaPegmatítica Borborema - Seridó. encaixam-se em biotita-xistos. quartzítos e metacon-glomerados do Grupo Seridó e. em Te-nente Ananias. encaixam-se em augen-gnaisse e ortognaisses do ComplexoGnáissico-Migmatítico.

Estudos de corpos pegmatíticosmineralizados em feldspato e cadastra-mentos diversos foram efetuados por mui-tos autores, como Almeida et al. (1943)Scorza (1944). Johnston Jr. (1945), Rolff(1946). Roy et al. (1964), Ferreira (1972).Barbosa et al. (1974). Ferreira et al. (1977)Lama et al. (1980). Oliveira e Salva (1983).Sirva e Dantas (1984).. Amaram (1987).CDM/RN (1989), Bezerra et al. (1994),Ferreira (1998). e outros.

Os pegmatitos mais evoluídos.apresentam uma mineralogia complexa.com minerais essenciais mais comuns(quartzo, feldspato e mica) e uma gamavariada de minerais acessórios. precoces(berilo. tantalita. columbita. espodumênio.ambligonita. dentre outros), alguns dosquais estão presentes em concentraçõesexplotáveis. A formação destes mineraiseconómicos relaciona-se com uma etapatardia de alteração hidrotermal (Salim.1998).

No projeto foram cadastrados 14depósitos e compilados 64 outros, totali-zando 78 pegmatitos mineralizados emfeldspato. Da Província Pegmatítica Borbo-rema-Serídó foram 67. distribuídos nosmunicípios de Carnaúba dos Dantas (11).Cerro Cora(1). Currais Novos(1). Equador(16). Lajes Pintadas (3). Jardim do Seridó(2) e Parelhas (33). Da região de TenenteAnanias foram 11. correspondentes aosmunicípios de Paraná (2) e Tenente Anani-as (9) (Fotos 7 e 8). Todos estes pegmati-tos referidos estão plotados em mapa ane-xoA mineralização em feldspato na

Província Pegmatitíca Borborema-Seridóocorre nos pegmatitos heterogêneos. prin-cipalmente na zona 111 de Johnston Jr.(1 945), caracterizada pelo desenvolvimentode uma massa de cristais gigantes defeldspato, de coloração esbranquiçada acreme, acompanhada por proporções me-nores de outros minerais, como quartzo.muscovita, etc.. em um arranjo aleatório ebastante irregular.

Identificação mineralógica efetuadapela SECLAB/CPRM. em cerca de 14amostras de feldspato de depósitos diver-sos. revelou uma maioria do tipo feldspatopotássico - sódico. com intercrescimentopertítico de plagioclásio branco. A compo-sição mineralógica apresentou, na maioria.uma predominância de feldspato potássico,

Em Tenente Ananias. Barreto(1991) constatou nos corpos pegmatíticos onão desenvolvimento das zonas típicas de

com valores variáveis entre 65% a 95%.seguindo-se a albita (5% a 35%). quartzo emuscovita (em traços e/ou ausentes). Emalguns casos (amostras 767, 790 e 792) há

76

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

o predomínio total do plagioclásio (albita),conforme pode ser visualizada no Quadro55. Análises químicas efetuadas em cercade 27 amostras coletadas de feldspatos de

pegmatitos diversos. sendo 13 de Bezerraet al. (1994) e 14 do prometo. podem servisualizadas nos Quadros 56 e 57

Quadro 55 - Identificação Mineralógica Por Seção Delgada em Amostras de K-Feldspato

Fonte: SECLAB/CPRM

77

WNade

campo

K-

Feldspato

Plagioclásio Proporção

Plagioclásio/

K-Feldspato

Outros

m ine ra is

presentes

Setor

amostrado

Municí-

pio

760 JN-417 Pertíta Albita 35% de

Plagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Pau Ferro Equador

767 JN-411 Microclina Albita 99% de

Plagioclásio

Muscovita Malhada

Vermelha

Parelhas

772 JN-395 Permita Albita 15% de

Plagioclásio

Muscovita Talhado

Tenente

773 JN-394 Pertita Albita 20% de

Plagioclásío

Quartzo Mina Velha Ananias

781 JN-429 Pertíta Albíta 18% de

f)lagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Cumbe  784 JN-413 Peítita Albita 5% de

Plagioclásío   Quintos do

Meio  785 JN-415 Pertíta Albíta 30% de

Plagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Quintos de

Baixo  786 JN-414 Pertita Albíta 26% de Plagioclá-

Slo

Muscovita Quintos do

Meio ll  787 JN-416 Pertita Albita 35% de

Plagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Riacho da

Vaca

Parelhas

788 JN-424 Permita Albita 32% de

Plagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Maracajá  790 JN-428

 Albita 100% de

Plagioclásio

Musçovita Malhada

Grande  791 JN-430 Permita Albita 20% de

Plagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Carnaúba  792 JN-435   Albita 100% de

Plagioclásio

Muscovita Mina dos

Morcegos Lages

793 JN-436 Pertita Albita 26% de

Plagioclásio

Muscovita

e Quartzo

Mina do

Carretel

Pintadas

Minerais Industriais do Estada do Rio Grande do Norte

Quadro 56 - Análises Químicas de Feldspatos de Depósitos Pegmatíticos

Fonte: Bezerra et al. (1 994) N = não detectado L = menor que

78

NO

dopro-jetoatual

Elemento (%)Setor

amostradoMunicípio

Si02 Al203 FezO3 Ti02 Na20 K20 CaO Mçi0 PF

717 63,7 18,9 L (0,05) N 1.7 13,9 L (0,05) L (0,05) 1.3 Amâncío Equador

732 63,4 19.8 0,09 N 3,2 11,6 0,07 L (0,05) 0.3 Gamenho

Parelhas734 64,3 18,4 L (0,05) N 3,8 12,1 L (0.07) L (0,05) 0.4 Algodão

735 64.0 18,0 L (0,05) N 3.0 13,3 L (0,05) L (0,05) 0.6 Mina doBerilo

737 64,9 18,0 L (0,05) N 3.8 12.3 L (0,07) L (0.05) 0.2 Xeque-Xeque Carnaúbados Dantas

747 65.0 19,6 0.08 N 3,2 11.4 0.06 0,01 0,41 Ubaeira CurraisNovos

750 64,9 18,0 L (0,05) N 3,8 11.9 L (0.07) L (0.05) 0,2 Ermo Carnaúbados Dantes

751 64.0 18.9 L (0.05) N 3.5 12,1 L (0.05) L (0.05) 0,5 Caraibeira Parelhas

752 64,9 18.0 L (0.05) N 3.8 12.1 0.14 L (0,05) 0,5 Capoeira

753 64,9 18.0 L (0.05) N 4.5 11.4 L (0,09) L (0.05) 0,2 Carnaúbi-nha

Carnaúbados Dantas

768 64,6 18,7 0.06 N 2,4 13.3 0,07 L (0.05) 0.5 Salgadinho

771 64,9 19.5 N N 3.5 11,7 N N 0,5 Mina dosTúneis

Parelhas

783 65,1 18.0 L (0,05) N 3.8 11.4 L (0,07) L (0,05) 0,3 Mamões lll Equador

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 57 Análises Químicas de Feldspatos de Depósitos Pegmatíticos

Fonte: LAMIN/CPRM L menor que (<) N = não detectado

A composição química é uma ca-racterística fundamental dos feldspatos.principalmente em relação aos teores dealumína (Al2O3). álcalis (K20 e Nabo) eferro (Fe20a). Numa análise sucinta, cons-tata-se que a maioria destes feldspatosapresenta teores de álcalls maiores que14,0%. de sílica maiores que 62,5%, Al2O3maiores 18.0% e Fe203, uma parte variávelentre 0.06 a 0,13% e outra parte, com teo-res abaixo de 0.05%. A razão K2O/Nabo.na sua maioria, apresenta valores entre 8.1a 2,5. com alto K2O(entre 11.1% a 13.9%).As características recomendam taisfeldspatos para usos prováveis nas indús-trias cerâmica branca e de vidro.

K2O/Nabo variável entre 1.3 a 3.3, teoresde sílica entre 62,5 a 64, 2%, Al2O3 maiorque 21,0% e Fe203 menor que 0.12%. Du-as amostras foram recomendadas parausos cerâmicos. A terceira amostra foi con-siderada inadequada para uso cerâmico.

Bezerra e Carvalho (1997) afirmamque a maioria dos depósitos contémfeldspato com teores de álcalis próximos a14,0% e Fe2O3 menor que 0.07%. Os teo-res de Fe203 superiores a 0.10% reveladosem algumas amostras, as invalidam paraaplicações mais nobres.

Quando comparamos as análisesquímicas de feldspatos procedentes depegmatitos encaixados em xistos e gnais-ses, dos pegmatitos encaixados emquartzitos. verifica-se que ocorre uma dife-rença de teores entre os principais ele-

As análises químicas efetuadas porFerreira (1972). em 3 amostras defeldspatos de Equador. apresentam teoresde álcalis maiores que 14.0%. razão

79

Nodoprole-

toatual

Nadecampo Elemento (%)

Setoramostra.

doMuni-copio

SiOz Al20s Fe2O3 Ti02 Nabo K20 CaO MaO PF

760 JN-417 65.1 18,9 0.11 0.10 3,2 11.6 0.10 L (0,05) 0.30 PauFerro

Equa-dor

767 JN-411 65,1 18,0 L (0,05) N 4.2 11,6 L (0,07) L (0,05) 0.30 MalhadaVermelha

Pare-lhas

  JN-395 65.3 18,9 0,13 N 3,1 12.1 0,17 L (0,05) 0.19 Talha-do

Te-nente

773 JN-394 64,7 18,9 0,13 N 2.6 13,3 0.14 L (0.05) 0,16 MinaVelha

Anani-as

781 JN-429 63,8 19.4 0.13 N 3,8 11,6 O.IO l L (O,05) 0.28 'E:-  784 JN-413 64.6 18.9 L (0,05) N 2.0 13,3 0,10 L (0,05) 0,33 Quintos

do Meio  785 JN-415 64,4 18.9 0.11 N 3,2 12.1 0.12 L (0.05) 0,25 l Quintos

0.24 1 Quintos l Pare-do Meio ll l lhas

786 JN-414 65,6 18,9 0,11 N 3.6 l l .l 0,14

787 JN-416 64.1 19.4 o.l l N 3,2 12,1 0,10 L (0.05) 0,15 Riachoda Vaca  

788 JN-424 63,8 18,9 0,09 N 3,2 13.3 0.14 L (0,05) 0.36 Mau-cala  

790 JN-428 65.9 19.8O,ll N l 12,4

0,36 0.21 L (0.05) 0.29 MalhadaGrande  

791 JN-430 62,9 19.8 0.13 N 3,0 12,6 0,17 L (0,05) 0.33 Carnaúba  792 JN-435 65,6 18.9 0.13 N 8,7 5,6 0,21 L (0,05) 0.18 Mina do

MorcegosLagesPinta-

793 JN-436 65.1 18,9 L (0.05) 0.10 3,2 12,1 0.10 L (0.05) 0,20 Mina doCarretel

das

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Nade

mentos contamínantes (Fe203 e Tios). Nocaso dos quartzitos. os feldspatos apre-sentam teores de Fe2O3 por vezes inferio-res a 0.05% a não detectados. No caso dosxistos e gnaisses, os feldspatos assumemvalores de Fe203, ora inferiores também a0.05%. ora superiores a 0.05%, alcançandoaté 0.13%. Pelas 27 amostras analisadas.concluí-se que ocorre menor influência deelementos contaminantes nos pegmatitosricos em feldspato encaixados em quartzi-tos, do que em xistos e gnaisses. Isto ocor-re devido ao processo de assimilação dasrochas encaixantes pelo líquido residualque deu origem aos pegmatitos. E esteaspecto é justificado pelo fato de que osxistos e gnaisses encerram nas suas cons-tituições mineralógicas. minerais ferro-magnesianos. ao passo que os quartzitossão mais muscovíticos. Desta maneira osfeldspatos de teores mais altos em ferro.necessitam ser submetidos a processos debeneficiamento para eliminação de parte doferro

meteu três amostras de feldspatos da regi-ão de Equador para testes físicos de en-saios de cone e fusibílídade (Quadro 58).Os feldspatos apresentaram temperaturasde início de amolecimento variando nafaixa de 1150'C e 1380'C. evidenciando aausência de feldspato extremo de sérieanortita.

Numa análise sucinta, constata-seque as amostras RN-13 e RN-15. revelamexcelentes fusibilidades e escorrimentosmaiores que 35mm. As duas amostrasforam recomendadas para usos cerâmicos.em massas e vidrados para grés sanitários.A amostra RN-14. pelas característicasapresentadas, foi considerada inadequadapara usos cerâmicos.

Bezerra et al. (1994). assinalaramque em 13 amostras de feldspatos. na suamaioria. os ensaios de cone e fusibilidaderevelaram, após a queima. cores branca.alto brilho e escorrimentos superiores a35mm (Quadro 59). Cerca de 12 amostrasde feldspatos coletadas pelo Projeto. deixa-ram de ser submetidas a testes físicos(ensaios de cone e fusibilidade). por pro-blemas técnicos e operacionais ocorridosno Laboratório de Tecnologia de MineraisNão-Metálicos do ITEP. impossibilitando arealização. E não houve mais tempo paraencaminha-las ao laboratório do IPT/SP

Os ensaios de cone e fusibilidadesão as características físicas mais impor-tantes dos feldspatos. Nas indústrias devidro e cerâmica. são utilizados feldspatosque apresentam boa fusibilidade, com asseguintes características: tonalidade clara.alto brilho e ausências de impureza e deformação de bolhas. Ferreira (1972) sub-

Quadro 58 Ensaios de Cone e Fusibilidade de Feldspatos

Fonte: Ferreira (1972)

80

Nadoprojeto

Nadaamos-

traAspecto do cone

Escorra-mento(mm)

Setoramos-tudo

Municí-pio

719 RN-13 Cor branca. ausência de impurezas. altafusíbilidade. alto brilho. ausência de bo-lhas.

36 Ma-moes

Equador

765 RN-14 Cor branca. ausência de impurezas. altafusibilídade, alto brilho, há formação debolhas.

26Parelhas

  RN-15 Cor branca, ausência de impurezas. altafusibilidade. alto brilho. ausência de bo-lhas

41

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Narre

Quadro 59 Ensaios de Cone e Fusibilidade de Feldspatos

Fonte: Bezerra etal.(1994)

Considerando-se os resultados dosensaios químicos e físicos concluem-se.preliminarmente, as seguintes aplicaçõespara osfeldspatos estudados:

e massas gresificadas734. 750, 752, e 767

as amostras

As especificações de feldspatopara usos em cerâmica branca e vidro sãomostradas no Quadro 60.e massas para cerâmica branca, vidros

comuns e verdes - todas as amos-traslvidros especiais e cristais - todas asamostras com exceção de 735. 737.e 753:porcelanas e esmaltes, as amostras767 e 771

Bezerra et al. (1996) elaboraramuma estimativa de recursos económicos defeldspato. cujos resultados podem ser visu-alizados no Quadro 61 .

©

81

N.o doprole-

to

N.o daamostra Aspecto do cone Escorrimento

(mm

Setor

amostrado

Município

717 VC-08A Branco leitoso, sem brilho. pouca fusibili-dade

25 sem fervura Amânclo Equador

732 JN 17 Branco leitoso, pouco brilho, pouca fusibi-lidade

35 com fervura Gamenho  733 1 JN-39A Branco leitoso. pouco brilho. pouca fusibi-

lídade25 com fe rvura Barra Parelhas

734 VC-03 Branco leitoso, com brilho, pouca fusibili-dade

24 sem fervura Algodão  735 vc-01 Cinza escuro, com brilho. pouca fusibilí-

dade32 sem fe rvura Mina do

Berilo  737 VC-04 Cinza escuro, pouco brilho, pouca fusibili-

dade27 sem fervura Xique-Xeque Carnaúba

dos DantasErmoVC-05 Branco gelo, com brilho, com boa fusibili-

dade32 sem fe rvura

751 JN-40 Branco leitoso, com brilho, pouca fusibili- l 40 com fervuradade l

Caraibeira Parelhas

752 JN-05A Branco gelo, com brilho, com boa fusibili-dade

1 7 sem fervura Capoeira

Cinza escuro. com brilho. boa fusibilidade 23 com fervura Carnaúbi-nha

767 1 VC-02 Branco gelo, com brilho, boa fusibilídade 54 sem fervura Malhadavermelha  

768 JN 02 Branco leitoso. sem brilho. sem fusibillda-de

40 com fervura Salgadinho Carnaúbados Dantas

771   Branco leitoso. com brilho. boa fusibilida-de

36 sem fervura Mina dosTúneis

Parelhas

783 VC-07 Branco gelo. com brilho. com boa fusibili-dade

20 sem fervura Mamões lll Equador

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Note

Quadro 60 Especificações de Feldspato Para os Principais Usos Industriais

Fonte: Bezerra et al.(1997) Maior que (>) Menor que (<)

Quadro 61 Recursos Económicos de Feldspato

Fonte: Bezerra etal.(1996)

5.5.9 Fluorita 97% e teor de sílica inferior 2.5%. Outrosusos de fluorita são na indústria óptica. nafabricação de cimento portland. na fluoreta-ção da água, na fabricação de vidros, den-tre outros

A fluorita é quimicamente compostapor fluoreto de cálcio (Café), e constitui aprincipal fonte comercial de obtenção defluor e, praticamente. de todos os produtosquímicos à base deste elemento. Três sãoos principais tipos comerciais de concen-trado de fluorita. classificados de acordocom o teor de Café e a granulometria. Oprimeiro (de grau metalúrgico) é emprega-do principalmente como fundente na fabri-cação de aço. com teor médio de Café de72% e teor de sílica menor que 5,0%. Osegundo (de grau ácido) é usado na fabri-cação de ácido fluoridríco. essencial à in-dústria química e do alumínio. com teor deCafé acima de 97% e teor de sílica inferiora 1,0%. O terceiro (de grau cerâmico) éutilizado na obtenção de esmaltes cerâmi-cos, com teor de CaFz variável entre 85.0 a

Ferreira et al. (1997) cadastraramtrês ocorrências de fluorita. estando duaslocalizadas em Currais Novos e uma emJardim do Seridó. Beurlen (1977). assinalaque a fluorita também ocorre no Nordestesob a forma de um mineral de ganga nosprincipais tactitos scheelitíferos da regiãodo Seridó, como em Currais Novos (minasBrejuí, Barra Verde. Boca de Lage, Sacodos Veados, Cabeço Vermelho. e outras),Parelhas (Malhada dos Angicos), Santanado Matos (Cafuca) e outras minas

O Projeto compilou da bibliografiaquatro ocorrências de fluorita. estando

82

Usoindustrial Propriedades

VidroComposição mineralógica

Composição químicafeldspato sódico/potásicoK2O + Nabo > 8%Fe2O3 < 0.25% (vidro comum)Fe203 < 0.07 (vidro especial)

Composição mineralógicaComposição química

Cerâmica brancaEnsaio de cone

Fusibilidade

feldspato sódico/potásicoK20 > 8%K2O + Nabo = 14%Feios < 0,07%cor branca. brilhante

escorrimento até 35mm (massacerâmica)escorrimento > 5mm (esmalte)

Pegmatito Municíoio Recurso Económico t CaDoeira Parelhas 45.000

Mamões ll l Equador lO.oooCaraibeira Parelhas lO.ooo

Quintos Eauadoí lO.ooo

Trigueiro Carnaúba dos Dantes 90.000Mina dos Túneis Parelhas 50.000

Outros Reaião do Seridó 185.000  TOTAL 400.000

Minerais !ndustriais do Estado do Rio Grande do Nade

estas plotadas em mapa anexo. Beurlen(1977) afirma que a morfologia das ocor-rências é do tipo filão discordante. com-posta principalmente por fluorita. quartzo.calcedónia, e esporadicamente pinta ecalcopirita. como acessórios. As ocorrênci-as encaixam-se em biotita xistos e gnais-ses do Grupo Seridó.

dita. A extensão aflorante do corpo é de50m. Beurlen (1977) assinala que as reser-vas totais de fluorita associadas aos escar-nitos scheelitíferos na mina Brejuí. são deordem de 147.350 toneladas. e nas minasBarra Verde. Boca de Lage. Malhada dosAngicos e Cafuca, de 127.650 toneladas,totalizando cerca de 275.000 toneladas deminério de fluorita com teor médio de 5.0%de Café.Em Currais Novos. as ocorrências

de São Bento e Catunda, são de pequenoporte, consistindo de dois filões paralelosde fluorita e calcedónia que cortam umstock granítico. preenchendo futuras verti-cais e subverticaís, com espessura máximanas zonas mais ricas da ordem de 0.60m. eextensões médias (longitudinal de 200m. evertical de 5m). A fluorita é de coloraçãoverde,roxa e branca.

Considerando que. como os teoresmédios das reservas brasileiras oscilamentre 25.0% a 52.8% de Café. e como atéo presente momento, não foram descober-tas novas ocorrências de fluorita, parecemremotas as possibilidades de aproveita-mento económico destes depósitos locali-zados no Rio Grande do Norte

Em Jardim do Seridó a ocorrênciade Pau Ferro também é de pequeno porte.sendo constituída por um filão mineralizadoem fluorita que corta uma camada de cal-cário cristalino de estrutura dõmica. recor-tado por pegmatitos e aplitos. Este filão temuma espessura média de 1 ,0m, uma exten-são longitudinal de 250m e vertical de 25m(comprovada pela perfuração de um staffexecutada pela CDM/RN). Beurlen (1977)assinala que o filão é formado por umabrecha de dissolução de calcário. constituí-do por fragmentos decimétricos angulososdo calcário, cimentados por fluorita. calce-dónia e quartzo.

Foram feitas tentativas. por Muzziet al. (1987). de estudos para a recupera-ção da fluorita por flotação, a partir dosrejeitos de scheelita da minas Brejuí e Bar-ra Verde, em função das análises efetua-das por Araújo (1974) no material de ali-mentação e nos rejeitos dos engenhos debeneficiamento que apresentaram teoresde fluorita de t 2,3%Café da mina Brejuí. et 2.9%Café da mina Barra Verde.

Os resultados obtidos por Muzzi etal.(1987) nos rejeitos grosso e fino da minaBrejuí, correspondente às malhas 80. 100,150. 200, 270, 325 e 400, apresentaramteores variáveis entre 2.21 a 2.83% deCafé. considerados abaixo do esperadoA fluorita apresenta uma coloração

variada entre verde. roxa. lilás e branca. Osteores estimados para estas ocorrênciassão variáveis e da ordem de 3.0% a 30.0%de Café, e tratam-se de áreas já garimpa-das. atualmente abandonadas. Análisequímica efetuada em uma amostra de fluo-rita de Pau Ferro, revelou os seguintesvalores: Café - 99.4% e SiO2 - 0,19%.Rêgo (1993) realizou trabalhos geológicosde pesquisa em Pau Ferro. tendo cubadouma reserva total de fluorlta (medida +Indicada) da ordem de 871.2 toneladascom teor médio de 20,0% de Café

A presença de vários minerais compropriedades físico-químicas semelhanteàs da fluorita interferiram na seletividade doprocesso, tornando praticamente inexpres-sivos os teores de Café obtidos nos ensai-os de flotação. Concluindo. Muzzi et al(1987) afirmam que a concentrações defluorita contidas nos rejeitos da scheelita,nos níveis atuais de conhecimento da tecnologia, é técnica e economicamente inviá-vel

Em Acarí, na ocorrência do CabeçoVermelho, a fluorita hospeda-se em escar-nitos, constituindo grandes cristais. associ-ando-se a granada epidoto, calcíta e sche-

Existem possibilidades de ocorre-rem concentrações an(i)malas de fluorita naBacia do Apodi, associadas às crostassilicosas frequentes nos calcários da For-mação Jandaíra, situadas ao sul de Macau

83

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

5.5.10 Gipsita e Anidrita fitos de gipsita de Dix-Sept Rosado ocor-rem de forma estratiforme e são descontí-nuos. Consistem, essencialmente. de ní-veis de gipsita intercalados em uma depo-sição rítmica, principalmente composta.segundo Diniz (op. cit.), da base para otopo. por margas dolomíticas e dolomitos.de coloração cinza esverdeado. ocasional-mente com intercalações argilosas. seguin-do-se as camadas basaís de gipsita inter-caladas com níveis de argilitos, posterior-mente níveis de dolomitos, argilitos e silti-tos. intercalados com diferentes níveis degipsita. Para o topo, ocorrem calcáriospouco argilosos e os calcários puros, cálcí-cos. pertencentes à Formação Jandaíra. doGrupo Apodo(Fotos 3 e 4 , Figura 6)

A gipsita é quimicamente compostapor um sulfato de cálcio hidratado natural(CaSOs-2H2O). sendo também conhecidacomo gipso ou gêsso. A anidrita é um sul-fato de cálcio anidro (CaSOs) e ocorre co-mumente associada com a gipsita. Os prin-cipais usos e aplicações da gipsita são nafabricação de cimento portland, como re-tardador de tempo de pega, na fabricaçãode gesso. com largo emprego na constru-ção civil, na indústria química. utilizadacomo matéria prima na obtenção do ácidosulfúrico. sulfato de amónia, enxofre ele-mentar e sulfato de magnésio. na agricultu-ra como corretivo de solos alcalinos e solosdeficientes de enxofre. e em outros usos,como carga para papel, tintas, inseticidas.confecções de moldes artísticos. ortopédi-cos e dentários, dentre outros.

Rebouças (1967) menciona nasminas a existência de 4 níveis de gipsitacom espessura média de 0.80m. Diniz(1982) assinala que esta sequência ocorrenuma faixa de l km de largura por 4 km deextensão. disposta em direção EW. comsuave mergulho para NNE. Os indícios degipsita da região de Guamaré, Galinhos.Pendências e Macau. foram identificadospela Petrobrás a partir de dados de subsu-perfície objetivando a pesquisa de petróleoe gás natural na região. De posse destasinformações. a Petromisa subsidiária daPetrobrás. selecionou algumas áreas paraa pesquisa de detalhe à procura de depó-sitos económicos de evaporitos na Baciado Apodi. Esta pesquisa não teve prosse-guimento em função da extinção da Petro-misa ocorrida no decorrer do ano de 1994.

Ferreira et al. (1977) cadastraramcinco ocorrências de gipsita. sendo quatroem Dix-Sept Rosado e uma em Carnau-bais. Sirva e Vale (1980) realizaram estu-dos nas minas de gipsita. em Dix-SeptRosado. Menor e Monteiro (1981) teceramconsiderações acerca da mineralizaçãogipsífera de Dix-Sept Rosada. Dinlz (1982)executou o Projeto Gipsita/Argila na regiãode Dix-Sept Rosado. englobando as princi-pais minas de gipsita. Amaral (1987) com-pilou da bibliografia cerca de cinco ocor-rências de gipsíta: duas localizadas em Dix-Sept Rosado. duas em Açú e uma em Car-naubais.

Os autores cadastraram uma ocor-rência em lpanguaçú e compilaram 21ocorrências e indícios. localizadas nosmunicípios de Carnaubaís (1) Dix-SeptRosado(7). Açú(2), Guamaré(3) Gatinhos(1). Pendências (4) e Macau (3), estandoestas plotadas em mapa anexo. Os depó-

Diniz (1982) coletou 12 amostrasde gipsita. sendo 10 de testemunhos desondagem e 02 da mina São Sebastião. eefetuou análises químicas. Dentre estas,foram selecíonadas cinco amostras maisrepresentativas para visualização dos re-sultados (Quadro 62).

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Quadro 62 Análises Químicas de Gipsitas

Fonte: Diniz (1 982) RI = Resíduos Insolúvel R203 = Al203 + Fe2O3

Notam-se que os teores de gipsitaapresentam elevados valores(CaSOs.2H2Omaior que 89.93%). atestando a sua ex-cepcional pureza. Para cimento portland.os valores de SO3 (maior que 42,0%) e osbaixos valores de MgO(menor que 1,52%).atendem aos \falares padrões. Para gessoanidro calcinado, os valores de S03. CaO,MgO e Nabo atendem às especificações.Algumas amostras revelam valores de SO3abaixo dos valores padrões.

gesso anidro e corretivo de solos alcalinosdentre outros.

Há várias décadas os depósitos degipsita de Dix-Sept Rosado têm sido explo-rados para a produção de gesso e comoaditivo na produção de cimento portlandEstas minas encontram-se paralisadasdesde o ano de 1967, por não terem condi-ções de competir com minas descobertasna região de Araripina e adjacências, emPernambuco, de melhores condições delavra e de transporte. Um dos principaisfatores limitantes da exploração das minasde gipsita de Dix-Sept Rosado, foi a razãode mineração, que corresponde à relaçãocapeamento(m') L'ersus minério(tonela-gem), considerada desfavorável, no nossocaso, quando comparada com a razão demineração das minas de gipsita de Araripi-na, em Pernambuco. O retorno da atividadeexploratória da gipsita desta região poderáse tornar viável, desde que haja aproveita-mento do que atualmente é consideradoestéril, que são os níveis de dolomitos eargilitos intercalados na seqüência evaporí-tica. Diante disto. e na busca de matérias-primas cerâmicas para aplicações maisnobres, e com base em dados geológicosde Diniz (1982). onde destaca-se a presen-ça de níveis espessos de argilitos de colo-ração verde, cinza-verde e avermelhado.intercalados na sequência evaporítica. osautores decidiram amostrar estes argilitosde coloração clara para a realização detestes de ensaios cerâmicos, nas minasCajazeiras. Pedreira Nova e São Sebas-tião

O Projeto coletou uma amostra degipsita, em Cuó, lpanguaçú. e efetuou umaanálise química, cujos resultados são:Rl=10.1%, R203=3,0%, S03=0.15%.Ca0=46.6% O baixo valor apresentado deSOs. torna remota a possibilidade de apro-veitamento económico desta ocorrência.

Menor e Monteiro (1982) prognosti-caram acerca de uma elevada probalídadede ampliação da atual reserva conhecida(medida + indicada = 10 milhões de tonela-das), além da possibilidade de localizaçãode novas áreas de mineralização. A Petro-brás identificou indícios de mineralizaçãoevaporítica na região de Macau. Pendên-cias. Guamaré e Galinhas e. os autorescadastraram uma ocorrência inédita empanguaçú, o que já corrobora o prolonga-

mento da mineralização evaporítica paraENE. Diniz (1982) estimou para os depósi-tos gipsíferos da região de Dix-Sept Rosa-do. um recurso económico da ordem de 47milhões de toneladas, com usos e aplica-ções para a fabricação do cimento portland.

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Nodoproje-

10atual

Nadaamostra Elemento (%)

Setoramos-tudo

Muni-ciPlo

RI R20s S03 CaO MgO Nabo CaS04.2H20

CaSOs

  FSI/Am04 4,38 1,98 43,48 28,64 0,99 0,28 89.93 2,82 SãoSebastião

.;.  FSll/AmO

22,86 0,59 43.14 31,55 1.52 0,19 91,17 1,26 Alto da

Boa Vista

803

FSIV/Am02

2,24 1,31 45,39 30.08 0,59 0,07 94,47 2,48

PG-1 1 5B 4,16 1,32 43,14 30,37 0,32 0,21 Mina SãoSebastião  PG-1 1 5F 7.13 1.14 42.56 28.89 0.42 0,07

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Os ensaios cerâmicos preliminaresdas amostras das minas Cajazeiras e Pe-dreira Nova. recomendaram o seu usoprovável para aplicação em cerâmica bran-ca. Na amostra da mina São Sebastião,esta ficou sem indicação para uso. por terapresentado altos teores de sinterização eperda ao fogo a 950'C. As indicações deusos destes argilítos constituem informa-ções preliminares e inéditas, e que neces-sitam de estudos mais aprofundados. jun-tamente com a gipsita, para verificar a pos-sibilidade futura do aproveitamento econó-mico destes Insumos minerais.

ção de massas cerâmicas nobres (em usona Espanha).

Durante os trabalhos do Projeto fo-ram cadastradas e plotadas em mapa ane-xo, duas ocorrências de margas nas locali-dades Lagoa de Pau e Passagem do Riona margem direita do rio Apodo. intercala-das em bancos de calcários detríticos daFormação Jandaíra. do Grupo Apodi, a SWda cidade de Móssoró (Foto 9). A ocorrên-cia da Fazenda Serrote. situada na mar-gem esquerda do rio Apodi, corresponde àcontinuação destas ocorrências (Figura 7)Outras ocorrências de margas, não visita-das. localizam-se em Santana, na margemdo rio do Carmo e na fazenda Martíns. aSE de Mossoró. Trata-se de uma seqüên-cia de margas intercaladas em bancos decalcários compactos recristalizados, daFormação Jandaíra. do Grupo Apodi(Dantas. apud Beurlen, 1967)

5.5.1 1 Marga Dolomítica

Esta unidade mitológica é descritaseparadamente do item Rochas Carbonáti-cas (5.8.15) pelo fato de ser destacadacomo descoberta inédita. para uso provávelcomo matéria-prima de cerâmica branca.tratando-se a exemplo dos argilitos dolomí-ticos. como as grandes descobertas doprojeto.

A composição mineralógica efetua-da pelo LAMIN/CPRM nas amostras demargas. através da difração de raios-X,revelou dolomita. iliba. camada mista irre-gular de ilita-esmectlta. Por sua vez. a aná-lise petrográfica efetuada pelaSECLAB/CPRM. corrobou a presença dadolomita e de argilo-minerais. Análisesquímicas efetuadas nestas amostras demargas podem ser visualizadas no Quadro63

A marga é uma mistura de matériacalcária e argilosa, sem laminação e ca-racterizada por alguma plasticidade. Apre-senta uma textura fina e homogênea. colo-ração cinza claro. As margas são bastanteutilizadas na fabricação de cimento por-tland, mas atualmente, segundo informa-ções do IPT/SP, são consideradas comomatérias-primas excelentes para a formula-

Quadro 63 Análises Químicas de Margas Dolomíticas

Fonte: LAMIN/CPRM

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Nadoprojetoatual

Nadecampo Elemento (%)

Setoramos-tudo

Municí-plo

Si02 Alz03 Fe2O3 CaO Ma0 Nabo Kz0 Ti02 PF

838 JN-403 16.7 5,2 2,6 25.0 11.9 0.14 2.4 0,31 35.7  Mossoró

839 JN-405 14,0 4.3 2.4 25,0 14,3 0.16 2,8 0,21 37,6 Passagem

do Rio  

h4inerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

37'30 37'15'5'25

Lagoa dePaus

5'40

0 2 4 6 8 10km

LEGENDA

e Cidade q<..,) Áreas aflorantes

w Fazenda

Figura 7 Mapa Indicativo da Área Aflorante das margas Dolomíticas Intercaladas emCalcários da Formação Jandaíra - Grupo Apodo(Dantas. apud Beurlen, 1967)

Numa análise sucinta. verificam-seos teores revelados de CaO (25,0%) e deMgO (entre 11,9 a 14.3%). A relaçãoMgO/CaO, variou entre 0.47 a 0,57. reve-lando para estas uma composição dolomi-tíca. Desta maneira. denominamos esta deuma marca dolomítica. que também podeser denominada de um dolomito argilosocalcítíco. Ensaios cerâmicos preliminaresforam realizados com as amostras de mar-ga dolomítica. Estes foram efetuados emcorpos de provas padronizados(6x2x0.5cm), secos a 1 10'C e queimados a950'C, 1250'C e 1450'C para determina-ção de cor. absorção de água. porosidade

aparente. massa específica aparente. re-tração linear e tensão de ruptura à flexãoOs resultados da queima revelaram a950'C e a 1250'C. as cores laranja pálido ea 1450'C as amostras apresentaram fusãototal. revelando as cores preta e cinza es-verdeado, quando comparadas estas corescom as do Quadro 44. determinando pro-váveis para cerâmica branca. Quanto àsdemais características físicas (Anexo lll),nas temperaturas de 950'C e 1250'C, aabsorção de água e a tensão de ruptura àflexão, apresentaram valores compatíveiscom os limites padrões. quando compara-dos com o Quadro 44.

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

A porosidade aparente apresentouvalores variáveis entre 61.45% a 64.89%.excedendo um pouco o valor máximo dolimite padrão (19,0-57.0%) e a retraçãolinear apresentou valores inferiores a 5.0%.que é o valor limite padrão mínimo(5-12%).As amostras apresentaram fusão completaapós a queima a 1450'C. Ambas as amos-tras foram recomendadas para uso prová-vel em cerâmica branca.

mas de refrigeração)l e o lítio-butil (comocatalizador no processo de produção dospolímeros). O lítio ainda possui inúmerasaplicações químicas e terapêuticas

Os depósitos litiníferos do Nordestesão principalmente do tipo pegmatíticosOcorrem nos Estados do Rio Grande doNorte e da Paraíba, constituindo a Provín-cia Pegmatítica da Borborema - Seridó(Sirva e Dantes. 1984), e no Ceará, naProvíncia Pegmatítica de SolonópoleA estimativa de recursos económi-

cos para as margas dolomítícas da regiãode Mossoró, será feita em função das áre-as da Lagoa de Pau. Passagem do Rio eFazenda Serrote. Não foram consideradasas áreas de Santana e da Fazenda Martlns.As margas ocorrem numa área aproximadade 2 km de largura por 20 km de extensão(Dantas, apud Beurlen. 1967), com umaespessura média de 0,20m, um recursoeconómico da ordem de 4.000.000m3 demargas dolomíticas. equivalentes a cercade 10 milhões de toneladas (d = 2.50t/m3).

Os pegmatitos mineralizados emminerais de lítio ocorrem em altos topográ-ficos, constituem pequenos depósitos. sãogeralmente de estruturas heterogêneas(zonadas. diferenciadas). com espessurasmédias entre 8m a 15m. com extensõesvariáveis de ordem de algumas dezenas oucentenas de metros. podendo em algunscasos alcançar 500m. alinhando-se emforma lenticular. de rosário ou amebóide.encaixando-se em posição concordantee/ou discordante em biotita-xistos e quart-zitos do Grupo Seridó. Em geral, os mine-rais de lítio ocorrem na zona 111 deJonhnston Jr. (1945), com dimensões cen-trimétricas a métricas, associando-se aosminerais comuns (quartzo. feldspato. mica)e uma gama variada de minerais acessóri-os (berilo, tantalita. etc.) em um arranjoaleatório e bastante irregular.

5.5.1 2 Minerais de Lítio

O lítio é um metal de grande im-portância económica em razão do largocampo de aplicações industriais. Ele é omais leve de todos os metais e o terceiromais leve entre os elementos. É encontra-do na natureza. formando silicatos e fosfa-tos. Os principais minerais. por sua Impor-tância económica. são: Rolff (1959), descreveu sobre os

minérios de lítio no Brasil. Roy et al.(1964).cadastraram cerca de 16 pegmatitos porta-dores de ambligoníta e espodumênio. emCarnaúba dos Dantes (8) e Parelhas (8)Argentiere(1971) e(1 977) descreveu sobreos pegmatitos lítiníferos do Nordeste eelaborou o programa lítio para o NordesteListou cerca de 15 ocorrências entre ambli-gonita. espodumênio e lepidolita, nos muni-cípios de Acari(3). Carnaúba dos Dantasl6). Equador (1). Jardim do Seridó (2) eParelhas (3)

Espodumênio - Liam (SiO3)2Ambligonita - Li(AI,F) PO4Lepidolita -(K2Li3Al4Si7)21(OH.F)3Petalita - Liam (Silos)

O lítio é basicamente usado de trêsformas: como concentrado, metal e com-posto químico. Como concentrado é em-pregado nas indústrias de vidro, cerâmica ede porcelana esmaltada. Na forma de me-tal, é muito utilizado em ligas de LiAI eLiMg, baterias de lítio. na metalurgia dosnão ferrosos. como catalizador do oxigénioe enxofre. Como composto químico. osmais usados são: o carbonato de lítio (nasindústrias de cerâmica e de alumínio e emtratamento de doenças depressivas)l hidró-xído de lítio (baterias alcalinas e graxas).cloreto de lítio e brometo de lítio (em siste-

Posteriormente, outros trabalhos decadastramento e compilação de dadosbibliográficos de ambligonita, espodumênioe lepidolita foram efetuados por Ferreira etal. (1977). Salva e Dantes (1984), CDM/RN(1989). Bezerra et al. (1994) e Ferreira(1 998).

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande da Norte

O Prometo compilou da bibliografiacerca de 22 ocorrências de minerais delítio. entre ambligoníta. espodumênio elepidolita, distribuídas nos municípios deAcari(1), Carnaúba dos Dantas (6). Lajes(1), Jardim do Seridó (1) e Parelhas (13).Dentre estas ocorrências. consideramoscomo a mais importante. pela sua possan-ça e estrutura (corpo heterogêneo zonado)e principalmente, pela presença de cristaisgigantes de espodumênio, o pegmatitoSalgadinho. em Carnaúba dos Dantas. Umoutro pegmatito onde ocorre quantidaderazoável de ambligonita e espodumênio, éo Capoeira, em Parelhas.

Observando-se os dados do Qua-dro 64, constata-se que os teores de LiO2do espodumênio (7,0%), atendem às espe-cificações do espodumênio grau químico(LiO2 g 6,0%) e do espodumênio grau ce-râmico (LiO2 É 3,0%). O teor revelado doLiO2 na ambligonita (8.6%) é consideradoexcelente

A estimativa de recursos económi-cos para minerais de lítio. no caso. a am-bligonita. espodumênio e lepidolita, é ex-tremamente dificultada pela irregularidadedestes corpos e pelo caráter muitas vezescaótico de distribuição. Outra dificuldadepara esta avaliação. é que os pegmatitos.em sua maioria. têm sido bastante explora-dos, com remoção de parte das zonas mi-neralizadas. O pegmatito Salgadinho, em-bora em parte explorado, e grande produtorde espodumênio, é considerado como umaimportante área fonte de lítio no Estado.

Todas estas ocorrências referidasencontram-se plotadas em mapa anexo.

Análises químicas efetuadas emamostras de espodumênio e ambligonitapodem ser visualizadas no Quadro 64.

Quadro 64 Análises Químicas de Espodumênio e Ambligonita de Depósitos Pegmatíticos

Fonte: LAMIN/CPRM

89

N'do

projetoatual

Nada

amostra

Elemento

('Za)

Setor

amostrado  Li02

694 Espodumênio 7,0 Salgadinho Carnaúba dos Dantas

695 Espodumênio 7,0 Capoeira Parelhas

Ambligonita 8,6

Minerais !ndustriais do Estado do Rio Grande do Nade

5.5.13 Minerais de Titânio e Zircõnio p/acers, ocorrendo de duas formas: emareias de praia, ao longo das linhas depraia e. em dunas e paleodunas.O titânio é o nono elemento mais

abundante da crosta terrestre. Ê um ele-mento litófílo e tem uma forte afinidade poroxigênio. Os minerais de titânio que apre-sentam interesse económico encontram-sena forma de óxidos, e são representadospor anatásio (Tios). brookita (Tios), rublo(Tios). ilmeníta (FeTiO3) e perovskita (Ca-Ti03). No campo industrial. o titânio é usa-do principalmente sob as formas de óxido.cloreto e metal. Coelho (1 997) assinala quecerca de 96.0% do concentrado dos mine-rais de titânio é utilizado na produção depigmentos de Tios (fabricação de tintas,vernizes e lacas. indústria do papel. borra-chas de pneus, esmaltes para porcelanas.fibras de vidros, capacitores de cerâmica,dentre outros). Ele afirma que o titâniometálico, que é leve. de boa resistênciamecânica, resistente à corrosão e a altastemperaturas ($ 400'C). é utilizado princi-palmente nas indústrias aeronáutica e ae-roespacial. seguindo-se as indústrias quí-mica, naval, nuclear. bélica e metalúrgica.Na forma de cloretos, é utilizado na indús-tria petroquímica.

No primeiro caso. constituem de-pósitos de pequeno porte. não são explo-rados. e no segundo caso, associam-se àsdunas. principalmente às dunas antigas(paleodunas) e são economicamente im-portantes. Estes depósitos encontram-seregionalmente inseridos na faixa sedimen-tar leste do Estado, onde ocorrem os sedi-mentos aceno-argilosos tércio-quaternáriosdo Grupo Barreiras e os sedimentos qua-ternários representados por coberturasarenosas, terraços fluviais, aluviões, areiasde praia. e dunas móveis e fixas (paleodu-nas)

Segundo Huber (1977) nestes de-pósitos a fração pesada é em média com-posta por iemenita (74%), zirconita (14%).rublo (2.3%) e outros minerais (9,7%)Abreu (1973) referiu-se a depósitos deminerais de titânio existentes no litoral deTouros.

Foram compiladas pelo projeto.cerca de 17 ocorrências de minerais detitânio e zircõnio, representados por ieme-nita, rublo e zirconita, associadas às paleo-dunas. compreendendo os municípios deTouros(2). Rio do Fogo(1), Maxaranguape(2). Ceará-Miram (1). Extremoz (2). NísiaFloresta(1), Senador Georgino Avelino(1),Tibau do Sul(1). Canguaretama(1) e BaíaFormosa (5). Todas estas ocorrências en-contram-se plotadas em mapa anexo

O zircõnio é o nono metal emabundância na costa terrestre. A principalfonte de zírcõnio, é o mineral zirconita ouzircão. composto quimicamente por ZrSiO4.Existem outros minérios de zircõnio. masnão são economicamente exploráveis. Amaior aplicação do zircõnío é na indústrianuclear (fabricação de Zircalloy). seguindo-se outros usos. como em ligas com ferro.estanho e nióbio. em fundição, cerâmica.refratários. abrasívos. dentre outros. Naforma de óxido de zírcõnio. está sendobastante utilizado para o desenvolvimentodas cerâmicas avançadas, dentre outros.

No final da década de 70. a RIB(Rublo e llmenita do Brasil). efetuou traba-lhos de prospecção e pesquisa mineral nosdepósitos associados às paleodunas. emtodo o litoral leste do Estado. objetivandodescobrir jazimentos de minerais de titâniozircõnio e terras raras. utilizando tudo ma-nual para delimitação das áreas alvos dealto teor de MP (minerais pesados) e poste-riormente com perfuratriz tipo Sandril. des-envolvida para sondagem em areias secas.Nos depósitos situados ao norte de Natal.nos municípios compreendidos entre Tou-ros e Extremoz. e ao sul de Natal, entre osmunicípios de Nísía Floresta e Baía Formo-sa. estes depósitos foram considerados

Rublo. ílmenita e zirconita ocorremno Río Grande do Norte formando depósi-tos litorâneos que se alongam paralela-mente à linha de costa, englobando aszonas do Litoral Oriental e do Litoral Norte.correspondente aos municípios de Touros.Rio do Fogo. Maxaranguape, Extremoz.Nísia Floresta. Senador Georgino Avelino.Tibau do Sul. Canguaretama e Baía For-mosa. Tratam-se de depósitos sedimenta-res de origem secundária, constituindo

90

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Noite

anta-económicos. por terem apresentadobaixos teores de minerais pesados. variá-veis entre 0.14 a 3.95%. de teor médioinferior a 2,0% de MP. cujo cuf-o# é daordem de 2,0%. As espessuras das dunasvariavam entre 5.0m a 20.0m. e foram con-sideradas como de pequeno volume deareia.

paragonita, zinwaldita e lepidolita. A mus-covita tem fórmula química KAl2 (AISi3O8)(OH)2, e corresponde à primeira variedadede mica de maior importância económica,devido a algumas propriedades apresenta-das, como melhor transparência. maiorperfeição de clivagem e excelente isolantetérmico e elétrico

Entretanto. um único depósito doEstado apresentou resultados económicosfavoráveis. o da localidade de Guajú, emBaía Formosa. Este depósito situa-se nasproximidades da mina de titânio e zircõniode Guajú, explorada pela RIB. em Matara-ca, no Estado da Paraíba. fazendo divisacom este município. A área de Guajú. emBaía Formosa, foi requerida ao DNPM pelaRIB (processo 840.008/84). está atual-mente na fase de requerimento de conces-são de lavra. A composição mineralógicamédia dos minerais pesados nesta área.ficou assim: ilmenita (66,1%). rublo (1,4%)e zirconita (12,9%) e outros minerais. comoturmalina, granada, estaurolita e cianita(19,6%). Análises químicas efetuadas emcerca de 10 amostras de concentrados daspartes norte e sul da área. apresentaram osseguintes valores médios, em Tios e ZrO21

parte norte - Tios = 33.0%l ZrO2 - 6.9%lparte Sul -- TiO2= 34.3%l ZrO2 - 7.4%.

As micas magnesianas compreen-dem as variedades flogopita, biotita, lepí-domelana. roscoelita. fuchsita e jefferessitaA flogopita tem fórmula química KMg3 (Al-Sí30lo) (OH)2 e corresponde à segunda

variedade de mica de maior importânciaeconómica, pelas propriedades éticas e àlisura em sua superfície, assemelhando-sebastante à muscovita. Os principais usos eaplicações da mica. são principalmente nasindústrias elétrica e eletrõnica tornando-se.em conseqtlência, um mineral de grandevalor. A utilização nestas indústrias estádiretamente ligada ao comportamento emrelação à corrente elétrica e ao calor, sen-do ainda usada como isolante térmico eelétrico. Outras aplicações, na fabricaçãode eletrodos para solda, em lona e pasti-lhas de freio. em tintas, como agente antia-derente em moldes de borracha. comoaditivo na lama de perfuração e como car-ga na construção civil.

Foram efetuados trabalhos geoló-gicos e de pesquisa para cubagem de re-servas. cujos resultados apresentam reser-vas totais (medida + indicada) da ordem 31milhões de toneladas de areia bruta comteor médio de 2.43% de MP. No momento.esta área provavelmente não venha a serexplorada, pois encontra-se localizada naFazenda Mata da Estrela. consideradacomo área de preservação ambiental.

Os depósitos de mica no Nordestesão principalmente do tipo pegmatítico. NoRio Grande do Norte. os pegmatitos mine-ralizados em mica constituem a Província

Pegmatítica Borborema-Seridó. de Salva eDantas (1984), abrangendo inclusive oEstado da Paraíba: também ocorrem naregião de Tenente Ananias e circunvizi-nhanças, constituindo uma outra provínciapegmatítica. Estes pegmatitos conservamas mesmas características geológicas queos pegmatitos mineralizados em feldspatos,minerais de lítio e caulim. descritos anteri-ormente

5.5.14 Mica

Mica é o designativo de um grupode minerais. constituído por silicatos dealumínio, potássio. ferro, magnésio e, porvezes. de lítio. titânio. cromo. fluor e man-ganês. cristalizados sob a forma de finaslâminas delgadas. que permitem uma fácilseparação. As micas são agrupadas emdois grandes gruposl macas alcalinas emacas magnesianas. As macas alcalinascompreendem as variedades muscovita,

A mineralização em mica da Pro-víncia Pegmatítica Borborema - Seridó. deSilva e Dantas (1984) ocorre nos pegmati-tos heterogêneos, nas zonas 11, 111 e IV deJohnston Jr. (1945). Nas partes mais inter-nas da zona 11, preferencialmente na suainterface com a zona 111, é frequente a ocor-rência de cordões e livros de muscovita

91

Minerais Industriais do Estado do Ria Grande do Nade

(sheef m/ca) e bolsões segregados dequartzo associados com outros minerais. eamas de corpos de substituição. compostospor quartzo, albita e mica. Comumente. nainterface das zonas 111 e IV. ocorrem bu-chos, cordões e livros de muscovita comdesenvolvimento. às vezes gigante. prefe-rencialmente associados às massas de

quartzo. em um arranjo aleatório e bastanteirregular.

Identificação mineralógica efetuadapelo LAMIN/CPRM. por difração de raios-X.em 3 amostras de muscovita de Parelhas(2) e Lages Pintadas (1), revelou a presen-ça da muscovita (dominante) e camadamista irregular de mica-clorita (traços).Análises químicas efetuadas em 4 amos-tras do projeto e 3 amostras de Bezerra et.al. (1994) de muscovita de depósitos diver-sos, revelaram os resultados a seguir dis-criminados (Quadro 65). Analisando osdados. constatam-se os excelentes teoresde potássio (K2O) revelados (entre 8.7 a1 1 .6%). Os teores de Fe203 em 5 amostrasrevelaram valores abaixo de 2.0%. e nasoutras duas amostras acima de 3.5%. oque pode prejudica-las para usos maisnobres. A mica é comercializada na formamais primária, através de folhas cujas cota-ções de preços são em função das dimen-sões e defeitos

Em Tenente Ananias, segundo Bar-rete (1991), a muscovita ocorre em menorproporção e em menor dimensão(até cercade 6cm), sob a forma de agregados degamelas esverdeadas, estando presentes.com maior freqtJência. nas fácies pegmati-tícas grossa e fina, associadas com biotita,quartzo. feldspato e plagioclásio. Estudosde corpos pegmatíticos mineralizados emmuscovita e cadastramentos diversos. fo-ram efetuados por muitos autores conformejá referidos anteriormente, quando aborda-ram-se feldspato. caulim e os minerais delítio. Foram cadastrados 5 depósitos ecompilados 65 outros. totalizando 70 peg-matitos mineralizados em muscovita. com-preendendo os municípios de Acari(1).Carnaúba dos Dantas(14). Cerro Cora(1).Currais Novos (12). Equador (6), LajesPintadas (1), Jardim do Seridó (2) e Pare-lhas (33). Todos estes pegmatitos referidosencontram-se plotados em mapa anexo.

Em Currais Novos, a empresa JoséXimenes Filho, beneficia e produz micastipos Scrap e lixo. que é o seu subprodutoA primeira é comercializada para Maraca-naú/CE, e a segunda para Juquitiba/SPEstas micas são utilízqdas no consumoefetivo como isolantes, lama de perfuraçãoe construção civil. Não foram feitas estima-tivas de recursos económicos para mica.em razão da distribuição irregular. erráticae aleátoria nos corpos pegmatíticos. difi-cultando qualquer prognóstico

Quadro 65 Análises Químicas de Muscovítas de Depósitos Pegmatíticos

Fonte: LAMIN/CPRM - 'Bezerra et al.(op. cit.) N -não detectado

92

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Cora883 JN-

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Novos906   47,0 35.0 1,6 0.55 9,0 5.4 0,56 Maracajá

Parelhas908   45,7 36,1 1.4 0.60 9,0 5,4 0,45 Carnaúba

909   45,2 33.0 3.7 N 9.6 7.3 0,52 Minas dosMorceaos

LagesPintadas

Minerais Industriais do Estada do Rio Grande do Nade

5.5.1 5 Rochas Carbonáticas Quanto à composição. dependendo dosmateriais associados às rochas calcárias.tem-se os calcários silicosos, argilosos.arenosos, betuminosos. dolomíticos. mag-nesianos e as margas. Quanto à relaçãoMgO/CaO. foi adotada a classificação deBigarella (1956). que possibilita classificarestas rochas em função das relações entreMgO e CaO e em função do teor de MgOque indica a proporção de dolomita pre-sente no calcário (Quadro 66)

Rochas carbonáticas são rochaspredominantemente constitu idas por calcitae/ou dolomita. Os constituintes mineralógi-cos essenciais de uma rocha carbonática,são a calcíta (CaCOs). aragonita (CaCOs) edo[omita [Mg Ca (C03)2] e em menor pro-porção. podem se associar a outros mine-rais, como magnesita (MgC03), siderita(FeC03) e ankerita]Ca2MgFe(CO3)4].

Outros constituintes mineralógicosque podem estar presentes e que ocorremcomo impurezas são as argilas. responsá-veis pela contaminação em ferro, alumínioe sílica. dentre outros. A calcita e a dolo-mita ocorrem em diferentes proporçõesnestas rochas. Quando há o predomínio dacalcita. são denominadas de calcário:

quando ocorre o predomínio da dolomíta.são chamadas de dolomito.

Inúmeras são as aplicações dasrochas carbonáticas. representando umadas mais importantes matérias primas quea natureza proporciona. face à diversidadede aplicações na indústria. sendo empre-gadas como matéria-prima essencial paramanufatura de cimento portland. na fabri-cação de cal. como corretívo de solos.como pedra brotada, como fundente emmetalurgia. na indústria química e farma-cêutica. na complementação de ração ani-mal. como pedras ornamentais. dentreoutras

As rochas carbonáticas podem serclassificadas. de acordo com Sintoni e Val-verde (1978). segundo a sua origem, com-posição e relação MgO/CaO. Existem di-versas outras classificações.

Os depósitos de rochas carbonáti-cas no Rio Grande do Norte. subdividem-seem dois tipos: rochas carbonáticas sedi-mentares e rochas carbonáticas metamórfi-cas. Ferreira et al. (1977) consideram queocorre um terceiro tipo de rochas carboná-ticas. os depósitos de mármore ónix

Quanto a origem. o critério principalé considerar o processo determinante daformação. Neste caso. teremos os calcáriosde origem química, organogênícos. clássi-cos. metamórficos e de origem ígnea.

Quadro 66 Classificação das Rochas Calcárias

Fonte: Bigarella (1956)

93

Denominação Mg0 ('Zo) MgO/CaO

Calcário calcítico o,o - l.l 0.00 - 0,02Calcário maanesiano 1.1 - 4,3 0,02 - 0,08Calca río dolomitíco 4,3 - 10,5 0,08 - 0.25Dolomito calcítíco l0.5 - 19.1 0,25 - 0,56

Dolomito 1 9,1 - 22.0 0.56 - 0,72

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

5.5.15.1 Rochas Carbonáticas Sedimenlares

outra zona mediana, onde predominam oscalcários conchíferos. A base da FormaçãoJandaíra é constituída por calcários lajea-das. superpostos por calcários conchíferos.com intercalações de calcários compactos.

Compreendem uma seqüência decalcários e dolomitos cretácicos. corres-pondentes à Formação Jandaíra, do GrupoApodo. da Bacia do Apodi. França et al.(1991) denominaram de Distrito Metaloge-nético Apodi, as mineralizações relaciona-das com a sedimentação turoniana-santoriana correspondente à FormaçãoJandaíra. Extensamente aflorante. estaformação ocupa cerca de 24.500km2, mer-gulhando suavemente para o mar (NNE),ocupando principalmente a região setentri-onal do Rio Grande do Norte e parte dosetor oriental do Ceará, e é de grande si-gnificado económico.

Os calcários conchíferos(petrogra-ficamente são biomicrosparitos e biospari-tos) e os lajeadas (são dismicritos. bíomi-critos e biomicrosparitos), são dominante-mente calcíticos, de alto grau de pureza(CaO maior que 50.0%. CaCOs maior que90.0%, MgO menor que 2.0% e RI menorque 5,0%). São de coloração esbranquiça-da a bege. compactos, de textura fina agrosseira, de futura irregular a sub-conchoidal, fossilíferos e/ou afossilíferosEles predominam nas regiões de Mossoró.Dix-Sept-Rosado, Açú e adjacências. e emMacau. Pendências, Alto do Rodrigues,Afonso Bezerra. Pedro Avelino e adjacên-cias

Os autores compilaram da análisebibliográfica cerca de 174 ocorrências.depósitos e minas de calcários sedimenta-res no Estado, estando todos estes plota-dos em mapa anexo. Deste total, 115 cor-respondem a calcários cálcicos e 59 a cal-cários dolomíticos. Os calcários cálcicosforam assinalados em Mossoró (60). Dix-Sept Rosado (20). Felipe Guerra (12). Ba-raúnas(lO). Pendências(08). Apodo(03).Açú (01) e lpanguaçú (01), e os calcáriosdolomíticos em Parázinho (19). João Câ-mara (18), Jandaíra (07), Pureza (05). Ma-caíba(03). São Gonçalo do Amarante(02),Taipú(01), Pedra Preta(01). Pedra Grande(01), Poço Branco(01) Pedro Velho(01).

Os calcários compactos(petrogra-flcamente são biomicritos. biomicrosparitose dolosparitos). são dominantemente dolo-míticos (MgO maior que 10.0%, MgCO3maior que 75.0%, CaO menor que 40,0% eRI maior que 10,0%.) São de coloraçãocreme a cinza, bastante compactos. detextura fina a média, futura irregular. afos-silíferos a pouco fossilíferos. Eles predomi-nam principalmente na região de Jogo Câ-mara, Jandaíra, Parázinho e adjacências

Menor et al. (1980) qualificarampara fins industriais,as rochas carbonáticasda Formação Jandaíra e do topo da For-mação Açú. descritas a seguir. Estas forammacroscopicamente definidas em quatrogrupos mitológicos, a saber: calcários con-chíferos. lajeados, compactos e gredosos

A fase terrígena (RI), essencial-mente quartzo-feldspática, é normalmenteacessória nestas rochas. Sua maior partici-pação, segundo Menor et al. (1980). é emgeral modificada nos carbonatos do topo daFormação Açú e da sequência basal daFormação Jandaíra (Quadro 67)

Inicialmente, por dominância lítoló-gica aflorante (Figura 8), Menor et al.(1980) diferenciaram três zonas na bacia:uma zona ocidental, onde dominam oscalcários lajeados, uma zona oriental. compredominância dos calcários compactos e

No Quadro 68 são apresentadasanálises químicas de calcários conchíferose ladeados. cujos dados de CaO. MgO eCaC03 corroboram as afirmações de Me-nor et al. (1980). tratando-se de calcáriosde alto grau de pureza.

94

Minerais fndustdais do Estado do Rio Grande do Nodo

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Quadro 67 Parâmetro Estatístico de Dispersão dos Componentes QuímicosFundamentais dos Grupos Litológicos Carbonáticos da Bacia doApodo: Formações Açu e Jandaíra

Fonte: Menor et al. (1980)

Quadro 68 - Análises Químicas de Calcários Calcíticos(Conchíferos e Lajeados)

Fonte: Tinoco Sobrinho(1981)l Sirva(1983)

Posteriormente, e em função dasvariações de CaO e MgO nas rochas car-bonáticas (Figura 9), foram .definidos doisgrandes domínios: das rochas cálcicas(zona ocidental da bacia) e das rochasdolomíticas (zona oriental). As áreas consi-deradas favoráveis ao aproveitamento in-dustrial destas rochas. foram definidas emfunção dos seus domínios cálcico e mag-nesiano. As áreas que compreendem mito-

logias do domínio cálcico (Figura 10), sãointegradas dominantemente por calcários

de alto grau de pureza (calcários conchífe-ros e lajeados). ocupando principalmenteas zonas ocidental e mediana da bacia

As áreas do domínio magnesianosão constituídas, principalmente, por dolo-mitos e dolomitos cálcicos (calcários com-pactos) ocupando, na maioria. a zona ori-ental da bacia (Figura 11). Estes calcáriose dolomitos constituem jazimentos estratí-formes, formando jazidas de grande porte.

96

Grupolitológico Determinação Média

calcáriosconchíferos

CaO 51.75MqO

4 8gR.l

Calcários

lajeadas

CaO 52.04

R.l 2.51

Calcárioscompactos

CaO 38.20MgO 11.43R.l 6 13

Nodoprojetoanterior

Elemento (%)Setor

amostrado Municí-pio

Si02 Alz03 Fe2Oa CaO Ma0 PF CaCOsCDM/JT-

040.19 0.93 0,36 54,20 0,33 43,38 96.78 Lagoa do l

Marizeiro Dix-SeptRosadoCDM/JT-

100,94 0,71 0.39 54.03 0,46 43.11 96,48

C13 0.78 0,32 0.58 54,29 0.78 43.01 97.45 Baixa

do CabaçaLajedo

da Siriema l MossoróLajedoLiso

Pedreirados ColóLajeiro

dn Cândir]. ,

C16 0.79 0,53 0.25 54.18 0.92 43,36 97.71C29 0,70 0.37 0,90 54.08 0,79 43.39 97.67

C31 0,64 0,35 0,39 53.94 0.87 43,41 97.79

C40 0.98 0,32 0,35 54,48 0,45 43,04

F21 0,72 0.17 0,21 54,81 0,50 43.36 97.83

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

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99

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Diniz(1981) ao desenvolver o Pro-jeto Calcário. na região de Dix-Sept Rosa-do, cubou numa área de 8.000 hectares.uma reserva total da ordem de 320 milhõesde toneladas de calcário. de excelentequalidade. para usos em cimento. cal. side-rurgia. vidro e indústria química.

pais regiões. Uma, situada na porção oci-dental da Bacia do Apodi. denominada deApodo Potiguar por Limaverde et al. (1987)compreendendo as regiões de Mossoró.Dix-Sept-Rosado. Apodi e Felipe Guerra, ea outra. na parte oriental desta, englobandoas regiões de Jandaíra e Pauzinho. Nestasáreas são explorados calcários e dolomitosde formas artesenais, existindo cerca deuma centena de caieiras em funcionamen-to. onde produz-se cal dos tipos virgem ehidratada. em geral. por micro e pequenosprodutores. As especificações químicasdestes calcários e dolomitos. os credenci-am para usos diversos, como para as in-dústrias siderúrgica. cerâmica, vidro. tintas.química e outros (Quadro 67)

As áreas de portarias de lavra e derequerimentos de lavra em vigor, da regiãode Mossoró e adjacências. pertencentes agrupos cimenteíros. como Jogo Santos.Votorantím. Tupi, dentre outros. detêmreservas totais da ordem de 2.4 bilhões detoneladas de calcários. Mas estas reservasnão traduzem esta ordem de grandeza naforma de produção. pois o aproveitamentoatual destes calcários é ainda consideradobastante modesto. conforme relatado aseguir. As lavras mais tradicionais perten-cem à Companhia Brasileira de Equipa-mentos e ltapetinga Agroindustrial, ambasdo Grupo Jogo Santos. instaladas nas cir-cunvizinhanças da cidade de Mossoró.produzindo cimento portland. Outros gru-pos cimenteiros detém áreas de portariasde lavra, na região compreendida entreMossoró e Areia Branca. como a MinériosCatarinenses. do Grupo Votorantim e San-dra Mineração, do Grupo Tupi. mas encon-tram-se atualmente com suas atividadesparalisadas.

Para corretivos de solos o ideal éque o calcário seja finamente moído (< lOmesh) para aumentar a sua reatividade,MgO (entre 10,0% e 15.0%) e baixos teo-rpç: dn q ir''). Q A l.rl.

Menor et al. (1980) fizeram umaestimativa de recursos económicos de cal-cários calcíticos e dolomíticos. Para o cal-cário calcítico foi considerada uma área

aflorante de 6.500km2 e uma espessuralavrável de 5.0m, chegando a um recursoeconómico da ordem de 91 bilhões de t decalcário calcítico com teor de CaO superiora 50,0%. Para calcário dolomítico foi consi-derada uma área aflorante de 1.000km2 euma espessura lavrável de 5,0m, chegandoa um recurso económico da ordem de 13.5bilhões de t de calcário dolomítico com teorde MgO superior a 1 0,%.

Em Pendências, a Alcanorte detémáreas de portarias de lavra de calcário cal-cítico, cujas ativídades estão paralisadas. AMineração Carvalho Irmãos, lavra calcáriogredoso (CaO maior que 52.0% e MgOmenor que 1,0%) para uso em ração ani-mal, carga para asfalto e outros.

Em Jogo Câmara. são lavradoscalcários dolomíticos (MgO > 14%), de-compostos, para aplicação /n natura comocorretivos de solos. O PRNT (poder relativode neutralização total) destes calcários. éda ordem de 75,0% sem remoagem. /nr7afura, e de 82.0% a 84.0% com remoa-gem. e o PN (poder de neutralização) é daordem de 90,0%.

5.5.15.2 Rochas Carbonáticas Metamórficas

As rochas carbonáticas metamórfi-cas estão contidas em metassedimentos doGrupo Seridó (Neo a Mesoproterozóico) eem ortognaisses do Complexo Gnáissico-Migmatítico(Paleoproterozóico/Arqueano).Estão representadas por calcários meta-mórficos ou calcários cristalinos ou mármo-res, calcíticos ou dolomíticos. Nos metas-sedimentos do Grupo Seridó intercalam-serestrítamente nos micaxistos da FormaçãoSeridó e. mais frequentemente nos pa-ragnaisses da Formação Jucurutú. muitasvezes dobrados. falhados, e com metamor-

O setor caieirista constituído poráreas tradicionalmente produtoras. foi inici-almente levantado por Limaverde et al.(1987) e posteriormente por Rêgo et al.(1999), onde foram definidas duas princi-

100

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fismo de baixo grau (fácies xisto verde) amédio grau (fácies anfibolito). Constituemdepósitos que ocorrem com morfologialenticular. podendo às vezes ser pontuais.são raros. e/ou de pequeno porte. e estra-tiforme formando camadas de grande porte(em megalentes). alcançando espessurasde até centenas de metros e extensõesquilométricas. alongando-se em cristas.principalmente na direção NE-SW e secun-dariamente para NW-SE. ocorrendo tantoem abas de dobras, quanto em termina-ções periclinais.

Durante os trabalhos de campo fo-ram cadastradas 3 ocorrências e compila-das outras 60. totalizando cerca de 63ocorrências de calcário metamórfico. com-preendidas entre os municípios de AlminoAfonso (2), Caicó (8). Campo Grande (4).Caraúbas (1), Cerro Cora (3), Cruzeta (1).Currais Novos (4), Florânia (3), lpueira (3).Jardim do Seridó (3). Jucurutú (9). Lages(3), Lucrécia (1), Messias Targino (2), OuroBranco (3), Param (1), Santana (1), SãoFernando(1). São Jogo do Sabugi(3). SãoJosé do Seridó (1). São Rafael (2). SãoTomé (1). São Vicente (2) e Serra Negra doNorte (1). Todas estas ocorrências encon-tram-se plotadas em mapa anexo.

Estes calcários apresentam umacoloração predominantemente cinza claroou branca, quando puros. adquirem tonali-dades creme. rósea. alaranjada e esverde-ada. pelo conteúdo dos minerais acessóri-os, como tremolita, flogopita, condrodita.óxido de ferro. apatita e epidoto. Ocasio-nalmente apresentam impregnações dis-seminadas de minúsculas palhetas de gra-fita. pequenos cristais de pinta e magnetita.A granulação é fina a grosseira. texturamaciça, por vezes sacaroidal. exibindocristais de calcita visíveis a olho nú. e ban-dada. folgada. marcada pela disposição deminerais fílitosos e placosos desenvolvendobandeamentos com faixas alternadas decalcários puros e impuros. São bastantefreqüentes as associações com rochascalcissílicatadas.

As lentes mais extensas (mega-lentes). e mais importantes, foram agrupa-das por regiões segundo as áreas ondemanifestam-se. tendo como ponto centraisas cidades situadas nas proximidades detais ocorrências. A partir de leste paraoeste, foram agrupadas cerca de 12 regi-ões compreendidas por estas megalentes.que sao

l

2

Região de Cerro Cora-Lages. incluindoa Serra do Feiticeiros

Região de Acari-Currais Novos, incluin-do as minas Brejuí. Riacho Fechado.Saco dos Veados e Machado e a Ser-rinha de Currais Novosl

Região de Ouro Branco - Caicó - SãoJosé do Seridó - São Vicentel

Região de Florânia -- CaicólRegião de Jardim do SeridólRegião de lpueiralRegião de São Rafael - lpanguaçúlRegião de Jucurutúl

Região de Param - Campo Grande,incluindo a Serra do Jogo do Valem

- Região de Janduís - Messias TarginolRegião de Almino Afonso -- LucrécialRegião de Riacho da Cruz -- Apodi

Nos ortognaisses do ComplexoGnáissico-Migmatítico os depósitos são depequeno porte. por vezes pontuais, commorfologia lenticular, espessuras de pou-cos metros e extensões de poucas deze-nas de metros. encontrando-se dispersosna região. com metamorfismo de médiograu (fácies anfibolito). Apresentam texturamaciça. cor predominantemente brancacom variações para cinza-claro e granula-ção média a grossa. São basicamente cal-cários calcíticos, por vezes dolomíticos.

3 -

4-5 -6 -7 -8 -9

101 1

12

A composição mineralógica deter-minada em duas amostras de calcário cal-cítico e uma de dolomítico, foi efetuadapelo LAMIN/CPRM através da difração deraios-X. Os calcários calcíticos, constituem-se por calcita (dominante), seguindo-se empequena proporção e traços. dolomita. ru-

Foram realizados cadastramentose compilações bibliográficas em diversasocorrências de calcários cristalinos no Es-tado, por Ferreira et al. (1977), Lama et al.(1980), Oliveira e Silva (1983), Amaral(1987). Ferreira (1998). e outros.

101

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rublo e silicatos (tremolita-actinolita. epidotoe quartzo). Os calcários dolomítícos. de ummodo geral, constituem-se por dolomita(dominante). seguindo-se em pequenaproporção e traços. calcita e silicatos (clo-ríta. quartzo. tremolita, muscovita e cauli-nita). Desta maneira. já percebe-se a pre-sença de silicatos nos calcários e dolomí-tos. que em alguns casos atingem valoressuperiores a 8,0% na sua constituiçãoEstes são considerados como elementosindesejáveis.

(Ca0>45,0% e MgO < 5.0%). e o 434 é umdolomito (MgO > 20.0% e Ca0<35,0%)Estes calcários calcíticos (principalmente odo depósito n' 461) pelas especificaçõesquímicas reveladas, como CaO > 50,0%.MgO < 2.0%. Fe203 < 0.20% e SiO2 < 2,0%.podem ser utilizados nas indústrias do ci-mento. cal. siderurgia. cerâmica e de vidro(Quadros 70 e 71 )

Por sua vez, o dolomito (depósiton' 434) pelas especificações químicasapresentadas (MgO > 20,0%. CaO <35.0%, Fe03 < 0.10%. SiO2 < 1.0% e Al2O3< 1.0%). podem ter usos nas indústriasmetalúrgica. vidro, cal. e cerâmica (Qua-dros 70 e 71)

Análises de amostras diversas decalcários cristalinos efetuadas por Ferreiraet al. (1977.) e pelo projeto revelaram. umagrande predominância dos calcários calcíti-cos sobre os dolomíticos. Do total dasamostras analisadas, 90,0% corresponde-ram aos calcários calcíticos e 10.0% aoscalcários dolomíticos e dolomitos. Os calcá-rios calcíticos apresentaram teores de CaOvariáveis entre 43,9% a 55.7% e de MgOentre 0.1% a 4.2%. Nos calcários dolomíti-cos. os teores de MgO variam entre 15.3%a 19,4% e os de CaO entre 29.6% a 36.2%e nos dolomítos. os teores de MgO variamentre 20.3% a 21,2% e os de CaO entre30,3% a 33.1 %.

Os calcários dolomíticos foramidentificados em Caraúbas. Param. Riachode Santana e Santana do Matos. e os do-lomitos, em Caraúbas. Lajes. São Rafael eSão Tomé

Os calcários metamórficos sãoprincipalmente utilizados para a produçãode cal e como rochas ornamentais, e jáocorreram tentativas para aproveita-lospara a fabricação de cimento portlandRêgo et al. (1999) ao realizarem o cadas-tramento dos produtores de cal. designa-vam seis principais áreas produtoras. cons-tituídas pelos municípios de Almino Afonso,Caicó, Jardim do Seridó. Jucurutú. MessiasTargino e São Rafael. Na sua grande maio-ria. são micro produtores (pessoas físicas)produzindo cal virgem e/ou hidratada

Análises químicas efetuadas em 3amostras de calcário metamórfico coleta-das pelo Projeto. podem ser visualizadosno Quadro 69.

Constata-secalcários (460 e

de imediato, que os461) são calcíticos

Quadro 69 Análises Químicas de Calcários Metamórficos

Fonte: LAMIN/CPRM N -não detectados L - menor que

102

Nodoprole-

toatual

N'decam-

POElemento (%) Setor

amostra-do

Municí-pio

Si02 Al203 Fe2Oa Ti02 Na20 K2O l CaO IMaOI PF434   0.79 0.12 0,06 N L (0,04) L (0,04) 33.1 20,4 45,4 Bela

vistaSão

Rafae460   6,9 0.12 0.09 N 0,08 0,07 47.7 4,0 40.7 Seridó-

zinhoJardim do

Seridó461   1,8 0,24 0,10 N 0.12 0.05 53,9 0,81 42,2 Carro

QuebradoS. José

do Seridó

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Quadro 70 - Especificações de Calcários Para Usos na Construção Civil

Fonte: Bezerra et al.(1977) Maior que(>) Menor que(<)

Quadro 71 - Especificações de Calcários e Dolomitos Para Usos Principais na Indústria

Fonte: Bezerra et al.(1997) Maior que (>) Menor que (<)

103

Aplicação ProoriedadesCimento CaCOs > 75%

Mg0<5%P205 < 0,5%

Cal Carbonato > 88%Calcita predominante(argamassa)

Calcário magnesiano(pintura)

Aplicação Propriedades

Metalu rg ia(Siderurgia)

Composição químicaCaOMgOSi02s + PAl203

Calcário> 50%<6%<3%

Traços

Dolomito30-35%15-20%<5%

< 0,08%<1,5%

Granulometria 9-1 50mm 9-30mm

Vidro

Composição químicaCaOMgOPF

S10:Al203Feio

Calcário> 53.5%

<1%>41%< 2.5%< 0.45%< 0.2%

Dolomito> 28,5%> 19.0%> 43.5%

<4%<1.5%< 0.2%

Granulometria < 1 00mesh < 65 mesh

Cerâmica

(Pisos,azulejos.louça)

Composição químicaCaO

MgOFeios

> 47%< 5.0%< 0.5%

28-30%19-21 %< 0.5%

Granulometria < 1 00 mesh

Tintas

((1)Eeo e látex)

Composição químicaCaOMgO

Umidade <1%

> 55%> 19.5%

<1%Cor Branca Branca

Absorção de óleo < 20% < 20%Granulometria < 325 mesh < 325 mesh

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Como rochas ornamentais. duasáreas produtoras atualmente destacam-seno Estado: Bela Vista em São Rafael efazenda Quixaba. em Messias Targino.

tem reservas estimadas de calcário meta-mórfico da ordem de 50 milhões de tonela-das, com teores médios de CaO (53.4%).MgO (1.3%). SiO2 (2.16%) e Fe2O3(0.37%). e considerado como excelentematéria prima para a fabricação de calcálcica (cal com alto teor em cálcio), se-gundo estudos efetuados pela Pauta AbibEngenharia (1980). A área está com suasatividades temporariamente paralisadas

Outras importantes áreas de calcá-rio metamórfico foram pesquisadas no Es-tado para outros fins. Uma das mais im-portantes. situa-se na Serra do Feiticeiro.em Lages, no trecho entre Caçador e BoaVista. onde ocorre uma megalente de cal-cário de extensão quilométrica. Estimativas de recursos económi-

cos foram efetuadas para o calcário meta-mórfico. Se considerarmos que o somatóriodas suas extensões alcança cerca de 200km. com uma espessura média de 100m euma profundidade lavrável de 5.0m, che-gamos a um recurso económico da ordemde 1,0 x 108m3. correspondente a cerca de260 milhões de toneladas(d=2.6t/m3)

Foram cubadas reservas totais(medida + indicada + inferida) da ordem de71.0 milhões de toneladas com teores mé-dios de CaO (49,9%), CaCOs (87, 93%),MgO (0.83%) e SiO2 (4.1%). Tratam-se deduas áreas pertencentes a Cia. Brasileirade Equipamentos, do grupo cimenteiroJogo Santos. processos DNPM's806.945/75 e 811.350/75. que pretendiaInstalar uma fábrica de cimento em Lajes.mas que por razões diversas optou porMossoró. Esta área encontra-se atualmentecom atividade paralisada.

Ferreira et al. (1977) classificaramum terceiro tipo de rocha carbonática exis-tente no Estado. Trata-se de um depósitode mármore ónix, localizado em Fervedei-ra, em Santana do Matos. Comercialmentedenomina-se mármore ónix ouro. e é con-siderado raro no Brasil. Apresenta umacoloração amarelada, com bandas de tona-idades variáveis. Petrograficamente, cons-titui-se por cristais fíbro-radiais de aragonitadispostas em faixas monominerálicas. Fon-seca et al. (1995) consideram esta ocor-rência como uma eflorescência carbonáti-ca. e que estas ainda hoje são ativas. Re-lacionaram na a veios preenchendo juntasde extensão sub-horizontal. cortando tantorochas do embasamento pré-cambrianoquanto níveis de terraços quaternários. Osveios possuem atitude sub-horizontal, comespessura média de l0,0m e uma extensãoreduzida, não excedendo cerca de 300m

Em Pedra do Navio. Currais Novos.a Siderúrgica União realizou trabalhos depesquisa. cubando uma reserva total (me-dida + indicada + inferida) da ordem de2,4 milhões de toneladas. com teores mé-dios de CaO (54,7%), MgO (0.7%) e SiO2(1,7%). objetivando aproveita-la para aprodução de cal. Esta área encontra-seatualmente na fase de estudo de viabilidade técnico-económica. objetívando a soli-citação do requerimento de lavra ao DNPM(Processo DNPM 840.248/89).

Em Pau Ferro. Jardim do Seridó. aextinta CDM/RN. ao realizar trabalhos depesquisa.(Processo DNPM 840.375/84)cubou uma reserva total (medida + indica-da) da ordem de 4,9 milhões de toneladascom teores médios de CaO (52, 46%),MgO (1.24%) e SiO2 (2,8%), objetivandoaproveita-la para a produção de cal. Estaárea encontra-se atualmente com atividadeparalisada.

A incidência de fraturamentos queocorre neste depósito. é um dos fatoreslimitantes à extração de blocos inferiores a1.0m'. condicionando o seu uso principal-mente para artesanato mineral. É explora-do em regime de garimpagem. mas atual-mente encontra-se com suas atividadesparalisadas. Este mármore tem uma gran-de aceitação no mercado internoA mina Brejuí, em Currais Novos.

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5.5.16 Sílica 5.5.16.1 Depósitos Sedimentares Recentes

Sílica é uma designação genéricapara os minerais de fórmula química SiO2.sendo o principal constituinte das areiasquartzosas. quartzo e quartzito, e da gran-de maioria dos arenitos. A sílica como mi-neral industrial a ser abordada neste tra-balho, será considerada em função dassuas aplicações industriais. Serão enfoca-dos areias quartzosas. quartzo e quartzitos.com exceção dos arenitos. As areias quart-zosas são constituídas principalmente porquartzo, um dióxido de silício de fórmulaquímica SiO2, amplamente distribuída nacrosta terrestre(constitui aproximadamente12o%o)

Nestes depósitos incluem-se asaluviões, paleodunas (dunas fixas por ve-getação), dunas móveis e os sedimentosde praia. Os depósitos aluvionares normaisdos rios. são constituídos predominante-mente por níveis de areias quartzosas in-consolidadas, mal selecionadas, de granu-lometria variável. com quantidades subor-dinadas de feldspato. macas e outros mine-rais. Quando estes depósitos formam ex-tensas várzeas. os sedimentos aluvionaresse caracterizam por apresentar granulaçãomuito fina até argilosa, formando depósitosargilosos. de coloração predominantementecinza

O quartzo é um mineral muito co-mum na crosta terrestre. participando dacomposição das rochas, ígneas. metamór-ficas e sedimentares. Possuí diversas va-riedades cristalinas, como o quartzo hialino.quartzo leitoso. róseo. enfumaçado, mori-on, ametista, citrino e prásio e variedadescriptocristalinas, como a calcedónia, sílex.chert. jaspe e opala. Quartzito é uma rochametamórfica cujo constituinte mineralógicoessencial e dominante é o quartzo.

Os depósitos aluvionares são am-plamente distribuídos no Estado, adquirin-do muitas vezes larguras e extensões lon-gitudinais consideráveis. Desempenhamum papel importante na economia local.gerando trabalho e criando condições desubsistência para o homem do camposendo principalmente utilizados para asindústrias da construção civil (areias) ecerâmica (argilas). Os depósitos aluviona-res de areias quartzosas mais signlficativpssão dos Rios Açú, Apodo(foto 10), CarmoParam, Maxaranguape. Trairí, Ceará-MiramPotengí. dentre outros de menores portes

Os principais usos e aplicações domineral quartzo e da areia quartzosa in-dustrial. são como fonte de silício. muitousado em indústrias de alta tecnologia(eletrõnica. ótica, cerâmica, telecomunica-ções, informática e outros), nas indústriasde vidro. cerâmica, cimento, fertilizantes edefensivos agrícolas, fundição. siderurgia.abusivos, refratários ácidos. meios filtran-tes. meios de troca térmica, padrão paramedidas físicas, em desmonte hidraúlico deminérios. dentre outros.

Em função da sua origem e dosprocessos naturais de transformação. osdepósitos de quartzo ocorrem em diversosdomínios geológicos, constituindo 5 tipospnnclpais:

Xavier (1998) cadastrou cerca de14 ocorrências de areias quartzosas aluvi-onares e os autores outras 6, totalizando20 ocorrências, distribuídas entre os RiosApodo(7), Calmo (2). Param (1). Pium (1),Potengí (6) e Trairí (3). Todas estas ocor-rências referidas encontram-se plotadasem mapa anexo

Análise composicional determinadapela SECLAB/CPRM. em duas amostrasde areias quartzosas, na fração areia. dosRios Trairí e Apodi, revelam areias extre-mamente quartzosas, constituídas porquartzo (dominante. entre 70% a 85%),feldspato (em menor proporção. entre 5% -25%) seguindo-se mica, concentraçõesargilosas. matéria orgânica. minerais pesa-dos. sílica, agregados e outros. A análisemorfométrica do arredondamento dosgrãos de quartzo nas duas amostras, tam-

depósitos sedimentares recentesldepósitos de coberturas cenozóicasldepósitos de coberturas mesozóicasldepósitos de coberturas proterozói-cas e associados às rochas meta.mórficas. e

depósitos pegmatíticos.

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bém determinada pela SECLAB, revelouuma predominância de grãos subangulososvariáveis entre 15% a 49% e de grãos su-barredondados entre 48% a 70%, ou seja,os seus graus de arrendodamento situam-se na faixa de 0.3 a 0,5 e esfericidade su-perior a 0,5. A análise granulométrica des-tas duas amostras revelou uma maior con-centração de grãos nas peneiras 32,60 e115 mesh. classificando-as no intervalo deareia fina. Tal concentração correspondeua valores acima de 70.0%. Os valores nasconcentrações de 32 mesh. oscilaram entre4.3% a 36.0%. de 60 mesh entre 31.6% a66.3% de 115 mesh entre l0,3% a 27.2%.respectivamente (Anexo 11). As análisesquímicas de amostras de areias quartzosasdos Rios Trairí e Apodi, podem ser visuali-zadas no Quadro 72

Os depósitos de paleo-dunas. du-nas móveis e sedimentos de praia corres-pondem aos depósitos arenosos litorâneosConstituem-se predominantemente porareias quartzosas inconsolidadas. bemclassificadas, de coloração esbranquiçadae de granulação fina a média. Formamextensas massas arenosas. distribuindo-separalelamente ao longo da linha de costaAs paleodunas e as dunas móveis. ocorremnas zonas do Litoral Oriental. Litoral Nortee Mossoroense, com penetrações de até10km para o interior do continente. Estesdepósitos arenosos litorâneos situam-seem áreas de ecossistemas costeiros, sen-síveis a qualquer atividade antrópica, poispodem sofrer grandes transformações nassuas características originais

Numa análise sucinta. constata-sea má qualidade destas areias para aplica-ções mais nobres. devido aos teores reve-lados. de sílica (< 90.0%), altos valores deAlhos (entre 6,1% a 9.5%) e de K20 (entre3.2% e 4,1%), justificado pela presença dofeldspato. conforme referido na análisecomposicional. Esta areia é mais recomen-dada para a indústria da construção civil.Se considerarmos uma área delimitada porcerca de 60 km de extensão, segundo oseixos dos cursos dos rios anteriormentereferidos. principalmente situados nas zo-nas do Litoral Oriental. Agreste e Mossoro-ense e uma largura média de 0.2km, ondese concentra a grande maioria dos depósi:tos. chega-se um valor de ordem de 12km2de domínio parcial destas planícies aluvi-ais

O Governo do Estado. na tentativade preservar estes ecossistemas. implan-tou 3 projetos de conservação e recupera-ção ambiental nas áreas que envolvemprincipalmente estes depósitos arenososlitorâneos. que são o Parque Estadual dasDunas. em Natal. a Mata da Estrela. emBaía Formosa e a Área de Proteção Ambi-ental Bonflm/Guaraíras. Ainda existem osprojetos de infra-estrutura turística em fasede implantação. denominados "Rota doSol" e "Costa Branca". que englobam olitoral leste. ao sul de Natal e noroeste doEstado, entre Macau. Porto do Mangue.Areia Branca e Grossos

Existem também iniciativas empre-sariais. como a criação de um ComplexoEcológico e de Turismo na praia de Pitan-guí, no município de Extremoz. ao norte deNatal. Nesta área se inserem diversificadosecossistemas naturais. como restinga.manguezal. equicultura e agricultura irrigá-vel. Como passo inicial, foi implantada umaescola ambiental. denominada Escola dasDunas. Desta maneira. todos estes aspectos tendem a inviabilizar qualquer tentativade exploração das areias quartzosas dosdepósitos arenosos litorâneos

Considerando que foi feita uma es-timativa útil lavrável da espessura do depó-sito das areias quartzosas da ordem de1,5m, em função das diversas frentes delavra em ativídade. neste caso. teremos umrecurso económico da ordem de18.000.000m3 de areias quartzosas lavrá-veis para a indústria da construção civil.equivalente a 46,8 milhões de toneladas(d=2,6t/m3)

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Quadro 72 Análises Químicas de Areias Quartzosas de Depósitos Aluvionares

Fonte: LAMIN/CPRM N - Não detectado

5.5.16.2 Depósitos de Coberturas Ceno-zóicas e Mesozóicas

Upanema e Apodo. numa extensão contí-nua, em alguns pontos encobertas poraluviões, com largura média de l,Okm. porcerca de 150,0km de comprimento. Emalguns pontos. foram observadas profundi-dades de até 4,0m.

Os depósitos de coberturas ceno-zoicas e mesozoicas se associam as ro-chas sedimentares e correspondem aosdepósitos de areias quartzosas inconsoli-dadas, sem qualquer tipo de estrutura se-dimentar. São depósitos superficiais. eluvi-als, pois tem a sua origem relacionada apartir da lexiviação dos próprios sedimentossubjacentes. através de correntes de águasmeteóricas. E o caso das coberturas are-nosas que encobrem os sedimentos doGrupo Barreiras, da Formação Serra doMartins e da Formação Açú, Grupo Apodi.Tratam-se de depósitos inéditos cadastra-dos pelos autores.

Foram cadastrados pelo Prometo

cerca de 12 depósitos de coberturas are-nosas encobrindo as seguintes formaçõesou grupo: Grupo Barreiras (6). distribuídosnos municípios de Brejinho (1), Ceará --Miram (2), Mossoró (1), Serra do Mel (1) eSerrinha (1)l Formação Serra do Martins(2). distribuídos no município de LagoaNaval e a Formação Açú (4), em Apodo(01), Caraúbas (1). João Câmara (1) eMossoró (1). Todos estes depósitos referi-dos encontram-se plotados em mapa ane-xoNo primeiro caso, estas coberturas

arenosas ocorrem com abundância nolitoral oriental do Estado, englobando aszonas do Litoral Norte. Litoral Oriental e doAgreste. constituindo manchas extensasisoladas e dispersas, de grande distribuiçãohorizontal, em geral posicionada no topodos tabuleiros. encobrindo os sedimentosdo Grupo Barreiras. Em alguns pontos.foram observadas profundidades de até4,0m (Foto 11). Elas são também comunsno interior do Estado. como no topo dasSerras de Santana. Jogo do Vale, Cuité.Martins e Porto Alegre (nas zonas doAgreste. Serras Centrais e Alto do Apodi)constituindo também manchas extensas edispersas. capeando os sedimentos daFormação Serra do Martins. No caso dossedimentos da Formação Açú, estas co-berturas também a encobrem atravessandotransversalmente todo o Estado. de lestepara oeste, bordejando a Bacia Sedimentardo Apodi. de Jogo Câmara para PedraAvelino, Afonso Bezerra. lpanguaçú, Açú,

Análise composicional determinadapela SECLAB/CPRM. nas 12 amostras deareias quartzosas destes depósitos. nafração areia, revelam constitução porquartzo (dominante. entre 80% a 98%).feldspato (em menor proporção entre 1%20%), mica. sílica, concentrações argilosas,minerais pesados e matéria orgânica.

Os feldspatos se associam menosfrequentemente com as areias quartzosas(entre 1% - 5,0%) que encobrem os sedi-mentos do Grupo Barreiras e da FormaçãoSerra do Martins. Esta associação é maisfrequente em alguns pontos. com as areiasquartzosas que encobrem os sedimentosda Formação Açú. Uma maior percentagemde feldspatos ocorreu principalmente nasamostras coletadas em Caraúbas e Apodo(entre 5% - 20%). ao passo que nas amos-tras coletadas em Jogo Câmara e Mossoró.este percentual oscilou entre 1% - 5,0%

107

Nodoprojetoatuat

No:decam-

PO

Elemento (%)

Setoramos-tudo

Município

Si02   Feios Ti02 Nabo Kz0 CaO MgO PF

09   81,8 9,5 0,63 N 1,8 4,1 1.3 0.21 0,50 RíoApodi

Mossoró

1 1   86.3 6,1 0.57 N 1.8 3,2 1,2 0.17 0.40 n. MonteAlegre

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Provavelmente neste trecho anterior. aseqüência é constituída por arenitos bas-tante feldspáticos.

< 0.15% e Al203 < 1.0%).São areias decolorações predominantemente cinza claroa esbranquiçada

A análise morfométrica do arredon-damento dos grãos de quartzo. nas 12amostras, revelou uma predominância degrãos subangulosos (variáveis entre 15% -53%) e subarredondados (variáveis entre42% - 72%) ou seja, os graus de arrendo-damentos situam-se na faixa de 0.3 a 0.5 eesfericidade superior a 0.5.

As características gerais apresen-tadas por estas quatro amostras. referentesaos teores de SiO2 (> 98.0%), baixos teo-res dos elementos contaminantes, granu-lometria homogênea (distribuída nas penei-ras de 32, 60 e 1 15 mesh), e de grau arre-dondamento na faixa de 05 a 07. se sub-metidas a processos de beneficlamento.certamente serão aproveitadas para usosnas indústrias de fundição, vidro. cerâmica.dentre outros, adequando-se às especifica-ções (Quadro 74)

A análise granulométrica das 12amostras revelou uma maior concentraçãode grãos nas peneiras 32.60 e 115 mesh.classificando- estas no intervalo de areiafina a multo fina. Esta concentração repre-sentou valores acima de 70.0%. Os valoresdestas concentrações em 32 mesh, oscila-ram entre 10.1% a 38,0%, de 60 meshentre 21.5% a 31.8% e de 115 mesh entre1 3.4% a 32.1%. respectivamente.

Se compararmos os resultados dascaracterísticas químicas destes depósitoscom os depósitos de areia industrial daregião do Descalvado/SP e do litoral pau-lista, entre São Vicente e Peruíbe. percebe-se que ocorre uma certa similarídadeIQuadro 74):

Numa apreciação da análise gra-nulométrica. constata-se que mais de 70%do material fica retido em 3 peneiras con-secutivas(32. 60 e 115 mesh) -(Anexo ll).

Os principais elementos contami-nantes presentes (Al2O3. Fe203. TÍO2). re-presentados por limonita e argilas. que emgeral encontram-se cimentados ao quartzo,podem ser eliminados no processo de be-neficiamento, aumentando os teores deSiO2 e diminuindo os teores dos contami-nantes. adequando as suas especificaçõesao mercado para aproveitamento comoareia industrial

As análises químicas das amostrasde areias quartzosas das coberturas are-nosas eluviaís podem ser visualizadas noQuadro 73.

Observando-se estes dados.constata $e que a grande maioria dasamostras apresenta elevados teores deSiO2 (> 90.0%) e teores de Fe2O3 abaixode 0,50%. A única exceção foi para a ocor-rência n' 07. que trata-se de uma areiaquartzosa, oxidada. amarelada. com bas-tante elementos contaminantes. como mi-nerais argilosos, limoníta e matéria orgâni-ca, tornando-a pouca aproveitável para finsmais nobres. As amostras mais represen-tativas, as de nu 02 e 31 (associadas aoGrupo Barreiras). 04 (associada à Forma-ção Açú) e 38 (associada à Formação Ser-ra do Marfins). exibem valores elevados deSiO2 (> 98.0%) e baixos valores de ele-mentos contaminantes (Fe203 < 0.2% Tios

Estimativas de recursos económi-cos foram realizados para estes depósitosde areias quartzosas. Considerando o so-matório das larguras e comprimentos mé-dios de todas áreas aflorantes destes de-pósitos. chega-se a um valor da ordem de1.700km' de domínio parcial das cobertu-ras cenozóicas e mesozóicas. Consideran-do que foi feita uma estimativa lavrável deespessura média da ordem de 1.50m, emfunção das diversas frentes de lavras ematívidade. neste caso teremos um recursoeconómico da ordem de 2.550x106 de m3de areias quartzosas lavráveis, equivalentea 6,63 bilhões de toneladas.(d = 2,6t/m3).

108

Minerais Industriais do Estado do Ria Grande do Nade

Quadro 73 Análises Químicas de Areias de Depósitos de Coberturas ArenosasCenozóicas e Mesozóicas

Nodoproje-

toatual

SetoramostudoNade

cam-PO

Elemento (%) Municípto

'Ãi;Õ;TFé;o.2.4 l 0.37

'ÕÕM4 l o.12

'Õi]Í'r''Õ]iÍ] Õl17

o.08 l Óll2 l L(O.05) l 0.24 L(O.05)

l ó:3õ

01

02

04

Guajirú

Estiva

BaixaSão

MiauelVolta

Apodo

Cacho-eira

Vila Esp.SantoCanaã

BaixaGrandeSítio do

MeioBom

JardimBaixaVerde

Ceará-Mirim

Ceará-MirimJoão

Câmara

Mossoró

Apodo

Caraú-bas

Serra doMel

Mossoró

LagoaNovaLagoaNova

Brejinho

Serrinha

Õ7''r':Õq320

2ã l JN- l 92.9 3.3397

2é l JN- l 91,7 l 4.3398

30 l JN- 1 95.4 l 1,4399

il l JN- 1 98.4 l 0,71400

37 l JN- 1 94,1 l 3,3432

ãé l JN- l 98,6 1 0.94433

ãÉI l JN- l 97,6 l 1.2437

40 l JN- l 95,8 l 1,7438A

Fonte: LAMIN/CPRM

2,6

0.20

0,20

1 .1

0.17

0.17

0,08

0.21

0.21

0.10

0.10

0.10

N

N

0.21

0.16

0,19

0.22

0.08

0,05

0.05

0,08

0,14

0.16

0,85

2.7

3,1

L(0,05)

0,19

0.10

L(0,05)

0,36

0.97

0,32

0.17

0,14

0.10

0.07

0.18

0.14

0,31

0,31

0,12

L(0,05)

L(0,05)

L(0.05)

L(0,05)

0.05

L(0.05)

0.07

0.05

3,9

0,63

0,50

1.5

0.48

2.1

0,49

0.41

0.85

0,17

L(0,05)

Coberturas MesozóicasL = menor que

amostras n's 04, 07. 28 e 29N = não detectado

Menor que (<)

5.5.16.3 Depósitos de Coberturas Prote-rozóicas e Associados às Rochas Me-tamórficas

Nestes tipos de depósitos, incluem-se as areias quartzosas inconsolidadascorrespondentes a depósitos superficiais,

de coberturas arenosas eluviais, prove-niente de desagregação do quartzito daFormação Equador. do Grupo Seridó. bemcomo corpos de quartzitos puros (orto-quartzitos). ricos em sílica, intercalados nosquartzitos referidos e nos ortognaisses doComplexo Gnáissico-Migmatítico.

109

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Os depósitos de areias quartzosasinconsolidadas, provenientes da desagre-gação do quartzito Equador, ocorrem prin-cipalmente na região de Equador, na suaporção leste até o limite com o Estado daParaíba. na Serra da Carneira. abrangendoo município de Junco do Seridó. Estesdepósitos possuem uma ampla distribuiçãohorizontal, com larguras e extensões con-sideráveis. onde as areias apresentam,predominantemente. colorações cinza claroa esbranquiçadas. Em alguns pontos. fo-ram observadas profundidades de até4,0m. Foram cadastrados pelos autoresdois depósitos destas areias no municípiode Equador, tratando estes de depósitosinéditos. Estes depósitos encontram-seplotados em mapa anexo.

duas amostras. revelou uma maior con-centração de grãos nas peneiras 32. 60 e115 mesh, classificando-as no intervalo deareia fina a muito fina. Esta concentraçãocorresponde a valores superiores a 75.0%.Os valores nas concentrações de 32 meshoscilaram entre 23.1 a 24.5%. de 60 meshentre 28.6 a 31.1% e de 115 mesh entre13.4 a 22.7%, respectivamente

A análise granulométrica apresen-tou uma boa semelhança entre os seusresultados, com os dos depósitos descritosanteriormente. onde mais de 75.0% domaterial ficou retido em peneiras consecu-tivas (32, 60 e 115mesh), conforme podeser visualizado no Anexo 11. As análisesquímicas de duas amostras das areiasquartzosas podem ser visualizadas noQuadro 75A análise composicional determi-

nada pela SECLAB/CPRM. em duasamostras na fração areia. revelou quartzo(dominante, acima de 90%). feldspato (emmenor proporção, entre 1% a 5%). seguin-do-se mica. sílica, concentrações argilosas,matéria orgânica e minerais pesados (ieme-nita, rublo. anatásio. monazita. magnetita eoutros). Constatam-se que estes depósitosapresentam uma mineralogia mais diversi-ficada que os depósitos de coberturas are-nosas descritos anteriormente.

Analisando-se os dados. consta-tam-se valores elevados de SiO2 (> 97,5%)e os baixos valores de elementos contami:nantes. como Tios e Fe2O3< 0.20% eAl2Os<2.0%. Estes elementos refletem apresença de argilas e de limonita cimenta-dos no quartzo. Tais depósitos. se subme-tidos a um processo de beneficlamentocertamente se adequarão melhor dentrodas especificações de mercado para umaproveitamento mais nobre. conforme asespecificações mostradas no Quadro 77(exibido ao final deste item), como para asindústrias de fundição, vidro. cerâmica.dentre outros. Da mesma forma, quandocomparado com os depósitos do Descalva-do e São Vicente-Peruibe. constata-se asemelhança entre as características quími-cas

A análise morfométrica do arredon-damento dos grãos de quartzo, revelouuma predominância de grãos subangulosos(variáveis entre 34% e 35%) e subarredon-dados (variáveis entre 63% a 650%). Ouseja. os graus de arredondamento situam-se na faixa de 0.3 a 0,5 e esfericidade su-perior a 0.5. A análise granulométrica das

Quadro 75 - Análises Químicas de Areias Quartzosas de Depósitos de CoberturasArenosas Proterozóicas

L = menor queN -não detectado

110

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Considerando-se uma área delimi-tada por cerca de 5.0km de extensão porlargura média de 5,0km. onde ocorrem osdepósitos de areias quartzosaq chega-se aum valor de ordem de 25.0km' de domínioparcial destes depósitos. Considerando quefoi feita uma estimativa média da espessu-ra do depósito das areias quartzosas deordem de 1.50m. em função das observa-ções de campo, neste caso, teremos umrecurso económico da ordem de37.500.000m3 de areias quartzosas lavrá-veis, equivalentes a 97.5 milhões de tone-ladas. (d = 2,6t/m').

Considerando-se uma área delimi-tada por cerca de 300m de extensão poruma largura de 100m e 20.0m de altura,que corresponde aproximadamente àsdimensões do Serrote Cabelo. teremos umrecurso económico da ordem de 600.000m'de quartzito lavrável a céu aberto, equiva-lente a cerca de 1.560.000 toneladas (d =2 ,6t/m')

Uma outra fonte de quartzo são osdepósitos pegmatítlcos, embora tambémocorram com abundância em granitos erochas afins, mas ainda não são aproveita-dos economicamente. Quartzo leitoso,

quartzo róseo e cristal de quartzo são asvariedades de quartzo mais produzidas nospegmatitos que compõem a ProvínciaPegmatítica Borborema-Seridó. de Silva eDanças (1984). Estes pegmatitos constitu-em pequenos depósitos. e os mais impor-tantes apresentam uma estrutura internaheterogênea. zonada. com grau de diferen-ciação elevada. Geralmente ocorrem emaltos topográficos. Apresentam espessurascentimétricas a métricas, podendo alcançaraté 20.0m. de extensão variável, de algu-mas dezenas ou centenas de metros po-dendo em alguns casos, atingir até 500.0m.alinhando-se em forma lenticular. de rosá-rio. ou amebóide. encaixando-se em posi-ção concordante e/ou discordante ou umacombinação de ambos. em biotita-xistos,quartzitos e metaconglomerados do Grupo

Os quartzitos puros. constituídospor níveis de quartzo maciços. ricos emsílica (cerca de 95,0% ou mais do volumeda rocha) podem também ser alternativaspara a produção de areia industrial.

Salim (1979) cita a presença dequartzitos puros intercalados nos muscovi-ta-quartzitos da Formação Equador naSerra do Feiticeiro, em Lages. Nesi(1970)assinala também a presença destes quart-zitos puros intercalados em muscovitaquartzitos do Complexo Gnáissico-Migmatítico bordejando a Serra do Caval-cante, em Caicó.

O Projeto identificou e cadastrouuma ocorrência de um quartzito puro. ricoem sílica. na localidade de Monte Alegre.no município de Paraná, constituindo oSerrote Cabelo. intercalado em ortognais-ses do Complexo Gnáissico-Migmatítico.Esta ocorrência encontra-se plotada emmapa anexo. Trata-se de um corpo lenti-cular. de granulação fina a homogênea,com grãos subarredondos. de coloraçãoesbranquiçada. textura sacoroidal, consti-tuído predominante por quartzo. e subordi-nadamente por muscovita. A analise quími-ca efetuada numa amostra deste quartzito.revelou alto teor de SiO2 (99.3%) e baixosvalores de elementos contaminantes (Al2O3< 0.24%. Fe203 < 0.10(%, Tios. Nabo e MgOmenor que 0.05%. CaO < 0.07%. K2O <0.15% e PF menor que 0.20%). Estas ca-racterísticas químicas. possibilitam o seuaproveitamento para as indústrias de fundi-ção, vidro. cerâmica. dentre outras (Qua-dro 77).

A mineralização em quartzo ocorreprincipalmente nos pegmatitos heterogê-neos, predominantemente na zona IV deJohnston Jr. (1945). onde ocorre o núcleodo corpo. também denominado núcleo dequartzo. Ocupa a porção central dos peg-matitos. ocorrendo de forma irregular e àsvezes dividido em grandes blocos isoladosÉ predominantemente composto por quart-zo leitoso. homogêneo. maciço. com man-chas e/ou bolsões de tonalidades variadasincolor. branca. rósea. enfumaçada, e ou-tras. Em geral, associam-se a massas gi-gantes de feldspato. ocorrendo também emmenores proporções. berilo, columbita.tantalita, livros e cordões de migas, cleve-landita e outros minerais. Às vezes. quandoocorre em menores proporções, apresenta-

l l l

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

se hialino. bem recristalizado, preenchendocavidades.

cas que tornam tais depósitos aproveitáveispara usos nobres. como fonte de sílica. nasindústrias de vidro. cerâmica. silício metáli-co, ligas de ferro-silício. e outras (Quadro77)

Estudos de corpos pegmatíticosmineralizados em quartzo e cadastramen-tos diversos, foram efetuados por muitosautores. O projeto compilou cerca de 7ocorrências de pegmatitos mineralizadosem quartzo, distribuídos nos municípios deCarnaúba dos Danças (3). Currais Novos(1), Equador (1) e Parelhas (2). Análisesquímicas efetuadas 7 amostras coletadasde quartzo leitoso e hialino em pegmatitosdiversos, podem ser visualizadas no Qua-dro 76. As ocorrências referidas encon-tram-se plotadas em mapa anexo.

Considerando o caso do pegmatitoMulungú. onde o núcleo de quartzo (zonaIV) ocorre de forma regular, com dimen-sões aproximadas de 100mx5mx20m. che-ga-se a um recurso gconõmico de quartzoda ordem de 1.000m3 equivalente a 26.000toneladas (d = 2,6t/m3). Considerando estaavaliação média de 26.000 toneladas dequartzo por pegmatito heterogéneo, e to-mando por base os 78 pegmatitos hetero-géneos mineralizados em feldspato. onde.neste caso. é freqüente a associação dasmassas de feldspatos gigantes (zona lll)com o núcleo de quartzo (zona IV). chega-se a um recurso económico de 2.028.000toneladas de quartzo.

Analisando-se os dados(Quadro77). constatam-se os excelentes valores deSiO2 (> 99.0%) e os baixos valores doselementos contaminantes (Alhos < 0.5%,Fe203 < 0.1% e Tios < 0.15%). característi-

112

Nodoprojetoatual   Elemento (%)

Setoramos-tudo

Muni-copio

910 Z a9,2 0,47 L(0,05) 0.10 L(0,05) L(0.05) 0.20 Macilon Equador

911 5 99,2 0,24 L(0.05) L(0,05)   L(0.05) = Redondo

Mulungú

Parelhas

912Ü 99,2 0,47 L(0.05) 0.10 L(0,05) L(0.05)

913 ] 99,4 0.12 L(0.05) L(0,05) 0,05 0,05 0,39 Alto doGarrote

Carnaúba

dos

Dantas

914 xq 99,6 0.05 L(0,05) L(0.05) 0,07 0.05 0.40

0.30

Alto daTábuaSalgada-

915 » 99,2 0,24 0,07 0,10 L(0.05) L(0.05)

916 t 99,4 0,19 L(0.05) L(0,05) L(0,05) L(0.05) 0,29 Ubaeira Currais

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Fonte: Bezerra etal.(1997) Maior que (>) Menor que (<)

5.5.17 Talco alimentares, produtos de matérias plásticase outros usos

O talco é um mineral cuja composi-ção química é um filossilicato de magnésiohidratado(3Mg0.4SiO2.H2O). Detém inú-meras propriedades para utilização indus-trial. dentre elas leveza, suavidade. brilhointenso, alta resistência ao choque térmico.alto poder de absorção de óleos e graxas.elevado ponto de fusão, inércia química.baixa condutividade térmica e elétrica. bai-xo teor de umidade. alto poder de lubrifica-ção e deslizamento. e poder de difusãocomo pigmento.

Ferreira (1998) assinala que os de-pósitos e/ou ocorrências de talco estãoassociados a corpos básicos/metabásicos,situados em terrenos proterozóicos, repre-sentados por ortognaisses do Domínio RioPiranhas e por metassedimentos do Domí-nio Seridó. Estes depósitos e/ou ocorrênci-as são de um modo geral. de pequeno amédio porte. de morfologia lenticular e/ouirregular, de espessuras centimétricas amétricas. de extensão variável de algumasdezenas ou centenas de metros. podendoem alguns casos atingir mais de 1.000m.encaixando-se concordantemente com osxistos da Formação Serídó e os gnaissesda Formação Jucurutú do Grupo Seridóe/ou os ortognaisses do Complexo Gnáis-sico-Migmatítico. por sua vez, associadosaos tremolita-actinolita-clorita-talco xistos,clorita-tremolita actinolitito, metabasitos emeta-ultrabasitos.

Embora a terminologia técnica de-fina o talco como um mineral. o que seobserva na prática é sua atribuição à rochatalcosa. Comercialmente, a palavra talcorepresenta ampla variedade de significa-ções, desde rocha onde o mineral talcopredomina até outros em que ele está to-talmente ausente. Os termos comercial-mente empregados como sinónimos detalco são: pedra sabão. esteatito, agalma-tolito, talco fibroso. pirofilita, argila talcosa.giz francês e lava.

Estes depósitos relacionam-se ge-neticamente à xistificação de corpos bási-cos/ultrabásicos que, por ação de retro-metamorfismo. formaram zonas minerali-zadas em talco. O talco de uma maneirageral. apresenta-se nos tipos lamelar e/oucompacto. xistoso, de baixa du.reza. untuo-so ao lato, de superfície sedosa. em tonali-dades variando do verde escuro. verdeclaro a cinza esverdeado. em associaçõesminerais com tremolita-actinolita. clorita.biotita. serpentina. vermiculita. antofilita,minerais do grupo da caulim e óxido de

O talco possui inúmeras aplicaçõesindustriais em função das propriedadesfísicas e químicas, sendo principalmenteutilizado para na indústria cerâmica (res-ponde atualmente por 75% da sua produ-ção), abusivos, papel e papelão, borracha,química. tintas e vernizes, produtos asfálti-cos, defensivos agrícolas e explosivos.produtos farmacêuticos e veterinários,perfumaria, sabões e velas. têxtil, produtos

113

Usoindustrial

Vidro Composição química

Granulometria

Si02 >99%, Al2Q3 <U,3'%oFe203<0.07%. umidade < 1%Fracionada entre 30 a 200 mesh

Cerâmica Composição química Si02 >98%, Al203 <3%

Silício/Fe-SI Composição química

Granulometria

Si02 >98%

Retido em 1" = 1 00%

l Construção Civil Granulometria Revestimento de parede: 2 a 3mmRevestimento de piso: 5 a 6mm

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

ferro. A rocha exibe texturas nematoblásti.ca. lepidonematoblática e lepidoblástica.

corpos apresentam espessuras métricas.com máximo de 20m e extensões de deze-nas de metros, podendo alcançar centenasde metros. O talco apresenta-se geral-mente nos tipos lamelar e/ou compactoboudinado. intensamente micro-dobrado.de baixa dureza. superfície sedosa. untuo.se ao tato. em tonalidades variando doverde escuro a cinza esverdeado. em as-sociações minerais com clorita magnesia-na, tremolita-actinolita, serpentina, vermi-culíta e opacos

Cadastramento de ocorrências detalco foram realizados por autores diversos.Ferreira et al. (1977), Lima et al. (1980)Oliveira e Sirva (1983) e outros. cadastra.ram 14 ocorrências de talco. distribuídosentre os municípios de Caicó (2). CampoGrande. Florânia. Jucurutú. Lages, Santanado Matos (2). São Rafael, São Tomé. SãoVicente (2), Severiano Meio e Sítio Novo.

Durante o projeto foram cadastra-das ll ocorrências de talco. distribuídasentre os municípios de Caicó(1), Lages(3)e Ouro Branco (7) e compiladas mais 14.totalizando 25 ocorrências de talco no Es-tado. Estas ocorrências referidas encon-tram-se plotadas em mapa anexo.Dentretodas estas ocorrências, duas delas desta-cam-se das demais, as das faixas Vár-zea/PB - Ouro Branco-Caicó e de Lages.

A rocha exibe uma estrutura xisto-sa, granulação fina. texturas lepidoblásti-ca/ou lepidonematoblástica. bastante de-formada. Estes depósitos têm sido inten-samente garimpados, de forma ininterruptadesde meados da década de 1960 até osdias atuaís. Análises químicas efetuadasem 6 amostras dos talco xistos podem servistos no Quadro 78

A faixa mineralizada de talco xistode Sítio Castelo. Serrote do Castelo. Ma-lhada da Areia, Logradouro e PedraD'água. da região de Várzea/PB-OuroBranco-Caicó se estende lateralmente porcerca de 4 km e longitudinalmente por maisde 20 km. na direção SSW-NNE, acompa-nhando o frend estrutural regional. encai-xando-se concordantemente em xistos egnaisses do Grupo Seridó. por sua vezassociados a tremolita-actinolita-clorita-talco xistos, clorita xistos com magnetitemetabasitos e meta-ultrabasitos (Foto 12)São depósitos de pequeno porte. de mor-fologia lenticular. alinhando-se desconti-nuamente sob a forma de rosário. cujos

Numa análise sucinta, constata-seque os teores de MgO ficaram abaixo de30% (variáveis entre 26% a 27.6%) e osteores de FeO e Fe203 revelaram valoreselevados (variáveis entre 4.4% a 6.8% e3,0% a l0,4%). Estas características quí-micas invalidam a sua aplicação para al-guns setores da indústria. dentre eles. ce-râmica branca (neste caso. o teor de MgOdeveria ser superior a 30.0% e o de FeOinferior a 1,5%), assim como para as in-dústrias de borracha. papel. etc.. ou sejapara destinação mais nobre os tascos têmlimitações técnicas. Estes talco xistos estãoatualmente sendo utilizados em formulaçãode massa cerâmica de indústria de cerâmi-ca vermelha e inseticida.

Quadro 78 - Análises Qu macas de Talco Xistos de Depósitos Associados a Corpos

114

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Foram realizados testes de queimapara determinação da cor por Oliveira(1979), em duas amostras do sítio Castelo,em Várzea/PB. Os resultados de queima a950'C revelaram as cores laranja escuro(J0-01) e dourada (J0-02). determinando oseu uso provável para a indústria da cerâ-mica vermelha. Determinações de alvuraforam realizadas pelo prometo em cincoamostras destes depósitos, cujos resulta-dos apresentaram alvuras com valoresvariáveis entre 38.3% a 50.9%. considera-dos razoáveis, pela presença de elementoscontaminantes(óxido de ferro).

métricas. de ordem de 6,0m (corpo 1) e8.0m (corpo 11). respectivamente. O talcoapresenta-se geralmente nos tipos lamelare/ou compacto, xistoso, de superfície sedo-sa. baixa dureza. untuoso ao tato. defor-mado. micro-dobrado, em tonalidades ver-de claro, cinza esbranquiçado. cinza esver-deado e amarelada (parcialmente alterada)Esta alteração decorre da ação do intempe-rismo que afetou em parte estas rochas.Mineralogicamente associa-se com tremo-lita-actinolita. clorita magneslana. flogopitae opacos. Estudos efetuados por difraçãode raios-X. em 5 amostras deste depósitorevelaram talco(dominante), seguindo-seclorita e macas. em pequenas quantidadesAo microscópio, o talco xisto apresentauma estrutura maciça, granulação fina amédia, raramente grosseira, de texturanematoblástica dobrada e/ou lepidonema-toblática. sendo visíveis. em muitos pontos.cristais aciculares de tamanhos centimétri-cos de tremolita-actinolita.

Considerando-se que nesta faixamineralizada foram cadastradas ll ocor-rências de talco-xisto. e para cada umadelas estimar uma extensão média de200m (foi considerada que parte destaextensão não é aflorante. por causa docaimento suave do dobramento local, cujoeixo b2 é igual a 20'/0' Az). uma espessuramédia de 15,0m e uma profundidade médiade 20.0m. teremos um recurso económicoda ordem de 660.000m' de talco xistosdestes depósitos. equivalentes a 1.782.000toneladas (d = 2.7 t/m3). Como trata-se deuma área bastante garimpada. estima-seque cerca de 30.0% já foram extraídas.resultando em cerca de 1.247.400 tonela-das de talco xistos.

Petrograficamente, Rêgo(op. cit.)classificou o corpo l como talco xisto, comvariedades ricas em tremolita ou em cloritae o corpo 11, como talco xistos com varie-dades ricas em clorite ou tremolita-actinolita e. subordinadamente, talco-clorita-antofilita anfibolito. É muito frequenteno corpo 11. a presença de veios de crisotiladistribuídos errática e dispersamente noseio do meta-ultrabasito. não formandoconcentrações (tipo l)ox-work). sendo pre-dominante as fibras transversais às pare-des dos veios (fibras tipo cross). de com-primentos variáveis desde milímetros atécerca de 3cm, existindo fibras mais longas,com 6cm ou mais, e são coesas. não quebradiças. Análises químicas efetuadas em3 amostras dos corpos principais l e ll po-dem ser visualizadas no Quadro 79.

A faixa mineralizada de talco xistoda fazenda Bonfim, em Lages. ocorre emdois corpos principais (l e 11) aproximada-mente paralelos. distanciados lateralmentede cerca de 600m e longitudinalmente seestendem por mais de 1.000m (corpo 1) epor mais de 400,0m (corpoll), na. direçãoNNE-SSW. acompanhando o frei?d estrutu-ral regional, encaixando-se concordante-mente nos gnaisses do Grupo Seridó. porsua vez associados a tremolita-actinolita-clorita-talco xistos, tremolita-actinolita-clorita xistos, tremolita actinolitito. serpenti-nitos. metabasitos e metaultrabasitos.

Posteriormente, Rêgo(1999) tam-bém realizou cerca de 13 análises químicasem amostras diversas dos corpos principaisl e 11. decorrentes de trabalhos de pesqui-sas realizados nestes. Foram selecionadas7 amostras por furo. que podem ser visuali-zadas no Quadro 80.

Rêgo (1999) assinala que, parale-lamente ao corpo 1. ocorrem mais dois cor-pos de pequeno porte. por vezes, interdi-gitados. São depósitos de pequeno a .mé-dio porte. de morfologia lenticular. alinhan-do-se continuamente sob a forma de rosá-rio. cujos corpos principais têm espessuras

Numa análise sucinta. comparan-do-se os Quadros 79 e 80. constata-seque os teores de MgO no corpo l oscilaram

115

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

entre 29.91% a 32,55% e no corpo ll entre27.77% e 30.92%. Por sua vez. os teoresde Fe203 mostraram-se bem mais elevadosno corpo ll (5.45% a 7,39%) do que nocorpo 1 (2,14% a 4,86%), em razão. princi-palmente da maior presença da tremoli-

ta/actinolita e clorita. Quando se comparaalgumas características químicas dos prin-cipais depósitos de talco do Brasll com osdepósitos de Lages/RN. constata-se umacerta semelhança (Quadro 81).

Quadro 79 Análises Químicas de Talco Xistos de Depósitos Associados a CorposBásicos - Ultrabásicos

Fonte: LAMIN/CPRM

Quadro 80 Análises Químicas de Talco Xistos de Depósitos Associados a CorposBásicos - Ultrabásicos, Fazenda Bonfim - Lages/RN

Fonte: Rêgo (1999) L = menor que

Quadro 81 Características Químicas dos Principais Depósitos de Talco do Brasil

ND - não determinado

116

Nodo

projetoatual

Nadecampo Elemento (%)

Setoramos-tudo

Município

Si02 Al203 FeO CaO MgO PF930 JN-345 50,9 5.2 4,2 3,4 27.6 5,1 Corpoll Fazenda

Bonfim -

Lages

931 JN-346 58,5 1.4 5,1 0,84 27.6 3,3 Corpo ll932 JN-348 59.1 1.9 1.4 0.56 30.4 4.8 CorDOI

NO daamostra

Elemento (%) Setoramostra-

doSiOz "-:' '?' MgO CaO Nabo Kz0 Ti02 PF

F-OI 19.00-19.47  56,44 1,47 2,14 32,55 0,33 0.06 L(0,05) 0.06 6.94 CorpolF-02 (4.50-5.20) 56.21 2.42 4.86 29.91 0.91 0.07 L(0.05) 0.04 5.57F-03F-04F-05F-06F-07

5,14-5.67)9.00-9.37)18.88-19,30)1.10-1.55)2.00-2.60

56.66 1.46 7,36 28.96 0.86 0.16

 0,05

0.050.05 

0.07 4.47

Corpo ll55.41 2,31 5,45 30,92 0,23 0.06 0.04 5.5854.58 2,47 5.90 30,36 2,00 0.06 0.06 4.5449.74 5.95 7,39   3,89 0.11 0.08 5.0748.79 6.48 6.85 28.40 2.85 0.10 0.11 6.41

Elemento(%)

Bahia Minas Gerais Paraná São Paulo RNÍCornol)

MgO 26.5 a 33,0 25.3 a 29.8 25.9 a 31.2 26.7 a 31.1 29.9 a 32.5Al203 0,4 a 2,1 0,71 a 5.66 0.6 a 7.9 1.4 a 7.0 1.4 a 2.4Fe2O3 0.3 a 4.5 2.83 a 5.05 0.4 a 5.7 1.0 a 5.0 2.4 a 4.8Ti02 ND ND 0.02 a 0.6 ND 0.04 a 0.06

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Se fizermos esta mesma compara-ção considerando o corpo ll de Lajes. osvalores de MgO, Al2O3 e Tios permanecemaproximadamente compatíveis, ao passoque com os teores de Fe2O3 ocorrerãodiferenças entre os respectivos depósitos,pois em Lages estes valores são mais ele-vados (5.45 a 7.39%). Isto pode prejudicaro aproveitamento para utilizações maisnobres.

provas padronizados (6x2x0.5cm). secos a110'C e queimados a 950'C, 1250'C e1450'C para determinação da cor, absor-ção de água, porosidade aparente, massaespecífica aparente, retração linear e ten-são de ruptura à flexão. Nos resultados dequeima. a 950'C e 1250'C. a amostra docorpo l apresentou coloração rosa laranjamoderado e marrom amarelo moderado, ea amostra do corpo 11. as colorações mar-rom claro e marrom-moderado. respecti-vamente. A 1450'C. ambas as amostrasapresentam fusão total

O setor cerâmico emprega diversostipos de talco, cujas principais característi-cas variam segundo os limites:

SiO2 - 57.6% a 63,5%lMgO - 28.1% a 31 ,7%lAl2O3 -- 0.3% a 5.8%lFeios - 0.1% a 4,2%lPF -- 0.9% a 5. 1 %;Granulometria: 99,0% passante em peneirade 200 mesh

Em relação aos demais índices fí-sicos. todos se enquadraram nos valorespadrões especificados, são recomendadaspara uso provável em cerâmica branca

Foram também determinadas asalvuras em 5 amostras de talco xistos destedepósito. No corpo 1. as alvuras apresenta-ram valores variáveis entre 61 .1% a 73.2%e no corpo 11, entre 48.2% e 56.1%. Asdeterminações das alvuras corroboram osresultados apresentados pelas análisesquímicas. quando o corpo l detém menoselementos contamlnantes que o corpo ll.

Na análise destas características.percebe-se que as especificações do talco(corpo 1) atendem a estes requisitos paraaplicação na cerâmica branca. Se conside-rarmos as características do corpo 11. e emfunção apenas dos teores de Fe2O3, pois amaioria excede 4.2%. poderão ocorrer res-trições. embora no beneficiamento destetalco é possível minimizar as impurezas.

Trabalhos de pesquisas geológicasforam executados por Rêgo (1999) noscorpos principais l e ll do depósito de La-jes. Foram executados 7 furos de sonda (2no corpo l e 5 no corpo 11). com profundida-de entre 15 o 20m. tendo-se cubado umareserva total (medida+indicada) da ordemde 661.156 toneladas brutas de talco-xistos. Se considerarmos que nesta faixaocorrem 4 corpos (2 corpos principais e 2secundários) mineralizados em talco, comextensões estimadas de 600m (corpo l),120m (corpo 11), 200m (corpo 111) e 200m(corpo IV), todos com espessura média de8m e com uma profundidade média de20m. então teremos um recurso económicoda ordem de 336.000m' de talco-xistosdeste depósito. equivalente a 907.200 to-neladas (d = 2.7t/m')

Quanto à aplicação do talco paraas indústrias de borracha e tintas. são exi-gidas especificações mais rígidas, comoMgO > 30.0% e SiO2 > 60.0% (ambos oscasos). e Fe203+Al2O3 à 2,0% (borracha) eFeios É 0.20% (tintas). Estas especifica-ções de Fe203 exigidas pelo mercado difi-cultam, em parte, o aproveitamento dotalco de Lages (corpos l e 11) para atenderestes segmentos industriais. Para cosméti-cos e produtos farmaceuticos. a associaçãomineralógica de talco de Lages, com atremolita/actinolita. comum neste depósito.por tratar-se de um mineral aclcular. fibro-so, é considerado como prejudicial paratais usos. 5.5.1 8 Outros Minerais

Ensaios cerâmicos preliminares fo-ram realizados em duas amostras de talcoxistos da fazenda Bonfim (corpos l e ll).cujos resultados podem ser visualizados noAnexo 111. e foram realizados em corpos de

Dentre os outros minerais serãocomentados calcedónia. granada. rochasfosfáticas, vermiculita. argila bentonítica eterra fuller

117

Minerais industriais da Estado do Rio Grande do Nade

A calcedónia é uma variedadeamorfa de quartzo. também pode ser defi-nida como sendo uma variedade de sílicaformada por quartzo criptocristalino emmassas compactas e homogêneas comestrutura fíbroradiada. E principalmenteutilizada como bolas triturantes em moi-nhos de beneficíamento de minérios. porsuas qualidades de elevada dureza e re-sistência.

Afonso. Trata-se de uma ocorrência depequeno porte, onde a granada encontra-se disseminada em augengnaisses graní-toides do Complexo Gnáissico - Migmatíti-co. São também assinaladas outras ocor-rências de granadas. em escarnitos schee-litíferos. e em micaxistos do Grupo Seridóem pegmatitos e granitos, dentre outros.Em geral. despertam mais interesses comocuriosidades mineralógicas e como gemas

Foi cadastrada e plotada em mapaanexo. uma ocorrência de calcedónia comuma argila de depósito residual (ocorrênciang 104). resultante da lixiviação e alteraçãode rochas basálticas. relacionadas com asrochas vulcânicas do magmatismo da Serrado Cuó, em Cuó. lpanguaçú, nas imedia-ções da Serra do Cuó. Esta ocorrênciaguarda uma certa similaridade geológicacom o depósito de argila montmorilonítica ede calcedónia da Formação Campos Novos(Terciário) da região de Cubati, na ParaíbaPredomina nesta área um solo cinza escu-ro de textura argilosa. onde é frequente apresença de inúmeros blocos e fragmentoscentimétricos de calcedónia espalhadosdesordenadamente. de aspecto maciço.denso e coloração amarela queimada.Análise química de uma amostra destacalcedónia, revelou os seguintes resulta-dos: SiO2 - 98.3 %. Al203 - 0,47 %. Fe2O30,57 %. Tios - 0.00%, CaO - 0,18 %, MgO -menor que 0,05 e PF - 0.42 %.

A presenças de rochas fosfáticasna Bacia do Apodi é assinalada por autoresdiversos. Na região de Macau, Póvoas(1969) ao desenvolver o Prometo Fosfatopara o DNPM, executou um amplo progra-ma de sondagem ao longo da zona decontato dos arenitos da Formação Açúcom os calcários da Formação Jandaíra doGrupo Apodi, na Bacia do Apodi. Os teoresmáximos detectados foram inferiores a1 .0% de P2O5.

Barbosa et al.(1 974) coletaram cer-ca de 80 amostras de calcário da Forma-ção Jandaíra nas circunvizinhanças deParázinho para análises de fosfatos. Ape-nas duas delas revelaram teores mais inte-ressantes. da ordem de l0,5% de Pios.

Menor et al.(1980) assinalam queao norte de Jogo Câmara. existem indíciosde fosfato em rocha dolosparítica. associa-da à Formação Jandaíra. na Bacia do Apo-do. A extensão da mineralização parecerestrita.Na região de Cubata/PB, há uma

produção artesanal de calcedónia, explora-da há bastante tempo, utilizada principal-mente como bolas triturantes em moinhosde beneficiamento de feldspatos produzi-dos nesta região e circunvizinhanças.

Matsuda (1988) assinala a presen-ça de fosforito depositado no Campaniano.na parte superior da Formação Jandaíra.Esta camada contém apatita coloforme.com teores de urânio relativamente altos. ede P2O5 da ordem de 9,9%, além da pre-sença do fluor e de todos os 1 1 elementosde terras raras. O fosforíto foi detectado emamostras de calha por conta de uma ano-malia radioativa. As regiões com ambientespropícios à deposição destes fosforitos.situam-se no centro sul da Bacia do Apodo.no oral)en de Boa Vista e ao sul do Alto deMacau, respectivamente. No momento.estas ocorrências parecem restritas, seminteresse económico. e não foram listadas(anexo 1) e nem plotadas em mapa anexo.

A granada abrange um conjunto deminerais silícatados de alumínio, ferro.cálcio, manganês e cromo, que formamuma série isomórfica constituída pelos mi-nerais piropo, almandina. espessartita.grossularita. andradita e uvarovita. Sãoutilizadas na manufatura de papéis abusi-vos especiais (lixas). na indústria ótica e devidro. As variedades transparentes sãoconsideradas gemas. Foi compilada dabibliografia e plotada em mapa anexo, umaocorrência de granada (n9 820). do tipoalmandína. da fazenda Exú, em Almíno

118

Minerais Industriais do Estado da Rio Grande da Nade

A vermiculita é um aluminossili-cato básico hidratado de magnésio. ferro ealumínio, e pertence ao grupo das micasmagnesianas. Contém pequena quantidadede cromo. manganês, fósforo. enxofre ecloro. Tem alta porosidade, baixa densida-de. baixa condutividade térmica e acústicae elevada capacidade de absorção de lí-quidos. A sua estrutura cristalina é consti-tuída de macas enter-estratificadas commoléculas de água, caracterizando-se pelapropriedade de expandir-se quando aque-cida. podendo provocar um aumento de até30 vezes o seu volume original. Devido àssuas inúmeras propriedades, é utilizadaprincipalmente como isolantes térmicos eacústicos. em tintas, na construção civil, naagricultura, em equipamentos e outrosmateriais. dentre outros usos.

ca. Não existem no relatório citado. infor-mações sobre a natureza geológica destedepósito, não se sabe se localizado próxi-mo de fontes vulcânicas extensivas. comodos derrames basálticos do magmatismoMacau. Os dados apresentados referem-seapenas aos trabalhos realizados. como dos30 poços de pesquisa executados, de se-ção 1.20 x 1.50 m por 8,0m de profundida-de média. do capeamento médio que é daordem de 1,75m. da espessura média dacamada da argila, estimada em torno de10m e da reserva cubada (medida). daordem de 742.687 toneladas de argilas(Processo DNPM 840.072/86). Uma análisequímica realizada numa amostra destaargila revelou os seguintes dados

Si02 - 60.56 %l Al203 - 13,66 %lFe203 - 6.02 % l Tios - 0,14 % : CaO - 3,60%'Mg0 2.59 % l K20 -4.67 % l PF - 7190%. Ao compararmos as especificaçõesquímicas máximas e mínimas de umabentonita sódica ou cálcica típica (SiOzentre 47% a 62.0%, Al2O3 entre 15% a23.0%. CaO entre 0.2% a 0.7% e Fe2O3 <0.8%). com valores citados, percebe-seque os teores de Al203. Fe2O3 e CaO nãose enquadram nos valores padrões mos-trados. à exceção apenas do SiO2. deixan-do dúvidas quanto a esta tratar-se de umaargila bentonítica. A equipe do prometo es-teve nesta área. mas não conseguiu amos-trar a argila, em razão das dificuldadessurgidas com o morador local. não permi-tindo acesso à ocorrência, não tendo sidoportanto cadastrada.

Foi cadastrada e plotada em mapaanexo. uma ocorrência de vermiculita (n:942), na localidade de Malhada da Areia,no município de Ouro Branco. A vermiculitaocorre associada a uma rocha bási-ca/ultrabásica. de cor escura. pertencente àmesma faixa mineralizada do talco xisto deVárzea/Pb - Ouro Branco-Caicó, já descritaanteriormente. Apresenta uma granulaçãofina. estando disseminada no seio da ro-cha. em placas de cor amarela escura averde bronze, atingindo proporção superiora 60.0% na rocha. de morfologia irregular,sendo constituída por anfibólio. piroxênio.biotita. quartzo e outros. A extensão damineralização de vermiculita observadaparece restritas isto foi possível observarpor tratar-se de uma área garimpada. comlavra tipo céu aberto. cuja cava já encontrg-

rofunda. superior a 15m. Há possibili-dades da existência de outras ocorrênciasde vermiculita nesta faixa mineralizada emtalco. em áreas pouco exploradas e/ouainda inexploradas.

São também feitas referências àpresença de terra fuller. um argila-mineraldo grupo da paligorsquita-sepiolita. reco-nhecida por mineradores locais, produto-res de diatomita. em depósitos de valesaluviais. Esta argila tem aplicação comofluido de perfuração para poços de petróleoe no descoramento de óleos e mineraisEsta informação nos foi revelada pelo SrAlmir Meio da Mineração Dlanorte Ltda.que confirma a existência de terra-fullerassociada a diatomita, no córrego Guajirú,em Ceará-Mirim.

Informações sobre a ocorrência deargilas do tipo bentoníticas foram referi-das por Sirva (1990), como a da fazendaMassapê, em Carnaubais. onde foi realiza-da uma pesquisa geológica para prospec-ção de uma argila provavelmente bentoníti-

119

Minerais Industriais do Estado da Rio Grande do Norte

Perspectivas Técnicas deAproveitamentoMinera ise Áreas de

r'

dos PrincipaisIndustriaise Rochas

Potenciais Minerais

A indústria extratíva mineral do RioGrande do Norte a partir dos anos 90. emfunção de uma clara tendência de declíniomotivada por fatores mercadológícos exter-nos, das atividades extrativas minerais dascheelita e da tantalita, consideradas pormuitos anos como as principais atividadesprodutivas da mineração no Estado. vemmudando de rumo. com uma tendênciadirecionada, concentrada para exploraçãodos recursos energéticos. petróleo e gásnatural. atualmente em franco desenvolvi-mento produtivo implementado pela Petro-brás. e os minerais e rochas industriais.

Desta maneira. relacionamos os in-sumos minerais com perspectivas técnicasde aproveitamento, com base em dadosgeológicos e de caracterização tecnológicareferidos anteriormente, bem como atravésde mapas de potenciais minerais.

Foram relacionados oito segmentosda indústria. relativos as seguintes matéri-as-primas: cerâmicas. subdivididas emcerâmica vermelha e cerâmica branca e derevestimento. cimento, cal e agricultura.vidro, cargas minerais, indústria químicaconstrução civil. clarificantes e filtrantes eoutras matérias-primas

A década de 90 está sendo consi-derada como o início de uma nova era dosminerais e rochas industriais no Brasil. edentro desta tendência da demanda futuradestes insumos minerais. o Rio Grande doNorte detém um excelente potencial dedepósitos de minerais e rochas industriaisinexplorados. ou pouco explorados, e compoucas indústrias de transformação destasmatérias-primas atualmente em produção

O. segmento da indústria petroquí-mica foi abordado no item Pólos de Desen-volvimento. Desta maneira. ressaltamosque os resultados das análises químicas edos ensaios tecnológicos realizados nosminerais e rochas industriais selecionadosse adequam principalmente como indicati:vos preliminares e orientativos das caracte-rísticas apresentadas pelas amostragens,

120

Minerais Industriais da Estado do Rio Grande do Noite

para proporcionar perspectiva técnica deaproveitamento futuro destes insumos mi-nerais. As amostragens foram do tipo pre-liminares, que por definição. objetivam aobtenção de uma informação prévia sobreas características do insumo mineral, semimportar a extensão da jazida, nem. o seuvalor económico. Para cada mapa de áreade potencial mineral apresentado, foramfeitas estimativas de recursos económicosdos insumos minerais respectivos.

aqui considerada, compreende a cerâmicatradicional, que corresponde à cerâmicavermelha ou cerâmica estrutural. cerâmicabranca e de revestimento

6.1.1 Matérias-Primas para CerâmicaVermelha

A indústria da cerâmica vermelhano Estado. há muito tempo já está consoli-dada, sendo constituída atualmente portrês grandes pólos de produção. responsá-veis por cerca de 60%. e que sãoO recurso económico abordado

corresponde ao enfoque referente à quanti-ficação com base em evidências geológi-cas resultantes dos trabalhos de prospecção com indicação preliminar de economi-cidade. ou seja. com perspectivas razoá-veis de aproveitamento económico a sercomprovado posteriormente.

Pólo de Açú-lpanguaçú (com argilas provedente da planície aluvial do Rio Açú)l

Pólo de São Gonçalo do Amarante (comargilas provenientes da planície aluvial doRio Potengí)l e

6.1 Matérias-Primas Cerâmicas Pólo de Parelhas (com argilas provenientedas planícies aluviais de pequenos rios eriachos e de várzeas de açudes locais).A fabricação de produtos cerâmi-

cos é realizada a partir da mistura de dife-rentes matérias-primas minerais, principal-mente de minerais não-metálicos, que In-cluem os insumos minerais básicos. comoargilas. caulim. feldspato e quartzo e osauxiliares. como talco, espodumênio. cal-cita. dolomita, magnesita. etc., dependendoda especificação do produto final. Todasestas matérias-primas tem funções caracte-rísticas. transferindo as suas propriedadesaos produtos finais, dentre estas. desta-cam-se os minerais formadores de esque-leto ou ü//ers. os comentadores (formadoresde vidro), os fundentes e os auxiliares.

As matérias-primas para a cerâmi-ca vermelha são principalmente as argilasimpuras. onde predominam a imita e esmec-tita. e caulinita subordinada, sílica .livre.óxido de ferro e outros compostos. Óxidode ferro é o responsável pela cor vermelhacaracterística dos produtos.

Não existe especificação rígida deargilas para cerâmica vermelha. Normal-mente. são feitos ensaios tecnológicoseminentemente práticos. que consistem emsubmeter os argilominerais. após molda-gem de corpos de prova por extrusão. e porprensagem, à queima em temperatura en-tre 800'C e 1100'C. Os valores dos ensai-os dos corpos de prova queimados sãocomparados com valores consideradoslimites. A partir daí é possível dizer se aargila se presta ou não à fabricação dosmais diversos produtos vermelhos. Estasargilas foram agrupadas geológicamenteem cerca de cinco tipos de depósitos (pla-nície aluvial, lacustre. sedimentar, residuale lagunar), mas as atividades extrativasocorrem principalmente nos depósitos deplanície aluviais. e uma pequena proporç?onos lacustres. Nos demais depósitos, nãoocorrem atividades extrativas

Coelho (1996) assinala que a car-reta escolha da composição da massacerâmica. assumiu um papel fundamental.tendo seu início na seleção dos minérios deacordo com as características físico-químicas e tecnológicas. Como exemplo,pode ser citado o caso do feldspato, quevem sendo substituído por finito e fonoli-to/nefelina sienito. devido às suas baixastemperaturas de fusão.

Segundo Coelho (op. cit.). as maté-rias-primas cerâmicas podem ser classifi-cadas em dois grandes ramos: cerâmicastradicionais e cerâmicas avançadas. Aabordagem das matérias-primas cerâmicas

121

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Áreas de potenciais minerais demateriais cerâmicos de usos na cerâmicavermelha estão sendo apresentadas parauma melhor visualização (Figura 12). Orecurso económico estimado é da ordemde 48.9 milhões de toneladas de argilaslavráveis para a indústria da cerâmica ver-melha.

assim por diante. Estas matérias-primasforam agrupadas geologicamente em cercade cinco tipos de depósitos principais (pla-nície aluvial, lacustre, sedimentar. pegmatí-tico e básico/ultrabásico)

As matérias-primas cerâmicasidentificadas no Estado, como argilas cauli-níticas, argilitos dolomíticos. calcários. do-lomitos. caulim (primário e sedimentar).feldspato. margas dolomíticas e talco. refe:ridos anteriormente, apresentaram em prin-cípio, resultados de análises químicas e deensaios cerâmicos. que os recomendaramcomo indicativos preliminares. para usosem cerâmica branca e de revestimentoNão foram realizados ensaios cerâmicospara os calcários e dolomitos (sedimentar emetamódíco)

6.1.2 Matérias-Primas paraBranca e de Revestimento

Cerâmica

Na cerâmica branca e de revesti-mento são empregadas inúmeras formula-ções de misturas de matérias-primas diver-sas para otenção dos produtos finais. comoporcelanatos. louças sanitárias. azulejosladrilhos, pastilhas e pisos cerâmicos. Nasmatérias-primas cerâmicas básicas queconstituem as massas. também conhecidascomo massa tríaxial. predominam a argilacaulinítica. sílica e feldspato. Na composi-ção destas massas podem entrar outrosinsumos minerais. mas em pequenas pro-porções. São os fundentes auxiliares. comotalco, calcíta. dolomita, etc., ou fundentesmais enérgicos. como o finito. ou ainda asubstituição do quartzo pela alumina e.

Áreas de potenciais minerais dematérias-primas cerâmicas de usos nacerâmica branca e de revestimento. estãosendo realçadas para uma melhor visuali-zação (Figura 12). Os recursos económi-cos estimados para estas matérias-primasminerais, conforme referido anteriormentepodem ser visualizados no Quadro 82

Quadro 82 Recursos Minerais Económicos EstimadosPara Matérias-Primas Cerâmicas

* 947.000" 400.000 (1) Reserva conhecida Menor que (<)

122

Substâncial mineral

Recursoeconómicof)r .106 +ón \

Argila caulinítica R

Argilito dolomitico  Calcário sedimentar  

Calcário metamórfico  Dolomito sedimentar  

Caulim primário  Caulim sedimentar  

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

6.2 Matérias-Primas para Cimento, Cal eAgricultura

Da mesma forma. na porção ori-ental da Bacia Sedimentar do Apodo. noextenso domínio dos depósitos de calcáriodolomítico e dolomitos. nas círcunvizinhan-ças da região de João Câmara. Jandaíra ePauzinho, desenvolve-se uma atividadeprodutiva de pó calcário para corretivo desolo e um setor caieirista. constituído pormicros e pequenos produtores

As matérias-primas para cimento,cal e agricultura. principalmente perten-centes aos depósitos sedimentares. e quecorrespondem aos calcários e dolomitos daFormação Jandaíra, já têm usos consagra-dos no Estado. Estas matérias-primas fo-ram classificadas geologicamente em trêstipos principais de depósitos. Os depósitossedimentares. metamórficos e bási-cos/ultrabásicos. compreendem calcários.dolomitos, gipsita e vermiculíta.

Os calcários e dolomitos dos depó-sitos metamórficos. são principalmenteutilizados para a produção de cal. Áreas depotenciais minerais de materiais para ci-mento, cal e agricultura podem ser visuali-zadas na Figura 13.As extensas jazidas de calcário

calcítico da Formação Jandaíra, situadasna região de Mossoró e circunvizinhanças.vem constituindo um fator determinante dodesenvolvimento das indústrias de cimentoe cal ali localizadas. constituídas por gran-des. pequenos e micro produtores. poden-do futuramente constituir-se como pólocimenteiro e caieírista.

Os recursos económicos estimadospara os calcários e dolomitos sedimentarese metamórficos e para a gipsita. podem serobservados no Quadro 83. Não foi feitaestimativa de recursos económicos paravermiculita. de vez que só há até o pre-sente momento uma ocorrência conhecida

Quadro 83 Recursos Económicos Estimados de Matérias-PrimasPara Cimento, Cal e Agricultura

6.3 Matérias-Primas para Vidros para vidros de embalagens. e assim pordiante

O material vítrificante responsávelpela formação da massa vítrea é o SiO2. oóxido formador do vidro. As areias silico-sas, quartzos. quartzitos e a sílica proveni-ente dos feldspatos constituem os materiaisvitrificantes, seguindo-se os demais materi-ais. como barrinha, espodumênio. petalita,lepidolita. calcita. dolomita. alumina e ou-tros. Na indústria do vidro, são empregadasmisturas diversas de matérias-primas es-senciais como areias. barrilha, feldspato edolomita para a produção de vidros planos

Foram identificados cinco tipos dedepósitos de sílica: depósitos sedimentaresrecentes, depósitos de coberturas cenozói-cas, mesozóicas e proterozóícas e depósi-tos pegmatíticos. Os depósitos sedimenta-res recentes, compreendem os depósitosaluvionares, de dunas fixas e móveis e desedimentos de praia. Os depósitos areno-sos de dunas e de sedimentos de praiaestão descartados. por situarem-se emáreas de ecossistemas costeiros. protegi-dos por leis ambientais

124

Substânciamineral

Recursoeconómicofx 10oton.\

Calcário sedimentar 91.000Calcário metamórfica 260Dolomito sedimentar 13.500

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 84 Recursos Económicos Estimados de Matérias-PrimasPara Vidro

Inclui depósitos de coberturas cenozóicas. mesozóicas e proterozóicas" 400.000 - Menor que (<)

Os depósitos aluvionares tambémsão descartados para aproveitamento naindústria do vidro, pelos valores reveladosde SiO2 (inferiores a 90%). Por sua vez, osdepósitos de coberturas cenozóicas. meso-zóicas e proterozóicas são consideradosimportantes, por encerrarem extensas áre-as de areias quartzosas, silicosas, queapresentam características químicas efísicas que podem se adequar o seu apro-veitamento na indústria do vidro. Estesdepósitos encerram areias moderadamenteselecionadas. com predominância de grãossubangulosos a subarredondados. translú-

cidos. por vezes hialinos, de granulaçãofina a muito fina. onde cerca de 70% domaterial quartzoso fica retido em peneirasde granulometrias sucessivas (32. 60 e 1 1 5mesh).

tável para usos mais nobres que a indústrado vidro. como por exemplo, fonte de silí-cio. fabricação de ferro-silício. etc.. Osquartzitos da Formação Equador não foramconsiderados. pois são predominantementemuscovíticos e feldspáticos

Áreas com potenciais de matérias-primas para vidros podem ser visualizadasna Figura 14

Os recursos económicos estimadospara areias quartzosas. silicosas, quartzos.quartzitos, feldspatos. calcários e dolomi-tos. podem ser observados no Quadro 84

6.4 Matérias-Primas para Cargas Minerais

As amostras mais representativasapresentam teores elevados de SiO2 (>98.0%) e baixos teores de contaminantes(Fe2O3 < 0.20%, Tios < 0.15% e Al2O3. <0.1 5%). Estas características indicam boaspossibilidades para maximizar este materialpara níveis mais altos de pureza. atravésde métodos de beneficiamento, que pos-sam aproveita-lo para a indústria do vidro

Cargas minerais ou fi//ers, segundoMoreira (1994), são minerais não metálicosque quando reduzidos a pó. são acondicio-nados a outras matérias-primas principaiscom os quais são quimicamente inertes.objetivando a redução do valor/peso doproduto final e/ou para transferir algumasde suas propriedades físicas à msturaProsseguindo, Moreira (1994) afirma queos /7//ers incorporam algumas propriedadesao produto final, tais como: cor. brancura.brilho e opacidades densidade; resistênciamecânicas dureza ou maciez: textura e

distribuição superficiall resistência ao fogo.condutividade térmica e elétrical capacida-de de adsorção de óleo e tintasl imperme-abilidade, dentre outras. Cada propriedadeassume maior ou menor importância, adependerdo uso.

O quartzo dos depósitos pegmatítí-cos. principalmente as variedades translú-cidas e híalinas, e alguns corpos de quart-zitos apresentam elevados teores de SiO2(> 99.0%) e baixos teores de elementoscontaminantes (Fe203 e Tios). conformereferido anteriormente. As característicasapresentadas o credenciam como aprovei-

126

Substância mineral Recurso económicofx 10'ton.)

Areia auartzosa * 6.727Calcário sedimentar 91 000Calcário metamórfico 26nDolomito sedimentar 13.500

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

As cargas minerais são muito utili-zadas nas indústrias de papel. plásticos,tintas. inseticidas. cosméticos, produtosfarmacêuticos, selantes, etc. As principaiscargas minerais são o caulim. carbonato decálcio. talco e hidrato de alumínio. E ascargas secundárias são o asbesto, pirofilita.barata, feldspato. gipsita, mica, sílica (inclu-sive diatomita) e bentonita cálcica.

minerais. É bem verdade, que as impurezas podem ser minimizadas via beneficiamento, para tentar melhorar as especificações do produto final.

Quanto às cargas minerais secun-dárias consideradas mais importantes,citamos a barata e a diatomita. O feldspato.gipsita e mica são aproveitados como car-gas minerais. mas utilizados em proporçãomuito reduzida. Alguns depósitos de barataapresentam teores de BaSO4 > 90.0%, queos credenciam para atender às indústriasde tintas. Quanto à diatomita, o Estado éum dos maiores produtores nacionais, eparte desta produção é utilizada como car-gas minerais para aproveitamento nas in-dústriais de tintas, bebidas, papel, borra-cha,inseticidas e outras.

Os caulins primários dos pegmati-tos detêm qualidades essenciais. sendoatualmente utilizados nas indústrias depapel, borracha. tinta, inseticidas e outras.

Os calcários calcíticos sedimentare metamórfico apresentam valores eleva-dos de CaCOs (> 90.0%), atingindo até97,0%. caracterizanddo-os como de altaqualificação como carga mineral, paraaproveitamento nas indústrias de papel.tintas. plásticos. borracha e outras. Atual-mente. este insumo mineral é muito poucoou quase não aproveitado como cargamineral no Estado.

Áreas de potenciais minerais dematérias-primas para cargas minerais po-dem ser visualizadas na Figura 15. Osrecursos económicos estimados para cau-lim (primário + sedimentar). calcário e do-lomito (sedimentar e metamórfico). talco.barata, feldspato, gipsita e diatomita podemser vistos no Quadro 85. Não foi feita esti-mativa de recurso económico para a micaconforme já referido anteriormente

Os talcos. pelas característicasquímicas apresentadas, mais a presençade minerais fibrosos como a tremolita, ten-dem a dificultar o seu uso como cargas

Quadro 85 - Recursos Minerais Económicos Estimados deMatérias-Primas Para Cargas Minerais

*218.400" 947.000"* 400.000

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Substânciamineral

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande da Narre

6.5 Matérias-primas para a IndústriaQuímica

Entre os mais importantes insumospara a indústria química no Estado. consi-deramos o sal marinho e as águas.mãesdas salinas. Constatam-se que produtosquímicos de extrema importância derivam

tituem o grupamento dos principais produ-tos da matriz industrial do pólo Gás-Sal.Além desses insumos químicos, a barata ocalcário, rublo, iemenita e o espodumênio,são outros importantes minerais transfor-mados em produtos químicos. e que ocor-

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

6.6 Materiais para Construção Civilzóica), sedimentares. e de natureza ígneae metamórfica. Estes materiais compreen-dem areias quartzosas, argilas. cascalhos.calcários e dolomitos sedimentares. gipsitagranitos, granodioritos granitóides. mormo:res. metaconglomerados e quartzitos

Os materiais para construção civicorrespondem aos minerais e rochas demais ampla utilização em volume e valor nomundo. sendo tipicamente de uso local eutilizados principalmente na forma brutaSegundo Moreira (1994), estes materiaiscompreendem as pedras de alvenaria.utilizadas para alicerces. muros. barragensetc., pedras de revestimentos para constru.ção, classificadas em pedras brutas natu-rais. pedras cortadas. pedras talhadas pararuas (meio fio e paralelepípedo) e rochasem placas polidas (mármores e granitos)brita. cascalho, pó de pedra (resultado deresíduo fino das pedreiras), areia quartzo-sa. argilas (para produtos cerâmicos). ges-so de paras (obtido pela calcinação da gip-sita). cimento. cal e cimento amianto

Áreas de potenciais minerais de

materiais para construção civil podem servisualizadas na Figura 17. Os recursoseconómicos estimados para estes materiaispodem ser vistos no Quadro 87. Não foramsfetuadas estimativas de recursos econó-micos para. granitos e granitóides, porqueforam considerados recursos inesgotáveis.face ao grande número de corpos no Esta-do, próximo de uma centena, e parte delesexibem extensões e larguras quilométricas.

O termo mármore é aqui conside-rado como rocha ornamentall é uma desi-gnação puramente comercial, e petrografí-camente corresponde ao calcário cristalinoou metamórfica.

Como pedra de alvenaria e britasão utilizados. principalmente. granitosgnaisses, calcários sedimentares, quartzi-tos e metaconglomerados. Os calcáriossedimentares têm dado excelentes brutaspara concreto, e são também empregadoscomo meio fio e paralelepípedo, principal-mente na zona Mossoroense. Foram iden-tificados dez tipos de depósitos de materi-ais para construção civil. correspondentesà depósitos aluvionares. de coberturasarenosas (cenozóica. mesozóica e protero-

Quanto aos quartzítos e metal;on-glomerados, foram considerados os queocorrem nas Serras das Queimadas. doChapéu e Umburana, englobando os muni-cípios de Equador. Parelhas. Carnaúba dosDantas e Currais Novos, e os da Serra doFeiticeiro, em Lajes

Quadro 87 - Recursos Económicos Estimados de MateriaisPara Construção Civil

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

6.7 Matérias-Primas ClarificantesAbsorventes e Filtrantes

oupalmente de São Rafael e Lafles, de densi-dades superiores a 4.30g/cml, foram bas-tante utilizadas em lamas de perfuração deoços para prospecção de petróleo e gásnatural. '

As matérias-primas para clarífi-cantes correspondem aos minerais comalta capacidade de absorção de partículas.bastante usados na clarificação de óleos.no processamento de bebidas, no refino doaçúcar. dentre outros. Entre os principaisclarificantes. inclui-se a diatomita. onde oRio Grande do Norte é um dos maioresprodutores nacionais

Como matérias-primas abrasivasintermediárias. de dureza entre 5,5 a 7.0(abrasivas são substâncias minerais usa-dos para moer, polir, desgastar ou limparoutros materiais por abrasão e/ou impactosem ação química), foram identificadasocorrências de calcedõnias. em lpanguaçú.Os materiais filtrantes são utiliza-

dos para remover sólidos suspensos emmeios líquidos. Para filtragem mais finautiliza-se em diversos processos industriais(?cimentos. metalurgia. química. etc.) adiatomita como meio filtrante. Grande partede diatomita produzida no Rio Grande doNorte atende às indústrias química, farma-cêutica, de açúcar. de bebidas. e outras.Áreas de potenciais minerais de matérías-pnmas para clarificantes ou absorventes efiltrantes podem ser visualizadas na Figura18. Os recursos económicos estimadospara a diatomita. são da ordem de 16 mi-lhões de toneladas.

Entre os minerais para pigmentos(usados para atribuir cor a 'produtos indus-triais. como tintas, papel. etc.), são utiliza-dos os depósitos de rublo e ilmenita daregião de Marataca/Pb, que corresponde àcontinuidade dos depósitos de rublo e ilme-níta de Guajú. em Baía Formosa. municípiolimitrofecom a Paraíba. ' ' ' '

As gemas foram também aborda-

6.8 Outras Matérias-Primas As rochas ornamentais não con-templadas neste relatório. ocorrem comrelativa abundância no Rio Grande doNorte. As principais rochas requeridas parauso ornamental no Estado, são os mármo-res, granitos, dioritos. gabros. ortognaissese migmatitos, quartzitos. metaconglomera-dos e calcários/travertinos

Como outras matérias-primas, po-dem ser assinaladas ocorrências de mine-rais e rochas industriais com aplicaçõesdiversas das anteriormente referidas. em-bora ocorram em áreas de potenciais mine-rais restritos.

Como matérias-primas refratárias(usados para suportar altas temperaturas.acima de 1430'C). foram identificadas doisdepósitos de argilas cauliníticas sílico-aluminosas, em Maxaranguape e Parnami-rim. respectivamente

O panorama global das reservasmedidas até 1996. são mostradas adiante:calcário sedimentar - 128.137 de m31 gra-nito - 44 milhões de m31 mármore -- 76.339de3 m'l metaconglomerado - 28 milhões dem' e ortognaisse - 207.958 de m3. Até o

presente momento. ainda não foi outorgadapelo DNPM. nenhuma portaria de lavrapara explotação de rochas ornamentais noEstado.

Como matérias-primas refratáriasbásicas os dolomitos sedimentar e meta-mórfico têm perspectivas de usos pararefratários de dolomita, mas não foramcaracterizadas para tal finalidade. e issopode abrir novas chances de utilizaçõespara estas rochas.

O Estado detém atualmente em-presas beneficiadoras de rochas orna-mentais envolvendo as seguintes etapasprodutivas: bloco bruto, chapa serradachapa polida e produto acabado. que cons-tituem unidades não integradasComo matérias-primas para apoiar

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Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

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Minerais Industriais do Estado do Río Grande do Norte

Conclusões

Os resultados alcançados na ela-boração deste documento. proporcionaramuma visão do universo dos minerais e ro-chas industriais existentes e mais repre-sentativos do Estado do Rio Grande doNorte. possibilitando a determinação desuas características geológicas e tecnoló-gicas e de áreas de potenciais mineraisque se adequam como indicativos prelimi-nares e orientativos para futuras oportuni-dades de investimentos

Estado. onde o Rio Grande do Norte é omaior produtor nacional e com os resíduosresultantes da sua produção, as águas-maes, com alto conteúdo de magnésiopotássio e sódio. constituem importanteslnsumos minerais que assegurarão no futu-ro proxima, na região de Macau. a implan-tação do Pólo Gás-Sal. atualmente em fasede maturação

Os calcários e dolomitos. sedi-mentares e metamórficos, de usos já con-sagrados. são principalmente utilizados emcimento. cal, corretivo de solos e comorochas ornamentais. e também constituemimportantes insumos minerais como garan-tia de suprimento para o Pólo Gás-Sal.

Como novas contribuições, o pro-jeto apresenta uma série de novas e im-portantes descobertas. Dentre elas. assi-nalamos as argilas cauliníticas quaternáriasde depósitos aluvionares e lacustres. osargilitos dolomíticos associados aos depó-sitos sedimentares da seqüência argilo-gipsífera cretácica de Dix-Sept Rosado. asmangas dolomíticas associadas aos bancosde calcários cretácicos da região de Mos-soro e as areias quartzosas dos depósitosde coberturas arenosas fanerozóica e pro-terozóica, e em segundo plano, os caulinsde alteração superficial, todas jó referidasem detalhe anteriormente

As areias quartzosas aluvionares ede coberturas arenosas. são consideradasimportantes. As aluvionares são intensa-mente utilizadas na indústria da construçãocivil, distribuindo-se. principalmente, pelasplanícies aluviais dos cursos médios a infe-riores dos Rios Açú, Apodo, Carmo. Paraú.Potengí, Trairí, dentre outros. As areiasquartzosas das coberturas arenosas ceno-zóicas. mesozóicas e proterozóicas. sebeneficiadas, podem ter usos mais nobres.como para o suprimento de sílica destinadoao Pólo Gás-Sal. às indústrias de vidro. defundição. dentre outras

A seguir. apresenta-se uma síntesedos principais resultados conclusivos

O sal marinho é. atualmente. umdos principais bens minerais produzidos no

136

Minerais industriais do Estado do Ria Grande do Nade

Almeja-se há bastante tempo oaproveitamento integrado do calcário, dosal marinho e da areia quartzosa das co-berturas arenosas desta região. considera-dos como insumos minerais importantes eabundantes, garantia de suprimento para afabricação da barrilha, considerada comocarro-chefe da implantação do Pólo Gás-Sal, ao lado da produção de vidros planos.metassilicato de sódio, soda/potassa cloro,irão aumentar sensivelmente a demanda

por estes bens minerais. havendo umaprevisão de consumo projetado de 677.075t/ano de sal marinho. 430.700 t/ano decalcário e 1 20.450 t/ano de sílica.

pectativa de demanda crescente para estestipos de argilas e margas encontradas noEstado.

As baratas são, principalmente, uti-lizadas como lama de perfuração e na in-dústria química. As brutas são principal-mente provenientes de granitos e de calcá-rios sedimentares. e menos frequente-mente de ortognaisses. sendo empregadasna construção civil.

As diatomitas que se distribuemnas zonas do Litoral Norte e Oriental, cons-tituem outro importante bem mineral produ-zido no Estado. O Rio Grande do Norte éum dos maiores produtores nacionais dediatomita beneficiada. Têm sido utilizadascomo agentes de filtração e isolante, e. emsegundo plano, como carga industrial. Ain-da há muita importação de diatomita decor-rente da falta de controle de qualidade donosso produto, inferior ao produto importa-do

As argilas com características tec-nológicas para usos em cerâmica verme-lha. distribuem-se. principalmente. pelasplanícies aluviais dos cursos médios e infe-riores dos Rios Açú. Apodo e Potengí, naszonas do Litoral Oriental e Mossoroense.

As argilas com caraterísticas tec-nológicas para usos prováveis em cerâmicabranca, já conhecidas nos Rios Baldun eCata e no Riacho Taborda, foram identifi-cadas em outras áreas da zona do LitoralOriental. distribuindo-se pelas planíciesaluviais dos cursos médios a inferiores dosRios Cata. Ceará-Mirim (margem direita),Maxaranguape e Mudo e pelos depósitoslacustres associadas com diatomitas. Nestecaso. é possível aproveitar a argila cauliní-tíca. como subproduto da diatomita.

Dentre os minerais de pegmatitosdestacam-se o caulim, o feldspato, o quart-zo e a mica.O caulim já é consideradocomo de uso consagrado na indústria naci-onal. para cerâmica branca e de revesti-mento e como cobertura para papel. Mere-ce ser salientado o caulim sedimentar deMacaíba. de uso recomendado para cerâ-mica branca, cobertura e carga de papel.Como localiza-se numa área de zonea-mento ambiental a sua exploração ficacomprometidaOs argilitos dolomíticos identifica-

dos nas seqüências litológicas das minasantigas de gipsita. em Dix-Sept Rosado, nazona Mossoroense, associados a mangas.siltitos e calcários da Formação Jandaíra.do Grupo Apodi. são também de usos pro-váveis para cerâmica branca.

O feldspato. a exemplo do caulim.ê também de uso çon6agrado na indústrianacional para cerâmica branca e de reves-timento e para a indústria de vidro, emrazão dos baixos teores de ferro e altosteores de álcalis. Merece ser consideradoque os feldspatos associados a pegmatitosencaixados em quartzitos e metaconglome-rados. detêm teores mais baixos ou sãoisentos de elementos contaminantes, prin-

cipalmente Fe203 e Tios. podendo ter usosmais nobres que os feldspatos associadosa pegmatitos encaixados em xistos egnaisses. Os setores industriais que con-somem feldspato têm boas perspectivas decrescimento a médio prazo, abrindo. por-tanto. uma oportunidade para os investido-

As margas dolomíticas identifica-dos ao sul de Mossoró. margeando os riosApodo e do Carmo, na zona Mossoroense.associadas a bancos de calcários da For-mação Jandaíra. do Grupo Apodo. são tam-bém de usos prováveis para cerâmicabranca

A atração de investimentos paraimplantação do setor de cerâmica brancano Estado. representa, também, uma ex-

137

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

res se prepararem para atender ao merca-do com controle de qualidade da matéria-prima e regularidade no fornecimento. Aestimativa do consumo nacional em 1997foi de 266.940t. havendo uma projeçãoconservadora para dobrar este número nospróximos dez anos. O crescente interesseno desenvolvimento da fabricação de por-celanatos no país tende a ampliar aindamais as necessidades de oferta defeldspato.

A gipsita de Dix-Sept Rosado pode-rá ser viabilizada no futuro, caso os argilitosdolomíticos venham a ser explorados paraaproveitamento na cerâmica branca e derevestimento. Existem prognósticos doprolongamento da mineralização evaporíti-ca para ENE, ampliando as chances futu-ras de exploração.

Os ambientes geológicos onde sedistribuem estes minerais e rochas indus-triais correspondem aos domínios repre-sentados por depósitos aluvionares. deplanícies, de lagoas e de praias. rochassedimentares do Grupo Barreiras e daFormação Serra do Marfins. rochas vulcâ-nicas dos magmatismo Macau e Serra doCuó, rochas sedimentares do Grupo Apododa Bacia Sedimentar do Apodo, rochasgraníticas e granitóides brasilianos. metas-sedimentos do Grupo Seridó e ortognais-ses e augen-gnaisses do Complexo Gnáis-sico-Migmatítico. As principais característi-cas destes ambientes geológicos. estãodescritos resumidamente no Capítulo 4.

O quartzo dos pegmatitos pode terusos mais nobresl apresenta volume equalidade suficientes para a produção desilício metálico e de ligas de ferro-silício.

A mica, principalmente muscovita.é bastante utilizada como isolante. em lamade perfuração e na construção civil. Hánecessidade do desenvolvimento de novosestudos visando aplicações mais nobres demica. como cargas de polímeros e comoreforço em compostos de resinas termo-plásticas e de matrizes Inorgânicas.

Os talco xistos são de usos reco-mendados para cerâmica vermelha e bran-ca. Usos mais nobres. principalmente otalco xisto de Lages, dependem de tecno-logias de beneficiamento para minimizar asimpurezas dos elementos contaminantespresentes. principalmente do óxido de fer-ro

As indicações em mapas de áreasde potenciais minerais foram destacadasem função do significativo grau de pros-pectividade para depósitos de pequeno agrande porte e dos diferentes produtosminerais nelas identificados, relacionando-se cerca de oito segmentos industriais:cerãmlcosl cimento. cal e agriculturas vidroscargas mineraisl indústria químicas cons-trução cívíll clarificante e filtranteEm segundo plano, destacam $e

ambligonita. espodumênio. quartzitos ricosem sílica, argila refratária, mármore ónix evermiculita. e com poucas possibilidadesde aproveitamento, calcedónia. celestita.

fluorita, granada, gipsita. ilmenita. rutílo.zirconita, rochas fosfáticas e outros

Foram realizadas estimativas derecursos económicos com base em evidên-cias geológicas dos minerais e rochas in-dustriais considerados mais importantesprincipalmente relacionados com os seg-mentos industriais referidos. conforme podeser visualizado no Quadro 88

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Minerais industriais da Estado do Rio Grande do Nade

Quadro 88 - Recursos Económicos Estimados dos PrincipaisMinerais e Rochas Industriais

o) 218.400 m 947.000 m 400.000* Reserva conhecida ND -- Não determinado Menorque (<)

139

Substânciamineral

Recursoseconómicos

x 10'ton.  Areia quartzosa 6.727  Argila comum 49  Argila caulinítica 6  Argilito dolomítico 165  Barita <l (1)  Calcário sedimentar 91.000

Calcário metamórfico 260

Caulim primário <l (z)

Caulim sedimentar 32*

Diatomita 16

Dolomito sedimentar 13.500

Espodumênio ND

Feldspato <l (3)

Gipsita 47

 Granito Inesgotável

  Marga dolomítica 10

  Mica ND

  Quartzo 2

  Quartz ito/Metaconglomerad o 15.001

  Rublo/l Imenita/Zirconita 31*

  Sal marinho/Aguas-mães Inesgotável

  Talco 2

  Vermiculita ND

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Recomendações

Considerando os resultados con-clusivos expostos anteriormente e em con-sonância com o grau das informações as-sinaladas neste documento para os princi-pais minerais e rochas industriais descritos.é recomendável a execução de estudos demaior detalhe para os seguintes depósitos:

6) depósitos sedimentares de caulimassociados aos sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras (Tércío-Quaternário) e da Formação Serrado Martins (Terciário)l

7) depósitos de argilas residuais resul-tantes da lexiviação e alteração deolivina-basaltos do magmatismo Ser-ra do Cuó (Cretáceo);

1 ) depósitos de areias quartzosas dascoberturas arenosas cenozóicas.mesozóicas e proterozóicasl

2)

3)

depósitos de planícies aluviais re.centes de argilas cauliníticasl

8) depósitos sedimentares de barataassociados aos sedimentos do Gru-po Apodo (Cretáceo)

depósitos lacustres recentes de ar-gilas cauliníticas associadas com di.atomitasl

9) depósitos filoneanos de barita asso-ciados a veios de quartzo (hidroter-mal) em zonas de cisalhamentos.encaixados em metassedimentos doGrupo Seridó(Neoproterozóíco) eem ortognaisses do ComplexoGnáissico-Mígmatítico(Paleoprote-rozóico/Arqueano)l

4) depósitos sedimentares de argilitosdolomíticos e de níveis de gipsita in-tercalados numa seqüência de dolo-mitos, margas e calcários da Forma-ção Jandaíra, do Grupo Apodo(Cre-táceo); 10) depósitos de talco e de vermiculita

associados aos corpos bási-cos/ultrabásicos encaixados emmetassedimentos do Grupo Seridó(Neoproterozóico);

5) depósitos sedimentares de marcasdolomíticas intercalados com calcári-

os da Formação Jandaíra. do GrupoApodi (Cretáceo);

140

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

l l ) depósitos de calcários e dolomitosassociados aos metassedimentos do

Grupo Seridó(Neoproterozóico)l

Da necessidade de implementaçãode apoio tecnológico ao desenvolvimentode estudos e pesquisas em depósitos mi-nerais com potencialidade económica, ob-jetivando otimizar o aproveitamento desubprodutos e minimizar perdas das impu-rezas. caso por exemplo, dos depósitosdas argilas cauliníticas associadas às dia-tomitas. das areias quartzosas das cobertu-ras arenosas e dos talco xistos. e outros,para torna-los competitivos no mercado ecom possibilidades de atração de novasindústrias

12) depósitos de calcários e dolomitosda Formação Jandaíra do GrupoApodo (Cretáceo).

Considerando que para comple-mentar este trabalho, faz-se necessáriopesquisar a indústria de transformação notocante a utilização de insumos minerais, érecomendável que seja realizado um estu-do de mercado de abrangência regional,nacional e internacional para otimizar oaproveitamento dos minerais e rochas in-dustriais do Estado. abordando parâmetroscapazes de identificar o perfil da demandae oferta para cada um dos bens mineraisenfocados.

Considera-se de suma importânciaotimizar a divulgação das potencialidadesminerais do Estado. numa parceria entre oGoverno Estadual com o empresariado dosetor mineral local, como por exemplo.publicar um resumo desse relatório emforma de sumário executivo ou reproduzi-loem CD.

141

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149

Minerais Industriais da Estado do Ria Grande do Norte

Documentação Fotográfica

150

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Foto l Lavra de argila de depósito de planície aluvionar do rio Apodi, de uso em cerâmicavermelha. Panela do Amaro - Mossoró.

Foto 2 - Depósito lacustre de diatomita e argila caulínica. Lagoa do Jaburú - Maxaranguape

151

Minerais Industriais do Estada do Rio Grande do Noite

Foto 3 Seqüência de argilitos esverdeados e avermelhados, siltitos e dolomitos comníveis de gipsita intercalados em calcários da Formação Jandaíra - Grupo ApodoMina abandonada de gipsita de São Fernando - Dix Sept Rosado

Foto 4 Seqüência de argilitosgipsita intercalados em calcários da Formação Jandaíra - Grupo Apodi

152

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Foto 5 Depósito hidrotermal filoneano de barita, encaixado em quartzito da FormaçãoEquador. Grupo Seridó. Trata-se de um dos mais importantes garimpos de baritado RN. Encontra-se paralisado. Cipó - São Rafael.

) de caulim, em atividade, intercaladoem biotita xisto da Formação Seridó, Grupo Seridó. Serra do Forte -Carnaúba dos Dantas.

153

e Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Norte

Foto 7 Depósito pegmatítico (ti

concentrações de .grandes cristais de feldspato. Este pegmatito ocorre em baixio (ésub-aflorante) e intercala-se em ortognaisses do Complexo Gnáissico-Migmatítico.

g Tenente Ananias.

Foto 8 Bota-fora resultante da

principalmente, por uma grande quantidade de feldspato. que corresponde à porçãomaisclaradafotoTalhado.TenenteAnanias. ' '' '

154

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Foto 9 Marga dolomítica intercalada em bancos de calcários da Formação Jandaíra Grupo

Foto lO do rio Apodi; em atividade

Passagem do Rio - Mossoró.

155

Minerais industriais do Estado do Rio Grande do Nade

Foto ll Depósito de areia quaMirim.

Foto 12 Depósito de talco-xistointercalado em gnaisses da Formação Jucurutu, Grupo Seridó.

Areia - Ouro Branco

156

Minerais Industriais do Estado do Rio Grande do Norte

ANEXO l

Listagem de Jazimentos de Minerais eRochas Industriais do Rio Grande do Norte

Abreviaturas Utilizadas na Listagem

af- anfibólioag - argilaam - amiantoamb - ambligonitana - anidritaas - asbestobe - berilocal-calcedõneacob - columbltacl- celestitaclo - cloritacm - caulimcp - calcopiritacs - cassiteritact- calcitadom - dolomita

ep - epidotoesp - espodumêniofd -feldspatofg -flogopitaga - granadagp - gipsitaml malaquitamt - magnetitaum - muscovita

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