introdução a bíblia
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Introdução:
Escrever sobre a Bíblia é, minimamente, uma tarefa
excitante, pois sendo considerada o maior “best-seller” do
mundo, ela se constitui no livro sagrado de três grandes
matrizes religiosas que são o judaísmo, o catolicismo e o
protestantismo.
Encontramos nas Sagradas Escrituras não só uma profissão
de fé, como também uma fonte histórica e sociológica
infindável, sem esquecer, de enfatizar o fato de ter sido o
primeiro livro impresso depois da grande descoberta de
Guttemberg.
Porém temos de refletir que em qualquer das religiões
citadas acima as Sagradas Escrituras “é em síntese, um conjunto
de livros canônicos que concentram em si, certa unidade,
descrevendo a Revelação Divina.”¹1
Introdução do Protestantismo:
Martinho Lutero, um padre alemão, deu início no século
XVI, na Europa Ocidental, a primeira e principal cisão no seio
da Igreja Católica. Seus questionamentos vieram à tona através
da publicação de suas 95 teses, que ele fixou na porta da
1 JESUS.Leandro Martins: A Formação da Bíblia ao longo dosséculos e a participação da Igreja Católica neste processo.
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Igreja de Wittemberg. Nelas ele protestava contra os abusos
cometidos pela Igreja Católica naquela época. Sua intenção, a
princípio, era apenas realizar algumas reformas dentro da
Instituição, mas elas não foram aceitas, o que resultou na
inevitável cisão entre as nascentes igrejas reformadas e a
Igreja Católica, já reformulada pela Contra-Reforma, gerada
pelo Concílio de Trento, quando os dogmas repudiados pelos
protestantes foram consolidados e retomados com mais ardor.
Assim, as igrejas que se sintonizavam com as inovações do
monge agostiniano Martinho Lutero tornaram-se integrantes da
Igreja Protestante. Esta expressão apareceu inicialmente como
um nome de teor pejorativo concedido aos príncipes eleitores e
às cidades alemãs que ousaram protestar publicamente contra o
Édito de Worms, de 1529, o qual condenava a crença e a
transmissão dos princípios de Lutero no espaço ocupado
pelo Sacro Império Romano-Germânico que ainda não tivera
contato com esta doutrina. Por outro lado, ele também permitia
que os seguidores da nova religião, em locais onde ela já se
disseminara, fossem punidos.
Os protestantes nada mais desejavam do que ver
o Cristianismo retornar à sua antiga pureza, despir-se de
preocupações excessivamente materiais, da pompa do clero, de
atos condenáveis, como o da venda de indulgências, ou seja, do
perdão divino, prática comum entre os eclesiásticos. Eles
também querem pôr fim à intercessão da Igreja e dos santos
na comunicação entre Deus e o Homem, que para eles deve ocorrer
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diretamente, sem intermediários. Outro princípio protestante
inicial foi chamado de “sacerdócio universal de fiéis”. Esse
princípio não significava que não deveria haver mais pastores,
nem significava que a hierarquia social deveria ser abolida. O
“sacerdócio dos fiéis” significava que todas as pessoas
possuíam acesso imediato a Deus. Que elas não precisavam da
mediação de um padre.
Lutero defendeu que cada pessoa tem o direito e a
obrigação de se preocupar com o que está certo ou errado em
matéria de fé. Leigos não deviam ser intimidados por aqueles
que essa tarefa é para especialistas. Lutero tinha interesse em
examinar a natureza da vida religiosa, talvez por ter sido
monge. Agora ele argumentava que qualquer trabalho honesto
feito a serviço de Deus é considerado como vida religiosa. Ele
também defendia que todas as vocações são iguais perante Deus.
O primeiro dos movimentos protestantes foi o luterano.
Começou quando o padre católico Martinho Lutero, em 1517,
pregou sua lista de 95 teses na porta de sua Igreja em
Wittenberg, Alemanha. Lutero baseou-se em sua experiência para
criar uma nova compreensão da fé. Insistia que humanos são
incapazes de serem virtuosos sozinhos. E que a retidão vem
unicamente de Deus com o perdão dos pecados.
No culto, Lutero manteve mais elementos da missa católica
tradicional do que os outros grupos protestantes. Mas a
doutrina católica da transubstanciação, segundo a qual durante
a comunhão, o vinho e o pão literalmente tornam-se o corpo e o
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sangue de Cristo foi substituída por Lutero pela doutrina da
“presença real”. Ele baseou sua doutrina na declaração de Jesus
na Última Ceia quando Ele quebrou o pão e disse: “Este é meu
corpo”. Lutero manteve dois sacramentos, o do batismo e o da
comunhão.
Os protestantes defendem a crença de que a única
autoridade a ser seguida é a Palavra de Deus, presente na
Bíblia Sagrada. Desta forma, através da ação do Espírito Santo,
os cristãos, ao lerem a Bíblia, têm uma maior harmonia com
Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a
Bíblia foi traduzida para diversas línguas e distribuída sem
restrições para as pessoas.
“Duas coisas ocupam o cerne da tradição protestante: uma
é a autoridade da escritura. Esse antigo conjunto de escritos
esclarece o modo de vermos o mundo. O segundo tema no âmago e
cerne do movimento protestante tem sido a convicção de que nós
somos perdoados, embora sejamos imperdoáveis Que não precisamos
merecer nossa salvação. Ela nos é dada de graça, como um dom.
Temos a liberdade de ser o que somos.” (Brooks Holifield –
Professor of Church History, Emory University).¹1
A Bíblia:
O termo Bíblia vem do latim “biblion” que significa livro.
Foi escrita num período de tempo aproximadamente de 1.600 anos,1 http://www.cacp.org.br/category/diversos-2/historia-geral/
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pois é contado, o período inter bíblico, e por mais de quarenta
autores diferentes.
Ela é composta de duas partes: Antigo Testamento (AT) e
Novo Testamento (NT). Também chamados por alguns de 1º
Testamento e 2º Testamento. Ambos divididos em livros.
O Antigo Testamento versa sobre o tema do pacto de Deus
com os homens, indo de Gênesis até os livros proféticos. E o NT
traz a história de Jesus Cristo contada pelos seus discípulos
terminando com o Apocalipse.
O Novo Testamento é aceito pelo catolicismo e o
protestantismo de forma igualitária, ambos com o mesmo número
de livros, isto é, 27 livros, para o judaísmo não conta, pois
eles não têm a matriz cristã. O mesmo não acontece com o Antigo
Testamento, este varia conforme o seguimento religioso.
O Antigo Testamento na Bíblia Católica tem sete livros a
mais que a Bíblia dos Cristãos Protestantes tem apenas 39
livros, enquanto a Igreja Católica aceita 46 livros. Este
corresponde à Bíblia Judaica. Entretanto entre os Judeus também
há divergência acerca dos livros que compõem a Bíblia. Já dois
séculos e meio antes de Jesus Cristo, existiam duas listas
diferentes dos livros da Bíblia Judaica: uma em hebraico e
outra em grego.
Inicialmente, a Bíblica Judaica só existia em hebraico.
Mas depois do exílio na Babilônia, muitos judeus viviam fora de
Israel, exilados ou porque emigraram, e, por esse fato,
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perderam o domínio da língua, acarretando dificuldade de ter
acesso ao texto bíblico escrito em hebraico.
Surgiu então a necessidade de traduzir a Bíblia do
hebraico para o grego. Essa tradução ocorreu em Alexandria, por
volta de 250 a.C., contando com escribas hebreus. Esta
tradução ficou conhecida como Alexandrina, LXX (Setenta) ou
Septuaginta, pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das
doze tribos) trabalharam nela e, segundo a história, teriam
completado a tradução em setenta e dois dias.
A Septuaginta contém 53 livros. Apresenta os 39 livros da
Bíblia Hebraica, mais 14 livros escritos fora de Israel. Ou
seja, na tradução para o grego, foram adicionados alguns livros
que eram mais recentes. Os tradutores entenderam que alguns
livros escritos fora de Israel também faziam parte da história
do povo de Deus e por isso também eram inspirados por Deus.
Os judeus que moravam em Israel não gostaram dessa
tradução, mantendo-se com a versão hebraica dos 39 livros,
enquanto os outros adotaram a Septuagenta para o uso litúrgico
e estudo.
No ano 87 da Era Cristã, os judeus de Israel, no Concílio
de Jamnia, definiram de uma vez por todas que para eles a
verdadeira Bíblia era a Hebraica. Os rabinos do Sínodo de
Jâmnia utilizaram os critérios abaixo para consideraram como
inspirados
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e que, por isso, formam o cânon da Bíblia Hebraica, somente os
livros que:¹1
antigos que tivessem sido escritos até Esdras e Neemias
redigidos em língua sagrada, isto é, o hebraico
originados e compostos na Palestina e não em terras
estrangeiras
que estivessem de acordo com a Lei de Moisés.
O Papa Dâmaso I, no século IV, solicitou uma tradução em
latim para Sofrônio Eusébio Jerônimo para traduzir a Bíblia
para o latim. Essa tradução ficou conhecida como “Vulgata”.
A Vulgata traz ao todo 73 livros. O antigo Testamento traz
46 livros e o Segundo Testamento, 27 livros. Ou seja, a Vulgata
corresponde à Bíblia que é aceita pela Igreja Católica até
hoje.
Aos sete livros que não estavam na Bíblia Hebraica foi
dado o nome de “Deuterocanônicos”, cujo significado é livros da
segunda lista e os outros 39 livros são denominados
Protocanônicos (pertencentes ao primeiro cânon) O
s
A Bíblica Católica foi reconhecida nos seguintes
concílios: Roma (382dC.), Hipona (393dC.),Cartago III (397dC.),
Cartago IV (417dC.), Niceia II (787dC.) e Concílio de Florença
(1442dC.).
Quando da reforma protestante, Martinho Lutero questionou
o caráter canônico dos Livros Deuterocanônicos. Em virtude
1 A Bíblia através dos séculos: uma introdução
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desse fato, a tradução feita para o alemão do AT, foi da versão
hebraica, e os sete livros entraram com livros apócrifos, o que
quer dizer não inspirados.
Portanto, o conteúdo do cânon protestante do Antigo
Testamento (composto pelos trinta e nove livros relacionados a
baixo) é exatamente igual ao cânon hebraico massorético,
modificando somente a organização destes livros.
Para a Bíblia Hebraica os livros são separados formando
um total de 24 livros na seguinte estrutura:
1. Torá (Lei): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
2. Profetas (Neviim): Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías,
Jeremias, Ezequiel, Os 12 Profetas
3. Escritos (Kethuvim): Salmos, Provérbios, Jó, Cantares (ou
Cânticos dos Cânticos), Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester,
Daniel, Esdras-Neemias, Crônicas.
Na Bíblia Cristã os livros serão os seguintes:
Livros narrativos: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel,
1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias e
Ester.
Livros poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e
Cântico dos Cânticos.
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Livros proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações,
Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas,
Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
A Bíblia Cristã:
Antigo Testamento
A partir desse momento seguiremos esta Bíblia que será o
norte desse trabalho. Começaremos pela divisão do AT, que
permitirá uma melhor estruturação e exposição do mesmo.
Falaremos um pouco de cada livro de ambos os testamentos a fim
de explicações sobre as Sagradas Escrituras.
Começaremos pelo Pentateuco, que se trata do conjunto dos
cinco primeiros livros bíblicos, sendo estes, Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio.
1) Gênesis: É o início do mundo, sua criação, a constituição
e a identidade do povo de Deus. Nesse momento, tem o
“começo” dos patriarcas hebreus. É o aparecimento de
Abraão constituindo-se como a semente, ou melhor, a gênese
de tudo.
2) Êxodo: Versa sobre a saída do povo de Israel do Egito sob
o grande comando de Moisés. É a reafirmação da promessa
que tinha sido feita anteriormente, sendo, que agora,
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tomava a forma de uma aliança. É muito importante citar
que é o momento no qual começa a surgir as “novas” leis
com os Dez Mandamentos e outras. O Deus dos patriarcas
seria o Deus de Israel, o Deus desse povo, mas para isso,
a aliança teria de ser cumprida.
3) Levítico: Trata-se de um livro teocrático, de caráter
legislativo. Podemos encontrar um longo discurso de Deus
para Moisés determinando as regras de convivência.
4) Números: É um livro de interesse histórico que pode ser
dividido em 3 partes: o recenciamento do povo de Sinai,
jornada de Sinai até Moab e eventos em Moab antes da
travessia do Jordão. Ao fim do livro, Moisés está com seu
povo nas portas de Canaã.
5) Deuteronômios: Aqui ocorrem os discursos de Moisés com
Deus. Pode-se dizer que seria uma repetição da Lei. O cere
deste livro é a felicidade do povo de Israel desde que aja
a obediência as Leis de Deus.
Primeiros Profetas ou Profetas Anteriores: Tem como ponto
central a história do povo judeu desde a conquista da terra
até o exílio na Babilônia.
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1) Josué: Revela a entrada e a conquista de Canaã. Tem-se a
renovação da aliança com Deus por parte de Josué.
2) Juízes: Presença das dualidades de obediência/presença de
bênçãos e desobediência/ castigos, também, guerra e paz.
3) 1Samuel: Surgimento da monarquia para o fortalecimento do
povo de Israel. Saul foi o primeiro monarca sendo seguido
por Davi.
4) 2Samuel: Subida de Davi ao poder criando uma Jerusalém
forte tanto do ponto de vista econômico quanto religioso.
5) 1Reis: Presença do período monárquico de Salomão. Época de
opulência econômica e muitas alianças religiosas, a
dualidade está presente neste período, pois da mesma forma
que consagra o templo, torna-se um idólotra.
6) 2Reis: O fim da independência politica. Nesse livro vê-se
a situação que se encontrava Israel em presença do
crescimento assírio.
Profetas Posteriores: É possível nestes textos encontrarmos um
enquadramento histórico.
1) Amós: Ele tem como missão a denúncia dos abusos sociais do
reino do Norte. Historicamente é um período próspero na
economia de Israel. Ele tem a crítica como a solução para
acabar com o abuso financeiro nas mãos de poucos.
2) Oséias: Teve a função de anunciar a idolatria do povo e a
consequente destruição de Israel quando casou-se com uma
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prostituta e teve seus filhos mostra que se é amado por
Deus em qualquer circunstância .
3) Isaías: Seu livro é formado por mensagens pregadas em
muitas décadas. Ele criticava as alianças com
estrangeiros. Mostrava que a nação necessitava era da
aliança com Deus. Arrependimento e perdão é uma constante
nas suas mensagens.
4) Miqueias : Ele pregou contra as injustiças de Jerusalém e
também sobre a opressão e riqueza.
5) Sofônias: Esse veio criticando a idolatria a união aos
costumes religiosos com não judeus e a incredulidade sobre
a ira de Deus. O tema destacado por ele foi a justiça.
6) Jeremias: Foi o profeta que se ouviu nos últimos anos de
Judá antes do exílio. Seu livro mostra o que poderia
salvar o povo antes da destruição que se aproximava.
7) Naum: Este profeta tem como tema a soberania de Deus sobre
as nações.
8) Habacuque: Vivia em torno do temploe e suas mensagens eram
cúltuas e litúrgicos. No seu livro apresenta uma conversa
dele com Deus na forma de lamentos, orações ou hinos.
9) Ezequiel: Ele crê no Deus de bondade e amor ao mesmo tempo
o Senhor todo poderoso. Ele conseguiu visualizar o motivo
da destruição de Israe,l foi a desobediência a Sagrada
Aliança.
10) Obadias: Tinha como obra reestruturar a esperança. No
seu livro existem dois pilares: acusação contra os
edomitas e a esperança para o povo de Deus.
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11) Ageu: Com ele o povo de Deus olhou o exílio como se
fosse um castigo para desobediência .
12) Zacarias: Prega sobre a reconstrução do templo,
entretanto a esperança messiânica já esta presente.
13) Malaquias: Ele trouxe uma mensagem para a obediência
à Lei como condição da restauração.
14) Joel: Não aceitava a relação de Israel com nações
estrangeiras. Fala do dia do juízo final e a proteção para
o povo de Deus.
15) Jonas: Ao invés de pregações ele registra a vivência
de um profeta. Também anuncia a bondade divina para todos
os povos, mostrando assim a tolerância que deveria existir
na terra.
Salmos: Os salmos podem ser de vários tipos individuais ou
coletivos, de confissão, arrependimento, louvor e adoração.
Eles podem ser classificados em quatro categorias:
Louvor
Ação de Graças
Súplica
Sapienciais
Provérbios: Presença dos ditos populares muitos atribuídos a
Salomão. Eles eram regras e preceitos para o povo seguir.
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Jó: Sua função é para reflexão do sofrimento. O livro responde
com a sabedoria Divina.
Cinco Rolos: Possui três tipos de obras as quais podem ser
classificadas em poéticas, narrativas e proféticas.
1) Cântico dos Cânticos: é simplesmente um cântico de amor
entre dois namorados que o povo de Israel vê como hino de
amor a Deus.
2) Rute: Ele fala sobre relações internacionais era possível
desde que a crença no Senhor não fosse esquecida.
3) Lamentações: Pode ser visto como o choro do povo de Israel
pela destruição de Jerusalém e do templo. Nesta obra vemos
um pedido por castigo contra aqueles que trouxeram a
destruição.
4) Eclesiastes: Demonstra a busca pelo sentido da vida,
mostrando que os que não seguem o Deus de Israel
permanecem num vazio.
5) Ester: Neste livro mostra que se a infidelidade a Deus foi
a causa do exílio, então a fé em Deus os salvaria dele.
Daniel: Presença de dois temas: o relacionamento entre judeus e
estrangeiros e a vitória do povo de Deus sob à Sua intervenção.
As expectativas e realizações do Reino de Deus não são mais na
terra.
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Esdras-Neemias e Crônicas: Seguem a mesma escola teológica. Os
temas abordados são o templo, o culto e a esperança messiânica.
Novo Testamento:
O Novo Testamento está integrado por 27 livros, divididos
em vários grupos ou coleções de escritos: Quatro Evangelhos e
Atos dos Apóstolos, Cartas de Paulo, Carta aos Hebreus, Cartas
Católicas ou Universais (Tiago, 1, 2Pedro, 1, 2, 3 João,
Judas) e Apocalipse. Trata-se de uma grande quantidade de
livros de diferentes gêneros literários.
A ordem acima referida é temática e pouco tem a ver com a
cronologia. De fato, o escrito mais antigo do Novo Testamento é
a Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses enquanto o
Evangelho de João foi um dos últimos escritos a aparecer. Tais
livros, portanto, estão organizadas segundo a temática e o
gênero literário.
Evangelho de Mateus: Vem com o propósito de provar aos judeus
que Jesus Cristo é o Messias prometido. Cita o Antigo
Testamento para mostrar como Jesus cumpriu as palavras dos
profetas judeus. Mateus descreve em detalhes a linhagem de
Jesus desde Davi descrevendo a sua linhagem, nascimento e
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início da vida de Cristo. Daí, o livro discute o ministério de
Jesus. Até a ressureição e a Grande Comissão.
Evangelho de Marcos: Parece ser direcionado aos crentes
romanos, particularmente os gentios. Marcos desejava que eles
tivessem uma narrativa biográfica de Jesus Cristo a fim de
fortalecer a sua fé diante da perseguição severa e ensinar-lhes
o que significava ser Seus discípulos. Este evangelho é único
porque ele enfatiza as ações de Jesus mais do que Seus
ensinamentos. Após a apresentação de Jesus no Seu batismo,
Jesus começou Seu ministério público na Galileia e chamou os
primeiros quatro de Seus doze discípulos. O que se segue é o
registro da vida, morte e ressurreição de Jesus.
Evangelho de Lucas: É a história de Lucas, da vida do Grande
Médico enfatizando o seu ministério e a compaixão para com a
população marginalizada de Israel. Neste livro vê-se a
genealogia de Cristo através de Maria. Os seguidores de Cristo
são incentivados a contar a dificuldade do discipulado. Por
fim, Jesus é traído, julgado, condenado e crucificado. Sua
ressurreição garante a sequência do seu ministério de salvar o
perdido.
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Evangelho de João: O seu livro é o mais teológico dos quatro
Evangelhos. Ele compartilha muito sobre o ministério futuro do
Espírito Santo após a ascensão de Jesus. Há certas palavras ou
frases que João frequentemente usa e que mostram os temas
repetitivos do seu Evangelho: acreditar, testemunha,
consolador, vida - morte, luz - escuridão, eu sou... (como em
Jesus é o "Eu Sou") e o amor.
Atos dos Apóstolos: O livro de Atos foi escrito para fornecer
uma história da igreja primitiva. A ênfase do livro é a
importância do dia de Pentecostes e o ser capacitado pelo
Espírito para sermos testemunhas eficazes de Jesus Cristo. O
livro esclarece mais sobre o dom do Espírito Santo, o qual
capacita, orienta, ensina e serve como Consolador. Atos
enfatiza a importância da obediência à Palavra de Deus e a
transformação que ocorre como resultado do conhecimento de
Cristo. Há também muitas referências daqueles que rejeitaram a
verdade que os discípulos pregavam em relação a Cristo. O livro
de Atos serve como uma transição da lei Antiga Aliança para a
da Nova Aliança.
Cartas de Paulo: As cartas desse apóstolo trouxe muito
conhecimento para o entendimento bíblico do Novo Testamento.
1Tessalonicenses: Ele se preocupa com a igreja recém-
formada. Demonstra que teme em deixar os recém-convertidos
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só, pois para ele a evangelização só estava completa
quando o fiel estivesse pronto a sofrer qualquer
perseguição e anda pregar a sua fé. Outro assunto que deve
ser destacado é que a grande fonte do cristianismo é a
ressureição de Cristo. “Estar onde Cristo estiver” é o
sinal de constante vigilância que ele transmite.
2Tessalonicenses: A escatologia é presente aqui, mas a
volta de Cristo já se torna um fato mais distante, não
será de imediato como dava a perceber na carta anterior.
Torna-.se um ponto de equilíbrio no retorno de Jesus.
1Coríntios: Igreja formada pelo próprio Paulo na qual os
seus membros eram, na sua maioria, gregos e romanos. Trata
de assuntos relacionados a própria Igreja como casamentos,
disciplina, a ceia. Por trás disso havia a grande
preocupação com a idolatria que era existente no local.
2Coríntios: A carta é mais apologética tendo dois temas
como sua base o ministério de Paulo e a segundo ponto é
sobre a obra de Deus. Mostra que Ele conhece seu filho
integralmente e que os saberes do Senhor não são iguais ao
do homem.
Gálatas: O texto é bastante polêmico, versa sobre os
líderes judeus que tentavam difundir as práticas judaicas
dentro da igreja enfraquecendo o ministério, ele os chama
de “falsos irmãos” levando, com isso, o pensamento do
judaísmo como idolatria para Paulo.
Romanos: Esta carta é, ao ver de autores, um tratado
teológico. Paulo justifica que a única salvação está em
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Deus, pois o homem é, desde sua essência, falho. Portanto
a única esperança é a bondade Divina.
Filipenses: Nesta, o aviso é sobre a sua prisão. Paulo
mostra como o filho de Deus se torna um estrangeiro em
qualquer lugar terreno, pois aqui, não é mais sua casa,
sua pátria é o reino dos céus. Pode-se avaliar que os
sofrimentos aqui acontecem pelo fato de estarmos entre as
duas vindas anunciadas pelo Mestre. Seria a preparação
para a salvação eterna.
Colossenses: A cosmologia cristológica e a cristologia
cósmica estão bem presentes. É a presença da dualidade Céu
e terra. O que é bom para o Alto não o é para a terra. O
uso das preposições nesta carta demonstra, claramente, a
soberania divina sobre todas as coisas.
Filemom: É o pedido do retorno do seu escravo Onésimo.
Sente-se a esperança de libertação de Paulo no escrito.
Ele, entretanto, diz que na realidade, está preso é em
Cristo e na propagação da Sua palavra.
Efésios: Nessa epístola encontraremos a visão da igreja
como um todo. O homem que não conhece Cristo é um morto e
necessita da ressureição. Cita que todos os santos já
foram assim e que foram salvos ao reconhecer as palavras
de Deus.
1Timóteo: Vem demonstrar o interesse pela estrutura da
igreja e as qualidades que um líder religioso deve ter
para pastorear o seu rebanho. Os presbíteros, epíscopos e
diáconos tem a obrigação de cuidar do ministério cristão.
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Tito: O pensamento central é falar sobre o ministro que
tem de ser dotado de um dom espiritual, que ao reconhecer
a sua vocação torna-se, então, reconhecido pela igreja.
2Timóteo: A carta testamental de Paulo. Mais uma vez fala
da crise interna do cristianismo pela ação de falsos
líderes que tentavam introduzir elementos estranhos à
evangelização.
Carta aos Hebreus: Foi escrita tendo a cristologia como seu
pano de fundo. Discorre sobre a figura de Jesus Cristo
mostrando-o como um Ser superior a tudo. Superior à Lei de
Moisés, maior que o sacerdócio judaico e maior que a morte.
Demonstra ainda a perfeição do seu sacrifício quando
comparado aos outros que eram oferecidos no templo.
Demonstrando a única salvação em Jesus.
Tiago: Tem semelhanças com o livro de Provérbios do Antigo
Testamento. Está relacionado com o comportamento e questões
éticas. Uma delas é a dicotomia riqueza e pobreza. Ele
mostra que nada da terra pertence ao homem, tudo é
propriedade divina, portanto não teria o motivo de haver
tanta ganância de posses.
1Pedro: Esta epístola fala de que o homem cristão é um
peregrino, pois sua morada é no Céu. Entretanto, prega pela
obediência Estatal, tendo em conta que o poder tem sua força
em Deus, sem a qual não poderia governar.
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2Pedro: Relata sobre a perseguição, a crise doutrinária e os
falsos líderes que incutem um ensinamento errôneo aos
cristãos. Para que isso não mais ocorra, os mesmos devem ser
descobertos e confrontados com o evangelho.
Cartas Joaninas: As três cartas tem de ser estudadas juntas
pelo fato de estarem interligadas. O conteúdo é apologético
de defesa a fé cristã. Os gnósticos eram os que causavam
maiores problemas por apresentarem a questão dual de corpo e
espírito. Tendo em visto que tudo que é material é ruim,
negativo e o espiritual é o bem, positivo, Jesus só poderia
ter vindo a terra em espírito. Porém, ainda há a preocupação
com os falsos membros.
Judas: Há similaridades entre esta carta e de 2Pedro, trata-
se dos falsos líderes que levavam as pessoas para a
apostasia abandonando a sua crença. O abandono da igreja em
função da perseguição.
Apocalipse: A palavra provém do grego que quer dizer
revelação. Escrito por João após as visões ele
conseguiu estruturar nesse livro. Sobre que revelação
ele fala? Jesus. As revelações são escritas de modo
simbológico devido ao momento histórico vivido em Roma
por parte dos cristãos.
A Revelação de Jesus Cristo foi dada a João por
Deus "para mostrar aos seus servos o que em breve há de
acontecer." Este livro é cheio de mistérios sobre
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coisas que virão. É o último aviso de que o mundo
certamente terminará e que o julgamento é certo. Nos
leva a ver a grande tribulação, com todas as suas
aflições, e do fogo final que todos os infiéis terão de
enfrentar pela eternidade.
Nesse texto Sagrado vemos a queda de Satanás e
todos os seus anjos, a luta do “bem” contra o “mal” e a
promessa da nova Jerusalém para os santos, puros e
tementes a Deus.
“O Apocalipse começa com cartas às sete igrejas da
Ásia Menor, revelando em seguida a série de devastações
derramadas sobre a terra; a marca da besta, "666"; a
decisiva batalha do Armagedom; o aprisionamento de
Satanás; o reino do Senhor, o julgamento do Grande
Trono Branco e a natureza da cidade eterna de Deus”1¹.
Traz-nos também a certeza que Ele virá de volta
para levar os merecedores para os Reinos dos Céus.
Conclusão:
Este trabalhado teve como finalidade uma pequena
introdução a Bíblia vista pela ótica protestante. Foi
um apanhado dos principais temas do Livro.
1 http://www.gotquestions.org/Portugues/Livro-de-Apocalipse.html
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Para finalizá-lo, nada melhor que a certeza que as
explicações dadas aqui são atemporais, pois em qualquer
fase ou época da vida iremos achar novas interpretações
para a Sagrada Palavra.
24
Bibliografia:
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introdução à história da Bíblia. Petrópolis: Vozes,
1996.
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de Entrada (Vol. 1) São Leopoldo: CEBI & Paulus, 2002.
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-D. A. Carson; MOO,J. Douglas; MORRIS, Leon. Introdução
ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1987.
- GEISLER, N.; NIX, W. Introdução Bíblica. Como a Bíblia Chegouaté nós. São Paulo: Vida, 1997.
- GOTTWALD, Norman K. Introdução socioliterária à Bíblia hebraica; São Paulo: Paulinas, 1988.
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