hemofilia apresentação
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INTRODUÇÃO
• As hemofilias são coagulopatias hereditárias.
• Há dificuldade da formação de fibrina.
• Podem ser hemofilia A ou B. • A incidência absoluta de 1 para cada 20 mil nascimentos.
INTRODUÇÃO• Doença hemorrágica recessiva ligada ao X.
• Sexo masculino: manifestações clínicas.
• Sexo feminino: portadoras de um gene mutante e geralmente são assintomáticas.
• 30% dos casos não há história familiar da doença. Nesses casos 80% das mães são portadoras do alelo mutante.
ETIOPATOGENIA• Gene anormal em Xq28 . • Formação deficiente da trombina a partir do fator Xa em virtude das deficiências dos fatores VIII ou IX, da via intrínseca da coagulação.
ETIOPATOGENIA• Gene da hemofilia A: 186 Kb e 26 exons.
• Formas severas e moderadas: o Mutações pontuaiso Substituição de nucleotídeoso Inserções e deleções de nucleotídeos.
ETIOPATOGENIA
• Formas severas: o Grandes rearranjos de DNA.o Deleções, inserções, translocações etc.
• Inversão de sequência do íntron 22: 40% dos casos de hemofilia A grave.
ETIOPATOGENIA
Figura: Heredograma demonstrando o padrão de herança da Hemofilia A. Fonte: (LORENZI, 2011)
ETIOPATOGENIA• Os níveis do FVIII em mulheres portadoras podem variar .
• A escolha da inativação dos cromossomos X se faz de modo aleatório.
• As portadoras do gene hemofílico (Xh) podem ser normais ou hemofílicas.
HEMOSTASIA• Hemostasia (haima, sangue +
stasis, parada): Mecanismo fisiológico para conter o sangue nos vasos quando há lesão.
1. vasoconstrição2.bloqueio temporário pelo
tampão plaquetário3.coagulação sanguínea
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
• Sequência de eventos de ativação de fatores enzimáticos (Fatores da coagulação)
• Objetivo: gerar trombina. • Trombina transforma fibrinogênio em fibrina: forma uma rede que estabiliza o tampão plaquetário.
• Tampões primários instáveis → tampões hemostáticos firmes e estáveis
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Classificação
Nível de fator(atividade do fator)
Características clínicas HA
Grave ≤1% Sangramentos espontâneos desde a infância
Hemartroses espontâneas frequentes
70%
Moderada 1-5% Hemorragia secundária a trauma pequeno
Hemartrose espontânea
15%
Leve 5-30% Hemorragia secundária a traumas e cirurgia
Raramente sangramento espontâneo
15%
Fonte: adaptada Clínica Médica FMUSP, 2009.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Manifestações hemorrágicas
• Articulações• Músculos• Tecidos moles• Associados a injeção IM e cirurgia
90%
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hemartrose• Origem: vasos sinoviais
• Hemorragia dentro da cavidade articular
• Variam de acordo com a idade Fonte:Clínica Médica FMUSP, 2009.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hemartrose• Sinais flogísticos: dor, rubor, calor
e edema.• Impotência funcional.• Posição antálgica do membro afetado-> flexão-> a pressão intra-articular.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hemorragias IM• 2ª causa mais comum
• Hematomas pequenos e superficiais sem muito significado clínico
• Podem progressivamente causando compressão de estruturas vitais.
Fonte:Clínica Médica FMUSP, 2009.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hematomas musculares• MM. da porção anterior do antebraço.• MM. Ilio-psoas, gêmeos e o quadríceps.
Fonte: Manual da World Federation of Hemophilia, 2005.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Hematúria
• Sangramento do TGI
• Sangramento intracraniano: cefaleia, vômitos e letargia
COMPLICAÇÕES DOHEMATOMA
• Pseudotumor hemofílico.
Verdadeiro: origem dentro do osso
Falso: coleção hemática em partes moles
Pseudotumor hemofílico de mandíbula. Fonte: Manual de reabilitação na hemofilia, MS, 2011.
COMPLICAÇÕES DOHEMATOMA
• Infecção do hematoma-> abscesso• Alterações funcionais• Lesões de nervos periféricos -> femoral
• Neurológicas (24 hs. após o início do hematoma)
Exames Laboratoriais• Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA)
• Tempo de sangramento (TS)
• Contagem de plaquetas
• Tempo de Protrombina (TP)
• Dosagem de fibrinogênio
TRATAMENTO
• Tratamento complexo e caro• Centros multiprofissionais• Profissionais capacitados• Terapêutica de Reposição
TERAPÊUTICA DE REPOSIÇÃO
• Escolha depende da gravidade da hemofilia e da sintomatologia
• Manutenção da Hemostasia (Fator VIII)– Sangramentos leves: 25 a 30%– Cirurgias de grande porte: 80%
• Transfusão de concentrados de plasmaCálculo da dose: (UI) de fator VIII = peso (kg) x Δ/2
DESMOPRESSINA
• DDAVP• Aumento do fator VIII• Eleva em até 2 a 3 vezes• Indicações: hemofilia A de leve a moderada
• Dose: 0,3 mcg/kg, diluída, infusão por 15 a 30 minutos
AGENTESANTIFIBRINOLÍTICOS
• EACA – ácido épsilon-aminocapróido
• Indicações: cirurgias região bucal
• Preservação de coágulos formados
• Contra indicados em hemorragia • internaEstrógeno e Progesterona•Doses elevadas•Indicação: menometrorragia
FATOR VIII RECOMBINANTE
• Obtenção: transfecção do gene humano normal em células de hamster
• Pró– Anula transmissão de doenças
• Contras: – Desenvolvimento de anticorpos contra suas moléculas
– Alto custo
TERAPIA GÊNICA• Introdução de sequência de DNA de um fator de coagulação normal em portadores de gene defeituoso.
• Experimental em animais• Vetores virais e não virais• Objetivo: tratamento da hemofilia grave
Platelet-targeted gene therapy with human factor III establishes
haemostasis in dogs with haemophilia A.
• “Terapia gênica com alvo em plaquetas com o fator III esabelece hemostasia em cães com hemofilia A”.
• David Wilcox
• Publicado em novembro de 2013- nature
ITGA2B (Integrina Alfa II-B) 17q21.32 (AAV)
Produção do Fator VIII
Du, L.M. et al. Platelet-targeted gene therapy with human factor VIIIestablishes haemostasis in dogs with haemophilia A. Nat. Commun. 4:2773 doi: 10.1038/ncomms3773 (2013).
Produção de IgG contra moléculas do fator VIII
em cerca de 30%
KITAZAWA, T. et al. A bispecific antibody to factors IXa and X restores factor VIII hemostatic activity in a hemophilia A model, Nature Medicine 18 , 1570–1574 (2012), Japão, 2012.
hBS23
Fator IX Fator X
Simula co-fator FVIII
•Alta biodisponibilidade subcutânea • Meia-vida de 2 semanas / 0,5 dias•Não induz formação de anticorpos
Tratamento alternativo para Hemartrose
• Artropatia hemofílica
• 10% Acesso aos fatores de coagulação
• Foi realizado um estudo observacional de uma coorte com 190 pacientes e 245 articulações submetidas a SR
THOMAS, S. Sinovectomia radioativa na sinovite crônica em hemofilia edoença de von Willebrand. / Sylvia Thomas. Dissertação (Mestrado em Clínica Médica) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-raduação de Clínica .Rio de Janeiro, 2009.
THOMAS, S. Sinovectomia radioativa na sinovite crônica em hemofilia e doença de von Willebrand. / Sylvia Thomas. Dissertação (Mestrado em Clínica Médica) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-raduação de Clínica .Rio de Janeiro, 2009.
19.8 hemartroses/ano 2,6 hemartroses em média no 1º e 2,2 hemartroses em média no 2º ano DOR
Redução nos sintomas de semanas a anos em alguns casos.
ANTES DEPOIS 25% INDOLOR 72% INDOLOR