gran proyector - ::: memoria de madrid :::

90
Ip i j ' Lea este intereaante reportaje en la página 34 Ayuntamiento de Madrid

Upload: khangminh22

Post on 24-Apr-2023

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

I pi j

' L e a e s t e i n t e r e a a n t e r e p o r ta je e n la p á g in a 3 4

Ayuntamiento de Madrid

C H I Q U I U N N . ° 1 ( P l e g a b l e t i j e r a )

R u e d a s a l v e o l a s d e 3 0 0 X 3 0

P r e c i o 2 1 0 p t a s .

8 1 0 ‘ 5 0 a l m e s

m e s e » d e c r é d i t e

El descanso y la tranquilidad para la madre

El reposo y la salud para el niño

jMADRES! Desde hoy, ya np más tener a vues­tros hijitos en brazos, en posturas inverosímiles, e incómodas, que provocan su llanto con la con­siguiente alteración de vuestros nervios, y al esposo que llega del trabajo ansioso de paz y descanso, le produce desazón encontrarse ante un cuadro tan lamentable, que en muchos casos, ha sido por desgracia, ¡la causa original de dis­cordias matrimoniales!Además, cuantas enfermedades de los niños, com o la desviación de la columna vertebral, provienen de no'saber llevarles en brazos, y de obligarles tercamente a ir rígidos, cuando la posición que necesitan es la horizontal.En el extranjero, el uso del cochecito para niños, no es ni mucho menos, privilegio de la gente adinerada, pues cualquier ciudadano, por mo­

desta que sea su condición social, sabe destinar unos céntimos diarios para ofre­cer este desahogo a su mujer y velar por el normal y sano desarrollo de su retoño.

Contrariamente en España han sido hasta hoy, pocos los niños que han tenido la fortuna de ser paseados en cochecito por parques y paseos, pro­vocando un suspiro a la humilde madre que se cruzaba a su paso, pensando que también quisiera AQUELLO para su nene,.,Pero desde este instante, ya está este simpático vehículo al alcance de todas las fortunas, pues gracias a nuestra ORGANIZACION (la más perfec­ta, en su género) hemos logrado poder satisfacer este antiguo deseo de las madres españolas, pro­porcionándoles por 10‘50 Ptas. al mes un soberbio cochecito, cómodamente estudiado, de fabricación inglesa, sólido, esbelto de líneas, de suspensión' suave, (acero puro templado) para conseguir la máxima comodidad del niño, y de un acabado tal, que solo una casa como CREDITO LOINAZ, S. A. contando con una clientela tan numerosa como selecta, es capaz de vender a estos precios sin competencia.

m e »

C H I Q U I U N N .* ’ 2

R u e d a s a l v e o l a s « le 3 0 0 X 3 0

P r e c i o

2 9 6 p t a s .

a 1 4 ‘ 8 0 a i m e s

B O L E T I N DE C O M P R AYo, «) «bajo firmado, declaro comprar « CRÉDITO LOINAZ, S. A., u d Coche ptra nlhoi muta CflK)IIIUII, Modelo N.* coofonne a tu descripcióo

y por el precio de ptai. a pUzoe d e ............... Rtaz. al mes qae me comprometo a peRar por vencimieatos mensaales. el pdmero de •“ • * "* MU . . .

HRMA

Ftás, a la recepción y los reatantes, de PUt. cada mea. hasta completa Uquldaclócse coasiderarA ésta en calidad de depósito ca poder d d comprador.Nombre y dos apellidos Dirección del empleo ...P tov la cU .......................................................... Bstacióa

dlefitras d o se haya satisfecho el Importe de la prenda

Edad. ProfesiónCalle ........................................................... Población

I Cuando la e x p ^ ic íá n 9C hace p or f . c . cargam os 6 P tas. por e l em balaje qu e s e cobran con e l p rim er plato.Al contado 10 de dacMato.

CREDITO S. LOINAZ, 3- A., Miguel Imaz, 5 - SAN SEBASTIANAyuntamiento de Madrid

pW e c w r

/

M O V I E M B R E 1 9 3 0

S U M A R I O

C i e n c i a y J u s t i c i a ...............................................................................................................................( E d i t o r i a l d e “G r a n P r o y e c M * . )

E l C u r i o s o C a s o d e U s P e r l a s J e A n d r e w s , p o r R e n a t a H a n l e y( T a m b i é n l a m u j e r p u e d e a c t u a r h r i l l a n t e m e n l e c o m o d e t e c t i v e . )

L a S u p e r v i v i e n t e d e u n D r a m a , p o r I f e h e P o l o ........................ j " " '.I( U n a e n t r e v i s t a c o n T e r e s i í a G u i t a r í . l a q u e f u e s e c u e s t r a d a p o r E n r i q u e t a M a r t i . /

P o r e l D o l l a r d e u n C h i n o ( 1 1 ) . p o r R o s W e l l B a i l e y . ......................................( .S i g u e , c a d a v e z m d s d e s c o n c e r t a n t e , e l m i s t e r i o d e l r o b o d e l a s p e r l a s . )

F o t o g r a l i a d e E s t e r R a l s t o n , e n L o v e a n d ....................................................................................................................

F o t o R r a l i a d e C h a r l e s B i c k f o r d , e n u n a i n t e r e s a n t e c a r a c t e r i z a c i ó n ..................................................................

F o t O R r a f ia d e l . o u i s W a l h e i m , e n C o n d e n a d o ..........................................................................................................................

F o t o R r a f í a d e O a r y C o o p e r , e n u i l a s u g e s t i v a a c t i t u d ...................................................................................................

E l H o m b r e q u e P a s ó a l a C u a r t a D i m e n s i ó n , p o r R o b e r t o S t r o m e • •( A l u c i n a n t e a l e g a t o d e u n p e r i o d i s t a i n j u s t a m e n t e c o n d e n a d o a m u e r t e . )

L a S a n t a H e r m a n d a d d e N t r a . S r a . d e C a r i d a d y P a r . p o r E n r i q u e M a r i n e r . . . . .( C ó m o f u n c i o n a l a t « s í i l « c i Ó H q u e a s i s t e a l o s c o n d e n a d o s a m u e r t e . )

L a s M u j e r e s D e l i n c u e n t e s , p o r S e g u n d o H o l m e s ......................( A s p e c t o s d e l a g e n t e d e l h a m p a . )

D e t e c t i v e a l a F u e r z a , p o r . A l f o n s o O r d ó ñ e z C a r i t o . . . .( U n a a v e n t u r a d e l a u t o r e n u n h o t e l d e V a l e n c i a . )

C a s o s y C o s a s ..............................................................................................( A l g o d e l o q u e s u c e d e e n t o d o e l m u n d o . )

A s e s in a t o d e M lle . E v e n e p o e l l y s u s d o s c r ia d a s . . . . . . . . . . - • • •( U n p r o c e s o d e B r u s e l a s e n g u e s e i m p u s i e r o n d o s p e n a s d e m u e r t e . )

H a z a ñ a s ¿ e l D e t e c t i v e T i m Y e s y é s , h i s t o r i e t a p o t M o r e n a ..................................................( V I . L a m i n a s o s p e c h o s a . )

D e d o s C r i m i n a l e s , p o r H o w a r d L . B a r l o w • • •,.• •••( U n o s e j e m p l o s q u e d e m u e s t r a n q u e l a d a c t i l o s c o p i a e s c i e n c i a e x a c t a . )

L a R e d a c i n e m a t o g r á f i c a ¡ ja s a d a e n ¡ a p e l í c u l a d e l m i s m o t í t u l o . )

D e l i t o s T r a g i c ó m i c o s , p o r D o n J u s t o .................................................................................................( C o m e n t a r i o s c ó m i c o s . )

L a L e y d e l T a l i ó n( C ó m o s e h a á p l i V a d o i a U r ' r i b i e i e v d e l O j o p o r o j o , d i e n t e p o r d i e n t e » . )

E l C r i m e n d e l M a r q u é s d e G a n g e s , p o r G .( U n a p d i i n a d e l a c o r r o m p i d a c o r t e a e L u i s A l v . )

D e l M u n d o d e l D e l i t o ...................... ...........................................................................................( F o t o g r a f í a s d e a c t u a l i d a d . )

E l H o m b r e d e l a L i t e r a N ú m e r o 1 0 . p o r M a r y R o b e r t s R i n e h a r t . ( N o v e l a e n ■-.U etín e n c u a d e m a b l e . )

N u e s t r o s C o n c u r s o s

E j e m p l a r s u e l t o . . . • l ‘ 3 i p e s e t a s

P O S SU IC K IP C IÓ N

EivaSai U n t ñ o . ■ • IS ptM . AMÍBIC4I Ufl aflo . . . 19 ptaa.O raoa Patata; Un afta . ZSptaa.

R E D A C C I Ó N

n p D t ic t í i , i i t - - i i u E O M i

A D M I N I S T R A C I Ó N

n p a ta c l íB , 211 . • m t k L O i ú

f i l T i r t i . 21 la p . • N 1 B B I 9

UBlBlilntiói tf I PotUcIdafl tn iiti liiUtiP U B L IC IT A S , S. A.O R Q A N I Z A C I Ó N M O D E R N A D B P U B L I C I D A D

B a a c i L O H a ; P l a t a C a t a l u f t a . 9 , I . "T e l í í o n o 1 6 4 0 6 . - A p a r t a d o 1 3 8

MaDaio; Gran Vía, 1 3 -------- AT e U l o n o 1 6 3 3 5 . - A p a r t a d o 9 1 1 - X

--------------------------------------- . - . - . r í i e í

Ayuntamiento de Madrid

p o r e s p e c i a l i s t a s e n e s t a c l a s e d e p r i m o r o s o t r a b a j o .

T o d a s l a s c o p a s t i e n e n a s i m i s m o e l Pie tallado, i o c u a l l e s d a m a y o r r i q u e z a y c o m o a d e m á s e l e s t i l o e s d e u n a e l e g a n c i a i r r e p r o c h a b l e y s u m a m e n t e m o d e r n o , h a c e q u e e l c o n j u n t o s e a d e u n a d i s t i n c i ó n c a p a z d e s a t i s f a c e r e l g u s t o d e l m á s e x i g e n t e .

E s t e n u e v o j u e g o d e c r i s t a l e r í a s e c o m p o n ed e l a s s i g u i e n t e s p i e z a s :

12 copas para agua 1 2 co p a sp a ra 12 » » vino champagne12 » » jerez 2 botellas para vino'12 » » licor 1 jarro para aguaN u e s tr o s ju e g o s d e c r la ta l sonoro s o n d e u n a b la n cu ra ytra n sp a ren c ia in im ita b le s , y han s id o fa b r ic a d o s p o r una d e la s m a n u fa c tu ia s m ás im p o r ta n te s d e l m u n d o .

¡C u a n ta s v e c e s h a b rá V , p e n s a d o a d q u ir ir un ju e g o d e cr isca ie- rla se m e ja n te y n o lo ha h e c h o p o r n o o c a s io n a r d e se q u ilib r io s en su p re s u p u e s to d o m é s t ic o l S in e m b a rg o y a p u e d e V . h o y s a t is fa ce r su a n t ig u o d e s e o s o lo d e s t in a n ­d o u n a s p o c a s p e s e ta s al m es.

A d o r n e su c o m e d o r y ca u s e a d m ira c ió n y a s o m b r o a su s a m is ta d e s .

El n o m b r e Q U I L L E T d e n o t a d is ­t in c ió n , s e r ie d a d y b u e n g u s t o . N o loo lv id e !

m e s e s

d e

c r é a i f o

m w iBOLETIN DE COMPRA o puso

¡ Yo. el ábftjo firinádo, decloto comprftr« los Cftitbiecliiileiitoa QLIJLLET» I S. An un juego d« Crl»(«lerl« Modelo n.* 2. cORformr t su descripcióa ; I por el precio d e 199 Ehaj. Q u e me romproitieto a págár por verclmientoe ¡ mtnsuAle», de t i P i a b . eí primero a I« recepción y los reBUurea. ctdA

N o d e s p e r d ic ie e s ta fa v o ra b le o c a s ió n q u e s e le p re se n ta y s u sc r ib a h o y m is m o el a d ju n to b o le t ín d e c o m p r a .

S E E N V I A F R A N C O D E E M B A L A J E

foev htBTteooipIetB liquidación MtenifAe no « havA&stIelecho el Importe dc la, prenda »e vo&eiderArá ésta es callded Oe depósito en rodar Jel I comprador

I Al cornado 10% de descuentoNombre y dos apelliüos BdAd . .^rofeeiOn

I DirectlOR del empleo I PohlACión , Provincia I &sUclOn I. c

poder 4FIRMA

Mmiím 'S <Mtlf»M

' J

Con, s envit cl boitiin d, conipr» a E s t a b le c im ie n t o s Q U IL L E T . S . A . - M a l lo r c a . 237 b is • B A R C E L O N A

D e l e g a c i ó n e n M a d r i d : C h u r r u c a , 1 5 .

Ayuntamiento de Madrid

CENCIA Y JUSTICIA

En el relato titulado «El Hombre que Pasó a la Cuarta Dimensión» pre­sentamos hoy a nuestros lectores uno de los casos más extraordinarios

que se conocen en la Historia del Mundo.Es un caso tan excepcionalmente extraño, que, de haberse estudiado con un poco más de interés en el tiempo que ocurrió, hubiese desconcertado, indudablemente, a la Ciencia y a la Justicia de un solo golpe, com o quien

maneja una espada de dos filos.Hubiese desconcertado — decimos — a la Ciencia por el inaudito invento que describe el autor del relato. Por muy estupendas que sean las creacio­nes de la Ciencia, es fácil descubrir que, en el fondo, todas ellas respon­den al orden supremo que gobierna la sucesión de las cosas, o mejor dicho: que ningún invento contradice las leyes de la Naturaleza. Así, por ejemplo, la aviación tiene el precedente en las aves, la navegación submarina lo tiene en los peces, la electricidad en el rayo, y así en todo lo demás. Pero, en cambio, la misma Ciencia — ayudada con frecuencia por la Filosofía — cuenta con una serie de hipótesis a las que viene dando vueltas desde tiempo inmemorial sin que las haya resuelto todavía, acaso por implicar una evi­dente contradicción con las leyes naturales. En este caso están, por ejem­plo, la cuadratura del círculo, el sexto sentido, la piedra filosofal, el agua de Juvencia y, entre algunas pocas más, la famosa cuarta dimensión. ¿No desconcertaría, pues, a la Ciencia hallarse ante una máquina — inge­niosamente construida — que permitiese al hombre trasladarse a la cuarta

dimensión con sólo hacer funcionar un resorte?Y hubiese desconcertado igualmente a la Justicia, porque la coartada que en este alegato presenta el acusado justificaría no sólo su inocencia, sino la real existencia del inventor de la máquina maravillosa, a quien el mundo

hoy cree muerto, asesinado de un modo repugnante.Sin embargo, nadie de cuantos asistieron al hecho que figura en tal relato

creyó que realmente se trataba de un caso digno de estudio.¿Fué ilusión o realidad el viaje que hizo el periodista Roberto Strome por

el fantástico mundo de la cuarta dimensión?Juzgue el lector por sí mismo el caso. Nosotros nos limitamos a consignar que la Ciencia — indiferente — miró el invento com o una alucinación, y la Justicia — recelosa — lo consideró com o una coartada excesivamente sutil.

Y el reo, inocente o culpable, murió ajusticiado.0 2 1

Ayuntamiento de Madrid

El CURIOSO CASO de¿(^ • ««d c u n a ntufet» h a c e r d e detcctípé?

€1 pt»amanta cc*«c Ja ífianíaq naa Jantuaa-

tfa fio maía qua puifJa ittvaatí^aciattaa Jataa^

tiaamaaa la mujai», ama qua la p««**p»eacfla famam-

na aa eapatm Ja c«tt»«^ulr «I ttJttnfa JataJa aea«o al hamhra la hubiaaa ñJa punta manam qua hnpamShla.

— M i r e , e s u n a h a h i - l o c i ó n m u y g r a n d e '

1 3 E C O N O C I e l r o s t r o d e a q u e l

h o m b r e a p e n a s e n t r ó e n l a s a l a d e r e c i b o , t t n r e ­c u e r d o c a .s i o l v i ­d a d o , d e s a g r a d a ­b l e y s i n i e s t r o a l a v e z , r e v i v i ó e n m f i n m e d i a t a m e n t e .P e r o n o p u d e r e c o r ­d a r c ó m o s e l l a m a ­b a . T e n i a l o s c a r r i ­l l o s a b u l t a d o s , l o s l a ­b i o s s e n s u a l e s , b a j o u n b i g o t e c o r t o y r e c o r t a d o ,l o s o j o s p e q u e ñ i t o s , y e l c a b e l l o e s p e s o y n e g r í s i m o . V e s t í a u n t r a j e g r i s d e c o r t e i n g l é s . S u a s p e c t o a l t a n e r o h a c í a

Ayuntamiento de Madrid

las JOYAS de ANDREWSp o r R E N A T A H A N L E Y

Muchacha Detective de la Agencia de investigación

" H O W A R D B R O W N E .

p e n s a r e n a u t o m ó v i l e s d e l u j o , e n l o s c l u b s d e l a Q u i n t a A v e n i d a e n f a b u l o s o s c a p i t a l e s c o l o c a d o s e n l o s b a n c o s d e S t r e e t .

R e c o r r í a e l d e s p a c h i t o d e n n l a d o a o t r o , c o m o t i g r e f u r i o s o L l e g a m o s j u n t o s a l a p u e r t a d e l a s a l a d e l o s d e t e c t i v e s , d o n d e s e d e t u v o u n m o m e n t o . C o m o m e i n t e r c e p t ó e l p a s o , n o t u v e m á s r e m e d i o q u e d e t e n e r m e a m i v e z , m i e n t r a s l e d i r i g í a u n a m i r a d a i n t e r r o g a d o r a .

P o r e l f r u n c i m i e n t o d e s u s c e j a s y e l b r i l l o d e su .s o j o s n o t é q u e n o s h a b í a m o s r e c o n o c i d o m u t u a m e n t e , a u n q u e , p o r l o v i s t o , é l n o e s t a b a d i s p u e s t o a c o n f e s a r l o .

— S e ñ o r i t a , ¿ q u i e r e u s t e d h a c e r m e e l f a v o r d e a v e r i g u a r p o r q u é B r a i d t n e h a r .e e s p e r a r ? — m e p r e g u n t ó , m a l h u m o r a d o . — H a c e c i n c o m m u t o s q u e e s t o y a q u í d a n d o v u e l t a s .

A m í n o m e i m p r e s i o n a n l o s p e r s o n a j e s d e S i g n i f i c a c i ó n , 3 u e s l o m i s m o l i a n a u n f a v o r a l a m u j e r e n c a r g a d a d e l a

l i m p i e z a q n e a l m i s m o r e y d e S i a m , P e r o c u a n d o u n i n d i v i d u o q u i e r e d a r s e a i r e s d e s u p e r i o r i d a d s i n m á s f u n d a m e n t o q u e s u p r e s u n c i ó n , n o c o n s i g u e m á s q u e l e s u e l t e u n d e s c a r o . S e m e o c u r r i e r o n a l a v e z m e d i a d o c e n a d e r e s p u e s t a s a p r o p i a d a s , p e r o m e c o n t u v e . V o l v i é n d o m e e n t o n c e s a l a t e l e f o n i s t a , p r e ­g u n t é c o n l a m a y o r s u a v i d a d :

— O y e , M a r í a , ¿ h a s a n u n c i a d o a e s t e s e ñ o r ?_ S i l a s m i r a d a s p u d i e s e n m a t a r , y o h a b r í a q u e d a d o c o n v e r ­

t i d a a l l í m i s m o e n p o l v o . L a s q u e a q u e l l i o m b r e m e d i r i g í a p a r e c í a n p u ñ a l e s ,

M a r í a s e _ l i m i t ó a c o n t e s t a r c o n v l . s i b l e n a t u r a l i d a d :— E l s e ñ o r B r a i d e s t á o c u p a d o a l i o r a c o n i m c l i e n t e . D e n ­

t r o d e u n o s m o m e n t o s r e c i b i r á a l s e ñ o r A n d r e w s .J o s é M a d i s o n A n d r e w .s c r .a e l n o m b r e c o m p l e t o d e a q u e l

i m p a c i e n t e s u j e t o . A l o í r l o , r e c o r d é e n s e g u i d a t o d o s lo .s d e t a ­U e s d e l c a s o A n d r e w s M o r r i s o n .

A n d r e w s n o e r a s u v e r d a d e r o a p e l l i d o . N o q u i e r o d e c i r c o n e s t o q u e f n e s e A n d r e w s u n l a d r ó n , n o ; e r a , m u y a l c o n t r a r i o u n c l i e n t e n u e s t r o . S i n e m b a r g o , c o n o z c o m u l t i t u d d e l a d r o n e s a q u i e n e s r e s p e t o m u c h o m á s q u e a a q u e l f i l á n t r o p o d e W a l l S t r e e t .

S i n d u d a a l g u n a s e r í a i n t e r e s a n t e e l o b j e t o q u e l e t r a í a a n u e s t r a o f i c i n a . F l l i e c h o d e q u e a c u d i e r a e n p e r s o n a i n d i c a b a q n e s e t r a t a b a d e a l g i h i p s c a d i l l o p c r .s o n a l v re ,se r\ ’ a d o . P o r e l l o , y o e s e r a b a c o n t o d a m i a h n a r o v e r m e o b l i g a d a a t r a ­b a j a r e n a q u e l a s u n t o .

A d e m á s , t e n í a n e c e s i d a d d e v a c a c i o n e s y t r a b a j a b a d e m a l a g a n a e n p o n e r e n c l a r o e l e s c á n d a l o d e u n o d e n u e s t r o s c l i e n ­t e s . Q u i z á s e l r e c u e r d o d e l a i r e e m b a l s a m a d o p o r l a s f l o r e s s i l ­v e s t r e .? e r a e l r e s p o n s a b l e d e m i d i g u s t o p o r t a l t r a b a j o , h a s t a e l p u n t o d e q u e m e d a b a n g a n a s d e p r e s e n t a r l a d i m i s i ó n s i n o m e c o n c e d í a n u n m e s d e v a c a c i o n e s .

P u e s b i e n , a p e s a r d e q u e a q u e l l a t a r d e m e s e n t í a a n i m a d a d e t a n r e b e l d e s i n t e n c i o n e s , e l c a s o e s q u e t u v e q u e a c e p t a r u n o d e l o s a s u n t o s m á s p e l i g r o s o s e n q u e h e l l e g a d o a i n t e r v e n i r , y p r e c i s a m e n t e p o r c u e n t a d e l a n t i p á t i c o s e ñ o r A n d r e w s .

IN A h o r a m á s t a r d e s o n ó e l t i m b r e , l l a m á n d o m e a l d e s p a ­c h o d e l s e ñ o r B r a i d ,

D e s p u é s d e l e e r a t o d a p r i s a e l i n f o r m e q u e t e n í a l i e c h o s o b r e e l c a s o d e e s c á n d a l o e n q u e i n t e r v e n í a , a c u d í a l a l l a m a d a .

— E l s e ñ o r B a n d e r a , a b o g a d o d e l a a c u s a c i ó n , m e h a d i c h o q u e n o m e n e c e s i t a m á s — d i j e d e j a n d o l o s p a p e l e s e n c i m a d e l a m e s a , — Y a h o r a m e a t r e v e r í a a p e d i r l e , s e ñ o r B r a i d , u n a s d í a s d e

v a c a c i o n e s ,— L o s i e n t o m u ­

c h o , q u e r i d a R e ­n a t a , p e r o n o p u e d e s e r

— N o t u v e t i e m p o m á s q t t e p a r a e s c o n d e r m e d e b a j o d e I q c a m a , c u a n d o s e a b r i ó l a p u e r t a .

Ayuntamiento de Madrid

Oran Proyector

c o n t e s t ó e l s e ñ o r B r a i ó , s i n m i r a r s i q u i e r a m i i n f o r m e . - - ¿ H a v i s t o u s t e d a l s e ñ o r A n d r e w s e n l a s a l a d e v i s i t a s '

E n v i s t a d e ( ¡ u e y o h a c í a u n a s e ñ a l a f i r m a t i v a , a n a d i ó :— H a n r o b a d o l a s j o y a s d e s u m u j e r , l a s c u a l s u o s l i e m o s

c o m p r o m e t i d o a r e c o b r a r e n d o s .s e m a n a s ,S e n t a d a e n e l d u r o s i l l ó n d e r o b l e q u e l i a b í a j u n t o a l a g r a n

m e s a d e l j e f e , m e p r e p a r é a e s c u c h a r , E s t a b a f u r i o s a , p e r o , c o m o e s n a t u r a l , n o p o d í a d i s c u t i r c o n m i s u p e r i o r .

- T e n d r e m o s C[ue p r o c e d e r c o n l a m a y o r d i s c r e c i ó n — c o n ­t i n u ó d i c i e n d o . — A n d r e w s n o q u i e r e q u e s e p r e n d a a n a d i e . P a g a r á m u y b i e n p o r r e c o b r a r l a s j o y a s , p e r o e l l a d r ó n n o d e b e e n t e r a r s e d 'e l o r i g e n d e l d i n e r o .

H i z o u n a p a u s a p a r a e n c e n d e r u n c i g a r r o . D e s p u é s d e e c l i a r u n a s b o c a n a d a s d e h u m o a z u l a d o , m e p r e g u n t ó i n e s p e r a d a ­m e n t e ;

— L e a s e g u r o , ¡ s a b e l , i j v e m t r i l l o d e d e v o l v e r l a s j o y a s a l s e ñ o r A n d r e w s — l e d i j e m i n l i e n d o .

— - ¿ L a h a v i s t o a u s t e d a l g u n a v e z I s a ­b e l M o r r i s o u ?

— ¿ I s a b e l J l o r r i - s o n ? S i s e r e f i e r e a l a h e r m a n a d e T o m á s , n o s e ñ o r , n o m e h a v i s t o n u n c a . Y o s o ­l a m e n t e l a h e v i s t o u n a v e z , e n l a s a l a d e l t r i b u n a l , e l d í a e n q u e c o n d e n a r o n a s u h e r m a n o . S u m a d r e v i n o a q u í u n a v e z , e l d í a a n t e s d e s u i c i d a r ­s e . Y a r e c o r d a r á u s t e d q u e s e a r r o d i l l ó a l o s p i e s d e A n d r e w s , o f r e ­c i é n d o l e r e s t i t u i r . . .

— P u e s b i e n , la d e s c r i p c i ó n d e l a m u ­c h a c h a d e q u i e n s o s ­p e c h a A n d r e w s c o n ­c u e r d a e x a c t a m e n t e c o n I s a b e l — m e i n ­t e r r u m p i ó e l j e f e , q u e c o n t i n u ó h a b l a n d o ,

- A q u í e s t á n s u s s e ­ñ a s . E s u n a m u c h a c h a r u b i a , d e t i p o r a r o , o j o s c a s t a ñ o s , a l g o o b l i c u o s c o m o m s o r i e n t a l e s , l a b i o s g r u e ­s o s . c o n u n o s h o y u e ­l o s e n l a s m e j i l l a s , m a ­n o s b i e n f o r m a d a s , d e ­d o s l a r g o s y p u n t i ­a g u d o s , h o m b r o s c a í ­d o s , c i n c o p i e s y m e ­d i o d e e s t a t u r a y v o z l i g e r a m e n t e r o n c a .

— ¿ P o r q u é s o s p e - I c h a d e e l l a ? — p r e - ■ g u n t é .

E l s e ñ o r B r a i d , c o n t e s t ó l e n t a m e n t e ;

— S e g ú n h a c o n ­t a d o A n d r e w s , u n a m l - g o s u y o l e p i d i ó p r e s ­t a d o s u p i s o p a r a d a r u n a r e c e p c i ó n e n h o ­n o r d e u n c l i e n t e f o ­r a s t e r o . E l v i ó s a l i r a I s a b e l d e l d o r m i ­t o r i o d e s u e s p o s a . E n l a a c t u a l i d a d l a s e ­ñ o r a A n d r e w s s e h a ­l l a e n u n s a n a t o r i o p a t .- i c u r a r s e d e i m d e s o r d e n n e r ­v i o s o . C a s i l o c a d u r a n t e u n a t e m p o r a d a , e s p e r a y a e n p e r í o d o d e f r a n c a c o n v a l e ­c e n c i a v o l v e r m u y p r o n t o a s u c a s a . A y e r e s c r i b i ó j r e g u n t a n d o a A n d r e w s s í l a b í a d e p o s i t a d o e n e l b a n c o

a l g u n a s j o y a s q u e d e j ó o l v id a d a .^ e n u n c a j ó n d e l E n t o n c e s é l f u é a b u s c a t l a s y v i ó q u e h a b i a n d e s a p a r e ­c i d o .

N o c o m p r e n d o , p u e s , p o r q u é a c u s a d e l a d r o n a c o n t a n t a s e g u r i d a d a I s a b e l .

E l s e ñ o r B r a i d s o n r i ó m a l i c i o s a m e n t e .- - ; ( l h l p r o b a l i i e n i p n t e e l l a s e q u e d ó l a s j o v a s . M ie n t r a s

A n d r e w s e s t a l . a a q u i m e d i r i g í a l d e s p a c h o d e f t r a n d y l l a m é a l a e n c a r g a d a d e l a c a s a a q u i e n c o n o z c o . Y o e s t a b a c a s i . s e g u r o d e q u e A n d r e w s n o m e d e c í a l a v e r d a d . Y , e n e f e c t o , r e s u l ­t ó q u e e n s u c a s a n o s e d i ó n i n g u n a f i e s t a . D e l i a l i e r s i d o a s i , e s t o y s e g u r o d e q u e h u b i e s e e n t r e g a d o c l l a d r ó n a l a p o l i d a ! L o s c r i a d o s l i a b í a n s i d o d e s p e d i d o s e I s a b e l e s t a b a s o l a e n e l j i i .s o c o n A n d r e w s . P o r e s t o t i e n e l a s e g u r i d a d d e q u e e l l a s e h a l l e v a d o l a s j o y a s . Y p o r e s t o , t a m b i é n , n o q u i e r e ( ] u e l a d e t e n g a n n i q u e s e d é p u b l i c i d a d .a l c a s o .

- - ¿ Y q n é h a s i d o d e s u s d e b e r e s c í v i c o s ? — n o p u d em e n o s d e p r e g u n t a r . — E s ­t u v o m u y e l o c u e n t e a l h a b l a r d e e l l o s c u a n d o l a m a d r e d e T o m á s M o r r i s o n l e o f r e c i ó r e s ­t i t u i r a q u e l l a a c c i ó n d e q u i ­n i e n t o s d ó l a r e s , p e r o a h o r a c o n v e n d r í a q u e . . .

— A h o r a n o s e t r a t a d e e s o — m e i n t e r r u m p i ó e ! j e f e , — s i n o d e l a r e s t i t u c i ó n d e l a s j o y a s . E s t a n o c h e d a r é ó r d e n e s d e v i g i l a r t o d o s l o s c l u b s n o c ­t u r n o s p a r a v e r s i d a m o s c o n e s a m u c h a c h a . M e i n t e r e s a q u e m a ñ a n a e m p i e c e u s t e d a s e g u i r l e l o s p a s o s .

— ¿ C u á n t o t i e m p o h a c e q u e c o m e t i ó e l r o b o ?

— A q u í n o h a e x i s ­t i d o n m g i ' i i i r o b o — c o n t e s t ó e l j e f e s o n ­r i e n d o a l c o r r e g i r m i s p a l a b r a s , — N o h u b o v i o l e n c i a . E s u n s i m ­p l e c a s o d e h u r t o . O c u r r i ó h a c e c i n c o d í a s , e n l o s q u e y a h a b r á t e n i d o l a r a ­t e r a t i e m p o . s u f i c i e n t e p a r a t r a n s f o r m a r l a s p e r l a s .

— - A l g o a s í c o m o c l c a s o d e H a r d e n — i n s i n u é p a r a ’ d e m o s ­t r a r a l j e f e q u e n o o l v i d a b a n a d a d e l o q u e o c u r r í a . — C a ­l e n t a r o n y a b l a n d a ­r o n l a s p e r l a . s y l u e g o l e s q u i t a r o n l a s c a p a s s u p e r i o r e s p a r a q u e v a r i a r a n t a n t o e n e l p e s o c o m o e n l a f o r m a ,

— E x a c t a m e n t e . S i n e m b a r g o , c u a n d o s e h a h e c h o a l g o d e e s o , u n p e r i t o p u e d e d e s c u b r i r l o . A n t e s d e g a s t a r d i n e r o , v i s i t e a M a x p a r a q u e e x a ­m i n e l a s j o y a s q u e s e d i s p o n g a u s t e d a c o m p r a r .

L a r e p u t a c i ó n d e M a x n o e s m u y b u e n a . E s h a r t o c o n o c i d o e n ­t r e l a g e n t e d e l h a m p a , p e r o e s u n p e r i t o e s ­t u p e n d o , q u e s e d e d i c a e . s p e c l a l m e n t e a e s t o s a s u n t o s c o n f i d e n c i a l e s .

— V á y a s e a s u c a s a c o n s u s u i e j o r e a t r a j e s — m e o r d e n ó e l s e ñ o r B r a i d , m i e n t r a s o p r i ­m í a e l b o t ó n e l é c t r i c o p a r a l l a m a r a s u s e ­c r e t a r i a . — S i l o g r a e l é x i t o , l e d a r é v a c a c i o - ( S i g u e e n l a p á g i - n a S l )

Ayuntamiento de Madrid

La S u p e r v i v i e n t e d e u n DRAMAUna entrevisía con TcresUa GuUart, la que — niña en IQtZ — fu é un tiem po prisionera de la fam osa secuestradora Enriqueta Marti

PO R

I R E N E P O L O L a j o v e n T e r e s U a G u i l a r l c u a n d o ¡ u é r e s c a t a d a { e n e i c i r c u l o ) , y e n ¡ a a c t u a l i d a d , a l c o n t a r a l o s l e c t o r e s d e G R A N P R O Y E C l ' O R l a s t r i s ­t e s c i r c u n s t a n c i a s d e s u s e c u e s t r o .

En e s t o s m o m e n t o s e n q u e s e d e b a t e

d e n u e v o l a e x i s t e n c i a d e l o s l a d r o ­n e s d e n i ñ o s , e n q u e v u e l v e a d i s c u ­

t i r s e l a r e a l i d a d d e s u s c r í m e n e s y e n q u e i n c l u s o l a c u l p a b i l i d a d d e E n r i q u e t a M a r t í , l a f a m o s a s e c u e s t r a d o r a c a t a l a n a , l i a s i d o p u e s t a e n d u d a , l a s u p e r v i v e n c i a y e l t e s t i ­m o n i o d e u n a d e l a s v i c t i m a s d e e s o s o d i o s o s d e l i t o s e s d e u n a i m p o r t a n c i a e x t r a o r d i n a r i a .

M á x i m e c u a n d o s e t r a t a d e l a m á s c o n o c i d a d e t o d a s : d e l a n i ñ a T e r e s i t a G u i t a r t , p r o t a g o n i s t a d e l e s c a n d a l o s o * a f f a i r e » q u e h a c e d i e c i o c h o a ñ o s c o n - n i o v i ó a B a r c e l o n a y a E s p a ñ a e n t e r a ,

E l d í a 1 0 d e f e b r e r o d e 1 9 1 2 , T e r e s i t a G u i t a r t , q u e e n t o n ­c e s t e n f a c i n c o a ñ o s , f u é r a p t a d a p o r E n r i q u e t a M a r t í y s e ­c u e s t r a d a d u r a n t e d i e c i s i e t e d í a s . L a r e a p a r i c i ó n , t a n i n e s ­p e r a d a c o m o m i l a g r o s a d e l a n i ñ a , c a u s ó s u s a l v a c i ó n y e l d e s ­c u b r i m i e n t o d e l a c é l e b r e i n f a n t i c i d a .

W I V E t o d a v í a T e r e s i t a G u i t a r t ? ¿ D ó n d e e s t á a c t u a l m e n t e ' l a f a m o s a « n i ñ a p e l a d a » d e E n r i q u e t a M a r t í ? ¿ C ó m o e s ­

t a r á a h o r a ?E s t a s p r e g u n t a s s e h a n a l z a d o m u c h a s v e c e s e n l a m e n t ep r e p

d e l a m a y o r í a d e l o s b a r c e l o n e s e s q u e r e c u e r d a n e l i n o l v i d a b l e s u c e s o . T e r e s i t a G u i t a r t , ' e n a q u e l l a é p o c a , y e n B a r c e l o n a , f u é d u r a n t e l a r g o t i e m p o u n a e n t r a ñ a b l e f i g u r a d e a c t u a l i d a d . S u c a b e c i t a , c r u e l m e n t e r a p a d a p o r E n r i q u e t a , s e h i z o p o p u l a r a t r a v é s d e t o d o s n u e s t r o s p e r i ó d i c o s . T e r e s i t a e r a , a d e m á s , u n a n i ñ a p r e c i o s a , y f u é e s t o p r e c i s a m e n t e , s u b e l l e z a i n f a n t i l , d u l c e y t r i s t e , l o q u e a ñ a d i ó a l d r a m a t i s m o d e s u c a s o u n a g r a n i n t e n s i d a d s e n t i m e n t a l .

D u r a n t e m á s d e d o s m e s e s T e r e s i t a e s t u v o r e c i b i e n d o o b s e ­q u i o s y r e g a l o s d e p a r t e d e u n a m u l t i t u d d e b a r c e l o n e s e s q u e l a i d o l a t r a b a n . Y e r a q u e T e r e s i t a , c o i i s u s c i n c o a ñ o s t í m i d o s y a s u s t a d o s , s u l i n d a c a r i t a p á l i d a y s u s o j o s n e g r o s , p r o f u n ­d o s . h a c í a a t o d o s e l i n c o n s c i e n t e e f e c t o d e u n a n i ñ a d e c u e n t o , r e s c a t a d a d e l a s g a r r a s t e n e b r o s a s d e u n a b r u j a v o r a z . . .

Y h e a q u í q u e n o s o t r o s h e m o s h a l l a d o a h o r a a T e r e s i t a G u i t a r t .

S e n c i l l a m e n t e . U n a t a r d e h e m o s b u s c a d o s u p i s t a e n s u c a l l e d e e n t o n c e s : S a n V i c e n t e . U n a c a l l e q u e a n o s o t r o s , a t e r r a d o s i n d e l e b l e m e n t e p o r l a m e m o r i a d e l s u c e s o i n o l v i d a ­b l e , n o s p a r e c e . s i n i e s t r a t o d a v í a . S i n e m b a r g o , a h o r a e s t á t o d a l l e n a d e c h i q u i l l o s . D e c h i q u i l l o s q u e r í e n y j u e g a n r u i d o ­s a m e n t e . a l e g r e s y d e s p r e o c u p a d o s . S i n d a r n o s c u e n t a , t e m e ­m o s a ü u s o b r e s u s c a b e z a s l a s o m b r a f u n e s t a d e E n r i q u e t a M a r t í ,

L a p i s t a n o s e n o s h a c e d i f í c i l . A l c o n t r a r i o , T e r e s i t a G u i t a r t v i v e t o d a v í a e n l a m i s m a c a s a y e n e l m i s m o p i s o d e a n t e s , J r íi e l 1 9 y e n e l t e r c e r o . S u b i m o s p o r l a e s c a l e r a e s t r e c h a y o b s c u r a , h a s t a é l , y l l a m a m o s a l a p u e r t a a n g o s t a .

N o s a b r e u n a s e ñ o r a d e p e l o b l a n c o y d e s o n r i s a a f a b l e .— ¿ T e r e s i t a G u i t a r t ?— P a s e . . . N o e s t á e n e s t e m o m e n t o . ¿ Q u é q u e r í a ?— V e r l a . '~ P u e s h a s t a e l d o m i n g o n o p o d r á s e r . T o d a l a s e m a n a e s ­

t a r a f u e r a . , , S i q u i e r e a l g o y o s e l o d i r é . S o y s u m a d r e .

Ayuntamiento de Madrid

8 Oran Proyector

l í n t r a i n o s . N o s o t r o s n o q u e r e m o s m á s q u e v e r l a , p a r a q u e n o s h a b l e i l c s u h i s t o r i a , d e l a h i s t o r i a q u e a p a s i o n ó a t o d a E s p a ñ a , h a c e d i e c i o c h o a ñ o s . . .

l í l r o s t r o < le l a a n c i a n a A n a C o n g o s t s e e n s o m b r e c e a l a e v o ­c a c i ó n n e f a s t a . Y r e p o n e ;

M i h i j a n o s e a c u e r d a d e n a d a . ¡ E r a t a n c h i q u i t a , e n t o n ­c e s ; . , . A d e m á .s , v a l e m á s o l v i d a r e s o . A e l l a l e s a b e m a l r e c o r ­d a r l o , ¿ s a b e ? Y a m i t a m b i é n . C r e a , e s m e j o r d e j a r l o . L u e g o . . . - - a ñ a d e - ¡ q u i é n s a b e ! ¿ N o p o d r í a s e r e s t o u n m a l p a r a e l l a ?

¿ P o r q u é , s e ñ o r a ?— N o s é . P e r o l a g e n t e d e E n r i q u e t a M a r t í m e d a m i e d o

t o d a v í a . , .— - ; P o r D i o s , r a u j e r ! i L a g e n t e d e E i i r i q u e t a M a r t i ! ¿ Q u é g e n t e r— S u f a m i l i a . T o d a v í a

e l o t r o d i a m i m a r i d o s e c r u z ó c o n e l P u j a l ó e n l a P l a z a d e l a U n i v e r s i d a d .E l P u j a l ó e r a e l e s p o s o d e l a E n r i q u e t a . V e n S a u F e l i u q u e d a s u c u ­ñ a d a . Y s u a m i g a . . .

— P e r o ¿ e s q u e t i e n e n u . s t e d e s m i e d o a ú n ?

— - S í , s e ñ o r i t a . C u a n ­d o .se h a p a s a d o l o q u e h e m o s p a s a d o n o s o t r o s y a n o s e e .s t á n u n c a m á .s t r a n q u i l o .

o b s t a n t e , e l d o m i n - g o n o s p r e s e n t a m o s

e n c a s a d e T e r e s i t a G u i - t a r t , c o n e l f o t ó g r a f o .

E s t a v e z e s e l h e r m a n o d e e l l a e l q u e n o s a b r e l a p u e r t a . E s e l c h i q u i l l o e s ­c u á l i d o , d e t r a j e d e m a ­r i n e r a , q u e v i m o s e n t o n ­c e s e n l a s f o t o g r a f í a s d e l s u c e s o , a ! l a d o d e s u s p a ­d r e s y d e l o s g u a r d i a s .

E n e l c o m e d o r s e a g r u ­p a n d o s n i ñ a s m á s , e l p a d r e — I s i d r o G u i t a r t , — A n a C o n g o s t— l a m a d r e — y. u n a m u j e r c i t a m o r e n a , m u y m o r e n a , c o n u n a

s o n r i s a m u y b l a n c a , u n a m i r a d a p r o f u n d a , n e g r a , y l a b a r b i l l a p a r t i d a . U n a b a r b i l l a p a r t i d a q u e h e m o s v i s t o e n a l g u n a p a r t e , q u e n o s t r a e a l g ú n r e c u e r d o l e j a n o .

L a s e u o r a C o n g o s t , n o s l a p r e s e n t a :— M i h i j a ,— ¿ T e r e s i t a ( . ' . u i t a r t ? - - p r e g u n t a i n o . s , g o z o s a s < le v e r l a .

L a m u j e r c i t a u i o -r c u a a c e i i t i í a s u •s o n r i s a p a r a n u e s ­t r o a s o m b r o e m o ­c i o n a d o . Y c o n f i r ­m a :

• S f , s o y y o .i L a h c T o í n a d e

E n r i q u e t a M a r t í ! . . .— e x c l a m a m o s .

— P e r o , ¿ a u n s e a c u e r d a n u s t e d e s ?

— i N a t u r a l i n e n - t e ! V u s t e d t a i i i - b í é n . ¿ v e r d a d ?

— Y o s í , c l a r o . . .— i .A h ! P u e s e n ­

t o n c e s t e n d r á u s t e d q u e c o n t á r n o s l o ,

— ¡ P e r o s i v a l o s a b e n l o d o !

— S í , n e n a . S a ­b e m o s t o d o l o q u e . s a b e t o d o q l m u n ­d o . P e r o n o s a b e ­m o s l o q u e s a b e u s t e d - Y e s e s o l o ( ¡ u e q u e r e m o s s a ­b e r ,

— i ’ n e s m i r e . . .E n t r a n i o s e n l a

p e q u e ñ a s a l i t a , h u ­m i l d e V l i m p i a . S u m a d r e t r a e s i l l a s .

T e r e s i t a O u i l a r i c o n s u s p a d r e s y s u h e r m a n o d e s p u é s d e s e r r e s c a t a d a d é l a s e c u e s t r a d o r a E n r i q u e t a M a r t i e n m a r s o d e 1 9 J 2 .

T e r e s i t a G i i i i a r l c o n s u s p a d r e s y h e r m a n o s , e n ¿ a e n t r e v i s ­t a q u e l e a c a b a d e h a c e r n u e s t r a c o l a b o r a d o r a I r e n e P o l o .

— . L a n o c h e d e l 1 0 d e f e b r e r o d e 1 9 1 2 — e m p i e z a T e r e s i t a , u n p o c o s o b r e c o g i d a . E s t á m u y p á l i d a , y s u s o j o s v u e l v e n a s e r a q u e l l o s o j i t o s p r o f u n d o s y t r i s t e s d e l a s r e m o t a s f o t o g r a ­f í a s - — b a j é c o n m a m á a c o m p r a r ,

— I b a m o s a b u s c a r l e c h e p a r a e l l a , q u e t e n í a m a l d e c u e l l o . . . — e x p l i c a s u m a d r e .

— M a m á s e p a r ó e n l a p u e r t a a h a b l a r c o n u n a c h i c a v e c i n a y y o m e a p a r t é - F u i a n d a n d o h a s t a l a c a l l e d e F e r l a n d i n a . Y m e d e t u v e f r e n t e a l e s c a p a r a t e d e u n c o l m a d o , m i r a n d o , A l o s p o c o s m i n u t o s s e m e a c e r c ó u n a m u j e r y m e t o m ó d e la m a n o : « A t i e m . n e n a , q u e ' t c o m p r a r é c o n j i t s » , m e d i j o . P e r o y o m e d e s a s í : « N o , n o , y o q u i e r o i r c o n m a m á . » P e r o d e r e p e n t e m e s e n t í l a c a b e z a t a p a d a . Y o l l e v a b a u n a b r i g u i t o , e l a b r i g u í -

t o d e c u a d r o s , ¿ t e a c u e r ­d a s , m a m á ? , q u e t e n í a u n a b a l o n a . S e v e q u e 1a m u j e r m e l a l e v a n t ó y m e l a e c h ó a l a c a b e z a . C u a n d o m e l a d e s c u b r i ó m e e n c o n t r é e n u n p i s o f e o y t r i s t e , g r a n d e y s o l o . ( U n p i s o q u e t o d a ­v í a a h o r a v e o e x a c t a ­m e n t e . ) Y m e e c h é a l l o r a r , l l a m a n d o a m i i n a - d r e . « C a l l a , c a l l a , q u e ja v i n d r á l a m i m a h , m e d i j o l a m u j e r . « J o s o c la t . ’v a l i a . »

L u e g o s a l i ó o t r a n i ñ a c o m o y o , q u e m e p r e ­g u n t ó c ó m o m e l l a m a b a . « T e r e s i n a » , d i j e y o . P e r o l a m u j e r g r i t ó : « N o e.s v e r d a d q u e t e l l a m a s T e r e s i n a . T ú t e l la m a .s F e l i c i d a d . » E n t o n c e s la o t r a n i ñ a m e d i j o ; « P u e .s y o m e l l a m o A n g c l i t a , *

A l p o c o r a t o n o s d ió u n v a s o d e c a f é c o u l e ­c h e , q u e e s t a b a l i c u ó d c

m a r r o , y n o s a c o s t ó - L a s d e s j u n t a s a l o s p i e s d e s u c a m a . L u e g o s e a c o s t ó e l l a , a l a c a b e z a . Y o l l o r a b a , y e l l a m e d i ó u n p u n t a p i é e n l a c a r a . . .

A l d í a s i g u i e n t e , m u y t a r d e , n o s d i ó u n p l a t o d e g a r b a n z o s y p a t a t a s h e r v i d o s y s e m a r c h ó .

V o l v i ó h a c i a l a t a r d e . E n t o n c e s m e q u i t ó l a r o p a q u e y o l l e ­v a b a y m e p u s o u n v e s t i d o s u c i o y r o t o , c o n u n a m a n g a s o l a . A l o t r o d í a m e c o r t ó e l p e l o a l r a p e . Y o l l o r é m u c h o y e l l a m e

p e l l i z c ó . M e p e l l i z ­c a b a s i e m p r e . H a s ­t a p o r l a s n o c h e s . E s t o y s e g u r . i . M i e n ­t r a s e s t á b a m o s e n l a c a m a d u r m i e n ­d o , y o s e n t í a t o j a s l a s n o c h e s q u e it ie p e l l i z c a b a n l a s p i e r n a s .

— Y e r a v e r d a d— i n t e r v i e n e s u

p a d r e , — p o r q u e a l r e s c a t a r l a , l a h i c e m i r a r t o d a p o r e l n i é d i c o f o r e n s e d e l a A u d i e n c i a , y « l e d i j o q u e n o t e n í a n a d a , p e r o q u e e n l a s p i e r n a s s e l e n o t a b a n c a r d e i ia l e . s y a r a ñ a z o s , e f e c t o , s e g u r a m e n t e , d e p e l l i z c o s .

- - Y l a o t r a n i ­ñ a , A n g e l i t a , ¿ n o t e p e g a b a n u n c a ?— p r e g u n t a m o s a T e r e s i t a .

— N o . N a d a m á s c u a n d o y o q u e r í a

( C ¡ n t i n ú a e n l a p á ­g i n a f íS )

Ayuntamiento de Madrid

TpL famoso collar « de perlas, valo­rado en doscienios cincuenta mil dóla­res, seguía sin apa­recer. Por su causa ya habia muerto un chino, y el sheriff es­taba dispuesto a no dejar piedra sobre piedra hasta dar con las perlas robadas.

por ei Doctor ROSWBLI BAILEY

según su rrlftío a C A R L G ASTO N W ILLIAM S

Por el COLLAR de un CHINOR

e s u m e n d e l o p u b l i c a d o e n e l n ú m e r o a n t e r i o r . — E n z í « o c a s a d o n d e s e h a c o m e t i d o u n d o b l e c r i m e n s e e n c u e n ­t r a n e l d o c t o r R o s w e l l B a i l e y y e l p e r i o d i s t a C a r i B a s t ó n .

T e r m i n a d o s u t r a b a j o , e l m é d i c o i n v i t a a E a s t o n a q u e l e a c o m ­p a ñ e a l a c i u d a d , p e r o é s t e l e h a c e o b s e r v a r q u e n o es tá , b i e n d e j a r s o l o s a l o s c a d á v e r e s . E l d o c t o r , r i é n d o s e , l e c c m t e s t a q u e l a c o s t u m b r e s e n t i m e n t a l d e v e l a r l o s m u e r t o s n o t i e n e n i n g u n a u t i l i d a d p r á c t i c a y q u e , e n e s i o s c a s o s , l o m e j o r e s i r s e a d o r m i r , y p a r a d e m o s t r á r s e l o , l e c u e n t a u n i n t e r e s a n t e h e c h o q u e a é l l e s u c e d i ó .

A f o s a n t e s , e l d o c t o r R o s w e l l e r a m é d i c o a u x i l i a r d e u n a i m p o r t a n t e c o m p a ñ í a m i n e r a . E n l a a l d e a d o n d e v i v i a a p a r e c i ó c i e r t o d i a u n i n d i v i d u o d e a s p e c t o d u d o s o , l l a m a d o P r i s c o ¡ r i y h , d e l c u a l s e s o s p e c h a b a q u e e r a e l a u t o r d e l r o b o , c o m e t i d o e n S a n F r a n c i s c o , d e u n c o l l a r d e p e r l a s , v a l o r a d o e n d o s c i e n t o s c i n c u e n ­t a m i l d ó l a r e s . C o n f i r m a d a e s t a s o s p e c h a , e l s h e r i f f s e d i s p u s o a d e t e n e r a P r i s c o , p e r o l e e n c o n t r ó a d o r m e c i d o p o r l o s e f e c t o s d e l o p i o e n u n f u m a d e r o y s i n e l c o l l a r q u e b u s c a b a , I n t e r r o g a d o S i n g L i n g , e l d u e ñ o d c l f u m a d e r o , c o n f e s ó q u e f u é é l q u i e n , a p r o ­v e c h a n d o e l s u e ñ o d e F r i s c a , l e h a b i a s a c a d o d e l b o l s i l l o e l c o l l a r p a r a c o n t e m p l a r l o , p e r o q u e l o d e j ó e n c i m a d e u n a m e s a , y a l ­g u i e n , p a s a n d o l a m a n o p o r e l c r i s t a l r o t o d e u n a v e n t a n a , s e l l e v ó m i s t e r i o s a m e n t e l a j o y a . D e s p u é s d e d e t e n e r a l o s d o s , e l s h e r i f f c o n t i n u ó s u s i n v e s t i g a c i o n e s e n b u s c a d e l t e r c e r l a d r ó n d e l c o l l a r , a v e r i g u a n d o q u e , a l a h o r a e n q u e S i n g L i n g d e c l a r ó q u e l e h a b l a n r o b a d o e l c o l l a r p o r l a v e n t a n a , s e v i ó q u e r o n d a b a la c a s a u n l a v a n d e r a c h i n o l l a m a d o S a m I V o n g . C o m o r e s u l t ó q u e é s t e h a b í a h u i d o a l a m o n t a ñ a , e l s h e r i f f s a l i ó i n m e d i a t a ­m e n t e e n s i í b u s c a y l e e n c o n t r ó t e n d i d o e n e l s u e l o , d e s a n g r d n -

O. p. - 2

d o s e . L e c o n d u j o a u n a c a h a ñ a c e r c a n a y l l a m ó a l d o c t o r R o s w e l l , c u y o s c u i d a d o s n o l o g r a r o n s a l v a r l a v i d a a l c h i n o , e l c u a l e x p i r ó s i n h a b e r d e c l a r a d o y s i n q u e s e l e e n c o n t r a s e e n c i m a e l m i s t e r i o s o c o l l a r . A u n q u e e l s h e r i f f c o n s u s h o m b r e s d i ó u n a b a t i d a p o r l o s a l r e d e d o r e s , n o e n c o n t r ó a n a d i e , e x c e p t o a l d o c t o r D e e c h e r , m é d i c o p r i n c i p a l d e l a c o m p a ñ í a m i n e r a , h o m b r e c a s i d e g e n e r a d o , e l c u a l , a c o m p a ñ a d o d e u n i n d i v i d u o l l a m a d o S h i f l y J o e , s e d i r i g í a a v i s i t a r a u n e n f e r m o . D e s p u é s d e l a i n ú t i l b ú s q u e d a , e l s h e r i f f d e c i d i ó r e g r e s a r a l a c i u d a d , p e r o e l V o c t o r R o s w e l l , e n v i s t a d e l m a l t i e m p o , p r e f i r i ó a c a b a r d e p a s a r l a n o c h e e n l a c a b a ñ a , e n l a q u e s ó l o v i v i a a c c i d e n t a l m e n t e ü n m e s t i z o a q u i e n l l a m a b a n J o r g e e l S o ñ o l i e n t o . C o m o e n l a c a s a s o l a m e n t e h a b i a d o s c a m a s ; l a d e J o r g e , q u e e r a p e q u e ñ a , y o t r a m a y o r , s u f i c i e n t e p a r a d o s p e r s o n a s o c u p a d a e n t o n c e s p o r e l c a d á v e r d e l c h i n o , e l m e s t i z o q u e r í a t r a s l a d a r a l a c a m a p e q u e ñ a e l c a d á v e r , p e r o e l d o c t o r s e o p u s o a f i r m a n d o q u e n o s i e n d o s u p e r s t i c i o s o n o t e n i a i n c o n v e ­n i e n t e e n d o r m i r c o n u n m u e r t o . Y a s i l o h i z o c o n g r a n e s p a n t o d e J o r g e . M a s u n a v e z a p a g a d a l a l u z , n o d e j ó d e e x p e r i m e n t a r e l b r o m i s t a d o c t o r c i e r t a s e n s a c i ó n d e m i e d o a l p e n s a r q u e t e n i a u n c a d á v e r a s u l a d o , y c o m e n z ó a e x c i t a r s e s u i m a g i n a c i ó n h a s i a l l e g a r a d u d a r d e q u e s u c o m p a ñ e r o d e c a m a e s t u v i e s e r e a l m e n t e m u e r t o .

. » U N Q U E , d e s d e l u e g o , e s t a b a c o n v e n c i d o d e q u e m i c o m - p a ñ e r o d e c a m a y a e r a c a d á v e r , e n a l g u n o s m o m e n t o s

c a s i e s p e r a b a v e r l e m o v e r s e . E s c u c h é c o n a t e n d ó n p a r a c e r ­c i o r a r m e d e q u e n o r e s p i r a b a y r e c o r d é l a i l u s i ó n q u e a v e c e s i m o s i e n t e a l c o n t e m p l a r a u n m u e r t o , f i g u r á n d o s e q u e , d e u n m o m e n t o a o t r o , s e l e v a a h i n c h a r e l p e c h o p o r l a r e s p i r a c i ó n .

Ayuntamiento de Madrid

10 Gran Proyector

A p e s a r d e m i s r a z o n a m i e n t o s y d e m i c o n v i c c i ó n d e q u e t o d o e s o e r a n t o n t e r í a s , n o l o g r a b a c a l m a r l a e x c i t a c i ó n d e m i m e n t e . L a s i t u a c i ó n , m i s t e r i o s a p o r d e m á s , e n q u e m e e n ­c o n t r a b a p o d í a m á s q u e m i f u e r z a d e v o l u n t a d . ¿ E s t a r í a a c a s o f l o t a n d o p o r l a e s t a n c i a e l e s p í r i t u d e l c h i n o m u e r t o , a u n t u r b a d o q u i z á s p o r s u c r i m i n a l p a r t i c i p a c i ó n e n e l r o b o d e l c o l l a r d e p e r l a .s ?

T o d a s e s t a s r e f l e x i o n e s , q u e a l a l u z d e l d í a p a r e c e n e s t i í -Sid a -s , t e n í a n , d e n o c h e y e n a q u e l l a s c i r c u n s t a n c i a s , u n p o d e r e p r e o c u p a c i ó n m u y d i f í c i l d e v e n c e r .

S i n e m b a r g o , l a f u e r z a d e l c a n s a n c i o p u d o m á s q u e t o d o s l o s e n i g m a s d e l c a s o y , a l f i n , m e ( j u c d é d o r m i d o . A e l l o , s i n d u d a , c o n t r i b u y e r o n e l h a b e r c e n a d o b i e n y l a a g r a d a b l e t e m p e r a t u r a q u e r e i n a b a e n l a c a b a ñ a .

U n r a t o d e s p u é s ; q u i z á s a l c a b o d e u n a h o r a , m e d e s p e r t ó u n r u i d o c e r c a ­n o . c o m o s i f u e s e e l d e l a ¡ n i c r t a a l c e r r a r s e . A b r í l o s o j o s y m i r é a l r e d e d o r .E n t o n c e s r e c o r d é d ó n d e e s t a b a , p o r q u e m i m a n o s e p u s o e n c o n t a c t o c o n l a c a r a d e l c a d á v e r .

J o r g e d e s o b e d e c i ó , a l f i n , m i s ó r d e n e s , p o r q u e h a b í a e n c e n d i d o l a l u z , a u n q u e a l a s a z ó n a r d í a c o n l l a m a m u y b a j a .G r a c i a s a e l l o , p u d e v e r q u e s u c a m a e s t a b a d e s o c u p a d a y q u e m i p o n c h o h a b í a d e s a p a r e c i d o - D e e l l o d e d u j e q u e e l p o b r e J o r g e n o t u v o e l v a l o r d e c o n ­t i n u a r e n l a c a b a ñ a j - l i a b í a e s c a p a d o , p r o b a b l e m e n t e e n m i m i s m o c a b a l l o .R i é n d o m e , v o l v í a a p o y a r l a c a b e z a e n l a a l m o h a d a .

A s i , p u e s , S a m W o n g y y o é r a m o s l o s ú n i c o s o c u p a n t e s d e l a c a b a ñ a . D e h a ­b e r l o d e s e a d o , h u b i e s e p o d i d o t e n d e r m e e n l a c a m a d e J o r g e , p e r o u n a e s t ú p i d a t e s t a r u d e z m e i m p i d i ó h a c e r l o . E s m á s , e s t u v e p e n s a n d o s i h a r í a b i e n a p a g a n d o l a l u z y s ó l o d e j é d e h a c e r l o p o r p u r a p e r e z a .

P r e s t é o í d o a l o a s i l b i d o s d e l v i e n t o y a l r u m o r d e l a l l u i - i a , q n e s e g u í a g o l ­p e a n d o l a s p a r e d e s y l a s v e n t a n a s . M i r é a e s t a s ú l t i m a s y e n t o n c e s , c o n t o d a s e ­g u r i d a d , v i u n r o s t r o , c a s i s u m i d o e n l a o b s c u r i d a d , q u e m e e s t a b a c o n t e m p l a n ­d o . P e r o e s t o s ó l o d u r ó u n m o m e n t o , p u e s a l v o l v e r a m i r a r , c o m o l a l u z e r a t a n v a g a y e s c a s a , n o p u d e d i s t i n g u i r n i n ­g u n a o t r a c o s a .

D e s d e l u e g o , a t r i b u í a q u e l l o a l a i m a ­g i n a c i ó n e x c i t a d a p o r l a s c i r c u n s t a n c i a s e n q u e m e h a l l a b a , s i b i e n h e d e c o n f e s a r q u e , a p e s a r d e t o d o , e x p e r i m e n t a b a i m a s e n s a c i ó n m u y r a r a y m e d a b a n e s c a l o f r í o s . M e c e n s u r é d e s e r t a n c o ­b a r d e c o m o J o r g e , y , a l f i n , l o g r é d o ­m i n a r m e .

M e p a r e c í a p e r c i b i r t o d a v í a e l o l o r d e l c l o r o f o r m o q u e h a b í a e m p l e a d o . L u e g o ,c r e y e n d o q u e a u n h a b r í a r a s t r o s d e é l e n e l a m b i e n t e , r e s p i r é c o n f u e r z a , p a r a v e r s í d e e s t e m o d o c o n s e g u í a d o r m i r m e . C o n c e n t r é l a i m a g i n a c i ó n e n e l d e s e o d e c o n c i l i a r e l s u e ñ o y d e n u e v o m e q u e d é d o r m i d o .

T u v e u n s u e ñ o m u y e x t r a ñ o . S o ñ é q u e e s t a b a o c u p a d o e n o p e r a r a l p o b r e S a m W o n g y q u e c o n m i s i n s t r u m e n t o s a b r í a l a h e r i d a y m e e s f o r z a b a e n " e n c o n t r a r l a a r t e r i a p a r a l i g a r l a . D e c u a n d o e n c u a n d o i n t e r r u m p í a e l t r a b a j o p a r a a p l i c a r a l p a c i e n t e u n p o c o d e a n e s t é s i c o , m e d i a n t e u n a g a s a e m p a p a d a d e c l o r o f o r m o , a u e l e p o n í a s o b r e l a n a r i z . P e r o l a s e m a n a c i o ­n e s d e l a d r o g a l l e g a b a n á m i p r o p i o o l f a t o d e t a l ' m a n e r a q u e , p o r m o m e n t o s , s e n t í a c ó m o m e i b a m a r e a n d o , l i a s t a l l e g a r a t e m e r q u e , e n v e z d e q u e d a r a n e s t e s i a d o e l p a c i e n t e , l l e g á r i a a e s t a r l o e l d o c t o r . E r a u n s u e ñ o m u y c u r i o s o . N o p o d í a a l e ­j a r m e d e l a p e s a d e z q u e m e c a u s a b a l a a s p i r a c i ó n d e a q u e l l o s g a s e s . L u c h a b a j > o r n o a s p i r a r l o s , d e s e a n d o d e . s p e r t a r m e y c o n t i n u a r l a o p e r a c i ó n . P e r o n o p u d e . l , a c a b e z a m e d a b a v u e l t a s y e x p e r i m e n t a b a u n a r a r a s e n s a c i ó n e n e l c e r e b r o .

L u e g o , c o m o s i m i e s p í r i t u s e h u b i e s e d e s p r e n d i d o d e m i c u e r n o , m e v i t e n d i d o s o b r e u n a m e .s a , c u a l s i f u e s e n a o p e r a r ­m e . L a m e s a p a r e c í a e . s t a r f l o t a n d o e n e l e s p a c i o y l a r o d e a b a n o t r a s p e r s o n a s , m é d i c o s y e n f e r m e r a s , y p o r d o q u i e ^ e r a m u y p e n e t r a n t e e l o l o r d e l c l o r o f o r m o .

M i e n t r a s f l o t a b a e n a q u e l l u g a r , o í u n a s v o c e s , a u n q u e n o p u d e v e r a l a s p e r s o n a s q u e l a s p r o n u n c i a b a n , S u s p a l a b r a s s e r e p e t í a n n n a y o t r a v e z , « E s r a r o , ¿ v e r d a d ? » , d e c í a u n a d e e l l a s . « E s m u y r a t o q u e a n e s t e s i e m o s a u n d o c t o r p a r a o p e i M a u n e n f e r m o . »

P a r e c e m e n t i r a q u e u n a c e n a i n d i g e s t a , a a l t a s h o r a s d e la n o c l i e , p u e d a o c a s i o n a r t a l e s p e s a d i l l a s .

D e p r o n t o , s e o y ó o t r a v o z q u e d e c í a ; « V e r d a d e r a m e n t e v a m o s a t i e n t a s , P e r o e s p o s i b l e q u e e s t é n a q u í . » E s t a s p a l a ­

b r a s r e s o n a r o n u n a y o t r a v e z e n m i m e n t e , m i e n t r a s m e p a r e c í a s e r u n e s p i r i t u d e s p r e n d i d o d e l c u e r p o .

u e f l o t a b a p o r l a e s t a n c i a . P o r f i n , a l g u i e n e m p e z ó a d a r u e r t e s s a c u d i d a s a m i c u e r p o , a l m i s m o t i e m p o q u e u n a v o z

g r i t a b a : « ¡ D e s p i é r t e s e ! ¡ D e s p i é r t e s e ' »P u é a q u e l l a u n a s e n s a c i ó n t a n c u r i o s a c o m o c o n f u s a . L a

p e r s o n a q u e p r o n u n c i a b a t a l e s p a l a b r a s p a r e c í a e s t a r m n y l e j o s y t e n i a q u e f r a n q u e a r u n a d i s t a n c i a c o n s i d e r a b l e p a r a l l e g a r j u n t o a m i c u e r p o y s a c u d i r l o . P o r f i n l o h i z o c o n m a y o r v i g o r y e n t o d a s d i r e c c i o n e s . L a m e s a d e o p e r a c i o n e s p a r e c í a h a b e r s e c o n v e r t i d o d e n u e v o e n u n a c a m a , y m i e s p í r i t u v o l v i ó a p e n e t r a r e n e l c u e r p o . R e i n a b a e l m a y o r s i l e n c i o , i n t e r r u m ­p i d o t a n s ó l o p o r a q u e l l a v o z e x t r a ñ a . D e p r o n t o , m e d i c u e n t a d e q u e - e s t a b a t e n d i d o e n e l l e c h o y c a . s i d e s p i e r t o . E n t o n c e s , l a m i s m a v o z q u e h a b í a o í d o e n s u e ñ o s e m p e z ó a g r i t a r j u n t o a m f :

— ¿ E s t á u s t e d d e s p i e r t o ?A l a b r i l l o s o j o s , v i a m i l a d o a F r a n k G r e e n , e l a g e n t e d e l

s h e ñ f / . E r a y a d e d í a . F u e r a d e l a c a b a ñ a b r ü l a b a e s p l é n d i d a ­m e n t e e l s o l . E l a g e n t e s e r e í a .

— ¡ C a r a m b a ! S o n c a s i l a s d o c e d e l m e d i o d í a y a p e s a r d e e .s o m e h a c o s t a d o u n t r i u n f o d e s p e r t a r l e . P o r l o v i s t o h a d o r ­m i d o m u y b i e n a l l a d o d e l c h i n o m u e r t o . E s u s t e d u n h o m b r e

• s e r e n o , d o c t o r ,¿ A l l a d o d e l c h i n o m u e r t o ? ¡ A h , s i ! Y a m e a c o r d a b a .

Ayuntamiento de Madrid

Por el Collar de un Chino 11

M e i n c o r p o r é a ú n s o ñ o l i e n t o . I . a s v e n t a n a s e s t a l a n c e r r a d a s y e a l a e s t a n c i a s e p e r c i b í a t o d a v í a e l o l o r d e e l o r o f o r i r o . S i n d u d a d e j é m a l t a p a d a l a b o t e l l a d e s p u é s d e o p e r a r a S a m W o n g . T a m b i é n o b s e r v é q u e s o b r e l a m e s a e s t a b a l a g a s a q u e u t i l i c é c o m o m a s c a r i l l a y m e r e c o n v i n e p o r n o h a b e r l a t i r a d o .

E l o l o r d e l c l o r o f o r m o s e g u í a m o l e s t á n d o m e y a d e m á s h a b í a o t r o s o l o r e s q u e m e r e v o l v í a n e l c s í ó j i i a g o . T a m b a ­l e á n d o m e , b u s q u é l a s a l i d a y F r a n k a c u d i ó a s o s t e n e r m e y m e s a c ó a l a ir< ‘ i b r e .

E n c u a n t o m e v i ó u n p o c o m á s a l i v i a d o , e l b u e n m u c h a c h o r a e d i j o ;

— N o m e e x t r a ñ a , d o c t o r . Y o t a m b i é n m e h u b i e r a p u e s t o m a l o a l l a d o d e l c a d á v e r d e l c h i n o .

— N o e s e s o - - r e p l i q u é e n c u a n t o p u d e h a b l a r , — E s q u e e s t a m a d r u g a d a h e c o m e t i d o l a

t o n t e r í a d e t o m a r u n a c e u a i n d i g e s t a .

A u t i m e s e n t í a m a ­r e a d o . f a t i ­g a d o V d é ­b i l , F r a n k m e a c o r a p a -

V i u n r o s t r o c a s i s u m i d o e n l a

o b s c u r i d a d , a u e m e e s t a b a c o n t e m p l a n d r .

f i ó l e j o s d e l a c a s a y m e s e n t é a t o m a r e l s o l , c o n e l c u e r p o a p o ­y a d o e n e l t r o n c o d e t m á r b o l . E n t o n c e s m e d e j ó d i c i e n d o :

— Q u é d e s e a h í r e s p i r a n d o e l a i r e p u r o . Y a l e t r a e r é s u s c o s a s .A l v e r q u e J o r g e e s t a b a a l l í t a m b i é n , m e e s f o r c é e n r e c o r d a r

l o s s u c e s o s d e l a n o c h e y l o s r e p a s é u n o p o r u n o . D e e l l o s a q u é l a c o n c l u s i ó n d e q u e h a b í a h e c b o m a l e n c e n a r c o m o l o h i c e , p u e s , c o m o m é d i c o , b i e n s a b í a e l p e l i g r o a q u e r a e e x p o n í a .

F r a n k m e t r a j o l a c a j a d e i n s t r u m e n t o s , e l s o m b r e r o y o t r o s e f e c t o s d e m i p e r t e n e n c i a . L o s z a p a t o s y a e s t a b a n s e c o s y m e l o s p u s e . N o q u i s e e n t r a r d e n u e v o e n l a c a b a ñ a . E n t o n c e s a p a r e c i ó J o r g e t r a y e n d o e l c a b a l l o d e l a b r i d a , c o n e l p o n c h o a t r a v e s a d o s o b r e l a s i l l a . E s t o m e h i z o r e c o r d a r q u e d u r a n t e l a n o c h e o í e l r u i d o d e l a p u e r t a a l c e r r a r s e .

— ¡ H o l a , J o r g e ! — l e d i j e . — A p e s a r d e q u e n o f u i s t e c a p a z d e c o n t i n u a r e n l a c a b a ñ a , t e a d v i e r t o q u e h e d o r m i d o m u y b i e n .

— M i r e u s t e d , d o c t o r — m e c o n t e s t ó e l m e s t i z o . — E s u s t e d u n h o m b r e m u y v a l i e n t e , p e r o l e a d v i e r t o q u e , a p e s a r d e q u e d i j o q u e l o s m u e r t o s n o s e m o v í a n , h u b o m u c h o r u i d o e n l a c a s a d u r a n t e t o d a l a n o c h e . S í , s e ñ o r — a ñ a d i ó a l v e r q u e n j e s o n r e í a c o n e x p r e s i ó n d e i n c r e d u l i d a d . — E l m u e r t o e s t u v o

q u e t r a e l d c S i n g L i n g v q u e l o h a b í a n e n c o u t r a d o p o r a l l i , ;\ l a s a z ó n F r a n k y J o r g e p e n e t r a r o n e n l a c a b r ñ a p a r a s a c a r e l c a d á v e r , l . o c a r g a r o n t n t i c a b a l l o d e S i n g T . i n g y l o a t a r o n a l a .s i l la . Y o t a m b i é n m é p r e p a r é p a r a m o n t a r a m i v t z .

— I T i m e m e n t o , d o c t o r •• d i j o F r a n k , — V a s a b e n s t e d q u e n o q u i t e m o s e l e s c n i d n r n i n g u n a ¡ ¡ r t - c o u i i ó n y p o r c o n s i - g u i t n t c m e p e r m i t i r á q n e l e r e g i s t r e .

1,0 hizo, en efecto^ aunque sin ningún resultado, y yo, des­pués de rt-ÍT!iie, l e pregunté si habían encontrado algún iinlicio inteTf.sante.

— N o , s e ñ o r — c o n t e s t ó . - - N i s i q m e r a s a b e m o s c j i i i é n m a t ó a l p o l r e S r n i W c n g . J .a l l u v i a h a b o r r a d o t o d a s l a s h u e l l a s .

l l a m a n d o a l a s v e n t a n a s , g r i t a n d o y . . .— ¡ H o m b r e , e s o e r a l a t e m p e s t a Ú ' — l e d i j e r i é n d o m e .— N o , s e ñ o r . O í l a t e m p e s t a d , y a d e m á s o t r a s c o s a s . E n t o n c e s r a e f i j é e n q u e h a b í a o t r o c a b a l l o . J o r g e m e d i j o

( V K . é N T E c 1 c a m i n o d e r e g r e s o e l a i r e p r r o f u é d e v o l v i é n - d e m e p a r l e d e n i v i g o r , a u n q u e a u n s e n t í a b a . s t a n t e f a t i g a .

A l i : o e o r a t o n o t é u n l i g e r o e s c o z o r t n l a n i n ñ c c a d e r e c h a < iu e m e i n t p v l s a b a a r a s c a r m e . H a b í a a l l í u n p u n t i t o n e - g r o , q i i i z á .s d e b i d o a l a m o r d e d u r a d e u n a a r a ñ a , l ’ o r e -s o m e a b s t u v e d e r a s c a r r a r a n o c o r r e r t i p e l i g r o d e q u e s e i n f e c t a r a l a h e r i d a .

F r a n k l l e g ó d e s p u é s q u e y o a l p u e b l o , p o n p t e , n a t u r a l m e n t e , n o p e d í a i r t a n a p r i s a l l e v a n d o d c l a 1 r i d a t i c a b a l l o q u e t r a n s - p e r t a b n c l c a d á v e r . M e d i r i g í i n m e d i a t a m e n t e a u : i h a b i t a c i ó n , j ) a r a c a m b i a r i m p r e s i o n e s c o n n i i j e f e t i d o c t o r H e e c h c r , j i e r o n o e .s t a h a e n c a . s o . Y a d i j e a n t e s i p i e c o m p a r t í a m o s l a m i s m a v i v u n d a , a u n q u e c i i d a u n o d e n o s o t r t i s t e n í a m n e b l e s c i n s ­t r u m e n t o s p o r s e p a r a d o .

M i e n t r a s m e p r e p a r a b a n u n p o c o d e c a f é p a r a r e a n i m a r m e , m e d e d i q u é a a n o t a r e n m i r e g i s t r o e l C ít s o d e S a u i W o n g . T e u í a l a . c o s t u m b r e d c t o m a r n o t a d e t o t l o s l o s c s u s o s q u e t r a ­t a b a V a q u e l l a v e z q u L s e l i a c i r l o i n r a e d i a t a i i i e n t e . d a d o l o e x t r a o r d i n a r i o d e l c a s o .

C u a n d o m e d i s p u s e a e s c r i b i r , l a p l u m a e s t i l o g r á f i c a n o t e n í a t i n t a . C o m o t a m b i é n e s t a b a v a c í a l a b o t e l l a ( j u e h a b l a s o b r e l a m e s o , m e d i r i g í a l a d e m i j i f e , p ia r a l l e n a r l a p l u m a . G r a c i a s a l a t o r p e z a d e m i s m o v i m i e n t o s — a s i l o h e d e d e c i r — s e m e c a y ó a l s u e l o c l c a p u c h ó n d e l a p l u m a , q u e , n a t u r a l ­m e n t e , f u é a p a r a r d e b r j o d c l a m e s a . M e f u é p r e c i s o p o n e r m e ü g a t a s p a r a c c g e r l o . p t r c , e l r e t i r r r m c , c a l c u l é m a l l a e l e v a ­c i ó n d c l o s c a j o n e s d c l a m e s a y d i d e c a b e z a c o n t r a c l f o n d o d e i ' n o d e t i l o s .

S i n t m b a r p r , c l g o l p e f u é m u c h o m á s s u a v e d e l o q u e h a b í a d e s e r , c c i r c f i l o h u b i e s e a m i u c r a c o a l g i n a s u l . s l a u c í a . y , l o o u e e s u ' á s r r r o , s e m e q i ’ e d ó l a c a b e z a l i g e r a m e n t e p i g a d a a l f f i i d o d d c a j ó n , . D i u n a s a c u d i d a p ia r a l i b t r l a n n c y , a l I k v o r m e l a n i a u o a ! c a b e l l e , e n c e n t r é u n i n d a z o d e g o i i i a d e m a s c a r , c o f a o v e m e d i s g u s t ó .

E v i d e n t e m e n t e , B e e c h e r v o l v í a y a a i a s c o s t u m b r e s d e l a i n f a n c i a , c c m o l o d e m o s t r a b a t i h e c h o d " h a b e r p e g a d o b a j o e l r a j é n u n p e d a z o d o g e m a d e m a s c a r . A l s e p a r a r l o d e m i c a - b e l l o l o h i c e c o n t a n t a v i o l e n c i a q u e c o n é l s a l i e r o n d o s o t r e s h e b r a s v l o a r r o j é t o d o a l c e s t o d e l o s p a p e l e s . E n a q u e l m o ­m e n t o i n e a c o r d é d e q u e B e e c h e r n o t e n í a l a c o s t u m b r e d e m a s c a r g o m a , s i n o t a b a c o . P e r o s e m e o c u r r i ó q u e q u i z á s s e l e h a b í a t e r m i n a d o e l t a b a c o y s e h a b i a e n t r e t e n i d o m a s c a n d o g o m a , y , s i n d a r m á s i t n p o r t a n c i a a l a s u n t o , v o l v í a m i e s c r i t o - n o v t o m é n o t a d e l c a s o d e S a m W o n g .

C 'u a n d o s a l í c o n o b j e t o d e t o m a r c a f é , e n c o n t r é a l p o r t e r o e n l a a c o r a y l e p r e g u n t é s i a l g u i e n h a b í a i d o a v e r m e ,

— N o , s e ñ o r — m e c o n t e s t o , — p e r o R l i i f t y J o c h a v e n i d o d o s o t r e s v e c e s a v i s i t a r a l d o c t o r B e e c l i e r ,

¿ S h i f t y J o e ? M e S o b r e s a l t ó e l r e c u e r d o r u e . d e s p e r t ó e s t e i i t > in b r e . E l a g e n t e e n c o n t r ó j : o r l a m o n t a ñ a , a n o c h e a n t e r i o r , a l d o c t o r y a a q u e l i n d i v i d u o , q u i e n e s d i j e r o n q u e h a b í a n i d o a c u r a r l a m a n o e n f e r m a d e P e t e G a l v e s t o n . E l s h e r i f l , q u e d e s e a ­b a a v e r i g u a r q u i é n p u d o h e r i r s e a l p a s a r l a m a n o p o r l a v e n t a n a q u e t t n í a e l c r i s t a l r o t o , m e r o g ó q u e f u e s e a v i s i t a r a G a l v e s t o n , y y o l o h a b í a o l v i d a d o p o r c o m p l e t o . C o n v e n í a , p u e s , q u e l o a n t e s p o s i b l e f u e s e a d i s c u l p a r m e a n t e e l s h tT i jJ .

P e r s o n a l m e n t e m e i m p o r t a b a m u y p o c o S h i f t y J o e . E r a i m j u g a d o r p r o f e s i o n a l q u e g o z a b a d e m a l a r e p m t a c i ó n , d e m o d o q u e e l h e c h o d e q u e s e h u b i e s e v i s t o a l d o c t o r B e e c h e r e n s u c o m p a ñ í a n o h a b l a b a n a d a e n f a v o r d e m i j e f e y c o l e g a .

A l l l e g a r a l h o t e l d e S t o n y C r e e k , d o n d e s o l í a c o i n c f , e r a n y a c e r c a d e l a s c u a t r o d e l a t a r d e , y e l c a m a r e r o m e p r o ­

m e t i ó s e r v i r m e b u e n a c o m i d a . M i e n t r a s a g i i a r d a b a , e m p e c é a r a s c a r i n v o l u n t a r i a m e n t e l a d i m i n u t a h e r i d a q u e t e n í a e n l a m u ñ e c a , l a c u a l r a e m o l e s t a b a b a s t a n t e . S i n d i M m e h a b f a p i c a d o u n i n s e c t o m i e n t r a s d o r m í a a l l a d o d e l c m n o m u e r t o . E s t o m e d i ó b a s t a n t e a s c o . D e h a b e r s o s p e c h a d o l a p o s i b i l i d a d d e q u e p u d i e r a ' i c a i m e u n i n s e c t o d e u n a c a m a e x t r a ñ a , n o l i a y d u d a d e q u e h u b i e s e a r r o s t r a d o l a t e m j i e s t a d p a r a i r a d o r m i r a m i c a s a . M i e n t r a s c o m í a , f u i r e c o r d a n d o m i e x t r a ñ o s u e ñ o , a l g u n o d e c u y o s d e t a l l e s e s t a b a n f a n t á s t i c a -

Ayuntamiento de Madrid

12 Gran Proyector

m e n t e r e l a c i o n a d o s c o n l a n o c h e y e l l u g a r , s e g ú n o c u r r e c o n f r e c u e n c i a e n l o s s u e ñ o s . P e r o l o m á s r a r o d e l c a s o e r a q u e l a o e s a d i l l a c o n t i n u a b a p e r s i g u i é n d o m e d u r a n t e e l d í a .

A u n q u e a l a l u z d e l s o í l a s c o s á s t o m a b a n o t r o a s p e c t o m á s n o r m a l a u n m e s e n t í a m a r e a d o . L o a t r i b u í a h a b e r r e s ­p i r a d o u n a c a n t i d a d e x a g e r a d a d e á d d o c a r b ó n i c o , a c a u s a d e l a m a l a v e n t i l a c i ó n d e l a c a b a ñ a .

E l e s t a b l e c i m i e n t o d e S i n g L i n g e s t a b a y a e n p o d e r d e i a t x i l i c f a . q u e p r a c t i c ó u n r e g i s t r o c o m p l e t o , p e r o t o d a v í a n o l a b í a n e n c o n t r a d o c o s a a l g u n a . Y o m e d i n g f a l d e s p a d i o d e l

s h e r i f f , q u i e n m e r e c i b i ó c o r d i a l m e n t e .— i H o l a d o c t o r ! T e n g o e n t e n d i d o q u e h a d o r m i d o u s t e d

d e u n m o d o e s t u p e n d o . ¡ H a b r á p o c o s h o m b r e s c a p a c e s d e h a ­

c e r l o q u e u s t e d h a h e c h o !— L o c i e r ­

t o e s q u e h e d o r m i d o d e ­m a s i a d o y p o r e l l o n o m e e n c u e n ­t r o m u y b i e n ,P e r o í i e v e -

p o d í a s a l i r s i n s o m e t e r s e a u n r e g i s t r o d e s u p e r s o n a y d e s u s e f e c t o s , P a r a e l l o h a b i a t e n i d o q u e n o m b r a r a u n a s e r i e d e a g e n t e s ® o l u n t a r i o s , d i s p u e s t o s a n o . d e j a r p i e d r a s o b r e p i e d r a h a s t a e n c o n t r a r l a s f a m o s a s p e r l a s . P u e s t o q u e h a b í a c o n s e ­g u i d o c o g e r a P r i s c o I r i s h , q u e r í a e n c o n t r a r , t a m b i é n , e l c o l l a r p a r a o b t e n e r l a r e c o m p e n s a o f r e c i d a .

S i q u i e r e u s t e d , p u e d e r e g i s t r a r m i d e s p a c h o , s h e r i f f . S i e s n e c e s a r i o , n o d e j a r é d e h a c e r l o . A u n q u e l o m á s

n i d o , s h e r i f f , i r l e

■r

. . a p r e s e n t a r m i s e x c u s a s p o r - q u e n o m e h e a c o r d a d o d e v i ­

s i t a r a P e t e G a l v e s t o n c o m o u s t e d m e h a b í a i n d i c a d o . ¡ O h , n o s e a p u r e ! Y a h a b l a r é d e e s o c o n B e e c h e r .— ¿ D ó n d e e s t á ?— C r e o q u e h a i d o a h a c e r u n a v i s i t a .E l s h e r i f f m e c o m u n i c ó q u e h a b í a e s t a b l e a d o u n c o r d o n

d e v i g i l a n c i a e n t o m o d e l a p o b l a c i ó n , d e m a n e r a q u e n a d i e

S i n g L i n g s e e n c o g i ó d e h o m b r o s

p r o b a b l e e s q u e u n o d e l o s c h i n o s s e a e l a u t o r d e l r o b o ._ P e r o ¿ c o m o e s p o s i b l e q u e e s t u v i e s e n e n t e r a d o s d e l a

e x i s t e n c i a d e l a s p e r l a s ? ¿ A c a s o a l g ú n l a d r ó n d e S a n F r a n c i s c o a v i s ó a S i n g L i n g ? .

Y a m e l o l i e p r e g u n t a d o e s o v a r i a s v e c e s . P e r o c o n v i e n et e n e r e n c u e n t a q u e n a d i e p o d í a a d i v i n a r e l h e c h o d e q u e P r i s c o I r i s h v i n i e s e a e s t a p o b l a c i ó n n i n a d i e e s t a b a e n t e r a d o d e q u e é l h u b i e s e r o b a d o l a s p e r l a s . Y a c o m p r e n d e r á u s 1 « l q u e é l d e b i ó d e m o s t r a r s e m u y d i s c r e t o a c e r c a d e l p a r t i c u l a r .

— T i e n e u s t e d r a z ó n .( C o n t i n ú a e n l a p á g i n a b i )

Ayuntamiento de Madrid

X % •,

%

E S T E R R A LST O N

e n

L O V E A N D 1 .E A R N

d e l a « P a r a m o u n t r

Ayuntamiento de Madrid

' i - .

L O U lS W A L H E IMé n C O N D E N A D O

d e « A r t i s t a s A s o c i a d o s »

I-S ' ' Á '

'{■-

f d /

Ayuntamiento de Madrid

C H A R L E S B I C K F O R D

c í e l a « M e t r o - G o l d w y n - M a y e r » ,

e n u n a d e s u s m á s i n t e r e s a n t e s

c a r a c t e r i z a c i o n e s

,7

' W

■ í> ;- ''

Ayuntamiento de Madrid

G A R Y C O O P E R 1

d e l a « P a r a m o u n t » .

k n u n a s u g e s t i v a a c t i t u d ’

Ayuntamiento de Madrid

El HOMBRE Que PASÓ la CUARTA DIMENSIÓNa

Según el relato de R O B E R T O S T R O M E

' K ' 'to ■ A

ul

E n e l e s t r e c h o c o r r e d o r d e l a c á r c e l p a r e c í a p e s a r l a t e m i b l e s o m b r a d e l a m u e r t e . E l c a r c e l e r o , u n i f o r m ^ o d e a z t a , s e i n c l i n ó p a r a m i r a r p o r e l v e n t a n i l l o e n r e j a d o q u e d a b a

a l a c e l d a d e l c o n d e n a d o , V i ó a S t r o m e s e n t a d o e n s u c ^ a s t r o o c u p a d o t o d a v í a e n e s c r i b i r . F ,1 s i l e n c i o d a b a e s c m o m o s . E l g u a r d i a s e r e v o l v i ó i n q u i e t o e n s u a s i e n t o y c o n s u l t ó e l r e l o j q u e l l e v a b a e n l a m u ñ e c a . U n c u a r t o d e h o r a d e s p u é s l l e g a r í a n l o s m e n s a j e r o s d e l a m u e r t e .

R á p i d a m e n t e s e d e s l i z a b a n l o s m i n u t o s . S e o y ó r e s o n a r u n a p u e r t a d e h i e r r o , l o s p a s o s d e u n o s h o m b r e s e n e l c o r r e d o r y e l r u i d o d e v a r i a s l l a v e s q u e c h o c a b a n e n t r e s i . S t r o m e l e v a n t o l a c a b e z a , a b a n d o n a n d o l a e s c r i ­t u r a , d i ó u n s u s p i r o q u e m á s p a ­r e d a u n s o l l o z o y p r o s i g u i ó e n s u t a r e a . E l d i r e c t o r d e ¡ a c á r c e l , d o s v i g i l a n t e s y e l c a p e l l á n s e a c e r c a r o n a l a e s t r e c h a p u e r t a .

— T o d a v í a e .s t á e s c r i b i e n d o — d i j o e l c a r c e l e r o d e s e r v i c i o .

— Y a e s i a h o r a — s e l i m i t ó a c o n t e s t a r e l d i r e c t o r .

Y , s e g u i d o d e l s a c e r d o t e , p e n e ­t r ó e n l a c e l d a .

S t r o m e — q u e e n a q u e l i n s t a n t e d a b a p o r t e r m i n a d o s u t r a b a j o — s e p u s o e n p i e .

— ¿ E s t á u s t e d d i s p u e s t o ? — l e p r e g u n t ó e l d i r e c t o r s i n p o d e r d i s i ­m u l a r c i e r t a e m o c i ó n .

— C u a n d o u s t e d e s q u i e r a n — c o n ­t e s t ó S t r o m e c o n v o z c l a r a .

E l d i r e c t o r h i z o u n s i g n o y t o d o s s a l i e r o n p r e c e d i d o s p o r u n o d e l o s v i g i l a n t e s . E l r e o c a m i n a b a c o n p a s o s e g u r o , a p o y á n d o s e l i g e r a m e n t e e n e l b r a z o q u e l e o f r e c í a e l s a c e r d o t e , y d e t r á s s e g u í a n e l d i r e c t o r y e l o t r o v i g i l a n t e .

S i l e n c i o s a m e n t e , c o m o s i c o n t a s e l o s p a s o s , l a f ú n e b r e c o m i t i v a s i g u i ó p o r u n c o r r e d o r n o m u y l a r g o y s e d e t u v o a n t e u n a h a b i t a c i ó n c u y a p u e r t a e s t a b a a b i e r t a .

E l d i r e c t o r e n t r ó p r i m e r o y t r a s é l l o h i c i e r o n l o s v i g i l a n t e s c o n e l r e o e n m e d i o . A é s t e , a l t r a s p o n e r e l u m b r d , s e l e d o b l a r o n l a s p i e r n a s y p a r e c i ó q u e i b a a c a e r ; m a s s e r e p u s o e n s e ­g u i d a y p e n e t r ó e n l a e s t a n c i a , o c u ­p a d a p o r l a s a u t o r i d a d e s y l o s t e s t i ­g o s d e l a e j e c u c i ó n .

S i n o p o n e r r e s i s t e n c i a a l g u n a e l c o n d e n a d o s e d e j ó c o n d u c i r a u n s i ­l l ó n c o l o c a d o e n e ! c e n t r o . d e l a h a b i ­t a c i ó n . E s c u c h ó a t e n t a m e n t e l a s p a ­l a b r a s d e l s a c e r d o t e y d e s p u é s b e s ó c o n g r a n d e v o c i ó n e J c r u c i f i j o q u e l e a c e r c ó a l o s l a b i o s . H i z o e n t o n c e s a l d i r e c t o r u n a s e ñ a .1 p a r a q u e s e a c e r ­c a s e y c o n v o z e n t r e c o r t a d a , p e r o q u e o y e r o n p e r f e c t a m e n t e t o d o s l o s p r e s e n t e s , d i j o ;

— L a j u s t i c i a h u m a n a m e h a c o n -

^/wc«ttcKtffe «■evelo- cflófff w#t rcOjr «fi-

atttettfe cottde-' n a d o a m a e i^ o , e s - cethío dat^ante la wlCf- tna noch e d e sa vida .

€ n e s te nsanaset^Sto, e l con d en a d o re la ta conto, pot* tnedio d e atta tn ^ e n to s a tn a - tgainap e t e n t t f ic a - tn e n te eottstt*a ida , lo feo pasat* d e n a e s - t f o tnattdo a los fa n -

I tá stieos dotnittSos d e la ca a e ta dStnenston,

d e n a d o e q u i v o c a d a m e n t e y e s t o y r e s i g n a d o a s u f r i r s u f a l l o . E n e s t e ú l t i m o m o m e n t o d e m i v i d a c o n f í o ú n i c a m e n t e e n D i o s y e s p e r o q u e E l e n s u j u s t i c i a i n f i n i t a h a r á q u e a l g ú n d i a r e s p l a n d e z c a m i i n o c e n c i a .

Y , c a m b i a n d o d e t o n o , p r o s i g u i ó : S o b r e l a m e s a d e m i c e l d a h e d e j a d o e s c r i t a s u n a s c u ^ -

t i l l a s q u e l e n i e g o , s e ñ o r d i r e c t o r , h a g a l l e g a r a s u d e s t i n o . E n e l l a s , f o s p o c o s a m i g o s q u e n u n c a h a n c r e í d o e n m i c u l p a b i l i ­d a d e n c o n t r a r á n l a p r u e b a d e m i i n o c e n c i a y q u i z á s p u e d a n u t i l i z a r l a s a l g ú n d í a p a r a r e h a b i l i t a r m i m e m o r i ^

P r o f u n d a m e n t e e m o c i o n a d o , e l d i r e c t o r e s t r e c h ó l a m a n o d e S t r o m e e n s e ñ a l d e a s e n t i m i e n ­t o y s e r e t i r ó u n o s p a s o s .

A u n a s e ñ a l s u y a , l o s e m p l e a ­d o s s u j e t a r o n l o s b r a z o s y p i e r n a s d e l c o n d e n a d o y l e c o l o c a r o n s o ­b r e l a c a b e z a e l f a t í d i c o c a s c o . I n m s d i a t a m e n t e , u n e m p l e a d o d i ó p a s o a l a c o r r i e n t e e l é c t r i c a , y , u n o s s e g u n d o s d e s p u é s , l a j u s t i c i a d e l o s h o m b r e s s e h a b í a c u m p l i d o .

P o c o a p o c o , l o s p r e s e n t e s f u e ­r o n a b a n d o n a n d o l a h a b i t a c i ó n , e n c u y o a m b i e n t e p a r e c í a r e s o n a r a ú n e l e c o d e l a s ú l t i m a s p a l a b r a s d e S t r o m e ; « E n e l l a s l o s p o c o s a m i g o s q u e n u n c a c r e y e r o n e n m i c u l p a b i l i ­d a d e n c o n t r a r á n l a p r u e b a d e m i i n o ­c e n c i a y q u Í 2i á s p u e d a n u t i l i z a r l a s a l g ú n d í a p a r a r e h a b i l i t a r m i m e m o ­r i a . »

\ L c a b o d e u n o s d í a s , l o s a m i g o s d e ^ S t r o m e r e c i b í a n d e n t r o d e u n s o ­b r e q u e l l e v a b a e l m e m b r e t e d e l a d i r e c c i ó n d e l a c á r c e l d o n d e a q u é l h a b í a s i d o e j e c u t a d o , u n s e n s a c i o n a l m a n u s c r i t o , c u y o c o n t e n i d o — q u e r e p r o d u c i m o s a c o n t i n u a c i ó n — c o n s ­t i t u i r í a , d e s e r c i e r t o , l a r e v e l a c i ó n c i e n t í f i c a m á s i n c o n c e b i b l e y f a n t á s ­t i c a d e q u e s e t i e n e n o t i c i a e n n u e s ­t r o s i g l o d e i n v e n c i o n e s y m a r a v i l l a s .

Es c r i b o e s t a d e c l a r a c i ó n f i n a l p a r a j u s t i f i c a r o s , a m i g o s m í o s , a

l o s o j o s d e l m u n d o , v o s o t r o s q u e t a n t o h a b é i s l u d i a d o p o r e v i t a r m e l a t u m b a d e u n a s e s i n o y h a b é i s c o n t i ­n u a d o c r e y e n d o e n m i i n o c e n c i a , a p e s a r d e t o d a s l a s p r u e b a s q u e s i r v i e ­r o n d e b a s e p a r a q u e m e c o n d e n a s e e l j u r a d o y e l j u e z p r o n u n c i a r a c o n ­t r a m í l a s e n t e n c i a d e m u e r t e .

R e l a t a r é l o s i n c i d e n t e s d e l a d e s ­a p a r i c i ó n , y n o d e l a m u e r t e , d e l p r o f e s o r H e l m i n g .

E n l a m a ñ a n a d e l 6 d e j u m o r e c i b í u n a l l a m a d a t e l e f ó n i c a e n l a o f i c i n a d e l p e r i ó d i c o n e o y o r k i n o e n q u e e s ­t a b a e m p l e a d o c o m o r e d a c t o r d e a s u n t o s s e n s a c i o n a l e s . H e l m i n g m e h a b l ó d e s d e e l e x t r e m o o p u e s t o d e l a

Ayuntamiento de Madrid

18 Oran Proyector

l i n e a y m e r o g ó q u e f u e s e a v e r l e a q u e l m i s m o d í a , a l a u u a d e l a t a r d e , a s u l a b o r a t o r i o d e B r o o l d y n .

— V e n g a u s t e d p r e p a r a d o a p a s a r e l r e s t o d e l a t a r d e c o n ­m i g o — d i j o , — p u e s q u i e r o q u e p r e s e n c i e u n e x p e r i m e n t o q u e n o d u d o h a l l a r á s e n s a c i o n a l .

E x a m i n é l a l i s t a d e l a s c o s a s q u e t e n i a q u e h a c e r a q u e l d í a ■ v i q u e p o d í a a p l a z a r l a s t o d a s p a r a a c u d i r a l a i n v i t a c i ó n d e ' I m i n g , S u s f a n t á s t i c o s e x p e r i m e n t o s m e h a b í a n p r o p o r c i o ­

n a d o e x c e l e n t e s m a t e r i a l e s p a r a m i s a r t í c u l o s y h a s t a a l g ú n r e n o m b r e , d e m a n e r a q u e l e p r o m e t í q u e i r í a a v e r l e .

A d e m á s , e s p e r a b a q u e t e n d r í a a l g o d e i n t e r é s e x c e p c i o n a l q u e m e p e r m i t i e r a n o s o l a m e n ­t e é s c r i b i r u n a r t í c u l o p e r i o d í s ­

t i c o , s i n o t a m b i é n u n a r e s e ñ a e s p e c i a l p a r a u n a r e v i s t a c i e n t í ­f i c a , p o r q u e e l c a s o e s q u e t e n í a u r g e n t í s i m a n e c e s i d a d d e d i ­n e r o . D e s d e a l g u n o s m e s e s a t r á s i n i m a < l r e e s t a b a e n f e r m a , a c a u s a d e u n a l e s i ó n o r g á n i c a i n d e f i n i d a , y h a c í a v a s e i s s e m a n a s q u e s e h a l l a b a e n e l h o s p i t a l s o m e t i d a a u n t r a t a m i e n t o . C u a n ­t o d i n e r o h a b í a p o d i d o y o a h o r r a r , y a u n p e d i r p r e . ' t a d o . s i r v i ó p a r a e l i n ú t i l i n t e n t o á e d e v o l v e r l e l a s a l u d p e r d i d a .

C o s a d e m e d i a h o r a d e s p u é s d e . h a b e r h a b l a d o c o n I l e l m i n g , t e l e f o n e é a l h o s p i t a l p r e g u n t a n d o c ó m o s e g u í a m i m a d r e , p e r o m e c o n t e s t a r o n q u e e l d o c t o r S t u g g a r t d e s e a b a v e r m e .

M e a p r e s u r é a i r a i h o s p i t a l . E l f a c u l t a t i v o m e d i j o q u e m i m a d r e t e n í a u n c á n c e r , p e r o q u e , s i s e l a o p e r a b a d e n t r o d e b r e v e s d í a s , a u n h a b í a

C o n v a c i l a n l e s g e s t o s s a l i t d a m o s a a q u e l l o s d e s c o n o c i d o s s e r e s '

Ayuntamiento de Madrid

El Hombre qae Pasó a la Cuarta Dimensión 19

l a p o s i b i l i d a d d e q u e s e r e s t a b l e c i e s e . F u i l u e g o a l a h a b i t a c i ó n d e m i m a d r e , q u e m e a c o g i ó c o u u n a s o n r i s a a p e s a r d e l d o l o r q u e s e n t í a , y s i d e m o s t r ó e s t a r p r e o c u p a d a , n o e r a c i e r t a m e n t e p o r l a o p e r a c i ó n , s i n o p o r n o s a b e r c ó m o p o d r í a y o h a l l a r e l d i n e r o n e c e s a r i o .

Y o e s t a b a c a s i i n d i s p u e s t o a c a u s a d e m i e x t r e m a d o a p u r o . D e s p u é s d e p a g a r l o s s e t e n t a y c i n c o d ó l a r e s q u e i m p o r t a b a l a e s t a n c i a s e m a n a l d e l a e n f e r m a e n e l h o s p i t a l — d i n e r o q u e , d i c h o s e a e n t r e p a r é n t e s i s , h a b í a p e d i d o p r e s t a d o a m i j e f e , — n o m e q u e d a b a n e n e l b o l s i l l o m á s q u e t r e s d ó l a r e s y a l g u n o s

c e n t a v o s . Y d e s p u é s d e h a b l a r c o n e l d o c t o r S t u ^ a r t s u p e q u e l o s h o n o r a r i o s m í n i m o s q u e c o b r a r í a e l e s p e c i a l i s t a s e r í a n q u i n i e n t o s d ó l a r e s .

S i n d u d a , e l d o c t o r S t u g g a r t l e y ó e l a p u r o e n m i r o s t r o , p o r q u e m e d i j o :

— S o y b u e n a m i g o d e l d o c t o r B r o w n y e s t o y s e g u r o d e q u e n o t e n d r á i n c o n v e n i e n t e e n p r a c t i c a r l a o p e r a c i ó n s i n p e d i r e l d i n e r o a d e l a n t a d o . A s í p o d r á u s t e d d i s p o n e r d e u n a s e m a n a p a r a r e u n i r l a c a n t i d a d n e c e s a r i a .

L e d i a g r a d e c i d o l a s g r a c i a s y l e a s e g u r é q u e h a r í a c u a n t o d e m í d e p e n d i e s e , a u n q u e , e n r e a ­l i d a d , n o s a b i a c ó m o r e u n i r a q u e ­l l a s u m a . Y , d e s e s p e r a d o y a p o r m i s d e u d a s , a ñ a d í :

E s t o y t a n a p u r a d o ,q u e a n t e s q u e p e d i r p r e s ­t a d o , p r e f e r i r í a v e n d e r ­m e e l a l m a p o r e s o s q u i ­n i e n t o s d ó l a r e s .

— N o d i g a u s ­t e d t o n t e r í a s — r e -§l i c ó s e c a m e n t e e l

o c t o r , y l u e g o , c o n m a y o r b o n - d a d , a ñ a d i ó : — C u a n d o s e n e c e s i t a d i n e r o ,

D e p r o n t o , d o s m u c h a ­c h a s s e s e p a r a r o n d e l g r u p o y s e a c e r c a r o n

a n o s o t r o s .

Ayuntamiento de Madrid

20 Gran Proyector

s i e m p r e a c a b a u n o p o r e n c o n t r a r l o . N o s e p r e o c u p e , p o r q u e t o d o s e a r r e g l a r á .

P r o n u n c i e a l g u n a s p a l a b r a s d e a s e n t i m i e n t o y l u e g o , c o m o y a e r a c e r c a d e l m e d i o d í a , t o m é e l m e t r o e n d i r e c d ó n a B r o o k - l y n .

C L p r o f e s o r H e l m i n g v i v í a e n u n a c a l l e m u y t r a n q u i l a , c e r c a ^ d e l P r o s p e c t P a r k , e n u n a v i e j a c a s a d e d o s p i s o s , e d i f i ­c a d a m á s a d e n t r o d e l a r a s a n t e d e l a c a l l e . E l m i s m o H e l m i n g s a l i ó a r e c i b i r m e a l a p u e r t a d e s u e s t u d i o , s a l u d á n ­d o m e c o n s u c a r a c t e r í s i i c a a m a b i l i d a d . M e o f r e c i ó u n a s i l l a y d e s p u é s d e d a r m e u n c i g a r r o p r o c e d i ó a c a r g a r s u p i p a . E r a u n h o r a t r e d e e l e v a d a e s t a t u r a , c o r p u l e n t o , d e t r e i n t a y t a n t o s a ñ o s , d e o j o s a z u l e s y f r e n t e e s p a c i o s a .

Q u e d ó s e e n p i e , a n t e m í , e x a m i n á n d o m e c o n c i e r t o h u m o ­r i s m o . L u e g o , s i n m á s p r e á m b u l o , e x c l a m ó :

— N o s e a p u r e ; h o m b r e , q u e e l c a s o n o e s t a n m a l o c o m o l e p a r e c e .

— i Q u é c a s o ? — p r e g u n t é .— E l q u e l e p r e o c u p a , s e a e l

q u e f u e r e . P o r e .s a c a r a q u e p o n e , c u a l q u i e r a c r e e r í a q u e e s t á a p u n ­t o d e a c a b a r s e e l m u n d o .

T r a t é d e e v i t a r l a r e s p u e s t a , p e r o é l , c o n s u b o n d a d , m e o b l i g ó a c o n f i a r l e m i s p e s a r e s .

— ¿ N o e s m á s q u e e s o ? — p r e ­g u n t ó e n c u a n t o h u b e t e r m i n a ­d o . — P n e s t i e n e f á c i l r e m e d i o .P u e d o p r e s t a r l e a h o r a m i s m o l o s q u i n i e n t o s d ó l a r e s . P r e c i s a m e n t e e s t a m a ñ a n a s a q u é d e l b a n c o e s t a c a n t i d a d p a r a p a g a r a m i s a y u ­d a n t e s y l o s g a s t o s d e m i a m a d e l l a v e s . P e r o c o m o p u e d o r e t i r a r m a ñ a n a m á s d i n e r o , n o h a y i n ­c o n v e n i e n t e e n p r e s t a r l e a u s t e d e l q u e a h o r a t e n g o .

S e s a c ó n n a c a r t e r a d e l b o l s i l l o y c o n t ó l o s b i l l e t e s s o b r e l a m e s a , m i e n t r a s y o p r o t e s t a b a d é b i l m e n ­t e , d i c i e n d o q u e n o p o d í a a c e p t a r , p o r i g n o r a r c u á n d o p o d r í a d e v o l ­v e r a q u e l l a s u m a .

— D e n t r o d e d i e z a ñ o s a p a r t i r d e h o y — d i j o é l . s o n r i e n d o . — E s ­t o y d i s p u e s t o a e s p e r a r a q u e p u e ­d a h a c e r l o s i n e x t o r s i ó n a l g u n a .

C o n u n g e s t o d e m a n o a c a l l ó l a e x p r e s i ó n d e m i a g r a d e c i m i e n t o y a ñ a d i ó :

— N o p u e d o o c u l t a r l e q u e m i g e n e r o s i d a d t i e n e u n m o t i v o e g o í s -

. p o r q u e q u i e r o q u e e s c u c h e u s t e d a t e n t a m e n t e ^ a M p h c a c i ó n a l g o c o m p l i c a d a y l u e g o s e a t e s ü g o d e u n

“ á s a t r e v i d o q l e s e h a i n t e n t a d o t o d e q u e e l m u n d o e s m u n d o . Y e s t o y s e g u r o d e

m a n e r a m u y d e U c a d a d e a c a l l a r m i s e s c r ú p u l o s . ^ c o m o ^ t a b a e n e l s i l l ó n , m e a c e r q u é h a c i a l a m e s a

q u e n ^ s e p a r a b a y m e q u e d é m i r á n d o l e .„ ♦ u s t e d a l g u n a i d e a d e l o q u e s e q u i e r e i n d i c a r p o rc o ^ d i m e n s i ó n ? — m e p r e g u n t ó s i n d a r i m p o r t a n c i a a l a

c u a l q ^ u i e r a l e h a b r í a c o n t e s t a d o q u e s i , p e r o e n c o n - n m a n o p o i M a h a c e r l o m i s m o c o n e l p r o 'e s o r H e l m i n g . P o r

e s o l e r e p l i q u é c o n s i n c e r i d a d :

e n T o ^ ^ a d ? ! ^ r e l a d o n a d o c o n e l t i e m p o y e l e s p a c i o

E l p r o f e s o r n o p u d o c o n t e n e r n n a s o n r i s a .d u d a h a I d d o u s t e d a l g u n o s a r t í c u l o s d e v u l g a r i z a -

n a c C T c a d e l a t e o r í a d e E i n s t e i n . P e r o n o i m p o r t a . V a m o s a v e r s i p u e d o e x p l i c á r s e l o c l a r a m e n t e . Y a s a b e u s t e d q u e v i v i m o s e n i m m u n d o d e t r e s d i m e n s i o n e s , d e m a n e r a q u e u n n o m b r e p u e d e m o v e r s e e n t r e s d i r e c c i o n e s : h a d a a r t i b a y n a c í a a b a j o , a c a d a u n o d e s u s l a d o s y d e a t r á s h a d a a d e l a n t e d i m 'u v e r e a . A h o r a b i e n : ¿ p u e d e u s t e d i m a g i n a r s e u n a c u a r t a

u n m o m e n t o y c o n t e s t é q u e n o p o d í a c o n c e b i r s i q u i m a l a p o s i b i l i d a d d e s e m e j a n t e c o s a .

. * s n i o s a v e r s i c o n s i g o h a c e r l e c o m p r e n d e r e n q u é p u e d e c o n s i s t i r l a c u ^ a d i m e n s i ó n . I m a g í n e s e u n s e r t a n i n t e l i g e n t e c o m o n s t e d m i s m o , p e r o q u e v i v i e s e e n u n m u n d o d e d o s d i -

Emprendimos un viaje extraño a ira- ves de un mundo si­lencioso, sumidos siempre en una se- miobscuridad. Pa­sábamos a ira ves de las personas, que gesticulaban y ha­blaban en silencio a nuestro alrededor.

m e n s i o n e s , e n v e z d e t r e s . I l n s e r a p l a n a d o q u e , p a r a c o m . p r e n d e r m e j o r e l c a s o , d i r e m o s q u e v i v e e n t r e d o s h o j a s c r i s t a l . P o d r í a i r h a c i a a t r á s y h a c i a a d e l a n t e y h a c i a c a d a d e s u s l a d o s , p e r o n o p o d r í a n i s u b i r n i b a j a r . A d e m á s , e s t e s e r n i s i q u i e r a t e n d r í a l a p o s i b i l i d a d d e m i r a r h a c i a a r r i b a o h a c i a a b a j o . H a b r í a n a c i d o é n t r e l e s d o s c i s t a l e s y a l l í h a b r í a p a s a d o t o d a s u v i d a , l l e v a n d o a c a b o s u s o c u p a c i o n e s d e n t r o d e l a s d o s d i m e n s i o n e s p o s i b l e s p a r a é l . C o m o e s n a t u r a l l e r e s u l t a r í a i n c o n c e b i b l e u n a t e r c e r a d i m e n s i ó n o d i r e c c i ó n l o m i s m o q u e s e l o r e s u l t a a u s t e d i m a g i n a r l a c u a r t a ¿ S i g u e u s t e d i n i r a z o n a m i e n t o ?

— S í , s e ñ o r — l e c o n t e s t é . — C o m p r e n d o p e r f e c t a m e n t e su e x p l i c a c i ó n . Q u i e r e u s t e d d e c i r q u e p a r a t a s e r n o e x i s t i r í a n a d a p o r e n c i m a n i p o r d e b a j o d e é l . E s d e c i r u n s e r d e la s e g u n d a d i m e n s i ó n p o d r í a s e r , p o r e j e m p l o , l a i m a g e n r e f l e i a - d a e n e l e s p e j o . ■'

— E x a c t a m e n t e . A h o r a i m a g í n e s e q u e u s t e d o y o , s e r e s q u e v i v i m o s e n u n m u n d o d e t r e s d i m e n s i o n e s , c o n t e m p l á s e m o . s

p o r e n c i m a d e l c r i s t a l l a v i d a y l o s t r a b a j o s d e e s o s s e r e s a p l a n a ­d o s , S u p ó n g a s e q u e e s t a m o s v i e n ­d o a d o s d e e s o s i n d i v i d u o s q u e h a b l a n e n t r e s í . y , d e p r o n t o , u s ­t e d s e i n c l i n a h a c i a e l l o s , l e v a n t a l a h o j a d e c r i s t a l s i n m o l e s t a t l e . ' y t o m a u n o d e t a l e s s e r e s e n l a m a n o . ¿ P u e d e i m a g i n a r s e e l a s o m ­b r o d e l o t r o s e r a l d a r s e c u e n t a d e q u e s n a m i g o , q u e e s t a b a f r e n t e a é l y c o n q u i e n h a b l a b a , h a d e s - a p a r e c i d o d e p r o n t o d e s u v i s t a ? L a c o s a s e r í a p a r a é l u n m i l a g r o i n e x p l i c a b l e . Y l u e g o , m i e n t r a s s i ­g u i e r a a t ó n i t o p o r l o o c u r r i d o u s t e d p o d í a d e j a r d e n u e v o a s u c o m p a ñ e r o e n e l m i s i n o l u g a r d e d o n d e l o s a c ó , p e r o v u e l t o d e l r e ­v é s , e .s d e c i r , c o n e l l a d o s u p e r i o r h a c í a e l s u e l o . E l p o b r e e s p e c t a d o r s e m o r i r í a d e h o r r o r . E s o e q u i v a l ­d r í a a q u e y o , s e n t a d o a n t e u s t e d , d e s a p a r e c i e s e d e p r o n t o y u n m o ­m e n t o d e s p u é s v o l v i e s e a p r e s e n ­t a r m e a n d a n d o c o n l a c a b e z a .

M o v í a c o m p a s a d a m e n t e l a c a ­b e z a d e a r r i b a a a b a j o , p a r a s i g n i ­f i c a r q u e c o m p r e n d í a , y l u e g o p r e s t é a t e n c i ó n a u n r u i d o q u e y a m e v e n i a p r e o c u p a n d o d e s d e e l

i r i m e r m o m e n t o d e h a l l a r m e e n a e s t a n c i a . E r á e l d é b i l m a u l l i d o

d e u n g a t o . A l p r i n c i p i o s e o y ó c e r c a d e l l a d o d e l a m e s a d e H e l -

r a i n g , p e r o l u e g o l o p e r c i b í j u n t o a m i s p i e s . N o e r a m á s q u e l a s o m b r a , p o r d e c i r l o a s i , d e l m a u l l i d o d e u n g a t o , y s u p u s e q u e p r o c e d e r í a d e l s ó t a n o d e l a c a s a . S i n e m b a r g o , e x p e r i m e n ­t a b a l a e x t r a ñ a s e n s a c i ó n d e q u e n o e r a a s í . S e d e j a b a o í r c o m o s i e l g a t o e s t u v i e s e a m i l a d o , p a s á n d o m e p o r e n t r e l a s p i e r n a s , c o m o s u e l e n h a c e r e s o s a n i m a l e s . P e r o a l m i r a r a l s u e l o n o v e í a c o s a a l g u n a , p o r m á s q u e t o d o m e d a b a l a r a r a i m p r e s i ó n d e q u e e l a n i m a l i t o e s t a b a a l l l y s e e s f o r z a b a e n l l a m a r m e l a a t e n c i ó n .

— D u r a n t e m u c h o s a ñ o s — c o n t i n u ó e x p l i c a n d o e l p r o f e ­s o r — m e h e e s f o r z a d o e n h a l l a r l a d i r e c c i ó n e n q u e p u d i e r a e n c o n t r a r s e l a c u a r t a d i m e n s i ó n . L u e g o , a f u e r z a d e f i g u r a r m e y o m i s m o u n s e r d e d o s d i m e n s i o n e s s o l a m e n t e , h e c o m p r e n ­d i d o , d e p r o n t o , d ó n d e s e h a l l a b a . D e s d e e n t o n c e s , e l p r o b l e m a h a c o n s i s t i d o e n c o n s t r u i r u n a m á q u i n a c a p a z d e s a l i r d e e s t e m u n d o d e t r e s d i m e n s i o n e s y p a s a r a l d e c u a t r o , d e l a m i s m a m a n e r a q u e e l s e r d e d o s d i m e n s i o n e s p o d r í a d e s e a r o t r a m á ­q u i n a q u e , r o m p i e n d o l a p l a n c h a d e c r i s t a l , l e l l e v a s e h a s t a l a t e r c e r a d i m e n s i ó n .

L u e g o a ñ a d i ó ;— S e p a u s t e d , S t r o m e , q u e d e s p u é s d e d i e z a ñ o s d e e x p e r i ­

m e n t o s h e l o g r a d o c o n s t r u i r l a m á q u i n a n e c e s a r i a .M e q u e d é m i r á n d o l e . ¿ S e h a b r í a v u e l t o l o c o ? ¿ Q u e r r í a c h a n ­

c e a r s e d e m í ? E l p r o f e s o r s o s t u v o t r a n q u i l a m e n t e m i m i r a d a . D e p r o n t o , m e p u s e e n p i e d e u n s a l t o , p o r q u e e l m a u l l i d o q u e a n t e s r e s o n a r a e n t r e m i s p i e s s e o y ó s o b r e m i s r o d i l l a s , c o m o s i e l g a t o s e h u b i e s e s u b i d o a e l l a s . A c a s o h i c e m a l e n s a l t a r s i n m o t i v o , c o m o p u d i e r a h a b e r l o h e c h o u u a m u j e r a s u s t a d i z a , p o r q u e h u b e d e e x c l a m a r :

— ¡ P e r o s i n o h a y n i n g ú n g a t o !E l d e b i ó d e a d i v i n a r m i s p e n s a m i e n t o s , p o r q u e r e p l i c ó ;

Ayuntamiento de Madrid

El Hombre que Pasó a la Cuarta Dimensión 21

S i é n t e s e , S t r o m e . D e n t r o d e u n m o m e n t o s e l o e x p l i c a r é .O b e d e c í . « S i n d u d a , p e n s é , H e l m i n g q u i e r e d i v e r t i r s e a c o s t a

m ia . T e n d r é u n p o c o m á s d e p a c i e n c i a . * C r e o q u e y a s o n s u p e r f i n a s m á s e x p l i c a c i o n e s — d i j o . —

H e c o n s t r u i d o u n a m á q u i n a t j u e p u e d e t r a n s p o r t a r m e a l a c u a r t a d i m e n s i ó n . S é q u e f u n c i o n a b i e n p o r q u e y a l a l i e p r o ­b a d o . E s t o l e e x p l i c a r á e l m i s t e r i o d e l g a t o . E s t a m a ñ a n a , a n t e s d e t e l e f o n e a r a u s t e d , h i c e e l e x p e r i m e n t o c o n e l a n i m a - l i t o . I r e p u s e e n l a m á q u i n a y m o v í l a p a l a n c a q u e p u e d e l l e v a r c u a l q u i e r s e r v i v o a l a c u a r t a d i m e n s i ó n o d i r e c c i ó n . L o m a l o f u é q u e e l g a t o s a l t ó a n t e s d e q u e h u b i e s e t e r m i n a d o e l e x p e ­r i m e n t o y , p o r t a n t o , a h o r a n o s e h a l l a n i e n l a c u a r t a n i e n l a t e r c e r a d i m e n s i ó n , s i n o e n a l g ú n e s p a c i o i n t e r m e d i o , c o n d e n a d o a i r d e u n l a d o a o t r o , t a l v e z p o r t o d a l a e t e r n i d a d , e n t r e d o s m u n d o s .

¿ E s t a r í a l o c o o q u e r r í a b r o m e a r ? _M u y p r e o c u p a d o e x a m i n é s u r o s t r o .P e r o n o h a b l a n i n g ú n i n d i c i o d e l o c u ­r a e n a q u e l l o s o j o s c l a r o s y a z u l e s , n i e n s u t r a n q u i l o c o n t i n e n t e , n i e n s u a c t i t u d f r í a y p o n d e r a d a .

I n d u d a b l e m e n t e , q u e ­r ía d i v e r t i r s e u n p o c o a: c o s t a m í a . P e r o ¿ p o r q u é ?E n f i n , p u e s t o q u e s e h a -

q u e , p u e s t o s c o n e l m a y o r o r d e n , v i m a t r a c e . s , m á q u i n a s p a r a p e s a r y e n s a y a r , h o r n o s e l é c t r i c o s y m ü a p a r a t o s m á s c u y o u s o n o h a b r í a p o d i d o a d i v i n a r s i q u i e r a .

A l l l e g a r a l e x t r e m o o p u e s t o a l a p u e r t a d e l l a b o r a t o r i o s e v o l v i ó h a c i a m í y d i j o ;

— L a m á q u i n a s e h a l l a e n u n c u a r t i t o d e l s ó t a n o . E s u n a e s t a n c i a s e c r e t a , q u e i n c l u s o i g n o r a n m i s a y u d a n t e s . L a h e h e c h o y o m i s m o y l a c o n s t r u c c i ó n d e l a m á q u i n a l a h e l l e v a d o a c a b o d u r a n t e l a s n o c h e s , c u a n d o m e h a l l a b a e n l a s o l e d a d m á s c o m p l e t a . S e r á u s t e d e l p r i m e r o , d e s p u é s d e m í m i s m o y d e l g a t o , e n e n t r a r a l i í y ú fe r l a m á q u i n a .

M i r é p o r e l s u e l o , a t o d o m i a l r e d e d o r , y n o p u d e v r a n i n g u ­n a t r a m p a n i m a n e r a d e p e n e t r a r e n l a s e c r e t a e s t a n d a ,

— N o s e p r e o c u p e — d i j o m i a m i g o r i é n d o s e .

L u e g o , d e s l i z a n d o l a m a n o p o r d e b a j o d e u n o d e l o s b a n c o s , o p r i ­m i ó l u i b o t ó n . E l s u e l o q u e t e n í a d e l a n t e d e m í r e t r o c e d i ó h a s t a d e j a r a l d e s c u b i e r t o u n a g u j e r o n e g r o , q u e , u n m o m e n t o d e s p u é s ,

q u e d ó i n u n d a d o p o r l a l u z v e r d o s a y f a n t a s m a l d e u n a s p o d e r o s a s l á m p a r a s d e v a ­p o r d e m e r c u r i o ,

H e l m i n g s e q u i t ó e l g a ­b á n y l o d e j ó e n e l b a n c o . L u e g o , m i e n t r a s s e s a c a b a

d e l b o l s i l l o d e l c h a l e ­c o a l g u n a s m o n e d a s s u e l t a s — q u e d e j ó a l l a d o d e l g a b á n — e x ­

p l i c ó :

R o b e r t o , R o b e r t o m i ó .V u e l v e y d e m u é s t r a l e s

. q u e e r e s i n o c e n t e .

b í a m o s t r a d o t a n b o n d a d o s o c o n m i g o , l o m e n o s q u e p o d í a h a c e r y o e r a t o m a r a b i e n l a c o s a y a s í , s o n r i e n d o , l e d i j e ;

— P a r e c e m u y i n t e r e s a n t e . S u p o n g o q u e t e n d r á u s t e d l a b o n d a d d e m c s l ’r a n n e l a m á q u i n a , ¿ v e r d a d ?

— S f — c o n t e s t ó . — P r e c i s a m e n t e p a r a e s o l e h e l l a m a d o - V e n g a u s t e d .

M e h i z o s a l i r d e l a c a s a , a t r a v e s a m o s e l p a t i o e n q u e c u l t i ­v a b a a l g u n a s p l a n t a s d e f l o r e s y m e l l e v o a u n a e s p e c i e d e c o b e r t i z o d e h o r m i g ó n . A b r i ó l a p u e r t a y e n t o n c e s m e v i e n s u l a b o r a t o r i o . E r a u n a e s t a n c i a e n o r m e , d e c a t o r c e m e t r o s d e l a r g a p o r v e i n t i c u a t r o d e a n c h a , c o n v e n t a n a s e n t o d o s s u s l a d o s . D e b a j o d e e l l a s h a b f a v a r i o s b a n c o s d e t r a b a j o , e n l o s

i

N o p u e d e i f e v a r á e e n c i m a n a d a d e m e t a l p a r a h a c e r e s t ap r u e b a . M e j o r s e r á q u e h a g a u s t e d l o m i s m o q u e y o . D e j e a h í l a s m o n e d a s s u e l t a s , e l r e l o j y t o d o o b j e t o m e t á l i c o q u e l l e v e c o n s i g o .

S a q u é d e m i b o l s i l l o l a s e s c a s a s m o n e d a s q u e l l e v a b a y l a s d e j é s o b r e e l b a n c o . R e g i s t r é l o s d e m á s b o l s i l l o s y s a q u é u n g e m e l o d e m e t a l y u u l l a v e r o c o n l l a v e s , y l o p u s e t o d o a l l a d o d e m i d i n e r o .

— D e j e u s t e d t a m b i é n e l r e l o j — d i j o é l .( C o n t i n ú a e n l a p á g i n a 6 9 )

Ayuntamiento de Madrid

LA S A N T Ade Nuestra Señora

Una institución SECULAR ESPAÑOLA

CO N « t e n o m b r e s e c o n o c e e n E s p a ñ a l a C o f r a d í a e n c a r g a d a d e

a u x i l i a r e s p i r i t u a l y t e m p o r a l m e n t e a l o s r e o s q u e l a J u s t i c i a d e s t i n a a l ú l t i m o s u p l i c i o , d a n d o a s u s c a d á v e r e s s e p u l t u r a

e c l e s i á s t i c a .E l o r i g e n d e l a p i a d o s a i n s t i t u c i ó n e s a n t i q u í s i m o . I /O S c r o n i s t a s

n o s h a b l a n y a , c o m o s u m á s d i r e c t a a n t e c e s o r a , d e l a C o f r a d í a d e l C a m p o d e l R e y , i n s t i t u i d a e n e l r e i n a d o d e d o n J u a n I I d e C a s t i l l a e l r a o 1 4 2 1 p a r a a s i s t i r y d a r s e p u l t u r a a l o s q u e m o r í a n p o r l a J u s ­t i c i a . T e n í a l a O r d e n u n h o s p i t a l e n l o s t e r r e n o s c e r c a n o s a l a R e a l A l m e r í a a c t u a l y , c u a n d o s e l l e v ó a c a b o l a r e f i m d i c i ó n d e l o s o n c e e x i s t e n t e s e n l a c o r t e e n u n s o l o h o s p i t a l g e n e r a l b a j o c l r e i n a d o d e F e l i p e I I . l o s h e r m a n o s d e l a C a r i d a d l l e v a r o n l a i m a g e n d e la

V i r g e n q u e v e n e r a b a n a l a i g le .s ia d e A n t ó n M a r t m y , p o c od e s p u é s , a l a d e S a n t a C r u z , c e d i e n d o a l a C o r o n a la

f i n c a e n q u e e s t a b a e n c l a v a d o e l h o s p i t a l .C o n l a m i s m a f i n a l i d a d c r i s t i a n a n a c i ó d e .s p u é s ,

a c a s o p a r a c o n m e m o r a r l a p a z a j u s t a d a e n t r e l o s C o m u n e r o s y l a s t r o p a s d e l r l c a i d e d e la

c á r c e l d e l A l c á z a r , o t r a h e r m a n d a d l l a m a d a d e N u e s t r a S e ñ o r a d e l a P a z q u e , p a s a n d o p o r a n á l o g a s v i c i s i t u d e s q u e l a a n t e r i o r ,f u é t a m b i é n a a l b e r g a r s e e n l a i g l e s i a d eS a n t a C r u z .D e t a l i d e n t i d a d d e f i n e s s u r g i ó l a i n ­e v i t a b l e c o m p e t e n c i a . E n c a d a e j e c u c i ó n

s e o r i g i n a b a n d i . r o u t a s e n t r e l o s h e r m a n o s d e i m a y o t r a c o f r a d í a y e l d e s e o d e c o n ­

c o r d i a s u g i r i ó l a f u s i ó n q u e s e l l e v ó a c a b o e l 1 1 d e f e b r e r o d e 1 7 9 6 .

L a s c r ó n i c a s r e g i s t r a n t a m b i é n o t r a s o b r a s p i a d o s a s d e l a h e r m a n d a d f u s i o n a d a q u e . a l

q u e d a r l i b r e d e l o s c u i d a d o s d e l a h o s p i t a l i z a ­c i ó n , i n s t i t u y ó d o t e s p a r a c a s a r h u é r f a n a s p o b r e .s

y d i ó d e c o m e r p o r e s p a c i o d e m u c h o s a ñ o s e n la.s t r e s P a s c u a s a l o s r e o s d e l a s c á r c e l e s d e l a C o r t e .

P e r o , a t r a v é s d e l t i e m p o , p e r d i d a l a c o s t u m b r e d e e s o s s o c o r r o s , s ó l o s u b s i s t e l a q u e v e r d a d e r a m e n t e c a r a c t e r i z a a

l a C o f r a d í a ; l a a s i s t e n c i a a l o s r e o s e n c a p i l l a .L a s c r ó n i c a s a n u e s t r o a l c a n c e n o d i c e n m á s , p e r o e s i n d u d a b l e

— p e n s a m o s — q u e e n l o s a r c h i v o s d e l a H e r m a n d a d e x i s t e n d o c u ­m e n t o s c u r i o s o s q u e d i v u l g a r p a r a c u r i o s i d a d d e n u e s t r o s l e c t o r e s v a s i p e n s a n d o h e m o s l l e g a d o h o y a l d o m i c i l i o s o c i a l d e l a C o f r a d í a g u i a d o s p o r e l c u l t o s e c r e t a r i o d o n E n r i q u e M o r e n o , q u e a m a b l e m e n t e s a t i s f a c e n u e s t r o a f á n d e r e p o r t e r o s .

S e h a l l a s i t u a d a l a c a s a d e l a H e r m a n d a d e n e l b a r r i o d e S a l a m a n c a y e n s i n g u l a r c o n t r a s t e p o r s u m o d e s t i a c o n l a s v i v i e n d a s g e n e r a l ­m e n t e s u n t u o s a s d e l a m o d e r n a b a r r i a d a . T o d o e l m u s e o d e l a H e r ­m a n d a d y e l s e n c i l l o m o b i l i a r i o d e s u s j u n t a s s e a c o m o d ó , t a l v e z p r o v i s i o n a l m e n t e ( y a lh ' c o n t i n ú a d e s d e q u e t u v i e r o n l o s c o f r a d e s q u e a b a n d o n a r s u p r i m i t i v o l o c a l d e l o s b a r r i o s b a j o s q u e a m e n a z a b a r u i n a ) , e n u n a s o l a h a h i t a c i ó n r e c t a n g u l a r d e r e d u c i d a s p r o p o r c i o n e s ; a l f r e n t e e l d c s e l d e d a m a s c o r o j o c o n l o s r e t r a t o s d e l o s f u n d a d o r e s d o n J u r a I I y d o ñ a M a r í a d e A r a g ó n ; b a j o c l l o s s i l l o n e s d e t e r c i o p e l o b l a n c o y v e r d e , l a m e s a r e v e s t i d a p a r a l a s J u n t a s , c o m o a p a r e c e e n u n a d e l a s f o t o g r a f í a s q u e i l u s t r a n e s t e a r t í c u l o , y f r e n t e a e l l a l o s b a n c o s p a r a l o s h e r m a n o s ; e n e l t e s t e r o d e l a i z q u i e r d a u n r e t a b l o d e l s i g l o X V I I c o n l a a n t i q u í s i m a i m a g e n d e l C r i s t o q u e t r a d i c i o n a l ­m e n t e d e b e a c o m p a ñ a r a l o s a j u s t i c i a d o s y q u e h a s i d o r e c i e n t e m e n t e r e s t a u r a d o p o r A n i c e t o M a r i n a s , y e n e l t e s t e r o o p u e s t o a l r e t a b l o e l a r m a r i o d e a l c a n f o r d o n d e s e g u a r d a n l o s e s t a n d a r t e s d e l a O r d e n , e l p r i m i t i v o , q u e r e p r o d u c i m o s a q u f , v e l ú l t i m o , v e r d a d e r a m e n t e m a g n í f i c o , r e g a l a d o p e r l a r e i n a d o ñ a I s a b e l I I .

— D e s d e l a f u n d a c i ó n d e l a H e r m a n d a d s e a n o t a b a n l a s H e c u c i o n e s e n l o s l i b r o s d e l a s m i s a s c e l e b r a d a s e u s u f r a g i o d e l o s a j u s t i c i a d o s — n o s d i c e n u e s t r o i n t e r l o c u t o r . — S ó l o d e s d e 1 6 8 7 e x i s t e n r e g i s t r o s d e e j e c u c i o n e s . P e r o , a d e m á s , e l r e g i s t r o d e s a p a r e c i ó e n t r e la .s l l a m a s

Ayuntamiento de Madrid

HERMANDADde Caridad y Paz

Reportaje por ENRIQUE MARINER

i n c e n d i o d e l a i g l e s i a d e S a n t a C r u z y p o r e s o s ó l o v e r á s l i b r o s l a s r e f e r e J i d a s d e 1 0 7 0 a j u s t i c i a d o s . I , o s ú l t i m o s

a l o c u r r i r e lu s t e d e n e s o s ................................d e e l l o s H i g i n i a B a l a g u e r , e l c a p i t á n C l a v í j o , e l c a p i t á n S á n c h e z , S á n c h e z N a v a r r e t e y l o s d e m á s c o m p a ñ e r o s s u y o s d e l c r i m e n d e l c o r r e o d e A n d a l u c í a .

P a s a m o s l a s h o j a s d e l l i b r o d o n d e h a l l a m o s n o m b r e s c é l e b r e s d e r e g i c i d a s , d e b a n d o l e r o s , d e r e o s p o l í t i c o s .

E n e s e v o l u m i n o s o l i b r o , q u e e s e l c u a r t o t o m o d e l r e g i s t r o , y a b a r ­c a t o d o e l p a s a d o s i g l o , e s t á n l a s i n s c r i p c i o n e s d e t o d o s l o s a j i E t i c i a - d o s e n u n o d e l a s p e r í o d o s m á s r e v u e l t o s d e n u e s t r a H i s t o r i a , E n t r e t i l o s f i g u r n e l r e v o l u c i o n a r i o R i e g o , e l c é l e b r e l a d r ó n L u i s C a n d e l a s , c o n v e r t i d o e n h é r o e p o p u l a r p o r l a l e y e n d a , e l c u r a M e r in p q u e e n i í - 5 2 a t e n t ó c o n t r a l a v i d a d e l a r e i n a I s a b e l .

S o n r e f e r e n c i a s s e n c i l l a s , e s c u e t a s , p e r o q u e , a v e c e s , e n u n a s o l a l í n e a c o n t i e n e n e l e s q u e m a d e u n a v i d a . -A s í p o r e j e m p l o , l a d e d o n R a f a e l d e R i e g o , e x t e n d i d a e n la c á r c e l d e l a C o r t e e l 7 d e n o v i e m b r e d e 1 8 2 3 y q u e d i c e a s í : « E l M a y o r d o m o m a y o r . T e s o r e r o s e c r e ­t a r i o c o n o t r o s i n d i r i d u o s d e l a R e a l A r c h i - c o f r a d í a d e C a r i d a d y P a z , p a s a r o n a l a h a ­b i t a c i ó n o c a p i l l a d e í r e o . s a l u d á n d o l e . D i j o l l a m a r s e d o n R a f a e l d e R i e g o , n a t u r a l d e l a

a wa X AS./6 0,4/ * ««lAaA.O. -1-/ÍL Ci lu ia jd í a 7 s u f r i ó l a p e n a d e h o r c a e n l a p la a l a d e l a C e b a d a y s i t i o a c o s t u m b r a d o .

p a d o d e O v i e d o , d e e d a d d e 3 9 a ñ o s c u m -fl i d o s , d e e s t a d o c a s a d o c o n d o ñ a M a r í a e r e s a d e l R i r a o y R i e g o , d e l m i s m o c o n c e ­

j o , e h i j o d e d o n E u g e n i o A n t o n i o y d o ñ a M a r í a T e r e s a F l ó r e z V a l d é s . E n e l m i s m o

i la z u e - p o r

p a t r i c i o y d e f e n s o r a c é r r i m o d e l a s l i b e r t a d e s p a ­t r ia s . A l t o q u e d e o r a c i ó n e l c a d á v e r f u é r e c o ­g i d o p o r l a H e r m a n d a d y a m o r t a j a d o c o n e l l i á b i t o d e n u e s t r o p a d r e S a n F r a n c i s c o y c o n d u ­c i d o a l a p a r r o q u i a d e S a n M i l l á n p a r a d a r l e s e p u l ­t u r a , t o d o e n l a f o r m a a c o s t u m b r a d a p o r l a a r e h i c o f r a - d í a . . . » L a i n s c r i p c i ó n c o n o t r o s p o r m e n o r e s n i m i o s c o n c l u y e e s p e c i f i c a n d o l a i n v e r s i ó n d e l a c o l e c t a e n f a v o r d e l r e o q u e s e h i z o d u r a n t e l o s d í a s 5 , 6 y 7 y q u e p r o d u j o u n t o t a l d e 2 , 4 7 0 r e a l e s v e l l ó n .

D e p a s a d a , m i e n t r a s e l f o t ó g r a f o o b t i e n e l a s n o t a s g r á f i c a s q u e i l u s t r a n e s t e r e p o r t a j e , e l s e ñ o r M o r e n o n o s v a d i c i e n d o . . ,

— N o t i e n e n n u e s t r o s h e r m a n a s , c o m o e r r ó n e a m e n t e s e . s u p o z je , l a f a c u l t a d d e i m p e d i r l a m u e r t e d e l r e o c u a n d o , p o r d e f e c t o ' d e l a m á q u i n a d e l a J u s t i c i a , q u e d a n c o n r i d a . H a y e n c o n t r a d e e s t a c r e e n ­c i a v a r i o s t e s t i m o n i o s . E l a ñ o 1 6 5 0 , a l t i e m p o d e a h o r c a r a u n f a m o s í ­s i m o l a d r ó n , c a y e r o n d e l a h o r c a e l r e o v e l v e r d u g o . L a s h e r m a n o s i n t e n t a r o n a r r a n c a r a l c r i m i n a l d e m a n o s d e l a J u s t i c i a , p e r o l o s a l g u a c i l e s l o i m p i d i e r o n y e ! G o b e r n a d o r d e l a S a l a d i s p u . s o q u e l a s e n t e n c i a s e e j e c u t a s e p o r o t r o m e d i o y s e c o l o c a s e l u e g o e l c a d á v e r e n l a h o r c a . E n l o s a r d i i v o s d e l a O r d e n h a y o t r o s c a s o s i g u a l m e n t e d e m o s t r a t i v o s d e e s t e a s e r t o . S ó l o e l R e v ' p u e d e c o n f e r i r l a g r a c i a d e l i n d u l t o .

- ¿ . . . . ’— S í . l a c a r i d a d c r i s t i a n a h a h e c h o d e s a p a r e c e r l a s p e n a s i n f a ­

m a n t e s . p e r o , m i e n t r a s e s t u v i e r o n e n v i g o r , n u e s t r a h e r m a n d a d t e n í a e l p r i v i l e g i o e s p e c i a l , d e t e r m i n a d o e n s u s c o n s t i t u c i o n e s , d e r e c o g e r l o s r e s t o s d e l o s r e o s d e s c u a r t i z a d o s y d a r l e s s e p u l t u r a y l o m i s m o e n e l c a s o d e l o s r e o s e n c u b a d o s , a c o r t a n d o l a s e n t e n c i a d e m o d o q u e a p e n a s c a i d a e n e l r i o l a c u b a l o s h e r m a n o s l a c o n d u j e s e n a l a o n l l a y e x t r a j e s e n e l c a d á v e r p a r a a m o r t a j a r l o . N u e s t r a H e r m a n d a d p u e d e v a n a g l o r i a r s e d e h a b e r d e t e n i d o e l c u m p l i m i e n t o d e c i n c o p e n a s d e c r e m a c i ó n , i n t e r c e d i e n d o c e r c a d e l M o n a r c a p a r a q u e l a s c o n m u t a . s e p o r l a d e h o r c a .

— C - ?— N o , n o e s e x a c t o q u e v e n g a m o s o b l i g a d o s a s a t i s f a c e r t o d o s l o s

d e s e o s e x t r a v a g a n t e s d e l o s r e o s e n c a p i l l a . P o r e l c o n t r a r i o , n u e s t r a s

A r r i b a ; L a m e s a d e - l a p r e s i d e n c i a d e l a H e r m a n d a d d e C a r i d a d y P a z e n s u s a t a d e j u n t a s . — A a j o : E l p r i m i t i v o e s t a n d a r t e d e ¡ a H e r m a n ­d a d . — E n e l c í r c u l o ; D o n E n r i q u e M o r e n o , s e c r e t a r i o d e l a H e r m a n ­

d a d d e C a r i d a d r P a c

Ayuntamiento de Madrid

24 Oran Proyectorc o n s t i t u c i o n e s p r e v i e n e n , a l h a b l a r d e l a c o m i d a q u e s e d a r á a l r e o , q u e e n e s t o s c a s o s h a n d e g u a r d a r s e l a m o d e r a c i ó n , p r u d e n c i a y p r e c a u c i o n e s q u e e s e s t i l o ; y l a s p r i m i t i v a s c o n s t i t u c i o n e s d e c í a n q u e « l a c o m i d a f u e s e d e c e n t e , m o d e r a d a y s u ­f i c i e n t e s i n p r o f u s i ó n » , p r o c u r a n d o q u e e l s e r v i c i o s e a t o d o d e m e t a l , q u e n o s e p o n g a n a l a l c a n c e d e l r e o c u c h i l l a s n i t e ­n e d o r e s y q u e l o s p e s c a d o s v c a r n e s s e a n l i m p i o s d e e s p i n a y h u e s o s " .

L a s l i m o s n a s q u e i m p l o r a n l o s H e r m a ­n o s p o r e l r e o e n c a p i l l a s c i n v i e r t e n , e u s u s t r e s c u a r t a s p a r t e s , e n l o s g a s t o s d e a s i s t e n c i a y e n s u f r a g i o p o r s u a l m a , y d e l a c u a r t a p a r t e r e s t a n t e p u e d e e l r e o d i s p o n e r e n b e n e f i c i o d e s u s h e r e d e r o s p o b r e s o p a r a p a g o d e d e u d a s .

B r e v e m e n t e p u n t u a l i z a d e s p u é s e l s e ­ñ o r M o r e n o l o s d e b e r e s d e l o s h e r m a n o s . E l M a y o r d o m o m a y o r , a c c n i p a f i a d o d e l T e s o r e r o d e l a A r c i í i c o f r a d í a , a .s is t e a l a n o t i f i c a c i ó n d e l a s e n t e n c i a , s e a c e r c a a l d e . s g r a c i a d o , l e e s t r e c h a e n t r e s u s b r a z o s y l e c o n d u c e a l a c a p i l l a . Y u n a v e z í d l í , d e s p u é s d e s u m i n i s t r a r a l r e o l o s a u x i l i o s n e c e s a r i o s , d e j a s e ñ a l a d o s l o s t u m o s d e l o s h e r m a n o s q u e h a n d e q u e d a r d e g u a r ­d i a r e l e v á n d o s e p o r p a r e j a s y a s i s t i é n d o ­l e a l a h o r a d e l a s c o m i d a s , Y . a H e r m a n ­d a d a c o m p a ñ a a l r e o a l p a t í b u l o , p i d e l i m o s n a , d i c e u n a m i s a e n s u f r a g i o d e s u a l m a y e n l a n o c l i e d e l a \ n s p e r a d e l a e j e c u c i ó n p r o c e d e a l a c e r e m o n i a d e r e ­c i b i r p o r h e r m a n o a l r e o p a r a q u e g o c e d e t o d a s l a s g r a c i a s e i n d u l g e n c i a s c o n ­c e d i d a s a l a C o f r a d í a p o r l a S o n t a S e d e , l e v a n t á n d o s e a c t a d e t c d o e l l o e n e l l i b r o d e a j u s t i c i a d o s .

L l e g a d a l a h o r a d e l a m u e r t e s e a d m i ­n i s t r a a l r e o l a c o m u n i ó n ; e l M a y o r d o m o y e l H e r m a n o M a y o r l e v i s t e n , y a l a

L a h o p a a n i a r i l l a c o n q u e s e r e t n s í i ó a l r e g i c i d a M e r i n o .

h o r a d e s a l i r d e l a c a p i l l a a s i s t e l a C o r ­p o r a c i ó n e n m a s a r o d e a n d o a ! r e o , l le ­v a n d o l o s M a y o r d o m o s e n u n a s c a ja s a g u a , v i n o , b i z c o c h o s y v i n a g r e p o r s i el s e n t e n c i a d o t u v i e r e n e c e s i d a d d e e l lo . T e r m i n a d a l a e j e c u c i ó n , l o s H e r m a n o s v i s t e n e l c a d á v e r c o n e l h á b i t o d e S a n F r a n c i s c o y l e c o n d u c e n a l c e m e n t e r i o ,

— ¿ Y s o n u s t e d e s m u c h o s h e r m a n o s ? — i n q u i r i m o s .

— . S o l a m e n t e t r e i n t a y c i n c o y t r e s a s p i r a n t e s . P r e s i d e l a H e r m a n d a d , c o m o M a y o r d o m o M a y o r , e l s e ñ o r d u q u e d e la U n i ó n d e C u b a y p e r t e n e c e n a e l l a c o m o h e r m a n o s , d e s d e p r i n c i p i o s d e s ig lo , o t r o s a r i s t ó c r a t a s , c o m o e l d u q u e d é A r i ó n , e l m a r q u é s d e S a n t a C r u z y e l c o n d e d e C e r r e g e r f a . H a c e t a m b i é n b a s ­t a n t e s a ñ o s i n g r e s a r o n e l d u q u e d e A l b a y e l d e M e d i n a c e l i , l o s m a r q u e s e s d e R a f a l y d e P o r t a g o y l o s c o n d e s d e l R e a l d e l o s C o r b o s y d e V i l l a g o n z a l o .

E n t r e l o s t r e s a s p i r a n t e s a l u d i d o s e s t á e l d u q u e d e A l m a z á n .

D e m u d i o s d e t a l l e s m á s n o s i n f o r m a a m a b l e m e n t e e l s e c r e t a r i o d e l a C o f r a d í a , m i e n t r a s e l c o n s e r j e v a m a s t r á n d o n o s c u a d r o s , i m á g e n e . s , r o p a j e s y r e l i q u i a s A s í p o r e j e m p l o , l a h o p a a m a r i l l a c o n q u e s e r e v i s t i ó a l c u r a M e r i n o , y q u e a p a r e c e r e p r o d u c i d a e n u n o d e e s t o s g r a b a d o s . L a h o p a d e l o s r e o s v u l g a r e s e s n e g r a .

_ P e r o n o s d a m o s c u e n t a d e q u e a b u s a ­r í a m o s d e l a p a c i e n c i a d e n u e s t r o s l e c t o ­r e s s i a l a r g á s e m o s e s t e r e p o r t a j e y s a l i ­m o s a l a c a l l e , i l u m i n a d a y a l e g r e , u n p i o c o a b r u m a d o s t o d a v í a p o r l a e v o c a ­c i ó n t e r r o r í f i c a d c l a m u e r t e q u e p a r e c e f l o t a r e n e l r a u s e o - a r d i i v o d e l a H e r m a n ­d a d d e C a r i d a d y P a z . . .

Enrique Marini' r

E l s e r v i c i o d c p i a l a , s i n c u c h i l l o n i t e n e d o r , p r e p a r a d o p a r a l a c o m i d a d e l o s r e o s .

Ayuntamiento de Madrid

MUJERES DELINCUENTESAspectos de la Gente del Hampa

p o r S E G U N D O H O L M E S

En e l m u n d o d e l a c r i m i n a l i d a d h a y u n s e r d i g n o d e c o m ­

p a s i ó n ; l a m u j e r d e l i n c u e n t e . A l a f i g u r a d e l a m u j e r , — o r g u l l o d e l h o m l D r e , c o m p a ñ e r a d e n u e s t r a v i d a q u e

a l i e n t a n u e s t r o d e c a i m i e n t o , q u e e n j u g a n u e s t r a s l á g r i m a s , q u e f u é n u e s t r a p r o p i a m a d r e y e s l a m a d r e d e n u e s t r o s h i j o s , — a e s e s e r t i e r n o y d e l i c a d o q u e e s t o d o s e n t i m i e n t o y d u l z u r a , t a m b i é n s u e l e a z o t a r l e e l v e n d a v a l d e l a v i d a y , c o m o o t r a M a r í a d e M a g d a l a , p e c a y s e a r r a s t r a p o r e l f a n g o , a u n q u e l u e g o s u m i s m a a l m a s e n s i t i v a l a r e d i m a d e s u s f a l t a s .

L a m u j e r d e l i n c u e n t e e s a l g o t r i s t e q u e a p e n a e l á n i m o , p o r q u e s i p r o f i m d i z a r n o s u n p o c o a c a s o v e a m o s q u e e l m i s m o h o m b r e t o m ó p a r t e e n s u c a í d a .

C u a n d o e l l a d e l i n q u i ó , l a f u e r z a d e l p r o p i o d e l i t o p u d o h a ­c e r l a r e t r o c e d e r d e l c a m i n ó e m p r e n d i o b ; p e r o l a v i d a s i g u i ó m o s t r á n d o s e i m p l a c a b l e c o n e l l a , e n d u r e c i é n d o l e l o ú n i c o g r a n d e q u e s i e m p r e t u v o : e l c o r a z ó n . Y c o n t i n u ó s u m a r c h a h a s t a e m b o t a r s e s u s e n s i b i l i d a d y s u t e r n u r a .

E s d i g n a d e c o m p a s i ó n l a m u j e r d e l i n c u e n t e , l a q u e h a d e ­l i n q u i d o u n a y o t r a v e z , l a q u e h i z o p r o f e s i ó n d e l d e l i t o . ¡ P o ­b r e m u j e r n a c i d a s i e m p r e p a r a , c a u s a s n o b l e s y p u r a s ! D o s i d e a s n i e a n i m a n a l h a b l a r d e e l l a ; l a p r i m e r a , v e r s í c o n e l e j e m p l o d e l p e c a d o s e h o r r o r i z a n d e s u p r o p i a o b r a , v o l v i e n d o a l c a m i n o d e l b i e n , l a s q u e a u n s i n t i e r a n t e n t a c i ó n d e d e l i n ­q u i r , y l a s e g u n d a , e v i t a r l o s g o l p e s d e m a n o d e l a s q u e y a s o n p r o f e s i o n a l e s d e l d e l i t o , d e s c u b r i e n d o s u s i n t i m i d a d e s y o ñ e r a s d e o p e r a r .

y m a ­

tas bolsilleras

W A R I A S s o n l a s e s p e c i a l i d a d e s a q u e s e d e d i c a l a m u j e r d e - ’ l i n c u e n t e .

E m p e z a r é p o r d e s c r i b i r o s l a s b ' < l s i l l e r a s , q u e , c o m o s u n o m b r e d a a e n t e n d e r , s o n a q u e l l a s q u e s e d e d i c a n a d e s v a l i j a r l o s b o l s i l l o s y b o l ­s o s d e l a s s e ñ o r a s , i n t r o d u ­c i e n d o e n e l l o s c o n c a u t e l a l o s b a s t e s , o s e a n l o s d e d o s e n s u a r g o t , a p r o v e c h á n d o s e d e l a s a g l o m e r a c i o n e s a n t e l o s e s c a p a r a t e s , e n l a s p a r a ­d a s d e t r a n v í a s , e t c .

A l g u n a s v e c e s , e n e l p r i ­m e r a v a n c e , s o l a m e n t e a b r e n e l b o l s o d e m a n o , o s e a e l l i m o , c o m o d i c e n e n s u j e r g a , y s i g u e n s u c a m i n o , a p r o v e ­c h a n d o o t r o d e s c u i d o d e l a f u t u r a v í c t i m a , a q u i e n p e r - s g u e n , p a r a v o l v e r a l a c a r ­g a , d e s v a l i j a n d o e n u n s e ­g u n d o a t a q u e e l c o n t e n i d o i l e l b o l s o .

L a s b o l s i l l e r a s t a m b i é n s e d e d i ­c a n a o p e r a r c o n p r e f e r e n c i a e n l a s i g l e s i a s , l a s c a t i g r i s , d o n d e a p a r e n t a n s u m a d e v o c i ó n a r r o d i ­l l a d a s j u n t o a l a s s e ñ o r a s , a m ­p a r a d a s d e l a s e m i o b s c u r i d a d r e i n a n t e : t a n ­t e a n , p r i m e r o .

u P — 3

A m p a r a d a s d e l a s e m i o b s c u r i d a d d e l a e l m o m e n t o d e p i a d o s o r e c o g i m i e n t o d e

c o n p r e c a u c i ó n e l p u n t o d o n d e s u p o n e n q u e e s t ^ ^ M j W l é U I o s d e l o s t r a j e s d e a q u é l l a s y , d e s l i z a n d o e n e l lo s * * » á 9 6 jJ u é s l a s m a n o s c o n m a e s t r í a , l o s d e s p o j a n d e c u a n t o c o n t i e n e n .

T a m b i é n a l g u n a s b o l s i l l e r a s s e c o l o c a n s o b r e e l p e d i o u n a s m a n o s e n l a z a d a s , d e c e r a , s u j e t a s c o n u n a p a r a t o e s p e c i a l a l a c i n t u r a . D e e s t a d i s p o s i c i ó n y c u b i e r t a s c o n u n m a n t o , d e s l i z a n l a s m a n o . s a u t é n t i c a s b a j o é l , r t g i . s t r a n d o y d e s v a l i ­j a n d o l o s b o l s i l l o s a j e n o s , c o n l a m a y o r i m p u n i d a d , y a q u e s u a p a r e n t e d e v o c i ó n l a s l i b r a d e t o d s i s s o s p e c l i a s .

L a s b o l s i l l e r a s v i g i l a n t a m b i é n a l a s s e ñ o r a s d e v o t a s q u e d e j a n s u s a s i e n t o s y v a n a c o n f e s a r s e o a c o m u l g a r , a b a n d o ­n a n d o s u s b o l s i l l o s d e m a n o s o b r e l a s s i l l a s q u e o c u p a r o n . C u a n d o l o s v e n s o l o s , c o m o g a t o s s o b r e l o s r a t o n e s , s e p r e c i ­p i t a n . f e l i n a s , s o b r e l o s b o l s i U o s , d e l o s q u e s e a p o d e r a n , h u ­y e n d o c o n e l f r u t o d e s u r a p i ñ a .

C r ia d a s q u e n o l o s o n

^ T R A d e l a s p l a n t a s d e l a d e l i n c u e n c i a f e m e n i n a s o n l a s ' t í ' s u ^ e s t a s c r i a d a s , q u e e n t r a n a s e r v i r e n l a s c a s a s p a r a d e s v a l i j a r l a s a l a p r i m e r a o é a s i ó n d e h a l l a r s e a s o l a s . L a s a m a s d e c a s a n o / d e b e n a d m i t i r a s u s e n ú d o a n i n g u n a c r i a d a , s i n r e f e r e n c i a s p r e c i s a s y d e v e r d a d e r a g a r a n t í a .

A p r o p ó s i t o d e t a l e s c r i a d a s , v o y a r e f e r i r o s u n l a n c e q u e l e o c u r r i ó a c i e r t o i n d i v i d u o , q u e h a b í a a m a s a d o n n a c o n s i d e r a ­b l e f o r t u n a c o n u n a c a s a d e c o m p r a v e n t a y d a n d o d i n e r o a r é d i t o y q u e e r a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e a v a r o y t a c a ñ o . C o m o t e n i a v a r i o s h i j o s y e s m o s a , n e c e s i t a b a p o r l o m e n o s u n a c r i a d a y u n a c o d n e r a , l o q u e l e t e n i a f u e r a d e s í . L-hi s u s r e l a - d o n e s 'h i p o t é t i c a s , l e r e c o m e n d a r o n u n a c r i a d a q u e s e r v í a

p a r a t o d o , p u e s e r a u n a c o n s u m a d a c o c i ­n e r a , l a v a b a a l a p e r - f e c c i ó i i y s a b í a i r a l m e r c a d o , r e g a t e a n d o h a s t a e l c é n t i m o e n l a s c o m p r a s . N u e s t r o h o m b r e v i ó e l c i e l o a b i e r t o y l a a d m i t i ó a s u s e r v i c i o , d e s p i ­d i e n d o a l a s o t r a s d o s f á m u l a s . E n e f e c t o , l a n u e v a s i r v i e n t a e r a u n m o d e l o d e c r i a d a s . T o d o l o r e u n í a , h a s t a e l c a r á c t e r a f a b l e y m o d o s i t o , n e g á n d o s e d e s d e e l p r i m e r m o ­m e n t o a s a l i r l o s d o ­m i n g o s y d í a s f e s t i v o s . C o n t a l e s p r e n d a s p e r ­

s o n a l e s s e c a p t ó l a c o n f i a n z a y s i m p a ­t í a d e t o d o s ,

P e r o n o h a b l a n t r a n s c u r r i d o q u i n ­c e d i a s , c u a n d o n u e s t r o e x p r e s t a ­m i s t a , a l v o v e r u n d í a f e s t i v o d e l t e a ­t r o c o n s u f a m i l i a , a l q u e n o i b a c a s i n u n c a p o r m í s e r o , s e e n c o n t r ó c o n l a c a s a m e d i o d e s v a ­l i j a d a . H a b í a n d e s -

i g l e s i a , l a s b o l s 'U e i a s a p r o v e c h a n a p a r e c i d o r o p a s d el a s s e ñ o r a s p a r a q u i t a r l e s e l b o l s o . v a l o r y c u a n t a s a l ­

Ayuntamiento de Madrid

26 Gran Proyector

h a j a s y d i n e r o g u a r d a b a e n u n a r m a r i o q u e v i o l e n t a r o n l o s l a d r o n e s , l i a c i e n d o s a l t a r l a s t a b l a s d e l a p a r e d d e a t r á s , l a s c u a l e s v o l v i e r o n a c o l o c a r e n o r d e n d e s p u é s d e c o m e t i d o e l r o b o ; i m p o r t a b a é s t e e n t o t a l u n a s 5 0 , 0 0 0 p e s e t a s . N u e s t r o h o m b r e q u e d ó c o n s t e r n a d o , p e r o a u n s u d e s e s p e r a c i ó n l l e g ó a l c o l m o a l e n c o n t r a r d e n t r o d e l a c a j i t a v a c i a d e l a s j o y a s u n p a p e l c o n l a s s i g u i e n t e s l i n e a s e s c r i t a s p o r l a c r i a d a m o d e l o , l a c u a l e r a l a a u t o r a d e l r o b o ; « S o y e l a l m a v e n g a t i v a d e t o d a s s u s m i l e s d e v í c t i m a s , a q u i e n e s e s t r u j ó i t s t e d c o m o i m l i m ó n . P e r o c o m o n o c o n o z c o p e r s o n a l m e n t e a n i n g u n a , m e h a g o d u e ñ a d e c u a n t o h e e n c o n t r a d o d e v a l o r , c u m p l i e n d o a q u e l a m á x i m a d e q u e e l q u e r o b a a n n l a d r ó n , l i a c i e n a ñ o s d e p e r ­d ó n . j A h ! C o m o m e g u s t a s e r a g r a d e c i d a , y a l e r e c o m e n d a r é a u s t e d o t r a c r i a d a q u e s i r v a p a r a t o d o , c o m o y o . . . »

¡ Y t a n t o q u e s i r v i ó p a r a t o d o ! E l p o b r e e x p r e s t a m i s t a e s ­t u v o e n c a m a d o s m e s e s , d e l a i m p r e s i ó n .

E n c o n t r a p o s i c i ó n c o n e s t a a n é c d o t a , v o y a c o n t a r o s o t r a a l a q u e p u s o e p í l o g o l a n o t a t r i s t e y d o l o r o s a d e l e r r o r , s u ­m i e n d o a u n a p o b r e m u c h a c h a e n l a d e s e s p e r a c i ó n y l a d e s ­h o n r a .

E n c i e r t o h o g a r d e u n a c o m o d a d o i n d u s t r i a l , v i u d o y c o n u n h i j o , d e u n o s v e i n t e a ñ o s , e n t r ó a s e r v i r d e c r i a d a u n a l i n d a m u c h a c h i t a , q u e d e s d e l o s p r i m e r o s m o m e n t o s a g r a d ó a l d u e ñ o d e l a c a s a p o r s u a c t i v i d a d e n e l t r a b a j o y s u c a r á c t e r f r a n c o y a l e g r e .

A p o c o d e e m p e z a r l a c r i a d i t a a e j e r c e r s u m i s i ó n e n l a c a s a , e l i n d u s t r i a l c o m e n z ó a n o t a r l a f a l t a d e d i n e r o d e u n c a j ó n d e s n m e s a d e d e s p a c h o , d o n d e t e n i a c o s t u m b r e d e g u a r d a r l o , y s i n q u e s e n o t a r a s e ñ a l a l g u n a d e v i o l e n c i a e n e l m u e b l e .

S o s p e c h ó , c l a r o e s , d e l a c r i a d i t a , a l a q u e c e l ó d i l i g e n t e , s i n q u e p u d i e r a a o r p r e n d e r l a i n f r a g a n t i . P e r o c o m o e l d i n e r o s e g u a d e s a p a r e c i e n d o p o r a r t e d e m a g i a , h i z o u n a c o n t r a s e ñ a a a l g u n o s b i l l e t e s d e l B a n c o y l o s c o l o c ó e n e l l u g a r a c o s t u m ­b r a d o , d e d o n d e , c o m o o t r o s m u c h o s a n t e r i o r m e n t e , t a m b i é n s e e v a p o r a r o n , s i n d e j a r v e s t i g i o a l g u n o p o r d o n d e s e p u d i e r a c o l e g i r q u i é n e r a e l a u t o r d e l a s u b s t r a c c i ó n .

P e r o e l i n d u s t r i a l , q u e s o s p e c h a b a ú n i c a m e n t e d e l a c r i a d a , l a m a n d ó d e t e n e r y c o n d u c i r a l a c o m i s a r í a d e P o l i c í a c o m o s u p u e s t a a u t o r a d e l h u r t o , d o n d e l a i n f e l i z n e g ó c o n e n e r g í a e l d e l i t o ; p e r o c o m o e l p e r j u d i c a d o s i g u i ó s o s t e n i e n d o s u a c u ­s a c i ó n , s e l e v a n t ó e l c o n s i g u i e n t e a t e s t a d o , p o n i é n d o l a a d i s ­p o s i c i ó n d e l J u z g a d o d e g u a r d i a , p e r o n o s i n p a s a r l a a n t e s p o r e l G a b i n e t e d e I d e n t i f i c a c i ó n , d o n d e f u é f i c h a d a y r e t r a t a d a c o m o s u p u e s t a a u t o r a d e u n h u r t o d o m é s t i c o , s i e n d o s u f i c h a

E n l o s c o m e r c i o s , l a s m e c h e r a s h a c e n d e s a p a r e c e r p i e z a s e n t e r a s p o r e n t r e l o s p l i e g u e s d e s u s j a l d a s , a p r o v e c h a n d o s i e m p r e e l d e s c u i d o d e l d e p e n d i e n t e .

y r e t r a t o c o l o c a d o s e n t r e l o s d e l a s p r o f e s i o n a l e s d e l i n c u e n ­t e s .

L a p o b r e m u c h a c h a , m i e n t r a . ? e s t a s o p e r a c i o n e s , l l o r ó d e s ­c o n s o l a d a y a m a r g a m e n t e , h a c i e n d o p r o t e s t a s d e i n o c e n c i a ;Se r o d e n a d a l e v a l i e r o n , s i e n d o a l f i n c o n d u c i d a p o r e l c e n t r o

e l a c i u d a d e n t r e d o s g u a r d i a s d e S e g u r i d a d a d i s p o s i c i ó n d e l j u e z d e i n s t r u c c i ó n , s u f r i e n d o u n n u e v o c a l v a r i o a f r e n ­t o s o , q u e t u v o s u ^ í l o g o d o l o r o s o i n g r e s a n d o h o r a s d e .s ­p u é s e n l a c á r c e l < íe m u j e r e s .

P e r o e s e l c a s o q u e e l i n d u s t r i a l , u n m e s m á s t a r d e , c u r i o s o c o m o b u e n p a d r e , q u e r i e n d o u n d í a v e r q u é c o n t e n í a l a c a r t e r a d e s u h i j o , a p r o v e c l i ó e l s u e ñ o d e é s t e , p r o c e d i e n d o a l r e g i s t r o , q u e l e d e j ó f r í o y e s t u p e ­f a c t o a l h a l l a r e n e l l a u n b i l l e t e d e l o s s u s t r a í d o s d e l c a ­j ó n d e l a m e s a , c o n l a c o n s a b i d a c o n t r a s e ñ a . T o d a l a t e r r i b l e v e r d a d s e l e a p a r e d ó a a q u e l h o m b r e , q u e h a b í a

h e c h o d e t e n e r a u n a i n o c e n t e y h o n r a d a m u c h a ­c h a . a c u s a d a d e u n d e l i t o q u e h a b í a c o m e t i d o s u p r o p i o h i j o .

¿ Q u i é n l e p o d í a q u i t a r y a a l a j o v e n l a a m a r g u r a d e a q u e l l a a c u s a c i ó n i n j u s t a y e l d o l o r d e h a b e r s i d o f i c h a d a y m e t i d a e n l a c á r c e l , c o m o u n a d e l i n c u e n t e p o - f e s i o n a l ?

¡ T r i s t e c a l v a r i o e l d e a q u e l l a p o b r e c r i a d i t a !( C o n t i n ú a e n l a - p á g i n a 7 S )

L a s f a l s a s c r i a d a s , e n c u a n t o s e h a l l a n a s o l a s e n e l p i s o ,

d e s v a l i j a n l o s a r m a r i o s d e s c l a v a n d o o r o m -

¡ n e n d o l a s t a b l a sd e d e t r á s .

Ayuntamiento de Madrid

DETECTIVE a /a FUERZAp o r A L F O N S O O R D Ó Ñ E Z C A N T Ó

Durante su estanda en ValendaImpulsado jpor /a curiosi- dad, excitado por su amor propio y obligado por las circunstancias, un pacifico ciudadano se vió forzado a actuar de detective y logró salir airoso de su

difícil empeño.

Q

C / j o v e n m u r m u r ó a l g u n a s p a ­l a b r a s i n c o h e r e n t e s y s e a l e j ó d e l a m u c h a c h a c o n p a s o i n s e g u r o y a p o y á n d o s e e n l a s p a r e d e s .

u t i d e t e c t i v e p u e d a n a r r a r u n a a v e n ­t u r a i n t e r e s a n t e d e s u v i d a , c o n s u s l a d r o ­n e s m i s t e r i o s o s . s u s m o m e n t o s d e e m o c i ó n

y d e b e l i g r o , s n s l u c h a s e n la .s q u e n o s ó l o r i v a l i ­z a n l a c a l i d a d d e l r e v ó l v e r y l a f i r m e z a d e l p u l s o , s i n o t a m b i é n l a a s t u c i a y l a a u d a c i a ; q u e u n d e t e c t i v e , l e c t o r , c o m o l o s q u e f i r m a n e n o t r a s j i á g i n a s d e e s t e p e r i ó d i c o , l o g r e i n t e r e ­s a r t e c o n t á n d o t e u n f r a g m e n t o d e .su b i o g r a f í a , n o t i e n e n a d a d e p a r t i c u l a r .

K n c a m b i o , m e p a r e c e c iu e t e s o r p r e n d e r á q u e y o , ( ¡ u e j a m á s b e s i d o d e t e c t i v e n i h e t e n i ­d o a f i c i o n e . s d e t e c t i v e s c a s . p u e d a c o n t a r t e u n a d e e .sa s a u t o a v e n t u r a s , t a n c u r i o s a e i u < c r e s a n t e c o m o l a s q u e r e f i e r e n l a s p r o f e . s i o n a l e s d e l d e ­t e c t i v i s m o .

H 1 c a s o e s i n a u d i t o : f u i d e t e c t i v e d u r a n t e u u a s e m a n a . F u i d e t e c t i v e , o d e s e m p e ñ é e l p a p e l d e d e t e c t i v e , a l a f u e r z a . D e n a d a r a e v a l i e r o n m i s a f i c i o n e . s c o n t r a r i a s , m i a v e r s i ó n a l i n u n d o d e l a d e l i n c u e n c i a , n i m i c o n d i c i ó n d e h o m b r e p a c i f i c o . T u v e q u e h a c e r d e d e t e c t i ­v e . á ’ e r é i .s c ó m o .

O c u r r i ó e l h e c h o e n V a l e n c i a , d o n d e a l a s a z ó n — h a c e u n o s d i e z a ñ o s m e h a l l a b a . H a b í a i d o a r e s o l v e r c i e r t o s a s u n t o s r e l a c i o n a ­d o s c o n m i n e g o c i o , y , c o m o d i e r a l a c a . s u a l i d a d d e q n e e n t o n c e s c o m e n z a r a n l a s F e r i a s e n l a b e l l a c a p i t a l l e v a n t i n a , d e c i d ! < iv ie d a r in e , u n o s d í a s m á s , d e s p u é s d e d e j a r r e s u e l t o s l o s a s u n ­t o s q u e a l l í m e l l e v a r o n .

^ í e b a h í a a l o j a d o e n u n h o t e l d e p r i m e r o r ­d e n , V a l l í l l e v a b a a l g u n o s d í a s v i v i e n d o t r a n - c i i d l a i n e i i t e , c u a n d o u n a n o c h e , a p o c o d e a c o s ­t a r m e , o í u u r u i d o e n l a h a b i t a c i ó n d e a l l a d o .

F u é u u r u i d o e x t r a ñ o , s e m e j a n t e a l ( ] u e p r o d u c e u n a p e r s o ­n a a l c a e r o u n m u e b l e a l r o d a r p o r e l s u e l o . S i n e m b a r g o , n o d i i m p o r t a n c i a a l h e c h o - - n u n c a m e h a i n t e r e s a d o l o q u e . p u e d a o c u r r i r e n l a s h a b i t a d o n e s v e c i n a s d e l o s h o t e ­

l e s — v m e v o l v í d e l o t r o l a d o p a r a t r a t a r d e c o n c i l l a r e ! s u e ñ o l o a n t e s p o s i b l e . P e r o a p o c o v o l v í a a s a c a r m e v i o l e n t a m e n t e d e m i s o m n o l e n c i a u n r u i d o m u y p a r e c i d o a l a n t e r i o r , p r o c e ­d e n t e e s t a v e z d e l a h a b i t a c i ó n f r o n t e r a , F l h e c h o s e r e p i t i ó d o s o t r e s v e c e s m á s d u r a n t e l a n o c h e . C o m o n u n c a h e c r e í d o e n d u e n d e s , y a l d í a s i g u i e n t e n o t u v e n o t i c i a d e q u e p o r l a n o c h e l i u b i e s e o c u r r i d o n a d a e x t r a o r d i n a r i o e n e l h o t e l , n o s u p e a q u é a t r i b u i r a q u e l l o s r u i d o s i n s ó l i t a s , y d e c i d í n o p rc "-

Ayuntamiento de Madrid

28 Gran Proyector

o c u p a r m e m á s d e l a s i m t o . A d e m á s d e m i p o c a c u r i o s i d a d , n e ­c e s a r i o e s d e c i r q u e t e n i a o t r o s m o t i v o s p a r a c o n d u c i r m e a s í . P o r o t r a p a i t e , c u a n d o v i a j o n o m e o l v i d o n u n c a d e c e r r a r b i e n i a p u e r t a d e l a h a b i t a c i ó n n i d e t e n e r a m a n o u n a p i s t o l a a u t o m á t i c a . . . p o r l o q u e p u d i e r a s u c e d e r . E s u n a c o s t u m b r e a d q u i r i d a e n m i s f r e c u e n t e s v i a j e s , y q u e , e n d i v e r s a s o c a s i o ­n e s , h e p o d i d o c o m p r o b a r q u e e r a e x c e l e n t e ,

. A q u e l d í a , a l b a j a r a l c o m e d o r , m i v e c i n o d e m e s a , u n c s i- b a J l e r o g r u e s o , d e t i p o e x t r a n j e r o , d e s p u é s d e h a b e r m e p e d i d o e n d i v e r s a s o c a s i o n e s q u e l e a c e r c a s e a s v i n a g r e r a s , o e l p a n . o l a b o t e l l a d e a g u a . . . — q u e e s t a b a n , p o r c i e r t o , a s u a l c a n c e — l o . q u e d i ó m o t i v o a e n t r a r e n c o n v e r s a c i ó n c o n m i g o ( y t a l v e z s ó l o p a r a e s o m e h a b í a m o l e s t a d o ) , c o m e n z ó a h a c e r m e a l g u n a s p r e g u n t a s a c e r c a d e m i p e r s o n a . C o m o e l c a b a l l e r o a l u d i d o p a r e c í a u n a b u e n a p e r s o n a , y y o n o t e n í a n a d a q u e o c u l t a r , a d e m á s d e q u e e n m i n e g o c i o c o n v i e n e n s i e m p r e r e l a c i o i i e s n u e v a s , l e j o s d e r e h u i r e l i n t e r r o g a t o r i o , c o n t e s t é a t o d o l o q u e e l c a b a l l e r o m e p r e g u n t ó y h a s t a l e e x p l i q u é , d e q i r o p i n a , a l g u n a s c o s a s m á s q u e n o s é s i t e n í a i n t e r é s e n s a b e r , p e r o q u e ,

u n o s d o s p a s o s , y c o n e x p r e s i ó n e n t r e i n d i g n a d a y t e m e r o s a , g r i t ó a l q u e y o h a b i a c r e í d o s u n o v i o :

— ¡ I , e h e d i c h o a u s t e d q u e s e v a y a ! [ E s t a n o e s s u h a b i t a ­c i ó n , n i t i e n e u s t e d n a d a q u e h a c e r e n e l l a '

E l j o v e n m u r m u r ó a l g u n a s p a l a b r a s i n c o h e r e n t e s y s e a l e j ó d e l a m u c h a c h a c o n p a s o i n s e g u r o y a p o y á n d o s e e n l a s p a r e d e s , A l p a s a r p o r m i l a d o m e h i z o u n a e x a g e r a d a r e v e r e n c i a y b a l ­b u c e ó t o r p e m e n t e a l g u n a s p a l a b r a s .

C o m p r e n d í q u e e s t a b a b o r r a c h o o h a c í a v e r q u e l o e s t a b a y m e q u e d é m i r á n d o l e m i e n t r a . s s e a l e j a b a p o r e l p a s i l l o , p a r a v o l v e r d e s p u é s l a v i s t a h a c i a l a j o v e n ,

E s t a a b r i ó i n m e d i a t a m e n t e l a p u e r t a d e s u c u a r t o y l a c e r r ó c o n v i o l e n c i a , d e s p u é s d e h a b e r d e s a p a r e c i d o t r a s e í l a .

T a m b i é n y o p e n e t r é e n m i h a b i t a c i ó n , p e r o f u é p a r a t r a t a r d e d e s c i f r a r a q u e l s u c e s o i n c o m p r e n s i b l e . ¿ P o r q u é , c u a n d o c r e f a n q u e n o e s v e í a n a d i e , a q u e U a p a r e j a c u c h i c l i e a b a e n t o n o c o n f i d e n c i a l , d e m o s t r a n d o e n s u a c t i t u d t a n t a a f e c t u o s i ­d a d q u e r a e p a r e c i e r o n d o s e n a m o r a d o s , y , e n c a m b i o , c u a n d o s u j h e r o n q u e a l g u i e n l o s m i r a b a , h i c i e r o n v e r q u e n i s e c o n o -

liril :i|.!|'!lfl|;|Hlillirl¡':!ij;¡l:!Ml'|:;l'il,r! li lil;! í f i lirilslHil, ,i: o il il: !ll II'I: . ................... .. .11 U.II iUIIy 'i ■ ■II'- fi"!!:!'!!.'!-'»!;:''''! l '" '!!:# :''/.?»;!';':!'; i r m ■ lil 5 I. i'ii '■ ■! ; :fyi ■" /il'li'i.

An t e s de salSr luve un pensamiento repentino: llevarme en el bolsillo las joyas. Y al ir a

buscarlas, advertí que había desaparecido el brazalete de mi madre.

d e t o d a s s u e r t e s , m e f i g u r é q u e o í a c o n v e r d a d e r a a t e n c i ó n . P o r l a n o c h e , a l a h o r a d e l a c e n a , c r e í q u e v o l v e r í a a h a l l a r a l c u r i o s o h u é s p e d a m i l a d o , p e r o v i q u e s e h a b l a s e n t a d o a o t r a m e s a , y q u e h a b l a b a a n i m a d a m e n t e c o n e l q u e c o m í a a s u l a d o . E n l o s d í a s s u c e . s i v o s h i c e l a p r o p i a o b s e r v a c i ó n . J a m á s e l c o ­m u n i c a t i v o e x t r a n j e r o c o m í a d o s v e c e s e n l a m i s m a m e s a ; c o s a r a r a , p o r q u e p r e c i s a m e n t e l o s h u é s p e d e s d e u n h o t e l , a u n q u e l o .s e a n p o r p o c o s d í a s , p r e f i e r e n , p o r l o g e n e r a l , c o m e r s i e m p r e e n e l m i s m o s i t i o . E s a c i r c u n s t a n c i a , q u e t a l v e z e n o t r a o c a s i ó n n o m e h u b i e s e l l a m a d o l a a t e n c i ó n , c o n s i d e r á n d o l a u n s e n c i l l o c a p r i c h o p o c o e n c o n s o n a n c i a c o n l a c o s t u m b r e d e o t r a s p e r s o n a s , s i n q u e y o m i s m o s e p a p o r q u é , m e i n t r i g ó e n ­t o n c e s . ¿ L o r e l a c i o n e a c a s o , e n m i s u b c n n c i e n c i a , c o n l o s r u i d o s q u e p e r c i b í a q u e l l a n o c h e ?

N o h a b r í a t e n i d o n a d a d e p a r t i c u l a r q u e f u e r a a s í . E n m i v i d a d e h o m b r e p a c i f i c o , a b s o r b i d o p o r l o s n e g o c i o s , n o o c u r r í a n u n c a n a d a e x t r a o r d i n a r i o . P o r e s o c u a l q u i e r i n s i g n i f i c a n t e a n o r m a l i d a d , c u a l q u i e r s u c e s o , p o r p e q u e ñ o q u e f u e s e , c o n t a l q u e s a l i e r a d e l o c o m ú n , t e n í a p a r a m í v i s o s d e a c o n t e c i m i e n t o y s e m e f i j a b a e n l a m e m o r i a c o n e x a g e r a d a i n t e n s i d a d . T a l o c u i r i ó c o n l o s ru idcK S p e r c i b i d o s a q u e l l a n o c h e e n e l h o t e l y c o n e l p r o c e d e r d e l e x t r a v a g a n t e h u é s p e d , y a l q u e d a r e s t o s d o s s u c e s o s d e s t a c a d o s e n m i m e m o r i a , n o h a b r í a s i d o e x t r a ñ o q u e s e r e l a c i o n a r a n p o r s í m i s m o s , s i n q u e m i r a z ó n p u s i e r a n a d a d e s u p a r t e .

M e d i c u e n t a d e r a e e s t a b a c a y e n d o e n l a v u l g a r i d a d d e i n - t e r e s a r n i e p o r l a s v i d a s a j e n a s , c o m o i a g e n t e c u r i o s a y d e s o c u ­p a d a , y , c o n s i d e r a n d o q u e e s t o e r a i m p r o p i o d e i m h o m b r e s e r i o c o m o y o , m e p r o m e t í n o v o l v e r a o c u p a r m e n i d e l h u é s p e d n i d e l o a r u i d o s .

p E R O h e a q u í q u e a l d í a s i g u i e n t e l o e x t r a o r d i n a r i o s e p r e - * s e n t ó d e n u e v o a n t e m í . e c h a n d o a r o d a r , m u y a p e s a r m f o , t o d o s m i s b u e n o s p r o p ó s i t o s , d e d i s c r e c i ó n .

S u b í a a m i h a b i t a c i ó n , d e s p u é s d e c o m e r , c u a n d o , a l e n t r a r e n e l p a s i l l o a l q u e c o r r e s p o n d í a e l n ú m e r o d e m i c u a r t o , v i q u e a g u n a s p u e r t a s m a s a l l á h a b í a u n a p a r e j a q u e c u c l i j c h e a - b a . t a n c e r c a e l u n o d e l o t r o , q u e r e t r o c e d í i n s t i n t i v a m e n t e .

C o m p r e n d í q u e s e t r a t a b a d e d o s e n a m o r a d o s q u e , e n a q u e l l a s o l e d a d p r o p i c i a , s e d e m o s t r a b a n s u c a r i ñ o m á s e x p r e s i v a ­m e n t e q u e a c a s t u m b r a b a n a h a c e r l o e n p i i b l i c o y , l l e v a d o d e n n s e n t i m i e n t o < ;o m p a .s i\ -o , q u i s e e v i t a r l e s l a t u r b a c i ó n d e v e r s e s o r p r e n d i d o s e n a q u e l l a a c t i t u d d e m a s i a d o a p a s i o n a d a .

F i n g í d a r u n t r o p e z ó n l o b a s t a n t e f u e r t e p a r a q u e l o s t ó r t o ­l o s l o o y e r a n a p e s a r d e s u a r r o b a m i e n t o , y p e n e t r é d e n u e v o e n e l p a s i l l o .

E n t o n c e s o c u r r i ó l o s o r p r e n d e n t e . E U a , s e p a r a d a d e l j o v e n

c í a n s i q u i e r a ? ¿ P o r q u é a q u e l j o v e n d e m o s t r ó d e p r o n t o e s t a r e m b r i a g a d o ?

M e d i p o r v e n c i d o r e s p e c t o a m i s p r o p ó s i t o s d e d i s c r e c i ó n , ¿ C ó m o e r a p o s i b l e a c a l l a r l a c u r i o s i d a d a n t e a q u e l l a s c o s a s i n e x p l i c a b l e s q u e m e e s t a b a n s u c e d i e n d o ?

D e s p u é s d e m u c h o r e f l e x i o n a r , m e p a r e c i ó d a r c o n l a c l a v e d e l e n i g m a . S e t r a t a b a d e d o s e n a m o r a d o s q u e , s a b e D i o s p o r q u é m o t i v o , t e n í a n e m p e ñ o e n g u a r d a r s e c r e t o s o b r e s u s a m o ­r e s . P o r e s o h i c i e r o n a q u e l l a c o m e d i a , D e m o s t r a n d o q u e n i s e c o n o c í a n n i s i m p a t i z a b a n , h a r í a n m á s i m p o s i b l e q u e s e s o s p e ­c h a r a d e s u c a r i ñ o .

L a h i p ó t e s i s r e p r e s e n t ó u n d e s c a n s o p a r a m i m e n t e y p u d e p a s a r n n a t a r d e t r a n q u i l a .

P e r o p o r l a n o c h e . , .

A l e n t r a r e n e l c o m e d o r a l a h o r a d e l a c e n a , v i q u e o t r a v e z e l e x t r a v a g a n t e h u é s p e d e s t a b a s e n t a d o a l a m e s a q u e y o

a c o s t u m b r a b a a o c u p a r .M e r e c i b i ó m u y a m a b l e m e n t e y s e m o s t r ó t a n l o c u a z c o m o

l a p r i m e r a v e z . M e f i j é b i e n e n é l . E r a u n c a b a l l e r o d e u n o s c i n c u e n t a a ñ o s . V e s t í a c o r r e c t a m e n t e . S u e s t a t u r a m e d i a n a , s u c o m p l e x i ó n r o b u s t a . I b a c o m p l e t a m e n t e a f e i t a d o . N o s é s i e r a e s p a ñ o l , p e r o l o h a b l a b a c o r r e c t a m e n t e .

— N o d e je r u s t e d a b i e r t a d e n o c h e l a p u e r t a d e s u h a b i t a ­c i ó n — m e d i j o . — E n e s t e h o t e l s e h a n c o m e t i d o r e c i e n t e m e n ­t e a l g u n o s r o b o s , c u y o a u t o r s e d e s c o n o c e e n a b s o l u t o .

L a r e v e l a c i ó n m e i n t e r e s ó s o b r e m a n e r a . D e s ú b i t o h a b í a n v u e l t o a m i p e n s a m i e n t o t o d o s a q u e l l o s r e c u e r d o s q u e t a n t o m e l i a b í a n p r e o c u p a d o l a s d í a s ú l t i m o s . C i e r t a m e n t e , a q u e l l o J o d i a e x p l i c a r a l g u n a s c o s a s q u e h a s t a e n t o n c e s n o h a b í a o g r a d o c o m p r e n d e r , s o b r e t o d o l o s r u i d o s d e a q u e l l a m e m o ­

r a b l e n o c h e . S o b r e l a e x t r a v a g a n c i a d e l h u é s p e d q u e m e e s t a ­b a h a b l a n d o , n o m e d i ó l a r e v e l a c i ó n n i n g u n a l u z ; p e r o , e n c a m b i o , m e p a r e c i ó q n e l o q u e a q u e l l a t a r d e r a e h a b í a o c u r r i d o a l e n t r a r e n m i c u a r t o . . .

— P a r e c e q u e l e h a i m p r e s i o n a d o a u s t e d m i r e v e l a c i ó n . ¿ A c a s o l e h a d e s a p a r e c i d o a l g u n a c o s a ?

M e s o b r e p u s e y t r a t é d e q u i t a r a l h e c h o i m p o r t a n c i a c o D r t e s t a n d o :

— N o , s e ñ o r . P e n s a b a ú n i c a m e n t e q u e d e h a b e r s a b i d o e s o a n t e s , a c a s o h u b i e r a c o m e t i d o a l g u n a i m p r u d e n c i a . H a b r í a s a l i d o d e m i c u a r t o a m e d i a n o c h e r e v ó l v e r e n m a n o o h a b r í a s o s p e c h a d o d e p e r s o n a s q u e , a b u e n s e g u r o , s o n i n o c e n t e s . M e e s t á n s n c e d i e n a o c o s a s e x t r a ñ a s d e s d e q n e e n t r é e n e s t e h o t e l .

E l e x t r a v a g a n t e c a b a l l e r o m e m i r a b a f i j a m e n t e .— ¿ A h , s i ? — p r e g u n t ó c o n e v i d e n t e d e s e o d e a v e r i g u a r l o

q u e m e h a b í a s u c e d i d o .

Ayuntamiento de Madrid

Detective a la Fuerza 2 9

— S í . s e ñ o r . H a c e a l g u n a s n o c h e s o í r u i d o s s o s p e c h o s o s e n l a s l i a h i t a c i o n e s v e c i n a s y e s t a m i s m a t a r d e h e s i d o t e s t i g o d e u n h e c h o i n e x p l i c a b l e .

M e d e t u v e a l p e n s a r q u e s e r í a i m p r o p i o d e u n c a b a l l e r o p u ­b l i c a r l a a c t i t u d d e m a s i a d o v e h e m e n t e e n q u e h a l l é a l a j o v e n l a p r i m e r a v e z q u e e n t r é e n e l p a s i l l o . P o r o t r a p a r t e , s i s e t r a t a b a d e d o s j ó v e n e s h o n o r a b l e s q u e t e n í a n n e c e s i d a d d e o c u l t a r s u a m o r , n o s e r í a m u y p i a d o s o d e s c u b r i r l e s .

C o n t i n u é , a n t e l a e v i d e n t e a n s i e d a d c o n q u e e l e x t r a v a g a n t e h u é s p e d m e m i r a b a :

— P u e s s í , s e ñ o r , e s t a t a r d e h e p r e s e n c i a d o l u i a e s c e n a e x ­t r a ñ a . I b a a e n t r a r e n m i h a b i t a c i ó n , c u a n d o h e v i s t o e n e l p a s i l l o a u n a j o v e n q u e i n c r e p a b a a u n i n d i v i d u o , i n s t á n d o l e a q u e s e m a r c h a r a d e a l h , l i l s e f u é c o n p a s o v a c i l a n t e , c o m o s i e s t u v i e r a b o r r a c h o . P e r o y o e s t o y p o r a s e g u ­r a r l e q u e n o h a b í a e n s u c u e r p o n i u n a g o t a d ea l c o h o l -

— ¿ Q u i e r e u s t e d d e s c r i b i r m e a e s o s d a s j ó ­v e n e s ’

I . o s d e . s c r i b i . l i l l a e r a r u b i a , c o n a s p e c t o y a c e n t o d e e x t r a n j e r a - T a m b i é n d i d e t a l l e s d e é í .

I in t o n < - e s m i a m i g o s e e c h ó a r e í r .— E s a j o v e n e s m i h i j a , y é l , u n b u e n m u ­

c h a c h o d e e s t a t i e ­r r a . ___

M e q u e d é e s t u ­p e f a c t o . M i p e n s a ­m i e n t o , a v e z a d o y a a l a d e d u c c i ó n p o r e l c o n t i n u o e j e r ­c i c i o d e a q u e l l o s

. d í a s , s a c ó e n e l

a c t o d e t a l e s p a l a b r a s m u c h a s c o n s e c u e n c i a s i m p o r t a n t e s . . .P o r e l t o n o c o n q u e m i a m i g o h a b í a h a b l a d o d e l m u c h a c h o ,

c o m p r e n d í q u e n o s e o p o n d r í a a u n a s a m o r e s e n t r e é l y s u h i j a , s i l o s h u b i e s e , y s i l o s e n a m o r a d o s n o t e n í a n q u e o c u l t a r s e d e l p a d r e d e l a j o V e n ¿ q u é p o d í a i m p o r t a r l e s q u e l e a v i e r a n l o s d e m á s ? L a f a r s a q u e r e p r e s e n t a r o n n o t e n i a n i n g ú n o b j e t o , m e j o r d i c h o , i i i n g i i n o b j e t o q u e y o p u d i e r a c o m p r e n d e r , ¿ Q u é m i s t e r i o l i a b i a e n a q u e l l a d i a r i a c o n f i d e n c i a l q u e d e . s p u é s t u v o t a n r a r a s e i n c o m p r e n s i b l e s d e r i v a c i o n e s ? ¿ Q u é i n t e r é s j i o d í a n t e n e r e n q u e y o n o s u p i e r a n i s i q u i e r a q u e s e c o n o d a i i ? S i e lSa d r e c o n o c í a a l j o v e n , y m e l o a c a b a b a d e d e m o s t r a r h a b l á n -

o m e d e s u s b u e n a s c u a U d a d e s c o n e l t o n o s e g u r o y f i r m e d e l

( C a n t i n ú a e n l a p á g i n a 7 4 }

¡ J i c o u n m o v i m i e n t o p a r a b u s c a r u n a a r ­m a c o n q u e a g r e d i r ­m e , p e r o n o l e d i t i e m p o . L e e c h é l a s m a n o s a l c u e l l o y , m á s á g i l y r o b u .s to q u e é l , m e h u b i e r a s i d o f á / i l a h o e a r l - .

i . ¡ is .

I

i '

i|

> I* ( II k Iil

' ’ l ^^1

¡ i

: i

Ayuntamiento de Madrid

C o m p e t e n c i a r u i n o s a

En B e r l í n s e h a r e g i s t r a d o e l p r i m e r c a s o c o n o c i d o d e u n a t r a c o r e a l i z a d o

p o r m i i j e r e s . U n c o m e r c i a n t e q u e r e ­g r e s a b a a s u c a s a a a l t a s h o r a s d e l a n o ­c h e f u é s a q u e a d o p o r v a r i a s m u j e r e s q u e , a p o s t a d a s e n u n a e s q u i n a y p r o v i s t a s d e r e v ó l v e r e s , d e j a r o n a l p o b r e h o m b r e s i n u n m a r c o .

S e r á c u e s t i ó n d e q u e l o s a t r a c a d o r e s p r o f e s i o n a l e s p r o t e s t e n c o n t r a e s t a n u e ­v a i n t r o m i s i ó n d e l s e x o d é b i l e n u n t r a b a j o h a s t a a h o r a e x p l o t a d o e x c l u s i ­v a m e n t e p o r l o s h o m b r e s . P a s e q u e h a y a m u j e r e s m é d i c o s , m u j e r e s a b o g a d o s , m u ­j e r e s b o x e a d o r e s , p e r o m u j e r e s a t r a c a ­d o r a s ; e s d e m a s i a c o'.

A c o n s e j a m o s a l o s p o b r e s h o m b r e s q u e h a s t a a h o r a s e h a b í a n g a n a d o k v n - r a d a m e n i e l a v i d a e n e s t e o f i c i o , q u e l o d e j e n , p u e s l a c o m p e t e n c i a s e r á r u i n o s a p a r a e l l o s . - D e a h o r a e n a d e l a n t e , m i e n ­t r a s t o d o e l m u n d o p r o c u r a r á r e s i s t i r a u n a t r a c a d o r , n o h a b r á n i n g ú n m o r t a l m e d i a n a m n e t e g a l a n t e q u e s e a c a p a z d e n e g a r n a d a a u n a v o z f e m e n i n a q u e , d e n o c h e y c a r i ñ o s a m e n t e , l e d e t e n g a c o n l a c o n s a b i d a f r a s e d e r i t u a l .

— C a b a l l e r o , ¡ la b o l s a o l a v i d a l

U n v i v o y u n m u e r t o

P e r o e l h o m b r e p r o p o n e y D i o s d i s ­p o n e . D o s a ñ o s d e s p u é s d e e s t a r c o b r a n ­d o p r i m a s e l f e l i z d i r e c t o r , s e p r e s e n t ó e n í a o f i c i n a d e s e g u r o s u n s e ñ o r q u e t a m b i é n s e l l a m a b a K l e i n y q u e a r r o j ó e s t a b o m b a e n e l d e s p a c h o d e l j e f e :

S o y h e r m a n o d e H u g o K l e i n , y c o m o e l p o b r e h a m u e r t o , v e n g o a c o b r a r l o s 5 0 , 0 0 0 m a r c o s q u e s e e s t i p u l a n e u e s t e c o n t r a t o .

N o s e p o d í a n e g a r q u e a q u e l h o m b r e e r a h e r m a n o d e l m u e r t o , p o r d o s c o s a s : p r i m e r a p o r q u e s e p a r e c í a m u c h o a é l y s e g u n d a p o r q u e l l o r a b a d e u n m o d o q u e s ó l o u n h e r m a n o q u e h e r e d a 5 0 , 0 0 0 m a r c o s e s c a p a z d e l l o r a r c o m o é l l o h a c í a .

E l d i r e c t o r p u s o l a m i . s m a c a r a q u e s i s e a c a b a r a d e t r a g a r u n a e s p i n a .

— B i e n , b i e n — d i j o b u s c a n d o e l m o d o d e r e t r a s a r e l m o m e n t o d o l o r o s o d e l p a g o . — P e r o , c o m o s e t r a t a d e u n d e s e m b o l s o t a n i m p o r t a n t e p a r a l a c o m ­p a ñ í a , n e c e s i t a m o s v e r a s u h e r m a n o d e c u e r p o p r e s e n t e .

— ¡ O h , s e ñ o r d i r e c t o r ! — c l a m ó e l c l i e n t e l a n z a n d o d e s g a r r a d o r e s g e m i d o s . — N a d i e p u e d e v e r y a a m i h e r m a n o . A c a b o d e d e j a r l o e n l a t u m b a f r í a .

— ¡ .A h ! P u e s s i n e s e r e q u i s i t o l a c o m ­p a ñ í a n o p u e d e p a g a r . S i s u h e r m a n o e s t á y a e n t e r r a d o e x h u m a r e m o s e l c a ­d á v e r ,

l ü G O K l e i n e s t o e s t á a t e s t i g u a d o p o r l a p r e n s a p o l o n e s a — t e n í a a l ­

q u i l a d a u n a f i n c a e n l o s a l r e d e d o r e s d e S o l d a u f P o l o i i í a ) , y e n e l l a l l e v a b a u n a v i d a c a s i a s c é t i c a . l i n i c a m e n t e p a r e c í a n i n t e r e s a r l e l a s t a r e a s a g r í c o l a s 3- s o l í a v é r s e l e c o n e l p i c o e n l a m a n o , c o m o u n s e n c i l l o l a b r a d o r , o e n c a r a m a d o a l o s á r b o l e s c o n l a s t i j e r a s d e p o d a r , c u a l h u m i l d e j a r d i n e r o .

¡ Q u é d e s c a n s a d a v i d a l a d e l q u e l i u y f e e l m u n d a n a l r u i d o ! . . ,

P e r o K l e i n , a d e m á s d e l o s v e r s o s d e F r a y L u i s , c o n o c í a s i n d u d a e s e r e f r á n q u e d i c e : « H o m b r e p r e v e n i d o v a l e p o r d o .s » , y u n b u e n d í a s e f u é a l a c e r c a n a c i u d a d d e D a i i l z i g y s e a s e g u r ó l a v i d a .

l i s t a m o s . s e g u r o s d o q u e l o s d e l s e g u r o s e e x t r a ñ a r í a n d e q u e u n h o m b r e q u e n o t e n í a a n a d i e a s u a l r e d e d o r q u i s i e r a a s e g u r a r s e l a v i d a , p e r o h u b i e r a s i d o d e t o n t o s h a b l a r d e e s o . L o q u e a e l l o s l e s c o n v e n í a e r a « a r r a n c a r » p ó l i z a s — l o c u a l e s m u c h o m á s d i f í c i l q u e a r r a n c a r m u e l a s c o n l o s d e d o s , — y s i e l i n g e n u o s e ñ o r K l e i n q u e r í a h a c e r s e u n s e g u r o i n ú t i l , q u e l o s s e v i l l a n o s s e l a s c o m p u ­s i e r a n c o n é l .

S e f i r m ó e l c o n t r a t o , y e l s e n c i l l o h o r ­t i c u l t o r p a g a l i a r e l i g i o s a m e n t e l a s p r i ­m a s . ¡ E s t u p e n d o ! « H o m b r e s a s í c o n v i e ­n e n a l a c a s a » , d e c í a e l d i r e c t o r d e l a c o m p a ñ í a d e s e g u r o s - Y d e b í a d e a ñ a ­d i r p a r a s u s a d e n t r o s ; « C u a n d o .se m u e r a , c o n l o s .5 0 ,1 )0 0 m a r c o s q u e h u b i é r a m o s t e n i d o q u e e n t r e g a r a ,su f a m i l i a , s i l a t u v i e s e , l e h a r e m o s u n e n t i e r r o d e p r i ­m e r a l e l l e v a r e m o s t o d o s l o s a ñ o s u n r a m o d o m a r g a r i t a s - »

H e a q u i l a ú n i c a v i c t i t n a d e u n o s d e s ­ó r d e n e s c o m u n i s t a s e n u n a c a l l e d e B e r ­l í n . E s t e f a r o l — q u e s i e m p r e s e l i m i t ó a c u m p l i r s m o b l i g a c i ó n s i n p r o t e s t a r , a u n q u e l e o b l i g a r a n a t r a b a j a r l o s d o ­m i n g o s y a d a r l u z m d s d e o c h o h o r a s — • h a p a g a d o a l p a t o d e l a r e v u e l t a y a h o r a , t o r c i d o y m o r i b u n d o , n i s i q u i e r a d e s p i e r ­t a l a c o m p a s i ó n d e e s t a p a r e j a d e . s c h u p - p o s q u e , s e r e n a y p a u s a d a m e n t e , p a s a n d e l a r g o c u i d a n d o d e m a n t e n e r c l o r d e n .

E n v i s t a d e q u e n o h a b í a m á s r e m e d i o , K l e i n s e c o n f o r m ó y a l d í a s i g u i e n t e s e d i r i g i ó a l c e m e n t e r i o a c o m p a ñ a d o d e u n a g e n t e d e l a c o m p a ñ í a .

S e a b r i ó l a t u m b a , s e e x t r a j o e l f é ­r e t r o y s e d e s t a p ó l a c a j a .

E l a g e n t e q u e d ó e s t u p e f a c t o . E l c a ­d á v e r s e p a r e d a a H u g o K l e i n , p e r o , m á s q u e d e c a d á v e r t e n í a e l a s p e c t o d e e s o s m a n i q u í e s q u e s e p o n e n e n l o s e s c a p a r a t e s d e l a s t i e n d a s d e m o d a s . H a s t a l o s p e l o s d e l b i g o t e p a r e c í a n c l a ­v a d o s c o n u n p u n z ó n .

C o n t ó l o o c u r r i d o a l l l e g a r a l a o f i c i n a y é s t a t r a s l a d ó a l a p o l i c í a e l r e l a t o .

S e v o l v i ó a e x h u m a r e l c a d á v e r s i n q u e s e e n t e r a s e e l h e r n j a n o d e l d i f i m t o y e n t o n c e s s e p u d o c o m p r o b a r q u e a q u e ­l l o n o e r a u n m u e r t o y q u e e l t a l h e r m a ­n o q u e r e c l a m a b a e l s e g u r o e r a u u v i v o .

L o q u e h a b í a d e n t r o d e l a c a j a e r a u n m u ñ e c o d e c e r a c o n s t r u i d o p o r e l p r o ­p i o H u g o K l e i n , e l c u a l s e h i z o p a s a r d e s p u é s p o r h e r m a n o d e s í m i s m o p s i r a c o b r a r l o s 5 0 , 0 0 0 m a r c o s d e l a l a .

N i q u e d e c i r t i e n e q u e K l e i n n o c o b r ó l o s d ó a r e s . L o q u e c o b r ó f u é u n m i e d o e s p a n t o s o a l a p o l i c í a a l s a b e r q u e s e h a b í a d e s c u b i e r t o e l p a s t e l , y , a n t e s d e q u e p u d i e r a n e c h a r l e e l g u a n t e , p u s o p i e s e n p o l v o r o s a y a c a s o e s t é c o r r i e n d o t o d a v í a .

A l i o r a v a y a u n c o n s e j o a l a s c a s a s d e s e g u r o s : t a m b i é n l o s a s e g u r a d o r e s d e b e n a s e g u r a r s e , s i n o i - s t ó n s e g u r o s d e l o s q u e s e v a n a a s e g u r a r .

Para s « r rentista

E n B u d a p e s t h a s i d o d e t e n i d o u n i n d i v i d u o c o n t r a e l c u a l v a r i o s c o m e r ­c i a n t e s d e l a c i u d a d p r e s e n t a r o n s e n d a s d e n u n c i a s ,

a n e n .su s o m i s m o :

T o d o s e s t o s s e ñ o r e s s e q u e , r e s p e c t i v a s a c u s a c i o n e s d e d e q u e F r i t z H a u s b e r g - - t ¡ u e a s í s e l l a ­m a e l i n d i v i d u o e n c u e s t i ó n - - p o n i e n d o e n j u e g o u n o r i g i n a l t r u c o , l e s l i a t o m a d o e l p e l o y , l o q u e e s m á s s e n s i b l e , l e s h a e s t a f a d o c i n c u e n t a c o r o n a s .

P a r a a t r a e r a s u s v í c t i m a s , H a u s b e r g p u b l i c a b a e n l o s p e r i ó d i c o s e l s i g u i e n t e a n u n c i o :

1 ¿ Q u i e r e u s t e d g a n a r m i l c o r o n a s e n t r e s d i a s i E s c r í b a m e e n s e g u i d a a c o m ­p a ñ a n d o c i n c u e n t a p a r a t a c o n t e s t a c i ó n .»

C o m o e n B u d a p e s t , i o n i i s i n o q u e e n P e k í n , a b u n d a n l o s c á n d i d o s , h u b o v a ­r i o s q u e c r e y e r o n d e b u e n a f e q u e q u i z á s l e s r e v e l a r í a n e l s e c r e t o d e l a p i e d r a f i l o s o f a l ; e n v i a r o n l a s c o n s a b i ­d a s c i n c u e n t a c o r o n a s y e s p e r a r o n a n ­s i o s o s l a c o n t e s t a c i ó n .

E s t a n o s e h i z o e s p e r a r ; a l c a b o d e t r e s d í a s t o d o s r e c i b i e r o n l a s i g u i e n t e c o n t e s t a c i ó n :

*1.0 m i s m o q u e y o h e h e c h o c o n u s t e d , h á g a l o u s t e d c o n o t r a s v e i n t e p e r s o n a s y r e c o g e r á l a s m i l c o r o n a s . A m i n o m e h a f a l l a d o n u n c a . »

C c m o s e v e , c l t r u c o e s v i e j o , p e r o a u n d e c u a n d o e n c u a n d o s u r t e e f e c t o .

Ayuntamiento de Madrid

ASESINATO de Mlle. Evenepoell y sus dos criadasUn proceso célebre en que se impusieron dos penas de muerte por un triple asesinato

(Bruselas, 1647)

E l 2 d e s e p t i e m b r e d e 1 8 4 7 , s e l l e n a r o n d e c o n s t e r n a c i ó n l o s h a b i t a n t e s d e B r u s e ­l a s a l t e n e r c o n o c i m i e n t o d e l h o r r o r o s o

c r i m e n q u e s e h a b í a d e s c u b i e r t o a q u e l l a n o ­c h e e n l a p l a z a d e S a i n t - G e i y , n i i m e r o 1 3 , d o n d e h a b í a n a p a r e c i d o , b á r b a r a m e n t e m u ­t i l a d o s , t r e s c a d á v e r e s , c o r r e s p o n d i e n t e s a t o d a s l a s p e r s o n a s q u e h a b i t a b a n a q u e l l a c a s a .

E 1 c o c h e r o d e l a f a m i l i a E v e n e p o e l l , l l a ­m a d o C o m e l i o M o r e u s , l l e g ó a c e n a r , e n t r e n u e v e y m e d i a y d i e z , c o m o t e n í a p o r c o s ­t u m b r e h a c e r l o d i a r i a m e n t e , y c o m o n o l e r e s p o n d i e r a n a l a s r e p e t i d a s l l a m a d a s q u e h i z o , d i ó l a v u e l t a a l p o r t a l y e n c o n t r ó e n t r e a b i e r t a l a e n t r a d a d dfi a t iü , o b s e r v a n d o q u e h a b í a

u z e n l a c o c i n a . A v a n z ó r e ­s u e l t o a d i c h a p i e z a y e x p e ­r i m e n t ó e n o r m e t e r r o r a l c o n t e m p l a r t e n d i d o e n e l s u e l o e l c u e r p o e n s a n g r e n t a ­d o d e u n a m u j e r y , s a l i e n d o a l a c a l l e p r e c i p i t a d a m e n t e , c o m e n z ó a d a r g r i t o s p i d i e n ­d o a u x i l i o , h a s t a q u e l l e g a ­r o n l o s a g e n t e s d e l a a u t o r i ­d a d .

S e p r o c e d i ó i n m e d i a t a ­m e n t e a l r e g i s t r o d e l a c a s a , v i é n d o s e a l a e n t r a d a d e lSa í i o y u o r i l l a d e l a p u e r t a

o s e n o r m e s c h a r c o s d e s a n ­g r e . e n l o s q u e h a b í a a l g u ­n o s f r a g m e n t o s d e c u e r o c a ­b e l l u d o , c o n l a r g o s m e c h o n e s d e p e l o d e m u j e r , y p e d a z o s d e t e l a d e v e s t i d o s . D e s d e a q u i p a r t í a n d o s r e g u e r o s d e s a n g r e , p e r f e c t a m e n t e p a r a l e l o s , q u e l l e g a b a n h a s t a e l l a v a d e r o , i n ­m e d i a t o a l a c o c i n a , e n c u y o c e n t r o a p a r e c í a e l c a d á v e r d e M a r í a T e r e s a d e S a í n , c o c i n e r a d e l a c a s a , y m á s a d e l a n t e , d e n t r o d e l a c o c i n a , j u n t o a l a e n t r a d a d e l a c u e v a , s e h a l l a b a e l c u e r p o i n e r t e d e l a o t r a s i r v i e n t a A n a M a r í a G e r t r u d i s E s m e e t s .

E n e l c o m e d o r , c a s i a t r a v e s a n d o l a e n t r a d a q u e d e s d e e s t a h a b i t a c i ó n d a b a a c c e s o a l b o u d o i r , s e h a l l ó e l c a d á v e r d e m a d a - m o s e i l l e E v e n e p o e l l , c o m p l e t a m e n t e e m p a p a d o e n s a n g r e y c o n e l r o s t r o t a n d e s f i g u r a d o , q u e e r a i m p o s i b l e d i s t i n g u i r n i m í a s o l a d e s u s f a c c i o n e s .

T o d a s l a s h a b i t a c i o n e s t e n i a n m a n c h a d o e l p a v i m e n t o p o r h u e l l a s s a n g i i e n t a s d e z a p a t o s d e d o s h e c h u r a s y t a m a ñ o s d i f e r e n t e s , l o q u e d e m o s t r a b a q u e e n a q u e l c r i m e n h a b i a n i n t e r v e n i d o a l m e n o s d o s m a l h e c h o r e s . L a m a y o r í a d e l o s m u e b l e s h a b í a n s i d o f r a c t u r a d o s p a r a r e g i s t r a r c o n p r e c i p i t a ­c i ó n s u s i n t e r i o r e s , v i é n d o s e s a l t a d a s l a s c e r r a d u r ^ d e l a g a ­v e t a d e M l l e . E v e n e p o e l l , p a r a l o q u e s e u t i l i z ó , s i n d u d a , u n

E l c r i m i n a l F r a n c i s c o R o s s e e l , s e g ú n u n g r a b a d o d e l a é p o c a .

c u c h i l l o d e t a h o n e r o , e n c o n t r a d o s o b r e e l m e n c i o n a d o m u e b l e .

E n l a p a r e d i n m e d i a t a a l a p u e r t a s e d i s t i n g u í a p e r f e c t a m e n t e l a h u e l l a d e u n a m a n o n e g r a , p r o d u c i d a i n d i s c u t i b l e m e n t e c o n p o l v o d e c a r b ó n , y e n c i m a d e l a m e s a d e l,a c o c i n a s e h a l l ó i m m a r t i l l o , t a m b i é n e n n e g r e c i d o p o r c a r b ó n , e n c u y a c a b e z a s e n o t a b a n v a r i a s m a n c h a s d e s a n g r e .

S e g ú n e l d i c t a m e n d e l o s m é d i c o s f o r e n ­s e s , f a s t r e s v i c t i m a s h a b i a n s u c u m b i d o a c a u p a d e t e r r i b l e s y n u m e r o s o s g o l p e s d a d o s e n e l c r á n e o , c o n u n i n s t r u m e n t o c o n t u n ­

d e n t e , q u e h a b i a l l e g a d o a r e d u c i r a p a s t a u n a g r a n

j o r c i ó n d e i a m a s a e n c e f á - i c a . H a b í a n s u f r i d o , a d e ­

m á s , c u a n d o a i m t e n í a n v i ­d a , u n a e n o r m e h e r i d a e n l a g a r g a n t a , q u e l e s s e c c i o ­n a b a l a y u g u l a r , l l e g a n d o e n l a s t r e s l a p u n t a d e l p u ­ñ a l o e s t i l e t e q u e s e u s a r a e n e s t a a g r e s i ó n , a h e r i r l a e s p i n a l d o r s a l . D e e l l o s e d e d u c í a q u e e l a r m a e m ­p l e a d a e r a d e g r a n t a m a ñ o y q u e , p o r l a i d e n t i d a d d e l a s l e s i o n e s q u e h a b í a n s u ­f r i d o l a s v í c t i m a s , e r a u n a m i s m a p e r s o n a l a a u t o r a d e l o s a s e s i n a t o s o . s i i n t e r v i ­n i e r o n d o s , u n a e s g r i m i ó e l o b j e t o c o n t u n d e n t e y o t r a e l a r m a p u n z a n t e .

S e g ú n d e c l a r a c i ó n d e l p a ­d r e d e M l l e . E v e n e p o e l l , l o s c r i m i n a l e s s e h a b í a n l l e v a d o d e l a c a s a m u c h o s o b j e t o s d e o r o y p l a t a , e n t r e e l l o s lU i j u e g o c o m p l e t o d e c u b i e r t o s y s e i s r e l o j e s , f a l t a n d o , a d e m á s , n o v e ­c i e n t o s c u a r e n t a y c i n c a f l o r i n e s d e l o s P a í s e s B a j o s , e u m o n e ­d a s d e o r o , y d i e z y s i e t e p i e z a s d e p l a t a d e t r e s f l o r i n e s c a d a u n a , s u m a e s t a ú l t i m a q u e e s t a b a g u a r d a d a e n l a g a v e t a d e s u h i j a . . ,

S e r e g i s t r ó , c o n m i n u c i o s i d a d , t o d o e l e d i f i c i o , e x t e n d i é n ­d o s e e s t a d i l i g e n c i a a l o s p o z o s , c i s t e r n a s y c o m m i e s , q u e p o ­d í a n d a r a c c e s o a l a c a s a , a s í c o m o e l r í o q u e r o d e a l a p a z a d e S a i n t - G e r y . N o s e h a l l ó h u e l l a n i n g u n a d e e s c a l o , p o r l o q u e s e s u p u s o q u e l o s c r i m i n a l e s e n t r a r o n p o r l a p u e r t a d e l a c a s a , l l a m a n d o a l a m i s m a c o n a l g ú n p r e t e x t o .

S e p u d o p r e c i s a r l a h o r a e x a c t a d e l s u c e s o , q u e f u é d e s i e t e y m e d i a a o c h o d e l a n o c h e , p o r q u e l a v i u d a d e D r a b b e f u é _ a l a c a s a d e l c r i m e n a l a s s i e t e y m e d i a , c o n u n r e c a d o d e í a s e ñ o r a d e K e i m o b u , h e n n a n a d e M l l e . E v e n e p o e l l , y h a b l ó c o n l a c o c i n e r a , a l a q u e d i ó e l e n c a r g o q u e t r a í a , y , a n t e s d e l a s o c h o f u é d e v i s i t a u n a g e n t e d e c a m b i o , e l c u a l a l l l a m a r t r e s v e c e s y n o o b t e n e r r e s p u e s t a s e m a r c h ó . P o c o d e s p u é s , o s e a a n t e s

Ayuntamiento de Madrid

32 Gran Proyector

d e l a s o d i o y m e d i a , l l e g ó e l n o v i o d e l a c o c i n e r a , l l a m a d o D a u c k a c r t s , e l i i z o l a s e ñ a l c o n v e n i d a d e d a r t r e s g o l p e s e u e l m u r o , p o r l a p a r t e q u e c o r r e s p o n d í a a l a c o c i n a , y t a m p o c o o b t u v o r e s p u e s t a . D i s t i n g u i ó q u e h a b í a l u z e n e l g a b t a e t e d e l a s e ñ o r i t a y e s p e r ó , r e p i t i e n d o v a r i a s v e c e s l a s e ñ a l , h a s t a q u e a l a s o c h o y m e d i a s e m a r c h ó , p o r c r e e r q u e a l g u n a c i r ­c u n s t a n c i a l e i m p e d í a a s u n o v i a a c u d i r a q u e l l a n o c h e , l o q u e n o l e h i z o s o s p e c h a r n a d a a n o r m a l p o r h a b e r o c u r r i d o l o m i s ­m o o t r a s v e c e s . . - 1

N o h a b í a n i e l m á s p e q u e ñ o i n d i c i o q u e p u d i e r a s e ñ a l a r u n a p i s t a p a r a d e s c u b r i r a l o s a u t o r e s d e i t r i p l e a s e s i n a t o , p u e s n a d i e o b s e n ' ó l a p r e s e n c i a d e p e r s o n a a l g u n a s o s p e c h o s a e n a q u e l l o s l u g a r e s , c o n l a ú n i c a e x c e p c i ó n d e l a c r i a d a d e l a s e ñ o r a R e n a r t , l l a m a d a C h a i n , q u e v i v í a e n e l n ú m e r o 1 4 d e l a m i s m a p l a z a . E s t a s i r v i e n t a d e Ü a r ó q u e a l p a s a r p o r e l d o m i c i l i o d e M l l e . E v e n e - p o e l l , a l a s n u e v e y c u ^ t o p r ó x i m a ­m e n t e , v i ó a s o m a r p o r l a p u e r t a l a c a b e z a d e u n h o m b r e q u e i n m e d i a t a ­m e n t e s e r e t i r ó , s i n q u e , a c a u s a d e l a o b s c u r i d a d , p u d i e r a e l l a d i s t i n g u i r n a d a d e s u s f a c c i o n e s . L e p r e o c u p ó l a r a p i d e z c o n q u e s e o c u l t a r a y , e s ­t a n d o p e n s a n d o e n e s t e i n s ó l i t o h e c h o , o y ó l o s g r i t o s d e l c o c h e r o d e m a n d a n ­d o a u x i l i o .

E f e c t u a d a s t o d a c l a s e d e i n v e s t i ­g a c i o n e s e n t r e l a s p e r s o n a s q u e d i r e c ­t a o i n d i r e c t a m e n t e t e n í a n r e l a c i ó n c o n l a s v í c t i m a s , n o s e l o g r ó a b s o l u ­t a m e n t e n a d a , t r a n s c u r r i e n d o a s í c e r c a d e t r e s m e s e s . L o s m i s m o s a g e n t e s d e l a a u t o r i d a d , t r a s i n f r u c ­t u o s a s p e s q u i s a s , l l e g a r o n a c r e e r , i g u a l q u e t o d o e l m u n d o , q u e e l e s ­p a n t o s o c r i m e n i b a a q u e d a r i m p u n e .

f ^ l ' A N D O m a y o r e r a l a d e s c o n f i a n - z a p a r a e n c o n t r a r a t o s a u t o r e s

d e l b á r b a r o c r i m e n , u n i n d i v i d u o l l a m a d o H a u g u e t d e n u n c i ó a l P r o ­c u r a d o r d e l R e y q u e u n m o z o d e p a n a d e r í a , c o n o c i d o p o r S i l v e s t r e , l e h a b í a d i c h o l o s i g u i e n t e ;

— E l d í a q u e y o q u i e r a , s e r á n a r r e s ­t a d o s i n m e d i a t a m e n t e l o s a s e s i n o s .

S e d i ó c u e n t a d e l a c o n f i d e n c i a a l j e f e d e p o l i c í a , y é s t e p r o c e d i ó a e n ­c o n t r a r a S i l v e s t r e y s o m e t e r l e a u n i n t e r r o g a t o r i o , c a y o r e s u m e n t r a n s - c r i b m o s a c o n t i n u a c i ó n , s a c á n d o l o d e l c o r r e s p o n d i e n t e p r o c e s o :

D i j o S i l v e s t r e ; « Q u e e n l a a c t u a l i ­d a d e r a j o r n a l e r o e n H a l y q u e e n u n d í a d e f i n e s d e a g o s t o d e a q u e l m i s m o a ñ o s e h a b í a e n c o n t r a d o e n l a c a l l e d e C o l l n e c o n d o s i n d i v i d u o s , a l o s q u e c o n o c i ó y t r a t ó e n l a c á r c e l d e l o s C a r m e l i t a s , d o n d e é l h a b í a e x t i n g u i ­d o c o n d e n a ; q u e u n o d e e l l o s s e a p e ­l l i d a b a V a u d e i i p l a s y h a b i a t e n i d o u n a p a n a d e r í a e n l a c a l z a d a d e E t t e r b e k , y e l o t r o s e l l a m a b a F r a n c i s c o R o s s e e l , y e r a c r i a d o d e t a h o n a ; q u e , h a b i e n d o o í d o q u e e s t e ú l t i m o s e q u e j a b a d e e s t a r e n l a m a y o r . m i s e r i a , p b r h a b e r s e a r r u i n a d o d u r a n t e e l t i e m p o d e p r i s i ó n , c o n t e s t ó V a u - d e n p l a s q u e a é l l e o c u r r í a l o m i s m o y q u e e s t a b a e s p e r a n d o l e d i e r a n n o t i c i a s d e u n b u e n g o l p e e n A J s e m b e r g q u e l e h a r í a s a l i r d e a p u r o s , i n v i t a n d o a R o s s e e l a p a r t i c i p a r e n e l n e g o c i o , l o q u e e i o t r o a c e p t ó , q u e d a n d o e n v e r s e _ a i d í a s i g u i e n t e . A ñ a t j e S i l v e s t r e q u e p r e v i n o a s u s d o s a m i g o s d e q u e n o s e f i a r a n d e u n t a l l l a m a d o B o s c h , q u e é l c r e í a c o n f i d e n t e d e l a

j o l i c i a , y e n t o n c e s V a u d e n p l a s d i j o q u e t a m b i é n e n B r u s e l a s l a b i a p o s i b i l i d a d d e n e g o c i o , l o q u e n o c o n v e n c i ó a R o s s e e l ,

q u e m a n i f e s t ó s u p r o p ó s i t o d e m a r c h a r s e a H o l a n d a , d o n d e l i o e r a c o n o c i d o , p a r a l o q u e y a t e n i a a r r e g l a d o e l p a s a p o r t e ; p e r o , a l f i n d e l a c o n v e r s a c i ó n , r e s o l v i e r o n e n t r e v i s t a r s e a l s i ­g u i e n t e d í a e n e l h o m o d e R e n a r d , s i n q u e S i l v e s t r e h u b i e r a v u e l t o a h a b l a r c o n e l l o s , a u n q u e , c o n p o s t e r i o r i d a d a l c r i m e n d e l a p l a z a d e S a i n t - G e r y v i ó a V a u d e n p l a s a c o m p a ñ a d o d e m u j e r e s p ú b l i c a s y l i a c i e n d o g a s t o c o n e l l a s e n l a s t a b e r n a s . »

L a p o n d a s e d e d i c ó a b u s c a r a l o s d o s s u j e t o s q u e h a b i a n o m b r a d o e n s u d e d a r a d ó n S i l v e s t r e y a v e r i g u ó q u e V a u d e n ­p l a s s e h a b í a m a r c h a d o a I r e H e s , p a r a d o n d e s a l t o u n a g e n t e .

E l c r i m i n a l V a u d e n p l a s , s e g ú n u n g r a b a d o d e l a é p o c a .

S e c o m p r o b ó q u e , d e s p u é s d e p e r m a n e c e r a l l í u n o s d ía .s , e l m e n c i o n a d o s u j e t o s e t r a s l a d ó a S a n J o s é - t e n - N o u d e , d o n d e i n t e n t ó p o n e r u n e s t a b l e c i m i e n t o ; p e r o , d e s i s t i e n d o d e e l b e n l o s ú l t i m o s m o m e n t o s , h a b í a r e g r e s a d o a B r u s e l a s . A q u í s e d i ó a l f i n c o n s u p a r a d e r o , e n l a c a l l e d e l a s C i n c o E s t r e l l a s , d o n d e c o m e n z a b a a o r g a n i z a r u n p r o s t í b u l o .

L a v i g i l a n c i a e s t a b l e d d a c e r c a d e e s t e m a l h e c h o r d i ó p o t r e s u l t a d o c o n v e n c e r s e d e q u e d e r r o c h a b a e i d i n e r o , i g n o r á n ­d o s e s u p r o c e d e n c i a y c o n t r a s t a n d o e s t a a b u n d a n c i a c o n d o s d a t o s p e r f e c t a m e n t e c o n t r o l a d o s . E l p r i m e r o d e e i l o s s e r e f e r í a a q u e e l v e i n t e d e f e b r e r o d e 1 8 4 7 f u é p r e s o p o r t e n t a t i v a d e i n c e n d i o , p o n i é n d o s e l e e n l i b e r t a d e l o n c e d e ' m a y o p o r f a l t a d e p r u e b a s : e l d í a d i e c i s é i s d e l m i s m o m e s m a n i f e s t ó q u e e s t a b a

s u m i d o e n l a m a y o r m i s e r i a , n o t e ­n i e n d o n i u n c é n t i m o p a r a c o m e r , p o r l o q u e r e c i b i ó u n p r é s t a m o d e c i n c o f r a n c o s , q u e n o h a b £ a _ d e v u e l t o , y a s e g u r ó q u e s e s u i c i d a r í a p o r n o p o ­d e r r e s i s t i r t a n t a s p r i v a c i o n e s , l o q u e h i z o q u e s e c o m p a d e c i e r a u n a m u j e r d e B u l t e a u y l e d i e r a a s ü o e n s u c a s a , d e d o n d e s a l i ó e n e l m e s d e j u l i o , y e n d o a h a b i t a r a l d o m i c i l i o d e o t r a m u j e r , l l a m a d a P i a n é , l a c u a l t u v o q u e d e s p e d i r l e e n e l m e s d e a g o s t o , p o r q u e n o l e h a b í a p o d i d o p a g a r l o s c u a t r o f r a n c o s q u e i m p o r t a b a l a m e i i - s u E i l ld a d d e l h o s p e d a j e . E l o t r o d a t o e r a q u e e l d í a v e i n t i c u a t r o d e l c i t a d o • m e s d e a g o s t o h a b i a e m p e ñ a d o e n e l I M o n t e d e P i e d a d s u v i e j o r e d i n g o t e e n l a í n f i m a s u m a d e m e d i o f r a n c o , p r o c e d i e n d o a r e d i m i r e s a p r e n d a el 4 d e s e p t i e m b r e o s e a d o s d í a s d e s ­p u é s d e l c r i m e n .

M i e n t r a s s e c o n t i n u a b a e s p i a n d o a V a u d e n p l a s y a d q u i r i e n d o n o t i c i a s de l a v i d a q u e h a b í a h e c h o d e s d e e l m e s d e s e p t i e m b r e , s e t u v o c o n o c i m i e n t o d e q u e R o s s e e l v i v i ó d u r a n t e t o d o el a ñ o d e 1 8 4 6 e n u n a c a s a d e l a p r o p i e ­d a d d e M l l e . E v e n e p o e í l , y q u e e n el m e s d e s e p t i e m b r e d e a q u e l a ñ o h a b í a s a c a d o t r e s p a s a p o r t e s e n e l t é r m i n o d e t r e s s e m a n a s , e n t e r á n d o . s e p o r ú l t i m o l a p o l i c í a d e q n e h a b i t a b a e n B o u r g e s , c e r c a d e l a f r o n t e r a d e H o l a n d a .

C o n c l u i d a l a e n c u e s t a p o l i c i a c a , se p r o c e d i ó a l a r r e s t o s i m u l t á n e o d e lo s n o s s o s p e c h o s o s .

D e l i n f o r m e c o m u n i c a d o a l P r o c u ­r a d o r d e l R e y a n o t a m o s l o s h e c h o s m á s p r i n c i p a l e s , a d e m á s d e l o d i c l i o a n t e r i o r m e n t e .

« V a u d e n p l a s , e l d o m i n g o 4 d e s e p ­t i e m b r e p o r l a m a ñ a n a , f u é a l a e r m i t a d e S a n G u i l l é e n l o s a r r a b a l e s d e B r u ­s e l a s , a c o m p a ñ a d o d e d o s m u j e r e s , c o n l a s q u e g a s t ó s e i s f r a n c o s y m e d i o , y e l d o m i n g o s i g u i e n t e , d í a 1 1 , p a s ó t o d o e l d í a e n í a e r m i t a d e V i l b o r n e ,

d o n d e l l e g ó e n u n f i a c r e , b e b i ó u n a b o t e l l a d e v i n o d e B u r d e o s y m e d i a d e v i n o b l a n c o c o n u n g u a r d a d e l c a m p o a l q u e c o n ­v i d ó a c o m e r , d o s b o t e l l a s m á s c o n u n a m u j e r d e s c o n o c i d a q u e l l e g ó a l a v e n t a , r e c i b i e n d o p o r l a n o c h e l a v i s i t a d e A n d r é s R e n a r d y J o s é S i m ó n , c o n l o s q u e c o n s u m i ó n u e v e b o t e l l a s , p a g a n d o s ó l o p o r e s t a s ú l t i m a s s e i s f l o r i n e s .

V a u d e n p l a s , l o s d í a s 1 3 y 1 4 d e l _ m i s m o m e s d e s e p t i e m b r e , h i z o g a s t o s s u p e r i o r e s a q u i n c e f l o r i n e s d i a r i o s e n v a r i a s t a b e r ­n a s , a c o m p a ñ a d o d e J o s é S i m ó n y d e u n a m u c h a c h a , l l a m a d a B á r b a r a A m o r , q u e h a b í a e n c o n t r a d o e n G r e n a d e y d e l a q u e y a n o s e s e p á r ó h a s t a e l m o m e n t o d e s e r a r r e s t a d o .

R o s s e e l h a b í a s i d o v i s i t a d o e n v a r i o s p u n t o s d e l a f r o n t e r a h o l a n d e s a p o r V a u d e n p l a s , h a b i e n d o r e c i b i d o é s t e d i n e r o q u e a q u é l l e e n t r e g a r a p e r s o n a l m e n t e o q u e l e m a n d a b a p o r c o r r e o y q u e p r o c e d í a d e v e n t a s d e o b j e t o s d e p l a t a y o r o q u e e R o s s e e l h a c í a a d i s t i n t a s m u j e r e s y a u n m e r c a d e r j u d i o l l a ­m a d o L e v y ,

N o s e h a b í a p o d i d o i d e n t i f i c a r n i n g u n a d e l a s a l h a j a s c o m o p e r t e n e c i e n t e s a l a c a s a d e M l l e . E v e n e p o e í l , p o r n o c o n s e r v a r ­l a s e n s u p o d e r l a s p e r s o n a s q u e l a s a d q u i r i e r o n , p e r o s í e r a d e t e n e r e n c u e n t a q u e l a s m o n e d a s d e o r o g a s t a d a s p o r V a u d c u -

( C o n t i n u a e n la p á g : « a 77J

Ayuntamiento de Madrid

O E Te ^ ^ '"!

V I .—La m ina sospechosa, historieta por M oreno

Yesyés, que cree haber dado coo tma pista importante, da ordeo a au ayudante de que se baile preparado.

Y ala m¿s ezpiicacido, el detective, ligero, anuido de su escudero, da comleozo a su misldn.

Despula de grandes rodeos, ballao. por fin, uu boquete, por el cual Yesyés se mete ala aadarse eo titubeos.

Decididos y valientes, andan los dos ua buen rato entre el olor poco grato de las aguas malolientes.

Hasta qne. tras mucho sndar, tropiezan con una rnioa. por donde Yesyés opina que debieran continuar.

-N o debemos continuar— dice el negro, muy seguro.— N o sé por qué me figuro que DOS varaos a colar.

De pronto, con estupor, oyen sobre su cabeza que alguien dice con fiereza: —¿Dónde estaré ese traidor?

Yesyés. hombre temerario, dándose por ludido, avanza muy decidido e irrumpe eo un escenario.

Viendo ya de qué se trata, exclama con pesadumbre: —Por no perder la costumbre, be vuelto a meter la pata.

O .P . -Ayuntamiento de Madrid

¡ D E D O S C R I M I N A L E S !

U N R E P O R T A J E E N Q U E E L S A R G E N T O

Howard L BarlowPerito en Huellas Digitales de la Jefatura de Policía de los Á n g e le s (Estados Un ido s)

d e m u e s t r a c o n m a r a v i l l o s o s e j e m p l o s q u e l a d a c t i l o s c o p i a e s u n a c i e n c i a e x a c t a

p o r AM ANDA D A V IS

A r r i b a : E l s a r g e n t o H o w a r d L . B a r l o w , u n o d e l o s m e j o r e s f e r i i a s d a c H l ó s c o p o s d e l o s E s t a d o s U n i d o s , e s t u d i a n d o , i n f a t i g a b l e , l a s i m p r e s i o n e s d i g i t a l e s q u e h a n d e i d e n t i f i c a r a l o s c r i m i n a l e s .

A b a j o : E l m i s m o s a r g e n t o B a r l o w e x a m i n a n d o e l v o l a n t e d e l a u t o e n q u e G u i l l e r m o E d w a r d H i c k m a n c o n d u j o e l c u e r p o m u ­

t i l a d o d e l a i n f e l i z j o v e n c i l a . M a r i a n a P a r k e r .

¡ A c a b a d e d e r r u m b a r s e u n o d e l o s m d s f u e r t e s p i l a r e s d e la l a b o r p o l i c i a c a ! U n a c i e n c i a in ­t e r n a c i o n a l , r e c o n o c i d a m u n d i a l - m e n t e c o m o e x a c t a , p a r e c e q u t h a s i d o d e s t r u i d a . H a n s i d o d e s ­c u b i e r t a s d o s h u e l l a s d a c t i l a r e s i d é n t i c a s d e d o s p e r s o n a s d i s l t n - >iis. L a s h u e l l a s d a c t i l a r e s ía iii- b i e n p u e d e n s e r f a l s i f i c a d a s .

L O S o j o s d e l s a r g e n t o B a i - l o w r e l a m p a g u e a r o n a l le e r e s t a n o t i c i a e n l o s b r i l l a n ­

t e s t i t u l a r e s d e u n p e r i ó d i c o d e ) a t a r d e .

— ¡ H e a q u i o t r o i n v e n t o s e n ­s a c i o n a l d e l o s r e p o r t e r o s á v i ­d o s d e f a m a ! — e x c l a m ó . — i F a l s i f i c a r l a s h u e l l a s d a c t i l a ­r e s ! ¿ A q u i é n s e l e o c u r r e ? ]A’ a - m o s ! i Q u e m e t r a i g a n u n a i m ­p r e s i ó n d a c t i l a r q u e u n p e r i t o n n p u e d a c l a s i f i c a ! ' i n m e d i a t a - m e n t e !

Y a r r u g a n d o e l d i a r i o , e l s a r ­g e n t o l o a r r o j ó a l a p a p e l e r a .

— ¿ D ó n d e p u e d e n h a b e r s e e n c o n t r a d o d o s i m p r e s i o n e s d a c ­t i l a r e s i d é n t i c a s d e d i f e r e n t e s p e r s o n a s ? E s i m p o s i b l e . E n la n a t u r a l e z a n o e x i s t e n d o s e j e m ­p l a r e s i g u a l e s , y p o r l o t a n t o n u n c a p e e r á n e x i s t i r d o s h u e ­l l a s d a c t i l a r e s e x a c t a s . N o se h a h e c h o n i s e l i a r á n u n c a u n d e s c u b r i m i e n t o q u e q u i e b r e la i n f a l i b i l i d a d d e l a d a c t i l o s c o -

Ayuntamiento de Madrid

¡Dedos Criminales! 35

l i ) j o v p n p e r i t o h i z o u n a p a u s a . R e s p i r ó y v o l i i ó a d e c i r m e :

- ¿ N o c r e e u s t e d q u e ' t e n g o r a z ó n , m i s s D a v i s ? ¿ Y n o h a y p a r a i n d i g n a r s e a l l e e r e s o s a r t í c u l o s r i d í c u l o s , s i n u n s o l o á t o ­m o d e v e r d a d ’ A c t u a l m e n t e , l o s t r i b u n a l e s d e n u e s t r o p a í s y d e t o d o s l o s p a í s e s q u e c o n o z c o , l i a n c o n s i d e r a d o l a d a c i l o s c o p i a c o m o n n a c i e n c i a . Y n o s o l a m e n t e c o m o u n a c i e n c i a , s i n o c o m o u n a d e l a s c i e n c i a s m á s e x a c t a s .

D i a r i a m e n t e s e d a n c a s o s e n e l t r i b u n a l d e d e s c u b r i r a s u n t o s c o n l a s o l a a y u d a d e l a s i m p r e s i o n e s d i g i t a l e s . E s t o s c a s o s , s i t u i - i e - l a n m a y o r p u b l i c i d a d , p o d r í a n i n t e r e s a r a l p ú b l i c o c o n m a y o r m o t i v o q u e l a s u p e r c h e ­r ía d e q u e l a s H u e l l a s d i g i t a l e s s o n i n ú t i l e s . S i n e m b a r g o , s e d a c u e n t a d e l o s c a s o s q u e l e d i g o e n u n e s p a c i o i n s i g n i f i c a n t e , e n t a n ­t o q u e l a n o t i c i a d e q u e s e l i a n d e s c u b i e r t o d o s p e r s o n a s c o n l a s m i s m a s h u e l l a s d i g i t a ­l e s o c u p a e l p r i m e r l u g a r e n t o d o s l o s p e ­r i ó d i c o s .

¿ C ó m o p u e d e n f a l s i f i c a r s e l a s i m p r e ­s i o n e s d i g i t a l e s ? ¿ Y c ó m o d e s c u b r e n l o s p e ­r i t o s u n a f a l s i f i c a c i ó n ? — p r e g u n t é y o e n ­t o n c e s , r e c o r d a n d o q u e e l a r t í c u l o q u e t a n ­t o h a b í a e x c i t a d o a l s a r g e n t o d e c í a q u e s e r l a m u y f á c i l c o n d e n a r a u n h o m b r e i n o ­c e n t e p o r m e d i o d e i m p r e s i o n e s d i g i t a l e s f a l s i f i c a d a s o t r a n s f e r i d a s .

E l s a r g e n t o B a r l o w e x t r a j o d e u n c a j ó n d i ' s u m e s a v a r i a s i m p r e s i o n e s d a c t n a r e s .

U n o d e l o s ú l t i m o s r e t r a t o s d e l a n i ñ a M a r i a n a P a r k e r , s e c u e s t r a d a , p r i m e r o , y l i l l a n a m e n t e m u t i l a d a , d e s p u é s , p o r e l c r i m i n a l H i c k m a r i .

E s t a b a n h e c h a s s o b r e u n a s u p e r f i c i e b l a n d a y h a b í a n s i d o a u m e n t a d a s v a r i o s c e n t e n a r e s d e v e c e s . L o s s u r c o s e r a n g r a n d e s l í n e a s l l e n a s d e g l ó b u l o s d e a c e i t e y p r e . s e n t a b a n u n a f o r m a i r r e g u l a r . L a f o t o g r a f í a m i c r o - g r á f i c a l a s r e p r o d u c í a c l a r a m e n t e .

— V e a u s t e d — d i j o B a r l o w . — S i s e t u i ’ i e r a q u e p r e s i o n a r l o s u f i c i e n t e p a r a t r a s l a d a r l a i m p r e s i ó n s o b r e o t r a s u p e r f i r í e , t o d o s l o s g l ó b u l o s s e r o m p e r í a n o s e a p l a s ­t a r í a n . N o o b s t a n t e , e l a u t o r d e e s e n e c i o a r t í c u l o a u n s e a t r e v e a d e c i r q u e p o d r í a t o m a r s e u n a f o t o g r a f í a d e l a i m p r e s i ó n d i g i ­t a l d e u n a p e r s o n a y t r a n s f e r i r l a d c m d e a l f a l s i f i c a d o r l e c o n v i n i e r a . | M o n t i r a ' F i g ú r e s e u s t e d , p o r e j e m p l o , m i s s D a v i s , q u e y o t ] u i - s i e r a c o m e t e r u n c r i m e n y d e s e a r a a t r i b u í r ­s e l o a u s t e d . L o p r i m e r o q u e t e n d r í a q u e h a c e r s e r i a t o m a r l o m e j o r p o s i b l e u u a i m - p r e . s i ó n d e u n o d e s u s d e d o s , c o s a q u e , e n m e d i o d c t o d o , s e r í a b a s t a n t e f á c i l y p o d r í a h a c e r s e i n c l u s o s i n q u e u s t e d s e d i e r a c u e n ­t a . M a s p a r a e l l o y o t e n d r í a q u e d i r i g i r m e a u n l a b o r a t o r i o , h a c e r m i t r a b a j o , y e n t o n ­c e s t r a n s f e r i r o d e j a r l a i m p r e s i ó n d o n d e f u e r a p r e c i s o , e n t a l f o r m a , q u e a l h a c e r s e u n a n á l i s i s q u í m i c o d e l o s g l ó b u l o s a c e i t o s o s l u d i e r a n c o i n c i d i r e x a c t a m e n t e c o u l o s d e a i m p r e s i ó n d i g i t a l d e u s t e d , s i n n i n g u n a

s e ñ a l d e d i s t o r s i ó n y s i n q u e p u d i e r a a p r e ­c i a r s e n i n g ú n g l ó b u l o r o t o . Y . s o b r e t o d o e s t o , t e n d r í a q u e s e c u e s t r a r l a a u s t e d p a r a q u e n o l e f u e r a p o s i b l e e s t a b l e c e r n i n g u n a c o a r t a d a , p o r q u e , s i n ó , ¡ a d i ó s m i p l a n !

G u i l l e r m o E d w a r d H i c k m a n , a c u s a d o p ' t r l a s h u e l l a s d i g i t a l e s c o m o a u t o r d e l s e c u e s t r o y d e s c u a r l i s a m i e n l o d e M a r i a n a P a r k e r .

Ayuntamiento de Madrid

36 Gran Proyector

E l s a r g e n t o B a r l o w m e m i r ó c o n u n a s o n r i s a d e t r i u n f o .— E n t o n c e s — p r e g u n t é y o — ¿ u s t e d c r e e q u e t o d a s e s a s

c o m b i n a c i o n e s s o n i m p o s i b l e s ?— C o m p l e t a m e n t e . Y s i e n t o , c o m o y a l e h e d i c h o , q u e s e

p r e s t e m á s a t e n c i ó n a e s t a s p a t r a ñ a s a p r o p ó s i t o d e u n a s u ­p u e s t a f a l i b i l i d a d d e l a d a c t i l o s c o p i a , q u e a l o s c a s o s v e r d a d e ­r o s q u e h a n p r o b a d o s u e x a c t i t u d .

— ¿ P o r q u é n o m e e x p l i c a u s t e d e s t o s c a s o s ? S u p u b l i c a c i ó n e n l o s p e r i ó d i c o s p o d r í a d e s h a c e r s e g u r a m e n t e t o d a s e s t a s i n s i ­n u a c i o n e s e q u i v o c a d a s . . .

— E s t á b i e n — r e s o l v i ó e n t o n c e s e l p e r i t o d a c t i l o s c ó p i c o H o w a r d L . B a r l o w . — V o y a e x p l i c a r a u s t e d a l g u n o s d e e s o s c a s o s . E m p e z a r é p o r e l d e G u i l l e r m o E d w a r d H i c k m a n .

L A C I C A T R I Z U e L A T O K '

T o d o e l m u n d o c o n o c e l o s m á s h o r r i p i l a n t e s d e t a l l e s d e l s e c u e s t r o y a s e s i n a t o d e l a n i ñ a d e d o c e a ñ o s M a r i a n a

P a r k e r , o c u r r i d o e n l . o s A n g e l e s e l ' ¡ I t i i n o d i c i e m b r e ; l o m i s m o q u e l o s d e l a p e r s e c u c i ó n d e l c r i m i n a l , q u e d e s p e r t ó i m i n t e r é s t a l , q u e m i l e s d e p o l i c í a s y d e c i u d a d a n o s j u n t a r o n s u s e s f u e r ­z o s d í a y n o c h e p a r a p o d e r d a r l e c a z a . P e r o s e l i a e s c r i t o m u y p o c o a c e r c a d e l a i m p r e s i ó n d i g i t a l d e G u i l l e n n o E d w a r d H i c k ­m a n r e s u l t a d o d e s u i d e n t i f i c a c i ó n d e c i s i v a .

E l d í a 1 6 d e d i c i e m b r e y o l l e ^ é a l a J e f a t u r a , c o m o d e c o s t u m b r e . C a s u a J i n e n t e h a b í a h o j e a d o e l d i a r i o , q u e h a b l a b a d e l s e c u e s t r o d e l a p e q u e ñ a M a r i a n a , m i e n t r a s s e h a U a b a a i l a e s c u e l a .

P o c o d e s p u é s d e l m e d i o d í a , e l j e f e d e d e t e c t i v e s H e r m á n C l i n e s e p a s e a b a p o r e l g a b i n e t e d e d a c t i l o s c o p a , c o n l a m e r a c a r t a d e l r a p t o r , o f r e c i e n d o l a d e v o l u c i ó n d e l a n i ñ a s a n a y s a l v a , a c a m b i o d e u n r e s c a t e .

— M i r e e s t o , B a r l o w — m e d i j o M r , C l i n e , g r a v e m e n t e .S i e m p r e h e o b s e r v a d o q u e e l p a p e l a b s o r b e l a h u m e d a d 'q u e

s o b r e é l d e p o s i t a n l o s p o r o s s u d a d o s , y e s t o d i f i c u l t a m u c h o e l d e s c u b r i m i e n t o d e l a s h u e l l a s d a c t i l a r e s , s i s e h a d e e f e c t u a r p o c o t i e m p o d e s p u é d e h a b e r s i d o i m p r e s a s . P o r e . s t o p r e p a r é l o s p o l v o s d e r e v e l a r c o n m á s c u i d a d o q u e n u n c a . C o n u n c e p i f i o n u e v o d e p e l o d e c a m d l o e x t e n d í e l p o l v o e n c i m a d e l a c a r t a , e i n m e d i a t a m e n t e a p a r e c i ó s o b r e e l p a p e l , l i m p i a y d i s t i n t a , l a h u e l l a d e u n d e d o p u % a r . S t ^ i d a m e n t e , c o n l a c á m a r a d a c t i l o s c ó p i c a d e a l t a p o t e n c i a , r e t r a t é l a h u e l l a y l a e n v i é a l f o t ó g r a f o p a r a q u e l a r e v e l a r a .

A l s i g u i e n t e d í a s e r e c i b i e r o n l a s e g u n d a y l a t e r c e r a c a r t a d e l r a p t o r d e M a r i a n a P a r k e r , e l c u a l s e f i r m a b a « F o x » .

S o b r e l a c a r t a — q u e e m p e z a b a d i c i e n d o ; M i n o m b r e es * F o x » , e l m u y a s t u t o , c o m o y a s e s a b e — h a l l é o t r a h u e l l a d e u n p u l g a r , q u e , u n a v e z f o t o g r a f i a d o , m e a p r e s u r é a c o n f r o n ­t a r c o n l a h u e l l a e n c o n t r a d a e n l a p r i m e r a c a r t a . E r a n i d é n t i ­c a s . C a d a u n a p r e s e n t a b a u n a l i g e r a c i c a t r i z , c a s i i n v i s i b l e a s i m p l e v i s t a , p e r o c l a r a m e n t e p e r c e p t i b e j » r e l m i c r o s c o p i o .

¡ M u y b i e n ! U n a m i s m a m a n o h a b í a e s c r i t o l a s t r e s c a r t a s . P e r o , ¿ a q u i é n p e r t e n e c í a a q u e l l a m a n o ?

A l a o t r a n o c h e •— l a n o c h e e n q u e e l t o r s o m u t i l a d o d e M a r i a n a P a r k e r f u é e n t r e g a d o a s u p a d r e — y o n o f u i a m i c a s a . H a y m á s d e 1 6 5 ,0 0 0 f i c h a s d e h u e l l a s d a c t i l a r e s e n la O f i c i n a d e I d e n t i f i c a c i ó n d d D e p a r t a m e n t o d e P o l i c í a . M e p r o p u s e , s i e r a p r e c i s o , r e v i s a r l a s t o d a s .

A l a s c i n c o d e i a m a ñ a n a d d d o m i n g o , d í a 1 9 d e d i c i e m b r e , l l e g ó l a n o t i c i a d e q u e u n c o c h e , s o s p e c h o s o d e s e r d q u e e í a s e s i n o d e l a n i ñ a M a r i a n a P a r k e r u t i l i z ó p a r a a c u d i r a l a d t a c o n e l p a d r e d e s u 'v í c t i m a , h a b í a s i d o a b a n d o n a d o e n u n a

E s t a s d o s i m p r e s i o n e s d i g i t a l e s d e l p u l g a r d e l a m a n o d e r e c h a d e H i c k m a n f u e r o n h a l l a d a s p o r e l p e n t o B a r l o w e n l a s c a r t a s q u e e l c r i m i n a l d i r i g i ó a M r . P a r k e r e x i g i é n d o l e u n a c r e c i d a

c a n t i d a d p o r e l r e s c a t e d e s u h i j a M a r i a n a .

p a r a d a d e c e r c a d e l a e s t a c i m . C o r r í a l a p a r a d a , p e r o , c o m o3u e l a p o l i d a h a b í a s i d o d e s t a c a d a a l l í , e s p e r a n d o l a v u e l t a d h o m b r e q u e l i a b í a a b a n d o n a d o a q u d c o c h e , m e f u é i m p o s i b l e

h a c e r u n e x a m e n c o m p l e t o . S i n e m b a r g o , e n d v o l a n t e d e s ­c u b r í l a i m p r e s i ó n d e u n ñ i d i c e d e r e c h o , y e n e l e s p e j o h a l l é l a h u e l l a d e u n a a n c h a y e m a , c o n u n a e x t r a ñ a c i c a t r i z .

M e a p o d e r é d e l e s p e j o y r e g r e s é a l a J e f a t u r a .E m p e z ó e l d e s f i l e d e s o s p e c h o s o s . C a d a h o m b r e , c u y a s s e ñ a s

p e r s o n a l e s r e c o r d a b a n l a d e s c r i p c i ó n q u e d e l a s e s i n o y s e c u e s ­t r a d o r d e M a r i a n a h a b í a h e c h o l a m a e s t r a d e l a e s c u d a d e la n i ñ a , f u é t r a s l a d a d o i n m e d i a t a m e n t e a l a J e f a t u r a d e p o l i c í a p a r a s e r f i c h a d o .

N i n g u n a d e l a s i m p r e s i o n e s d i g i t a l e s q u e d e t o d o s a q u e l l o s h o m b r e s o b t u v i m o s p r e s e n t a b a l a c a r a c t e r í s t i c a i n c o n f u n d i b l e d e l a h u e l l a d e l p u l g a r a s e s i n o .

Ayuntamiento de Madrid

¡Dedos Criminales! 37

D e r e ^ n t e , l l a m a r o n a l t e l é f o n o a l j e f e C l i n e . d e p a r t e d e l j e f e d e l a s d e t e c t i v e s , L . R . T o y n e , d e l D e p a r t a m e n t o d e p o l i ­c í a d e l a c i u d a d d e K a n s a s . c u a n d o e l j e t e C l i n e c o l g ó e l í u i r i c u l a r , s a b í a q u e e l c o c h e u t i l i z a d o p o r e l a s e s i n o d e M a r i a n a P a r k e r h a b í a s i d o c o m p r a d o a u n m é d i c o d e K a n s a s p o r u n j o v e n q u e r e s p o n d í a e n t o d o a l a s s e ñ a s d e l s e c u e s t r a d o r p e r s e ­g u i d o ; h a b i é n d o l e I n v i t a d o , a d e m á s , e l j e f e T o y n e a q u e t r a n s ­m i t i e r a a l a O f i c i n a d e e n s a y o s d e L o s A n g e l e s u n m e n s a j e a d v i r t i e n d o q u e G u i l l e r m o E d w a r d H i c k m a n , a n t i g u o e m p l e a ­d o d e b a n c a , a c u s a d o d e f a l s i f i c a c i ó n , n o h a b í a s i d o v i s t o e n l a c i u d a d d e K a n s a s d u r a n t e t o d o e l m e s a n t e r i o r .

E l j e f e C l i n e a n o t ó e l n o m b r e d e l j o v e n d e s a p a r e c i d o e n u n a h o j a d e p a p e l , y d i ó o r d e n d e c u r s a r e l m e n s a j e .

M i e n t r a s t a n t o , y c r e y e n d o p o s i b l e q u e e l a . s e s in a t o d e Ja p e q u e ñ a M a r i a n a P a r k e r h u b i e r a s i d o c o m e t i d o p o r u n d e g e ­n e r a d o , y o m e d e d i q u é a e s t u d i a r e s p e c i a l m e n t e l a s f i c h a s d e J os a c u s a d o s d e h e d i o s d e e s t a n a t u r a l e z a .

M e h a l l a b a e . v a i n i n a n d o i m p l i e g o d e n o m b r e . s , p r o c e d e n t e d e l a O f i c i n a d e d e t e c t i v e s , c u a n d o m e e n c o n t r é c o n e l t r o z o

f i '

ú n e l q u e e l j e f e C l i n e h a b í a e s c r i t o e n l á p i z , m i e n t r a s h a b l a b a p o r t e l é f o n o c o n e l j e f e T o j m e , e s t a s l í n e a s ;

G u i l l e r m o E d w a r d H i c k m a n , f a l s i f i c a d o r , a n t i g u o r m b l e a d o ■le b a n c a .

E s t e n o m b r e , j i m t o c o n e l i n f o r m e d e q u e s e t r a t a b a d e u u a n t i g u o e m p l e a d o d e b a n c a , a c t u a r o n s o b r e m i m e n t e c o m o u n r e s o r t e e l é c t r i c o ., ^ a r c h i v o s y b u s q u é l a s f i c l i a s d e l a s h u e l l a s d a c t i -i a r e s d e H i c k m a n , t o m a d a s e n l a é p o c a d e s u a r r e s t o p o r f a l s i -

f i c h a r a c t i l o s c ó p i c a d e G u i l l e r m oh .n w m :d H i c k m a n r e a p a r e c í a , c o m o u n a a c u s a c i ó n t e r m i n a n t e , a c i c a t r i z d e l a t o r a d e l p u l g a r i z q u i e r d o c o r r e s p o n d i e n t e a l

a s e s m o d e l a n i ñ a M a r i a n a P a r k e r ,H i c k m a n e r a , p u e s , e l c r i m i n a l p e r s e g u i d o .I a r c h i v o s u n a f o t o g r a f í a d e H i c k m a n y l a m a n d é

a l a O f i c i n a d e d e t e c t i v e s . S e e n v i a r o n m e n s a j e r o . s a l a s d o s r t e s c u e l a q u e h a b í a n v i s t o a l s e c u e s t r a d o r y a .s e s in o u e M a r i a n a P a r k e r , y s e d i e r o n ó r d e n e s d e r e c o g e r t o d a s l a s a u ü g u a s d i r e c c i o n e s d e H i c k m a n .

« ® í ú r ó e l l e g ó e l c a p i t á n C a t o , y a r r o ó l a f o t o -re ^ H i c k m a n s o b r e l a m e s a , c o n u n g e s t o d e s p e c t i v o :

j d i c e n l a s d o s m a e s t r a s , c a p i t á n ? - - p r é g i m t ó e l

H e a q u í o t r a s d o s i m p r e s i o n e s d i g i t a l e s d e l m i s m o p u l g a r d e r e c h o d e H i c k m a n , o b t e n i d a s p o r e l s a r g e n t o l i a r l o w : ¡ a d e a r r i b i i , t o m a d a d i r e c t a m e n t e d e l a s e s i n o e n l a c á r c e l d e L o s .■ i n g e l e s , y ¡ a d e a b a j o , h a l l a d a e n e l e s p e j o r e t r o v i s o r d e l a u t o c o n d u c i d o

p a r e l s e c u e s t r a d o r d e l a n i ñ a P a r k e r .

M i s s H o l t d i c e q u e é s t e n o e s é l , y i i i i s s B r i t t o n , q u e s ó l o s e l e p a r e c e u n p o c o .

- ¿ E s t á u s t e d p o s i t i v a m e n t e c o n v e n c i d o d e .su i d e n t i f i c a ­c i ó n , B a t l o w ? — m e p r e g u n t ó l u e g o e l c a p i t á n C a t o . ¿ E s t á s e g u r o d e q u e H i c k m a n e s e l h o m b r e q u e e s c r i b i ó a q u e l l a s c a r ­t a s , y c u y a s h u e l l a s d a c t i l a r e s , s e e n c o n t r a r o n e n e l c o c h e ?

. — 'P e g u r i s i n i o . Y e s p e r o d e m o s t r a r l o - r e s p o n d í y o . D e m o m e n t o , p u e d e u s t e d a s e g u r a r q u e H i c k i n a u e s e l h o m b r e q u e e s c r i b i ó la .s c i n c o c a r t a s y e l h o m b r e « i i i e c o n d u j o e l a u t o ­m ó v i l d e l d o c t o r d e K a n s a s , c o m o s i c o n s u s p r o p l c . s o j o s l e h u b i e r a v i s t o u s t e d e s c r i b i r l a s c a r t a s y g u i a r e l c o c h e .

. ,A l h a l l a r s e i a h a b i t a c i ó n e n q u e e l c u e r p o d e l a n i ñ a M a r i a n a P a r k e r f u é d e s c u a r t i z a d o , h a l l é , m e d i a n t e l a f o t o g r a f í a , l a s h u e l l a s d e l í n d i c e i z q u i e r d o d e H i c k m a n e n i m a a z u c a r e r a , l a s d e l p u l g a r y c o r d i a l d e r e c h o , e n u n a j a r r i t a d e m i e l y l a s d e l í n d i c e i z q u i e r d o e n e l b o r d e d e u n p l a t o .

N o f u é n e c e s a r i o b u s c a r m á s h u e l l a s d i g i t a l e s . E s t a s e r a n s u f i c i e n t e s . Y e l f a m o s o H i c k m a n , a n t e s u i n c o n t e s t a b l e e v i ­d e n c i a , l i o t u v o m i s r e m e d i o q u e c o n f e s a r s e a u t o r d e l - s e c u c .s t r o y a s e s i n a t o d e l a n i ñ a M a r i a n a P a r k e r .

q J U R O Q U E J A M A .S H E T O C A D O E S T A B O T E L L A !-

U N c l i i n o l l a m a d o Q v a n S a m f u é a c u s a d o d e s e r c a b e c i l l a d e u n a g r a n b a n d a d e t r a f i c a n t e s d e n a r c o t i c e s q u e h a b í a

e s t a d o p e n s ^ g r i c r d o l a p o l i c í a d u r a n t e m u c h o t i e m p o .Y u n d í a l o s d e t e c t i v e s Y o a k u i n y K i r k p a t r l e k d e t u v i e r o n a

u n h o m b r e q u e e l l o s c r e f a n e r a Q u s n S a m . E l o r i e n t a l , q u e n o d e . s e a b a , p « j r l o v i s t o , c o n t a c t e s c o n l a I . e y , d i s t r a j o a l o s p o ­l i c í a s , y m o n t a n d o e n u n t a x j s q u e p a s a b a e s c a p ó d e e l l o s s i n q u e t u v i e r a n t i e m p o d e e v i t a r l o .

Ayuntamiento de Madrid

VICTOR HUGOp o r A , H E R R E R O M I G U E L

Detective a la Fuerza(Continuación de la página 29)

L O S C A A M D C S H O M B A T S

VICTOR HUGO

N u e v a e I n t e r e s a n t e b i o g r a ­

f ía p u b l i c a d a e n la c o l e c c i ó n

L o s G r a n d e s H o m b r e sL a g i g a n t e s c a f i g u r a d e V í c ­

t o r H u g o o f r e c e e n l a h i s t o r i a d c l a l i t e r a t u r a u n i n t e r é s e x ­c e p c i o n a l p o r s u d o b l e a s p e c t o d c i n c o m p a r a b l e e s c r i t o r g d c p l a s m a d o r d e l e s p í r i t u r o m á n ­t i c o f r a n c é s . P o r e s o u n a b i o ­g r a f í a s u y a e s u n m e d i o e f i ­c a c í s i m o d e c o n o c e r m á s p r o ­f u n d a m e n t e l a r e c i a p e r s o n a ­l i d a d q u e l e h a c e s o b r e s a l i r s o ­b r e t o d o s s u s c o n t e m p o r á n e o s .

ñ t r a v é s d c l o s n u e v e c a p í ­t u l o s d c e s t e t o m o v a d e s a r r o ­l l á n d o s e l a v i d a i n t i m a d e i g e ­n i o c o n u n a n i t i d e z d c a c c i ó n r e a l m e n t e n o t a b l e . D e s d e l a a c ­c i d e n t a d a i n f a n c i a , c o n l o s i n ­q u i e t o s v i a j e s p o r I t a l i a y E s ­p a ñ a , h a s t a l a s e r e n a a n c i a n i ­d a d , c o n l o s t r i u n f o s l i t e r a r i o s y l a s i n t e r v e n c i o n e s p o l í t i c a s , t o d a l a v i d a d c V í c t o r H u g o n o s l a p r e s e n t a H e r r e r o M i g u e l c o m o u n e s f u e r z o s u b l i m e d c l q u e l u c h a p o r l a p a t r i a y p o r l a s l e t r a s , d a n d o e n c a d a c a s o c l p r e c i s o a n á l i s i s d e l a s c a u ­s a s q u e m o t i v a n c l h e c h o o c l e s q u e m a d e l f i n a q u e t i e n d e n .

U n t o m o i l u s t r a d o c o n 3 2 a r t í s ­t i c a s f o t o g r a f í a s :

E n t e l a y o r o .

E n r ú s t i c a . .4 p t a s .

3 p t a s .

D e v e n t a e n t o d a s l a s l i b r e r l á s

d e E s p a ñ a y A m é r i c a

= E D I C I O N E S D E

S ocied a d Q eaeral d e P ob lica c io n e s , S. A.D ip u tación , 211, - B 4R uE i.O N A

L i b r e r í a E l H o g a r y la M o d a ValvardS) 21 úup. — M A D R I D

74

q u e e s t á b i e n e n t e r a d o , ¿ n o e r a n a t u r a l q u e l e c o n o c i e r a t a m b i é n l a l i i j a ? Y s i e r a n a t u r a l , f ¿ q u é p e r s i g u i e r o n c o n a q u e ­l l a f a r s a e x t r a v a g a n t e ? ” ¿ A c a s o l á ' c o n ­v e r s a c i ó n q u e s o r p r e n d í p r i m e r o n o e r a a m o r o s a ?

E s t a s i d e a s y o t r a s m u c h a s m e v i ­n i e r o n e n ^ t r o p e l a l p e n s a m i e n t o , f o r ­m a n d o a l l í , e n p o c o s s e g u n d o s , u n t r e ­m e n d o c a o s y h a c i é n d o m e c o m p r e n d e r q u e n a d a c o n s e g u i r í a a c l a r a r s i n o o b ­t e n í a n u e v o s d a t o s .

M i c o m p a ñ e r o d e m e s a s e g u í a m i r á n ­d o m e , o b s e n 'á n d o m e .

— S i n e m b a r g o — l e d i j e , — e s e j o ­v e n s e f i n g i ó b o r r a c h o - ¿ P o r q u é ?

— N o s e f í i ^ ó — r e p u s o c o n s e g u r i - — l o e s t a b a . E s s u ú n i c o d e f e c t o ,

y n o e s e x t r a ñ o , p u e s v i a j a u n a f á b r i c a d e l i c o r e s .

— E n t o n c e s , h a g a m o s l a p r e g u n t a q u e e n c a b e z a c i e r t o s a c e r t i j o s : ¿ L ó n d e e s t á e l l a d r ó n ?

— S i s e s u p i e r a , a m i g o m í o , n o l e h a b r í a h e c h o a a d v e r t e n c i a d e q u e c e ­r r a r a u s t e d b i e n l a p x i e r t a d e s u c u a r t o , p u e s e l l a d r ó n e s t a r í a y a e n l a c á r c e l y e l p e l i g r o h a b r í a d e s a p a r e c i d o .

— ¿ A c a s o s o ^ e c h a u s t e d d e a l g u i e n ?— D e n a d i e . C f o n o z c o a t o d o s l o s h u é s ­

p e d e s d e l h o t e l y n o t e n g o l a m e n o r i d e a d e q u i é n p u e d a s e r e l l a d r ó n .

— C o m o e n l a s p e l í c u l a s — d i j e c o n e x t r a ñ o n e r v i o s i s m o q u e t r a t a b a d e o c u l t a r c o n b u r l a s .

— U s t e d l o h a d i c h o : c o m o e n l a s p e l í c u l a s ,

W I e q u i p a j e n o c o n t e n í a n i n g u n a f o r - • * t u n a , p e r o s í a l g m i a s j o y a s d e v a ­l o r , s o b r e t o d o u n b r a z a l e t e q u e c o n s e r ­v a b a c o m o r e c u e r d o d e m i m a d r e .

O c u l t é e s t a j o y a a p e n a s l l e g u é a m i h a b i t a c i ó n , y , y a e s t a b a a c o s t a d o , c u a n ­d o c a í e n l a c u e n t a d e q u e t a m b i é n d e b í a d e g u a r d a r l a s d e m á s , a p e s a r d e q u e s ó l o t e n í a n p a r a m í u n v a l o r p u r a m e n t e m a t e r i a l . E r a n d o s a l f i l e r e s d e c o r b a t a y t r e s s o r t i j a s q u e s ó l o u s a b a c u a n d o t e n i a q u e h a b l a r c o n a l g ú n c l i e n t e a q u i e n m e i n t e r e s a r a d a r l a s e n s a c i ó n d e q u e m i s n e g o c i o s m a r c h a b a n b i e n .

L a s g u a r d é b a j o l l a v e y m e v o l v í a a c o s t a r , s i n q u e a p e n a s p u d i e s e d o r m i r a q u e l l a n o c h e . L a p a s é c a v i l a n d o .

C o m o c o n s e c u e n c i a d e e s t a s r e f l e x i o ­n e s , a l a m a ñ a n a s i g u i e n t e m e l e v a n t é m w t e m p r a n o , c u a i S o t o d o s l o s h u é s ­p e d e s d o n n í a n y a s í p u d e e n t r e v i s t a r m e a s o l a s c o n e l á u e ñ o d e l h o t e l .

— P a r e c e s e r — l e d i j e — q u e e n e s t a c a s a , d e a l ^ n t i e m p o a e s t a p a r t e , n o e s t á n l a s h a b i t a c i o n e s m u y s e g u r a s .

— ¿ L e h a f a l t a d o a u s t e d a l g o ? — m e r e s p o n d i ó a l a r m a d o .

— N o , s e ñ o r . P e r o h a p o d i d o f a l t a r m e .— N o s e l o d i g a u s t e d a n a d i e . S e l o

r u e g o , e a b a l l e r o . S i n o l o . g r a m o s d e s c u ­b r i r a l l a d r ó n , e s o p u e d e t r a e r m e l a r u i n a . I m a g í n e s e n s t e d q u e s e d i v u l g a q u e e n m i h o t e l n o h a y s e g u r i d a d , q u e m i c l i e n t e l a s e e s c a m a . . .

— D e m o d o q u e e n e s t a c a s a s e h a n p e r p e t r a d o a l g t m o s r o b o s . ¿ Y n o s o s p e ­c h a u s t e d d e n a d i e ? . . .

— ¿ D e q u i é n v o y a s o s p e c h a r ? . , . '— E n t r e e l p e r s o n a l p u e d e h a b e r s e

d e s l i z a d o a l g ú n l a d r o n z u e l o . . .— N o , n o e s p o s i b l e q u e e l l a d r ó n

p e r t e n e z c a a l p e r s o n a l , S e h a p u e s t o a t o d o s a p r u e b a . A d e m á s , d e d í a s e v i ­g i l a n t o d a s l a s h a b i t a c i o n e s . . ,

— N o m e h e f i j a d o e n q u e n a d i e l a s v i g i l a s e .

— E s u n a - v i g i l a n c i a d i s c r e t a . . ,— B i e n , b i e n . P e r o , y ¿ d e n o c h e ? N o

p o d r í a o c u r r i r q u e , p o r l a n o c h e , m i e n -r a s l o s h u é s p e d e s d u e r m e n , a l g ú n r a t a . . .

— D e n o c h e n o q u e d a n a d i e d e l p e r s o ­n a l e n e l h o t e l . T o d o s d u e r m e n e n u n e d i f i c i o a n e x o q u e n o t i e n e c o m u n i c a ­c i ó n c o n é s t e . . .

— E n t o n c e s ¿ c ó m o s e e x p l i c a u s t e d l o q u e o c u r r e ?

— N o s é , n o s é . E s p a r a v o l v e r s e l o c o . C i n c o o s e i s r o b o s e n p o c o s m e s e s . . . P e r o n o s e l o d i g a u s t e d a n a d i e , c a b a l l e r o . . .

— O i g a u s t e d : ¿ H a y a q u í u n j o v e n d e e x t r a ñ o a s p e c t o , v i a j a n t e m u y a f i c i o ­n a d o a l a b e b i d a ? . , , N o p o d r í a s e r q u e . . .

— ¿ T a m b i é n h a s o s p e c h a d o n s t ^ d e é l ? . . .

— ¿ C ó m o t a m b i é n ? ¿ E s q u e a u s t e d n o l e i n s p i r a m u c h a c o n f i a n z a ? . . .

— S í , s í , N a d a s é e n c o n t r a d e é l .— P e r o ¿ c ó m o h a d i c h o t a m M . n ? . . .— E s q u e a l p r i n c i p i o , c l a r o , s o s p e ­

c h a b a d e - t o d o e l m i u i d o P e r o m e h e c o n ­v e n c i d o d e q u e e r a s i n m o t i v o . . .

— ¿ S e h a c o n v e n c i d o u s t e d , o l e h a c o n v e n c i d o a l g u i e n ?

— ¿ Q u é q u i e r e u s t e d d e c i r ? '— S i e l c o n v e n c i m i e n t o é s e e s p e r s o n a l

o s u g e r i d o .— N o l e e n t i e n d o .— S i s e l o ¡ l a s u g e r i d o a l g u i e n q u e s e

i n t e r e s a p o r e s e d e v o t o d e B a c o .— ¿ A l g u i e n q u e s e i n t e r e s a ? , . , ¿ Q u i é n

v a a s e r ? E s e j o v e n n o c o n o c e a n a d i e e n e l h o t e l . V i v e a q u í s o l o .

— ¿ N o p o d r í a s e r q u e f u e r a s u a m i g a u n a m u c h a c h a e x t r a n j e r a ? , , .

— H a y v a r i a s .— U n a q u e v i v e e n e l t e r c e r p i s o . . .

m u y r u b i a . . .— ¡ A h ! L a s e ñ o r i t a B r a n t o n , l a h i j a

d e S a m u e l B r a n t o n , S o n e x c e l e n t e s p e r ­s o n a s , l e r e s p o n d o d e e l l o . P r e c i s a m e n ­t e , . . . e n f i n . , . , n o q u e r í a d e c í r s d o a u s t e d ,Ee r o p u e s t o q u e y a h e m o s c o m e n z a d o a

a b l a r d e l s e ñ o r B r a n t o n y u s t e d m e p a r e c e u n a p e r s o n a d i s c r e t a , l e d i r é q u e e s e s e ñ o r e s d e t e c t i v e . . .

— E s u n a d e l a s c o s a s q u e h e d e d u ­c i d o e s t a n o c h e a f u e r z a d e r e f l e x i o n a r . A s í s e e x p ü c a n s u s c u r i o s i d a d e s y s u s e x t r a v a g a n c i a s , -y l o b i e n e n t e r a d o q u e e s t á d e l a c o n d i c i ó n y v i d a d e t o d o s l o s h u é s p e d e s d e l h o t e l .

•— E s u n a e x c e l e n t e p e r s o n a . A d e m á s , s é p a l o u - s t e d , u n v e r d a d e r o a s e a s u p r o f e s i ó n ,

— ¿ Q u i é n s e l o h a d i c h o a u s t e d ?— S u s c e r t i f i c a d o s . , . U n d e t e c t i v e d e

p r i m e r o r d e n , q u e h a s t a h a c e p o c o h a p e r t e n e c i d o a l a J e f a t u r a d e P o l i c í a d e N u e v a O r l e a n s .

— ¿ Y c o n u n d e t e c t i v e a s í e n e l h o t e l , n o s e p u e d e d a r c o n u n r a t a ? . . . M e p a ­r e c e e x t r a o r d i n a r i o .

— E l h a j u r a d o q u e l o c o g e r á c o n l a s m a n o s e n l a m a s a a n t e s d e o c h o d í a s ,

— E n t r e t a n t o , y a s c h a n c o m e t i d o a l ­g u n o s r o b o s e n e l h o t e l .

— C i n c o o s e i s , p e r o n o l o d i v u l g u e n s t e d , p o r f a v o r . É s c u e s t i ó n s ó l o d e o c h o d í a s e l a c a b a r c o n e s a p e s a d i l l a . . .

E l p o b r e h o m b r e m e d i o l á s t i m a , H a b i a t e n i d o y a q u e i n d e m n i z a r a c i n c o o s e i s h u é s p e d e .s r o b a d o s , y a q u e l l o l l e ­v a b a v i s o s d e n o t e r m i n a r ,

— ¿ Q u i e r e u s t e d u n c o n s e j o d e a m i g o ? — l e p r e g u n t é . — B u s q u e u s t e d o t r o d e t e c t i v e o e n c a r g u e e l a s u n t o a l a

Ayuntamiento de Madrid

p o l i c í a , q u e m e p a r e c e q u e s a b e m á s q u e l o s d e t e c t i v e s .

S e q u e d ó i n d e c i s o .— ¿ Q i i é q u i e r e u s t e d d e c i r ?— A c a s o f o c o m p r e n d a u s t e d m á s a d e ­

l a n t e , s i n n e c e s i d a d d e q u e y o s e l o e s p l i q u e — r e p u s e s o n r i e n d o m i s t e r i o ­s a m e n t e . — E s t a n o c h e h e r e f l e x i o n a d o m u c h o .

I,e_ d e j é c o n l a b o c a a b i e r t a y v o l v í a m i h a b i t a c i ó n p a r a p o n e r m e e l t r a j e d e c a U e .

A n t e s d e s a l i r , t u v e u n p e n s a m i e n t o r e p e n t i n o : l l e v a r m e e n e l b o E i l l o l a s j o ­y a s . Y a l i r a b u s c a r l a s , a d v e r t í q u e h a b í a d e s a p a r e c i d o e l b r a z a l e t e d e m i m a d r e .

C E e s c a p ó d e m i s l a b i o . s u n a f u r i o s a e s c l a m a c i ó n d e p r o t e s t a , ¡ E s o s í

q u e n o l o c o n s e n t i r a l A q u e l l o r e p r e ­s e n t a b a p a r a m í l a p é r d i d a d e u n ó b ­l e t e v a l i o s o y q u e r i d o y , a d e m á s , u n a > u r la i n t o l e r a b l e ,

B a j é l a s e s c a l e r a s c o m o l u i r a y o P r e ­g u n t é a l d u e ñ o d e l h o t e l :

— ¿ Q u é n ú m e r o t i e n e l a h a b i t a c i ó n d e l v i a j a n t e d e b e b i d a s ?

N o l e e n c o n t r a r á u - s t e d . H a s a l i d o m i e n t r a s n o s o t r o s c o n v e r s á b a m o s .

— P e r f e c t a m e n l e — r e p u s e d i r i g i é n ­d o m e a l a e s c a l e r a .

L a h a b i t a c i ó n d e l d e t e c t i v e l a c o n o c í a , L l a m é i n s i s t e n t e m e n t e a l a p u e r t a . N o c e s é d e l l a m a r h a s t a q u e s e l e v a n t ó v m e a b r i ó .

— c Q u é l e s u c e d e ? — m e p r e g i m t ó a l a d v e r t i r l a e x p r e s i ó n d e m i r o s t r o .

— M e s u c e d e q u e a c a b a n d e r o b a r m e u n a j o y a y n e c e s i t o a t o d a c o s t a r e c u ­p e r a r l a .

— Y a l e d i j e q u e d e b í a c e r r a r b i e n l a p u e r t a d e l a h a b i t a c i ó n ,

— ¡ B a s t a d e c o m e d i a s ! H e d i c h o q u e q u i e r o r e c u p e r a r e s a j o y a . X T s te d , c o m o d e t e c t i v e , l a e n c o n t r a r á y m e l a d e v o l ­v e r á a n t e s d e q u e t e r m i n e e l d í a .

E s t a s ú l t i m a s p a l a b r a s l a s h a b f a p r o ­n u n c i a d o s í l a b a p o r s í l a b a , m i r a n d o f i ­j a m e n t e a l d e t e c t i v e .

— N o c o m p r e n d o s u a c t i t u d .— ¡ Y a l o c r e o q u e l a c o m p r e n d e !

¿ V e r d a d q u e p o d í a d a r s e e l c a s o d e q u e h u b i e r a u s t e d e n c o n t r a d o a l l a d r ó n , y , p o r a f e c t o o p o r q u e l e u n a n c i e r t o s l a z o s c o n u n a p e r s o n a p a r a u s t e d m u y q u e ­r i d a , d e s e a r a e n c u b r i r l o e n v e z d e h a c e r p ú b l i c a s u d e s h o n r a ?

M e m i r ó f i e r a m e n t e . J a m á s h u b i e r a c r e í d o q u e a q u e l s e m b l a n t e s i e m p r e b o n -

~ F jese ustíd : el Estado hace un em- prisíiíí, de quinientos miUones y se apre­suran V darle cerca de dos mil, y y o in ­tento A, cer uno de dos pesetas y no en­cuentro un capitalista ñ ip a ra un remedio.

( D e L a V o j )

d a d o s o y s o n r i e n t e f u e r a c a p a z d e a d o p - t a r t a l e x p r e s i ó n .

— ¡ E s u s t e d i m m i s e r a b l e ! e x c l a ­m ó c r i s p a n d o l a s m a n o s y e c h a n d o f u e e o

~ i n m e d i a -

C o n f i e s o q u e m e d e s c o n c e r t ó a q u e l m e s p e r a d o a r r a n q u e d e d i g n i d a d h e r i d a y c o m p r e n d í q u e e n a q u e l m o m e n t o n ó p o ^ i a h a c e r n a d a m e j o r q u e m a r c h a r m e

L o h i c e l o m á s a i r o s a m e n t e q u e p u d e y o í q u e l a p u e r t a s e c e r r a b a v i o l e n t a - m e n t e a m i s e s p a l d a s .

T o d a l a m a ñ a n a e s t u v e p e n s a n d o e n l o q u e d e b í a h a c e r , c u a n d o , d e p r o n t o ' h a l l a n d o m c e n e l v e s t í b u l o , v i e n t r a r M v i a j a n t e d e b e b i d a s . D e s p u é s d e v a ­c i l a r l i g e r a m e n t e , m e f u l t r a s é l d i s ­p u e s t o a i n t e r r o g a r l e , p e r o e n t o n c e s p u ­d e s e r t e s t i g o d e u u h e c h o q u e m e d e j ó c l a v a d o a l p i e d e l a e s c a l e r a .

Q u i s o e l a z a r q u e e n a q u e l m o m e n t o p a j a r a l a h i j a d e i d e t e c t i v e y a i c m - z a r s e c o n e l v i a j a n t e d e b e b i d a s , n i s e s a l u d a i 'o n , n i s e m i r a r o n s i q u i e r a .

¿ C ó m o e r a p o s i b l e q u e y o p u d i e r a c r e e r e u i a s i n c e r i d a d d e a q u e l l a a c t i t u d , d e s p u é s d e h a b e r l e s v i s t o d e p a r t i r c o n ­f i d e n c i a l m e n t e l a t a r d e a n t e r i o r ? O t r a v e z d r e c u e r d o d e l a a b s u r d a c o m e d i a q u e d e s p u é s r e p r e s e n t a r o n m e v i n o a l p e n s a m i e n t o y s e m e g r a b ó e n é l c o n t u e r z a i n u s i t a d a .

D e s i s t í i n m e d i a t a m e n t e d e i n t e r r o g a r a l v i a j a n t e d e b e b i d a s . A c a s o c o n e l l o s ó l o c o n s i g u i e r a p r e v e n i r l e . Y e n t o n c e s c o m o n u n c a m e p a r e c i ó q u e l a s o l u c i ó n q u e h a b í a d a d o a l e n i g m a e r a e x a c t a . E l v i a j a n t e d e b e b i d a s e r a e l a u t o r d é l o s r o b o s y e l d e t e c t i v e t e n i a i n t e r é s e n q u e u o s e h i c i e r a p ú b l i c a s a d e s h o n r a .

t P e r o ¡a h í n o p o r e s o v o y a p e r d e r e l b r a z a l e t e d e m i m a d r e » , m e d i j e , y e m p e c é a h a c e r c á l c u l o s y p r o y e c t o s .

p L d e s e o d e r e c u p e r a r l a j o y a y d e d a r a l c í n i c o l a d r ó n s u m e r e d d o

n o p r e c i s a m e n t e p o r q u e r o b a r a , s i n o p o r q u e m e h a b i a r o b a d o a m i y d e u n m o Q O q u e m e p a r e c í a u n a b u r l a , m e d a b a n á n i m o s p a t a p r o s e g u i r m i s i n v e s ­t i g a c i o n e s , Q u e r í a r e c u p e r a r a t o d o t r a n c e l a j o y a d e m i m a d r e y d e s e n m a s c a r a r d e p a s o a l o d i o s o l a d r ó n .

C o m o q u e s i d e n u n d a b a m i s s o s p e ­c h a s a l a p o h d a , p r o b a b l e m e n t e s ó l o c o n s e g u i r í a p o n e r e n g u a r d i a a l p á j a r o , p u e s n o t e n í a n i n g u n a p r u e b a a c u s a ­d o r a y , a d e m á s , e r a s e g u r o q u e e l d e t e c ­t i v e m e l l e v a r í a l a c o n t r a r i a , d e d d í n o d e c i r n i u n a p a l a b r a a n a d i e y o b r a r p o r m i c u e n t a ,

S i , c o m o s u p o n í a , e l v i a j a n t e d e b e ­b i d a s e r a e l l a d r ó n , i r í a s e g u r a m e n t e a v e n d e r l a s j o y a s r o b a d a s o a d e p o s i t a r ­l a s e n l u g a r s e g u r o . L o m e j o r e r a s e ­g u i r l e y e .s p ia r t o d o s s u s m o v i m i e n t o s h a s t a e n c o n t r a r u n a o c a s i ó n o p o r t u n a p a r a d e n u n c i a r l e . Y a f e q u e t r i u n f é e n t o d a l a l í n e a .

E l d í a s i g u i e n t e , q u e e r a f e s t i v o , p e r ­m a n e c í t o d a l a m a ñ a n a e n e l s a l ó n d e l e c t u r a d e l h o t e l , s i n q u e m i p e r s e g u i d o s a l i e s e p a r a n a d a , A l a h o r a d e a l m o r z a r l e v i e n e l c o m e d o r e n i a m e s a d e e o s - t u m b r e .

N o c a m b i ó n i s i q u i e r a u n a p a l a b r a c o n e l d e t e c t i v e , y e s t o n o h i z » s i n o a f i r m a r m e e n m i c r e e n c i a d e q u e h a b í a d a d o c o n e l l a d r ó n .

P o r l a t a r d e s e g u í o b s e r v a n d o . A e s o d e l a s c u a t r o , e l d e t e c t i v e y s u h i j a a b a n d o n a r o n ¿1 h o t e l .

M e d i a h o r a d e s p u é s s a l i ó e l v i a j a n t e , y y o l e s e g u í . N o m e i m p o r t a b a p e r d e r e l t i e m p o . P e r d e r í a t o d a l a t a r d e , u n d í a e n t e r o , d o s , t r e s , p e r o e s t a b a s e g u r o

Obras recomenda­bles para la educa­ción de los bijosE s c r i t a s c o n l a c o m p e t e n c i a , v e r a c i ­

d a d y c o n c i s i ó n q u e r e q u i e r e t a n d e -

ü c a d a m a t e r i a p a r a s e r v e r d a d e r a ­

m e n t e p r o v e c h o s a y ú t i l .

H A C E F A L T A U N M U ­

C H A C H O , p o r A r t u r o

C u y á s ............................................... 5 p t a s .

S U E Ñ O S D E T R I B I L Í N ,

p o r A r t u r o C u y á s 4 '5 0 »

L O S H I J O S B I E N E D U -

C A D O S , p o r e l D r .

S a i m b r a u m ............................... 2 »

C O M O S E C R I A N S A ­

N O S N U E S T R O S H I ­

J O S , p o r e l D r . V á s q u e z

Y e p e s ............................................... 2 '5 0 .

P A R A E D U C A R A L

N I Ñ O , p o r e l D r . E l e i -

z e g u i .................................................. 2 '5 0 »

L O S J U E G O S E N L A I N ­

F A N C I A , p o r e l D r .

E l e i z e g u i ........................................ 2 ‘ 5 0 >

D e v e n t a e n t o d a s l a s l i b r e r í a s d e

E s p a ñ a y A m é r i c a .

Soniedad Beneral de Publicacieaes, S. A.E D I r o R e s

D i p u t a c i ó n , 2 1 1 , - B a r c e l o n a

Librería « E l f l odar i l a M o d a »V a l v e r d e , 2 1 d u p l i c a d o , M a d r i d

Ayuntamiento de Madrid

40 Gran Proyector

¿ Q u é m e d i c e s d e T r e n t l

j u s t i c i a f r e c u e n t e m e n t e , p e r o n o e r a p o s i b l e o b t e n e r p o r e l l o s u n a p r u e b a d e l a c u l p a b i i d a d d e T r e n t . A q u e l l a b a n d a e r a u n v e r d a d e r o p r o d i g i o d e o r d e n , e f i c i e n c i a y d i s c i p l i n a .

H a b í a s u r g i d o a l f i n e l p e l i g r o - E l a s u n t o q u e a l i o r a s e v e n t i ­l a b a e n l a A u d i e n c i a s e d e s a r r o l l a b a s i n n i n g u n a d i f i c u l t a d p a r a T r e n t , c o m o t o d o s l o s a n t e r i o r e s , c u a n d o u n o d e l o s e n ­c a r t a d o s t u v o e l v a l o r d e m e z c l a r e n e l a s u n t o e l n o m b r e d e l j e f e , p r o m e t i e n d o h a c e r i m p o r t a n t e s d e c l a r a c i o n e s . L a p r e n s a h a b i a d a d o l a n o t i c i a l a n o c h e a n t e r i o r , y a s í s e e x p l i c a b a q u e h u b i e r a d e s p e r t a d o t a n t o i n t e r é s l a v i s t a d e a q u e U a m a ñ a n a .

« R i s u e ñ o » p o d í a v e r l a a g l o m e r a c i ó n d e g e n t e q u e h a b í a e n l a s a l a . P r e c i s a m e n t e l a v e n t a n a d e s u h a b i t a c i ó n c a í a s o b r e l a q u e s e a b r í a a l a i z q u i e r d a d e l e s t r a d o . Y c o m o a q u é l l a e s ­t a b a e n e l l a d o o p u e s t o d e l p a t i o y s ó l o d o s p i s o s m á s a r r i b a , « R i s u e ñ o » n o t e m a m á s q u e a e s c o r r e r u n p o c o e l s t o r p a r a v e r i a m e s a p r e s i d e n c i a l y l a p e q u e ñ a p l a t a f o r m a d e l o s t e s t i g o s .

« R i s u e ñ o » i b a v e s t i d o c o n s u t r a j e d e g o l f y e n u n r i n c ó n d e l a e s t a n c i a s e v e í a e l a l t o y e s t r e c h o c e s t o c o n l o s ú t i l e s d e l a r i s t o c r á t i c o d e p o r t e . '

E . s t a b a t a m b i é n G a b b y e n l a h a b i t a c i ó n . E r a é s t e u n a t l e t a d e l i o m b r o s f o r m i d a b l e s y a b u l t a d o p e c h o . .S u s e m b l a n t e e r a l a a n t í t e s i s d e l d e s u c o m p a ñ e r o . E l d e é s t e s o n r e í a s i e m p r e , c o n u n a s o n r i s a q u e h a c í a r e l a m p a g u e a r s n s o j o s , j u s t i f i c a n d o e l s o b r e n o m b r e d e « R i s u e ñ o » . E l d e G a b b y e r a f e r o z y t e r r i b l e .

E s t a v e z — d i j o — n o d a r í a c i n c o c e n t a v o s p o r l a c a ­b e z a d e l j e f e .

« R i s u e ñ o » m o s t r ó s u s b l a n c o s d i e n t e s e n u n a a l e g r e s o n r i s a .E s t a v e z , c o m o t o d a s , l a c a b e z a d e T r e n t s e q u e d a r á e n

,su s i t i o .C o n s u l t ó e l r e l o j .• - V a a e m p e z a r l a f i e s t a . S e r í a m e j o r q u e t e m a r c h a r a s -— ¡ H a b e r l o d i c h o a n t e s ! Y a m e e s t a b a j e r i n g a n d o t a n t o

e . s p e r a r .S e f u é s i n d e c i r a d i ó s . « R i s u e ñ o » s e a c e r c ó e n t o n c e s a l a v e n ­

t a n a y e x p l o r ó e l t e r r e n o . Y a h a b í a l l e g a d o e l p r e s i d e n t e . I b a a c o m p a r e c e r e l t e s t i g o .

S e f u é t r a n q u i l a m e n t e a l c e s t o d e l g o l f y e x t r a j o d e é l u n a C o r t a q s c o p e t a . C o n l a m i s m a c a l m a , v o l v i ó a l l a d o d e l a v e n ­t a n a - Y a e s t a b a e l t e s t i g o s o b r e l a p e q u e ñ a p l a t a f o m a , j u r a n ­d o c o n 1 a m a n o p u e s t a s o b r e l a B i b l i a . S e l e v a n t ó e n l a s a l a u n r u m o r d e e x p e c t a c i ó n . E l e n c a r t a d o i b a a a c u s a r a s u j e f e , i b a a d a r l a s p r u e b a s n e c e s a r i a s p a r a q u e T r e n t s e p u d r i e r a c o n é l e n p r e s i d i o .

« R i s u e ñ o » s e l l e v ó l a c u l a t a d e l r i f l e a l h o m b r o , a p u n t ó y a p r e t ó e l g a t i l l o . C o m o e l a r m a e r a s i l e n c i o s a , s ó l o s e o y ó ¿1 g r i t o q u e p r o f i r i ó e l d e c l a r a n t e a l c a e r c o n u n a m a n o e n e l p e c h o . C o m o « R i s u e ñ o » d i s p a r ó d e s d e d e n t r o , p o r e n t r e l o s e n c a j e s d e l s t o r , n a d i e v i ó n a d a .

E l d e p o r t i s t a v o l v i ó a g u a r d a r e l a r m a e n e l c e s t o , s e e c I i ó é s t e a l h o m b r o y s a l i ó d e l a l i a b i t a c i ó n s i l b a n d o .

E n e l v e s t í b u í o s e e n c o n t r ó c o n e l d u e ñ o d e l h o t e l .— ¿ Q u é , d o n G u i l l e r m o , a j u g a r e l p a r t i d i t o d i a r i o ? L o d e s i e m p r e — r e p u s o « R i s u e ñ o » c o n s u a m a b l e y e t e r n a

s o n r i s a .

C U A N D O N o l a n , e l j e f e d e l a s e c c i ó n d e d e t e c t i v e s d e l E s ­t a d o , s e e n t e r ó d e q u e h a b í a n m a t a d o a l t r a i d o r d e l a b a n ­

d a d e T r e n t , s e t r a g ó l a s c i n c o p a s t i l l a s d e g o m a d e m a s t i c a r q u e t e n í a e n l a b o c a e h i z o c r u j i r l a m e s a d e i m p u ñ e t a z o .

E l q u e l e d i ó l a n o t i c i a t o m ó l a s d e V i l l a d i e g o , p u e s s a b í a c ó m o a s g a . s t a b a e l j e f e c u a n d o e s t a b a f u r i o s o .

N o l a n s e l e v a n t ó y s e q u e d ó p e n s a t i v o e n m e d i o d e l d e s p a ­c h o - E r a u n h o m b r e a l t o y r e c i o . S u s m a n a z a s p a r e c í a n l a s d e n n . g i g a n t e . E r a b a s t a n t e f e o . p u e s a l a i r r e g u l a r i d a d d e s u s f a c c i o n e s s e s u m a b a u n a g r a n a b u n d a n c i a d e p e c a s , p e r o h a b í a e n a q u e l r o s t r o u n a e x t r a ñ a s i m p a t í a , a u n c u a n d o , c o m o a l i o r a , p r e s a g i a b a t e m p e s t a d .

E n t r ó e n l a , h a b i t a c i ó n c o n t i g u a . Q u i n c e o v e i n t e h o m b r e s h a b í a e n e l l a y , e n t r e t o d o s , s ó l o u n o h a c í a a l g o ú t i l .

E r a é s t e i m m u c h a c h o d e m i r a d a t r i s t e . E s c r i b í a a m á q u i n a . "V c r s o s

N o l a u s e a c e r c ó a é l y l e y ó p o r e a c i m a d e s u h o m b r o : « E l b i e n y e l m a l , ¡ a y d e m í ! » A r r a n c ó d e u n z a r p a z o e l p a p e l y c o n l a o t r a m a n o c o g i ó a l j o v e n p o r l a s o l a p a .

— ¿ Q u é d i a b l o s h a c e u s t e d a q u í ? — p r e g u n t ó . H e i n g r e s a d o a l s e r v i c i o d e u s t e d , c o m o d e t e c t i v e .

¿ C ó m o s e l l a m a ?— J u a n D o n o v a n .— - P u e s b i e n , j o v e n D o n o v a n . s i l e v u e l v o a p i l l a r e s c r i b i e n ­

d o e s t u p i d e c e s , s a l e u s t e d p o r l a v e n t a n a . A q u í q u i e r o y o h o m b r e s v a l i e n t e s y d e b u e n o s p u ñ o s . U n p o e t a n o p u e d e s e r b u e n d e t e c t i v e .

Y o l e d e m o s t r a r é l o c o n t r a r i o , j e f e .— P i i e s t e v o y a d a r o c a s i ó n e n s e g u i d a .y a ñ a d i ó , d i r i g i é n d o s e a t o d o s ;

A v e r l g ü e l o u s t e d , q u e p a r a e s o e s d e t e c t i v e .

Ayuntamiento de Madrid

La Redada á l

— E s t a t a r d e m e v a i s a t r a e r a l a c á r c e l a t o d a l a g e n t e m a ­l e a n t e d e l a c i u d a d . P o r c a d a u n o q u e t r a i g á i s o s d a r é u n p u ñ e t a z o m e n o s . H a d e s e r l o q u e y o l l a m o u n a r e d a d a . A l a s n u e v e q u i e r o t e n e r l o s a t o d o s a q u í .

S e . p o r t a r o n b i e n l o s m u c h a c i o s . A l a s n u e v e e s t a b a l a c á r c e l r e b o s a n t e d e u n a m u l t i t u d q u e a r m a b a u n r u i d o i n f e r ­n a l . D o n o v a n s e p r e s e n t ó a l j e f e p a r a d e c i r l e :

— A c a b o d e t r a e r l e a « R i s u e ñ o * . ¿ Q u é l e p a r e c e , s e ñ o r N o J a n ?— P a r a e m p e z a r e s t á b a s t a n t e b i e n . D i s p e n s a s i t e b e o f e n ­

d i d o e s t a m a ñ a n a .S e f u é e n s e g u i d a a l a s d e p e n d e n c i a s d o n d e e s t a b a l a p i f i ó n

p r o v i s i o n a l . E n o r m e s e s t a n c i a s c o n u n a v e r j a c o r r i d a q u e i b a d e u n l a d o a o t r o d e l e d i f i c i o . A t r a v é s d e l c o l o s a l e n t e j a d o s e v e í a u n a c o m p a c t a m u l t i t u d d e m a l h e c l i o r e . s . A p e s t a b a a s u d o r 3' a t a b a c o .

N o l a n e c h ó a a n d a r a i o l a r g o d e l a \ e r j a . D e v e z e n v e r s e d e t e n í a , i n t r o d u c í a e l b r a z o p o r l o s b a r r o t e s y c o g í a u n a s o l a p a .

— ¿ D e q u é t e r í e s , i m b é c i l ?— E s q u e é s t e m e l i a d i c h o i t n c h i s t e c o n t e s t a b a e l i n ­

t e r r o g a d o c o n v i s i b l e i n t r a n q u i l i d a d .N o l a n l e d a b a u n e m p u j ó n y c o n t i n u a b a s u c a m i n o .B u s c a b a e n l o s s e m b a n t e s e l g e s t o s o s p e c h o s o . S e p r o p o n í a

n a d a m e n o s q u e a d i v i n a r q u i é n h a b i a s i d o e l a u t o r d e l m i s t e ­r i o s o d i s p a r o q u e h a b í a s a l v a d o a T r e n t .

S e d e t u v o ; s u m a n o -se p o s ó s o b r e u n i i o m b r o .— H o l a , « R i s u e ñ o * .— H o l a .— - ¿ Q u é m e d i c e s d e T r e n t ?— Y a s a b e s q u e y o n u n c a s é n a d a .B i e n l o s a b í a N o l a n . E r a i n ú t i l t o d o c u a n t o s e h a c í a p o r

a r r a n c a r i m a p a l a b r a a a q u e l h o m b r e q u e n o c e s a b a d e s o n r e í r .— ¿ P o r d ó n d e a n d a G a b b y ?— A h í l o t i e n e s c o n s u c a r a d e m a l h u m o r . L e h a n t r a í d o -

c o n m i g o .N o l a n a b r i ó l a p u e r t e c i l l a d é l a r e j a y s a l i ó a l p u n t o l l e v a n d o

a G a b b y c a s i a r a s t r a s .— S a l t a m b i é n t ú , « R i s u e ñ o * - d i j o a n t e s d e c e r r a r . — Q u i e r o

h a c e r o s a l g u n a s p r e g u n t a s i n t e r e s a n t e s .U n a v e z f u e r a , G a b b y l o g r ó d e s a s i r s e d e l a m a n o d e N o l a n

y l e m i r ó c o n i m g e s t o d e o d i o y d e r a b i a .— S i n o l l e v a r a s e s o , n o t r a t a r í a s a .s í a l a g e n t e .S r f i a l a b a l a c i n t u r a d e l d e t e c t i v e , c e ñ i d a p o r u n c i n t u r ó n

d e l q u e p e n d í a n d o s r e v ó l v e r e s ' .

I l o s p i e s d c l j o v e n a y u d a n t e h a b l a d o s h o m b r e s c a í d o s

N o l a n , s e r e n o y s o n r i e n t e , a v a n z ó p o r e n m e d i o d e l a s a l a .

I n m e d i a t a m e n t e , N o l a n s e q u i t ó e l c i n t i u r ó n y s e l o e n t r e g ó a « R i s u e ñ o » . E s t e q u e d ó t a n e s t u p e f a c t o , q u e n o h u b i e r a p o ­d i d o u t i l i z a r l o s r e v ó l v e r e s a u n q u e s e l o p r o p u s i e r a .

N o l a n c o g i ó a G a b b y d e l a s o l a p a .■— A h o r a e s t a m o s e n i g u a l e s c o n d i c i o n e s . D e f i é n d e t é , i m -

b é c i l -Y l e d i ó u n e m p u j ó n p a r a q u e t u v i e r a t i e m p o d e a t a c a r l e

a s u g u s t o .C o m e n z ó u n m a t c h d e b o x e o q u e a t r a j o a l a s v e r j a s a t o d o s

l o s m a l h e c h o r e s . N a t u r a l m e n t e , l o s p r e s o s e s t a b a n p o r u n a n i ­m i d a d d e l l a d o d e G a b b j ' y l e a n i m a b a n c o n g r i t o s . L o s p m i e - t a z o s d e é s t e p a r e c í a n g o l p e s p r o p i n a d o s c o n u n a m a z a d e l i i e r r o . N o l a n t u v o o c a s i ó n d e c o m p r o b a r l o . P e r o d e h i e r r o e r a t a m b i é n e l c u e r p o d e l d e t e c t i v e .

L o s p u ñ o s f u n c i o n a b a n c o m o h é l i c e s . P o r f i n , G a b b y c o m e n ­z ó a p e r d e r l a r e s i s t e n c i a y l a c o n f i a n z a e n s í m i s m o , a n t e l a i n u t i l i d a d d e s u e s f u e r z o . Y e s t e f u é e l m o m e n t o q u e N o l a n a p r o v e c h ó p a r a d e r r i b a r a l b a n d i d o .

S e l i m p i ó c o n u n a m a n g a l a s a n g r e d e l a b o c a y e l s u d o r d e l a f r e n t e y a y u d ó a l e v a n t a r s e a G a b b j ' .

— P o r h o y t i e n e s b a s t a n t e — d i j o . P o d é i s v o l v e r a v u e s ­t r a h a b i t a c i ó n .

Y a b r i ó l a p u e r t a d e l a v e r j a y l e s h i z o e n t r a r , d e s p u é s d e q u i t a r e l c i n t u r ó n d e l a s m a n o s d e l e s t u p e f a c t o « R i s u e ñ o » .

C X ' E a l a v a r s e y d e s p u é s a v i s i t a r e l d e p a r t a m e n t o d e m u - * j e r e s . S i r u i d o y a g i t a c i ó n h a b í a e n e l d e l o s h o m b r e s , u o p o d í a c o m p a r a r s e c o n l o s q u e p r o m o v í a n a q u e l l a m u l t i t u d f e m e n i n a .

U n a s t u r n a b a n , o t r a s b a i l a b a n o c a n t a b a n , o t r a ,s r e f á n , o t r a s d i s c u t í a n . A q u e l í o p a r e c í a u n a j a u l a d e g r i l l o s .

N o l a n e x p e r i m e n t a b a c i e r t a i n q u i e t u d . H u b i e r f c . p r e f e r i d o e n t e n d é r s e l a s c o n g i g a n t e s a t r a t a r c o n m u j e r e s .

S o b r e u n o s c a j o n e s a m o n t o n a d o s v i ó u n a j o v e n q u e - f u m a b a c o n i n d i f e r e n c i a y e n e l l a f i j ó l a a t e n c i ó n ,

V e s t í a c o u e l e g a n c i a y e r a m u y b e l l a . E l p e r f i l d e s u r o s t r o e r a d e u n a p e r f e c c i ó n c l á s i c a y s u s o j o s , n e g r o s y d u l c e s , p a r e ­c í a n d e b r i l l a n t e c r i s t a l .

A u n q u e s a b i a q u e N o l a n l a m i r a b a , - s e g m 'a f u m a n d o c o n i n - d i t e r e n c i a u n c i g a r r i l l o d e b o q u i l l a d e o r o y a r o m a i n t e n s o .

— ¡ B a j a d e a l u ! — l e o r d e n ó N o l a n .E l l a o b e d e c i ó c o n u n g e s t o d e - h a s t í o .— ¿ C u - t ú l e s t u n o m b r e ?

Ayuntamiento de Madrid

42 Gran Proyector

¿ A u s t e d q u é l e i m p o r t a ? C o n t e s t a c o m o e s d e b i d o , p u e s h a y c i r c u n s t a n c i a s e n q u e

e l m a l g e n i o c u e s t a c a r o . ¡ V a m o s ! D i m e q u i é n e r e s y c u á l e s t u o c u p a c i ó n .

— A v e r i g ü e l o u s t e d , q u e p a r a e s o e s d e t e c t i v e .— E s o h a g o : a v e r i g u a r l o . P u e s l o q u e e s p o r m í n o s a b r á u s t e d u n a s o l a p a l a b r a .

¡ P r i m e r o m e d e j a r í a a r r a n c a r l a p i e l a t i r a s !H a b i a e n s u s o j o s t a n t a i n d i g n a c i ó n , q u e N o l a n q u e d ó u n

t a n t o s o r p r e n d i d o .— ¿ Q u e t e h a n h e c h o , m u c h a c h a ? P a r e c e q u e n o e s t á s d e

m u y b u e n h u m o r .— ¿ Y l o p r e g u n ­

t a u s t e d , q n e h a t r a í d o a q u i a m e ­d i a c i u d a d p o r m e ­r a s s o s p e c h a s ?

— ¿ T e p a r e c e q u e n o m o t i v o d e s p u é s í e l o q u e p a s o a y e r e n l a A u d i e n c i a ?

— • ¿ A m f q u é m e i m p o r t a l o q u e p a ­s ó e n l a A u d i e n c i a ?

— E s o h a b r á q u e d i s c u t i r l o m á s d e s ­p a c i o . ¿ C r e e s q u e n o s é q u e e r e s m n y a m i g a d e l j e f e d e l a b a n d a ?

— ¡ C o m o s i q u i ­s i e r a t e n e r a m i s t a d r o n R o k e f e l l e r !E s o a u s t e d n o l e i m p o r t a .

— ¡ M e e s t á s a c a ­b a n d o l a p a c i e n c i a !

i y i e h e m a t a d o y o \

E n t o n c e s o y ó u n d i s p a r o .

¡ H a c e r a t o q u e m e l a h a a c a b a d o u s t e d a m í !L e s i n t e r r u m p i ó e l j o v e n D o n o v a n . S e f i o r N o l a n , T r e n t e s t á e c h a n d o a l a c a l l e a t o d o s l o s

d e t e n i d o s , b a j o f i a n z a .L a m u c h a c h a s e e c h ó a r e i r .N o l a n l a m i r ó f i j a m e n t e . E s d e m a s i a d o p r o n t o p a r a r e í r , b u e n a m o z a . M e l l a m o D o r a , p a r a s e r v i r l e — r e p l i c ó b u r l o n a u i e n t e .

A l d í a s i g u i e n t e , N o l a n h a b í a f o r m a d o y a s u s p l a n e s . L l a m ó 3 D o n o v a n , e l p a c í f i c o e s c r i t o r d e v e r s o s , y l e e x p l i c ó ;

- - - Y a q u e T r e n t n o q u i e t e q u e t e n ­g a a q u í a s u g e n t e , i r e m o s a b u s c a r l a . H a y c i e r t o c a f é e n l o s b a r r i o s b a j o s q u e , a u n q u e p a r e c e u n e s t a b l e c i m i e n t o p ú b l i c o , n o e s m á s q u e u n a e s p e c i e d e s a l ó n d e a c t o s d e l a b a n d a d e T r e n t . S i t e a t r e v e s l e s h a r e m o s u n a v i ­s i t a .

— Y o v o y d o n d e u s t e d v a y a , e f e , y a g r a d e c i d o d e q u e t e n g a p o r m í e s t a p r e f e r e n c i a .

— P u e s v a m o s a l l á .

H a b i a q u e b a j a r a l g u n o s e s c a l o n e s p a r a p e n e t r a r e n e l a n t r o , q u e q u e ­d a b a p o r d e b a j o d e ! n i v e l d e l s u e l o ,

( C o n t i n ú a e n l a p á g i n a 8 1 ) .

Ayuntamiento de Madrid

DELITOS TragicómicosS A L V A J A D A P R I M E R A

D u r a n t e l a l i d i a d e u n o d e l o s b e c e r r o s e n u n f e s t i v a l t a u r i n o s e a r r o j a r o n a l r u e d o S a l v a d o r M a s y J u a n M e l i á , l o s c u a l e s , a r m a d o s d e l a r g o s p a l o s c o n a g u d o s p i n c h o s , e m p e z a r o n a m a r t i r i z a r a l p o b r e a n i m a l c o n t a l s a ñ a , q u e h u b o n e c e s i ­d a d d e r e t i r a r a l b i c h o p a r a p o n e r f i n a t a l s a l v a j a d a .

( H e r a l d o d e C a s t e l l ó n . )

S e v e l a p o l v a r e d a d e h o s t i l i d a d q u e h a n l e v a n t a d o l o s e s p o n t á n e o s r e j o ­n e a d o r e s , d e m o d o q u e e n l a m i s m a s i ­t u a c i ó n a n g u s t i o s a q u e d a n e l l o s q u e e l b e c e r r o .

L a S o c i e d a d P r o t e c t o r a d e A n i m a l e s d e b e i n t e r v e n i r p o r l o s t r e s .

S E G U N D A S A L V A J A D A

M á l a g a . — A n o c h e d u r a n t e u n a f i e s t a c ó m i c a q u e s e c e l e b r a b a e n l a p l a z a d e t o r o s , u n a b a n d a q u e f i g u r a b a n s e r f i e l e s r o j a s m a t a r o n a u n b e c e r r o a c u c h i l l á n d o l o b á r b a r a m e n t e e n t r e t o d o s .

E l p ú b l i c o p r o t e s t ó i n d i g n a d o .E l g o b e r n a d o r o r d e n ó a l a G u a r d i a

c i v i i q u e a v e r i g u a s e q u i é n e s e r a n l o s p i e ­l e s r o j a s p a r a i m p o n e r l e s u n a s a n c i ó n .

( E l P u e b l o V a s c o , d e S a n S e b a s t i á n . ^

E s t o s , a l m e n o s , t u v i e r o n l a f r a n q u e ­z a d e v e s t i r s e d e p i e l e s r o j a s , y e s t a m o s s e g u r o s d e q u e , s i l e s d e j a n , s e c o m e n c r u d o a l b e c e r r o d e s p u é s d e m a t a r l o , l o q u e h u b i e r a c o n s t i t u i d o u n i m p o r t a n t e d o c u m e n t o a c e r c a d e l a s c o s t u m b r e s d e a q u e l l o s i n d í g e n a s c o n t r a l o s q u e W a s ­h i n g t o n t a n t o t u v o q u e l u c l i a r . P e t o a q u í n o h a y c u r i o s i d a d p o r n a d a .

a F r a n c i s c o P u g a D í a z s i h u b i e r a p o d i d o d e d r d e d ó n d e p r o c e d í a n l a s q u e l l e v a b a e n e l s a c o .

■ C O N S E C U E N C I A S D E L A I N C U L ­

T U R A A G R I C O L A

C o r u ñ a . — E n l a c a l l e d e l F e r r o l f u é d e t e n i d o e l m e n d i g o F r a n c i s c o P u g a D í a z , d e s e s e n t a y c i n c o a ñ o s , q u e l l e v a b a u n s a c o c o n v e i n t e h i l o s d e p a l a t a s c u y a p r o c e d e n c i a n o s u p o e x p l i c a r s a t i s f a c t o ­r i a m e n t e .

P a s ó a l a C o m i s a r i a .

( E l N o r o e s t e , d e C o r u ñ a . )

H e a q u í u n a d e m o s t r a c i ó n d e q u e l a i n c u l t u r a t i e n e c o n s e c u e n d a s d e s a g r a ­d a b l e s . H o y , p a r a r i v i r t r a n q u i l o , h a c e f a l t a s a b e r m u c h a s c o s a s . N o b a s t a l a c o n t i J i i l i d a d , l a a r i t m é t i c a y l a m e c a - n o g r u h i i . H a y q u e s a b e r t a m b i é n s i e s t o s t o m a t e s s o n d e V a l e n c i a o d e M u r c i a y s i a q u e l l a s p a t a t a s s o n h o l a n ­d e s a s o a m e r i c a n a s . O t r o g a l l o l e c a n t a r a

O T O D O S O N I N G U N O

B a r c e l o n a . — A r e q u e r i m i e n t o s d e l s ú b ­d i t o i t a l i a n o M a r i o R o l a n d o R i z i , d e c u a r e n t a y t r e s a ñ o s d e e d a d , f u é d e t e n i d o e » í e l m u e l l e d e L e v a n t e , J o s é L i n a r e s , d e v e i n t i o c h o , a l q u e a c u s a b a a q u é l d e h a b e r l e a m e n a z a d o c o n u n a n a v a j a , e x ­p r e s á n d o l e q u e l e i b a a c o r t a r e l c u e l l o .

E l d e t e n i d o d i j o a l a p o l i c í a g u e d i c h o s ú b d i t o i t a l i a n o h a b i a s u f r i d o u n a c o n ­f u s i ó n , p u e s l o q u e h i z o f u é a m e n a z a r l e e n t o n o j o v i a l c o n q u e l e i b a a c o r t a r e l c u e l l o . . . d e l a c a m i s a .

( L a N o c h e , d e B a r c e l o n a , )

A v e r q u i é n e s c a p a z d e c a s t i g a r a e s t e h o m b r e , a m e n o s q u e q u i e r a e d i a r s e s o b r e l a c o n d e n d a u n a c a r g a d e v a r i o s q u i n t a l e s . P o r q u e , u n a d e d o s : o e l c o r ­t a r c u e l l o s d e c a m i s a n o e s n i n g ú n d e ­l i t o y e n t o n c e s h a y q u e d e j a r e n l i b e r t a d a l q u e q u e r í a c o r t a r l o , o s i e s u n d e ­l i t o y e n t o n c e s h a y ^ u e d a r u n a b a t i d a p o r t o d a s l a s c a m i s e r í a s d e E s p a ñ a .

U N A M A L A B U E N A V E N T U R A

B i l b a o . — C o n c e p c i ó n G o i i U g a l d e , d e v e i n t e a ñ o s , f u é a y e r a h a c e r l a s c o m p r a s d e o r d i n a r i o a l a p l a z a d e l M e r c a d o d e l a R i b e r a , c u a n d o s e l e a c e r c ó i t n a g i t a n a b i e n p a r e c i d a , c o n u n • c h u r u m b e l » e n b r a ­z o s . * ¿ T e l a e c h o , r e s a l ó } » , d i j o , y y a s e d i s p o n í a a l e e r l e e l p o r v e n i r e n l a s r a y a s d e l a m a n o , c u a n d o C o n c e p c i ó n l a r e c h a z ó . E n t o n c e s l a » c a ñ i » l e p i d i ó u n p o c o d e u v a p a r a e l n i ñ o y , u n a v e z g u e o b t u v o l a ¡ r u t a , d e s a p a r e c i ó .

A l p o c o r a t o d e e s t a e s c e n a , C o n c e p ­c i ó n G o t i U g a l d e n o t ó l a f a l t a d e u n a c a r l e r i t a c o n 5 0 0 p e s e i a s , q u e l l e v a b a e n u n b o l s i l l o d e l d e l a n t a l , y s o s p e c h a q u e e s l a g i t a n a l a a u t o r a d e l h u r t o . L a p o l i c í a , c o n l a s s e ñ a s q u e p o s e e , l a b u s c a .

( E l L i b e r a l , d e B i l b a o . )

S i r e f l e x i o n a m o s u n p o c o , v e r e m o s q u e l a c u l p a b l e d e l o s u c e d i d o í u é l a j o v e n C o n c e p c i ó n y n o l a g i t a n a . S i a q u é l l a h u b i e r a a c e p t a d o l a p r o p o s i d ó n q u e l e h i z o é s t a d e l e e r l e e l p o r v e n i r , s e h u b i e r a e n t e r a d o d e q u e l e i b a n a d e s a p a r e c e r 5 0 0 p e s e t a s y h a b r í a t o m a d o l a s m e d i d a s n e c e s a r i a s . P e r o n o q u i s o s a b e r n a d a y d e s p u é s t u v o q u e s a b e r l o a l a f u e r z a , c u a n d o y a e r a d e m a s i a d o t a r d e . L a g i t a n a s e h a b í a i d o c o n l a b u e n a v e n t u r a y l e l i a b í a d e j a d o a e l l a l a m a l a .

Q U I E N R O B A A U N L A D R O N . . .

M a d r i d . — E s t a m a ñ a n a l a p a r e j a d e g u a r d i a s d e s e g u r i d a d q u e p r e s t a b a s e r v i c i o e n l a p l a z a d é l a C e b a d a v i ó a u n i n d i v i d u o q u e l l e v a b a u n a c a j a r e g i s t r a d o r a . L o s g u a r d i a s l e p r e g u n t a r o n d ó n d e i b a , y e l i n d i v i d i t o t i r ó l a c a j a a l s u e l o y h u y ó .

P o c o d e s p u é s s e a v e r i g u ó q u e l a m a ­q u i n a p e r t e n e c í a a u n b a r s i t u a d o e n la c a l l e d e T o l e d o , d o n d e p o c o a n t e s e l d e s ­c o n o c i d o h a b i a f o r z a d o o t r a c a j a r e g i s t r a ­d o r a d e g r a n t a m a ñ o y s e a p o d e r ó d e 2 3 5 p e s e i a s q u e h a b i a e n e l l a . L a c a j a q u e t i r ó a l s u e l o g u a r d a b a 2 2 1 p e s e t a s .

P a r e c e q u e e l l a d r ó n s e h a b i a q u e d a d o e s c o n d i d o e n l a c u e v a c u a n d o c e r r a r o n c l e s t a b l e c i m i e n t o .

( E l L i b e r a l , d e B i l b a o . )

P o r s i c a e s , p o b r e c a c o , e n p o d ^ d e l a p o l i c í a , v a m o s a d e c i r t e l o q u e t i e n e s q u e d e c l a r a r a n t e e l j u e z . H a z l e c o m ­p r e n d e r q u e s i e s a s c a j a s s e p a s a n e l d í a r e g i s t r a n d o , t a m b i é n t i e n e s d e r e c h o a r e g i s t r a r l a s t ú a e l l a s . D i l e t a m b i é n q u e l a p o l i c í a d e b e d e j a r t e e n p a z d u ­r a n t e c i e n a ñ o s , q u e e s e l t i e m p o d eE

e r d ó n q u e l e c o r r e s p o n d e a l q u e h a c e > q u e h a s h e c h o t ú , e s d e c i r , r o b a r a

u n l a d r ó n . P o r q u e n o h a y q u e d a r l e v u d t a s : s i t ú e r e s l a d r ó n p o r r e g i s t r a r , m á s l o s e r á n e s a s m á q u i n a s r e g i s t r a d o r a s .

P O R E L D E C O R O N A C I O N A L

M a d r i d . — E n l o s a l r e d e d o r e s d e ! p u e n t e d e T o l e d o d i ó u n a b a t i d a l a p o l i ­c í a ‘p a r a d e t e n e r a g e n t e m a l e a n t e .

U n p o l i c í a J n t e n t ó d e t e n e r a A n t o n i o E s c o b a r , i e l S e r r í n M a y o r » , q u e s a l t ó u n a z a n j a d e o c h o m e t r o s y a t r e v e s ó a n a d o e l M a n z a n a r e s .

U n a v e z e n l a o r i l l a o p u e s t a , c o m e n z ó a b u r l a r s e d e t o d o e l m u n d o , y e n d o d e s n u ­d o . E l p o l i c í a a t r a v e s ó e l M a n z a n a r e s , y l o g r ó d e t e n e r . a A n t o n i o , q u e s e e n c o n ­t r a b a o c u l t o e n t r e u n a s m a l a s , e s p e r a n d o q u e s e l e s e c a s e l a r o p a .

( L a V o z d e A r a g ó n , d e Z a r ^ o z a . )

P o r f i n d e s p e r t a m o s d e n u e s t r o m a ­r a s m o . E s t á b a m o s e n r i d í c u l o a n t e l a s g r a n d e s n a c i o n e s e u r o p e a s y a m e r i c a ­n a s , s o b r e t o d o a n t e l o s E s t a d o s U n i d o s , d o n d e l a p o l i c í a h a d e t o m a r a u t o m ó ­v i l e s y d i s p a r a r t i r o s y e n t r a r p o r l a s c h i m e n e a s p a r a c o g e r a l o s l a d r o n e s , q u e e m p l e a n p a r a h u i r m e d i o s i g u a l ­m e n t e a u d a c e s y e x t r a o r d i n a r i o s . U n a p e r s e c u c i ó n a n a d o p o r e l M a n z a n a r e s , a u n q u e e s t e r í o n o e s e l N i á g a r a n i m u r a o m e n o s , n o e s t á m a l p a r a e m p e z a r H o m b r e s c o m o « E l S e r r í n M a y o r » s o n l o s q u e n e c e s i t a E s p a ñ a p a r a q u e s u b a l a p e s e t a .

D o n JrsTi)

Ayuntamiento de Madrid

L a L E Y d e l TALIÓN

OJO POR OJO

T o d o d e l i n c u e n t e d e b e s u f r i r u n d a ñ o i g u a l a l q u e c o m e t i ó

y , c u a n d o e s t o n o s e a p o s i b l e , l a p e n a . q u e s e l e i m p o n g a

h a b r á d e e s t a r e n r e l a c i ó n c o n e l d e l i t o c o m e t i d o d c o n

e l m e d i o d e q u e s e v a l i ó p a r a e j e c u t a r l o - »E s t e p r i n c i p i o q u e , r e s u m i d o e n e l a n t i q r n 's i m o y c o n o c i d o

a f o r i s m o « O j o p o r o j o , d i e n t e p o r d i e n t e » , c o n s t i t u y ó l a b a s e

d e t o d a s l a s l e g i s l a c i o n e s p e n a l e s d e l o s p u e b l o s a n t i g u o s —

p e r d u r a e n l a s l e y e s y c o s t u m b r e s d e m u c h a s n a c i o n e s a u n

h o y a t r a s a d a s , y s u e s p í r i t u p a l p i t a e n m u l t i t u d d e d i s p o s i c i o ­

n e s d e l a m o d e r n a j u r i s p r u d e n c i a .

D e l d i a r i o d e u n c r o n i s t a f r a n c é s , q u e h a v i a j a d o p o r l a s

e x t e n s a s y c a s i d e s c o n o c i d a s r e g i o n e s d e l s u r d e C o l o m b i a ,

r e p r o d u c i m o s l a s i g u i e n t e n a r r a c i ó n q u e d e m u e s t r a c ó m o e s t a

t e r r i b l e l e y s e h a l l a a ú n v i g e n t e y s e a p l i c a e n n u e s t r o s d í a s .

E n u n p o b l a d o d e l a m o n t a ñ o s a r e g i ó n d e l C a u c a — r e g i ó n

q u e , p o r n o h a b e r s e n t i d o a p e n a s e l i n f l u j o d e l a c i v i l i z a c i ó n ,

c o n s e r v a e n t o d a s u p u r e z a l a s

c o s t u m b r e s p r i m i t i v a s d e l o s i n -

d i o s — u n i n d í g e n a s u p o q u e s u

m u j e r l e o r a i n f i e l .

C a d a d í a , m i e n t r a s é l e s t a b a e n

e l c a m p o , l a p u e r t a d e s u t i e n d a

s e a b r í a p a r a d a r p a s o a l a m a n t e

d e s u c o m p a ñ e r a . H a s t a q u e u u

d í a , e l m a r i d o r e g r e s ó d e i m p r o v i s o y s o r p r e n d i ó a l o s a d ú l t e r o s

b e s á n d o s e .

D o m i n a n d o s u s d e s e o s h o m i c i d a s , a c u d i ó a l j e f e d e l a t r i b u ,

a l c u a l p i d i ó e l c a s t i g o d e l o s c u l p a b l e s .

— Q u i e r o q u e s e a n j u z g a d o s s e g ú n l a s c o s t u m b r e s a n t i g u a s

d e n u e s t r o p u e b l o , q u e c a s t i g a b a e l a d u l t e r i o c o n l a m u e r t e , y

e x i j o q u e s e a n e j e c u t a d o s s e g ú n l a l e y d e l t a l i ó n ,

P u é i n ú t i l p r e t e n d e r q u e d e s i s t i e r a d e s u p r o p ó s i t o . E l u l t r a -

j a d o i n d i o q u e r í a v e n g a r ­

s e , y l a l e y a m p a r a b a s u

v e n g a n z a . L o s d o s a d ú l ­

t e r o s f u e r o n c o n d e n a d o s

a m o r i r t a l c o m o p r e s c r i ­

b í a l a l e y d e l t a l i ó n .

A l d í a s i g u i e n t e , l o s

r e o s , a t a d o s p o r l a c i n ­t u r a , u n o f r e n t e a l o t r o , f u e r o n c o n d u c i d o s a l a p l a z a p ú b l i c a

d o n d e s e l e s o b l i g ó a a r r o d i l l a r s e y p e r m a n e c e r c o n l o s l a b i o s

u n i d o s , y , e n e s t a a c t i t u d , e l p r o p i o m a r i d o l e s f u é c o s i e n d o

l e n t a m e n t e l a s b o c a s . P u e s t o q u e l e s h a b í a s o r p r e n d i d o b e s á n -

d o s e , e r a d e l e y q u e m u r i e r a n d e l a m i s m a m a n e r a q u e d e l i n ­

q u i e r o n y p o r e s o l e s s e l l ó l o s l a b i o s e n u n b e s o d e m u e r t e .

R e n u n c i a m o s a d e s c r i b i r m á s d e t a U e s d e l h o r r i b l e e s p e c ­

t á c u l o . L o s d o s a m a n t e s f u e r o n c o n d u c i d o s a u n a p i r a g u a y

a b a n d o n a d o s a s u s u e r t e , q u e d a n d o a s í c u m p l i d o e l b á r b a r o

p r e c e p t o .

L a l e y d e l t a l i ó n s u r g i ó p a r a l i m i t a r e l d e s e o d e v e n g a n z a

e s e i m p u l s o i n n a t o q u e s i e n t e e l q u e h a r e c i b i d o u n d a ñ o c u a l ­

q u i e r a y l e i m p e l e a c a u s a r a q u i e n s e l o i n f i r i ó i m d a ñ o i g u a l

o m a y o r q u e e l s u y o .

E n l o s c o m i e n z o s d e l a v i d a d é l a h u m a n i d a d , c u a n d o e l

p o d e r s o c i a l n o t e n í a a p e n a s v i g o r , l a v í c t i m a d e u n d e l i t o o

s u s p a r i e n t e s r e a c c i o n a b a n c o n t r a l a o f e n s a r e c i b i d a i n f i r i e n d o

u n m a l a l d e l i n c u e n t e o a a l g u n o d e l o s i n d i v i d u o s d e s u f a m i l i a ,

p u e s s i e m p r e l o s f a m i l i a r e s d e l o f e n d i d o s e c o n s i d e r a b a n s o l i -

DIENTE POR DIENTE

d a n o s d e l a v í c t i m a y l o s f a m i l i a r e s d e l c u l p a b l e , s o l i d a r i o s

d e é s t e .L a v e n g a n z a , e n t o n c e s , n o r e c o n o c í a m á s m e d i d a q u e e l

g r a d o , m e r a m e n t e a c c i d e n t a l y a r b i t r a r i o , d e e x c i t a c i ó n d e l

i n d i v i d u o l e s i o n a d o .E s t o , c o m o e s n a t u r a l , d a b a l u g a r a m a l e s s i n c u e n t o , y

q u e , e n l u g a r d e r e m e d i a r y e x t i n g u i r l a i n j u s t i c i a q u e e n t r a ñ a ­

b a e l d e l i t o , n o h a c i a m á s q u e d u p l i c a r l a , d a n d o o r i g e n a l a s

g r a n d e s g u e r r a s p r i v a d a s q u e c a u s a r o n e n m u c h o s p u e b l o s d e

l a a n t i g ü e d a d l a d e s a p a r i c i ó n d e n u m e r o s a s f a m i l i a s .

D e a q u í q u e f u e r a p r e c i s o l i m i t a r e l d e r e d i o d e v e n g a n z a

Y e s t a l i m i t a c i ó n f u é e l t a l i ó n . S u f ó r m u l a s a l v a j e « O j o p o r o j o ,

d i e n t e p o r d i e n t e » r e p r e s e n t a e n l a h i s t o r i a d e l d e r e c h o p e n a l

u n p r o g r e s o , e s d e c i r , q u e s o b r e l a v e n g a n z a c i e g a y m o m e n t á ­

n e a , e j e c u t a d a s i n r e f l e x i ó n n i d e l i b e r a c i ó n a l g u n a , e x i s t e u n

p r i n c i p i o s u p e r i o r , c u a l e s l a p r o p o r c i ó n e n t r e e l d e l i t o y

l a p e n a .

P u é , p u e s , e l t a l i ó n e l p r i m e r

b o s q u e j o q u e e x i s t i ó e n e l m u n d o

d e u n a l e y p e n a l , h a s t a e l p u n t o

d e q u e e n l a p r i m e r a l e y e s c r i t a

q u e s e c o n o c e , e l c ó d i g o b a b i l ó ­

n i c o d e A m m u r a b i — f a r a ó n q u e

v i v i ó h a c i a e l a ñ o 2 2 5 0 a n t e s d e

J e s u c r i s t o y a s e h a l l a a d m i t i d a l a l e y d e l t a l i ó n .

E l p u e b l o h e b r e o c a s t i g a b a c o u e l t a l i ó n l o s d e l i t o s d e s a n ­

g r e , y e n l a B i b l i a s e h a l l a e x p r e s a m e n t e d e s c r i t o . E n l o s a d m i ­

r a b l e s c ó d i g o s g r i e g o s y r o m a n o s t a m b i é n s e h a l l a c l a r a m e n t e

e x p u e s t a , y d u r a n t e t o d a l a E d a d M e d i a c o n s t i t u y ó e l a l m a d e

l a s l e g i s l a c i o n e s f e u d a l e s , c o m o , e n E s p a ñ a , e l F u e r o J u z g o ,

l a s P a r t i d a s y , e n e s p e c i a l , l o s f u e r o s m u n i c i p a l e s , q u e e s t a b l e ­

c í a n p e n a s c o m o l a d e a m p u t a r l a m a n o a l l a d r ó n y a l p e r j u r o ,c o r t a r l a l e n g u a a l f a l s o

t e s t i m o n i o , q u e m a r a l

b l a s f e m o , e t c .

P o c o a p o c o , s i n e m ­

b a r g o , a m e d i d a q u e e l -

d e r e c h o f u é e v o l u c i o n a n -

d o , s e v i ó q u e e l t a l i ó n

n o e T É t ía p l i c a b l e a t o d o s

l o s c a s o s , y a s í f u é c ó m o e m p e z a r o n a a p a r e c e r o t r a s p e n a s

i n s p i r a d a s e n p r i n c i p i o s m á s j u s t o s y h u m a n i t a r i o s .

A l g u n o s t r a t a d i s t a s h a n s o s t e n i d o q u e l a l e y d e l t a l i ó n e s

m á s e q u i t a t i v a y h a s t a m á s c o n f o r m e a l a r a z ó n y a l a n a t u ­

r a l e z a q u e o t r a l e y c u a l q u i e r a . B a s t a r e s p o n d e r a e s t o q u e

a l t a l l ó n l e f a l t a e l p r i n c i p a l f i n a q u e d e b e t e n d e r t o d a

p e n a , e s t o e s , a c o r r e g i r a l d e l i n c u e n t e c o n e l m e n o r s u f r i ­

m i e n t o p o s i b l e .

A p e s a r d e e l l o , e x i s t e n - i l ' c o m o a n t e r i o r m e n t e h e m o s d i ­

c h o d i s p o s i c i o n e s i n s p i r a d a s e n e s t e a n t i q u í s i m o p r i n c i p i o

e n t o d o s l o s p u e b l o s , i n c l u s o e n a q u e l l o s q u e c u e n t a n c o n

c ó d i g o s p e n a l e s m o d e r n o s . E j e m p l o d e e l l o l o t e n e m o s e n n u e s ­

t r o C ó d i g o p e n a l d e 1 8 7 0 , v i g e n t e h a s t a h a c e m u y p o c o , e l

c u a l m a n t e n í a u n a d i s p o s i c i ó n q u e c o n s t i t u y e u n í ó s i l j u r í d i c o ,

c o m o u n a v e r d a d e r a s u p e r v i v e n c i a d e l t a l i ó n a t r a v é s d e l a s

e s t r a t i f i c a c i o n e s d e l a s l e y e s m o d e r n a s . D i c e t e x t u a l m e n t e

e s t e a r t í c u l o : « q u e e l j u e z q u e a s a b i e n d a s d i c t a s e s e n t e n c i a

i n j u s t a e n c a u s a c r i m i n a l p o r d e l i t o , i n c u r r i r á e n l a p e n a

i m p u e s t a p o r l a s e n t e n c i a , s i é s t a s e h u b i e s e e j e c u t a d o . »

Ayuntamiento de Madrid

£ / C R I M E N delMARQUÉS de GANGES

por G. P. N.L a c a u s a p r e s e n t e p r u e b a d e u n m o d o d o l o r o s o p a r a n u e s t r a

s o c i e d a d q u e e l l i o m b r e s i e n t e u n a t e n d e n c i a t a n p o d e r o s a l i a c í a e l m a l , q u e s ó l o p u e d e a p a r t a r l e d e e l l a l a f u e r z a d e

v o l u n t a d y l a v i r t u d . C a r e c i e n d o d e e s t a s d o s i n d i s p e n s a b l e s c o n d i c i o n e s , n o s i r v e n d e n a d a n i l a m á s e s m e r a d a e d u c a c i ó n , n i l a p o s i c i ó n m á s e n v i d i a b l e .

S i n u n a f u e r z a d e v o l u n t a d a t o d a p r u e b a y u n a v i r t u d e j e m ­p l a r , e l h o m b r e , t i r a n i z a d o p o r l a s c i r c u n s t a n c i a s , s e v e a r r a s ­t r a d o a l o s m á s o d i o s a s c r í m e n e s .

E n e s t a c a u s a f i g u r a n p r i n c i p a l m e n t e t r e s i i e r s o n a j e s , q u e a p e s a r d e s u i l u s t r e n a c i m i e n t o , d e s u e l e v a d a p o s i c i ó n s o c i a l y d e s u e s c o g i d a e d u c a c i ó n , n o p u e d e n r e s i s t i r e l e m b a t e d e e s a s l ) a j a s p a s i o n e s , q u e l o s a r r o j a n a u n c r i m e n m á s b á r b a r o a ú n p o r l a s c i r c u n s t a n c i a s y d e t a l l e s d e q u e s e v i ó r o d e a d o .

Y t o d o p o r l a a m b i c i ó n y e l d e s p e c h o d e v e r s e d e f r a u d a d o s e n s u s i l í c i t a s p a s i o n e s .

p O R e l a ñ o 1 6 4 ! ) , s e c e l e b r ó l a b o d a d e l m a r q u é s d c C a s t e - * l l a n e , n i e t o d e l d u q u e d e V i l l a r s , q u e t a n t o p o r s u n o b l e z a c o m o p o r s u g a l l a r d í a f i g u r a b a e n p r i m e r a f i l a e n t r e l o s m á s d i s t i n g u i d o s j ó v e n e s d e l a a l t a s o c i e d a d f r a n c e s a .

Vida de nna noble y piadosa dama francesa, indignamente sacrificada

p o r las pasiones que corroían la fastuosa corte de Muís XIV.

L a n o v i a s ó l o c o n t a b a t r e c e a ñ o s ; e r a e s b e l t a , d e c u t i s s o n ­r o s a d o , c a b e l l o s n e g r o s y o j o s r a s g a d o s y e x p r e s i v o s .

S u c a r á c t e r b o n d a d o s o , u n i d o a s u p e r e g r i n a b e l l e z a , l e h a d a n o d e s m e r e c e r e n n a d a a n t e s u a m a d o c o m p a ñ e r o .

H i j a ú n i c a d e l s e ñ o r d e R o s a n d e A v i ñ é n , h e r e d e r a d e l s e ñ o r d e N o c h e r e s , s u a b u e l o m a t e r n o — q u e l e h a b í a d e j a d o u n c a u d a l d e q u i n i e n t a s m i ! l i b r a s y l o s t i t u l e s d e N o c h e r e s C h a - t e a u b l a n c — s e e n c o n t r a b a a d e m á s a l n i v e l d e l a s s e ñ o r i t a s m á s d i s t i n g u i d a s , p o r s u i n s t r u c c i ó n y p o r s u s v i r t u d e s .

U n a v e z c o n t r a í d o e l m a t r i m o n i o , q u i s o e l m a r q u é s d e C a s - t e l l a n e p r e s e n t a r a s u e s p o s a e n P a r í s y , a u n q u e a l p r i n c i p i o s e r e s i s t i ó s u a b u e l o , a l f i n c e d i ó a a c o m p a ñ a r l e s a l a c a p i t a l ,

D e s p u é s s e r e t i r ó a s u s d o m i n i o s m u y s a t i s f e c h o , p o r q u e d e j a b a a s u n i e t a v i g i l a d a p r u d e n t e m e n t e p o r . u n e s p o s o a q u i e n e l l a a m a b a y r e s p e t a b a .

E n u n a f i e s t a d a d a e n p a l a c i o p o r L u i s X I V , c a u s ó u n ag r a n s e n s a c i ó n l a j o v e n y b e l l a e s p o s a d e l m a r q u é s d e C a s t e - l l a n e , h a s t a e l p u n t o d e q u e e l m i s m o r e j ’ s e d i g n ó b a i l a r e l l a , d i s t i n g u i é n d o l a a s í d e l a s d e m á s d a m a s d e l a C o r t e .

L a r e i n a d e S u e c i a t a m b i é n l a d i s t i n g u i ó , h a c i e n d o d e e l l a g r a n d e s e l o g i o s .

Ayuntamiento de Madrid

46 Gran Proyector

T o d o s l o s n o M t s s e d i s p u t a b a n e l f a v o r d e i m a d a n z a , d e u n a p a l a b r a , o d e u n a s o n r i s a d e l a b e l l a P r o v e n z a l a , c o m o s e l a e m p e z ó a l l a m a r e n l a C o r t e , s i n h a c e r c a s o d e l t í t u l o d e m a r ­q u e s a d e C a s t e l l a n e .

P e r o n i l a s f i e s t a s s u n t u o s a s n i e l l u j o i n u s i l a d o d e l a c o r t e d e L u i s X I V l o g r a r o n f a s c i n a r a l a m a r q u e s a . M u y a l c o n t r a ­r i o , l a a t u r d í a n y Ja m o l e s t a b a n , n o a c u d i e n d o a í a l « f i e s t « , m á s q u e p o r n o c o n t r a r i a r a s u e s p o s o , - a q u i e n c a d a d í a a m a b a c o n m á s f i r m e z a . ' ,

C o n e l f a l l e c i m i e n t o d e l s e ñ o r d e N o c h e r e s c o m a d i o e l n o m ­b r a m i e n t o d e l m a r q u e s d e C a s t e l l a n e p a r a m a n d a r l a s g a l e r a s f r a n c e s a s e n S i c i l i a .

P a s ó a l g i 'm t i e m p o s i n q u e l a m a r q u e s a d e C a s t e l l a n e s e p r c s e s i t a r a e n l o s s a l o n e s , h a s t a q n e l a f u n e s t a n u e v a d e l n a u ­f r a g i o d e l a s g a l e r a s f r a n c e s a s e n S i c i l i a , c o n l a m u e r t e d e l m a r ­q u é s e n a q u e l l a s a g u a s , a c a b ó d e a l e j a r m á s a ú n d e l a s f i e s t a s a l a b e l l a v j o v e n v i u d a .

Y t a l f i i é e l e f e c t o q u e p r o d u j o e n l a m a r q u e s a l a t e r r i b l e n o t i c i a , q u e c a y ó e n f e r m a y e s t u v o m á s d e u n m e s J u c h a n d o e n t r e l a v i d a y l a m u e r t e .

D 1 " R A N T E e s t e t i e m p o s e v i ó s u p a l a c i o i n v a d i d o p o r l a s m á s s a l i e n t e s p e r s o n a l i d a d e s , q u e a c u d í a n , s o l í c i t a s , a i n ­

f o r m a r s e d e l e s t a d o d e s a l u d d e l a i lu . s t r e e n f e r m a .Y a c o n v a l e c i e n t e , m e n u d e ó t a n t o s u s v i s i t a s - L u i s X I V , q u e

n o t a r d a r o n e n l l e g a r h a s t a l a n o b l e v i u d a l a s m u r m u r a c i o n e s q u e c o n t r a s u h o n o r s e - p r o p a l a b a n p o r t o d a s p a r t e s .

E n t o n c e s , c o n e l p r e t e x t o d e a t e n d e r a l c u i d a d o d e s u s d o m i n i o s , s e t r a s l a d ó a A \ - lñ ó n , p e r o h a s t a a l l í l a p e r s i g u i ó

p u e s t o q u e L a n i d e , a p r o v e c h a n d o l a e n f e r m e d a d d e a q u e U a i n f e l i z , s e d e d i c ó d e l l e n o a s u s v i c i o , s y s e p a s a b a t r e s o c u a t r o d f a s s i n v e r a s u e s p o s a . E s t a s e e n t e r ó p o r l o s c r i a d o s q u e n i d e n o c l i e s e r e t i r a b a e l m a r q u é s a s u c a s a , y a q u í s u d e s c o n s u e l o l l e g ó a p e r j u d i c a r b a . s t a n t e s u q u e b r a n t a d a s a l u d .

Y a c o n v a l e c i e n t e , t u v o u n a e n t r e v i s t a c o n s u e s i » s o .— T e a n u n c i o q u e t e n g o q u e h a c e r u n l a r g o v i a j e — l e d i j o é l .

— ¿ S i n m i ?— S i n t i .— E r e s m u v c r u e l .— S o y l o q u e d e b e s e r u n h o m b r e p r e c a v i d o .— N o t e c o m p r e n d o .— ¿ V a s a a b a n d o n a r a l n i ñ o ?— N o h e p e n s a d o e n s e m e j a n t e c o s a .— ¿ E n t o n c e . s ? . . . i r e m o s l a s t r e s . Y a v e s , e l j j e q u e ñ o n o g o z a d e m u y b u e n a

s a l u d y u n v i a j e a s í l e v e n d r í a m u y b i e n .— L o s c l i i q u i l l o s m e m o l e . s t a n m u c l i o .— L a n o d r i z a s e c u i d a r á d e q u e n o t e m o l e s t e . ¿ N o d r i z a t a m b i é n ? ¡ E a ! n o h a b l e m o s m á s . E s t o y d e c i d i ­

d o a h a c e r e l v i a j e s o l o .E l m a r q u é s p a r t i ó s i n d e c i r s u s p l a n e s n i d e j a r d i c h o a d o n d e

s e m a r c h a b a /E s t a b a y a a u s e n t e d e s u h o g a r a l g u n o s m e s e s , c u a n d o la

m a r q u e s a v o l v i ó a d a r a l u z u n a n i ñ a , s i u t e n e r e l c o n . s u e l o d e q u e c l m a r q u é s s e h a l l a r a a s u l a d o .

P o r f i n s € p r e s e n t ó , p a s a d o s d e s m e s e s d e l s e g u n d o n a t a l i c i o , v f u é p a r a p r o p o n e r a s u e . s p o s a l a c c s i ó u a s u f a v o r d e v a r i o s d e sm s d o m i n i o s , a l o q u e l a v i r t u o s a y b u e n a m a d r e s e n e g ó

Inmediatamenfe cerró la puerta por dentro, al mismo tiempo que su hermano se ponía en píe y desenvainaba la espada.

- leñora - exclamó el abate, - es preciso morir: escoged entre el fuego, el veneno o el acero.

l a t u r b a d e c o r t e s a n o s , m o l e s t á n d o l a e n a l t o g r a d o c o n s u s i n t e r e s a d a s p r e t e n - s io n e s .

E s t o l a d e c i d i ó a r e t i r a r s e a u n c o n v e n t o e n c a l i d a d d e p e n ­s i o n i s t a .

A u n q u e t a m p o c o l a a b a n d o n a r o n s u s p r e t e n d i c n t í s e n e s t e s a n t o a s i l o , d i s m i n u y ó a l m e n o s b a s t a n t e e l n ú m e r o .

E n t r e l o s q u e c o n t i n u a r o n e l a s e d i o , f i g u r a b a e l j o v e n L a ­n i d e , m a r q u e s d e - G a n g e s , b a r ó n d e L a n g u e d o c , g o b e r n a d o r d e S a n A n d r é .s v d u e ñ o , a d e m á s , d e u n a g r a n f o r t u n a .

I . a s e x c e l e n t e s c u a l i d a d e s q n e , a l p a r e c e r , d e m o s t r a b a , s u r e s p e t u o s o c a r i ñ o y s u s p r e n c t e s f í s i c a s , h i c i e r o n n a c e r l a .s im ­p a t í a d e l a m a r q u e s a h a c i a é l , s i m p a t í a q u e n o t a r d ó e n c o n ­v e r t i r s e e n a m o r , y q ü e , a l f i n , l a d e c i d i ó a e n t r e g a r l e s u m a n o .

I , a b o d a s e c e l e b r a b a e n e l a ñ o 1 6 5 8 .

PE R O l a s e x c e l e n t e s d o t e s c o n q u e e l m a r q u é s d e G a n g e s c o n q u i s t ó e l c a r i ñ o d e l a m a r q u e s a - v i u d a d e C a s t e l l a n e

n o e r a n m á s q u e a p a r e n t e s .E l j o v e n L a n i d e e r a u n o d e l o s h o m b r e s m a s v i c i o s o s d e

a q u e l l a é p o c a . L i b e r t i n o , j u g a d o r , d e s c o n f i a d o , i m p e t u o s o y c r u e l , a p e i ia .s l e b a s t a b a s u g r a n f o r t u n a p a r a s a t i s f a c e r s u s v i c i o s .

H a b í a c o d i c i a d o l a b e l l e z a y l a f o r t u n a d e l a c (u e y a e r a s u e s p o s a ; y , u n a v e z c o n s e g u i d a s a m b a s c o s a s , a r r o j ó l a m á s c a r a c o n q u e s e d u j o a l a i n f e l i z v i u d a y v o l v i ó a p r e s e n t a r .s e t a l c u a l l i a b í a s i d o s i e m p r e .

L a m a r q u e s a v i ó c o n c l a r i d a d , l a t r i s t e v i d a q u e e l p o r v e n i r l e o f r e c í a p o r h a b e r s e d e j a d o e n g a ñ a r p o r a q u e l h o m b r e t a n d i s t i n t o a .s u p r i m e r m a r i d o . S i n e m b a r g o , c o n s c i e n t e d e s u d e b e r , c o n t i n u ó s i e n d o t a n a m a b l e y t a n b u e n a e s p o s a c o m o a n t e s d e c o n o c e r la -s p e r v e r s a s c o n d i c i o n e s d e s u n u e v o e s p o s o . S e r e s i g n ó c o m o u n a v e r d a d e r a m á r t i r .

AI , t r a n s c u r r i r u n a ñ o d e c a s a d o s n a c i ó u n n i ñ o , y e s t e a c o i i - t c - c i i u i e n t o — q u e l e h a d a p e n s a r a l a m a r q u e s a q u e a c a ­

b a r í a c o n e l m a l c a r á c t e r d e s u e s p o s o - - f u é t o d o l o c o n t r a r i o .

r o t u n d a m e n t e , m a n i f e s t a n d o q u e s e h a l l a b a e n l a o b l i g a c i ó n d e c o n s e r v a r i n t a c t o s u p a t r i m o n i o , e l c u a l p e r t e n e c í a a s u s h i j o s . .

E l m a r q u é s s e p u s o f u r i o s o a l v e r f r u s t r a d a s s u s a m b i c i o s a s e s p e r a n z a s y .se e n t r e g ó s i n r e b o z o a l g u n o a s u a n t e r i o r v i d a d e c r á p u l a .

L a m a r q u e s a , v i e n d o J i e r id a d e m u e r t e s u « l i g n i d a d , r e s p o n ­d i ó a a q i i e l d e s a f i o i n s o l e n t e a b r i e n d o s u s s a l o n e s a l a s o c i e d a d ,a u n q u e e v i t a n d o s i e m p r e q u e n i l a m á s p e q u e ñ a s o m b r a e m ­p a ñ a r a s u h o n o r .

Sé> lo s e d i g n a b a r e c i b i r a l a s p e r s o n a s i n d i f e r e n t e s a l a m o r y a l a s ( ¡ u e l e h a b í a n d a d o p m e b a . s d e v e r d a d e r a a m i s t a d .

L o s d e . s d e ñ a d o s , e m p e r o , n o p o d í a n p e r d o n a r l a y e m p e z a r o n d e n u e v o l a s m u r m u r a c i o n e s i m p r u d e n t e s .

L e s c e l o s n o d e j a b a n t le m o l e . s t a r a l e s p o s o , m a s c o m o n o e n c o n t r a b a m o t i v o a l g u n o q u e l o s j u s t i f i c a r a , « e c o n t e n t ó c o n d e s v i a r s e m á s d e l a b u e n a e s p o s a , a l a c u a l m o l e s t a b a c o n d u r a s e i n c o r r e c t a s f r a s e s c u a n d o e l l a l e q u e r í a l l e v a r p o r b u e nc a m m o .

En a q u e l l o s d í a s d e d u r í s i m a p r u e b a p a r a l a e s p o s a , s é p r e ­s e n t a r o n e n s u p a l a c i o , p a r a v h i r c o n e l m a t r i m o n i o , e !

a b a t e y e l c a b a l l e r o L a n i d e , h e r m a n o s a m b o s d e l e s p o s o d e l a m a r q u e s a .

E l a b a t e e r a l i b e r t i n o , r e l a j a d o e i m p í o e n t o d a l a e x t e n s i o i d e l a p a l a b r a ; a d e m á s , e s t a b a d o t a d o d e u n a a . s t u d a i n f e r n a l i m p r o p i a d e s u s a g r a d o m i n i s t e r i o .

S u c o r a z ó n e s t a b a s e c o y s ó l o s u c a b e z a f u n c i o n a b a , c o u v i r t i é n d o s e e n u n l a b o r a t o r i o d e m a l d a d e s e h i p o c r e s í a s . F l n g í ; . c o m o e l c ó m i c o m á s e x p e r t o , y d e e s t o m o d o e n g a ñ a b a a c u a n ­t o s i e r o d e a b a n ,

E l o t r o h e r m a n o c o n q u i e n i b a e r a t a n v i c i o s o c o m o e l a b a t e , a u n q u e .s in p o s e e r s n t a l e n t o y s i e n d o t a n d é b i l d e c a r á c t e r , q u e s e d e j a b a d o m i n a r p o r c u a l q u i e r a . E l a m o r p r o p i o l o i x i s e í a e n g r a d o s u p e r l a t i v o , s i e n d o e l j u g u e t e d e t o d o a q u e l q u e l e h a l a g a b a .

Ayuntamiento de Madrid

El Crimen del Marqués de Ganges 47

D c a q u i q u e e l a b a t e l e m a n d a r a a s u a n t o j o s i n q u e e l o t r o s e d i e r a c u e i í t a . D e l m i s m o m o d o l o g r ó d o m i n a r a l m a r q u é s ( L i n d ó l e s a n o s c o n s e j o s , a l p a r e c e r , y p r o m e t i é n d o l e s o l a p a d a ­m e n t e q u e é l s a b r í a e n c a u z a r s u h a c i e n d a .

A s í , p u e s , a l p o c o t i e m p o d e v i v i r c o n e l n o b l e m a t r i m o n i o , e l v e r t m d e r o d u e ñ o d e l a c a s a e r a e l a b a t e , s i n q u e e l m i s m o ' m a r q u é s s e d i e r a c u e n t a .

I , a b e l l e z a d e l a d a m a h a b í a e n c e n d i d o e n e l p e c h o d e l a b a t e l a a v a s a l l a d o r a l l a m a d e l d e s e o ; p o r e s t o , e c h a n d o m a n o d e s u r e f i n a d o m a q u i a v e l i s m o , s e d e d i c ó a p o n d e r a r a .su h e r m a n o e l m a r q u é s l a s \ - i r t u d e s d e s u e s p o s a , l o g r a n d o a l í i n n o s ó l o d i s i p a r .s u s c e l o s , s i n o q u e l a t r a t a r a c o n m e n a s d e s p e g o y h a s t a c o n c i e r t o c a r i ñ o .

¡ B a s t a ! — e x c l a m ó l a m a r q u e s a e n e l c o l m o d e l a i n d i g n a c i ó n .— S i r e s i s t í s , v a i s a s e r l a m u j e r m á s d e s d i c h a d a d e l m u n d o ;

s i c e d é i s , t o d o s p o d r e m o s s e r d i c h o s o s .L a m a r q u e s a , l e j o s d e c o n t e s t a r c o m o m e r e c í a e s t e m a l v a d o ,

s e r e p r i m i ó y r e s p o n d i ó a s u s i n s u l t o s c o n u n a s u b l i m e s e n c i U e z ;— P u e s t o q u e , s e g ú n d e c í s , m e a m á i s p o r m i b e l l e z a , a p r e n ­

d e d a e s t i m a r m e p o r m i v i r t u d .E l a b a t e n o c o n t e s t ó , y , a p r o v e c h a n d o s u i n d e c i s i ó n , c o n t i ­

n u ó l a m a r q u e s a : S a b e d , q u e t o d a s l a s d e s g r a c i a s d e l m u n d o u o s e r á n b a s ­

t a n t e s p a r n h a c e r m e f a l t a r a l r e . ' - p e t o q u e l e d e b o a m i e s p o s oy a l q u e m e t e n g o a m í m i s m a |

E s n a t u r a l q u e l a m a r q u e s a n o t a r a e l c a m b i o v e r i f i c a d o e n s u e s p o s o y q u e t r a t a r a d e a v e r i g u a r l a c a u s a ; p r e c i s a m e n t e l o q u e e s p e r a b a e l a b a t e .

D e e s t a . s u e r t e l e h i z o s a b e r a l a d a m a q u e n a d i e m a s ( u e é l h a b í a s i d o l a c a u s a d e l c a m b i o d e l m a r q u é s y q u e a é l e d e b í a l a f e l i c i d a d q u e d i s f r u t a b a , p o r q u e a m á n d o l a t a n d e s m - t e r e s a d a m e n t e n o q u e r í a v e r l a p a d e c e r .

E s t a i n f a m e d e c l a r a c i ó n , t a n i m p r o p i a e u u n h e r m a n o d e s u e s p o s o y m á s i m p r o p i a a ú n d a d o s u e s t a d o , i n s p i r ó a l a m a r ­q u e s a u n a g r a n a n t i p a t í a h a c i a e s t e p e r s o n a j e .

A s í y t o d o , c o m p r e n d i e n d o a l a v e z l a s t o r p e s i n t e n c i o n e s d e a q u e l h o m b r e , l e d i ó l a s g r a c i a s p o r s u s b o n d a d e .s , a u n q u e l a e x p r e s i ó n d e s u r o s t r o d i j e r a t c d o l o c e n t r a r l o .

D u r a n t e u n a c a c e r í a , t u v o e l a b a t e l a o c a s i ó n d e h a b l a r a s o l a s c o n l a m a r q u e s a . A l l í l e h a b l ó d e s c a r a d a m e n t e d e s i i a m o r , m e j o r d i c h o , d e s u p a s i ó n y d e s r s e s p e r a n z a s p a r a e l p o r v e n i r .

L a d a m a , p o r m á s q u e y a h a b í a c o n o c i d o la S i n t e n c i o n e s d e .su c u ñ a d o , q u e d ó d e s a g r a d a b l e m e n t e s o r p r e n d i d a a l o í r s n l e n g u a j e y c o n t e s t ó s e c a m e n t e :

— S e ñ o r a b a t e , f i j a o s u n m o m e n t o e n l o q u e f o y y o y e n l o q u e s o i s v o s . C o n t e . s t a o s a v o s m i s m o y a s í n r e e v i t a r é i s u n a

d u r a r e s p u e s t a . _ , , i - - j i— M u y b i e n , s e ñ o r a ; p e r o u o o l i n d é i s q iS e v a s ! r a f e l i c i d a d

d e a h o r a m e l a d e b é i s á m í . P e n s a d q u e q u i e n L a h e c h o e s t o p u e d e d e . s h a c e r l o c o n i g u a l f a c ü i d a d , y q u e n a ( i e e n e l m u n d o

K x lr á q u i t a r l a c o n f i a n z a q u e e l m a r q u é s h a d e p c . s i t a d o i n s u l e r m a n o e l a b a t e .

y . e c h a n d o m a n o d e l a e s p a d a , l e d i ó d o s e s t o c a d a s e j t e l p e c h o .

A q u í l a f u r i a d e l a b a t e n o t u v o l í m i t e s , y . c i e g o d e i r a . s e a l e j ó d e s u c u ñ a d a , h a c i é n d o l e l a f o r m a l p r o m e s a d e q u e s a b r í a v e n g a r s e c m n p l i d a m e n t e d e s u d e s v í o p a r a c o n é l .

l , a m a r q u e s a v o h - i ó a r e u n i r s e c o n e l r e s t o d e l o s c a z a d o r e s s i n d e c i r a p e r s o n a « ü g u n a l o q u e a c a b a b a d e s u c e d e r ; y e l a b a t e p a r t i ó a l ( l í a s i g u i e n t e p a r a A v i ñ ó n . p r e t e x t a n d o u n a s o c u p a ­c i o n e s u r g e n t e s .

La s o l e d a d d e s u r e t i r o e n A v i ñ ó n h i z o q u e s e l e p a s a r a e l d i s g u s t o a l i i m o b l e a b a t e y v o l v i ó d e n u e v o a P a r í s , p a r a

c o n t i n u a r l a i n i c u a p e r s e c u c i ó n d e l a m a r q u e s a .E n t o n c e s o b s e r v ó q u e s u h e r m a n o m e n o r , e l c a b a l l e r o d e

G a n g e s , p a s a b a h o r a s e n t e r a s c o n v e n s a n d o c o n .su c u ñ .a d a .E .s t o l e h i z o p a d e c e r l a m o r d e d i u a d e l o s c e l o s y r e d o l d ó s u s

a s t u t a s i n d a g a c i o n e s .s in c o n s e g u i r e l m á s m í n i m o d e t a l l e q u e p e r j u d i c a r a l a h o r r a d e l a d a m a .

T.O q u e o c u r r í a e r a , q u e é s t a , v i e n d o l a s e n c i l l e z d e s u c u n a d o , l e d c m c s t r a b a s u s 'm p a t í a c o n v e r s a n d o c o n é l y a g r a d e c i é n d o l e i n t e r i o r m e n t e q u e n o a e p r o p a s a r a c o m o l o h a b í a h e c h o e l a b a t e .

M a s i a i n c u l t u r a d e l c a b a l l e r o l e h i z o v e r l o ( l u e u o h a b í a , c o n f i u i d i c r . d o <1 a p r e c i o c o n e l a m o r , l o c u a l u é c a u s a d e q u e p e r d i e r a d r e s p e t o q u e m e r e c í a l a d a m a , a t r e v i é n d o s e a i i i s i m a r ; e c o n l a r u d e r a q u e f u e s c a .s o t a l e n t o l e d i c t a b a .

F .l a l a t e , c n t a l o d e t o d o , l l a m ó a s u h e r m a n o y l e d i j o : J e c r n s a q u e a m .í i .s a l a m a r c ju e s a .E l c a b a l l i T o s c e j u e d ó s i n s a b e r q u é c o n t e s t a r , y e l h e r m a n o

i . r o ' i u i ó : , , .( C o n t i n u a e n l a p a g i n a 8 6 )

Ayuntamiento de Madrid

D E L M U N D O

o=:á£SD D E L D E L I T O

A ¡a izq u ’erd a : Un paritnno Inglés rezando, «titt una de laa puerta» de la circe l de Winchester, por cl alma de un reb recién a|ustlclado. A la d erech a : En Varsovla se ba seguido un sens'dllonal jjroceso con ­tra una alta personalidad polaca que bahía contrafiicí matrimonio siete veces y vivta a un dem po con sus siete esposas. Eo la íotografla apare­cen do» de ellas que, al salir de prestar declaraclén, se ocultan, aver­gonzadas, a los objetivos íotogrificos. - A b a jo : Una escena de las elecciones alemanas. La policía cacheando a los electores en plena calle para evitar qne. además dcl voto, lleven orulta alguna arma.

I

so

Ayuntamiento de Madrid

n a

re

©

0 5

■aL.Vre

(§a

Ayuntamiento de Madrid

Í 2 r e - r 9 ^

reoi-to S o o

t o o ' t o ' S -^ t a ' it i p B . o , M S — ra S ra ta p •<*ra (1. -t p r t - ^p o P ra raP- P. P 2 re ® ta P fl HS+ c r S B ra ti3 2 r a t a “ . §

p 5■■ ra ra g . t iiS -S -r e P ® - B !L o p*iw Pf l “

IH i

^ ?

p ^g fl

tira

-i ti pP B- t o P

• ra f l -t i 3Cu ÍO'S - 3H t i

° S - r S ' t i

P “ f t a

t a P * P B O 3 B . a | t a t i 5 .

“ - < ? ! • £ I 3 .

P 3 . 2 ^ 5

s - g -. rtlA

U« 1 rra TOH ti p 1“ ^ ra ra p P —>-t c r t a?r ÍLS

5“ rt Cu r t i-tH ^ w M rt

ÍUH^S? & p 2 5‘ TOs.&iP'F

W ^ rt QK

“ - 3 - Sra S ( 1Í?(TO S”c r p c u t i t í ra * ,3t i ra M t írt- r t t í Htí tí ti tí

sort«

teocrraB -

ter - ,3ra»*Qrtrt

P t a . B i P

re tí ra títí a ti ti rt 5 o ra 2 .• 5 -ra ra

I § : I gp rt , 5 Irt> ®

ra fl ratara g ? pra pi o ra- rt o w u ta? a - f l ^ 5- p tí . g 2ñ g ' í ’B . t a tí 2 . ' P B c r - , 4 N ra i—. r e r e pP P ra ta BB 8 * 5 ° ra r t Q C . .

f l S i l Brt - •

B PM ^ rv. M ^B i? ^ O P

f l - «

p B ^ g t aw rK p rt^ g - ^ r e a

ra ^ 2,§^.^3 g £ g - 2.

"*■ t i M

Oe

tu

Is

DP(*«>1?*OP

Ayuntamiento de Madrid

T 3

t q

( 3

ff00

0 2

■£3uVffo

0 2

s«o

ffl f f tí , f frt ,,7 n f l rt

9 M n f f

m iS f í - S ' S f f - H f f'r t 0

A^ rt 'rt'rt o rt Í 3

•tí f f S c = « t í s , f l a rt

" S. rt. iH

rtfl. t o t í

Utí O

S 5¿ .ffl f f f l ffl.; - § 8 ^ ; S J 8

o O o fl

> f l . 22 3to

2 r f l rt m f l2 '

f f . r t

; t i

p rt rt rt yj* rt

f l ¡3•tí rtíffl rt

ti rt

toff S P f l ir.f l P2

P 4 » f l-fl «¿ff fl

- f f tre f l rt t í • f f - t í f l Jrrt 'Q

'<Ü f l ”?t i 4> t í a

a - r t ^ - 2 t i»H A k ffi W

f f rt : f f

f l f l Q - D" g rt

rt ffl ss l / f l S S i i g 1 . 1

ff toff fl rt

2 o ® ,2 ffl .ü ifltí tíf l .Q «iA« ^

rt - r i 4) w rtw 2 a

2 t i , - f f >Yg ¿5 f f - S ^ tí^ rt ^ H tft trt *1

!>0, .t í fl ' 4 2 42 W . 2 ■ B ’ ^ a

rt . a

rt£ '* ■ '3 a f l f f

10

to rt

^ • 3 l | f f < ¡ f l ' l S gtí o ti

ff fl8 . S

fl P. fl 2 >4) O

ffl tít í o rtr t gO

4 tn- 5 O

£ ’i 201 O) •

UI

ü d M 4> ,ffl t o

t o

f l !> • rHa8 s!S / « S i í t o t o , . _

^ ^ ^ S - § | S

• a f l . 2 t i « ^ d f f l o . a

: a

ti p ! W S

f f

- S

• g o §ti tn -ff

O ® ti ' t í

O ti t o g f l o ^ f l , . Vtí rt f f

ti tí

f f i^!ffl ■

rt 4) o;¿ p . a ' f l fl

tfl Q rt rt ^a C fl t o g to-i

r t - t í'O t o

■ f f . t i .f f - f f fl átn

f f S O flf fffl''3

ti bc a f ft o

o*

ti f l fltí ti

: p a E ffl o tit o ü t í t i f l tí- r f f f f . t í ,a 5

g f f p .6n

O ffl -ff rt ' OH <i) rt cj “f r a l f l - e ® P >

,►4

tío - t í to rt t o 'f l 43 f f

O ti

> ^ .2 tí 2 f l “ " ' f f t í a - gf f O - f f t o

co 41 rt -tí43 ^ V- P 4J OM Q .»W jm/

2 g fl 60 P Ey rt

t i >ti ti

f f rt fl i"® t í-,2 rt f fl « g

fl fl

. § fl > t o g t í o f l

2 ffla 'flM _ít o

-y f f i f t í fl f f t o 'f l f f 8 S t i i S a t o g . ’f l - a f f l ' B

E ?1 . 2 P t i ffl rt 00

‘a-^ . t íf l s>n

rt Ó 4) P

, — W j %4* O 1 ti rt t í •—•rt ti

rt fl' - 8

ti . . tn ffl ti ti .t i

«tí rt” a 't o I . Q

-f l 2 a . - f l

> f l 2 t i t i 4 2 r t t i- - S a i . - s f f l ^ - '

-1 43

M iliV ^ '■o 'fl rt rt as-i a "f o f ff f ' t i . a ti

g fl -tí a >,rt f l -ti

a t í t i •b SiH a f f

tofl

O10

•—. W4ff rt ti

E - f l fl tñ "Pt í ti ' f l

“ tí « a" rt tíH f la

p jt í f f

o ti fl f l . g

rt ..r

- b

HS ^ ; . ‘ 3

“ . ti tití á p“ si= f l ® fl PQJ >H

*2rt o *3U) 4J43 rt 43

t ' l i sti 2 fl ti

t í

rt t i t í tí « -tí fl fls 2o o

g Ifl§ f l - i

, f f

f l f g f f S - S f f « f f l - s ' f l f ltítíH . ' s S i i i c ' . t í - t í a ^ t í t i

f l f l •Q t i

a . | « . | . ;

g I : p : - i l l . Í | i | s i | « “jg.3 so-zi, “ p | a p 3 | < | gp - | g | 3 | B . | p i , S a o g ^ g f i f í l § ” = 1 ! H " . | Í . g ' a g - H | « M I B - S

a S I ’ s a i i l s l ' B . s l s a P o g s s l l a l - a S R - á á i S

f l fra 'f l ’ S i O a ® . l . s t i - f l

f l 2 . s ’ f f a 2tí tí P 00 . rt fl

f l . E a w ütn a

a , f l rt ' ^ f l t í f f^ . ü - g f f l M g . o

• 5 -tí = it o . , - t i í> p

ffl 2 t í - t í sg f l t íf l a h/ ff ti

• t o f f u ; > . a - s a a ^ < 2 a f l t i - t í ffl rt o » ■

Ayuntamiento de Madrid

r í rt.p p< p-I ti- o I tn r í rt

_ p

k ' E sH f t f l

fl ^ re ft ft fl

^ 5* 3ft to 6»'5 - » " g

-f l g c Í Q - S

§ 'p

< o. á - r eo g

B B B s-

• W ' f t r íS w B Or e s , t í - r í ^

§ B g-s - f fP5 W

B'SP B"O r í

P

*§ ■ g ü

0

1 B'B a f r -S 'g S

— X ’ wf l ; [ O r í H f l . H r e

^ 5 ? f t° f l 5 o fl>©

B .o PP ft N63 O ^ P- I s -

W P“ ' ! . ft f f l - 2 . Sjj* ? r í » '

ft afl ft rt-B.H. B r í

Ptn rt

OT S

- ' S . p

r.BII a Brt o Pp

8

i I *5 f w g ' gS O- rt teP M* H te rt p te —

H 03I 5 ’ 3 g

r í S - S °

: B s | s :« r r e ” cH B a o.B « - 1 . ^

i B 5 S

frre 2 »ís.rírt

P p rt ®•<i B i fl'Br í to g ero S ft Q ft ft o fll i r e l r t i a É i ^ ^ gO ' p S g . o f t f l r e g . f l

►^gre f l a H B ■ •

<i p

r í f lo ft tn rt

g - S - o

rt p- ft r í rícrote fft .A te» A ■é B.®r í p g en g r í f t o

s- b u B g 'S 8 g- B a. B

-• a r i fl r í Ig N rt i. H

te ort O i w O

Q* ^f t r e p

>s B gS*2

ft N

ft re B pP H B - a r ífl stn rt. 2 ft' rí fl

W r iIH ■- f t r íí t r B 'Éo P rí ft H B *° P £ p a 5© J a B . f tf t r e M Hrt “ 1 H 5 .

-H ü3 rti*' Q . t e “

g r í f t s “3 B| . f l f l S - ^ - B ^ g * £ . g

- r t r i ’ p

" n-B É f l s-Bte rt

'(« B f lg. p

pB* ' 3

Mflte O HB O® p b' H rF

— O hj N O O r i »

f t > '■b •■ g --re . g*r í g W hP fl 3 .

| i - . u ^ f lB í o - P H f l g - í u o

H^ 3rt r t ' r í tn O

3pftT

f l Ba f t3 r efl rt

B §^2 'f l p 3 a

r s ^

x3"

r*>

fl B lt

l l t ^ r í S 3 If l - B * » f l 2

3 . rt“ f l r i fl a-a o r í . ■ f®

2k3 ^ 5 5-fl ^re ? g-'~ f l ft í - e - Q r í B r í -

g f l BPH r i s 3 - p 8 r i '¿ W .a -9 ®‘ s .re re- p. £. í ' r f

Oi pteH rtrt 05 rt W tr- p P Oif r -—. fl fl B p V

rt típ rt

r í| « r í rtrt títí ft

rt ero W p

Ss-B, "V» ft

•V B Sr í ftOP reO

B.03

P•-U

P03rt

f lS

r í §*

^ «O* P p vt n- p

^ I bft rt ft “r í & , »- p

a . r r i B . f l ■'«í S ’ S ' S ^ f l ®s g - S - o f l

ft

t/3

•r»sp

o§*

r e l i ' - S ^ft.re 2- p* o* ñ ,

B 3re 3N .. f t 'N a rt. O

P

•'U p

l i prt oh d p ^ rt‘5 r^ rtj« 8 tp ?>©■ r í g f t ' P . f t »

HJO>

re>

c¡%ÍTgo

r i B ft p a >; o •2 I o r í f l B -.g^o3 £ Í3. p 2t rí 5 - f

fl B g-rn (VI ' •*

o rt p . ft p

B 3p ftf li P .W '.i.£ S r í r í

ft, ft

o ft o P

g í®oo

rt

03

frt re ft fl B

ft r í ^ S

B ft flP -ft

r i Sft flB rep r

' f f f ' o

3 r í o o

r í p .re p fl Brt <j ftp op r §r í ft fl ft rt r í Q — f?

ftero

r i £ 2 o f t ^ o B r t8cro a r í 3 a c rt-fliQ

p '

2rí»©

rt fl r i Or í <j p r írep ft r i ft OíB rt -t tí

i

•e p rt fl r i > r í rt ^ BP>S gg P ft fl rt <tí B p ft O .. tí P

‘ fi p 2te I-- te.te 03 te- P t e CJ*3 rt I

' I f " ^ w

¡ 4 s ' .•.fl re ■ r i

“ [rt®' - . kJft p

, ft

d ' í ’ rt) CLP H^'fl >3 ® p >re p § “ P 2 .

o>a 2 t :p p • r í w r í O a fl

5 ? - r ig g r e ^ l r t f l f l ’ i & f l “ " 2 - a f l -rt r í O'r i r e o . £ • aSr* o teft t e - fl H P ■o r e ” B° rtXI g •

ft B

r í '

o r í re3 re a . 3 B_ tí <j rt

B a B “ B 2 . Í

| 3 ft §p u I— ftptí

§ . ? =

B «fl- 3 É 2-crofl r í ‘“

f l ' H ®i i ' f l

f® r i p® H re

r í oft' rt

o «rt P W 2 . ^ c3'-

3

S " flB 10rt ríkQft £1

g » 5.3 3 grtB o ^ f l r e ri.ft a ’ fltí rt. B

o- ft

s &■ Q I S 2 i . i * ° Í s s g l 2l | Ste á O* ^ rt rt O i H

O 0 fl r í o g rt B

£ - 2 .

>9 rtjre a n ft

o P S ? 2 §*re-cro e r í g re ' ^ tí o ft3 S g . B* g

■ t ^ . s g '® gkP

^ t f J ^ f l S ' g

" g ' á o*<¡ o

•re-;, fl ft 8 p 5L B r i rt. P m r i r í

Ooo| i - l ^

P ^ g ^ g S -Hte Q P+ w ^ Io 2 o c r !a — a 03 '£ o g - g ft .

013 r í r t P o B rt- _ r í S B O M ff, Oé ! . í 8a S p r í f l

3 rtft

g B t i O f l f t r í P

§ g 'fl 2 fl ° f n r i ^ r e . E

p•“ rt- a

p Bo r í B &' tí ft P.

tev .- 05 HO^ rt.

. rt

a ss oe*ft fl

r t .a . fl3 ^ 2

. P B o5

B fl 8 p í tíft. fl

g-gc ¡ ft a

ft r i a 6.r í rt- ft ft ;a - ‘“ S - 2 S 'o rí 3 fl n .

S ' r i í á .

rt-1s s g^ fl fl '

I g ^ s i i ía f r í

f l - S '^ o . r i l 2 . fl ft ft rt ftp a B ■ 2^ £ . o ^ ^ 8r í rt, ft • B r íft rt !?' rt rt.á 3 g l r e - 5

l i f i i »'re n I ' ’‘ r í r i 2 r e rt

2 S

•p ti

—. ftr í f t a

2 * ^ r í P

ti' p r í a rt. o-o r i ftfl s

p

§

— i .» . r í

t® MB ft

fr íreft

r í

«<¡ o _fl p ’ r í -.1® og g

aft 3 o rt reg r i Sft p I

3p.

■ft »B r e

Ort ftr t r tO flft rtrt r í

P ft £

<“ .rv. r í>9 !ti$P®- B « 1

O a r í

B g-fl a

ti? £

ftp rí«<f B fl fl 2 3 f+ a p ft

ft

ft

frt>co

p ft ft tí ero r i:ft' o ft

ft a r i „ 5 . p 3 S- ft fl í e ,Q. t i .r ífl S flW 03 ^Q fl ^a r í ^ H - r í g *

D rt

to ^ rt O . r t £ - § - p £

g 8 o fl §*

re re y i

" | g | |e-

p ort

rt- 5*rt ftrí«< p a _o tía.:

ip f t .’ ’ ft p ft tí

fl rí1“ o ft r í

re “ O re aw te * o rp Ort 5 2 - rt a Q. rt ft a,

ft0 ft-O ft1 2 * ^ Q ^ fl rí o ftg r í » r i 5 “o ft I ft' p

Oeu>

fij

3o*rtet

■ HP rt rt rí

iQ r í rt ft

g ' l i P B-S g a g g*p 03 Hi. y ,

^ O tí y E.2 r í a I r í & r i - g - | 2 - f p o - P r í

a .ft

or -r i3

re

Ayuntamiento de Madrid

N .N ,

< s

c2©

au

re©ta£

f l f l a

reH ^g r eta co©

rtl§

s

HS ¿ i a a© fl

2 iK l4->

I© ©

r>reI a'- Ítn ^ I Ñ i

© — ' • 43 © n-. b^ /I)

■ § | ^ S *d rt tn

? r t - ^H COa a '?2©

a . 5

i srt ta

l i lCfí

A h^ o ■*2 ^ B c í

ü rt^ f l © 5Pi re rt atn •»"O -a re• rt r t

. tn •!♦.© f l “ f l í ? O

to

, / . r t - r ! 'O t a

a go t a

t a © ^

! f ld •-■' ^ % - ^ S f lo a ©

A

T3

1. .o^ C5

§ -^ •rt o

.© f l

r t D - S

° rt o fl ■t a t ” ^ !

Ia f l g - 'S rt<D O

© • c 'fl--3 8 S S ^■rt d

o ' • § r er t t a f lr e t a g , 8 M ?© j s n rt

• 2 í § * r t

•ti ^ s• - rt Wt <L> ^ <Uy j M ^ Lhrt

ir e © " 3 rtt© — '

't a © 'B A5d "Eb8-30 ^• w^ B‘re

I ^1 3gi d rt

^ fl o' oa Ñ-

• E b ^ r t

2 o ¿ ia a ' S ! I tn ©

t a T 3 © re d rt a ü f ^ t a t a E rt o 3 B* ^ t a S o - a _, r trt © f l tn© tn © rt

" ^ r e f l r t f l

rt fl8rtota©£

rt

•3 rtrtfl rt

fl .2Es

© rt

" e > '

rt >0 .

a |: g a© tn

c 5 O ^ r e

1 o. I * »

&tn

• c•rtf lf lf l©

i

tn ©

f l o ' ^ rt © O - t a f l

3 fl' a^ : s t i r t - a f l s t o §f l rt

‘S ’ H at a 3 o ©

f l - .B

'2 ° rt Ulr e drt wrtj • 1-^t> d t o

« o ti

I I " I© W á j ot í f l tn 6 ti fl rt

¿ f l © f lr t - a 3 . «© a =^'cS t a t a « ■fl « r e -t i tn g ' Sg t a ^ f l

1 £ g ¿“ t a t i fl o “

t i rt©©d f l

5 o>

(fí

3 |© rtS f l e r gt»* a

tn

.w r e

f l g f l 2 §^ a a 43 ti

t a t a -

s||s:b * a t a

2 :3 o^ 4^ *lJ 4J ^ (/4 .

^ V NVp y> ' a t í

r t R ’ S ta i? ©c3

2 enO aM a g o a ”0

art

tn

f i

• § r e l ? | t i W “ ‘ 3 3

Ot í a a 2

o f l rt

a• © rt rt

t a . r e - ata © a © ta© t a © rt ^V , irti rt o-Sij as© < í rt t a t a f l r e r ea I '© rt »

•rt ' ' c t a f l v¡ > " f l tn t a Q © rtf l © tn ©

©O Q

"Sf l t a t a rt

t a i r e ' f l ^

‘•B S Sre1-H rt rt

. 'g . t i - grt r t rt © t a

■ ^ 1 t i g

2 § " t a g r e f l rtt í <y Lh

l i © o © a flta ü < -f l o

Qa j¡ a a ^ 'o 3 t a g t a

t i rt ,

a a 'ti . 2 1 t a

rt f l 3 a t i I .M ' f l bX) c r © «¿

S © ^ t at í '

t í C • S * ® © rt

re -^ 2 © - a w g ' S © rt r e •

© n « © ©*© ta -red - i* t s a^ a ©

t í-> w A O «H «'O - í w. g f l r e a

t í t í A

O ' SO

O o4-i

A I H - í ? ' Bt ít í

1

tí y;iS rt 3 S ^A j a OJ t í tí © 1 « ' ° ^

- l t a i ‘ 1

2 s I

. I ^ S r t - S r e—I Jj r t

- S r e ' ^

d o o - pd "fl © tn

1- o^ B ta -a 8 . a © a

- 2 © S t a . a *crt © o t i•H flJ X rrttare-9ta a

tot í

o ;

tíc ;oÚi

g S |§ r e g

a ° rt a - t iQ a oj

© rtt a rtrt r trt r to

^ Ñ

. 2 2© rt r t tn ©1ht a

I I a l

£ 2 ’ Ñ C •rt rt

rt . a ©

* a

8 ^

- . « a r eCO x-H o© r e r I i Stn t í L.*« a rt

fl tn oa « o

t i r é © © rt a

8

o or e r e

S 3 . g | | | § § 5 & ^ g | i í t a t a

0 . " = © M r t t a 3r e * i y f l

r e 5 rt o

' ^ ' 8 - 1'•© Vi Sio , © t a M 3 t a

O ^ rt* ^ a_tn s g r e - ~ ==

rt

rt r t

■y 2 a " a

tn rt '© '

I s t a- 4 3 tra

o o -

j r t a-.'oo ¡ra 5 o . rt ♦fl O fl © -4-> rt® B t a

rt “ 1- J i r t t a

t í * c 9 tio

— t í 4»-H . t í , ÍH

'^■SreS, „ -

a t a © f l r i "

«.iH «_1

' t í

fl^Sta g— © • a t a

a © ©

©

r t - o -<j © 5 *2 rt rt S « rt

i l l s s l p l l i á

t i > f l

“ © rt Ü g Q- o s© t a r e

- a .& i S :s « ^ ©

b © S tn 52 r e t art f l tn -Pa “

- _ - o-4 v P ^ t/it í Crt 4J

I

O

0>t í t ífl'Sta © r e t a

a p<ré "S "* ti J ¿ t í cQ 4 h f S - 2♦T3 +J V ^ “

I

i i la E * a3 cr 3 t i © y

IiAit

I6

HaU

Vc

-£2ku

t aoOí?

«W l«o

©vj © t i ©O •*•* ta t 5 f la d r e ^ t a

n a rt rt t a _ . ' f l ir, © •ta r e a © © - a

^ . g r e o ®- S f l r e g - S ^ ' o a a-g g ^ 3 U t a

a I p ’8 2 ^ '0 g n t a ! _ . § • < ©

'O d d ‘ | j v . ' f l 2 rt bL* >13CL flj

I | t i ^rt 3 > 2 O

13 o ; ^ « t i - ' O co

O

03t íCO

tt í

a '^"titS^ d'ré13 ' t í co 9

© t a

i o © ta 'O" S ©l'Ef l - g t a f l a

raí a S a

rt rt

rt S ©

sMt i _. © d 3

i r e gr e

t a « 2 ©

o 'bíi

rtd o t a3 rtÑ - W . S

S - a " S i - f l “

■ f l j co

a a - S a a - o . g

■tí 2 - 3, § ’ S 5 § . £

B ' a - t a ^F. y M

« 3 wfl gre . © ga r e a ^ . a g T ^ S

^ © - . t i o o 25 1 .«<s|í3rt . a r e

1 ^ 2 ' g t í f lQrf t í « a« t o a;o o r e

S r e rt' t í t í O ¿ O

8 . 2 £ • 3

o £3■ | t a o 8 t í *-< t í 'D t í W

t i rt 2 . a f l

t i " E g - f l - ^ j a

i l i i l i■fl 2 -C © a rt.re" ‘ ^ a ' S o - U© « r a . © g

©

ioy

tn O tn

•• 8 •tí d - Ñ >> t a

S l | | |

l . i . 2 "© . ra

ti-q bofl £ g 2 © ^

■ S i 2 , g ¿ j a ^ § Í 3

H S . " Cd 12

g A V. i - t

Ayuntamiento de Madrid

Oo

< !

o*

fli

. Oo

a

to

C-H

P»te

Ayuntamiento de Madrid

0 \te

T I

2ti

tifftik.tí2

^ ^ Vi (fi ¡

“ ■ S - 3 , 3

f l t e f f 3 ®

- ' ~ 8 52 2o rt tí g fl - C S ' + H t í - '

fl fl'fl ® SS ci a ti fltí'C.ti o'S) ffl

N rt t í ffl' > . t í t í fl

^ 1 - 8 t i

8 S m

o ffl $ a-a "o

« t i t í t i - t ít í ffl _ •=

. 2 .■a yu ) xn

, W M |

rt ni

t o ; o | - | ffl

. S ^ ^ '3 SS g f f l " Oto.S g a 2

t i 2 o g

\% t ■ I1^ i ( 3 N 3 H Í ^ '

>Xo

« s

<O

ou .<CeíOo<suz

u

tíu

I 3 - 8 Sff ff a

aC S t í - "

o - t í f l

o'-a S ^2 ‘ Ti” S ti 8g - ^ S ^u 0 ) qjpH <y d «1 rtrt HS 6 o

J i= ti o b d 9CL Ü d3 ^ j t íSI fj* S * 2

rt srió f l - t ío S '"- ffl^ ' r t - 2 ! ® V i s S ^ 0

a á ® sB Op

1

O T O

i ' ^ S g

IZi'SffI a § '

a-B

^ '5 rt 2 g s tí -gS) 4r-g|| ^

t i ’^ S f f t í f f t i

rt « ff fl9 ’ wrt O

f f l - £ v t i .

a. fl ti i 3 s -fl'®' *¿ «ti

■ fl « t í j [ , t í rta - 1 I í" ■ir',*" tí ti tio ti fl oy t í f f ff

flJ g - o■ra « ,

.9 t i Iffl ■ S t íOT Q . U — rt O

o ti o 5 ffl

rt - a b o H

>

fl

a

ti rt rt

Á°£ f f l rt

f l , 2M f f•*»Hrt O

<13E f l f l* ^ f f tírt fl tiá < 2

. . f f 3 ti

s i o" - G d 'O ' do " b — ^ b/D o H«•ag a 2

O ' f c t d o . -

. Z . 2 . « t i r t í f l

l i y l ! 31 4 1 1 11 ^1

. 2 G t í t i . p , . ^ t i

1 - g á a . S J í » g-S ° | g

I43

d•■HV)

• S t ío rt

’ S . ' ^^ o o f lA g -

'O' d43

&■

r t t í g f l

3 rto " d ^ ^ rt r t ' 2

t í ° §dJ UJ rt® t í ^r t . S P

■ « 3 »VJ ü rt

<Ji" 0

« g rt o y*'g s 3 " ®

5f> f l o 3 rttí< r t - t í

■ t íf l r t O "

^ 'O ffl f f

fra SP t í> rt

rtf f M60 a•a p-

X j 2

rtrttí

rtrtOti

t í ■ r t ;_ " t i art -tí

' c f l 5 OS i ^

« n a

i ! '

Ayuntamiento de Madrid

. r tK j 1 P

>rt 1 rt

, . S

I I

§•?

WOcrft

s?3ft3*Qrt

re ri £ SS r e Q . g o

^ « 5 . O ' a te* OSiS-^g-SríMSp ® r i a | t í ! &

o rt g I I r í oH ft ft P “ • I O

» á r í r í r i g g P f t ° (t ° r e r t- o . « o r t £ P f t r í r i r í o ft “

^ P - B g S■ rt , r e P . »

G. I £, ft reQ . H ' rt M

0 5

— r i r t en

3 B ‘ P-3

F 'r í . r í ^ i i . ^ ' o - p r í p >Q rt- ft tn o ’e

s-S-ffaS-51 r i <¡ rt

r i 2 r e r e „ r i c ft o p 3 pr i ■ rt » B s ,,.,

S ’ I rí Pt* " sp . <• 8 ►£ rt

¿ ."■ 'Q ÍS '. íto r íCTS Q rt* r t p¿ t í 3 N r í

I I & I . S

s-sS- l2 r í o ’ o f l

r i r í £ ' ? r í

t í )ftet

3o*

rífta

r nM*rirta

re

a

Ayuntamiento de Madrid

El C u r io so C a s o d e las Joyas d e A n d rew s(C ontinuación de la p á g in a fí)

nes y un premio en metálico para que se divierta. Mañana le entregaré una lista completa de las joyas perdidas.

W IENTRAS viajaba en el m etro en direc- 1 i ción a mi casa, situada en Brooklyn, recordé el caso de cuando me ordenaron seguir ai hermano de Isabel.

Era un muchacho guapo y muy agra­dable, de diez y siete anos. Ganaba ca­torce dólares semanales por llevar de un lado a otro acdones que valían mi­llones.

Instigado por un ladrón, robó una acdón de quinientos dólares, de los que sólo percibió treinta como botín. Los cuatrocientos setenta restantes se los quedó el otro,

Después de cumplir su condena, se imió a ima banda de atracadores y, al poco tiempo, fué condenado a Sii^- Sing. Isabel estuvo presa también, pero la soltaron luego. Era una muchacha muy viva y algo descarada con los jueces y periodistas. Estaba loca por su hermano y siguió sus mismos pasos, pues al poco tiempo se relacionó con una pandilla de chantagistas, que robaron tremta mil dólares antes de que el señor Brald, mi jefe, cons^uiese descubrir sus mañas.

— La verdad es — murmuré entre mí, mientras bajaba del tren en la calle Hoyt, — que esa gentuza resulta cada día más peligrosa para los habitantes de Wall Street.

A l dia siguiente, al llegar a la oficina, me enteré de que el señor Braid

había salido para Pittsburgo. Le susti­tuía Tim Harlen.

— Ni Dailey ni Marcus han podido descubrir el domicilio de Isabel Morri- son — me dijo consultando los partes de los agentes nocturnos. — Hace tiem­po que nadie la ha’ visto en los dubs.

Una página vivida entre enfermos y delincuentes que se debaten en los lí­mites del mundo impreci­so de la razán y la locura.

El invierno pasado trabajó una corta temporada en el coro de una opereta que se daba en Broadway. Era amiga de la mayor parte de los artistas: pero no podemos interrogarles, porque eso la pondría sobre aviso. Tendrá usted ne­cesidad de buscarla por sí misma. Valdrá más que se finja una muchacha de cos­tumbres más o menos licenciosas. Aquí tiene algunas joyas de su «último papá».

Me entregó un estuche de joyas falsas, pero tan bien imitadas, que sólo un perito se habría dado cuenta de ello.

Escogí un reloj de f idsera con dia­mantes y zafiros, una sortija, un broche de brillantes y zafiros y un largo collar de perlas. Decidí ponerme este i'iltimo guardándome lo demás en el maletín que Uevaba conmigo.

Me miré al espejo y "quedé satisfecha de mi propia figura. Soy de estatura regular, tengo el cabello y los ojos negros, el cutis fino y pálido y los labios natu­ralmente rojos. Muchas veces me he fingido corista y sé hablar perfectamente la jerga de las que se dedican al teatro de revistas.

Me dirigí como primera providencia a la parte alta de la ciudad y alquilé una habitadón en un hotel en donde se alojaban artistas teatrales. Dejé allí mi maletín y luego me dediqué a averi­guar dónde vivía Isabel.

Cuando salía del Frinceton, daban las once, hora en que los artistas teatrales suelen ir a desayunar. Muchos de ellos son clientes de los pequeños restaurantes del barrio. Por tanto, no era difidl que encontrara en a^uno la pista de Isabel*

Generalmente casi todas las mucha­chas de aquel barrio son parroquianas de determinados restaurantes, viven en los mismos hoteles o casas de huéspedes y se sientan a una mesa determinada, causa por la cual los dueñcs de estos establecimientos conocen perfectamente a todos sus clientes.

Los visité, pues, uno por uno, dando una excusa que muchas veces ha sido eficaz.

Ya en el restaurante, miraba a mi alrededor. Entonces se adelantaba un ca­marero para preguntarme si buscaba a alguien. Y o le describía a Isabel. Si no la reconoda, me marchaba, didendo que mi amiga me había citado a almorzar, pero que no recordaba en qué restau­

rante, aunque estaba segura de que se hallaba en aquel barrio.

A las dos de la tarde, no había descu­bierto cosa alguna. Poco después, en uno de los restaurantes más importantes de Broadway, cerca déla calle Cincuenta, el jefe de los camareros me dijo gue Isabel solía ir a almorzar todos los días, lero que hada un par de ellos que no a había vi.sto.

A las once y media de la mañana si­guiente volví a aquel establecimiento. El camarero me mostró una mesa en donde se sentaron varias muchachas que parecían artistas teatrales. Todas iban muy bien vestidas.

Al acercarme a ellas, me miraron sor­prendidas por mi intrusión, pero el ca­marero les explicó el asunto:

— ¡Ahí ¿Es usted amiga de Isabel Morrison? — pregimtó cordialmente una de ellas. — ¿Esta ya de regreso?

— El nombre de mi amiga es Isabel Cárter — contesté fingiendo desencanto. — Se la describí a este camarero el cual me dijo que solía almorzar en esta mesa. Deseaba haberla encontrado ayer. Tal vez ustedes la conozcan. Acataba de llegar a la dudad cuando me telefoneó. Como perdí mi librito de notas, ignoro dónde vive. ¿Tienen inconveniente en que me siente aquí?

Esta mentira tuvo el resultado ape- teddo. Al llegar a los postres, ya éramos excelentes amigas. Averigüé que dos de aquellas muchachas — DoUy Lefever y B anca Castle — vivían en la misma casa de huéspedes que Isabd. Antes de terminar la comida ya estaba dispuesta a ir allá para ver si la patrona tenía alguna habitación desocupada.

— ¿Por qué no nos acompaña? — pre­guntó DoUy, la más vivaracha de las ^ s . — Nosotras vamos ahora. Puedo asegurarle que no se está allí muy mal.

— A mí me gustaría lo indedble —■ contesté. — Me resulta muy anti­pático vivir en im hotd, a no ser gue tenga una compañera de habitadón. Está una muy sola.

Un estudio profundo y sagaz sobre la locura de un hombre que en ningún momento dejó entrever el motivo de su enfermedad.

E s t o e s l o q u e s e d e s a r r o l l a e n e l s o r p r e n d e n t e r e l a t o t i t u l a d o

LA EXTRAÑA PSICOSIS DE DON FEDERICOq u e p u b l i c a r á g ra n p r o y e c t o r e n s u n ú m e r o d e d i c i e m b r e

S/ q u ie re u s te d c o n o ce r unas auténticas escenas de la vida de m a n ico m io , no deje de le e r esta n a rra ció n escrita ex p ro fe so p a ra G R A N P R O Y E C T O R p o r el m is m o p ro ta g o n ista d e l caso.

o. P. - 6 57Ayuntamiento de Madrid

I A casa erteríormente tenía excelente aspecto, pero por dentro producía

la sensación de frialdad de casi todas las casas de huéspedes. En las paredes había numerosas fotografías con las fir­mas autógrafas de individuos que ape­nas sabían escribir.

— Esta señorita desea una habitación, señora Grogan — explicó Dolly. — ¿Qué hay acerca de la de Isabel Morrison?_ — No lo sé — contestó. — La seño­

rita Morrison se marchó con mucha pri­sa. Me dijo que si a fin de semana no había vuelto, mandaría a alguien a recoger sus cosas. Pero tengo un cuar­tito muy mono en el último piso, por diez dólares semanales. Esta mañana han venido a verlo dos señoritas, que me prometieron contestar, pero yo siempre digo que el primero que llega es el pri­mero en ser servido.

Excuso decir el interés loco que yo tenía en ver la habitación de Isabel.

— No me gu.staría lir ir tan arriba, lejos del teléfono. ¿Dónde está la habi­tación de la señorita Morrison?

— En la parte delantera del primer piso —^contestó la señora Grogan. — Se la enseñaré a usted, porque estoy segura de que a la señorita Morrison no le importará. Y, si le gusta, podría tomar de momento la habitación del tercer púso y trasladarse pasado mañana al primero, Creo que le gustará.

Habría continuado hablando, pero Blanca la interrumpió diciendo que no disponían de mucho tiempo, porque te­nían fundón por la tarde.

— Pues bien, aquí están las llaves, señorita. Muchas gracias. Hoy mis pier­nas están peor que nunca.

Dolly tomó las llaves, subimos por la destartalada escalera y llegamos a la parte delantera del primer piso. En­tramos en una habitación grande, que tenía una ventana de buenas dimen­siones, cubierta con unas .sucias cortinas de encaje. Sobre la chimenea colgaba un espejo de tamaño natural. Habian recogido la ropa de la cama. Con alegría observé que la papelera estaba casi llena de papeles rotos y arrugados. De un extremo a otro de la chimenea iba im cordel, en el que se secaban dos pares de medias de seda. En la repisa vetanse cuatro pañuelos que paredan maripasas blancas. Evidentemente, habíanse caldo del espejo, en donde los pusieron a se­car.

— Me gustaría mucho ocupar esta habitadón — observé a Dolly.

— Es probable qne se la den mañana, .^postaría cualquier cosa, Blanca, que Isabd se ha ido detrás de Eugenio Par­ker. Supongo que ya sabrás que ya no baila en el Marquis...

— Cállate, Dmly — la interrumpió Blanca. — No seas tan charlatana. El día meaos pensado tendrás un disgusto a causa de tu lengua.

Luego, volviéndose hacia a mí, me pre­guntó escuetamente:

— ¿Quiere usted ver la otra habita­ción?

— Sf. También me gustaría, aunque espero que mañana me den ésta. Creo que me quedaré aquí todo el verano.

Subimos corriendo los dos pisos res­tantes. En el superior había dos habi- taaones amuebladas. Las restantes se utilizaban como almacén de muebles des­compuestos, colchones viejos y ropa usa­da de cama,

— Sí. Tomaré esta — dije indecisa.— Acaso por la noche se encuentre

Jteted un poco sola — observó Blanca.— Casi todos los huéspedes trabajan hasta

58

la madrugada y la inquilina de la habi­tación contigua, que es enfermera, se pasa las noches velando a un enfermo.

— ¿Quieren ustedes que devuelva la-s llaves a la señora Grog'n? — pregunté.

— No, gracias — contestó. — Y a lo haré yo misma, ¿Pagará usted por ade­lantado? Es costumbre, Más adelante ya podrá usted hacerle esperar si quiere. Aquí está su llave. El alquiler asciende a diez dólares por semana, según le ha dicho ya la patrona,

Le entregue un billete de diez dólares y cincuenta centavos en calidad de de- pó.sito por las llaves.

Después de dirigirme un cariñoso «has­ta la vista*, echó a correr escalera abajo p p a ir a su habitación, situada en el piso inferior. La casa estaba silenciosa. Se abrió una puerta y a los pocos ins­tantes se cerró. Se oyeron pasos en la escalera,'

Era preciso obrar con cautela.No me vanagloriaba de mi suerte, pues

recordaba la fábula de la lechera; con todo, puedo decir que me sentía bas­tante esperanzada.

— ¿ T e en tera s te d e q u e R od ríg u ez p e r ­d ió e l ju ic io ?

— ¡P o b r e c i to l ¿ E s tá en e l m a nicom io? —N o... E stá en la m iseria p o rq u e p e r ­

d ió e l ju ic io que en ta b ló p o r su h erencia .

Aunque ignoraba cómo, estaba re­suelta a entrar en la habitación de Isa­bel para registrarla por entero. Conven­dría hacerlo por la noche. Me prometía grandes descubrimientos en el cesto de /apeles, Las medias y los pañuelos da- >an a entender claramente que había

partido con gran precipitación.Debía proveerme aquella noche de una

ganzúa, de zapatillas de fieltro, de un /ar de llamativos trajes de noche y de /astante dinero. Además, tenía que en­

terarme de si Eugenio Parker tpnfa an­tecedentes penales.

Anoté todas estas cosas al salir de la casa, y en la esquina de la Sexta Ave­nida y la calle Cuarenta y Siete tomé un taxímetro, ordenando al chofer que me llevase a la casa inmediata a la nues­tra. Tal vez ésta fuera una precaución innecesaria, pero el refrán dice que «vale más prevenir que curar»,

U A R LE N quedó satisfecho del éxito * * obtenido hasta entonces. Envió a rm hombre a la Jefatura de Policía para averiguar si allí conocían a Parker, y luego me entregó una ganzúa y cien dólares.

— Mejor será que espere usted a ma­ñana a comprarse los trajes— me dijo.— El que lleva puesto no está mal del todo

El señor Braid me hubiese autorizado inmediatamente. Por esto resolví coni- comprar cuanto autes los dos trajes que necesitaba, pues me molesta tener que hacer las cosa,s con apresuramiento, Además, si no los utilizaba, podía de­volverlos; eso, sin contar con que. vale más pájaro en mano que ciento volando,

En la vida de las detectives hay ratos muy agradables. Tales fueron los que pasé al escoger dos magníficos trajes de noche; de ch-ifinn de color amarillo claro con preciosos adornos el uno, y de una georgette de color amoratado, el otro

En cambio, tenemos horas terribles!A las nueve de la noche volví a la casa

de huéspedes. El vestíbulo estaba alum­brado débilmente. Se oían voces en la planta baja. En una de ellas reconocí la de la señora Grogan,

Cuando llegaba al primer rellano sonó el timbre del teléfono unas dos o tres veces antes de que la pesada patrona cogiera el auricular. En el rellano in­mediato, me paré a escuchar.

— ¡Diga!.,. Sí. querida,,. Seguramen­te.., ¿Que vendrá usted dentro de una hora a llevarse todas sus cosas?.., Muy bien...

Pre.snrosa subí a mi habitación, en­cendí la luz eléctrica, envolví la bom­billa en un papel rojo y abrí mi maleta.

Dentro de una hora — pensaba mien­tras nerviosamente me mudaba el traje que llevaba por otro negro, — Tal vez venga antes de la hora. No puedo perder tiempo.

Bajé con cuidado la escalera, vistiendo un traje completamente negro y calzando unas zapatillas de fieltro. Algunos esca­lones crujían de un modo alarmante.

Sin dificultad loOTé abrir la puerta de la habitación de Isabel. Una vez dentro volví a cerrar y me metí la ganzúa en el bolsillo. Aunque soy bas­tante atropellada cuando se trata de asuntos importantes, por regla general nunca olvido los detalles.

Un farol de la calle iliuninaba débil­mente el centro de la habitación, pero estaba segura de ser invisible para cual­quiera que pudiese mirar desde la casa de enírente.

Casi a tientas di con la mesa y abrí los cajones llenos de ropa y otras cosas para mí sin importancia.

El cesto de los papeles me proporcionó mejor cosecha. Con la rapidez posible cogí los trozos de tarjetas postales, car­tas y telegramas que allí había.

Precisamente cuando me los metía en el bolsillo oí voces, una de ellas la de la patrona y la otra desconocida por completo.

No tuve tiempo más que para escon­derme debajo de la cama, cuando se abrió la puerta.

— Mire, es una habitación muy gran­de, María — oí que decía la señora Gro­gan. — Además, está muy cerca de su tocador.

Se encendieron las luces y las dos mu­jeres entablaron una larga conversación que no me interesaba nada.

— iCararabal — exclamó de pronto la señora Grogan. —■ Veo que esa inútil de Amelia no ha vaciado el cesto de los papeles. Tampoco habrá barrido segu­ramente debajo de la cama. Siempre tengo que estar detrás de ella.

Crujió con violencia la mecedora en que se había sentado, pero entonces, gracias al cielo, sonó el timbre de la puerta.

Ayuntamiento de Madrid

— Será la amiga de la señorita Mo­rrison — dijo. — ¿Quiere usted hacer el favor de ir a abrir? Me duelen mucho las piernas. Pero ¡qué impaciente es!— añadió al observar que seguían lla­mando. — Hágame el favor, María, o. si no, la gente se va a figurar que tenemos fuego en la casa. Y o me llevaré el ces­to de los papeles.

Lo tomó eu efecto, después que hubo cambiado de sitio la mesa del centro.

Ya no tenia posibilidad de escapar. Cuidadosamente me acerqué a la pared cuanto pude, esperando que la amiga de IsabM se apresuraría a marcharse con el equipaje de ésta. Debajo de la cama hacia un calor sofocante.

— Tengo entendido que la semana de la señorita Morrison termina mañana— dijo una voz metálica.

— Así es, señorita — asintió .la se­ñora Grogan. — Ahora estaba enseñando la habitación...

— Pues bien, no quedará desocupada hasta mañana — contestó la amiga de Isabel, — Voy a quedarme yo en su li^ar. Buenas noches,

Y cenó la puerta, quedándo.se dentro.¡Valiente complicación! Mi situación

era cada vez más comprometida.En situaciones difíciles me encontré,

pero como ésta nunca. Lo menos que podía desear era que la amiga de Isabel no registrara por debajo de ia cama.

La señora Grogan tenía razón al su­poner que la inútil Amelia no había barrido debajo de la cama, porque me molestaban bastante los insectos. Por otra parte no me atrevía a dormirme, porque tengo la mala costumbre de hablar en sueños.

La ocupante de la cama estaba, por lo visto, muy inquieta, pues no hacia más que revolverse en el lecho, motivo por el cual iba cayendo sobre mi una verdadera lluvia de polvo. Sin embargo, hacia la madrugada empezó a respirar profundamente.

Con sumo cuidado salí de mi escon­drijo. Los leves crujidos del pavimento resonaban en mis oídos como cañonazos.

Tuve la suerte de que la inquilina de la habitación, al cerrar la puerta la noche anterior, dejó la llave sobre la mesa. Esto me permitiría abrir y cerrar la puerta con mi ganzúa.

Ya en m i uauitación, fui examinando los papeles que había recogido. E l ca­rácter de letra de un sobre que tenia el sello de correos de Atlantic City se parecía mucho a la firma de Eugenio Parker, que encontré en una postal rota. Era de tres días antes. Podía afirmarse que Isabel habfa ido a unirse con su amante.

RUANDO, más tarde, vi al señor Har- Xtí len, estuvo de acuerdo conmigo.

— Eugenio Parker es imo de los su­puestos asesinos de María Cárter y Ali­cia Montrose — dijo consultando imas notas. — Es un mal bicho. Tenga cui­dado con él, Su especialidad consiste en explotar a las mujeres. Convendría que usted fingiese haber obtenido una in­demnización por quebrantamiento de pro­mesa matrimonial. Por medio de Parker es probable qne encuentre a esa mucha­cha. En cuanto lo logre, déjese guiar wrsupropioinstinto. GastonLarson sal­drá hoy mismo hada Atlantic City a fin de averiguar si todavía continúa allí nuestiro hombre. Usted puede emprender el viaje esta tarde. Supuesto que esté allí, alójese en el hotel Boston. Adiós.

Me dirigí un telegrama a mí misma llamándome a mi casa. Luego fui en

CXXX3 0 0 CXX3 0 0 CCYXX3

NDESTKOS CONCDKSOSA l entrar en má­quina la presente nota estamos aún recibiendo solu­ción tras solución para nuestro últi­

m o concurso

CÓMO SUCEDIÓcuyo plazo de ad­misión termina el dia 31 de octubre.

Mientras hacemos la revisión — paciente y minuciosa — de las so­luciones recibidas pa­ra publicar el resulta­do en el número del próximo diciembre, anunciamos a nues­tros lectores que te­nemos ya en prepara­ción otro Concurso que será extraordina­riamente interesante, tanto por la originali­dad con que está plan­teado como por el valor de los premios

que se darán.oooooooooooooooc

busca de los trajes, los empaqueté e hice llevar mi equipaje a la estadón de Pensilvania.

Todo marchó perfectamente. A las cuatro y media de aquella misma tarde estaba ya instalada eu la habitadón del hotel, frente al Océano.

A las ocho, Gastón Larson, un mucha­cho rico, fué a buscarme para invitarme a cenar.

— Eugenio Parker baila con una mu­chacha que se llama a sí misma lola La Rué, ra un cabaret que hay ra el ba­rrio de Chelsea — me dijo ra voz baja ra cuanto nos hubimos sentado. — Y sepa que podrá bailar con él, porque precisamente le pagan para que lo haga con las clientes que lo deseen.

Cuando entramos ra L e Chat N oir, a media noche, la vi bailando con Eu­genio Parker. Entre ellos no había la fingida alegría que usualmente distin­gue a los bailarines de profesión. EUa pareda ser feliz al bailar con aquel hom­bre, del que me convm d que estaba ena­morada por las ardientes miradas que le dirigía.

— Cuando nos levantemos a bailar, después de este númrao — le dije a mí acompañante — necesito que lo baga usted lo peor que sepa. Me uige bailar con Eugenio Parker. La que ahora está con él es IsabeL

£1 modo de bailar de mi compañero íué realmente indescriptible. A los pocos minutos estábamos de regreso a nuestra mesa. No tan sólo mis pobres píes, sino también mis tobiUos, habían sido las víctimas de sus caprichosos pasos. Yo bailo bien y sé seguir los pasos más com­plicados, pero aquel hombre se habla comportado como un hipopótamo.

E l dueño, hombre suave y elegante­mente vestido, se aproximó a nosotros. Habíamos pedido champaña de velnti- dnco dólares la botella, pero nos sir­vieron vino blanco de California, mez­clado con agua de Seltz. Nuestro as­pecto era de grate rica que no repara ra gastos.

En voz bastante alta para que me oye­sen, regañé a Gastón por su torpeza al bailar.

— ¿Quiere la señora, acaso, bailar con monsieur Garraboux? — preguntó in­dicando a Eugenio Parker.

— ¿Qué te parece, Dora? — asintió Gastón. — Por mi parte no trago in­conveniente. Reconozco que no sirvo para bailar de este modo.

— Puedes estar convencido de ello — le dije algo resentida porque, gracias a su exceso de realismo, me dolían mucho los pies.

— En cnanto haya terminado este baile, le presentaré a la señora — pro­metió el dueño, que observé examinaba mis brillantes «joyas*.

Quince minutos más tarde, Eugenio Parker se inclinaba ante nosotros.

Realmente, bailaba tan maravillosa­mente, que olvidándome por un momento de que fuese un criminal a quien debía hacer caer ra una trampa, me entregué al placer de ser conducida por él.

Al terminar el baile les invité a él y a su compañera a cenar con nosotros.

— Estoy seguro de que ella aceptará con gusto — murmuró mientras le bri­llaban los ojos.

T o d o s nosotros —■ según habría di­cho nuestro periódico local—pasamos

una noche muy agradable. Salimos de L e Chat N o ir a las tres de la madrugada y recorrimos varios restaurantes ra el magnífico automóvil que Gastón había

59Ayuntamiento de Madrid

F Il

$E niE s

cTOsS E M IN A K IO CINEHATO-

6 R A E 1 C 0 IL U S T R A D O

Vcada

sábado

3 0c e n t s

alquilado en Nueva York y que conducía un chofer de librea,

Cuando a las siete de la mañana es­tábamos desayunando en un restaiurante, nos llamábamos ya por nuestros nom­bres de pila, ya por nuestros pseudó­nimos.

Isabel era una mudiacha encantado­ra, inteligente y dada a la broma. Como se comprenderá, yo estaba firmemente deddida a hacerle soltar las joyas, pero eso no me impedía tener simpatía por ella.

Me dirigí al hotel en donde vivían como marido y mujer, aunque — dicha sea la verdad — ni por un momento creí que estuviesen casados, por más que monsieur Garraboux — es decir, Eugenio Parker — rae lo as^urase la noche en que nos conocimos. También me indicó que estaba dispuesto a quererme, cuando le referí los detalles de juicio que gané por quebrantamiento de promesa de ma­trimonio.

— Isabel, es decir lola, es una mucha­cha muy bonita — dijo, — pero no tiene comparación con usted.

Isabel, en cambio, me confió, la se- gimda noche eu que nos vimos, que no estaba casada.

— Sin embargo, estoy loca por él — dijo. — Y me ha prometido que nos casaremos en cuanto yo reciba un di­nero que estoy esperando. Entonces nos iremos a HoUywood, para ver si nos admiten como 'actores cinematográficos. En realidad, no es mal muchacho. Siem­pre me recuerda a mi hermano Tomás...

Las lágrimas asomaron a sus ojos y luego se echó a reír nerviosamente.

— ¿Cómo se llama la piedra que lleva msted en su sortija? — me preguntó.

Se refería a una esmeralda de ocho quilates, aunque falsa, Esta pregunta envolvía un ardid porque ima de las me­jores joyas robadas era una esmeralda semejante, de treinta y cinco quilates.

— Es una esmeralda cabujón — le expliqué. — Pronto voy a tener una mayor. ¿No ha oído usted hablar de Max? Tiene, a veces, unas gangas ex­traordinarias. Parece que las pesca por ahí. Nunca le he preguntado dónde. Tenía la costumbre de ir con alguna frecuencia a la Compañía de las Noches de Luna y nosotros le comprábamos al­guna cosiha. La semana pasada me dijo que podría proporcionarme una esme­ralda como esta, pero de quince quila­tes. por 15,000 dólares, y ahora veré si puedo lograr que me retaje el precio.

Mientras iba diciéndole esto m e abs­tuve de mirar a Isabel, pero i>ude darme perfecta cuenta de que respiraba apre­suradamente.

— La verdad es que no tiene gran apariencia — dijo. — No me figuraba que estas piedras verdes valiesen tanto. Sin embargo, creo que las esmeraldas talladas se pagan más que los brillantes.

— ¡Ohl Pero en este caso las esmeral­das han de carecer hasta del más leve defecto — le expliqué, dándome aires de inteligente. — Y en realidad, no resulta cara ima esmeralda cabujón de quince quilates por 15,000 dólares.

— Conozco a un individuo poseedor de una de estas piedras que tal vez la daría por menos dinero, Si quiere, se lo nreguntaré — acabó diciendo.

FINGI cierta indeferencia.Pasaron dos días más antes de

que volviese a hablarme del asunto. Yo sospechaba que alguien me vigilaba. Te­mía que ella me hubiese conocido, pues el inconveniente que tiene el ir con fre­

cuencia a declarar a los tribunales es que la gente del hampa acaba por conocerle a uno.

— Si todavía está interesada en eso, creo que el hombre de que le hablé el otro día podría venderle una magní­fica esmeralda cabujón — me dijo la tercera noche. — ¿Quiere usted ir a verle? Tendrá que ir sola conmigo y cou mi amigo, ¿entiende? Y valdrá más que le iSga a su amigo que ha pagado un precio superior por la sortija y que le entregue el dinero. Las mujeres co debemos gastar nunca nuestro dinero.

— No hay inconveniente — asentí.__Les acompañaré con mucho gusto. Y si tienen alguna otra ganga, podré uti­lizar mis alionas del banco.

Cuando terminó la representación en L e Chat N o ir , di a Gastón las buenas noches de modo que todo el mundo se enterase. Había logrado comunicarle los planes de Isabel, pero no me fué posible indicarle a dónde íbamos.

— ¿Quieres llevarte el automóvil? — me ofreció.

Isabel declinó la oferta y poco después, ella, Parker y yo, en un taxímetro to­mamos el camino de Filadelfia.

Nuestro destino era un restaurante ordinario que, a pesar de ser ya las cuatro de la madrugada, estaba bastante concurrido.

Nos esperaba un individuo pálido, con el cabello lleno de polvo y la barba sin afeitar. Ibamos a sentamos y a pedir algo que comer, cuando una muchacha se acercó a mí.

— ¡Hola, Renata! — exclamó cordial­mente cc^éndome la mano y dándome un fuerte beso. — ¿Qué haces aquí? ¿Todavía te dedicas a investigaciones? ¿Has capturado a un marido millonario?

— Nada de eso — contesté con cal­ma. — Hace ya algún tiempo que aban­doné aquella ocupación. Gano ba.stante más dinero con otro género de vida.

El mal estaba Iiecho ya, a pesar de cuanto yo pudiera decir. Aquella mu­chacha, que había trabajado conmigo en un almacén, era tonta de solemnidad, Despedida por hurto, siguió luego ro­bando en mayor escala.

Después de charlar im momento me dejó para juntarse con sus amigos.

Unos ojos hostiles me miraron ceñudos. Parker sonreía sarcásticamente. Isabel estaba blanca como el mármol.

Ninguno de nosotros habló un mi­nuto siquiera, No me fijé dónde me en­contraba, pues de antónano sabía que era un lugar frecuentado por la gente del hampa. Pero no temía por mi vida, porque Parker Sabía perfectamente que Gastón le prendería en el caso que yo desapareciese. No obstante, debía re­cordar mi misión, que era recobrar las joyas. No tenía ninguna prueba de que Isabel les hubiese robado, aimque sabía que...

En definitiva, sólo había un modo de salir del atolladero y era preciso inten­tarlo.

— lola — dije, — rae gustaría hablar con usted unos minutos a solas.

— lola — repitió Parker, burlón, imi­tándome.

— No tengo inconveniente — accedió Isabel, — podemos ir al tocador.

Tal vez fué una imprudencia mía el pedir esta conversación a solas. Al dejar a los dos hombres solos les daba ocasión de planear algo contra mí. Además, había allí bastante gente de la peor ca­laña, que no tendría inconveniente en ajmdar a un compañero perseguido por la ley.

60Ayuntamiento de Madrid

Sin embargo, la desesperación es la madre de la inspiración. Hay momentos en que conviene el fingimiento y otros en que es preferible la sinceridad. A te sazón no era tiempo de la primera, m conocimiento de Isabel y de la liistona de su familia me guiaron.

El tocador, un recinto pequeño, ae paredes e.stucadas, tenia una ventanilla due daba a un estrecho patío. Se le llamaba «el boudoir de las suicidas», se­rón supe más tarde, porque eran ya cuatro las mujere-s jóvenes que se habían suicidado allí.

Isabel pareda inclinada a mostrarse sorda a mis explicaciones. -

Le aseguro, Isabel, que no trató üedevolver tes joyas al señor Andrews le dije mintiendo. — Estoy traba­jando en beneficio de su mujer. A An­drews no le importa nada que ella recobre las joyas o no. Voy a propo­nerle a usted un trato. Varia.s veces me ha dicho que le gustaría casarse con Eugenio Parker. Sí, ya sé cómo sellama. Me parece que podré propordonarle esta oportunidad! ¿Quiere usted casarse con él a pesar de todo? Supongo rae ya. sabrá que ha cometido algunos hechoscriminosos. 5

— ¡No es verdadl — replico isaoel, encolerizada. — Lo único que le ocurre es que la polida le persigue sm cesar. Me consta que no tiene muchos deseos de casarse conmigo. Se figura que » conquistar a alguna de esas estúpidas viejas ricas, pero creo que, una vez nos hubiésemos casado, oliúdaría estas ton­terías. En el fondo es hombre bueno, aunque las mujeres le han estropeado, mimándole demasiado.

Yo opinaba de un modo distinto, mM, en resumidas cuentas, eso me importaba poco Puesto que deseaba casarse con aquel hombre, ello resultaba convenien­te para mi objeto. Rápidamente bosquejé el plan. Al prindpio se mostró escép­tica, luego interesada y, por íin, entu­siasmada. , ,

No podemos hacerles a ustedesningún daño. No tenemos autorización para prenderles — terminé didendo. ¿Quiere u.sted que nos veamos manraa por la mañana en Atlantic City, a las diez? Usted llevará las papeletas del broche y de la pulsera que empeñó ra Nueva York. ^ 'fi’

Isabel movió te cabeza afinnativa- mrate.

— Las perlas — proseguí — creo que son las mismas que lleva usted ahora. Siendo así, no queda más que la esme­ralda. Procure obtenerla. En aianto Max haya examinado las joyas, les entrega­remos d dinero y le doy a usted mi pa­labra de que inmediatamente se cele­brará 1a boda.

— Perfectamente — asintió. — Aho­ra cambiemos de capa. La mía no es tan lujosa como la de usted. Si sraera por la puerta que da a te calle, caería en una trampa. Por eso tendrá neíKSidad de salir agarrándose a la tubería de desagite que hay en la parte e ^ r io r de esta ventana. Sé que una muchacha logró así escapar de la poKcía que ratíó ra el establecimiento. La callejuela da a 1a Avenida. No traga cuidado, que todo irá bien. Y le aseguro que si logra que me case, se lo agradeceré toda mi vida,

Cambiamos de capa y nos despedimos afectuosamente. Isaljel me era simpá­tica, pero no tenía yo más remedio que obrar como lo hacía. Ante todo, está el deber.

MI traje de georgetU se estropeó un

joquito cuando me deslicé pot 1a tó- >ería, pero logré escapar. En un tam-

metro luí al hotel más cercano y desde allf me puse ra comunicación con el señor Braid. Por fortuna había regresado ya de Pittsbuigo. Tim Harlra no_ se habría resuelto seguramente a tennmar el asunto.

Escuchó con el mayor Ínteres la pri­mera parte de mi pten. Mostróse un poco escéptico acerca de que Isabel pudiaro lograr que Parker permaneciese ra_ At­lantic City hasta las diez de la mañana siguiente. Pero convino conmigo en que habia logrado dar un desarrollo origina- lísimo a aquel asunto.

D,E acuerdo con lo tratado, mi^jefe ' tomó el tren de las seis de 1a mañana

L fué a mi encuentro al hotel Boston, acompañaba Max.

Y o estaba nerviosísima. Creía sinceridad de Isabel, pero ¿cómo podría lograr que el comprador de io y ^ ro- braas le entregase 1a esmeralda? E ^ me había asegurado que te obtradrte, aunque para lograrlo se viese obligada a andar a tiros con él.

Me disponía a expresar mis temores al señor Braid cuando Isabel se presentó con el rostro desencajado.

Aquí está todo— dijo. — Compren­do que es un juego de azar, que voy a perder. . , , ,

Max examinó la esmeralda y las perlas y lo declaró todo legítimo.

Media hora más tarde el señor Braid despertó a Eugenio Parker. No sé lo que le dijo, pero el caso es que muy pw® después ambos bajaron a 1a rotonda del hotel en donde estábamos ya esperando Isabel y yo,

Renata, va usted a ser madnnade una boda. Y o seré el testigo de la novia — me dijo el jefe.

Parker e Isabel se miraron con una e.xpresión de amcr que habría sido un triunfo para cualquier estrella cinema- tográCica. '

Acaso el señor Braid logró demostrar a Eugenio Parker el error de su conducta. Lo ignoraba entonces y aun. hoy conti­núo ignorándolo, porque no me comunicó lo que le había diclio.

Sea como fuere, una vez estuvieron casados, mi jefe les dió un e.spléndido banquete en el Boston.

Cuando se despidió de ellos dió a la novia un fajo de billetes, que represen­taba una cantidad bastante menor de lo que Andrews estaba dispuesto a pagar, y gravemente les aconsejo:

Ahora, muchachos, procurad seguirel camino recto.

Así lo haremos — contestaron losdos a te vez.

y es de creer que eran smceros, por­que ninguna noticia llegó a nuestros oídos de que hubiesen vuelto a las andadas.

CREO. Renata, que tuvo usted una magnífica idea al aconsejarme ame­

nazar a Parker con denunciarle de haber faltado a la ley contra la trata de blan­cas pasando de un Estado a otro con una mujer soltera — dijo el señor Braid cuando regresábamos en tren a Nueva York. , .

Me ruboricé al oír este elogio y mo­destamente murmuré;

— Sea como fuere, no es comente que uno de nuestros asuntos no termme fe­lizmente. .................................

Y este resultado feliz fué 1a principal razón por la que me dieron los días de vacaciones que pedia.

ALGOS E H A N am O lID S T B A -

D O E N C IC L O P tD IC O

Se pDbltca ios sobadosI f lP R E S O E N H U E C O G R A B A D O

P r ó x i m a m e n t e :

D E F I N I T I V A S

r e f o r m a s

o o o

A U M E N T O

D E P Á G I N A S

O O O

N U E V O S E

I N T E R E S A N ­

T I S I M O S

F O L L E T I N E S

o o o

P Á G I N A S E N

C O L O R E S , e t c .

Será un periódico lleno de utilidad, amenidad c

interés

o o o

N o deje de l e e r los próximos anuncios

61Ayuntamiento de Madrid

GRAN PROYECTORp u b l i c a r á , e n í r e o í r o s i n f e r e s a n í i s i m o s t r a b a j o s ,

e n s u n ú m e r o d e D I C I E M B R E :

L a e x t r a ñ a p s i c o s i s d e d o n F e d e r i c o

(Una página alucinante de la vida de manicomio).L o s d r a m a s d e l c o n t r a b a n d o

(Un reportaje sobre el rey del contrabando de Hollywood).

P o r e l c o l l a r d e u n c h i n o

(Episodio final, con el suceso más sorprendente de la serie).

R o b o s i n l a d r ó n

(Un caso español sobre la desaparición de unas joyas).

E l a m o r h o m i c i d a d e E l i z a b i d e

(Elizabíde mata a tres personas para que no lle­guen a conocer la miseria).

E n e l v a g ó n d e P a n c h o V i l l a

(Una interesante escena, de la que pende la vida de trescientos sesenta prisioneros).

P e l i g r o d e m u e r t e

(Un drama en una central eléctrica de los Vosgos).C a s c a r r a b i a s

(Argumento cinematográfico de la primera película interpretada por Ernesto Vílches).

E n t o d o s

l o s q u i o s c o s

1 2 3 p t a s .

e j e m p l a rO o o

C o n c u r s o , n o v e l a e n f o l l e t í n e n c u a d e m a b l e , f o t o g r a f í a s

c i n e m a t o g r á f i c a s , h i s t o r i e t a s , p á g i n a s c ó m i c a s , e t c .

62 Ayuntamiento de Madrid

La Superviviente de un Drama(Continuación de la pág in a 8)

irme hacia la puerta, el balcón o las ven­tanas, Angelita me tiraba del vestido y no me dejaba. Tampoco hubia-a podido marcharme, porque los cierres del bal­cón de nuestro cuarto estaban atados con cuerdas. Pero Angelita y yo éramos muy amigas. Todavía guardo una me­dalla que me hizo un día. con un cordel y una rueda de un auto de juguete que estropeamos.

— Enriqueta sí os pegaba, ¿verdad?— Sí. Pero el que nos pegaba más era

el viejo, su padre, que vivía con ella. Andaba con un bastón y siempre nos apaleaba con él.

— Y ¿nunca visteis nada extraño en aquella casa? ¿No venía gente, ni lle­garon otros niños?

No, no. La mujer entraba y salíamudio. Nos traía cada día el plato de garbanzos y patatas cocidas. "Y nada más. A veces venía de mal humor, y entonces nos daba más miedo que nun­ca. A mí ya me daba siempre. Era_ del­gada, con unas manos secas y amarillas, con las uñas manchadas, y tenía la m i­rada de mala. Casi siempre, el viejo salía con ella.

Solamente un día vino un señor con bigotes y sombrero hongo. La mujer se encerró en un cuarto con él. Y nosotra,s miramos por la cerradura. Entonces vi­mos a la mujer vestida con una camisa de muchos eutredoses y lazos amarillos que habíamos visto que se preparaba la víspera.

Después pasaron días. Siempre iguala. Patatas, garbanzosy palizas. Nada más.

Hasta que una mañana, desde nuestro cuarto, olmos cómo la mujer hablaba por el balcón del patio cou alguna ve­cina. Angelita y yo salimos. Y nos aso­mamos también al patio. Pero la m uja , al vernos, nos dió un empellón hacia dentro y cerró el balcón en seguida. Aquel día me pegó más que nunca. Renegaba. Creí que iba a matarme.

Al poco rato llegó un municipal y le dijo gue tenía que h aca una inspección de higiene en la casa. «INo tengo galli­nas, yo!», ^ t ó ella. P a o el guadia no hizo caso. Entró y, al verme, me pregun­tó cómo me llamaba. «¡Felicidad!», saltó ella, en seguida. Y yo también lo dije. Me moría de miedo. Cuando v i al g u a -

dia me escondí debajo de la mesa y grité; «|No me maten, no me maten, que ya sa é buena!». «Y esta señora, ¿quiénes?», volvió a preguntarme el mu­nicipal, Y ella; «¡Soy su madre!» Tam­bién volví a afirmar. El temor de los gotees me hacía sufrir horriblemente.

Entonces el guadia se me llevó a otro cuarto con él y me dijo: «¿Cómo se llama tu madre, nena?» «Ana Congost», respondí. Claro; yo no sabía cómo se llamaba aquella otra m u ja que ahora decía que a a mi madre. «¿Y tu padre?» «Isidro Guitart». «Entonces, tú no te lla­mas Felicidad, sino Taesina, ¿vadad?» Como Enriqueta no estaba delante, me atreví. Y dije que sí. El guardia lloraba y me apretaba y besaba como un loco.

Eu seguida entraron otros guadias y el prim ao Ies dijo: «¡D il/ n tu aquesta d on ait Y se llevaron a Enriqueta.

“TERESITA Guitart calla un momen- * to. Tiembla. Y se pasa las manos

por los bdlos cabellos rizados que En­riqueta Martí mutiló aquella v a .

— Qué miedo, ¿no, pequeña?— Sí. Después. Cuandome entaé, por

lo que oí dedr a todo el mundo, de que aquella m u ja mataba niños y que si no me hubiaan llegado a sa ca quizás al otro día me hubiera matado a mi tam­bién. Y más ta d e , cuando me hice mayor, y me di más cuenta de todo.

Y ahora. Ahora todavía. Me han que­dado palpitadones y un gran desarreglo de nervios. Muchas noches tengo pesa- dñlas. Y siempre veo el piso grande y solo, feo y triste de «la bruja», como yo la llamaba. Y a «la bruja». Cuando estoy en la cama me acuerdo siempre de susÍiies secos y uñudos, que me arañaban acara.

Y el peligro pasado, que entonces yo no sabía, ahora lo veo grande y espan­toso, como un fantasma. Y me da más miedo. Un miedo que, seguramente, ya no me podré quitar nunca de endma...

Un silencio;— Muy bien, chiquilla — le dedmos al

f in — .Y ... aún, mucho cuidado, ¿eh? ¿De qué? ¿De que vuelvan a rap­

tarme? No hay peligro. Ahora ya no me dejaría raptar más que por mi novio...

P or el C o lla r d e un C h in o(C on lin u ación de ¡a p á gina 12)

— Por eso es muy probable que sea cierta la historia que cuenta Sing Ling. Es posible que tenga la costumbre de re­gistrar a sus dientes cuando están dor­midos, y, por lo visto, Frisco absorbió tal cantidad de opio, que todavía está con la cabeza turbada.

— ¿Se ha enterado ya de la desapari­ción del collar?

— Probablemente se figura que lo ten­go yo, por el hecho de que ha despertado en la cárcel. Yo no le he dicho que no lo tengo, porque quiero ver qué mani­festaciones hace. Ha.sta aliora guarda si­lencio. Es hombre ducho en estos asun­tos y no hablará sin estar seguro de lo que le conviene dedr.

— ¿Cree usted que Sing Lhte i*® condido las perlas?

No lo sé. Anoche me lo figuraba,pero ahora lo dudo.

¿Opina, pues, que las llevaba con­sigo Sam Wong, al salir del pueblo?

Es probable. Y aliora dígame, doc­tor __ añadió mirándome fijamente: —¿examinó bien a ese hombre ayer noche?

— Sin duda,— Quiero decir si le r^istró todo el

cuerpo para ver si tenia alguna otra he­rida.

Sí, señor. Sólo tenía el tiro en elhombro y una quemadura en la mano.

¿Está usted seguro de que era unaquemadura?

Una obra que deben c o n o c e r t o d o s l os p a d r e s d e f a m i l i a

LA DELINCUENCIA EN L O S N IÑ O S

Causas. Remedios

Obra premiada por la Sociedad Barcelonesa de Amigos de la Ins­

trucción.

por el doctor

VICTOR MELCIOR Y FARRÉ

El alto valor moral y educativo de esta obra queda manifiesta­mente expresado en el extracto

del sumarlo:

E l A u m e n t o d e la c r im in a lid a d in fa n til.

C o n s id e r a c io n e s a c e r c a d e l tip o c r im in a l.

L a h e r e n c ia .L a s c a u s a s d e degeneración. C a s a m ie n to s c o n s a n g u ín e o s .E l a lc o h o lis m o .R e m e d i o s p a r a p r e v e n i r la dege­

neración y la c r im in a lid a d . M e d io s p a r a c o m b a tir la p r o s t i ­

tu c ió n .L a c r is ta liz a c ió n d e la d e l in c u e n ­

c ia , etc.

Un tom o de 250 páginas

= 2 p e s e ta s

De venta en todas las libreríasSi no lo encuentra en su localidad, pídalo a la casa editora, utilizando el siguiente cupón, que le da dere­cho a recibirlo franco de portes en

su domicilio.

^"1S o c i e d a d G e n e r a l de ■ P u b l i c a c i o n e s , S . A. ■Diputación, 211, BARCELONA j

Agradeceré me remítan un ejem- | piar de la obra La delincuencia ■ en los niños, por el Dr. Víctor * M elcior, cuyo importe de 2 ptas. | adjunto en sellos de correo (certifi- i cando la carta) — remito por giro : postal n.° ...................................... I

Nombre .......................................... |D om ic ilio .......................................... IPoblación .......................................... 'Prov incia ....................... ^Fecha .................................................. I

}

63Ayuntamiento de Madrid

4 ' í f I. J ltC

\ JÍ\

—¿Qué es esto? ¿Un asesinato o un suicidio?

Sing Ling sonrió muy enigmáticamente.— Puede usted entrar si quiere — dijo

el sk eriff abriendo la puerta de par en par.

Entró conmigo y se quedó mirando con recelo al chino, que no abandonó su asiento.

— Es la primera vez que entro en un calabozo — dije.

— Ié> mismo me ocurre a mí — re­plicó Sing.

— ¿Ee modo que desea usted adqui­rir noticias de su amigo Sam? ¿Eran ustedes muy amigos?

— Mucho.Entonces le expliqué que el pobre

Sam Wong recibió un balazo en el hom­bro y murió desangrado.

— ¿Y qué dijo?— Nada, Ni una palabra.Sing Ling se e n « ^ ó de hombros.

Y o volví a megimtarle:— ¿Sospeáia usted quién pudo he­

rirle? ¿Sabe si Sam tenía enemigos?— No. ninguno.— ¿Sospecha si tenía laa perlas?— No í» ■

— jOh, sí! A no ser — añadí vaci­lando — que se hubiese quemado aposta con la plancha con objeto de ocultar un corte.

Después de un momento de silencio, añadí;

— De modo que usted opina que si encontrase al asesmo de Sam Wong...

— No sé — se apresuró a contestar el sheriff. — Acudí al lado del herido con tanta rapidez que, seguramente, no tu­vieron tiempo de registrarle. No obs­tante, es posible que le hubiesen quitado las perlas antes de pegarle el tiro. ......

— ¿Y no encontraron a nadie durante la noche?

— Solamente al doctor Beecher y a ™Shifty Joe. Ya sabe usted que Frank =les r a s t r ó a los dos. ^

— Quizás, en definitiva, Sam Worm Hno tuvo que ver nada con las perlas, ^

— Es posible. Debió de huir por haber roto alguna camisa — replicó sonriendo.— Pero el caso es que deseo ver cuanto mantes al doctor Beecher, para pregun-tarle acerca de la mano de Pete. K

— Y a sabe usted que, según nos dijo KJorge, ese individuo tiene una herida Sinfectada desde hace algún tiempo. De ^todos modos, si usted quiere, sheriff, iré =a verle esta noche,

— Sí, puede hacerlo, si no ocurre na- da nuevo, Por otra parte, me preocupa también Dave Henderson, ¿Está tan en- sfermo como quiere dar a entender? s

— La mordedura de una serpiente de scascabel es siempre cosa grave — re- pliqué. S

— Pues creo que hoy quiere volver a Ssu cabaña. No me sorprendería que anoche se hubiese ido alia. s

— ]Prao si no llegó a ella!— ¿Cómo lo sabe usted, doctor? S

crimen se cometió a poca distancia desu vivienda, Por eso quiero pxflmitiaT —-yo mismo su mano. Antes de que empe- zara este asunto, se vió a Henderson =en el comedor de Sing Ling. Y ahora Sque me acuerdo — añadió el sheriff. — SEl chino quiere verle a usted, pues desea shacerle algunas preguntas acerca de Sam SWoim. Está encerrado en el calabozo ^que hay en este mismo edificio. ^

LJOLA, Sing! — dije al llegar frente * * a la reja del calabozo. — Me extraña mucho ver e aquí. Sin duda ha habido Halgún error, porque usted uo debe de te- Sner nada que ver en este asunto, ¿verdad? ®

64

. - -- sé.— En fin, parece que no sabe usted

más que nosotros.Cuando el sh eriff nos dejó solos un

momento, el chino me dirigió una pre­gunta;

— ¿Vomitó Sam Wong?— No — contesté, — pero yo sí,Aquella pregunta era muy extraña,

¿Se habría enterado Sing de que me puse enfermo en la cabaña de Hender- son? Después de la operadón. Sam se repuso muy bien y no vomitó, Es verdad que le di muy poco cloroformo. Además,

el pobre estaba muy débil, moribundo, y sin duda no pudo vomitar, como les ocurre a muchos después de ser cloro­formizados.

'— ¡Oh! Sam Wong sabía vomitar con gran facilidad.

— ¿Quiere usted dedr cuando estaba indispuesto?

—^No, no. Siempre.Y, ai mismo tiempo, abrió la boca,

cual si él se dispusiera también a vomitar,— No haga usted eso, Sing — le

dije. — Me da asco, .údiós.— Hasta la vista, doctor — contestó

el chino.Volví aí despacho del sheriff reflexio­

nando acerca del extraño carácter de los chinos.

p N la oficina todo estaba tranquilo. L* El doctor Beecher no había regre­sado aún. Sobre su mesa estaba el es­tudie de los instrumentos y el botiquín, lo cual demostraba que no había smido a hacer nmguna visita, como se figuraba d sheriff. El desorden de su dormitorio, inmediato a la oficina, demostiaha que durmió hasta hora muy avanzada, según me había dicho el •heriff.f,,

Me sorprendí de nuevo rascándome d puntíto que tenía en la muñeca y me contuve.

Al pasar frente a un cristal vi que tenía qne afdtarme. Esta es una opera­ción que se hace de un modo automá­tico y se presta muy bien a la reflexión. Adeinás, a mí siempre me da la impre­sión de que mientras me afdto se esti­mulan las facultades de mi cerebro. Y. en efecto, en cuanto entré en mi cuartito

N ID O D E CIGÜEÑAS

OE

S.CONZALEZANAYA

LA ORAdÓN OE LA TARDE comMd a Ooiuélec Anaya en autor de gran público. (Co aeb ntoea se han ranOdo aoOS eleaiplaiia>, LAS BRUJAS OE LA OUStÓN le screditd de gran noveliafoe

Pero dóto

N i d o d e c i g ü e ñ a sha satlsredio ptenamenie a crtricos, público y al propio amor. De esK ia>ra que todos undiii- memenie proclaman dovcIb ezcepdoiiel, acaba <k ponerse a la venís una nueva cdlddn vea- iklo con lulojo ropale. como LA ORACIÓN DE LA TARDE, el precio uaual de 6 ptas.

UN BUENLIB

Ayuntamiento de Madrid

fo

de baño y empecé a afeitarme, me pa­reció que se disipaba en parte la confu­sión mental en que había estado sumido durante todo el día.

El misterio de la fi^a de Sam Wong la muerte que recibió, era, sin duda,

o que dominatía en mi mente. El muerto era un chino vulgar, en tanto que Sing Ling, hombre muy astuto, era capaz de haberse quedado con las joyas. En­tonces pensé en las razones que habría podido tener para desear una conver­sación conmigo. Me quedé reflexionando, con la navaja en alto, sorprendido al recordar que Sing Ling se había limitado a preguntarme por la salud de Sam Wong, de cuya muerte estaba ya enterado. Sobre todo, era mny rara su pregunta de si el muerto había vomitado a conse­cuencia de habérsele administrado el cloroformo.

De pronto, se me ocurrió una idea que explicaba aquel misterio, y tal fué la impresión que recibí, que me corté ligeramente el cutis. Sin duda, Sing Ling se íijcuró que, preocupado por mi punto de vista profesional, yo no daría a su pregunta la importancia que en realidad tenia. Por eso no la dirigió al inteligente y astuto sheriff, sino a mí. No mani- íestó ningún interés hacia mi indispo­sición, sino que solamente me preguntó si Sam Wong había hecho una cosa que, en circunstancias normales, no le cos­taba nada de hacer,

¿Sería posible que yo hubiese pasado la noche a pocas pulgadas de distanda áe imas perlas que valían dosdentos cincuenta mil dólares? ¿Acaso Sing Ling creía que Sam W oi^ poseía aún e n d

esófago las preciosas perlas? Si, en efecto, Sam Wong poseía la habilidad de ocul­tar diminutos objetos en el esófago para devolverlos cuando lo deseara, no hay duda de que estaba capacitado para ocultar grandes fortunas en joyas. Esto era un don predoso para un contra­bandista de piedras predosas. ¿Se habría dedicado a eso Sam Wong? ¿Por qué no? En Stony Creek ejerció de lavan­dero durante unos meses solamente, y se ignoraba a qué actividades se dedicó antes. Además, era amigo de Sing Ling, de quien se sospechaba que estaba en reladones con la gente del hampa de casi todas las dudades de la costa. Era posible que aquellos dos orientales hubie­sen ido a ocultarse en Stony Creek, mientras las autoridades íos buscaban en vano por el barrio chino de San Francisco.

Era, pues, evidente que si yo inter­pretaba bien el sentido de la pregunta de Sin Ling, existía la posibilidad de hallar en el esófago del muerto la razón del silendo que guardó hasta el último momento.

Entonces recordé mi extraño sueño de la noche anterior y las palabras «Ver­daderamente vamos a tientas. Pero es posible que estén aquí.»

Esta frase surgió, de pronto, ae mi mente subconsdente. ¿No era posible que Sam Wong se hutiese tragado las perlas y las tuviese aún en su interior?

En tel supuesto, yo podria ser el pri­mero en examinar el cadáver y, por tanto, recobraría las perlas por cuyo hallazgo se ofreda una verdadera for­tuna.

........................................................

n a d a d e s u e ñ o s d i s p a r a t a d )los viajes Interplaneta- ríos sonposfblesyno tar­darán en rea lizarse .

un disparo al ínfinlíod e o t i o w l l l y ¿ a i l

nueva e Interesantísima novela de la ccolecdón aventura», y comprende­rá que el dominio del universo por el hombre será p ron to una bella

!-! realidad ¡-i

precio del libro:Z pesetas

e d i t o r i a l j u v e n t u d , $ . a .provenza, 214 = b a r c e l o n a

El juez. — ¿D o m ic ilio ?El detenido. — L ista d e correos .

Y entusiasmado por esta idea, acabé de afeitarme y me dispuse a salir de casa.

Como seguía picándome la diminuta herida de la muñeca, pensé en desin­fectarla con una gota de yodo. Al hacerlo, me fijé en la supuesta mordedura de insecto, que más bien parecía el pin­chazo de una aguja de myecdón hjpo- dérmica. ¿Dónde me lo habrían daao? ¿Me ocurrió algo mientras dormía junto al cadáver? ¿No se debería a eso mi ex­traño sueño y la pesadilla que sufrí? En vano quise alejar tales ideas de mi mente, porque, por momentos, me asediaban con mayor intensidad. Tal suposición explicaría mi mareo y el vómito que atribuí a la cena.

Siendo cierto que las personas que han aspirado cloroformo suelen vomitar al recobrar el sentido, ¿no podria ser que me cloroformizaran y. además, me die­ran una inyección? Aunque todo ello no pasaba de ser una conjetura, tuve ya ia certeza de que durante el sueño me liabía ocurrido algo raro, sobre todo recordando las pdabras oídas o que me pareció oír durante la pesadilla.

Tomé el sombrero y me apresuré a salir, decidido a hacer la autopsia del cadáver. Como era probable que Sing I,iug quisiera hacer algo por el estilo, era preciso no dejarse anticipar de nadie.

Una vez en la calle, contuve mi im- jaciencia al ver al doctor Beecher, gue lablaba con Jimmy Yoimg, un indivi­

duo que tenia' ia debilidad de no pensar más que en caballos.

Entonces se me ocurrió otra idea.Suponiendo que me hubiesen cloro­

formizado, dándome lu ^ o una inyección, para que durmiese hasta el medio día, ¿quién habría podido hacerlo, aparte del doctor Beecher? Este y Shifty Joe fueron vistos la noche anterior en las cercanías de la cabaña.

Mientras pensaba en esto, me detuve un momento en la acera, di media vuelta y volví a entrar en la oficina. Deseaba reflexionar acerca de todo ello. Una vez arriba, me asomé a la ventana y vi que el doctor Beecher se disponía a entrar en la casa, después de dejar a Jimmy Young, pero volvió a su laao para cam­biar imfl.Q palabras más con él! Me qu^ daban, pues, pocos momentos disponi­bles.

¿No sería posible que el doctor des-

65

010502100000010113020200000001050210100906010502000001010502100006010505020000010102021006060502100906060505103906060202100000060502021000060505022600110606050502100051010510000001130502

Ayuntamiento de Madrid

1(1\v

i!

y

W:

• •

D0§ OBRAS (ilTIMAMENTE PIBLICADAS EN LA COLECCIÓN

LOS GRANDES HOMBRES

B É C Q U E RP O R

JOSÉ ANDRÉS VAZQUEZ

La v ida b rev ís im a d e l a u to r de la s R i ­m a s n o a b u n d a en h e c h o s tra sce n ­d en ta les , p e r o sí tiene en ca d a u n o de su s p a s o s u n m u n d o in fin ito d e ideas y se n tim ie n to s , q u e s ó lo u n esp íritu d e lica d o y p u ro c o m o el s u y o era ca ­p a z de p e rc ib ir . Y J osé A n d ré s V á z ­q u e z , en esta o b ra , h a s a b id o ir d e s ­c o m p o n ie n d o ese m u n d o b e cq u e r ia n o d e l sen tim ien to y d e la id ea c o n una p re c is ió n y d e lica d e za d ig n a s d e l re s ­p e to q u e m ere ce e l in c o m p a r a b le p o e ta

sev illa n o .

R U B É N D A R Í OP O R

GUILLERMO DÍAZ PLAJA

L a fig u ra de R u b é n D a r ío , tan c o n o c i ­d a p o r el fe rv o r q u e h a s u sc ita d o su o b ra , e s tu d ia d a en a sp e c to s p arcia les p o r n u m e ro s o s en say istas , se en cu en ­tra fa lta d e e s tu d io s q u e la en foq u en de u n a m a n era g lo b a l, en la to ta lid a d de su tra scen d en cia . E sta o b ra c o n s t i ­tuye q u izá la m á s co m p le ta a p o r ta c ió n c r ít ica q u e se h a p u b lic a d o s o b r e la o b ra d e l gran p oe ta , y p resta un servi­c io im p o r ta n t ís im o a t o d o el q u e se in terese p o r la figu ra d e l l ír ic o de

N icaragu a ,

UN TOMO CON NUMEROSAS ILUSTRACIONESEn tela y o r o ..................................................... 4 pesetasEn rú stica ...........................................................3 »EN TO D A S LAS LIBR E R ÍA S D E E SPA Ñ A Y AMÉRICA

G E N E R A L D E P U B L I C A C I O N E S , S .E D I T O R E S

Calle de la Diputación, núm. 211. Barcelona

L IB R E R ÍA aEL H O G a R Y L A M O D A » , V a lv e r d e , 21 dupl.® — M a d rid

DE VENTA

S O C I E D A D A.

Ayuntamiento de Madrid

pués de abril el esófago de Sam W'ons lubiese ocultado las perlas en la oficina? ¿Las llevaría aún consigo? Esto último no era probable, pues temería que le registrasen los agentes del sherif), según le ocurrió la noche anterior, después de cometido el crimen y antes de que él mismo fuese a acostarse. Era muy pro­bable por tanto que las perlas estuviesen ocultas en la habitación en que yo me hallaba.

Me empeñé eu encontrarlas. ¿Donde convenía ñuscar? Indudablemente, eu al­gún lugar raro. ¿Metidas dentro de al­guna totella de medicamento’ No, por­que cabía la posibilidad de que yo se la hubiese pedido prestada. Tampoco era probable que estuviesen en el almoha- oillado de su mesa de operaciones, ni detrás de los libros de su biblioteca. En ninguno de estos sitios se hallarían bas­tante seguras.

Al mirar de nuevo la ventana vi que Beecher se despedía de Young y venía en direcdón a la oficina. Ya no había tiemjX) para buscar, pues sólo me qitefeban unos segundos. Necesitaba una inspiración. Me golpeé la frente con la mano, concentrando todas mis fuerzas mentales y, al pasarme la mano por el cabello, toqué tmos fragmentos de goma de mascar, que aun estaban pegados enél-Se me ocurrió una idea con la rapidez de! rayo. Beecher solía mascar tabaco, y, sin embargo, allí había algunos trozos de goma de mascar. El doctor estaba ya a muy pocos pasos de la puerta de la casa, pero aim había de cruzar la acera y subir las escaleras. Sin'vacilar lo más mínimo, tomé un pañuelo, lo extendí sobre la mesa y luego fui depositando rápidamente en él los pedazos de goma de mascar que desprendía del lado in­ferior del cajón del escritorio. Oí los pa­sos del doctor, que subía ya la escalera y, precipitadamente, pasé la mano por el lado inferior del cajón, para ver si quedaba todavía algún otro trozo de goma de mascar. Ya los tenía todos, ex­cepto el que se me pegó en el cabello, el cual estaba todavía en el cesto de los papeles. Mas ya no tenía tiempo de reco­gerlo. Cogí el pañuelo que contenía los trozos de goma, y lo oculté debajo de mi sombrero, que me encasqueté con

— ¿ P o r q u é es tá s eu la cá rce l? — P o r estornudar.— ¿ Y qué h a d a s?— L im piaba un piso .

fuerza. Hecho esto, crucé la estancia y la puerta, donde encontré a raí co - lega.— ¿Ha visto usted a Shifty Joe? — le pregunté con cuanta indiferencia me fue posible.

— No.— Ha estado aquí tres o cuatro veces.

Parece que le interesa mucho verle a ust«i.

— iQue se vaya al diablo! — mur­muró Beecher. — ¿Le ha dejado usted solo en la oficina?

Al contestarle afirmativamente, me ex­trañó que manifestase tal desprecio por su compañero de la noche anterior.

— Si le veo, le diré que está usted aquí, ¿eh? — añadí.

— Mejor será que no le diga nada, porque ya estoy harto de éL

Y, profirlenSo otra maldición, el doc­tor dió un puntapié al cesto de los pa­peles, sin duda deseando tratar de igual modo a Shifty Joe. Como es natural, se desparramó por el suelo el contenido del cesto.

Por razones que yo solo conocía, me dispuse a mostrarme servicial y empecé a recoger los papeles.

— No se moleste usted— Conviene recogerlos — contesté. —

Hay que tener limpia la ofidna.Al mismo tiemiio cogí entre los aedo.s

el pedazo de goína de mascar que me faltaba y, una vez To tuve disimulado en mi poder me dirigí hada la puerta, didendo:

— Si le encuentro, le diré que está usted aquí.

Y cerré la puerta con ruido, mientra él se quedaba maldiciendo. Era evi- dénte que no redbiría muy bien a Shif- to Joe, si yo lograba encontrarle y man­dársele.

En el hall, cuando me disponía a bajarla escalera, me quité el sombrero y guardé

con- sus compañeros el trozo ae goma que guardaba entre los dedos. Luego vacilé un momento, en mi deseo de exa­minar si en realidad los pedadtos de goma contenían algo, pues si bien po­dían contener una fortuna, también era posible que me equivocase.

Mas antes de que pudiese poner ra obra mi proyecto, aparedó Wallace Fi- siier, uno de los ingenieros de minas de la compañía. Me apresuré a ocultar d pañuelo en el sombrero, en tanto que Fisher me saludaba.

— Todo el mundo habla de usted, querido doctor — me dijo.

— ¿De mi? — pregunté distraído, sm pensar más que en lo que llevaba oculto debajo del sombrero.

— lOaro está! Es usted un hombre extraordinariamente sereno. Y puedo gurafle que hoy tiene muchos admira­dores.

Hadendo un esfuerzo, me fije en lo que me decía, aunque mis pensamientos estaban concentrados en otra cosa.

¿Se refiere u.sted al hecho de haberdormido al lado de un muerto?

¡Claro está! Cuéntemdo todo, hom-bre.

Pues no hay nada que contar. Sen­cillamente, que estaba muy fatigado y no quise arrostrar la tempestad para volver a casa.

Y luego se durmió usted tau pro­fundamente, que aun a las doce del me­diodía resultó difícil despertarle.

Es preciso recobrar el sueño per­dido cuando es posible — le contesté. ¿Adónde va usted ahora?

— A! banco.

— ¡A h o ra m ism o m e vas a en señ a r los d oca m en íos d e iden íidad!

— ¡C a lle u sied , h om b re! ¿ N o v e que v ia jo d e in có g n ito ?

¿Al banco? El establecimiento ban­cario se hallaba contiguo al almacén de la compañía. Entonces recordé que yo tenía alquilada una caja en la camera acorazada, Guardaría, pues, el botín en la caja acorazada, y cuanto antes mejor, para no correr el pelÍCTo de que me lo encontrasen encima. Deseaba examinar el cuerpo de Sam Wong y comprobar mi hipáesis, pero, mientras tanto, pup- to que no tenía tiempo de examinar los pedacitos de goma, valía más que los pusiera a buen recaudo. Es cierto que m i primer propósito fué ir a ver al sh e n fj, pero éste podía aguardar, sobre todo exis­tiendo la probabilidad de que quizás más tarde podría darle una sorpresa dramá­tica.

Hablé un poco más con Wallace Fis- sher y luego me detuve a la puerta del banco con objeto de separarme de él. Durante un minuto continué en ia puerta del banco, pensativo y asaltado por nu­merosas dudas. En resmnidas cuentas, era una ridiculez por mi parte el haber guardado los pedacitos de goma de mas­car y más aun ío sería meterlos en la caja de caudales. La idea me pareció sencillamente idiota, porque no tetoa ningún motivo serio para creer que los pedacitos de goma pudiesen ocul ar las perlas que se andaban buscando. Como en los casos anteriores, atribuí también mi tonta conducta a la impresión de lo ocurrido durante la noche anterior y al efecto de las substandas químicas que quizás me propinaron.

Pasé un mmuto muy desagradable en mitad de la calle, esforzándome en pensar daramente después de la- tadóu del registro que había practicado en mi propia ofidna. Predsainente en aquel instante pude ver a Shifty Joe que daba la vuelta a la esquina, y su sola presenda fué bastante para hacerme recobrar la confianza en mis presimdo- tlBS

¡Hola, Joe! — exclamé. — E l doc­tor Beecher le está esperando en su ofi­dna.

En cuanto se fué, di rápidamente me­dia vuelta y; me metí en fe pequeña ofi­cina bancaria,

Me redbió el cajero, quien se apre­suró a acompañarme a la cámara aco-

67Ayuntamiento de Madrid

Ü N A T R A C O * por Sainz de Morales

— ¡A l io ! L a bolsa o la vida. Y n o grite usted, p orqu e le a travieso con ¡a navajiia . ¡P o r D io s , señ or la d rón ! Q ne n o u

tnds que este d u ro p a r a toda m i vida

rarada, provisto de la llave con que había de abrir la segunda cerradura de mi caja de alquiler. Í3e igual modo como lo había hecho el ingeniero, empezó a hablarme de mi ya famoso acto ^ sere­nidad, a lo cual no le luce absolutamente n ii^ n caso, pues estaba muy preocu­pado por no m ber tenido todavía opor- tuiudad de sacarme el pañuelo del in­terior del sombrero. Aprovechando un momento de distracción del cajero, sa­qué el pañuelo, me apresuré a meterlo en la caja, cerré la puerta y di vuelta a la llave.

— Guardando otro paquetito de polvo de oro, ¿eh? O quizás sou diamantes,

— A usted le importaría exactamente lo mismo si acabase de guardar alií el collar de perlas que vale doscientos cin­cuenta mu dólares — contesté

— ¡Caramba, doctor! No había pen­sado en eso — contestó riéndose. ¿Nolo han encontrado todavía?

— ¿ P o r q a é m otivo r o b ó u síed lo s tres k ilo s d e lon ga n iza ?

— S eñor..., s o y un p a d re d e fam ilia qa e... que...

— E s o n o e s ra zón . Y o tam bién so y p a d re d e fam ilia y n o s e m e ha ocu rri­d o ro b a r a nadie.

68

El guardia. — ¿ P o r que s e r íe u sted? El herido y atracado.— P orqu e el duro

gu e se lleva ése es d e p lom o.

— Creo que no.Me despedí del cajero y, como no de­

seaba intervenir en la entrevista del doc­tor Beecher con Shifty Joe, resolví di­rigirme a casa del sheriff. Mi sospecha era que aquella entrewsta resultaría en extremo interesante, porque uno acu­saría al otro de desleaftad. Si Alan Bee- ^ e r , doctor en mediana, había descu­bierto que le faltaba algo, no dejaría de aaisar a su compañero, quien segura­mente rechazaría indignado sus pala­bras y echaría a su cómplice la culpa de lo que ocurría, de modo que la atmós­fera se caldearía quizás demasiado.

Al llegar a su casa, encontré aXYsheriff fumando a la puerta.

— Buenos días, doctor,— ¿Cómo está el misterio? — pregunté

eu curato me vi en su despacho, a solas con él,

— Más misterioso que nunca, doctor — contestó, pensativo, — Sobre todo me extraña mucho el hecho de que el mesüzo Jorge abandonara la cabaña anoche después que usted se durmió, ¿be ha fijado en este detalle? • -

¡OL) Es un muchacho supersticioso, be asustó y no pudo resistir la situación.

Eso no acaba de explicar el hecho ¿No iría a ocultar algo?

—¡ Estoy seguro de que se equivoca, snertff. ¿Le ha dicho usted por casualidad a Smg Ling qne, al despertar este me­diodía, estaba yo indispuesto y devolví la cena?

No. Ni nadie más ha hablado con él. ¿Lo sabía?. ~~ No; pero, en cambio, me preguntó

SI Sam Wong había vomitado antes de mora.

— ¿De veras? ¡Demonio! — exclamó shertff tomando el sombrero y po­

niéndose en pie.Se explicaba muy bien que aquel hom­

bre fuera sheriff, porque en un instante se hizo cargo de la idea que a mf me había costado algún tiempo descubrir.

— Espere un momento — añadí. __Me dijo también que ese Sam Wong sa­bía vomitar con la mayor facilidad,? j .

— ¡Al pelo! — conduyó d sh erijj en­casquetándose d sombrero, — feirital caso el asunto se simplifica mucho.''

— No tan aprisa, sheriff. ¿No le ha contado Frank que yo estaba muy ma­reado al despertar?

— Sf, ya me lo dijo,,— Pues ahora vea usted esto ■— aña­

dí, mostr^dole d pinchazo que tenía en la muñeca. — Esto parece debido a una aguja hipodérmica.

I.uego le expliqué mi curioso sueño y le referí mis suposiciones con respecto a la cloroformización y lo demás,

— Aliora, sh eriff — añadí. — vamos usted y yo a examinar el cadáver de Sam Wong. Anoche sólo tenía ima herida en d hombro. A ver qué encontraremos ahora. Tengo la idea,..

El doctor Bailey abriga la esperanza de que encontrará el collar de perlas, que quizás está aún oculto en el cadáver de Sam Wong. ¿Está en lo cierto? Léase el número del próximo mes de diciembre de ORAN PROYECTOR y se verá lo que ocurrió al examinar el cadáver de Sam Wong.

— S eg u ra m en te es ta rá u sted a rrep en ­tid o d e h a b er a rro ja d o a la ca lle a sa m u fer d esd e e l p r im er p iso en que vi- len , ¿ v e r d a d ?

— ¡V a y a s i lo e s to y , s eñ o r escriba n o! ¡H u b ier a s id o m e jo r a rro ja rla d esd e la a zo tea !

Ayuntamiento de Madrid

N U E V A E D I C I O N D E

M O D O S DE DEFEN DERSE

EN LA CALLE, SIN ARM AS

L eccion es prácticasde b oxeo, jiu-jitsu, lucha grecorromana, etc.

p o r e l D o c t o r S A IM B R A U M

PRINCIPALES PUNTOS TRA­TA D O S EN E STA O B R A :

PUÑETAZOS. - ZANCADILLAS. GOLPE» CON LOS PlcS.-TOKCE- D U RAS.-G O lPES DADOS CON LA CABEZA. - REGLAS GcNERALES PAKA DEFENDERLE EN UN COM. BATE.-O B ERVACIOINES GENERA. LES SOBRE El CUERPO A CUERPO. GOLPE CON LA ROD1LLA.-GOLPE OE LA HORQUiL L A .-G O lPE CON EL SOMBRERO O La GORRA. PARADAS EN UN CUERPO ACUER- PO.-ALGUNOS GOLPES UE APA- CHE.-D eFENSA EN EL SUELO, etc.

Un tom o con profusión de fo togra fías y dibujos . . . . A p ta ».

De venta en todas las librerías de España y América y en la Adminis­

tración de

G B A N P R O Y E C T O RD ip u t a c ió n . 2 1 1 . B a r c e l o n a V alverde. 21 du plicado , M adrid

Utilice el siguiente cupón, que le da derecho a recibir la obra en su do­micilio, Ubre de gastos de envío.

GRAN PRorecToaAf3ro<leceré m e rem ítan un ejem plar de ía nueva edición de ía obra M odos d o defon- d e rse en la ca lle , s in arm as, por e/ Dr. Saímbraurn, cayo importe d e 2 pesetas remitopor giro postai n-®................. —adjunto en seltos

de correo (eertifícando ía carta).

El H o m b re q u e P a só a la C uarta D im e n s ió n(C ontinuación de la p á g in a 21 )

Nombre , , Domicilio Población Provcncta Fecha . . . .

Me reí de un modo forzado y me qui­té la cadena de plata que. sin sostener cosa alguna, lucía sobre el pecho, coa los extremos ocultos en los dos bolsi­llos del chaleco. Solamente colgaba del mosquetón una chapa de identificación de ima compañía de seguros contra ac­cidentes, El reloj lo había empeñado.

Helming fué lo bastante discreto para fingir que no se había dado cuenta de mi embarazo y empezó a descender por una escalera de madera que conducía a la estancia secreta. Luego oprimió ua botón y el techo volvió a ocupar su primera posición.

Vime en un pequeño cubículo de unos cuatro metros de altura y de ancho y largo semejantes. La máquina, que ocu­paba el centro de la estancia, tenía un aspecto muy raro y parecía estar cons­truida con un metal blanco muy bri­llante. Tendría la altura de im metro veinte, sesenta centímetros de ancho, y cerca de dos metros y medio de largo. La constituían una serie de largas va­rillas, cuyos extremos estaban fijos en cojinetes de cristal o cuarzo. La parte alta era plana y en el centro se vd a un cuenco de cuarzo, lleno demercurio. Pero resultaba muy difícil hacerse cargo de su construcción, porq^ue la brillante luz verdosa que resplandecía en la super­ficie confundía la mirada y borraba los detalles.

En cada uno de los extremos de la máquina se vd a un asiento. Mientras examinaba d que estaba más cerca de mí, me fijé en una palanca especial que tenia debajo, de manera que por vez primera creí que Helming no se pro­ponía bromear a mi costa. Esta palanca, de aspecto muy sólido, tenía unos quince centímetros de largo. Luego se desva­necía en la nada. No puedo explicarlo. Una barra de metal, de grueso suficiente para que la mano pudiera asirla, pero que estaba fantásticamente incompleta. Podía ver perfectamente dónde termi­naba el metal y dónde empezaba d es- jacio libre, pero no se vd a en absoluto a terminadón d d mango de la palanca.

—. El resto se halla en la cuarta di­mensión — me explicó Hdming. — Sería desagradable no poder volver cuan­do se esté allí. Por eso hice de manera que d mango pudiera asirse también desde la cuarta dimensión.

Viéndole contemplar, pensativo, su obra, me convencí gradualmente de que aqud hombre había logrado lo impo­sible.

— Oiga, Strome, voy abacería prueba definitiva. ¿Quiere acompañarme usted en el intento? La máquina ha sido cons­truida para dos.

Vadlé antes de contestar, y Helming añadió:

— Comprendo que no debería haberle pedido eso, pues tal vez haya pdigto.

Como im muchacho cuyo valor se pone en duda, me atreví a hacer entonces lo que de mí no se habría logrado después deunahora de suplicas y de argumentos.

— Me aventuraré con usted — con­testé resueltamente.

Sin añadir ni una palabra más, H d ­ming ocupó d asiento inmediato a laÍaianca de la máquina fantástica. Y o

e imité yendo a sentarme en d otro. Mi amigo apoyó la mano en la palanca y me miró. Tenia d rostro pálido, pero sin temor alguno en los ojos.

A mi me latía el corazón con extrema violencia, como si quisiera desprenderse de los músculos que lo sujetaban. Ade­más, tenía todo el cuerpo cubierto de frío sudor,

— ¿Está usted dispuesto? — preguntó muy tranquilo, con ima sonrisa alenta­dora.r. Y o afirmé coa un movimiento de ca­beza.

Oprimió la palanca. El mercurio, que llenaba el cuenco situado entre ambos, empezó a girar y a tomar la forma de una seta, mientras subía en su conti­nente. Ziunbaban las palancas y toda la máquina palpitaba como im ser vivo que tratase de tomar impulso para arrojarse al espado. E l zumbido se convirtió en un cliillido estridente, que me dejó sordo hasta que adquirió una intensidad in- apredaijle ya para d oido humano. Ex­perimenté luego la desagradable sensa­ción de ser arrojado al espado y apreté los dientes y las manos, como dispo­niéndome a chocar contra las paredes.

1"\E pronto, se hizo un silencio abso- ^ luto y cesó todo movimiento. Y o se­guía sentado en d mismo sitio, respi­rando con fuerza, sudoroso de miedo y mirando, recdoso, a Hdming. N o había ocurrido ningún cambio.

Por un momeuto estuvimos mirán­donos. Luego en su rostro apareció la expresión de extrañeza y le oí decir:

— Es raro. No sé qué ha podido fa­llar.

Pero realmente había ocurrido algo. El gato saltó a las rodillas de Hdming y se frotaba muy a gusto contra su brazo.

— Por lo menos he logrado traer el gato a nuestro mundo — observó tris­temente.

Y o me disponía ya a decirle que desde d primer momento había sospe­chado que se trataba de uaa broma, cuando el gato dió un salto desde las rodillas de mi amigo y, atravesando d cuenco de mercurio, se vino hacia mí. Era maravilloso ver al pobre fd in o atra­vesar la materia sólida. Extendí entonces la mano derecha hada d animal y apoyé la izquierda en las barras niqudadas de la máquina. Mejor dicho, crd que la apoyaba, pues estuve a punto de caerme del asiento cuando la mano pasó a través del brillante metal, como si uo fuese más que de aire.

— V a estamos — exdamó Hdming muy alegre al mismo tiempo que abando­naba su asiento.

Y o le seguí y los dos nos quedamos ante la máquina, viendo cómo metíamos las manos a través de la masa sólida, sin encontrar más resistencia que la que ordinariamente se encuentra ante d humo.

Entonces experimentamos otra sensa­ción muy rara, que fué la de haber per­dido d peso de nuestros cuerpos. Helming saltó hacia la escalera y, temiendo yoSuedarme solo, me apresuré a seguirle,

o se detuvo para hacer correr de nuevo d techo, sino que lo atravesó y se perdió de vista. Sin perder momento, yo tam­bién atravesé el techo y me hallé en d laboratorio, al lado de m i amigo. La es- tanda tenia el mismo aspecto de antes, aunque la luz que entraba por las ven­tanas se parecía mucho a la del amanecer. Me asomé a ima ventana y vi que el sol estaba todavía muy alto en d cido,

69Ayuntamiento de Madrid

si bien su luz era pálida, anaranjada, y no daba calor perceptible.

Me volví a Helming, que decía:— La materia de tres dimensiones ha

cesado de existir a no ser para nuestros ojos. Se ha desvanecido, además, todo sonido.

— Y a había notado yo el silencio ab­soluto que nos rodea — observé — y, en cambio, nos oímos perfectamente.

— No es así — contestó él. — Lo que pasa es que ha estado usted leyendo mis pensamientos, como yo leo los suyos. -Míreme. No muevo los labios y, no obs­tante, usted sabe lo que digo.

f e a cierto. Pero no tardé en observar que solamente podía leer aquellos pen­samientos qne, puestos por él en pa­labras, tenía la voluntad de exteriori­zarlos, Se lo hice notar y éi me con­testó:

— Así es. Cuando formamos una idea y deseamos exteriorizarla, es como si la transmitiésemos por telefonía sin hilos, lo cual quizás sea cierto — añadió son- riendo-

— De todas maneras, resulta raro que no haya ninguna vida en esta cuarta dimensión — murmuró pensativo. — A decir verdad, esperaba que este espacio estaría habitado.

Ningún sonido vem'a a turbar aquel silencio mortal, pero de un modo instin­tivo ambos nos volvimos hacia la puerta del laboratorio. Dos hombres mal ves­tidos y sin afeitar miraban a través de la puerta, adoptando las mayo­res precauciones. Penetraron ea cl la­boratorio y cerraron cautelosamente la puerta. No cabía duda. Los dos des­conocidos eran rateros dispuestos a apo­derarse de cuanto cayese en sus manos.

Resultaba muy raro verlos allí, ha­blando con palabras inaudibles y sin que se dieran cuenta de nuestra presencia. Llegaron al banco en el que dejáramos nuestros efectos personales, se apode­raron del dinero y de mi cadena de relqj y imo de ellos se puso el gabán de Helming. Vimos entonces que el gato subía a su vez del sótano, y, acercándose a ellos, se puso a mauilai. Los ladrones lo oyeron, pero, como no podían verlo, se asustaron y echaron a correr hacía la puerta, en tanto que Helming y yo les perseguíamos. En un momento les alcanzamos, pero habíamos olvidado que no nos era posible tocarles ni hacernos oír de ellos. Helming les dirigió algunos apóstroíes y su mano se tendió para coger por eí cuello a uno de ellos, pero el caso es que la mano atravesó el cuerpo del ladrón sin que le fuese posible aga­rrarle.

Vimos cómo echaban a correr por el jardin, escalaban la tapiay desaparecían sin que nosotros tuviésemos la posibi­lidad de detenerles.

Helming volvió con objeto de dirigirse de nuevo a la habitación secreta, pero cambió pronto de idea.

— Lo más probable es que no podamos ya hallarles. Este es uno de los incon­venientes de la cuarta dimensión,

Luego se quedó mirándome y añadió:— Será curioso averiguar si somos

mutuamente tangibles.Se acercó y me puso la mano en el

hombro y yo la sentí muy bien. Alargué entonces mi propia mano y encontré su cuerpo sólido y tangible.

— Me parece que estamos realmente en la cuarta dimensión — dijo. — Po­dremos, pues, atravesar sin inconve­niente la materia de la tercera dimensión, pero no la déla cuarta. De todasmaneras, me sorprende que los ladrones oyeran

70

G R A N D IC C IO N A R IO

C U Y Á SI N G L É S - E S P A Ñ O L

S P A N I S H - E N G L I S H

R E D A C T A D O P O R E L F IL O L O G O

A r t u r o C u y á s A r m e n g o lR E V I S A D O Y A U M E N T A D O P O R

A n t o n i o C u y á s A r m e n g o lE N C O L A B O R A C IO N C O N

A li ie r lo d e l C a s t i llo Y o r r l laD octor en Historia y Letras, Proteior de la

Universidad de Barcelona,

Según l»s grandes léxicos: Oxford Webster, Standard, etc., y la última edi­ción del de la Real Academia Española

liNniiiiinin C O N TIE N E -Vocabulario com pleto, cientillco y m oderno, con todas las acepciones posibles de las palabras; pronuocia- eién figurada de cada vocablo ; ver­bos leliexivoB e irregulares, con los tiem pos fundamentales de estos úl­tim os; terminología técnica y cien­tífica especializada; nom bres pro­pios; millares de m odism os y refra­nes, com o no se bailan en ningún otro diccionario de esta clase; habla popular inglesa y norteamericana; dllerenclas ortogrúficas entre Ingla­terra y ios Estados Unidos; com ­

pendio de gramútica inglesa.

Más de 150,000 palabras. — Más de100,000 frases y m odism os.— Másde 1.000,000 de acepciones. — Más

de 1,300 páginas de texto.

Un / orn o l u jo s a m e n te e n c u a ­d e r n a d o e n t e t a y p i e l 25 p ta * .

Sociedad Geoeral de Pabücacíooes, S. L--------------------------------- E D ITO R E S ---------------------------------

Dlpnlación, 211.-BARCELONA

De venta en las principales II- brerias de España y América

L ib r e r ía EL HOGAR Y LA HODAValverde, 21 duplicado. - MADRID

al gato y, eii cambio, no nos oyeran a nosotros.

Llamó entonces al gato, el cual fué a restregarse contra sus piernas. Mi amigo se inclinó para tocar al animal, y su mano pasó a través del cuerpo de éste.

— Mi primera teoría es cierta — ob­servó satisfecho. — Este animal se halla entre dos dimensiones, Ahora salgamos a ver qué aspecto tiene el mundo.

Y, atrevidamente, atravesólas sólidas paredes del laboratorio.

Emprendimos un extraño viaje a tra­vés de un mundo silencioso, aunque en eu el más transitado barrio de Brooklyn, sumidos siempre en una semiobscuridad. Pasábamos a través de las personas que gesticulaban y hablaban en silencio a nuestro alrededor. Nos atrevimos a cru­zar la calle sin hacer caso de ios auto­móviles, que parecían incorpóreos, y has­ta atravesamos un autobús lleno de pa­sajeros. Luego, impulsados por ima ex­traña locura, penetramos en un banco a través de sus paredes, franqueamos sin dificultad la reja que conducía al só­tano donde se guardaba el dinero, cru­zamos junto a un soñoliento guardián y, finalmente, llegamos al corazón del arca de caudales, en donde encontramos numerosas y ordenadas pilas de sacos de oro.

Helming m ovió su pie por entre las talegas y, riéndose, exclamó:

'— Bien seguras están de nuestra co­dicie.

Salimos decidiendo atravesar una fila de casas. En una de ellas sorprendimos a una mujer muy ocupada en la cocina, y en otra vimos a una joven que estaba tomando im baño. Entonces retroce­dimos con objeto de seguir andando por las calles. Helming se detuvo junto a una esquina muy transitada, en donde numerosos seres fantásticos e incorpó­reos pasaron junto a nosotros e incluso a través de nuestros cuerpos.

— No puedo negar que siento cierto desencanto — observé a m i compañero, el profesor. — Me figuraba que esto seria aigo distinto, y, desde luego, más atractivo.

Mi compañero, inclinando pensativo la cabeza, preguntó:

— ¿No oye usted unas voces débiles?— Sí, señor — repliqué. — pero hasta

ahora me habia figuiaao que era un sil­bido de mis oídos.

— No. Me parece que oigo voces, como si alguien quisiera decirnos algo.

Escuché atentamente y me paredó que, en electo, se perdbian imas pa­labras pronunciadas con voz tan suave y lejana, que no podía acabar de com­prenderlas. Por fin, me volvi a mi amigo y le dije:

— Me parece oír la palabra «ojos» o alguna que se le parece mincho.

— Por mi parte oigo casi perfecta­mente la palabra «cierren». «Cierren... Ojos» murmuró.

Luego, volviéndose a mí, exclamó;— Y a lo sé. Nos recomiendan que ce­

rremos los ojos.Así lo hicimos los dos y en el acto

desapareció la fantástica multitud, las penumbrosas calles y el apagado sol. Nos hallábamos en un dilatado valle rodeado de montañas, que elevaban sus verdes cumbres hacia un délo brillante, de color de zafiro. Sobre un prado de color esmeralda habfa bosquecillos de diversos árboles y todo el valle estaba adornado por las numerosas flores de mil colores diseminadas entre la hierba. Percibimos entonces el dulce aroma de

Ayuntamiento de Madrid

la tierra, la fragancia de las rosas y mil perfumes desconocidos, en tanto que re- s^onaban en nuestros oídos los armoniosos cantos de los pájaros."TPor unos momentos nos quedamos em­belesados, sumidos en tan peregrina be­lleza, y luego, como prueba, quise tocar una flor. Era perfectamente palpable entre mis dedos, lo cual me liizo compren­der que me hallaba en un mundo tan real como el que acabábamos de dejar.

Vimos un pequeño grupo de figuras, cerca de im Dosquecillo. Eran hombres y mujeres sonrientes, de rostros serenos, y vestían trajes muy tenues. Con va­cilantes gestos saludamos a aquellos des­conocidos seres. De pronto, dos mucha­chas se separaron del grupo y se acer­caron a nosotros. Y o miré a una y me pareció belh'sima, pero su mirada estaba clavada en Helming; en aquel momento me fijé en la otra, que tenía los ojos como estrellas. Vino hacia mí con ojos sonrien­tes y, al llegar a mi lado, estaba yo de tal manera embriagado por su belleza, que no pude hacer más que mirarla en silencio. Me puso ella la mano en el hombro y me dijo’

— Bien venido, amigo.Lo mismo que yo y Helming, aquella

mujer tenía un aspecto fantástico, aun­que absolutamente material para el sen­tido del tacto. Y lo más extraño del caso fué que ni ella ni yo sentimos la menor timidez o cortedad, sino que nos reunimos como dos enamorados que hu- bifcsin estado separados por espacio de uuas horas.

Conocía mi nombre y, riéndose, se resistía a decirme el suyo. Por fin, supe que se llamaba Velma.

Me presentó a sus amigos y luego me llevó a ua pabellón de flores, en donde me comunicó algunas de las maravillas de su mundo, el de las cuatro dimensio­nes. Aquel día aprendí muchas cosas. Según me dijo, la tercera dimensión se hallaba dentro de la cuarta, pero era in­visible para los habitantes de ésta si expresamente no lo deseaban. En cam­bio. los habitantes de la tercera dimen­sión no podemos nunca conocer normal­mente la cuarta. Heltniug y yo éramos los primeros hombres modernos que con­seguían transponer la barrera que hay entre las dos. Pero no los primeros que habían llegado alll, pues los antiguos egipcios poseían el secreto, lo mismo que una raza civilizada que habitaba en el lugar conocido hoy día con el nombre de desierto de Gobi, en Asia.

Luego me explicó por qué la cuarta dimensión se hacía visible y tangible para mí y para Helming, en cuanto ce­rrábamos ios ojos.

— Cuando, cerrando los ojos, borráis el mundo fantástico de la tercera di­mensión, el o jo pineal — esa estructura vascular de color rojo gris que hay de­trás del tercer ventrículo del cerebro — empieza a funcionar y hace visible y palpable nuestro mundo. Los sabios, según ya sabes, han tratado de averimar su uso. Pero, como solamente puede fun­cionar en la cuarta cUmensión, no les ha sido posil/le descubrirlo, a pesar de toda su imaginación.

Pasé el día en compañía de Vehna, paseando por los umbrosos senderos y subiendo a las altas montañas con sólo el esfuerzo de la voluntad. Velma me recomendó una vez que abriese los ojos en la tercera dimensión y me v i en el centro de un tórrido y desolado desierto. Los cerré y, cien pasos más allá, volví a abrirlos. Entonces me v i en una im­portante dudad del norte de Europa,

Coleccidn de Novelas

WILLIAM J. LOCKE

El novelista más leído en todo d mundo, por lo humano de

los caracteres de sus persona­jes, por su fino humorismo y por sus acertados detalles de observación de la vida real. Sus obras están traducidas a

todos los idiomas.

O B R A S P U B L IC A D A S

LA GLORIA DE CLEMENTINA EL A M AD O VAGABUNDO

S É P T I M O EL VENDEDOR DE FELICI­

DADES MOORDIUS Y COMPAÑÍA LAS DIVERTIDAS AVENTU­RAS DE ARÍSTIDES PUJOL UN JOVEN AFORTUNADO

EN P R E N S A

S T E L L A M A R I S

P R E C IO S DE C A D A VOLU M EN B i i c a a d e n i a d o e n c a r t o n é , S p la a .

Solldte el cacáloso. que le envíe graUe.

EDICIONES' DE

Soeledad G eneral d e P n ilicaG lon es, S. i . Diputación. 211. — Barcelona

De venta en todas las librerías de España y América

Librería “ ElHuÉarylaMoila"V a lv e rd e . 21 d u p .-M a d r id

alumbrada por un sol que apenas se elevaba por el horizonte del sur.

— Cien pasos en la cuarta dimensión — me explicó Velma — pueden llevamos a cualquier punto extremo del mundo que has dejado.

Entonces yo pensé en mi madre. Mi compañera era tan buena, que no du­daba de que consentiría en que me ale­jase de ella por espacio de un día. Quería volver al mundo de las tres dimensiones, tomar a mi madre antes de que la ope­rasen y llevarla conmigo a aquel paraíso por medio de la máquina de Helming. No se me ocurrió ningún posible fra­caso ni que me fuese imposible volver,El funcionamiento de la máquina era muy sencillo, pues bastaba mover la pa­lanca. Pero tuve un presentimiento del peligro y entre burlas y veras dije a mi amada:

— Suponte que me volviese a la ter­cera dimensión y que luego no pudiera regresar a causa de una avería de la máquina. ¿Podrías lograr volverme a tu lado?

—■ No pienses en eso siquiera — con­testó asustada.

Pero yo insistí en la pregunta y al fin me dijo:

— No sé si podría... e ignoro si ten­dría el valor de arrostrar los efectos con­siguientes.

— ¿Cuáles son esos efectos?—■ Si yo íuese a tu mundo a buscarte

me explicó Velma, — tanto tú comoyo nos veríamos obligados a ir errantesSor el fantástico reino que hay entre los

os mundos, de la misma manera que tú y tu amigo ibais antes de cenar los ojos.

— ¿Y no harías eso por mí?— Creo que no tendría valor para

tanto — contestó.Y o le acaricié la mano, pensando en

que no habría necesidad de someterla a tal prueba.

Pasó la noche agradabilísima y al llegar a la mañana di e a m i amada que debía separarme de ella por corto tiem­po. Ella se negó, muy asustada, a de­jarme partir y cuando le di mis razones, explicándole que quería ir en busca de mi madre, me contestó que ya cuidarían de ella ios de su mundo.

Pero quiero evitarle el tormento dela operación.— repliqué.

— Y a ha sido operada. No, nada debía hacerse hasta den­

tro de unos días.— Nada te había dicho antes — con­

testó Velma, — pero sabe que ya hace dos meses que saliste de tu dimensión y no un día y ima noche como te figuras. Aquí el tiempo transcurre más rápida­mente.

Me enojé y ella se dolió de mi senti­miento, pero al fin accedió a mis deman­das y me llevó a corta distancia del lugar en que la v i por vez primera. Abrí los ojos y me encontré en una habitación del hospital, junto al lecho de mi madre. Y aunque la pobre en­ferma no podía verme ni oírme, pareció darse cuenta de m i presencia. Quise abrazarla, pero mis brazos no encontra­ron nada material que rodear. Noté que hablaba y a juzgar por el movimiento de sus labios comprendí que m i adorada madre decía:

— Roberto, Roberto mío. Vuelve y demuéstrales que eres inocente.

Y la pobre se echó a llorar.¿Inocente de qué? N o tenía más re­

medio que volver a su lado para conso­larla en sus últimos momentos, aunque tuviese que perdar mi nuevo amor por

71

Ayuntamiento de Madrid

liJI

D:s C 2 iiic = 2 ii» r c r 3 i i i ;

NAPOLEON«UJ

D

O

D

p o r H. a . LADREAIS FISHER

; Interesante Biografía WP PUBUCADA EN LA COLECCION

r LOS G r a n d e s H o m b r e s NLa gigantesca figura üel caudillo, que llenó con su grandeza todo un siglo de lahistoria de Francia y aun de Europa entera, y cuya sombra sigue proyectán­dose todavía ennuestros tiempos, apa­rece magníficamente descrita por la pluma de Laurens Fisher. Este escritor inglés, en una versión notablemente documentada, nos cuenta la vida del am bicioso emperador, su juventud, sus amores, sus heroicidades, su ambición misma que. com o imparcial y acertada­mente señaJa en esta excelente obra Laurens Fisher. tuvo que detenerse ante dos enemigos peligrosos que te salieron al paso: la iglesia católica por una par­le , y el espíritu de nacionalidad por otra, sintetizado en el alzamiento español.

Un tomo ilustrado con 32 artísticas fotografías

En tela y oro ......... 5 ptas.bn rú stica ............... 3‘50 ptas.

Otros títulos publicados en la colección LOS BBAilDES HOMBBfl

DANTE, por I. Vásquez Yepes. CERVANTES, por M,* Luz Morales. MOLIERE, por José Escofet. BISMSRCK, por A. Herrero Miguel. GOVfl, por T. Gutiérrez Larraya, VlüTOR HUGO, por A. H. Miguel. BECQUER, por J. Andrés Vázquez. RUBEN DARiU, por G. Díaz Plaja.

De venta en todas las librerfas de España y América

lo c le G a d B on eta l d e P ob licaG ion es , i. A.E D I T O R E S

Dipulacldo. 211. — B A R C E L O N A

Librería El Hogár y la ModaValverde, 11 duplicado.— M A D R I D

O

i1jooo

3 H ^ :s iiig 3 a H iig~ 3 iiig za ii;

toda la eternidad. Cerré los ojos y me vi de nuevo en la cuarta dimensión, acom­pañado de mi amada, y le dije:

— He de volver al lado de mi madre. Hazme el favor de llevarme a donde está la máquina.

En vano me rogó, asegurándome que en breve m i madre no tendría que sufrir ya dolor alguno por estar ya próxima a la muerte. Pero yo, recordando la mi­rada de angustia y de súplica de sus ojos, al pronunciar m i nombre, insistí en correr a su lado, aunque prometí a Velma volver cuanto antes por medio de la maravillosa máquina del profesor Helm'ng.

Velma, visiblemente contrariada, me besó y se arrojó a mis pies, tratando de impedir mi marcha.

Al abrir los ojos me v i en el laborato­rio de Helming. Me apresuré a atrave­sar el suelo, en dirección a la estancia secreta, tomé asiento en la máquina que divisaba de im modo vago, agarré el mango que se extendía a la cuarta di­mensión y lo oprimí resueltamente con fuerzai

POR un momento no hubo cambio al­guno en el silencio reinante; luego,

cuando el mercurio que giraba en el cuen­co de cuarzo tomó la forma de una seta, el zumbido de la máquina se convirtió en chillido taladrante. Me sentí como arrojado al espado, disminuyó el ruido hasta convertirse eu zumbido y con al­guna torpeza abandoné la máquina. Sen­tía el cuerpo pesadísimo. N o obstante, con la mayor rapidez posible subí la es­calera que conducía al laboratorio, aun­que tuve que retroceder en busca del botón que hacia abrir el suelo.

Era ae noche y tomé un taxímetro para ir al hospital y el ch o fer se asombró en extremo cuando le dije que se guar­dara el cambio del billete de veinte dó­lares que le di. Era el más pequeño que tenia de los quinientos que me había entregado Helming.

Poco después estaba en brazos de mi madre.

— ¡Robertol ¡Roberto mío!—^murmuró casi feUz.— Y a sabía yo que volve­rías.

Aquí se echó a llorar y añadió:— Y a sé que eres inocente, Roberto,

pero quiero que tú me lo digas. ¡Dlme que eres inocente!

Al mismo tiempo que sostenía mi ca­beza entre sus manos, sin dejar de mi­rarme, le pregunté:

— Pero ¿inocente de qué?Sus ojos se enturbiaban y con grande

esfuerzo murmuró:— Ni siquiera sabes de qué se trata.Y murió en mis brazos, ea apariencia

sin sufrir en lo más mínimo. Y o la sos­tuve unos instantes; le cerré piadosa­mente los ojos y me entregué a una oración silenciosa.

A l ponerme en pie, junto a la cama v i a Díxon, detective de la J efatura de Policía. Me puso la mano en el hombro y dijo:

— Strome, queda usted detenido. Vale más que me siga de buen grado.

—. ¿Detenido? ¿Por qué? — pregunté.Le extrañó mucho mi evidente asom­

bro, pero contestó:— Por haber asesinado al profesor

Stuart Helming.A pesar del dolor que me embargaba,

no pude contener una sonrisa.— No está muerto Helming.— Le será un poco difícil probarlo —

replicó el detective ruientras me hacía sa ir a la calle.

I O demás lo sabe ya todo el mundo. Se ^ había encontrado un cadáver enNew- town Creek y a pesar de que tenía la cabeza horriblemente destrozada a ha­chazos y las facciones devoradas por los peces, lo identificaron como pertene­ciente al profesor Helming. Su ama de llaves y otras personas lo reconocieron fijándose en su aspecto general y, más particularmente por el abrigo que lle­vaba y las cartas y documentos que hallaron en los bolsUlos.

Luego — y esto es lo malo — se probó que yo le había dado muerte, y eso mediante pruebas directas e indirectas;Sor el testimonio que, de mala gana,

ió el doctor Stuggart, a quien dije que, a cambio de quinientos dólares, sería capaz de vender mi alma; por el em­pleado que fué a cobrar los quinientos dólares en nombre del profesor Hel­ming; por haber sido yo la última per­sona a quien se vió en su compañía; y, lo peor de todo, porque entre las manos del cadáver hallaron la cadena de mi reloj, en uno de cuyos extremos se en­contró la chapa de identidad que me pertenecía.

Sólo para mí resultaba claro el asimto. Los dos rateros se habrían peleado por el botín. Uno mataría al otro y le qui­tarla cuanto pudiese, a excepción del gabán de Helming y de la cadena de mi reloj, que olvidarla o no se atrevería a quitar al cadáver.

Referí la historia a mi manera y entonces me mandaron a la sala de

pero me encontraronobservación, cuerdo.

Nombré entonces un abogado para que me defendiera contra el error que se cometía conmigo, mas lo extraordina­rio dei caso le hizo vacilar y tomó con muy poco interés la defensa de mi causa,

Por fin me llevaron aliado de la má­quina del profesor, por medio de la cual yo pensaba escapar a la cuarta dimen­sión, pero lo hicieron con objeto de pro­bar la falsedad de m i declaración, pues unos salvajes habían quitado a la má­quina algunas piezas esenciales, que so­lamente habría podido reemplazar el mis­mo Helming.

Así fué como el jurado me considero culpable y el juez me condenó a muerte.

El dentista al ladrón (p o r la fuerza d e la costu m bre). Q u ieto un m om en­to. N eces ita u sted cu a tro ex tra cc ion es y d os em pastes.

72Ayuntamiento de Madrid

Las MjijCTes Delincuentes(Ccmiinuación de la pág in a 28)

Diversas especialidades de mujeres de­lincuentes.También la mujer delincuente se de­

dica a carlerista , cuyo trabajo es análogo al de los hombres consagrados a esta especialidad, la cual e x ^ q u é al ocu­parme de los tomadores del dos. Otra modalidad es la de servir de tapia y san ­tera, o sea de cómplice de los espad istas y top istas, —■ los ladrones de pisos — de quienes ya hablé en un trabajo anterior,

Iros don Juanes presumidos que van a caza de conquistas femeninas de no­che. por las calles excusadas, deben saber que existen las tom adoras p o r el registro de la teta, ladronas que se muestran com­placientes con ellos, dejándose tentar mientras les hurtan de sus bolsillos o de sus j i l is o p o ta sa s, como dicen eh su lenguaje, todo lo que pueden, huyendo 80 pretexto de ver acercarse a la policía. Asimismo, esos don Juanes deben tener en cuenta que por las calles merodean las gateras, otra planta de la delincuen­cia femenina, las cuales se los llevan, conquistadoras, a sus antros, donde, mientras liban la copa del placer, una compañera, o el m acró, amante de aqué­lla. escondidos bajo la cama o entre un portier, les hurtan de sus bolsillos o car­teras la mayor parte del dinero que llevan, respetando la caríera, con objeto de que no descubran el hurto, sino lejos del nido de amor.

Las mecheras.En el ancho campo de la delincuencia

femenina, aparecen con relieve enérgico las m echeras, ladronas cuyo nombre se deriva de la palabra, del argot jergal, m echa, que es el procedimiento de hurtar escamoteando prendas u otros objetos, escondiéndolos entre las piernas.

Las m echeras tienen principalmente su campo de acción en as tiendas y co­mercios; .son la pesadilla de horteras y comerciantes que ven, cómo, por arte de magia, desaparecen las mercandas, siendo sólo obra- de aquellas consuma­das artistas del delito, las cuales ejecutan latroc Dios a la vista de todos sin que nadie lo advierta.

Son actrices consumadas que han de representar un papel de personas de­centes, logrando captarse las simpatías, por su porte o sus maneras distinguidas.

Siempre van dos, y en algunos casos, tres, o en compañía de algún m echero, por lo que unas veces se presentan como señoritas bien de la aristocrada — las mecheras prefieren los comercios de lu­jo, como sederías, lencerías, objetos de capricho, joyería, etc.; — otras veces, como un matrimonio adinerado y fo­rastero; otras, como madre e hija casa­dera: otras, como una artista de m u sic- hall a quien acompaña un botones para hacerse cargo de fos objetos comprados y transportarlos al auto lujoso que la espera en la puerta, y otras mil adop­tan disfraces, a cual más variado, para evitar suspicacias y recelos, y trabajar con la mayor impunidad. La moda fe­menina, que tanto lia evolucionado for­jando los trajes estrechos y acortando inconmensurablemente las faldas, ha si­do im obstáculo para ellas, ya que les impide llevar cou desenvoltura el im- presdndible saco o bolso entre las pier­nas, donde colocan las mercandas sus­traídas, saco que va sujeto con un cíUt

o. P. - 7

turón y del que prenden también unfancho. Por eso, las que se dedican al

urto de las piezas de seda procuran llevar esas capas airosas que la moda autoriza, o gabanes amplios, o se ’pre- sentan bien trajeadas, aunque no vis­tiendo á la d em ier , con faldas de amplio vuelo.

Cada una de las m echeras trabaja se­gún su espedalidad. Unas se dedican a las piezas de tela valiosas; otras a las medias de seda; otras a las joyas o alha­jas, etc., siendo hasta lo mfinito las especialidades, según el comercio que hacen campo de sus operadones.

Sus horas de operar son las de mayor concurrencia en as tiendas, ya que así pueden aprovecharse de los descuidos de los dependientes con mayor facili­dad. Procuran pedir distintos géneros que tantean y discuten amontonándolos ante sí, y, cuando el que les sirve se vuelve de espaldas para sacar otros, una de ellas tapa de la vista a la ope­radora, la cual con rapidez deja caer al suelo una de las piezas, o yep a s , y coa la misma prontitud, valiéndose de una de las piernas, impele aquélla hacia arriba por debajo de las faldas, intro­duciendo la mano por una de las aber­turas de que están plagados sus trajes, para ayudar a colocar la pieza — a veces valiéndose del gancho — en el bolso o saco consabido, que en el lengua­je del hampa recibe los nombres de bu rra co y buitrón ,

Hay mecheras tan espertas que, en vez de llevar los sacos mencionados, se colocan los géneros substraídos entre las piernas, logrando andar con des­embarazo sin temor a que se les caiga el fruto de su rapiña.

Y a hemos dicho que las m echeras, al igual que los prest digitadores, llevan distintas aberturas en sus trajes, por las que, además de introducir la mano para ayudar a subir las piezas grandes, desUzan los objetos pequeños que subs­traen, como los escamoteadores que a la vista del público hacen desaparecer im naipe, una flor o una moneda.

También llevan a ambos lados de las faldas dos pliegues, de arriba a bajo, formados a manera de bolsillos, en los que van metiendo cuanto han substraído.

Las m echeras que se dedican a hurtar piedras preciosas fingen ser cortas de vista y «‘T-fl'miiigii éstas mientras están sobre el mostrador, con sus impertinen­tes, acercando a ellas el rostro, y, al menor descuido, sacan la lengua y se llevan en ella alguno de los brillantes,, rubíes o topacios expuestos.

Estas latoonas se Uaman m echeras por extensión, pero su verdadero nom­bre, en el argot del delito, es el de to­m adoras p o r la m u y , o sea por la lengua.

También sé valen éstas de las uñas ■ para substraer diestramente y sin sos­

pechas las piedras preciosas.Al acto &e escamotear se le conoce

con el nombre de bichear, pero este verbo casi sólo se aplica al acto de escamotear alhajas, que se hace por el procedi­miento del cambiazo, sustituyendo unas por otras, o por escamoteo.

Algunas m echeras, al entrar en día de Uuvia en los comercios, llevan colgados del brazo y medio abierto el parabas o una de esas sombrillas pequeñitas que hoy se usan, en cuyo interior echan las cintas, guantes y otros objetos dimi­

nutos y valiosos que substraen. Otras m echeras, las que trabajan por los mer­cados, llevan dos delantales imo sobre otro, teniendo el de debajo dos grandes bolsiUos, en los cuales meten lo que quitan, y muchas de ellas van, además, con una cesta al brazo en cuyo fondo por la parte exterior hay una substancia pegajosa, con la que hurtan monedas u otros objetos colocando la cesta so­bre ellos para que se queden adheridos con facilidad.

Vivan, pues, prevenidos tenderos, co­merciantes y joyeros, teniendo, como Argos, mil ojos para sus parroquianas, ya que hoy abundan como la mala hierba las habilidosas m echeras que, al menor descuido, hacen desaparecer pie­zas de tela, alhajas y cuantos objetos se encuentran a su alcance.

No quiero acabar este trabajo sin re­ferir, a propósito de las m echeras, que en cierta ocasión entró una de éstas en una joyería, elegantemente vestida a la última moda y ostentando alhajas con tal profusión, que, de haber sido buenas, y no io eran, hubiera llevado sobre sí una verdadera fortuna.

La tal m echera, después de hacerse en­señar unas piedras preciosas pretextan­do querer sustituir fos brillantes de una sortija que mostró — lo único valioso que llevaba — hurtó con la m u y , o sea la lengua, uno de los mejores brillantes de la colección.

Pero el demonio hizo que fuera el más grande y que el joyero notara su desaparición, escamado ya ante las re-Setiáas veces que había sido víctima

e las m echeras. Increpó a la supuesta ladrona, y ésta, al protestar defendién­dose de la acusaci¿n, abrió la boca e inadvertidamente se tragó la piedra pre­ciosa, operación que. dicho sea entreSaréntesis, llevan a cabo también cuan-

o se ven comprometidas.Como el brillante valia lo menos ocho

mil pesetas, el joyero mandó a la de­pendencia atar a la ladrona y registrarla minuciosamente. Pero como no parecía la piedra, sospechando la verdad, ordenó encerrarla en una habitación, donde la tuvo secuestrada dos días, basta que consiguió, por ley natural, recobrar el brillante. Después mandó a una de sus dependientas que le diera una timda de azotes, imitando los procedimientos que usan en los grandes almacenes de España y el extranjero con las clep - tóm anas, o sean las ladronas ricas, que, por manía o impulsión morbosa, hurtan sin ánimo de lucro.

— Si, señ or comisario, n o sólo m e in ­su ltó y am enazó, s in o que, adem ás, asuzó a l p e r ro p a ra que me devorara.

73Ayuntamiento de Madrid

lie :i» c

En el número correspondiente a NOVIEMBRE de la revista [

L E C T U R A Sempieza la publicación de la interesantísima novela de JOSÉ CONRAD

L A L O C U R A D E A L M Á Y E R

y también la del tercer volúmen de los Folletines encuadernables.

En el mismo número: El drama de las bam­

balinas, por Armando Palacio Valdés; Cl cri­

men de Verderón, por Diez de Tejada; Las tri­

bulaciones de B e n -a l-K e r , por Alejandro Larrubiera; Las tres de la madrugada, por J. J. Bell; Las alas y el corazón, por F. Pérez Capo; Los hijos del milagro, por Benigno Be- jarano: dos cuentos de nuestro concurso; Ma­

dame Isabel, por Mariano Tomás; Paz de

noviembre, por Romero Cuesta; El más his­

tórico de los cementerios españoles, por Santiago Camarasa; música autógrafa de Pepe Sama; argumento y fotografías de la película Ella se va a la guerra, y otros interesantísimos

trabajos.

El día 31 de diciembre termina el plazo de admisión de trabajos para el C O N C U R S O DE C O M P O S IC IO N E S M U S IC A L E S

3IIII 2111:76

1010390606050502103906

07288124

Ayuntamiento de Madrid

de que al íin le cogería con las manos en la masa.

Le vi entrar en la plaza de toros y también yo entré, aunque tuve que pa­gar la entrada al precio que quiso un revendedor clandestino.

Como todo fué muy rápido, no perdí la pista del viajante y, desde la escalera de entrada al tendido, le vi abrirse paso entre la multitud e in.stalarse al lado de ima dama con la que inmediatamente se puso a hablar.• No necesitaré decir cuál fué mi emo­ción al reconocer eu aquella dama a la hija del detective y al advertir que con ella estaba el padre. Me quedé confun­dido al ver que los tres departían amis­tosa y alegremente. No me sorprendió que hubieran elegido aquel lugar para en­trevistarse. Entre semejante mar hu­mano ¿quién iba a ver o a reconocer a aquellos forasteros? Lo que sí me sor­prendió fué la actitud del detective. Una cosa era no delatar a una persona por la que tenía interés y otra tratarle afa­blemente, como alentándole a seguir el camino de la delincuencia, ¿Qué signi­ficaba aquello?

Estuve observándoles no sé cuánto tiempo, cuando, de pronto, se me ocu­rrió una idea.

Bajé a saltos las escaleras y a los pocos .segundos me hallé en la puerta de la calle, donde tomé un auto, para dirigirme sin perder momento al hotel. El dueño se hallaba ausente, lo cual malograba mi propósito. Pensaba que él me acom­pañase a hacer un registro al cuarto del joven, supuesto viajante. La ocasión raa magnífica y se perdía tal vez irremi­siblemente de no aporvecharla. Pero co­mo tenía el convencimiento de que entre aquellas tres personas se hallaba la clave de los misteriosos robos, decidí penetrar en sus habitaciones, sin más trámite. I-lamc al encargado del despacho y le expuse rápidamente mi propósito y la necesidad de llevarlo a cabo en el acto, si no querían perder una ocasión que tal vez no se repetiría. Resistióse a secun­darme al principio, pero, a poco, me ofrecía unallavequeabríatodaslaspuer- tra del segundo piso. Sirviéndome de ella pude entrar en el cuarto del joven, y, rápidamente, comencé a registrarlo.

Me contrarió y me desconcertó ' un poco no encontrar la joya que buscaba, pero en seguida tuve un nuevo y feliz pensamiento, y me dirigí a la habitación del propio detective.

Con febril actividad revolví los ca­jones de un secreter que sin duda usaba Branton como escritorio. De momento, nada vi que me llamase la atención,Sero cuando ya iba a cerrar el mueble,

irigiendo mi investigación hacia otro lado, hallé un paquetito en el fondo de un cajón. El envoltorio exterior era de papel; lo rasgué y vi que contenía unos trozos de oro machacado. Estaba exa­minándolos, pensando eu qué podía ser aquello, cuando entró el encargado del escritorio.

— ¿Ha hallado usted algo interesante?— me preguntó.

— ¿Le parece a usted si esto lo es?— le respondí, enseñándole aquellos trozos de metal,

— lÉos pendientes de la señora Cas­toreña’ — exdamó, pero destrozados, claro, y sin los magníficos brillantes que antes tenían.

— ¿Cómo puede usted distinguir en estos trozos de metal machacado los restos de unos pendientes?

— Por el dibujo, que todavía conser­van, a pesor de todo. Ivos había dado

a guardar al dueño en más de mía ocasión. La hermosura y enorme tama­ño de las piedras preciosas atrajeron poderosamente mi atención hacia las monturas. No hay duda alguna. Se trata de los pendientes que le robaron a la señora Castoreña, Siga usted el registro. Interinamente voy a avisar al cuartelillo de policía para que nos man- dra una pareja. Hay que detener inme­diatamente al señor Branton. Porque es evidente que él sabe quién es el la ió n ...

Y salió corriendo.«¡Yalocreoquelosabe! — penséyo.__

Como que tal vez sea él mismo, en com­ic id a d con el joven aficionado a la

bebida y su hija,Proseguí el registro, pero hada pocos

mmutos que se había ausentado el en­cargado del hotel, cuando oí pasos. Me volví, Me hallaba en presencia de Sa­muel Branton y de su hija. En un ins­tante, al verme con los restos de aquellas joyas en Jas manos, debió de compren­der que estaba descubierto. Hizo un movimiento para echar mano al bolsillo, siu duda para sacar una arma con que agredirme, pero no le di tiempo para llevar a cabo su propósito. Le eché mis manos al cuello, y más ágil y ro­busto que él me hubiere sido fácil aho­garle. Pero comprendí que era inútü porque el falso detective no se hallaba

en estado de agredirme eficazmente, Con la presión de mis manos quedó algo congestionado. Le solté y cayó des-ra- necido en un sillón, A poco llegaba la policía, que se hizo cargo del extraño perseguidor de ladrones, tan ladrón como cualquiera- de ellos.

El proceso confirmó enteramente lo que se deducía de los hechos que acabo de referir. Los certificados de detective ran que Branton había ganado la con­fianza del dueño del hotel eran falsos. Ni Samuel_ Branton se llamaba así en reMidad, ni Ia_ señorita que le acompa- n ^ a era su hija, ni el joven que se tra­taba con ellos un viajante. El primero era un aventurero italiano, cuyo verda­dero nombre jamás se supo, pues había usado varios. I.0 S otros dos personajes eran cómplices suyos.

Na-turalmente, de lo primero que me preocupé fué de recuperar la joya de mi madre, lo que conseguí sin dificul­tad. Después, s(Mo pensé en volver a mi vida de ciudadano pacífico, cosa que también logré tan plenamente, que ol-vidé por completo esta aventura de­tectivesca y sólo la he recordado ahora para referirla en estas páginas, como un caso extraordinariamente curioso, de esos que a lo mejor nos depara el mundo sin que luego tei^an ninguna influencia, ni en bien ni en mal, en nuestra -vida.

A sesin a to d e Mlle. E v en ep oe ll y sus d o s criadas

(C o n tin u a ció n i e la p á g in a 32 )

pías en el mes de septiembre eran de la misma dase que las sustraídas en la casa del crimen y que ni éste ni Rosseei pudieron explicar satisfactoriamente el origen de los medios económicos con que sostenían su vida.»

Como piezas de convicdón se acom­pañaba con el informe policíaco los si­guientes objetos encontrados en casa de Rossed:

Cinco cajas vadas de relojes; tres cu- cucharillas de café de plata, una de días ennegrecida por el fuego; un par de pendientes y una sortija con dia­mantes; una pulsera de brazalete y dos cadenas de rdoj de oro; dos arillos con turquesas; una sortija con un topacio, y otra sortija de oro esmaltada con cinco aristas sin cabezas.

Todos estos objetos los reconoció Mr, Evenepoell, como pertenedentes a su difunta nija.

p N estas circunstancias se procedió al ^ interrogatorio de los detenidos. Vau- denpias negó terminantemente toda par- tidpadón en los hechos, asegurando que el dinero que gastaba procedía de la herencia de su madre y el que Rosseei le había dado provenía del pago de una deuda de pan que contrajera con é l cuando estaba estableado. Como se le intentara demostrar que no eran dertas sus manifestaciones, por ser superior la cantidad gastada a lo que redbiera del óbito materno, explicó que también po­seía lo que le restaba de la liquidación de sus negodos.

Se comprobó con toda minudosidad que era falso lo que decía el detenido, así como también negaron todos los tes­

tigos atados por él que fuera cierta su concurrencia el día de autos a los lu­gares que él señaló, y que todos estaban muy lejos de Bruselas, por lo que le fué imposible probar la coartada.

Rosseei, tras algmiasvacüadones, con­fesó de plano y dijo que él en unión del Vaudenplas, habían sido los autores del tnple asesinato, habiéndolo acordado a su propuesta, entrando en la casa la nodie del 2 de septiembre con el pretexto de pagarle a Mlle. Evenepoell lo que le adeudaba por el alquUer de la casa de la calle de Andrelech, donde había v i­vido un año.

Entró primero Rossed solo, entrete­niendo la conversadón con madamo- seille durante cinco minutos al supli­carle que liitíera la cuenta de su deuda pues, transcurrido este tiempo sin qué saliera, era señal para Vaudenplas de que no habia inconveniente en que él entrara, lo que efectivamente hizo, ma­tando a la codnera a martillazos, juuto a la misma puerta, y al ver salir de la cueva a la otra criaáa, cuya existenda en la casa desconodan ambos, la mató igualmente.

Estos hechos se desarrollaron mien­tras Rosseei hablaba con la dueña de la casa, sin que se produjera el menor ruido, por lo que éste se despidió de la señorita creyendo que Vaudenplas no había entrado. Pero, al llegar ¿ patio, le encontró con un martillo en la mano y, preguntándole qué había pasado, le enseñó a las dos mujeres tendidas en el suelo y bañadas en sangre. Como aun respiraban, Rosseei sacó su puñal y les secdonó la garganta, Entonces se diri­gieron los dos al gabinete, donde, al verles

77Ayuntamiento de Madrid

piro-

-TOIt

Para mayor comodidad, eOplese el siguiente cupón

a SUS d o s m i l

prim eros sus­criptores una

de las siguientes novelas, a elegir, de la interesante

COLECCION AVENTURApublicada por

E D IT O R IA L JU V E N TU D , S. A.C a l l e P r o v e n z a , 2 1 6 B A R C E L O N A

l a m e s O l l r e r C u n v o o d

El regreso. El fósforo. La fuerza de los hombres. El ratón. Corazones de hielo.

aírniBfo

[ l l l l l l l l í l l l l l ^

P e t e r B . K y n eLos tres padrinos. Elvalle de los gigantes.

El solitario. Ei más feo. El Sheriff.S a p p e r

El capitán Drum ­mond.

F r a n k L . P a c k a r d

De ahora en ade­lante.

C .N . y A . M. W l l l i a m s o n

La dama del aire.H e n r y A l l o r S e

El grao cataclismo. Z a n e C r e y

Tappan y su burro. Cazando Pumas.Tigre El Santa Posa

P a u l D - I r o l

Los compañeros del loto blanco. Qouraud d * A I» la o co iii* t

El drama de Malson Dieu.

Un viaje extraordinario.

F r a n c ia L y n d e

Un legado original.A l f r c d M a c fa e rd

El fugitivo.H a n s n i c h l e r

El canal.

El suscriptor, al hacernos el envío deJ Importe de su suscripción, puede mandarnos el título de la obra que desee, y la recibirá a

vuelta de correo franca de portes, en su domicilio.

G R A N P R O Y E C T O RCalle de la Diputación, 211

B A R C E L O N A

Agradeceré me suscriban por.......................... meses a la revistaGRAN PROYECTOR (7'50 ptas, semestre).

cuyo Importe d e .......................ptas. remito por giro postal nám..........................................adjunto en sellos de correo (cerUÜcendo la carta), debiendo remitírseme como regalo la norcla ................. .......................................................... ....................................................

N om bre . . D om icrlio. Población Provincia. Techa . . . .

78 Ayuntamiento de Madrid

Jflle. E r enepoeU intentó gritar, no permi­tiéndoselo Vaudenplas, que rápidWen- te la iiizo caer al suelo y le destrozó el cráneo a martillazos, rematándolo Ros- seel con su puñal.

Después de esto, desvalijaron la casa, fractraaron los muebles con un cuchillo y un formón de carpintero, y marcharon con el botín, no sin antes haber arras­trado Rosseel el cadáver de la cocinera hasta cmocarlo junto al de la sirvienta.

La relación de los objetos robados da- c Rosseel coincidía con la quefacüito el padre de la víctima, incluso en la cahdad y cantidad de las monedas, y. habirado expresado el lugar donde escondió el formón y la daga utilizados en el hecho de autos, se encontraron ambos instrumentos por la policía.

También se recuperaron dnco relojes de oro, que este procesado dijo tenía ocultos en su domicilio.

Dió luego todo género de detalles de la forma en que él j Vaudenplas se habían repartido, con absoluta igualdad, los productos del robo.

M O fué posible poner de acuerdo a am- bos procesados, que sostuvieron du­

rante toda la tramltadón d d proceso sus puntos de vista en extremo contra­dictorios. En esta forma, con la plena comMión de Rossed y la tenaz negativa

1 j la causa al Tribu­nal de Bravante. ante cuyo jurado co-

7 ® ® d día 8 de febrero de 1848, resultando alguna de sus sesiones

T ,*>iterés sumamente dramático. Los dos procesados se sientan en el

mismo banco, dejando un espado de cer­

ca de dos metros de uno a otro, custo- diados por ima pareja de gendarmes.

_Es Rossed de mediana estatura te­niendo su rostro las facciones muy pro­nunciada. Sus ojos grandes, un poco ratomados, miran con dureza, hacién- dotos más temibles, la espesura de sus cejas, a las que casi se une la sdva irimdMa y rebdde de su cabellera, que cubre la mayor parte de su estrecha y prominente frente. Sus orejas son gran­des y enormemente separadas, con una marcada inclinadón de la parte superior hacia addante; sus labios gruesos, des­colgado d mentcn. completan la expre- sión sdvaje y rraugnante de su rostro.

La rigirca de vaudenplas es la antí­tesis de la de su compañero. Más alto que él, esbdto. casi degante, con la barba cuadrada y d p d o rizado, la falta de im ojo provoca conmiseradón por CTeerse es una desgracia en aqud rostro Ueno de simpatía y distindón.

La indumentaria de ambos reos de­nota misma, pero así como en Rossed se ve d descuido y la despreocupadón. haciendo resaltar la vejez de sus ves­tidos, d raido redingote de Vaudenplas se ajusta a su cuerpo y luce su brillo ad­quirido por d uso cou porte señorial

Se rapresa brutalmente Rossed, ex- Jlicando los más nimios detalles del lorroroso crimen, sin omitir la partici­

pación que en el mismo tuvo d otro ddincuente, que le escucha con expre­sión de asombro.

Vaudenplas, con palabra persuasiva y en algunos momentos docuente, insiste en desconocer en absoluto cuanto se re- ladona con d hecho de autos, afirmando

ANTIGUA CASA A. CANALS PONSt V H O U m EN 1900

N U E V O S T A L L E R E S M E C Á N I C O S

A M E R IC A N C O N F O R TUROEL, l i s , en tre CJo. d e C iento jr A ragón . T e lé fon o 31018. B arce lon a

UN MUEBLE DE ESTILO MODERNO, DE OSAN UTILIDAD

N .' 304. — Meaa-Ilbrírfs roble, color nogal paünado, con poleas para arraatre- Medldea: alto 56 cm. sobre 48X60 cm. Precio Ptas. 75

NUESTROS MODELOS TIENEN UN SELLO DE DISTINCION PRODUCTO DE TREINTA AÑOS DE EXPERIENCIA Y DE lA SELECCIÓN I E LOS MATE­RIALES EMPLEADOS POR EXPERTOS OnCIALES DE NUESTROS TALLERES

TAPICERÍA - MUEBLES AMERICANOS Y DE TODAS CLA- ES

Pida caüSlogoa con descuentoa eapeclales para loa suacriptore» de Et Hooas tt* Moda, a

A m e r i c a n ConfortUROEL, 118, en tre CJo. d e C iento y A ragón . T e lé fon o 31028. B arcelon a

.— ^ cu an do salga d el p resid io , ¿qué p ien sa ' u sisd ser?

—■ U n v ie jo decrépito.(D e The HuntorittJ

que no puede ser de ningún modo prueba de su participación en tal ddito la gra- turia y fantástica dedaradón de Rossed.

Dedaran después dentó veintidnco testigos, sin que ninguna de sus mani- íestaaones sean favorables a los proce­sados. pues en virtud de eUas se llega al convendmiento de que Vaudenplas no ha dicho una palabra de verdad

En la penúltima sesión, antes de co- menzra los informes, d procesado Ros- sed pide permiso a la presidencia para hablar y, una vez concedido, se encara con yaudenplas. al que no había mirado siquiera enlos días anteriores y le dice:

— Y o soy Rosseel, yo quien os invitó a cometer este crimen comprometién­doos; y como soy yo, quiero ser d in ­trumento de vuestra salvación; por esto mismo os pido con todas veras que hagáis una dedaradón del crimen que juntos hemos cometido. La sangre ino­cente que se ha derramado pide ven­ganza. Después del juicio de los hom-

podéis evitar, se presenta d juicio de Dios. Para comparecer de­lante de E] y obtener su perdón, con- lesad el delito que habéis hecho.

Calló Rossed y con d gesto demandó de su compañero una respuesta, que al tin dió, con tono perfectamente natural diciendo:

— N o no he cometido ddito alguno. Y o no temo el juicio de Dios.

Entonces d Presidente, con conmove­doras palabras, exhortó a Vaudenplas para que atendiera las súplicas de E^os- sed, pero aquél insistió repitiendo:

— N o nada he hecho, señor Presidente. Rossed volvió a levantarse y con gran

energía replicó;.— 'Vaudenplas, nosotros hemos acre­

ditado nuestro valor en muchas ocasio­nes; demostrad q ue en este instante su­premo no estáis dominado por un miedo ridiculo. Jesucristo murió por los hom­bres; poneos la mano sobre el pecho y si deseáis que la muerte sea grata al H ijo de Dios, confesad el crimen; de lo contrario, tened por derta la condena­ción eterna,

Vaudenplas se negó a decir una pa­labra más, y d Presidente suspendió la vista hasta d siguiente día, en medio de la gran emodón d d auditorio y los magistrados, que no hubieran esperado nunca de Rossed — d hombre de fiso- nomía brutal, expresiva del empeder­nido ddincuente — unas palabras tan sincraamente demostrativas de su arre­pentimiento y resignadón.

79

02000001011105100600010101020207000101010202000000310000010102020000020200010101230289020200000001010210000001010202+1*B8+$+$/B8B8P^7*B*8P^^B8+8^^*B/+8+$^^/+/+$+$+%/%/+/+/+^+^

Ayuntamiento de Madrid

I

En la última sesión de este célebre proceso, se completó la escena del

día anterior con las siguientes mani­festaciones del Procurador del Rey, Mr. Verhegien:

— La pasada madrugada, cumpliendo deberes profesionales, he visitado la cár­cel, y e Director de la misma me dijo jue Vaudenplas le había confesado al xin su participación en el crimen, pero que se negaba terminantemente a hacer este relato ante el público en la sala de este Tribunal. Inmediatamente he acudido a la celda de Vaudenplas, el cual me ha repetido lo que antes habla dicho al Director, pero na insistido en su negativa de hacer pública la confe­sión, prestándose tan solo, si ello se creía necesario, a relatar particularmente los hechos, tal como sucedieron, uno por uno, a todos los jurados. He agotado toda clase de reflexiones y argumentos para convencerle de que depusiera su actitud y, no lográndolo, le propuse si aceptaba que yo expresara aquí cuanto él me decía y que después de oírme confirmara o rectificara esas manifes­taciones.

El Presidente dice entonces;— Señor Procurador del Rey, decid

cuanto habéis oído al procesado Vau­denplas.

El Procurador relata entonces los he­

chos, que no eran otros que los mismos confesados por Rosseel, con ligeras di­ferencias en algunos detalles que no afec­taban a la esencia de los mismos.

El Presidente pregunta en seguida a Vaudenplas:

— ¿Es cierto todo cuanto acaba de manifestar el señor Procurador del Rey actuando como testigo?

Vaudenplas con gran humildad, in­clinando la cabeza y llevando la mano derecha al corazón, dice con voz clara y un poco titilante, después de una ligera pausa:

— Es cierto, señor Presidente.Esta respuesta produjo gran sensa­

ción en el público y continuó la vista reproduciéndose la acusación y teniendo que limitarse las defensas a implorar la misericordia del Jurado.

El veredicto fué de culpabilidad y la sentencia los condenó a muerte. Escu­charon ambos procesadoslasentenciaconrelativa tranquilidad y, arrastrando sus grillos, se aproximaron el rmo al otro, dándose un fuerte abrazo.

Se negaron a interponer recurso de apelación y, pocos días después, fueron e ecutados en la Plaza del Ayuntsimiento, con lo que se satisfizo la Justicia y se calmó ía ansiedad y zozobra que_ en toda Bélgica había provocado el triple asesinato de la Plaza de Saint-Gery.

¡ D e d o s C r i m i n a l e s !(C ontinuación de la p á gina 3 8 )

El robo produjo una gran emoción en todo Saint Claire. Púsose la policía en activo movimiento, pero la única traza que se halló del bandido fueron las huellas digitales descubiertas en el vasog que había utilizado para beber. p?|

En vista de que todas las pesquisas' para hallar al ladrón resultaron infruc­tuosos, el Jefe de la brigada de inves­tigación intentó una prueba. Puso en manos de MarilTO todas las fotografías archivadas de íos sujetos complicados en asuntos de la misma índole. Y, efec­tivamente, al cabo de un rato la niña enarboló una de las fotografías, gritando:

— ¡Es éste! ¡Es éste el hombre que vino a beber agua!

Miramos ansiosamente aquélla foto. Era la de un tal Me. Lourin Me. Aultife.

Pero los detectives encargados del caso declararon que la niña se había equivocado, puesto que Me. Lourin Me. Auliffe se hallaba en prisión al cometerse el robo.

En vista de ello, me puse a confrontar la ficha de Auliffe con las huellas digi­tales halladas en el vaso. ¡Exactol La

yeLaurín Me. Auliffe eran las mismas que habían quedado impresas en el vaso que cogió el ladrón de las joyas de los Clapp.

De las comprobaciones efectuadas re­sultó que Auliffe había salido de la penitenciaria de Los Angeles, bajo fian­za, en la fecha de autos, y había aprove­chado los días de libertad para dar un golpe autes de volver a su condena.

LA CAJA DE CAUDALES

U NA mañana, cuando la cajera de uno de los cinematógrafos más im­

portantes del Broadway, la linda Jua-

80

nita La Salle, Uegó a su taquilla para hacer el recuento de la recaudación del día anterior, encontró la caja de cauda­les abierta y vada.

T" Avisó la joven, aterrada, al empresa­rio del local y a l a polida. y empezaron las averiguaciones.

La puerta de la taquilla no estaba forzada, ni se apredaban en sitio algimo señales de violencia, por lo que se creyó que el robo había sido efectuado por el mismo personal del cine.

Interrogada la joven cajera, negó deses­peradamente nmguna especie de partid- padón por su parte en el delito, a pesar de lo cual fué detenida y trasladada a la cárcel.

En la caja de caudales, naturalmente, debían de haber quedado impresas las huellas digitales del ladrón. Efectiva­mente, en a parte superior de la puerta pude fotografiar unas impresiones _ que por su forma y posición me hideron pensar que hafiían sido hechas en el

■ momento de cerrar la puerta.Seguidamente procedía sacar las hue­

llas dactilares de todo el personal del teatro. Y de.spués me dirigí a uno de los detectives que intervenían en el asunto.

¿Cree usted todavía que el ladrónes Juana La Salle? — le pr^unté.

Indudablemente. Todas las sospe­chas recaen sobre ella. Además de gue sus antecedentes son ya muy turbios. En fin; créame, amigo Barlow: la autora

rol/o es Juana La Salle. De modo que es inútil que niegue. Cuando _ vea que de todos modos no va a salir de la cárcel, ya confesará.

Una semana después me di cuenta de que me faltaba todavía fichai los dedos del conserje del teatro, Gregorio Davis. Lo hice, y, ¡cuál no sería mi sorpresa al comprobar que el dedo del corazón y

d anular derechos, hallados en la puerta de la caja de caudales, eran los de Gre­gorio Davis!

Lo comuniqué inmediatamente a mis jefes. Pero cuando la polida llegó en busca de! bandido, éste había ya des­aparecido.

Sin embarco, mi mes después le cazá­bamos en Tejas. Y la inocente Juana I,a Salle volvió a su taquilla, libre y rehabilitada.

LOS NUEVE PEQUEÑOS ACUSADORES

D u r a n t e el verano de 1926 se co­metieron en las oficinas de Los

Angdes y en las de sus alrededores, una serie de robos misteriosos, y bastante importantes.

El m odus operandi de todos ellos era siempre d mismo: el ladrón rompía los cristales de una de las ventanas de la casa, entraba por día, lo revolvía todo, rompía la combinadón de las cajas de caudales y se marchaba con d dinero y los valores que encontraba,

Estos robos se realizaban siempre TOr la noche, y al día siguiente, cuando los comerciantes llegaban a su despacho, lo encontraban convertido en im verda­dero Campo de Agramante, completa­mente desvalijado.

Y o tuve la suerte de poder recoger en algunos de estos lugares asaltados muy buenas fotografías dactiloscópicas, las cuales comparé con las de todos los la­drones fichados en los archivos del De­partamento, sin que nhte''ma coincidiera.

Volví en mi investigadón y en otros quince despachos también asaltados ob­tuve unas cuantas impresiones dacti­lares más, todas muy limpias y claras.

líSS confronté con las anteriores. Eran las mismas: nueve huellas de nueve de­dos diferentes, los cinco de la mano derecha y los cuatro de la mano izquier­da, menos el meñique.

Coloqué las nueve huellas en mía ficha corriente, como si hubieran sido tomadas de la misma mano y clasifiqué la ficha normalmente.

Hasta que, de repente, cesaron los robos. El ladrón debió de salir de Los Angeles para ir a ejercer sus fechorías en otra parte. Nada se supo de él desde agosto de 1926 hasta enero de 1927,

En esta fecha fué cuando, un día, mientras el oficial Tenden daba una vuelta por el Broadway, observó que im hombre estaba husmeando dentro de todos los automóviles detemdos en una parada.

Estos manejos del desconocido ex­trañaron tanto al oficial Jensen, que se decidió a seguirle. Lo hizo durante me­dia hora; hasta que v ió que el sujeto extraía un abrigo del interior de uno de los coches.

lAltol — le gritó entonces el po-

Y el ladrón de coches fué detenido. Una vez en la cárcel, se le tomaron

las impresiones digitales para eimarlas a la Oficina de Investigación donde a la sazón tenía yo eventualmente mi des­patio.

Al examinar aquellas impresiones re­cordé vagamente haberlas visto ya en otro sitio. Entonces me fijé en que no habla más que nueve dedos y súbita­mente me acordé de aquellas otrp nueve huellas del saqueador de oficinas que tanta guerra nos dió el verano de 1926, en Los Angeles. . ¿riP’ -

No obstante, en los archivos no cons­taba que el llamado Ray Boyd, el pro-

Ayuntamiento de Madrid

pietario de las nueve misteriosas huellas, (en efecto, al detenido le faltaba el dedo meñique de la mano izquierda), hubiera sido registrado nimca por la policía.

Y cuando le informé de que había des­cubierto en él, por medio de sus impre­siones digitales, al famoso ladrón desco­nocido de Los Angeles, Ray repuso fría­mente;

— No sé de que me aabla usted. Sólo sé decirle que todo el verano de 1926 lo pasé viajando por el Norte de Cali­fornia, el Colorado y la Florida.

Pero yo presentí que Boyd mentía, y esperando obtener previamente algu­nos antecedentes más, enidé veinte im­presiones originales de Ray Boyd a to­das las ciudades donde éí decía haber estado. Asimismo, sospechando que el bandido no hubiera intentado despis­tarnos, hadándonos buscar sus hudlas en lugares donde no existían, envié sus impresiones dactilares a varios distritos de Tejas y otros Estados, de los que el prisionero no había hablado.

Mis suposiciones fueron confirmadas. Las ciudades que Ray dijo haber visi­tado contestaron diciendo que no te­nían noticia alguna de él, mientras que de Dallas (Tejas), redbí un cablegrama que deda; jj

«Duke Hardy, alias Ray Harty, alias sRay Boid, Dallas 4051, fichado como ípeliCTOso ladrón en esta ciudad. Ac- stuahnente reclamado por el sheriff de «Dallas. Es también violador de arcas.*

De modo que de nada le valieron sus argucias a Duke Hardy.

Sus nueve dedos, tan liábiles en el robo, habían hablado por él.

Y el ladrón de oficinas de Los Angeles, convicto ante la evidencia, fué senten­ciado a dejamos en paz, durante nueve años, en el penal de San Quintín.

pO D R IA explicarle aún muchos casos r más, señorita Da-vis — conduyó al fin el joven sargento Barloiv, sonrién- dome. — Pero creo que ya hay bastan­te. y más que bastante, para conven­cerse de que la dactiloscopia ha de ser necesariamente ima realidad muy firme y muy seria para que pueda constituir — como dice el -titular de ese artículo ab­surdo que ha originado esta conversadón — uno de los más importantes instru­mentos de la labor policiaca.

La Redada(Continuación de la p ág in a 42)

— ¡C u a lq u iera sosp ech a ahora que y o so y el la d ró n ’

(Da Péic-.i/cic-)

Y ya estaban Nolan y Donovan al pie de la escalerilla, cuando vieron que la puerta se cerraba.

— Nos facilitan la tarea, Donovan. Así no podrá salir nadie de aquí. ¿Te atreves a guardar la escalera?

— Vaya usted tranquilo.— Por aquí no ha de pasar nadie...

nadie absolutamente. Y si alguien lo intenta, haz fuego.

— Vaya tranquilo, jefe. Se acaba de levantar una barrera al pie de esta esca­lerilla.

Descubrió en seguida a Trait, vestido con impecable sm o k in g que contrastaba con eí miserable ambiente. A su lado estaba Dora, la rebelde muchacha que tan infructuosamente había interrogado Nolan el día anterior. Después se veía una silla ocupada por el abrigo y el bolso de la joven y en seguida otra ocu­pada por Gabby. Cuatro hombres m ás' había alrededor de la mesa.

Nolan avanzó sonriente hacia el gru­po. Quitó el abrigo y el bolso de Dora de la silla que había a su lado, los colgó en el respaldo y se sentó.

— ¡Que guapa estás esta tarde, mu­chacha!

— ¡A usted qué le importa!— Las mujeres bonitas me importan

siempre.Trent fumaba imperturbable. E l de­

tective le saludó;— ¡Hola, amigo! He venido por ti.— Le agradezco mucho la visita.— He venido a decirte que ya que

por las buenas no se os puede sacar punta, recurriré a otros procedimientos. Te doy veinticuatro horas de tiempoSara salir de la ciudad. Si no lo haces,

aré de lado a la diplomacia y sabe Dios lo que ocurrirá.

Notó que en este momento una mano se posaba en su hombro y se volvió.

— Perdona, Gabby. si te he dado la espalda.

— Está usted perdonado. ¿Me hace el favor de acompañarme? Deseo hablar dos palabras a solas con usted.

— Y a lo creo.Y añadió alegremente:— Muchacha, despídete de mí, que

acaso no salea de esta con vida.— ¿Despedirme yo de usted? |Ni aun­

que tuvieran que matarle veinte veces!— ¡Que siempre hayas de estar de mal

humor!... ¿Vamos, Gabby?Le condujo el bandido por una esca­

lera que había eu el fondo de la sala y le hizo cruzar la primera puerta que en­contraron.

Nolan dirigió una mirada a su alrede­dor y sujetó la puerta cuando Gabby iba a cerrarla.

— No. Me interesa ver lo que ocurre abajomientras hablamos. Aquí no puede oírnos nadie. ¿Qué se te ofrece?

Levamosahacerproposicionesven-tajosas, Nolan. Si usted consiente en marcharse de la ciudad será rico para toda la vida.

Nolan se echó a reír.— El gusto que voy] a tener cuando

os vea a todos en presidio, y a algunos en la silla eléctrica, no se paga con todo el oro del mundo.

— No se ría usted tanto, Nolan. ¿Se da cuenta de que en este momento está completamente a nuestra merced? Todas las salidas están guardadas y de donde menos se espera salta la liebre.

— ¡Vaya un modo de llamar a las balas!

Dijo esto sonriendo, pero sus puños se habían contraído.

Gabby lo advirtió y dió un paso atrás, llevándose la mano al bolsillo trasero del pantalón. Pero Nolan era mucho más rápido que él y poseía una magnífica envergadura que le permitía dominar los golpes a distancia. Su puño lanzó un directo y alcanzó a Gabby en el mentón haciéndole rodar por las escaleras.

Inmediatamente, sonó un disparo y el detective sintió junto al oído algo así como un silbido de fuego. Nolan se volvió con la misma rapidez y advir­tió un movimiento sospechoso detrás de una butaca de respaldo tapizado. En un fragmento de segundo, sacó el revólver y disparó. En el respaldo se vió una hueÜa negra y un hombre cayó, quedando su cuerpo en cruz con las pa­tas del sillón.

Sonó otro disparo en lo alto de la es­calera y otra vez la mano de Nolan dió una certera réplica, Cuatro o cinco disparos más se oyeron, y siempre sir­vió al detective de escudo la jamba de la puerta y ni una sola vez fracasó su vista de águüa ni su firme pulso al dar la contestación.

Fué todo tan rápido, que los disparos de los bandidos y las réplicas de Nolan produjeron el efecto del tableteo de una ametralladora.

Se hizo eu seguida un gran silencio y Nolan, sereno y sonriente, pero volvién­dose a cada paso y con los cinco sentidos mestos en lo que ocurría a su alrededor, )ajó las escaleras y avanzó por en medio

de la sala en dirección a la mesa donde estaban Trent y Dora.

— L o dicho, G u a po. Tienes veinti­cuatro horas de -tiempo para salir de la dudad.

Trent no hizo el m enof movimiento. Se diría que aquel hombre era un fardo de carne sin la menor esencia espiritual. Por fin se llevó el cigarrillo a los labios y expelió lentamente el humo. Pero nada dijo.

Su amiga, en cambio, temblaba de ira.— ¿Qué haces que no le has matado

ya? — preguntó a Trent. — Sólo le fal­ta obligarte a que le limpies los zapa­tos... ¿Y vosotros? — añadió dirigién­dose a todos los demás. — ¡Cuarenta hombres contra dos y todavía les tenéis miedo!

— Calma, muchadia — dijo Nolan.— E l mal genio no sienta bien a una cara tan bonita como la tuya... Por derto que quiero darte un consejo de amigo. Sé que eres buena en el fondo, porque me he informado- ¿Por qué no dejas a estos sinvergüenzas y buscas mejores compa­ñías?

— ¡Vaya usted al diablo! ¡Yo estoy con quien me place y maldita la falta que me hacen los consejos de usted!

— Lo siento. Te aseguro que lo siento, muchacha.

Y se fué hacia la puerta. Al pie de la escalerilla que guardaba Donovan se de­tuvo sorprendido por un extraño cuadro. Á los pies dei buen ayudante había dos hombres caídos en diferentes posturas sin que se viera en ellos la menor huella de sangre. Las manos de Donovan no empuñaban arma ninguna.

— ¿Qué has hecho del revólver? — le preguntó Nolan.

81Ayuntamiento de Madrid

— No lo he traído.— ¿Y esto? — preguntó el jefe seña­

lando a los caídos.Donovan se desabrochó la americana

y mostró una porra que pendía de su cintura.

— Con esto — repaso escuetamente.— ¿Por qué?— Temía equivocarme. Cuando hay

mucha gente no me §usta emplear las armas (te fuego. Podrían pagarlo justos pot pecadores.

— Aquf no hay justos.— Quien sabe, jefe.Nolan le rodeó los hombros con sus

brazos,— Eres un valiente y un hombre de

corazón.Después hizo un gesto de adiós a

Dora con la mano libre y salió de la guarida en compañía de Donovan.

I^ E parece qué ese idiota esta chalado « por ti — dijo Trent con indife­rencia.

— ¿Idiota? ¡Estás en un error: vale cien veces más que tú !

— Vete con él si quieres.— ¡Claro que me iré!— Pero mucho ojo con lo que se

habla. Y a sabes lo que hacen mis hom­bres con los que nos traicionan.

Se levantó.— Supongo que, cuando menos, ven­

drás a casa esta noche a recoger las co­sas.

— Sí.Acompañados de «Risueño», se diri-

meron a la casa número doce de R iv e r Street.

La puerta era mi.serable y la fachada tenía un aspecto todavía peor. Algunas ventanas, cerradas herméticamente y cubiertas de polvo, denotaban que no se habían abierto desde hacia varios años. Todo el mundo la creería una casa deshabitada, y si alguien les veía entrar no se preocuparía de ellos, pues nadie en aquel barrio tenía nada que en v id ia r a sus vecinos.

Una escalera estrecha y obscura. Al llegar al final, la linterna de «Risueño» enfocó una puertecilla cubierta de te­larañas, Desgarró y apartó éstas con la mano y empujó la puerta. Cuando Trent y su amiga estuvieron dentro, pasó «Risueño» j volvió a salir en seguida con una especie de perfumador de gran ta­maño y, desde el umbral, comenzó a lanzar una substancia gelatinosa que, descomponiéndose en multitud de hili- Uos, volvió a poner ante la puerta ima red de telarañas.

Del angosto vestíbulo pasaron a un corredor que les condujo a estancias am­plias y lujosas, dignas de un palacio imperial.

La joven se sacudía con repugnancia el polvo recogido en la estrecha y sucia escalera.

— ¡Qué asco! Menos mal que es la última vez que subo esos escalones.

En efecto, poco después salía con un maletín por la puertecilla cuyas tela­rañas fue preciso renovar.

Se fué derechamente al despacho de Nolan. Este se sorprendió mucho al ver­ía entrar.

— ¿Qué vientos te traen por aqui, muchacha?

— Vengo a hacerte proposiciones — repuso ella, sentándose en un pico de la mesa,

— Y a me las ha hecho Gabby y no me h f i convenido.

— l e parece que las mías te gustarán más.

62

HIGIENE Y G IM N A SIAPara e l ca m p o y e l liodar

Salud, Fuerza y B elleza por m edio d e la Gim­nasia .S ueca ,por el Doc­tor Saim braum.

Un tomo de 149 páginas, 3 pesefaa.Teoría y Práctica d e la

Gim nasia Respiratoria.por el Dr. Salmbraum.

Un tomo de 152 páginas, 2 peseta».G im n a sia de las Profe­

sion es, por el Dr. Saim- braum.

Un tomo de 155 páginas, 3 peseta».Higiene Moderna, por el

Doctor Juan Bardlna.Un tomo de 339 págines, 5 peaetas.Los Baños de Aire, de

Luz y de Sol en Casa, por el Dr. Monteuuis.

Un tomo de 324 páginas. S peseteePara ser Fuertes, porW i-

lliam Blaikie.Un tomo de 417 págines, 5 pesetas.La Higiene Sexua', y sus

C o n s e c u e n c ia s Mora­les, por el Dr. Ribblng.

Un tomo de 509 5 pesetas.La Vida Sexual Normal y

P sicopatológ lca , por elDr. Mesonero Romanos.

Un tomo de 200 páginas: en tela,4 pesetas: en rústica, 2 50 pesetas,

— Es posible — repuso Nolan en tono de burla. — ¿Qué me ofreces?

— Esto — repuso la joven señalándose el corazón.

Nolan se puso serio.— ¿De veras?— De veras.— Me cuesta creerlo — balbució.— He visto que vales más que él

— dijo Dora con franqueza — y estoy segura de que llegaría a quererte.

— Pero ¿qué he de hacer a cambio de eso?

— Dejar la ciudad. Nos marcharemos los dos lejos de aquí.

— Habremos de esperar a que los haya metido a todos eu presidio.

— No. Precisamente eso es lo que quiero evitar. He sido durante algún tiempo compañera de ellos y no tengo espíritu de traidora.

— ¿No será que amas a Trent, a pe­sar de todo?

— No. No nos hemos amado mmca. Acaso no lo creas, pero entre él y yo no hubo nunca más que amistad áe com­pañeros. Trent me tenía como un ob­jeto de lujo. Viste siempre de etiqueta para infundir respeto a su gente. Lo mismo perseguía teniéndome a su lado. Si hubiera exigido algo más, habríamos reñido inmediatamente.

— No lo dudo. Estoy tan acostum­brado a leer en los ojos de las personas, que desde el primer momento comprendí que no eras mala. Pero... no creo que pudiéramos hacer buenas migas tú y yo. Estás acostumbrada a un tren de vida que yo no podría sostener,

Ella depositó en la mesa, delante de él, el maletín que llevaba consigo.

— Ahí hay cien mil dólares entre billetes y joyas. Haz de ellos lo qne quieras. Con vivir en paz me basta.

Nolan apartó el maletín,— No puedo aceptar nada tuyo, pero

te agradezco el rasgo. Tampoco puedo aceptar lo otro. Sólo dejaría de ser de­tective después de haber dado a Trent y a toda su gente su merecido.

Ella se irguió con un movimiento de despecho.

— Está bien. N o te necesito para nada.

Cogió el maletín y se dirigió a la puerta.

— Trent se reirá cuando te vea re­gresar a su lado.

— N o volveré al lado de Trent, pero tampoco tú sabrás nada de mí.

Nolan tuvo que hacer un esfuerzo para no llamarla y al quedarse solo per­maneció un instante pensativo y silen­cioso. Por fin, su boca dibujó un gesto de amargura.

— iMaldito oficio! — murmuró. — No basta exponer la vida. Hay que sacrificar también los sentimientos.

D ONAVAN, entretanto, trabajaba por su cuenta. Hacía una semana que

empleaba todo su tienmo libre en pasear por el barrio del que formaba parte Ri­ver Street. Toda la pericia del joven se estrellaba contra las precauciones que los bandidos tomaban para entrar y sa­lir en su guarida, pero nabfa hecho mu- dias indagaciones y atado muchos ca­bos, llegando a ia conclusión de que si la banda no residía en el mismo barrio, cruzaba sus calles con frecuencia.

Por fin, aquella noche, había visto salir a la amiga de Trent con su ma­letín, y cuando la joven se perdió de vista, entró en aquella casa.

Revólver en mano subió las escaleras y se detuvo ante la puertecilla cubierta

Ayuntamiento de Madrid

de telarañas. Lógicamente, pensó que por allí no había pasado nadie hacía mucho tiempo, pues, para hacerlo, hu­biera tenido que desgarrar aquella red que aparecía intacta.

Bajo algunos escalones reconociendo las paredes. De pronto oyó un ruido y se volvió, pero sólo tuvo tiempo de ver que por un ventanillo de la puerta salía una llamarada, y de sentir que algo perforaba su corazón.

Quedó muerto en el acto. La puerta se abrió y aparecieron Trent y «Risueño».

— Este na terminado ya de moles­tarnos — dijo Trent.

— Eero no perdamos el tiempo. He­mos de hacerle desaparecer en seguida.

— Nada de eso — replicó el ja e . — Tengo una idea que no va a sentar nada bien a Nolan. Y o voy_ a llamar por telé­fono al detective haciéndome pasar por Donovan. Vendrá en seguida. Le hare­mos disparar el revólver y le arrojaremos el cadáver de su amigo. Creerá que lo ha matado él y lo demás ya puedes suponerlo. Nolan ha tomado a este mu­chacho verdadero cariño.

Se fué a telefonear, en tanto «Risue­ño» preparaba el escenarío-

COY Donovan. Venga usted inmediata-mente al número 12 de River Street.

Al oír esta comunicación telefónica, Nolan dejó de pensar en la reciente vi­sita de Dora y salió de estampía.

Tomó un taxi para llegar antes. Al ver el número doce sobre una puerta de la calle de River, entró resudtamente. Pero sólo pudo andar con ligereza los primeros pasos, pues en la escalera rei­naba una oscuridad absoluta.

Tuvo que esperar a que sus ojos se acostumbraran a las tinieblas y entonces advirtió que de lo alto venía un res­plandor muy débil. Comprobó que pro­cedía de una ventana que había en mi­tad de la escalera y que esta ventana daba a la calle. A unos veinticinco pasos de la casa había visto una luz que ape­nas rompía la sombra de la calleja y éste era el resplandor que llegaba allí a través de los empolvados cristales.

Guiándose por el tacto más que por la vista, subió hasta el penúltimo tramo. Entonces oyó un disparo y sintió en su brazo e! roce candente de un proyectil.

Replicó en seguida. Un cuerpo rodó hasta sus pies. Saltó por encima de él y, arrastrándose, llego hasta la puer­tecilla. Nada sospechoso advirtió, i'rent y «Risueño» hab an colocado el cuerpo de Donovan de modo que pudiera ser lanzado sin romper las telarañas.

Volvió a bajar, golpeando las paredes con los nudillos, por si daba con alguna puerta secreta.

— Sin duda —■ pensó .— aquí no había nadie más que este hombre, y este hombre ha entrado por la puerta como yo. Era una emboscada... una em­boscada que les ha salido al revés, por­que he matado al que quería matarme.

Y murmuró contemplando al caído:— iDesdichadolAntes de irse a dar cuenta de lo su­

cedido, quiso cerciorarse de que aquel hombre estaba realmente muerto y en­cendió una cerilla.

Lanzó un grito de angustia:— iDonovanlEra él, su discípulo predilecto, su ami­

go querido.— |Y lo he matado yolLe rodeó los hombros con un brazo.

Le acarició como si fuera un niño, un hijo amado.

V, al mismo tiempo, lloraba...

N U E V A O B R A

D E L A

DOCTORA FANNY

RECEIARIO DEl HOGAR

(Enciclopedia abreviada para la vida práctica)

Colección de 4.000 recetas útiles recopiladas, explica­das y ensayadas por la

D O C T O R A F A N N Y

M ATERIAS PR IN IPALE S TRATADAS EN ESTA OBRA: Habitación. — Economía do­méstica. — Higiene privada (la alcoba, el tocador y el baño). Pu erlcultura. —uidados a los enferm os y convalecientes. Alimentación (la cocina, el co­medor, la despensa y la bode­ga). — Floricultura. — Cría y cuidado de animales domés­ticos. — Destrucción de ani­males perjudiciales o molestos. Avicultura. — Perfumería.—Fa­bricación de vinos, licores, refrescos, aperitivos, pon ’

ches, etc.U n t o m o e n t e l a , 1 2 p e s e t a s

De venta en todas las librerías de España y América.

Para pedidos, directamente a

EL HOGM Y LA HODAutilizando el siguiente cupón que le da derecho a recibirlo

franco de portes.

Tel hogar y la moda |I Diputación, 211, Barcelona .

Valverde, 21 dup., Madrid |I Agradeceré me remitan un I * ejemplar del Recetarlo del Ho- *I gar, por la Doctora Fanny, cuyo |

Importe de 12 pesetas remito II por giro postal n.®.......... —■ |

acompañ > en sellos de correo |

I (certificando la carta). N o m b r e .

I D o m i c i l i o .................................. IP o b l a c i ó n ..................................

I P r o v i n c i a ................................. |I F e c h a ......................................... |

pUEinútilqueeltribunal le absolviera, * por imammidad. Fué inútil que sus superiores le expresaran su convic­ción de que no era culpable. Fué inútil que se le rogase q ue se quedara. Nolan se había prometido no volver a andar en aquellos juegos de vida o muerte y lo cumpliría. No podía olvidar aquellas palabras f/ronundadas por Donovan cuando visitó en su compañía el café de la banda; <No he utilizado el revólverf»or temor a sufrir alguna equivocación atal»... ¡Verdad, verdad! El revólver da­

ba lugar a fatales errores, a horribles imprudendas. Bien convenddo estaba ahora, aunque la convicdón habla lle­gado demasiado tarde,

Entregó la chapa de detective a sus superiores y salió de la ofidna con la cabeza doblada sobre el pecho, sin atre­verse a levantar la vista, como un cri­minal confeso y arrepentido.

En los días siguientes, vagó al azar por las callejas de la ciudad, como en im angustioso sonambulismo. No se daba cuenta de lo que sucedía a su alrededor. Sólo tenia mma y pensamiento para lo que pasaba dentro de sí. La imagen de Donovan no se borraba de su mente, así como el dolor no se borraba de su corazón.

En una de estas jomadas de pesadilla, notó que una mano se posaba sobre su hombro y que una voz le deda;

— ¡Gracias a Dios que te he encon­trado, hombre! ¿Qué es de tu vida?

Levantó la cabeza y v ió que era Dora, la muchacha que antes tanto le habia interesado. Pero ahora no le in­teresaba nada. Se encogió de hombros y continuó su camino.

Ella le siguió, tratando de reanimarle. Lo sabía todo. El debía hacerse fuerte contra la desgrada. Para ella sería un placer ayudarle en aquellos momentos de amargura,

Como Nolan no le hada el menor caso, cambió de actitud con su característica impetuosidad y le increpó, despechada;

— ¡La culpa la tengo yo por preocu­parme de un loco como tú!

Siguió vomitando insultos mientras Nolan se alejaba. El no la oía. ¿Cómo podría oírla si d dolor le embotaba los sentidos?

Entró en un establecimiento donde se burlaba la ley seca y bebió sin freno. Era un buen sistema para buscar con­suelo, que había descubierto en aquellos días de mortal angustia.

Y cada vez fué cayendo más bajo, más bajo, hasta que del Nolan fuerte, noble y valeroso de antes sólo quedó una sombra.

— D ORA y «Risueño» se encontraron en la cálle.

— ¡Hola, muchacha! ¡Cuánto tiempo sin verte! ¿A qué te dedicas ahora?

— |A ti qué te importa!— Dispensa, chica. Si he cometido al­

guna indiscreción, tengo disculpaporque estoy un poco borracho.

— ¡Ya se nota! Apestas a bebida.— ¡Vaya un modo de tratar a la be­

bida! A propósito: ¿sabes a quién le gusta todavía más que a mí? Pues a Nolan.

— ¿A Nolan? ¿Cómo lo sabes?— ¡Toma! Porque lo tenemos en casa.Dora estaba realmente interesada,—■ Es increíble. ¿Cómo habéis podido

con él?— Ahora puede con él cualquiera. Es­

tá siempre como una cuba y no come. Parece que se ha propuesto demostrar que con alcohol puede vivir un hombre.

83Ayuntamiento de Madrid

Nos bastó ofrecerle whisky para atraér­noslo. Lo tenemos en un reservado del café y allí bebe cuanto quiere, cosa que no podría hacer en otra parte porque no tiene dinero.

— ¡Pero le vais a matarl ¡Eso es un crimen!

— ¡Qué tonterías dices, pequeña! Nos­otros no pretendemos matarlo; con in- utlizarlo nos basta. Esta noche prepara Trent una gran fiesta a la que asistirá toda la banda, y el jefe les presentará al más temible de los detectives norte­americanos en un estado que dará lugar a que todos los nuestros trabajen con absoluta confianza envista de lo fácil que son de domesticar los leones enemigos.

— ¿Y dices que la fiesta es esta norae?— Ahora mismo. H ada allá voy.

¿Quieres venir? Trent se alorará mucho de veode.- N o cesa de preguntar por ti.

— Sí, te acompaño.

p N efecto, Trent la redbió muy ama- ^ blemente.

— ¿Qué? ¿Sigues tan chiflada por No­lan .como antes?

— Por verle he venido.— Entonces me alegro, porque cuando

le veas no volverás a acordarte de él y tendrás que reingresar en la banda para estar a mi lado.

Más de den hombres-llenaban el salón. Se pronunciaron discursos y se hizo so­lemnemente la presentadón de nuevos elementos. «Risueño» bebía sin tregua.

Por fin, Trent ordenó a Gabby que presentara a su gente al león para que se convenderan de que el peor enemigo de la banda había desaparecido.

Gabby abrió una puertecilla, desapa- redó por ella y volvió a salir en seguida empujando a un hombre. Ese hombre era Nolan, mejor dicho, una sombra de él.

Como ofredera alguna resistencia, Gabby le dió un puñetazo y le hizo rodar porelsuelo. Vino a caer a íos pies de Do­ra, la cual pareda resistirse a creer en lo que vda.

— Pero ¿es posible que consientas que te peguen? ¿Por qué no te defiendes, cobarde?

Nolan murmuró imas palabras inco­herentes y no se levantó, hasta que Gabby le cogió de las solapas y tiró de él como si fuera un fardo.

— ¡Y que haya estado yo enamo­rada de tÍ! — exclamó la joven.

Se llevaron a Nolan para que conti­nuaran bebiendo y Dora oyó que «Ri­sueño» le deda;

— Tiene grada, ¿verdad?— Vosotros y él sois igualmente re­

pugnantes.— Si tú supieras lo que hicimos te

reirías como me río yo. ¡Tiene la mar de grada! Imagínate que Nolan se ha entregado a la bebida porque cree que mató a Donovan y no lo mató.

— ¿No? — exclamó Dora con asombro*— No.Y le explicó detalladamente todo lo

que entre él y el jefe habían tramadoSara engañar a Nolan, interrumpiéndose

e vez en cuando para rdr a carcajadas.Trent lo había oído todo. Se levantó

y dijo a «Risueño»:— Ven. Tenemos que hablar.«Risueño» le siguió sin cesar de reír.

Llegaron a una habitadón del primer piso y entonces volvió Trent a hablar;

— Dame el revólver, «Risueño».«Risueño» se lo dió.— ¿Es que te vas?— No, el que te vas eres tú para que

no vuelvas a contar los secretos prrae- sionales.

84

Y disparó el revólver y «Risueño» mu­rió en el acto.

Cuando volvió el jefe al salón donde se celebraba la fiesta, dijo simplemente:

— «Risueño» se ha muerto de risa.

I^OLAN se ha escapado, jefe — ma- ' nifestó Gabby.

— No te preocupes. Y a volverá. A buen seguro que estará en la escalera de casa, como de costumbre.

Y dtio a Dora;— ¿Qué has detídido?— Acompañarte.— Ya sabía yo que al fin entrarías

en razón.Ella sonrió. No se había dado cuenta

Trent de que sólo le acompañaba por entrar en aquella escalraa en que había oído dedr que estaba Nolan.

Allí le encontró, en efecto. Trent su­bió las escaleras sin hacerle caso, pero ella se detuvo.

— ¿Qué haces aquí?— Nada. Recordar que soy un cri­

minal para sufrir mientras viva. Es lo menos que puedo hacer.

— L a p la z a vacante es d e guardia de noche, p o r lo cu a l n ecesito una persona de con d u cta intachable.

—. E n ton ces p u ed e adm itirm e sin escrú ­p u los , señor. P recisa m en te p o r m i buena conducta m e reba jaron seis años de la ú l ­tim a condena.

(D e B uen Humor)

— Oye. Nolan — replicó la joven con extraño tono. — Voy a darte una prue­ba de que te amo. Lo que voy a decirte acaso me cueste la vida, pero no por eso dejaré de dedrtelo. Tú no mataste a Nolan. Le mataron ellos y te arrojaron el cadáver para que creyeras que le habías matado tú. Estaban escondidos detrás de la puerta y...

En este momento se oyó un disparo y Dora cayó, lanzando un grito.

Era indescriptible lo que había suce­dido en Nolan al saber que no íué él quien mató a Donovan. Pareció como si todas las fuerzas que había perdido volvieran en un segundo a sus miembros. Fué como un súbito renacer de su inte­ligencia, de su valor y de sus energías.

Cayó de rodillas al lado de Dora, cuyo brazo sangraba.

— Gracias, querida mía, muchas gra­cias. Espera, que volveré por ti.

Trent, que tenía aiin el revólver en la mano, disparó una y otra vez contra Nolan, pero éste ni smtló los balazos, ni dejó de subir, paso a paso los esca­lones. Miraba fijamente al bandido y avanzaba encorvado y con las manos criraadas. Nada habría podido dete­nerle. No pensaba en que podía morir: sólo pensaba en matar.

Llegó un momento en que Trent no pudo resistir aquella mirada penetrante y turbadora, y huyó despavorido hacia las habitaciones interiores de la casa. Ni siquiera quiso entretenerse en cerrar la puerta. Aquella mirada penetrante, terrible, inexorable, de Nolan le habia hecho perder la serenidad por primera vez en la vida.

El detective le seguía, paso a paso, con los dedos encorvados, lo que daba a sus manos apariencia de garras, con el cuerpo doblado hada adelante, como aperdbido para saltar sobre la presa.

Atrincherado en su profundo dormi­torio, Trent había requerido la ametra­lladora de mano y comenzó a disparar apenas aparedó Nolan por la puerta del salón.

Había llegado Gabby en aquel mo­mento y ai ver herida a Dora dedujo que algo importante ocmría arriba.

— ¿Qué pasa? — preguntó.Y ÉÚla repuso:— Pasa que arriba está Nolan, el No­

lan de antes, y os matará a todos.En dos saltos subió Gabby las escale­

ras. Nolan, al oír sus pasos, se ocultó tras un mueble con un movimiento ins­tintivo. Aquellas estandas estaban a oscuras porque Trent había apagado las luces y solo podían adivinarse las formas humanas, gradas al resplandor proce­dente del vestíbulo, cuya lámpara era la única que estaba encendida.

Por este resplandor, Trent pudo ver la figura de un hombre que se dirigía al dormitorio con toda clase de precau­ciones y disparó contra él. Inmediata­mente, el dedo de Gabby oprimió el gatillo y Nolan advirtió desde su es­condrijo cómo se desplomaba. Al mismo tiempo oyó en el dormitorio un ruido semejante al que había prodiíddo el cuerpo de Gabby al caer.

Después, nada, un silencio absoluto, de muerte...

Creyó comprender. Salió de su escon­drijo y comenzó a buscar por las paredes hasta dar con la llave de la luz. La halló y el salón se iluminó espléndidamente. Entonces v-ió que era Gabby el que estaba tendido junto a la puerta del dor­mitorio y que en el interior estaba Trent, también caldo en el suelo, sobre un charco de sangre.

Dedujo lo que había sucedido. Gabby creyó que Trent era Nolan, y lo mismo creyó 'Trent con respecto de Gabby- Se tabían matado mutuamente, ahorrán­dole aquel desagradable trabajo.

Fué en busca del teléfono. Entonces se dió cuenta de que estaba herido en un hombro, en un brazo y en una pierna. Sólo tuvo tiempo para telefonear a la jefatura de policía. Había perdido mu­cha sangre. Cayó desvanecido.

Quince días después, estuvo en dispo­sición de ir a visitar a la mujer que le había dado una prueba tan indudable de cariño. EUa estaba aún hospitalizada. Nolan le Uevó un ramo de flores.

La entrevista fué decisiva para am­bos, pues apenas salió Nolan del hos­pital, comenzó a preparar las invitacio­nes para la boda.

Ayuntamiento de Madrid

Almanaque de la Madre de Familia para 1931

por La Doctora Fanny

L a o b r a m á s ú t i l , m á s a m e n a y m á s e c o n ó m i c a

En n u estro a fán d e m o d e rn iza r co n tin u a m en te esta p u b lic a c ió n h e m o s es ta b le c id o en la e d ic ió n de este r e n o m b ra d o A lm a n a q u e n u evas s e cc io n e s cu y o in terés r e c o n o ce r á n n u estros le cto res .

Lea c o n d eten im ien to este ex tra cto del

S u m a r i o :Calendarlo Santoral.La Felicidad en el Matrimonio. — Cómo se alcanza, có­

mo se conserva, cóm o se pierde, por Román D'Artots. T ítu lo s d e lo s c a p ítu lo s : «Antes que te cases,..», «Yo sé dónde le aprieta el zapato a mi marido», «El marido in­fiel». «La ocasión hace el ladrón», «No seáis pesadas», «No hay que decir mentiras», «El mayor peligro». «Aten­der bien a los hijos... sin olvidar al marido». «La cocina, símbolo de la felicidad conyugal», «Hay que hacer núme­ros». «Los inevitables parientes» y «Comentario final».

Vida práctica y confortable. — Cómo se instala un timbre eléctrico, por F. Abarca. — Enlaces para mante­lería, por P. Amorós.—Enlaces para pañuelos y pijamas, por P. Amorós. — Enlaces para juegos de cama, por P. Amorós.— Enlaces para toallas, por P. Amorós.— Cómo se hace una colcha con tela corriente.— Modo 'de rejuve­necer una butaca vieja. — Para el cuarto de los niños, Cómo hacer y decorar una cortina, un pabellón y una cunita. por A, Planas.— Moderna manta para cochecito. Muñecas caseras que pueden competir con las compra­das.— Con retales sobrantes hagamos almohadones, porH. T. (De nuestra casa de París.) — Un lindo juego de agarradores da una nota de color en la cocina moderna. Elegante vestidito para niña. — Abrigo sastre para niño. Cómo se hace el cuello de una blusa de colegial.— Modo de cortar un patrón de calzoncitos.—La moda Impone el corte japonés en los trajes de niño. — La blusa es una prenda importante en el guardarropa de la colegiala. Neceseres muy útiles para viaje, por H. T. (De nuestra casa de París.) — Dos maletas muy prácticas para las excursiones, por H. T. (De nuestra casa de París,) Ornamentación de las ventanas, por H. T. (De nuestra

casa de París.)— Lámparas y pantallas, por H. T. (De nuestra casa de Paris.)

Maestrita rural. Preciosa y sentimental novelita original de Marfa Luz Morales.

Labores a punto d e m edia y d e gancho. «Gorrito de punto», «Pullower práctico», «Conjunto de lana rayado para nena», «Vestido de ganchillo», «Los primeros pan­talones del nene», etc., etc.

Artes del aficionado. Pequeño tratado explicativo de cómo se repujan los metales, por Tomás G. Larraya.

Entretenimientos caseros . Juegos de prendas, peniten­cias. palabras cruzadas, comprimidos, jeroglíficos, re­creaciones, etc.

La m esa m oderna. P r e s e n t a c i ó n d e la m e s a : ropa cristalería, vajilla, cubiertos, etc. A d o r n o d e la m e s a : flores, frutas, centros, candelabros, jarrones, etc. E ti­q u e ta p e r s o n a l d e la m e s a : Cómo tratar a los invitados según su categoría y grado de amistad. L o q u e s ig n i f ic a e l t é e n la e t i q u e t a m o d e r n a : La mesa de té, su pre­sentación y adorno.

Cosas del cine. A r g u m e n t o s y f o t o g r a f ia s de las pe­lículas próximas a estrenar. «El Rey vagabundo» y «Re­dención».

Exposición de ta Casa Ideal. Varias fotografías de las habitaciones para los niños en diversos países.

Jardín am eno y florido. Recetarlo inédito de cocina sacado de un tratado escrito por un religioso de la car­tuja de Vall de Cristo en 1830.

Recetarlo de belleza, variedades, cosas útiles, etc. etc.Gran concurso de gracia infantil, con más de 200 re­

tratos de niños.

T o d o s lo s c o m p r a d o re s interesan en el n .° 11013 del s o r te o d e la L o tería de N a v id a d d e 1930.N ota importante. — T o d o c o m p r a d o r p o r el s im p le h e c h o de m a n d a r su v o t o al

C o n c u r s o d e g r a c i a i n f a n t i ltiene d e re ch o a re c ib ir g r a t u i t a m e n t e u n a p re c io s a n ovela .

C o n e s to s o b s e q u io s el A lm a n a q u e resu lta c a s i g r a t i s .

P r e c i o : 3 p e s e ta sP íd a lo h o y m ism o a n u estro represen tan te , o a su lib re ro . S e lo rem itirem os fra n co d e p o rte s ,

s i h ace e l p e d id o d irectam en te a co m p a ñ a n d o el im p o r te y u tiliza n d o o c o p ia n d o e l s igu ien te cu p ó n , a

EL HOGAR Y LA MODADiputación, 211, BARCELONA Valverde, 21 dup., MADRID

D .............................................................................................................. q u e v iv e

e n la c a ll e d e ...................................................... n.“ ................ d e ................

...................................... p r o v in c ia d e ................................................... r e m i t e

3 p e s e t a s p a r a recibir e l A lm a n a q u e d e la M a d r e d e F a m i­

l ia p a r a 1 9 3 1 , l ib r e á e p o r t e s .

Ayuntamiento de Madrid

.

I c O M O D E B O » I COMPORTARME I JEN S O C I E D A D íI M AN U AL DE P R A C - |I T I C A S S O C IA L E S |

f p o r la i

J DOCTORA FANNY |

1 U tilís im o m a n u a l p ara e l 3 S tra to en b o d a s , b a u tizo s , § j lu to s , in v ita c io n e s , c o m id a s i 3 de etiqu eta , ba iles , c a m b io s f 1 y o ferta s de d o m ic il io , re - W s u n io n e s , co r re s p o n d e n c ia y , p § en general, p ara cu a n to se § J refiera a l tra to de s o c ie d a d , |

g L a e d u c a c ió n . — E l t r a je . 1 g L a s m o d a s .—L a h a b ita c ió n . i 1 L o s c r ia d o s . — E n la ca lle . S 3 E n v ia je . — E n la m e s a , e tc . W

i Dd lomo de eerca de 2001 i pádiDas 2 Dtas. |3 D e ven ta en to d a s la s lib re - i 1 r ía s d e E sp a ñ a y A m é r ica y W i en la A d m in i s t r a c i ó n de 1

¡ GRAN PROYECTOR II . Dipotación, 2I1.-BARCEL0M | I Valverde, 21 dop.-MADRID |s S i n o lo en cu en tra en su g■B 9g lo c a lid a d , u tilice el s ig u ien - h 1 te c u p ó n , q u e le d a d e re c h o E 3 a r e c ib ir lo fra n c o d e p o rte s W 1 en su d o m ic il io . ii

El C rim en d e l M arqués d e G a n g es( C on lin u a ción d e la p á g in a 4 7 )

G R A N P R O Y E C T O RA g r a d e c e r é m e r e m it a n u n e j e m ­p la r d e Cómo debo comportarme en Sociedad, p o r la D o c t o r a F a n n y , c u y o im p o r t e d e 2 p e s e t a s r e m it o p o r g i r o p o s ta l n '“ ............... —a d ju n ­to e n s e l l o s d e correo ( c e r t i f ic a n d o

la c a r ta ) .

N o m b r e ..............................................D o m i c i l i o ..............................................P o b l a c i ó n ..............................................P r o v i n c i a ..............................................F e c h a ....................................................

— No os asustéis, que yo padezco del mismo mal.

— ¿Vos?— Y o la amo tan apasionadamente

como vos podáis amarla.— Bien, no lo niego... Pero desde este

momento os dejo el campo libre,— Eso no lo puedo consentir.— ¿Entonces?— Vamos a hacer un trato. Y o per­

maneceré neutral, mientras vos pro­seguís con el asedio; si conseguís que la dSna acepte vuestra pasión, yo me re­tiro para siempre, y si no lo lográis, me dejaréis que obre como tenga por conve­niente.

Lo que el abate se proponía con este doble juego era vencer a la marquesa por sus solicitudes o hacerse dueño de su' secreto, si llegaba a corresponder a su hermano.

Este aceptó el plan y am'bos sellaron el pacto con im apretado abrazo.

El asedio del joven caballero se fué entonces acentuando más, llegando

a cometer graves impertinencias que la marquesa contuvo con eficaces desaires.

De este modo pudo conseguir la dama alejar al necio, pero éste, de enamorado se convirtió en su mortal enemigo, de­jando al abate en completa libertad.

Este continuó con sus solicitudes, mas, cansado de la inutilidad de sus esfuerzos, cambió de plan y empezó la lucha con su cuñada como el mayor de sus enemigos.

Por cierto que en aquellos días habian presentado a la de Ganges a un joven, recomendable no sólo por su elevada po­sición, sino por su noblez.a y exquisita educación.

Como sus conocimientos no eran nada vulgares, llegó a interesar a la marquesa, la cual se complacía en hablar con él, pero con el cuidado de que en ninguna ocasión pudiera padecer su decoro.

Aquí se aprovechó el abate para dar un aviso al marqués.

Empezó por hacerle partícipe de sus sospedias; y sin decir nada claro, por­que carecía de pruebas, llegó a dejar convencido al esposo de que la conducta de la marquesa no tenia nada de correcta.

No pensó el marqués en el cambio que se había operado en el abate, al vituperar ahora a la que antes ponderaba por sus grandes virtudes.

El resultado fué que cayó en la tram» pa, llegando a tratar a la marquesa con los peores modos, atacado con las insi­nuaciones de su hermano, a quien creía fiel y amante de la familia.

. La marquesa vió en seguida de dónde veiuan los tiros y, aunque haciendo un gran esfuerzo por el asco que le causaba el asunto, intentó revelar al esposo los torpes manejos de sus hermanos, pero el marqués no quiso oírla y las cosas continuaron en el mismo estado.

A los pocos días de esto le sirvieron a la marquesa un plato de crema envene­nada, cuyos efectos no fueron graves porque apenas comió dos cucharadas.

Sm embargo, el médico que la asi.stió en loa cuatro o seis días que estuvo en cama, sospechó algo y así se lo comunicó al marqués, el cual aseguró que no había en su casa ni una sola persona que no adorara a la marquesa.

También esto lo corroboró ella, ase­gurando que sólo había sido una leve indisposición.

Todo quedó en el misterio.Mas el marqués, queriendo continuar

su vida de vicio y disipación sin el obs­táculo de su esposa, di.spuso que ésta marchara a Ganges a pasar el otoño.

La pobre señora recibió la notida con el consiguiente disgusto, pues, sin saber por qué, le liorrorízaba Ja idea de vivir aUí,

Esto, unido con las sospechas que le hicieron tener respecto a la causa de su pasada enfermedad, ia obligaron a tomar ima resolución con objeto de ase­gurar el porvenir de sus hijos.

Con este objeto hizo testamento eu Aviñón, dejando heredera a su madre, con la cláusula de poder llamar libremente a la sucesión a su hijo de sds años y su hija de dnco.

El testamento fué liecho en secreto. Sin embargo, la marquesa declaró ante los magistrados de Aviñón, en unión de otras personas, que revocaba otro testa­mento que formulara después de éste, no siendo de ningún modo valedero más que el que hiciera primeramente,

Después se dispuso a marchar a Gan­ges, no sin liaber redlúdo antes los San­tos .Sacramentos como si se hallara en peligro de muerte.

Mucho le sorprendió a la dama el encontrarse en Ganges con su esposo y la madre de éste; pero la señora allanó sus escrúpidos manifestándole que, ha­biéndole dicho a su hijo que tenia vivos deseos de abrazarla, liabía acudido allí con verdadera alegría.

Otra vez volvió a pasar la marquesa una corta temporada con relativa cal­ma, debido a las solicitudes de su suegra y al buen trato que le ofrecía su esposo.

Al día siguiente en que abandonó Ganges la madre del marqués, tuvo éste una larga conferencia con sus hermanos, y después notificó a su esposa que un importante negocio reclamaba su pre­sencia en Aviñón.

— Iremos los dos — contestó ella,— De ningún modo — afirmó él; —

iré yo solo.— Pero ¿qué haré yo aquí?— Lo que gustes. Ademas, te acom­

pañan mis dos hermanos. ¿Qué más quieres?

La dama obedeció, mas coa ima pe­sadumbre que no podfa disimular.

Pero tanto el abate como el caballero Ganges quisieron borrar la desconfianza que hacia ellos tenía la marquesa para asegurar mejor el golpe.

NI uno ni otro le volvió a dirigir la menor palabra que pudie-e alarmarla.

Sus servicios parecían tan desintere­sados como sinceros; y ella llegó a creer que se habían arrepentido de sus inicuas pretensiones y que volvían a ella brin­dándole una verdadera amistad.

Así pasaron algunos días, hasta que el abate con su maligno talento dedaró lisa y llanamente que el marqués estaba ofenáido y con razón, después de haber sabido lo del testamento que ella hizo en Aviñón.

— ¿Y vos creéis que mi esposo vol­vería a mí si yo...?

El abate no le dejó terminar,— Si tomáis el buen acuerdo — dijo —

de anular ese documento, mi hermano, vuestro esposo, no sólo volverá a vos, sino que os aseguro una dicha completa y duradera.

Tan dominada quedó la marquesa que

86 Ayuntamiento de Madrid

cayendo al fin en las redes que le tendía el abate, no vaciló en revocar el testa­mento otorgando otro a favor del mar­qués. i

Mas como el abate lo ignoraba, y la marquesa no se acordó de las declara­ciones que hiciera en Avinón en pre­sencia de los magistrados, aquel punto quedó en el aire.

Ya dueños del precioso documento, no pensaron más que en deshacerse de la marquesa lo más pronto posible.

p L día 18 de mayo de 1667, sintióse la dama ligeramente indispuesta; el

doctor, a quien llamaron en seguida, le recetó un purgante, que él mismo se 'en­cargó de preparar.

La marquesa notó un olor repugnante y arrojó la pócima tomando en su lugar unas píldoras que ella tenia.

La buena señora notó aquel día gue sus cuñados le preguntaban por su salud con más insistencia que de ordinario.

Parecía como si les dominaba la im­paciencia.

Aquella noche siguió en cama la mar­quesa, acompañada por el caballero de Ganges, el cual parecía absorto.

A las preguntas que la dama le liada contestaba con monosílabos y pareda muy inquieto.

Ya la marquesa empezaba a sospechar algo y no bueno, cuando se abrió la puerta de la habitación v- aparedó el abate, pálido y desencajado, llevando en una mano una pistola y en la otra un vaso lleno de un 1 quido muy parecido al que el médico había preparado.

Inmediatamente cerró la puerta por dentro, al mismo tiempo que su her­mano se ponía en pie y desenvainaba la espada.

— .Señora — exclamó el abate, — es forzo.so morir: escoged entre el fuego, el veneno o el acero.

La marquesa estuvo a punto de des­mayarse, pero, haciendo un gran esfuerzo, pudo arrostrar la situación y murmuró:

— ¿Por qué he de morir? ¿Tan mal os he tratado? ¿Sois a uu tiempo el juez y el verdugo?

Los dos infames no contestaron.— ¿Qué os he hecho yo para que me

odiéis de este modo? — volvió a decir la marquesa.

— Bsista, señora ■— gritó el abate fuera de sí. — Decidid o decidiremos nosotros.

La infeliz, llena de angustia y bañada de sudor, adelantó una mano tomando el veneno, mientras los otros le amena- raban con sus armas, sin apartarse de ella, hasta que consumió el breva e.

_ Los asesinos abandonaron a habita­ción, cerrando al puerta con llave.

El primer pensamiento de la dama fué huir para refugiarse en alguna casa donde pudiera referir lo ocurrido y avisar a algún magi.strado., Con este objeto, viendo que le era imposible abrir la puerta, se dirigió a tma ventana que daba al patio.

El ruido que hizo al abrir y cerrar uu armario para ponerse un peinador llamó la atención del abate, el cual entró en la alcoba en eí preciso instante en que la marquesa se arrojaba al exterior,

m ame logró agarrar uu trozo de tda_ del ligero peinador, reteniendo a su víctima hasta que, rompiéndose la tela, dejó caer al sue o a la pobre señora, evi- tradole así que el choque contra las piedras no fuera tan rudo.

Repuesto de su aturdimiento, dió por casualidad con la puerta que comuni­caba con el campo, salió antes de que los

asesinos pudieran estorbár.=elo y. una vez en canipio libre, se despeinó, para pro­vocar un vómito introduciéndose las puntas de los cabellos en la garganta.

Las náuseas no tardaron en presen­tarse y un copioso vómito alivió el ma­lestar que ya empezaba a sentir,

Después corrió alocada llamando en todas las puertas con objeto de que la defendieran las personas compasivas que encontraba.

Al mismo tiempo, el abate y su her­mano salieron en busca de su víctima propalando la noticia de que la mar­quesa había sido víctima de un ataque de locura, cosa que casi todos creyeron al ver el desastroso estado de la desdi­chada señora.

Por fin, lograron alcanzarla en la puerta de la casa del señor Prats, hacién­dola entrar el caballero, el cual la ame­nazaba con la punta de su espada.

El abate, pistola en mano, amenazaba a !a gente que habia en la calle diciendo que no podía permitir que, dado el es­tado de la marquesa, fuera objeto de burlas.

El señor Prats se hallaba ausente, mas como en la casa estaba su esposa acompañada de otras damas, pudieron saber por la misma marquesa que había sido envenenada.

Las señoras se apresuraron a darle ropas y a escondidas le entregaron un frasquito con un contraveneno para que fuera tomando algunas gotas.

Los dos criminales vaan que pasaba el tiempo y el veneno no producía su mortífero efecto.

¿Qué pasaría si la marque.sa sanaba? Sencillamente, que la justicia tomaría parte en el asunto y todo quedaría des­cubierto.

Una obra do amona leclara para el bombre de negocios

M em orias de un industrial

de n uestro tiem nopor Pedro final TtllaiblEn este libro se exponen, en forma sugestiva, los in­cidentes de la azarosa vida de ios Industriales de hoy. La psicología del fabrican­te español, la época de gran­des negocios y especulacio­nes absurdas, la crisis eco­nómica y el desastre banca- rio llenen un comentarista

desapasionado.dn tono Ub 240 piOloas. . {pesetas

I I• ii lí

EDICION DE

S o c ie d a d G en era l de P u b lic a c io n e s . S. A.D ip u ta ciÓQe 311 , B a r c e l o n a

De veotfi en todas laa librerías de Espada y America

I EL HOGAR Y U MODA1 V a lv e r d e , 3 1 d u p .° , M a d r id

Decididos a jugarse el todo por el todo, empezaron por aislar a su cuñada, diciendo a las señoras que la dejaran sola para ver si de ese modo mejoraba y añadieron que, entretanto, ellos quedaban a su cuidado.

Una mañana, encontrándose el caba­llero de Ganges con la dama, sin que ésta tuviera a su lado quien la pudiera defender, la insultó de W manera, que eUa no pudo menos que contestar en forma parecida,

Esto puso furioso a aquelmalhombrey, echando mano de la espada, le dió dos estocadas en el pedio.

La infeliz huyó hacia la puerta pi­diendo socorro y allí recibió cinco esto­cadas más en la espalda, quebrándose en la última la punta dd acero.

Hecha esta vil y cobarde acción, se fué el caballero en busca d d abate di­ciéndole apresuradamente;

— Ya nos podemos marchar, porque d negocio ha terminado.

T OS gritos de la pobre marquesa Hde- “ ron que varias señoras se precipitaran en la habitadón, las cuales, al ver a la dama bañada en sangre, mandaron lla­mar inmediatamente a un cirujano.

En esto, recordando d abate que aun alentaba su víctima, volvió a subir, de­cidido a matar de un tiro a su cuñada.

Ya en la habitación, apartó brutal­mente a las señoras: nías por fortuna el tiro no salió.

Entonces, una de las damas que alli estaban, la señorita Brunet, se arrojó sobre el asesmo logrando que d arma se escapara de sus manos.

El abate, enloquecido y furioso, des­cargó un tremendo puñetazo en la cabeza de la valiente joven y ésta rodó por d sudo sin sentido. Volvió a tomar el arma y, agarrándola por d cañón, fué hacia la marquesa para acabar con ella a cu­latazos, cosa que las demás señoras im­pidieron, consiguiendo, además, que tan­to d abate como su hermano abando­naran aquella casa.

Los dos huyeron, dirigiéndose a una quinta d d marqués, llamada Auberas, para reponer su estado de ánimo y dispo­ner un plan que les librara de caer en manos áe la justicia.

RUANDO acudió el doctor a casa de ^ la marquesa y se hizo cargo de lo que había pasado, examinó detenida­mente las heridas de la dama, y al fin manifestó que ninguna de ellas era mor­tal, pero que, debido al estrago que en d estómago había hecho el veneno, hacía falta un cuidado especial para que la enfermera pudiera conjurar el peligro.

Una vez la dama en manos d d doctor, no se cuidó más que de dar parte a la justicia.

El barón de Tressard, gran preboste en aquella época, fué d primero que se dedicó a la busca de los asesinos.

Pero ya era tarde. Estos se habían embarcado en el Gras de Pataval, cerca de Ayde, y ya se perdió la pista por completo.

También le escribieron al marqués, que se hallaba entonces en Avinón, dándole la fatal noticia; pero éste nó se presentó en el palacio de Ganges hasta pasados cuatro días.

Esto denunciaba claramente su poco o ningiln interés hacia su esposa, por más que, ante el individuo que le llevó la notida, se exaltara jurando, lleno de furor, que perseguiría sin descanso a los asesinos de su esposa,

La misma marquesa notó en s^;uida

87Ayuntamiento de Madrid

el desvío de su esposo y esto agravó sen­siblemente su estado.

Se supo que cuando sus hermanos obtuvieron de ella el testamento a favor de su esposo, se lo remitieron inmediata­mente; mas el vicelegado de Aviñón se negó a registrarlo porque la marquesa no se había retractado de la declaración pública que hiciera.

Esto se lo comunicó el marqués al abate; y como la marquesa se negara a retractarse como su asesino le exigía, vino el total abandono de su esposo y la ten­tativa de asesinato de sus cuñados.

No tardó en presentarse en Ganges la señora Rosan, madre de la marquesa, y allf acusó públicamente al marqués como principa autor del crimen que se había cometido. La marquesa cada vez se encontraba más grave, tanto, que eUa misma pidió los amdlios espirituales. Des­de aquel momeuto perdió todas las espe­ranzas que le daban de recobrar la salud, y se dedicó únicamente a inroirar a sus hijos sentimientos de piedad para los que tanto daño le habían hecho.

Entre tanto, se presentó a ella el señor Catelau, comisionado por el parlamento de Tolosa para tomarle declaración.

T,a marquesa se limitó a dedr que había venido a Ganges contra su voluntad y que perdonaba a sus asesinos.

Aquel mismo día expiró.El señor Catelau, en vista de las sos­

pechas que recalan sobre el marqués, ordenó que quedara arrestado en su mis­mo castillo, y esto ocasionó una escena violentísima por parte del acusado, el cual se quejaba amargamente didendo que era víctima de un atropdlo, y que ni aun se respetaba su dolor por la pér­dida de su esposa.

No se dejó ablandar el magistrado y.

después de las primeras diligencias, or­denó que fuera conducido ei marqués a la cárcel de Montpdler con las debidas precauciones.

La madre de la victima tomó pose­sión de los bienes y dedaró, llena de indignación, que persiguiiía judicialmente al marqués y que no sé detendría hasta obtener una completa venganza.

U NA vez en la misión, fué sometido el marqués a aos largos interroga­

torios; y aunque se negó rotundamente a confesarse autor del horrendo crimen,- las presunciones le acusaban de un modo abrumador, quedando, además, demos­trado que los asesinos meditaron y con­certaron el fratiddio con el marqués, y que éste lo mandó ejecutar.

Por secreta que fuera la conferencia de los señores hermanos, aparece tan daro el asunto como si se hubiera pro- damado a voces en medio de la calle, pues no es de creer que dos personas de buena educadón desdendan hasta el crimen sin causa algima y sin que su razón se haya trastornado por completo.

Pero, por si todo esto no bastara, a conünuadón publicamos un escrito, el último que el marqués envió al tribunal de justida ante el cual trata de defen­derse sin conseguirlo.

Dice así el documento:«Señores; a la desgracia de tener dos

hermanos que han atentado contra la vida de mi esposa, — a quien amaba con la mayor ternura, — se agrega, para colmo de mi infortimio, la de verme acusado de un crimen que horroriza.

sAimque inocente, no tengo fuerzas para defenderme, pues el espanto y la pena ofuscan mis sentidos. Todo lo que puedo hacer en mi favor es decir al

Tribunal que tenga en cuenta las ainias que se emplean contra mí; indicios, es áedr, calumnias.

«Nadie que esté en su sano ju ido da otra fuerza a los indicios, que la de posibilidades, y jamás se ha visto im­poner a nadie una pena por la sola razón de que pudo hacer esto o aqudio; al contrario, las posibilidades deben ha­cer y hacen más bien presumir la ino­cenda que el crimen.

«¿Quién resultaría inocente si se esta­bleciera el principio de poderle declarar culpable só o por conjeturas?

«Por muchas que éstas sean, nunca pueden llegar a constituir la evidencia, como por muchos que sean los cuerpos opacos que se reúnan, jamás podrán UegM a formar un cuerpo luminoso.

«Respecto de las calumnias del enve­nenamiento con un plato de crema y de mis malos tratos a la marquesa, las declaro tan completamente absurdas, que ni se han probado, ni se probarán, porque, no siendo dertos, ¿cómo se podrán probar?

«Así estoy tranquilo y espero el fallo del Tribimal sin impadenda alguna.»

Esto fué todo lo que el marqués ofre­ció en defensa de las acusadones.

El Parlamento de Tolosa comprendió perfectamente que no se defendía de otro modo porque, siendo culpable, no encontraba más que ambigüedades para sahr del atolladero, y por o tanto quedó moralmente convencido de su culpa­bilidad.

Así, pues, condenó al abate y al caba­llero de Ganges, como verdaderos reos del asesinato, a la pena de muerte; y al marqués de Ganges, a destierro per­petuo, degradación de nobleza y confis­cación de bienes. De los que huyeron no se volvió a saber nada más.

¡¡EL MEJOR JUEZ: EL PÚBLICO!!A s í s e c o m p r e n d e q u e t o d o s l o s n ú m e r o s q u e h a n s a l i d o d e

F I L M S S E L E C T O Se s t é n c o m p l e t a m e n t e a g o t a d o s .

F I L M S S E L E C T O SS a l e c a d a s á b a d o 30 c é n t i m o sP i d a a s u p r o v e e d o r l e d e je e x a m i n a r u n e j e m p l a r d e F I L M S S E L E C T O S ,

y ju z g u e u s t e d m i s m o .

88Ayuntamiento de Madrid

Bogar y la ModaR E V I S T A F E M E N I N A D E C E N A L ( S E P U B L I C A L O S D I A S 5 , 1 5 Y 2 5 D E L M E S ) D I R I G I D A P O R

T o m á s G u t i é r r e z L a r r a y a

E s t á c o n s i d e r a d a e s t a r e ­v i s t a c o m o l a m á s p o p u ­l a r d e E s p a ñ a y la m á s m o d e r n a e n s u c l a s e , a l m i s m o t i e m p o q u e ia m á s r e c o m e n d a b l e p a r a l a m a d r e d e f a m i l i a , t a n ­t o p o r la i n f o r m a c i ó n q u e l e o f r e c e s o b r e la s m o d a s m á s r e c i e n t e s , c o m o p o r la s i d e a s q u e le p r o p o r c i o n a p a r a la

v i d a e n e l h o g a r .

Los principales temas que en sus diversos números van desarrollán­

dose son:

L E C C I O N E S S O B R E L A M O D A . - L A C A S A G R A T A Y B E L L A . - P A R A E D U C A R E L N I Ñ O . - M U J E R E S D E A Y E R Y H O Y . - L A B O ­R E S F E M E N I N A S . - P L A N T A S . F L O R E S Y P Á J A R O S . - H I G I E N E Y B E L L E Z A . - L A C O ­C I N A P R Á C T I C A . - C O M E N T A R I O S D E A C T U A L I D A D . - L A V I D A Y L A P A N T A ­L L A . - S E R V I C I O D E P A T R O N E S . - « D E T O D O S A T O D O S . » - « D I C E N Q U E . . . » ( m i s ­c e l á n e a ) . - C a r i c a t u r a s , &

iM

G R A N P R O F U S I Ó N D E F I G U R I N E S D E P A R Í S Y L O N D R E S . P Á G I N A S D E F I G U ­R I N E S A T O D O C O ­L O R . - P R E C I O S O S M O D E L O S D E L A B O ­R E S Y B O R D A D O S . M U L T I T U D D E I L U S ­T R A C I O N E S P A R A T O D O S L O S T R A B A ­J O S . - P U B L I C A C I Ó N E N F O L L E T Í N D E I N ­T E R E S A N T E S O B R A S P R Á C T I C A S . - O R I G I ­N A L E S C O N C U R S O S C O N V A L I O S O S P R E - M I O S . - A C A D A N Ú ­M E R O A C O M P A Ñ A E L S U P L E M E N T O I N ­F A N T I L « K I - K I - R I - K I » .

PREaOS BE TENTA ¥ SDSCRIPGKÍN

i N ú m e ro su e lto . P o r u n m e s . . . P o r u n sem estre . P o r u n a ñ o . . .

0 '4 0 p ta . V — p ta . 6 ‘ — p tas .

1 2 ‘ — ptas.

^ <(5 ^ ' P a ra s u sc r ip c io n e s d ir íja se a

i A * Hogar y la Moda Bípnlnítún, 211 Vnlterfle. 21 dup. BARCELONA :: MAHRID

Ayuntamiento de Madrid

B E e i D A S

Un

to m o

156

p á g i n a s

3p e s e t a s p e s e t a s

M o d os sencillos y práciicos de prepa­rar en casa toda clase d e bebidas: C octe les : Ponches : Jarabes : Bebidas para enlermos : A gu as mineralesRefrescos : Licores : A m argos ; C o r ­diales : V inos : C ervezas ; H elados, eic.

.i*T

k t!5 . i

Otras obras de la Doctora Fanny pnbiicadas en la misma colecciónL A C O C IN A C A S E R A

Un to m o d e 222 p á g in a s , 2*50 p tas .

R EPO STER IA Y C O N F ITE R IA C A S E R A S : - i

Un to m o d e 205 p á g in a s , 2*50 p tas .

D E V E N T A E N T O D A S L A S L I B R E R Í A S D E E S P A Ñ A Y A M É R I C A

SOCIEDAD GENERAL DE PUBLICACIONES, S. A. LIBRERÍA “ EL HOGAR Y LA MODA’Calle de la Diputación, 211 - BARCELONA Calle de Valverde, 21, duplicado - MADRID

Boal«<dsd OeB«r«l de Pubitosc)oD«», B. A .. Diputscldn 21 i • Barceloft»

Ayuntamiento de Madrid