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O cenário epidemiológico atual das arboviroses no Brasil, protagoniza-
do pela Dengue, destaca uma situação que se agravou com a introdução dos vírus
Zika e Chikungunya, no ano de 2015. O principal vetor transmissor destas enfer-
midades é o Aedes aegypti (foto 1), sendo que o Aedes albopictus (foto 2) tam-
bém é um vetor potencialmente competente, ambos presentes na Bahia.
Assim, trazemos este informativo dos municípios da Bahia com registro
de ocorrência do Aedes aegypti e do Aedes albopictus, baseado nos dados dispo-
nibilizados pelos “Programas de Controle da Dengue das Regionais de Saúde do
Estado da Bahia”, gerados a partir de Levantamentos Rápidos de Índices para
Aedes aegypti (LIRAa), conduzidos pelas equipes municipais de combate às en-
demias, e analisados pelo Serviço de Entomologia do LACEN/BA.
Dentre os 417 municípios baianos, o Aedes aegypti está presente em 416
(Mapa 1), enquanto que o Aedes albopictus em 111 municípios (Mapa 2). Em
110 municípios identificou-se a presença de ambas as espécies (Mapa 3).
O município de Mucugê foi o único com a ausência do Aedes aegypti,
sendo coletadas formas imaturas e adultos de Aedes albopictus. Vale destacar
que as equipes da Rede Estadual de Vigilância Entomológica da Bahia se deslo-
caram para este município afim de colaborar com as atividades de campo da e-
quipe municipal de combate às endemias, na busca por formas larvais e adultos
do principal vetor da dengue no Estado, até então, sem sucesso.
Como o A. albopictus é susceptível e pode transmitir muitas arboviroses
de importância em Saúde Pública, informações acerca de sua distribuição torna-
se relevante, uma vez que muitas das doenças potencialmente transmitidas por
ele podem se tornar emergentes. Portanto, é um vetor que deve ser necessaria-
mente incorporado pelos programas de controle.
25 DE FEVEREIRO DE 2016
Boletim Entomológico Nº 01
Distribuição de Aedes aegypti e Aedes
albopictus na Bahia
Foto 1. Aedes aegypti Foto 2. Aedes albopictus
Vetores de transmissão da Den-gue, Zika, Chikungunya e Febre
Amarela
Aedes aegypti (Linnaeus, 1762)
O Aedes aegypti, mosquito originário do
continente africano, é o principal transmis-
sor da dengue no Brasil, sendo introduzido
no país no período colonial. Já foi erradi-
cado do território brasileiro na década de
50, mas a reintrodução em 1960 não foi
possível de ser evitada devido a sua pre-
sença em países circunvizinhos. É um inse-
to que tem preferência por criadouros arti-
ficiais, como caixa de água, tonéis, pneus,
prato de plantas e outros tipos de recipien-
tes que possam acumular água. Esse mos-
quito está associado a transmissão da den-
gue e da febre amarela urbana, atualmente
envolvido também na ocorrência de casos
Chikungunya e Zika no Brasil.
Aedes albopictus (Skuse, 1895)
O Aedes albopictus é originário do Sudeste
Asiático, foi identificado pela primeira vez
no Brasil em 1986 e provavelmente sua
introdução esteja relacionada ao comércio
marítimo. Não é considerado vetor da den-
gue no Brasil, no entanto, em condições
laboratoriais demonstrou capacidade de
transmitir dengue, febre amarela e encefa-
lite equina venezuelana. Foi comprovada
também sua competência vetorial para o
vírus Chikungunya. É um inseto que utiliza
tanto os criadouros naturais, como os arti-
ficias para colocar os ovos e pode adaptar-
se a ambientes rural, peri-urbano e urbano.
no Brasil .
Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
INFORMAÇÕES
Setor de Entomologia, CLAVEP/LACEN-BA Tel: (71) 3116-5034
Email: [email protected] Fotos: Eduardo Oyama & Roberto Fonseca
Mapas: Carlos Gustavo
Os registros da distribuição do Aedes aegypti e Aedes albopictus no
Brasil, como também de outros vetores de importância médica, envolvem
ações de campo e laboratorial da vigilância entomológica.
Entretanto, nas ações de controle e prevenção do Aedes aegypti, é
fundamental que haja também o envolvimento de toda a população para
eliminação de criadouros.
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Distribuição de Aedes aegypti e Aedes albopictus na Bahia
Aedes (Stegomyia) aegypti
Ocorrência em 416 municípios
Aedes (Stegomyia) albopictus
Ocorrência em 111 municípios
Mapa 2
Ocorrência em 110 municípios
Aedes (Stegomyia) albopictus
Aedes (Stegomyia) aegypti
&
Mapa 1
Mapa 3