dissertação sobre barra do garças-localização e outros dados

8/19/2019 Dissertação Sobre Barra Do Garças-localização e Outros Dados

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGÜÍSTICA

ESTUDO TOPONÍMICO DO MUNICÍPIO DE BARRA DO GARÇAS,

MICRORREGIÃO DO MÉDIO ARAGUAIA, MATO GROSSO: CONTRIBUIÇÃOPARA O ATLAS TOPONÍMICO DE MATO GROSSO.

FLORISVALDO FERNANDES DOS SANTOS

São Paulo 2005


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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGÜÍSTICA

ESTUDO TOPONÍMICO DO MUNICÍPIO DE BARRA DO GARÇAS,

MICRORREGIÃO DO MÉDIO ARAGUAIA, MATO GROSSO: CONTRIBUIÇÃOPARA O ATLAS TOPONÍMICO DE MATO GROSSO.

FLORISVALDO FERNANDES DOS SANTOS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Lingüísti a! "rea de Con entração deSemióti a e Lingüísti a Geral! do Departamento deLingüísti a da #a uldade de #iloso$ia ! Letras e Ci%n ias&umanas da 'ni(ersidade de São Paulo! para o)tenção dotítulo de Mestre em Lingüísti a*

+rientadora, Pro$ Dr Maria .i entina de Paula do /maral Di

São Paulo2005


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AGRADECIMENTOS

/ Deus pela oportunidade e pelo pri(il1gio ue nos $oi dados em ompartil3ar taman3a e4peri%n ia e! ao $re üentar este urso! per e)er e atentar para a rele( n ia de temas

ue não $a6iam parte em pro$undidade! das nossas (idas*

/ min3a orientadora e amiga! Pro$ Dr Maria .i entina pelo onstante in enti(o e pa i%n ia! sempre indi ando a direção a ser tomada nos momentos de maior di$i uldade*

/ todos os pro$essores e seus on(idados pelo arin3o! dedi ação e entusiasmodemonstrado ao longo do urso*

/ Pro$ Dr Maria Margarida de /ndrade e Pro$ Dr Guiomar #anganiello Calçada! pelas sugest7es minu iosas e pre isas*

/ min3a olega /lessandra /ntunes pela espontaneidade e alegria na tro a dein$ormaç7es e materiais numa rara demonstração de ami6ade e solidariedade*

/ min3a omadre Patatas! pelas pala(ras de nimo! in ans8(el disposição para nosau4iliar! in ont8(eis $a(ores e leitura ríti a da dissertação*

/os olegas da P9+:G;P9+PG;'#M

/ P9+PG; '#M

a$astamento*#inalmente! a todos a ueles ue direta ou indiretamente! ontri)uíram para a

reali6ação desta dissertação*


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RESUMO

:ste tra)al3o trata da toponímia do muni ípio de =arra do Garças! mi rorregião do M1dio/raguaia! 520! mesorregião >2?! leste mato-grossense* / an8lise se restringiu aos top@nimos

apresentados no Mapa Muni ipal :statísti o! do Anstituto =rasileiro de Geogra$ia e :statísti a!es ala >, >00*000 e na =ase ,>00*000disponi)ili6ados pelo Anstituto de E onsu)stan iado emDiretórios de Pes uisa apresentados ao CFP * + o) eti(o prin ipal da pes uisa de a ordo

om a proposta do /


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ABSTRACT

2?* ,>00*000! and on t3e


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SUM RIO

9esumo/)stra t

Antrodução*********************************************************************A K 'M P+'C+ D/ &AS< 9A/******************************************************>*> K + iní io****************************************************************

>*>*> K =arra do Garças, aspe tos 3istóri os e geogr8$i os*********************>*>*2 - 'm pou o de 3istória***********************************************>*>* K / lo ali6ação geogr8$i a******************************************>*>*E K / riação do muni ípio********************************************

A A - #'FD/M:F* K Classi$i ação *E K / Moti(ação do signo lingüísti o em $unção


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INTRODUÇÃO+ ato de nomear 1 uma ara terísti a essen ialmente 3umana* Fão 1 possí(el a

e4ist%n ia de re$erente ao ual não se atri)ua um signi$i ante e um signi$i ado! $ormadores do

signo lingüísti o ue Saussure B> J0! p* ?> onsidera omo unidades imoti(adas* Ast

signi$i a ue a relação entre signi$i ante;signi$i ado e o re$erente não 1 direta nem natural e!

sim! on(en ionada*

+s signos lingüísti os! elementos $undamentais na onstituição das línguas

representam sim)oli amente o real e t%m omo $unção prin ipal esta)ele er a interação entre

os elementos de uma determinada omunidade lingüísti a* Sendo a língua a $orma de

interação e onstituição e transmissão das ulturas! 1 por ela ue a osmo(isão de um po(o se

mani$esta*

/ssim! o ato de nomear passou a ser al(o de estudo dos ue se interessa(am pelo

tema da linguagem! dando origem ao ramo da lingüísti a denominado +nom8sti a* Mais tarde

esse ramo $oi $ormali6ado em dois su)-grupos, a ?J?! tendo omo seu pre ursor /uguste Longnon! ue introdu6iu os

estudos toponími os na École Pratique des Hautes-Étudese no Col1gio de #rança* Das

pes uisas deste estudioso! resultou a o)ra Les Noms de Lieux de la France! pu)li ada

postumamente em > >2! pelos seus alunos BDACT! > 2! p* 02 *

/ partir dessa o)ra! onsiderada l8ssi a na 8rea! muitas pes uisas teóri as t%m

surgido para orientar pes uisas toponími as* Dentre elas! desta amos os estudos de /l)ert

Dau6at B> 22 ue! retomando os estudos onom8sti os de Longnon! reali6ou uma pes uisa

pormenori6ada a er a da $ormação dos nomes de lugares da #rança di(idindo-os em

ategorias de nomes de a ordo om suas ausas 3istóri as* +s resultados desses estudos estão

J


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registrados no li(ro Les Noms de Lieux Origine et Evolution,o)ra ue nos legou uma $orma

mais sistemati6ada de pes uisa na 8rea por traçar normas a serem seguidas por a ueles ue se

propusessem a esse tipo de in(estigação BDACT! > 2! p* 02 */ segunda se dedi a ao estudo dos nomes de pessoas e $oi de$inida por Leite de

.as on elos! em >??J! em sua o)ra“Lições de Filologia Portuguesa omo estudo dos

nomes das pessoas e seres personi$i ados*

Como o en$o ue deste tra)al3o de in(estigação se limita aos top@nimos do muni ípio

de =arra do Garças! a %n$ase ser8 para os on eitos toponími os! em)ora se possam utili6ar

outros! sempre ue $or ne ess8rio*

/pesar dos inUmeros tra)al3os in(estigati(os de un3o ientí$i o nessa 8rea! 38

muito a ser $eito! de(ido Vs dimens7es territoriais do =rasil! pois este país ainda apresenta

aspe tos geo-lingüísti os não estudados! por e4emplo! a in$lu%n ia das línguas não tupis nos

dialetos não o$i iais*

'ma das regi7es em ue se nota essa $alta de pes uisas lingüísti as 1 a Centro-+este!

mais espe i$i amente o estado de Mato Grosso*

Le(ando em onsideração ue o ato de nomear a identes geogr8$i os ou 3umanos

(in ula-se! na maioria dos asos! a $atores e4tralingüísti os! omo por e4emplo! $atores

3istóri os! so iais e at1 pessoais! estão espel3ados na nomen latura desse muni ípio! pois

segundo Di ,

W pela on unção de (8rias ondi ionantes lingüísti as ou de di(ersos dialetos e$alares presentes em um determinado território! ue se estrutura o l14i o regional!

onsiderando não só as tend%n ias normali6adoras da língua-padrão omo presençade minorias 1tni as ainda parti ipati(as ou! mesmo! omo dado do umental! por ue 8 e4tintas* / ! p* >20 *


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=us a-se pelo estudo dos top@nimos! onsiderando a toponímia omo um re orte do

l14i o de uma língua! resgatar;restruturar aspe tos da realidade só io-3istóri a e ultural dos

po(os ue 3a)itaram o muni ípio sele ionado! )em omo traçar o per$il e ara terísti as do-lo al! tanto de ordem $ísi a omo de nature6a antropo- ultural*

/ssim! esta pes uisa tem omo o) eti(o amplo assinalar uais os $atores naturais!

so iais e ulturais ue possam estar re$letidos e! tal(e6! preser(ados nos nomes dos a identes

$ísi os e 3umanos inseridos na toponímia da região* X8 seu o) eti(o espe í$i o 1,

>* Le(antar e atalogar os top@nimos da lo alidade sele ionada omo o) eto de

estudo ientí$i oY

2* /nalisar os top@nimos pes uisados! segundo a ta4ionomia proposta por Di

B> 2 ! om (istas a )us ar a possí(el moti(ação da toponímia da lo alidade

em seu on unto! inserida num onte4to amplo da lingüísti a toponími aY

* 9egistrar a presença de línguas indígenas na nomen latura geogr8$i a do

re orte territorial em estudoY

E* #a6er o detal3amento da realidade toponími a da região*

+ le(antamento do orpus desta pes uisa te(e omo $onte )8si a as artas

topogr8$i as na es ala >, >00*000 do Anstituto =rasileiro de Geogra$ia e :statísti as BA=G:

$orne idas pelo Anstituto de


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realidade )rasileira! o ual a)range dois planos de moti(ação dos top@nimos, o de nature6a

$ísi a e o de nature6a antropo- ultural*

:ste tra)al3o 1 omposto por in o apítulos* + primeiro apresenta a 3istória domuni ípio! o segundo reporta-se Vs teorias da lingüísti a toponími a de LHons! Longnon!

Dau6at! Drumond e Di ue em)asam o estudo* Fo ter eiro des re(e-se a metodologia e o

orpus* + uarto 1 re$erente V an8lise dos dados e o uinto apresenta as onsideraç7es $inais*


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CAPÍTULO I - UM POUCO DA HISTÓRIA

>*> K + AFZCA+ Fão se pode apresentar a 3istória do muni ípio de =arra do Garças! sem antes nos

atermos V &istória do =rasil e seus re$le4os na 3istória de Mato Grosso*

Segundo #erreira Bsd ! a (ida 3umana em Mato Grosso data de uin6e mil anos! om

a 3egada! ao território! de po(os indígenas de ara terísti as 1tni as di(ersi$i adas e por

amin3os tanto de +este para Leste! omo de Forte para Sul! oriundos das Al3as do Pa í$i o*

Para se $alar na onstituição do :stado de Mato Grosso 1 ne ess8rio reportar-se ao

pro esso de o upação do espaço )rasileiro! a partir do s1 ulo R.A! om o esta)ele imento das

Capitanias &eredit8rias ue garantiram a Portugal o domínio da região litor nea! e(itando a

in(asão estrangeira* :ste $ato le(ou ao po(oamento disperso da região litor nea*

/ ne essidade de e4pansão para oeste! om a intenção de aprisionarem índios! le(ou

a apitania de São Paulo a organi6ar e4pediç7es! de ar8ter mer antil! ue para onseguirem o

produto omer iali68(el K índio K atira(am-se pelos sert7es! ultrapassando a lin3a

demar atória do


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Fo entanto! o território o upado por Mato Grosso no s1 ulo R.AA ontinua(a

prati amente inalterado! pois não o$ere ia nen3um produto ue pudesse ser omer iali6ado na

metrópole portuguesa*+ nome Mato Grosso originou-se em >J 0! uando os irmãos Paes de =arros!

e4ploradores! (indos das e4auridas minas ue originaram Cuia)8! 3egaram V planí ie oposta

ao ampo dos Pare i e depararam om matas muito espessas e altas* :m)ora este tipo de

(egetação não o orra em toda a super$í ie do :stado! o nome $oi mantido e o$i iali6ado pela

Carta 91gia de de maio de >JE?*

:ste território era o upado! esporadi amente! por algumas e4pediç7es 3isp ni as ue

onstruíram $orti$i aç7es e por entradas e )andeiras ue tin3am omo $inalidade aprisionar

índios*

/ o upação e$eti(a dessa região se deu a partir da #undação de Cuia)8! originada

pela des o)erta de ouro pela )andeira 3e$iada por Pas 3oal Moreira Ca)ral! em >J> *

:m >NN2! partiram de Piratininga! pelo sertão adentro do oeste )rasileiro! duas

)andeiras! uma de =artolomeu =ueno da Sil(a K o /n3anguera - e seu $il3o de >2 anosY e a

outra de Manuel de Campos =i udo ue tam)1m le(a(a seu $il3o /nt@nio Pires de Campos

de >E anos ue mais tarde su)stituiu o pai na liderança de no(as )andeiras*

:ste! depois de meses de ornada! al ançou uma região de (egetação rala! e

di(agando-se para o norte! en ontrou um rio de 8guas audalosas ue denominou Porto do 9io

Grande! ue mais tarde $oi denominado de 9egistro do /raguaia ou /raguaiana*

Depois de atra(essar o rio! per orreram por meses o território! al ançando um

3apadão uando desa)a(a uma tempestade* +s 3omens a)rigaram-se em grutas e V lu6 dos

rel mpagos (iram umas $ormaç7es ro 3osas om $ormas estran3as! pare endo +s Martírios de

Cristo no Cal(8rio*

Segundo Pitaluga Bsd! p* >5 nessa região! V )eira do rio! os meninos $il3os dos 3e$es

das )andeiras! )rin a(am om pedris os redondos de ouro e es ol3eram alguns ue le(aram

>2


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onsigo! em)ora des on3e endo seu (alor! mas ue depois $oram re on3e idos omo ouro*

Asto moti(ou a )us a desen$reada do lugar*

/pesar de terem tomado todas as notas so)re a rota seguida pela )andeira de Campos=i udo! nun a mais nen3uma e4pedição en ontrou a $amosa Serra dos Martírios*

Fo entanto! a lenda so)re a e4ist%n ia de tal mina le(ou inUmeras e4pediç7es a

pro ur8-la! e onse üentemente! a des)ra(ar a região*

#oi nessa nsia de )us a de ouro e de mão de o)ra para o)ter lu ro ue as terras de

Mato Grosso $oram palmil3adas* Sua import n ia! ontudo! só $oi re on3e ida por parte da

oroa portuguesa! depois de on3e ida a a)und n ia de (eios aurí$eros e diamantí$eros! ali

e4istentes*

./ - BARRA DO GARÇAS: ASPECTOS HISTÓRICOS E GEOGR FICOS

>*2*> K 'm pou o de 3istória

/ pro ura da Serra dos Martírios! ou Minas dos Martírios! o asionou a des o)erta e o

po(oamento do território! 3o e! muni ípio de =arra do Garças*

+ primeiro )andeirante de ue se tem notí ia! ue saiu V pro ura da lend8ria mina!

$oi /maro Leite Moreira* :le seguia os roteiros dei4ados pelos primeiros )andeirantes* Saindo

de Caratinga! idade de Porto #eli6! des eu (ales e atra(essou o /raguaia no lo al ue

denominaram Porto Grande* Depois dele outros (ieram! in lusi(e o $il3o de /n3anguera*

Segundo #erreira e Moura e Sil(a Bsd ! durante a Guerra do Paraguai $oram riados

tr%s presídios na região do /raguaia, Znsua! Passa .inte e Ma edina! ue ser(iam tam)1m

omo postos de registro $is al*

Segundo Mendonça B> J ! o po(oamento e$eti(o da região! ini iou-se om a riação

do presídio de Znsua! em >E de maio de >J?0! ue mais tarde $oi trans$erido para Porto do 9io

Grande*


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Segundo o mesmo autor! a e4ist%n ia de grandes naç7es indígenas 8 3a(ia sido

onstatada na região! e uma das maiores era a Caiapó! on$orme Curt Fimuenda u Bapud

.ar ão! > ?5 ! pes uisador alemão ue estudou as etnias indígenas do =rasil no s1 ulo R.AAAdando notí ia so)re a e4tensão e densidade popula ional dos Caiapós e /ra1s! na região

entro oeste! ue a partir dessa 1po a $oram e4pulsos lentamente pelos oloni6adores )ran os*

Como )ons guerreiros! os índios reagiram e ometeram [ rueldades\ ontra os

in(asores )ran os! ata aram e mataram os olonos! e os so)re(i(entes )ran os omeçaram a

de)andar*

Para e(itar o pro esso de despo(oamento da região $oi riado o presídio de Ma edina

ue! segundo mat1ria pu)li ada no Xornal do Com1r io! 9io de Xaneiro! em 22 de setem)ro!

ser(ir8 desde 8 omo ponto de apoio! uer para omuni ação uer para de$esa dasduas pro(ín ias de Goi86 e Mato Grosso! podendo prestar importante au4ílio V

ate uese dos indígenas ue po(oam Vs margens do /raguaHa e de seus a$luentesBapud ./9X +! > ?5 *

+ ponto o)rigatório de parada dos militares ue transita(am entre os presídios e a

apital da pro(ín ia era o 9io das Garças! em lo al assinalado por uma pedra 3amada de

Pedra da =arra Cuia)ana* #oi esta a primeira denominação da idade*

:m >? J! /ntonio C ndido de Car(al3o en ontrou diamantes no 9io das Garças o

ue trou4e muita gente para a região do /raguaia! u a e onomia se di(idia entre garimpagem

e a e4tração do l8te4 da manga)eira! ue proli$era(a no errado*

Com o in remento da ati(idade garimpeira na região! $oi ne ess8ria a riação de um

po(oado de apoio! e /ntonio Cristino C@rtes! ue 3a(ia 3egado V região por (olta de > >E!

dedi ou-se a $ormar a $utura idade de =arra do Garças*

/ $ase 8urea do garimpo durou! apenas! at1 V d1 ada de E0* + po(oamento! de(ido ao

intenso om1r io na região! 8 se tin3a desen(ol(ido )astante e esta(a em ris o de de ad%n ia!

>E


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por1m um a onte imento permitiu a ontinuação desse res imento! a instalação da #undação

=rasil Central*

&8 dois $atos importantes ue de(em ser men ionados,+ primeiro 1 o son3o do presidente GetUlio .argas* :le pretendia integrar o Forte e

Sul do =rasil atra(1s da o upação do Centro-+este* / 3amada Mar 3a para o +este*

+ segundo $oi o $ato de ue em > J! em Gene)ra! o representante apon%s unto Vs

So iedades das Faç7es! =arão S3udo! apresentou a id1ia de ue,

as naç7es ue possuíssem 8reas ine4ploradas e não utili6assem! as mat1rias primasnelas ontidas! de(eriam ser ompelidas a permitir seu ra ional apro(eitamento por naç7es apa6es de e4plor8-las para o )em omum dos po(os do mundo B./9X +!> ?5! p* 2? *

Por isso! o presidente in um)iu o ministro do go(erno! Xoão /l)erto de =arros de

pro(iden iar uma e4pedição para a)rir uma estrada de penetração nos sert7es de Mato Grosso!

ue de(eria entrar na =a ia do 9io das Garças om o /raguaia! tomando rumo ao Ringu! ue

$oi denominada :4pedição 9on ador; Ringu*

:ssa e4pedição $oi riada para materiali6ar a Mar 3a para o +este* Com o su esso da

primeira e4pedição! o então Go(erno #ederal autori6ou! pelo De reto-lei n]* 5*?J?! de E de

outu)ro de > E ! a instituição da #undação =rasil Central! órgão diretamente ligado V

Presid%n ia da 9epU)li a! para organi6ar as e4pediç7es ue iriam des)ra(ar e oloni6ar as

8reas ompreendidas entre os altos dos rios /raguaia e Ringu! e do =rasil Central e + idental*/ esta #undação $oi in orporado o a er(o da :4pedição 9on ador;Ringu*

/ partir dessa Mar 3a para o +este! no(os muni ípios $oram sendo riados e muitos

e4tintos! originando outros! na mesorregião do M1dio /raguaia! =arra do Garças! /raguaiana

e Co alin3o e na mesorregião de


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Fote-se ue! no estado de Mato Grosso! o muni ípio de =arra do Garças $oi o mais

)ene$i iado pela ação da #undação =rasil Central* / #undação tam)1m riou es olas e entro

de ati(idades omo os do .ale dos Santos e Ra(antina*#oi a #undação! segundo .ar ão B> ?5 ! a nossa Anterland! ue permitiu o

desen(ol(imento a ponto de lançar uma )andeira de interiori6ação )rasileira ue possi)ilitou

o res imento da região Centro-+este*

/. . - A L+% !01 23+ G'+4#560%

+ muni ípio de =arra do Garças est8 lo ali6ado ao Leste do :stado de Mato Grosso!

na mi rorregião 52?! mesorregião >2?! M1dio /raguaia! u as oordenadas são >5^ E _ 0\

latitude sul e 52^ 0 ^ 0?\ longitude oeste de Gr*

Sua e4tensão territorial 1 de *J>>*? Tm2* W limitado ao Forte pelo muni ípio de

/raguaiana! ao Sul pelo muni ípio de Pontal do /raguaia! ao Leste pelo :stado de Goi8s! a

+este pelos muni ípios de General Carneiro e Fo(o São Xoa uim! a Sudeste pelo :stado de

Goi8s e a Fordeste pelos muni ípios de Fo(a Ra(antina e /raguaiana! on$orme se pode

o)ser(ar na #igura>! /ne4o /*

/. ./ 7 A C#0 23+ + M890% ;0+

:m)ora a 3istória do des)ra(amento e o upação se a relati(amente antiga! a

$undação do muni ípio 1 re ente*

Segundo #erreira B> J ! a riação do muni ípio de =arra do Garças (eio a ser uma

en ampação do muni ípio de /raguaHana! ou se a! deu-se a mudança da sede do muni ípio de

/raguaHana para =arra do Garças! passando /raguaHana a distrito de =arra do Garças*

/ primeira denominação do atual muni ípio $oi Pedra da =arra Cuia)ana! ue passou

a $a6er parte da Paró uia do /raguaia! riada pela Lei n] 2>>! de >0 de maio de >?? ! passada

>N


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a #reguesia do 9egistro do /raguaia! pela Lei n] ?J! de >2 de a)ril de > 0E! san ionada pelo

presidente /nt@nio Paes de =arros*

+ De reto de n]* 2! de 2> de de6em)ro de > 5 riou o Distrito de Pa6 de =arra doGarças* Mas o muni ípio só $oi implantado em >5 de setem)ro de > E?! atra(1s da Lei n]* 2>

na ual se l%,

/rtigo >] - + muni ípio de /raguaiana passa a ter a denominação demuni ípio de =arra do Garças*

/rtigo 2] - #i a a sede do muni ípio trans$erida para =arra do Garças! ue1 ele(ada V ategoria de idade*

+ #undador da idade de =arra do Garças $oi /ntonio Cristino C@rtes* #oi ele ue

alin3ou as ruas! designou as primeiras pedras e distri)uiu lotes* :ste des)ra(ador 3a(ia-se

mudado para a =arra Cuia)ana em > >E*

:miliano Costa a)riu a primeira empresa omer ial da idade de =arra do Garças em

> 2E! e a primeira es ola $oi riada em > 2*

Por esse território passou a Coluna Prestes para in orporar-se aos garimpeiros do

Leste! mas não o $e6*

/ partir da d1 ada de N0! =arra do Garças tornou-se pólo regional de Mato Grosso!

pelo seu desen(ol(imento e import n ia*

.ar ão B> ?5 di(ide a e(olução 3istóri a do muni ípio em E $ases, > / Garimpeira!

a 2 $ase da #undação =rasil Central B> E -> NE ! a $ase /grope u8ria om An enti

#is ais B> NE-> J e a E Contempor nea Bos GaU 3os e a /gri ultura *

W so)re a


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CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para se organi6arem no espaço e no tempo! os 3omens denominam seres e aç7es* Sóassim as so iedades primiti(as onseguiram se omuni ar om su esso* :ste ato lingüísti o

ultural permite des o)rir relaç7es di(ersas entre os po(os de outrora e os de 3o e* #oi a

estrat1gia intele tual ue permitiu ao 3omem apoderar-se! de $orma sim)óli a! da realidade

ue o er a*

Fota-se tam)1m ue! on$orme Di B> 0! p* 0N ! nos di$erentes sistemas ulturai

a denominação de seres ou a identes geogr8$i os se ins re(em em ampos di(ersos das

i%n ias omo geogra$ia! antropologia! o ue pode propi iar o on3e imento da mentalidad

do denominador! não apenas omo elemento isolado! mas tam)1m omo pro eção de seu

grupo so ial*

:m)ora o ato de denominar se a omum a todas as línguas! ele não 1 aleatório! pois

ada po(o tem suas espe i$i aç7es para reali6ar o ato de nomear! de [(i(en iar os nomes

dados\ o ue! segundo Di ! B> 2! p* 0> ! [os torna ade uados a uma dis ussão a ad%mi

pois esse [(i(en iar\ os apro4ima do meio ou $ato moti(ador* /l1m de ue o $ato simples de

re on3e er e nomear um o) eto sup7e um apro$undamento e4plí ito ou implí ito BS/F ! p* 5 *

/ssim! nas e V i%n ia ue se o upa dos estudos dos nomes próprios! a +nom8sti a*

:sta se di(ide em dois ampos de in(estigação;pes uisa, > " "ntro!on#mia, do grego

ant$r%!os &$omem' mais o su(ixo grego ) on#mia ou onimiaB&+'/ASS! 200> , a ual tem

por o) eto de estudo os nomes próprios de pessoas! e ue Di B2000! p* 2>? onsidera

[ omo um su)sistema da onom8sti a\! uma (e6 ue omo $orma lingüísti a permite distinguir

o indi(íduo dentro de sua omunidade! al1m de esta)ele er a $orma parental ue liga o

indi(íduo pelos laços de sangue a um grupo $amiliar* :sta $orma lingüísti a parental 1

importante so ialmente e 3o e 1 3amada de so)renome* + nome! propriamente dito ou


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prenome indi(idual! 1 o resultado do ato de dese o e es ol3a dos pais! de padrin3os ou da

$amília* 2 / J ! p* EEN top@nimo na ualida

de designação dos espaços por meio de nomes próprios! $a6em parte da onom8sti a!

su) omponente de $igurati6ação* Xuntamente om os antrop@nimos e os ronot@ponimo

permitem uma an oragem 3istóri a a onstituir o simula ro de um re$erente e4terno e a

produ6ir o e$eito de sentido ` realidade_ \*

/ de$inição $eita por Sala6ar K ui ada B> ?5! p*>? de toponímia [aquellea ramo de

la onom*stica que ocu!a del est+dio integral, em el es!acio em el tiem!o, de los as!ectos

geo-$ist%ricos, s%cio-econ micos . antro!o-lingu#sticos que !ermitieron e !ermitem o

nom/re de lugar se origine e su/sista\ tradu6 de $orma lara a import n ia da toponímia para

o estudo das relaç7es geo-3istóri as e so iais doBs po(oBs ue 3a)itam ou 3a)itaram uma

determinada região*

:n uanto i%n ia! e omo tal re on3e ida! a >2! BDi ! > 2! p*2 *

:ste mar o originou di(ersas perspe ti(as teóri as ue t%m orientado pes uisas

toponími as* / mais on3e ida 1 de /l)ert Dau6at B> 22 ue retomou os estudos de

Longnon! reali6ando uma pes uisa pormenori6ada ue deu origem V o)ra Les Noms de Lieux

Origine et Evolution! a ual propor ionou o on3e imento de um sistema de normas ue at1

3o e são seguidas pelos pes uisadores dessa 8rea BDi ! > 2! p*02 * .ale ressaltar ue

Dau6at se preo upou om o estudo etimológi o e a re onstituição 3istóri a de ada um dos

>


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top@nimos! se preo upando! tam)1m om as trans$ormaç7es $on1ti as dos nomes* /pesar

dessa restrição! a)e aos $ran eses Longnon e Dau6at o m1rito de terem despertado o interesse

so)re o estudo deste ampo da lingüísti a - toponímia em todo o mundo*+ pes uisador ! ! por

on$orme Santos B> J ! a asso iação entre o) etos naturais! untamente om o) etos so iai

$a)ri ados pelo 3omem K assumem uma posição na on$iguração da paisagem e uase a

determina*

/l1m disso! atra(1s de estudos etimológi os dos top@nimos de um determinado

espaço geogr8$i o! pode-se o)ter in$ormaç7es so)re as di$erentes! ou semel3antes! $amílias

lingüísti as ue o o uparam! por ue al1m de outras ra67es [*** o 3omem modi$i a a nature6

primeira! a nature6a )ruta! a nature6a natural! so iali6ando dessa $orma o ue J? *

#0% : U= V0$3+ T+;+9 =0%

+s estudos toponími os se e4pandiram pela :uropa e /m1ri a! em ordem sin r@ni a*

Fa :uropa itamos o $ilólogo portugu%s Xos1 Leite de .as on elos ue! parti ularmente! em


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sua o)ra +pUs ulos K (ol* AAA, +nomatologia! de > >! o)ra pioneira da onom8sti a

portuguesa! apresenta a Glotologia omo ramo da +nomatologia! a ual estuda os nomes

próprios* + autor portugu%s de$ine toponímia omo [estudo dos nomes de sítios! po(oaç7es!naç7es B rios! montes! (ales et \*

/ ess%n ia de seu estudo 1 tipi amente $ran esa! pois estuda a origem dos nomes por

línguas! analisa as trans$ormaç7es $on1ti as e de $ormação gramati al do top@nimo! al1m de

lassi$i ar por ategorias segundo os e(entos ue originaram o nome! .as on elos B> >, 0

+s tra)al3os apresentados at1 agora se restringem ao estudo de nature6a puramente lingüísti a

dos top@nimos! dado o ar8ter essen ialmente etimológi o e 3istóri o do signo* &8!

possi(elmente! e de(ido ao pioneirismo das o)ras! uma in ompletude nestes estudos* +s $atos

e4tralingüísti os! itados por Di B> 0! p*> ue onsidera a toponímia de um espaç

geogr8$i o omo [ onser(adora das tradiç7es e dos ostumes de um po(o! ou das

ara terísti as topogr8$i as lo ais mais sensí(eis\! podendo ser des(elados atra(1s da an8lise

dos elementos $ormadores dos signos toponími os* Con$orme se pode per e)er! BDACT! 2000

p*2 2 mostra a rele( n ia dos elementos e4tralingüísti os para a onstrução do signi$i ado do

top@nimo! espe i$i amente os aspe tos ulturais do grupo! )em omo dos aspe tos $ísi o

ara terísti os da geogra$ia do lugar! os uais são preser(ados por mais tempo! dado o ar8ter

mais est8ti o da toponímia em relação V língua $alada*

Drumond Bapud* DACT! > 0! p* 2> a$irma ue,

/spe tos importantes da an8lise dos $atos toponími os! omo a 3istória dastrans$ormaç7es dos nomes dos lugaresY a sua e(olução $on1ti aY as alteraç7es dedi(ersas ordensY a sua relação om as migraç7es! a oloni6ação! os esta)ele imentos3umanos e o apro(eitamento do solo! os nomes inspirados por renças mitológi as(isando V proteção dos santos ou de Deus! seriam assim dei4ados de lado pelosestudiosos4

/m)os os estudiosos! Di e Drumond apresentam a mesma on epção de ue a

toponímia de um dado espaço geogr8$i o se rela iona intimamente om $atores lingüísti os K

2>


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(isão $ran esa K e e4tralingüísti os K elemento a res entado por eles om propriedade! por ue

sendo a linguagem algo e4 lusi(amente 3umano e ue re$lete a sua osmo(isão! pode-se

ompreender mel3or a relação entre a identes naturais ue untamente om o) etos so iais K$a)ri ados pelo 3omem assumem uma posição na on$iguração da paisagem* B S/F *

Le(ando em onta a noção de Dol$uss Bapud! DACT! > 0! p*N so)re espaço

geogr8$i o omo [espaço per e)ido e sentido pelos 3omens em sua $unção tanto de sistemas

de pensamento omo suas ne essidades\! podemos per e)er a import n ia dos $atores

e4tralingüísti os para a toponímia! os uais permitem ue esta i%n ia se omplete aliada a

outras omo a Geogra$ia! a &istória e as Ci%n ias So iais* :sta asso iação das di$erentes

dis iplinas não permite in orrermos em posturas unilaterais ue impedirão atingir a plenitude

do $ato toponom8sti o em seu on unto ue! on$orme BDACT! > 2! p*>N ons

toponímia [antes de tudo b c um omple4o linguo- ultural! em ue os dados das demais

i%n ias se interse ionam ne essariamente e! não! e4 lusi(amente\*

:m)ora essa postura e l1ti a tomada por Di pareça ser ontraditória V de outros

estudiosos ue onsideram a lingüísti a omo prin ípio essen ial da onom8sti a omo! por

e4emplo! BC3arles 9ostaing! > 5?! apud DACT! > 2! p* >N ! não o 1! de(ido ao $ato de Di

B> 2! p* >N a$irmar ue [em sua $unção intrínse a a toponímia de(e ser onsiderada om

um $ato do sistema das línguas 3umanas\*

Segundo Di ! B'LLM/FF! > N! p*>N> ! a$irma ue o estudo dos nomes próprios 8

se 3a(ia $irmado omo [um ramo da lingüísti a! uase independente! om ongressos próprios

e re(istas espe iali6adas\ ligado V onom8sti a! ue se di(ide em /ntroponímia e


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(in ula aspe tos da nature6a $ísi a e antropo- ultural de um determinado espaço geogr8$i o e

so ial*

X8 38 estudos toponími os ue en(eredam pelo amin3o da multidis iplinariedade!ligando &istória! Geogra$ia e /ntropologia aos signos lingüísti os estudados! propor ionaram

no(as (is7es so)re os top@nimos* Como e4emplo do itado no período! elen am-se os asos

dos :stados 'nidos da /m1ri a e do Canad8 onde lingüistas! 3istoriadores e geógra$os

$ormam e uipes para in(estigarem top@nimos destes países*

+s :stados 'nidos pu)li am o tra)al3o reali6ado por essas e uipes na re(ista Fames

ue 1 órgão o$i ial de di(ulgação da "m3rica Name 5ociet.a ual tem por o) eti(o [o estudo

da etimologia! origem e signi$i ado! e apli ação de todas as ategorias de nomes, geogr8$i o!

pessoal! ientí$i o! omer ial e popular*\ George SteIart! autor das o)ras Name o( t$e Land e

" classi(ication o( t$e Land B> 5E 1 ola)orador da re(ista ameri ana* :ste pes uisador

ela)orou um modelo de lassi$i ação toponími a ue distri)uiu os nomes em no(es

ategorias* /pesar de seu modelo não atender a todas as ta4es! ele $oi o primeiro a onsiderar

a moti(ação sem nti a ue pode estar rela ionada a aspe tos am)ientais! so iais e ulturais!

le(ada em onsideração no ato de denominar um a idente $ísi o ou 3umano! ue ainda não

tin3am sido onsiderados em tra)al3os anteriores*

+ =rasil e a .ene6uela são os países da /m1ri a Latina ue mais t%m $eito

in(estigaç7es toponími as* Fo nosso país! desta am-se! em ordem sin r@ni a! ?J ! de > 0>! o estudo de Le(i Cardoso so)re a

in$lu%n ia das línguas arua ue e ari)e no top@nimo ama6onense ue deu origem V o)ra

N> ! em ue o autor e(iden ia a import n ia dos estudos

toponími os para a ompreensão das migraç7es e das uest7es 1tni as e lingüísti as de um

determinado espaço geogr8$i o BC/9D+S+! > N>! p*20 *

/ essa o)ra seguiu-se outra de grande rele( n ia para os estudos toponími os do

=rasil! reali6ada por Carlos Drummond!1ontri/uiç6o do 7ororo 8 9o!on#mia 7ras#lica

2


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B> N5 ! ue apresenta a ontri)uição do po(o =ororo para a toponímia do Centro +este* :ste

autor e(iden ia a $alta de sistemati6ação o orrida em estudos anteriores da 0! ?J e a Din mi a dos Fomes na Cidade

de São Paulo K >55E K >? J! pu)li ado em > J! al1m de artigos pu)li ados em re(istas

ientí$i as*

Como podemos o)ser(ar! a inserção da toponímia no meio ientí$i o europeu se deu

atra(1s da in(estigação lingüísti a dos nomes geogr8$i os nos uais era possí(el $a6er o

le(antamento das trans$ormaç7es $on1ti as so$ridas pelos (o 8)ulos! )em omo as (ariaç7es

ortogr8$i as! a supressão de alguns omponentes do top@nimo! ou a manutenção de $ormas

onsagradas! at1 por ue a $on1ti a e $onologia eram elementos $undamentais da lingüísti a da

1po a*

Por1m! a uestão primeira le(antada por Dau6at! in ide so)re o $en@meno

etimológi o ue deu origem V )us a de um instrumento ue permitisse (in ular o onom8sti o

a uma $iliação gen1ti a! uma (e6 ue o po(o ue 3a)itam um espaço geogr8$i o! se a omo

autó tones ou on uistadores! 3erdaram e re e)eram es alas de (alores de grupos (ariados e

distintos*

Para Di B> ?J! p* J0 [des o)rir o seu signi$i ado Bdo top@nimo seria om

on3e er o po(o ue o originou! e onse üentemente! a sua língua! tal(e6 at1 re onstituí-la

nos modelos originais\*

Para $irmar a toponímia omo possi)ilitadora de demonstração das ara terísti as

só io-3istóri o! e on@mi as e antropo ulturais de um grupo! e


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[tradu6ir (erdadeiras 8reas nomen laturais e! por onseguinte! os prin ipais moti(osue oordenam essa nomen latura\! 1 ue estudiosos se dedi aram a ela)orar

modelos teóri os ue pudessem a udar na re uperação de $atores de ordemsem nti a ue poderiam ter in$luen iado na g%nese do top@nimo Di B> 2 *

Para tanto! retomaremos! no item seguinte deste te4to! propostas de modelos de

lassi$i ação toponími a! alguns ela)orados por estudiosos de outros países e! no ue se re$ere

ao =rasil! o modelo de Di e de outros tra)al3os ue! al1m de ontri)uírem om a proposta

de in lusão de no(as ta4es ao modelo de Di ! ue tam)1m registram re ortes regionais de

nomen laturas geogr8$i as )rasileiras*

-20 *

25


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X8 o $ilólogo portugu%s Xos1 Leite de .as on elos B> >! p*> ! ao estudar os nom

de Portugal! prop7e uma di(isão de nomes geogr8$i os ue pre(% tr%s seç7es, lassi$i ação

dos nomes de lugares por línguasY modos de $ormação toponími a! e ategorias de nomessegundo as ausas ue os originaram* Cita! entre outras! a $lora! a $auna! a nature6a do solo! a

3istória e a religião* Segundo ele 38! na toponímia portuguesa! a presença de (8rias línguas

ue (ão desde a pr1-romana! romana! V germ ni a e V portuguesa! propriamente dita! desde as

$ases de dominação da região pelos $alantes destas línguas e pela onsolidação da língua

materna* uanto V $orma de denominação toponími a! as in(estigaç7es estão rela ionadas aos

estudos gramati ais do sintagma nominati(o! e Vs ategorias ue se rela ionam Vs ausas ue

originaram omo a 3istória! a religião! a $lora! a $auna! a nature6a do solo*

2? omo .as on elos B> > mostraram ue os nomes geogr8$i o

ue estudaram re upera(am aspe tos naturais do meio am)iente onde se en ontra(am

ins ritos! al1m de aspe tos so iais e ulturais! postulando a import n ia de estudos 3istóri os

e etimológi os no top@nimo* Dau6at B> 2? di(ide a nature6a dos top@nimos em dois amp

de in$lu%n ias! o da geogra$ia $ísi a e o da geogra$ia 3umana! on$orme Di B> ! p* >E

as repartiç7es no interior de ada um dos )lo os re$eriam-se a o orr%n ias oure ortes espa iais identi$i ados pelos paradigmas 3idrogr8$i os ou geomor$ológi osb c a onstrução de (ilas e idades de a ordo om as amadas 1tni as onstituti(asdo po(o $ran %s*

SteIart B> 5E ! toponimista ameri ano! modi$i ou essa lassi$i ação! sendo o

primeiro a propor a distri)uição dos nomes dos lugares em no(e ta4es )aseadas em

me anismos de nomeaçãoY a sa)er, [descriti!tive names! !ossessive names! incident names!

commemmorative names! eu!$emistic names! manu(actured names! s$i(t names! (ol<

et.mologies e mista


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nomeação! en uanto os outros são mais restritos! ela)orados para o onte4to itado! e (alem

tam)1m para os estudos das nomeaç7es pro edentes das línguas indígenas do ontinente

norte-ameri ano! na des rição lugares*Con$orme 8 itado por Di * B> J5 ! a mais atuante toponimista )rasileira! ela)orou

um modelo metodológi o de lassi$i ação toponími a omposto por de6eno(e ta4es! o ual

$oi re$ormulado pela própria autora e pu)li ado em > 2! passando a ter (inte e sete ta4es*

Destas! on6e se rela ionam ao am)iente $ísi o K N estão

ligadas Vs relaç7es esta)ele idas pelo 3omem inserido numa so iedade om seus aspe tos

só io- ulturais e 3istóri os pe uliares! as

C#+=+?+;@90=+$! ue $a6em re$er%n ia a ores, Córrego .erdeK/#;M


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nomes próprios e indi(iduais, Morro do LalauK/#;M


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o país e sua 3istória* Fo pró4imo item $o ali6aremos alguns prin ípios teóri o-metodológi os

ue t%m orientado os estudos do signo lingüísti o em $unção toponími a*


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Fo entendimento de Doss1! o (alor do signo de Saussure 1 de$inido dentro do

sistema lingüísti o onde se en ontra inserido! rea$irmando a id1ia de ar)itrariedade do signo

lingüísti o! pois o signo,

une não uma oisa ao seu nome! mas um on eito a uma imagem a Usti a num(ín ulo ar)itr8rio ue remete V realidade! o re$erente! para o e4terior do ampo doestudo b***c + signo só en(ol(e! portanto! a relação entre signi$i ado Bo on eito e osigni$i ante Bimagem a Usti a ! om e4 lusão do re$erente BD+SSW! > ! p*J0 *

/ teoria da moti(ação lingüísti a não te(e muita a eitação no per urso dos estudos

lingüísti os* / ar)itrariedade do signo! retomada por Saussure! $oi e ainda 1 a t@ni a das

pes uisas lingüísti as* Por1m! no aso da


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/ssim! esta posição assumida pela toponimista so)re o ar8ter moti(ador do signo

lingüísti o toponími o! ontradi6 o on eito de ar)itrariedade lingüísti a de Saussure ue 1 adi$erença entre o signo lingüísti o e o top@nimo a ue este est8 ligado* Asto 1! apesar de se

ins re(er omo parte do sistema de uma língua e! por isso! perten er ao seu uni(erso le4i al!

ele 1 moti(ado por dese os pessoais ou e(entos só io- ulturais e 3istóri os! em)ora se a

similar a outros signos* Por se ins re(er omo parte do sistema da língua! ele nos $orne e

dados so)re a relação língua K so iedade e ultura* :ste $en@meno re o)re o on eito de

l14i o para =iderman

+ l14i o pode ser onsiderado omo o tesouro (o a)ular de uma língua* :le in lui anomen latura de todos os on eitos lingüísti os e não-lingüísti os ue se re$erem aomundo e ao uni(erso ultural! riado por todas as ulturas 3umanas atuais e do passado* Por isso o l14i o 1 o menos lingüísti o de todos os domínios da linguagem* Fa (erdade! 1 uma parte do idioma ue se situa entre o lingüísti o e oe4tralingüísti o B=AD:9M/F! > ?>! apud =AD:9M/F! 200>! p*> 2 *

/o se untarem Vs posiç7es de =iderman B200> K o l14i o 1 o tesouro (o a)ular de

uma língua K e de Di B> 2 K a moti(ação sem nti a por elementos e4tralingüísti os d

top@nimo 1 omo uma $onte de pes uisa 3istóri a de um po(o K per e)e-se omo os

elementos de uma linguagem tra6em! em sua ess%n ia! os on eitos ela)orados pela

omunidade ue uando os utili6a para nomear um a idente $ísi o ou 3umano! passam a

re$letir! de erta $orma! mentalidade oleti(a dessa omunidade*

Segundo Di B> J! p*>? a moti(ação toponími a possui um duplo aspe to ue

emerge em dois momentos, em primeiro lugar! na inten ionalidade do denominador ao

sele ionar o nome! na ual 3a(eria ir unst n ias de ordem o) eti(a ou su) eti(a e!

a seguir! na própria origem sem nti a da denominação! no signi$i ado ue re(ela! demodo transparente ou opa o! o ue pode en(ol(er pro ed%n ias as mais di(ersas !

uais podem [ guardar uma signi$i ação pre isa de aspe tos $ísi os ou

antropo ulturais presente na denominação\[*

>


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L* fittgenstein! em sua o)ra P3ilosop3i al An(estigations B> 5 ! apud 'LLM/FF!

> NE! p*> E re uperou a (isão saussuriana em ue a língua e seus on eitos são (istos om

instrumentos e as pala(ras omo $erramentas! ou mel3or! para se ompreender a linguagem3umana de(e-se le(ar em onta a linguagem em ação*

'llmann B> NE! p* > E->E0 mostra ue essa teoria! puramente opera ional! se

ompleta om a teoria re$eren ial! pois a primeira trata do signi$i ado ao ní(el de $ala e a

segunda! em ní(el de língua*

:studiosos omo 'llmann e fittgenstein! ue se (aleram da noção ar)itrariedade

lingüísti a! e(iden iaram a di$i uldade de se ela)orar uma teoria do signi$i ado! (isto este não

se olo ar na es$era on reta* .eri$i a-se em Saussure uma possi)ilidade de re on3e er ue

pode 3a(er graus de moti(ação entre signi$i ante e signi$i ado! ue lassi$i a omo ar)itr8rio

a)soluto e ar)itr8rio relati(o,

+ prin ípio $undamental da ar)itrariedade do signo não impede distinguir! em adalíngua! o ue 1 radi almente ar)itr8rio! (ale di6er imoti(ado! da uilo ue só o 1

relati(amente* /penas uma parte dos signos 1 a)solutamente ar)itr8ria, em outras!inter(1m um $en@meno ue permite re on3e er graus no ar)itr8rio sem suprimi-lo, osigno pode ser relati(amente moti(ado BS/'SS'9:! > J0! p* >52 *

Dentre os (8rios estudiosos ue se (aleram da noção de ar)itrariedade do signo!

on$orme 8 itados! en$ati6ou-se a posição de 'llmann ue a$irma, de um lado! todos os

idiomas ont%m ertas pala(ras ue são ar)itr8rias ou opa as! ou se a! sua ara terísti a

prin ipal 1 não 3a(er one4ão entre o som e o sentido* Por1m 38 outras ue! pelo menos em

erto grau! são moti(adas e transparentes e ue tal moti(ação pode o orrer no ní(el $on1ti o!

as onomatop1ias! por e4emplo! no mor$ológi o! pala(ras simples e ompostas! sendo ue nas

simples os omponentes! os mor$emas! (ei ulam um determinado signi$i ado! e as ompostas

são $ormadas da mesma maneira ue as simples! e uando 38 possi)ilidade de se resgatar a

origem dos signi$i ados de seus omponentes são lassi$i adas de transparentes* / moti(ação

sem nti a pode o orrer por met8$ora ou metonímia*


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/ posição assumida por 'llmann B> N ! so)re a moti(ação do signo lingüísti o!

permite usti$i ar a moti(ação do signo toponími o om os aspe tos só io-3istóri os e

ulturais ligados ao onte4to de um grupo alo ado em um determinado espaço geogr8$i o*/ )i)liogra$ia itada permitiu a o)tenção de su)sídios teóri os para an8lise dos dados

ue omp7em o orpus deste tra)al3o! uma (e6 ue a in(estigação toponími a (alori6a

aspe tos e4tralingüísti os! os uais! uando se apresentam no nome! re(elam aspe tos ue

permitem entender numa (isão ontínua glo)ali6ante da 3istória dessa região e dos po(os ue

aí 3a)itaram! sua osmo(isão e sua língua*Di B> 2! p* 5 en$ati6a ue,

atra(1s das amadas onom8sti as! re(elam-se! numa perspe ti(a glo)ali6ante! as$eiç7es ara terísti as do lo al! se am de ordem $ísi a uanto só io- ulturais*De talesses aspe tos se orpori$i am nos top@nimos ue se pode! muitas (e6es! esta)ele er a orrelação entre o [nome\ dos a identes e o [am)iente\ em ue ele se a 3ains rito*BDACT! > 2! p* 5 *

Fo pró4imo apítulo ser8 apresentado o orpus e a metodologia utili6ada*


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CAPÍTULO III - DA METODOLOGIA E DO CORPUS

/o sele ionar omo o) eto de estudo a toponímia do muni ípio de =arra do Garças!mi rorregião do M1dio /raguaia! le(ou-se em onsideração a 3ipótese de ue o nome

geogr8$i o! em sua ess%n ia! poderia ter sido moti(ado por $atores e4tralingüísti o os uais

re$letiram as parti ularidades geogr8$i as e só io-3istóri o- ulturais dos po(os ue 3a)itaram

a região*

Para se on reti6ar este intento $oram le(antados e atalogados os top@nimos do

re orte regional sele ionado! apli ando a esses top@nimos um tratamento ientí$i o ue se

)aseou na orientação teóri o-metodológi a de Di B> 2 ! om a $inalidade de )us ar a

moti(ação dos nomes em estudo! al1m de le(antar possí(eis in$lu%n ias de elementos

e4tralingüísti os! e tam)1m (eri$i ar a possí(el e4ist%n ia de estratos lingüísti os de outras

ulturas*

+s dados da região $oram le(antados nos mapas artogr8$i os! es ala >,>00 000! do

A=G:! $orne idos pelo Anstituto de J? ue apresentam tanto a etimologia uanto algumas entradas de

(8rias le4iasY

+ ?J * Sempre ue a origem

etimológi a não onsta(a na o)ra anteriormente itada ou para on$irmar a

etimologia tupiY

d uando a etimologia pare ia ser =ororo! / Contri)uição do =ororo V


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e +s di ion8rios gerais! #:99:A9/ B> J5 ! &+'/ASS B200> ! #9:A9:

B> 5E e SAL./ B> 5> ! para es ol3a das entradas mais ade uadas ao

onte4to* /l1m destes tam)1m $oi utili6ado o Di ion8rio Geomor$ológi ode /ntonio ?J *

+s dados estão organi6ados em uadros ue ont%m a lo ali6ação! o top@nimo! o

tipo de a idente! a etimologia! a lassi$i ação e a (ariação le4i al* / organi6ação dos uadros

$oi )aseada na $i 3a-le4i ogr8$i a-toponími a do Pro eto /! on$orme /ne4o =! tam)1m 1 apresentado o uadro 2!

resumo das ategorias toponími as-/ne4o C* #oram ainda apresentados o gr8$i o > de

uanti$i ação dos top@nimos! /ne4o D e o Modelo de #i 3a Le4i ogr8$i o K toponími a!

ane4o :*

5


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CAPITULO IV - AN LISE DO CORPUS

/ an8lise do orpus tem por )ase o on eito de ar uile4ema ela)orado por Ge ler B> J> ! omo o signi$i ado glo)al de um ampo l14i o! ue assim se apresenta omo

denominador omum de uma )ase sem nti a de todos os elementos do ampo mais a le4ia

di$eren ial! e Di B> 0 ue a$irma ue o top@nimo se liga ao a idente geogr8$i o u

identi$i a! onstituindo um on unto ou relação )in@mi a! a ual 1 passí(el de

desmem)ramento para mel3or se distinguirem os seus termos $ormadores ue ligados

produ6em uma no(a unidade sem nti a*

Fos dados oletados! os a identes $ísi os são de$inidos pelo próprio termo omum*

/ssim $oram elen ados os seguintes termos ue podem ser desmem)rados, )arra! órrego e

sua (ariante orgo e orgão! $urnaBs ! il3a! serra! porto! a 3oeira! )o ueirão! rio! lagoa

ri)eirão! grota e suas (ariaç7es grotin3a e grotão! (ale* / estas )ases estão ligadas as le4ias

di$eren iais ue serão o) eto desta an8lise* + mesmo a onte e om os a identes 3umanos!

idade! $a6enda est n ia! ol@nia! agropastoril! retiro e porto*

. 7 ACIDENTES FÍSICOS

. . - / an8lise apresentada neste tra)al3o $oi ini iada pelos termos gen1ri os dos a identes

$ísi os* /ssim! omeçamos pelo a idente $ísi o Córrego - do latimcorrugus s4m4! ao ual se

agregaram di(ersas le4ias! omo as $ormadoras de H=>;O9OP?N=:O5 @AB",

1"1HOE=;" e 1"7E1E=;", seguidas de ad eti(os ara teri6adores de aspe tos $ísi os

apresentados pelo a idente! )em omo 1O;=CO, L"AO=NH", L":7E>O;, P";"N@4

/ssim temos Córrego Água Alta ) do latim altusDCórrego Água Limpa ) do latim

lim!idusDCórrego Água Quente ) do latim calentea* :stas le4ias di$eren iais indi(iduali6am

e lassi$i am o su)stanti(o e a unidade mor$o;sem nti a 1 dada pela unção do su)stanti(o

simples e do ad eti(o ue $ormam um su)stanti(o omposto*


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/ unça7 da le4iaC %&+'0# K do latimcoctiõ-onis K s3culo C = cac$oeira ) queda

dG*guaG - o orre nas seguintes situaç7es,C ##'4+ C %&+'0# C+=;#0 e C ##'4+

C %&+'0#09&* Pode-se (eri$i ar ue a atri)uição do nome ao órrego se $e6 pelo aspe to$ísi o do mesmo! ou se a! ursos om desní(eis a entuados originando as a 3oeiras! u o

di$eren iais são, o taman3o! ompridaY e a pou a e4tensão da a 3oeira! a 3oeirin3a* :4 et

a 3oeirin3a! todos estes top@nimos são $ormados por su)stanti(o ad eti(o* :ste 1 deri(ado

de a 3oeir in3 a ue se re$ere ao taman3o do a idente* `

/ (isão do denominador ara teri6a as ualidades ue o le(aram! dentro de um

pro esso pragm8ti o de possi)ilidades! a sele ionar as ue l3es pare eram mais ade uadas

para a situação*

+utra o orr%n ia de unção de le4ia na ategoria de &idrot@ponimos 1 a le4ia

C '%'0# - a)eça eira! do latim (ulgarca!itia eira! s1 * R.AAA*C ##'4+ C '%'0#

C+=;#0 , C ##'4+ C '%'0# V'# ', C ##'4+ C '%'0# S8 ./ssim omo nos

top@nimos analisados anteriormente! V le4ia a)e eira! su)stanti(o! se ligam os ad eti(os ue

ara teri6am o tipo de a)e eira, taman3o! omprida! or! (erde! aspe to! su a* &8 tam)1m

C ##'4+ C+#0 +*

W 1 interessante notar ue C'F&/ B> J ! não apresenta a etimologia desta

le4ia* Por1m tanto #:99:A9/ B> J5 omo &+'/ASS B200> se re$erem a ela omo

espe í$i a de Mato Grosso e Goi8s! e olo am ue 1 de origem du(idosa ou o)s ura! mastam)1m a$irmam ue! para Fas entes! a origem 1 tupi* Só se pode a$irmar ue $oi in orporada

ao portugu%s destes dois estados do =rasil para signi$i ar a$luentes ou su) a$luentes de

orrentes 3idrogr8$i as*

&8 tam)1m oC ##'4+ L 4+09& 7 Lagoa do latimlacuna, s3c C=== !orç6o

de *gua cercada !or terra* + su$i4o in3 a permite a$irmar ue o nome $oi dado! ou pelo

taman3o ou por outro $ator omo arin3o ou depre iação do a idente*/l1m! destes

J


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3idrot@ponimos! registramos tam)1m a e4ist%n ia! dosC ##'4+$: L = ' +# 7 do latim

lam/ere! lam/er ) corroer, desgastar4 / $orma omo as 8guas atuam nas margens! ou as

a ari iam pode ter dado origem ao top@nimo* /l1m disso! tam)1m pode ser le(ada em onta Vsigni$i ação de terreno salo)ro ue animais lam)em para o)ter o sal de ue ne essitam*

C ##'4+ P # 95 7 de origem tupi K ParaG-n6 Kdenominaç6o dada aos grandes rios* :ste

órrego de(e ser maior do ue os outros! pela ara terísti a sem nti a de sua denominação,

rio grande*C ##'4+ P8! +# 7 do latim !ultare! pulo! s*m! pular dor! sentido $igurado

agitado! o ue pula* :sta denominação se re$ere a aspe tos $ísi os do órrego! ue na (isão

dos oloni6adores era agitado e ue de(e ter um de li(e a entuado*

uanto V ategoria de #A


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V atualidade* :sta o orr%n ia pode ser (ista de duas maneiras, a (isão do nomeador so)re o

a idente! no aso os indígenas! e a in apa idade do oloni6ador para mudar a denominação!

(isto este tipo de 8r(ore não ser do uni(erso )ot ni o europeu e! portanto! te(e de manter adenominação dada pela etnia ue 3a)ita(a anteriormente a região*C ##'4+ P0?+= 09& K

origem tupi, 6#8?+ ;0?+= '0# , 3í)rido* /o (o 8)ulo tupi $oi a res entado o su$i4o

portugu%s in3 a ue! no aso! 1 $ormador do diminuti(o! ompro(ando a e4ist%n ia de língua

di$erentes* W possí(el ue a su$i4ação se a produto da (isão dos oloni6adores ue se

apossaram da denominação indígena! a res entando sua própria per epção do o) eto

denominado* Fota-se ue o diminuti(o a ui est8 rela ionado ao taman3o da 8r(ore ou das

$rutas*C ##'4+ B8#0?01 !- assim omo em pitom)in3a! neste top@nimo 1 $ormado pela

unção de estrutura (o a)ular do tupi! o radi al )uriti e a onsoante de ligação1 mais o su$i4o

!! $ormador de le4ias ue designam lugar! no aso! de )uritis! ou a Umulo de )uritis* Fo aso

indi a a)und n ia da uele tipo de 8r(ore*C ##'4+ P09 K origem tupi, Pind*-&a'i/a, a

vara do anIol, ou a cana do anIol, ou anIol, !ode tam/3m se re(erir 8 !en+ria, no uso atual

Feste aso predominou a designação indígena! at1 por ue esta pala(ra $oi in orporada ao

l14i o portugu%s do =rasil*C ##'4+ C' #+ K*rvore origin*ria da Euro!a de caule reto e

co!a c nica que (ornece madeira resistente !r%!ria !ara marcenaria de luxo* + nome

atri)uído ao a idente pode ter duas e4pli aç7es, a semel3ança entre a 8r(ore da :uropa e

alguma outra 8r(ore da mesma $amília! e4istente na região! ou o saudosismo de seusnomeadores europeus! ue pretendiam (er na região algo ue não $osse totalmente

des on3e ido*C ##'4+ M ? Kdo latim tardio matto ) terreno onde nascem *rvores

silvestres, /osque, selva, s3c4 C===4Como a (egetação de errado não 1 alta! por1m!

emaran3ada! de(e ter sido o moti(o de tal denominação* C ##'4+ M ? S'% K /s le4ias

di$eren iais ue omp7em este top@nimo são de origem portuguesa e des re(em a situação da

(egetação da região! o ue 1 uma ara terísti a da denominação indígena! mostrando assim a


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sim)iose entre as duas etnias*C ##'4+ P !=0?+ K gomo terminal do caule das !almeiras,

longo, de consist0ncia tenra e cor es/ranquiçada, comest#vel em v*rias es!3ciesD ou !eixe

encontrado nos rios de :ato Arosso e Paraguai* Feste aso! a lassi$i ação deste top@nimona ta4e de #itotop@nimo $i a du(idosa! pois não se sa)e se a denominação $oi atri)uída pela

e4ist%n ia de palmeiras ou de pei4e! por1m! omo a palmeira 1 mais on3e ida! optou-se por

esta lassi$i ação* C ##'4+ P !=0?09&+ K /ssim omo no top@nimo anterior! a lassi$i ação e

possí(el origem de tal denominação não pode ser $eita om rigor! por1m optou-se pela

in lusão nesta ta4e* + su$i4o in3 re$ere-se ao taman3o da palmeira*C ##'4+ G ='!'0#

designaç6o comum a diversas *rvores da (am#lia das mor*ceas, com madeira !ara a

con(ecç6o de gamelas e o/ etos dom3sticos* + órrego tin3a em suas margens 8r(ores dessa

$amília e os denominadores trans$eriram essa denominação para ara teri6ar mel3or o

a idente*

C ##'4+ M #='! ! s1 * R.A! Bmarmelo do latim memellum do grego melimelan!

do e pastoso de marmelo ue passou Vs demais línguas da :uropa numa a epção mais ampla!

designando todo e ual uer do e pastoso de $rutas* Con$orme sua etimologia indi a! 1 uma

denominação dos oloni6adores! mas se des on3e e o moti(o de tal denominação*C ##'4+

T 8 # ! K do tupi ta uara-al, planta da $amília das gramíneas! ta)o a! )am)us! tam)1m

pode ser a(e ora i$orme da $amília dos momotídeos* &í)rido! pois V sua rai6 tupi $oi

a res entado o su$i4o al ue na língua portuguesa ser(e para indi ar lugar ou onde se produ6

algo! no aso! ta uaras* /l1m desta lassi$i ação! tam)1m pode ser in luído omo um

6ootop@nimo! pois de(ido V dist n ia temporal não se sa)e se $oi pela e4ist%n ia de plantas ou

das a(es ue a onte eu a denominação! por1m omo a maior in id%n ia 1 de (egetal! essa ta4e

$oi eleita para a lassi$i ação*C ##'4+ T 8 # !109&+ - este denominati(o se $ormou a partir

de ta uaral! ue 8 1 3í)rido! om a unção de outro su$i4o in3 ue! neste aso pare e se re$er

V e4tensão do a idente! ao seu taman3o em relação ao outro* Como no anterior! este top@nimo


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pode ser olo ado em duas ta4es* / olo ação de am)os nesta ta4e se de(e ao $ato de 3a(er

mais o orr%n ias de ta uaraBl omo (egetal e menos omo animal*C ##'4+ C = " K

Certa gramínea! omum em dois estados )rasileiros* :ste top@nimo re$lete o am)iente em ueo a idente est8 inserido*C ##'4+ M'! 9%0 K origem in erta! planta de $amília das

u ur)it8 eas ` o $ruto dessa planta_* /o ue pare e esta denominação $oi $eita pelo

oloni6ador e não se en ontraram elementos ue pudessem e4pli ar tal relação*

uanto V ta4e dos G:+M+9#+o to! nimo ndia, os ind#genas das "m3ricas* :sta denominação 1 do

E>


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oloni6ador e de(e re$erir-se a um a idente ue atra(essa(a alguma aldeia indígena )ororo ou

4a(ante! ou por 3a(er muitas aldeias em suas margensC ##'4+ + M09'0#+ K ad etivo

relativo 8 mina, !ertencente ou natural do estado de :inas Aerais* Feste aso! de(ido Vmigração de pessoas de (8rios lugares do =rasil para este muni ípio optou-se pela in lusão do

top@nimo nesta ta4e*C ##'4+ + M09'0#09&+ K diminuti(o* iI-se de ou veado de

gal$ada &cornos' grandeG4 Fo aso! o uso do diminuti(o pode indi ar a presença de um (eado

de porte pe ueno omo a gal3arda $ormada! propor ional ao seu taman3o* :sta denominação

de(e ter sido dada por 3a(er animais desse tipo na região ou tal(e6 pelo próprio desen3o doórrego! a partir de sua nas ente*C ##'4+ J 48 #109&+ K aguar do tu!i iaGuara nome

comum aos grandes mam#(eros carn#veros da (am#lia dos (el#deosG *+ diminuti(o le(a V

on lusão de taman3o pe ueno do rio ou dos animais ue aí 3a)ita(am*C ##'4+ L+9?#

K do latim lutra, mam#(ero carn#voro da (am#lia dos mustel#deosG * :sta designação $oi dada

por portugueses! pois aso $ossem os tupis seria ariran3a Birar-ana ue 1 a lontra dos rios do

sertão* C ##'4+ + M #0= +9 + K do quim/undo4


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Nome comum a v*rias es!3cies de ves!asG * :sta denominação ompro(a a e4ist%n ia de

negros na região! ue podem ter (indo omo integrantes das )andeiras! ou $ugidos para $ormar

seus uilom)os* W um dos termos a$ri anos mais registrados no /


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/s o orr%n ias de C/9DAF+


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origem* Por1m se $or le(ada em onta V segunda opção! tem-se um 6ootop@nimo em ue o

a idente e a le4ia di$eren ial se aglutinaram! onstituindo um )lo o Uni o dos uais não se

distingue mais o ue 1 de um ou de outro! adotando-se o re$orço de um no(o gen1ri o* Festeaso o primeiro termo gen1ri o perdeu a $unção própria ne essitando do re$orço do segundo*

Para a ta4e dos C9+M+


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entre margens o!ostas de um curso de *gua ou de outra su!er(#cie l#quida qualquer * :sta

designação pare e se re$erir V e4ist%n ia de dois a identes 3umanos so)re o mesmo a idente

$ísi o* / ui o am)iente 3umano 1 usado para denominar o $ísi o*C ##'4+ S'$$'9? - dolatim sexaginta, numeralG * Pela designação atri)uída a este a idente podeKse in$erir ue este

seria o se4ag1simo órrego ue os e4ploradores 3a(iam en ontrado em suas (iagens! ou

algum in idente ue en(ol(esse pessoas*C ##'4+ T#K$ M #%+$ Kdo latim tr0s, numeral, do

latim medieval :arcus, s4m, /aliIa, !oste, limite, sinal de demarcaç6o4 Feste aso a

denominação permite in$erir a e4ist%n ia de postes ou mar os ou algo a ue eles se

assemel3assem! para assinalar o lugar*

uanto a S+CA+


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ou !ortaria4C ##'4+ G ## 6 Kdo *ra/e garra(4s4(, vaso ordinariamente de vidro com

gargalo estreito e destinado a conter l#quidoG * :sta denominação pode ser deri(ado do

$ormato do a idente ue em um de seus pontos pode so$rer um estreitamento*C ##'4+G+# 8# K gordo, do latim gurdus, qualquer dos numerosos com!ostos do car/ono e

oxig0nio que s6o glic#deos e *cidos graxos, denominaç6o dada a uma es!3cie de ca!imG4

Feste aso pare e ue a moti(ação deste top@nimo tal(e6 se de(a ao tipo de apim e4istente

em suas margens\*

Fa ta4e de /FAM+ 0 ! ao analisar a

o orr%n ia )onito Ba a$irma ue a $orma $eminina 1 menos $re üente na toponímia ue

mas ulina ue 1 )ase usada tanto em a identes $ísi os omo em 3umanos* :stes top@nimos

são ompostos por )ase su)stanti(o ad eti(o! sendo este Ultimo o elemento de signi$i ação

espe í$i a ue ara teri6a o top@nimoC ##'4+ A!'4#' Kdo latim vulgar alecis, alecris animado vivoG * + top@nimo onota a ualidade própria dos seres (i(os! o ue re$lete a (isão

do oloni6ador*C ##'4+ B+ S+#?' Kdo latim / nus, /ona, do latim sorte ) (ado, destino,

/om resultadoG * + top@nimo omposto pare e mostrar ue a intenção de seu denominador

e4pressa seus dese os e esperanças*C ##'4+ E9 '0? + K do latim e ectare* En eit ado

recusar, rec$açar * / sem nti a desta pala(ra le(a a possi)ilidade de! por moti(os

des on3e idos! esse a idente ter pro(o ado sentimentos negati(os no seu nomeador! in lusi(e

EJ


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ser e(itado*C ##'4+ F'!01 ) do latim - (elix-icis a(ortunado, !r%s!eroG * Di$erente do

anterior! este top@nimo e4prime sentimentos de $eli idades! de )em estar*C ##'4+ I9"' K

do latim invidia, desgosto ou !esar !elo /em dos outros4 / ui 38 duas possi)ilidades* Ser tão )onito ue desperta a in(e a dos outros! ou ser tão mes uin3o ue at1 pare e ser in(e oso!

(isão do des)ra(ador*C ##'4+ M # "0!& K do latim mira/iliaD ato, !essoa ou coisa

extraordin*rios, que causam admiraç6oG4 Festa denominação per e)em-se os sentimentos

positi(os ue as 8guas! ou o on unto do órrego! despertaram em seu denominador*C ##'4+

P'9$ ='9?+ Kdo latim !ensare, re(lex6o, mediaç6o, racioc#nioG * /ssim omo no anterior!

este top@nimo re$lete o sentimento ue o órrego despertou em seu nomeador! tal(e6 at1

mesmo re ordaç7es. C ##'4+ P#+"0 K9%0 Kdo latim !rovidencia medida aç6o concreta

!ara a consecuç6o de algoD aç6o !ela qual >eus conduI os acontecimentos e as criaturas

!ara o (im que l$es (oi destinadoG * Feste aso! a moti(ação pode estar ligada V ne essidade de

8gua! em)ora a região ten3a uma mal3a $lu(ial ampla! Vs (e6es! as tril3as ini iais per orridas

pelos des)ra(adores! não le(a(am aos a identes $lu(iais*

/s o orr%n ias dos &/GA+


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/s o orr%n ias de M+9#+


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cairG * Carro Kdo latim carrus, ve#culo de trans!orte terrestreG * Feste aso a denominação

de(e ter sido moti(ada pelo nUmero de (eí ulos ue não onseguiram atra(essar o órrego e

tom)aram. C ##'4+ M+#? $ ' F+=' K Fão $oi possí(el determinar os moti(os ue le(arama esta denominação*

/s o orr%n ias de DAM:FSA+


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relati(a a)und n ia deste mineral! na região! 1 pro(8(el ue esta denominação se a resultado

da e4ist%n ia do mineral no pe ueno rio*C ##'4+ + O8#+ Kdo latim aurum-i, s4m metal

!recioso, amarelo, denso, muito a!reciado !elas suas !ro!riedades es!ec#(icas e suasqualidadesG/ssim omo no top@nimo anterior 1 possí(el ue a)und n ia do metal neste

a idente ten3a sido a moti(ação para o top@nimo*C ##'4+ O8#+ 609+ K origem id%nti a ao

anterior* #ino Kdo latim (inis, delgado, a(ilado, a!urado, re(inado_! ad eti(o $ino ara teri6a

o ouro e4istente no órrego ue tal(e6 $osse pó ou pepitas muito pe uenas*C ##'4+

L ' 09&+ K La e, de origem controv3rsia, !edra de su!er(#cie !lanaG, lousa, la e in$,

la eado in$ ) diminutivo, o que cont3m la e* W possí(el ue esta denominação se remeta V

apar%n ia do leito ou das margens do órrego*C ##'4+ L 09& K assim omo o anterior!

o top@nimo pare e indi ar as mesmas ara terísti as*C ##'4+ P' #'0# K do latim !etra-

ae derivado do grego !etra, lugar ou roc$a de onde se extrai !edraG * Feste aso 38

possi)ilidade da e4ist%n ia de uma pedreira nas pro4imidades do a idente! o ue de(e ter

originado esta denominação*C ##'4+ P# ? Kdo latim vulgar !latta ) elemento qu#mico

de n+mero at mico ST, met*lico /ranco, /ril$ante, densoG * :sta designação tem a (er om a

or da 8gua! ue om o re$le4o do sol d8 a ilusão de ter a or do metal*C ##'4+ T'## + S+!

Kdo latim vulgar terra ) territ%rio, regi6o, solo4 Sol K do latim sol ) solis4 1entro do sistema

!lanet*rio em torno do qual giram a 9erra e demais !lanetas* :sta denominação e4prime o

ar8ter $ísi o! luminosidade! lare6a e o psí ui o da promessa de oisas )oas. C ##'4+V # 3+ C+=;#0 + K .ar ão Klatim vargea, var ao ) grande extens6o de terra !lana4 / ui

se per e)e o taman3o do am)iente em ue o orre a denominação! pois al1m de ser uma

e4tensão grande de terra plana! seu omprimento de(e ser maior do ue o normal* :ste

top@nimo 1 omposto por su)stanti(o ad eti(o*

Festa região e no a idente em an8lise 38 um aso de


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órrego em (e6 de re e)er a le4ia di$eren ial ue parti ulari6a* o !ort4 :armelada, doce !atoso de marmelo que !assou 8s demais l#nguas

euro!3ias numa ace!ç6o mais am!la designando todo e qualquer doce !astoso de (rutasG4C ##'4+ B ?'0 K Provavelmente do cast4 /atea ou do *ra/e /at.aD gamela de madeira

usada no garim!o4 5egundo Éster de .i(eiros Bapud MAG': ! > N! p* J o relator da

(iagem do Mare 3al 9ondon uando per orria o espigão entre o 9io das Mortes e o 9io

=arreiro di6, “444 da# !ercorreram cinco l3guas at3 o ri/eir6o 7ateiaGassim c$amada !elo

:arec$al ;ondon !orque nele $ouvera mineraç6o de diamantes! ou se a! 9ondon en ontrou


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(estígios e$eti(os de garimpagem antes de sua e4pedição 3egar ao lo al! o ue on$irma as

(ers7es das entradas e )andeiras na região* Portanto a moti(ação toponími a est8 lara*

/ identes sem lassi$i ação,C ##'4+ P 9+#0.. ./ -Passamos agora a analisar os top@nimos re$erentes ao a idente $ísi o 9A=:A9 +*

Ani iamos a an8lise pela ta4e dos G:+M+9#+


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Classi$i ados na ta4e dos #A


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da $amília dos psita ídeos! ue 3a)itam a região do rio*R0+ $ G #2 $ K on$orme $oi

analisado no item anterior! esta denominação 1 latino;portuguesa e re$lete a sim)iose entre as

ulturas europ1ia e indígena! pois retrata a maneira de (er! ou mel3or! des re(e o am)iente! oue era a prin ipal ara terísti a para nomear um a idente pelas di(ersas tri)os ue 3a)itaram

a região! untando a língua e a $orma de nomear de duas ulturas di$erentes*

Fa ta4e dos &AS


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&8 apenas um e4emplo de #A


57/100

negra na região*L 4+ $ É48 $ Kdo latim equa-ae (0mea do cavaloG * Pode-se atri)uir

esta denominação a algum in idente o orrido om esse animal! nessa lagoa*L 4+ +$

V' +$ Kdo latim venatus, mam#(ero da (am#lia dos artiodactilosG * /ssim omo no órrego3om@nimo! esta denominação 1 do oloni6ador e re(ela a possí(el e4ist%n ia desses animais

perto ou Vs margens do a idente*

/F


58/100

/ssim temos, L 4+ E$%+9 0 Kdo castel$ano sconduda4 Vue se escondemG * :m)ora

ainda não 3a a uma ta4e para tal top@nimo! pare e ue ele se rela iona om a lo ali6ação

geogr8$i a ou om a (egetação ou a identes ue não permitem a sua $8 il lo ali6ação*. . - + a idente M+99+ est8 ligado V ta4e dos, ++


59/100

*

. .Q - uanto ao a idente L/G+ apresentamos, C9+M+


60/100

Fa lasse dos #A*>> - So)re o a idente ./L: temos, /FAM+ N p*

2J5 *


61/100

./ - ACIDENTES HUMANOS

E*2*> -Ani iamos a an8lise destes a identes pelo a idente CAD/D:! por ser o mais importante.

/ssim! temos apenas uma o orr%n ia! perten ente ta4e dos &AD9+o ) contraç6o da !re!osiç6o de o, no

caso indica que !ertence e traI im!l#cita a lexia rio4 Aarças ) do !r3-romano e ada!tado ao

latim lusitano gartiaG que designa aves cico(ormes, da (am#lia dos arde#dos que s6o

aqu*ticas, vivem em /andos e alimentam-se de !eixes4

Feste aso! o muni ípio e sua sede são denominados pelo nome do urso da 8gua ue

orta o seu território* Mor$ologi amente 1 omposto por dois su)stanti(os! uma preposição e

um artigo mas ulino singular* :ste tipo de top@nimo! segundo a ta4ionomia de Di B> J

lassi$i ado omo um 3idrotop@nimo (isto estar designando um a idente ligado V 3idrogra$ia

e uanto V sua estrutura mor$ológi a 1 um top@nimo omposto! pois apresenta mais de um

elemento $ormador! ou se a! =arra! termo gen1ri o ue englo)a simultaneamente a ategoria

de determinado e determinante BDACT, > ?J p* >E e Garças ue o di$eren ia de outros

semel3antes* + artigo mas ulino presente na ontração remete V le4ia 9io! implí ita na

denominação*

W interessante notar ue $oi o a idente 9io ue originou o nome do muni ípio e da

idade! pois esta se lo ali6a na $o6 ou )arra do 9io das Garças e só passou a ter essa

denominação em > E?! en uanto ue 38 notí ias do 9io das Garças desde a 3egada das

)andeiras*

+ lo al ue originou a idade te(e omo primeira denominação! Pedra da =arra

Cuia)ana* :sta denominação se de(e ao $ato da e4ist%n ia de uma pedra en ontrada nesse

lo al na ual e4istia a seguinte ins rição ` SS* /99/k/ >?J>_ ue! segundo a lenda! era o

N>


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mar o do lugar onde Simeão da Sil(a /rraHa! ao regressar da guerra do Paraguai untamente

om outros soldados! es ondeu uma garra$a om diamantes! ue nun a $oi en ontrada*

/ssim a primeira denominação do po(oado $oi Pedra da =arra Cuia)ana* Depois(ieram outras! omo 9egistro do /raguaia! Santo /nt@nio do /marante! =arra do Garças de

Mato Grosso e! por Ultimo! apenas =arra do Garças* Como 1 tradição na organi6ação

administrati(a =rasil! no muni ípio em an8lise e4iste apenas uma idade! sede do muni ípio*

././ - Fo ue on erne ao a idente #/ :FD/ - do latim (acenda por (aciendaY !ro!riedade

rural de grandes dimensões4 #oram en ontradas as seguintes o orr%n ias,

&AD9+


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muni ípio de =arra do Garças*F 1'9 S'## A18! K a pro4imidade deste a idente $ísi o

moti(ou o top@nimo do a idente 3umano*F 1'9 V !' + I;K K Feste aso! assim omo no

anterior! a moti(ação de(e ter sido a lo ali6ação do a idente 3umano! al1m da e4ist%n ia deip%s*F 1'9 V !' D+8# + K + top@nimo demonstra não só a ri ue6a e apar%n ia do

a idente omo tam)1m o dese o do eldorado*F 1'9 V !' R0%+ K /ssim omo os

anteriores! este top@nimo demonstra tanto a possí(el ri ue6a material 8 e4istente no lugar

omo a ue 1 possí(el produ6ir nele*F 1'9 V !' V'# ' K /l1m da lo ali6ação geogr8$i a!

do a idente 3umano! a oloração tam)1m est8 presente neste top@nimo*

/ ta4e dos C/9DA+


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Fa ta4e dos #A


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todo o estado ;io Arandense*F 1'9 P # 48 0 K do tupi Paragua.! natural do Paraguai*

:ste top@nimo remete ao sentimento ue seu denominador e4pressa em relação ao Paraguai!

possi(elmente seu país de origem*F 1'9 P 8!0$?09& K do top@nimo São Paulo! de ou perte ente ao :stado de São Paulo* + su$i4o on$ere ao top@nimo um sentimento de arin3o*

F 1'9 A '4 8 ) esta (ariação não onsta em nen3um di ion8rio onsultado* Por1m

/ egaIa 1 de origem aponesa* Pode-se dedu6ir ue por ignor n ia do idioma apon%s!

algu1m uis 3omenagear a $amília / egaIa e o $e6! mas a es rita $oi de$ormada*

Para a ta4e dos M:


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Para a ta4e dos /F F 1'9 M #? R+%& F 1'9 M #09 F 1'9 P'#'0# F 1'

P+=;'8 F 1'9 S !4+#09+ F 1'9 S 9 # F 1'9 V ! 3+ue retratam a (ontade

do denominador em olo ar os nomes de a$etos seus ou at1 mesmo o próprio nome* &8 um

aso ue mere e atenção espe ial,F 1'9 P #'8! 9 0 K :sta denominação 1 a unção do

nome Paulo /)reu e o su$i4o l ndia de origem inglesa e signi$i a [terra de origem\* Segundo

Migue6 B> N! p*2N Paulo /)reu! então senador da 9epU)li a! em 0 de aneiro de > J

organi6ou a Pa)reul ndia Cia /gropastoril do =rasil Central S;/* Fote-se ue para o senador!

nas ido po)re! ue omeçou a tra)al3ar om >5 anos omo ai4eiro-(ia ante! (er o seu nome

nas empresas ue riou tal(e6 l3e $i6esse )em! pois o sentimento de auto on$iança 1 próprio

do ser 3umano! pois segundo Di B> 0! p*05 [b***c nos tempos 3istóri os! sa)e-se ue

lugares toma(am os nomes de seus possuidores! numa (alori6ação do indi(íduo so)re a terra e

o solo\*

Formalmente os top@nimos de a identes 3umanos nas em da (ontade do

denominador ue pode estar prestando 3omenagem a algu1m de sua $amília ou on(í(io* :

olo ar uma mar a! no aso! o nome signi$i a delimitar o espaço! para mostrar uem 1 o

propriet8rio* Por1m no aso de Marta 9o 3a pode-se (eri$i ar ue o denominador 1 admirador

da Miss =rasil de > 5E! e ue $i ou em segundo lugar no on urso de Miss 'ni(erso no

mesmo ano! por1m sua )ele6a ontinua sendo re(eren iada at1 3o e*

Como e4emplos da ta4e dos LA


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produti(idade do solo est8 patente no su)stanti(o ouro e no ad eti(o (erde! pos demonstra ue

atra(1s da agri ultura e om menor es$orço 3umano se pode o)ter ri ue6as tão (alorosas

uanto o ouroY #a6enda Pedra =ran aY #a6enda 9o 3edo* Festas denominaç7es estão presentes os elementos naturais, pedra e ro 3a! o ue nos le(a a dedu6ir ue a e4ist%n ia

desses minerais moti(ou os top@nimos*

+ uso dos termos onsagrados na Agre a Católi a mostra! não só a (isão do

denominador! mas tam)1m! a religiosidade! espe ialmente dos atóli os ue e4pressam seus

sentimentos atra(1s dos &A:9+!0

F 1'9 S 9? A!0%' F 1'9 S 9? C 9 0 F 1'9 S 9? C! # F 1'9 S

E!0$ F 1'9 S 9? E84K90 F 1'9 S 9? G #0'! F 1'9 S 9? M #0 F

S 9? R+$ F 1'9 S 9? T'#'1 F 1'9 S 9? H'!'9 F 1'9 S 9? L810

F 1'9 S 9? M #0 F 1'9 S 9? A '!09 F 1'9 S 9?+ A9?+90+ F 1'9 S

B'9?+ F 1'9 S3+ B'9' 0?+ F 1'9 S3+ D+=094+$ F 1'9 S3+ J'#@90=+ F 1'9

S3+ J+3+ F 1'9 S3+ J+ 80= F 1'9 S3+ J+$> F 1'9 S3+ J8 $ F 1'9 S3

L801 F 1'9 S3+ M 9+'! F 1'9 S3+ M #%+$ F 1'9 S3+ M048'! F 1'9 S3

S' $?03+.

+ grande nUmero de top@nimos das ta4es de &ierotop@nimos e &agiotop@nimos! nos

a identes 3umanos! demonstra a $1 om ue a maioria das $amílias ue mudou de outros

estados para este! ue na 1po a das grandes migraç7es tin3a omo lema `estado esperança_! se

entregou V proteção dos mesmos! para onseguir (en er longe de seu torrão natal*


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Para a ta4e dos &+D+


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F 1'9 P 9+# = K pan orama K ena! en8rio! 3ori6onte! paisagem* :ste top@nimo re$lete

o am)iente em ue est8 inserido o a idente! segundo a lógi a de seu denominador*

X8 para os /S


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incitar a montariaD Prata ) elemento, metal de transiç6o* Feste top@nimo podemos o)ser(ar

a in$lu%n ia da literatura de oI)oH ameri ano! u o dese o era ter esporas de prata! sím)olo

de domínio so)re o a(alo*F 1'9 G8 # # ;'$ Kdo tu!i ) nos tam/oresG4/ moti(açãotanto pode ser indígena omo do oloni6ador ue pode ter dese ado 3omenagear os

om)atentes da =atal3a de Guararapes4 F 1'9 M #='! K :sta le4ia 8 $oi analisada no

item órrego*

uanto aos /FAM+o tu!i

:aru!iGara, diI )se de ou !essoa que tem sorte na caça ou na !esca, !essoa que se sente

(eliI, que (oi (avorecida !ela sorteG * :ste top@nimo sinteti6a a esperança de seu denominador*

Pare e ue a es ol3a do top@nimo! em)ora se a indígena! não $oi usada pelos índios e sim por

)ran os ue a dese am*F 1'9 S+9&+ A!'4#' K :ste top@nimo e4pressa as esperanças e as

ilus7es do seu denominador em relação V sua propriedade*

J>


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/s o orr%n ias dos /RA+


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./. < - RETIRO

De(ido V grande e4tensão das 8reas o upadas pelas $a6endas em Mato Grosso!

e4istem onstruç7es! longe da sede! ue são denominadas de retiro! u a $inalidade 1 dar a)rigo aos tra)al3adores! possi)ilitando um des anso mais longo do ue a uele ue teriam se

$ossem para a sede* /ssim o orrem as seguintes ta4es ligadas ao a idente 9:


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Só e4iste uma o orr%n ia de :


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da primeira 1 grega!agros ue passou paraagri no latim e ue signi$i acam!o e pastoril do

latim !astoridus* :stas le4ias en ontram-se ligadas a, &/GA+


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CONCLUSÃO

/ uanti$i ação dos top@nimos desta região nos mostra os seguintes per entuais,WA%0 '9?'$ A9?#+;+-%8!?8# 0$! 5 !2? ! ou se a! 2N5 o orr%n ias num total de EEJ!

distri)uídas pelas seguintes ta4es,A90=+?+;@90=+$! 2 ! 5!>5 YA9?#+;+?+;@90=+$! 2J!

N!0E YA 0+?+;@90=+$! J ! >!5J Y! C+#+?+;@90=+$! 2!0> YC#+9+?+;@90=+$, >0! 2!2E Y

D0##'= ?+;@90=+$! N! >! E YE%+?+;@90=+$! ?! >!J YE#4+?+;@90=+$! >J! !?0 Y

E?9+?+;@90=+$! >0! 2!2E YH 40+?+;@90=+$, E?! >0!JE YH0'#+?+;@90=+$! ?! >!J Y

H0$?+#0+?+;@90=+$! 2! 0!E5 YH+ +?+;@90=+$! E! 0!? YL0?+?+;@90=+$! 5! J!? Y

M0?+?+;@90=+$! >! 0!22 YN8='#+?+;@90=+$, >0! 2!2E YP+!0+?+?+;@90=+$! >! 0!22 Y

S'= C! $$060% 23+! >0! 2!2E YS+%0+?+;@90=+$! 25! 5!5 YS+= ?+?+;@90=+$! ! 0!NJ Y

T+;+90=01 23+! >! 0!22 *

W A%0 '9?'$ F $0%+$! E0!J2 ! ou se a! >?2 o orr%n ias num total de EEJ!

A$?#+?+;@90=+$! ! 0!NJ YC # 09+?+;@90=+$! E! 0!? Y C#+=+?+;@90=+$! E! 0!? Y

D0='9$0+?+;@90=+$! ! 0!NJ YF0?+?+;@90=+$! E?! >0!JE YG'+=+#6+?+;@90=+$YE !

!N2 YH0 #+?+;@90=+$! E ! !N2 YM'?'#'+?+;@90=+$! 2! 0!E5 YM+#6+?+;@90=+$! !

0!NJ Y ++?+;@90=+$! 2 ! N!E *

Pelos per entuais! podemos in$erir ue as o orr%n ias de nature6a /ntropo- ultural

predominam so)re os de nature6a $ísi a* /l1m! disso! o orpus le(antado demonstrou ue aso orr%n ias em língua tupi predominam so)re as de outras línguas indígenas da região*

:ste $en@meno pode ser de(ido V mo)ilidade dos tupis! omo tam)1m V presença dos

mesmos nas e4pediç7es ue adentraram ao território do Centro +este* /l1m disso! o ar8ter

predatório das )andeiras ue )us a(am os indígenas para es ra(i6ar e a $alta de respeito e

des on3e imento das línguas indígenas apagou! para sempre! as denominaç7es atri)uídas aos


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a identes $ísi os! su)stituindo-as por outras denominaç7es ue podiam ser na língua do

in(asor ou na língua do guia;int1rprete indígena*

&o e! o ue se tem em uso na toponímia 1 o resultado de denominação do po(ooloni6ador! pois assim omo outros po(os on uistadores da antiguidade os oloni6adores

su)stituíram os top@nimos das línguas autó tones por outros de sua própria língua!

representati(os de sua ultura*

:m se tratando de a identes $ísi os! os indígenas usa(am elementos des riti(os e os

asso iati(os omo )ase de sua denominação toponími a omo! por e4emplo!P09 ,

A# 48 0 , A# # , B %8#0, B8#0?0.

+s oloni6adores pare em ter assimilado essa $orma de nomear e denominaram na

ta4e dos &idrotop@nimos! por e4emplo! (8rios a identes pelas suas ara terísti as KC ##'4+

48 L0=; , C ##'4+ 48 A18! #itotop@nimos: C ##'4+ C = " , C ##'4+ B8#0?0,

Geomor$otop@nimos, C ##'4+ C =;+ A!'4#', C ##'4+ G#+? F89 :tnotop@nimos,

C ##'4+ +$ Í9 0+$! C ##'4+ + M09'0#+Y ootop@nimo: R0 '0#3+ G !&'0#+

Litotop@nimo: R0 '0#3+ G+#48!&+ /4iotop@nimo: R0 '0#3+ D+= B+$%+

&istoriotop@nimo: R0+ $ M+#?'$&agiotop@nimo R0+ S3+ M #%+$/4iotop@nimo:

F 1'9 S'9&+# N'4809&+/ntropotop@nimo: F 1'9 P #'8! 9 0 ,o ue ompro(a

ue! em)ora os nomes dados pelos indígenas! na sua maioria! se ten3am perdido! a $orma de

nomear dos primeiros 3a)itantes da região permane eu! ontinuando os oloni6adores! assim!a utili6arem glo)almente os elementos des riti(os e asso iati(os ue eram ara terísti a da

(isão pr8ti a e o) eti(a dos indígenas*

/s le4ias indígenas ue $oram mantidas na toponímia )arra-gar ense sugerem ue o

oloni6ador não tin3a em seu plano de e4pressão! nen3um elemento apa6 de representar o

onteUdo omo! por e4emplo!B %8#0, T 8 # , C = " e outras*

JJ


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/ maioria das denominaç7es $oi modi$i ada seguindo a ultura dos oloni6adores! e

em)ora a moti(ação propriamente dita se a analisada 3ipoteti amente! na )ase de on e turas!

1 interessante (eri$i ar ue na nomeação do a idente% ##'4+! num total de > ! 38 apenasdoisH 40+?+;@90=+$ o ue pare e re$letir a $alta de tempo da ueles ue se em)ren3a(am

pelo sertão de se dedi ar V religião* /ssim as denominaç7es ue re(elam essa $a eta da ultura

do oloni6ador apresentam um per entual mínimo 2!NN em relação! por e4emplo! aos

H0 #+?+;@90=+$ ue representam 2 ! E *

X8 no itemR0+$! essa ta4e apare e apenas uma (e6 KS3+ M #%+$ K le(ando a in$erir

a e4ist%n ia de mission8rios ue de(em ter mudado a primeira denominação do a idente! ue

de(ia se

dissertação sobre barra do garças-localização e outros dados

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