disparador schmitt pratica
TRANSCRIPT
Eletrônica Eletrônica básica - Prática
Disparador Schmitt
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET2
Disparador Schmitt
© SENAI-SP, 2003
Trabalho editorado pela Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP, a partir dosconteúdos extraídos da apostila homônima, Disparador Schmitt - Prática, SENAI - DN, RJ, 1987
Capa Gilvan Lima da SilvaDigitalização UNICOM - Terceirização de Serviços Ltda
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento Regional de São Paulo - SPAv. Paulista, 1313 – Cerqueira CesarSão Paulo – SPCEP 01311-923
TelefoneTelefax
SENAI on-line
(0XX11) 3146-7000(0XX11) 3146-72300800-55-1000
E-mailHome page
[email protected]://www.sp.senai.br
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 3
Sumário
Prática 5
Verificação do funcionamento do disparador Schmitt 9
Resumo 17
Referências bibliográficas 25
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET4
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 5
Prática
Exercício 1
As questões 1 a 8 referem-se ao circuito colocado a seguir, com transistores de silício.
1. Considerando V’ = 0V, T1 está cortado e T2 saturado. Qual é, aproximadamente, a
corrente que circula no resistor de emissor RE?
IE2 ≅ IC2 ≅ _____________
2. Qual é a tensão nos emissores dos transistores com V’ = 0V? (VRE = IC2 . RE
desconsiderando IB2).
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET6
3. Sabendo-se que para transistores de silício VBESAT = 0,7V, qual é a tensão na base
de T2 para mantê-lo saturado?
4. Considerando que é necessário um VBE = 0,6 para que T1 saia do corte, que valor
de V’ é necessário para provocar a troca de estados no circuito?
V’1 = _________________ V
5. Considerando agora T1 saturado e T2 cortado, qual é a corrente aproximada que
circula em RE? (Considere IE1 = IC1).
IE1 ≅ _________________ mA
6. Qual será a tensão no emissor de T1 quando este transistor estiver saturado?
7. Para que valor V’ T1 começará a cortar novamente?
V’2 = _________________ V
8. Qual é o valor da histerese no circuito?
VH = V’1 - V’2
Exercício 2
Anote, nos espaços a seguir, os dados correspondentes ao disparador Schmitt do
exercício 1.
IE2 ≅ _________________ mA (T2 saturado)
V1 = _________________ V
IE1 ≅ _________________ mA (T1 saturado)
V’2 = _________________ V
VH = _________________ V
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 7
1. O que você faria no circuito do exercício 1 para reduzir a histerese do mesmo para
0,2V através do aumento de V’2?
2. Que valor de resistor seria necessário aproximadamente?
3. Por que se utiliza um diodo em paralelo com a bobina de um relé acionado por um
transistor?
4. Sabendo-se que V’1 e V’2 do disparador Schmitt são, respectivamente 4V e 2,5V,
defina os valores de tensão correspondentes a V’1 e V’2 na entrada do divisor de
tensão.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET8
5. Complete o gráfico da tensão de saída do circuito da questão 4 (com o divisor)
conforme a tensão de entrada.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 9
Verificação dofuncionamento do disparador
Schmitt
Objetivos
• Comprovar o funcionamento do disparador Schmitt.
• Determinar experimentalmente os valores de V’1 e V’2.
• Comprovar um método de modificação da histerese.
• Disparar um relé utilizando um Schmitt.
• Verificar uma aplicação do disparador Schmitt.
Equipamentos
• Fonte de CC 12V;
• Multímetro digital;
• Multímetro analógico;
Material necessário
• Semi condutores
- T1, T2 - Transistor de sinal, NPN, de silício
ICM > 50mA PC > 300mW
VCEO > 30V β > 100
- D1 - Diodo retificador VR > 50V
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET10
• Resistores
- R1 - 1,8kΩ 5% 1/4W
- R2 - 47Ω 5% 1/4W
- R3 - 2,7kΩ 5% 1/4W
- R4 - 820Ω 5% 1/4W
- R5 - 470Ω 5% 1/2W
- R6 - 4,7kΩ 5% 1/4W
- R7 - 82Ω 5% 1/4W
- R8 - 22Ω 5% 1/4W
- R9 - 10kΩ 5% 1/4W
• Capacitores
- C1 - 2200µF x 16V eletrolítico
• Diversos
- P1 - Potenciômetro linear 2,2kΩ
- RL1 - Relé 12V, 400Ω
- L1 - Lâmpada 40W x 220V (ou 40W x 110V) com soquete
- S1 - Chave tipo botão de campainha
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 11
Comprovação do funcionamento do disparador Schmitt
1. Monte o circuito da figura abaixo.
2. Ajuste a fonte para 12VCC e conecte ao circuito.
3. Conecte o multímetro analógico na saída do circuito.
T2 está saturado ou cortado? E T1?
4. Meça a tensão no resistor de emissor usando o multímetro digital.
VR2 = ________________V
Qual é a corrente de emissor de T2? E de T1?
5. Gire o cursor do potenciômetro P1 totalmente para o lado do terra.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET12
6. Conecte os pontos A e B do circuito.
Observação
O divisor de tensão R6 - P1 será utilizado para fornecer a tensão de entrada ao
disparador.
7. Conecte o multímetro digital na entrada do circuito.
8. Observando a tensão de saída e de entrada gire lentamente o cursor do
potenciômetro.
9. Anote o valor de tensão de entrada em que existe a transição.
V’1 = _________________ V
10. Meça a tensão no resistor de emissor com T1 saturado.
VR2 = ________________ V (T1 saturado)
Por que a tensão no resistor de emissor diminui quando T2 corta e T1 satura?
11. Determine a corrente de emissor de T1.
IE1 = _________________ mA
12. Reduza lentamente a tensão de entrada observando os voltímetros e verifique em
que valor de tensão o circuito volta a condição inicial.
V’2 = _________________ V
É possível observar que a transição na saída é rápida, embora a tensão de entrada
varie lentamente?
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 13
13. Desenhe a curva de transferência do circuito.
14. Qual é o valor da histerese do circuito?
VH = _________________V
Alteração da histerese do Schmitt
1. Desligue a fonte de CC.
2. Acrescente o resistor R7 no circuito, em série apenas com o emissor de T1.
3. Ligue a fonte.
4. Determine os valores de V’1 e V’2 do circuito.
V’1 = _________________V
V’2 = _________________V
Qual é o novo valor de histerese?
5. Compare com os valores de V’1 e V’2 dos itens 9 e 12(Comprovação do
funcionamento do disparador Schmitt).
O que aconteceu com os valores de V’1 e V’2?
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET14
O que aconteceu com a histerese?
6. Desligue a fonte.
7. Retire o resistor R7 do circuito.
8. Acrescente o resistor R8 em série apenas com o emissor de T2.
O que deverá acontecer com os valores de V’1 e V’2 em relação aos valores obtidos
nos itens 9 e 12(Comprovação do funcionamento do disparador Schmitt)?
9. Comprove sua resposta testando o circuito.
10. Desligue a fonte.
Disparo de um relé com disparador Schmitt
1. Retire o resistor R5 do circuito.
2. Acrescente o relé RL1 e o diodo D1 no circuito conforme mostra a figura abaixo.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 15
3. Conecte a lâmpada nos contatos do relé, conforme mostra a figura a seguir.
4. Gire o cursor do potenciômetro P1 totalmente para o lado do terra.
5. Antes de ligar a fonte do circuito e a lâmpada à rede, apresente o circuito ao
instrutor.
6. Uma vez aprovado pelo instrutor ligue a fonte de CC e ligue a lâmpada à rede
elétrica.
7. Gire o cursor do potenciômetro para um lado e para o outro, observando o relé e a
lâmpada.
O acionamento da lâmpada está sendo controlado pela tensão de entrada?
8. Complete a tabela a seguir.
T1 T2 Relé Lâmpada
Cortado
Saturado
Como você faria para que a lâmpada acendesse com os estados inversos no
disparador Schmitt?
9. Desligue a fonte do circuito e a lâmpada da rede de CA.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET16
Aplicação do disparador Schmitt
1. Retire o resistor R6 e o potenciômetro P1 do circuito.
2. Acrescente os componentes indicados na figura abaixo.
3. Conecte a lâmpada no contato normal aberto do relé (contato desligado quando o
relé está desacionado).
4. Conecte à lâmpada a rede de CA e ligue a fonte de CC. Aguarde alguns instantes.
5. Pressione momentaneamente a chave S1 e observe o que acontece.
6. Altere o ajuste de P2 e tente sucessivas vezes.
Como se comporta o circuito?
Para que serve P1?
Que aplicação este circuito poderia ter?
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 17
Resumo
Disparador Schmitt
O disparador Schmitt ou Schmittrigger é um circuito eletrônico utilizado para converter
variações analógicas de tensão em variações chaveadas ou digitais.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET18
Princípio de funcionamento
A figura abaixo mostra o circuito eletrônico típico de um disparador Schmitt.
Na condição normal, sem tensão de entrada, T1 está cortado. O circuito é
dimensionado para que nesta situação T2 esteja saturado.
A figura a seguir mostra um exemplo de tensões típicas do circuito com T1 cortado e T2
saturado.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 19
Este estado é estável e só pode ser alterado pela aplicação de tensão na entrada do
disparador.
Para que a tensão de entrada provoque uma modificação no circuito é necessário que
atinja um valor 0,5V maior (silício) que a tensão presente no emissor de T1.
No circuito tomado como exemplo este valor de tensão seria 1,5V (1V + 0,5V).
Com o início da condução em T1 ocorrem dois fenômenos:
• Aumenta a tensão no resistor de emissor (VE de T1 e T2);
• Diminui a tensão no coletor de T1 (VC1↓).
Estas tensões (VE e VC1) são responsáveis pela saturação de T2.
A medida que a tensão de entrada aumenta o VBE de T1 atinge 0,6V fazendo com que
a polarização de T2 seja insuficiente para manter T2 saturado.
T2 começa a sair da saturação em direção ao corte.
Pela realimentação através do emissor, a saída de T2 da saturação para o corte reduz
a tensão no emissor de T1 levando este transistor mais para a saturação.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET20
O circuito troca rapidamente de um estado para o outro.
Considerando uma tensão de 1V nos emissores dos transistores na situação inicial, o
comportamento do circuito seria o mostrado na figura abaixo.
Quando o circuito troca de estado (T1 satura e T2 corta) existe uma mudança
significativa na tensão dos emissores dos transistores, porque a corrente de saturação
de T1 é menor que a corrente de saturação de T2.
A figura a seguir mostra os valores típicos no circuito tomado como exemplo.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 21
Para fazer com que o circuito retorne ao estado original, a tensão de entrada precisa
diminuir até atingir aproximadamente o valor (VE + 0,5V).
Como VE no circuito-exemplo agora é de 0,3V a tensão de entrada que permite ao
circuito retornar a condição de origem é de, aproximadamente, 0,8V (0,3V+0,5V).
A figura abaixo mostra o comportamento da tensão de entrada e da tensão de saída.
A partir da figura acima verifica-se que o circuito tem um ponto de transição diferente
para que T2 corte ou sature.
Valores-exemplos
V’1 ≅ 1,6V
V’2 ≅ 0,8V
T2 sai da saturação para o corte
T2 sai do corte para a saturação
A figura abaixo mostra a curva de transferência que relaciona diretamente a tensão de
saída com a tensão de entrada.
Esta diferença entre os valores de transição é denominado de histerese. No circuito-
exemplo, a histerese é de 0,8V.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET22
Redução da histerese
A forma mais usual de reduzir a histerese em um disparador Schmitt é acrescentar um
resistor em série com o emissor de apenas um dos transistores.
As figuras a seguir ilustram o efeito da colocação do resistor em série com T1 e
ilustram também o efeito da inclusão em série com T2.
Com um resistor em série com T1 (histerese 0,5V)
Com o resistor RE2 (histerese 0,5V)
Para determinar o valor do resistor usa-se a equação:
E
HHE I
desejado V- original V r)acrescenta (a R =
Onde:
IE é a corrente de emissor do transistor em questão.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 23
Em geral não se procura a eliminação completa da histerese porque isto pode
ocasionar instabilidade na transcrição do circuito.
Aplicação do disparador Schmitt
Uma das aplicações mais usuais do disparador Schmitt é na obtenção de um sinal
padrão para relógios eletrônicos a partir dos 60Hz da rede elétrica. A figura a seguir
ilustra como isto pode ser feito.
Neste circuito o diodo elimina os picos negativos da CA, o divisor de tensão faz a
adequação dos valores de disparo e o disparador converte as variações senoidais em
sinais digitais.
Também é comum a utilização de relés do disparador Schmitt, o que propicia controlar
cargas de CA através de tensões contínuas.
O relé isola a parte de CA da parte de CC. O diodo em paralelo com a bobina do relé
evita que as tensões induzidas geradas no desacionamento do relé danifiquem o
transistor.
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET24
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET 25
Referências bibliográficas
SENAI/DN. Disparador Schmitt, prática. Rio de Janeiro, Divisão de Ensino e
Treinamento, 1987. (Série Eletrônica Básica).
Disparador Schmitt
SENAI-SP - INTRANET26
Eletrônica básica
Teoria 46.15.11.752-8Prática: 46.15.11.736-4
Teoria 46.15.12.760-4Prática: 46.15.12.744-1
1. Tensão elétrica 41. Diodo semi condutor2. Corrente e resistência elétrica 42. Retificação de meia onda3. Circuitos elétricos 43. Retificação de onda completa4. Resistores 44. Filtros em fontes de alimentação5. Associação de resistores 45. Comparação entre circuitos retificadores6. Fonte de CC 46. Diodo emissor de luz7. Lei de Ohm 47. Circuito impresso - Processo manual8. Potência elétrica em CC 48. Instrução para montagem da fonte de CC9. Lei de Kirchhoff 49. Multímetro digital10. Transferência de potência 50. Diodo zener11. Divisor de tensão 51. O diodo zener como regulador de tensão12. Resistores ajustáveis e potenciômetros 52. Transistor bipolar - Estrutura básica e testes13. Circuitos ponte balanceada 53. Transistor bipolar - Princípio de funcionamento14. Análise de defeitos em malhas resistivas 54. Relação entre os parâmetros IB, IC e VCE
15. Tensão elétrica alternada 55. Dissipação de potência e correntes de fuga no transistor16. Medida de corrente em CA 56. Transistor bipolar - Ponto de operação17. Introdução ao osciloscópio 57. Polarização de base por corrente constante18. Medida de tensão CC com osciloscópio 58. Polarização de base por divisor de tensão19. Medida de tensão CA com osciloscópio 59. Regulador de tensão a transistor20. Erros de medição 60. O transistor como comparador21. Gerador de funções 61. Fonte regulada com comparador22. Medida de freqüência com osciloscópio 62. Montagem da fonte de CC23. Capacitores 63. Amplificador em emissor comum24. Representação vetorial de parâmetros elétricos CA 64. Amplificador em base comum25. Capacitores em CA 65. Amplificador em coletor comum26. Medida de ângulo de fase com osciloscópio 66. Amplificadores em cascata27. Circuito RC série em CA 67. Transistor de efeito de campo28. Circuito RC paralelo em CA 68. Amplificação com FET29. Introdução ao magnetismo e eletromagnetismo 69. Amplificador operacional30. Indutores 70. Circuito lineares com amplificador operacional31. Circuito RL série em CA 71. Constante de tempo RC32. Circuito RL paralelo em CA 72. Circuito integrador e diferenciador33. Ponte balanceada em CA 73. Multivibrador biestável34. Circuito RLC série em CA 74. Multivibrador monoestável35. Circuito RLC paralelo em CA 75. Multivibrador astável36. Comparação entre circuitos RLC série e paralelo em CA 76. Disparador Schmitt
37. Malhas RLC como seletoras de freqüências 77. Sensores38. Soldagem e dessoldagem de dispositivos elétricos39. Montagem de filtro para caixa de som40. Transformadores
Todos os títulos são encontrados nas duas formas: Teoria e Prática