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Programa de PósGraduação em Letras: Estudos Literários Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antônio Carlos, 6.627 Campus Pampulha 31270901 Belo Horizonte, MG Telefone (31) 34095112 www.poslit.letras.ufmg.br email: [email protected] Disciplinas oferecidas no 2º semestre de 2019 Código: LIT816 - Turma: A1 - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literatura Comparada (Walter Benjamin e a modernidade) Professor(es): Georg Otte Ementa: Walter Benjamin é considerado um dos analistas mais importantes da modernidade. O estudo dos seus textos "clássicos" terá como objetivo esclarecer suas ideias em torno do narrador pré-moderno e da reprodutibilidade técnica na esteira da industrialização como fenômeno próprio do moderno. A relação de Benjamin com a modernidade, no entanto, é ambígua: oscilando entre o rompimento com a tradição quando defende "o fim da aura" e seu resgate via rememoração, entre a superação de mitos e a criação de novos mitos, ele procura uma "terceira via" em suas teses sobre o conceito de história. Sempre em contato estreito com a criação literária do seu tempo (Kafka, Proust, Brecht e muitos outros), a modernidade segundo Benjamin pouco tem a ver com as conquistas civilizatórias e tecnológicas da modernidade iluminista, decorrente do racionalismo cartesiano; muito pelo contrário: inspirado pela obra de Baudelaire, Benjamin se revela como pensador de uma outra modernidade, preocupada com os "restos" da civilização e os estragos causados pelo progresso tecnológico. Programa: O Programa consistirá na leitura ("close reading") de textos contidos nas Obras escolhidas, vol. I (8ª edição revisada!) e vol. III e pelos conjuntos temáticos "K" até "N" das Passagens. O detalhamento será feito na primeira aula, levando em consideração as preferências dos participantes. Bibliografia: BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Trad. Paulo Sérgio Rouanet. 8ª ed. revista. São Paulo: Brasiliense, 2012. [Obras escolhidas, v. 1] BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire - um lírico no auge do capitalismo. Trad. José Carlos Martins Barbosa; Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989. [Obras escolhidas, v. 3] BENJAMIN, Walter. Passagens. Org. Willi Bolle; colaboração na organização Olgária Chain Féres Matos; tradução do alemão Irene Aron; tradução do francês Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

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Programa de Pós‐Graduação em Letras: Estudos Literários  Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais  

Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

Disciplinas oferecidas no 2º semestre de 2019 Código: LIT816 - Turma: A1 - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literatura Comparada (Walter Benjamin e a modernidade) Professor(es): Georg Otte Ementa: Walter Benjamin é considerado um dos analistas mais importantes da modernidade. O estudo dos seus textos "clássicos" terá como objetivo esclarecer suas ideias em torno do narrador pré-moderno e da reprodutibilidade técnica na esteira da industrialização como fenômeno próprio do moderno. A relação de Benjamin com a modernidade, no entanto, é ambígua: oscilando entre o rompimento com a tradição quando defende "o fim da aura" e seu resgate via rememoração, entre a superação de mitos e a criação de novos mitos, ele procura uma "terceira via" em suas teses sobre o conceito de história. Sempre em contato estreito com a criação literária do seu tempo (Kafka, Proust, Brecht e muitos outros), a modernidade segundo Benjamin pouco tem a ver com as conquistas civilizatórias e tecnológicas da modernidade iluminista, decorrente do racionalismo cartesiano; muito pelo contrário: inspirado pela obra de Baudelaire, Benjamin se revela como pensador de uma outra modernidade, preocupada com os "restos" da civilização e os estragos causados pelo progresso tecnológico. Programa: O Programa consistirá na leitura ("close reading") de textos contidos nas Obras escolhidas, vol. I (8ª edição revisada!) e vol. III e pelos conjuntos temáticos "K" até "N" das Passagens. O detalhamento será feito na primeira aula, levando em consideração as preferências dos participantes. Bibliografia: BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política. Trad. Paulo Sérgio Rouanet. 8ª ed. revista. São Paulo: Brasiliense, 2012. [Obras escolhidas, v. 1] BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire - um lírico no auge do capitalismo. Trad. José Carlos Martins Barbosa; Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989. [Obras escolhidas, v. 3] BENJAMIN, Walter. Passagens. Org. Willi Bolle; colaboração na organização Olgária Chain Féres Matos; tradução do alemão Irene Aron; tradução do francês Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

Programa de Pós‐Graduação em Letras: Estudos Literários  Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais  

Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

Código: LIT816 - Turma: B - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de literatura comparada (Arquivos, ficções, coleções na literatura contemporânea) Professor(es): Reinaldo Martiniano Marques Ementa: Teorias e figuras do arquivo; arte e arquivo; o arquivo literário e o arquivo de artistas; o contemporâneo; ficções do arquivo; narrativas contemporâneas e encenações do arquivo; análise de obras ilustrativas das ficções do arquivo. Programa: 1) Teorias e figuras do arquivo 2) Arte e arquivo 3) Arquivos de escritores e de artistas 4) O contemporâneo 5) Ficções do arquivo 5.1 encenações do arquivo em narrativas contemporâneas 5.2 análise de obras ilustrativas das ficções do arquivo Bibliografia: AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Trad. Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. BOLAÑO, Roberto. La literatura nazi en América. Barcelona: Seix Barral, 2008. BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Martins, 2009. CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. CODEBÒ, Marco. Narrating from the Archive: Novels, Records, and Bureaucrats in the Modern Age. Madison, Teaneck: Farleigh Dickinson University Press, 2010. DANTO, Arthur C. Após o fim da arte. Trad. Saulo Kieger. São Paulo: EDUSP, 2006. DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vagalumes. Trad. Vera Casa Nova e Márcia Arbex. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens. Trad. Vera Casa Nova e Márcia Arbex. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015. DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. Vera Ribeiro. Rio de janeiro: Contraponto, 2013. ECHEVARRÍA, Roberto González. Mito y archivo: una teoría de la narrativa latinoamericana. Trad. Virginia Aguirre Munhoz. México: FCE, 2011. FOSTER, Hal. Design e crime (e outras diatribes). Trad. Alcione C. Silveira e Jacques Fux. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. FOSTER, Hal. An Archival Impulse. In: October, n.110, p.3-22, Fall 2004; FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. 3. ed. Trad. Luiz Felipe B. Neves. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987. FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. 2. ed. Org. Manoel Barros da Motta. Trad. Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. (Ditos & Escritos, v. III). GROYS, Boris. Arte, poder. Trad. Virgínia Starling. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015. KEEN, Suzanne. Romances of the Archive in Contemporary British Fiction. Toronto, Buffalo, London: University of Toronto Press, 2003. KLINGER, Diana. Escritas de si, escritas do outro: o retorno do autor e a virada etnográfica. 2. ed. Rio de Janeiro: 7Letras, 2012. KOHAN, Martín. Museo de la revolución. Buenos Aires: Delbolsillo, 2013. LADDAGA, Reinaldo. Estética de laboratório. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Martins Editora, 2013. LEVRERO, Mario. O romance luminoso. Trad. Antônio Xerxenesky. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. MARQUES, Reinaldo. O arquivo literário como figura epistemológica. In: Matraga, Rio de Janeiro, v. 21, p.13-23, 2007. MARQUES, Reinaldo. Arquivos literários: teorias, histórias, desafios. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015. MARQUES, Reinaldo. A lição de Zefa. In: Z Cultural: Arquivos, Coleções, Ficções. Rio de Janeiro, PACC/UFRJ, ano X, n. 2, segundo semestre 2015 (http://revistazcultural.pacc.ufrj.br). MARQUES, Reinaldo. Ficções do arquivo: o literário e o contemporâneo. In COELHO, Haydée Ribeiro e VIEIRA, Elisa Amorim (Org.). Modos de arquivo: literatura, crítica, cultura. 1. ed. Rio de Janeiro: Batel, 2018, p. 465-483.

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MARQUES, Reinaldo [et al.]; PEDROSA, Celia [et al.] org. Indicionário do contemporâneo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018. NOLL, João Gilberto. Berkeley em Bellagio. São Paulo: Francis, 2003. NOLL, João Gilberto. Lorde. São Paulo: Francis, 2004. RAMOS, Nuno. Cujo. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. RAMOS, Nuno. Ensaio geral: projetos, roteiros, ensaios, memórias. São Paulo: Globo, 2007. RAMOS, Nuno. Ó. São Paulo: Iluminuras, 2008. RANCIERE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. SP: 34 Letras, 2005 RESENDE, Beatriz. Contemporâneos: expressões da literatura brasileira no século XXI. Rio de Janeiro: Casa da Palavra; Biblioteca Nacional, 2008. RICŒUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2007. RICHARDS, Thomas. The Imperial Archive: Knowledge and the Fantasy of Empire. London, New York: Verso, 1993. RUFFEL, Lionel (Org.). Qu'est-ce que le contemporain? Nantes: Editions Cécile Defaut, 2010. SÁNCHEZ, Yvette. Coleccionismo y literatura. Madrid: Cátedra, 1999. SAAVEDRA, Carola. Paisagem com dromedário. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. SCH LLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 2009. SILVA, Armando. Álbum de família: a imagem de nós mesmos. São Paulo: Editora Senac São Paulo; Edições SESC SP, 2008. SMITH, Terry. What is contemporary art? Chicago: Chicago Press, 2009 SOUZA, Eneida M. de, MIRANDA, Wander Melo. Arquivos literários. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. SOUZA, Eneida Maria de, MIRANDA, Wander Melo (Org.). Crítica e coleção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. SOUZA, Eneida Maria de. Janelas indiscretas: ensaios de crítica biográfica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. SPERANZA, Graciela. Atlas portátil de América Latina: Arte y ficciones errantes. Barcelona: Anagrama, 2012. SPIEKER, Sven. The Big Archive: Art from Bureaucracy. Cambridge, MA, London: MIT Press, 2008. STEEDMAN, Carolyn. Dust: the Archive and Cultural History. New Brunswick, New Jersey: Rutgers University Press, 2002. TAYLOR, Diana. O arquivo e o repertório: performance e memória cultural das Américas. Trad. Eliana Lourenço de Lima Reis. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013. VILA-MATAS, Henrique. História abreviada da literatura portátil. Trad. Júlio Pimentel Pinto. São Paulo: Cosac Naify, 2011. VILA-MATAS, Henrique. Não há lugar para a lógica em Kassel. Trad. Antônio Xerxenesky. São Paulo: Cosac Naify, 2015. WILCOCK, J. Rodolfo. A sinagoga dos iconoclastas. Trad. Davi Pessoa. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

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Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

Código: LIT816 - Turma: C - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de literatura comparada (Arte, política e cultura popular) Professor(es): Eneida Maria de Souza; Rafael Lovisi Prado Ementa: A disciplina propõe o seguinte recorte: dentro da ampla gama de vertentes do pensamento produzida na atualidade, é possível destacarmos ao menos duas linhas de subjetivação que desencadeiam efeitos nos rumos da vida social, a saber, uma atenta e aberta às mutações dos modos de existência (minoritários e hegemônicos), em seus aspectos éticos e estéticos, e outra que se quer blindada a tais processos, à transformadora atuação de alteridades. Diante disso, o curso tem como objetivo realizar um breve mapeamento analítico/comparativo de manifestações artísticas, políticas e da cultura popular, por meio de criações literárias, cinematográficas, iconográficas e ensaísticas que possibilitem leituras das forças em confronto neste início de século. Programa: 1 - a conceituação de homem comum, comunidade, povo(s) e multidão (Agamben, Didi-Huberman, Nancy e Negri); 2 - leitura de "O recado do morro" (Guimarães Rosa) 3 - existências mínimas, necropolítica e esferas da insurreição (Achille Mbembe, David Lapoujade, Suely Rolnik e Comitê Invisível); 4 - imagens em movimento no Brasil: exibição dos filmes Arábia e Praça Paris (Affonso Uchôa, João Dumans e Lúcia Murat); 5 - o ensaio e a poesia: literatura de esquerda, os últimos poemas (Damián Tabarovsky, José Miguel Silva) 6 - o registro fotográfico do cotidiano, das poses em estúdio e a construção de identidades e de cidadania (Assis Horta) 7 - a arte fotográfica e a construção de um painel de imagens de figurantes marginalizados e elitizados da sociedade (Vivian Maier). 8 - narrativas e iconografia yanomami (David Kopenawa, Bruce Albert e Claudia Andujar) 9 - investimentos sociais e políticos na literatura contemporânea (O verão tardio- Luiz Ruffato) Bibliografia: BADIOU, A.; BOURDIEU, P.; BUTLER, J. et al. Qu´est-ce qu´un peuple? Paris: La Fabrique Éditions, 2013. BARTHES, Roland. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. Comitê invisível. Aos nossos amigos - crise e insurreição. São Paulo: N-1 Edições, 2016. DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Ed.34, 2008. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol.4. Trad. Suely Rolnik. São Paulo, Editora 34, 2012. DIDI-HUBERMAN, Georges. Peuples exposés, peuples figurants. L´oeil de l´histoire 4. Paris: Les Éditions de Minuit, 2012. FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma filosofia da fotografia. São Paulo: É Realizações, 2018. KIFFER, Ana Paula; GARRAMUÑO, Florencia (orgs.). Expansões contemporâneas: literatura e outras formas. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014. KOPENAWA, David; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. LACLAU, Ernesto. La razón populista. Trad. de Soledad Laclau. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2005. LAPOUJADE, David. As existências mínimas. São Paulo: N-1 Edições, 2017. LOPES, Silvina Rodrigues. Literatura, defesa do atrito. Belo Horizonte: Chão de Feira, 2012. MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições, 2018. NANCY, Jean-Luc. La communauté affrontée. Paris: Galilée, 2001. NANCY, Jean-Luc. La communauté desoeuvrée. Mesnil sur l´Estrée: Christian Bourgois Éditeur, 2004. NEGRI, Antonio. Kairòs, Alma Venus, multitude. Trad. Judith Revel. Paris: Calman-Lévy. 2000. RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012. ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição. São Paulo: N-1 Edições, 2018. RUFFATO, Luiz. O verão tardio. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. SILVA, José Miguel. Últimos poemas. Lisboa: editor Averno, 2017.

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Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

SONTAG, Susan. Ensaios sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. SOUZA, Eneida Maria de. Crítica cult. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. TABAROVSKY, Damián. Literatura de esquerda. Trad. Ciro Lubliner e Tiago Cfer. Belo Horizonte: Relicário Edições, 2017. FILMOGRAFIA: Arábia. Dir. de Affonso Uchôa e João Dumans. Distribuição Embaúba Filmes/ Pique-Bandeira Filmes. 2018. Praça Paris. Dir. Lúcia Murat. Distribuição Imovision. 2018.

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Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

Código: LIT818 - Turma: U - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de literatura comparada (A recepção da obra de Chico Buarque no exterior: França e Alemanha) Professor(es): Ana Maria Clark Peres Ementa: A proposta do seminário é evidenciar de que maneira a cultura francesa se imiscui na obra de Chico Buarque e, principalmente, como essa obra vem sendo apreendida, sob vários aspectos, pelos franceses; no que concerne ao romance O irmão alemão, também pelos alemães. EXIGÊNCIAS: leitura prévia de O irmão alemão. Programa: 1. A recepção de Chico Buarque na França: trocas culturais 1.1 A presença da cultura francesa em composições e romances de Chico Buarque 1.2 As canções buarquianas chegam à França 1.3 A entrada em cena do escritor em terras francesas: os cinco romances traduzidos 1.4 Chico fala (e é falado) na mídia francesa 2. A recepção de O irmão alemão na Alemanha Bibliografia: BUARQUE, Chico. Benjamim. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. BUARQUE, Chico. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. BUARQUE, Chico. Court-circuit. Trad. Henri Raillard. Paris: Gallimard, 1997. BUARQUE, Chico. Embrouille. Trad. Henri Raillard. Paris: Gallimard, 1992. BUARQUE, Chico. Estorvo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. BUARQUE, Chico. Le frère allemand. Trad. Geneviève Leibrich. Paris. Gallimard, 2016. BUARQUE, Chico. O irmão alemão. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. BUARQUE, Chico. Leite derramado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. BUARQUE, Chico. Mein deutscher Bruder. Trad. Karin Von Schweder-Schreiner. Frankfurt: S. Fisher, 2016. BUARQUE, Chico. Quand je sortirai d'ici. Trad. Geneviève Leibrich. Paris: Gallimard, 2012. BUARQUE, Chico. Tantas palavras: todas as letras & reportagem biográfica de Humberto Werneck. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. CHICO BUARQUE À FLOR DA PELE. Direção: Roberto de Oliveira, Manaus, 1 DVD, EMI Music Brasil Ltda, 2005. CHICO BUARQUE: Budapest. Disponível em: <http://www.ina.fr/video/I09124116>. Último acesso em: 02 jun. 2018. CHICO BUARQUE: "Écrire, une necessité". Disponível em: <http://www.lexpress.fr/informations/chico-buarque-ecrire-une-necessite_627734.html>. Último acesso em: 02 jun. 2018. OTTE, Georg. A sombra do pai - sobre O irmão alemão, de Chico Buarque. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/10773>. Último acesso 30 jan. 2019. PERES, Ana Maria Clark. Chico Buarque: recortes e passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2016. PERES, Ana Maria Clark. Le national et l'étranger dans la littérature de Chico Buarque. Disponível em: <https://www.pluralpluriel.org/index.php/revue/article/view/147>, nov. 2018. SILVA, Fernando de Barros e. Chico Buarque. São Paulo: Publifolha, 2004. ZAPPA, Regina. Chico Buarque, canto e verso. In: _____. Cancioneiro Chico Buarque, volume 1: biografia. Rio de Janeiro: Jobim Music, 2008. p. 16-142.

Programa de Pós‐Graduação em Letras: Estudos Literários  Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais  

Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

Código: LIT818 - Turma: U1 - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de Literatura Comparada (Mobilidade, hospitalidade e estrangeiridade em contos de Guimarães Rosa, Milton Hatoum, Mia Couto e Eduardo Agualusa) Professor(es): Amilton José Freire de Queiroz Ementa: A partir do diálogo entre quatro vozes da Literatura de Língua Portuguesa - Guimarães Rosa, Milton Hatoum, Mia Couto e Eduardo Agualusa - o curso tem como objetivo refletir sobre as concepções de mobilidade, hospitalidade e estrangeiridadade nos contos A terceira margem do rio, Nas águas do tempo, Um ciclista, A casa marinha, A casa ilhada, A casa secreta, Encontros na Península e Discurso sobre o fulgor da língua. Para tanto, elege-se como suporte teórico-crítico as perspectivas de Silviano Santiago, Benjamim Abdala Junior, Zilá Bernd, Maria Zilda Ferreira Cury, Eurídice Figueiredo, Julia Kristeva, Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Homi Bhabha, Stuar Hall, Edward Said e Edouard Glissant. A disciplina busca ser, portanto, uma instância de interlocução onde nossa atividade de leitura, análise e interpretação pauta-se por desafios críticos afinados com a epistemológica da mobilidade, hospitalidade e estrangeiridade nas textualidades contemporâneas, cartografando lugares de diálogo, espaços de fricção e redes de figuração em devir ético, político, estético e cultural. Programa: Lugares de diálogo: cartografias da mobilidade Espaços de fricção: topografias da hospitalidade Redes de figuração: mapas da estrangeiridade Bibliografia: ABDAJA JUNIOR, Benjamim. Literatura comparada e relações comunitárias, hoje. São Paulo: Ateliê Editorial, 2012. AGUALUSA, José Eduardo. Manual prático de levitação - contos. Rio de Janeiro, Gryphus, 2005. BERND, Zilá. Afrontando fronteiras da literatura comparada: da transnacionalidade à transculturalidade. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 1, 211-222, 2013. ___________. Dicionário das mobilidades culturais: percursos americanos. Porto Alegre: Literalis. 2010. BHABHA, Homi. O Local da Cultura. Trad. Myriam Ávila. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998. COUTO, Mia. Contos do nascer da terra. São Paulo, Companhia das Letras, 2014. CURY, Maria Zilda Ferreira. Novas geografias narrativas. Letras de Hoje, v. 42, p. 7-17, 2008. DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 2006. DERRIDA, Jacques. Anne Dufourmantele convida Jacques Derrida a falar de hospitalidade. SP. Escuta, 2003. FIGUEIREDO, Eurídice. Literatura Comparada: o regional, o nacional e o transnacional. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 23, p. 31-48, 2013. GLISSANT, Edouard. Introdução à poética da diversidade. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005. HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013. HATOUM, Milton. A cidade ilhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. KRISTEVA, Julia. Estrangeiros para nós mesmos. Trad. Maria Carlota C. Gomes. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. PORTO, Maria Bernadette. Habitar a diáspora: representações do imaginário da distância em textos literários contemporâneos. Aletria, Belo Horizonte, v. 22, n. 3, p. 119-129, 2012. ROSA, Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2005. SAID, Edward. Representações do intelectual - as conferências de Reith de 1993. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. SANTIAGO, Silviano. Vale quanto pesa: ensaios sobre questões político-culturais. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1982. ___________. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. Rio de Janeiro, Rocco, 2000. ___________. O cosmopolitismo do pobre: crítica literária e crítica cultural. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2004. SOUZA, Eneida. Teorizar é metaforizar. In: CECHINEL, André (Org.). O lugar da teoria literária. Florianópolis: EdUFSC; Criciúma: Ediunesc, 2016. p. 217-224.

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Av.  Antônio Carlos,  6.627 ‐ Campus Pampulha ‐ 31270‐901 ‐ Belo Horizonte,  MG  Telefone (31) 3409‐5112  ‐ www.poslit.letras.ufmg.br ‐ e‐mail: [email protected] 

 

Código: LIT838 - Turma: U - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de literatura brasileira (Affonso Ávila: a poesia como método) Professor(es): Kaio Carvalho Carmona Ementa: A partir de textos críticos, textos jornalísticos e por meio da leitura e análise de poemas, a disciplina aborda o processo de transformação e reflexão sobre o procedimento e a forma da escrita de Affonso Ávila, tendo em vista a sua obra poética produzida na maior parte no século XX, mas principalmente no livro Égloga da maçã, de 2012. A disciplina busca demonstrar não só o constante interesse do poeta pela forma e pelo explícito diálogo com a tradição, mas também analisar como a forma e os procedimentos de construção se constituem como elementos potencializadores de sentidos na compreensão dos textos do poeta, desde o seu primeiro livro, O açude e sonetos da descoberta, até a última obra publicada ainda em vida. Programa: Affonso Ávila: tradição e inovação O visto e o imaginado: diálogos com o Concretismo Égloga da maçã: uma poética da humanidade Bibliografia: AGUIAR, Melânia Silva de. Fortuna crítica de Affonso Ávila. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e Arquivo Público Mineiro, 2006.

ÁVILA, Affonso. Égloga da maçã. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2012.

______. Homem ao termo: poesia reunida (1949-2005). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

______. Poeta poente. São Paulo: Perspectiva, 2010.

ÁVILA, Affonso. O modernismo. São Paulo: Perspectiva, 1975.

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MIRANDA, Wander Melo (Org.). Belo Horizonte: a cidade escrita. Belo Horizonte: UFMG, 1996. p.20-21.

MORAIS, Cláudio Nunes de. "A forma na poesia de Affonso Ávila". In: SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 17, n. 33, p. 215-222, 2º sem. 2013

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SILVA, Rogério Barbosa. O signo da invenção na poesia concreta e noutras poéticas experimentais: uma análise da poesia brasileira e portuguesa dos anos 1950-2000. 2005. 304 f. Tese (Doutorado em Estudos Literários) - Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.

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Código: LIT941 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Fundamentos e Perspectivas da Literatura Brasileira (estudos de literatura, crítica e história literária) Professor(es): Maria Cecília Bruzzi Boechat Ementa: Estudo da formação do conceito e do cânone da Literatura Brasileira no século XIX e da retomada e continuidade da discussão pela historiografia literária do século XX, bem como de obras literárias e autores fundamentais para o acompanhamento dessas discussões. Programa: 1. Parte teórica: definição do conceito de literatura brasileira (séculos XIX e XX); a formação do cânone literário. 2- Discussão de obras: O Uraguai, de Basílio da Gama Iracema, de José de Alencar. O mulato, de Aluísio Azevedo. Macunaíma, Mário de Andrade São Bernardo, de Graciliano Ramos. Leite derramado, Chico Buarque. Bibliografia: BUENO, Luís. Provincianismo e literatura mundial. In: SALES, SOUZA (orgs). Literatura Brasileira: região, nação, globalização. Campinas: Pontes Editores, 2013. CANDIDO, Antonio. Formação do cânon literário. In: Formação da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981, vol.II, p.348-359. DENIS, Ferdinand. Resumo da história literária do Brasil. In: CÉSAR, Guilhermino (org.) Historiadores e críticos do Romantismo: 1- A contribuição européia: crítica e história literária. Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos, 1978. MAGALHÃES, Gonçalves de. Discurso sobre a história da literatura brasileira. In: COUTINHO, Afrânio(org.). Caminhos do pensamento crítico. Rio de Janeiro: Americana, 1974. vol.I. RIBEIRO, Santiago Nunes. Da nacionalidade da literatura brasileira. In: COUTINHO, Afrânio (org.). Caminhos do pensamento crítico, op. cit. SOUZA, Roberto Acízelo de. O cônego e o general: uma controvérsia matricial sobre a idéia de literatura brasileira. In: Introdução à historiografia da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2007. p.41-53. ___. Uma ideia moderna de literatura: textos seminais para os estudos literários (1688-1922). Chapecó, SC: Argos, 2011. WEBER, João Hernesto. "Os precursores", o Resumo programático e paradigmático de Ferdinand Denis e o nacionalismo romântico. In: A nação e o paraíso. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1997.

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Código: LIT943 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Literatura Brasileira: Estudo de Textos (Vertentes do exílio na ficção brasileira contemporânea) Professor(es): Maria Zilda Ferreira Cury Ementa: Em decorrência da extrema mobilidade de suas dinâmicas, os processos cada vez mais intensos da mundialização multiplicam os deslocamentos de populações, a circulação de produtos e imagens, atingindo com a força de sua instabilidade a produção cultural contemporânea, além de modificar as condições de trabalho, e dar novas formas a nossos espaços urbanos. A disciplina pretende o estudo de textos ficcionais da literatura brasileira contemporânea, representantes de uma importante vertente das múltiplas tendências atuais, aquela que tematiza os exílios e migrações tão presentes no nosso mundo: stricto sensu, ao colocarem em cena sagas de migração e deslocamentos revisitadas pelo olhar contemporâneo, e lato sensu, ao encenarem os deslocados, estrangeiros no próprio país. A disciplina propõe a leitura e análise de romances da literatura brasileira contemporânea que enfoquem a temática da imigração e do estrangeiro, à luz das teorias contemporâneas da diáspora e dos deslocamentos. Romances: Flores artificiais, de Luiz Ruffato; Bazar Paraná, de Luis Krausz; Nihonjin, de Oscar Nakasato; Por que sou gorda, mamãe?, de Cintia Moscovich; Azul corvo, de Adriana Lisboa; A noite da espera, de Milton Hatoum e outros. Bibliografia: AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). tradução Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e holocausto. Tradução Marcus Penchel. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998. BENJAMIN, Walter. Sobre o Conceito da História. In: Magia e Técnica, Arte e Política. Obras escolhidas. Volume 1. Tradução Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. BHABHA, Homi. O local da cultura. Tradução Myriam Ávila, Eliana Reis e Gláucia Gonçalves. CHIARELLI, Stefania, OLIVEIRA NETO, Godofredo. Falando com estranhos - o estrangeiro e da vida privada no Brasil, vol 4, São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 13-61. de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1976, vol. XVII, p. 273-318. CURY, Maria Zilda Ferreira; WALTY, Ivete Lara Camargos e ALMEIDA, Sandra Regina Goulart. Mobilidades culturais: agentes e processos. Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2009. CURY, Maria Zilda Ferreira e ALMEIDA, Sandra Regina Goulart. Immigrant and Ethnic-Minority Writing in Brazilian Literature: A Fundamental Presence. In: SIEVERS, Wiebke and VLASTA, Sandra (editors). Immigrant and Ethnic-minority writers since 1945: fourteen national contexts in Europe and beyond. Leiden/Boston: Brill/Rodopi, 2018 (p. 77-105). DERRIDA, Jacques. Anne Dufourmantelle invite Jacques Derrida à répondre De l'hospitalité. Paris: Calmann-Lévy, Petite bibliothèque des idées, 1997. DERRIDA, Jacques. Epectros de Marx: o estado da dívida, o trabalho do luto e a nova Internacional. Tradução Anamaria Skinner. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994. DERRIDA, Jacques. Le concept du 11 septembre. Paris: Galilée, 2003. DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Tradução Claudia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001. DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tocam o real. Tradução Patrícia Carmello e Vera Casa Nova. In: Revista Pós. Belo Horizonte, vol. 2. n. 4, nov. 2012. FAUSTO, Bóris, "Imigração: cortes e continuidades". In: SCHWARCZ, Lilia M. (Org.) História FREUD, Sigmund, "O estranho". Edição standard brasileira das obras psicológicas completas GAGNEBIN, Jeanne-Marie. Lembrar, escrever, esquecer. São Paulo: Editora 34, 2009 HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Tradução Adelaide Resende. Belo Horizonte: UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2003. HIRSCH, Marianne. Family frames: photography, narrative, and postmemory. 2.ed. Cambridge, Massachutsetts and London: 2002. KRISTEVA, Julia. Estrangeiros para nós mesmos. Tradução Maria Carlota C. Gomes. Rio de LIPPI, Lúcia. Nós e eles - relações culturais entre brasileiros e imigrantes. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2006. PEIXOTO, Nelson Brissac. O olhar do estrangeiro. In: NOVAES, Adauto (Org.). O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. Tradução Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

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SAYAD, Abdelmalek. A Imigração: ou os paradoxos da alteridade. Trad. Cristina Murachco. São Paulo: EDUSP, 1998. SEBALD, Winfried Georg. Os emigrantes. Tradução de Lya Luft. Rio de Janeiro: Record, 2002. VIDAL, Paloma. A história em seus restos: literatura e exílio no cone sul. São Paulo: Annablume, 2004.

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Código: LIT948 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Teoria da Literatura, outras Artes e Mídias (Ninfas, musas e duendes: as figuras paradigmáticas das artes) Professor(es): Vera Lúcia de Carvalho Casa Nova Ementa: Estudo de poéticas que envolvam essas figuras paradigmáticas: Charles Baudelaire, Calderón de La Barca, Monteiro Lobato, Gérard de Nerval, Luchino Visconti, Guimarães Rosa, Garcia Lorca, Luís de Camões, entre outros. EXIGÊNCIAS: Francês e espanhol razoáveis. Programa: Pathosformel: a beleza pelo sonho e o sintoma. Ser tocado, ser aberto: Eros e Tanatos A Ninfa: Aurelia segundo Nerval, Herodiade segundo Mallarmé, Nadja segundo Breton, Fleurs du Mal, Baudelaire. Rilke, Monet e Klimt: desejo, figurabilidade e sensação. A imagem dialética. Os gestos, a herança de Mnemosine; Os desastres e os corpos; O lamento e o luto. Duendes, o jogo e a dança: a potência revolucionária. Bibliografia: HUBERMAN, G.D. Ninfa Moderna. Paris: Gallimard, 2002. LA BARCA, C. La dama duende. Madrid: Catedra, 1998. BATAILLE, G. Documents. Trad. João Camillo Penna e Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2018.

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Código: LIT953 - Turma: A - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Teoria da Literatura (Memória e Testemunho) Professor(es): Elcio Loureiro Cornelsen Ementa: O objetivo desta disciplina é abordar aspectos conceituais em torno das noções de memória e de testemunho dentro dos processos de representações do passado no presente. Baseando-nos em autores como Maurice Halbwachs, Michael Pollak, Harald Weinrich, Shoshana Felman, Geoffrey Hartmann, Susan Rubin Suleiman, Jaime Ginzburg, Márcio Seligmann-Silva, entre outros, serão discutidos os seguintes conceitos: "testimony", "testimonio", "catástrofe", "trauma", "ética da representação", "contra-história", "memória", "memória individual", "memória social", "memória coletiva", "memória nacional", "memória dos excluídos", "memória subterrânea", "memória reciclada", "lugares de memória", "esquecimento", "esquecimento imposto", "esquecimento decretado", "ressentimento" e "desmemória". Programa: A disciplina compreende as seguintes unidades: - Memória e testemunho: uma introdução - A memória, a partir de uma perspectiva histórica - Memória, memória social e memória coletiva - Memória e esquecimento - Memória, violência e cinema - Memória, literatura e violência - Memória, monumento e anti-monumento - Memória, biografia e autobiografia - O testemunho - O testemunho no âmbito norte-americano - O testemunho no âmbito latino-americano - Memória, testemunho, literatura e trauma - Memória e testemunho: considerações finais Bibliografia: AMORIM, Elisa; CORNELSEN, Elcio (orgs.). Em torno da imagem e da memória. Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2016. AMORIM, Elisa; CORNELSEN, Elcio; SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.). Imagem e Memória. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2010. ARAÚJO, Maria Paula Nascimento; SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. História, memória e esquecimento: Implicações políticas. Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 79, Dezembro 2007, p. 95-111. Disponível em: http://www.ces.uc.pt/publicacoes/rccs/artigos/79/RCCS79-095-111-MPNascimento-MSepulveda.pdf; Acesso em: 08 Jul. 2009. ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Trad. Paulo Soethe, Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2011. BRESCIANI, Stella; NAXARA, Márcia (Orgs.). Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004. BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. trad. de Vera Maria Xavier dos Santos, Bauru, SP: EDUSC, 2004. BURNS, Tom et al. (orgs.). Revisiting 20th Century Wars: New Readings of Modern Armed Conflicts in Literature and Image Media. Stuttgart: Ibidem, 2012. BURNS, Tom et al. (orgs.). War and Literature: Looking Back on 20th Century Armed Conflicts. Stuttgart: Ibidem, 2014. CORNELSEN, Elcio Loureiro. A literatura de testemunho e os limites da linguagem. In: MACHADO, Ida Lucia; MENEZES, William; MENDES, Emília. (Org.). As emoções no discurso. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007, p. 114-130. CORNELSEN, Elcio Loureiro. Entre testemunho e ficção: "Aufzeichnungen aus einem Erdloch" (1948). In: UMBACH, Rosani Ketzer. (Org.). Memórias da Repressão. Santa Maria-RS: UFSM, PPGL-Editores, 2008, p. 93-136. CORNELSEN, Elcio Loureiro. Transpondo muros: escritas da violência na República Democrática Alemã. Pandaemonium Germanicum. n. 13, 2009, p. 25-57. [também disponível online]

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CORNELSEN, Elcio Loureiro; BURNS, Tom (orgs.). Literatura e guerra. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010. CORNELSEN, Elcio Loureiro; JAECKEL, Volker Karl Lothar (orgs.). Memórias da Segunda Guerra Mundial: Imagens, testemunhos e ficções. Rio de Janeiro; Jaguatirica, 2018. DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. Trad. Gilson César Cardoso de Souza, São Paulo: Edusp, 2009. FIGUEIREDO, Eurídice. A literatura como arquivo da ditadura brasileira. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017. FRANÇA, Andréa. O cinema entre a memória e o documental. Intexto, Porto Alegre: UFRGS, v. 2, nº 19, p. 1-14, julho/dezembro 2008. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/viewPDFInterstitial/7999/4766; Acesso em: 08 Jul. 2009. GALLE, Helmut et al. (orgs.). Em primeira pessoa: abordagens de uma teoria da autobiografia. São Paulo: Annablume; FAPESP; FFLCH-USP, 2009. GINZBURG, Jaime. Crítica em tempos de violência. São Paulo: Edusp, 2012. GINZBURG, Jaime. Literatura, violência e melancolia. Campinas, SP: Autores Associados, 2013. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. trad. de Beatriz Sidou, São Paulo: Centauro, 2006. KESSEL, Zilda. Memória e memória coletiva. Disponível em: www.museudapessoa.net/.../zilda_kessel_memoria_e_memoria_coletiva.pdf; Acesso em: 22 Jul. 2009. LE GOFF, Jacques. História e memória. 2ª ed., trad. de Irene Ferreira (et al.), Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1992. LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. trad. de Jovit Maria Gerheim Noronha e Maria Inês Coimbra Guedes, Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008. MARTINS, Estevão C. de Rezende. O enigma do passado: construção social da memória histórica. Textos de História, v. 15, nº 1/2, 2007, p. 35-48. Disponível em: http://www.unb.br/ih/novo_portal/portal_his/pos_graduacao/arquivos/revista/volume_15_1_e_2/por_partes/textos_de_historia_3.pdf; Acesso em: 08 Jul. 2009. NESTRÓVSKI, Arthur / SELIGMANN-SILVA, Márcio (Orgs.). Catástrofe e representação. São Paulo: Escuta, 2000. PADRÓS, Enrique Serra. Usos da Memória e do Esquecimento na História. Letras, nº 22: "Literatura e Autoritarismo", Santa Maria/RS, p. 79-95, jan./jun. 1991. POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, nº 10, 1992, p. 200-212. Disponível em: http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/104.pdf; Acesso em: 08 Jul. 2009. POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, nº 3, 1989, p. 3-15. Disponível em: http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/43.pdf; Acesso em: 08 Jul. 2009. RICŒUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François et al., Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2007. SARMENTO-PANTOJA, Augusto; CORNELSEN, Elcio Loureiro: SARMENTO-PANTOJA, Tânia (orgs.). Literatura e cinema de resistência: novos olhares sobre a memória. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2013. SARMENTO-PANTOJA, Augusto; OLIVEIRA, Maria Rita Duarte de; SOUZA, Rosângela do Socorro Nogueira de; CHABABO, Rubén (orgs.). Memória e resistência: percursos, histórias e identidades. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2012. SARMENTO-PANTOJA, Tânia (org.). Arte como provocação à memória. Curitiba: Ed. CVR, 2014. SELIGMANN-SILVA, Márcio (Org.). História, memória, literatura: o Testemunho na Era das Catástrofes. Campinas/SP: Ed. da Unicamp, 2003. SELIGMANN-SILVA, Márcio. A escritura da memória: mostrar palavras e narrar imagens. Remate de Males. v. 26 (1), Dossiê "Literatura como arte da memória", Campinas-SP, p. 31-45, jan./jun.2006. SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Editora 34, 2005. SELIGMANN-SILVA, Márcio. Testemunho e a política da memória: o tempo depois das catástrofes. Projeto História, nº 30, São Paulo, p. 71-98, jun. 2005. Disponível em: http://www.pucsp.br/projetohistoria/downloads/volume30/04-Artg-(Marcio).pdf; Acesso em: 08 Jul. 2009. SELIGMANN-SILVA, Márcio. "Zeugnis" e "Testimonio": um caso de intraduzibilidade entre conceitos. Letras, nº 22: "Literatura e Autoritarismo", Santa Maria/RS, p. 121-130, jan./jun. 2001. SELIGMANN-SILVA, Márcio; GINZBURG, Jaime; HARDMAN, Francisco (org.). Escritas da violência. vol. I: O testemunho. Rio de Janeiro: 7Letras, 2012. SULEIMANN, Susan Rubin. Crises de memória e a Segunda Guerra Mundial. Trad. Jacques Fux e Alcione Cunha da Silveira, Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2019. TELLES, Edson. Cine-bionarrativas: esquecimento e memória política. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/df/geral3/edson2.html; Acesso em: 22 Jul. 2009.

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UMBACH, Rosani Ketzer (org.). Memórias da repressão. Santa Maria, RS: Ed. UFSM, 2008. UMBACH, Rosani Ketzer; CALEGARI, Lizandro Carlos (orgs.). Estética e política na produção cultural: as memórias da repressão. Santa Maria, RS: Ed. UFSM; PPGL, 2011. UMBACH, Rosani Ketzer; CALEGARI, Lizandro Carlos; OURIQUE, João Luis Pereira (orgs.). Violência e memória na produção cultural: o autoritarismo na Alemanha e no Brasil. Santa Maria, RS: Ed. UFSM; PPGL, 2011. WEINRICH, Harald. Lete: arte e crítica do esquecimento. trad. de Lya Luft, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

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Código: LIT953 - Turma: B - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Teoria da Literatura (Políticas da interpretação depois da teoria) Professor(es): Sérgio Luiz Prado Bellei Ementa: A tradição milenar da hermenêutica fundamenta-se no entendimento de que o texto não é jamais idêntico a si mesmo porque oculta sob o sentido superficial o tesouro de um sentido submerso a ser descoberto, com segurança maior ou menor, pelo leitor competente. Representantes maiores da Era da Teoria rompem com essa tradição dialética do superficial e do profundo em um exercício sistemático de recusa da procura do tesouro escondido. Instalam como alternativa uma prática de leitura em que o ato de ler fundamenta-se no que Fredric Jameson caracterizou como perda da dimensão de profundidade (lack of depth). O curso pretende examinar essa prática de leitura de textos literários em teóricos como Derrida, Agamben e Deleuze, entre outros. Programa: A PÓS-MODERNIDADE E O ESVAZIAMENTO DO PROFUNDO O CASO DE BARTLEBY: INTERPRETAÇÕES TRADICIONAIS A FILOSOFIAL EUROPÉIA E O RETORNO DE BARTLETY A PRÁTICA DE LEITURA EM DELEUZE: TEXTOS EXEMPLARES A PRÁTICA DE LEITURA EM AGAMBEN: TEXTOS EXEMPLARES A PRÁTICA DE LEITURA EM DERRIDA: TEXTOS EXEMPLARES Bibliografia: AGAMBEM, Giorgio. Bartleby, ou da Contingência. Trad. Vinícius Hoensko. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015. AGAMBEM, Giorgio. La comunità che viene. Torino: Giulio Einaudi Editore, 1990. ANDERSON, Perry. As Origens da Pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.- BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Trad. Maria João da Costa Pereira. Lisboa: Relógio d'Água, 1991. BARTHES, Roland. "O que é a Crítica? In Crítica e Verdade. São Paulo: Perspectiva, 1970. BERMAN, Gisèle. L'Effet Bartleby: Philosophes Lecteurs. Paris: Hermann Éditeurs, 2011. CULLER, Jonatham. The Pursuit of Signs. London: Routledge, 2001. DELEUZE, Gilles. Crítica e Clínica. São Paulo: Editora 34 Ltda, 1997. DE MAN, Paul. Blindness and Insight. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1971. DERRIDA, Jacques. "Ulysses Gramophone", in Acts of Literature , ed. Derek Attridge. London and New York: Routledge, 1992, 256 -308. EAGLETON, Terry. After Theory. New York: Basic Books, 2003. JAMESON, Fredric. Pós-modernismo; a Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. Trad. Maria Elisa Cevasco e InáCamargo Costa. São Paulo: Ática, 1997. JAMESON, Fredric. The Political Unconscious. London: Methuen, 1981. HABERMAS, Jurgen. A modernidade: um projeto inacabado. In ARANTS, P.E. Um ponto cego no projeto modern de Jurgen Habermas. São Paulo: Brasiliense, 1992. HARDT, Michael, NEGRI, Antonio. Empire. Cambridge, Massachussetts: Harvard University Press, 2000. HIRSCH, E. D. The Politics of Theories of Intepretation. Critical Inquiry, vol. 9, nº 1, (Setembro 1982), pp. 235-247. MARX, Leo. "Melville's Parable of the Walls". Sewanee Review, 61 (153), 602-27. MELVILLE, Herman. Bartleby, o Escrevente. Trad. Bruno Gambarotto. São Paulo: Grua Livros, 2014. MILLER, J. Hillis. Deconstucting the Deconstructors. Diacritics, 5: 2 (Summer 1975) pp. 30-1. PALMER, Richard. Hermenêutica. Trad. Maria Luíza Ribeiro Ferreira. Lisboa: Edições 70, 1999.

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Código: LIT953 - Turma: C - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Teoria da Literatura (Feminino de ninguém: a escrita feminina, o feminino da escrita) Professor(es): Lúcia Castello Branco Ementa: Partindo da teoria por nós formulada acerca da "escrita feminina", em tese de doutorado e em três livros publicados na década de 90, e da articulação dessa teoria com a teoria psicanalítica acerca do feminino (Freud e Lacan), pretendemos formalizar, como operador teórico no campo da "psicanálise literária", a figura llansoliana do "feminino de ninguém", que já vem sendo trabalhada há alguns anos, por mim e por alguns alunos egressos do POSLIT, em suas teses de doutorado. PRÉ-REQUISITO(S): Domínio dos conceitos fundamentais da teoria psicanalítica. Programa: I - Acerca da escrita feminina II - O que quer uma mulher? III - Deus e o gozo da mulher IV - Acerca do feminino da escrita V - Feminino de ninguém Bibliografia: ANDRADE, Vania Baeta. Luz preferida: a pulsão da escrita em Maria Gabriela Llansol e Thérèse de Lisieux. BH: FALE-POSLIT, 2006. [Tese de Doutorado] BRANCO, Lucia Castello. O que é escrita feminina? SP: Brasiliense, 1991. BRANCO, Lucia Castello. A traição de Penélope. 2 ed. SP: AnnaBlume, 2011. [1994] BRANCO, Lucia Castello. 40 anos de Macabea, a menor mulher do mundo. Fólio, Revista de Letras, Vitória da Conquista, UESB, v. 9, n. 2, 2017. [http://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/index.] BRANCO, Lucia Castello, BRANDÃO, Ruth Silviano. A mulher escrita. 2 ed. RJ: Lamparina, 2004. [1989] PAULA, Janaína de. Cor'p'oema Llansol. BH: Cas'a'screver, 2016.

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Código: LIT955 - Turma: A - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de Teoria da Literatura (Novas representações literárias da Guerra Civil Espanhola: o romance gráfico) Professor(es): Ivan Rodrigues Martin Ementa: O seminário tem como objetivo situar o cómic e o romance gráfico no panorama das representações artísticas da Guerra Civil Espanhola e do franquismo, assim como analisar de que forma as opções formais de seus autores apontam para uma estética própria no campo das representações artísticas das memórias do violento século XX. Desde o início desde século já foram publicadas dezenas de romances gráficos que resgatam as memórias de sobreviventes e/ou de seus descendentes desse conflito que marcou profundamente não só a História da Espanha, mas do Ocidente no século na Era dos Extremos, segundo Eric Hobsbawm. Programa: - Representações artísticas e literárias da Guerra Civil Espanhola e do franquismo - O boom do romance gráfico na Espanha - O romance gráfico contemporâneo e as representações da memória e do trauma - Particularidades éticas e estéticas do romance gráfico sobre a Guerra Civil Espanhola e o franquismo. Bibliografia: Romances gráficos e cómics ALTARRIBA, ANTONIO & KIM. El arte de volar. Prólogo de Antonio Martín. Alicante: Edicions de Ponent, 2009. CARBOS, TONI & COSNAVA, JAVIER. Prisionero en Mauthausen. Alicante: Edicions de Ponent, 2011. GALLARDO, MIGUEL & GALLARDO SARMIENTO, FRANCISCO. Un largo silencio. Bilbao: Astiberri, 2012. GIMÉNEZ, CARLOS. Todo Paracuellos. Prólogo de Juan Marsé. Barcelona: Debolsillo, 2012. __________. Paracuellos - hombres del mañana. Barcelona: Penguin, 2016. GUIJARRO, CARLOS. El paseo de los canadienses. Prólogo de Nicolás Sánchez- Albornoz. Alicante: Edicions de Ponent, 2015. ROCA, PACO. Los surcos del azar. Bilbao: Astiberri, 3ed., 2014.? SENTO LLOBEL. Un médico novato. Barcelona: Salamandra, 2014. SENTO LLOBEL. Atrapado en Belchite. 2015. SENTO LLOBEL. Vencedor y vencido. Epílogo de Ian Gibson. 2016. Textos críticos, teóricos e testimoniais ALTARRIBA, ANTONIO. "Sentimental del tebeo en tiempos de Franco". En: CuCo Cuadernos de Cómic. Revista de estúdio y divulgación de la historieta, 2014.? BORJA URSIETO. "Los surcos del azar". En: CuCo Cuadernos de Cómic. Revista de estúdio y divulgación de la historieta, 2014. EISNER, WILL. El cómic y el arte secuencial. Traducción Enrique S. Abulí. Barcelona: Norma Editorial, 2002.? FERNÁNDEZ DE ARRIBA, DAVID. La memoria del exilio a través del cómic. UN LARGO SILENCIO, EL ARTE DE VOLAR y" LOS SURCOS DEL AZAR". En: CuCo Cuadernos de Cómic. Revista de estúdio y divulgación de la historieta, 2015. GARCÍA, SANTIAGO. A novela gráfica. Tradução: Magda Lopes. São Paulo: Martins Fontes, 2012.? GARCÍA, SANTIAGO. Cómics sensacionales. Barcelona: Larousse, 2015.? GASCA, LUIS & GUBERN, ROMÁN. El discurso del cómic. Madrid: Cátedra, 2011. HAFTER, EVELYN. "Representaciones del pasado en una novela gráfica sobre la Guerra Civil Española: memorias en conflicto en Un largo silencio, de F. Gallardo Sarmiento y M. A. Gallardo". Primer Congreso Internacional de Historietas Viñetas Sueltas, WEB, 1 Octubre de 2011. McCLOUD, SCOTT. Entender el cómic, el arte invisible. Traducción de Enrique S. Abulí. Bilbao: Astiberri, 4ed., 2014.?PÉREZ, PEPO. "Un silencio más largo". En: http://pepoperez.blogspot.com.br/2012/04/un-largo-silencio-francisco-gallardo.html , el 29/4/2012) URIEL, PABLO. No se fusila en domingo. Prólogo de Ian Gibson. Edición al cuidado de Elena Uriel. Valencia: Pre-textos, 2011, pp. 446pp.?VILCHES FUENTES, GERARDO. Breve historia del cómic. Madrid: Nowtilus, 2014. 310pp.

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Código: LIT955 - Turma: B - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de Teoria da Literatura (Instruções para o corpo: conversas entre dança e poesia) Professor(es): Ligia Gonçalves Diniz Ementa: A relação entre poesia e dança remete à antiguidade, e não apenas pela questão circunstancial de ambas se fazerem acompanhar de música. Nas Leis de Platão, o Ateniense declara que a origem da arte da dança está nos gestos que fazemos quando nos expressamos: quanto mais sereno é um homem, diz ele, mais deliberados são seus movimentos; e, quanto mais covarde, mais violento. Em qualquer caso, continua ele, quando alguém fala ou canta, tem muita dificuldade em manter o corpo imóvel. Se a sujeição dos movimentos corporais ao controle da linguagem enquanto logos trai o assombro e a hesitação platônicos diante de outros usos da palavra, em Paul Valéry, poesia e dança são justapostas por levarem a um "extremo de vida". Para ele, "o andar, como a prosa, visa a um objeto preciso", enquanto a dança/poesia, ainda que na mesma condição de um "sistema de atos", tem seu fim em si mesma: não leva a lugar nenhum, busca apenas um estado de espírito, um "arrebatamento". Nos encontros deste minicurso, vamos explorar as aproximações entre dança e poesia pela perspectiva da experiência de leitura: será possível encarar o texto poético como uma espécie de instrução coreográfica a despertar o corpo do leitor ao movimento empático? Articularemos o debate em três frentes, por meio da leitura e discussão de 1) textos de dois autores que trataram das relações entre corpo/dança e linguagem verbal (Valéry e Jean-Luc Nancy); 2) reflexões teóricas sobre dança contemporânea; e 3) poemas e ensaios de Anne Carson e Gonçalo M. Tavares. Além destes, serão trazidos para discussão fragmentos audiovisuais (cenas de filmes e espetáculos de dança) e poemas de outros autores. Programa: Encontro 1 " Paul Valéry: dança como duração imediata e poesia da ação Encontro 2 " Jean-Luc Nancy: dança e poesia na/como locus de abertura ao sentido Encontro 3 " Poéticas da dança contemporânea: o No Ocidente - Laurence Louppe; Susan Leigh Foster: a contaminação sensorial entre os corpos do dançarino e do espectador; o No Oriente - Kazuo Ohno: o butô contra o pensamento racional. Encontro 4 " Coreografias possíveis: o Anne Carson: "Sublimes"; o Gonçalo M. Tavares: Livro da dança. Bibliografia: AMOAKO, Aida. Why the Dancing Makes 'This Is America' So Uncomfortable to Watch. Atlantic. Disponível em: <https://www.theatlantic.com/entertainment/archive/2018/05/this-is-america-childish-gambino-donald-glover-kinesthetic-empathy-dance/559928/>. Acessado em 10.mai.2019. BARNET, Marie. A filosofia da dança. São Paulo: Martins Fontes, 2014. CARSON, Anne. The Glass Essay. In: Glass, Irony & God. New York: New Directions, 1995. ________. Sublimes. In: Decreation. Nova York: Vintage, 2005. FOSTER, Susan Leigh. Choreographing Empathy: kinesthesia in performance. Londres, Nova York: Routledge, 2011. FREITAS FILHO, Armando. De corpo presente. In: Máquina de escrever. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. LOUPPE, Laurence. Poética da dança contemporânea. Trad. Rute Costa. Lisboa: Orfeu Negro, 2012. MONNIER, Mathilde ; NANCY, Jean-Luc. Allitérations . Paris : Galilée, 2005. NANCY, Jean-Luc. Corpus. Trad. Tomás Maia. Lisboa: Vega, 2000. __________. 58 indícios sobre o corpo. Trad. Sérgio Alcides. Rev. UFMG, Belo Horizonte, v. 19, n. 1-2, jan./dez. 2012, p. 42-57. OHNO, Kazuo. Treino e(m) poema. Trad. Tae Suzuki. São Paulo: n-1, 2016. TAVARES, Gonçalo M. Livro da dança. Segunda versão. Florianópolis: Editora da Casa, 2008 __________. Dança, pensamento e linguagem. In: Atlas do corpo e da imaginação. Alfragide: Caminho, 2013. VALÉRY, Paul. A alma e a dança. Trad. Marcelo Coelho. Rio de Janeiro: Imago, 2005.

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_________. Filosofia da dança. Trad. Charles Feitosa. O Percevejo, v. 03, n. 2, ago./dez. 2011. _________. Poesia e pensamento abstrato. In: Variedades. Trad. Maiza Martins de Siquiera. São Paulo: Iluminuras, 2018. Audiovisual BEAU Travail. Direção: Claire Denis. Paris: La Sept-Arte, 1999. 1 filme (92 min), sonoro, legenda, color., 35 mm. CHILDISH Gambino: This Is America. Direção: Hiro Murai. 2018. Los Angeles: Doomsday. Videoclipe (4 min), sonoro, color., 35 mm. L'AVVENTURA. Direção: Michelangelo Antonioni. Roma: Cino del Duca, 1960. 1 filme (144 min), sonoro, legenda, P&B., 35 mm. VERS Mathilde. Direção: Claire Denis. Paris: Celluloid Dreams, 2005. 1 filme (84 min), sonoro, legenda, color., 35 mm.

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Código: LIT956 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: História da Teoria da Literatura (Romantismo francês e romantismo europeu) Professor(es): Maria Juliana Gambogi Teixeira Ementa: Estudo dos principais problemas ligados à definição e à caracterização do Romantismo francês, em interface com as matrizes alemã e inglesa, e com destaque para o seu cotejo sistemático com textos literários considerados programáticos na confecção da ambiência dita romântica da França. PRÉ-REQUISITO(S): francês instrumental Programa: Introdução "Eu não vou definir esse termo [Romantismo]. Para tentá-lo, seria preciso ter perdido todo o espírito de rigor". (VALÉRY. Situation de Baudelaire, p. 9) A frase de Valéry é paradigmática dos problemas que envolvem os estudos sobre o Romantismo francês. Menos coeso e programático dos que os seus congêneres alemão e inglês, o estudo do Romantismo de expressão francesa, se tomado para além do clichê "estilo de época", ganhou desdobramentos na crítica e na historiografia especializada que o dispõe para muito além de recortes cronológicos mais canônicos. Assim, os estudos contemporâneos sobre o tema costumam estender a denominação até obras da segunda metade dos Oitocentos, incluindo Flaubert e Baudelaire (MILNER, PICHOIS, 2002), quando não arriscam uma cronologia ainda mais longa, que incorpora o Simbolismo e a tríade sagrada da poesia fin-de-siècle (Rimbaud, Verlaine e Mallarmé), como fez o hoje clássico estudo de Paul Bénichou sobre o Romantismo francês. As razões e dificuldades ensejados por esse inchaço do Romantismo, tal como operado pela crítica e pela historiografia literária francesa, serão objetos do curso. Também será seu objetivo um cotejo sistemático de seu diálogo com as escolas românticas inglesas e alemãs. Ao estudo da crítica sobre o Romantismo francês e seu cotejo com seus congêneres alemães e ingleses, soma-se também a leitura sistemática de uma seleta dos textos literários considerados programáticos e paradigmáticos do movimento, em sua expressão francesa. Unidade I - Introdução ao tema: estado da questão na crítica historiográfico-literária contemporânea Unidade II - Estudo comparado do Romantismo na França, Alemanha e Inglaterra Unidade II - Releitura dos textos programáticos e paradigmáticos do movimento na França. Bibliografia: BIBLIOGRAFIA CRÍTICA BÁSICA (a lista completa de leituras será entregue conjuntamente ao programa/cronograma detalhado, no início do curso) ABRAMS, M. H. O Espelho e a Lâmpada: teoria romântica e tradição crítica. São Paulo, Editora da UNESP, 2010. BÉNICHOU. Romantismes français. Paris, Gallimard, 2004, vol I e II. GUSDORF. Le romantisme. Paris, Payot, 2011, vol I e II. MILNER ET PICHOIS. Problématique du Romantisme. Histoire de la littérature française - de Chateaubriand à Baudelaire. Paris, GF Flammarion, 1996. SCHAEFFER, Jean-Marie. La naissance de la littérature, la théorie esthétique du romantisme allemand. Presses de l'école normale supérieure, 45, rue d'Ulm, Paris, 1983 THOMPSON, E. P. Os Românticos: a Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002. VAILLANT. Dictionnaire du Romantisme. Paris, CNRS Editions, 2012.

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Código: LIT965 - Turma: C - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Clássicas e Medievais (Traduzir tragédia com Guimarães Rosa) Professor(es): Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa Ementa: O curso visa à tradução da tragédia Íon, de Eurípides. Haverá também oportunidade para discutir, dentre as várias teorias da tradução, quais serão mais adequadas para as situações suscitadas no exercício de tradução do texto selecionado. Destinamos o curso aos pós-graduandos das áreas de literaturas clássicas e de teatro em geral (não sendo necessário, para os atores, encenadores, produtores e outros profissionais do palco, o conhecimento da língua grega). Realizaremos um trabalho conjunto entre helenistas e artistas, de modo a produzir um texto em português brasileiro que seja comprometido com a dramaturgia e a função cênica da obra original. PRÉ-REQUISITO(S): Para os classicistas, leitura do grego; para discentes da área de teatro, nenhum. Programa: 1. A tradução dos textos clássicos e o desafio da oralidade 2. Exercício de tradução da oralidade teatral 3. Performances (só para os atores) dos trechos traduzidos pelos helenistas 4. Ajustes finais Bibliografia: BERMAN, Antoine. A tradução e a letra ou o albergue do longínquo. Tradução de Marie-Hélène C. Torres, Mauri Furlan, Andreia Guerini. Tubarão: Copiart; Florianópolis: PGET/UFSC, 2013. MESCHONNIC, Henri. Poética do traduzir. Tradução de Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Perspectiva, 2010. _____. Linguagem, ritmo e vida. Extratos traduzidos por Cristiano Florentino. Revisão de Sônia Queiroz. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2006. MEYER-CLASON, Hans Curt. João Guimarães Rosa: Correspondência com seu tradutor alemão. Edição, organização e notas de Maria Aparecida Faria Marcondes Bussolotti; tradução de Erlon José Paschoal. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira/ Academia Brasileira de Letras Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. EURIPIDES. Ion. Comentários de Gunther Martin. Berlin/Boston: Walter de Gruyter, 2018.

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Código: LIT965 - Turma: A - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Clássicas e Medievais (oito conferências sobre a cultura literária medieval) Professor(es): Thiago César Viana Lopes Saltarelli Ementa: A disciplina propõe-se como uma espécie de um conjunto de conferências ou seminários que abordem tópicos da cultura literária medieval, e.g., as definições de poesia, o método alegórico, as noções de tempo e história, a construção do cavaleiro como personagem, entre outros. Especial enfoque será dado a textos que compõem a tradição literária arturiana, como A demanda do Santo Graal; às Cantigas de Santa Maria, de Afonso X; e à Divina Comédia, de Dante Alighieri. Programa: 1. Latim e romance nas letras medievais 2. A essência da poesia entre a mimese e o trovar 3. Poesia e História na Commedia de Dante 4. Alegoria 5. Sob encobertas figuras: a Commedia como texto alegórico 6. O tempo da História Universal Cristã 7. As Cantigas de Santa Maria, de Afonso X 8. Modelos de virtude do cavaleiro Bibliografia: ALFONSO X, Rei de Castella e Leão. Cantigas de Santa Maria. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1964-1972. ARISTÓTELES. Poética. Ed. trilingüe por Valentín García Yebra. Madrid: Gredos, 1974. AUERBACH, Erich. Os apelos ao leitor em Dante. In: AUERBACH, Erich. Ensaios de literatura ocidental: filologia e crítica. Organização de Davi Arrigucci Jr. e Samuel Titan Jr. Trad. Samuel Titan Jr. e José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2007. AUERBACH, Erich. Figura. Trad. Duda Machado. São Paulo: Ática, 1997. BLUMENBERG, Hans. "Imitação da natureza": contribuição à pré-história da ideia do homem criador. Trad. Luiz Costa Lima In: COSTA LIMA (Org.). Mímesis e a reflexão contemporânea. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010, p. 87-135. CURTIUS, Ernst Robert. Literatura europeia e Idade Média latina. Trad. Teodoro Cabral e Paulo Rónai. São Paulo: Hucitec; Edusp, 1996. (Clássicos, 2). DANTE ALIGHIERI. De vulgari eloquentia. In: DANTE ALIGHIERI. Tutte le opere. A cura di Luigi Blasucci. Firenze: Sansoni, c1965, p. 201-245. DANTE ALIGHIERI. Divina Commedia. In: DANTE ALIGHIERI. Tutte le opere. A cura di Luigi Blasucci. Firenze: Sansoni, c1965. DANTE ALIGHIERI. Epistula XIII. In: DANTE ALIGHIERI. Tutte le opere. A cura di Luigi Blasucci. Firenze: Sansoni, c1965, p. 341-352. DISALVO, Santiago. "Atal allur a catade": recuperación figural de la antigüedad pagana en las cantigas de Santa María de Alfonso X. In: Olivar: revista de literatura y cultura españolas, La Plata, vol. 5, n. 5, 2004, p. 11-29. Disponível em <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1852-44782004000200001&lng=es&nrm=iso> ECO, Umberto. Arte e beleza na estética medieval. Trad. Mario Sabino Filho. Rio de Janeiro: Record, 2010. FRANCO JÚNIOR, Hilário. Ave Eva! Inversão e complementaridade de um mito medieval. Revista USP. São Paulo: USP, set.-nov. 1996, n. 31, p. 52-67. GARLAND, John of. The Parisiana Poetria. Edited with introduction, translation and notes by Traugott Lawler. New Haven and London: Yale University Press, 1974. GEARY, Patrick. Verbete "Memória". In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Coordenador da tradução: Hilário Franco Júnior. Bauru: Edusc, 2006, v. 2, p. 167-181. GUENÉE, Bernard. Verbete "História". In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Coordenador da tradução: Hilário Franco Júnior. Bauru: Edusc, 2006, v. 1, p. 523-536. HANSEN, João Adolfo. Alegoria: construção e interpretação da metáfora. São Paulo: Hedra; Campinas: Ed. Unicamp, 2006. HANSEN, João Adolfo. Notas de leitura. In: DANTE ALIGHIERI. Divina Comédia (com ilustrações de Sandro Botticelli). Trad. João Trentino Ziller. Cotia: Ateliê Editorial; Campinas: Ed. Unicamp, 2010, p. 9-61.

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KELLY, Henry Angsar. Tragedy and comedy from Dante to pseudo-Dante. Berkeley: University of California Press, 1989. LACTANTIUS. Institutiones Divinae. In: MIGNE, Jacques Paul. Patrologiae Cursus Completus, series latina v. 6-7 (Lucii Caecilii Firmiani Lactantii opera omnia…), Parisiis: Excudebat Sirou, 1844. LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et al. 5. ed. Campinas: Ed. Unicamp, 2003. LE GOFF, Jacques. Verbete "Maravilhoso". In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário temático do Ocidente Medieval. Coordenador da tradução: Hilário Franco Júnior. Bauru: Edusc, 2006, v. 2, p. 105-120. LEÃO, Angela Vaz. Cantigas de Afonso X a Santa Maria: (antologia, tradução e comentários). Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2011. MAGNE, Augusto. A demanda do Santo Graal. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional: INL, 1944. 3v. MUHANA, Adma Fadul. "Nas envolturas das ficções não há participação da retórica: mera poesis est". 2011. Tese (Livre-docência em Letras) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. OSÓRIO, Jorge A. Trovador e poeta do séc. XIII ao séc. XV: algumas considerações. Disponível em <http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/8359> PHILON D'ALEXANDRIE. De Opificio Mundi. Introduction, traduction et notes par Roger Arnaldez. Paris: Éditions du Cerf, 1961. PIGEAUD, Jackie. Introdução. In: LONGINO. Do Sublime. Trad. Filomena Hirata. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 9-39. PLATÃO. A República. In: PLATÃO. Diálogos. Trad. Carlos Alberto Nunes. 3. ed. Belém: EDUFPA, 2000. REDONDO, Fernando Gómez. Artes poéticas medievales. Madrid: Ediciones del Laberinto, 2000. SALTARELLI, Thiago. Ave & Eva: jogos de oposição e prefiguração nas Cantigas de Santa Maria. In: LEÃO, Ângela Vaz (Org.). Novas leituras, novos caminhos: Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio. Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2008, p. 185-203. ZUMTHOR, Paul. Langue, texte, énigme. Paris: Seuil, 1975.

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Código: LIT965 - Turma: B - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Clássicas e Medievais (Amor e erotismo no Hino Homérico a Afrodite) Professor(es): Antonio Orlando Oliveira Dourado Lopes Ementa: Leitura de poemas hexamétricos gregos da época arcaica com destaque para o tema do amor e do erotismo. As aulas incluirão comentários aos aspectos literários, mitológicos, religiosos e filosóficos mais relevantes. EXIGÊNCIAS: Recomenda-se que os alunos possam ler em inglês ou francês. Programa: a) Aulas 1 a 3 - Ilíada Páris e Helena; Agamêmnon e Criseida; Aquiles e Briseida; Heitor e Andrômca (cantos I-II, V, VI e XIV); o erotismo dos deuses homéricos: Zeus, Hera, Afrodite, Ares, o Sono e as Graças; b) Aula 4 - Odisseia: Calipso, Circe, Nausícaa, Clitemnestra e Penélope (cantos V-VIII, X-XI e XIX-XXII); c) Aula 5 - Hesíodo, Teogonia e Os trabalhos e os dias; o Céu e a Terra; Eros e Afrodite; Prometeu e Pandora; d) Aulas 6 a 15 - Hino homérico a Afrodite. Bibliografia: Hinos homéricos. Organização por W. A. Ribeiro Jr. Tradução, notas e estudo E. B. da Rosa, F. B. dos Santos, F. R. Marquetti, M. C. C. Dezotti, M. L. G. Massi, S. M. S. de Carvalho e W. A. Ribeiro Jr. São Paulo: UNESP, 2010. HESIOD. Teogonia. Edição, notas e comentários por M. West. Oxford: Clarendon Press, 1966. HESIOD. Os trabalhos e os dias. Edição, notas e comentários por M. West. Oxford: Clarendon Press, 1978. HESÍODO. Teogonia. A origem dos deuses. Tradução em versos e introdução por J.A.A. Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992. HESIODO. Os trabalhos e os dias. Tradução em versos dos 382 versos inicias, introdução e comentários por M. C. N. Lafer. São Paulo: Iluminuras, 1992. HOMER. Ilíada. Bibliotheca Scriptorum Græcorum et Romanorum Teubner. Edição e notas por M. West. Leipzig: Saur, 2000. Homeric hymns. Homeric apocrypha. Lives of Homer. Loeb Classical Library, 496. Edited and traslated by M. West. London / Cambridge (MA): Harvard University Press, 2003. The Homeric Hymn to Aphrodite. Introduction, text and commentary by A. Faulkner. Oxford: Oxford University Press, 2008. Three homeric hymns. Edited by N. Richardson. Cambridge: Cambridge University, 2010. KIRK, G., RAVEN, J. E., SCHOFIELD, M. The presocratic philosophers. A critical history with a selection of texts. Cambridge: Cambridge University Press, 19832. [trad. portuguesa: Os filósofos pré-socráticos. Trad. por C. A. L. Fonseca. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994.] PRÉ-SOCRÁTICOS. Seleção e supervisão por José Cavalcanti de Souza. Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973. A.2 Estudos e comentários ASSUNÇÃO, Teodoro Rennó. A philótes de Aquiles e Pátroclo na Ilíada (um esboço). In: PUENTE, Fernando Rey et alii (org.). Anais do VI Simpósio Internacional de Estudos Antigos do Grupo de Filosofia Antiga da UFMG: philia / amicitia na antiguidade. Belo Horizonte: Grupo de Filosofia Antiga da UFMG, 2018, p. 1-20. BURKERT, Walter. Mito e mitologia. Trad. Por M. H. R. Pereira. Lisboa: Edições 70, 1992. ________. Religião grega na época clássica e arcaica. Trad. por M. J. Simões Loureiro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994. __________. Structure and history in Greek mythology and ritual. University of California: Los Angeles / Bekeley, 1979. CALAME, Claude. L'Éros dans la Grèce antique. Paris: Belin, 1996. CHANTRAINE, Pierre. "Le divin et les dieux chez Homère" dans RÉVERDIN, Olivier (éd.). La notion du divin depuis Homère jusqu'à Platon. Entretiens sur l'Antiquité Classique, 1. Genève: Fondation Hardt pour l'Étude de l'Antiquité Classique, 1952, p. 47-94. DE JONG, Irene J. F. (ed.). Homer: critical assessments. 4 vols. London, New York: Routledge, 1999. DOURADO-LOPES, Antonio Orlando. A força e o antropomorfismo dos deuses gregos. Considerações sobre a religião dos poemas homéricos. Aletria. Revista de estudos de Literatura. vol. 19, nº 3: os Clássicos. Belo Horizonte, Faculdade de Letras da UFMG, pp. 11-27, julho-dezembro de 2009. EASTERLING, Pat E; MUIR, J. V. (ed.). Greek religion and society. Cambridge: Cambridge University, 1985.

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FINKELBERG, Margalit. Greeks and Pre-greeks. Aegean prehistory and Greek heroic tradition. Cambridge, New York: Cambridge, 2005. FINLEY, Moses I. Grécia primitiva: idade do bronze e idade arcaica. Trad. por W. A. Vaccari. São Paulo: Martins Fones, 1990. GRIMAL, P. Dicionário da mitologia grega e romana. Trad. por V. Jabouille. Lisboa / Rio de Janeiro: Difel / Bertrand Brasil, 19932. LIMA, Célia Joaquim Silva de. Hino Homérico a Afrodite: estudo introdutório tradução do grego e notas. Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para obtenção do grau de Mestre em Estudos Clássicos. Orientação de Maria Fernanda Amaro de Matos Brasete. Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro. Aveiro: Universidade do Aveiro, 2005. MALTA, André. A Musa difusa. Visões da oralidade nos poemas homéricos. Coleção Archai. São Paulo: Annablume, 2015. __________. Homero múltiplo. Ensaios sobre a épica grega. São Paulo: EDUSP, 2012. PEREIRA, Maria Helena da Rocha. O conceito de poesia na Grécia antiga. Humanitas, Lisboa, vol. 13 e 14, pp. 336-357, 1961-1962. __________. O herói épico e o herói trágico. Kryterion, Belo Horizonte, vol. XXVII, n. 76, p. 1-23, 1985. __________. Amizade, amor e eros na Ilíada. Humanitas, 45, 1993, p. 3-16. __________. Estudos de história da cultura clássica. Vol. I: Cultura grega. 10ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2006. PIRENNE-DELFORGE, Vincianne. L'Aphrodite grecque: contribution à l'étude de son culte et de sa personnalité dans le panthéon archaïque et classique. Kernos, Supplément 4. Athènes, Liège: Centre International d'Étude de la Religion Grecque Antique, 1994. ________. Quand Éros a les honneurs d'un culte. Ouranie. Mythes et littératures, 8, 1998, p. 11-31. ________. Conception et manifestations du sacré dans l'Hymne Homérique à Aphrodite. Kernos, 2, 1989, p. 187-197. RAGUSA, Giuliana. Cólera, paixão e morte. A representação de Afrodite no Hipólito de Eurípides. Classica, 15-16, 2002-2003, p. 79-98. ________. Fragmentos de uma deusa: a representação de Afrodite na lírica de Safo. 1. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2005. v. 1. 448 p. ________. Lira, mito e erotismo: Afrodite na poesia mélica grega arcaica. 1. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2010. v. 1. 664 p. ________. Tramas de Afrodite e Eros: sedução e capitulação na mélica grega arcaica. Belo Horizonte, Nuntius Antiquus, VII.1, 2012, p. 63-78. [http://www.letras.ufmg.br/nuntius/data1/arquivos/007.06-Giuliana_Ragusa61-78.pdf] SCHEIN, S. (Org.). Reading the Odyssey. Selected interpretive essays. Princeton: Princeton University, 1996. [especialmente: NAGLER, Michael. Dread goddess revisited, p. 141-161.] SEGAL, C. The Homeric Hymn to Aphrodite: a structuralist approach, Classical Weekly, 1967, p. 205-212, 1973/1974. ________. Circean Temptations: Homer, Vergil, Ovid. Transactions of the American Philological Association . Baltimore, vol. XCIX, p. 419-442, 1968. ______. Tithonus and the homeric Hymn to Aphrodite: a comment, Arethusa, 19, p. 37-47, 1986. ROMILLY, Jacqueline de. L'excuse de l'invincible amour dans la tragédie grecque. In: ___________. Tragédies grecque au fil des ans. Paris: Les Belles Lettres, 1995, p. 129-142. RUDHARDT, Jean. Le rôle d'Eros et d'Aphrodite dans les cosmogonies grecques. Collège de France: essais et conférences. Paris: Presses Universitaires de France, 1986. SANTOS, Magda G.; BRANDÃO, Jacyntho L. Morte e amor: a construção do humano na lírica grega arcaica. Ensaios de Literatura e Filologia, 4, 1983-1984, p. 117-161. WALCOT, P. The Homeric 'Hymn' to Aphrodite: a literary appraisal, Greece & Rome, 38, p. 137-155, 1991. WEST, Martin Lichtfield. Indo-european poetry and myth. Oxford: Clarendon Press, 2007.

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Código: LIT967 - Turma: A - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Clássicas e Medievais (O diálogo Minos: tradução, autenticidade e problemas de estilo) Professor(es): Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa; Bruno Amaro Lacerda Ementa: - A descoberta grega da lei. - Das themistaí de Homero à díke de Hesíodo. - Leis escritas e não-escritas: o conflito entre humano e divino na tragédia. - A crítica sofística: nómos x phýsis. O contrato social no Críton de Platão. - Sócrates: um convencionalista? - O pensamento político de Platão: unidade ou "conversão realista". - O diálogo Minos: tradução, autenticidade e problemas de estilo. PRÉ-REQUISITO(S): leitura do grego. Bibliografia: GIGANTE, Marcello. Nomos Basileus. Napoli: Bibliopolis, 1956. HAVELOCK, Eric. The Greek concept of justice: from its shadows in Homer to its substance in Plato. Harvard University Press, 1978. ISNARDI, Margherita. Nomos e basileia nell'Accademia Antica. La Parola del Passato, v. XII, p. 401-438, 1957. JAEGER, Werner. Praise of Law. The Origins of Legal Philosophy and the Greeks. In: Scripta Minora, II, p. 318-351, 1960. MESCHONNIC, Henri. Ethics and Politics of Translating. Amsterdam; John Benjamin, 2011. _____. L'enjeu du traduire est de transformer toute la théorie du langage. Équivalences, v. 34, n. 1-2, p. 21-29, 2007. _____. Linguagem, ritmo e vida. Extratos traduzidos por Cristiano Florentino. Revisão de Sônia Queiroz. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2006. MORROW, Glenn. Plato and the Law of Nature. In: KONVITZ, M.; MURPHY, A. Essays in Political Theory. Ithaca, NY: Cornell University Press, p. 17-44, 1948. OSTWALD, Martin. From popular sovereignty to the sovereignty of Law: Law, society and politics in fifth-century Athens. University of California Press, 1986. _____. Plato on Law and Nature. In: NORTH, Helen (Org.) Interpretations of Plato. Leiden: Brill, p. 41-63, 1977 (Mnemosyne). ROBLEDO, António Gomez. La ley en el pensamiento platónico. In: PLATÓN: Los diálogos tardíos. Academia Verlag, p. 151-160, 2001. ROMILLY, Jacqueline de. La loi dans la pensée grecque: des origines à Aristote. Paris: Les Belles Lettres, 1971. ROWE, Christopher. Cleitophon and Minos. In: The Cambridge History of Greek and Roman Political Thought. Cambridge: Cambridge University Press, p. 303-309, 2000.

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Código: LIT967 - Turma: B - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Clássicas e Medievais (Releituras e traduções do mito de Antígona: um embate entre prerrogativas e perspectivas) Professor(es): Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa; Maria Fernanda Garbero de Aragão Ementa: - Antígona: o mito e suas releituras. - Confrontos entre Lei Divina e Lei dos Homens na tragédia. - Ésquilo, Sófocles e Eurípides misturados nas composições de novas Antígonas. - Partilha do ódio x partilha do amor na recepção do mito. - Ética, embate de gênero e reconhecimento identitário nas versões do século XX. - Prerrogativas x perspectivas através dos tempos: Antígona e a questão nacional. - Creonte, el rey de España x Antígonas galegas e catalã. - Traduzindo a língua do outro: processos tradutórios do galego e do catalão ao português. PRÉ-REQUISITO(S): leitura das tragédias: Sete contra Tebas (Ésquilo); Antígona e Édipo (Sófocles), e As Fenícias (Eurípides). Bibliografia: AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. _______. Homo Sacer. O poder soberano e a vida nua I. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. e notas: Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2014. BUTLER, Judith. O clamor de Antígona. Trad. André Cechinel. Florianópólis: Editora da UFSC, 2014. ESPRIU, Salvador. Antígona. Barcelona: Edicions 62, 1969. FREITAG, Bárbara. Itinerários de Antígona: a questão da moralidade. Campinas: Papirus, 1992. NUÑEZ SEIXAS, Xosé M. "Idioma y nacionalismo en Galicia en el siglo XX: Un desencuentro histórico y diversos dilemas en el futuro". Disponível em: https://www.redib.org/recursos/Record/oai_articulo453121-idioma-nacionalismo-galicia-siglo-xx-desencuentro-historico-dilemas-futuro SÓFOCLES. Antígona. Trad. Donaldo Shüller. Porto Alegre: L&PM, 1999. STEINER, George. Antígonas. Trad. Alberto L. Bixio. Barcelona: Gedisa, 1986. VALLVERDU, Francesc. El conflicto lingüístico en Cataluña: historia y presente. Barcelona: Edicions 62, 1981. VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e tragédia na Grécia antiga. Vários tradutores. São Paulo: Perspectiva, 2014. * As peças de Andrés Pociña e María Xosé Queizán (língua galega) serão disponibilizadas em formato pdf. (com a autorização dos autores) ** A peça de Salvador Espriu, originalmente escrita em catalão, será trabalhada em português a partir da nossa tradução.

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Código: LIT972 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Métodos e Práticas de Pesquisa em Literaturas de Língua Inglesa (.) Professor(es): Gláucia Renate Gonçalves Ementa: Metodologia do trabalho científico: discussão e elaboração de projetos de pesquisa e de trabalhos acadêmicos na área de Literaturas de Língua Inglesa. EXIGÊNCIAS: Fluência em inglês Programa: Research, researchers, and readers. The relationship between advisers and advisees. Plagiarism vs. paraphrasing. Research topics and thesis statements. Finding and evaluating sources. Annotated bibliographies. Research claims. Outlining, drafting, revising. Paper proposals. Writing an essay. Quoting and documenting sources. The MLA documentation style. Parenthetical references. Using notes. Bibliografia: Avery, Heather, and Paul Gamache. Proposals and Annotated Bibliographies. Peterborough, Ontario: Trent University, 1996. Booth, W. C. et al. The Craft of Research. 2nd ed. Chicago: The U of Chicago P, 2003. Gibaldi, Joseph. MLA Handbook for Writers of Research Papers. 8th ed. New York: The Modern Language Association of America, 2016. Strunk, William, Jr., and E. B. White. The Elements of Style. 4th ed. Boston: Allyn and Bacon, 2000. (Bibliografia adicional será indicada ao longo do semestre)

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Código: LIT973 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas de Língua Inglesa (Literatura Afro-Americana no século 20 e 21: História, Espaços, Memória, Identidade) Professor(es): José de Paiva dos Santos Ementa: Literatura Afro-Americana no século 20 e 21: História, Espaços, Memória, Identidade. PRÉ-REQUISITO(S): Fluência oral e escrita em língua inglesa. Programa: a) Wright, Richard. Native son (1940) b) Ellison, Ralph. Invisible Man (1952) c) Morrison, Toni. Beloved.(1987) d) Gaines, Ernest. A Lesson before Dying (1993) e) Danticat, Edwidge. Breath, Eyes, Memory (1994) f) Adichie, Chimamanda. Americanah (2014) f) Whitehead, Colson. The Underground Railroad (2016) g) Jones,Tayari. An American Marriage (2018) Bibliografia: ALEXANDER, Michelle. The New Jim Crow: Mass Incarceration in the Age of Blindness. Revised Edition. New York: New Press, 2011. BEAULIEU, Elizabeth E. Black Women Writers and the American Neo-Slave Narrative: Femininity Unfettered. Westport: Greenwood Press, 1999. BLYDEN, Nemata A. I. African Americans & Africa: A New History. New Haven: Yale UP, 2019. COSE, Ellis. The Envy of the World: on Being a Black Man in America. New York: Washington Square Press, 2002. ERLL, Astrid; ANSGAR, Nunni. (Eds). A Companion to Cultural Memory Studies. Berlim Walter de Gruyter, 2010. GRAHAM, Maryemma, ed. Cambridge Companion to the African American Novel. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. HOOKS, b. We Real Cool: Black Men and Masculinity. New York: Routledge, 2004. KNOWLES, Caroline. Race and Social Analysis. London: Sage, 2003. STAVE, Shirley A. (Eds.) Toni Morrison and the Bible: Contested Intertextualities. New York: Peter Lang, 2006. WALLACE, O. Maurice. Constructing the Black Masculine: Identity and Idealit in African American Men's Literature and Culture, 1775-1995. Durham: Duke University Press, 2002. Schroder, Nicole. Spaces and Places in Motion: Spatial Concepts in Contemporary American Literature. Tubingen (Germany): Gunter, 2006. ZAUDITU-SELASSIE, K. African Spiritual Traditions in the Novels of Toni Morrison. Gainesville: University Press of Florida, 2009.

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Código: LIT976 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Literaturas Modernas, Contemporâneas e outras Artes e Mídias (Além das Fronteiras da Ficção Científica) Professor(es): Valéria Sabrina Pereira Ementa: Observa-se nas últimas décadas um número cada vez maior de publicações de obras literárias que apresentam temáticas típicas da ficção científica, que vão de distopias e mundos pós-apocalípticos à clonagem humana e viagens espaciais. Sobre essas obras costuma pairar a questão sobre se elas devem ou não ser definidas como "ficção científica", seja por não apresentarem o mesmo tipo de desenvolvimento da narrativa que o tradicional, seja pelo simples fato de serem oriundas de editoras / autores que não os tradicionais do gênero. Essa dificuldade de classificação não se deve apenas aos meios de divulgação e à especialização (ou não) de seus autores, mas também ao desconhecimento da teoria de ficção científica, assim como uma recusa tácita dos pesquisadores da ficção científica em se ocupar de obras que nascem fora do berço do gênero. Este curso pretende abordar especialmente obras produzidas fora do meio especializado e discutir a possibilidade de ver a ficção científica também como um modo literário que pode, ou não, dialogar com as obras da ficção científica enquanto gênero. EXIGÊNCIAS: O aluno deve ter conhecimentos de inglês suficientes para a leitura de textos. Programa: Durante o curso serão tratadas as seguintes temáticas: 1) Indústria cultural e cultura de massas. Conceitos de literatura alta, de entretenimento e trivial. Adorno e o preconceito literário. 2) Campo literário e o Novo. Pierre Bourdieu e Boris Groys. 3) Definições de ficção científica. 4) Nascimento da ficção científica. 5) Do Pulp à Era de Ouro. 6) Utopia e distopia. 7) Ficção científica: Gênero ou modo literário. 8) Discussão de obras de acordo com a rotulação que elas recebem da crítica e recepção: de autores e críticos que rejeitam o gênero àqueles que aceitam com restrições. Bibliografia: Literatura primária ATWOOD, Margaret. Oryx and Crake. New York: Anchor Books, 2003. _____. Oryx e Crake. Trad.: Léa Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. FRESÁN, Rodrigo. O fundo do céu. Trad.: Antônio Xerxenesky. São Paulo: Cosac Naify, 2014. ISHIGURO, Kazuo. Não Me Abandone Jamais. Trad.: Beth Vieira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. KEPLER, Johannes. Somnium ("The Dream"). Nexum Ediciones, 2015. MATHESON, Richard. Eu sou a lenda. Trad.: Delfin. São Paulo: Alpha, 2015. MITCHELL, David. Atlas de nuvens. Trad.: Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. _____. Cloud Atlas. (2004) New York: Random House, 2012. MORUS, Tomás. A Utopia. Trad.: Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2012. ORWELL, George. 1984. Trad.: Wilson Velloso. São Paulo: Companhia Nacional, 2003. SCHMIDT, Arno. Leviatã, ou o melhor dos mundos. Seguido de Espelhos Negros. Trad.: Mário Gomes. Lisboa: Abysmo, 2017. SHELLEY, Mary. Frankenstein. Trad.: Bruno Gambarotto. São Paulo: Hedra, 2013. VONNEGUT, Kurt. Matadouro 5. Porto Alegre: L&PM, 2005. _____. Slaughterhouse 5. (1969) London: Vintage, 2000. WELLS, H.G. A Máquina do Tempo. Trad.: Braulio Tavares. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2010. WHITEHEAD, Colson. Zone One. London: Vintage Books, 2012. ZAMIATIN, Evgueny. Nós. Trad.: Clarice Lima Averina. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 2004. ZEH, Juli. Corpus Delicti. Um processo. Trad.: Marcelo Backes. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Record, 2013. Filmes 12 Monkeys. Dir. Terry Gilliam. Roteiro adaptado David Webb Peoples. Universal Studios, 1995. 28 Days Later. Dir. Danny Boyle. Roteiro Alex Garland. Twentieth Century Fox, 2002. La Jetée. Dir. e roteiro: Chris Marker. Argos Films, 1962.

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Literatura Subsidiária ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Trad.: Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. ALDISS, Brian W.; WINGROVE, David. "On the Origin of Species: Mary Shelley". In: GUNN, James; CANDELARIA, Matthew (ed.) Speculations on Speculations. Theories of Science Fiction. Toronto, Oxford: The Scarecrow Press, 2005, p. 163-205. ATWOOD, Margaret. In Other Worlds. SF and the Human Imagination. New York: Virago, 2011. BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. Trad.: Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. _____. Satz und Gegensatz. Über die Verantwortung des Intellektuellen. Trad.: Ulrich Raulff, Bernd Schwibs. Berlin: Klaus Wagenbach, 1989. CLAEYS, Gregory. (ed.) The Cambridge Companion to Utopian Literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados. Trad.: Pérola de Carvalho. São Paulo, Perspectiva, 2011. ELLIOT, Robert C. The Shape of Utopia. Studies in a Genre. Chicago, London: The University of Chicago Press, 1970. GREENLAND, Colin. The Entropy Exhibition. Michael Moorcock and the Britsh 'New Wave' in Science Fiction. London, Boston, Melbourne, Henley: Routledge & Kegan Paul, 1983. GROYS, Boris. Über das Neue. Versuch einer Kulturökonomie. München: Carl Hanser Verlag, 1992. JAMES, Edward; MENDLESOHN, Farah (ed.) The Cambridge Companion to Science Fiction. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 343-351. LAETZ, Brian; LOPES, Dominic McIver. "Genre". In: LIVINGSTON, Paisley (ed.). Routledge Companion to Philosophy and Film. Oxfordshire: Routledge, 2009. p. 152 - 162. LLOSA, Mario Vargas. A Civilização do Espetáculo. Trad.: Ivone Benedetti. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. ROBERTS, Adam. The History of Science Fiction. Hampshire, New York: Palgrave Macmillan, 2005. _____. Science Fiction. London, New York: Routledge, 2000. ROSE, Mark (ed.). Science Fiction. A Collection of critical Essays. New Jersey: Prentice-Hall, 1976.

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Código: LIT980 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Poéticas da Tradução nas Literaturas Modernas e Contemporâneas (Retradução literária: fenômeno, crítica e perspectivas teóricas) Professor(es): Marcelo Rondinelli Ementa: Delimitados e problematizados conceitos fundamentais em torno da retradução, tomaremos como ponto de partida teórico o artigo de Antoine Berman "A retradução como espaço da tradução" (tradução brasileira de 2017 para "La retraduction comme espace de la traduction", de 1990), examinando também suas fontes (Goethe, Benjamin, etc.) e sua crítica (Gambier, Ladmiral, etc.). Passaremos, então, a examinar desdobramentos em sucessivos debates - vários deles ainda com referências diretas ou indiretas às ideias de Berman (não só no referido artigo) - promovidos em diferentes idiomas. Para reemprender os movimentos de reflexão (e crítica) do fenômeno, os alunos apresentarão seminários relacionando as leituras realizadas à análise de questões envolvidas na retradução de obras em par de línguas à sua escolha. Traçaremos, assim, um percurso teórico que abordará desde as reflexões mais remotas sobre a retradução, passando por abordagens que chegam aos tempos atuais, a fim de vislumbrar perspectivas futuras de estudo do fenômeno. OUTRAS EXIGÊNCIAS: Desejável bom nível de leitura em francês e/ou inglês. Programa: 1. Retradução: definição e problematização do conceito 2. A hipothèse bermaniana e suas reações (Yves Gambier, Jean-René Ladmiral, etc.) 3. As iniciativas de retradução (razões motivadoras, contingências, efeitos) em diferentes pares de idiomas 4. A retradução sob diferentes abordagens dos Estudos da Tradução 5. Retradução e crítica de tradução 6. Atualidade e perspectivas para os estudos sobre retradução Bibliografia: ALVSTAD, C.; ROSA, A. A. "Voice in retranslation. An overview and some trends." In: Target, vol. 27, no. 1, 2015, pp. 3-24. BENJAMIN, Walter. "A tarefa do tradutor". In: CASTELLO BRANCO, Lúcia (org.). A tarefa do tradutor, de Walter Benjamin: quatro traduções para o português. Trad. Fernando Camacho; Karlheinz Barck etc.; Susana Kampff Lages; João Barrento. Cadernos VivaVoz. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2008. BEREZA, Dorota K.. Die Neuübersetzung - Eine Hinführung zur Dynamik literarischer Translationskultur. Berlin: Frank & Timme, 2013. BERMAN, Antoine. A Tradução e a Letra ou O Albergue do Longínquo. Trad. Mauri Furlan, Andreia Guerini, Marie-Hélène C. Torres. 2ª ed. Florianópolis/Tubarão: UFSC/Copiart, 2013. BERMAN, Antoine. "La retraduction comme espace de la traduction". In: Palimpsestes, Tradução brasileira disponível: "A retradução como espaço da tradução". Trad. Clarissa P. Martini e Marie-Hélène Torres. In: Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 37, nº 2, p. 261-268, mai-ago 2017. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2017v37n2p261/34078 . Acesso em 5 mai 2019. CADERA, Susanne M.; WALSH, Andrew Samuel (eds). Literary Retranslation in Context, Oxford [etc.]: Peter Lang, 2017, 242 p. CARDOZO, Mauricio M. "Vida e envelhecimento da obra literária e da obra literária em tradução". In: Revista da ANPOLL, v. 1, n. 44. Florianópolis, jan.-abr. 2018. p. 14-24. COLLOMBAT, Isabelle. "Le XXIe siècle: L'âge de la retraduction". In: Disponível em https://hal-univ-paris3.archives-ouvertes.fr/hal-01452331 . Acesso em 5 mai 2019. FALEIROS, Álvaro. Crítica e retradução poética. Tese de livre-docência. São Paulo: USP, 2010. FURLAN, Mauri. "Retraduzir é preciso". In: Scientia Traductionis: Florianópolis: UFSC, 2013. p. GAMBIER, Yves. "La retraduction, retour et détour". In: Meta: journal des traducteurs / Meta: Translators' Journal , vol. 39, n° 3, 1994. p. 413-417. Disponível em: http://www.erudit.org/revue/meta/1994/v39/n3/002799ar.html?vue=resume . Acesso em 9 mai 2019. GARCIA, Olga. "Können Übersetzungen alt werden oder wie modern darf ein Klassiker sein? Zum Phänomen Neuübersetzung". In: FANDRYCH, Chr.; GALVÁN TORRES, A.; HEIDERMANN, W.; PLEß, U.; TSCHIRNER, E. (Hrsg.). Text, Diskurs und Translation im Wandel. Tübingen: Stauffenburg, 2013. p. 189-198.

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HEIDERMANN, W. (org.) Clássicos da teoria da tradução - Vol. 1 Alemão-Português. 2ª ed. rev. e ampl. Florianópolis: UFSC, 2010. KOSKINEN, Kaisa; PALOPOSKI, Outi. "Retranslation". In: Handbook of Translation Studies, vol. 1, edited by Yves Gambier and Luc van Doorslaer, John Benjamins, 2010, pp. 294-298. MATTOS, Thiago; FALEIROS, Álvaro. "A noção de retradução nos Estudos da Tradução". In: Revista Letras Raras, vol. 3. n.2. Campina Grande: UFCG, 2014. p. 35-57. MONTI, Enrico; SCHNYDER, Peter. Autour de la retraduction - Perspectives littéraires européennes. Paris: Orizon, 2011. PETRY, Simone. "Retradução e o princípio da abundância". In: Tradução em Revista, n. 19, 2015-2. PÖCKL, Wolfgang. "Neuübersetzungen: zwischen Zufall und Notwendigkeit". In: BACHLEITNER, Norbert; WOLF, Michaela (Hrsg.) Streifzüge im translatorischen Feld: zur Soziologie der literarischen Übersetzung im deutsprachigen Raum. Wien / Berlin / Münster: LIT, 2010. p. 317-330. RONDINELLI, Marcelo. Hipérion, Hiperíon, Hiperion, Hiperião: destinos e constelações de um Hölderlin (re)traduzido no Brasil. Tese de doutorado. Florianópolis: UFSC, 2015. TORRES, Marie-Hélène C.; MILTON, J. "Apresentação" in: Cadernos de Tradução, v. 1, n. 11. Florianópolis: UFSC, 2003. VENUTI, Lawrence. "Retranslations. The creation of value". In: FAULL, Katherine M. Bucknell Review: Translation and Culture. n. 47. Lewisburg: Bucknell University Press, 2004. p. 25-38.

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Código: LIT982 - Turma: U - Nível: M/D - 60 horas - 4 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Modernas e Contemporâneas (poéticas dos corpos na literatura e na performance) Professor(es): Marcos Antônio Alexandre Ementa: O propósito do Seminário é discutir como as poéticas dos corpos são representadas em textos literários e performáticos. A partir de análises e leituras comparativas de obras dramáticas/espetaculares, narrativas, performativas e poéticas serão propostas discussões teóricas com vistas a expandir os lugares discursivos e de representatividade de sujeitos/corpos recebidos pelo discurso hegemônico como marginalizados. PRÉ-REQUISITO(S): Ler textos em espanhol e em inglês. Programa: " Poéticas dos corpos: teorias e práxis. " Poéticas dos corpos na Literatura. " Poéticas dos corpos na Performance. Bibliografia: (Outras referências serão incorporadas à bibliografia de acordo com as discussões realizadas ao longo do semestre letivo, dinâmica das classes e do interesse do grupo.) AZEVEDO, José Fernando Peixoto de Azevedo. Eu, um crioulo. São Paulo: n-1 edições, 2018. BENEVENUTO, Assis; ALEXANDRE, Marcos; SOUZA, Vinícius. Teatro Negro. Belo Horizonte: Javali, 2018. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987. (capítulos selecionados) FRANCO, Marielle. UPP A REDUÇÃO DA FAVELA EM TRÊS LETRAS: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. São Paulo: n-1 edições, 2018. EVARISTO, Conceição. Olhos D'água. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2018. HERNÁNDEZ ESPINOSA, Eugenio. Maria Antônia. In: ALEXANDRE, Marcos Antônio. O teatro negro em perspectiva: dramaturgia e cena negra no Brasil e em Cuba. p. 185-313. HORIZONTE DA CENA. https://www.horizontedacena.com/. JR, Nabor (ed.). Legítima Defesa. Uma Revista de Teatro Negro. São Paulo: Cia Os Crespos da Cooperativa Paulista de Teatro. Ano 1. Número 1. 2° Semestre 2014. (peças e artigos selecionados) JR, Nabor (ed.). Legítima Defesa. Uma Revista de Teatro Negro. São Paulo: Cia Os Crespos da Cooperativa Paulista de Teatro. Ano 2. Número 2. 2° Semestre 2016. (peças e artigos selecionados) literafro. O portal da literatura afro-brasileira. http://www.letras.ufmg.br/literafro/. MBEMBE, Achille. O fardo da raça. Entrevistas com Achille Mbembe a Arlette Fargeau e a Catherine Porevin. São Paulo: n-1 edições, 2018. MEIRELLES, Marcio. Bença. Salvador: Caderno de apresentação do Espetáculo do Bando Teatro Olodum. MARTINS, Leda. A cena em sombras. São Paulo: Perspectiva, 1995. NEGRO, Coletivo [et. al]. Negras dramaturgias. São Paulo: Coletivo Negro, 2015. OLIVEIRA, Jé. Farinha com açúcar ou sobre a sustança de homens e meninos. Belo Horizonte: Editora, Javali, 2018. PASSÔ, Grace. Mata teu pai. Rio de Janeiro: Cobogó, 2017. PASSÔ, Grace. Vaga Carne. Belo Horizonte: Javali, 2018. PIMENTEL, Ary; PINTO, Ricardo (orgs.). As vozes do mundo. Uma antologia mínima de Ferréz, Paulo Lins e Marçal Aquino. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras da UFRJ e Confraria do Tempo, 2005. RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018. SILVA, Cidinha. Exuzilhar: melhores crônicas de Cidinha da Silva. Vol. 1. São Paulo: Kuanza Produções, 2019. (contos selecionados) _______. Para começar: melhores crônicas de Cidinha da Silva. Vol. 2. São Paulo: Kuanza Produções, 2019. (contos selecionados) TALYOR, Diana. Performance. Buenos Aires: Asunto Impreso Ediciones, 2012.

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Código: LIT984 - Turma: U - Nível: M/D - 15 horas - 1 Créditos Disciplina: Seminário de Literaturas Modernas e Contemporâneas (Herberto Helder e o campo literário) Professor(es): Sandro Santos Ornellas Ementa: É um curso introdução à poesia de Herberto Helder a partir da hipótese de que sua poesia faz um uso limiar da linguagem, tendo, portanto, uma posição ambivalente em relação ao campo e à instituição literária. Para apresentar essa hipótese, o minicurso pensará a poesia de HH por três ângulos: 1) pela discussão - através da leitura de álbuns atos literários agenciados como cenas de escrita - sobre a lógica limiar da presença-ausência centrada no livro Os selos, 2) pela discussão de algumas cenas de escrita em Photomaton & vox, entendidas como envios de "vida e obra", 3) pela noção de "obra", para pensar o que Herberto Helder entende como "vida" em sua poesia, a partir do indecidível título Herberto Helder "Ou o poema contínuo". Programa: 1. A instituição literária a. Tradições de leitura de Herberto Helder b. Usos da linguagem c. Os selos 2. Cenas de escrita, envios da língua a. Cenas como legibilidade b. Photomaton & vox: limiares e gêneros c. Envios de "vida e obra" 3. Vida e obra em "Herberto Helder Ou o poema contínuo" a. "Vida e obra" como dispositivo b. "Vida e obra" em Os passos em volta c. "Vida e obra" em "Herberto Helder Ou o poema contínuo" Bibliografia: AGAMBEN, Giorgio. Elogio da profanação. Profanações. São Paulo, Boitempo, 2007. AGAMBEN, Giorgio. A obra do homem. A potência do pensamento. Belo Horizonte, Autêntica, 2015. AGAMBEN, Giorgio. Opus Alchymicun. O fogo e o relato. São Paulo, Boitempo, 2018. ARENDT, Hannah. A condição humana. 13 ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2017. DAL FARRA, Maria Lucia. A alquimia da linguagem. Leitura da cosmogonia poética de Herberto Helder. Lisboa, Casa da Moeda, 1986. DERRIDA, Jacques. Freud e a cena da escritura. A escritura e a diferença. São Paulo, Perspectiva, 1995. DERRIDA, Jacques. Cartão-postal. Rio de Janeiro, 2007. DERRIDA, Jacques. Essa estranha instituição chamada literatura. Belo Horizonte, EDUFMG, 2014. EIRAS, Pedro. Photomaton & Vox. Esquecer Fausto. Porto, Campo das Letras, 2005. GUEDES, Maria Estela. Herberto Helder, poeta obscuro. Lisboa, Presença, 1979. HELDER, Herberto. Ou o poema contínuo. São Paulo, Girafa, 2006. HELDER, Herberto. "Vida e obra". Os passos em volta. Rio de Janeiro, Azougue, 2005. HELDER, Herberto. "Os selos"; "Os selos, outros, últimos". Poesia completa. Lisboa, Porto Editorial, 2014. HELDER, Herberto. Photomaton & vox. Rio de Janeiro, Tinta da China, 2017. MARTELO, Rosa Maria. "Assinatura e assassinato"; "Cenas de escrita (alguns exemplos)". A forma informe. Leituras de poesia. Lisboa, Assírio e Alvim, 2010. MARTELO, Rosa Maria. Os nomes da obra. Os nomes da obra: Herberto Helder ou o poema contínuo. Lisboa, Assírio e Alvim, 2016. MILLER, J. Hills. Derrida's destinerrance. MLN. Vol. 121, No. 4, French Issue (Sep., 2006), pp. 893-910. ORNELLAS, Sandro. Limiares poéticos do pensamento político de Giorgio Agamben. Griot: Revista de Filosofia, v. 19, n. 1, 28 fev. 2019, p. 44-64. SILVA, João Amadeu Oliveira Carvalho da. Os selos, outros, últimos, de Herberto Helder: pelo sopro da criação à harmonia. Revista do CESP. Belo Horizonte, CESP-FALE/UFMG. V. 27, n. 38, jul-dez, 2007, p, 11-31. SUSSEKIND. Pedro. "Tema hegeliano"; "Após o fim da arte". Teoria do fim da arte. Rio de Janeiro, 7 Letras, 2018.