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DISCIPLINAS OFERECIDAS NO 1º SEMESTRE DE 2018 Disciplina: O sintagma identidade-metamorfose-emancipação Professor: Antonio da Costa Ciampa Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 03 Tipo: Seminário de Núcleo - Eletiva Semestre: 1º de 2018 Horário: 2ª feiras 19h15/22h15 EMENTA O objetivo é oferecer ao aluno concepções teóricas a respeito do sintagma identidade-metamorfose-emancipação, que lhe permitam analisar a humanização enquanto processo que particulariza o universal na articulação com o singular. O curso trabalha com a definição de identidade como metamorfose humana que busca a emancipação. Para tanto, procura investigar condições e possibilidades de movimentos emancipatórios, em relação a identidades sociais, sejam elas individuais, sejam elas coletivas, sempre considerando suas implicações políticas na realidade brasileira BIBLIOGRAFIA BÁSICA ALMEIDA, Juracy. A. D. , ALVES, Cecillia P. & CIAMPA, A. C. (orgs.). Dossiê Identidade-Metamorfose-Emancipação. Psicologia & Sociedade Out. 2017. BERGER, P & LUCKMANN, T. A Construção Social da Realidade. Petrópolis: Vozes, 1973 (1 a . ed.). BERGER, P & LUCKMANN, T. Modernidade, pluralismo e crise de sentido - A Orientação do Homem Moderno Petrópolis: Vozes. 2004 (1ª ed.). CIAMPA, A. da O. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense, 2009 (1 a ed. 1987). CIAMPA, A. da O. Fundamentalismo: a recusa do fundamental. In: PINTO, E A., Almeida, I. A. (orgs.) Religiões - Tolerância e Igualdade no Espaço da Diversidade. São Paulo: Fala Preta! Organização de Mulheres Negras, 2004. CIAMPA, A. dã C. "Políticas de identidade e identidade política. IN: DUNKER, C. I. L., PASSOS, M. C. Uma Psicologia que se Interroga - Ensaios. São Paulo: Edicon, 2002. CIAMPA, Identidade: um paradigma para a Psicologia Social? Apresentação no 10° Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO, 1999. CIAMPA, A da C. Identidade. In: LANE, S. T. M. et al. Psicologia Social - O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1984 (1 a ed).

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DISCIPLINAS OFERECIDAS NO 1º SEMESTRE DE 2018 Disciplina: O sintagma identidade-metamorfose-emancipação Professor: Antonio da Costa Ciampa Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 03 Tipo: Seminário de Núcleo - Eletiva Semestre: 1º de 2018 Horário: 2ª feiras – 19h15/22h15 EMENTA O objetivo é oferecer ao aluno concepções teóricas a respeito do sintagma identidade-metamorfose-emancipação, que lhe permitam analisar a humanização enquanto processo que particulariza o universal na articulação com o singular. O curso trabalha com a definição de identidade como metamorfose humana que busca a emancipação. Para tanto, procura investigar condições e possibilidades de movimentos emancipatórios, em relação a identidades sociais, sejam elas individuais, sejam elas coletivas, sempre considerando suas implicações políticas na realidade brasileira BIBLIOGRAFIA BÁSICA ALMEIDA, Juracy. A. D. , ALVES, Cecillia P. & CIAMPA, A. C. (orgs.). Dossiê Identidade-Metamorfose-Emancipação. Psicologia & Sociedade – Out. 2017. BERGER, P & LUCKMANN, T. A Construção Social da Realidade. Petrópolis: Vozes, 1973 (1a. ed.). BERGER, P & LUCKMANN, T. Modernidade, pluralismo e crise de sentido - A Orientação do Homem Moderno Petrópolis: Vozes. 2004 (1ª ed.). CIAMPA, A. da O. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense, 2009 (1a ed. 1987). CIAMPA, A. da O. Fundamentalismo: a recusa do fundamental. In: PINTO, E A., Almeida, I. A. (orgs.) Religiões - Tolerância e Igualdade no Espaço da Diversidade. São Paulo: Fala Preta! Organização de Mulheres Negras, 2004. CIAMPA, A. dã C. "Políticas de identidade e identidade política. IN: DUNKER, C. I. L., PASSOS, M. C. Uma Psicologia que se Interroga - Ensaios. São Paulo: Edicon, 2002. CIAMPA, Identidade: um paradigma para a Psicologia Social? Apresentação no 10° Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO, 1999. CIAMPA, A da C. Identidade. In: LANE, S. T. M. et al. Psicologia Social - O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1984 (1a ed).

CIAMPA, A da C. A Identidade Social e suas relações com a Ideologia - São Paulo, Dissertação de Mestrado, PUCSP, 1977 .

CIAMPA, A. da C. & LIMA, A. F. "Metamorfose humana em busca de emancipação: A identidade na Perspectiva da Psicologia Social Critica" in Lima A. F. (Org.) Psicologia Social Critica - Paralaxes do Contemporâneo. Porto Alegre: Sulina, 2012. GOFFMAN, E. Estigma - Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. (Trad. Márcia Bandeira de Mello Leite Nunes), Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1975 (1a ed.). HONNETH, A. Luta por reconhecimento - A gramática moral dos conflitos sociais (Trad. Luiz Repa). São Paulo, Ed 34, 2003 (1a. ed.). LIMA, A. F. Metamorfose, Anamorfose e reconhecimento perverso - A identidade na perspectiva da Psicologia Social Critica. São Paulo: FAPESP, EDUC, 2010.

Disciplina: Vigotski, um cientista revolucionário: pressupostos, categorias analíticas, metodologia e práxis Professora: Bader Burihan Sawaia Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 03 Tipo: Seminário de Núcleo - Eletiva Semestre: 1º de 2018 Horário: 3ª feiras –16h/19h EMENTA Aprofundar a análise da obra de Vigotski, destacando seu olhar dialético na metodologia de pesquisa, na construção de categorias analíticas e na concepção de práxis, fundamental à compreensão da subjetividade como fenômeno social sem cair no perigo “da destituição do estatuto do sujeito sob um suposto determinismo do meio sócio-cultural”. Destaque será dado ao diálogo entre Vigotski e Espinosa. Temas teóricos: concepção de psiquismo como drama e de subjetividade revolucionária, onde se relacionam dialeticamente, afeto, imaginação, memória, pensamento e ação. Destaque às categorias que sintetizam o enlace da emoção com a demais categorias do psiquismo e deste com o social: perezhivanie, sentido/significado, consciência e inconsciente, homo duplex e catarse. Temas metodológicos: a intenção de Vigotski de transformar categorias psicológicas em unidades de análise como Marx fez com a mercadoria e Espinosa, com a potência de ação, usando o método dialético. Temas da praxis: busca orientação à práxis psicossocial nos textos sobre arte, educação e ZDP e discute o pressuposto filosófico da articulação entre liberdade e imaginação. BIBLIOGRAFIA BÁSICA NEWMAN, F. & Holzman, L. (2002). Lev Vygotsky: cientista revolucionário. São Paulo: Loyola.

SANTOS, L e Sawaia, B.B. (2016). Um mergulho no “Morro do Querosene” e o encontro com os artistas do invisível: reflexões sobre arte, comunidade, afeto e práxis psicossocial in Revista de Ciências Humanas-UFSC, v.50, n°2.

SAWAIA, B.B. e Silva, D.N.H. (2016). Pelo reencantamento da Psicologia: em

busca da positividade epistemológica da imaginação e da emoção no

desenvolvimento humano. In Cd. Cedes, Campinas, v.35, n. Especial, p.343-

360, out, 2015.

SAWAIA, B.B. e Magiolino, L.L.S. (2016) As Nuances da Afetividade: emoção,

sentimento e paixão em perspectiva. In Banks-Leite, L. e Smolka, A.L.B.

Diálogos na perspectiva histórico-cultural.

SAWAIA, B.B. (2014). Transformação social- um objeto pertinente à psicologia

social? In Revista Psicologia &Sociedade –ABRAPSO, 26 (n.spe.2)4-17.

VIGOTSKI. L. S. El papel del ambiente en el desarrollo del niño. In VIGOTSKI, Liev Semionovch. La genialidad y otros textos ineditos. (compilado por Blank, G.).Editorial Almagesto, Buenos Aires: (1935/1998) . ___________________. Manuscrito de 1929. Educ. Soc. Campinas, v. 21, n. 71, p. 21-44, Jul 2000. Disponível ___________________. Psicologia da Arte. S.P.: Martins Fontes, 1999. ___________________.Teoría de las emociones: Estudio histórico-psicológico, Madrid: Akal, 2004. ___________________.A Transformação socialista do Homem (1930). ___________________ (1991). El significado histórico de la crisis de la psicología: una investigación metodológica (1927). In L. S. Vygotski. Obras escogidas, tomo I. Madri: Visor. VINHA, Márcia Pileggi; WELCMAN, Max. Quarta aula: a questão do meio na pedologia Lev Semionovich Vigotski. Psicol. USP, São Paulo, v.21, n.4, p. 681-701, 2010. ZAVERSHNEVA, E.Iu.. The way to Freedom (on the publication of Documentsfrom the Family Archive of L. Vygotsky. Journal of Russian and East European Psychology, vol 48, n.1, january-february, 2010, pp.61-90 Teses e dissertações defendidas no NEXIN sobre a obra de Vigotski: sobre Dialética - Dilson Wrasse, sobre afeto - Aline Matheus Veloso e sobre Inconsciente: Livia Maria Gomes dos Santos.

Disciplina: Temas Avançados em Epistemologia do Conhecimento Científico Professora: Carla Cristina Garcia Nível: Doutorado Créditos: 03 Tipo: Disciplina Obrigatória Semestre: 1º de 2018 Horário: 3ª feiras – 19h15/22h15 EMENTA As pensadoras feministas vêm há muito colocando em questionamento os parâmetros científicos definidores de quem pode ou não ser sujeito do conhecimento, do que pode consistir como conhecimento, ou mesmo o que pode ser conhecido. Um deles situa-se no segmento que tem sido chamado de "a questão da mulher na ciência", e que refere à sua participação, nas atividades científicas e tecnológicas, em particular na pesquisa, e aos problemas do acesso à carreira profissional respectiva. Desse ponto de vista, problematiza-se a questão da "igualdade", aparentada claramente com o processo mais amplo de reivindicação dos direitos à igualdade das mulheres em todas as ordens da vida social. O caso do direito à igualdade na ciência e na tecnologia se traduz como igualdade no acesso à educação e em particular à educação superior; no ingresso à carreira científica e seu desempenho posterior; no acesso a instâncias de decisão no desenvolvimento da ciência e da tecnologia na sociedade. Outro eixo central tem-se constituído em torno de uma problematização de natureza epistemológica que, baseando-se na ideia da constituição social do conhecimento científico, concentra-se na análise da natureza revolucionária do olhar feminino sobre o mundo e, portanto, no potencial inovador da pesquisa científica gerada por mulheres. Dessa perspectiva, o problema não consiste tanto no melhoramento da participação das mulheres no sistema da ciência, senão nos esquemas interpretativos que dominam a construção simbólica da natureza e da sociedade. O conhecimento produzido sobre e pelas mulheres sempre foi visto como de menor valor, por versar sobre assuntos tidos como não afeitos ao rigor científico, nem dignos de serem contemplados pela ciência, como o cotidiano, as histórias de família, os gestos e os sonhos, enfim, temas considerados como “coisas de mulher. Acrescem a essas críticas, voltadas para o tipo de objeto, outras que dizem respeito às atitudes das pesquisadoras, acusadas de não conseguirem agir com neutralidade, articulando teoria e prática de forma tão visceral, a ponto de não separar a construção do conhecimento, da militância. Isto faz com que, ainda hoje, quando é inegável a importância da pesquisa feminista no processo de reflexão sobre a sociedade, autores afirmem que “a contribuição feminista ainda não foi devidamente reconhecida no meio acadêmico, em particular por aqueles que insistem em manter uma postura formal em relação à ciência. Esses, entre outros, são argumentos utilizados para dificultar a legitimidade do conhecimento feminista, deixando-o fora de muitas áreas do saber acadêmico, onde é visto com desprezo e desqualificação. Essas atitudes refletem os preconceitos que a sociedade tem com as atividades femininas e a falta de valor com que vê a mulher. Assim, mesmo sabendo-se que os estudos feministas são significativos em quantidade e qualidade, reiteradas afirmações

indicam que “o conhecimento, seja sobre mulher seja sobre gênero, vem enfrentando dificuldades para obter reconhecimento como tema relevante para as ciências de um modo geral. Neste sentido, esta disciplina tem como objetivo principal refletir sobre a Epistemologia Feminista. Porque tivemos que buscar uma “alternativa” ao modelo “clássico” e “tradicional” da Epistemologia? Qual a real necessidade e importância de trabalharmos com a Epistemologia Feminista, sobretudo quando realizamos pesquisas sobre mulheres? Buscaremos levantar e discutir estas questões. BIBLIOGRAFIA GERAL BUTLER, Judith. Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. New York: Routledge, 1990. FARGANIS, Sandra. O Feminismo e a reconstrução da ciência social. In: JAGGAR, Alisson M. & BORDO, Susan R. (orgs.), Gênero, Corpo, Conhecimento. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos,1997, pp.224-240. FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1986, p.54 GROSZ, Elizabeth. Bodies and Knowledges: Feminism and the Crisis of Reason, in ALCOFF, L. e POTTER, E. , op. cit. p. 206. HARAWAY, Donna. “Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”. UNICAMP, Cadernos PAGU, nº 5,1995, p.14. HARDING, Sandra. The Science Question in Feminism. Ithaca: Cornell University Press, 1986. _______________. A instabilidade das Categorias Analíticas na Teoria Feminista”, in Revista de Estudos Feministas, vol.1, nº.1, Rio de Janeiro CIEC/ECO/UFRJ. 1993, p.19. _______________. Ciência Y feminismos. Tradução de Pablo Manzano, Madrid: Edições Morato, S.L.,1996. _______________. The Feminist Standpoint Theory Reader. New York: Routledge, 2004. KELLER, Evelyn Fox. Feminism and science. In: KELLER, Evelyn Fox, and LONGINO, Helen (eds.). Feminism and Science. Oxford: Oxford University Press, 1996. pp.28-90. LONGINO, Helen E. To See Feelingly: Reason, Passion, and Dialogue in Feminist Philosophy, in Donna C. Stanton e A. Stewart (org.) Feminisms in the academy, Ann Arbor: The University of Michigan Press,1995, p.21. LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Lisboa: Gradiva, 1989. NOGUEIRA, Conceição. Um novo olhar sobre as relações sociais de género: perspectiva feminista crítica na psicologia social. 1996. Tese (Doutoramento

em Psicologia Social) – Universidade do Minho, Braga. ____________________. Um novo olhar sobre as relações sociais de género: feminismo e perspectiva crítica na psicologia social. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 2001. RAGO, Margaret. Epistemologia Feminista, Gênero e história. In: PEDRO, Joana M. e GROSSI, Mirian P. (orgs), Masculino, Feminino, plural. Florianópolis, Editora das Mulheres,1998, pp.24-42. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento, 1988. SARDENBERG, Cecilia. Da Crítica Feminista à Ciência a uma Ciência Feminista? Labrys. Estudos Feministas, v. 11, 2007, p.45. SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem, in HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.) Tendências e Impasses. O Feminismo como Crítica da Cultura. Rio de Janeiro: Rocco,1994, p.29.

Disciplina: Pesquisa em Análise Institucional Professora: Maria Cristina Gonçalves Vicentin Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 03 Tipo: Seminário de Núcleo - Eletiva Semestre: 1º de 2018 Horário: 2ª feiras – 18h30/21h30 EMENTA Esta disciplina visa familiarizar os estudantes com o referencial teórico-metodológico da análise institucional francesa, mais especialmente com os conceitos cruciais para o trabalho de pesquisa (campo de análise, analisador, restituição, análise de implicação, pesquisa-intervenção, ética como política da pesquisa). Propomos inicialmente discutir a gênese histórica e conceitual desses operadores e em seguida as estratégias de pesquisa. Para tanto, trabalharemos a partir da leitura crítica de estudos e pesquisas realizados nesse referencial e daqueles em andamento no próprio Núcleo e por meio de exercício e discussão do diário de pesquisa. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ALTOÉ, Sonia (org). René Lourau. Analista institucional em tempo integral. Hucitec, São Paulo, 2004. EL HAMMOUTI, Nour-Din. “O contexto histórico das correntes da análise institucional: as intervenções institucionais a partir da segunda guerra mundial”. Em: Martins, João Batista (org) Temas em análise institucional e em construcionismo social. São Carlos: Rima; Curitiba: Fundação Araucária, 2002. LOURAU, R. Análise Institucional e práticas de pesquisa. Em: Rodrigues, H.B.C. (org) René Lourau na UERJ. Rio de Janeiro: UERJ, 1993. (Endereço: http://www.cliopsyche.cjb.net/mnemo/index.php/mnemo) _________A análise institucional. Petrópolis: Vozes, 1995. PASSOS, E., KASTRUP, V., ESCOSSIA, L. (orgs) Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.

PASSOS, E., KASTRUP, V., TEDESCO, S. (orgs.) Pistas do Método da Cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum. Porto Alegre: Sulinas, 2014.

PAULON, Simone M. A análise de implicação como ferramenta na pesquisa-intervenção. Em Psicologia e Sociedade. Revista da Abrapso. Vol 17, n. 3, set/dez 2005. PAULON, Simone Mainieri; ROMAGNOLI, Roberta Carvalho. Pesquisa-intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, abr. 2010. Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812010000100007&lng=pt&nrm=iso>. ROCHA, M. L. e AGUIAR, K. F. Pesquisa-intervenção e a produção de novas análises. Psicologia: ciência e profissão. CFP, Brasília, v.23, n.4, p.64-73, 2003. RODRIGUES, H. de B. C. “Análise institucional francesa e transformação social: o tempo (e contratempo) das intervenções” Em: Sonia Altoé Altoé, Sonia e Rodrigues, Heliana de B. C.(orgs) Análise institucional. SaúdeLoucura8. São Paulo, Hucitec, 2004.

Disciplina: Epistemologia do Conhecimento Científico Professora: Maria da Graça Marchina Gonçalves Nível: Mestrado Créditos: 03 Tipo: Disciplina Obrigatória Semestre: 1º de 2018 Horário: 2ª feiras – 13h/16h

EMENTA

Estudo dos fundamentos epistemológicos da psicologia, na relação com a Modernidade e suas principais formulações. A partir da compreensão da Modernidade como conjunto de ideias representativas de um contexto histórico determinado, serão apresentadas as principais questões aí postas para o conhecimento, com destaque para a noção de sujeito constituída nesse contexto. Essas referências serão recolocadas tendo em vista formulações contemporâneas, no âmbito da chamada pós-modernidade, com o objetivo de se avaliar em que medida mantém ou superam as referências da modernidade. Também aqui a noção de sujeito e suas diferentes concepções serão destacadas, analisando-se suas implicações para a produção de conhecimento. Essa análise terá como base a noção de historicidade e incluirá a discussão das principais categorias da epistemologia: concepção de relação sujeito-objeto; noção de verdade; noção de realidade e objetividade; noção de teoria e sua relação com a empiria; entre outras. ESTRATÉGIAS A disciplina será desenvolvida por meio de aulas dialogadas, a partir de leitura básica e complementar; e por meio de seminários realizados pelos alunos. AVALIAÇÃO Será composta por avaliações de atividades realizadas em grupo e por uma avaliação individual final. BIBLOGRAFIA DE REFERÊNCIA ARÊDES, José A.P. - Foucault: da morte do sujeito ao sujeito da morte. Philosophica 8, Lisboa, 1996, pp. 37-49. FROELICH, José M.; BRAIDA, Celso R. – Antinomias pós-modernas sobre a natureza. História, ciências, saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 17, n.3, p. 627-641, jul-set 2010. GARCIA, Sylvia G. – Sobre os obstáculos sociais ao desenvolvimento histórico da razão. Scientiae Studia, São Paulo, v. 12, n. 4, p. 751-66, 2014. GONÇALVES, M. Graça M. – A psicologia como ciência do sujeito e da subjetividade – a historicidade como noção básica (cap.2) – o debate pós-moderno (cap.3) in BOCK, Ana M. B; GONÇALVES, M. Graça M. & FURTADO, Odair - Psicologia sócio-histórica – uma perspectiva crítica em psicologia. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2015, pp. 47-92.

GONÇALVES, M. Graça M. – Porque sujeito. In Psicologia sócio-histórica e políticas públicas: a dimensão subjetiva de fenômenos sociais. Doutorado. PUCSP. 2003, p. 20-44. GONZÁLEZ REY, Fernando L. – Pesquisa qualitativa e subjetividade – os processos de construção da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. KAHHALE, Edna M.P.; PEIXOTO, Madalena G.; GONÇALVES, M. Graça M.- A produção de conhecimento das revoluções burguesas: aspectos relacionados à questão metodológica. In KAHHALE, Edna M.P. (org.) – A diversidade da psicologia – uma construção teórica. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2011, pp. 17-73. MORIN, Edgar – A noção de sujeito. In SCHNITMAN, Dora (org.) – Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, pp.45-58. PEIXOTO, Madalena G. – A condição política na pós-modernidade – a questão da democracia. São Paulo: EDUC/FAPESP, 1998. SANTOS, Boaventura S.; MENESES, Maria Paula (orgs.) – Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. SHINN, Terry - Desencantamento da modernidade e da pós-modernidade: diferenciação, fragmentação e a matriz de entrelaçamento. Scientia e Studia, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 43-81, 2008.

Disciplina: História da Psicologia Social Professora: Maria do Carmo Guedes Nível: Mestrado Créditos: 03 Tipo: Disciplina Obrigatória Semestre: 1o de 2018 Horário: 4ª feiras – 9h/12h EMENTA Com o objetivo de fornecer ao Programa dados sobre sua história, a disciplina focalizará neste semestre a Psicologia social em São Paulo e no Brasil a partir de 2000, tendo como referência inicial o Catálogo publicado em 2002, quando dos 30 anos do Programa. E, como contexto, a Psicologia no país e no mundo hoje. BIBLIOGRAFIA BÁSICA A Bibliografia incluirá principalmente artigos em periódicos credenciados. E as informações obtidas serão inseridas diretamente num Banco de dados especialmente criado para isso. Desse modo, o tempo para coletas será otimizado, em favor de reflexão sobre "como deu no que deu" - pergunta por excelência para estudo que se propõe histórico. E, para isso, dois autores serão fundamentais: Sánchez-Vazquez Filosofia da ciência) e Josef Fontana (História).

Disciplina: Desenvolvimento de Projetos Professora: Mary Jane Paris Spink Nível: Mestrado Créditos: 03 Tipo: Disciplina Obrigatória Semestre: 1o de 2018 Horário: 3ª feiras – 09h30/12h30 EMENTA Esta disciplina tem por finalidade permitir aos alunos articular as dimensões do trabalho científico com as questões mais gerais da estrutura da pós-graduação, da organização da pesquisa e da circulação do conhecimento, respeitando o objetivo de fortalecer uma Psicologia Social teoricamente plural, centrada na realidade brasileira e, ao mesmo tempo, participante do debate internacional. No primeiro semestre de 2018, as atividades propostas estão estruturadas em torno de duas habilidades. A primeira é referente à pesquisa bibliográfica na diversidade de bancos de dados nacionais e internacionais para maior compreensão sobre o uso de palavras chave e filtros de busca. A segunda habilidade refere-se à cultura de avaliação entre pares, tendo como exemplo a elaboração de pareceres para artigos encaminhados para revistas científicas. Nesta direção, propõe-se também familiarização com os sistemas de avalição de revistas e livros com base no Qualis da Área da Psicologia. REFERÊNCIAS Revisão Sistemática de Bibliografia LIMA, J.M. A construção de tipos de pessoas vista a partir dos bancos de dados: o caso da adolescência vulnerável. Mestrado em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2015. PEREIRA, M.G; GALVAO, T.F. Etapas de busca e seleção de artigos em revisões sistemáticas da literatura. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 23, n. 2, p. 369-371, jun. 2014. RIBEIRO, M.A.T.; MARTINS, M.H.M.; LIMA, J.M. A pesquisa em base de dados: como fazer? In: LANG, C.E.; BERNARDES, J.S.; RIBEIRO, M.A.T.; ZANOTTI, S.V. (orgs). Metodologias: pesquisa em saúde, clínica e práticas psicológicas. Maceió: EDUFAL, 2015, p. 61-83. Avaliação entre pares BOTOMÉ, S.P. Avaliação entre pares na ciência e na academia: aspectos clandestinos de um julgamento nem sempre científico, acadêmico ou de avaliação. Psicologia USP, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 335-356, june 2011. Outros SACCO, A. M., Valiente, L, Vilanova, F., Wendt, G. W., DeSousa, D. A., & Koller, S. A. Bolsistas PQ em Psicologia 2012-2014. Psicologia: Ciência e Profissão Abr/Jun. v. 36 n°2, 292-303, 2016.

Disciplina: Aspectos da Psicologia Social Contemporânea Professora: Mary Jane Paris Spink Nível: Doutorado Créditos: 03 Tipo: Disciplina Obrigatória Semestre: 1o de 2018 Horário: 4ª feiras – 09h30/12h30 EMENTA Esta disciplina tem como pressupostos: (a) a diversidade de enfoques teóricos da Psicologia Social; (b) o diálogo com outras áreas de conhecimento que a situam como campo interdisciplinar; (c) a perspectiva crítica da Psicologia Social desenvolvida no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social da PUCSP. Propõe, portanto, que os aspectos contemporâneos da disciplina derivam do movimento em cada uma dessas dimensões: teórica, transdisciplinar e crítica. Inicia problematizando em que consiste a perspectiva crítica da PSO. Em um segundo momento, discute no que consiste a postura transdisciplinar que marca o contemporâneo da disciplina. Finaliza com um panorama da diversidade dos enfoques teóricos no enquadre crítico e transdisciplinar, tomando como contemporâneo as referências teóricas utilizadas nas revistas da área que tem por foco a Psicologia Social entre elas: Psicologia e Sociedade; Polis e Psique; Psicologia e Saber Social; Revista Brasileira de Psicologia Política; Fractal; Estudos em Psicologia (Maringá); Pesquisa e Práticas Psicossociais. BIBLIOGRAFIA BÁSICA Perspectiva crítica em Psicologia Social: GUZZO, Raquel. (2015). Critical psychology and the American continent – From colonization and domination to liberation and emancipation. In: Parker, Ian (ed.). Handbook of Critical Psychology. Londres, Nova York: Routledge. LANE, Silvia. Avanços da Psicologia social na América Latina. In: Lane, Silvia T. M.; Sawaia, Bader B. (orgs). Nova Veredas da Psicologia Social. S. Paulo, Brasiliense, 1995 PSICOLOGIA & SOCIEDADE, vol. 19, número especial 2, 2007 – Silvia Lane, a psicóloga da ação política. SPINK, Mary Jane P. & SPINK, Peter. (2007). A Psicologia Social na Atualidade. In, Jacó-Vilela, Ana Maria; Leal, Arthur Ferreira e Portugal, Francisco Teixeira (Orgs), História da Psicologia: rumos e percursos. (pp. 565-585). Rio de janeiro: Nau Editora, Interdisciplinariedade: ALVARENGA, Augusta. T., SOMMERMAN, Américo, & ALVAREZ, Aparecida M. S. (2005). Congressos internacionais sobre transdiciplinaridade: Reflexões sobre emergências e convergências de ideias e ideais na direção de uma nova ciência moderna. Saúde e Sociedade,14 (3), 9-29.

JAPIASSU, Hilton. (1976). Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago. POMBO, Olga. (2005). Interdisciplinaridade e integração dos saberes. Liinc em Revista, v.1, n.1,, p. 3 -15 Diversidade: CORDEIRO, Mariana; SPINK, Mary Jane. (2013). Por uma psicologia social não perspectivista: contribuições de Annemarie Mol. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 65, n. 3, p. 338-356, CORDEIRO, Mariana P. (2012). Psicologia social no Brasil: multiplicidade, performatividade e controvérsias. Tese (Doutorado em Psicologia Social) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

Disciplina: O significante o traço unário e a letra na formalização da função sujeito no Seminário 9 Professor: Raul Albino Pacheco Filho Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 03 Tipo: Seminário de Núcleo - Eletiva Semestre: 1º de 2018 Horário: 6ª feiras – 13h/16h

EMENTA

Na primeira lição do Seminário 9, Lacan chama a atenção da sua audiência para o fato de que se pode encontrar uma alternância em seus seminários; os seminários ímpares tratam da temática do significante e os pares tratam da temática do sujeito. Consequentemente, diz ele, o Seminário 9 trata do significante, já que “importante na identificação deve ser, propriamente, a relação do sujeito com o significante.” (LACAN, 1961-1962/2003, p. 13). Considerando-se a experiência com que lidam os analistas, prossegue ele na lição 2, identificação é “identificação de significante”. (p. 25). Em uma das últimas sessões do Seminário 8 (a de 7 de junho de 1961) ele já assinalara que os dois primeiros modos freudianos da identificação são fundamentais. Neles “a identificação se faz sempre por ein einziger Zug” (...) e “isso converge com uma noção que conhecemos bem, a do significante.” (p. 344). Porém, já deixara insinuada a tarefa de formalização requerida adiante, na medida em que o traço único (einziger Zug) não é dado como significante, mas, possivelmente, seja um signo. “Para se dizer que isso é um significante, seria preciso mais” (Id.): que ulteriormente ele esteja em relação ou seja utilizado em uma bateria significante. E é a essa tarefa de formalização que ele se dedica no Seminário 9: de substituir a inclinação idealista das articulações do sujeito na tradição filosófica clássica (essa “função de idealização” sobre a qual repousa a necessidade estrutural do ideal do eu), por esse “ponto não místico” e perfeitamente concreto da identificação inaugural do sujeito com o significante radical (o traço unário). Afinal, o objeto da Psicanálise convoca que se acrescente, às funções da linguagem no campo do real, uma articulação lógica. E o esforço de Lacan será mostrar que o sujeito não está nem na individualidade real do organismo vivo, nem no sujeito do discurso preso nos mecanismos do significante, que fala de tudo o que vive e que faz com que o vivente viva tudo falando-o: a função do sujeito joga entre esses dois polos. Como assinala Prates Pacheco (2014, p. 17) será a partir desse momento do ensino de Lacan que os conceitos de escrita e letra passarão a ganhar força clínica e teórica. Mas isto não significa que estivessem inteiramente ausentes nos momentos anteriores, como lembra o próprio Lacan na sessão de 20 de dezembro de 1961 do Seminário 9: “há muito tempo faço intervir no nível da definição do inconsciente a função da letra.” (p. 89). Em seu esforço de articular não psicologicamente a função do sujeito, mas sim em referência ao significante, Lacan descobre um sujeito que não se confunde com o significante como tal, “mas que se desdobra nesta referência ao significante, com traços, com características perfeitamente articuláveis e formalizáveis”. (Id.) E, nesse percurso, ele afirma que já esbarrara anteriormente com a função da letra. Primeiro, em “O seminário sobre ‘A Carta Roubada’” (1957a/1966), onde já se indicava que alguma coisa, a tomar no

sentido literal do termo lettre era determinante na estrutura psíquica do sujeito. Depois, quando falou da instância da letra no inconsciente (1957b/1966), a partir das metáforas e metonímias. Porém, “chegamos agora, com essa largada que fizemos a partir da função do traço unário, a algo que vai permitir-nos ir mais longe.” (LACAN, 1961-1962/2003, p. 89). Na raiz do ato de fala há um momento em que ela (fala) se insere em uma estrutura de linguagem. A essa estrutura de linguagem, enquanto caracterizada nesse ponto original, Lacan busca aproximar-se teoricamente por meio da ideia de uma contemporaneidade original da escrita e da própria linguagem, pois a escrita é conotação significante. Não que a fala a crie, mas sim que a leia: “a gênese do significante num certo nível do real, que é um de seus eixos ou raízes, é, para nós, sem dúvida, o principal para conotar a vinda à luz do dia dos efeitos, ditos efeitos de sentido.” (Ibid., p. 117). Nessa relação primeira do sujeito (naquilo que ele projeta atrás de si nachtraglich), pelo fato de se engajar por seu ato de fala no discurso comum (fala balbuciante, a princípio, depois lúdica e até mesmo confusional), é aí que se produz esse algo que os psicanalistas interrogam, diz Lacan, em nome da fórmula “wo es war, soll ich werden”. (Id.). O objetivo deste seminário de núcleo é acompanhar a formalização lacaniana da função sujeito, no Seminário 9, a partir do significante, do traço unário e da letra.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

LACAN, Jacques (1957a/1966) O seminário sobre ‘A Carta Roubada’. In: Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998, p. 13-66.

LACAN, Jacques (1957ab1966) A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud. In: Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998, p. 496-533.

LACAN, Jacques (1961-1962) O Seminário, Livro 9: A identificação. Recife, Centro de Estudos Freudianos do Recife, 2003.

LACAN, Jacques (1966) Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998.

LACAN, Jacques (2001) Outros escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003.

PACHECO FILHO, Raul Albino (2012) Interpretação em psicanálise e em ciência: contrapontos. Stylus: Revista de Psicanálise, Rio de Janeiro, n. 25, nov. 2012, p. 107-120, 2012.

PACHECO FILHO, Raul Albino (2013) O real: a resposta da ciência e a resposta do psicanalista. Stylus: Revista de Psicanálise, Rio de Janeiro, n. 26, jun. 2013, p. 35-43, 2013.

PRATES PACHECO, Ana Laura (2014) La letra: de la carta al nudo. Medellín, Associación Foro del Campo Lacaniano de Medellín, 2014.

Disciplina: Pesquisa em Psicologia Social Professor: Salvador Sandoval Nível: Mestrado Créditos: 03 Tipo: Disciplina Obrigatória Semestre: 1º de 2018 Horário: 3ª feiras – 12h:45/15h45

EMENTA

Esta disciplina tem como objetivo familiarizar o estudante com o processo de pesquisa científica focalizando em três momentos decisivos desse processo: a formulação do objetivo da pesquisa, o desenvolvimento do referencial teórico da pesquisa e a confecção da abordagem metodológica da coleta de dados. No decorrer do semestre haverá discussões sobre questões e contradições que as apresentam na prática de realizar pesquisa em Psicologia Social e disciplinas afins, como a busca de coerência entre pressupostos meta-teóricos e analise empírico, o debate sobre as diversas técnicas metodológicas de coleta de dados. Através de aulas expositivas e discussões em grupo os alunos vão, ao longo do semestre, elaborar suas revisões bibliográficas da literatura pertinente ao tema de pesquisa e também conhecer algumas técnicas de coleta de dados empíricos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ALVEZ-MAZZOTTI, GEWANSZDNAJDER, F. O Método Nas Ciências Naturais E Sociais. São Paulo, Pioneira. BABBIE, EARL. Métodos de Pesquisa de Survey. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. BARDIN, LAURENCE. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BAUER, MARTIN W. e GEORGE GASKELL. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som (Petrópolis: Editora Vozes, 2002). CRESWELL, JOHN W. Projeto de Pesquisa Métodos Qualitativo, Quantitativo e Misto. Porto Alegre: Editora: Bookman Companhia Editora Ltda., 2010. ECO, Umberto (1977/1985). Como se faz uma tese. São Paulo, Editora Perspectiva. LUNA, Sérgio. Planejamento de Pesquisa. São Paulo: EDUC.

MAY, TIM. Pesquisa Social: Questões, Métodos e Processos. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004. PRZEWORSKI, ADAM e FRANK SOLOMAN. “The Art of Writing Proposals: Some Candid Suggestions for Applicants to Social Science Research Council Competitions”. Social Science Research Council, New York, 1995, revisado de 1988.

SILVERMAN, DAVID. Interpretação de Dados Qualitativos: Métodos para Análise de Entrevistas, Textos e Interações. Porto Alegre: Editora Penso, 3ª Edição, 2010.

Disciplina: Dinâmica dos Movimentos Sociais Professor: Salvador Sandoval Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 03 Tipo: Seminário de Núcleo - Eletiva Semestre: 1º de 2018 Horário: 5ª feiras – 12h:45/15h45 EMENTA A disciplina de Dinâmica dos Movimentos Sociais tem como objetivo familiarizar o aluno com as abordagens de estudo dos movimentos sociais e examinar estes fenómenos como instâncias de conscientização política. A disciplina inicia com uma análise das principais abordagens sociológicas sobre os movimentos sociais e as ações coletivas. No decorrer do semestre serão examinadas abordagens psico-sociológicas referentes a diferentes aspectos da dinâmica dos movimentos sociais, tais como: 1) os fatores que levam o indivíduo a participar nos movimentos sociais; 2) a relação entre participar em ações coletivas e a conscientização; 3) a interação entre a base de apoio e a liderança; 4) os efeitos das investidas de grupos externos ao movimento (Igreja, Estado, políticos, família, etc.). Ao longo do semestre serão examinadas alguns enfoques teóricos de consciência social e participação como categorias analíticas utilizadas nas áreas de psicologia comunitária, educação popular e psicologia política e as ciências sociais.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA COHEN Jean L. e ARATO Andrew. La Sociedad Civil en la Transición Latinoamerican d alas Dictaduras a la Democratización, in Jean L. Cohen e Andrew Arato, Sociedad Civl y Teoria Política (México: Fundo de Cultura Econômica, 1992.)

DA SILVA Alessandro Soares. (2006). Capítulo XI: Alguns Elementos para a Construção de uma Consciência Política Coletiva, in Marchando pelo Arco-Íris da Política: A Parada do Orgulho LGBT na Construção da Consciência Coletiva dos Movimentos LGBT no Brasil, Espanha e Portugal, Tese de Doutorado em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (xérox).

FERREE Myra Marx. El contexto político de la racionalidad: las teorias de la elección racional y la mobilización de recursos, in Enrique Laraña e Joseph Gusfield, orgs. Los Nuevos Movimientos Sociales: De la ideologia a la identidad. (Madrid: Entro de Investigaciones Sociológicas, 2001. pp. 151-182. (xerox). HUNT Scott, BENFORD Robert e SNOW David. Marcos de acción colectiva y campos de identidad en la construccíon social de los movimientos, in Enrique Laraña e Joseph Gusfield, orgs. Los Nuevos Movimientos Sociales: De la ideologia a la identidad. (Madrid: Entro de Investigaciones Sociológicas, 2001. pp. 221-252. (xerox).

JAVALOY Federic. et al. Comportamiento Colectivo y Movimientos Sociales (Madrid: Prentice Hall, 2001. Capitulo 8: Como surgem, crecen y triunfan los movimientos sociales, (xerox). JAVALOY Federic et al. Comportamiento Colectivo y Movimientos Sociales (Madrid: Prentice Hall, 2001. Capitulo 9: La Fuerza de la Identidad em el Movimiento Social (xerox). KLANDERMANS Bert. La construcción social de la protesta e los campos pluriorganizativos in Enrique Laraña e Joseph Gusfield, orgs. Los Nuevos Movimientos Sociales: De la ideologia a la identidad. (Madrid: Entro de Investigaciones Sociológicas, 2001. pp. 183-220. (xerox).

LARAÑA Enrique. “La Irrupción de los Nuevos Movimientos Sociales” in La Construcción de los Movimientos Sociales (Madrid: Alianza Editorial, 1999).

MCADAM Doug. Culutra y movimientos sociales in Enrique Laraña e Joseph Gusfield, orgs. Los Nuevos Movimientos Sociales: De la ideologia a la identidad. (Madrid: Entro de Investigaciones Sociológicas, 2001. pp. 43-69. (xerox). MELUCCI Alberto. Los movimientos sociales en la sociedad contermporanea, in Alberto Melucci, Acción Colectiva, Vida Cotidiana y Democracia. (México: El Colegio de México, 1999) pp.69-93.

REICHMANN Jorge e BUEY Francisco Fernández. Capitulo 1: Hacia un marco teorico para el estudio de los nuevos movimientos sociales, in Jorge Riechmann e Francisco Fernández Buey, Redes que Dan Libertad: Introducción a los nuevos movimientos sociales (Barcelona: Ediciones Paidós, 1994): pp.15-47. (xerox).

SANDOVAL Salvador A. M. Algumas reflexões sobre cidadania e formação de consciência política no Brasil, in A Cidadania em Construção: Uma Reflexão Transdisciplinar, Mary Jane Spink (org.). São Paulo: Cortez Editora, 1994. pp. 59-74. (xerox). SANDOVAL Salvador A. M. A Crise Sociológica e a Contribuição da Psicologia Social ao Estudo dos Movimentos Sociais, Educação e Sociedade, 34 (dezembro 1989) 122-130. (xerox).

SANDOVAL Salvador A. M. Consideração sobre aspectos micro-sociais na analise dos movimentos sociais, Psicologia e Sociedade 7 (setembro 1989) 61-73. (xerox). SANDOVAL Salvador A. M. The Crisis of the Brazilian Labor Movement and the Emergence of Alternative Forms of Working-Class Contention in the 1990s, Revista Psicologia Política, 1:1 (janeiro-junho 2001): 173-195. (xerox).

TILLY Charles. Democracia é um lago. Xerox tradução de Charles Tilly, Democracy is a Lake, in Charles Tilly, Roads from Past to Future (Boston: Rowman and Littlefield Publishers, 1998).

Atividade Programada: A questão da emancipação atualmente Professor: Antonio da Costa Ciampa Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 15h/18h EMENTA

A atividade programada do NEPIM – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Identidade-Metamorfose privilegiará neste semestre o estudo de questões sociais que afetam a existência de indivíduos e grupos na contemporaneidade à luz do sintagma identidade-metamorfose-emancipação, adotado como referencial teórico do núcleo. O objetivo central é promover experiências de pesquisas e de análise teórica de situações que impedem ou possibilitam processos emancipatórios buscando identificar práticas alternativas de individuação, reconhecimento e autonomia. As atividades deverão explorar também os procedimentos metodológicos de pesquisa adequados à abordagem e análise dos casos selecionados.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ANTUNES, M. S. X. (2014). A compreensão do sintagma identidade-metamorfose-emancipação por intermédio das narrativas de história de vida. In: LIMA, A. F., LARA JÚNIOR, N. Metodologias de pesquisa em Psicologia Social Crítica. Porto Alegre, Sulina.

BERGER, P., LUCKMANN, T. (2004). Modernidade, pluralismo e crise de sentido. Petrópolis, Vozes.

CIAMPA, A. C.; LIMA, A. F. (2017). Sem pedras o arco não existe: O lugar da narrativa no estudo critico da identidade. Dossiê: Identidade, metamorfose, emancipação. Psicologia & Sociedade, outubro/

CIAMPA, A. C. (2009). A estória do Severino e a história da Severina. Brasiliense, São Paulo.

CIAMPA, A. C. (2002). Políticas de Identidade e Identidades Políticas. In, DUNKER, Cristian. I. L. & PASSOS, M. C. (orgs.). Uma Psicologia que se interroga: ensaios. Edicon, São Paulo. p. 133-144.

CIAMPA, A. C. (2000). Identidade, metamorfose humana e emancipação. Texto apresentado em concurso para promoção de carreira. PUCSP, São Paulo (mimeo).

CIAMPA, A. C. (1997). As metamorfoses da ‘Metamorfose Humana’: Uma utopia emancipatória ainda é possível hoje? Comunicação apresentada no Simpósio “Metamorfoses da Identidade no mundo contemporâneo” do XXVI Congresso Interamericano da SIP. Setembro (mimeo).

DANTAS, S. S. (2015). De refém a protagonista: consumo identidade e emancipação. Curitiba, Ed. CRV.

LIMA, A. F. (2014). História oral e narrativas de história de vida: a vida dos outros como material de pesquisa. In: LIMA, A. F., LARA JÚNIOR, N. Metodologias de pesquisa em Psicologia Social Crítica. Porto Alegre, Sulina.

MALVEZZI, M. (2013). Sustentabilidade e emancipação. São Paulo, Ed. SENAC. MIRANDA, S. F. (2014). Identidade sob a perspeciva da Psicologia Social Crítica. Revista de Psicologia da UFC, 5(2), jul./dez. P. 124-137. QUEIROZ, M. I. P. Relatos orais: do 'indizível' ao 'dizível’. In: Simson, O. M. v. (org.) Experimentos com Historias de Vida. São Paulo: Vértice, 1988.

Atividade Programada: O comum como norte da práxis psicossocial Professora: Bader Burihan Sawaia Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 13h45/17h45 EMENTA As Atividades Programadas têm por objetivo introduzir o aluno nas atividades do Núcleo de seu orientador, promovendo experiências em pesquisa e em projetos de ação social, bem como estimulando a produção conjunta de publicações. Neste semestre, o objetivo é o de continuar explorando o potencial da ideia espinosana de comum na intervenção psicossocial e as questões metodológicas que ela apresenta. Relacionar a questão com a ideia de território. Elege como campo de estudo as pesquisas do NEXIN sobre população de rua. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ARENDT, H. (1988). Da revolução. SP: Ática, 1988. CHAUI, M. (2003). Política em Espinosa. Cia das Letras. ESPINOSA, B. (sd). Tratado Político. HARDT, M. Lo Común en el Comunism (texto traduzido para o espanhol do livro Badiou, A e Zizek,S. (2010) L’idée du Communisme , Lignes. Paris. HARDT, M. e Negri, T. (2005) Multidão: guerra e democracia na era do império. Rio de Janeiro: Record. E Commonwealth (2009). HARVEY, D. (2014). Cidades Rebeldes. SP: Martins Fontes. SAWAIA, B.B. (2014). Transformação Social: uma questão para a psicologia social? In Revista Psicologia & Sociedade.

Atividade Programada: Gênero e Psicologia Social. Uma Introdução Professora: Carla Cristina Garcia Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 13h45/15h45 EMENTA Esta atividade procurará introduzir a perspectiva crítica do pensamento feminista na pesquisa em psicologia social. O Objetivo é oferecer uma aproximação alternativa aos temas clássicos: identificar o androcentrismo e o sexismo de suas teorias e história, o viés de gênero nas investigações para com isso propor um projeto formativo que utilize a psicologia social como ferramenta para analisar como são construídas cotidianamente as relações de gênero. Objetivos - Conhecer e analisar as possibilidades e as bases epistemológicas de uma possível metodologia feminista para facilitar sua interpretação e desenvolvimento em pesquisas concretas no campo da psicologia social; - Dotar alunas e alunos do Programa de bases metodológicas sólidas a partir das quais podem desenvolver suas pesquisas de mestrado e doutorado; - Proporcionar ferramentas para o trabalho empírico que permitam abordar a pesquisa de campo com rigor e seriedade. Conteúdo Programático Tema 1. Introdução ao conceito de gênero Tema 2. História e correntes teóricas em Psicologia social e seus encontros com a perspectiva de gênero/feminista Tema 3. Perspectivas metodológicas e epistemológicas em Psicologia Social e seus encontros com o pensamento feminista.

Atividade Programada: Estudos sobre Biopolítica Professora: Maria Cristina G. Vicentin Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 13:45/15:45 EMENTA Neste semestre focalizaremos os trabalhos da filosofia política italiana em torno de biopolítica. BIBIOGRAFIA BÁSICA AGAMBEN Giorgio. O uso dos corpos. (Homo Sacer, IV, 2). São Paulo: Boitempo, 2017. ESPOSITO Roberto. Imunitas: protección y negación de la vida. Buenos Aires: Amorrortu, 2005.

Atividade Programada: Dimensão Subjetiva de Fenômenos Sociais – os desafios metodológicos Professor: Maria da Graça M. Gonçalves / Odair Furtado Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 13h45/17h45 EMENTA O NUTAS vem se dedicando ao estudo da dimensão subjetiva da realidade, como categoria teórica que dá visibilidade ao movimento dialético entre subjetividade e objetividade que constitui a realidade social. A pesquisa a partir dessa categoria, desenvolvida no NUTAS, aborda temas relativos ao campo das políticas públicas sociais e das relações de trabalho, em uma perspectiva crítica. Juntamente com os desafios da formulação teórica, apresentam-se desafios metodológicos: como explicitar a epistemologia da perspectiva sócio-histórica que orienta a pesquisa da dimensão subjetiva? Como desenvolver procedimentos metodológicos coerentes com a perspectiva teórica e epistemológica? A ATP aqui proposta terá como objetivo promover o debate em torno das referências epistemológicas da abordagem, explicitando questões contemporâneas, e exercitar a análise de diferentes procedimentos metodológicos na relação com essas referências. Esse exercício terá como subsídios as pesquisas de alunos e membros do Núcleo, bem como leituras teóricas de aprofundamento. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA AGUIAR, Wanda M.J.; BOCK, Ana M.B. (orgs.) – A dimensão subjetiva do processo educacional – uma leitura sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2016. BOCK, Ana M.B.; GONÇALVES, M. Graça M. (orgs) - A Dimensão Subjetiva da Realidade: uma leitura sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2009. BOCK, Ana M.B.; GONÇALVES, M. Graça M.; FURTADO, Odair (orgs.) – Psicologia sócio-histórica – uma perspectiva crítica em psicologia. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2015. CASTRO, Rogério – Os 40 anos sem Lukács e o debate contemporâneo nas ciências humanas. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 114, p. 207-239, abr./jun. 2013. FURTADO, Odair. Trabalho e Solidariedade. São Paulo: Cortez, 2011. GONÇALVES, M. Graça M. – Psicologia, subjetividade e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2010. MELLO, Gustavo M.C. – Pós-modernismo: entre a crítica e a ideologia. Trans/Form/Ação, Marília, v. 39, n. 1, p. 233-258, Jan./Mar., 2016.

SHINN, Terry – Desencantamento da modernidade e da pós-modernidade: diferenciação, fragmentação e a matriz de entrelaçamento. Scientiae Studia, v. 6, n.1, p. 43-81, 2008. VIGOTSKI, L.S. Obras Escogidas III. Madrid: M.E.C./Visor, 1995.

Atividade Programada: Disseminação de conhecimento em história da psicologia: experiências Professora: Maria do Carmo Guedes Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 13:45/15:45 EMENTA Além de discussão dos projetos individuais, o NIEHPSI assume trabalhar em 2018 na profissionalização das exposições itinerantes que deverão ocorrer ao longo de todo o ano. Para isso, teremos presença de especialistas em História, Museologia e Ciências da Comunicação. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

A bibliografia será indicada a partir das reuniões com os especialistas.

Atividade Programada: A noção de moradia adequada em documentos de domínio público Professora: Mary Jane Paris Spink Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 4ª feiras – 13h45/16h45 EMENTA As Atividades Programadas têm por objetivo introduzir o aluno nas atividades do Núcleo de seu orientador, promovendo experiências em pesquisa e em projetos de ação social, bem como estimulando a produção conjunta de publicações A cada semestre, elege-se uma questão teórica, metodológica ou temática ou um caso a ser estudado e se definem as atividades a serem realizadas. As atividades do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Práticas Discursivas no Cotidiano: direitos, riscos e saúde (NUPRAD) deste semestre têm por objetivo propiciar aos alunos experiência em análise de documentos de domínio público tendo por foco a formulação da noção de moradia adequada BIBLIOGRAFIA BÁSICA BRASIL. (2013). Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Direito à moradia adequada. – Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. (2016). Centro de Estatística e Informações Déficit habitacional no Brasil 2013-2014 / Fundação João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações – Belo Horizonte. LAW John and SINGLETON Vicky (2015) ANT, Multiplicity and Policy. heterogeneities.net on 21 February 2015 at http://www.heterogeneities.net/publications/LawSingleton2014ANTMultiplicityPolicy.pdf MÉLLO, Ricardo Pimentel; SILVA, Alyne A.; LIMA, Maria Lúcis C.; Di PAOLO, Angela F. (2007). Construcionismo, Práticas Discursivas e Possibilidades de Pesquisa em Psicologia Social. Psicologia & Sociedade, 19 (3): 26-32.

SPINK, P.; RIBEIRO, M.A.T.; CONEJO, S.P.; SOUZA, E. (2014). Documentos de domínio público e a produção de informações. IN: Spink, M.J.P.; Brigagão, J.I.; Nascimento, V. e Cordeiro, M. (Orgs), (2014). A produção de informação na pesquisa social: compartilhando ferramentas. Centro Eldestein de Pesquisas Sociais, www.bvce.org

Atividade Programada: Instrumentos de formalização em Psicanálise: a função sujeito, o traço unário e a letra Professor: Raul Albino Pacheco Filho Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 6ª feiras – 10h/12h EMENTA No Seminário 9, Lacan dedica-se à tarefa de substituir a inclinação idealista das articulações do sujeito na tradição filosófica clássica por uma formalização da função sujeito a partir da relação do sujeito com o significante e o traço unário. Como ele diz: “é a partir desse ponto não místico, mas perfeitamente concreto (...) que toda perspectiva do sujeito (...) pode se desenvolver de um modo rigoroso.” (LACAN, 1961-1962/2003, p. 35). É esse rigor na formalização da teoria que Lacan procura para viabilizar fazer-nos “reencontrar nossos horizontes práticos” (Ibid., p. 36), o que mostra uma concepção de ciência em que teoria e prática apresentam-se indissociáveis, como se constata no trecho a seguir de "Subversão do sujeito e a dialética do desejo no inconsciente freudiano":

O que nos qualifica para proceder por essa via é, evidentemente, nossa experiência dessa práxis. O que nos determinou a isso, como atestarão os que nos seguem, foi uma carência da teoria, reforçada por um abuso em sua transmissão, os quais, por não deixarem de ser perigosos para a própria práxis, resultam, tanto um quanto o outro, numa ausência total de status científico. Formular a questão das condições mínimas exigíveis para tal status não era, talvez, um ponto de partida desonesto. Constatou-se que ele leva longe. (LACAN, 1960/1998, p.808)

O objetivo desta atividade programada é possibilitar que os alunos percorram as formalizações lacanianas a respeito da função sujeito, do traço unário e da letra, no Seminário 9, de modo a explorar temas metodológicos, epistemológicos e éticos do modo de formalização da teoria em Psicanálise. Neste percurso, terão a oportunidade de articular sua produção (tese, dissertação, planejamento de artigos para publicação, preparação de apresentações para congressos e eventos científicos) ao tema desenvolvido no semestre.

MODO DE FUNCIONAMENTO Efetiva-se a partir da produção de pesquisas e de trabalhos de difusão científica realizados pelo grupo completo dos participantes, ou por subgrupos do mesmo, que articulam sua produção (tese, dissertações, artigos para publicação, preparação de apresentações para congressos e eventos científicos) ao tema desenvolvido no semestre. O professor encarrega-se da coordenação das atividades, utilizando-se dos encontros com os membros como ocasião e instrumento para o desenvolvimento dos trabalhos. No início do semestre, o coordenador fará a escolha, junto com os demais participantes, dos trabalhos que serão lidos, apresentados e debatidos pelo grupo, ao longo do semestre. Eles serão escolhidos entre o conjunto da produção do Núcleo, aí incluídos capítulos das teses e dissertações, projetos

de pesquisa, textos de exames qualificação e artigos publicados ou apresentados em eventos científicos (ou em fase de preparação). BIBLIOGRAFIA DO SEMESTRE Será selecionada no início das atividades do semestre, a partir do conjunto de textos publicados, apresentados ou em preparação pelos orientandos. BIBLIOGRAFIA GERAL ASKOFARÉ, Sidi (2009) Da subjetividade contemporânea. A Peste: Revista de Psicanálise e Sociedade e Filosofia, São Paulo, v.1, n.1, jan.-jun. 2009, p. 165-175. BRUNO, Pierre (2010) Lacan, passeur de Marx: l’invention du symptôme . Toulouse, Érès, 2010. FREUD, Sigmund (1921) Psicología de las masas y análisis del yo. Obras Completas de Sigmund Freud. Buenos Aires, Amorrortu, 4. reimpr., 1992, vol. XVIII, p. 66-136. FREUD, Sigmund (1927) O futuro de uma ilusão. Ed. Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro, Imago, 1977, vol. XXI. FREUD, Sigmund (1930) O mal-estar na civilização. Ed. Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro, Imago, 1977, vol. XXI. LACAN, Jacques (1960) Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano. In: Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998. LACAN, Jacques (1960-1961) O Seminário, Livro 8: A transferência. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1992. LACAN, Jacques (1961-1962) O Seminário, Livro 9: A identificação. Recife, Centro de Estudos Freudianos do Recife, 2003. LACAN, Jacques (1966) Escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998. LACAN, Jacques (1969-1970) O Seminário, Livro 17: O avesso da Psicanálise. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1992. LACAN, Jacques (1972) Outros escritos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2003. PACHECO FILHO, Raul Albino (1997) O conhecimento da sociedade e da cultura: a contribuição da Psicanálise. Psicologia e Sociedade, v.9, n.1/2, p.124-138, jan./dez. 1997. PACHECO FILHO, Raul Albino (2009) A praga do capitalismo e a peste da Psicanálise. A Peste: Revista de Psicanálise e Sociedade e Filosofia, São Paulo, v.1, n.1, p., jan./jun. 2009, p. 143-163.

PACHECO FILHO, Raul Albino (2010) "Lease your body": a encantação do corpo e o fetichismo da mercadoria. Stylus: Revista de Psicanálise, Rio de Janeiro, n. 21, dez. 2010, p. 37-46, 2010. PACHECO FILHO, Raul Albino (2012) Interpretação em psicanálise e em ciência: contrapontos. Stylus: Revista de Psicanálise, Rio de Janeiro, n. 25, nov. 2012, p. 107-120, 2012. PACHECO FILHO, Raul Albino (2013) O real: a resposta da ciência e a resposta do psicanalista. Stylus: Revista de Psicanálise, Rio de Janeiro, n. 26, jun. 2013, p. 35-43, 2013. PACHECO FILHO, Raul Albino (2015) Compra um Mercedes Benz prá mim? Psicologia Revista, São Paulo, v. 24, n.1, 2015, p. 15-44. PRATES PACHECO, Ana Laura (2014) La letra: de la carta al nudo. Medellín, Associación Foro del Campo Lacaniano de Medellín, 2014.

Atividade Programada: Estudos de Participação e Crenças Ideológicas Professor: Salvador Sandoval Nível: Mestrado/Doutorado Créditos: 02 Semestre: 1º de 2018 Horário: 5ª feiras – 16h/19h EMENTA

As Atividades Programadas em Estudos de Participação e Crenças Ideológicas têm por objetivo introduzir o aluno nas atividades do Núcleo de Psicologia Política e Movimentos Sociais, promovendo experiências em pesquisa e em projetos de ação social, bem como estimulando a produção conjunta de publicações e participação em eventos científicos. Neste semestre, elegeu-se o tema das bases psicológicas da ideologia para definir as atividades a serem realizadas. Metas Gerais do Núcleo: O Núcleo tem como objetivos específicos promover entre os pós-graduandos o desenvolvimento de atividades de discussão teórica e de pesquisa nos campos profissional-científico, a produção de trabalhos científicos e a participação em atividades de intercambio seja nos congressos nacionais e internacionais, em estágios de pesquisa ou como docentes em cursos ‘latu senso’. Para atingir esses objetivos o Núcleo se estrutura entorno de 3 eixos de trabalho: 1) discussão de trabalhos de pesquisa elaborados pelos alunos, trabalhos que deveria ser apresentados em congressos, publicações ou atividades de ensino desenvolvidos por eles - está atividades tem como objetivo ensinar aos pós-graduados as pratica e parâmetros de elaboração de textos para comunicação acadêmica/cientifica no padrões atuais da academia; 2) planejar a participação dos membros do núcleo em encontros científicos nacionais ou internacionais, estágios em projetos de pesquisa e atividades didáticas que vem a completar a formação acadêmica e profissional de um pós-graduando em Psicologia Social; 3) planejar atividades em conjunto de pesquisa, projetos de intervenção e propostas de atividades de ensino. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ARGYLE Michael. The Psychology of Social Class. Londres: Routledge, 1994. JAVALOY Federic et al. Comportamiento Colectivo y Movimientos Sociales. Madrid: Prentice Hall, 2001. JOST J. T., Hunyady O. (2005). Antecedents and consequences of system-justifying ideologies. Current Directions in Psychological Science, 14, 260–265. JOST John e Kay Thorisclottir. Social and Psychological Bases of Ideology and System Justification. Political Psychology Volume 31, Issue 3, pages 479–482, June 2010. JOST John T. and Orsolya Hunyady. Antecedents and Consequences of System-Justifying Ideologies. Current Directions in Psychological Science. Outubro 2005.

JOST J. T., Banaji M. R. (1994). The role of stereotyping in system-justification and the production of false consciousness. British Journal of Social Psychology, 33, 1–27. JOST J. T., Banaji M. R., Nosek B. A. (2004). A decade of system justification theory: Accumulated evidence of conscious and unconscious bolstering of the status quo. Political Psychology, 25, 881–919. 10.1111 JOST J. T., Burgess D., Mosso C. (2001). Conflicts of legitimation among self, group, and system: The integrative potential of system justification theory. In Jost J. T., Major B. (Eds.), The psychology of legitimacy: Emerging perspectives on ideology, justice, and intergroup relations (pp. 363–388). New York, NY: Cambridge University Press. JOST J. T., Hawkins C. B., Nosek B. A., Hennes E. P., Stern C., Gosling S. D., Graham J. (2014). Belief in a just god (and a just society): A system justification perspective on religious ideology. Journal of Theoretical and Philosophical Psychology, 34, 56–81. JOST J. T., Hunyady O. (2002). The psychology of system justification and the palliative function of ideology. European Review of Social Psychology, 13, 111–153. KLANDERMANS Bert. The Social Psychology of Protest. Londres: Blackwell Publishers, 1997. MELUCCI Alberto. Acción Colectiva, Vida Cotidiana y Democracia. México: El Colegio de México, 1999. MEMMI Albert. Retrato do Colonizado precedido pelo Retrato Colonizador. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. SIDANIUS Jim e Felicia Prato. Social Dominance: An Intergroup Theory of Social Hierachy and Oppression. Londres: Cambridge University Press, 1999. STEWART Charles J. Craig Allen Smith e Robert E. Denton, Jr, Persuasion and Social Movements. Prospect Heights: IL: Waveland Press, Inc., 1994. TILLY Charles. La Desigualdade Persistente. Buenos Aires: Editorial Manantial, 2000. TOORN Jojanneke van der e John T. Jost. Twenty years of system justification theory: Introduction to the special issue on “Ideology and system justification processes. Group Processes and Intergroup Relations, 2015.