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Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas Divisão de Protecção e Qualidade da Produção ESTAÇÃO DE AVISOS AGRICOLAS DE CASTELO BRANCO RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2011 Ana Maria Manteigas Manuel Sequeira Ricardo Monteiro Castelo Branco, 2011

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Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas

Divisão de Protecção e Qualidade da Produção

ESTAÇÃO DE AVISOS AGRICOLAS DE CASTELO BRANCO

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2011

Ana Maria Manteigas

Manuel Sequeira

Ricardo Monteiro

Castelo Branco, 2011

ÍNDICE

Pág.

INTRODUÇÃO 1

1- Rede de Postos Meteorológicos 3

1.1 – Registos meteorológicos – Cálculo das horas de frio 5

1.2 - Registos meteorológicos das EMAs – Climatogramas 7

2 - Rede de Postos de Observação Fenológica 10

3 - Rede de Postos de Observação Biológica 15

4 - VINHA 19

4.1 - Pragas 19

4.1.1 - Traça da uva (Lobesia botrana) 19

4.1.2 - Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasca vitis) 21

4.2 - Doenças 22

4.2.1 - Escoriose (Phomodpsis vitícola) 22

4.2.2 - Oídio (Erysiphe necator) 23

4.2.3 - Míldio ( Plasmopara vitícola) 24

5 - POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras 29

5.1 - Pragas 30

5.1.1 - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) 30

5.1.2 - Bichado (Cydia pomonella) 33

5.1.3 - Afídeos (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae) 37

5.1.4 - Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 38

5.1.5 - Cochonilha de São José (Quadrispidiotus perniciosus) 38

5.2 - Doenças 40

5.2.1 – Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina) 40

6. - OLIVAL 43

6. 1 - Pragas 44

6 1.1 - Traça da oliveira (Prays oleae) 44

6.1.2 - Mosca da azeitona (Bactrocera oleae) 46

Pág.

6.1.3 - Euzophera pingüis 50

6.1.4 - Traça verde (Margaronia /Palpita unionalis) 52

6.2 - Doenças 53

6.2.1 - Gafa (Colletotrichum acutatum) 53

6.2.2 - Olho de pavão (Spilocaea oleagina) 55

7 - PRUNÓIDEAS – Cerejeiras, Pessegueiros 57

7.1 - Pessegueiros 58

7.1.1 - Pragas 58

7.1.1.1 - Mosca da Fruta ou do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 58

7.1.1.2 - Anarsia (Anarsia lineatella) 59

7.1.1.3 - Afídeo verde (Mysus persicae) 60

7.1.2 – Doenças 60

7.1.2.1 - Lepra (Taphrina deformans) 60

7.1.2.2 - Oídio (Sphaerotheca pannosa) 61

7.2 – Cerejeiras 61

7.2.1 – Pragas 61

7.2.1.1 - Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) 61

8 - CITRINOS 75

8.1 – Pragas 75

8.1.1 - Afídeos (Toxoptera aurantii) 75

8.1.2 - Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella) 76

8.1.3 - Cochonilhas 76

8.1.4 - Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) 76

8.2 – Doenças 78

8.2.1 – Míldio (Phytophthora spp) 78

9 – RESUMO DA EMISSÃO DE CIRCULARES DE AVISOS EM 2011 79

ÍNDICE DE FIGURAS

Pág.

Fig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, modelo ADCON

A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação, Folha Molhada,

Direcção e Velocidade do Vento e Radiação Solar 3

Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no Distrito de Castelo Branco 5

Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos de Alcains em 2011 8

Fig.4 – Gráfico dos registos meteorológicos de Cernache de Bonjardim em 2011 8

Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos de Chão Galego em 2011 9

Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos de Vila Velha de Rodão em 2011 9

Fig.7 – Gráfico dos registos meteorológicos da Soalheira em 2011 9

Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2011 10

Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos de Belmonte em 2011 10

Fig.10 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da Vinha 19

Fig.11 – Monitorização da Traça da uva, nos POBs de Cernache, Sarzedas, Sobreira 20

Fig.12 – Monitorização da Traça da uva nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte 20

Fig.13 – Monitorização dos Cicadelídeos nos POBs de Cernache, Sarzedas, Sobreira 21

Fig.14 – Monitorização dos Cicadelídeos nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte 21

Fig.15 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Cernache de Bonjardim 25

Fig.16 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Sarzedas 26

Fig.17 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Sobreira Formosa 26

Fig.18 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Soalheira 27

Fig.19 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Lamaçais 27

Fig.20 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola ) no POB de Belmonte 28

Fig.21 – Representação gráfica dos avisos emitidos para Pomóideas 29

Fig.22 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi no POB de Cernache Bonjardim 32

Fig.23 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi provenientes de ovos de Inverno

nos POBs de Soalheira, Teixoso, Belmonte e Casteleiro 32

Fig.24 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, as eclosões em insectário das pupas do

ano anterior, em macieiras na Qtª da Fadagosa, em 2011 34

Fig.25 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, as eclosões em insectário das pupas do

ano anterior e as capturas de larvas e pupas em cintas armadilhas em macieiras

na Qtª de Lamaçais 35

Pág.

Fig.26 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieira em quatro postos biológicos: a sul da Serra

da Gardunha (Qtª da Fadagosa) e a norte da serra na Cova da Beira (Qtª de Lamaçais, Qtª da Torre) e

na zona do Sabugal (Qtªs do Espinhal) 35

Fig.27 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieiras e pereiras no POB

de Cernache do Bonjardim 36

Fig.28 – Gráfico da curva de voo de bichado em pereiras no POB de Lamaçais 36

Fig.29 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB de Cernache de Bonjardim 38

Fig.30 – Curva de eclosão dos machos e ninfas da cochonilha de S. José no POB

de Cernache de Bonjardim 39

Fig.31 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Soalheira 41

Fig.32 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Teixoso 41

Fig.33 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Belmonte 42

Fig.34 – Evolução das condições de infecção de pedrado em macieiras (Cernache de Bonjardim) 42

Fig.35 – Avaliação do Ataque de pedrado nas diferentes variedades de macieiras – Qtª do Ribeiro 43

Fig.36 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura do Olival 44

Fig.37 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs de Perais, Sarzedas,

e Sobreira Formosa 45

Fig.38 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs da E.S.A. Castelo Branco

S. Miguel d`Acha e Pedrogão de S. Pedro 45

Fig.39 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Perais 46

Fig.40 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Sarzedas 47

Fig.41 – Evolução do ataque de Bactrocera oleae no POB de Sobreira 47

Fig.42 – Monitorização da Bactrocera oleae em garrafas mosqueiras nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão 48

Fig.43 – Monitorização da Bactrocera oleae em placas cromotrópicas nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão 48

Fig.44 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca no POB de Castelo Branco 49

Fig.45 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca e gafa no POB de S. Miguel D`Acha 49

Fig.46 – Monitorização da Mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueiras e

% de ataque de mosca e gafa no POB de Pedrógão de S. Pedro 50

Fig.47 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Perdigão. 51

Fig.48 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Belmonte. 51

Fig.49 – Monitorização da Margaronia/Palpita unionalis no POB de Perdigão. 52

Pág.

Fig.50 – Monitorização da Margaronia/Palpita unionalis no POB de Belmonte. 53

Fig.51 – Gráfico termopluviométrico do POB de Perais 54

Fig.52 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sarzedas 54

Fig.53 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sobreira Formosa. 55

Fig. 54 – Evolução do olho de pavão no POB de Sarzedas, Sobreira, Perais 56

Fig.55 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das Prunóideas 57

Fig.56 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim 58

Fig.57 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros nos POBs da Soalheira, Teixoso,

Belmonte 58

Fig.58 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim 59

Fig.59 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros nos POBs da Soalheira, Teixoso,

Belmonte 60

Fig.60 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em placa cromotrópica no POB de Proença -a- Nova. 62

Fig.61 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em garrafas mosqueiras no POB de Proença- a -Nova 62

Fig.62 – Monitorização da Rhagoletis cerasi comparando as capturas em placas cromotrópicas com

armadilha tipo cone no POB de Chão Galego 63

Fig.63 – Monitorização da Mosca da Cereja com placas cromotrópicas e placas amónio (P.c.p.a.) nos

POBs.da região da Cova da Beira 64

Fig.64 – Monitorização da Mosca da Cereja em garrafas mosqueiras com hidrolizado de

próteina (g.m.h.p.) nos POBs da região da Cova da Beira 64

Fig.65 – Graus dia acumulados / fase desenvolvimento – mosca da cereja 66

Fig.66 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura dos Citrinos 75

Fig.67 – Monitorização da Mosca da Fruta (Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POBs

de Alcains, Cernache do Bonjardim e Sobreira Formosa 77

Fig.68 – Monitorização da Ceratitis capitata em garrafas mosqueiras no POB de Alcains,

avaliação da proporcionalidade entre machos e fêmeas. 77

ÍNDICE DE QUADROS

Pág.

Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas (EMAs) em 2011 4

Quadro 2 - Horas de frio acumulado abaixo dos 7o C a partir de 01-11-2010 6

Quadro 3 – Necessidades de Frio Invernal para Quebra de Dormência 7

Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2011 11

Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2011 12

Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2011 12

Quadro 7 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2011 13

Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2011 13

Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2011 14

Quadro 10 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2011 14

Quadro 11 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2011 15

Quadro 12 -Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POFs) e

Postos de Observação Biológica (POBs) 16

Quadro 13 – Aranhiço vermelho POB Qtª do Ribeiro – Cernache do Bonjardim -- 2011 30

Quadro 14 – Aranhiço vermelho POB Qtª da Fadagosa -- Soalheira -- 2011 30

Quadro 15 - Aranhiço vermelho POB Qtª de Lamaçais -- Teixoso -- 2011 31

Quadro 16 - Aranhiço vermelho POB Qtª da Torre – Belmonte -- 2011 31

Quadro 17 - Aranhiço vermelho POB Qtª do Espinhal – Casteleiro -- 2011 31

Quadro 18 – Fases de desenvolvimento e somatório de temperaturas de Bichado em 2011 34

Quadro 19 – Valores de soma de temperaturas acumuladas para adultos e ninfas da 1ª e 2ª geração

Registadas no POB de Cernache de Bonjardim em 2011 39

Quadro 20 – Metodologia de avaliação da Prays oleae. 44

Quadro 21 – Metodologia de avaliação da Bactrocera oleae 46

Quadro 22 – Acumulação de graus - dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis cerasi

para os POBs Qtª da Fadagosa, S. Macário, Qtª de Lamaçais com data de início: 1 de Março de 2011. 65

Quadro 23 – Acumulação de graus - dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis cerasi

no POB Chão Galego, Proença - a – Nova, com data de início: 1 de Março de 2011. 65

Quadro 24 – Registos Acumulados ( > 5ºC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego 67

Quadro 25 – Registos Acumulados ( > 7ºC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego 68

Quadro 26 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª da Fadagosa – Soalheira, Sul da serra da Gardunha. 69

Quadro 27 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª de S. Macário – Alcongosta 2011. 71

Quadro 28 – Cálculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da

Qtª de Lamaçais – Teixoso, Norte da Serra da Gardunha., 2011. 73

Quadro 29 – Circulares emitidas em 2011 pela Estação de Avisos de Castelo Branco 79

1

INTRODUÇÃO

A Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco (EACB) enquadra-se na Direção

Regional de Agricultura e Pescas do Centro - Direcção de Serviços de Agricultura e

Pescas – Divisão de Protecção e Qualidade da Produção e encontra-se localizada na

sede da DRAPCentro em Castelo Branco, integrando a rede do Serviço Nacional de

Avisos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do

Território.

Este serviço tem como objectivo a nível regional a correcta cobertura dos inimigos das

principais culturas, permitindo um apoio ao agricultor relativamente à necessidade de

intervenção fitossanitária, contribuindo para o uso sustentável dos produtos

fitofarmacêuticos e para a protecção do meio ambiente, visando o equilíbrio do

ecossistema agrário.

A EACB emite avisos para pomóideas, prunóideas, olival, vinha e citrinos e divulga

diversas informações com interesse para os seus utentes.

O acompanhamento fitossanitário das culturas é feito pelos técnicos da EACB

semanalmente, com observações no campo, muitas vezes com recolha de amostras para

análise em laboratório e avaliação simultânea dos dados meteorológicos, fenológicos e

biológicos, para que a informação recolhida seja tratada e divulgada em tempo útil.

A EACB tem uma rede meteorológica de apoio constituída por 16 Estações

Meteorológicas Automáticas (EMA), distribuídas no distrito de Castelo Branco em

locais previamente estudados, junto das quais estão instalados grande parte dos nossos

postos de observação fenológica e biológica. O apoio técnico às EMAs é realizado pelo

assistente técnico Ricardo Monteiro, que mantém operacional toda a rede meteorológica

afecta à Estação de Avisos de Castelo Branco e Estação de Avisos da Guarda, no total

de 30 EMA, distribuídas respectivamente na área de intervenção dos distritos de Castelo

Branco e Guarda.

A EACB conta também com a colaboração na parte laboratorial, de um assistente

técnico do Laboratório de Alcains para a execução de algumas análises, referente ao

material vegetal recolhido nos POB pelos técnicos dos Avisos.

A emissão de circulares implica a actualização da base de dados dos utentes e a

preparação de envelopes para a expedição via correio, tarefa executada por um

assistente técnico da DSAP.

2

A divulgação das circulares é feita via postal, via correio electrónico, por mensagem via

SMS e via INTERNET na página da DRAP Centro e do SNAA.

O envio de circulares para as entidades oficiais passou a ser feito exclusivamente por

correio electrónico, o que permitiu uma redução de custos na emissão de envelopes.

Os Avisos e informações foram divulgados aos utentes através do envio das circulares,

por e-mail e sempre que a urgência dos tratamentos justificava, caso de tratamentos para

o pedrado e míldio, foi enviado aviso por SMS.

Em 2011, a EACB emitiu 16 avisos e diversas informações num total de 2640 circulares

para 165 agricultores inscritos. Salientamos que, além deste universo, fazem parte as

Associações de Protecção/Produção Integrada, Cooperativas de Fruticultores, Adegas e

Lagares Cooperativos, Juntas de Freguesia, entre outros e que também contribuem para

a divulgação do aviso junto dos seus associados e munícipes, contribuindo assim para

um universo mais alargado de beneficiários deste serviço.

Os técnicos da EACB além do trabalho exigido de acompanhamento fitossanitário para

a elaboração do aviso agrícola, têm também em curso um trabalho de pesquisa sobre a

aplicação do método de temperaturas de solo acumuladas, com base no termómetro de

solo instalado na Estação Meteorológica Automática do Chão do Galego, tendo por

objectivo detectar o aparecimento dos primeiros adultos da Rhagoletis cerasi. Em

simultâneo também está a ser testado na região o método utilizado na UC IPM

“Phenology Model Database” com base nos graus dia acumulados para confirmar as

diferentes fases de evolução da mosca da cereja.

O papel da EACB tem registado uma importância crescente nos últimos anos, devido à

exigente legislação comunitária que cada vez mais limita o uso dos produtos

fitofarmacêuticos nas culturas. Com a redução das substâncias activas e por estas serem

mais específicas, exige ao agricultor uma maior precisão no seu trabalho, isto é o

agricultor deverá eleger o momento adequado, quando a praga ou doença são mais

vulneráveis, para realizar o tratamento de forma mais eficaz.

É objectivo da EACB contribuir para divulgar essa informação tão necessária e

oportuna, tal como orientar cada vez mais a sua actividade para ser um serviço público

de alerta fitossanitário das culturas.

3

CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE AVISOS DE CASTELO BRANCO

A EACB é caracterizada por uma rede de postos meteorológicos, uma rede de postos de

observação fenológica e uma rede de postos de observação biológica.

1- Rede de Postos Meteorológicos

A Estação de Avisos de Castelo Branco tem uma rede meteorológica constituída

por 16 Estações Meteorológicas Automáticas (EMA) distribuídas pela área de

intervenção da Estação de Avisos e localizadas de acordo com as especificações e

características climáticas previamente definidas.

Elementos que compõem uma EMA:

Sistema de aquisição armazenamento e transmissão de dados (GSM) modelo

A733 add WAVE;

Painel solar Mastro de 2m em inox;

Sensor combinado de temperatura e humidade relativa

Sensor de folha molhada

Sensor de precipitação

Sensor combinado de velocidade e direcção do vento

Sensor de radiação solar

Sensor de temperatura do solo

Fig.1 – Estação Meteorológica Automática instalada em Fadagosa, concelho do Fundão, modelo

ADCON-A733 GSM equipado com sensores de Temperatura, Humidade Relativa, Precipitação, Folha

Molhada, Direcção e Velocidade do Vento e Radiação Solar.

4

A recolha de dados é feita diariamente de forma automática sendo a transmissão

efectuada através de modem GSM.

O servidor da base de dados meteorológicos está na rede interna da DRAP Centro

podendo ser acedido a qualquer momento pelos técnicos das Estações de Avisos de

Castelo Branco e da Guarda, pelo Núcleo Informático da Delegação de Coimbra e

Serviço Nacional de Avisos Agrícolas da DGADR.

Em 2011, o concelho de Mação foi integrado na administração da DRAPLVT, o que

levou à transferência da EMA localizada na freguesia dos Envendos para a freguesia do

Ferro, concelho da Covilhã.

Segue-se o Quadro nº 1 com a localização das 16 Estações Meteorológicas Automáticas

(EMA) do Distrito de Castelo Branco.

Quadro 1 - Localização das Estações Meteorológicas Automáticas em 2011

EMA FREGUESIA CONCELHO

Alcains Alcains Castelo Branco

Alcongosta Alcongosta Fundão

Belmonte Colmeal da Torre Belmonte

Brejo Peroviseu Fundão

Capinha Capinha Fundão

Cernache Cabeçudo Sertã

Chão do Galego Montes da Senhora Proença-a-Nova

Fadagosa Castelo Novo Fundão

Ferro Ferro Covilhã

Lamaçais Teixoso Covilhã

Malpica Malpica do Tejo Castelo Branco

Oleiros Estreito Oleiros

Pedrogão Pedrógão de São

Pedro

Penamacor

Penamacor Benquerença Penamacor

Ródão Perais Vila Velha Ródão

Várzea Idanha-a-Nova Idanha-a-Nova

5

Mapa com a localização das Estações Meteorológicas Automáticas em 2011

Estação central de recolha de dados

Estação Meteorológica Automática

Fig.2 – Localização das Estações Meteorológicas Automáticas no distrito de Castelo Branco.

1.1 - Registos meteorológicos – Cálculo das horas de frio

Os registos meteorológicos fornecidos pelas estações automáticas permitem calcular

diferentes modelos de somas de temperaturas acumuladas para diversas pragas e

executar os modelos do pedrado das pomóideas e míldio da vinha. Também são

importantes, os registos obtidos de temperatura do solo para a validação do modelo para

a mosca da cereja e as temperaturas médias para aplicação do método UC IPM

“Phenology Model Database”, tal como o registo de temperaturas que permitem o

cálculo das horas de frio nos diferentes locais da região.

6

Cálculo das horas de frio

As espécies fruteiras necessitam de um período de repouso vegetativo para poder

vegetar e florescer adequadamente.

As necessidades de frio para um bom abrolhamento romper a dormência dos gomos e a

planta florescer uniformemente diverge segundo as espécies fruteiras e as variedades e

medem-se pelo nº de horas de frio abaixo de 7ºC acumuladas a partir de 1 de

Novembro.

A EACB divulgou os valores acumulados de horas de frio de 1 de Novembro de 2010

até 28 de Fevereiro de 2011, segundo os registos obtidos nas estações automáticas da

nossa rede meteorológica, aplicando para o cálculo das horas de frio a fórmula de

Crossa-Raynaud:

Y= [(7- tmin) / (Tmax- tmin)] x 24

{Y= nº de horas de frio diárias, T= Temperatura máxima diária, t = Temperatura

mínima diária}

Quadro 2

Horas de frio acumuladas abaixo dos 7o C a partir de 01-11-2010

LOCAL COORDENADAS

Nov

embro

2010

Dezembro

2010

Jane

iro

2011

Feve

reiro

2011

Soma

Alcains N: 39o 55' 00,0'' W: 007o 28' 17,9'' 182,60 280,20 299,00 196,00 957,80

Alcongosta N: 40o 06' 56,6'' W: 007o 30' 11,4'' 297,40 462,00 426,90 263,40 1449,70

Belmonte N: 40o 22' 21,0'' W: 007o 20' 26,3'' 299,60 383,00 373,90 330,20 1386,70

Brejo N: 40o 11' 35,6'' W: 007o 28' 06,2'' 247,50 357,30 359,80 286,90 1251,50

Capinha N: 40o 10' 57,8'' W: 007o 22' 10,3'' 261,80 358,20 351,70 285,90 1257,60

Cernache N: 39o 49' 30,4'' W: 008o 08' 40,4'' 209,70 277,90 297,70 235,50 1020,80

C. do Galego N: 39o 46' 32,9'' W: 007o 47' 09,5'' 154,30 285,50 244,10 115,90 799,80

Envendos * N: 39o 31' 52,2'' W: 007o 52' 43,6'' 162,60 280,10 278,70 --- 721,40

Fadagosa N: 40o 01' 46,5'' W: 007o 26' 36,3'' 180,90 294,20 307,90 179,00 962,00

Lamaçais N: 40o 18' 27,5'' W: 007o 23' 53,0'' 275,40 360,50 364,40 308,40 1308,70

Malpica N: 39o 41' 47,1'' W: 007o 24' 21,1'' 132,30 277,40 287,60 140,50 837,80

Oleiros N: 39o 58' 38,6'' W: 007o 51' 23,5'' 284,50 395,40 373,90 287,50 1341,30

Pedrógão N: 40o 06' 18,5'' W: 007o 13' 54,5'' 218,30 319,00 331,20 223,50 1092,00

Penamacor N: 40o 14' 50,9'' W: 007o 15' 50,3'' 285,20 373,00 379,80 312,10 1350,10

Ródão N: 39o 40' 47,5'' W: 007o 36' 56,4'' 117,90 230,90 256,90 173,80 779,50

Várzea N: 39o 53' 25,1'' W: 007o 17' 21,0'' 181,10 240,50 272,10 190,90 884,60

*- EMA desactivada no dia 02/02/2011

7

O frio tem um papel importante na quebra da dormência em várias espécies de fruteiras.

Considera-se quebra de dormência, quando as necessidades em horas de frio foram

satisfeitas, traduzindo-se o resultado numa melhor floração.

Em 2011, as baixas temperaturas registadas no Outono - Inverno proporcionaram uma

acumulação suficiente de frio para as espécies e variedades de fruteiras da nossa região.

Na circular de avisos nº 3 foi divulgado em simultâneo com as horas de frio acumuladas,

as necessidades de frio invernal para quebra de dormência, segundo Escobar,

relativamente a algumas espécies fruteiras.

Quadro 3 - Necessidade de Frio Invernal para Quebra de Dormência

ESPÉCIE

FRUTEIRA

Horas abaixo de 7º C.

ESPÉCIE

FRUTEIRA

Horas abaixo de 7º C.

DAMASQUEIRO

300 a 900 horas

AMEIXEIRA JAPONESA

100 a 1500 horas

AMENDOEIRA

0 a 800 horas

(normalmente de 90 a 500

horas)

FIGUEIRAS

90 a 350 horas

PESSEGUEIRO

100 a 1250 horas

(normalmente superiores a

300 horas)

MACIEIRAS

200 a 1700h (normalmente

superiores a 800 horas)

AMEIXEIRA EUROPEIA

800 a 1500 horas

PEREIRAS

200 a 1400 h

(normalmente inferiores a

400 horas)

Fonte: Escobar R.F. (1988)

1.2 - Registos das Estações Meteorológicas Automáticas - Climatogramas

As estações meteorológicas automáticas estão instaladas em parcelas onde são

acompanhados os postos de observação fenológica e os postos de observação biológica

ou localizadas muito perto da área da sua influência.

Os registos apresentados são obtidos nos diferentes locais onde estão instalados alguns

dos nossos postos biológicos na zona do Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense e

Cova da Beira.

Neles estão representados as médias das temperaturas máximas, mínima e média e

precipitação total mensal registados no respectivo posto meteorológico.

8

De salientar que, em 2011, as temperaturas foram superiores em média 3 a 4º C em

relação ao ano anterior, registando-se no inverno precipitações ligeiramente inferiores

aos valores médios, apesar da primavera se ter apresentado chuvosa. Também foram

registadas três ondas de calor, uma em Abril e duas em Maio, o que contribuiu para uma

primavera com valores de temperatura média do ar acima da normal. No mês de Maio

registou-se grande instabilidade atmosférica, com ocorrência de aguaceiros fortes a

muito fortes, acompanhados de trovoadas e quedas de granizo muito localizadas.

Destacamos também a temperatura média acima do normal em Setembro e

principalmente o mês de Outubro com os valores mais elevados dos últimos anos.

Seguem-se os dados meteorológicos obtidos nas seguintes EMA:

Fig.3 – Gráfico dos registos meteorológicos de Alcains em 2011.

Fig.4 – Gráfico dos registos meteorológicos de Cernache de Bonjardim em 2011.

9

Fig.5 – Gráfico dos registos meteorológicos de Chão do Galego em 2011.

Fig.6 – Gráfico dos registos meteorológicos de Vila Velha de Rodão em 2011.

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total

Qtª Fadagosa 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

T (C)º P (mm)

0

25

50

75

100

125

150

P ( mm )

M ed. T º max

M ed.T º nin

M ed.T º med

Fig.7 – Gráfico dos registos meteorológicos da Soalheira em 2011.

10

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total

Qtª Lamaçais 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

T (C)º P (mm)

0

50

100

150

200

Σ P ( mm )

M ed. T º max

M ed.T º nin

M ed.T º med

Fig.8 – Gráfico dos registos meteorológicos do Teixoso em 2011.

Temperaturas Médias Mensais e Pluviosidade Total

Qtª Torre 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

T (C)º P (mm)

0

50

100

150

200

Σ P ( mm )

M ed. T º max

M ed.T º nin

M ed.T º med

Fig.9 – Gráfico dos registos meteorológicos de Belmonte em 2011.

2 – Rede de Postos de Observação Fenológica

A observação dos estados fenológicos foi efectuada em plantas representativas do

estado de desenvolvimento médio da cultura nos nossos postos de observação

fenológica (POFs).

A periodicidade das observações foi semanal e de acordo com as diferentes escalas de

orientação para cada cultura (Bagiollini, Lausanne, Fleckinger, Colbrant, etc.). Os

registos reportam-se ao estado precoce, dominante e tardio no entanto nos quadros que

se seguem apenas estão registadas as datas do estado fenológico dominante da cultura.

11

Em 2011, o estado fenológico das fruteiras adiantou cerca de uma semana em relação a

um ano considerado normal, mas com cerca de duas semanas adiantado se comparado

com o ano transacto.

De salientar que, o ciclo vegetativo na maior parte das vinhas da região localizadas a sul

da Gardunha, teve também uma antecipação do abrolhamento de cerca de duas semanas

em relação ao ano anterior.

Quadro 4 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE MACIEIRAS / 2011

Estado

Fenológico

Macieiras

A B C

C3 D3 E E2

F2 G H I J

Cernache Bonjardim

Gala -- --

-- 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 15-4-11 28-4-11 6-5-11

Cernache

Bonjardim Starking

7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 15-4-11 28-4-11 15-5-11

Cernache

Bonjardim

Golden 7-3-11 7-3-11

15-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 -- 8-4-11 15-4-11-- -- 28-4-11 15-5-11

Cernache

Bonjardim

B. de Esmolfe 7-3-11

15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 28-4-11 15-5-11 26-5-11

Qtª Fadagosa B. de Esmolfe 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11

Qtª Lamaçais B. de Esmolfe 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11

Qt. da Torre Precoce 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 12-5-11

Qt. da Torre Tardia 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11

Qt. da Torre

Spur 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 12-5-11

Qt. Espinhal

Precoce 14-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11

Qtª Espinhal

Tardia 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11

Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO

Fonte: DGPC – SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas POMÓIDEAS

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C- C 3 – Inchamento aparente/D – Aparecimento dos botões florais/E- E 2 – Sépalas

deixam ver as pétalas/F – Primeira Flor/F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I -- Vingamento J – Engrossamento do fruto

(Segundo: Fleckinger, INRA)

12

Quadro 5 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PEREIRAS / 2011

Estado

Fenológico

Pereiras

A B C3

D E E3 F2

G H I J

QtªRibeiro Var.Rocha 24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 -- 30-3-11 -- 8-4-11 15-4-11 28-4-11

Qtª Lamaçais Rocha 22-3-11 24-3-11 28-3-11 29-3-11 5-4-11 8-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Qtª Lamaçais

Pré. Morettini 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Qtª da Torre

Precosse 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11

Qtª da Torre Tardia 10-3-11 14-3-11 22-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Qtª do Espinhal Rocha 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Qtª do Espinhal

D. Joaquina

Fotos: DPC / DRABL e DPC / DRARO /Fonte: DGPC – SNAA; Métodos de Previsão e Evolução dos Inimigos das Culturas

POMÓIDEAS

A – Botão de inverno/B – Botão inchado C- C 3 – Inchamento aparente/D -D 3 – Aparecimento dos botões florais/E- E 2 –

Sépalas deixam ver as pétalas/F – Primeira flor/F 2 – Plena floração/G – Queda das pétalas/H – Queda da última pétala/I –

Vingamento/ J- Engrossamento do fruto

(Segundo: Fleckinger, INRA)

Quadro 6 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE PESSEGUEIROS / 2011

Estado

Fenológico

Pessegueiro

A B C

D E F G

H I J M

Qtª Ribeiro (Pessegueiros) --

24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11 --

Qtª Fadagosa

(Pêss.) Ruby Rick 10-2-11 22-2-11 ---- 1-3-11 10-3-11 22-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 14-6-11

Qtª Fadagosa

(Nect.) Flaeglo 10-2-11 22-2-11 ---- 1-3-11 10-3-11 22-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11

Qtª Fadagosa (Pavi.)Tardibelle 10-2-11 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11

Qtª Lamaçais

(Pessegos) 10-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 26-4-11

Qtª Lamaçais (Nectarinas) 10-2-11 ---- 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 5-4-11 18-4-11 26-4-11

Qtª da Torre

(Nectarinas) 10-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11

Qtª da Torre (Pesse.- Preco.) 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 17-6-11

Qtª da Torre

(Pesse.- Estaç.) 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11 21-6-11

Qtª do Espinhal (Pesse.- Preco.) 10-2-11 22-2-11 1-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 5-7-11

Qtª do Espinhal

(Pesse.- Estaç.) 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 18-4-11

Estados fenológicos (Fotos) Originais – AZAFRA / (Escala segundo Baggiolini, Lausanne)

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D – Corola à vista/E – Estames à vista /F – Flor aberta/G – Queda das

pétalas/H – Fruto vingado/I – Jovem fruto/J – Fruto em crescimento

13

Quadro 7 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CEREJEIRAS / 2011

Estado

Fenológico

Cerejeiras

A B

C D E F

G H I J

M

Catraia

Cimeira

24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 -- 15-4-11 20-4-11

Chão do

Galego 24-2-11 7-3-11 15-3-11 21-3-11 -- 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11

Montes da

Senhora 7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11

Qtª Fadagosa

Var. Bourlat 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 3-5-11

Qtª Fadagosa

Var. Sweet heart 22-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 17-5-11

Qtª Fadagosa

Var. Cristalina 1-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 7-6-11

Castelo Novo

(Casimi)Bourlat 22-2-11 1-3-11 10-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11

Castelo Novo

(Casimi)Sunbut 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12.4-11 18.4-11 26.4-11

Castelo Novo

Valen. Var. Esta 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12.4-11 18-4-11 26-4-11

Castelo Novo

Valen. Var. tard 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-.4-11 18-4-11 26-4-11

Alcongosta

S. Mac.-Earlise 10-2-11 1-3-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11

Alcongosta

S. Mac- Saco 22-2-11 10-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Lamaçais

Precoce 22-2-11 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11

Lamaçais

Tardia 10-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Qts. Espinhal 1-3-11 10-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11

Estados fenológicos (fotos) Azafra / (A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Botões visíveis/D – Botões separados/

E – Estames à vista/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/H – Vingamento/I – Cálice tombado/J – Jovem fruto)

Quadro 8 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE AMENDOEIRAS / 2011

Estado

Fenológico

Amendoeira

A B C

D I D3 E F I

G C1 H I

J

Lamaçais 10-2-11 1-3-11 14-3-11 22-3-11 29-3-11 5-4-11 26-4-11

Catraia 7-3-11 14-3-11 21-3-11 30-3-11 14-4-11

Estados fenológicos originais - AZAFRA

A – Botão de inverno/B – Botão inchado/C – Cálice à vista/D1 – Botão aberto, ver as folhas/D3 – Flores c/ sépalas abertas ver as

pétalas/E – Começam a ver os estames/F – Flor aberta/G – Queda das pétalas/C1 – Início do desenvolvimento das folhas/

H - Ovário em desenvolvimento desprendimento das sépalas/I - Frutos com 50% de desenvolvimento/J - Frutos atingem o tamanho definitivo.

14

Quadro 9 - ESTADOS FENOLÓGICOS DE CITRINOS / 2011

Estado

Fenológicos

Citrinos

B

C

C1

D

E

F

G H

I

J

Cernache Bonjardim

3-3-11 30-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 28-4-11 6-5-11 20-5-11 1-6-11 2-9-11--

Sobreira Formosa 17-3-11 30-3-11 14-4-11 15-4-11 28-4-11 13-5-11 20-5-11 26-5-11 8-6-11 18-10-11

Vila Velha

de Ródão

7-3-11 14-3-11 21-3-11 1-4-11 8-4-11 15-4-11 26-4-11 3-5-11 26-5-11 30-10-11

Alcains 24-2-11 3-3-11 7-3-11 30-3-11 7-4-11 14-4-11 21-4-11 28-4-11 13-5-11 12-9-11--

Estados fenológicos (original de DPC / DRAALG)

B – Abrolhamento/C - Crescimento dos gomos mistos/C1 - Crescimento dos gomos foliares/D- Aparecimento da corola/ E- Estames visíveis/F- Primeira flor/G- Plena floração/H -Queda das pétalas /I – Vingamento /J- Crescimento dos frutos

Quadro 10 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA VIDEIRA / 2011

Estado

Fenológico

Vinha

A B C

D E F G

H I J K

L

M

Cernache Bonjardim

7-3-11 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 20-4-11 6-5-11 13-5-11 20-5-11 26-5-11 8-7-11

Sarzedas 15-3-11 21-3-11 30-3-11 8-4-11 15-4-11 20-4-11 28-4-11 6-5-11 13-5-11 26-5-11 3-6-11 17-6-11

Sobreira

Formosa 7-3-11 15-3-11 21-3-11 8-4-11 15-4-11 20-4-11 28-4-11 13-5-11 20-5-11 3-6-11 17-6-11

Qtª Vale de

Seixo precoce 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 17-5-11 24-5-11 7-6-11 1-9-11

Qtª Vale de

Seixo - tardia 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 12-5-11 24-5-11 31-5-11 14-6-11 1-9-11

Qtª Lamaçais

- pecoce 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 31-5-11 7-6-11 13-9-11

Qtª Lamaçais -

tardia 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 24-5-11 7-6-11 14-6-11 14-9-11

Qtª da Torre -

precoce 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 24-5-11 31-5-11 14-6-11 8-9-11

Qtª da Torre - tardia 5-4-11 12-4-11 18-4-11 26-4-11 3-5-11 12-5-11 31-5-11 7-6-11 14-6-11 8-9-11

Estados fenológicos originais - DGPC

A – Gomo de inverno/B – Gomo de algodão/C – Ponta verde /E – 2a 3 Folhas livres/F – Cachos visíveis/G – Cachos separados/ H – Flores separadas/I – Floração/J – Alimpa/K – Bago de ervilha/L – Cacho fechado/M – Pintor

15

Quadro 11 - ESTADOS FENOLÓGICOS DA OLIVEIRA / 2011

Estado

Fenológico

Olival

A B

C D I E

F I

F II

G

H

I

J

Sarzedas

30-3-11

8-4-11 15-4-11 6-5-11 13-5-11 26-5-11 15-9-11 30-10-11

Sobreira

Formosa 15-3-11 1-4-11 8-4-11 15-4-11 6-5-11 13-5-11 1-9-11 30-10-11

Perais 30-3-11 8-4-11 20-4-11 6-5-11 21-5-11 3-6-11 7-9-11 30-10-11

ESACB 7-4-11 14-4-11 19-4-11 12-5-11 19-5-11 2-6-11 4-8-11 20-9-11 8-11-11

S.M.D`Acha 14-4-11 27-4-11 12-5-11 19-5-11 2-6-11 4-8-11 20-9-11 1-11-11

P.S. Pedro 14-4-11 27-4-11 12-5-11 19-5-11 2-6-11 4-8-11 20-9-11 8-11-11

Estados fenológicos originais – DGPC

A – Gomo de Inverno/B – Abrolhamento/C – Formação da inflorescência/D I – Formação da corola/E – Visualização dos estames F I – Inicio da floração/FII – Plena floração/G – Lenhificação do caroço/H – Vingamento/I – Início da maturação/

J – Maturação do fruto

3 – Rede de Postos de Observação Biológica

A escolha da parcela para instalação do posto de observação fenológico (POF) e posto

de observação biológico (POB) teve em conta a representatividade do ponto de vista

agronómico da zona onde está inserido e pela existência no local ou de estar instalada

nas proximidades uma Estação Meteorológica Automática (EMA) que permita fornecer

em tempo útil os dados climáticos, fundamentais para acompanhar os inimigos das

culturas e determinar a oportunidade de tratamento.

A Estação de Avisos de Castelo Branco na região faz a cobertura de 47 POF e de 188

POB repartidos por 23 locais de 10 concelhos do distrito de Castelo Branco. Com esta

dispersão, pretendemos fazer uma cobertura alargada da região, tão vasta quanto

heterogénea, acompanhando diferentes zonas como Pinhal Interior Sul, Campina,

Campo Albicastrense e Cova da Beira.

Segue-se o Quadro com a identificação e localização este ano, dos postos de observação

fenológica (POF) e postos de observação biológica (POB).

16

Quadro 12 -Identificação dos Postos de Observação Fenológica (POF) e

Postos de Observação Biológica (POB)

CONCELHO

LOCAL POF

(cultura)

POB

(inimigo)

PRAGAS

DOENÇAS

Sertã

Cernache

do

Bonjardim

(Qtª do Ribeiro)

Pomóideas

(Macieiras /

Pereiras)

Afídeos

Ácaros

Bichado

Cocho. de S. José

Mosca da fruta

Psilas

Pedrado

Oídio

Prunóideas

(Pessegueiros)

Anársia

Mosca da fruta

Afídeos

Lepra

Moniliose

Cancro

Oídio

Vinha

Traça da uva

Cicadelídeos

Míldio

Oídio

Citrinos

Afídeos

Mosca da fruta

Mosca branca

Lagarta mineira

Míldio

Proença - a -

Nova

Sobreira

Formosa

(Giesteiras)

Citrinos

Afídeos

Mosca da fruta

Lagarta mineira

Míldio

Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão

Gafa

Vinha Traça da uva

Cicadelideos

Míldio

Oídio

Montes

da

Senhora

Prunóideas

(Cerejeiras)

Afídeos

Mosca da cereja

Carocho negro

Moniliose

Cancro

Olival Euzophera

Margaronia

Olho de Pavão

Gafa

Chão do Galego

Prunóideas

(Cerejeiras)

Afídeos

Mosca da cereja

Carocho negro

Moniliose

Cancro

Catraia Cimeira

Prunóideas

(Cerejeiras)

(Amendoeiras)

Afídeos

Carocho negro

Mosca da cereja

Carocho negro

Moniliose

Cancro

Sra. da Alagada Citrinos

Afídeos Lagarta mineira Mosca branca

Mosca da fruta

Míldio

17

Vila Velha de

Rodão

Cochonilhas

Perdigão Olival

Euzophera pinguis

Palpita vitrealis

Traça da oliveira

Mosca da Azeitona

Olho Pavão

Gafa

Perais Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão

Gafa

Castelo Branco

Sarzedas

Olival Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão

Gafa

Vinha

Traça da uva

Cicadelideos

Míldio

Oídio

Stº André das

Tojeiras

Vinha Traça da uva

Cicadelideos

Míldio

Oídio

E.S.A.C.B.

(Qtº S. Mercules) Olival

Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão

Gafa

Alcains

(Lab. DRAPC) Citrinos

Afídeos

Mosca da fruta

Míldio

Louriçal Campo

(Qtª da Nave)

Pomóideas

(Macieiras)

Ácaros

Afídeos

Bichado

Cocho. S. José

Pedrado

Oídio

Idanha-a-Nova

S. Miguel.D`Acha

(Qtª do

Arrojado)

Olival

Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão

Gafa

Fundão

Soalheira

(Qtª Vale de

Seixo)

Vinha

Traça da uva

Cicadelideos

Míldio

Oídio

Soalheira

(Qtª Fadagosa)

Pomóideas

(Macieiras)

Ácaros

Afídeos

Bichado

Cocho. S. José

Pedrado

Oídio

Prunóideas

(Cerejeiras)

Afídeos

Mosca da cereja

Carocho negro

Moniliose

Cancro

Prunóideas

(Pessegueiros

Nectarinas)

Afídeos

Anársia

Mosca da fruta

Lepra

Moniliose

Cancro

Oídio

Castelo Novo

Qtª Valentins (Cerejeiras) Mosca da cereja Moniliose

Alcongosta

(Qtª de

S. Macário)

Prunóideas

(Cerejeiras)

Afídeos

Mosca da cereja

Carocho negro

Moniliose

Cancro

18

Penamacor

P.S.Pedro

(Qta Estacal) Olival

Traça da oliveira

Mosca da azeitona

Olho de Pavão

Gafa

Covilhã

Teixoso

(Qtª de

Lamaçais)

Pomóideas

Macieiras / Pereiras

Ácaros

Afídeos

Bichado

Cocho. S. José

Psilas

Ácaros eriofídeos

Pedrado

Oídio

Prunóideas

(Pessegueiros

Nectarinas)

Afídeos

Anársia

Mosca da fruta

Lepra

Moniliose

Cancro

Oídio

Prunóideas

(Cerejeiras)

Afídeos

Mosca da cereja

Carocho negro

Moniliose

Cancro

Vinha

Traça da uva

Cicadelídeos

Míldio

Oídio

Belmonte

Colmeal da

Torre

(Qtª da Torre)

Prunóideas

(Pessegueiros

Nectarinas)

Afídeos

Anársia

Mosca da fruta

Lepra

Moniliose

Cancro

Oídio

Pomóideas

Macieiras / Pereiras

Ácaros

Afídeos

Bichado

Cocho. S. José

Psilas

Ácaros eriofídeos

Pedrado

Oídio

Vinha

Traça da uva

Cicadelideos

Míldio

Oídio

Malpique

(Qtª da

Chandeirinha)

Olival Euzophera pinguis

Palpita unionalis

Sabugal

Casteleiro

(Qªs do

Espinhal)

Prunóideas

(Pessegueiros

Nectarinas)

Afídeos

Lepra

Moniliose

Cancro

Oídio

Prunóideas

(Cerejeiras)

Afídeos

Carocho negro

Moniliose

Cancro

Pomóideas

Macieiras / Pereiras

Ácaros

Afídeos

Bichado

Cocho. S. José

Psilas

Ácaros eriofídeos

Pedrado

Oídio

19

Culturas Acompanhadas pela Estação de Avisos Agrícolas de Castelo Branco

4 - VINHA

O acompanhamento do estado fenológico da vinha registou-se em 7 POF.

A monitorização de pragas e doenças foi também seguida em 7 vinhas, nas quais foram

acompanhados 28 POB.

Para esta cultura foram emitidos 12 aconselhamentos e sido o maior número dirigido

para as doenças, oídio com 5 recomendações e míldio com 3 recomendações.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal das circulares emitidas com avisos para a

cultura da vinha em 2011.

Fig.10 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura da vinha.

4.1 - Pragas

4.1.1- Traça da uva (Lobesia botrana)

Monitorização da praga:

Colocação de armadilhas sexuais tipo delta com feromona sexual

Observação visual (ninhos, ovos e perfurações)

20

Dinâmica populacional da Traça da uva

Fig.11 – Monitorização da Traça da uva nos POBs de Cernache, Sarzedas, Sobreira.

Capturas de Traça da uva - Lobesia botrana -- 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

21-Jun 29-Jun 7-Jul 15-Jul 23-Jul 31-Jul 8-Ago 16-Ago 24-Ago 1-Set

cap

tura

s

Soalheira

Lamaçais

Qtª da Torre

Fig.12 – Monitorização da Traça da uva, nos POBs de Soalheira, Lamaçais, Belmonte.

Aconselhamento:

Foi seguida a dinâmica populacional da traça da uva mas, tal como se tem registado nos

últimos anos, não houve necessidade de se aconselhar uma intervenção contra esta

praga, pois o nível economico de ataque (1-10%) ao nível de cachos perfurados, nunca

foi atingido nos POBs da região.

O nivel populacional da praga nos POB da Soalheira, Lamaçais e Belmonte são sempre

muito baixos, não se justificando realizar tratamento. No entanto, foram observadas

duas gerações: a 1ª em fins de Junho e a 2ª no início de Agosto.

21

4.1.2 - Cicadelídeos ou cigarrinha verde (Empoasca vitis)

Monitorização da praga:

Colocação de armadilhas cromotrópicas amarelas

Evolução de ninfas

Dinâmica populacional da cigarrinha verde

Fig.13 – Monitorização dos Cicadelídeos nos POB de Cernache, Sarzedas, Sobreira.

Capturas de cicadelideos em vinha -- 2011

0

20

40

60

80

100

120

140

160

21-

Jun

28-

Jun

5-

Jul

12-

Jul

19-

Jul

26-

Jul

2-

Ago

9-

Ago

16-

Ago

23-

Ago

30-

Ago

6-

Set

de c

ap

tura

s

Soalheira

Qtª de Lamaçais

Qtª da Torre

Fig.14 – Monitorização dos Cicadelideos nos POB de Soalheira, Lamaçais, Belmonte.

22

Aconselhamento:

As armadilhas foram colocadas ao nível da folhagem e as contagens foram semanais.

A renovação das placas foi quinzenal.

Esta é uma praga que tem vindo a aumentar no POB de Cernache do Bonjardim, no

entanto podemos considerar que este foi um ano em que a intensidade de ataque foi

baixa, em particular no POB de Sarzedas e Sobreira Formosa.

Nos POBs da Soalheira, Lamaçais e Belmonte as capturas em armadilhas sexuais não

foram elevadas e na observação visual das 2 folhas (7º-8ª folha) x 50 cepas, o nivel

económico de ataque (50 ninfas/ 100 folhas) não foi atingido, no entanto foram

registadas 2 gerações: a 1ª em fins de Junho e a 2ª no início de Agosto.

No acompanhamento que foi feito nos POBs da região, as observações realizadas nunca

atingiram o nível económico de ataque, por isso, não se justificou a emissão do aviso

para tratamento desta praga. Este ano foi alargada a malha de observações com a

colocação de mais placas cromotropicas em diversos locais, tendo por objectivo a

prospecção na região de outra espécie de cicadelídeo, o Scaphoideus titanus,

responsável pela transmissão do virus da flavescência dourada nas vinhas. As placas

analisadas apresentaram resultados negativos em relação a esta espécie de cicadelídeo

que até ao momento continua a não ser detectada na nossa região.

4.2 - Doenças

4.2.1 - Escoriose (Phomopsis viticola)

A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença

durante o repouso vegetativo e ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira

assinalando a existência ou não de sintomas da doença.

Monitorização da doença:

Inverno: detecção da doença (observação de sintomas nas varas, presença de varas

esbranquiçadas com picnídeos)

Primavera/Verão: acompanhamento da doença

registo semanal da intensidade de ataque em parcelas sensíveis desde o

abrolhamento até ao atempamento das varas

avaliação final da intensidade de ataque (incidência e severidade)

Aconselhamento:

A estratégia seguida pela EACB tem como objectivo a protecção preventiva nos

períodos de maior sensibilidade da planta à doença. Assim, a emissão das circulares de

avisos teve em atenção o seguinte:

23

medidas profiláticas (podas, desinfecções, queima de material

infectado e selecção de garfos para enxertia)

períodos de maior sensibilidade: estados fenológicos D ( saída

das folhas) e E (folhas separadas)

chamada de atenção aos viticultores para a realização dos

tratamentos à medida que se atingiam os estados fenológicos

sensíveis (D/E) nas suas vinhas

Este ano a recomendação para tratar foi indicada na circular nº 5 de 5 de Abril e foi

aconselhado ao viticultor para fazer a avaliação da sua parcela em relação ao estado

fenologico e a optar por uma das duas estratégias de tratamentos apresentadas.

4.2.2 - Oídio (Erysiphe necator)

A Estação de Avisos de Castelo Branco recolheu informação regional sobre a doença ao

longo de todo o ciclo vegetativo da videira: existência ou não de ataques no início do

ciclo, originados por micélio hibernante nas escamas dos gomos e presença ou não de

cleistotecas nas folhas.

Monitorização da doença:

Inverno - detecção da doença com observação de sintomas nas varas (presença de varas

enegrecidas)

Primavera/Verão - avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de

referência.

Previsão do risco: A estratégia seguida pela EACB foi a protecção preventiva baseada

nos períodos de maior sensibilidade da planta e nas condições favoráveis à doença.

Períodos de maior sensibilidade da planta : cachos visíveis,

botões florais separados a fecho dos cachos

Condições favoráveis à doença (HR>25% e entre 10ºC<T<30ºC,

neblinas

Nevoeiros seguidos de períodos de sol

Aconselhamento:

A emissão das circulares de avisos teve em atenção:

Que a chuva impede a germinação dos conídeos mas não dos

ascósporos

Após a floração os tratamentos devem ser dirigidos ao cacho

24

Posicionamento dos fungicidas actualmente disponíveis, de

acordo com a eficácia determinada pelos diferentes modos de

acção

Esta é a doença mais importante e frequente nas vinhas da região o que obriga os

viticultores a seguir sempre uma estratégia de tratamentos nos períodos de maior risco,

para poder controlá-la.

Os tratamentos aconselhados pela EACB conduziram a resultados positivos nos nossos

POBs com a diminuição da intensidade de ataque da doença. No entanto, este foi um

ano em que o oídio esteve presente em quase todas as vinhas da região manifestando-se

com grande intensidade naquelas que se encontravam desiquilibradas e que

apresentavam falta de arejamento da sua parte vegetativa.

4.2.3 - Míldio (Plasmopara viticola)

Monitorização da doença: Primavera/Verão

Detecção das primeiras manchas

Avaliação semanal da intensidade de ataque em parcelas de

referência

Estados fenológicos particularmente sensíveis ao míldio

(planta com 7-8 folhas, pré-floração e alimpa)

Previsão do risco: Previsão das primeiras infecções aplicando-se a regra dos três 10

Periodo de incubação e saída das primeiras manchas

Previsão das infecções secundária

O acompanhamento desta doença foi efectuado através de observações fenológicas,

biológicas e de parâmetros climáticos, com periodicidade semanal, com o objectivo de

avaliarmos os períodos de risco da doença, nomeadamente as condições de

contaminação das infecções primárias.

Algumas EMA estão também preparadas com modelos de previsão, nomeadamente

para o modelo do míldio – regra dos 10, é o caso da EMA instalada em Alcains e cujos

registos apresentamos seguidamente como exemplo.

25

Modelo de previsão do míldio - Alcains

Segue-se a análise dos dados meteorológicos nos diferentes POB em que foi

realizada a monitorização do míldio.

Fig.15 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Cernache do Bonjardim.

26

Registos de previsão do míldio

Fig.16 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Sarzedas

Fig.17 – Monitorização de Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Sobreira Formosa

27

Previsão de Infecções de Míldio Vale de Seixo - Soalheira 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

5-

A br

9-

A br

13-

A br

17-

A br

21-

A br

25-

A br

29-

A br

3-

M ai

7-

M ai

11-

M ai

15-

M ai

19-

M ai

23-

M ai

27-

M ai

31-

M ai

4-

Jun

8-

Jun

12-

Jun

16-

Jun

Tratamentos

T (C )º

0

5

10

15

20

25

30

35

P (mm) P ( mm )

.T º max. (C º)

.T º min. (C º)

.T ºmedia (C º)

Série5

Série6

1ª Previsão das manchas 30 Abril Não Foram Observadas manchas

Fig.18 – Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Soalheira.

Previsão de Infecções de Míldio Qtª de Lamaçais - Teixoso 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

5-

A br

9-

A br

13-

A br

17-

A br

21-

A br

25-

A br

29-

A br

3-

M ai

7-

M ai

11-

M ai

15-

M ai

19-

M ai

23-

M ai

27-

M ai

31-

M ai

4-

Jun

8-

Jun

12-

Jun

16-

Jun

Tratamentos

T (C )º

0

5

10

15

20

25

30

35

40

P (mm) P ( mm )

.T º max. (C º)

.T º min. (C º)

.T ºmedia (C º)

Série5

Série6

1ª Previsão das manchas 30 Abril

2ª Previsão das manchas 10 Maio 3ª Previsão das manchas 7 de Junho

Não foram observadas manchas Observadas as 1ªS a 7 de Junho lamaçais

Fig.19 – Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB da Qtª de Lamaçais.

1ª Infecção

3ª Infecção 2ª Infecção

1ª Infecção

28

Previsão de Infecções de Míldio Qtª da Torre - Belmonte 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

5-

A br

9-

A br

13-

A br

17-

A br

21-

A br

25-

A br

29-

A br

3-

M ai

7-

M ai

11-

M ai

15-

M ai

19-

M ai

23-

M ai

27-

M ai

31-

M ai

4-

Jun

8-

Jun

12-

Jun

16-

Jun

Tratamentos

T (C )º

0

5

10

15

20

25

30

35

40

P (mm)

P ( mm )

.T º max. (C º)

.T º min. (C º)

.T ºmedia (C º)

Série5

Série6

1ª Previsão das manchas 30 Abril..

. Não foram observadas manchas

Fig.20 – Monitorização do Míldio (Plasmopara vitícola) no POB de Belmonte.

Aconselhamento:

Na nossa região, tradicionalmente, a pressão da doença é reduzida não havendo

necessidade, salvo em anos excepcionais, de realizar tratamentos para além do estado

fenológico K (grão de ervilha). No entanto, podemos considerar 2011 um ano atípico,

pois tivemos vinhas em que a pressão do míldio foi normal e outras em que a doença

encontrou condições para uma pressão elevada sobre a cultura.

De salientar as condições meteorológicas no mês de Maio, nomeadamente a conjugação

de calor e humidade, que favoreceram o desenvolvimento de focos intensos de míldio

em algumas vinhas.

As primeiras chuvas ocorreram em meados de Abril e grande parte das castas já se

encontravam no estado (E- 2 a 3 folhas livres), seguidamente ocorreram períodos de

trovoadas até á 1ª década de Junho, encontrando-se as vinhas da região em K – bago de

ervilha, estado fenológico dominante.

O 1º tratamento foi recomendado a 21 de Abril pois a maioria das castas na região

encontrava-se no estado (F – Cachos visíveis) e nesta altura já se encontravam reunidas

as condições necessárias para haver as primeiras infecções de míldio. Aconselhámos a

aplicação de um anti-míldio com acção preventiva porque a previsão do aparecimento

das manchas seria para 30 de Abril, o que não se verificou em nenhum posto biológico.

1ª Infecção

29

O 2º tratamento, foi aconselhado no dia 30 de Maio com um produto de acção curativa,

pois tinham-se observado as 1ªs manchas de míldio a 27 de Maio num posto biológico e

estava a decorrer um período de trovoadas.

O 3º tratamento, foi recomendado a 14 de Junho, com um produto de acção curativa,

somente para as vinhas onde se observaram manchas a partir do dia 7 de Junho,

resultantes das infecções que ocorreram das trovoadas de 27 de Maio.

5 - POMÓIDEAS – Macieiras e Pereiras

O acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou-se em 9 POF.

A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 10 pomares e foram

acompanhados 56 POB.

Para esta cultura foram emitidos 33 aconselhamentos e o maior número foi dirigido para

a doença pedrado com 7 e a praga bichado também com 7 recomendações.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para as pomóideas em

2011.

Fig.21 – Representação gráfica dos avisos emitidos para Pomóideas.

30

5.1 - Pragas

5.1.1 - Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi)

Metodologia seguida:

Estudo da eclosão das larvas provenientes dos ovos de Inverno (método das

tabuinhas)

Avaliação da taxa de ocupação das formas móveis em folhas na Primavera e

Verão

Método: Segmentos ocupados com ovos de Inverno em tábuas com vaselina e

efectuar a contagem das larvas eclodidas semanalmente

Amostra: 2 tábuas cada com um ramo de 2 anos com cerca de 20 cm

Apresenta-se no Quadro abaixo, para cada tábua e data de observação, o nº de

larvas eclodidas entre essa observação e a precedente e o somatório de larvas

eclodidas até à referida data; são também referidos os quantitativos relativos à

totalidade das tábuas e os estados fenológicos das macieiras.

Seguem-se os quadros com os dados obtidos nos diferentes postos de observação

relativos à eclosão das larvas de aranhiço vermelho.

Quadro 13 - Posto Biológico Qtª do Ribeiro - Cernache do Bonjardim- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação)

Datas de observação

4/ Março 11/ Março 17/Março 25/Março 1/Abril 8/Abril 15/Abril

1 0 0 19 63 204 183 0

2 0 0 10 34 147 79 0

Σ 0 0 29 97 351 262 0

E. Fenológico B C3 D3 E E2 F2 H

Quadro 14 - Posto Biológico Q. tª da Fadagosa – Soalheira -- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação)

Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 61 172 146 25 4 0

2 0 5 26 194 71 8 0

Σ 0 66 198 340 96 12 0

E. Fenológico B C3 D3 E2 G H I

31

Quadro 15 - Posto Biológico Q. tª de Lamaçais -- Teixoso -- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação)

Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 16 73 319 305 10 6

2 0 35 106 342 292 16 8

Σ 0 51 179 661 597 26 14

E. Fenológico B C C3 E F2 G H

Quadro 16 - Posto Biológico Q. tª da Torre – Belmonte -- 2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação)

Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 0 5 139 325 104 23

2 0 0 5 128 282 123 32

Σ 0 0 10 267 607 227 55

E. Fenológico C D3 D3 E2 H I I

Quadro 17 - Posto Biológico Q. tª do Espinhal – Casteleiro --2011

PLACAS

N º de larvas eclodidas (entre datas de observação)

Datas de observação

14/ Março 22/ Março 29/Março 5/Abril 12/Abril 18/Abril 26/Abril

1 0 31 101 232 23 4 0

2 0 37 75 143 95 14 2

Σ 0 68 176 375 118 18 2

E. Fenológico C D3 E E2 F2 G H

Para o estudo da eclosão das larvas foi utilizado o método das tabuinhas o qual consiste

em recolher ramos de 2 anos com aproximadamente 20 cm e são observados à lupa

binocular para contabilizar os ovos de Inverno neles existentes. Os ramos são presos em

tábuas com vaselina sendo estas depois colocadas, voltadas para baixo, numa árvore do

pomar. Foram colocadas 2 tábuas por cada posto biológico. As contagens das eclosões

das larvas foram efectuadas uma vez por semana e estão registadas nos quadros

apresentados. No POB de Cernache de Bonjardim as primeiras eclosões dos ovos de

inverno registaram-se a 17 de Março tendo-se atingido o pico no dia 1 de Abril. Na zona

a norte e sul da serra da Gardunha as primeiras eclosões dos ovos de inverno iniciaram-

se a 22 de Março nas Qtª da Fadagosa, Qtª Lamaçais, Qtª do Espinhal e na Qtª da Torre

a 29 de Março. O pico das eclosões foi atingido no dia 5 de Abril em todos os postos

excepto na Qtª da Torre que foi a 12 de Abril.

32

Dinâmica populacional do aranhiço vermelho

Fig.22 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi no POB de.Cernache de Bonjardim.

Eclosão de larvas aranhiço vermelho B. Interior Sul

2011

0

100

200

300

400

22- 29- 5-A br 12-A br 19-A br 26-A br

de e

clo

es

Qtª F adago sa

Qtª Lamaçais

Qtª T o rre

Qtª Espinhal

Série5

larvicida

ovicida

Fig.23 – Monitorização da eclosão das larvas de Panonychus ulmi provenientes de ovos de Inverno nos

POBs de Soalheira, Teixoso, Belmonte e Casteleiro.

Estimativa das populações de formas móveis de ácaros fitófagos.

Para este estudo recolhemos semanalmente amostras de 100 folhas no pomar as quais

são observadas individualmente à lupa binocular para determinação da percentagem de

ocupação. Considera-se folha ocupada quando apresenta pelo menos uma forma móvel.

23/3 Trat.

Início da

eclosão

5/4 Trat.

Pico eclosão

33

Aconselhamento:

O controlo desta praga começou no Inverno com a indicação de tratamento às formas

hibernantes a 14 de Fevereiro. Mais tarde, foi aconselhado um tratamento no dia 23 de

Março, quando se deu o início das eclosões das larvas, com um produto de acção

ovicida. Os tratamentos com larvicidas foram aconselhados no dia 5 de Abril, depois de

atingido o pico de eclosão das larvas. A circular nº 12 de 30 de Junho, recomendava os

Srs. Fruticultores a aplicarem nos respectivos pomares a estimativa de risco e só

tratarem se fosse atingido o NEA (50-75% de folhas ocupadas com formas móveis) pois

nesta altura a expansão da praga apresentava-se localizada e dependente do histórico de

cada pomar.

5.1.2 - Bichado (Cydia pomonella)

A metodologia utilizada pela EACB para monitorizar esta praga e avaliar a estimativa

de risco foi a seguinte:

Avaliação do somatório das temperaturas acumuladas

Determinação da curva de voo utilizando armadilha sexual tipo delta com

difusor de feromona

Métodos de previsão

A periodicidade das observações foi semanal e a mudança de feromona decorreu no

período de 5 a 6 semanas. A armadilha foi instalada no POB antes do aparecimento dos

primeiros adultos.

Métodos de Previsão de Bichado:

Os métodos de previsão de bichado servem para estudar a dinâmica das populações.

Os métodos de previsão baseiam-se em temperaturas crepusculares, curvas de voo

(utilização de armadilhas sexuais com feromonas), observação de posturas em folhas e

frutos e detecção de penetrações, utilização de cintas de cartão canelado, insectário com

caixas de eclosão, bem como, a soma das temperaturas de desenvolvimento.

Considerando o somatório das temperaturas médias diárias acima de 10 ºC (zero de

desenvolvimento) nos diversos POB acompanhados, obtivemos os seguintes registos:

34

Quadro 18 – Fases de desenvolvimento e somatório de temperaturas de Bichado

em 2011.

Fases de Desenvolvimento Σ Temperatura

> 10ºC

Qtª do Ribeiro

(Cernache)

Qtª Fadagosa

(Soalheira)

Qtª Lamaçais

(Teixoso)

Qtª da Torre

(Belmonte)

Início do voo

80-90º C 5/4 a 6/4 31/3 a 2/4 9/4 a 11/4 10/4 a 12/4

Início das penetrações

220-250ºC 27/4 a 3/5 18/4 a 25/4 9/5 a 12/5 10/5 a 14/5

Máximo do 1º voo

350-380ºC 16/5 a 20/5 10/5 a 13/5 24/5 a 26/5 26/5 a 29/5

1ª Larvas que abandonam

os frutos 470º C 30/5 22/5 7/6 11/6

Início do 2º voo

700º C 26/6 15/6 29/6 2/7

Máximo do 2º voo

780º C 4/7 21/6 6/7 10/7

Nº de capturas adultos bichado e eclosões em insectário

Qtª de Fadagosa 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

5-

Abr

12-

Abr

19-

Abr

26-

Abr

3-

M ai

10-

M ai

17-

M ai

24-

M ai

31-

M ai

7-

Jun

14-

Jun

21-

Jun

28-

Jun

5-

Jul

12-

Jul

19-

Jul

26-

Jul

2-

Ago

9-

Ago

16-

Ago

23-

Ago

30-

Ago

cap

tura

s a

du

lto

s

C aptura adulto s arm. delta

F adago sa

Eclo são em insectário F adago sa

tratamentos

Fig.24 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, e as eclosões em insectário de pupas do ano

anterior (2010), em macieiras na Qtª da Fadagosa.

Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas verdes, os larvicidas a vermelho e a azul a

renovação dos tratamentos.

35

Nº de capturas adultos bichado e eclosões em insectário

Qtª de Lamaçais 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

5-

Abr

12-

Abr

19-

Abr

26-

Abr

3-

M ai

10-

M ai

17-

M ai

24-

M ai

31-

M ai

7-

Jun

14-

Jun

21-

Jun

28-

Jun

5-

Jul

12-

Jul

19-

Jul

26-

Jul

2-

Ago

9-

Ago

16-

Ago

23-

Ago

30-

Ago

cap

tura

s a

du

lto

sC aptura adulto s arm. delta

Lamaçais

Eclo são em insectário lamaçais

Larvas-pupas-adulto s/ Insectário

Lamaçais

tratamentos

Fig.25 – O gráfico representa a curva de voo de bichado, e as eclosões em insectário de pupas do ano

anterior (2010), e representa as capturas de larvas e pupas em cintas armadilhas em macieiras na Qtª de

Lamaçais.

Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas verdes, os larvicidas a vermelho e a azul a

renovação dos tratamentos.

Para determinar a data do 1º tratamento, determina-se o número de dias entre a postura e

a saída das larvas, aplicando a fórmula de Azzi (N=90/Tm-10).

O zero de desenvolvimento do embrião situa-se a 10º C e exige, para se completar, um

total de 90º C.

A data de tratamento é calculada de maneira a que quando as larvas eclodirem, os frutos

já deverão estar cobertos com um insecticida homologado para o efeito.

Capturas de Cydia pomonella em Macieiras -- 2011

0

20

40

60

80

100

18 -

A br

2 5-

A br

2 -

M ai

9 -

M ai

16 -

M ai

2 3 -

M ai

3 0 -

M ai

6 -

Jun

13 -

Jun

2 0 -

Jun

2 7-

Jun

4 -

Jul

11-

Jul

18 -

Jul

2 5-

Jul

1-

A go

8 -

A go

15-

A go

2 2 -

A go

2 9 -

A go

5-

Set

de c

ap

tura

s

Qtª F adago sa

Qtª Lamaçais

Qtª da T o rre

Qtª Espinhal

tratamento

Fig.26 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieira, em quatro postos biológicos, a sul da Serra da

Gardunha Qtª da Fadagosa, e a norte da serra na Cova da Beira na Qtª de Lamaçais, Qtª da Torre e na

zona do Sabugal Qtªs do Espinhal.

Nota: Os tratamentos ovicidas são assinalados com setas verdes, os larvicidas a vermelho e a azul a

renovação dos tratamentos.

36

Monitorização do bichado (Cydia pomonella)

Fig.27 – Gráfico da curva de voo de bichado em macieiras e pereiras no POB de Cernache do Bonjardim.

Fig.28 – Gráfico da curva de voo de bichado em pereiras no POB de Lamaçais.

Aconselhamento:

Este ano o voo da praga foi baixo, não se registaram estragos significativos nem foram

observadas percentagens altas de perfurações nos frutos. As recomendações emitidas

nas circulares tiveram por base o NEA e a indicação do modo de acção dos produtos a

utilizar, ovicida ou larvicida, conforme as gerações da praga e em função da dinâmica

populacional do bichado.

37

O tratamento ovicida na 1ª geração de bichado foi emitido a 21 Abril, pois foram

observadas a 18 de Abril as primeiras posturas nas folhas.

O tratamento larvicida contra a 1ª geração de bichado foi emitido a 5 de Maio quando se

verificaram as primeiras penetrações nos frutos na Qtª da Fadagosa e Qtª de Lamaçais.

Aconselhou-se a renovação do tratamento a 30 de Maio porque o voo começou a subir,

como se pode observar no gráfico na Qtª do Espinhal.

O voo da segunda geração teve início no final de Junho.

O tratamento ovicida na 2ª geração foi recomendado a 30 de Junho e o larvicida a 4 de

Julho, a 1ª renovação foi indicada a 20 de Julho e a 2ª renovação a 22 de Agosto.

Também foi aconselhado ao agricultor a realização de uma amostragem e se fossem

detectados 0,5 a 1% de frutos atacados, deveria renovar o tratamento.

Os tratamentos do Bichado foram indicados segundo os resultados obtidos do

acompanhamento e da observação biológica da praga nos POBs da região.

Tratamentos --1ª geração 2ª geração

21/4 30/6 - produtos com acção ovicida

5/5 4/7 - * produtos com acção larvicida

30/5 20/7 - renovação tratamento

22/8 - renovação tratamento

* Nota: O tratamento larvicida na 2ª geração foi indicado no mesmo aviso do ovicida

(Circular Nº 12/2011).

5.1.3 - Afídeos (Aphis pomi e Dysaphis plantagineae)

Metodologia:

Observação visual de 100 órgãos (rebentos, inflorescências, infrutescências) em 50

árvores para seguir a evolução das populações a partir do estado fenológico C e registar

a percentagem (%) de órgãos infestados.

O Dysaphis plantagineae é uma praga muito importante em que há necessidade de

intervir assim que são detectados os primeiros indivíduos no pomar. A simples presença

do afídeo cinzento no pomar é indicativa de uma intervenção fitossanitária.

Aconselhamento:

Este ano foi emitido um tratamento a 5 de Abril para Dysaphis plantagineae e dois

tratamentos a 15 de Abril e 14 de Junho para o Aphis pomi onde foi sempre referida a

estimativa de risco, (observação de 100 rebentos, ou seja em 50 árvores observar 2

rebentos por árvore) com a indicação para o agricultor fazer a avaliação no seu pomar e

tratar em função do nível atingido.

38

5.1.4 - Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata)

Metodologia:

Para determinação da curva de voo foram instaladas garrafas mosqueiras com atractivo

trimedlure mais a solução de hidrolisado de proteína.

Fig.29 – Monitorização da Ceratitis capitata em macieiras no POB de Cernache de Bonjardim.

Aconselhamento:

Este ano o ataque da mosca não foi relevante, só foi aconselhado um tratamento contra

esta praga na circular nº 14 de 22 de Agosto para as variedades tardias, com a

recomendação para o agricultor ter em atenção o intervalo de segurança e também optar

por um produto, se necessário, para combater em simultâneo o bichado.

5.1.5 - Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus)

Metodologia:

Determinar o somatório da temperatura com base nas temperaturas médias diárias

superiores ao zero de desensolvimento da praga que é 7,3º C desde 1 de Janeiro do ano.

Antes do início das eclosões colocam-se armadilhas de intercepção para ninfas que são

cintas ou fitas adesivas de cor branca, sendo adesivas de ambos os lados para

permitirem boa fixação aos ramos e permitir a captura das ninfas. As armadilhas são

colocadas em Abril e são renovadas semanalmente, com observação e contagem à lupa

binocular para detectar as primeiras ninfas móveis e determinar o início, pico e fim das

eclosões.

Trat.22/8

39

As armadilhas sexuais para capturar os machos foram colocadas em Março para

determinar o início de voo dos machos da geração hibernante que este ano se verificou

no dia 24 de Março, correspondendo a 160ºC de graus acumulados.

Quadro 19 - Valores de somas de temperaturas acumuladas para adultos e ninfas da 1ª e

2ª geração registadas no POB de Cernache de Bonjardim em 2011

Fase de actividade Data Somatório de temperaturas

(> 7,3 ºC desde 1 de Janeiro)

Início do voo dos machos da

geração hibernante

28 de Março 160ºC

Ninfas da 1 ª Geração 12 de Maio 546ºC

Ninfas da 2 ª Geração 30 de Junho 1170ºC

No POB de Cernache registámos a emergência das ninfas da 1ª geração no dia 12 de

Maio com 546º graus dia acumulados e as ninfas da 2ª geração no dia 30 de Junho com

1170ºgraus dia acumulados.

Fig.30 – Curva de eclosão dos machos e ninfas da cochonilha de S.José no POB de Cernache

Aconselhamento:

Foi emitido um aviso para tratar as formas hibernantes no dia 14 de Fevereiro com a

recomendação para o tratamento ser feito o mais próximo possível da rebentação, isto é

ao estado fenológico B-C, inchamento do gomo.

Foram indicados os seguintes tratamentos : 16 de Maio, 30 de Maio e 30 de Junho,

seguindo a estratégia para tratar ao início e pico de saída das ninfas da 1ª geração e

ninfas da 2ª geração.

40

No POB de Cernache de Bonjardim as capturas de adultos e larvas nas cintas adesivas

não foram significativas, no entanto observámos este ano um aumento dos sintomas do

ataque da praga nos frutos, principalmente na variedades vermelhas.

5.2 - Doenças

5.2.1 - Pedrado (Venturia inaequalis e Venturia pirina)

A EACB, durante o ano de 2011, emitiu 7 aconselhamentos para controlar o pedrado. A

recolha de dados foi efectuada nos POBs de Cernache de Bonjardim (Qtª do Ribeiro),

Soalheira (Qtª da Fadagosa), Teixoso (Qtª de Lamaçais), Belmonte (Qtª da Torre),

Casteleiro (Qtas do Espinhal).

O método de previsão seguido foi o indicado pelo SNAA. Para se determinar os riscos

de infecção da doença fizeram-se observações em laboratório, ao microscópio, sobre o

estado de maturação das peritecas.

Para a previsão da oportunidade do primeiro tratamento é fundamental que se

verifiquem as seguintes condições: estado fenológico C3/D, ascósporos maduros e

previsão de chuva. Quando estas condições se verificam simultaneamente a EACB avisa

o agricultor para aplicar um produto de contacto, antes da ocorrência das primeiras

chuvas, impedindo assim que os esporos germinem. Caso não tenha sido feito este

tratamento preventivo, desde o início da ocorrência das chuvas contaminadoras, antes

de se completarem as 48 horas, deve ser feito um tratamento curativo. Se nenhum dos

tratamentos anteriores foi possível, aconselha-se um tratamento antes do aparecimento

das manchas, mas o mais próximo possível dessa data.

Esta é a estratégia de aconselhamento que seguimos para as recomendações dos

tratamentos seguintes.

Quando o inoculo é grande, este deve ser destruído no outono-inverno com a aplicação

de ureia e enterramento ou destruição das folhas.

41

Representação Esquemática das Infecções de Pedrado no POB da Qtª da Fadagosa, em 2011.

Previsão de Infecções de Pedrado, Qtª da Fadagosa - Soalheira 2011

0

5

10

15

20

25

11-

M ar

15-

M ar

19 -

M ar

2 3 -

M ar

2 7-

M ar

3 1-

M ar

4 -

A br

8 -

A br

12 -

A br

16 -

A br

2 0 -

A br

2 4 -

A br

2 8 -

A br

2 -

M ai

6 -

M ai

10 -

M ai

14 -

M ai

18 -

M ai

2 2 -

M ai

2 6 -

M ai

3 0 -

M ai

(T m C º)

0

5

10

15

20

25

30

35

(P mm)

P ( mm )

.T º media (C º)

Tratamentos

Não Foram Observadas manchas Não Foram Observadas manchas

Fig.31 – Monitorização de Venturia pirina no POB da Soalheira.

Representação Esquemática das Infecções de Pedrado no POB da Qtª de Lamaçais, em 2011

Previsão de Infecções de Pedrado, Qtª de Lamaçais - Teixoso 2011

0

5

10

15

20

25

11-

M ar

15-

M ar

19 -

M ar

2 3 -

M ar

2 7-

M ar

3 1-

M ar

4 -

A br

8 -

A br

12 -

A br

16 -

A br

2 0 -

A br

2 4 -

A br

2 8 -

A br

2 -

M ai

6 -

M ai

10 -

M ai

14 -

M ai

18 -

M ai

2 2 -

M ai

2 6 -

M ai

3 0 -

M ai

(T m C º)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

(P mm)

P ( mm )

.T º media (C º)

Tratamentos

Não foram observadas manchas

Fig.32 – Monitorização de Venturia pirina no POB do Teixoso.

1ª Infecção

2ª Infecção Previsão das manchas 12 Abril

Previsão das manchas 5 Maio

1ª Infecção

Previsão das manchas 6 Abril

42

Previsão de Infecções de Pedrado, Qtª da Torre - Belmonte 2011

0

5

10

15

20

25

11-

M ar

15-

M ar

19 -

M ar

2 3 -

M ar

2 7-

M ar

3 1-

M ar

4 -

A br

8 -

A br

12 -

A br

16 -

A br

2 0 -

A br

2 4 -

A br

2 8 -

A br

2 -

M ai

6 -

M ai

10 -

M ai

14 -

M ai

18 -

M ai

2 2 -

M ai

2 6 -

M ai

3 0 -

M ai

(T m C º)

0

5

10

15

20

25

30

(P mm) P ( mm )

.T º media (C º)Tratamentos

.. Foram observadas manchas

a 17 de Maio nas folhas e frutos

Fig.33 – Monitorização de Venturia pirina no POB de Belmonte.

Fig.34 – Evolução das condições de infecção de Pedrado em Macieiras (Cernache de Bonjardim)

C 3 - D

Datas: 23/3 5/4 15/4 21/4 5/5 16/5 30/5

1ª Infecção Previsão das manchas 6 Maio

43

Grau de Ataque

Para avaliarmos o grau de ataque do pedrado seguimos a seguinte metodologia:

efectuamos observações no pomar em Junho e na altura da colheita de 1000 frutos (50

arvores x 20 frutos - 10 árvores na bordadura e 40 no interior) e contabilizamos os

frutos que estão afectados com pelo menos uma mancha com mais de 1 cm2.

Os resultados obtidos no posto biológico de Cernache de Bonjardim são os seguintes:

Fig.35 – Avaliação do ataque de pedrado nas diferentes variedades de macieiras - Qtª do Ribeiro

No presente ano verificaram-se condições climáticas em Abril e Maio, em termos de

precipitação e temperaturas, favoráveis ao desenvolvimento das infecções o que nos

levou a constatar um aumento do inoculo à colheita dos frutos no POB de Cernache. De

salientar também que este é um pomar envelhecido com copas muito fechadas e onde o

principal problema fitossanitário nos últimos anos tem sido precisamente o pedrado nas

macieiras, principalmente nas variedade Starking.

6 - OLIVAL

O acompanhamento do estado fenológico do olival registou-se em 7 POFs.

A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 10 olivais e foram acompanhados

30 POBs.

Para esta cultura foram emitidos 9 aconselhamentos, sendo o maior número dirigido nas

pragas para a mosca da azeitona com 3 recomendações (azeitona de conserva e azeitona

para azeite) e nas doenças para a gafa com 2 recomendações.

Segue-se um gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para o olival em 2011.

44

Fig.36 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura do olival.

6.1 - Pragas

6.1.1 - Traça da oliveira ( Prays oleae)

A EACB acompanha nos diferentes POBs da região o ciclo biológico da traça da

oliveira, utilizando a metodologia abaixo indicada.

Quadro 20 – Metodologia de avaliação da Prays oleae.

Geração

Métodos de

amostragem Registos a efectuar

Antófaga

Armadilha sexual

Observação visual de 100 cachos florais

Nº de adultos

capturados/dia/armadilha (>15

adultos/dia)

Nº de cachos florais atacados

(5% a 11%) de inflorescências atacadas)

Carpófaga

Armadilha sexual

Observação visual de 100 frutos

Nº de adultos

capturados/dia/armadilha

(>25 adultos/dia)

Nº de frutos atacados

(20%a40%)

Filófaga Observação visual de 100 gomos

Nºde gomos terminais atacados

(10% de ápices)

45

Dinâmica populacional da traça da oliveira

Fig.37 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs de Perais, Perdigão, Sarzedas e

Sobreira.

Monotorização média semanal da Prays oleae 2011

05

101520253035404550

7-

Abr

14-

Abr

21-

Abr

28-

Abr

5-

Mai

12-

Mai

19-

Mai

26-

Mai

2-

Jun

9-

Jun

16-

Jun

23-

Jun

30-

Jun

Tratamentos

dia

de

de

ca

ptu

tras

se

man

ais

E.S.A.C. BrancoS.M.D`AchaP.S.PedroSérie6

NEA > 15 arm./ dia

NEA> 25 arm./ dia

Fig.38 – Monitorização da Prays oleae em armadilhas sexuais nos POBs da E.S.A. Castelo Branco,

S. Miguel d`Acha e Pedrogão de S. Pedro.

Aconselhamento:

Comparando a geração antófaga com a do ano anterior, em que nem houve necessidade

de tratar, este ano registaram-se níveis mais altos nesta geração. O nível económico de

ataque foi atingido na geração antófaga com capturas altas e observação de ovos e

cachos perfurados, o que levou à indicação de tratamento no dia 17 de Maio. Na

geração carpófaga, a intensidade do voo registada em alguns POB e a observação de

ovos e larvas nos frutos vingados, os quais atingiram o valor estabelecido na

metodologia de avaliação da intensidade do ataque da praga, levou a EACB a emitir

aconselhamento para tratar esta geração no dia 18 de Junho, principalmente nos olivais

que se apresentavam com fraco vingamento.

Trat.14/6 Trat.5/5

46

6.1.2 - Mosca da azeitona (Bactrocera oleae)

A EACB acompanha nos diferentes POBs da região o ciclo biológico da mosca da

azeitona, utilizando a metodologia indicada no quadro 21.

Quadro 21 – Metodologia de avaliação da Bactrocera oleae.

Método de amostragem Registos a efectuar

Armadilhas alimentares Nºde adultos capturados/dia/armadilha (+5 adultos

fêmea/dia/armadilha)

Armadilhas cromotrópicas + feromona Nºadultos capturados/dia/armadilha (+3 adultos

fêmea/dia/armadilha)

Observação visual de 100 frutos

Azeitona de conserva

Azeitona para azeite

Nº de frutos picados (1% formas vivas)

Nº de frutos picados (8% a12% de formas vivas)

Nos diferentes POB são colhidas semanalmente amostras constituídas por 100 frutos

para observação laboratorial, cujos resultados são uma indicação da evolução do ataque

da mosca da azeitona nesses locais.

Seguidamente, apresentam-se os resultados obtidos das observações realizadas às

amostras constituídas por 100 frutos e colhidas semanalmente nos postos biológicos.

Fig. 39 – Evolução do ataque da mosca da azeitona (Bactrocera oleae ) no POB de Perais

47

Fig.40 – Evolução do ataque da mosca da azeitona ( Bactrocera oleae) no POB de Sarzedas

Fig.41 – Evolução do ataque da mosca da azeitona ( Bactrocera oleae) no POB de Sobreira Formosa

Registou-se no final de Outubro um nº elevado de picadas e orifícios de saída nas

amostras analisadas, resultado de uma população também elevada que se observava

nesta altura, consequência das condições ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento.

Seguem-se os gráficos das curvas de voo da Bactrocera oleae nos diferentes POB da

região, em que a captura dos adultos foi realizada de duas maneiras, uma utilizando

garrafas mosqueiras, modelo McPhail, mais hidrolisado de proteína e outra com placas

cromotrópicas mais feromona.

48

Dinâmica populacional da Bactrocera oleae

Fig.42 – Monitorização da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) em garrafas mosqueiras, nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão.

Dinâmica populacional da Bactrocera oleae

Fig.43 – Monitorização da mosca da azeitona (Bactrocera oleae) em placas cromotrópicas, nos POBs de

Sarzedas, Sobreira, Perais e Perdigão.

Tratamento Azeitona

Azeite 12/9

Tratamento. Azeitona

Conserva 22/8

Tratamento Azeitona

Azeite 17/10

Tratamento

12/9 Tratamento

Azeitona.

Conserva

22/8

Tratamento

17/10

49

Monotorização da Bactrocera oleae -- Castelo Branco 2011

0

50

100

150

200

250

300

6-

Set

13-

Set

20-

Set

27-

Set

4-

Out

11-

Out

18-

Out

25-

Out

1-

Nov

8-

Nov

% Ataque mosca e gafaNº de Capturas

semanais

0

5

10

15

20

25

30

35

Tatamentos

P/Cro./Fero

G.Mos.Hid.

%Ataq. / Mosca

%Ataque./Gafa

Fig.44 – Monitorização da mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueira e % de

ataque de mosca e gafa no POB de Castelo Branco.

Monotorização da Bactrocera oleae -- S .Miguel D`Acha 2011

0

100

200

300

400

500

600

6-

Set

13-

Set

20-

Set

27-

Set

4-

Out

11-

Out

18-

Out

25-

Out

1-

Nov

8-

Nov

% Ataque mosca e gafaNº de capturas

semanais

1

4

7

10

13

P/Cro./FeroG.Mos.Hid.

%Ataq. / Mosca%Ataque./Gafa

Tatamentos

Fig.45 – Monitorização da mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueira e % de

ataque de mosca e gafa no POB de S. Miguel d`Acha.

50

Monotorizção da Bactrocera oleae Pedrogão de S. Pedro 2011

0

100

200

300

400

500

600

6-

Set

13-

Set

20-

Set

27-

Set

4-

Out

11-

Out

18-

Out

25-

Out

1-

Nov

8-

Nov

% Ataque mosca e gafaNº de capturas

semanais

0

20

40

60

80

100

P/Cro./Fero.G.Mos.Hid.%Ataq./Mosca%Ataq. / Gafa

Tatamentos

Fig.46 – Monitorização da mosca da azeitona em placas cromotrópicas e garrafas mosqueira e % de

ataque de mosca e gafa no POB de Pedrógão de S. Pedro.

Aconselhamento:

Nos POB do Pinhal Interior Sul, Campo Albicastrense, Campina de Idanha-a-Nova e

Cova da Beira, os ataques de mosca nos olivais foram elevados e os estragos observados

com algum significado. As recomendações que foram emitidas tiveram por base o nível

económico de ataque, quando este foi atingido nas nossas observações de campo e

laboratoriais. Assim, foi indicado um tratamento no dia 22 de Agosto para a azeitona de

conserva e dois tratamentos dirigidos aos olivais cuja produção se destinava a azeite no

dia 12 de Setembro e 17 de Outubro.

Os intensos ataques de mosca na azeitona de mesa, verificados este ano na região,

impediram que em muitos olivais os frutos alcançassem as características mínimas de

comercialização. Na produção para azeite, a precipitação verificada no início do mês de

Novembro, foi benéfica para os olivais, compensando o prolongado estio de Setembro e

Outubro.

6.1.3 – Euzophera pingüis

Monitorização da praga:

Os períodos do risco são avaliados com a instalação de armadilhas sexuais para a

captura de adultos. Verificada a existência de voo e determinado o pico das capturas, a

observação visual do tronco e a procura de actividade das jovens larvas, serão dados

complementares importantes para a tomada de decisão de tratamento.

Época de observação – a partir de Março

Metodo de amostragem – colocar armadilha sexual e observação visual semanal

51

Orgãos a observar – avaliar as capturas da armadilha e fazer a observação visual dos

troncos

NEA – tratar ao pico de voo

Dinâmica populacional da Euzophera pingüis

Fig.47 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Perdigão.

Monotorização de Euzophera pingüis - Qtª da Chandeirinha

Belmonte - 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

40

6-

Mai

13-

Mai

20-

Mai

27-

Mai

3-

Jun

10-

Jun

17-

Jun

24-

Jun

1-

Jul

8-

Jul

15-

Jul

22-

Jul

29-

Jul

5-

Ago

12-

Ago

19-

Ago

26-

Ago

2-

Set

Nº de capturas

Arma. C/Feromona

Fig.48 – Monitorização da Euzophera pingüis no POB de Belmonte.

As capturas este ano continuaram a ser baixas e também não houve uma

correspondência com estragos visíveis nas plantas observadas. O pico populacional em

Maio acabou por coincidir mais uma vez, com o estado fenológico F (floração) tal como

tem vindo a acontecer nos ultimos anos no POB de Perdigão.

52

No POB de Belmonte, localizado num olival com área de 50 ha, as capturas foram

elevadas para um olival jovem em Junho e Agosto, como se observa na curva de voo.

Também se observaram alguns estragos de Euzophera no olival. O técnico responsavel

por este olival foi alertado para a situação de ataque da praga.

Aconselhamento:

O NEA não foi atingido pelo que não se recomendou tratar contra este inimigo.

6.1.4 - Traça verde (Palpita unionalis(vitrealis)= Margaronia unionalis)

Monitorização:

Os períodos de risco podem ser avaliados utilizando-se armadilhas tipo funil ou delta

com a feromona sexual do insecto

As capturas permitem esclarecer a presença da praga no olival e traçar a curva de voo.

A intensidade do ataque é determinada por observação do ataque nos rebentos.

Época de observação – início da Primavera

Método de amostragem – observação visual

Orgãos a observar – 5 rebentos x 20 árvores

NEA - >5% de rebentos atacados (árvores jovens)

Dinâmica populacional da traça verde

Fig.49 – Monitorização da Margaronia/Palpita unionalis no POB de Perdigão.

53

Monotoização da Margaronia vitrealis Qtª da Chandeirinha

Belmonte 2011

0

5

10

15

20

17-

Mai

24-

Mai

31-

Mai

7-

Jun

14-

Jun

21-

Jun

28-

Jun

5-

Jul

12-

Jul

19-

Jul

26-

Jul

2-

Ago

9-

Ago

16-

Ago

23-

Ago

30-

Ago

6-

Set

Nº de capturas

Arma. Delta C/ Feromona

Fig.50 – Monitorização da Palpita unionalis no POB de Belmonte.

As capturas foram muito baixas e apenas se observaram alguns estragos causados pela

praga, principalmente na cultivar Arbequina. Se não forem árvores novas em fase de

formação, este ataque não causa grandes prejuízos.

Aconselhamento:

O NEA não foi atingido nos POB da região, pelo que não se recomendou tratamento

contra este inimigo.

6.2 - Doenças

6.2.1 - Gafa (Colletotrichum acutatum)

A estratégia seguida pela EACB é a protecção preventiva baseada no historial da região

e nas condições favoráveis à doença como: HR>92%, neblinas ou nevoeiros, folhas

molhadas durante um elevado nº de horas, temperatura entre 10oC e 30

oC (óptimo entre

20oC e 25

oC).

Nos POBs foi efectuada a observação visual e a colheita semanal de amostras

constituídas por 100 frutos para observação laboratorial e determinação da % de frutos

atacados.

54

Registos Termopluviométricos

Fig.51 – Gráfico termopluviométrico do POB de Perais.

Fig.52 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sarzedas

55

Fig.53 – Gráfico termopluviométrico do POB de Sobreira Formosa.

Aconselhamento:

A EACB recomendou a realização de dois tratamentos preventivos a partir da fase de

maturação dos frutos, quando houve conjugação de condições ambientais favoráveis,

nomeadamente, humidade relativa elevada, temperatura adequada e precipitação

prevista pelos serviços de meteorologia.

6.2.2 - Olho de pavão (Spilocaea oleagina)

Monitorização da doença: detecção de manchas nas folhas e avaliação semanal da

intensidade de ataque.

Entre os factores de nocividade do olho de pavão, destacam-se os de natureza climática,

como a humidade relativa superior a 98% e a chuva, sendo os ataques favorecidos por

temperaturas situadas entre 15oC e 20

oC.

A estimativa do risco teve lugar no início da Primavera, antes das primeiras chuvas

desta estação e depois de cessarem os frios de Inverno e no fim do Verão por volta de

Outubro, antes das primeiras chuvas. Nos POBs além da observação visual é efectuada,

nos períodos susceptíveis, a colheita semanal de amostras. A amostra é constituída por

10 folhas por árvore em cada uma de 10 árvores, para observação laboratorial e

determinação da percentagem de frutos atacados.

56

Metodologia utilizada:

Em cada amostra determina-se o índice total de infecção (ITI) que é igual à

percentagem de folhas sobre as quais aparecem manchas após submersão numa solução

de hidróxido de sódio (NAOH) a 5%, durante 25 a 30 minutos à temperatura ambiente.

Em presença de ataque, surgirão na página superior manchas circulares, opacas, de cor

escura.

O parâmetro ITI traduz a intensidade da infecção das amostras colhidas nos POBs da

região, conforme se observa no registo gráfico da figura abaixo indicada.

Fig. 54 – Evolução do olho de pavão no POB de Sarzedas, Sobreira, Perais

Aconselhamento:

A estratégia da EACB teve como base a protecção preventiva acompanhando a

evolução das condições meteorológicas, na medida em que estão directamente

relacionadas com o desenvolvimento da doença.

Este ano, foi emitida a circular nº 4 no dia 23 de Março, aconselhando um tratamento ao

olho de pavão, porque a intensidade total de infecção era superior a 10% e as condições

meteorológicas estavam favoráveis ao desenvolvimento da doença. Assim,

recomendámos um tratamento, principalmente dirigido aos olivais com cultivares

sensíveis como a Cordovil e Picual, para evitar desfoliaçãoes intensas que o olho de

pavão costuma provocar .

Aviso 23/3

NEA

57

7 - PRUNÓIDEAS – Cerejeiras, Pessegueiros

O acompanhamento do estado fenológico dos pomares registou-se em 13 POFs.

A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 13 pomares e foram

acompanhados 44 POBs.

Para esta cultura foram emitidos 18 aconselhamentos para pragas e doenças.

O cultura que teve mais recomendações foi o pessegueiro com 4 tratamentos para a

lepra e 2 para a mosca da fruta.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para as prunóideas em

2011.

Fig.55 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura das Prunóideas.

58

7.1 - Pessegueiros

7.1 .1- Pragas

7.1.1.1 - Mosca da Fruta ou do Mediterrâneo (Ceratitis capitata)

Monitorização da praga:

A dinâmica populacional da praga foi seguida, acompanhando-se a evolução do voo dos

adultos, com as armadilhas alimentares modelo McPhail, utilizando hidrolisado de

proteína e trimedlure.

Seguem-se os gráficos com os registos das capturas:

Fig.56 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim.

Capturas de Ceratitis capitata em Pessegueiros -- 2011

0

10

20

30

40

50

21-

Jun

28-

Jun

5-

Jul

12-

Jul

19-

Jul

26-

Jul

2-

A go

9-

A go

16-

A go

23-

A go

30-

A go

6-

Set

de c

ap

tura

s

Qtª F adago sa

Qtª Lamaçais

Qtª da T o rre

tratamento

s

Fig.57 – Monitorização da Ceratitis capitata em pessegueiros nos POBs da Soalheira, Teixoso,

Belmonte.

Aviso 20/7

Aviso 22/8

59

Aconselhamento:

A dinâmica populacional da praga foi baixa no início do ciclo, na altura das variedades

precoces, havendo um aumento populacional nas variedades de estação, nectarinas,

pessegos e por fim nas pavias.

Os tratamentos indicados tiveram por base o NEA com o objectivo de proteger

principalmente as variedades sensíveis onde é frequente o ataque de mosca da fruta,

para evitar possíveis prejuízos na fase da comercialização.

7.1.1.2 - Anarsia (Anarsia lineatella)

Metodologia:

Evolução do voo de adultos nas armadilhas sexuais e observação visual de sintomas

com periodicidade semanal.

Registo das capturas

Fig.58 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros no POB de Cernache de Bonjardim.

Tratamento 30/6

60

Capturas de Anarsia lineatella em Pessegueiros -- 2011

0

5

10

15

2 0

2 5

12 -

M ai

19 -

M ai

2 6 -

M ai

2 -

Jun

9 -

Jun

16 -

Jun

2 3 -

Jun

3 0 -

Jun

7-

Jul

14 -

Jul

2 1-

Jul

2 8 -

Jul

4 -

A go

11-

A go

18 -

A go

2 5-

A go

1-

Set

de c

ap

tura

s d

e

ad

ult

os

Qtª F adago sa

Qtª Lamaçais

Qtª da T o rre

tratamento

Fig.59 – Monitorização da Anarsia lineatella em pessegueiros nos POBs da Soalheira, Teixoso,

Belmonte.

Aconselhamento:

Este ano a praga esteve presente em alguns pomares mas com menos intensidade que o

ano anterior. Assim, apenas foi indicado um tratamento no dia 30 de Junho, mas sempre

com a referência para o agricultor observar primeiro a sua parcela e decidir em função

do nível económico de ataque registado no seu pomar.

7.1.1.3 - Afídeo verde (Mysus persicae)

Metodologia: observação visual em 100 raminhos e avaliar a taxa de ocupação (7% a

10%).

Aconselhamento: Foi recomendado tratamento com um aficida e foi solicitado ao

agricultor para fazer a estimativa do risco na sua parcela.

7.1.2 - Doenças

7.1.2.1 - Lepra (Taphrina deformans)

Monitorização da doença: A observação incide sobre os gomos terminais e folhas de

ramos do ano. A avaliação da intensidade de ataque é semanal a partir de finais de

Fevereiro.

Previsão do risco: Avaliar se as condições meteorológicas são favoráveis à doença

(períodos de frio e tempo húmido) e ter em conta o período de maior sensibilidade da

planta (início do desenvolvimento do botão floral e aparecimento da ponta verde da

primeira folha).

61

Aconselhamento:

A oportunidade do tratamento preventivo à ponta verde é muito importante para o

sucesso da protecção da cultura contra esta doença. Assim, foi indicado o primeiro

tratamento no estado fenológico B com fungicidas orgânicos e a sua renovação

posterior, conforme as condições eram favoráveis, num total de 4 tratamentos.

7.1.2.2 - Oídio (Sphaerotheca pannosa)

Monitorização da doença: A valiação semanal da intensidade de ataque e a observação

visual da sintomatologia nos rebentos.

Previsão do risco: períodos de maior sensibilidade da planta (estado fenológico à queda

das pétalas e jovens frutos) e condições meteorológicas favoráveis à doença (necessário

humidade na folha mas é pouco exigente em temperatura).

Aconselhamento:

A EACB indicou dois tratamentos: nos dias 21de Abril para tratar e 30 de Maio para

renovar, na medida em que as condições meteorológicas o justificavam nesta altura,

principalmente para a protecção dos frutos nos pomares de prunóideas com cultivares

mais sensíveis. Não foi complicado este ano controlar esta doença, pois o oídio não

apresentou grande pressão nos pessegueiros.

7.2 - Cerejeiras

7.2.1 - Pragas

7.2.1.1 - Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi)

Metodologia: Evolução do voo dos adultos utilizando garrafas mosqueiras com

hidrolisado de proteína e placas cromotropicas com plaquetas de amónio.

Em 2011, foi testada na EACB uma nova armadilha para captura da mosca da cereja

apresentando-se com um formato tipo cone de cor amarela e que serviu também para

comparação com os outros modelos tradicionais mais utilizados, como a garrafa

McPhail e placa cromotropica.

Dos resultados obtidos da comparação das armadilhas, o modelo tipo cone foi o que

teve capturas inferiores e consideramos que é uma armadilha com um manuseamento

mais complicado, tornando-se também pouco prática a contagem dos indivíduos

capturados.

62

Seguem-se os graficos com os resultados obtidos da monitorização da mosca da cereja

em 2011.

Dinâmica populacional da Rhagoletis cerasi

Fig.60 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em placas cromotrópicas nos POBs de Proença a Nova.

Fig.61 – Monitorização da Rhagoletis cerasi em garrafas mosqueiras nos POBs de Proença a Nova.

Aviso 16/5

63

Fig.62 – Monitorização da Rhagoletis cerasi comparando as capturas em placa cromotropica com

armadilha tipo cone no POB de Chão Galego

Segue-se uma fotografia com os diferentes modelos de armadilhas que foram utilizadas

para capturar a mosca da cereja no pomar de Chão do Galego

Armadilhas

Armadilha tipo cone

amarela, com

plaqueta de amónio

Placa cromotrópica

amarela, com

plaqueta de amónio

64

Capturas de Rhagoletis cerasus na B. Interior sul - 2011

0

1

2

3

4

26-

A br

3-

M ai

10-

M ai

17-

M ai

24-

M ai

31-

M ai

7-

Jun

14-

Jun

21-

Jun

de c

ap

tura

s

Q. F adago sa (p.c.p.a.)

Qtª Valent ins (p.c.p.a.)

Qtª S. M acário (p.c.p.a.)

Q. Lamaçais (p.c.p.a.)

Fig.63 – Monitorização da Mosca da cereja com placas cromotrópicas e placas amónio (p.c.p.a.)

nos POBs da região da Cova da Beira.

Capturas de Rhagoletis cerasus na B. Interior sul - 2011

0

2

4

6

8

26-

A br

3-

M ai

10-

M ai

17-

M ai

24-

M ai

31-

M ai

7-

Jun

14-

Jun

21-

Jun

de c

ap

tura

s

Q. F adago sa (g.m.h.p.)

Qtª Valent ins (g.m.h.p.)

Qtª S. M acário (g.m.h.p.)

Q. Lamaçais (g.m.h.p.)

Fig.64 – Monitorização da Mosca da cereja em garrafas mosqueiras com hidrolizado de proteína

(g.m.h.p.) nos POBs da região da Cova da Beira.

Seguidamente apresentamos os resultados do ensaio realizado com base no modelo

preconizado por UC IPM - fenologia de modelos biológicos através de cálculo de graus

– dia, utilizado por AliNiazee, MT 1979 para Rhagoletis indifferens

(Díptera:Tephritidae). Poder. Ent. 111:1101-1109. Em Albany, Oregon.

Foi efectuado o cálculo de graus dia de mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) para o posto

biológico da Qtª da Fadagosa – Soalheira, a Sul da Serra da Gardunha, para o posto

biológico de Qtª de S.Macário – Alcaide, a Norte da Serra da Gardunha e também para

o posto biológico de Chão do Galego em Proença-a-Nova.

65

Quadro 22 – Acumulação de graus – dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis

cerasi para os POBs de Qtª da Fadagosa – Soalheira; Qtª de S.Macário – Alcaide; Qtª de

Lamaçais – Teixoso, com data de início: 1 de Março, 2011.

Estádios de

desenvolvimento Modelo Σ GD (ºC)

Qtª da Fadagosa Σ GD (ºC)

Qtª de S. Macário Σ GD (ºC)

Qtª de Lamaçais Σ GD (ºC)

Emergência do primeiro adulto

Primavera: 462,20 ºC 18 Abril 470.7º 3 Maio 463.2º 2 Maio 466.7º

Início de postura de ovos: 541,0 ºC 26 Abril 550.7º 11 Maio 548.4º 10 Maio 545.2º

Ovos viáveis: 594,0 ºC 30 Abril 599.5º 14 Maio 595.7º 14 Maio 605.3º

50% de postura de ovos: 631,0 ºC 3 Maio 633.8º 18 Maio 639.0º 17 Maio 644.6º

O pico de postura de ovos: 685,0 ºC 8 Maio 684.4º 22 Maio 689.3º 21 Maio 695.3º

Pupação: 795,0 ºC 15 Maio 794.9º 29 Maio 798.9º 28 Maio 798.8º

Quadro 23 – Acumulação de graus – dia para cada estádio de desenvolvimento de Rhagoletis

cerasi no POB Chão do Galego – Proença-a-Nova, com data de início: 1 de Março, 2011.

Estádios de desenvolvimento

Modelo Σ GD (ºC)

Chão Galego

Data Σ GD (ºC)

Emergência do primeiro adulto 462.0 ºC 19 Abril 465,66 ºC

Início de postura 541.0 ºC 27 Abril 553,01 ºC

Ovos viáveis 594.0 ºC 01 Maio 599,36 ºC

50% de postura de ovos 631.0 ºC 04 Maio 631,41 ºC

Pico de oviposição 685.0 ºC 09 Maio 688,01 ºC

Pupação 795.0 ºC 15 Maio 793,76ºC

Segue-se o gráfico referente aos graus dia necessários para cada fase de

desenvolvimento, registado nos diferentes pomares de cerejeiras da região, onde está a

ser aplicado o modelo UC IPM.

66

Registo dos graus dia acumulados/fase de desenvolvimento da mosca da cereja

Fig.65 - Graus dia acumulados/fase de desenvolvimento – 2011

Considerações:

O controlo desta praga está muito condicionado pelas épocas em que se regista o

aparecimento dos primeiros adultos. Após surgirem as primeiras capturas, os

tratamentos devem ser feitos ao fim de uma semana, tendo em atenção o escalonamento

da maturação. Este ano, continuou a ser testado na EACB, o método de detecção dos

primeiros adultos com base nas temperaturas de solo acumuladas. Para tal, utilizamos os

registos do termómetro de solo da EMA do Chão do Galego e com base nas

temperaturas de solo acumuladas aplicamos o modelo, segundo o qual, a emergência de

adultos está dependente das temperaturas primaveris e poderá ser prevista através dele.

O modelo de temperaturas de solo indica a necessidade de existir para o início do voo

da mosca da cereja, o somatório de 430 graus-dia acima de 5ºC ou o somatório de 370

graus-dia acima de 7ºC, acumulados a partir de 1 de Janeiro do termómetro de solo que

deve estar instalado a 5 cm de profundidade. Os dados obtidos na EMA de Chão do

Galego, indicam que o início do voo deveria ter ocorrido no dia 17 de Abril,

considerando a temperatura base de 370ºC acima de 7ºC ou a 7 de Abril considerando o

somatório de 430 graus-dia acima de 5ºC de temperatura registada no solo. Mais uma

vez constatamos este ano, que para as nossas condições, os valores dados pelos

acumulados de 370 graus-dia acima da temperatuta de 7ºC, se torna mais compatível

com a realidade encontrada nos pomares nesta região de Proença-a-Nova.

462

541 594

631 685

795

67

Seguem-se os Quadros com os registos acumulados de temperatura de solo.

Quadro 24 – Registos Acumulados (>5 oC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego

Chão Galego TEMP de SOLO Excedente Excedente

Data MEDIA de Acumulado

(oC) 5

oC de 5

oC

352,10

01-04-2011 16,5 11,5 363,6

02-04-2011 15,7 10,7 374,3

03-04-2011 14,3 9,3 383,6

04-04-2011 14,7 9,7 393,3

05-04-2011 16,8 11,8 405,1

06-04-2011 17,9 12,9 418,0

07-04-2011 18 13,0 431,0

08-04-2011 18,4 13,4 444,4

09-04-2011 18,2 13,2 457,6

10-04-2011 18 13,0 470,6

11-04-2011 18,4 13,4 484,0

12-04-2011 18,3 13,3 497,3

13-04-2011 18,6 13,6 510,9

14-04-2011 18,9 13,9 524,8

15-04-2011 18,7 13,7 538,5

16-04-2011 18,6 13,6 552,1

17-04-2011 19,2 14,2 566,3

18-04-2011 18,4 13,4 579,7

19-04-2011 16,3 11,3 591,0

20-04-2011 15,6 10,6 601,6

21-04-2011 14,8 9,8 611,4

22-04-2011 14,7 9,7 621,1

23-04-2011 15 10,0 631,1

24-04-2011 16,8 11,8 642,9

25-04-2011 17,5 12,5 655,4

26-04-2011 18,4 13,4 668,8

27-04-2011 18,9 13,9 682,7

28-04-2011 18,4 13,4 696,1

29-04-2011 17,1 12,1 708,2

30-04-2011 16,2 11,2 719,4

68

Quadro 25 – Registos Acumulados (>7 oC) de Temperatura de Solo da EMA de Chão Galego

Chão Galego TEMP de SOLO Excedente Excedente

Data MEDIA de Acumulado

(oC) 7

oC de 7

oC

199,2

01-04-2011 16,5 9,5

208,7

02-04-2011 15,7 8,7

217,4

03-04-2011 14,3 7,3

224,7

04-04-2011 14,7 7,7

232,4

05-04-2011 16,8 9,8

242,2

06-04-2011 17,9 10,9

253,1

07-04-2011 18 11,0

264,1

08-04-2011 18,4 11,4

275,5

09-04-2011 18,2 11,2

286,7

10-04-2011 18 11,0

297,7

11-04-2011 18,4 11,4

309,1

12-04-2011 18,3 11,3

320,4

13-04-2011 18,6 11,6

332,0

14-04-2011 18,9 11,9

343,9

15-04-2011 18,7 11,7

355,6

16-04-2011 18,6 11,6

367,2

17-04-2011 19,2 12,2

379,4

18-04-2011 18,4 11,4

390,8

19-04-2011 16,3 9,3

400,1

20-04-2011 15,6 8,6

408,7

21-04-2011 14,8 7,8

416,5

22-04-2011 14,7 7,7

424,2

23-04-2011 15 8,0

432,2

24-04-2011 16,8 9,8

442,0

25-04-2011 17,5 10,5

452,5

26-04-2011 18,4 11,4

463,9

27-04-2011 18,9 11,9

475,8

28-04-2011 18,4 11,4

487,2

29-04-2011 17,1 10,1

497,3

30-04-2011 16,2 9,2

506,5

69

Quadro 26 - Calculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da Qtª da Fadagosa –

Soalheira, Sul da Serra da Gardunha

Limiar inferior 5ºC a partir de 1 de Março, 2011

Qtª Fadagosa -- Rhagoletis cerasi

Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo

1-Mar-11 12,3 4,2 3,25 3,25 1-Abr-11 25 11,8 13,4 245,2

2-Mar-11 12,5 2,8 2,65 5,9 2-Abr-11 18,9 11,2 10,05 255,25

3-Mar-11 12,1 3,4 2,75 8,65 3-Abr-11 16,3 10,6 8,45 263,7

4-Mar-11 9,5 1,7 0,6 9,25 4-Abr-11 20,8 10,1 10,45 274,15

5-Mar-11 9,1 3,5 1,3 10,55 5-Abr-11 26,3 12,8 14,55 288,7

6-Mar-11 13,5 6,6 5,05 15,6 6-Abr-11 25,6 16,4 16 304,7

7-Mar-11 17 7,1 7,05 22,65 7-Abr-11 27,1 15,2 16,15 320,85

8-Mar-11 11,9 8,1 5 27,65 8-Abr-11 27,7 15,7 16,7 337,55

9-Mar-11 107 7,7 52,35 80 9-Abr-11 24,8 9,6 12,2 349,75

10-Mar-11 15,1 6,4 5,75 85,75 10-Abr-11 24,8 10 12,4 362,15

11-Mar-11 11,2 7,6 4,4 90,15 11-Abr-11 23,6 13 13,3 375,45

12-Mar-11 15,1 7,6 6,35 96,5 12-Abr-11 25,8 12,5 14,15 389,6

13-Mar-11 9,4 6,5 2,95 99,45 13-Abr-11 27,2 10,1 13,65 403,25

14-Mar-11 10,2 7,6 3,9 103,35 14-Abr-11 28,9 10,2 14,55 417,8

15-Mar-11 13,8 5,3 4,55 107,9 15-Abr-11 26,1 14,5 15,3 433,1

16-Mar-11 14,2 1,7 2,95 110,85 16-Abr-11 24,1 11,8 12,95 446,05

17-Mar-11 19,6 5,3 7,45 118,3 17-Abr-11 23,4 13,4 13,4 459,45

18-Mar-11 21,7 5,9 8,8 127,1 18-Abr-11 21,7 10,9 11,3 470,75

19-Mar-11 22,7 10,4 11,55 138,65 19-Abr-11 17 12,4 9,7 480,45

20-Mar-11 23,6 11,7 12,65 151,3 20-Abr-11 17,6 12,1 9,85 490,3

21-Mar-11 19,2 6,8 8 159,3 21-Abr-11 14,6 10,5 7,55 497,85

22-Mar-11 16,4 8,8 7,6 166,9 22-Abr-11 15,8 9,1 7,45 505,3

23-Mar-11 13,9 5,7 4,8 171,7 23-Abr-11 19,3 8,8 9,05 514,35

24-Mar-11 17,1 8,5 7,8 179,5 24-Abr-11 21,6 10,9 11,25 525,6

25-Mar-11 14,8 9,6 7,2 186,7 25-Abr-11 22,4 12,3 12,35 537,95

26-Mar-11 13,9 6,2 5,05 191,75 26-Abr-11 22,5 13,1 12,8 550,75

27-Mar-11 13,9 7,7 5,8 197,55 27-Abr-11 25,2 13,1 14,15 564,9

28-Mar-11 13,9 8,4 6,15 203,7 28-Abr-11 26,1 10,8 13,45 578,35

29-Mar-11 18,9 7,4 8,15 211,85 29-Abr-11 21,4 12 11,7 590,05

30-Mar-11 19,9 7,3 8,6 220,45 30-Abr-11 16,9 12,1 9,5 599,55

31-Mar-11 22 10,7 11,35 231,8

70

UC IPM - fenológia de modelos biológicos

através de calculo de graus – dia, Utilizado por

AliNiazee, MT 1979 para Rhagoletis

indifferens (Díptera:Tephritidae). Poder. Ent.

111:1101-1109. Em Albany, Oregon.

Limiar inferior 5ºC a partir de 1 de Março, 2011

Qtª Fadagosa -- Rhagoletis cerasi

Data Tmáx. Tmin. Tméd.

Σ Calculo 1-Mai-11 19 11,8 10,4 609,95

2-Mai-11 23,5 11,9 12,7 622,65

3-Mai-11 23,1 9,3 11,2 633,85

4-Mai-11 22,1 7 9,55 643,4

5-Mai-11 22,9 8,8 10,85 654,25

6-Mai-11 21,4 10,9 11,15 665,4

7-Mai-11 18,9 10,2 9,55 674,95

8-Mai-11 21,3 7,5 9,4 684,35

9-Mai-11 26 9,1 12,55 696,9

10-Mai-11 29,1 14 16,55 713,45

11-Mai-11 28,9 16,9 17,9 731,35

12-Mai-11 29,1 13,9 16,5 747,85

13-Mai-11 29,3 16,6 17,95 765,8

14-Mai-11 28,5 15 16,75 782,55

15-Mai-11 24,7 10,1 12,4 794,95

16-Mai-11 26,8 13,5 15,15 810,1

17-Mai-11 24,3 13,8 14,05 824,15

18-Mai-11 20,4 14,7 12,55 836,7

19-Mai-11 23,1 13,7 13,4 850,1

20-Mai-11 25,8 12 13,9 864

21-Mai-11 27,9 13,3 15,6 879,6

22-Mai-11 29 12,8 15,9 895,5

23-Mai-11 31,1 13,8 17,45 912,95

24-Mai-11 32,1 15,5 18,8 931,75

25-Mai-11 31,5 15,7 18,6 950,35

26-Mai-11 26,7 16,3 16,5 966,85

27-Mai-11 26,7 14,2 15,45 982,3

28-Mai-11 26,4 13,8 15,1 997,4

29-Mai-11 26,1 15,3 15,7 1013,1

30-Mai-11 22,8 13,4 13,1 1026,2

31-Mai-11 26,8 12,2 14,5 1040,7

71

Quadro 27 - Calculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da Qtª de S. Macário -

Alcongosta Norte da Serra da Gardunha.

Limiar inferior 5ºC a partir de 1 de Março, 2011

Qtª S. Macário -- Rhagoletis cerasi

Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo

1-Mar-11 10,1 1,6 0,85 0,85 1-Abr-11 23 12 12,5 138,9

2-Mar-11 9,3 0,1 -0,3 0,55 2-Abr-11 18 10 9 147,9

3-Mar-11 9,9 0,4 0,15 0,7 3-Abr-11 14,2 8 6,1 154

4-Mar-11 8,1 -1,1 -1,5 -0,8 4-Abr-11 18,8 7 7,9 161,9

5-Mar-11 6,1 1,4 -1,25 -2,05 5-Abr-11 25,2 10,9 13,05 174,95

6-Mar-11 11,5 4,2 2,85 0,8 6-Abr-11 24,5 15,8 15,15 190,1

7-Mar-11 15,1 4,9 5 5,8 7-Abr-11 25,6 16,2 15,9 206

8-Mar-11 10,5 5,6 3,05 8,85 8-Abr-11 25,8 16,5 16,15 222,15

9-Mar-11 8,3 5,7 2 10,85 9-Abr-11 21,1 11,7 11,4 233,55

10-Mar-11 13,9 5,4 4,65 15,5 10-Abr-11 22,9 8,6 10,75 244,3

11-Mar-11 10 5,7 2,85 18,35 11-Abr-11 21,5 9,6 10,55 254,85

12-Mar-11 12,1 5,7 3,9 22,25 12-Abr-11 22,4 8,2 10,3 265,15

13-Mar-11 7,4 5,2 1,3 23,55 13-Abr-11 24,9 11,2 13,05 278,2

14-Mar-11 7,6 4,9 1,25 24,8 14-Abr-11 27 12,5 14,75 292,95

15-Mar-11 11,9 3,8 2,85 27,65 15-Abr-11 23,6 9,9 11,75 304,7

16-Mar-11 10,4 4,8 2,6 30,25 16-Abr-11 22,1 9,1 10,6 315,3

17-Mar-11 16,2 6,5 6,35 36,6 17-Abr-11 21,5 11,6 11,55 326,85

18-Mar-11 19,7 6,8 8,25 44,85 18-Abr-11 19,7 10,9 10,3 337,15

19-Mar-11 21,2 8,3 9,75 54,6 19-Abr-11 13,4 10,3 6,85 344

20-Mar-11 21,1 9,8 10,45 65,05 20-Abr-11 12,5 10,8 6,65 350,65

21-Mar-11 18,6 6,4 7,5 72,55 21-Abr-11 12,1 7,5 4,8 355,45

22-Mar-11 15,3 5,9 5,6 78,15 22-Abr-11 14,3 7,1 5,7 361,15

23-Mar-11 10,8 4,1 2,45 80,6 23-Abr-11 17,7 6,2 6,95 368,1

24-Mar-11 14,1 6,7 5,4 86 24-Abr-11 18,7 9 8,85 376,95

25-Mar-11 12,3 7,8 5,05 91,05 25-Abr-11 20 8,7 9,35 386,3

26-Mar-11 11,5 5,8 3,65 94,7 26-Abr-11 19,6 9,7 9,65 395,95

27-Mar-11 11,6 6,3 3,95 98,65 27-Abr-11 22 9 10,5 406,45

28-Mar-11 11,2 6,7 3,95 102,6 28-Abr-11 23,3 10,4 11,85 418,3

29-Mar-11 16,6 7,2 6,9 109,5 29-Abr-11 18,2 9,7 8,95 427,25

30-Mar-11 16,7 8,3 7,5 117 30-Abr-11 14,3 9,7 7 434,25

31-Mar-11 21,4 7,4 9,4 126,4

72

1-Mai-11 17,3 9,3 8,3 442,55

2-Mai-11 21,2 9,4 10,3 452,85

3-Mai-11 21,2 9,5 10,35 463,2

4-Mai-11 20,7 6,1 8,4 471,6

5-Mai-11 15,8 7,2 6,5 478,1

6-Mai-11 19,2 13,1 11,15 489,25

7-Mai-11 16,5 10,2 8,35 497,6

8-Mai-11 19,4 8,5 8,95 506,55

9-Mai-11 23,9 7,8 10,85 517,4

10-Mai-11 26,1 13,2 14,65 532,05

11-Mai-11 27 15,7 16,35 548,4

12-Mai-11 26,6 14,1 15,35 563,75

13-Mai-11 26,5 16,1 16,3 580,05

14-Mai-11 26,9 14,4 15,65 595,7

15-Mai-11 21,9 6,4 9,15 604,85

16-Mai-11 24,2 9,8 12 616,85

17-Mai-11 21,3 11,8 11,55 628,4

18-Mai-11 18,5 12,8 10,65 639,05

19-Mai-11 21,2 12,2 11,7 650,75

20-Mai-11 23,7 10,7 12,2 662,95

21-Mai-11 21 12,6 11,8 674,75

22-Mai-11 26,4 12,7 14,55 689,3

23-Mai-11 28 18,1 18,05 707,35

24-Mai-11 29,4 16,4 17,9 725,25

25-Mai-11 28,6 17 17,8 743,05

26-Mai-11 25,6 15,3 15,45 758,5

27-Mai-11 24,2 12,2 13,2 771,7

28-Mai-11 24,1 13,3 13,7 785,4

29-Mai-11 22,7 14,3 13,5 798,9

30-Mai-11 21,8 11,2 11,5 810,4

31-Mai-11 24,2 11,9 13,05 823,45

Limiar inferior 5ºC a partir de 1 de Março

Qtª S. Macario -- Rhagoletis cerasi

Data Tmáx. Tmin. Tméd.

Σ Calculo

73

Quadro 28 - Calculo de graus dia de Rhagoletis cerasi para o posto biológico da Qtª de Lamaçais –

Teixoso, Norte da Cova da Beira, 2011.

Limiar inferior 5ºC a partir de 1 de Março

Qtª S. Macário -- Rhagoletis cerasi

Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo

1-Mar-11 12,6 1,7 2,15 2,15 1-Abr-11 24,8 4 9,4 149,5

2-Mar-11 12,1 0,1 1,1 3,25 2-Abr-11 18,9 8,1 8,5 158

3-Mar-11 12,1 2,2 2,15 5,4 3-Abr-11 16,1 8,5 7,3 165,3

4-Mar-11 8,7 0,6 -0,35 5,05 4-Abr-11 20,1 8,5 9,3 174,6

5-Mar-11 9,6 2 0,8 5,85 5-Abr-11 26,7 5,6 11,15 185,75

6-Mar-11 14 3,1 3,55 9,4 6-Abr-11 26,2 9,2 12,7 198,45

7-Mar-11 17,2 -0,1 3,55 12,95 7-Abr-11 28,7 9,8 14,25 212,7

8-Mar-11 10 4,1 2,05 15 8-Abr-11 27,5 6,3 11,9 224,6

9-Mar-11 11,5 7,3 4,4 19,4 9-Abr-11 25,2 5,1 10,15 234,75

10-Mar-11 17,4 1,1 4,25 23,65 10-Abr-11 24,2 5,7 9,95 244,7

11-Mar-11 11,4 6,7 4,05 27,7 11-Abr-11 23,4 10,3 11,85 256,55

12-Mar-11 14,8 6,8 5,8 33,5 12-Abr-11 25,1 10,4 12,75 269,3

13-Mar-11 9,4 2,6 1 34,5 13-Abr-11 27,4 5 11,2 280,5

14-Mar-11 10 7,4 3,7 38,2 14-Abr-11 28,4 4,5 11,45 291,95

15-Mar-11 14,5 2,6 3,55 41,75 15-Abr-11 25 6,4 10,7 302,65

16-Mar-11 14,3 -1,8 1,25 43 16-Abr-11 23,8 9 11,4 314,05

17-Mar-11 19,7 4,2 6,95 49,95 17-Abr-11 23,2 8,5 10,85 324,9

18-Mar-11 22,1 -0,2 5,95 55,9 18-Abr-11 21,8 8,4 10,1 335

19-Mar-11 22,9 0,8 6,85 62,75 19-Abr-11 15,5 12,1 8,8 343,8

20-Mar-11 23 6,1 9,55 72,3 20-Abr-11 15,7 11 8,35 352,15

21-Mar-11 21,5 4 7,75 80,05 21-Abr-11 14,5 10,5 7,5 359,65

22-Mar-11 17,2 1,5 4,35 84,4 22-Abr-11 16,9 8,5 7,7 367,35

23-Mar-11 14,2 3,7 3,95 88,35 23-Abr-11 19,8 7,4 8,6 375,95

24-Mar-11 16,2 8,5 7,35 95,7 24-Abr-11 20,9 8,1 9,5 385,45

25-Mar-11 16,4 9,6 8 103,7 25-Abr-11 22,1 10,9 11,5 396,95

26-Mar-11 13,3 3,5 3,4 107,1 26-Abr-11 21,9 9,5 10,7 407,65

27-Mar-11 15,7 5,2 5,45 112,55 27-Abr-11 24,4 10,7 12,55 420,2

28-Mar-11 12,6 7,6 5,1 117,65 28-Abr-11 26,3 5,3 10,8 431

29-Mar-11 18,9 7,4 8,15 125,8 29-Abr-11 20,4 8,2 9,3 440,3

30-Mar-11 18,2 5,4 6,8 132,6 30-Abr-11 15,7 10,4 8,05 448,35

31-Mar-11 23 2 7,5 140,1

74

Aconselhamento:

As variedades mais precoces de cereja, principalmente a Burlat, foram afectadas pela

precipitação ocorrida no final do mês de Abril, originando o fendilhamento dos frutos.

A EACB alertou para esta situação e enviou na circular nº 8 no dia 5 de Maio, um

aconselhamento para ser realizada uma pulverização com sais de cálcio, com o

objectivo de diminuir o rachamento fisiológico da cereja. No entanto, a produtividade

das variedades intermédias contribuiram para o aumento da produtividade da cereja face

ao ano anterior.

O tratamento para a mosca da cereja foi indicado na circular nº 9 no dia 16 de Maio

depois de registadas as capturas de adultos nos POBs da região, aconselhando-se apenas

tratamento para as variedades de maturação tardia.

Limiar inferior 5ºC a partir de 1 de Março

Qtª de Lamaçais -- Rhagoletis cerasi

Data Tmáx. Tmin. Tméd. Σ Calculo Data Tmáx. Tmin. Tméd.

Σ Calculo

1-Mai-11 19 8,6 8,8 457,15 16-Mai-11 27 10 13,5 630,7

2-Mai-11 22,1 7 9,55 466,7 17-Mai-11 24 13,8 13,9 644,6

3-Mai-11 22,9 4 8,45 475,15 18-Mai-11 20,7 11,4 11,05 655,65

4-Mai-11 21,8 3,3 7,55 482,7 19-Mai-11 23,4 12,3 12,85 668,5

5-Mai-11 22,4 4,4 8,4 491,1 20-Mai-11 26,4 10,2 13,3 681,8

6-Mai-11 21 8,7 9,85 500,95 21-Mai-11 27,5 9,6 13,55 695,35

7-Mai-11 18,6 11,7 10,15 511,1 22-Mai-11 28,8 7,8 13,3 708,65

8-Mai-11 21,1 9,3 10,2 521,3 23-Mai-11 30 10 15 723,65

9-Mai-11 26,4 5,2 10,8 532,1 24-Mai-11 31,8 9,2 15,5 739,15

10-Mai-11 28,4 7,8 13,1 545,2 25-Mai-11 30,5 12,1 16,3 755,45

11-Mai-11 28,5 9,5 14 559,2 26-Mai-11 29,2 10 14,6 770,05

12-Mai-11 29,3 10,5 14,9 574,1 27-Mai-11 26,3 13,2 14,75 784,8

13-Mai-11 28,6 15,1 16,85 590,95 28-Mai-11 27,5 10,2 13,85 798,65

14-Mai-11 28 10,8 14,4 605,35 29-Mai-11 25,3 13,3 14,3 812,95

15-Mai-11 24,7 9 11,85 617,2 30-Mai-11 23,7 12,2 12,95 825,9

31-Mai-11 26,8 10,5 13,65 839,55

75

8 - CITRINOS

O acompanhamento do estado fenológico dos pomares foi registado em 3 POFs.

A monitorização de pragas e doenças foi seguida em 4 pomares e foram acompanhados

17 POBs.

Para esta cultura foram emitidos 6 aconselhamentos para pragas e doenças.

O inimigo com mais recomendações foi o míldio com 2 tratamentos.

Segue-se o gráfico com a dispersão mensal dos avisos emitidos para os citrinos em 2011

Fig.66 – Representação gráfica dos avisos emitidos para a cultura dos citrinos.

8.1 - Pragas

8.1.1 - Afídeos (Toxoptera aurantii)

Monitorização:

Observação visual de 100 rebentos para determinar a percentagem de rebentos

infestados (NEA = 25% a 30%). A recolha de indivíduos alados foi efectuada através da

armadilha de Moericke. A periodicidade das observações foi semanal de Abril a Julho.

Aconselhamento:

O aviso emitido pela EACB na circular nº11 no dia 14 de Junho, alertou para o facto do

ataque dos afídeos, por norma, surgir em focos numa fase inicial pelo que é nesta

situação que o seu combate deverá ser efectuado e direccionado para as plantas

infestadas.

76

8.1.2 - Mineira dos citrinos (Phyllocnistis citrella)

Monitorização:

Observação de 20 rebentos para determinar a percentagem de folhas e de rebentos

infestados. A observação incide sobre os jovens rebentos que apresentem as folhas do

terço superior com comprimento inferior a 3 cm. A periodicidade das observações é

semanal de Março a Outubro.

A temperatura mínima para o desenvolvimento desta praga é de 12,1 ºC e necessita de

206 graus-dia para completar o seu ciclo de vida.

Aconselhamento:

Este ano, a EACB não emitiu aviso para combater esta praga, porque os ataques da

mineira quando surgiram na nova rebentação eram pontuais e de fraca intensidade nos

postos biológicos que acompanhamos, razão pela qual não foi indicado tratamento.

8.1.3 - Cochonilhas

Monitorização:

Acompanhamento da dinâmica populacional por observação visual.

Aconselhamento:

A EACB emitiu aviso com base no início das eclosões e deslocação das jovens ninfas

da cochonilha Saissetia oleae, por ser das cochonilhas seguidas nos nossos POBs, a que

apresentava um aumento populacional significativo.

8.1.4 - Mosca da Fruta ou Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata)

Monitorização:

Instalação de armadilhas (garrafas mosqueiras tipo McPhaile com hidrolisado e

trimedlure) e observação semanal em laboratório das fêmeas capturadas.

Seguem-se os gráficos com o registo dos adultos capturados da mosca do Mediterrâneo.

77

Dinâmica populacional da Ceratitis capitata

Fig.67 – Monitorização da Mosca da fruta (Ceratitis capitata) em garrafas mosqueiras nos POBs de

Alcains, Cernache do Bonjardim e Sobreira Formosa

Fig.68 – Monitorização da Ceratitis capitata em garrafas mosqueiras no POB de Alcains

e avaliação da proporcionalidade entre machos e fêmeas.

Aconselhamento:

Na indicação do tratamento a 12 de Setembro a EACB teve em atenção o estado

fenológico da cultura favorável ao ataque da praga (mudança de cor do fruto) o NEA

(20 adultos armadilha/semana nas variedades precoces e de meia-estação e 1

adulto/armadilha/dia nas variedades tardias) e o aumento de fêmeas fecundadas.

Aviso

12/9

Aviso

12/9

78

8.2 - Doenças

8.2.1 - Míldio (Phytophthora spp.)

Previsão do risco:

A estratégia seguida pela EACB tem como base a protecção preventiva acompanhando

as condições meteorológicas e os períodos de maior sensibilidade da planta.

Aconselhamento:

A partir do início das primeiras chuvas de Outono recomendámos o tratamento contra

esta doença aconselhando a aplicação direccionada do fungicida para o solo e terço

inferior das plantas.

A protecção dos citrinos relativamente ao míldio baseia-se principalmente em medidas

culturais, das quais se destacaram a drenagem do solo para facilitar o excesso de água e

a poda racional para facilitar a circulação do ar.

79

9 - Resumo da Emissão de Circulares de Avisos em 2011

Em 2011 foram emitidos pela Estação de Avisos de Castelo Branco as Circulares de

Avisos e Informações que constam do seguinte Quadro

Quadro 29 - Circulares emitidas pela Estação de Avisos de Castelo Branco

Circular Data Cultura Inimigo Observações

Nº1 25/Jan

FRUTEIRAS (Geral)

VINHA

CITRINOS

---

Doenças de lenho

Míldio

Medidas profiláticas (poda)

Medidas profiláticas

Tratamento com cobre

Medidas culturais

Nº2 14/Fev

POMÓIDEAS

PRUNÓIDEAS

OLIVAL

Formas hibernantes de insectos e

ácaros

Cancro

Cancro, Lepra, Crivado,

Moniliose

Cochonilha de S. José

Tuberculose

Tratamento de Inverno

Tratamento com cobre

Tratamento com cobre ao estado B

Tratamento com óleo de Verão ao

estado B-C

Medidas profilácticas

Nº3 03/Mar

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

FRUTEIRAS

Lepra

Quebra de dormência

Tratamento ao aparecimento da ponta

verde (1ª folha do gomo terminal) com

produto orgânico

Horas de frio acumuladas (Quadro)

Nº4 23/Mar

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

Cerejeiras

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

OLIVAL

Lepra

Crivado, Moniliose

Pedrado

Aranhiço vermelho

Olho de Pavão

Renovação

Tratamento com orgânico (estado F-

G)

Tratamento C – C3 (M) e C3 – D (P)

com produto preventivo (previsão de

precipitação)

Ovicida - início da eclosão

Tratamento preventivo com cobres

80

Nº5 05/Abril

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

VINHA

Lepra

Pedrado

Aranhiço vermelho

Afídeo cinzento

Escoriose

Renovação (possível lavagem de

produto pela precipitação ocorrida)

Tratamento preventivo (renovação)

Acaricida ao NEA (máximo eclosões)

Afícida ao NEA

Tratamento ao estado D / E

Nº6 15/Abril

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

Cerejeiras

VINHA

Pedrado

Oídio

Afideo verde

Lepra

Afídeo verde

Afídeo negro

Oídio

Tratamento preventivo (previsão de

chuva)

Primeiros sintomas. Tratamento com

produto que combata simultaneamente

o pedrado e o oídio

Aficida ao NEA

Renovação

Aficida ao NEA

Aficida ao NEA

Tratamentos preventivos ao estados

fenológicos F (cachos visíveis) I-J

(floração-alimpa) e K (bago de

ervilha)

Enxofra na floração (aconselhamento)

Nº7 21/Abril

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

VINHA

Bichado da fruta

Psila da pereira

Pedrado

Oídio

Oídio

Míldio

Início das posturas, tratamento ovicida

Tratamento ao NEA

Renovar tratamento

Renovar o tratamento com produto que

combata simultaneamente o pedrado e

o oídio

Aparecimento dos primeiros sintomas

tratar com produto homologado

Tratamento com produto de acção

preventiva

81

Nº8

05/Maio

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Cerejeiras

OLIVAL

VINHA

Bichado da fruta

Pedrado

Oídio

Moniliose

Traça da oliveira

Medidas culturais

Tratamento com produto de acção

larvicida

Condições para novas infecções,

renovar o tratamento com fungicida de

contacto

Renovar o tratamento com produto que

combata simultaneamente o pedrado e

o oídio

Tratar com fungicida homologado.

Aconselhamento para pulverizações

com sais de cálcio para reduzir o

rachamento fisiológico da cereja

Tratamento à geração antófaga (estado

fenológico D-E)

Desladroamento para reduzir a

densidade do coberto vegetal

Nº9 16/Maio

PRUNÓIDEAS

Cerejeiras

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

VINHA

Mosca da cereja

Cochonilha de S. José

Pedrado

Oídio

Inicio de voo (tratar variedades tardias)

Saída de larvas da 1ª geração

Renovar tratamento com fungicida de

acção preventiva

Enxofra na floração (aconselhamento)

(vinhas precoces estado fonológico I/J)

Nº10 30/Maio

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

VINHA

Pedrado

Oídio

Bichado da fruta

Cochonilha de S. José

Oídio

Míldio

Oídio

Renovar tratamento com fungicida de

contacto

Renovar o tratamento com produto que

combata simultaneamente o pedrado e o

oídio

Renovação do tratamento.

Tratar com produto que combata em

simultâneo o bichado e a cochonilha.

Renovar o tratamento

Observadas as primeiras manchas.

Tratar com produto acção curativa (com

manchas) ou contacto (sem manchas)

Renovar tratamento

82

Nº11 14/Junho

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

OLIVAL

VINHA

CITRINOS

Afídeo verde

Traça da oliveira

Míldio

Oídio

Medidas culturais

Afídeos

Aficida ao NEA

Tratamento à geração carpófaga

(para olivais com fraco vingamento)

Tratamento com fungicida de acção

curativa

Tratamento ao estado J/K (grão de

chumbo/grão de ervilha)

Desponta

Tratamento dirigido aos focos de

infestação.

Nº12 30/Junho

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

VINHA

Bichado

Cochonilha de S. José

Aranhiço vermelho

Anarsia

Oídio

Inicio da 2ª geração

Saída das larvas da 2ª geração.

Tratamento com produto que combata

em simultâneo o bichado e a cochonilha.

Acaricida específico ao NEA

Aumento de capturas, tratamento ao

NEA

Renovar

Nº13 20/Julho

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

CITRINOS

Bichado da fruta

Mosca da Fruta

Cochonilhas

Aumento de capturas. Renovação

Tratamento (cultivares tardias)

Tratamento em caso de infestação

83

Nº14 22/Agosto

POMÓIDEAS

Macieiras e Pereiras

PRUNÓIDEAS

Pessegueiros

OLIVAL

Bichado da fruta

Mosca do Mediterrâneo

Mosca do Mediterrâneo

Mosca da Azeitona

Renovação ao NEA

Tratamento (cultivares tardias)

Renovação

Tratar azeitona para conserva

Nº15 12/Set

OLIVAL

CITRINOS

Mosca da azeitona

Gafa

Mosca do Mediterrâneo

Tratar azeitona para azeite

Tratamento preventivo com cobres

Tratar na mudança de cor dos frutos

(fase sensível ao ataque)

Nº16 17/Out

OLIVAL

PRUNÓIDEAS e

POMÓIDEAS

CITRINOS

Mosca da azeitona

Gafa

Tratamentos de Outono

Míldio

Renovação só em olivais para azeite

Renovação, condições favoráveis

Tratamentos com cobres à queda da

folha (início, meio e fim)

Tratamentos preventivos com cobres