dica 30: sistema eec v: famílias ford

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Dica 30: Sistema EEC V: Famílias Ford Ka, Fiesta, Courier e Escort 01/2002 Nesta edição conheceremos as principais características do sistema de injeção eletrônica EEC V - OBDII. O Sistema Integrado de Injeção/Ignição eletrônica EEC V (Electronic Engine Control - V) foi projetado no início da década de 90. O EEC V é capaz de realizar milhares de comandos por segundo. Uma de suas versões foi utilizada na Fórmula-1 em 1994. Equipou a Benetton-Ford com motores Zetec RV8, sob o comandado do piloto alemão Michael Schumacher. É, por definição, um sistema de injeção seqüêncial, utilizando uma válvula injetora para cada cilindro. As válvulas injetoras encontram-se instaladas no coletor de admissão. O sistema de ignição é do tipo estática (não utiliza distribuidor de ignição). Não há necessidade de regulagem do ângulo de avanço inicial (ponto de ignição). No Brasil equipa os veículos Ford Ka, Fiesta, Courier (com motores Endura, Zetec 1.4 16 V e Zetec Rocam) e Escort (com motor Zetec 1.6 Rocam). Nos veículos com motores Endura e Zetec 1.4 16V a massa de ar admitida pelo motor é calculada através do método da medição direta do fluxo mássico, por isso, têm como principal sensor o medidor de massa de ar - MAF. Nos veículos com mo-tores Zetec Rocam a massa de ar admitida é calculada pelo método da velocidade / densidade, sendo o sensor de pressão e temperatura do ar - MAP / ACT o principal parâmetro para o cálculo. O EEC V trabalha em malha fechada. Utiliza sensor de oxigênio (sonda lambda) que monitora a eficiência do processo de combustão. É um sistema de Injeção/Ignição digital, capaz de detectar inúmeras falhas que são armazenadas na memória da UCE em forma de códigos numéricos (códigos DTC). Os códigos de defeitos podem ser acessados somente com o auxílio de equipamentos do tipo Scanner. O sistema EEC V se en-caixa no padrão OBD II (On Board Diagnostic System - II). O OBD II foi criado com o objetivo de minimizar as diferenças entre os siste-mas e diminuir o índice de emissões de poluentes. Mesmo com a padronização OBD II, os sistemas de injeção eletrônica continuam bastante distintos de-vido a infinidade de componentes existentes. Com a unidade de comando eletrônico - UCE do sistema EEC V, pode vir incorporado (opcional) o Sistema Passivo Anti-furto (PATS). Nesse sistema, na cabeça da chave de ignição, e-xiste um dispositivo (CHIP) denominado transponder que transmite (por onda de rádio) um código secreto à unidade de comando - UCE. A partida do motor só é permitida se esse código for reconhecido pela UCE. Quando o código é reconhecido, a UCE apaga a lâmpada* do document.doc 1

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Page 1: Dica 30: Sistema EEC v: Famílias Ford

Dica 30: Sistema EEC V: Famílias Ford Ka, Fiesta, Courier e Escort 01/2002

Nesta edição conheceremos as principais características do sistema de injeção eletrônica EEC V - OBDII.

O Sistema Integrado de Injeção/Ignição eletrônica EEC V (Electronic Engine Control - V) foi projetado no início da década de 90.

O EEC V é capaz de realizar milhares de comandos por segundo. Uma de suas versões foi utilizada na Fórmula-1 em 1994. Equipou a Benetton-Ford com motores Zetec RV8, sob o comandado do piloto alemão Michael Schumacher.

É, por definição, um sistema de injeção seqüêncial, utilizando uma válvula injetora para cada cilindro. As válvulas injetoras encontram-se instaladas no coletor de admissão. O sistema de ignição é do tipo estática (não utiliza distribuidor de ignição). Não há necessidade de regulagem do ângulo de avanço inicial (ponto de ignição).

No Brasil equipa os veículos Ford Ka, Fiesta, Courier (com motores Endura, Zetec 1.4 16 V e Zetec Rocam) e Escort (com motor Zetec 1.6 Rocam).

Nos veículos com motores Endura e Zetec 1.4 16V a massa de ar admitida pelo motor é calculada através do método da medição direta do fluxo mássico, por isso, têm como principal sensor o medidor de massa de ar - MAF. Nos veículos com mo-tores Zetec Rocam a massa de ar admitida é calculada pelo método da velocidade / densidade, sendo o sensor de pressão e temperatura do ar - MAP / ACT o principal parâmetro para o cálculo.

O EEC V trabalha em malha fechada. Utiliza sensor de oxigênio (sonda lambda) que monitora a eficiência do processo de combustão.

É um sistema de Injeção/Ignição digital, capaz de detectar inúmeras falhas que são armazenadas na memória da UCE em forma de códigos numéricos (códigos DTC). Os códigos de defeitos podem ser acessados somente com o auxílio de equipamentos do tipo Scanner.

O sistema EEC V se en-caixa no padrão OBD II (On Board Diagnostic System - II). O OBD II foi criado com o objetivo de minimizar as diferenças entre os siste-mas e diminuir o índice de emissões de poluentes.

Mesmo com a padronização OBD II, os sistemas de injeção eletrônica continuam bastante distintos de-vido a infinidade de componentes existentes.

Com a unidade de comando eletrônico - UCE do sistema EEC V, pode vir incorporado (opcional) o Sistema Passivo Anti-furto (PATS).

Nesse sistema, na cabeça da chave de ignição, e-xiste um dispositivo (CHIP) denominado transponder que transmite (por onda de rádio) um código secreto à unidade de comando - UCE. A partida do motor só é permitida se esse código for reconhecido pela UCE. Quando o código é reconhecido, a UCE apaga a lâmpada* do sistema PATS (1 segundo após ter sido ligada a chave de ignição) e passa a controlar normalmente os sistemas de injeção/ignição e partida do motor.

Se o código não for re-conhecido a UCE mantém a lâmpada* do sistema PATS continuamente piscando e bloqueia os sistemas de injeção/ignição e partida do motor.

*A lâmpada do sistema PATS (Pats led) está localizada junto ao relógio (de horas) do veículo - lâmpada vermelha.

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Page 2: Dica 30: Sistema EEC v: Famílias Ford

Dica 1 - Tabela de valores operacionais Ford Ka, Fiesta e Courier (Endura e Zetec 1.4 16V)

Rotação de marcha-lenta 800 a 900 RPM (com motor aquecido)

Pressão da linha de combustívelcom o motor parado ; de 2,4 a 2,8 bar; com o motor funcionando ; de 2,1 a 3,1 bar

Sinal do sensor de temperatura da água - CTSDe 0,80 Vdc a 0,35 Vdc (com o motor aquecido em temperatura operacional entre 80 e 100ºC)

Sinal do sensor de posição da borboleta - TPSBorboleta fechada: de 0,75Vdc a 1,00Vdc; totalmente aberta: de 4,60Vdc a 4,80Vdc.

Sinal da sonda lambda - HEGO (Marcha-lenta e motor aquecido)

Oscilando rapidamente entre 0,10Vdc (mistura pobre) e 0,90Vdc (mistura rica)

Sinal do sensor de velocidade do veículo - VSS (Somente IAW 1AVP

Pulsos que variam proporcionalmente com a velocidade do veículo

Sinal do medidor de massa de ar - MAFEntre 0,70Vdc e 1,30Vdc (em marcha-lenta e com motor aquecido)

Sinal do sensor de temperatura do ar - ACTEntre 2,00Vdc e 3,00Vdc (em marcha-lenta com motor aquecido)

Sensor de rotação e ponto morto superiorResistência elétrica entre 0,30K e 0,70K. Sinal maior que 1,00Vac (durante a partida)

Sensor de faseResistência elétrica entre 0,30K e 0,70 K. Sinal maior que 0,10Vac (durante a partida)

Resistência elétrica das válvulas injetoras Entre 10,00 e 18,00Resistência elétrica da eletro-válvula da marcha-lenta

Entre 6 e 14

Interruptor da direção hidráulica (Somente veículos com direção hidráulica)

Resistência elétrica entre os seus terminais: - 0,00 (com a direção em repouso) - Infinita (em alguns instantes com a direção sendo movimentada totalmente em um sentido e com o motor em marcha-lenta).

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Page 3: Dica 30: Sistema EEC v: Famílias Ford

Dica 2 - Diagrama elétrico Fiesta e Courier (Endura e Zetec 1.4 16V) com 60 terminais na UCE

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Page 4: Dica 30: Sistema EEC v: Famílias Ford

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