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DIAGNÓSTICO SOCIAL DO
CONCELHO DE BORBA
UNIÃO EUROPEIA
Fundo Social Europeu GOVERNO DA REPUBLICA PORTUGUESA
Co-financiado pelo Fundo Social Europeu e Estado Português
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
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SIGLAS
ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo A.D.I. – Apoio Domiciliário Integrado
A.D.M.C. – Associação de Desenvolvimento Montes Claros A.M.D.E. – Associação de Municípios do Distrito de Évora A.R. S. – Administração Regional de Saúde ASSO – Associação de Solidariedade Social da Orada A.T.L . – Atelier de Tempos Livres AURPI – Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Borba BES – Banco Espírito Santo CEVALOR – Centro de Educação e Valorização das Rochas Ornamentais C.M.B. – Câmara Municipal de Borba D.D.E./A.P.D.- Delegação Distrital de Évora/Associação Portuguesa de Deficientes E.F.A. – Educação e Formação de Adultos E.T.A.R. – Estação de Tratamento de Águas Residuais FAME – Fundo de Apoio às Micro empresas do Concelho de Borba G.A.D.E. – Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico G.N.R – Guarda Nacional Republicana P.D.M. – Plano Director Municipal P.F. – Planeamento Familiar P.I.C. – Projecto de Intervenção Comunitária
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S.I. – Saúde Infantil S.M. – Saúde Materna U.A.I. – Unidade de Apoio Integrado UNIVA – Unidade de Inserção na Vida Activa
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INTRODUÇÃO
O presente estudo enquadra-se no “Programa Rede Social”, promovido pelo
Instituto para o Desenvolvimento Social.
O diagnóstico apresentado surge com o objectivo de revitalizar este concelho
do Alentejo Central.
Pretende-se a elaboração de um documento caracterizador da situação
social do concelho de Borba, no ano de 2004, ao nível das freguesias
urbanas e rurais. Este documento funcionará como instrumento de trabalho
na prossecução de soluções para os problemas identificados, e
consequentemente para uma melhor gestão de recursos.
Como objectivos específicos apontam-se:
- Conhecer as freguesias ao nível demográfico, geográfico, social e cultural;
- Conhecer e enumerar instituições sociais, culturais e desportivas,
educativas, de saúde e outras sedeadas na área, ao nível das actividades
desenvolvidas, das dificuldades sentidas e apoios necessários;
- Identificar os problemas existentes na freguesia
- Identificar recursos/respostas na freguesia
- Determinar prioridades em relação às necessidades e problemas
detectados
- Conhecer a forma de participação da população na freguesia
- Proporcionar informações necessárias, com vista à elaboração de um
roteiro de respostas sociais existentes no concelho de Borba.
O diagnóstico realizado baseou-se no tratamento da informação recolhida
através de questionários aplicados apenas a representantes de instituições
de carácter social e Juntas de Freguesia.
No decurso da realização do trabalho fizeram-se sentir algumas limitações
devido a insuficiências de tempo e de recursos humanos.
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Devido às limitações de que enferma, este estudo será considerado como
documento que se espera que suscite caracterizações mais profundas.
O texto a seguir apresentado divide-se em cinco partes. A primeira incide
sobre o concelho e as quatro restantes sobre cada uma das freguesias que o
compõem.
As conclusões constituem o último ponto no qual se dá conta dos principais
resultados obtidos.
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CAPÍTULO I
ENQUADRAMENTO
O planeamento é hoje um esforço de regulação a médio prazo de um
sistema que pode ser definido como a actividade segundo a qual uma
determinada sociedade, procura controlar e modificar deliberadamente o seu
futuro colectivo, mediante o uso de certas técnicas de acção.
Planeamento é controlar o futuro, não apenas pensar o futuro mas agir sobre
ele, isto é, criar o futuro. Planificar é apenas conceber o futuro desejado, mas
também estabelecer os meios para aí chegar.
Assim, o planeamento é um processo racional de tomada de decisões face
ao futuro, que se caracteriza pela decomposição de uma série de etapas.
Estas etapas poderão ser esquematizadas da seguinte forma:
Diagnóstico da Situação
Definição de Prioridades
Fixação de O bjectivos
Selecção de Estratégias
Elaboração de Programas e Projectos
Preparação da Execução
Execução/Avaliação
Retrospecção
Todos os instrumentos de planeamento estratégico, pelos objectivos a que
se propõem, devem seguir os trâmites a seguir.
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CARACTARIZAÇÃO DO CONCELHO DE BORBA
A vila e o concelho ficam no coração do Alentejo, a uma altitude de 416
metros, no fundo de um vale circular a uma distância de 53 km da sede do
distrito.
Limitado pelos concelhos de Monforte e Elvas ao norte, Vila Viçosa a leste,
Redondo ao sul e Estremoz a oeste.
O clima é o do planalto alentejano, onde por vezes a temperatura chega a
subir, no Verão, aos 40 graus centígrados e a descer, no Inverno, abaixo de
0.
As temperaturas são pois muito extremas, para o que também concorre o
facto da maior parte do concelho estar exposta aos ventos secos do
nordeste.
Breve Historial
Centro de uma região pitoresca e abundante em águas, Borba é um
concelho com uma área de 159.2 Km2, distribuídos por quatro freguesias. A
sua população ronda os 7782 habitantes.
“Borba é povoação antiquíssima, cuja fundação alguns autores atribuem aos
Galo celtas. Esteve sob o domínio romano, godo e árabe, sendo conquistada
por D. Afonso II em 1217 e povoada pelo rei. Em 15 de Junho de 1302, D.
Dinis concedeu-lhe o seu primeiro foral, constituindo-se Borba em concelho e
libertando-se de Estremoz. Teve foral novo dado por D. Manuel I em 1 de
Junho de 1512. Foi também D. Dinis quem promoveu o amuramento
acastelado da povoação.” Do castelo edificado, ou remodelado no século
XIII, conserva-se a Torre de Menagem e duas portas, a de Estremoz e a do
celeiro.
Borba foi lugar de muitos acontecimentos notáveis da nossa história. Um dos
principais foi o do enforcamento do governador do Castelo, Rodrigo da
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Cunha Ferreira, e de mais dois capitães portugueses da guarnição, no verão
de 1662, após a invasão vitoriosa do exército de D. João de Áustria.
A memória dos povos guardou a efeméride na tradição toponímica, com a
“Rua dos Enforcados”, que passou depois a chamar-se Rua Direita. Não
contente com a sua represália, D.João de Áustria mandou ainda incendiar os
Paços do Concelho e o Cartório Municipal, perdendo-se todos os
manuscritos antigos da história de Borba.
ECONOMIA
A Região Alentejo é uma das 25 regiões mais pobres da União Europeia, no
que respeita ao PIB (Produto Interno Bruto) per capita. Nos últimos anos
registaram-se algumas melhorias no quadro sócio-económico desta região. A
base económica regional apresenta-se pouco diversificada e com algumas
fragilidades e constrangimentos que têm sido responsáveis pelo atraso
estrutural do Alentejo.
A base económica do concelho de Borba permite identificar o contexto
externo em que este tem que se afirmar. A partir da perspectiva actual, o
potencial de Borba está na sua consolidação com um dos principais núcleos
exportadores de rochas ornamentais, embora haja ainda que investir
fortemente em diversos domínios (formação profissional, desenvolvimento
tecnológico e inovação, gestão empresarial, marketing e comercialização)
para atingir este objectivo. No entanto, identificam-se só em relação a este
objectivo (que deriva do contexto externo) dois tipos de ameaças: por um
lado a concorrência, tanto dos concelhos vizinhos, como do resto do mundo;
por outro lado, a fragilidade associada à forte dependência numa
especialização produtiva.
Para fazer face a estas ameaças, o concelho de Borba deve encarar o
desenvolvimento do sector das rochas ornamentais numa estratégia
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dinamizada em conjunto pela Zona dos Mármores, e deve, a nível interno
procurar diversificar a sua base económica local.
No âmbito territorial, Borba deve tirar partido da situação favorável que tem a
nível de acessibilidades nacionais e da ligação com a Europa, sendo
fundamental criar as infra-estruturas de apoio logístico necessárias para
valorizar essas acessibilidades.
Também não deve ser descurado o papel que Borba pode ter no âmbito de
uma dinâmica territorial protagonizada pelos concelhos da Zona dos
Mármores, em articulação com Portalegre e Elvas onde existem outro tipo de
infra-estruturas, nomeadamente técnicoprofissionais e logísticas.
CULTURA
Em termos culturais Borba assume-se como um concelho particularmente
dinâmico. Deveremos destacar a Festa da Vinha e do Vinho (Borba), a Feira
do Queijo (Rio de Moinhos) e a Feira das Ervas Alimentares (Orada).
Todos os anos acorrem a Borba milhares de visitantes por ocasião destas
festividades, permitindo assim grande projecção do concelho a nível nacional
e internacional: o Vinho, o Queijo e as Ervas Alimentares, particularmente
produzidas/criadas na região, permitem uma grande dinamização cultural do
mesmo.
CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA CONCELHO BORBA
O conhecimento dos recursos demográficos constitui um instrumento
essencial ao exercício do planeamento do território e posteriormente a um
correcto planeamento prospectivo em matéria de Educação.
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EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA
Nos últimos cem anos a evolução da população no concelho de Borba
caracterizou-se por algumas variações, reflexo das transformações sociais,
económicas, políticas e culturais ocorridas no País e na Região Alentejo. Da
análise dos Quadros a seguir expostos, identificam-se três períodos distintos
que marcaram a demografia do Concelho, designadamente:
De 1900 a 1930: neste período o Concelho de Borba apresentou uma
evolução populacional positiva, com taxas de variação abaixo dos 9%. O
crescimento demográfico foi suportado, essencialmente, pela componente
natural. No final deste período o Concelho detinha 8.094 habitantes, o que
equivale a um crescimento de 23,55% face a 1900 (mais 1.543 habitantes).
De 1930 a 1960: estas duas décadas ficaram marcadas por um crescimento
populacional de cerca de 28,87% (mais 2.337 habitantes). Contudo foi na
década de 30 que se verificaram as maiores taxas de crescimento da
população (cerca de 19%) motivadas pelo afluxo de mão-de-obra de outras
regiões do país para trabalhar nas actividades agrícolas que neste período
sofreram um forte impulso com o lançamento da “Campanha do Trigo” pelo
Estado Novo. Ao contrário do período anterior, o factor fundamental que
esteve na génese de tão significativo crescimento populacional foi a
componente migratória, essencialmente masculina.
De 1960 a 2001: este último período representou uma ruptura total com a
tendência de crescimento demográfico registada anteriormente. A década de
60 ficou marcada por um processo de “esvaziamento” populacional motivado
por um fluxo migratório significativo em direcção aos principais centros
urbano-industriais do País, nomeadamente para a Área Metropolitana de
Lisboa, e para a Europa. Este fenómeno teve repercussões muito negativas
na estrutura populacional do Concelho e na sua dinâmica de crescimento
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com a saída de população activa e em idade de procriar. De 1970 a 2001
assistiu-se à manutenção da tendência decrescente da população, embora a
um ritmo menos elevado, sustentada por um crescimento natural e migratório
negativo. Em 2001, o concelho de Borba contava com 7.782 habitantes,
menos 472 indivíduos relativamente ao ano censitário anterior (- 5,72%).
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Quadro 1 - Evolução demográfica do concelho de Borba, 1900 - 2001
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001
Matriz 2.677 2.682 2.825 2.920 3.283 3.397 3.525 3.230 3.496 3.570 3701
Orada 952 1.288 1.281 1.431 1.734 1.804 1.775 1.230 1.205 1.074 878
Rio de Moinhos 1.681 1.944 2.073 2.378 3.044 3.186 3.398 3.010 2.757 2.462 2271
S. Bartolomeu 1.241 1.186 1.290 1.365 1.546 1.488 1.733 1.595 1.355 1.148 932
Total 6.551 7.100 7.449 8.094 9.607 9.875 10.431 9. 065 8.813 8.254 7782
Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População, 1900 - 2001
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001
Anos
Hab
itant
es
Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População, 1900 – 2001
Figura 1 - Evolução demográfica do concelho de Borba, 1900 - 2001
As freguesias do Concelho de Borba apresentaram, ao longo do século XX,
ritmos de crescimento muito díspares.
A freguesia de Matriz, de carácter essencialmente urbano e a mais populosa
do Concelho, apresentou ao longo do período em estudo uma evolução
crescente, exceptuando-se apenas a década de 60 em que se registou uma
diminuição de 295 indivíduos. Em 2001 residiam na freguesia da Matriz cerca
de 3.701 habitantes, assumindo-se como a freguesia mais dinâmica do
Concelho e a única que registou um crescimento populacional positivo no
último decénio.
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A freguesia de Rio de Moinhos, a segunda mais populosa do concelho de
Borba e de características marcadamente rurais, seguiu a tendência geral de
evolução demográfica do Concelho. Entre 1900 e 1960 a população
residente cresceu a ritmos significativos (na década de 30 a população
aumentou cerca de 28%), tendo-se invertido a tendência registada até essa
data com um declínio demográfico acentuado que se arrasta até à
actualidade. Em 2001 a freguesia de Rio de Moinhos possuía 2.271
habitantes.
As freguesias de Orada e de S. Bartolomeu, a primeira de características
rurais e a segunda manifestamente urbana, apresentaram uma evolução
demográfica semelhante à do Concelho. No último período inter-censitário
foram as duas freguesias que mais perderam população no concelho de
Borba (cerca de 18%), constituindo-se como as menos dinâmicas em termos
sócio-económicos. Orada apresenta-se como uma freguesia
predominantemente agrícola e pouco povoada, enquanto que S. Bartolomeu
(a mais pequena freguesia do Concelho) alberga o núcleo mais antigo da
Vila de Borba, com um parque habitacional envelhecido e degradado,
justificando-se assim a sua maior repulsividade. Em 2001, as freguesias de
Orada e de S. Bartolomeu contavam com 878 e 932 habitantes
respectivamente.
Quadro 2 - Variação da população residente por freguesias no concelho de Borba, 1900 –
2001 (valores absolutos)
1900-11 1911-20 1920-30 1930-40 1940-50 1950-60 1960-70 1970-81 1981-91 1991-01
Matriz 5
123 115 363 114 128 -295 266 74 131
Orada 336
-7 150 303 70 -29 -545 -25 -131 -196
Rio de
Moinhos
263 129 305 666 142 212 -388 -253 -295 -191
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S.
Bartolomeu
-55 104 75 181 -58 245 -138 -240 -207 -216
Total 549 349 645 1513 268 556 -1366 -252 -559 -472
Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População, 1900 – 2001
Quadro 3 - Variação da população residente por freguesias no concelho de Borba, 1900 –
2001 (valores percentuais)
1900-11
1911-20 1920-30 1930-40 1940-50 1950-60 1960-70 1970-81 1981-91 1991-01
Matriz 0,19 4,59 4,1 12,43 3,47 3,77 -8,37 8,24 2,12 3,67
Orada 35,29 -0,54 11,71 21,17 4,04 -1,61 -30,7 -2,03 -10,87 -18,25
Rio de
Moinhos
15,65 6,64 14,71 28,01 4,66 6,65 -11,42 -8,41 -10,70 -7,76
S.
Bartolomeu
-4,43 8,77 5,81 13,26 -3,75 16,47 -7,96 -15,05 -15,28 -18,82
Total 8,38 4,92 8,66 18,69 2,79 5,63 -13,1 -2,78 -6, 34 -5,72
Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População, 1900 – 2001
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
1900
1911
1920
1930
1940
1950
1960
1970
1981
1991
2001
Anos
Hab
itant
es
Matriz
Orada
Rio de Moinhos
S. Bartolomeu
Figura 2 – Variação da População Residente, Por Freguesias
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ESTRUTURA DA POPULAÇÃO
As transformações ocorridas na estrutura da população do concelho de
Borba nos últimos 40 anos evidenciam um agravamento do envelhecimento
demográfico, tendo sido em 1991 a primeira vez que a população idosa
suplantou a população jovem. Em 2001, a população jovem (0-14 anos)
representava cerca de 13% da população total, sendo de 23% o peso relativo
dos indivíduos com 65 e mais anos.
O cálculo dos índices resumo permite quantificar o envelhecimento da
população e avaliar as relações de força ente os vários grupos de idades.
Nas décadas de 60 e 70 a estrutura da população apresentava-se, ainda,
bastante jovem, apesar de já ter encetado um processo de envelhecimento
demográfico. O envelhecimento do Concelho assume particular dimensão
nas últimas décadas.
POPULAÇÃO
Quadro 4 - População residente (Concelho/Freguesias)
FREGUESIA
1991
2001
Matriz 3.570 3.701
S.Bartolomeu 1148 932
Rio de Moinhos 2.462 2.271
Orada 1074 878
Total 8.254 7.782
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Figura 3 – Pirâmide Etária da População
A variação populacional concelhia sofreu, no decénio abrangido, um
decréscimo de 5,7%, correspondente a 472 habitantes. A exemplo do que
sucede na grande maioria dos concelhos do Alentejo verifica-se uma quebra
populacional nas freguesias rurais com uma ligeira compensação na
freguesia sede do concelho (no nosso caso em particular, apenas a freguesia
Matriz). Sendo as taxas de crescimento natural negativa (-6, 04 ‰), em
2001, comparativamente com os 2,84 % (positiva) em 1981; e de
crescimento migratório 25,64% correspondente a um declínio populacional
de 121 habitantes. Pouco relevantes para estudo da sua incidência no
período a abranger (5 anos) parece-nos que grande tendência para
alterações significativas nos escalões etários que nos propomos tratar terá
expressão pouco relevante. O índice de envelhecimento é elevado (178,1
%), a taxa de natalidade é de 8,2. ‰. A taxa de densidade habitacional é de
53,8 habitantes/quilómetro quadrado.
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Quadro 5 - Natalidade
FREGUESIA
1997 1998 1999 2000 2001 2002
Matriz 27 32 28 34 32 44
Orada 2 3 9 5 3 2
Rio de Moinhos 21 19 17 17 16 10
S. Bartolomeu 3 5 6 3 9 5
Total 53 59 70 59 60 61
*Fonte: Registo Civil de Borba
Natalidade no Concelho de Borba
01020304050
1997 1998 1999 2000 2001 2002
anos
Nº
nasc
imen
tos
Matriz Orada R.M. S.Bartol.
Figura 4 – Natalidade no concelho de Borba
A natalidade no concelho de Borba, à semelhança da conjuntura nacional,
aponta para um decréscimo contínuo.
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A freguesia mais populosa e, com tendências evolutivas demograficamente
é, sem dúvida, a freguesia Matriz. Todas as outras apresentam tendências
regressivas (S.Bartolomeu, sita no perímetro urbano da vila, Rio de Moinhos
e Orada - freguesias rurais do concelho).
A igualdade de oportunidades para cada um e todo o indivíduo se expressar,
dispor de si próprio e desempenhar um papel útil na sociedade que integra,
depende, em grande parte, do conjunto de experiências e vivências a que
teve acesso na primeira e segunda infâncias.
Os principais problemas inerentes à educação prendem-se com o abandono
escolar e as elevadas taxas de analfabetismo: é um problema de âmbito
concelhio. A instituição como escola básica que é, tem o dever de
proporcionar a escolaridade básica ao maior número possível de alunos,
sendo o objectivo: todos.
Os planos curriculares estão desajustados para um público específico (entre
20 e 30 anos) que, à partida têm umas expectativas com características
dificilmente escolarizáveis.
Até final do ano lectivo, por razões diversas (falta de assiduidade,
comportamentos desadequados), metade desta população em situação de
abandono potencial acaba por abandonar a escola. No ano seguinte a maior
parte regressa mas os problemas persistem.
Este tipo de alunos provém geralmente de agregados familiares com baixas
expectativas relativamente à situação escolar dos seus educandos; não
acompanham a sua vida escolar e têm normalmente um discurso
contraditório em relação à actuação da escola, o que retira a esta qualquer
capacidade de intervenção.
Este público precisava de acompanhamento especial (também ao nível das
famílias) para que se sensibilizasse para a importância da conclusão da
escolaridade obrigatória. Útil seria que existissem ofertas educativas que
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pudessem atrair este público e que estivessem disponíveis para idades a
partir dos 12 ou 13 anos.
Qualquer investimento na escolarização destes jovens é sempre altamente
rentável.
Iremos, em seguida apresentar um gráfico que nos mostra o nível de
escolaridade dos indivíduos do concelho.
EDUCAÇÃO CONCELHO BORBA
Figura 5 – Nível ensino população Borba
Conforme podemos constatar através do gráfico anterior, 22% da população
do concelho de Borba não tem qualquer nível de ensino e 36% da população
possui apenas o 1º ciclo do ensino básico. A taxa de analfabetismo é de
18,3%. Como podemos constatar é uma taxa muito elevada mas, a avaliar
pelos dados dos Censos 1991, o saldo é positivo pois a taxa andava nos
22,6%.
Nível de ensino da população residente
22%
36%11%
11%
14% 0% 6%
Nenhum nível ensino 1º ciclo ensino básico2º ciclo ensino básico 3º ciclo ensino básicoEnsino secundário Ensino MédioEnsino superior
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O público escolar da vila de Borba abarca crianças do ensino pré-escolar, 1º,
2º e 3º ciclos oriundas de todo o concelho. Veremos, na análise por freguesia
a distribuição dos utentes pelos diferentes anos.
Segundo dados estatísticos, conseguimos apurar o seguinte:
População residente no concelho de Borba, segundo o nível de ensino
atingido, frequência de ensino e sexo.
Quadro 6 – Nível de ensino da população de Borba
Nível de ensino Homens Mulheres
Nenhum nível ensino 734 958
1 º Ciclo ensino básico 1463 1405
2 º Ciclo ensino básico 460 387
3 º Ciclo ensino básico 484 380
Ensino secundário 541 521
Ensino médio 11 6
Ensino superior 176 256
A frequentar ensino 611 690
*fonte: censos 2001
Da análise do quadro elaborado podemos retirar as seguintes conclusões: os
índices de analfabetismo da população do concelho de Borba são muito
elevados. Facto que se justifica pela existência de uma população
envelhecida, oriunda do meio rural onde o conceito escolaridade e
alfabetização são pouco significativos. “Mudam-se os tempos, mudam-se as
vontades” e, com os jovens de hoje isto já não se verifica. Uma alteração dos
valores morais implica uma maior escolarização e profissionalização dos
indivíduos.
Relativamente à questão da escolarização feminina, a mulher deixou de se
“mulher-casa”, segundo Ary dos Santos, e passou a assumir um papel
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20
determinante na vida familiar e no orçamento do lar, o que passou pela
emancipação da mulher e pela sua inserção no mercado de trabalho.
Actualmente o cenário é bem diferente, havendo mais mulheres nas
universidades do que homens, tendência que se verifica também no
concelho de Borba. Temos uma proporção de 176 homens para 256
mulheres no concelho que frequentam o ensino superior. Confrontando estes
valores com os valores relativos à variável nenhuns nível de ensino,
verificamos que temos uma proporção de 734 homens para 958 mulheres.
Isto constata as afirmações anteriores.
A taxa de analfabetismo do concelho de Borba é de 18,3 %. Poderemos
considerar este valor positivo se fizermos a comparação com os 22,6% de
1991.
1º CICLO
O Primeiro Ciclo do Ensino Básico é oferecido através de seis
estabelecimentos de ensino públicos, com um total de 276 crianças.
REDE PÚBLICA (2003/2004)
Quadro 7
FREGUESIA CÓDIGO DESIGNAÇÃO 1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
TOTAL
Matriz 208437 E.B. 1/JI de Borba 39 46 38 51 177 Orada 260241 E.B. 1 de Orada 3 8 6 4 19 Rio de Moinhos 207020 E.B. 1 de Barro Branco 2 4 1 3 8 236032 E.B. 1/JI de Nora 8 4 5 10 22 269815 E.B. 1 de Rio de Moinhos 12 7 10 13 53
Total 65 70 60 81 279
*fonte: Agrupamento Escolas Concelho Borba
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21
No ano lectivo 2003/2004 o 1º ciclo do ensino básico conta com um total de
279 crianças. Regista-se um maior fluxo no 4º ano de escolaridade.
Quadro 8 -Evolução da frequência em estabelecimentos de 1º Ciclo 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 E.B. 1 de Alcaraviça 3 4 0 0 0 0 0 0 E.B. 1 de Aldeia de Sande 8 7 8 6 5 4 5 0 E.B. 1 de Barro Branco 21 17 11 13 12 11 10 8 E.B. 1/JI de Borba 150 149 164 167 172 182 174 177 E.B. 1/JI de Nora 24 27 31 32 28 29 27 22 E.B. 1/ de Orada 28 20 18 18 22 22 19 19 E.B. 1 de Rio de Moinhos 76 70 73 60 56 42 43 53
Total 310 294 305 296 295 290 278 279 *fonte: Agrupamento Escolas Concelho Borba
0
50
100
150
200
96/97 97/98 98/99 99/00 00./01 01./02 02./03
E.B. 1 de Alcaraviça E.B. 1 de Aldeia de Sande E.B. 1 de Barro Branco E.B. 1/JI de Borba E.B. 1/JI de Nora E.B. 1 de Orada E.B. 1 de Rio de Moinhos
Figura 6 - Evolução da frequência em estabelecimentos de 1º Ciclo A evolução da frequência nos últimos anos caracteriza-se por um ligeiro
decréscimo generalizado da população escolar do 1º ciclo.
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2º CICLO
A oferta do 2º Ciclo é feita através de Estabelecimentos de Ensino Público
Directo (1, no caso do concelho de Borba). O número de alunos é de 143.
Quadro 9 - 2º Ciclo – Ensino Público
Freguesia Código Designação 02/03 03/04
Matriz 342476 E.B. 2/3 Padre Bento Pereira 126 143
*fonte: Agrupamento Escolas Concelho Borba
Quadro 10 - Evolução da frequência
DESIGNAÇÃO 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04
E.B. 2/3 Pde. Bento Pereira 146 171 149 136 131 121 126 143
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01./02 02./03
E.B. 2/3 Pde. Bento Pereira
Figura 7 – Evolução da frequência
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3º CICLO
O 3º Ciclo do Ensino Básico é frequentado por 222 alunos (2002/2003) e 208
(2003/2004), sendo ministrado no estabelecimento da Rede Pública referido
no item anterior.
REDE PÚBLICA
Quadro 11
FREGUESIA CÓDIGO DESIGNAÇÃO 02/03 03/04
Matriz 342476 E.B. 2/3 Pde. Bento Pereira 222 208
*fonte: Agrupamento Escolas Concelho Borba
Quadro 12 - - Evolução da frequência
DESIGNAÇÃO 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04
E.B. 2/3 Pde. Bento
Pereira
271 281 241 278 262 244 222 208
*fonte: Agrupamento Escolas Concelho Borba
0
50
100
150
200
250
300
96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01./02 02./03
E.B. 2/3 Pde. Bento Pereira
*fonte: Agrupamento Escolas Concelho Borba
Figura 8 - Evolução da frequência
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AVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO CONCELHO DE BORBA
1 – Estabilidade do corpo docente
Este é um dos factores que mais condiciona a vida da escola.
Com a mudança média anual de cerca de 50% do corpo docente, a Escola
vê reduzida e dificultada a consecução de alguns dos seus principais
objectivos:
- Criar contextos educativos estimulantes (concepção, implementação e
realização de projectos);
- Manter a uniformização de critérios de avaliação do trabalho dos alunos
que considerem os desempenhos necessários para o prosseguimento dos
estudos, sem perder de vista a importância do cumprimento da escolaridade
obrigatória;
- Manter lideranças parcelares estáveis, sólidas, motivadas e motivadoras;
- Manter equipas pedagógicas estáveis, coesas e com sentido de escola.
Se considerarmos o 3º ciclo, a percentagem de renovação do corpo docente
pode atingir os 70%. E é precisamente no 3º ciclo, que estão localizados os
problemas que mais afligem a comunidade escolar.
Este factor condiciona, negativamente, grande parte da vida da escola e
empobrece os contextos de aprendizagem que a escola pode oferecer.
Sabemos que não podemos controlar os factores que intervêm na mobilidade
do corpo docente, especialmente quando há condições geográficas
desfavoráveis.
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25
Quadro nº 13 - Evolução das taxas de transição – resultados
Por
ciclo
99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 Valores
nacionais
Valores
regionais
1º
ciclo
94% 96% 96% 92% 91% 71% 72%
2º
ciclo
91% 94% 93% 93% 96% 83% 81%
3º
ciclo
73% 81% 73% 72% 88% 74% 75%
Fonte: Agrupamento Escolas Concelho de Borba
As taxas de transição são uma medida relevante da eficácia das escolas e a
sua análise pode ser de grande importância para a gestão pedagógica.
Os valores nacionais e regionais supracitados correspondem às médias dos
anos 83/84, 86/87 e 88/89.
Com estes valores é possível identificar um “Valor Acrescentado” positivo e
significativo no 1º e no 2º ciclo.
Em relação à evolução das taxas, nos últimos cinco anos, podemos
identificar que, nos 1º e 2º ciclo os valores estão estabilizados acima dos
90%. Relativamente ao 3º ciclo, a tendência das taxas de transição, para
baixar, inverteu-se significativamente, em consequência de três acções
específicas que mobilizaram todo o corpo docente, desde o 1º dia de aulas e
que foram bem sucedidas:
1 – A alteração do estatuto de “ano crítico” ao 7º ano;
2 – O rastreio sistemático do aproveitamento dos alunos repetentes;
3 - A promoção da assiduidade dos alunos.
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26
O Agrupamento de Escolas apresentou um inquérito por questionário aos
alunos, aos professores, aos funcionários e aos Encarregados de Educação.
Daí, retiraram-se as seguintes conclusões:
- Os alunos referem um elevado grau de satisfação, quer em relação à boa
ideia que fazem deles e que fazem dos outros, quer em relação à justeza e
competência dos professores e à preocupação por estes demonstrada em
relação aos seus problemas.
No entanto, regista-se alguma discordância perante o facto de continuar
sempre a frequentar a escola.
- Os professores registam um elevado grau de satisfação, quer em relação
ao bom funcionamento dos seus departamentos e ao respeito,
democraticidade e reconhecimento com que são tratados, quer em relação à
competência do Conselho Executivo e ao gosto em trabalhar na escola.
Apenas se regista uma pequena discordância em relação ao apoio mútuo
dentro do grupo, na planificação das aulas e na partilha de materiais de
ensino.
- Os Encarregados de Educação revelam um grande grau de satisfação em
relação ao interesse das actividades escolares desenvolvidas na Escola.
Existe alguma discordância em relação:
- Competência e justeza dos professores;
- Utilidade das reuniões dos Directores de Turma;
- Intensidade da frequência da escola.
- Os funcionários registam um elevado grau de satisfação em relação à
competência do Conselho Executivo.
2 – Abandono Escolar
Desde o ano lectivo 99/00 que o Agrupamento controla as taxas de
abandono real e potencial.
No final do ano lectivo 01/02 a Assembleia da Escola, considerando que
qualquer situação de abandono é sempre geradora de exclusão social,
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27
recomendou à comunidade escolar que investisse mais esforços ao nível da
prevenção desse mesmo abandono. Um único caso que se pudesse evitar,
seria considerado uma vitória.
Quadro 14 - Evolução das taxas de abandono real e potencial
1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004
Abandono
real
8% 6% 2% 2% 1%
Abandono
potencial
9% 10% 8% 9% 8%
Fonte: Agrupamento de Escolas Concelho de Borba
O valor da taxa da Abandono Real caiu um ponto percentual relativamente
ao ano anterior. Para isso contribuiu a ausência de abandonos no 1º ciclo do
Ensino Básico. Esta percentagem corresponde ao abandono de 4 alunos
dentro da escolaridade obrigatória num universo de 623.
Todos estes casos foram comunicados aos Serviços da Segurança Social,
que enviaram à escola os relatórios sociais referentes à sua intervenção
junto dos agregados familiares destes alunos.
O abandono potencial regista a evolução favorável de um ponto percentual,
situando-se ao nível de 2001/2002 e parecendo identificar-se uma tendência
de estabilização destes valores.
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PROJECÇÃO DA POPULAÇÃO
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Idades 43406
4414 4812 4398 4556 4479 4741 4525 4803 4792 5087 4528 4807 4423 4695 4543 4823
54398 4194 4479 4236 4525 4331 4792 4563 4528 4311 4423 4211 4543 4326 4612 4392
44479 3465 4525 3809 4792 3721 4528 3610 4423 3526 4543 3622 4612 3677 4612 3677
34525
24792
14528
0 4638 4679 4778 4423 4543 4612 4612
Fonte: DREA / INE Anos
Nota: Nos de Maior Dimensão: população potencial / Nos de Menor Dimensão: população real observada (01/03) ou projectada (04/08)
VALORES GLOBAIS DO ALENTEJODiagrama de Lexis e Taxas de
Cobertura Média por Idade
2006 2007 2008
Tx Cobert
Média 01/03
106,2%
95,2%
79,7%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
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VALORES DO CONCELHO DE:
Idades 596
70 63 56 60 58 60 74 74 53 53 64 64 59 59 64 64
556 58 58 60 74 62 53 51 64 62 59 57 64 62 62 60
458 42 74 42 53 47 64 46 59 43 64 46 62 45 62 45
374
253
164
0 62 60 63 59 64 62 62
Fonte: DREA / INE Anos
Nota: Nos de Maior Dimensão: população potencial / Nos de Menor Dimensão: população real observada (01/03) ou projectada (04/08)
2006 2007 2008
96,9%
72,6%
Borba
Tx Cobert
Média 01/03
100,2%
2002 2003 2004 20051998
A - Diagrama de Lexis e Taxas de Cobertura Média
por Idade
1999 2000 2001
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39
NOTA METODOLÓGICA
Pretende-se, com os quadros anteriormente referenciados, analisar
prospectivamente a evolução da população do concelho de Borba.
Existem, simultaneamente, dados de fonte oficial e dados de fonte não
oficial.
Os dados de fonte oficial, foram obtidos sob a forma de ficheiros de base de
dados em Excel, através da delegação regional do Instituto Nacional de
Estatística (o “Recenseamento Geral de População de 2001” e os
“Nascimentos no Alentejo por concelho e freguesia entre 1998 e 2002”) e
também através do Departamento de Análise Prospectiva e Planeamento
(“Listagem oficial do número de alunos por todos os estabelecimentos e
níveis de ensino em 2001/02 e 2002/03”).
Genericamente, a metodologia de projecção aplicada é baseada nos
princípios do coort survival, embora adaptado ao caso em concreto e
considerando apenas o cenário da tendência pesada do sistema actualmente
existente.
Deste modo, foram criados dois quadros-síntese (A e B) interrelacionados
entre si, que permitem uma análise rápida, e onde se realçam os aspectos
mais relevantes da informação obtida, para o prazo apresentado de 10 anos
(1998-2008).
O primeiro quadro-síntese, do tipo A, representa o Diagrama de Lexis do
concelho e as respectivas taxas de cobertura para cada idade. Ou seja,
através do referido diagrama vamos poder analisar e prever ano a ano e
idade a idade a evolução dos efectivos potenciais e reais, em conjugação
com cálculo da taxa de cobertura média por idade desde o último
recenseamento.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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O quadro-síntese do tipo B encontra-se subdividido em três partes, cada
uma correspondendo às idades fixadas para o Pré-Escolar (3, 4 e 5 ou mais
anos), onde a informação sobre o peso percentual de cada escola dentro do
concelho e para determinada idade, surge cruzada com a informação dos
valores reais projectados do quadro-síntese A.
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ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR
No que respeita à Acção Social Escolar, a autarquia cumpre as
competências que lhe estão atribuídas nesta matéria, para os alunos do 1º
Ciclo do Ensino Básico, a nível de subsídios para alimentação e para
aquisição de material escolar e livros.
A autarquia atribui também todos os anos três Bolsas de Estudo a alunos do
concelho que frequentam o ensino superior público, que posteriormente são
renovadas desde que os alunos tenham aproveitamento, e são concedidas
até final do curso.
Para não criar diferenciação entre alunos do 1º ciclo e alunos do 2º e 3º ciclo
do ensino básico, a autarquia adoptou os critérios aplicados pelo Despacho
nº 13224/2003 (2ª Série), de 7 de Julho de 2003, que se descreve em
seguida:
1º - A capitação do agregado familiar é calculada com base na seguinte
fórmula,
RC= [R- (C+I+H+S)] / (12N)
Em que, face ao ano civil anterior
RC= rendimento per capita
R= rendimento bruto anual do agregado familiar
C= total de contribuições pagas
I= total de impostos pagos
H= encargos anuais com habitação
S= despesas saúde
N= nº pessoas que compõem o agregado familiar
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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42
2º Entende-se por agregado familiar o conjunto de pessoas ligadas entre si
por vínculo de parentesco/consanguinidade, casamento ou outras situações
equiparadas, desde que vivam em economia comum.
3º O rendimento bruto anual do agregado familiar é constituído pela
totalidade dos rendimentos auferidos no ano civil anterior, a qualquer título,
por todos os membros do agregado familiar, constantes da declaração ou da
nota de liquidação do IRS.
4º Aos trabalhadores dispensados da apresentação da declaração do IRS é
imputado rendimento a determinar com base na tabela de remunerações
médias mensais de base, por profissões, publicada pelo Ministério da
Segurança Social e do Trabalho, aplicando-se a tabela referente a
trabalhadores indiferenciados no caso das actividades não suficientemente
tipificadas.
5º Em caso de situação de desemprego de qualquer dos elementos activos
do agregado familiar, deve ser apresentada declaração, passada pelo Centro
Distrital de Solidariedade e Segurança Social/Serviço Local da zona de
residência, da qual conste o montante do subsídio de desemprego auferido,
com a indicação do início e do termo da situação, montante este a considerar
para efeitos de cálculo do rendimento per capita previsto no nº1.
6º Ao rendimento bruto anual do agregado familiar são deduzidos os valores
discriminados nas alíneas seguintes, sempre em referência ao ano civil
imediatamente anterior, comprovada nos termos das mesmas alíneas:
a) Valor das contribuições pagas para regimes obrigatórios de segurança
social, que corresponde ao valor respectivo inscrito na declaração de
IRS e no documento comprovativo desse pagamento exigido para os
efeitos do IRS ou da nota de liquidação do mesmo, ou ainda, em
documento emitido pela segurança social.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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43
b) Valor dos impostos pagos, que corresponde ao valor da retenção na
fonte anual inscrita na declaração do IRS ou ao valor da colecta
líquida inscrita na nota de liquidação do IRS.
c) Encargos com despesas de habitação própria e permanente até ao
montante de 2095 euros, comprovados através de recibo actualizado
de renda da casa ou de declaração da entidade financiadora do
empréstimo para aquisição de habitação própria.
d) Encargos com saúde não reembolsados, desde que devidamente
comprovados através de documentos/declaração originais ou de nota
de liquidação do IRS.
7º Em caso de dúvidas sobre os rendimentos efectivamente auferidos, a
autarquia desenvolve todas as diligências complementares que considere
necessárias e adequadas ao apuramento da situação sócio-económica do
agregado familiar do aluno.
Referente ao ano lectivo 2003/04 e, a título de exemplo, a autarquia
estabeleceu as seguintes capitações a que correspondem os seguintes
valores, tendo sido a proposta aprovada em reunião de Conselho Municipal
de Educação.
Escalão A – capitações compreendidas entre 0 e 155.68 euros, a que
corresponde um subsídio de 56.00 euros para aquisição de livros e material
escolar e a um desconto de 100% na refeição da cantina escolar;
Escalão B – Capitações compreendidas entre 155.69 euros e 191.30 euros,
a que corresponde um subsídio de 45.80 euros para aquisição de livros e
material escolar e a um desconto de 50% na refeição na cantina escolar;
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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Quadro 15 - Alunos abrangidos pelo subsídio acção social escolar (pré-escolar e 1º ciclo)
ESCOLA ESCALÃO A ESCALÃO B
E.B. 1 de Borba 49 6
E.B.1 de Nora 6 0
E.B. 1 de Orada 8 2
E.B.1 de Barro Branco 2 1
E.B. 1 de Rio de Moinhos 12 10
Jardim Infância Borba 12 2
Jardim Infância Rio Moinhos 3 1
Total 92 22
Serviços acção social Câmara Municipal de Borba
Quadro 16 – Alunos abrangidos pelo serviço de alimentação
ESCOLA ALIMENTAÇÃO
E.B. 1 de Borba 11
E.B.1 de Nora 0
E.B. 1 de Orada 0
E.B.1 de Barro Branco 0
E.B. 1 de Rio de Moinhos 0
Jardim Infância Borba 0
Jardim Infância Rio Moinhos 0
* Fonte: Serviço Acção Social Câmara Municipal de Borba
Relativamente ao quadro nº12 deveremos ter em atenção que os 11 alunos
contemplados com serviço de refeição são de etnia cigana e que não
usufruem de escalão.
Quadro 17 - Composição do agregado familiar – escalão A e B
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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45
TIPO DE FAMÍLIA Nº FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS
Família nuclear com 1 filho 23
Família nuclear com 2 filhos 56
Família nuclear com 3 filhos 17
Família nuclear com 4 ou mais filhos 4
Família monoparental 12
Outras situações 5
* Fonte: serviços acção social Câmara Municipal de Borba
Composição dos Agregados Familiares Beneficiários
20%
48%
15%
3%10% 4%
Família nuclear com 1filho
Família nuclear com 2filhos
Família nuclear com 3filhos
Família nuclear com 4ou mais filhos
Família monoparental
Outras situações
Figura 9: Composição do agregado familiar – escalão A e B
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46
SAÚDE
ENQUADRAMENTO
Segundo os rácios nacionais (1 médico por 1500 habitantes) o concelho de
Borba, com cerca de 8000 habitantes inscritos, e actualmente com 5 médicos
(1600 inscritos por médico) não se encontra muito distante dos rácios
nacionais, no entanto, como na generalidade do país, este rácio é
considerado insuficiente. Ainda relativamente a recursos humanos de saúde,
tem-se constatado que o quadro de enfermagem preconizado para o Centro
de Saúde de Borba há vários anos que está incompleto, o que dificulta uma
prestação de cuidados com a continuidade necessária à sua eficiência.
Contudo, têm sido desenvolvidos esforços para que os cuidados de
enfermagem na comunidade sejam cada vez mais completos e adequados
às necessidades do concelho, tanto na área da promoção e prevenção como
também na prestação de cuidados de saúde de âmbito curativo.
Em termos de recursos materiais, mais propriamente dito relativamente ao
edifício onde está instalado o Centro de Saúde de Borba, constata-se que
este se encontra bastante degradado, inadequado às funções para que se
destina (verificando-se barreiras arquitectónicas em todo o edifício), sendo
urgente a sua remodelação e/ou substituição.
O edifício foi alvo de inspecção a pedido da Sub-região de Saúde de Évora e
após relatório o Centro de Saúde viu-se obrigado a proceder ao
encerramento do sector de internamento, facto que originou a planificação de
respostas alternativas em termos de prestação de cuidados de
saúde/sociais, rentabilizando os recursos humanos existentes. Foi assim
criado o serviço da apoio domiciliário do Centro de Saúde de Borba .
Actualmente, no primeiro andar do edifício, funcionam as actividades
relativas aos programas de saúde infanto-juvenil, saúde materna e
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47
planeamento familiar, bem como as relacionadas com Plano Nacional de
Vacinação (PNV). No rés-do-chão funcionam as consultas dos médicos da
família (consultas de adultos), ambulatórias de enfermagem, atendimento de
hipertensos e diabéticos e serviços administrativos.
O Centro de Saúde de Borba tem quatro unidades da saúde rurais onde se
desenvolvem actividades médicas e de enfermagem: S.Tiago, Barro Branco,
Nora e Orada, requerendo também estas remodelações a que apresentam
barreiras arquitectónicas.
Os recursos humanos, em 2004, são:
Médicos – 5
Enfermeiros – 6 (por falta de um elemento previsto no quadro, a duas das enfermeiras foi
atribuído regime de horário acrescido – 42 h/semanais)
Técnico sanitário – 1
Administrativos – 10
Auxiliar de Acção Médica – 2
Auxiliar de Apoio Vigilância – 6
Capelão – 1
Cozinheira -1 (actualmente foram reconvertidas as suas funções encontrando-se com o conteúdo
funcional de auxiliar de acção médica após ter recebido formação específica)
Os dados referentes ao ano de 2001 foram retirados do Documento da
Avaliação de actividades de 2001, da Sub-região de saúde de Évora e foram
os seguintes:
População residente----7782
População inscrita------7900 (dados referentes ao 2º semestre de 2001)
Importa salientar as disparidades das inscrições entre os médicos do Centro
de Saúde:
Médico 1: 1634
Médico 2: 2221
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
48
Médico 3: 1421
Médico 4: 2084
Outros médicos: 691
Total: 8051
Por tal a população está distribuída de modo a que condiciona apenas à
existência de um médico a tempo inteiro na freguesia de Rio de Moinhos, e
nas restantes freguesias os médicos têm dificuldade em responder aos
pedidos dado o número de inscrições dos seus ficheiros.
Quanto às instalações onde se desenvolvem as actividades médicas e de
enfermagem (unidades de saúde rurais): S.Tiago, Barro Branco, Nora e
Orada, estas requerem também remodelações, já que possuem também
estas barreiras arquitectónicas.
O concelho de Borba caracteriza-se por um acentuado envelhecimento
populacional (cerca de 25% da população residente tem mais de 65 anos).
Esta população idosa tem necessidades de saúde muito específicas, com
vigilâncias e controle da sua situação mais assíduos.
De entre as situações que requerem maior vigilância e controle, destacam-se
a diabetes, as doenças cardío-vasculares e as doenças neoplásicas, que
embora possam surgir noutras faixas etárias, são predominantemente
doenças da 3ª idade.
Outras situações que motivam a procura dos serviços de saúde são as
afecções musculo-esqueléticas, algo incapacitantes.
Deparamo-nos com um concelho no qual os idosos para além das
incapacidades e dependências, sofrem de isolamento social, sendo
frequente uma impossibilidade das suas famílias fazerem o seu
acompanhamento. Este fenómeno atinge também aqueles que embora não
sendo idosos se encontrem com elevados graus de dependência, o que,
quer numas situações quer noutras, e face à organização familiar actual,
origina uma crescente procura quer de instituições para internamento, quer
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
49
de estruturas que proporcionem o apoio domiciliário necessário às famílias
que ainda podem manter em casa os seus familiares incapacitados e/ou
dependentes.
A par de uma mudança franca de mentalidade e das estruturas familiares, é
imprescindível a preconização de novas respostas efectivas, deixando-se
progressivamente de recorrer ao internamento de idosos e/ou indivíduos
dependentes, passando as suas famílias a serem os seus cuidadores
parciais ou a tempo inteiro.
SAD do Centro de Saúde
Apesar desta resposta ter sido criada por necessidade imperiosa, não se
exclui a criação de respostas ao abrigo do Despacho conjunto 407/98 de 15
Maio (D.R. nº38, II Série de 18 de Junho), do qual constam as orientações
reguladoras da intervenção articulada do apoio social e dos cuidados de
saúde continuados dirigidos às pessoas em situação de dependência. O
modelo de intervenção preconizado tem como objectivo, fundamentalmente
“promover a autonomia das pessoas em situação de dependência e o reforço
das capacidades e competências das famílias para lidar com essas situações
e, como lógica de intervenção, privilegiar a prestação de cuidados no
domicílio, sem prejuízo da possibilidade do recurso ao internamento em
unidades residenciais sempre que este se mostra necessário ao processo de
reabilitação com a promoção de condições de autonomia que habilitem as
pessoas a regressar ao seu domicílio”.
Este despacho identifica várias respostas integradas as quais parecem ser
adequadas às necessidades do concelho de Borba. As respostas integradas
compreendem o Apoio Domiciliário Integrado (ADI) e a Unidade de Apoio
Integrado (UAI), sendo a prestação de cuidados no âmbito destas respostas
objecto de planeamento e avaliação locais por solicitação dos médicos de
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
50
família, dos hospitais, do Centro Regional ou dos parceiros sociais e até
pelos familiares dos utentes.
A prestação de cuidados no âmbito do ADI tem por base a situação de
dependência dos utentes avaliada pela ECI. Esta última ao fazer avaliações
periódicas das situações dos seus utentes (que já usufruem de resposta
integrada) e daqueles que se apresentam de novo, poderá encaminhar para
uma UAI que assegura, nas vinte e quatro horas, cuidados que não podem
ser prestados no domicílio do utente, mas que não justificam um
internamento em hospital (cuidados de convalescença, doenças crónicas,
treino e ensino centrados na promoção do auto-cuidado/satisfação das
necessidades humanas básicas, necessidade de adaptação das condições
habitacionais/permanência temporária até as adaptações físicas estarem
executadas.
RECURSOS
- Câmara Municipal de Borba
- Centro Saúde de Borba
- Santa Casa Misericórdia de Borba
- CDSSS/Serviço sub-regional de Évora
No decorrer do ano 2003 registaram-se 260 consultas de Planeamento
Familiar, pelos médicos de família.
Registou-se ainda um total de 42 consultas/entrevistas de Enfermagem em
Planeamento Familiar. Das 42 consultas efectuadas, 14 foram a mulheres
com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos, conforme quadro
precedente
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
51
Quadro nº 18
Mulheres com 14 anos 1
Mulheres com 15 anos 3
Mulheres com 16 anos 4
Mulheres com 17 anos 6
Total 14
Fonte: Centro Saúde de Borba
Relativamente ao programa de Administração de Metadona, registaram-se 5
utentes em 2003; sinalizaram-se ainda 3 toxicodependentes e 1
desintoxicação alcoólica.
Actualmente contamos com 8 utentes em Visitas Domiciliárias de
Enfermagem, 5 utentes em serviço de apoio domiciliário, dos quais, 2 são
para apoio social e 3 para apoio social/cuidados médicos e de enfermagem.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
52
EMPREGO
ENQUADRAMENTO
A desejada evolução do modelo económico concelhio, no sentido de
aumentar a produtividade e competitividade, implica a necessidade da
qualificação da população activa, bem como o incentivo ao auto-emprego a
fim de renovar e aumentar o parque industrial do concelho.
RECURSOS
- Centro de Emprego de Estremoz
- Câmara Municipal de Borba
- Juntas de Freguesia
- Programas Comunitários
- Outros
A resposta mais importante relativamente a questões de desemprego,
emprego e formação profissional situa-se em Estremoz.
O Centro de Emprego de Estremoz abrange cinco concelhos (Alandroal,
Borba, Estremoz, Sousel e Vila Viçosa) numa extensão total de 1678 Km2.
A REALIDADE LOCAL
O Centro de Emprego de Estremoz confinou inicialmente, a sua actividade
aos Concelhos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa, tendo-a posteriormente
alargado aos concelhos da Alandroal e Sousel. A sua área de intervenção é
caracterizada por duas zonas diferenciadas pela natureza dos recursos do
subsolo:
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
53
• O Triângulo Marmorífero (zona dos calcários) – nos concelhos de Borba,
Estremoz e Vila Viçosa;
• Os concelhos de Alandroal (zona de terras pobres do Guadiana) e
Sousel (de cariz rural).
Os dados disponíveis revelam que a estrutura populacional da zona de
intervenção do Centro de Emprego de Estremoz é duplamente envelhecida
(muitos idosos e poucos jovens), possui baixos índices de renovação das
gerações e a dinâmica empresarial está directamente ligada à densidade
populacional:
� A uma maior densidade populacional – Borba (54,57 habitantes/Km2); Vila
Viçosa (46.40 habitantes/Km2) – corresponde uma maior dinâmica
empresarial.
� A maior parte da mão-de-obra, com destaque para os concelhos de
Borba, Estremoz e Vila Viçosa, ocupa-se na extracção, transformação e
comercialização das rochas ornamentais e industriais.
Em resumo, o utente do Centro de Emprego de Estremoz possui um perfil
maioritariamente constituído por:
• Mulheres na faixa etária dos 25 aos 49 anos;
• Desempregados de longa duração;
• Baixas habilitações escolares (entre o 4º e o 6º ano de escolaridade);
• Baixas qualificações profissionais
E as principais características da sua área de intervenção são:
• População duplamente envelhecida
• Dinâmica empresarial fraca, comparativamente às outras zonas do país
• Mão-de-obra empregue preferencialmente na extracção e
comercialização de rochas ornamentais e industriais, principalmente nos
concelhos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa;
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
54
• Taxas de desemprego altamente influenciadas pelo fenómeno da
sazonalidade (meses de Verão são mais acentuados), no sector primário.
Através da anterior descrição conseguimos caracterizar o utente do Centro
de Emprego de Estremoz, caracterização que também se aplica ao utente do
concelho de Borba.
O Centro de Emprego de Estremoz trabalha em parceria com entidades
públicas, privadas e autarquias.
Quadro nº19 - Pedidos de emprego no fim do mês de Junho de 2004 Concelho INDISPONÍVEIS 1ºEMPREGO NOVO
EMPREGO OCUPADOS EMPREGADOS TOTAL
Alandroal 15 14 167 52 14 262 Borba 10 16 238 81 13 358 Estremoz 15 28 361 143 43 590 Vila Viçosa
20 18 230 121 25 414
Sousel 7 12 155 46 8 228 Total do Centro
1852
Fonte: IEFP – Centro Emprego Estremoz
Através da análise do quadro anterior verificamos que, dos cinco concelhos
abrangidos pelo Centro de Emprego de Estremoz, Borba aparece em terceiro
lugar nos pedidos de emprego efectuados no fim do mês de Junho.
Contudo, em termos proporcionais Borba apresenta-se no início da tabela
visto que é dos concelhos menos populosos
Consideremos a categoria indisponíveis os utentes que se encontram de
Baixa Médica
Como ocupados os utentes que se encontram ao abrigo da Portaria 192/96.
Como empregados os utentes que se encontram a trabalhar, mas que
procuram um emprego com melhores condições.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
55
Quadro nº 20 - Pedidos de emprego por grupos profissionais no fim do mês de Junho de 2004
Concelhos QUADROS SUP. DIRIGENTES
PRO.INDUS CIENTIF.
TÉCNICOS NÍVEL INTERMÉDIO
ADMINISTRA. SERVIÇOS E VENDEDORES
OPERÁRIOS ARTÍFICES
OPERADORES E TRAB. MONTAGEM
TRAB N QUALIFICADO
TOTAL
Alandroal 1 10 12 10 44 26 11 42 181 Borba 2 11 8 30 47 47 33 33 254 Estremoz 3 20 23 44 72 42 33 63 389 Vila Viçosa 4 9 17 33 35 34 29 42 248 Sousel 1 6 7 11 42 13 13 26 167 1239
Fonte: IEFP – Centro Emprego Estremoz
Conforme nos indica o quadro anterior, houve, no final do mês de Junho de
2004, um total de 1239 pedidos de emprego no Centro de Emprego de
Estremoz, sendo que, em Borba, contabilizaram-se 254 pedidos, o que
corresponde a cerca de 20% do total.
Quadro nº21 - Pedidos de emprego por grupos etários no fim do mês de Junho 2004
Concelho <25 25 a 34 35-
54 55+ Total <25 25 a 34 35-54 55+ total <25 25 a 34 35-54 55+ Total
Alandroal 22 29 52 13 116 12 17 18 18 65 34 46 70 31 181 Borba 30 44 57 26 157 19 23 41 14 97 49 67 98 40 254 Estremoz 50 62 82 34 228 35 44 54 28 161 85 106 136 62 389 Sousel 27 32 45 21 125 10 14 12 6 42 37 46 57 27 167 Vila Viçosa
27 54 54 13 148 11 29 40 20 100 38 83 94 33 248
Fonte: IEFP – Centro Emprego Estremoz
Quadro nº 22 - Pedidos de emprego por Habilitações no fim do mês de Junho 2004 Concelho N
SABE LER
LÊ E ESCREVE
4º ANO
6º ANO
9º ANO
11º ANO
12º ANO
BACH/CUR MÉDIO
LIC. MESTR
DOUT.
TOTAL
Alandroal 7 18 64 37 14 6 22 5 7 1 0 181 Borba 10 12 74 60 35 18 32 3 10 0 0 254 Estremoz 21 30 100 82 58 28 50 4 14 2 0 389 Sousel 9 11 53 42 18 10 15 0 9 0 0 157 Vila Viçosa
15 18 57 54 40 9 42 2 10 1 0 248
Fonte: IEFP – Centro Emprego Estremoz
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
56
Através da análise do quadro anterior verificamos que o “grosso da questão”
se verifica nos utentes com escolaridade compreendida entre o 4º e o 9º ano,
em todos os concelhos abrangidos pelo Centro de Emprego de Estremoz.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
No que respeita à Formação Profissional, o Centro de Emprego de Estremoz
não dispõe de um programa específico para o concelho de Borba. No
entanto, de acordo com as necessidades de mão-de-obra do concelho e com
os interesses dos candidatos, os borbenses inscritos vão sendo integrados
em acções, directa ou indirectamente, organizadas pelo Centro de Emprego.
Existem várias possibilidades de qualificação/formação que são:
�Sistema de Aprendizagem
- Destinatários – jovens de ambos os sexos, até 25 anos de idade com
escolaridade entre o 1º e o 3º ciclo
- Percurso de três anos, que confere ao formando uma formação e uma
habilitação escolar.
- No sistema de aprendizagem estão, neste momento, a funcionar em
Estremoz os cursos de Mecânico de Automóveis (2002/2005);
Metalomecânica (2001/2004); Empregado de Mesa
( 2002/2005); preparador de produtos cárneos (2001/2004), técnico de
qualidade (2003/2006), Técnico Administrativo (2003/2006).
Irão iniciar, ainda em 2004 os cursos de Técnicos Administrativos (em
Estremoz) Técnico vitivinícola (em Borba).
O Centro de Emprego de Estremoz dá resposta, não só através de cursos
realizados na sua área de intervenção, como também encaminha os
candidatos para outros Centros de Formação onde sejam ministrados cursos
do seu interesse.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
57
� Cursos de Formação Inicial
- Destinatários – pessoas à procura de novos empregos e pessoas que
procurem o primeiro emprego (a primeira experiência profissional).
- Adultos e com escolaridade obrigatória
- Componentes do Curso:
� Sócio – Cultural
� Científico – Tecnológica
� Prática
� Cursos Educação/Formação
- Destinatários – jovens à procura do 1º emprego que estejam abrangidos
pela escolaridade obrigatória.
Irá iniciar, dentro em breve, o curso de cozinha para jovens
- �Cursos EFA
- Destinatários – adultos
- Componentes:
B1 – para o 4º ano
B2 – para o 6º ano: jardinagem (Alandroal) e serviço de andares (Estremoz)
– irão iniciar dentro em breve.
B3 – para o 9º ano: calceteiro (em Estremoz) e Técnicos Administrativos
(Vila Viçosa).
No ano de 2002 está a funcionar o curso de Cozinha em Estremoz mas com
utentes do concelho de Borba.
� Especialização Tecnológica
- Destinatários - indivíduos que concluíram o 12º ano de escolaridade
- Enriquecimento pessoal e profissional do utente e maiores/melhores
perspectivas de trabalho.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
58
UNIVA – Unidade de Inserção na Vida Activa
As UNIVAS são unidades de inserção na vida activa que, apesar de serem
autónomas dos centros de emprego, e estarem ligadas a entidades públicas
ou privadas, trabalham em estreita colaboração com os Centros de Emprego.
Têm como principal função o encaminhamento dos utentes que pretendem
dar os primeiros passos na procura de emprego ou formação.
No concelho de Borba está em funcionamento uma UNIVA, ligada à ADMC.
Actividades Económicas
Em Borba encontram-se localizadas duas grandes zonas industriais, que
iremos agora apresentar.
Zona Industrial do Alto dos Bacelos
Foi criada para implementação de indústrias não compatíveis com o tecido
urbano, nomeadamente indústrias transformadoras de mármores,
metalomecânica, agro-alimentares, construção civil, madeiras e cortiças,
equipamentos e serviços (incluindo oficinas de combustíveis);
Zona Industrial da Cruz de Cristo
Foi criada com o intuito de mover do centro de vila pequenas industrias e
oficinas, ou para implementação de novas empresas, nomeadamente:
pequenas industrias, carpintarias, armazéns, oficinas e serviços.
GADE
O Gade é o Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico e é um
serviço da Câmara Municipal de Borba que aposta essencialmente na
promoção do tecido empresarial do Concelho.
Consciente do seu futuro promissor, este gabinete é um centro de
informação a que os agentes económicos poderão aceder e onde
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
59
encontrarão a ajuda necessária à implementação das suas ideias, visando o
desenvolvimento integrado do Concelho de Borba.
O GADE insere-se numa rede de gabinetes de apoio ao desenvolvimento
económico a nível distrital. Esta rede articula-se com um conjunto de
entidades locais e nacionais, no sentido de troca de informação e
estabelecimento de iniciativas de cooperação.
O concelho de Borba apresenta, assim, uma forte interacção com projectos a
desenvolver com outros municípios, coordenados pela AMDE – Associação
de Municípios do Distrito de Évora.
Os objectivos do GADE são essencialmente:
• Promover uma relação individualizada com os empresários;
• Proporcionar informação específica à actividade empresarial;
• Identificar necessidades, sugestões e prioridades dos empresários do
Concelho, tendo em conta os parâmetros traçados pelo P.D.M. –
Plano Director Municipal;
• Actualizar o banco de dados sobre a actividade empresarial do
Concelho de Borba;
• Informar sobre legislação importante para a actividade empresarial,
nomeadamente sobre fundos comunitários e outros programas de
financiamento.
De grande importância para o tecido empresarial é também a Vitivinicultura
que aqui é produzida: 40% da produção vinícola do concelho é exportada.
As Antiguidades reflectem também alguma importância no concelho:
existem cerca de 17 casas comerciais que subsistem da venda e do restauro
de antiguidades: mobiliário, arte sacra, entre outros.
Falando agora um pouco sobre a actividade económica com maior impacto
no concelho, a extracção e transformação do mármore, em que enormes
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
60
jazidas de mármore se estendem ao longo do “Triângulo dos Mármores”, que
abarca os concelhos de Borba, Vila Viçosa e Estremoz.
Este sector emprega grande parte de mão-de-obra do concelho mas, que
neste momento se encontra em crise. Há muitas empresas a fechar as
portas arrastando as pessoas para o desemprego.
Azeite e enchidos são outras actividades de realce no concelho, embora com
um peso menos significativo mas, de nome reconhecido.
Também o queijo merece real destaque mas a sua incidência paira na
freguesia de Rio de Moinhos.
Iremos agora fazer uma breve enunciação das potencialidades e debilidades
da vila de Borba.
FAME – Fundo de Apoio a Micro-empresas
A Câmara Municipal de Borba, em parceria com a ADRAL e o BES
constituíram o FAME de Borba.
O Fame visa apoiar as microempresas do concelho, incidindo sobre a
modernização das instalações, equipamentos, melhoria dos produtos e/ou
serviços prestados.
Objectivos Gerais do FAME:
Promover o investimento das microempresas do concelho de Borba nas
áreas da modernização das instalações e equipamentos e melhoria dos
produtos/serviços prestados.
Promover ganhos de competitividade das microempresas dotando-as de uma
maior capacidade e qualidade dos serviços prestados.
São consideradas elegíveis as seguintes despesas:
Obras de adaptação, remodelação e conservação.
Equipamento básico.
Máquinas e equipamento específico.
Equipamento informático.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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61
Equipamento de telecomunicações.
Equipamento de Higiene e Segurança.
Quadro nº 23 – População desempregada e respectiva taxa de desemprego
Zona Geográfica
População Desempregada
Taxa de Desemprego (%)
Total Procura do 1º emprego
Procura do novo emprego
Em 1991 Em 2001
HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M Alentejo Central
5029 1673 3356 975 348 627 4054 1325 2729 9.2 4.3 16.9 6.2 3.7 9.3
Alandroal 234 44 190 36 12 24 198 32 166 14.3 5.6 29.3 8.7 2.8 17.1 Arraiolos 246 64 182 42 14 28 204 50 154 8.5 4.4 15.7 7.1 3.3 12.3 Borba 182 60 122 26 6 20 156 54 102 6.5 3.1 12.6 4.9 2.9 7.6 Estremoz 408 124 284 85 29 56 323 95 228 8.3 2.6 17.7 5.9 3.3 9.1 Évora 1429 622 807 344 142 202 1085 480 605 6.7 4.0 10.2 5.1 4.3 6.0 Montemor-o-Novo
524 156 368 101 33 68 423 123 300 8.6 4.0 16.9 6.3 3.3 10.5
Mourão 130 24 106 19 3 16 111 21 90 11.5 2.6 30.2 8.8 2.5 19.9 Portel 368 123 245 33 16 17 335 107 228 24.4 10.6 45.0 11.7 6.8 18.3 Redondo 231 73 158 35 11 24 196 62 134 10.4 4.5 20.9 7.0 3.8 11.5 Reguengos Monsaraz
358 108 250 85 30 55 273 78 195 6.7 3.5 12.0 7.1 3.7 11.8
Vendas Novas
324 112 212 44 22 22 280 90 190 9.7 4.6 17.9 5.7 3.5 8.6
Viana do Alentejo
127 35 92 38 6 32 89 29 60 16.0 6.3 32.0 5.2 2.6 8.7
Vila Viçosa 226 43 183 49 7 42 177 36 141 8.6 2.3 19.3 5.2 1.8 9.8 Sousel 242 85 157 38 17 21 204 68 136 13.3 5.9 25.0 10.0 6.4 14.5
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação - 2001 (Resultados Definitivos)
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
62
ACÇÃO SOCIAL ENQUADRAMENTO
No âmbito de uma política social orientada para potenciar a eficácia social
das medidas de intervenção e incentivar as relações de cooperação e
parceria, concluímos que será deveras importante a conjugação de
diferentes entidades.
No sentido de promover o desenvolvimento social do concelho, a SCMB é
promotora de um Projecto de Luta Contra a Pobreza que, em articulação
com outros parceiros, tem vindo a implementar equipamentos e serviços
para benefício da população.
Esta instituição tem vindo a sinalizar necessidades de intervenção, definir
estratégias e criar estruturas que permitam responder às necessidades
diagnosticadas, com vista à melhoria das condições de vida da população
(ver quadro nº3, em anexo).
Contudo, apesar deste complexo de equipamentos sociais, continua a surgir
a necessidade de implementar novos equipamentos, pelo facto dos
existentes se encontrarem na sua capacidade máxima e apresentarem
numerosas listas de espera.
Servem de exemplo as respostas no âmbito do apoio à 3º idade, o que
fundamenta a procura de estratégias alternativas às respostas existentes. Tal
problemática leva os técnicos à observação de problemas concretos e
específicos, de forma a encontrar soluções que possam suprimir essas
necessidades.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
63
RECURSOS
- Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social
- Câmara Municipal de Borba
- Juntas de Freguesia do concelho
- Santa Casa da Misericórdia de Borba (Projecto de Intervenção
Comunitária-P.I.C.).
DEFICIÊNCIA Antes de caracterizarmos a problemática da deficiência no concelho de
Borba, convém lembrar a noção de deficiência:
“Uma pessoa deficiente é uma pessoa de corpo inteiro, colocada em
situação de desvantagem ocasionada por barreiras físicas/ambientais,
económicas e sociais que a pessoa, por causa da sua especificidade não
pode transpor com as mesmas prerrogativas que os outros cidadãos. Estas
barreiras são muitas vezes reforçadas por atitudes marginalizadoras da
sociedade.
Compete à sociedade suprimir, reduzir ou compensar estas barreiras a fim
de permitir a cada pessoa beneficiar de uma cidadania de pleno exercício,
isto é no respeito dos direitos e deveres de cada um.”
Com base nos dados dos Censos 2001 verificou-se que, num total de 7782
indivíduos, 3869 são Homens e 3913 são mulheres, sendo que 488
indivíduos são cidadãos portadores de deficiência. Desses 488, 281 são do
sexo masculino e 207 do sexo feminino.
No quadro abaixo indicado, apresentaremos a distribuição desses efectivos,
segundo o grau de incapacidade atribuído:
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
64
020406080
100120140160180
H M
População residente com deficiência segundo o grau de incapacidade e sexo
Pop. Residentesem grau incap.atribuídoPop. Residentecom incap. <30%Pop. Residentecom incap. Entre30% e 59%Pop. Residentecom incap. Entre60% e 80%Pop. Residentecom incap. > a80%
Fonte: Censos 2001/INE
Figura nº 10 – Deficiência
Existe um grande número de cidadãos portadores de deficiência, pelo que é
necessário criar respostas institucionais para estes casos. No concelho de
Borba existe uma associação de deficientes: DDE/APD – Delegação Distrital
de Évora/Associação Portuguesa de Deficientes que faz o encaminhamento
e presta apoio aos deficientes e associados da delegação.
Tentámos fazer um levantamento de todos os deficientes do concelho junto
da APD mas tal não foi possível visto que o presidente desta associação
alegou a inviabilidade que deste tipo de levantamento porque a deficiência é
um conceito de difícil definição e delimitação, o que impossibilitou aceder aos
dados, o que compromete uma caracterização real e aprofundada do número
de casos existentes.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
65
TOXICODEPENDÊNCIA
Devido a aspectos de carácter burocrático torna-se muito difícil a recolha de
dados oficiais relativamente a questões relativas ao consumo de álcool e
estupefacientes.
Segundo informações facultadas pelo Ministério da Administração da
Administração Interna, da Guarda Nacional Republicana, Grupo Territorial de
Borba, nos últimos dois anos registaram-se, naquele posto os seguintes
dados:
• Intervenções ligadas ao abuso de álcool consideradas crime: 13
detenções;
• Autos de contra-ordenação levantados por excesso de álcool: 15
(situações resultantes de fiscalizações rodoviárias);
• Autos de contra-ordenação por posse de haxixe: 5.
Em termos de dados oficiais temos a considerar estes, que foram
gentilmente facultados pela entidade supra-citada.
CAT de Évora
O Centro de Atendimento a Toxicodependentes de Évora funciona como
unidade de tratamento e foi criado em Abril de 1996, encontrando-se
integrado no Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
O IDT é resultado da fusão do serviço de Prevenção e Tratamento da
Toxicodependência (SPTT) e do Instituto Português da Droga e da
Toxicodependência (IPDT) – Decreto-lei nº 269 A/2002, de 29 de Novembro.
O CAT de Évora funciona em regime ambulatório e, são prestados cuidados
globais a toxicodependentes através de uma abordagem psicossocial. Esta
unidade pretende obter a paragem ou redução dos consumos através de um
projecto terapêutico definido e, assegurar o acompanhamento psico-
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
66
terapêutico e o apoio social, de forma a promover a reinserção social dos
toxicodependentes.
Para a prossecução dos seus objectivos, o trabalho desenvolvido no CAT de
Évora é assegurado por uma equipa multidisciplinar, em parceria com outras
instituições públicas e privadas.
Deste modo, em termos de funcionamento, esta unidade de tratamento
preconiza o tratamento integrado do indivíduo toxicodependente, no qual
cada elemento da equipa tem funções específicas, todavia interagindo com
os restantes elementos da mesma.
A equipa do CAT é constituída por:
• Psicólogos
• Médicos
• Enfermeiros
• Técnicos de Serviço Social
• Técnicos Psicossociais
• Administrativo
• Auxiliar de Acção Médica
• Motorista
O trabalho desenvolvido por psicólogos permite o acompanhamento
individual, em família ou somente a familiares através de consultas de
psicoterapia.
No que concerne ao serviço médico, o CAT dispõe de um total de quatro
médicos, dois cedidos pelos respectivos Centros de Saúde, cujo horário é de
oito horas semanais (quatro horas de consulta e as restantes destinadas às
reuniões semanais).
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
67
Dos dois clínicos com funções a tempo inteiro, um desempenha
simultaneamente as funções de director da instituição e, coordenador dos
Programas de Substituição tendo como principais funções:
- Orientação da equipa do programa de substituição (enfermeiros, médicos e
auxiliar de acção médica);
- Promove reuniões de avaliação do referido programa.
Compete aos clínicos:
Prescrição de exames complementares de diagnóstico (análises clínicas e
exames radiológicos);
Apoio medicamentoso;
Orientação terapêutica associada aos diferentes programas de tratamento;
Seguimento terapêutico dos utentes em acompanhamento no CAT;
Nos programas de substituição é da sua responsabilidade a indução das
doses e, alteração na prescrição das mesmas após avaliação da situação;
Realização de consultas médicas de clínica geral;
Referenciação dos utentes a outras especialidades médicas;
Pontualmente procede à elaboração de trabalhos na área da investigação
clínica (conhecimento e registo das doenças associadas à
toxicodependência) e, implementação de medidas preventivas relacionadas
com as doenças infecto-contagiosas.
Compete à equipa de enfermagem:
Administração de doses de metadona;
Preparação das doses de metadona para domicílio e centros de saúde;
Realização de análises semanais para detecção de metabolitos na urina
(análises de controlo de consumos);
Assegurar a distribuição de metadona aos centros de saúde e prisão;
Procede à colheita de sangue para análises clínicas;
Vacinação de hepatite B;
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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68
Marcação de consultas de infecciologia no hospital;
Colaboração na indução das doses de metadona.
O Serviço Social é entendido como parte integrante no processo de
tratamento. As suas principais funções são:
Discussão dos casos com os terapeutas;
Participação em reuniões com várias instituições que acompanham os
utentes em seguimento no CAT;
Realiza o encaminhamento dos utentes para outras estruturas de saúde, ou
para instituições que poderão apoiar economicamente alguns dos pedidos
solicitados;
Promove o acompanhamento para reinserção;
Participa em projectos/programas de âmbito social.
Da articulação do CAT com várias instituições é importante mencionar, em
termos de tratamento, o Hospital de Évora para o qual os utentes são
referenciados para consulta de infecciologia, gastroenterologia e obstetrícia
e, por outro lado, a articulação estabelecida com as várias Comunidades
Terapêuticas e Unidades de Desabituação.
No seguimento da consulta de obstetrícia foi criado o Núcleo de Apoio à
Díade Mãe-Filho que resulta de um protocolo celebrado entre o Hospital e o
CAT.
Segundo este protocolo o CAT propõe-se sinalizar todas as grávidas
toxicodependentes à consulta de Risco do serviço de obstetrícia do hospital
e, acompanhar as grávidas durante a gravidez e após o parto.
No entanto, a articulação do CAT não se esgota nas instituições de saúde;
existem outras instituições com as quais se estabelecem vários protocolos
ou, simplesmente colabora na resolução de casos pontuais referenciados
entre serviços, tais como o Instituto do Emprego e Formação Profissional,
Instituto de Reinserção Social, Centro Distrital e Regional de Segurança
Social, Programa Vida Emprego, Comissão para a Dissuasão da
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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69
Toxicopendência, Autarquias, Prisão, Escolas, Instituições Particulares de
Solidariedade Social, entre outras.
O CAT possui um total de 1035 utentes com acolhimento (período em
análise de 15/04/1996 a 30/06/2004).
Significa que os utentes preencheram ficha de acolhimento nesta instituição
e iniciaram processo terapêutico; todavia deste total nem todos os utentes se
encontram com processo activo, ou seja, não vêm às consultas nos últimos 6
meses.
Concelho de Borba:
No período de 15/04/1996 a 30/06/2004 existe um total de 17 utentes com
acolhimento;
No ano de 2003 e 1º semestre de 2004 foram acolhidos 2 utentes;
No período de 01/11/2003 a 06/05/2004 o total de utentes com consultas
(processo activo) é de 14.
MINORIAS ÉTNICAS
A ETNIA CIGANA
No concelho de Borba existe um acampamento de ciganos que estão
sedentarizados há já alguns anos. A fim de lhes proporcionar melhores
condições de vida resolvemos aplicar inquéritos por questionário a cada um
dos chefes de família a fim de inventariar o número exacto de indivíduos que
residem no Bairro das Mós. Este lugar (denominado Bairro das Mós situa-se
na freguesia Matriz e é composto por inúmeras barracas, construídas por
eles.
As condições de habitabilidade e higiene são nulas, as crianças dormem com
ratos (conforme se pode constatar in loco). Não têm electricidade e a água
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
70
(vinda da rede pública) é distribuída por uma torneira que fica junto das
barracas e que serve toda a população das Mós.
Após aplicação dos inquéritos constatou-se o seguinte:
Existe um total de 97 indivíduos, distribuídos por vinte e duas famílias. A
maior parte das famílias são famílias nucleares com filhos, havendo raras
excepções de famílias monoparentais. Nas famílias monoparentais
detectamos que, as que existem são constituídas pela mulher e pelos filhos.
É sempre o homem que abandona o lar.
Relativamente à questão das habilitações literárias, poucos são os que
sabem ler ou escrever. Dos mais velhos, apenas os homens alguma vez
frequentaram a escola. Dos mais novos já existem mulheres a frequentar o
ensino mas, por questões meramente burocráticas. Visto que muitos destes
ciganos são utentes de RSI (rendimento social de inserção, antigo RMG –
rendimento mínimo garantido) e que, para que o agregado familiar possa
usufruir desta medida de protecção social é necessária/obrigatória a
frequência do ensino.
Relativamente às habitações, poderemos referir que não têm condições de
habitabilidade. São geralmente constituídas por duas divisões a que dão o
nome de quarto e cozinha.
Após visita ao local e após a aplicação dos questionários, verifica-se a
necessidade de realojar estas vinte e duas famílias residentes no Bairro das
Mós.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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71
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO SEGUNDO CENSOS 2001
Quadro nº24 - População residente, presente, famílias, núcleos familiares, alojamentos e edifícios
Zona Geográfica
População Residente
População Presente Famílias Núcleos Familiares Residentes
Alojamentos Familiares Alojamentos Colectivos
Edifícios
HM H M HM H M Clássicas Residentes
Institucionais Total Clássicos Outros
Borba 7782
3869 3913 7493 3716 3777 2866 2 2427 3692 3671 21 7 2885
Borba (Matriz)
3701 1858 1843 3530 1765 1765 1307 2 1138 1643 1625 18 7 1242
Orada 878
434 444 863 427 436 327 - 280 457 457 - - 337
Rio de Moinhos
2271 1125 1146 2215 1096 1119 836 - 717 1089 1086 3 - 949
Borba (São Bartolomeu)
932 452 480 885 428 457 396 - 292 503 503
Fonte: Censos 2001
Conforme podemos constatar através do quadro nº19, Borba tem um total de
7782 (à data dos Censos 2001), sendo a freguesia Matriz a mais populosa e
a freguesia de Orada a menos povoada.
Existem apenas duas famílias institucionalizadas.
Quadro nº25 - Tipos e condições na habitação
Zona Geográfica Instalações de Electricidade Instalações Sanitárias (Retrete/Esgotos)
Com Electricidade
Sem Electricidade Com Retrete no Alojamento
Retrete Fora do
Alojamento mas no Edifício Sem Retrete
C/ Dispositivo de Descarga Sem Dispositivo de Descarga
Ligado à Rede
Pública de Esgotos
Ligados a Sistema
Particular de Esgotos
Outros Casos
Ligado à Rede
Pública de Esgotos
Ligado a Sistema
Particular de Esgotos
Outros Casos
Borba
Alojamentos 2820 28 2141 348 13 30 14 3 66 233
Famílias clássicas 2835 29 2150 350 13 30 15 3 69 234
Pessoas residentes 7627 95 5866 979 32 50 35 8 204 548
Fonte: Censos 2001
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
72
Conforme análise do quadro nº20, existem 2820 alojamentos na totalidade
do concelho, sendo que apenas 28 não têm electricidade, o que corresponde
a cerca de 0.7% da totalidade dos alojamentos. A taxa de cobertura de
electricidade é de 99.29%.
Em termos de instalações sanitárias, temos 2489 edifícios com instalações
sanitárias, num total de 2820 alojamentos.
Quadro nº26 - Pessoas residentes em alojamentos familiares, segundo grupo sócio-
económico
Zona Geográfica Total Geral
Em Alojamentos Clássicos Em Barracas Noutros
Grupo Sócio-Económico do
Representante da Família
Total Com 1 Famíla
Com 2 Famílias
Com 3 ou mais Famílias
Total Com 1 Família
Com 2 Famílias
Com 3 ou mais Famílias
Total Com 1 Famíla
Com 2 Famílias
Com 3 ou mais Famílias
Borba 7722 7640 7573 41 26 76 67 9 - 6 6 - - Empresários
c/prof.intelect,científicas e técnicas
- - - - - - - - - - - - -
Empresários da indústria, comércio e
serviços
36 36 36 - - - - - - - - - -
Empresários do sector primário
19 19 19 - - - - - - - - - -
Pequenos patrões c/prof.intelectuais e científicas
9 9 9 - - - - - - - - - -
Pequenos patrões c/prof.técnicas intermédias
21 21 21 - - - - - - - - - -
Pequenas patrões da indústria
269 268 268 - - 1 1 - - - - - -
Pequenos patrões do comércio e serviços
330 327 327 - - - - - - 3 3 - -
Pequenos patrões do sector primário
49 49 49 - - - - - - - - - -
Profissionais intelect. e científicos independentes
9 9 9 - - - - - - - - - -
Profissionais técnicos intermédios independentes
21 21 21 - - - - - - - - - -
Trabalhadores industriais e artesanais independentes
203 203 199 - 4 - - - - - - - -
Prestadores serviços e comerciantes independentes
216 192 192 - - 24 17 7 - - - - -
Trabalhadores 164 164 164 - - - - - - - - - -
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independentes do sector primário Directores e quadros dirigentes do estado e empresas
53 53 51 2 - - - - - - - - -
Dirigentes de pequenas empresas e organizações
29 29 29 - - - - - - - - - -
Quadros intelectuais e científicos
100 100 100 - - - - - - - - - -
Quadros técnicos e intermédios
161 159 158 - 1 - - - - 2 2 - -
Quadros administrativos intermédios
19 19 15 - 4 - - - - - - - -
Empregados administrativos do comércio e serviços
444 444 443 1 - - - - - - - - -
Operários qualificados e semi-qualificados
2273 2273 2239 17 17 - - - - - - - -
Assalariados do sector primário
118 118 114 4 - - - - - - - - -
Trabalh. administ. comércio e serv.não qualificados
303 268 265 3 - 35 33 2 - - - - -
Operários não qualificados
65 65 65 - - - - - - - - - -
Trabalhadores não qualificados do sector primário
2 2 2 - - - - - - - - - -
Pessoal das forças armadas
11 11 11 - - - - - - - - - -
Outras pessoas activas, n.e
148 145 143 2 - 3 3 - - - - - -
Inactivos 2650 2636 2624 12 - 13 13 - - 1 1 - Fonte: Censos 2001 - INE
Conforme nos mostra o quadro nº 21, são as categorias respeitantes ao
comércio, serviços e às actividades fabris que predominam no concelho. A
taxa de inactividade também é elevada visto que temos 2650 indivíduos
inactivos.
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74
Quadro nº 27– Famílias clássicas segundo dimensão e nº de deficientes ZONA GEOG FAMÍLIAS CLÁSSICAS SEGUNDO A DIMENSÃO (PESSOAS)
Total Com 1 Com 2 Com 3 Com 4 ou mais Sem
Defic Com 1 Defic
Sem Defic
Com 1
Defic
Com 2 Defic
Sem Defic
Com 1 Defic
Com 2 Defic
Com 3 Defic
Sem Defi
Com 1 Defic
Com 2 Defic
Com 3 ou +
Borba
2866 409 49 755 135 19 667 80 15 4 632 82 18 1
Fonte: Censos 2001 - INE
Num total de 2866 famílias importa referir que, em famílias 458 famílias
isoladas, 49 são portadoras de deficiência; famílias compostas por dois
indivíduos (909), 135 têm 1 deficiente na composição do agregado familiar,
19 têm dois deficientes; famílias com 3 indivíduos na composição do
agregado (766), 80 têm 1 deficiente, 15 têm 2 deficientes e quatro têm 3
deficientes; famílias compostas por 4 ou mais indivíduos (um total de 732),
82 têm 1 deficiente na composição do agregado e 18 têm 2 deficientes.
O termo mais correcto a utilizar não será deficiente mas sim cidadão portador
de deficiência (com grau de incapacidade atribuído).
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75
Quadro nº28- População deficiente por grupos de idades
Zona Geográfica
Total Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral
Outra deficiência
Grupo Etário HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H Borba 488 281 90 43 139 83 107 64 46 29 7 4 99 58
De 0 a 4 anos 2 2 - - - - - - 2 2 - - - -
De 5 a 9 anos 2 1 - - - - - - - - - - 2 1
De 10 a 14 anos
11 8 1 - 5 5 - - 3 2 1 - 1 1
De 15 a 19 anos
14 12 2 2 10 9 1 - 1 1 - - - -
De 20 a 24 anos
14 8 3 3 6 3 2 1 1 - 1 1 1 -
De 25 a 29 anos
19 13 2 1 3 3 3 2 4 3 1 - 6 4
De 30 a 34 anos
18 11 3 1 6 4 2 1 5 4 - - 2 1
De 35 a 39 anos
23 21 3 3 5 4 2 2 4 3 - - 9 9
De 40 a 44 anos
23 15 2 1 6 3 9 8 4 1 - - 2 2
De 45 a 49 anos
28 17 1 1 14 9 6 3 3 3 - - 4 1
De 50 a 54 anos
26 15 2 - 8 6 6 3 2 2 - - 8 4
De 55 a 59 anos
40 23 5 2 7 2 8 5 5 4 - - 15 10
De 60 a 64 anos
51 26 9 6 13 6 10 5 1 1 - - 18 8
De 65 a 69 anos
60 35 15 7 14 7 17 12 2 - 2 2 10 7
De 70 a 74 anos
49 29 12 7 14 9 13 7 3 2 1 - 6 4
De 75 a 79 anos
50 22 9 3 13 8 18 7 1 1 1 1 8 2
De 80 a 84 anos
29 10 10 2 13 5 4 3 1 - - - 1 -
De 85 a 89 anos
21 10 8 3 2 - 5 4 2 - - - 4 3
De 90 ou mais anos
8 3 3 1 - - 1 1 2 - - - 2 1
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação - 2001 (Resultados Definitivos)
Relativamente à análise do quadro nº23, as faixas 55/79 anos são as mais
afectadas por características associadas à deficiência. As deficiências
auditivas, visuais e motoras prevalecem relativamente às outras.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
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76
Quadro nº 29 – População residente deficiente segundo tipo de deficiência, sexo, grau de
incapacidade Zona
Geográfica Total Auditiva Visual Motora Mental Paralisia
Cerebral Outra
deficiência Grau de
Incapacidade HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Alentejo Central
10419 5185 1762 778 3169 1427 2335 1303 977 540 182 92 1994 1045
Sem grau atribuído
6141 2869 1294 550 2343 1034 1089 539 384 215 51 26 980 505
Inferior a 30% 821 463 117 61 204 91 198 126 97 50 9 6 196 129
De 30 a 59% 1104 591 143 81 289 139 296 176 158 83 15 6 203 106
De 60 a 80% 1362 734 114 51 155 73 451 278 188 107 47 29 407 196
Superior a 80%
991 528 94 35 178 90 301 184 150 85 60 25 208 109
Borba 488 281 90 43 139 83 107 64 46 29 7 4 99 58
Sem grau atribuído
304 168 71 32 99 60 61 36 23 14 1 1 49 25
Inferior a 30% 47 32 4 3 10 5 14 9 1 1 - - 18 14
De 30 a 59% 49 31 9 7 18 9 7 6 7 3 - - 8 6
De 60 a 80% 57 32 4 1 6 4 19 11 8 5 4 2 16 9
Superior a 80%
31 18 2 - 6 5 6 2 7 6 2 1 8 4
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação - 2001 (Resultados Definitivos)
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77
Quadro nº 30 - População residente deficiente, com 15 ou mais anos, segundo tipo de
deficiência e sexo, por condição perante a actividade ZONA
GEOGRÁFICA TOTAL AUDITIVA VISUAL MOTORA MENTAL PARALISIA
CEREBRAL OUTRA
DEFICIÊNCIA Condição Perante a Actividade Económica
HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Alentejo Central
10000 4963 1711 753 3034 1360 2279 1272 914 505 154 79 1908 994
População com Actividade Económica
2535 1586 396 237 1161 646 414 320 92 65 9 6 463 312
População empregada
2346 1499 366 226 1064 611 391 303 83 60 8 5 434 294
População desempregada
189 87 30 11 97 35 23 17 9 5 1 1 29 18
População sem Actividade Económica
7465 3377 1315 516 1873 714 1865 952 822 440 145 73 1445 682
Estudantes 278 152 35 26 167 81 23 12 24 17 7 4 22 12
Domésticos 240 1 74 1 105 - 18 - 9 - 1 - 33 -
Reformados, aposentados ou na reserva
5158 2274 1107 438 1398 558 1296 640 358 165 65 35 934 438
Incapacitados permanentemente para o trabalho
1525 827 65 30 124 50 486 280 386 230 67 32 397 205
Outros 264 123 34 21 79 25 42 20 45 28 5 2 59 27
Borba
473 270 89 43 134 78 107 64 41 25 6 4 96 56
População com Actividade Económica
119 90 19 12 51 36 21 17 7 7 - - 21 18
População empregada
112 86 18 11 48 34 19 17 7 7 - - 20 17
População desempregada
7 4 1 1 3 2 2 - - - - - 1 1
População sem Actividade Económica
354 180 70 31 83 42 86 47 34 18 6 4 75 38
Estudantes 10 7 3 3 5 4 1 - - - - - 1 -
Domésticos 12 - 4 - 4 - 1 - 2 - - - 1 -
Reformados, aposentados ou na reserva
260 131 57 26 66 32 65 39 15 7 4 3 53 24
Incapacitados permanentemente para o trabalho
67 39 6 2 7 5 16 7 16 10 2 1 20 14
Outros 5 3 - - 1 1 3 1 1 1 - - - -
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação - 2001 (Resultados Definitivos)
Através da análise do quadro nº 25 verificamos que, para um total de 473
indivíduos com mais de 15 anos, 270 sofrem de deficiência auditiva e 134 de
deficiência visual. São estes dois grandes grupos os que causam maior
impacto em termos de deficiência.
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Quadro nº 31 – População residente deficiente com 15 ou mais anos, segundo o tipo de
deficiência e sexo, por principal meio de vida
Zona Geográfica Total Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral
Outra deficiência
Principal meio de vida
HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Borba 473 270 89 43 134 78 107 64 41 25 6 4 96 56
Trabalho 107 81 18 12 45 31 18 15 6 6 - - 20 17
Rendimentos da propriedade e da empresa
4 3 1 - 2 2 1 1 - - - - - -
Subsídio de desemprego
5 3 - - 3 2 1 - - - - - 1 1
Subsidio temporário por acidente trabalho ou doença profis.
- - - - - - - - - - - - - -
Outros subsídios temporários
- - - - - - - - - - - - - -
Rendimento mínimo garantido
2 2 - - - - 1 1 1 1 - - - -
Pensão / Reforma 318 166 62 28 73 37 81 47 24 13 5 3 73 38
Apoio Social 7 3 - - - - - - 7 3 - - - -
A cargo da família 30 12 8 3 11 6 5 - 3 2 1 1 2 -
Outra situação - - - - - - - - - - - - - -
Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação - 2001 (Resultados Definitivos)
Através da análise do quadro antecedente, constatamos que o principal meio
de vida da população do concelho de Borba é o trabalho e a pensão de
reforma, contando com 107 e 318 indivíduos respectivamente.
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Quadro 32: Respostas sociais existentes no concelho de Borba
Público-alvo Tipo de serviço Entidade responsável Nº utentes
A.t.l. 71
Borba 35
Rio Moinhos 20
Orada
P.I.C./ Santa Casa Misericórdia Borba
16
Centro Convívio Jovens P.I.C./Santa Casa Misericórdia Borba 55
82
37
Crianças e jovens
Infantário Creche
Jardim-de-infância
Santa Casa Misericórdia Borba
45
Banco Solidariedade Banco roupas
Banco alimentos Banco ajudas técnicas
Banco mobiliário
100 Famílias e indivíduos
Refeitório Social 10 Vagas (capacidade)
Centro Alojamento Temporário Homens
4 Vagas (capacidade)
Gabinete do Voluntário
P.I.C./Santa Casa Misericórdia Borba
Lavandaria Social
Família e Comunidade
Melhoramentos Habitacionais
P.I.C./Câmara Municipal Borba
Centro Dia Rio Moinhos
Santa Casa Misericórdia Borba 17
Centro Dia Borba Santa Casa Misericórdia Borba 35
Centro Convívio Borba
AURPI -
Centro Convívio B.Branco
Sol Branco -
Idosos
Centro Convívio Orada ASSO 7
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CAPÍTULO II ANÁLISE SWOT
A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Theats), que
em português definem Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, é uma
técnica que tem sido muito utilizada em planeamento para conhecimento do
meio em que se pretende planear.
As Forças e as Fraquezas correspondem aos pontos positivos e negativos,
detectados num concelho, e referem-se à situação presente e à realidade
interna do concelho.
As Oportunidades e Ameaças são, normalmente, tendências e, geralmente,
exteriores à realidade do concelho.
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Concelho de Borba
Forças:
• Iniciativa empresarial nomeadamente no ramo das agros – indústrias
• Dinâmica associativa com destaque para a Associação de
Desenvolvimento Montes Claros
• Costumes e tradições locais com interesse antropológico e turístico
• Certames locais tais como as festas em Honra do Senhor Jesus dos
aflitos e a
• Existência de jazidas de mármore
• Solos com aptidão para a produção de vinhos de qualidade
• Património cultural construído (igrejas, capelas, Jardim Municipal…)
• Localização próxima da zona florestal e dos circuitos turísticos da
Serra d’Ossa
• Posicionamento geográfico estratégico – perto de Badajoz, Évora e
Portalegre.
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Fraquezas:
• Insuficiência de resposta da unidade de saúde da população em geral
• Insuficiência na capacidade de resposta a crianças do ensino pré-
primário (instalações insuficientes e degradadas)
• Falta de alargamento ao fim de semana das refeições para os idosos.
• Toxicodependência
• Degradação habitacional – principalmente na freguesia de
S.Bartolomeu
• Acessibilidades dificultadas dentro da vila – congestionamento do
trânsito
• Degradação do património cultural e edificado
• Elevada taxa de desemprego
• Abandono escolar
• Insuficiência de resposta na valência de creche
• Falta de instalações para funcionamento dos cursos do ensino
recorrente
• Número relativamente elevado de toxicodependentes
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83
Matriz e S.Bartolomeu
Forças:
• Uma Iniciativa empresarial nomeadamente no ramo das agro –
indústrias
• Dinâmica associativa com destaque para a Associação de
Desenvolvimento Montes Claros
• Costumes e tradições locais com interesse antropológico e turístico
• Certames locais tais como as festas em Honra do Senhor Jesus dos
aflitos e a
• Existência de jazidas de mármore
• Solos com aptidão para a produção de vinhos de qualidade
• Património cultural construído (igrejas, capelas, Jardim Municipal…)
• Localização próxima da zona florestal e dos circuitos turísticos da
Serra d’Ossa
• Posicionamento geográfico estratégico – perto de Badajoz, Évora e
Portalegre.
Fraquezas:
• Insuficiência de resposta da unidade de saúde da população em geral
• Insuficiência na capacidade de resposta a crianças do ensino pré-
primário (instalações insuficientes e degradadas)
• Falta de alargamento ao fim de semana das refeições para os idosos.
• Toxicodependência
• Degradação habitacional – principalmente na freguesia de
S.Bartolomeu
• Acessibilidades dificultadas dentro da vila – congestionamento do
trânsito
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• Degradação do património cultural e edificado
• Elevada taxa de desemprego
• Abandono escolar
• Insuficiência de resposta na valência de creche
• Falta de instalações para funcionamento dos cursos do ensino
recorrente
Rio de Moinhos
(Por lugar)
SANTIAGO
FORÇAS:
• Iniciativa empresarial nomeadamente no ramo das agro - indústrias
(22 queijarias, 2 adegas, 2 aviários, 1 fábrica de enchidos, 1 padaria)
e indústrias de transformação do mármore
• Instalações de turismo em espaço rural (Turismo de aldeia de S.
Gregório e agro-turismo do Monte Branco)
• Condições para a prática da actividade cinegética (zona de caça
municipal, zona de caça turística e zona de caça associativa)
• Dinâmica associativa com destaque para a Associação de Caçadores
e Pescadores de Rio de Moinhos que promove para além das
actividades relacionadas com actividades desportivas motorizadas –
raid de MotoCross de Rio de Moinhos e actividades de lúdicas e de
entretenimento – garraiada anual anfíbia
• Costumes e tradições locais com interesse antropológico e turístico
• Certames locais tais como a feira do queijo
• Unidades de restauração com dimensão apreciável (2)
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• Existência de jazidas de mármore na freguesia e localização próxima
das principais jazidas existentes no concelho de Borba
• Solos com aptidão para a produção de vinhos de qualidade
• Património cultural construído (igrejas, capelas, padrão de Montes
Claros)
• Localização próxima da zona florestal e dos circuitos turísticos da
Serra d’Ossa
Fraquezas:
• Falta de espaço para convívio dos idosos.
• Falta de resposta nocturna aos idosos que vivem sós.
• Falta de alargamento ao fim-de-semana das refeições para os idosos.
• Insuficiência de resposta da unidade de saúde da população em geral.
• Inexistência de resposta a crianças dos 0 aos 3 anos.
• Insuficiência de resposta da pré-primária.
• Insuficiência de estruturas desportivas.
• Falta de loteamentos para habitação.
• Toxicodependência.
• Degradação habitacional (obras coercivas pela Câmara Municipal).
• Inexistência de soluções para tratamento de esgotos que são lançados
sem tratamento em caudais de água que atravessam a localidade.
• Alcoolismo.
• Mau estado dos caminhos rurais.
• Falta de iluminação nas vias públicas.
• Inexistência de espaço de convívio para jovens e adultos.
• Mau estado dos edifícios escolares.
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86
• Falta de sedes para algumas associações
• Localização periférica
• Inexistência de espaços verdes para convívio e entretenimento
• Inexistência de alguns serviços públicos tais como forças de segurança e
correios
ALDEIA DE NORA E RIBEIRA
• Inexistência de refeitório para as crianças da pré primária e do ensino
básico (dos 3 aos 10 anos).
• Prolongamento do horário da pré-primária para crianças dos 3 aos 6 anos.
• Inexistência de ATL para crianças dos 6 aos 10 anos.
• Inexistência de espaço de convívio para os idosos.
• Inexistência de espaço de convívio para jovens e adultos.
• Falta de iluminação pública.
• Mau estado dos caminhos rurais.
• Violência doméstica.
• Melhoramento do Largo da Ribeira.
• Falta de loteamento para habitação.
• Mau estado dos edifícios escolares.
BARRO BRANCO E TALISCA
• Insuficiência do espaço de convívio para os idosos.
• Inexistência de espaço de convívio para jovens e adultos.
• Inexistência de infra estruturas desportivas.
• Inexistência de soluções para tratamento de esgotos.
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• Falta de iluminação nas vias públicas.
• Mau estado dos caminhos rurais.
• Mau estado do edifício escolar.
• Insuficiência de instalações para arrecadação e inexistência de vedação da
escola local.
ORADA
Forças
• Costumes e tradições locais com interesse turístico – Festival de
Folclore
• Forno Comunitário
• Património Cultural e edificado (Exemplo: Igreja de Nossa Senhora da
Orada)
• Solos com aptidão para a produção de vinhos de qualidade
• Baixo custo na habitação
• Acalmia de uma freguesia rural
• Clima ameno
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Fraquezas
Orada
• Não aproveitamento do refeitório para as crianças do pré-escolar e do
ensino básico (dos 3 aos 10 anos).
• Inexistência de espaço de convívio para jovens e adultos.
• Falta de iluminação pública.
• Mau estado dos caminhos rurais.
• Mau estado dos edifícios escolares.
• Falta de infra-estruturas de saneamento básico
• Falta de Centro de Dia
• Transportes para os idosos
• Falta de resposta nocturna aos idosos que vivem sós.
• Insuficiência de resposta da unidade de saúde da população em geral.
• Degradação habitacional
• Envelhecimento Populacional
Aldeia de Sande e Alcaraviça
• Isolamento na escola primária de Aldeia de Sande
• Falta de iluminação pública.
• Mau estado dos caminhos rurais.
• Mau estado dos edifícios escolares.
• Falta de infra-estruturas de saneamento básico
• Degradação habitacional
• Inexistência de soluções para tratamento de esgotos.
• Envelhecimento populacional
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objectivo fulcral de qualquer diagnóstico é a análise e descrição do abjecto
da diagnose, vislumbrando, quer os seus pontos fortes, quer os seus pontos
fracos.
No presente documento procurou-se, de forma isenta e idónea, proceder à
descrição do concelho de Borba, apontando as áreas mais problemáticas
(eixos de intervenção como lhes chamámos logo no início) através da
caracterização/identificação dos problemas e necessidades existentes.
Apontámos ainda as potencialidades existentes numa perspectiva de poder
contar com elas no combate aos problemas diagnosticados.
Através de reuniões parcelares, pesquisas estatísticas e bibliográficas e uma
postura reflexiva, foi possível criar uma análise SWOT onde registámos os
pontos fortes e os pontos fracos do concelho.
Em suma, pretendemos, através da elaboração do Diagnóstico Social do
concelho, ajudar a transformar Borba num concelho cada vez mais solidário,
desenvolvido e competitivo. Só assim poderemos combater as situações de
pobreza e de exclusão social que, cada vez mais, vão surgindo concelho a
concelho, região a região.
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
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BIBLIOGRAFIA
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História), 3ª edição, Câmara Municipal de Borba
Bernardi, Bernardo (1988), Introdução aos Estudos Etno-Antropológicos,
Edições 70, Lisboa
Martins , Rita (1999), Levantamento das Carências dos Municípios
Constituintes da Associação de Municípios do Distrito de Évora,
Universidade de Évora
Nazareth , J.Manuel (1988), Princípios e Métodos de Análise da Demografia
Portuguesa, 1ª edição, Editorial Presença Lda., Lisboa
Santos , Edmundo (1993): O Fenómeno Cooperativo – Reflexões Teóricas e
Estudo da Realidade Cooperativa no Concelho de Borba, Universidade de
Évora, Évora
Silva, Augusto e Pinto , José Madureira (1986), Metodologia das Ciências
Sociais, 8ª edição, Edições Afrontamento, Porto
I.N.E., Inventário Municipal da Região Alentejo (1998), Évora
IEFP, Folha Informativa Anual 1997 (1999), Observatório do Emprego e
Formação Profissional, Gabinete de Comunicação, Lisboa
MTS, Séries Estatísticas 1990-1998 da Segurança Social, Instituto de
Informática e Estatística da Solidariedade, 2ª edição
DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE BORBA (ACTUALIZAÇÃO)
CÂMARA MUNICIPAL DE BORBA PROGRAMA REDE SOCIAL
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MTS, Séries Estatísticas 1990-1998 da Segurança Social, Instituto de
Informática e Estatística da Solidariedade, Lisboa
MTS, Boletim Estatístico Emprego, Formação, Trabalho (2000),
Departamento de Estudos, Prospectiva e Planeamento, Lisboa
Ministério do Equipamento, do Planeamento e da Administração do
Território, Ciclo de Encontros Portugal 2000-2006 – Debates e
Documentação (1999), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional
INE, Anuário Estatístico da Região Alentejo 1997 (1998), Évora
www.ine.pt
www.cm-borba.pt