diagnÓstico dos recursos naturais do pÓlo agroflorestal hÉlio pimenta, no municÍpio de rio...
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Prefeitra Mnicipal de Rio Branco-AcrePrefeito Raimundo Angelim Vasconcelos
Vice-Prefeito Eduardo Farias
Secretaria Exectiva do Programa deZoneamento Econmico, Ambiental, Social e
Cltral de Rio Branco-AC - ZEAS
Secretrio Mnicipal de Governo - SEGOV
Jos Fernandes do Rgo
Secretrio Mnicipal de Meio AmbienteSEMEIA
Arthur Czar Pinheiro Leite
Secretrio Mnicipal de Agricltra e FlorestaSAFRA
Mrio Jorge da Silva Fadell
Diretor da Fndao Garibaldi Brasil - FGB
Marcos Vincius Simplcio das NevesSecretria Mnicipal de Planejamento
SEPLANAntnia Francisca de Oliveira
Secretrio de Estado de Meio Ambiente eRecrsos Natrais - SEMA
Eufran Ferreira do Amaral
Cefe Geral do Centro de Pesqisa Agroflo-restal do Acre - Embrapa Acre
Judson Ferreira Valentim
Grpo de Trabalo GT
Coordenadora Geral do Programa ZEASNdia W. Valentim PereiraBiloga M.Sc. Manejo Ambiental
Eixo Recrsos NatraisLcio Flvio Zancanela do CarmoGegrafo M.Sc. Solos
Marconde Maia FerreiraBilogo M.Sc. Ecologia
Raimundo Nonato de Souza MoraesEngenheiro Agrnomo M.Sc. Fitotecnia
Sonaira Souza da SilvaEngenheira Agrnoma
Neide Daiana Soares de BritoBiloga
Eixo Cltral-polticoWladimyr Sena de Arajo
Antroplogo M.Sc. Antropologia Social
Eixo Scio-econmicoRaimundo Cludio Gomes MacielEconomista Dr. Economia Aplicada
Tcnica AdministrativaNeuza Teresinha BoufleuerBiloga M.Sc. Ecologia
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DIAGNSTICO DOS RECuRSOS NATuRAIS DO PLO AGROFLORESTALhLIO PIMENTA, NO MuNICPIO DE RIO BRANCO-AC.
Marconde Maia FerreiraLcio Flvio Zancanela do Carmo
Raimundo Nonato de Souza Moraes
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Ferreira, Marconde Maia
Diagnstico dos recursos naturais do Plo Agroorestal Hlio Pimenta, no Municpio de RioBranco-AC. / Marconde Maia Ferreira, Lcio Flvio Zancanela do Carmo, Raimundo Nonato deSouza Moraes ._ Rio Branco: PMRB, 2008. (Boletim de Pesquisa, 009).
58p.: il.
Programa de Zoneamento Econmico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco-AC, ZEAS.
1. Recursos naturais Aspectos ambientais Rio Branco (AC) 2. Desenvolvimento susten-tvel Rio Branco (AC). 3. Solo Uso. 4. gua Qualidade. I. Ttulo. II. Srie. III. Carmo, LcioFlvio Zancanela. IV. Moraes, Raimundo Nonato de Souza.
CDD.21ed. 333.7298112
Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao (CIP)
Bibliotecria responsvel: Vivyanne Ribeiro das Mercs CRB-11/600
Exemplares desta publicao podem ser obtidos no:Programa ZEAS
Rua Coronel Alexandrino, 301 Bosque
Rio Branco AC CEP: 69909-730Telefones: +55 (68) 3211-2200/[email protected]
Tiragem: 250 exemplares
Revisor tcnico:Judson Ferreira ValentimEMBRAPA ACRE
Joo Luiz Lani-NEPUT-UFV
Correo ortogrfica e gramatical:
Ana Maria Alves de OliveiraDesigner e diagramao:
Thiago Nicheli e Gilberto Lobo
Fotos:GT/ZEAS e Dhrcules Pinheiro
Gerao de mapas:Lcio Flvio Zancanela do Carmo-GT Programa ZEAS
Sonaira Souza da Silva-GT Programa ZEAS
Kamilla Andrade de Oliveira-Bolsista SEMA-Programa ZEAS1 edio
1 impresso, 2008.
Todos os direitos reservados.A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em
parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610)
Instities colaboradorasGovernamentaisSecretaria Municipal de Meio Ambiente-SEMEIASecretaria Municipal de Agricultura e FlorestaSAFRAServio de gua e Esgoto de Rio BrancoSAERBCentro de Pesquisa Agroflorestal do AcreEMBRAPA/ACUnidade de Tecnologia de AlimentosUTALNcleo de Estudo de Planejamento e Uso da TerraNEPUT-UFVSecretaria de Estado de Meio AmbienteSEMA
Universidade Federal do AcreUFACUniversidade Federal de Viosa-UFV
No GovernamentaisEngenharia e Tecnologia da InformaoVECTRAUnio Educacional do NorteUNINORTE
Apoio FinanceiroEngenharia e Tecnologia da InformaoVECTRA
Execo
Prefeitura Municipal de Rio Branco-PMRB
Programa de Zoneamento Econmico, Ambiental, Sociale Cltral de Rio Branco-AC (ZEAS).
Boletim Tcnico, n. 009
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COLABORADORES
Joo Luiz Lani-NEPUT-UFV
Eufran Ferreira do Amaral-SEMACeclia Flix Andrade-UFV
Antonio Willian Flores de Melo-SEMA
Nilson Gomes Bardales-EMBRAPA ACRE
Emanuel Ferreira do Amaral-VECTRA
Henrique de Oliveira (in memria)-UFV
Victoram Costa-Engenheiro Agrnomo-Estagirio VECTRA
Nelson Avelar-Estagirio do curso de
Agrimensura-UFV
Josino Ferreira do Nascimento-Estagirio do
curso de Gesto Ambiental-UNINORTE
AUTORES
Marconde Maia Ferreira
Bilogo, M.Sc. em Ecologia e Manejo de
Recursos NaturaisTcnico do Programa ZEAS-PMRB
Lcio Flvio Zancanela do Carmo
Gegrafo, M.Sc. em Solos e Nutrio de Plantas
Tcnico do Programa [email protected]
Raimundo Nonato de Souza Moraes
Engenheiro Agrnomo, M.Sc. em Fitotecnia
Tcnico do Programa ZEAS-PMRB
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Ramal de acesso ao plo.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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SUMRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
RESUMOABSTRACT
INTRODUO....................................................................................................
MATERIAL E MTODOS......................................................................................
RESULTADOS....................................................................................................
REA DE ESTUDO..............................................................................................
RELEVO............................................................................................................SOLOS.............................................................................................................
HIDROGRAFIA...................................................................................................
Qualidade das guas........................................................................................
USO E COBERTURA DO SOLO.............................................................................
Uso e Cobertura do Solo em reas de Preservao Permanente (APPs)....................
CONCLUSES...................................................................................................
REFERNCIAS...................................................................................................
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4
4.1
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5.1
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Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Fluxograma esquemtico das fases metodol-gicas do Diagnstico dos Recursos Naturais doPlo Agroorestal Hlio Pimenta, no municpiode Rio Branco-AC.............................................
Localizao do Plo Agroorestal Hlio Pimenta,no municpio de Rio Branco-AC........................
Modelo Digital de Elevao do Plo Agroores-tal Hlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-
AC.....................................................................
Distribuio das classes de solos no Plo Agro-orestal Hlio Pimenta, no municpio de RioBranco-AC.........................................................
Solos do Plo Agroorestal Hlio Pimenta, nomunicpio de Rio Branco-AC.............................
Sub-bacia dos igaraps Mucambo e Consultacom indicao do permetro do Plo Agroores-tal Hlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC.....................................................................
Cobertura orestal remanescente (2004) na ba-cia dos igaraps Mucambo e Consulta com in-
dicao do polgono do Plo Agroorestal HlioPimenta, no municpio de Rio Branco-AC.........
rea de nascente vertente com APP bem pre-servada no lote 31 do Plo Agroorestal HlioPimenta, no municpio de Rio Branco-AC.........
Desmatamento em APP e represamento com
barragem do curso dgua no Plo Agroores-tal Hlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC.....................................................................
LISTA DE FIGURAS
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Figura 10
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Poo (esquerda) e vertente (direita) utilizadospara captao de gua no Plo AgroorestalHlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC.........................................................................
Localizao dos pontos de amostragem de guano Plo Agroorestal Hlio Pimenta, no munic-pio de Rio Branco-AC...........................................
Uso e Cobertura do Solo do Plo AgroorestalHlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC..
Uso e Cobertura do Solo nas reas de Preser-
vao Permanente (APPs) do Plo AgroorestalHlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC..
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Quadro 2
Quadro 3
Quadro 4
Quadro 5
Classes de declividade do Plo AgroorestalHlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC......................................................................
Unidades de mapeamento, componentes e reados solos do Plo Hlio Pimenta, no municpiode Rio Branco-AC..............................................
Localizao e descrio dos pontos de coleta degua no Plo Agroorestal Hlio Pimenta, no mu-nicpio de Rio Branco-AC...................................
Mdias dos resultados das anlises fsico-qumi-cas e microbiolgicas e Valores Mximos Permi-tidos (VMP) denidos pela Portaria n. 518/2004do Ministrio da Sade.........................................
Mdias dos resultados das anlises fsico-qumi-
cas e microbiolgicas e Valores Mximos Permi-tidos (VMP) de acordo com CONAMA conformeas Resolues n. 274/2000 e n. 357/2005..........
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Quadro 6
Quadro 7
Quadro 8
Classicao e uso das guas de acordo comCONAMA conforme a Resoluo n. 357/2005(Adaptado)............................................................
Distribuio do Uso e Cobertura do Solo do Plo
Agroorestal Hlio Pimenta, no municpio de RioBranco-AC.............................................................
Uso e Cobertura do Solo nas reas de Preserva-o Permanente (APPs) do Plo Hlio Pimenta,no municpio de Rio Branco-AC............................
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Tipo de uso e cobertura (aude,vegetao rasteira e agricultura).Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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DIAGNSTICO DOS RECURSOS NATURAIS DO PLOAGROFLORESTAL HLIO PIMENTA, NO MUNICPIO DE
RIO BRANCO-AC.
Marconde Maia FerreiraLcio Flvio Zancanela do CarmoRaimundo Nonato de Souza Moraes
RESUMO: Este diagnstico faz parte dos estudos que darosuporte elaborao do Plano de Desenvolvimento RuralSustentvel do Plo Agroorestal Hlio Pimenta e do prprio
municpio de Rio Branco. As etapas metodolgicas para esteestudo foram pautadas na participao dos produtores destePlo e subdivididas em cinco fases operacionais: (i) fasepreparatria, na qual foram levantados e sistematizados dadossecundrios; (ii) fase de compatibilizao, com a construo eajustes da base cartogrca; (iii) fase de obteno de aerofotos,por meio de aerofotogrametria vertical colorida; (iv) fase decampo, com coletas e anlises das amostras de solo e gua; (v)fase de geoprocessamento, com a anlise e espacializao dosdados por geoprocessamento, como: confeco dos mosaicossemi-controlados, modelagem do terreno, entre outros. Osresultados mostram uma variao altimtrica de 12 m, indo de183 m, na poro centro-oeste, a 214 m de altitude na poronordeste deste Plo. Quanto ao tipo de solo, a principal classe o Argissolo Vermelho-Amarelo com 72% da rea. Este Plo est
inserido na sub-bacia do igarap Mucambo que se encontra com57% de sua rea desmatada, sendo que a rede de drenagem quase inexistente. muito comum neste Plo a construode barragens audes na drenagem natural que so utilizadospelos moradores para o abastecimento de gua. Estas guasapresentaram sinais de contaminao por coliformes fecaisestando, assim, fora dos padres de potabilidade previstos na
legislao, mas os resultados para balneabilidade mostraram-seexcelentes. Quanto aos resultados de uso e cobertura do solodeste Plo, constatou-se que 62,7% da rea esto ocupadospor Pastagens e Solo exposto, sendo que nas reas de
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Preservao Permanente a situao ainda mais grave, com82,07% destas reas ocupados com Pastagens, Solo expostoe Vegetao rasteira. Assim, conclui-se que, embora tenha sidocriado h mais de dez anos, este Plo ainda possui passivosambientais signicativos o que constitui um desao na busca deconciliar sustentabilidade econmica e social das famlias coma conservao dos recursos naturais.
Termos para indexao: cobertura do solo, uso do solo, solos,qualidade da gua.
Aude para criao de peixe eirrigao agrcola.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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DIAGNOSIS OF THE NATURAL RESOURCES ON THEHLIO PIMENTA AGROFORESTRY SETTLEMENT IN RIO
BRANCO-AC
ABSTRACT: This diagnosis is part of the studies that will supportthe Sustainable Rural Development Plans of the Helio PimentaAgroforestry Settlement and of the county of Rio Branco. Themethodological phases for this study were based on farmerparticipation and were divided as follows: (i) preparatoryphase where secondary data were gathered and organized;(ii) systematization phase where the cartographic base wasconstructed and adjusted; (iii) taking aerial photos throughvertical aerial color photography; (iv) eld work consisting ofcollection and analysis of soil and water samples; and (v) spatialanalysis of data through geographic processing of informationallowing the generation of semi-controlled mosaics and landmodeling, among other products. The results show that there isa variation in altitude of 12 m, ranging from 183 m in the MiddleEast region to 214 m in the Northeast region of this settlement.
Regarding the soil type, the main class is the Red Yellow Podzol(Ultisol) occupying 72% of its total area. This settlement is partof the Mucambo river watershed which has 57% of its total areaalready deforested and the drainage network is almost inexistent.Construction of dams along the riverbed is a very commonpractice in this settlement with the purpose of supplying water forhuman and animal consumption. These water sources present
signals of contamination by fecal chloroforms and therefore, donot meet the legal standards established in the legislation forpotability. However, the results for balneability were excellent.Regarding land cover and land use, the results show that62,7% do the area is occupied by pastures and bare ground.The situation in the Permanent Preservation Areas is still morealarming, with 82,07% of the area occupied with pastures, bare
ground and low and sparse vegetation. Although this settlementhas been established more than ten years ago, it still has severeenvironmental problems which represent a challenge for theobjective of reconciling economic and social sustainability of the
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families with the conservation of the natural resources.
Index terms: land cover, land use, soils, water quality.
Cultivo de pupunha.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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INTRODUO
O Zoneamento Econmico, Ambiental, Social e Culturalde Rio Branco (ZEAS) foi institudo por meio do Decreto n. 1.076,
de 10 de maro de 2006. Este programa tem como objetivo
contribuir para o planejamento e reorientao das polticas
pblicas, dando suporte gesto territorial e subsidiando a
tomada de decises do setor privado e da sociedade em geral,
visando promover o desenvolvimento sustentvel e eqitativodo Municpio (RIO BRANCO, 2006).
O ZEAS contempla os eixos temticos de recursos
naturais, scio-econmico e cultural-poltico. Entre as atividades
previstas no segundo, destaca-se a realizao do diagnstico
scio-econmico da produo rural de Rio Branco, em particular,
nas reas prioritrias da produo familiar, notadamente, nosPlos Agroorestais, na regio do seringal So Francisco
do Espalha, nas Bacias do Riozinho do Rola e Igarap So
Francisco.
No Acre, algumas alternativas em agrooresta vm dando
resultados positivos em reas com sistemas semelhantes ao do
Projeto Reca (Projeto Reorestamento Econmico Consorciado
e Adensado) e alguns sistemas dentro das Reservas Extrativistas.
Em 1998 e 1999, o Governo Federal, pelo Programa de
Execuo Descentralizada (PED), implantou os Sistemas
Agroorestais (SAFs) nos municpios de Rio Branco, Xapuri,
Senador Guiomard e Acrelndia. Os SAFs foram implantados
em reas de capoeira abandonada, de forma a reintegrar
essas reas ao processo produtivo, conciliando aspectos da
preservao do meio ambiente e dos recursos naturais com a
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gerao de benefcios scio-econmicos para a populao rural
e para o estado do Acre.
Outra iniciativa, dessa vez em nvel de municpios,
foram os Plos Agroorestais implantados pela Prefeitura de
Rio Branco, que j retirou da periferia da cidade mais de 300
famlias, que hoje esto em suas propriedades explorando
sistemas agroorestais e cultivos olercolas.
Os Plos Agroorestais tm como objetivo proporcionar
a inverso do processo de xodo rural, buscando manter as
famlias nas reas de assentamento, favorecendo a gerao de
emprego e renda. Os Plos visam, ainda, a substituio do atual
modelo de desenvolvimento, assegurando s geraes futuras
a sustentabilidade e uma melhor qualidade de vida. A utilizao
diversicada de culturas como frutferas, olercolas, leguminosas
(adubao verde), essncias orestais, culturas temporrias e
criao de pequenos animais, aumenta a sustentabilidade doambiente e, em regra geral, reduz os impactos negativos dos
sistemas produtivos. Essa diversicao de culturas garante
produo durante o ano todo, diminuindo os riscos de perda
do produtor, alm de permitir uma melhor distribuio de mo-
de-obra ao longo do ano, em razo das diferentes culturas e
necessidades de manejo.Este trabalho apresenta os resultados do Diagnstico
dos Recursos Naturais do Plo Agroorestal Hlio Pimenta,
como parte dos estudos que daro suporte para a elaborao
do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentvel do Municpio
de Rio Branco.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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MATERIAL E MTODOS
Os mtodos de estudo foram estruturados de forma a
permitir a participao da comunidade em todas as etapas dotrabalho e a capacitao de parte da equipe tcnica da Prefeitura
Municipal de Rio Branco. Os procedimentos metodolgicos
foram padronizados para serem aplicados em todos os Plos
municipais e divididos em cinco fases complementares e
interconectadas (Figura 1).
Tipo de uso e cobertura (pastagem,aude e conjunto de rvores).Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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Figura
1.
Fluxogramaesquem
tico
das
fasesme
tod
olg
icas
do
Diagn
st
ico
dos
Recursos
Na
tura
isdo
Plo
Agro
ores
talHlio
Pimen
ta,
nomun
icpiod
eRioBranco-A
C
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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FASE 1 Fase preparatria
Inicialmente, foi realizado o levantamento de dados
secundrios, com a coleta de informaes pr-existentes sobre
o Plo, incluindo o projeto de criao, diagnsticos realizados,
bases cartogrcas, mapas, tabelas snteses e outras. Todas
estas informaes foram sistematizadas e depuradas formando
um banco de dados secundrios contendo informaes
espacializadas para algumas temticas.
FASE 2 Fase de compatibilizao
Nesta fase, a principal ao foi a construo e ajuste
da base cartogrca. Inicialmente, o mapa planialtimtrico
do Plo foi escaneado e digitalizado, extraindo-se as
informaes sobre permetro, lotes, ramais, curvas de nvel e
hidrograa, georreferenciando, em seguida, estas temticas.
Esses cartogramas foram ajustados em termos de projeocartogrca, utilizando coordenadas UTM nas projees SAD
1969 e zona 19S e na escala de 1:10.000. Aps os ajustes
da base cartogrca, iniciou-se a elaborao de anlises por
geoprocessamento, a preparao para obteno das aerofotos
e a preparao das atividades de campo.
FASE 3 Fase de obteno de aerofotos
Para esta fase ser realizada foi confeccionado o plano
de vo considerando o permetro do Plo e seus entornos. A
cobertura aerofotogrca vertical colorida foi executada pela
aeronave JCD-PT da Universidade Federal de Viosa, nos
meses de julho e agosto de 2006, numa escala de 1:10.000.As fotograas foram obtidas no formato 22 x 22 cm, com
recobrimento longitudinal de 60% e lateral de 40%.
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ZEAS21
FASE 4 Fase de campo
A fotointerpretao preliminar das fotograas areas
foi realizada na escala 1:10.000, delineando-se os padres
pedosiogrcos, levando-se em considerao a uniformidade
do relevo, a geologia, a vegetao e os tipos de drenagem.
O trabalho de campo constou do mapeamento dos solos,
atravs de progresso em ramais, caminhos e picadas, por meio
de sondagem com trado holands. Durante as observaes no
campo, foram registradas as caractersticas morfolgicas dos
pers examinados, coletadas amostras de solos necessrias a
sua classicao, aps anlise em laboratrio, e a descrio
relativa ao meio ambiente. A descrio e coleta de amostras de
pers representativos das classes de solos foram realizadas em
trincheiras abertas em locais previamente selecionados.
A descrio detalhada das caractersticas morfolgicas,a nomenclatura de horizontes e a coleta de amostras de solos
foram baseadas nas normas e denies adotadas pela Embrapa
(EMBRAPA, 1995; LEMOS e SANTOS, 1996). As cores das
amostras de solos foram determinadas atravs de comparao
com a Munsell Soil Color Chart(MUNSELL COLOR COMPANY,
2000). Os solos foram classicados segundo os critrios edenies contidos no Sistema Brasileiro de Classicao de
Solos (EMBRAPA, 1999, 2006).
Aps a anlise dos resultados, procederam-se alteraes
e revises da legenda preliminar e elaborao da legenda nal
de identicao dos solos, acertos nais no mapeamento,
reviso das descries e interpretao dos resultados analticosdos pers, redao e organizao do relatrio nal, assim como
a confeco do mapa de solos na escala de 1:10.000.
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Nas expedies a campo tambm foram coletados pontos,
com GPS topogrco, de uso e cobertura da terra visando
calibrar a interpretao das fotograas areas para elaborao
dos mapas de uso e cobertura. O GPS topogrco tambm foi
utilizado na obteno de pontos altimtricos do terreno para
subsidiar a elaborao dos modelos topogrcos dos terrenos
dos Plos.
Ainda foram levantadas as iniciativas promissoras de
uso da terra utilizadas pelos agricultores locais. Estes sistemas
foram caracterizados e georreferenciados.
A duas coletas das amostras de gua foram realizadas
entre julho e setembro de 2007. As amostras para anlises
fsico-qumicas foram armazenadas em frascos de polipropileno
(600 ml) e as amostras para anlises bacteriolgicas foram
coletadas e armazenadas em bolsas plsticas esterilizadas
(500 ml). Todas as amostras foram identicadas com pincel deretroprojetor, refrigeradas e transportadas em caixas trmicas
de isopor, de acordo com o Guia de Coleta e Preservao de
Amostras de gua da CETESB (CETESB, 1998).
As anlises fsico-qumicas e bacteriolgicas foram
realizadas nos laboratrios da Unio Educacional do Norte
(UNINORTE), Universidade Federal do Acre (UFAC),especicamente na Unidade de Tecnologia de Alimentos (UTAL),
e no Sistema de Abastecimento de gua e Esgoto de Rio Branco
(SAERB), especicamente nas Estaes de Tratamento de
gua I e II (ETA-I e II).
Foram utilizados procedimentos amostrais e analticos
padronizados por mtodos de uso corrente, os quais estodescritos sucintamente a seguir:
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ZEAS23
ZEAS23
Cor aparente determinada no laboratrio do SAERB, por
mtodo eletromtrico com aparelho Hach Company DR/890
Colorimeter, variao de 0-550 UH (Pt-Co mg/l), exatido
fotomtrica de 0,005A, 1.0 Abs. nominal.
Turbidez determinada no laboratrio do SAERB, por mtodo
eletromtrico com aparelho Hach Company 2100P Portable
turbidimeter, variao de 0-1000 NTU, variabilidade de leitura
de 0,05 (5%).
pH - determinado no laboratrio da UTAL, com auxlio de um
phmetro digital com chip microprocessador marca LSI.
Condutividade eltrica - determinada no laboratrio da
UTAL, com um condutivmetro digital com microprocessador,
medida em trs escalas e temperatura operacional 0 a 50C no
instrumento marca Insprutherm, modelo CDR 870.
Coliformes Fecais - as amostras foram analisadas nos
laboratrios da UTAL e da UNINORTE, de acordo com omtodo de tubos mltiplos, fundamentado no Standard Methods
(APHA,1995).
Como neste Plo foi realizada uma coleta tambm em um
corpo dgua supercial (Estao 2), as anlises da qualidade
da gua tambm foram baseadas no que estabelece o CONAMA
conforme as Resolues n. 274/2000 (BRASIL, 2001) que deneos critrios de balneabilidade em guas brasileiras e n. 357/2005
(BRASIL, 2005) que dispe sobre a classicao dos corpos de
gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condies e padres de lanamento de
euentes.
A balneabilidade (recreao de contato primrio) denidapela Resoluo n. 274/2000, foi avaliada com base na mdia dos
resultados de Coliformes Fecais e a classicao deste corpo
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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dgua foi realizada com base nos parmetros Cor, Turbidez, pH
e Coliformes Fecais, em consonncia com os limites de cada
classe estabelecidos pela Resoluo n. 357/2005.
FASE 5 Fase de geoprocessamento
Esta fase envolveu o uso de produtos de sensores remotos,
uma infra-estrutura fsica adequada e pessoal capacitado.
Cinco subfases destacaram-se dentro dos procedimentos
metodolgicos de anlise por geoprocessamento:
Confeco dos mosaicos semi-controlados
Os mosaicos digital semi-controlados foram
confeccionados utilizando o softwarePanaVue Visual Stitcher
Version 2.0. A correo geomtrica foi realizada em softwares
especcos e para a montagem do layoutfoi utilizado software
ArcGIS 9.2.
Anlise de uso e cobertura do solo
Aps a confeco do mosaico procedeu-se a classicao
das imagens (aerofotos de pequeno formato) que o processo de
extrao de informaes de imagens para reconhecer padres e
objetos homogneos, visando o mapeamento de reas e objetosda superfcie terrestre. Levando-se em considerao a qualidade
das aerofotos e os objetivos do estudo, foram estraticadas at
13 categorias de uso e cobertura do solo: Floresta, Capoeira,
Conjunto de rvores, Pastagem, Pastagem Velha, Agricultura,
Vegetao Rasteira, rea Queimada, Solo Exposto, Audes,
Igaraps, Edicaes e Ramais.A delimitao das categorias nas aerofotos foi feita por
meio digital, por meio de vetorizao em tela de polgonos
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irregulares, pelo modo de edio do ArcMap, mdulo do
aplicativo de geoprocessamentoArcGIS 9.2.
Uso e cobertura do solo em reas de Preservao
Permanente (APPs)Para este item foram gerados dados qualitativos,
quantitativos e espaciais sobre os tipos e formas de uso e
cobertura do solo nas reas de Preservao Permanente do
Projeto de Desenvolvimento Sustentvel Nova Bonal.
Inicialmente, realizou-se o cruzamento de dois mapas, o
de APP com o de Uso e Cobertura do Solo para o assentamento.Desta forma, foi elaborado um mapa com o Uso e Cobertura
do Solo nas APPs dos igaraps e audes do assentamento,
com faixa lindeira, de acordo com as diretrizes estabelecidas
pelo CONAMA conforme Resoluo n. 303/2002, que dispe
sobre parmetros, denies e limites de reas de Preservao
Permanente (BRASIL, 2002).
A quanticao dos tipos e formas de Uso e Cobertura
do Solo nas APPs foram obtidas atravs do mdulo de extenso
Xtool Pro do ArcGIS 9.2, gerando, assim, informaes em
hectare e porcentagem, tanto para as reas ao longo dos
igaraps como para as faixas ao redor dos audes.
Modelagem do terreno
Atravs da compilao de dados secundrios sobre as
caractersticas planialtimtricas do Plo em estudo e de uma
malha de pontos altimtricos obtidos nos levantamentos de
campo com um GPS Topogrco, gerou-se um Modelo Digitalde Elevao (MDE), o qual apresenta a variao altimtrica
do terreno. O MDE foi elaborado em ambiente de Sistemas
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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de Informao Geogrca (SIG), utilizando o software ArcGIS,
verso 9.2 no mdulo de operaesArcMap, para a realizao
da qualicao, quanticao e espacializao das informaes
topogrcas do Plo em estudo.
Mapeamento de solos
Para a delimitao das classes de solo, foram realizadas
expedies de campo com vistoria da rea e um estudo prvio
dos padres fotogrcos e interpretao preliminar das relaes
solo-paisagem, com o objetivo de detectar diferentes aspectos
siogrcos. A primeira verso do mapa de solo foi digitalizada
e sobreposta ao Modelo Digital de Elevao (MDE) e aos
pontos de coleta de pers e amostras extras para a denio
das unidades de mapeamento e quanticao de reas de cada
classe de solo. Esse modelo foi elaborado atravs de curvas
de nvel com eqidistncia de 1m, apresentando detalhadarepresentao do relevo.
Mesmo com pouca representatividade, as variaes
altimtricas e altura do lenol fretico foram os principais fatores
que inuenciaram na diferenciao e distribuio das classes
de solos no Plo em estudo.
Espacializao da qualidade das guas
A espacializao dos dados de qualidade das guas
do Plo Agroorestal Hlio Pimenta foi realizada a partir de
georreferenciamento dos pontos amostrais. Em seguida, em
ambiente SIG, foi gerado um arquivo vetor (shapefle) destes
pontos. A partir do shapefle, gerou-se um banco de dadosgeogrcos com os dados de qualidade das guas dos diversos
parmetros para cada ponto de amostragem.
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RESULTADOS
1 REA DE ESTUDO
O Plo Agroorestal Hlio Pimenta possui uma rea
registrada de 131ha, com aproximadamente 37 famlias, tendo
em mdia 3,5 ha por lote.
Este Plo dispe de uma localizao privilegiada, poisest situado a nordeste do municpio de Rio Branco, entre os
ncleos urbanos de Rio Branco e Porto Acre, nas margens
da estrada AC 010 (Figura 2). A localizao estratgica deste
Plo mostra-se como uma varivel positiva na efetivao das
relaes comerciais ou no, com os ncleos urbanos destes
dois municpios. Seus limites compreendem as coordenadas1
8884951 e 8887234 de latitude Sul e 630944 e 629519 de
longitude Oeste.
1As coordenadas indicadas so mtricas Universal Transversa de Merca-tor (UTM). Indicadas para reas pequenas como os Plos Agroorestais,pois este tipo de coordenadas conserva os ngulos da gura em relao
realidade do terreno.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Figura 2. Localizao do Plo Agroorestal Hlio Pimenta, no munic-pio de Rio Branco-AC.
As estradas que do acesso ao Plo Agroorestal Hlio
Pimenta so asfaltadas e as internas, de terra, encontram-se
em bom estado de conservao.
Ressalte-se que nos arredores deste Plo, tanto em
relao ao municpio de Rio Branco como a Porto Acre, predomina
a atividade agropecuria, com nfase na pecuria extensiva.Vale ressaltar ainda que no h Unidades de Conservao na
rea onde se localiza este Plo.
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2 RELEVO
De acordo com os dados gerados no Modelo Digital de
Elevao (MDE), o Plo Agroorestal Hlio Pimenta apresentavariao altimtrica de 31 m, indo de 183 m, na sua poro cen-
tro-leste, a 214 m de altitude na sua poro nordeste (Figura 3).
Relovo plano a suave ondulado.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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Figura3.ModeloDigitalde
ElevaodoPloAg
roforestalHlioPime
nta,nomunicpiode
Rio
Branco-AC.
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Por intermdio do Modelo Digital de Elevao (MDE)
e com o emprego de anlise por geoprocessamento,
obteve-se a estraticao das classes de declividade
deste Plo, o que representa importante informao no
planejamento do uso equilibrado deste espao.
Em funo da escala de trabalho (1:10.000) e do
grau de dissecao do terreno do Plo Agroorestal Hlio
Pimenta a declividade foi separada em trs unidades
simples e duas associaes (Quadro 1).
Relevo ondulado.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Relevo
Classes de
declividade (%) rea (ha) rea (%)
Plano 0-3 30,60 25,5Plano a suave
ondulado0-8 52,40 43,7
Suave ondulado 3-8 31,20 26,4
Suave ondulado a
ondulado3-20 5,10 4,3
Forte ondulado >20 0,12 0,1
Total 119,42 100
A classe de declividade de maior ocorrncia no Plo
Agroorestal Hlio Pimenta foi a constituda de Plano a suave
ondulado (0 a 8% de declividade), que ocupa 43,7% da rea,
seguida do relevo Suave ondulado (3 a 8% de declividade),
representando 26,4% da rea e, do Plano (0 a 3% de declividade)
que ocupa 25,5% da rea do Plo. Vale ressaltar que, apesar
da rea do Plo apresentar a classe de declividade Forte
ondulado (> 20% de declividade), em termos de porcentagem
praticamente nula (Quadro 1).
As classes de maior declividade (acima de 8%),representando 4,4% da rea, devem ser consideradas e,
sempre que possvel, mantidas com usos de menor potencial
degradao dos solos, nas aes referentes ocupao e
produo neste Plo.
Outro fator a ser considerado em relao ao uso e
ocupao do solo e aos sistemas produtivos neste Plo a
variao altimtrica do terreno, mesmo que pequena, pois as
reas mais elevadas iro apresentar potenciais e fragilidades
Quadro 1. Classes de declividade do Plo Agroorestal Hlio Pimen-ta, no municpio de Rio Branco-AC.
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naturais diferentes das reas mais baixas.
A varivel Relevo fundamental no processo de
ordenamento territorial e na construo e consolidao do
Plano de Desenvolvimento Sustentvel do Plo Agroorestal
Hlio Pimenta.
3 SOLOS
Considerando apenas o primeiro
componente da unidade de mapeamento,a distribuio das classes de solos,
representada na Figura 4, demonstra que
a maior parte da rea (72%) constituda
de Argissolos Vermelho-Amarelos. So
solos que possuem como caracterstica
principal o expressivo gradiente de argilado horizonte supercial (A) para o horizonte
subsupercial (B) e so mais profundos
que os Argissolos Amarelos. A segunda
classe mais abundante de solos neste Plo,
representada por 19% do territrio, a dos
Plintossolos Argilvicos que so solos rasoscom gradiente textural entre o horizonte
A e B associado ocorrncia de plintita a
profundidades menores que 40 cm. A classe
de solo menos abundante em relao
ao primeiro componente da unidade de
mapeamento foi a dos Argissolos Vermelhos,
representando 9% da rea total do Plo. Perfil de Argissolo Vermelho-Amarelo.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Figura 4. Distribuio das classes de solos no Plo Agroorestal HlioPimenta, no municpio de Rio Branco-AC.
A variabilidade dos solos, de forma completa, encontra-
se no Quadro 2 e na Figura 5, onde esto detalhadas 7 unidades
de mapeamento.
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Unidade demapeamento
Componentesrea(ha)
rea(%)
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO
PVAd1ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrco tpico
33,1 27,6
PVAd2
ARGISSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrco tpico +ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrco plntico
25,2 20,9
PVAd3
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrco tpico +ARGISSOLO VERMELHO Distrcotpico
10,2 8,5
PVAd4ARGISSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrco plntico
13,6 11,3
ARGISSOLO VERMELHO
PVdARGISSOLO VERMELHO Distrcotpico
12,3 10,2
PLINTOSSOLO ARGILVICO
FTa1PLINTOSSOLO ARGILVICOAlumnico abrupto + PLINTOSSOLO
ARGILVICO Alumnico abrupto raso
7,9 6,6
FTa2
PLINTOSSOLO ARGILVICOAlumnico abrupto + ARGISSOLOVERMELHO-AMARELO Distrcoplntico
17,8 14,9
Total 120,1 100
ZEAS35
Quadro 2. Unidades de mapeamento, componentes e rea dos solosdo Plo Hlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Figura5.SolosdoPloAg
roforestalHlioPime
nta,nomunicpiodeRioBranco-AC.
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4 HIDROGRAFIA
No Plo Agroorestal Hlio Pimenta, a rede de drena-
gem praticamente inexistente, sendo quase imperceptvel o
curso do igarap Mucambo e um pequeno auente do igara-
p Consulta que recorta um dos extremos deste Plo (Figura
6). As poucas nascentes que ainda restam j sofreram gran-
des impactos ambientais no que se refere a sua caractersti-
ca original.
Figura 6.
A sub-bacia do igarap Mucambo possui uma rea de
4.071 ha, sendo que 57% desta rea se encontram desmatada(2.307 ha) e o restante, apresenta fragmentos orestais. O Plo
e seu entorno imediato apresentam alto grau de desmatamento
Sub-bacia dos igaraps Mucambo e Consulta com indica-o do permetro do Plo Agroorestal Hlio Pimenta, nomunicpio de Rio Branco-AC.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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(Figura 7), conforme os dados de desmatamento levantados
para o ano de 2004 no Zoneamento Ecolgico-Econmico do
Acre (ACRE, 2006).
Aude com vegetao ao fundo.Foto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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F
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7.
Co
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(2004)na
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PloAgro
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stalHlio
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RioBranco-A
C.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Observaes durante os trabalhos de campo revelaram
que as causas da degradao so diversas, e a maior parte tem
origem no desmatamento das nascentes. A Figura 8 mostra uma
das ultimas nascentes vertentes no lote 31, em boas condies
de preservao no que diz respeito cobertura orestal.
Figura 8. rea de nascente (vertente) com APP bem preservadano Plo Agroflorestal Hlio Pimenta, no municpio deRio Branco-AC.
Um hbito muito comum entre os produtores deste
Plo a construo de barragens na drenagem natural para
construo de pequenos depsitos de gua, os audes (Figura
9). Estas barragens irregulares comprometem o abastecimento
de toda a rede hidrogrca prxima a este Plo e se constituiem crime previsto em lei e uma falta grave contra a natureza.
Alm disto, h o desmatamento das APPs das margens dos
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igaraps. Este recurso natural, assim como outros, usado sem
a preocupao com a sustentabilidade do lote, como se fosse
um bem inaltervel e nunca se extinguir.
Figura 9.
4.1 Qualidade das guas
No Plo Agroorestal Hlio Pimenta, a maioria dos
produtores faz seu abastecimento de gua em poos amaznicos
(cacimbas) ou em vertentes (Figura 10), localizados prximos
s suas moradias. O tratamento mais utilizado desta gua
consumida feito pelo mtodo da aplicao de hipoclorito
distribudo por Agentes Municipais de Sade.
Desmatamento em APP e represamento com barragem docurso dgua no Plo Agroorestal Hlio Pimenta, no muni-cpio de Rio Branco-AC.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Figura 10.
Dos trs pontos de amostragem localizados neste Plo,
dois foram em poos (tipo cacimba) e um em vertente, descritos
no Quadro 3 e representados na Figura 11.
Quadro 3.
Ponto de
Coleta
Localizao
(coordenadas UTM)
Descrio do Ponto de
Coleta
1 640096 8916432Poo do Sr. Sebastio E. dosSantos, Lote20
2 640077 8916378Vertente do Sr. Antonio P.Lemos, Lote 31
3 640334 8916224Poo da Escola MunicipalLuiza de L. Cadaxo
Poo (esquerda) e vertente (direita) utilizados para capta-o de gua no Plo Agroorestal Hlio Pimenta, no muni-cpio de Rio Branco-AC.
Localizao e descrio dos pontos de coleta de gua noPlo Agroorestal Hlio Pimenta, no municpio de Rio Bran-co-AC.
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Figura 11.
Pela anlise do Quadro 4, constatou-se que neste Plo,
a maioria dos parmetros analisados est dentro dos padres
de potabilidade estabelecidos pela Portaria n. 518/2004 do
Ministrio da Sade (BRASIL, 2004), que determina a qualidade
da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade.Houve exceo com relao ao Ponto 2 que obteve elevados
valores para o parmetro Cor Aparente e para o parmetro
Coliformes Fecais, este se mostrou presente em todos os
pontos, tornando as guas do local inviveis para o consumo
sem o prvio tratamento.
Localizao dos pontos de amostragem de gua no PloAgroorestal Hlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-
AC.
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Quadro 4. Mdias dos resultados das anlises fsico-qumicas emicrobiolgicas e Valores Mximos Permitidos (VMP)denidos pela Portaria n. 518/2004 do Ministrio daSade.
Parmetro
Ponto de Amostragem
VMP1 2 3
Cor Aparente (uH: mg/L Pt-Co) 0 632 0 15,0
Turbidez (UT) 1,39 66,92 1,04 5,0
pH 5,17 5,47 5,43 6,0 a 9,5
Condutividade Eltrica (S/cm -) 21,60 18,40 32,10 -
Coliformes Fecais (NMP/100mL) 811 160,5 19 Ausncia
Conforme o pargrafo 9 do artigo 11 desta Portaria, a
presena de coliformes fecais tolervel em amostras individuais
procedentes de poos, devendo ser investigada a origem da
ocorrncia, tomadas providncias imediatas de carter corretivo
e preventivo e realizada nova anlise deste parmetro.
Como estabelecido pelo CONAMA na Resoluo n.274/2000 (BRASIL, 2001), que determina a balneabilidade das
guas brasileiras (recreao de contato primrio), os resultados
do parmetro Coliformes Fecais (Quadro 5), indicaram que
as guas do Ponto 2 (Vertente) se enquadram na categoria
PRPRIA e subcategoria EXCELENTE, podendo ser usadas
para banho e outras atividades de contato primrio.
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Quadro 5. Mdias dos resultados das anlises fsico-qumicas emicrobiolgicas e Valores Mximos Permitidos (VMP)de acordo com CONAMA conforme as Resolues n.274/2000 e n. 357/2005.
Parmetro Resultado doPonto 2 Resoluon. 274/2000 Resoluon. 357/2005
Cor Aparente (uH: mg/LPt-Co)
632 -Classe 2 e 3:
at 75
Turbidez (UT) 66,92 -
Classe 1: at40
Classe 2 e 3:at 100
pH 5,47 - 6,0 a 9,0
Coliformes Fecais(NMP/100mL)
160,5
Prprias:
Excelente:Max. 250
Muito Boa:Max. 500
Satisfatria:Max. 1000
Imprprias:
Sup. 2500
Classe 1: 200
Classe 2:1000
Classe 3:2500
De acordo com o CONAMA, conforme a Resoluo n.
357/2005 (BRASIL, 2005) (Quadro 5), os resultados obtidos nos
parmetros Cor, Turbidez e pH indicam que esta vertente se
enquadra entre as classes 2 e 3 desta Resoluo, podendo estas
guas ser utilizadas para diversas atividades, porm, com algumgrau de restrio. J os resultados de Coliformes Fecais indicam
um ambiente enquadrado na classe 1, sendo seu uso menos
restritivo conforme os tipos de uso descritos no Quadro 6.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Quadro 6.
Classe Tipo de Uso
Classe 1
- Abastecimento domstico aps tratamento simplicado;
- Proteo das comunidades aquticas;- Recreao de contato primrio (natao, esqui aqutico emergulho);
- Irrigao de hortalias que so consumidas cruas e defrutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejamingeridas cruas sem remoo de pelcula;
- Proteo das comunidades aquticas em Terras Indgenas.
Classe 2
- Abastecimento domstico, aps tratamento convencional;
- Proteo das comunidades aquticas;
- Recreao de contato primrio (esqui aqutico, natao emergulho);
- Irrigao de hortalias, plantas frutferas e de parques,jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o pblicopossa vir a ter contato direto;
- Aqicultura e atividade de pesca.
Classe 3
- Abastecimento domstico, aps tratamento convencional ouavanado;
- Irrigao de culturas arbreas, cerealferas e forrageiras;
- Pesca amadora;
- Recreao de contato secundrio;
- Dessedentao de animais.
5 USO E COBERTURA DO SOLO
Como os outros seis Plos existentes dentro dos limites
do municpio de Rio Branco, o Plo Agroorestal Hlio Pimenta
foi constitudo por reas alteradas em relao ao uso e cobertura
do solo, sendo a maior parte utilizada com pecuria extensiva,
predominando as pastagens. Com isso, o uso e a cobertura dosolo aqui apresentados reetem as transformaes decorrentes
aps a consolidao deste Plo. Muitas reas de vegetao
Classicao e uso das guas de acordo com CONAMAconforme a Resoluo n. 357/2005 (Adaptado).
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arbrea, como conjuntos de rvores, capoeiras e orestas
secundrias, so decorrentes do perodo ps-criao do
Plo, representando melhorias como fruto das atividades dos
assentados.
Foi possvel estraticar 13 categorias de uso e cobertura
do solo neste Plo sendo as mais representativas: Pastagem
(48,59%), Conjunto de rvores (17%) e Pastagem Velha (9,5%).
Este diagnstico apontou um predomnio de vegetao rasteira,
pois o somatrio das categorias Pastagem e Pastagem Velha
representa 58% de todo o Plo (Quadro 7 e Figura 12).
Tipo de uso e cobertura rea (m2) rea (%)
Agricultura 44244,7 3,1
rea desmatada 9479,3 0,7
rvore 16441,6 1,1
Aude 61921,6 4,3
Capoeira 13965,9 1,0
Conjunto de rvores 245410,8 17,1
Edicao 11577,3 0,8
Estrada sem pavimentao 26354,7 1,8
Floresta 47566,6 3,3
Pastagem 696057,8 48,5
Pastagem velha 136341,4 9,5
Solo exposto 66843,7 4,7
Vegetao rasteira 60386,4 4,2
Total 1436592 100
Quadro 7. Distribuio do uso e cobertura do solo do Plo AgroorestalHlio Pimenta, no municpio de Rio Branco-AC.
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diagnstico dos recursos naturais do ploagroflorestal hlio pimenta, no municpio de riobranco-ac.
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Figura12.UsoeCobertu
radoSolodoPloAg
roforestalHlioPime
nta,nomunicpiodeRio
Branco-AC.
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5.1 Uso e Cobertura do Solo em reas de Preservao
Permanente (APPs)
As reas de Preservao Permanente (APPs) so
protegidas nos termos dos arts. 2 e 3 da Lei Federal n. 4.771,
de 15 de setembro de 1965 do Cdigo Florestal (BRASIL,
1965). So reas que, coberta ou no por vegetao nativa,
tm a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a
paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o uxo
gnico de fauna e ora, proteger o solo e assegurar o bem estar
das populaes humanas.
No Plo Agroorestal Hlio Pimenta a rea total das
APPs dos igaraps, reservatrios articiais e nascentes
somou 12,7 ha. Pelos dados do Quadro 8, vericou-se que os
usos nas APPs esto em desacordo com o Cdigo Florestal,pois no h mais oresta nas APPs, o mais prximo seria as
capoeiras e o conjunto de rvores. Nas APPs h um predomnio
de pastagens, pois do total de cobertura, aproximadamente
60% apresentam-se com este uso. Outros usos em desacordo
com a legislao pertinente apresentam-se nas APPs como
Edicaes e Solo exposto, usos esses que representam riscosde desequilbrio natural a toda bacia hidrogrca em questo e,
mais acentuadamente, aos recursos hdricos desta bacia.
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Tipo de uso e cobertura rea ha rea %
Agricultura 0,31 2,44
rea queimada 0,05 0,36
Capoeira 0,13 1,02
Conjunto de rvores 1,53 12,05
Edicaes 0,03 0,27
Estrada pavimentada 0,15 1,19
Estada sem pavimento 0,08 0,60
Pastagem 6,08 47,83
Pastagem velha 1,57 12,31
Solo Exposto 1,75 13,73
Vegetao rasteira 1,04 8,20
Total 12,71 100
Com esta atual estrutura de uso e cobertura do solo nas
APPs neste Plo, alm da eminncia de impactos negativosao meio ambiente, esta situao poder causar prejuzos aos
sistemas produtivos e, conseqentemente, qualidade de vida
das populaes locais.
Observa-se na Figura 13, que apresenta de forma espacial
a constituio de usos na APPs do Plo Agroorestal Hlio
Pimenta, que as reas de Capoeira encontram-se dispersas porpequenos fragmentos na poro central e as reas de Pastagem
e Pastagem velha (60%) encontram-se presentes em quase
todas as APPs deste Plo.
Quadro 8.Uso e cobertura do solo em reas de Preservao Per-manente (APPs) do Plo Agroorestal Hlio Pimenta, nomunicpio de Rio Branco, Acre.
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Figura
13
.Usoe
Co
bertura
do
So
lonas
reas
de
Preserva
o
Permanen
te(APPs)
do
PloAgro
ores
talHlio
Pimenta,
nomun
icpiode
Rio
Branco-A
C
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CONCLUSES
Os Plos Agroorestais do municpio de Rio Branco
representam importante inovao em termos de poltica dereforma agrria. A criao destes Plos permitiu conciliar o
retorno ao meio rural de famlias de produtores que haviam
migrado para as cidades, onde viviam em condies de risco,
com a recuperao ambiental e o fomento produo de
hortigranjeiros para a subsistncia destas famlias e para o
abastecimento das cidades.Embora tenham sido criados h mais de dez anos, os
Plos Agroorestais ainda possuem passivos ambientais
signicativos e apresentam desaos formidveis na busca da
sustentabilidade das famlias assentadas.
No que diz respeito hidrograa deste Plo, marcante
a grande quantidade de barragens articiais (audes), muitosat construdos pelo poder pblico municipal com o intuito de
estimular a piscicultura. Este mau uso dos recursos hdricos
j acentua as crises anuais de disponibilidade de gua,
causando, a cada ano, maiores variaes do seu nvel e menor
disponibilidade na poca seca. Este processo acentuado pelas
condies de baixa permeabilidade do solo.Com relao ao uso e cobertura do solo nas reas
de Preservao Permanente (APPs) deste Plo, conclui-se
que as principais causas do no cumprimento da lei sejam: o
desconhecimento da legislao pertinente s APPs, o tamanho
pequeno da rea disponvel para cada famlia, pelo passivo da
rea antes de ser transformada em Plo Agroorestal e, o mais
importante, a ausncia de planejamento de uso e de ocupao
dos lotes.
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A existncia de Plos Agroorestais, associada s
polticas adequadas de assistncia tcnica e extenso e
promoo de sistemas agroorestais compatveis com as
potencialidades ambientais e scio-econmicas dos produtores
assentados, poder contribuir para a criao de um cinturo
verde no entorno de Rio Branco. Conseqentemente, assegurar
a integridade e a qualidade dos recursos naturais e a qualidade
de vida da populao do Municpio.
Uso do solo com agriculturaFoto: Dhrcules Pinheiro (2008).
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