1

Passo a Passo com o

Espírito

A palavra “passo” neste título sugere palavras tais como ritmo, passada, batida e pulso. As imagens que vêm á mente são o ba-rulho dos pés que levam os seus donos para um culto de adora-ção; o ritmo batido de dançarinos colocando a sua adoração na música; o emocionante pulsar dos passos da Dança da Ressur-reição (Resurrection Dance - YouTube 2010, Hungary); os pas-sos medidos de pessoas a realizar uma campanha para um mundo mais justo, ou a caminhada deliberada de peregrinos com um objectivo distante. Num contexto cristão todas essas são imagens de pessoas caminhando “Passo a Passo com o Espírito”. Mas existe um outro conjunto de imagens de pessoas individuais que dão passos para confortar outros, para oferecer comida, para dar ajuda prática, para visitar, para ensinar e para curar. Os seus passos, também, estão em sintonia com o Espírito de Deus cujo nome, a Bíblia nos diz, é Amor. Este é o movimento ritmado dos passos de milhões de crentes. Este é o ímpeto que nos leva a deixar o nosso conforto para segundo lugar perante a necessi-dade dos outros. Em Gálatas 5, palavras muito familiares dizem-nos que o Amor é o primeiro de uma grande lista do fruto do Espírito que é a evidência de uma vida que é controlada pelo Espírito para a Glória de Deus.

Mas como descrever o significado da palavra? Há muitos sermões pregados e muitos livros escritos sobre ele. O que é esta coisa chamada amor? Alguém poderia adicionar a sua própria explicação e aumentar a quantidade de palavras já escritas sobre o amor. Mas talvez as ima-gens da palavra com que o artigo começou sirvam para ilustrar a compreensão desta palavra incomensuravelmente grande.

Jesus deu-nos 2 mandamentos: Amar a Deus e amar o nosso próximo como nós mesmos. Este amor – três vias entre Deus, eu e o meu vizinho – é a razão por que nós adoramos, oramos e testemunhamos. É a razão por detrás de inúmeros atos de serviço oferecidos todos os dias. O amor sabe pouco sobre sentimentos e emoções. É uma força suficientemente forte para causar a criação do universo; de trazer o Filho de Deus do Seu legítimo lar celestial à Cruz de um cri-minoso; para restaurar a Sua vida e a Sua posição divina e dar-me direito de ser filha de Deus, uma filha do Rei.

Vamos, então, meditar sobre “Como é grande o amor do Pai por nós”. Vamos reflectir nas nossas próprias ofertas de amor e vamos orar para ficarmos tão cheias do Espírito que o fruto do Espírito brilhe através do nosso ser e nos capacite a sermos boas testemunhas do nosso Pai Celestial, cujo novo e melhor nome é... Amor.

CONviDAMO-vOS A ANDAREM

4 de Novembro de 2013

(1ª segunda feira de Novembro)

O Departamento Feminino da Aliança Baptista Mundial é composto por 7 Uniões Continentais, representando 235 organizações nacionais de mulheres baptistas de 136 países. O programa de 2013 foi preparado pela União Feminina Baptista Europeia (EBWU).

Através do Fruto do Espírito AMOR

Yona Pusey

Dia Mundial de Oração das Mulheres Baptistas

2

Saudações da Presidente

Minhas queridas irmãs:

Aqui estamos de novo a preparar-nos para celebrar o nosso Dia Mundial de Oração das Mulheres Baptistas. É com grande alegria que vos saudamos. No ano passado todas nos sentimos como se estivéssemos unidas neste dia, com as nossas amigas à volta do mundo orando e ofertando para a causa de missões. Este ano promete ser ainda melhor que o ano passado.

Este ano, enquanto andarmos “Passo a Passo com o Espírito: através do fruto do Espírito AMOR”, imediatamente nos vem à mente a linda canção que aprendemos quando éramos crian-ças. imagino que, tal como eu, tenham aprendido este corinho na igre-ja quando eram crianças:

Cristo tem amor por mim,Com certeza eu creio assim,Por amor de mim morreu,Vivo está por mim no céu.

Este cântico que ficou nas nossas mentes, mesmo ao longo da vida adulta, ajuda-nos a encontrar paz e segurança em Jesus. Existem vá-rias verdades que podemos encontrar neste cântico que nos ajudam a ver o amor de Deus por nós:

• Quando sei que sou amado por Jesus, a minha vida tem verdadeira-mente significado.

• Quando a convicção de que Ele me ama é baseada na Bíblia e não nos meus próprios sentimentos, serei capaz de experimentar o Seu amor só porque Ele me ama e não por causa das minhas circuns-tâncias.

• Quando percebo que pertenço a Jesus, porque Ele me criou e me redimiu, estou livre para servi-lo em resposta a esse amor.

• Quando me lembro de que sou fraco e impotente para fazer seja o que for, realmente posso descansar na Sua força para o meu propó-sito na vida.

• Quando me lembro de que Ele é o meu amigo fiel, de que está sem-pre comigo, não por causa do que eu faço para merecer o Seu amor, mas apenas porque Ele me ama, chego à conclusão que posso con-tinuar durante a minha vida mostrando o Seu amor aos outros.

No final, temos de nos lembrar de que a natureza de Deus é amor. 1 João 4:8 diz que “quem não ama não conhece Deus, porque Deus é amor.” “Deus é amor” é a verdade que sustenta as nossas vidas e ministérios. Por causa do amor de Deus juntamo-nos com as nossas irmãs em todo o mundo hoje para orar, aprender e ofertar.

A minha oração é para que sinta o amor de Deus e o nosso amor por si cada dia, mas ao mesmo tempo, que seja capaz de partilhar este amor com todos os que entrarem em contacto consigo.

Cristo me ama, Cristo me ama.Cristo me ama, a Bíblia assim o diz.

1. Preparação

* É muito importante que a equipa de planeamento se reúna com tempo para orar e planear um programa que trará uma melhor compreensão daquilo que as mulheres Batistas estão a fazer para impactar o mundo para Cristo através do AMOR.

* A equipa de planeamento precisa de decidir que formato será o melhor para as mulheres da sua comunidade. A segunda-feira, 4 de novembro foi escolhida, mas também é possível ter o programa como um retiro de oração ou num fim-de-semana em novembro, ou no domingo, a fim de incluir toda a igreja. O importante é planear um programa que atinja as necessidades do seu grupo de mulheres.

* Façam cartões-convite usando o desenho da palavra AMOR nas várias línguas dos países europeus para convidar as mulheres da igreja, associação ou outras organizações regionais para participarem das celebrações deste dia.

* Façam divulgação do evento usando o cartaz AMOR ou outro feito pela equipa. Certifiquem-se que o colocam num lugar bem visível a todas as mulheres. As palavras incluídas no cartaz são a palavra AMOR em árabe, búlgaro, croata, holandês, alemão, lituano e outras línguas europeias.

* Preparem envelopes de oferta escrevendo a palavra AMOR nas diferentes línguas, para serem usados no momento da oferta. À medida que as pessoas chegarem vai-se entregando os envelopes.

continua

POR Raquel Contreras, Presidente do Departamento

Feminino da ABM

planeamento do

Dia Mundial de Oração

3

“Ame o Seu Vizinho como a Si Mesmo”

continuação

2. Sugestões para o Centro

de Interesse

* Aumentem o cartaz AMOR para ser usado como centro de interesse. Arranjem um globo ou mapa-múndi para colocar de um dos lados do cartaz. Preparem 7 fitas de cores dife-rentes, as quais representarão as 7 Uniões Continentais, as quais deverão sair do globo ou do mapa. As cores são: África – roxo/lilás; Ásia – azul claro; Caraíbas – verde; Europa – azul-escuro; América Latina – amarela; Amé-rica do Norte – laranja; Sudoeste do Pacífico – vermelha. No fim das fitas coloquem um coração vermelho de cartolina no qual pode-rá colocar um castiçal com uma vela acesa.

* Coloquem o logotipo “Passo a Passo com o Espírito” num lugar proeminente.

Mateus 22:39 – o segundo e maior dos mandamentos

As mulheres têm papeis múltiplos. A qualquer momento podem tornar-se em mães, líderes, estudantes, fazedoras de decisões, fazendeiras, trabalhadoras, mulheres baptistas, e muito mais. Em cada um destes papeis a habilidade de ser educada e saudável, de ter uma voz de influência e de gozar de oportunidades e escolhas são momentos críticos no viver diário.

A mulher na figura está a segurar os Alvos de Desenvolvimento do Milénio (ADMs) = (Millenium Development Goals [MDGs]):

1. Erradicar a pobreza extrema e a fome.

2. Alcançar educação básica universal.

3. Promover igualdade de género e empoderar as mulheres.

4. Reduzir a mortalidade infantil.

5. Melhorar a saúde maternal.

6. Combater a HIV/SIDA, a malária e outras doenças.

7. Assegurar a sustentabilidade ambiental.

8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.

Detalhes sobre os 8 ADMs podem ser encontrados no sítio do Departamento Feminino em www.bwawd.org. Ao lado desta informação poderá encontrar um estudo bíblico relacionado com cada alvo preparado por uma mulher de uma das 7 regiões continentais e pelas líderes do Departamento Feminino da Aliança Baptista Mundial. Esses estudos bíblicos ajudá-la-ão a conhecer o seu vizinho e as situações que pode estar a enfrentar para que seja capaz de o amar tal como Deus a ama a si.

Patsy Davis, Diretora Executiva do Departamento Feminino da ABM

planeamento do

Dia Mundial de Oração

4

Passo a Passo com o Espírito através do Fruto do Espírito AMOR

Estudo bíblico 1

1 João 4:7-21O que é amor? É muito mais que uma emo-ção. É uma força que leva à ação (1 João 3:16-18). Para o propósito do nosso estudo, amor é um dos aspetos do Fruto do Espírito (Gálatas 5:22) e está mencionado em primei-ro lugar. O amor deve ser óbvio em cada filho de Deus. Se não houver evidência do amor então a nossa fidelidade a Deus pode ser posta em causa.

o amor de Deus

O amor começa com Deus. Deus é amor (1 João 4:8;16). O amor de Deus faz parte do que Ele é, da Sua personalidade, da Sua na-tureza; em todas as Suas ações Deus é amor. O amor é personifica-do na Pessoas de Je-sus Cristo, o Filho de Deus. Jesus é o amor de Deus em ação e é a própria revelação de Deus ao mundo. Os numerosos atos de Je-sus de compaixão, de cura e de ensino mos-tram a Sua aceitação dos pecadores (Lucas 9:34), bem como na Sua tristeza por causa da nossa desobediên-cia (Mateus 23:23-39) podemos ver o Amor em ação. Em última análise, e supremamen-te, o amor de Deus é visto na morte de Jesus Cristo, agonizante na cruz, trazendo-nos per-dão, salvação e paz com Deus (1 João 4:9-10). Na cruz, Jesus entregou a Sua vida em sacrifício como substituto pelos pecados de toda a humanidade.

O amor de Deus por nós não existe porque o merecemos - oh não, definitivamente não. O Seu amor por nós, os Seus filhos, não depen-

de do que ou quem somos, mas sim de quem Ele é. Ele ama-nos porque faz parte da Sua natureza amar. O verdadeiro significado do amor é visto na cruz. Para apreciarmos o que o amor significa precisamos de nos ver como pecadores condenados aos olhos de Deus, dignos apenas da ira de Deus. As pessoas são tão amadas por Deus que Jesus morreu por nós para que experimentássemos o amor de Deus por nós. É o amor de Deus por nós que leva para longe a Sua ira. isto é amor real e aquele género de amor que o mundo preci-sa, o tipo de amor que cada homem, mulher ou criança necessita. Este hino de William Rees resume isto mesmo:

Aqui está o amor vasto como o oceano, Bondade amorosa como o dilúvio, Quando o príncipe da Vida, o nosso resgate,

Derramou por nós o Seu sangue precioso.Quem não se lembrará do seu amor?Quem pode deixar de cantar o Seu louvor? Ele nunca pode ser esquecido por toda a

eternidade.

No monte da crucificação Fontes abriram-se profunda e largamente; Através das portas da misericórdia de DeusFluíam como uma maré vasta e graciosa. Graça e amor, como rios poderosos

Derramam-se incessantemente de cima; E paz e a justiça perfeitas do céu Beijaram com amor um mundo culpado.

Quão profundo e forte é o amor de Deus por nós?

o nosso amor a Deus

Somos exortados a “Amar o (nosso) Senhor Deus com todo o (nosso) co-ração e com toda a (nossa) alma” (Mateus 22:37). Jesus disse que

este é o primeiro e o maior mandamento. Nós só conseguimos conhecer o amor atra-vés de Deus e só conseguimos amar porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Deus exige de nós, seus filhos, uma devoção total do fundo do coração (Deuteronómio 30:6). Amor para com Deus é uma experiência agradável e vem da comunhão com Ele, de se estar atento constantemente à Sua pre-sença nas novas vidas. isto é mostrado na nossa obediência aos seus mandamentos (Josué 22:5; João 14:21). Deus deu-nos o Seu Espírito (1 João 4:13) o qual trabalha no nosso corações, mente e espírito, tornando-nos mais iguais ao nosso Salvador (1 Corín-tios 3.18). O Espírito capacita-nos a amar a Deus e a agradar-lhe. Como já foi dito, o amor é um aspeto do fruto do Espírito e se o amor é mostrado através das nossas vidas é um sinal seguro de que Deus habita em nós e de que nós estamos a viver com Ele e amamos como Ele desejou.

Em comparação com o amor de Deus por nós, o nosso amor por Ele é muitas vezes fraco, mas Deus apraz-se em nós e no nos-so amor por Ele, mesmo que seja fraco. Este crescerá à medida que aprendemos a confiar mais nele. O amor por Deus é evidenciado pela nossa fé em Deus e pelo nosso desejo de lhe agradar em todas as coisas. O nosso amor por Deus é sempre uma resposta ao Seu amor por nós (1 João 4.19).

À medida que continuamos a viver na pre-sença de Deus, o nosso amor por Ele cresce, aprofunda-se e fortale-ce-se. Ó, pela graça de O amar ainda mais.

Amor

Eu

5

“Eu vos mostrarei o caminho mais excelente” 1 Coríntios 13

o nosso amor por outros

O primeiro versículo da nossa passagem diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus” (1 João 4:7). Nós só conseguimos amar porque Deus nos ama (1 João 4:19). Mais uma vez, ouvimos dos lá-bios de Jesus: “Amai os vossos vizinhos como a vós mesmos” – o segundo grande manda-mento (Mateus 22:39). É mais fácil amar os nossos irmãos crentes ou o nosso vizinho? O que pensam sobre isto? Na verdade somos chamados a amar a todos. O desejo de Deus é que o amor seja um relacionamento normal entre os seres humanos o qual é amor mútuo uns pelos outros, procurando o melhor para o outro. Devemos amar os nossos irmãos e ir-mãs em Cristo. Devemos também amar toda a humanidade, todas aquelas pessoas que Deus permite que passem por nós. Jesus até ordenou que amássemos os nossos inimigos e aqueles que nos perdoam (Mateus 5:44). Precisamos de muita graça para isso.

Precisamos que o Espírito nos dê este tipo de amor. É-nos pedido que amemos como Deus nos ama (1 João 4:11). Assim como Jesus nos mostrou o amor do Pai, temos de amar como Ele. Esta é a prova de que Cristo, pelo Seu Espírito, vive em nós. João diz-nos que a origem do nosso amor está no amor de Deus e que o Seu amor é completo ou feito perfei-to em nós à medida que ele alcança os seus propósitos e nos preenche (1 João 4:12, 17). Quão maravilhoso é isto! Outra coisa maravi-lhosa é que é este amor uns pelos outros e não o nosso amor por Deus que revela que Deus vive em nós (1 João 4:12). Amar os ou-tros nem sempre acontece naturalmente em nós, mas quando o amor está presente nas nossas vidas demonstra que Deus também está presente (1 João 4:16).

Todos nós, que amamos como Deus ama, não precisamos de temer. Medo e amor, de acordo com 1 João 4:18, são incompatíveis e, por isso, não coabitam. Medo tem a ver com castigo enquanto o amor tem a ver com aceitação. Temos medo quando sabemos que merecemos castigo, mas Cristo Jesus levou sobre Ele o nosso castigo, e porque o perfeito amor de Deus providenciou a nossa salvação em Jesus, nós somos agora acei-tes por Deus através d’Ele. O medo foi con-quistado pelo amor. Este é o Evangelho cuja mensagem devemos levar ao mundo. O amor é constantemente necessário na vida diária

de tantas pessoas que nada sabem do amor verdadeiro. Elas buscam-no, mas nos lugares errados com resultados drásticos muitas ve-zes. Como povo de Deus devemos partilhar o amor de Deus com elas. Este amor não é

sentimental, mas prático; não é superficial, mas profundo; não é auto gratificante, mas sim auto sacrificial. Este amor foi-nos confiado para o viver-mos e partilharmos com ou-tros. Deus confia que levare-mos ao mundo o Seu amor.

Devemos imitar o amor de Deus (1 João 4:11; Efésios

5:12). Devemos ver Deus nas outras pesso-as por quem Cristo morreu e devemos ver nos outros o próprio Cristo (Mateus 25:40). O nosso amor pelos outros deve ser genuíno e não “por palavras mas sim com ações e em verdade” (1 João 3:18). Ajudar é um modo prático de partilhar o nosso amor. Fechar os nossos corações às neces-sidades dos outros é recusar o amor de Deus. Recusar dar o nosso amor aos outros é deixar de retribuir o amor de Deus. Não dar amor aos outros é negar a presença de Deus nas nossas vidas (1 João 4:19-21). João torna bem claro que não po-demos amar a Deus se não amamos os nos-sos irmãos e irmãs. Os outros seres humanos foram feitos à imagem de Deus tal como nós e têm de ser amados por nós. Fazemo-nos mentirosos se professamos amor por Deus e, no entanto, não mostramos amor aos outros (1 João 4:9-21). Se amamos a Deus, segura-mente amamo-nos uns aos outros.

O versículo final do nosso estudo é um man-damento: “…aquele que ama Deus, ame tam-bém o seu irmão” (1 João 4:21). Amar a Deus

é obedecer aos Seus mandamentos. O Amor não é uma opção, é uma ordem direta e fa-remos bem em praticá-la. A existência de tal amor que flui desta unidade que é o povo de Deus (Filipenses 2:1-4; Efésios 4:2-5) é um sinal para o mundo da realidade da nossa fé. Eu penso que foi ao teólogo da igreja Primi-tiva, Tertuliano, a quem a frase “vejam como estes cristãos se amam uns aos outros” foi atribuída. O mundo está a observar-nos. Será que ele vê a evidência da nossa fé na unida-de e no amor?

O grande capítulo do amor, como sabem, é 1 Coríntios 13. O versículo 13 desse capítu-lo declara: “…agora pois permanecem estas três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior destas é o amor”. Um dia, uma amiga, de ânimo leve, perguntou: “Porque é que o amor

é a maior?” Ninguém respon-deu; e ela disse que a razão para o amor ser a maior é por-que no céu a nossa fé já terá sido recompensada e a nossa esperança, em consequência, já não será necessária, mas o amor estará lá em abundância tão forte como sempre foi. Po-demos concordar ou não. isto não retira a verdade da Palavra

de Deus para amarmos como Deus ama.

vamos esforçar-nos para sermos mulheres de Deus, em sintonia com o Espírito. Que este amor de Deus possa fluir das nos-sas vidas para o mundo carente e sofredor no qual vi-vemos, para a honra e a glória d’Aquele que é o Amor.

Estudo bíblico 2

Vá à Internet e procure o Estudo Bíblico 2: www.bwawd.org

Vizinho

Deus

POR Margaret Brown, Escócia

6

tEstEMunhos

Amor…mas como? Elisabeth Vekas, Roménia

ElISabEtE VEkaS cresceu numa peque-na vila no centro da Roménia. A sua família era batista. Ela experimentou muitas vezes que Deus ouve sempre as nossas orações seriamente. Ela pediu-lhe várias vezes ain-da bem jovem: “Senhor, ajuda-me a amar o meu próximo.” Deus ensinou-a a amar o seu próximo de um modo totalmente diferente daquele que ela esperava. Este processo de aprendizagem foi longo e muitas vezes dolo-roso, mas Deus não se apressa e Ele ainda está a ajudá-la a amar.

Ao longo dos anos Ele ajudou-a em três áreas diferentes. Quando tinha 18 anos de idade, foi estudar numa cidade grande. Só ia a casa nas férias. Havia uma escola para surdos na mesma cidade onde estudava e muitas ve-zes viajava com os seus pais até esta escola e então levavam crianças mudas para a casa deles. Ela, na realidade, não lhes ligava muito porque estas crianças eram diferentes dela e dos seus pais. As crianças comunicavam-se com sinais e ela evitava-as o mais que po-dia.

Passaram-se alguns anos e a sua primeira fi-lha nasceu. Ela e o seu marido souberam que a sua primeira filha, uma menina, era defi-ciente auditiva. Depois de quatro anos a irem a diferentes hospitais e de muita oração, fi-nalmente tiveram de levar a sua pequenina à mesma cidade onde ela tinha estudado. A sua filha tinha de estudar na mesma escola que ela tinha evitado quando tinha 18 anos.

Esta era a pedagogia de Deus… a sua visão sobre os deficientes auditivos mudou total-mente. A sua filha é agora uma adulta e uma filha de Deus.

Elisabete também não se importava muito com as pessoas deficientes. Ela admite que foi um bom ministério ajudá-los, mas que ou-tros fizessem isso. Então Deus mudou a sua vida e Ele fê-lo de um modo muito duro. O seu filho nasceu ligeiramente deficiente. Nos seus primeiros 6 a 7 anos de vida, passou-os

mais em centros de reabilitação do que em casa. Ela conheceu mui-tas crianças deficientes e as suas mães. Teve várias oportunidades de partilhar a sua fé e de encorajar mães entristecidas. Entretanto o seu filho cresceu e aceitou Jesus. A situação dos seus filhos muitas vezes levou-a a ficar de joelhos. Deus tornou-a humilde e ensinou-lhe coisas que ela nunca aprenderia de ou-tro modo. Nesta sua luta e escola de oração o seu querido marido foi uma grande ajuda para ela. Ele partiu para estar com o Senhor em 2010.

Houve um outro desafio há uns 20 anos, quando o Senhor lhe enviou o seu ma-rido. Ele era pastor entre o povo cigano. Ela perguntou-se: “Que deverei fazer?” Casaram-se e ela prometeu ao seu marido que este povo seria também o seu povo e que o Deus dele seria o seu Deus. Ela não amava os ciganos. Sabia, da sua infância, que eram mendigos e sujos. Deus perguntou-lhe: “Porque és parcial? Não amas as minhas cria-turas?” Teve de se humilhar perante Deus e admitir que Ele não era parcial. Aconteceu um milagre, e Deus mudou o seu coração. Aprendeu a amar os ci-ganos. Recebeu deles muitas bênçãos e através deles, até agora.

Ela aprendeu que as pessoas com sur-dez e deficiências e o povo cigano são pessoas com corações sensíveis e são criaturas de Deus. Elas fazem o nosso mundo, a nossa sociedade e a nossa igreja mais coloridos e nós precisamos delas. Elas ensinam sem palavras, sem bem estar material e sem saúde. Eliza-beth compreendeu que ela não merece o amor de Deus mais do que as outras pessoas. “Meus filhonhos, não ame-mos de palavra nem de língua, mas com ações e verdade.” (1 João 3:18)

Elisabete Vekas com a filha

7

tEstEMunhos

Todos são importantes e valiosos Ewa e Ryszard Gutkowski, Polónia

O CentrO de eduCaçãO Cristã “diaman-te”, durante 15 anos do seu ministério, tem cuidado de mais de um milhar de crianças e jovens disfuncionais de famílias pobres e patológicas que lutam com o problema do al-coolismo, drogas e desemprego. Neste grupo há crianças de três orfanatos.

Estas crianças e jovens precisam de apoio. Precisam de carinho, aceitação e uma boa palavra de aconselhamento. Os seus pais, muitas vezes, não são capazes ou não que-rem tomar conta dos seus filhos. É por isso que as crianças contam com o Centro “Dia-mante”.

Os líderes do Centro “Diamante” foram enco-rajados pelo exemplo do nosso Senhor Jesus Cristo, que foi e ajudou de maneiras práticas. Os líderes estão desejosos em cumprir as palavras de Deus: “… não amemos só por pa-lavra; mas em ação e em verdade.” (1 João 3:18).

O Centro acredita que cada criança é valiosa, não importa de que tipo de família ela tenha vindo. Cada uma delas é como um diaman-te, que depois de alguns cortes e polimento pode transformar-se numa pedra preciosa. Por isso, no centro existem as seguintes re-gras:

• cada um é importante e valioso, não im-porta qual seja o seu passado social, o seu estado material ou denominação religiosa,

• cada um merece o interesse do centro, • a necessidade de cada um é importante,• os talentos de cada um são importantes,• as opiniões de cada um são importantes,• as perguntas de cada um são importan-

tes,• as respostas de cada um são importantes.

O trabalho consiste não apenas em organizar as várias atividades, descobrir talentos e pre-parar refeições, mas o centro também se en-volve nas vidas e experiências das crianças

que são, muitas vezes, dolorosas. Eles também ajudam a encontrar respostas a questões difíceis. Estas crianças pre-cisam de sentimentos carinhosos que o centro lhes tenta mostrar, levando-as a uma fonte de AMOR.

Uma das crianças que esteve ao cuida-do do centro é a Paulina. Ela tem agora 26 anos de idade. Participou no Clube das Crianças “Diamante” em varsóvia, no início do Clube, em 1998. Tinha 12 anos de idade naquele tempo. A mãe es-tava a educá-la sozinha e tinha proble-mas de álcool. A mãe casou-se e mudou-se para outra cidade e a avó de Paulina tomou conta dela depois que a mãe partiu. O clube era a sua segunda casa. A Paulina ficava no clube do início ao fim do dia. Era uma menina inteligente e capaz. Disse que gostaria de ser professora. Em pouco tempo tornou-se numa grande ajudante dos professores no clube. Tornou-se numa voluntária com 16 anos de idade e permanecia envolvida ativa e criati-vamente nas atividades do clube. Depois de terminar os estudos secundários começou a sua educação superior.

Há um ano recebeu Cristo e decidiu unir-se a uma das igrejas batistas de varsóvia.

Escreveu a seguinte carta aos líderes do cen-tro Diamante:

“Quero agradecer-vos por terem tido a ideia do Clube onde vos conheci. Tiveram uma influência positiva muito grande em mim e eu sou quem sou graças ao centro Diamante. Penso que não sou a única que gostaria de agradecer-vos. Honestamente não há palavras que expressem o que sinto. Simplesmente escrevo: OBRIGADA. Agradeço do fundo do meu coração a Deus que vos inspirou a realizar este ministério.”

Houve muitos voluntários que trabalharam com as crianças e jovens. Muitos deles eram batistas bem como alguns que procuravam Deus. Crê-se que o ambiente deste ministério especial, o de ajudar crianças em situações difíceis, está cheio da presença de Deus. Assim o Centro dá testemunho através das atitudes diárias não só das crianças, mas também de voluntários e cooperadores.

Um dos voluntários foi a Ana. Ela trabalhava no Clube infantil Diamante em varsóvia, bem como nos campos de verão para crianças de orfanatos e de famílias disfuncionais. Hoje, a Ana tem 31 anos e recentemente enviou-nos o seu testemunho pessoal:

“Amados no Senhor,

Tenho notícias incríveis! Decidi confiar a minha vida a Cristo. Ele respondeu

Paulina – uma criança ”Diamante” – tem agora 26 anos de idade e é uma

voluntária no centro Diamante

8

De novo muitas dúvidas e perguntas apareceram. Deus realmente existe? Continuei com a minha vida, mas cada dia Deus atraía-me mais para Ele. Também senti que Satanás estava a tentar implantar em mim o medo de Deus. Pensamentos diabólicos entravam na minha mente e eu roguei a Deus por proteção e Ele confortou-me. Então tive de perguntar a Jesus sobre o Espírito Santo e Ele respondeu ao meu pedido. A minha vida foi transformada para sempre. Jesus é o meu Senhor e em cada dia o meu coração regozija-se. Agora compreendo o alvo da minha vida – Eu vivo para Ele.”

tEstEMunhosTodos são importantes e valiosos

à minha oração e enviou-me o dom do Espírito Santo. Pedi-lhe uma vez e Ele respondeu-me. É espantoso. Estava tão confusa que afastei Deus por tantos anos. Enganava-me a mim mesma acreditando que era uma boa pessoa, mas de modo algum fazia a Sua vontade. No meu coração não existia nada e ninguém podia preenchê-lo. Nessa altura comecei a conversar com uma colega do trabalho. Ela era uma nova convertida e começou a contar-me como Deus mudara a sua vida. Lidei com isto com ceticismo, mas uma pequena semente brotou no meu coração.

A Ana tornou-se membro de uma igreja ba-tista e ainda tem muitas das perguntas que todos os novos convertidos têm. O Centro mantém um contacto regular com a Ana através da internet. Numa das suas cartas ela escreveu: “Cheguei à conclusão que o trabalho voluntário no “Diamante” foi muito importante para mim na minha busca por Deus. Vocês tiveram uma grande influência na minha nova vida.”

Os líderes estão gratos a Deus pelo trabalho nos corações de muitas crianças e adultos envolvidos no ministério do Centro Diaman-te. Este trabalho pode continuar através da

oração e do apoio financeiro dos nossos amigos tal como a EBWU (União Feminina Batista Europeia). A EBWU dá graças a Deus pelo apoio financeiro. Esta é uma ajuda valiosa para o Centro Diamante e é uma parte muito importante na par-tilha da mensagem de amor de Deus pelas crianças e jovens de famílias com dificuldades na Polónia. Juntos, podemos fazer melhor!

9

Orientando o caminho para o AMOR de Jesus Usando o Símbolo Cristão do Peixe

O peixe foi um símbolo europeu dos primeiros séculos da fé cristã que dura até hoje nos carros e nas lapelas como um sinal da fé cristã. O peixe foi escolhido pelos cristãos primitivos por várias razões:

•A palavra grega para peixe (ICHTUS), funciona como um acróstico para:

Iesous = Jesus Christos = Cristo theou = Deus Uiou = Filho Soter = Salvador “Jesus Cristo, Filho de deus, salvador”

• O peixe não era um símbolo cristão óbvio para os perseguidores

• O ministério de Jesus está associado com o peixe pois Ele escolheu vários pescadores para serem Seus discípulos e declarou que os fa-ria “pescadores de homens”.

Diz-se que durante a perseguição da igreja primitiva, um cristão ao conhecer alguém novo desenharia um único arco na areia. Se a outra pessoa fosse cristã, ele ou ela iria completar o desenho de um peixe com um segundo arco. Se a segunda pessoa não era um cristão a ambiguidade da metade do símbolo não revelaria a primeira pessoa como um cristão.

Durante a perseguição aos cristãos no império Romano, o símbolo de peixe também foi usado para marcar os lugares de reunião secretos, especialmente dentro das catacumbas. Nas paredes as pessoas co-locavam em relevo a cabeça do peixe como sinal de saída apontando

a saída das catacumbas. Mesmo no escuro as pessoas podiam en-contrar o caminho para fugirem dos soldados romanos. Deste modo a marca do peixe tinha a função de orientar para fora da escuridão das catacumbas em direção á luz da vida diária e tornou-se num símbolo do Cristianismo.

Este símbolo do peixe é o peixe ichtus, com a palavra grega formando o acróstico descrito acima.

Embora a palavra pareça iXOYE, as letras são do alfabeto grego, por isso o “i” é realmente um jota, o “X” é um chi, o “O” é um teta, o “Y” é um épsilon e o “E” ou “C” no fim é um sigma. Tomando o som de cada um dos nomes destas letras gregas conseguimos a transliteração para o nosso alfabeto como ICHtHUS.

O peixe é também um símbolo de batismo, porque o peixe sente-se em casa na água.

Marcos 1:16-17 “vinde após mim,” disse Jesus, “e vos farei pesca-dores de homens.” Como mulheres batistas modernas podemos usar este símbolo europeu antigo para levar pessoas ao AMOR de Jesus.

Para obter ideias criativas em como fazer o símbolo do peixe vá a www.bwawd.org e clique no número 2013 – o link do Dia Mundial de Oração

Wies Dijkstra,

Países Baixos/Holanda. Membro da EBWU

Passo a Passo com o Espírito através da Oração Modos Criativos para Apresentar o Programa

• As duas últimas páginas do folheto do programa foram preparadas para usar como guia de oração. Corte as duas últimas páginas cuidadosamente. imprima de ambos os lados, dobre as páginas e prenda-as com um agrafador ou simplesmente colocando uma página dentro da outra. Faça cópias suficientes para o seu grupo.

• Peça a 7 mulheres para se prepararem para liderar 7 grupos em oração. Os 7 grupos são África, Ásia, Caraíbas, Europa, América Latina, América do Norte e Pacífico Sudoeste.

• Faça corações usando as cores das 7 uniões continentais (veja as sugestões para o centro de interesse na página 3). À medida que as pessoas chegarem vá entregando os corações. continua

10

• Faça 7 corações grandes, usando as cores as 7 uniões continentais, cada um com o nome de cada união nele. A líder do programa diz a cada líder dos 7 diferentes grupos de oração (uma de cada vez):

* Entrego-lhe o coração do continente (nome do continente) e peço-lhe que orem com AMOR por todas as mulheres neste continente.

* Por favor, acenda a luz do seu continente (vela do centro de interesse). isto será repetido até que as 7 velas sejam acesas.

* As líderes de grupo irão agora designar o lugar onde o seu grupo vai orar pela sua união continental e todas aquelas que receberam o coração da mesma cor deverão seguir a líder que tem o cartaz da mesma cor.

* Use o panfleto de oração como guia de oração.

• A oração final deverá ser pelos membros do Departamento Feminino da Aliança Batista Mundial.

Passo a Passo com o Espírito através da Oração

continuação

ProjEctoS do Dia de Oração de 2013

1. Centro de pesquisa para mulheres

País: AzerbaijãoPessoa Responsável: Diretora do Centro

Descrição do Projeto: Este centro abriga mulheres que têm sido perseguidas pela sua fé em Jesus; vítimas de tráfico humano; mulheres que são viciadas na droga ou álcool; e mulheres que tem sido espancadas e violadas pelos seus maridos. O centro ajuda estas mulheres espiritualmente, moralmente e realiza estudos bíblicos com elas. Partilha o amor de Jesus com estas mulheres.

2. Seminários Regionais para Jovens mulheres líderes

País: MoldáviaPessoa Responsável: Eugenia Podoleanu

Descrição do Projeto: Este projeto preparará uma nova geração de líderes equipadas e desejosas de servir o Senhor. Realizar-se-ão quatro seminários em diferentes regiões da Moldávia. Estão a planear convidar 80 jovens mulheres para cada seminário. irmãs responsáveis pelo ministério com mulheres em cada igreja e as suas discípulas serão convidadas para frequentarem o seminário. Os seminários serão dados em duas línguas – Romeno e Russo – dependendo da região.

3. apoio espiritual para mulheres em Relacionamentos Difíceis

Pais: PolóniaPessoa Responsável: Klaudia Wiazowska

Descrição do Projeto: O alvo deste projeto é providenciar um encontro evangelístico com a Bíblia e dar apoio mental e espiritual a mulheres que estão em relacionamento com pessoas viciadas

em álcool. Têm dois grupos alvo de 30 mulheres cada, vindas de cidades e camadas sociais diferentes. O projeto ministrará às necessidades humanas.

4. ensina-os, alimenta-os e Ganha-os para Cristo

País: HungriaPessoa Responsável: Marika Szabó

Descrição do Projeto: Ajudar pessoas a virem a Cristo em vez de fazerem palinka (bebida alcoólica forte); elas aprenderão como secar frutos e/ou fazer compota dos frutos. Ensinarão as mulheres como manter uma melhor horta, bem como conservar vegetais. isto é feito para as ajudar a desenvolverem-se economicamente e a terem uma vida saudável. Também serão realizados estudos bíblicos.

5. Fundo especial para as UC (Uniões Continentais)

Países: as 7 Uniões ContinentaisPessoa Responsável: Comissão Administrativa do Departamento feminino da ABM

Descrição do Projeto: Este fundo pode ser usado para apoiar qualquer União Continental num projeto especial a nível continental, bem como para algum evento do Departamento Feminino da ABM.