determinação dos níveis de 2, 3 - difosfo- glicerato em

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PAULO ROBERTO BEZERRA DE MELLO Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em recém-nascidos a termo, com sofrimento fetal agudo, e pré- termo, e seu efeito sobre A P 50 Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação — Mestrado em Pedia- tria, da Universidade Federal do Paraná, para obtenção do título de Mestre. CURITIBA 19 82

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Page 1: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

PAULO ROBERTO BEZERRA DE MELLO

Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em recém-nascidos a termo,

com sofrimento fetal agudo, e pré- termo, e seu efeito sobre A P 50

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação — Mestrado em Pedia­tria, da Universidade Federal do Paraná, para obtenção do título de Mestre.

CURITIBA

1 9 8 2

Page 2: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

A G R A D E C I M E N T OS

Inúmeras contribuições recebemos para a realização deste

trabalho. Gos taríamos, por isso , de expressar nosso agradecj^

mento a todos quantos, de qua lq ue r forma, co la bo ra ra m, mas,prin

ci p a l m e n t e :

ao Prof. Dr. Izrail Cat, c o o r d e n a d o r dos Cursos de Pós -

Gra duação - Me strado em Pediatria;

ao Prof. Dr. Dinarte Jose Giraldi, pela orientação e pe

la atenção dedicada a este trabalho;

ao Prof. Dr. Nelson Egydio de Carvalho, pela co-orienta_

ção;

a Semíramis e Carlos Cotta, pelo estimulo;

ao Prof. Dr, Manuel Alves dos Santos, pela orientação tec

nica;

aos P r o f s. Drs. Gilda Kasting, Lei de Parolin Marinoni e

Noboro Miasaki, pela colaboração;

aos Profs. Drs. Marta Duarte de Barros e Wilson Valente

da Silva, pelo apoio na realiz aç ão deste curso;

aos Bioq uí mic os Antônio Franco e Maria Alice Kichel.pela

orientação nas deter mi nações 1a b o r a t o r i a i s ;

Page 3: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

a Sr. Suzana Guimaraes Castilho e suas a u x i 1 iares , pela

ajuda na organi z a ç ã o do material b i b l i ográfico;

ao Prof. Juarez Gabardo pela or ie ntação na analise esta

t T s t i c a ;

aos Srs. Diretores, aos colegas médicos, residentes e

pl an to nistas, dos e s t a b e l e c i m e nt o s m e d i c o - h o s p i t a l a r e s de Curi

tiba, que c o l a b o r a r a m na colheita do material:

- Mat ernidade do Hospital de ClTnicas da Univ er si da de Fe

deral do Parana;

- Clínica e Ma te rnidade Nossa Senhora do Rosário;

- M a ternidade Nossa Senhora de Fátima;

- Hospital de M aternidade Santa Brígida;

- M aternidade Curitiba;

ao Prof. Rui Caldas, pelo au xí li o na te rminologia bi£

química;

ao Dr. Amilar Rodrigues Dias, pela revisão, no tocante

a li nguagem do texto;

ao Sr. Wilson Louly, pela realização do trabalho grafico;

a Sra. Suely Terezinha Kaminski Luiz, pelo trabalho dati_

logrãfico e,

aos colegas do Curso de Pós-Gr a d u a ç ã o e, em particular

a Manuel Bondespac ho do Nas ci mento, pelas idéias, pela discus -

são delas e pelo trabalho conjunto.

Page 4: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

Dedico este trabalho

A Cremilda, minha mãe;

a Mareia Beatriz, companheira;

aos recém-nascidos.

Page 5: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

T N D I C E

Pag i na

01 - INTRODUÇÃO 01

02 - OBJETI VOS 27

03 - CAUSTSTICA 30

04 - MATERIAL E MÉT ODOS 36

05 - R ESULTADOS 47

06 - DISCUSSÃO 60

07 - CONCL US QES 79

08 - REFERÊNCIAS BIBL I O G R Á F I C AS 82

09 - ANEXOS 103

Page 6: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

I N T R O D U Ç Ã O

Page 7: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

02

INTRODUÇÃO

A evolução das noções sobre tr an sporte de oxigênio aos te

eidos, i um bom exemplo de como conhecimentos, jã existentes a

nïvel da fisiologia, gan ha m explicaçõe s bioquí mi ca s, e de como no

vas descobertas na biologia m o l e c u l a r podem levar a novas revela

ções em campos re la cionados, tais como a própria fisiologia e a

. 20 clinica .

0 sistema de transpo rte de oxig ên io ê composto de três e -

lementos: (1 ) o debito cardíaco, (2 ) a c o ncentração de hemoglobj_

na funcional e (3) a di ferença a r t é r i o-veno sa da saturação de oxi

gênio 3 1 ’85^ ^ satu ra çã o da hemogl o b i n a pelo oxigênio, ou seja ,

a proporção de seus sítios de ligação com o oxigênio que estão

4 3 1 3 2 - ~ocupados ’ , e forn ec ida pela Curva de Di ss ociaçao da Oxi -

hem og lo bi na (CDO), onde a percen t a g e m de sa turação ê vista a d^

~ - 134ferentes pressões parciais de oxigên io (Figura 1 ).

0 co mp or tamento da CDO e suas alte ra ções como um todo,são

traduzidos pela P5Q, a pressão parcial de oxigênio, na qual a he

- - 44 13 2moglobina esta 50% saturada de oxig ên io 5 . Pode ser descrj_

ta como Pçq -j que ê aquela expressa a temperatura de 379C,

pH de 7,4 e PC.O2 de 40mm de Hg ®8,82^ ^ como ^ 50(1 7 )» isso e,

"in vivo", quando se faz a cor re çã o para os níveis de pH do paci_

ente 1 9 -6 8 .

Page 8: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

FIGURA 1

CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA OXI - HEMOGLOBINA

Pq mm Hg

Curva de Di ss ociação da Oxi- hemoglobina (CDO)

do sangue adulto normal. A P j q » a tensão de

oxigênio com 50% de saturação de hemoglobina

pelo oxigênio, e de aprox i m a d a m e nt e 27mm de

- . 107mercúrio .

Page 9: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

04

Esse c o m p ortamento e suas alterações sao reflexos do ar

ranjo e s t e r eoquimico da molécula de hemoglobina e de fatores que

, • -M • 148nele i n f 1uenciam .

A hemoglobina humana é uma proteína de forma esferoidal,

medindo 65 x 55 x 50 8 , com peso m o l e c u l a r de 64.400 da lt ons,com

posta de quatro cadeias p olipeptTdicas iguais, duas a duas,tendo

ligada, a cada cadeia, uma molécula de heme, que é um complexo

28 7 8 148de ferro e protoporfirina 5 ’ . A uma simples cadeia poli

peptTdica combinada com um único heme, corresponde u m m o n ô m e r o ou

subunidade de hemoglobin a, e ao conjunto de quatro destes, um t<5

- 112tramero .

Os tipos dessas cadeias d i ferenciam as moléculas de hem£

globina entre si: na hemoglobina tipo adulto (Hb-A), o tetrâmero

se constitui de duas cadeias a e de duas cadeias 3 ; na hemoglobi_

na fetal (Hb-F),as cadeias ,6 se encontram substituTdas por duas

- * ■ 2 8 - — cadeias pol i peptTd i cas . Cada cadeia a contém 141 aminoãci_O O

dos, e as cadeias 3 e y aprese n t a m 146 , dife ri nd o entre si em

- 7939 aminoacidos .

0 arranjo tetraédrico das quatro c a d e i a s , combinadas em

torno de um eixo de simetria dupla, vem a compor a sua estrutura

espacial. Alterações rev er sívei s nesse arranjo estão em intima

relação com a função des empenhada pela hemoglobina: um carreador

respiratório de duplo sentido, que transporta O 2 para os tecidos

e facilita 0 transporte de retorno do C O2 ^ .

Nota-se, pela forma sigmÕide da Curva de Dis so ci aç ão da 0x|

-hemoglobina, que as moléculas de hemog lo bi na captam lentamente as

Page 10: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

05

moléculas de O 2 a baixa saturação; mas, a partir de um ponto de

inflexão, ocorre uma ace le ra çã o nas ligações Hb - 0^, representa

da, graficamente, por uma re ti ficação e maior inclinação da cur

va ^ (Fi gura 2 ) .

A mi og lobina, composta de uma única cadeia polipeptTdica

e um único gr up amento heme, similar em estrutura e constituição,

a uma subunidade 6 da hemo globina A, apresenta sua curva

de saturação em forma de hipér bo le ret an gu la r, onde a saturação

aumenta rap id am en te na proporção do aumento da pressão parcial

^ n 11 2de O2 •

A comparação entre as curvas de dissociação da mioglobina

e da hemoglobina, sugeriu algum tipo de comu nicação entre os h£

me de cada molécula de he mo gl ob in a, ã medida gue se aumenta a

pressão parcial do oxigénio. A esse fenômeno denominou-se inte^

ração heme-heme, r e p r e s e n t a d o , numericamente, pelo "Coeficiente

de Hill- n ", que e a tangente da maior inclinação da curva

1 1 2 - - ~. 0 proposito fis io logico da interaçao heme-heme ba sear-se-ia

não tanto em se asseg ur ar uma afinidade pelo O2 aumentada, mas,

em fazê-la cair enqua nt o mo léculas sucessi va s de oxigênio se di^

11 3sociam da hemoglobi na .

0 c o nhecimento do processo na intimidade da m o l é c u l a , veio70 _

a ser mostrado por Perutz e colaboradores .Ao analis a r e m a posição das

quatro cadeias polipeptTdic as em relação umas as outr as ,por meio

de técnica de difração de raios X, aqueles autores demonstraram

que a o x i - h e m o g 1obina tem uma estrutura espacial diferente da

78 148deoxi “hemogl ob i na * . Verifi c a r a m que as su pe rfícies de con,

tato entre as cadeias pol ip eptTdicas d i f e r i a m ,na dependência, ou

Page 11: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

06

FIGURA 2

Pq2 mm h9

A curva de d i ssociação mostra a afinidade, pelo

oxigênio, da h e moglobina e de uma molécu la mais

simples, a mioglobina (uma proteína do múscu

lo). Ao contra ri o da hemoglobina, a mioglo bi na

tem apenas um gr up amento heme e uma cadeia poli

peptldica, lembrando uma unica subuni da de da he

moglobina. A curva de mioglobina e hiperboli

ca; ela absorve oxigên io rapida me nt e, mas, tor

na-se saturada a baixa pressão. A curva da he

moglobin a e sigmoide: inicialmente a hemoglobi

na demora em se ligar ao oxigênio, mas sua. afj_

nidade aumenta com a captaç ão deste. A pressão

de oxigênio arterial, ambas as moléculas estãosji

turadas; mas, a uma pressão venosa, a mioglobj_

na liberaria apenas 10% do seu oxigênio, enquani

to a hemoglobina libera a p r o x i m a d a m e n t e a meta

Page 12: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

não, da ligação da he mo globina a outras substancia s Sob deo

xigenação, a molécula sofre uma acentuada mudança na sua confor

mação quatern ária , a cadeia 3 rodando lateralmente em torno 7 82Q o 11?

ou 15 em redor do eixo de simetria da molécula .

A d e o x i - h e m o g l o b i na é e s t a b i l i z a d a em uma co nf ig ur aç ão de

nominada T (tensa), pela presença de ligações polares entre ou

intra subunidades , as quais, com a adição de oxigênio, se que

bram seqüencialmente. A molécula de o x i - h e m o g l o b i n a ,com seus sT

tios de ligação preenchidos, se apresenta em uma configuração cha^

mada R (relaxada), onde existe c o n s i d e r a v e l m e n t e menos energia

entre as subunidades da molécula. A hemoglobina, numa visão di

nâmica, não é apenas um deposito de oxigênio, mas um "pulmão mo

lecular", pois muda de estrutura cada vez que capta ou libera oxi_

- . 112 g e m o .

A forma sigmóide da curva de saturação, explicada iniciaj_

~ - 74mente em termos de agregaçao de moléculas , passa a ser vista,

não como uma interação direta entre os hemes, rnas determinada em

11 ?termos de afinidade das estru tu ra s R (Oxi) e T (Deoxi) . Em

algum ponto, p r o v avelmente após a ligação da segunda, ou tercei_

ra molécula de oxigênio, a estrutura espacial muda globalmente

da conformação Deoxi para Oxi, o que aumenta a afinidade pelo o

- 3 3 7 8 1 1 ?x i g e m o das cadeias remanescentes s ’ .

0 mecanismo estereoquTrcico acionador destas mudanças con

formacionais esta r elacionado com modif i c a ç õ e s que o c o rrem nc ãto

mo de ferro de cada heme apos a ligação com o oxigênio. Movimen

tos concatenados da e s t r utura proteica da hemo globina, servem pa

ra amplificar uma pequena mudança da posição do atomo de ferro

no plano do anel porfirTnico ^ .

07

Page 13: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

08

A afinidade da he mo globina pelo oxigênio e ,conseq{lentemen

te, a P^ q , sofre o efeito de diversos fatores, como pH, PCO^.tem

peratura, co nc entração de monóxido de carbono e concentração iô

nica, tipo de hemoglo bi na e conteúdo de fosfatos orgâni cos intra-

eri tr oe itar ios - princ i p a l m e n te 2,3 - d i fosfoglicerato (2,3-DPG) e

tri fosfato de adenosina (ATP) 107, 116, 123^

Mantida a afi ni da de normal, o sangue arterial em um adul

to esta 98% saturado, e o sangue venoso, a uma PO2 de 40 mm de

Hg, se encontra sat ur ado em 75%. S i g n i f i c a , isso, que 23% do oxigê

nio o r i ginalmente presente é liberado aos tecidos na sua passá

1 3 3gem pelo leito ca pilar .

Os fatores que desviam a CDO para a esquerda (diminuem a

Pgg), determ i n a m um aumento de saturação do sangue venoso (mantj_

da a mesma pressão parcial de O2 do sangue) e, desse modo, fazem

com que menos oxigên io seja liberado da h emoglobina para os teci_

dos. Nessa situação, para que haja a li beração do mesmo perceji

tual de oxigênio, a PO2 venosa necessita diminuir. Isso,contudo,

significaria uma diminuição na pressão capilar terminal a valo^

res criticame nte baixos 43,107,136^

Quando a curva de sa turação sofre um desvio para a direi_11

ta e a Pjq. c o n sequentemente, aumenta, mantida a mesma P0£ ve.no_

sa, observa -s e uma queda na saturação do sangue v e n o s o . Tal signj_

fica que mai or percen t a g e m de oxigênio está sendo liberada aos

. . . 107 , 1 36 , c . . . .tecidos (Figuras 3-a e 3-b).

0s efeitos da conce n t r a ç ã o hidro g e n i ô n i ca são conhecidos

116desde 0 inicio do Século, quando foram descritos por Bohr *'

Page 14: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

09

FIGURA 3-A

Po2 mm Hg

A CDO de um adulto normal (Pgg- 27mm de Hg), mostra a liberação

de 23% de oxigênio com a queda da P 0 2 de 90 para 4 Omni de Hg. A

curva desviada para a esquerda representa a CDO de um sangue com

afinidade aumentada pelo oxigênio (diminuição de 2,3-DPG, da tem

peratura e da P C O 2 , alcalose, hemoglobina fetal,etc). A P^q e de

12mm de Hg (hipotética) e este sangue liberaria apenas 3,1% de

seu oxigênio com a diminuição da P O 2 de 90 para 40mm de Hg. Para

que um percentual , sente! hante ao de uma curva em posição normal,

fcsse liberado, a P 0 ^ venosa necessitaria estar a níveis critica

mente baixos, 0 que significaria uma baixa pressão parcial de~ ~ 134ox i gêni o ao ní ve l c a p i l a r , com p0Lire d i f u s ã o aos t ec i dos .

Page 15: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

FIGURA 3 - B

A CDO desviada para a direita (aumento de 2,3-DPG, da

PCOg e da t e m p e r a t u r a , acidose, he mo gl ob in as de baixa

afinidade), comparada a CDO de um adulto normal

(P 50 " 27mm 1:16 h 9)* Sua ^50 ® de 36mm de e este

sangue libera 35% de seu oxi gê ni o com a queda da PO '21 34

venosa para 40mm de Hg " .

Page 16: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

11

I j « I

. 0 assim chamado "efeito Bohr resume-se na formula:

A 1 og P O 2--------------- _ Coeficie nt e de.BohrA 1 0 g p H

0 "efeito Bohr" resulta da presença de am in oacidos , que são

ácidos mais fracos na d e o x i - h e m o g l ob i n a que na ox i- he moglobina.

A forma Deoxi aceita mais protons e a molécula e assim estabili_

zada por ligações iÔnicas, que se formam inter e intra cadeias.

Portanto, 0 aumento da c o n centração h i d r o geniÔnica desvia 0 equj_

librio em direção ã forma de ox igenada e, em conse qü ên ci a, a CDO

para a direita. Em condições de alcalose, 0 desvio se processa

de forma inversa ^ 2 , 148^

Essas al terações podem ser pr oduzidas por ácidos ou bases

fixas, a P C O 2 constante (Coeficiente de Bohr = -0,40), ou induzi_

do por alterações na c o n centração de C O 2 apenas (Coeficiente de

Bohr = -0,48). 0 C 0 2 » além da al teração na afinidade, produzida

por mudar 0 pH do meio, tem 20% de seu "efeito Bohr" devido a

seu próprio efeito molecular na hemoglobina, combinando-se com

quatro aminoãcidos N terminais, forman do compostos carbaminicos

99, 132

Os efeitos da tem peratura são descritos pela fórmula:

Alog P 0 2 = 0 ,024aT ,

em que as mudanças de afin ida de são d iretamente proporei onais 51 ? 5quelas sofridas pela temp erat ur a ' ,

0 mon óx id o de carbono, do mesmo modo que a alcalose, des_

via a CDO para a esquerda e altera a forma da curva, tornando-a

Page 17: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

mais hiper bó li ca O D , 0 aumento da concen t r a ç ã o iônica, quando

muito acentuado, desvia (a CDO) para a direita 18, 4 5 .Muitas for

mas variantes de hemoglob ina podem ter sua afinidade pelo oxige

nio alterada. A h e moglobina fetal, por exemplo, apresenta uma

maior afinidade e, dessa maneira, a sua curva de dissociação e

deslocada para a esquerda. Por outro lado, outras hemoglobinas

têm sua afi ni dad e dim inuída e, desse modo, as suas curvas des

7 8viam-se para a direita .

Dos fosfatos orgânicos, o 2,3- DP G participa na hemacia de

um meca nis mo adapt ati vo intrínseco, que age como regulad or do'

— R^ RRtransporte de oxigêni o aos tecidos ’ . Esse composto, presen

te em co ncentração s i g nificativa apenas nas hemãcias 107,134^ jg

era conhecido desde 1925 e intrigava os in ve st ig ad or es por nao1 O C\

ser, ao co ntrario do ATP e ADP, um material rico em energia .

Paralelamente, sabia-se que a dialise de soluções de he mo globi na

resultava em d iminuição na sua afinidade com o oxigênio, sugeriji

do que algum material dialisãvel (não a hemoglobina de per si),

- 0 5seria responsável pela diferen ça naquela afinida de .

21 ? fiBenesch & Benesch e Chanutin & Curnish , quase si

m u i t a n e a m e n t e , descobriram que ésteres de fosfatos orgânicos têm

efeito na oxige na ção da he mo globina e que desses ésteres o 2 , 3 ­

- - - 21 DPG e o ATP tem influencia idêntica e mais efetiva . A concen^

tração em bases molares de 2,3-DPG, contudo, e em torno de qua^

tro vezes a do ATP * * e a p r o x i m a d a m e n t e se iguala a

da hemoglobina

A função do 2,3 -D PG no tr an sp orte de oxi gê ni o envolve o

equilíbrio entre as estruturas T e R. Por ser um composto anio

12

Page 18: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

13

ni camente forte, a p resentando a pH fisiológico, cerca de três car

28 -

gas negativas e meia , sua distr i b u i ç ã o de cargas se ajusta ã

cavidade central da mo lécula, entre duas cadeias 3 no estado T,pO

onde se encontram, dispostos, grupos p o s i tivamente carregados ’

81 — — -*•(Figura 4). Essa ligaçao é esp ec if ic a na hemo gl ob in a A, para

as cadeias 3» existi nd o um sitio e s p e c í f i c o de 2,3-DPG por molé

• • 78 -

cuia de d e o x i - h e moglobina , que envolve os grupos imidazõis das

histidinas (3 - 143). As ligações do oxigêni o e do 2, 3-DPG são

m ut ua me nt e exclusi vas e a o xigenação da hemoglobina em presença

de 2,3-DPG pode ser assim escrita:

HbD PG + 02 H b 0 2 + DPG 2 2 ’ 45

F I G U R A 4

(5)

Os sítios de ligação do 2, 3- DPG as cadeias

0 da hemo gl ob in a adulta são: histidina na

143^ posição, os gr up amentos aminotermi -

nais (N) e os grupa me nt os ca rboxila termi-

. 46nais .

Page 19: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

14

Estabilizando o estado T, como a queda do pH, o 2,3-DPG es

tabiliza a confor m a ç ã o de baixa afinidade com o oxigênio, verifi

cando-se portanto, desvio da CDO para a direita. 0 inverso é ver

dadeiro para os casos de baixos níveis de 2,3-DPG, onde ocorre

- 134um aumento da afin id ad e da h e moglobina pelo oxigénio .

G 2,3-DPG e um dos m etabÓlitos intermediários da via gli

-** - 7 8colítica do e ritrõcito . Na maioria das células dos mamíferos.

a glicõlise escá associada com a defosfori 1 ação de 1,3-difosfo

glicerato (1,3-DPG) direta m e n t e para 3 -fosf og li ce ra to (3- PG).No

eritrõcito, essa reação sofre em parte (20%), um desvio para a

- - 92 ~formaçao intermediaria de 2,3-DPG , numa reaçao lateral da via

de E m b d e n - M e y e r h o f , conhecida como via de R a p o p o r t - L e u b e r i n g .

0 2,3-D PG é s intetizado a partir de 1,3-DPG pela enzima

mutase do 2 , 3 - d i f o s f o g l i c e r a t o e h i d r o l i s a d o a m o n ofosfoglicera

to por uma fosfatase especí fica, fosfatase do 2 , 3-d ifosfoglicera

to , conforme figura 5.

0 int er me diário 1,3-DPG é substrato comum para as enzimas

7 8quinase do 3-fos f o g l i c e ra t o e mutase do 2 , 3 - d i f o s f o g l i c e r a t o .

A enzima mutase do 2 , 3 - d i f o s f o g l i c e r a t o catalisa a tran sf erencia

dc fosfato do 1,3-DPG para 3-PG, formando 2,3-DPG ^2 0 :

1,3-DPG + 3-PG 2,3-DPG + 3-PG .

Sua velocidade e de te rm in ad a, p r i n c i palmente , pelos níveis dei,3-

DPG e 2,3-DPG, sendo mui to' sensível à inibição por esse seu pro

78 120 —duto ’ . já a enzima responsável pela catálise de 2,3-DPG pa

ra 3-PG, fosfatase do 2 , 3 - d i f o s f o g li c e r a t o , sofre inibição dos

1 ?nm o n o f o s foglicera tos 3-PG e 2-PG .

Page 20: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

15

FIGURA 5

VIA DE EMBDEM - MEYERHOF

F R U T O S E - 6 P ATP

) ® ATP^JF R U T O S E -1, 6 DP

AOP ATP©... : -«^G L U C O S E - 6 P — ■ ' — —

1 - HEXOOUINASE2- ISOMERASE D A GLUCOSE 6 FOSFATO3- QUINASE DA FRUT0SE-6F0SFAT04- ALDOLASE5- ISOMERASE DA TRIOSE FOSFATO6 - DESIDROGENASE DO GLICERALDEÍD0-3 FOSFATO7- QUINASE DO 3-FOSFOGLICERATO8 - MUTASE DO 3-FOSFOGLICERATO9- ENOLASE10 —OU IN A SE DO PIRUVATO11-DESIDROGENASE LACTICA12-MUTASE DO 2,3- DIFOSFOGLICERATO13-FOSFATASE DO 2,3 - DIFOSFOGLICERATO

G L U C O S E

Page 21: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

16

Mais rec en temente, foi aventado que o ciclo de Rapoport &

Leubering es„taria sob controle de uma única enzima (mutase do

2 , 3 - d i f o s f o g l i c e r a t o ) , a qual seria bifuncional, ou seja, teria

71 7 Stanto atividade mutase como fosfatase ’ .

Os fatores que regulam os níveis de 2,3-DPG dentro do eri

trÕcito são complexos e, em muitas ocasiões, inter-r el ac iona do s

78

Estudos, em indivíduos submeti do s ã hipoxia por grandes

altitudes, m o s t r a r a m níveis elevados de 2,3-DPG 8 5 . A respos

ta ã hipoxemia seria medi ada por mudanças na glicõlise eritr.ociti

• 1 ?2 ria, e nvolvendo a via de Rapoport & Leubering . Como os fos

fatos orgânicos reagem apenas com h emoglobina d e o x i g e n a d a ,quanto

maior a qua nt ida de desta presente, maior a quanti da de de 2,3-DPG

ligado. A enzima mutase do 2,3-DPG, assim liberada de seu pote_n

te inibidor, ace le ra ria a síntese de 2, 3-DPG livre

Esse mecanism o foi s uficiente para explicar o achado de

concentrações aumentadas de 2,3-DPG secun da ri as a hipõxia de di_

ferentes etiologias, como as secu nd ar ia s a in suficiência cardía^

88 - - ca congestiva , car di opa ti as con gê ni ta s cianoticas e como a de

portadores de doenças pul mo na re s crônicas

No entanto, se a hipoxia se acom pa nh a de uma acidose pr£5q 05 _

vocada seja i n vitro", seja "in vivo" '* , nao ocorre o aumeni

to do 2,3-DPG induzido pela hipoxia.

Outros mec an is mo s propostos parecem ter maior importância

na relação dos níveis de 2,3-DPG, tanto nos estados hipõxicos co

Page 22: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

7 8mo em outras condições . Dentre estes, o efeito da concentra^

ção h i d r o g e n i Ô n i c a , a qual exerce ativida de através de seu efei

- 11 9 3 120to sobre a gl icolise ’ ’ .

Dados ter mo di nâmi cos indicam que as reações catalisadas

pelas enzimas hex oq uin as e, quinase da f r u t o s e - 6-fosfato e quina^

se do piruvato, são os pontos limitan te s no processo glicolTtico

e r i t r o e i t ã r i o , onde ocorre a maior parte das mudanças em energia

- 94livre da glicolise . Dessas enzimas, a quinase da f r u t o s e -6 -

9 5fosfato seria fortemente dependen te do pH , ocorrendo sua ini

bição, rapidamente, com a diminuição dos valores de pH ^ ^ . S e g u n

12do Astrup e colaboradores , o conteúdo de 2,3-DPG dependeria do pH intra-eri

trocitãrio e, c o n s eqüentemente, do pH plasmatico Assim, a aci

dose diminuiria o 2,3-DPG, como, hã algum tempo, jã havia sido

118demonstrado por Rapoport "in vitro': ; e a alcalose, estimulaji

- — ' -r 12do a glicolise eri troei tari a , aumentaria os níveis de 2,3-DPG .

Nos estados hipoxicos, a baixa saturação de hemoglobina

aumentaria o pH eri t r o e i ta ri o , por ser, a d e o x i - h e m o g l o b i na ,mais

alcalina que a oxi-hemogl ob i n a , além da contribuição da hiperven^

tilação freqüentemente vista nesses estados 119» 141 ^

influência se efetiva por serem, o m e t a b o l i s m o do 2, 3-DPG e a gl^

cÕlise, muito sensíveis a pequenas variações de pH ^ .

As alterações de pH intra c e l u l a r também al te ra m a ativida_

de das enzimas inutase do 2, 3-DPG e fosf at as e do 2,3-DPG. Em coji

seqüência de uma alcalose, alem da síntese aumentada de 2,3-DPG,

• • - ~ - 1 1 9verifica-se tam b em uma diminuição de sua degr adaçao .

Estudos clínicos, em pacientes com ceto acidose diabética,

d e m o n s traram forte correlação dos níveis de 2,3-DPG com o pH ar

1 7

Page 23: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

18

terial ^ 0 mesmo fato foi consta ta do com o pH intra-e

ri troeitario , seja em condições de acidose, seja nas de alcalose

52, 141

Como a um pH fi si ol ógi co , o 2, 3- DPG e um ânion altamente

carregado, ele próprio tanrbém infl ue nciaria a di stribui ção de pro

tons de cada lado da membrana e r i t r o e i t ã r i a . Altos nTveis de

2,3-DPG estão associados a uma diminu i ç ã o reflexa do pH intrace

92 -lular . Isso confere ao 2, 3- DP G um "efeito proton", o aumento

de sua concentração i ntra-eri troei taria determinaria uma diminui_

çao adicional da afinid ade da h emoglobina com o oxigênio Essas

alterações no pH têm importância, porque o aumento da concentração

hi drogeniônica i n t r a - e r i t r o e i t ã r i a , devido ao aumento da concen

tração de 2,3-DPG, limita o estimulo a sTntese deste, decorrente

- 92da hipoxia .

Alêm do pH i n t r a c e l u l a r , o nTvel de fósforo também inter

fere na sTntese de 2,3-DPG, por ser um fator regulador da glicÓ

7 8 ~ _ _lise . Pacientes nao acidõti co s enr i n s u ficiência renal, fre

qüentemente, a p r e s e n t a m nTveis aumentados de 2,3-DPG. Esse aumen

to co rr eiaciona-se bem com a concen t r a ç ã o e x t r a c e l u l a r de fÓsfo

ro e com a P ^ q elevada de tais pacientes ^ .

A reg ulação do 2,3-DPG hema tico se constitui num meca n i£

mo ada pt ativ o útil da hemãeia, para regular o transporte de oxj^

- . . 8 5 , 1 3 5gerno aos tecidos .

Enquanto a resposta c i r c u l a t ó r i a a uma hi poxia ê rápida e

de duração limitada, e a mu dança de concen t r a ç ã o de hemoglobina

85 ~leva semanas para se proce s s a r , o inter va lo para alterações

Page 24: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

19

-+ — - - 1 9 134dos níveis de 2,3-DPG e i n t e r m e d i a r i o , de três ’ , a seis

horas 8 ^ após a alte ra ção do pH.

Sabe-se, desde 1939, que o sangue fetal tem, pelo oxigê

0 8nio, maior afi nidade que o sa.ngue adulto e que essa diferença

_ 12 5deve-se a presença da h e moglobina fetal (Hb-F) . No entanto,

medidas de P^g > feitas apos a d i a l ise de soluções de hemoglobina,

mo straram que, para ambas as hemoglobinas, fetal e a d u l t a ,existe

idêntica afinidade. Esses estudos suger i r a m que deveria haver

algum outro fator independente da est ru tu ra intrínseca da molécula

, , , , . 05, 17, 46, 124de h e m o g l o b i na * .

Com a adição de 2,3-DPG as soluções d i alisadas de hemoglo^

bina, de scobriu-se haver uma diferença de resposta na mudança de

afinidade, aument a n d o - s e a P^g em 50% para a Hb-A e em 14% para

a Hb-F 138. pQr reagi r menos com o 2,3-DPG a Hb-F tem sua

co nf ig ur ação T ou Deoxi menos e s t a b i l i z a d a em relação a sua con^

figuração R ou Oxi; na ausência ou na menor ligação ao 2,3-DPG,a

molécula de hemogl obi na permanece, portanto, mais saturada, sem

que se altere a P 0£.

Embora a maior parte das 39 su bstituições na cadeia y te

nha pouco efeito nas propr ie dade s fi si ol óg ic as da molécula, seja

por e s tarem na sua su pe rf ície externa, seja por serem feitas com

aminoãcidos similares, im po rtante diferença entre Hb-A e Hb-Fadvêm

de uma s u b stituição no sítio de ligação do 2,3-DPG, histidina (3­

143) 8 7 » 1 4 3 .

A histidina, um a minoãcido posit i v a m e n t e carregado, tem

sua posição ocupada por um am in oã cido com carga neutra - s e n

Page 25: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

zo

na, que não pode ligar compostos negati v a m e n t e carregados como

462,3-DPG .

Diferenças adicionais fazem com que a hemoglobina fetal

não seja funcionalmente uma única proteína, mas, ao contrario,queI40

se constitua de dois compostos design ad os Hb-F II e Hb-F I 44 scorrespondendo a 80 e 20%, r e spectivamente, do total .

Enquanto 0 componente Hb-F II tem a fórmula a 2y 2 , Hb-F I

tem, bloqueadas por gr up amentos acetil, ambas as terminações N

^ , 84, 143das cadeias ’ .

Quando ambos os resíduos histidina (fr-143) e B~N terminal

estão totalme nt e reativos como na hemoglobina A, ocorre uma max1_

~ - 10 5ma modif icaça o na afin id ad e com 0 oxigênio . Se a Hb-F II mos_

tra ainda 20% de dimin uição de tal afinidade apÓs a adição de

2,3-DPG, 0 compone nte Hb-F I, por ter ambos os resíduos ocupa^

~ ~ 29 _dos, nao manifesta nenhuma d iminuição . A s u bstituição da hi£

tidina (3-143) e 0 bloquei o dos grupos N terminais, resultam nu

~ 143ma completa falta de interaçao com 0 2,3-DPG .

A difusão t ra ns pl a ce n tã ri a de oxigênio seria facilitada pelo

fato de a Curva de D i ssociação da Oxi-hemoglobina do sangue fetal

- 88 estar situada a esqu er da da do san gu e ma terno ,e por este S£

frer, na gestação, um desvio para a direita, conseqüente da ele

vação de 2,3-DPG 130, 1 4 4 .

A maior afin id ade da hemog lo bi na com 0 oxigênio, a maior

concent ra çã o de hem og lo bi na e 0 maior debito cardíaco, traduzem

mecanismos de ada pt aç ão do feto para a u m e n t a r a qua nt id ad e de

Page 26: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

21

oxigênio transpor ta da por unidade de tempo 8 8 ’ 144^

0 sangue mat er no chega i placenta com uma P O 2 de aproxima^

damente 100 mm de Hg e 98% de saturação e pH de 7,4. No espaço vilo-

èo »0 pH cai, e a P0£ ê de 45 mm de Hg, 0 que representa cerca

~ 143de 50% de satu ra çao .

0 sangue fetal, em virtude de sua baixa P^q» pode atingir,

a baixa P O 2 , uma saturaçã o suficiente. 0 sangue retorna para 0

feto com P O 2 de, a p r oximadamente, 30 mm de Hg, 0 que significa 70%

de saturação a um pH de 7,4. A P O 2 , nos tecidos fetais,pode che

gar a atingir 15 mm de Hg, e uma liberação de 50% do conteúdo de

oxigênio ocorre em virtude da natureza vertical da curva de dis

• - 14 3sociaçao para baixos valores da P O 2 .

0 "efeito Bohr" intervém no curso das trocas gasosas pla_

centãrias, aumentando a di ferença da P O 2 entre 0 sangue materno

e 0 fetal. Quando 0 CO2 deixa 0 sangue fetal, a curva de disso

ciação é desviada para a esquerda; e, inversamente, quando e caj?

tado pelo sangue materno, a curva desvia-se para a direita, faci_

• — — - fi 7 R 9litando a captaçao e liberaçao de oxigênio a lternadamente ’ .

A hemoglobina fetal e 0 principal pigmento respiratório

desde a vida i ntra-uteri n-a precoce até 0 nascimento 143^

Ela Ó precedida de duas h e m oglobinas embri onãri a s , Gower 1 e Go>

wer 2 , com cadeias e & 2 £2 respectivamente, que não foram de

monstradas após a 8= ou 10= semana de vida i ntrauter i n a . 0s estiu

dos de hemãcias com esses tipos de hemoglobi na , mo straram afinj[

dades com 0 oxigênio semelhantes as das células do cordão umbili^

Page 27: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

22

A Hb-A esta presente a partir de, aproximadamente, 8 sema

nas de gestação, e se torna a hemogl o b i n a p r edominante durante

- . . - 42. 87. 143os tres primeiros meses apos o parto ’ .

Altos níveis de Hb-F p e r s istem durante a vida intra-uteri

na (90 a 95%), ate em torno de 30 a 34 semanas de gestação, pas

sando a diminuir gradualmente a uma velocidade de 3 a 4% por s <í

, 44 46 1 43mana, para alcança r níveis de 50 a 85% com 40 semanas ’

Embora os fatores que re gulam a produção das cadeias não

8 7 - - ~estejam esclarec id os , vários autores têm mos tr ad o correlação

03 14inversa entre a pe rc entagem de Hb-F e a idade gestacional ’ ’

26,35,44

Da mesma forma, a afinidade do sangue fetal com o oxigê

nio também diminui, sign i f i c a t i v am e n t e , com a idade gestacional

14 5 1 1 0 2 ~* ’ . Essa dimin uiç ão deve-se, principa lm en te, ao aumento

1 4na per ce nt ag em de hem og lo bi na adulta . Embora alguns estudos

d em ons trem que os níveis de 2,3-DPG aumentam, de modo significati_

. ~ 5 1 , 1 0 2 . , + .vo, com a gestaçao , mais recen te me nt e, sug er iu -s e que e£

~ 14ses resultados eram inf lu enciados pela condi çã o de nascimento .

A posição da Curva de Dissociação da O x i - h e m o g l o b i n a ,no re

cém-nascido, e det er mi na da pelas proporções relativas de Hb-F e

Hb-A, presentes, e pela concen t r a ç ã o de 2,3-DPG hemã ti co ^ , 1 0 5 ,

141 ~ -. Como a ligaçao de 2,3-DPG com a hemo globina fetal e de pou

O Q 1 O Q wco mais de 1/3 daquela do adulto ’ , a estre it a correlação

obtida entre 2,3-DPG e P^g no sangue de adulto, não se observa

no sangue do recem-nas ci do ^ Neste, a P^g se corre

laciona, em in te nsidade crescente, com a p ercentagem de hemoglobj_

Page 28: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

23

na fetal, com a "Fração Funcionant e do 2,3-DPG" e com a "Fração

Efetiva do 2,3-DPG". Con sidera-se "Fração Funcionante", o produ

to da pe rcentagem de Hb-A existente pela c o n centração de2,3-DPG;

"Fração Efetiva" é um conceito que leva em conside ra çã o o discre

to efeito do 2,3 -DPG sobre a Hb-F 51 * 1 0 2 :

"Fração Fu nc ionante do 2,3-DPG" = t 2,3-DPG ] x%HbA;

"Fração Efetiva do 2,3-DP G" = '[ 2,3- DPG 1 x (%Hb A+0 , 4x%HbF).

Se, por um lado, o au mento da afinidade é ideal para o fe

to "in utero", por outro lado, as células fetais são pouco aptas

a responderem ã hipoxia, devido a sua ina bi li da de em aumen ta r a

- 46 105 - -a capacidade de ceder oxigênio ’ . Hemacias de recem-nas ci_

dos não m o s t raram aumento de 2,3-DPG quando incubadas com nitro

gênio, ao contrário das de adulto, as quais a p r e s e n t a r a m rápido

109 - ~aumento , da mesma forma que lactentes menores de um mes nao

elevam seus níveis de 2,3-DPG propo rc io na 1mente ã hipõxia, como

• • 1 0 9 . 1 4 1 - ~as crianças maiores . Recem-nasci d o s , filhos de maes hi_

pertensas, ou des nutridos i n t r a - u t e r i n o s , mostr a r a m níveis nor

mais de 2,3-DPG, a despeito da possível hipoxia a que estiveram

130 144submetidos * . Por sua vez, sangue adulto, tra ns fundi do in

tra-útero em filhos de mães s e n s i bilizados por incompatibi lida de

Rh, sob regime de baixa P O 2 do sangue fetal, apres en to u, ao nas^

cimento, nTveis mais elevados de 2,3-DPG que 0 sangue de recem-

nascidos com a mesma condiçã o mas sem terem receb id o transfusão

101

Tal como ac on tecido com os adultos, recém-nascidos com

acidose causada por "Doença de Membrana Hialina", também apresen

- -r 6 4 147taram diminuição nos m v e i s de 2,3-DPG * . Ape sa r de os e

Page 29: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

24

feitos do 2,3-DP G serem menores ria h emoglobina fetal, nos grupos

de p r e m a t u r o s ^ e s t u d a d o s ,observou-se c o n comitante queda nos níveis

51 91 147 ~da PgQ * * . Nao foi enco ntrada corr el açao entre os ní

veis de PC^ e 2,3-DPG; todavia, entre pH e 2,3-DPG 64 e entre pH

i n t r a - e r i t r o e i t i r i o e 2,3-DPG, boa cor re la çã o foi observada

A medida do pH i n t r a - e r i t r o e i t a r i o , independe n t e me n t e do

método utilizado, tem mostrado que este (pH intra -e ri tr oeit ar io )

• • 14 1^ 52varia d i retamente com o pH do sangue total ’ ’ . Observou

se, em crianças com hi poxia por cardiopati a cong ên it a cianõtica,

que, a qua lq ue r pH plasmãtico, a relação entre a concentração fu

drogeniÕnica intra e e x t r a - e r i t r o e i t a r i a estava aumentada, suge

rindo uma a l c alinidade relativa i n t r a c e l u l a r nessa condição, ne£

sa fai xa etária .

Embora impressões iniciais tenham sugerid o que os efeitos

das variações da CDO de vessem se e n carar de forma menos entusiãs^

126tica , por se tratar de um m e c a nismo fi si ológico onde outros,

* — 83 -mais eficientes, estão em jogo , a uti li za ça o clínica desses

conhecimentos tem realçado o seu valor prático

Defeitos intrínsecos i n t r a - h e m ã t i c o s ,p a r t i c u larment e a de

ficiencia da quinase do piruvato estão associa do s a níveis elevados

de 2,3-DPG, enquanto defeitos na via gl icolítica, antes da forma^

ção de 2,3-DPG, estão associa do s a níveis diminuídos. Indivíduos

que a presentam de fi ciência de hexoquinase, apesar de terem níveis

de hema tõ er it o semelha nte s, tole ram pouco o exercício físico, ao

contrario daqueles portadores de defic iê nc ia na quinase do pinJ

vato, cuja CDO estaria desviada para a direita

Page 30: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

25

Da mesma forma, estudos em premat ur os com "Doença da Mem

brana Hialina" têm demonstrado o efeito benéfico da exsanguineo

transfusão com sangue adulto, por dota-los de uma h e m o g l o b i na com

maior capacida de de liberar 02 aos tecidos

E de im po rtância terapêutica, a observ aç ão de que os n T

veis de 2,3-DPG se encontram e permanecem baixos apos 96 horas de

tratamento na ceto-acidose diabética, enquanto que o pH e corri

gido rapidamente ao normal. Isso resulta no desvio da CDO para

a esquerda, com possível prejuízo do sup ri me nt o de oxigê ni o aos

~ - 04 19tecidos, situaçao que e piorada pelo uso de b icarbonato ’ .

Não obsta nt e a impo rt ân ci a do so fr imento fetal ag udo,por

* CQ _

sua frequencia e como causa de m o r t a l i d a d e perinatal , nao

encontramos, na literatura, dados que analisem o comportamento

da CDO, nessa condição, e a influência dos fatores que o regu -

lem. Não encontram os , também, em nosso meio, relato de estudos

sobre transporte de oxigê ni o em r ecém-nascidos a termo, e sobre

sua variação com a idade gestacional.

Sabe-se que recém-nascidos, que nasceram impregnados de

meconio, mostraram níveis de 2,3-DPG no sangue da veia umbilical,

. . . . ~ 98significa t i v am e n t e mais baixos que naqueles nao impregnados .Em

bora os níveis de pH, então enco ntrados, fossem semelhantes nos

dois grupos, e não tenha sido dada a condição de nascimento das

crianças estudadas, os resultados p o d eriam sugerir uma diminui_

ção de 2,3-DPG também em condições de s ofrimento fetal agudo.

0 conhecimento de que o sofrimento fetal agudo é acompanhado de a -

— — fiQ lf\cidose, ji está bem estabelecido ’ ; mas, não temos noção de como se com

Page 31: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

26

porta o pH intra-eritroei tario nessa condição, nem de como se re

laciona com o pH sangüíneo, e nem de qual seja sua influência so

bre os níveis de 2,3-DPG e sobre a P^ q * Tampouco, não temos no

ção do que se pode tesperar em relação ao tra ns po rt e de oxigênio

aos tecidos a partir de dados clínicos como o Escore de Apgar.

Page 32: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

O B J E T I V O S

Page 33: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

28

OBJET IV OS

1. Verificar os valores da P 5 g ( 7 4 ^ da p 5 q -j v ) do 2,3-DPG

e suas Frações "Funci onante" e "Efetiva", do pH intra-er_i

troci tã ri o e da difer en ça entre os valores de pH plasma

tico e pH i n t r a - e r i t r o e i t ã r i0 em três grupos de recém-nas^

e i d o s :

- a termo, eutroficos, sem so fr im ento fetal,

- a termo, eu tr oficos, com sof ri me nt o fetal e

- prê-termo, eu tr oficos, sem sofrim en to fetal.

2. Comparar os valores da P ç q ^ 4)5 da 2,3-DPG

e suas Frações "F un cionante" e "Efetiva", do pH intra-e

rit ro ci ta ri o, bem como os da difer en ça entre os valo -

res do pH plasmãt ic o e pH i n t r a - e r i t r o e i t a r i o ,entre 0

grupo de r e c é m - nascidos a termo sem sofrimento fetal, e

os grupos de r e c e m -nascidos a termo com sofrimento fe -

tal e re cé m- nascidos prê-termo.

3. Estab el ec er co rr elação entre os valores de P ^ g (7 4 ) e

os níveis da he mo globina fetal, 2,3-DPG e suas Frações

"Funcionante" e "Efetiva"; dos valores de pH plasmãtico

com os do pH i n t r a - e r i t r o ei t ã r i o , nos três grupos de

rec ém -nascidos estudados.

4. Est ab el ec er c orrelação entre os valores de pH p l a s m ã t i ­

co e i n t r a - e r i t r o e i t a r i0 e os valores de 2,3-DPG e

Page 34: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

29

P5o (7 4 ) ’ entre 0 valores do Escore de Apgar e os valo -

res de 2,3-DPG e P^q ^ ^ , nos grupos de recém-nascidos

a termo, com e sem so fr imento fetal.

5. Estabele ce r co rr el aç ão entre a Idade Gestacional e os va

lores de P g Q (7 nos grupos de r ecém-nascidos sem so -

frimento fetal, a termo e pré-termo.

Page 35: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

C A S U Í S T I C A

Page 36: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

31

CASUÍSTICA

A população de estudo constou de recem-nascidos de cinco

maternidades da cidade de Curitiba:

1. M a ternidade do Hospital de Clínicas da Universidade Fe

dera! do Parana;

2. Clínica e M aternidade Nossa Senhora do Rosário;

3. M a ternidade Nossa Senhora de Fátima;

4. Hospital e Matern i d a d e Santa Brígida;

5. M aternidade Curitiba.

Foram incluídas, como participantes, 48 crianças nascidas

de parto via vaginal ,com ou sem utiliz a ç ã o de fórceps, apreseji

tação cefálica , divididas em três grupos:

i. 17 recêm-nasci dos a termo, vigorosos, de peso adequa^

do para a idade gestacional (grupo controle);

ii. 16 r e c e m -nascidos a termo, com sofrimento fetal agudo

(SFA) e de peso adequado para a idade gestacional (grupo SFA);

iii. 15 recém-nascidos pre-termo, vigorosos e de peso ade

quado para a idade gestacional (grupo prê-termo).

Page 37: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

Critérios de inclusão:

Foram co ns id er ad os a termo, aqueles recêm-nascidos com ida

de gestacional com pr een di da entre 38 semanas e 41 semanas e 6

dias, contadas a partir do primeiro dia do último perTodo mens

trual ; e como pre-termo, aqueles cuja idade gestacional ,pelo mes

mo critério, esteve compreendida entre 28 semanas e 37 semanas e

6 dias

32

A idade gestacional foi veri ficada pela tabela das carac

terTsticas externas e m a t u r i d a d e ne ur ológica do re cêm-nascido (me

37todo de Dubowitz e colaboradores) , aplicada entre 24 e 48 horas de vida.

Para os rec em -nascidos, nos quais não foi possível uma a

valiação neurológica satisfatória, u t ilizou-se para verificaçã o

da idade gestacional, o mét odo de Parkin e colaborado re s^"* .

A c l a s sificação do estado nutricional foi obtida com a cur

va de peso elaborada no Hospital do Servi do r Público do Estado „ ] 21

de Sao Paulo . Como tendo peso adequado para a idade gestacio^

nal , ac ei tar am -se aqueles r ecém-nascidos cujo peso, ao nascime^

to, es tivesse entre o 10? e o 909 percentil, considerad a a idade

gestacional pelo tempo de am en or reia ^ (Figura 6 ).

0 grau de vitalid ad e foi dado pelo Escore de Apgar, apli_

cado no prime ir o e no quinto mi nutos de vida ^ , c o n s i d e r a n d o - s e :

- Re cé m- nascidos vigorosos, aqueles que aprese n t a r a m uma

contagem de Apgar entre 7 e 10 no primeir o minuto, e ausência de

im pr egnação meconial no líquido amniotico, pele, cordão umbilj_

98cal ou placenta ;

Page 38: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

33

Figura 6

SEMANA DE GESTAÇÃO _. P R É- T E R M O , TERMO

Distribuição dos 48 r e c e m -nascidos quanto ao peso, em função da

idade gestacional pela ame no rr ei a, de acordo com a curva de p£

so elaborada no Hospital do Servidor Público do Estado de São

121 - ~Paulo . Todos os recem-nascidos estao compreendidos entre o

109 e o 909 percentil, linhas superior e inferior respec t i v a m e £

t e .

© Recém-nascidos pre-ternio e a termo, vigorosos.

à Recém-nasci dos a termo com sof ri me nt o fetal agudo.

Page 39: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

34

- Recem-nascid os com sofr imento fetal agudo (S F A ) , aqueles_ no

cuja contagem de Apgar esteve entre 0 e 6 no primeiro minuto ’

56,69

Foram excluí do s os recém-nascidos:

1) De mães que, duran te a gestação, fuma ss em em média,

mais de 4 cigarros por dia, ou que tivessem fumado, nas últimas

12 horas antes do parto, conforme i n t e r rogatório dirigi do,porque

a quantidade de c a r b o x i - hemoglobina presente no sangue fetal por

monóxido de carbono inalado em decorr ê n c i a do tabagismo, depende

diretamente da quant id ade inalada e , inversamente, do tempo que

. , ~ 41,70,86cessou a inalaçao ;

2) De mães portadoras de "Diabetes Mellit us ", por ter si

do constatado que seus recém-nascidos pre-termo a p resentavam me

nor concentração de hemoglobina fetal, comparados com recém-nas_

eidos prê-termo de mães não diabét ic as ^ ;

3) De mães portadoras de c a rdiopatias com insuficiência

cardíaca congestiva, asma brÔnquica, anemia a c e n t u a d a , pela

possível ocorrência de hipÕxia intr a- uterina crônica, ocasio

~ 27 131nando maiores conce nt raçoes de h emoglobina fetal ’ ;

4) De parto gemelar, pela possib i l i d a d e de haver transfij

são feto-fetal ^ 6 ,

5) Com s i n a i s ■c l í n i cos sugestivos de alterações cromossÔ

micas, pela elevação dos níveis de hemogl obi na fetal em recém-nasci­

dos com trissomia D e pelos menores níveis demo ns tr ad os em

Page 40: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

35

recém-na sc idos com trissomia G (STndrome de Down) ;

6 ) Com Doença HemolTt ic a pelo fator Rh, por ap re se nt ar em

maior síntese de hemoglob ina A, como resposta a hemÕlise acentua

da, no final da gestação 7 7 ;

7) Com suspeita clínica de infecção intr a- ut er in a crônica,1 AC

pela possibilid ad e de d e s e n v o l v e r e m anemia .

Page 41: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

M A T E R I A L E M É T O D O S

Page 42: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

37

M A T ERIAL E MtTODOS

1 . COLHEITA DO MATER IA L

O sangue foi co lhido direta m e n t e da veia umbilical, logo

apos a laqueadura e antes da dequitação. 0 tempo de laqueadura

variou de 20 a 60 segundos, sendo de 20 a 45 segundos no grupo

controle e no grupo com SFA, e de 40 a 60 segundos no grupo pre-

t e r m o .

Utiliza ra m-s e seringas descartáveis de 3ml h e p a r i n i z a d a s ,

para as determi na çõe s de gasome tr ia e pH in tr a- er it roei tário

(PH ie )> e seringas de 10 ml descartáveis h e p a r i n i z a d a s , para as

determinações de hematÕcrito, hemo gl ob in a, 2,3-DPG, hemoglobina

fetal e P 5 0 _

2. TRANSPORTE E A C O N D I C I O N A M E N T O

Logo após a colheita, as seringas com sangue foram acoji

dicionadas, para transporte, em rec ip ie nt e térmico com gelo e

agua, iniciando-se as d o s a g e ns num intervalo de 30 a 90 minutos

após a colheita ^

Também nos intervalos entre leituras de pH.gases, pH^e e

saturação.o material era acondi c i o n a d o de forma idêntica.

Page 43: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

38

3. GASOMET RI A

O pH plasmatico, a PCC^ e a PC^ foram determi na do s até 120

minutos apos a colheita, em duplicata, u t i lizando-se 0 analiza

dor de pH e gases sangüíne os da I nstrumentati on L.aboratory Inc.

(Lexington, Massachussets ), modelo 213. Os valores de Excesso

de Base e bicarbonato real, foram obtidos a partir do nomograma

1 27de Siggaard- A n d er s e n .

4. CONCENTRAÇÃO DE HEMOGL O B I N A FETAL

A concentração de h emoglobina fetal foi determinada, em

duplicata, pelo método da d e s naturação alcalina de Singer et a l .

129 ~ - -. A concentraçao de Hb-A para 0 calculo de "Fraçao Funcionar^

te de 2,3-DPG" e de "Fração Efetiva de 2,3-DPG" 5 1 ’ 1 0 2 , foi da

do como a per centagem restante.

5. DETERMINAÇÃO DO H E M A T Õ C R I T 0 E DA H E MOGLOBINA

A determinação do hematõ c r i t o foi feita, em duplicata, em

uma centrifuga de m i c r o - h e m a t o c r i t o modelo Autocrit II da Clay

Adams (New York, N.Y. ) .

A dosagem de hem og lobina fez-se, também em duplicata, pe

lo método da c i a n o m e t a - h e m o g l o b i na .

Page 44: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

39

6 . DETERMINAÇflO DE 2,3 - D I F O S F O G L I C E RA T O

O 2, 3-DPG foi dosado, nas amostras de sangue, pelo método

c o l o r i m é t r i c o - e n z i m ã t i c o , se gu indo-se as instruções da Sigma Chem

1 ? 8ical Corporation (Saint Louis, Misouri) .

ApÕs a extração do s o brenadante livre de p r o t e í n a s ,num in

tervalo de até 120 minutos depois da colheita, o mesmo era acon

dicionado a uma temperatura entre 0 e -5°C, para dosagem num in

tervalo de ate 48 horas.

A abso rb anc ia foi medida em 660 nm,em um espectofotÔm et ro

modelo Junior II da Coleman Instruments Division (Maywood, Illinois).

Os valores en co nt ra do s, expressos em ymoles de 2,3-DPG/ml

de sangue, foram convertidos para ymoles de 2,3-DPG/ml de hemã

cias conforme a formula:

, ymoles de 2,3-DPG/ml de sangueumoles de 2,3-DPG/ml de hem. = --------:_______=_________________ x 100

hematocrito

7. DE TE RM INA ÇÃ O DO pH INTRA - E R I T R O CI T Â R I O

Uti lizou-se a técnica de hemÕlise por congel aç ão e descoji

~ 7 5gelaçao descrita por Hillper t e c o l aboradores , modificada.

Cerca de 2,0 ml de sangue, a condicionados em uma seringa

plástica de 3,0 ml (a mesma utilizada para do sa gem de pH e gases),

eram vedados com um canhão de agulha selado, tomando-se o cuid£

do de expelir as bolhas de ar porventura existentes. Em seguida,

Page 45: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

40

a seringa era c e ntrifugada a 6600 g por um período de 20 minutos

a 4°C, numa centr if uga refr iger ad a model o J-21C da Beckman Ins

truments Inc. (Fullerton, Califórnia).

Cerca de 0,3 ml das hemãcias sedimentadas era extraída pe

lo orifício da seringa e transferida direta m e n t e para outra se

- 15 -

ringa plastica de 1 ml modelo Pl astipak da BD Industrias Cirur

gicas (Juiz de Fora, MG), e v i t a n d o - s e o co ntato com o ar. Esta

seringa era colocada em contato com gelo seco até ã congelação de seu

conteúdo. ApÕs a descongelação, o pH era medido, em triplicata,

no hemoliz ado das hemacias, com o mesmo eletrodo de pH, usado p^

ra dosagem do pH pla smático. 0 valor do pH i ntra-eri troci^

tãrio considerado, era a media aritmética simples das três leitiu

r a s .

A d e terminação estava concluída no intervalo de ate 5 h<3

ras apÕs a colheita, período no qual não existe alteração do pH

in tr a- er itrocitario, desde que seja a c o n d i c i o n a d o o material e£

tre 0 e 4°C 1 5 .

8 . D E T ERMINAÇÃO DA P 5Q

A de te rminação da P^ q foi feita pela técnica de mistura

61 modificada. Duas amostras de sangue foram expostas a gases

umidificados com difer en tes concentrações de oxigênio ( 3,0% e

4,6%), concentração idêntica de C0p (6,3%), complementadas com

- 55nitrogênio .

A exposição aos gases foi realizada em dois tonÔmetros de

. • 25circuito aberto adaptados.

Page 46: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

41

8.1 - Tonõm et ros de Circu it o Aberto

C o n stituem-se de dois balões de vidro com tres tubos tam

bém de vidro, fundidos na sua porção su perior (Figura 7). Cada

balão mede 4,5 cm de diâmetro, e os tubos medem 2,5 cm de compri

mento por 1 cm de diâmetro, os quais são vedados por rolhas de

borracha para impedir o contato do interior da câmara, com o ar

atmos fé ri c o .

Os tubos laterais se c o m u n i c a m com os sistemas de ventila

ção e saída de gãs através de agulhas 25x12, inseridas nas res^

pectivas rolhas de borracha. 0 tubo central é utilizado para a

colheita de sangue através de agulha 90x8, inserida na rolha de

borracha e vedada por seu mandril.

0 sistema de ve nt il aç ão se constitui do cilindro de gãs e

de um recipiente, para u m i d i f i c a ç ã o , aquecido, conectados por

meio de tubos de latex. 0 si stema de saída do gãs se constitui

de um tubo de latex imerso em re ci piente com agua, prevenindo a

entrada de ar ambiente no tonô me tr o e serv in do para co ntrolar o

fluxo gasoso na vel oc id ad e desejada.

Os dois balões de vidro p e r m a n e c e m imersos em ba nh o-maria

a 37°C, fixados a uma haste metál ic a que se conecta, em uma de

suas ex tr em idades, ao sistema de rotação de um agitador modelo

114 da Etica Equipamentos Cient íf ic os (São Paulo, S.P.),que lhes

dá uma rotação elíptica ao redor de seus eixos pe rp en diculares

da ordem de 150 mo vi mentos por minuto (Figura 8 ).

Page 47: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

42

FIGURA 7

Figura 7 - Repres e n t a ç ã o esquemãtica de um balão de vidro e

dos sistemas de entrada e saída dos gases, bem como do o r i ­

fício de retirada do sangue. 0 gás proveniente do cilindro

e previamente umi di ficado e aquecido num recipi en te mantido

em banho-maria a 379C. 0 sistema de saída em selo d'agua

serve, pela emissão de bolhas, para co ntrolar o fluxo g a s o ­

so .

Page 48: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

43

FIGURA 8

Figura 8 - R e p resentação esquem á t i c a dos tonômetros a c o p l a ­

dos ao agitador. 0 nível líquido do banho-mari a permite i ­

mersão completa dos balões de vidro na altura da haste de

s u s t e n t a ç ã o .

Page 49: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

44

8 .2 - Procedim ent o

Cerca de 2,5 ml de sangue eram colocados em cada tonome

tro. ApÕs um período de tonome tr ia de 35 a 45 minutos ^ , 5 amos

tras de sangue eram colhidas dos balões.

Foram utilizadas seringas de vidro de 1 ml modelo BD Ya

le Tuberculina, da BD Indústrias Cirú rgicas, preenche nd o- se, com

soro fisiológico, os espaços mortos das seringas.

Duas das 5 seringas eram preenchida s com 0,8 ml de sangue,

sendo uma amostra, a que foi tonometrada com mistura gasosa con

tendo 3% de oxigênio e, outra, a que foi tonometrada com mistura

contendo 4,6%. A fim de se obter amostras com conteúdos interme

diários de oxigênio, as seringas restantes eram pree nchidas com

0,6, 0,4 e 0,2 ml de sangue tono metrado com mistura gasosa conter^

do 3% de oxigêni o e 0,2, 0,4 e 0,6 ml de sangue tonometrado com

mistura contendo 4,6% de oxi gên io r e s pectivamente, perfazen do -s e

um volume total de 0,8 ml em cada seringa. Uma pequena esfera

metálica de 0 , 2 cm de diâme tr o era colocada no interior destas se

ringas, para facilitar as misturas dos sangues, por meio de m o v ^

mentos suaves de inversão.

8.3 - Determinaçõ es de pH, Gases e Saturação

As determinações de pH plasmatico, P O 2 e P C O 2 das amostras

tonometradas foram realizadas no mesmo analizador de pH e gases,

• - 55servindo 0 valor da P C O2 para controle do gas tonometrado , de

vendo manter-se em 4 0 + 2 mm de Hg.

Page 50: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

45

A leitura da satu ra çã o foi realizada em um mic ro -o xT me tro

de reflexão tipo AO Reflecti on Oxi me te r II, da American Optical

Corp. (Bufallo, New York), u t i lizando-se o padrão Ótico auxiliar

do aparelho para calib raç ão antes de cada medida .

0 tempo transcorrid o da colheita ao termino das determina

ções variou de 4 a 5 horas.

8.4 - Calculo da P 5( 7 ^ e da P 5 0 (i v )

Para a d e terminação da P5 0 ^7 de cada caso, fez-se cor

responder a uma CDO, os valores das amostras t o n o m e t r a d a s , colo

cando-se os de P 02 na a b c i s s a , e os de saturação na ordenada(Anexo 1).

A P 02 era previ am en te corrigida para um pH de 7,4 e Exces

so de Base igual a zero, utiliz a n d o - s e a formula:

A log P 0 2 = - 0,485 A pH + 0,0013 BE 1 2 5 .

Das 5 amostras de sangue, era excluída uma amostra: a que

menos se aj ustasse ã disposição de uma CDO, ou cujos valores da

P C02 não se tives se m mantido dentro dos limites estabelecidos.

A seguir, tomavam -s e como "x", os valores de log P02 ,e co_

°f Ç A f 'mo "y", os de l o g 1___________, relativos aos quatro pontos res_

1 0 0 -%Sa t

tantes, a fim de fazê-los c o r r e s p o n d e r a uma equação da forma

34y = ax + b. A CDO fica assim convertida em uma reta .

Uma linha de regressão era adaptada a estes valores de

*r 38"x" e "y" pelo método dos qu adrados mínimos . 0 valor da

Page 51: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

46

P . ? . . e r a 0 a n t i l o g " x " da e q u a ç ã o de r e g r e s s ã o , o b t i d o p a r abu ( / 9 4 j

um valor de "y" relativo a uma saturação de 50%.

0 valor da p 5 0 ^i v ^ exp re ss o para os valores de pH p l a s m a ti_

co e Excesso de Base medidos na veia umbilical, era calculado a

partir da ^ mediante a mesma formula:

A log P 0 2 = - 0,485 A pH + 0,0013 BE.

9. TRATAMENTO ESTATÍST ICO

Para estudo estatíst ic o, fiz er am -s e prévios testes de nor

malidade dos dados referentes às variáveis consideradas contí

nuas, pelo teste do X 2 .

A comparação, entre médias, foi feita u t i lizando-se 0 tes

te "t" de Student para amostras independentes.

A associação entre os parâmetros foi testada pela análise

de correlação; realizou-se, quando desejado, estudo de regressão

linear pelo método dos quadrados mínimos.

0 nível de s i g nificancia aceito foi de ate 5%.

Page 52: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

R E S U L T A D O S

Page 53: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

48

RESULT AD OS

Os valores expressos na Tabela 1 m o s t r a m as médias das

P5 0 (7 4 ) e P 5 0 (i v ) dos grupos controle, so fr im ento fetal agudo

(SFA) e pré-termo:

TABELA 1 - Valores médios das P g 7 ^ e P 5 q (i v ) em mtTI c*e ^g e res

pectivos erros padrão, do grupo controle e dos grupos

SFA e pré-termo, compar ad os ao grupo controle.

nP50(7,4 ) P50(iv )

Controles 17 19,82 21 ,82

+0,31 +0 ,55

SFA 16 1.8,85** 23,54*

+ 0 , 2 1 +0,51

Pré-termo 1 5 17,85** 19 ,06**

+0,26 +0,35“* 0 , 01 <p < 0 , 0 5

** P <0,01

0 s nTveis da *\ foram menores nos recém-nascidos com50(7,4)

SFA e pré-termo, quando comparados aos controles. 0s níveis de

^50 (i v ) C*0S rec® m ~nasc1’dos pré-termo foram menores do que os do

Page 54: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

grupo controle. Ja nos re cé m- nascidos com SFA, registr ar am -se

maiores níveis de P5 0 ( i y ) ’ compar ad os ao grupo controle,sendo es

tas diferenças e s t a t i s t i c a m e n t e sign if ic at iv as.

Os resultados expressos na Tabela 2, m ò stram os valores de

2,3-DPG e suas "Fração Funcionante" e "Fração Efetiva", dos gru

pos estudados e os resultados da comparação entre os grupos SFA

e prê-termo com o grupo controle.

TABELA 2 - Valores médios de 2,3-DPG, "Fração Funci on an te de.2,3-

DPG" e "Fração Efetiva de 2,3-DPG" (ymoles/ml de hemã.

cias) e re sp ectivos erros padrão, do grupo controle e

dos grupos pré- te rm o e SFA, compara do s ao grupo coii

t r o l e .

49

n 2,3-DPGFraçao

Funcionante

Fraçao

Efetiva

Controles 17 4,90 1 ,77 3,02

+0 ,10 +0 ,10 +0,09

SFA 16 4,27** 1 ,42** + 2,53**+

+0,16 +0,05 +0,08

Pré-termo 15 4,92 ns 1 ,32 ** 2,76 ns

+0 ,1 9 +0,14 +0,14

** p < 0,01+ n = 15

ns: não significativo

No grupo de recé m-nas ci do s com SFA, os vai ores de 2 ,3 -DPG,

assim como das "Fração F u n c i o n a n t e " e "Fração Efetiva", foram me_

Page 55: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

nores quando comparados ao grupo controle. No grupo pre-termo,

tanto os níveis de 2,3-DPG, como os da "Fração Efetiva", não di

feriram dos do grupo controle. Ao contrario, os valores de "Fra

ção Funcionante" foram menores neste grupo, sendo estas diferejn

ças estatisticamente significativas.

A Tabela 3 mostra a comparação dos níveis de Hemoglobina

Fetal nos três grupos estudados.

TABELA 3 - Valores médios e erros padrão de Hemoglobina Fetal(%)

do grupo controle, e dos grupos pre-termo e SFA compra

rados aos controles.

50

n Hemoglobina Fetal

Control-es 17 64,13

+ 1,42

SFA 15 65,67 ns

+ 1,51

Pré-termo 15 73,40**

+2 ,28

** p < 0,01

ns: não significativo

Os níveis de Hemoglobina Fetal foram maiores apenas no gru

po pré-termo, quando comparados aos controles, sendo esta dife

rença estatisticamente significativa.

Page 56: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

51

Os valores de Hematocrito e Hemoglobina, conforme expres

sos na Tabela 4, não mostraram diferença entre os grupos SFA e

pre-termo, quando comparados com os do grupo controle.

TABELA 4 - Valores médios e erros padrão de Hematocrito (%>) e He

moglobina (g/dl) do grupo controle e dos grupos pré-

termo e SFA comparados aos controles.

n Hematõcrito Hemoglob i na

Controles 17 51 ,06 15,51

+ 1 ,21 +1 ,52

SFA 1 6 52,12 ns 15,65 ns

+1 ,35 +2,03

Prê-termo 15 50,26 ns 16,13 ns

+0 ,96 +0,34............ - ~ - - - _ r.

n s : não significativo

Os resultados das gasometrias dos três grupos estudados,

e da comparação dos grupos SFA e prê-termo com os controles, es

tão expressos na Tabela 5.

Os valores de pH plasmatico, PO2 » Excesso de Base e Bicarbonato

Real,foram menores no grupo SFA em relação aos controles, e os valo_

res de PCO 2 , mais elevados, sendo estas diferenças estatistic-a

mente significativas. 0 grupo pré-termo, não mostrou diferença

quanto aos valores dos mesmos parâmetros, quando comparados aos

controles.

Page 57: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

52

TABELA 5 - Valores médios e erros padrão de pH plasmãtico (unida

des de pH), PCO 2 e P02 (mm de Hg), Excesso de Base(BE)

e Bicarbonato Real (mEq/1), do grupo controle e dos

grupos SFA e pré-termo comparados aos controles.

PH PCO, PO, BEBicarbonato

Real

Controles 17 7,30 39,14 22,92 -6,88

+0,02 +1,48 +1,58 +0,92

18,87

+0,79

SFA 16 7,17** 48,42** 17,01** -11,78** 17,02*

+0,20 +2,05 +1,46 +1,02 +0,74

Pré -termo 15 7,32 ns 36,01 ns 23,41 ns -6,70 ns 18,30 ns

+0,01 +1,08 +1,90 +0,58 +0,44

* 0,01 < p < 0,05

** p < 0,01

ns: não significativo

Os valores médios de pH intra-eritroeitari 0 (pMje ) estão

expressos na Tabela 6, assim como as médias das diferenças entre

os valores de pH do plasma e PH^0 .

Tanto os valores de pH^e » como a diferença pH - p H ie> do

grupo pré-termo, não mostraram diferença com 0 grupo controle.Jã

nos recém-nascidos com SFA, os valores de pH^e foram menores em

relação aos controles, assim como a diferença entre os valores

de pH do plasma e i ntra-cel u l a r , sendo estas diferenças estatis^

ticamente significativas.

Page 58: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

53

TABELA 6 - Valores médios e erros padrão de p H ^ e da diferença

entre os valores de pH plasmaticoe pH^g em unidades

de pH, do grupo controle e dos grupos SFA e pré-termo,

comparados aos controles.

PH,i e pH - pH.i e

Controles 17 7,05 0,25

+0,02 +0,01

SFA 16 6,99* 0,18**

+0,02 +0 , 0 1

Pré-termo 15 7,06 ns 0,26 ns

+0 ,01 +0,01

* 0,01 < p < 0 ,0 5

** p < 0,01

ns: não significativo

n

Os resultados das analises de correlação, estão expressos

nas Tabelas 7 a 11. Foram feitas analises entre os vários parãme

tros entre si, além daquelas propostas nos Objetivos, sendo a p r e

sentadas apenas as mais importantes, ou que resultaram significa^

ti v a s .

Na Tabela 7 estão expressos os coeficientes de correlação

entre os valores de P g g ( 7 4 ) e os v a l°res de 2,3-DPG, Hemoglobj^

na Fetal, "Fração Funcionante" e "Fração Efetiva" de 2,3-DPG" nos

três grupos estudados. 0s valores de ^ 5 0 ( 7 4 ) m °straram corre -

Page 59: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

lação si gn ifi cativa com os valores de H emoglobina Fetal, "Fra -

ção Funcionante" e"Fraçã o Efetiva de 2,3-DPG", e não se corre -

lacionaram com os valores de 2,3-DPG.

TABELA 7 - Coefic ie nt es de co rr el ação entre os valores de P50^7 ^

e os valores de 2,3-DPG, Hemo globina Fetal, "Fração Fim

cionante" e "Fração Efetiva de 2,3-DPG", nos grupos

54

controle, SFA e pré - te rmo c onj u n t a m e n t e .

2 , 3-DPG+ Hemoglobin a

F e t a 1 §

Fração

Funcionante §

Fração

Efetiva§

P 50(7,4)0 , 1 2 -0 ,52** 0,54 ** 0, 4 j0**

+ n = 48

§ n = 47

** p < 0,01

Os coefici en te s de correlaç ão entre os valores de 2,3-DPG

e P 5 0 ( 7 ,4) e os v a ^ores de pH pl as matico, P C 0 2 , Excesso de Base-,

p H ^ e> e P 0 2 , se e n c o ntram na Tabel a 8 ,para os grupos controle e SFA.

TABELA 8 - Coefici en te s de co rr el ação entre os valores de 2,3-DPG

e P 50(7,4) e os v a l o r es de pH plasmatico, P C 0 2 , Exces

so de Base, p H ie> e P 0 2 , nos grupos a termo, c o n t r o ­

le e sof ri me nt o fetal agudo.

pH p c o 2 p o 2 BE ? H ie

2,3-DPG 0 ,57** -0,42* 0,24 0 ,49 ** 0,44**

P 50(7,4) 0,24 -0,19 0,39* 0,21 0,02

n = 33* 0,01 < p < 0 , 0 5 ** p < 0,01

Page 60: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

55

Os valores de 2,3-DPG c o r r e l a c i o n a r a m - s e s i gn i f i cat i vameji

te com os valores do pH pl as mãtico, PCO^, Excesso de Base e pH^g ,

não most an do relação com os valores de PO^- Os de P q por

sua vez, se c o r r e l a c i o n a r a m s i g n i f i c a t i v a m e n t e com os valores de

P09 apenas.

Na Tabela 9, estão expressos os coeficien te s de correia

ção entre os valores de pH do plasma e p H ^ e entre si e entre es

tes e os valores de P C0 2 > PO2 ’ Excesso de Base e (pH - p H ^ e ).

TABELA 9 - Coefic ie nt es de c orrelação dos valores de pH plasmãti_

co com os de p H ^ g ; e dos valores de pH plasmã ti co e

p H ie com os valores de P C 0 2 j P02 , Excesso de Base(BE)

e (pH - pH.je ), nos grupos controle, pré-termo e S-F-A.

P H ie pco2 O ro BE PH - p H ie

PH 0 ,80** -0 ,79** 0,36* -0 ,89** 0 ,50*

P H - rt K i e -0 ,59**

00

-0,77** -0,11

n = 49

* 0,01 < p< 0,05

** p< 0,01

0s valores de pH do plasma se c o r r e l a c i o n a ra m com os valo

res de p H i e , P C 0 2 » P02 > Excesso de Base e com a diferença entre

o; pH plasmãt ic o e 0 P H ^ g . Os valores de pH^e m o s t raram correi ^

ção com os valores de P C O 2 e com os de Excesse de Base.

Na Figura 9, estão re pr es entados os valores de pH plasmã

tico e pH.je , com a corre s p o n d e n te equa çã o de regressão, dos tres

grupos estudados.

Page 61: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

56

F IG U RA 9

pH ie

(unidades de pH)

7,25

7 ,20 -

7,15 -

7,10 -

7,05 -

7 ,00

6 ,95

6 ,9 0 -

6,85 -

6 ,80 -

6 ,75 -

y - 0 , 6 9 2 x + 1 , 9 9 8

6£0 7,00 I'

7,10 1—

7,20( 1

7.30■ I

7.40 I "7,50

pH plasmático

(unidades de pH)

FIGURA 9 - Valores de pH iptra-eritrocitario (pH^ g ) em relação

ao pH plasmático, nos grupos controle, pré-termo e

SFA. A linha cheia representa a reta de regressão.

Page 62: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

57

TABELA 10 - Coefic ie nte s de c orrelação entre os valores do Esco

re de Apgar no primei ro e no quinto minutos, e os va

lores de pH pl as matico, P C 0 2 > P 0 2 , Excesso de Base(BE),

2,3-DPG e P5Q (7 4 )nos grupos a termo (controle e SFA).

Apgar 19 min Apgar 59 min

pH 0 ,54 ** 0 ,48**

p c o2 -0,36* 0,24

po2 0,36* 0 ,2 0

BE 0,5 2* * 0,52**

2 ,3-DPG 0 ,52** 0,64**

P 5 0 (7 ,4 )0,31 0,13

n = 33* 0 ,01< p <0,05** p <0,05p < 0,01

0s valores do Escore de Apgar no primeiro minuto, mostram

correlação com os valores de pH plasm at ic o, P C 0 2 , P 0 2 ,Excesso de

Base e 2,3-DPG. 0s valores do Escore de Apgar no quinto minuto,

mo s t raram correl aç ão com os de pH pl as matico, Excesso de Base e

2,3-DPG apenas. Tanto no primeiro como no quinto minuto . não

foi encontrada cor re lação entre o Escore de Apgar e os valores de

P 5 0 ( 7 ,4 ) '

Na Tabela 11 se e n c o ntram os resultados das análises de

correlação das idades g e s t a c i o n a is , com os valores de 2,3-DPG,He

Page 63: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

58

moglobina Fetal e P ç q ^ 4 ) nos grupos controle e pré-termo. Nao

foi en contrada cor re lação entre 2,3-DPG e idade gestacional. Ja

os valores de Hemogl obi na Fetal e P5Q 7 4 ) m o s t raram correlação

sig ni fi ca ti va com 0 tempo de gestação.

TABELA 11 - Co ef ic ie nt es de correl a ç ã o entre a idade ge-stacional

em dias e os valores de 2,3-DPG, Hemoglobina Fetal e

P50 (7 4 )> nos grupos contro le e pré-termo.

2, 3-DPG H e m o g l obina

FetalP 5 0 (7,4)

Idade

Gestaci onal- 0,001 - 0, 57 ** 0,7 0* *

n = 32

** p . < 0 ,01

Na Figura 10 se e n c o n t r a m expre ss os os valores de idade

gestacional e Pçg^y 4 ^» com a corr e s p o n d e n te eq uação de regressão,

nos grupos controle e pré-termo.

Page 64: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

FIGURA 10

2250(7,4)

(mm de Hg)

21

20'

1 9

1 8

17-

1 6 -

y: 0,051x 4-5,404

210 220 230 240 230 260 270 280 290

Idade Gestacional ( dias)

FIGURA 10 - Valores de P5 q (7 4 ) em re lação ã Idade Ges tac iona l ,

nos grupos con t ro le e prê-termo. A l inha cheia r <5

presenta a re ta de regressão.

Page 65: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

D I S C U S S Ã O

Page 66: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

61

DISCUSSÃO

O fornec i m e n t o de oxigênio ao feto e uma das funções mais

importantes, desempenhadas pelo organismo materno durante toda a

gestação. A privação substancial de oxigênio, constitui uma das

principais causas de m o r t a l i d a d e perinatal, so bretudo nas primei

ras 24 horas de vida. Varias co ndições adversas, prê-natais e

intra-parto, maternas e ob st ét ri ca s, p r e d i s p õ e m o feto a h i p o

A diminu iç ão do fornec i m e n t o de oxigê ni o ê seguida, i n

cialmente, de uma acidose re spiratória decorrente do acúmulo de

CC>2 . Com o au mento da produção de ácidos fixos, deco rrentes do

metabolismo anaeróbio , surge uma acidose combinada, metabólica

. . 0 2 ,5 6 , 1 3 9e respira tóri a ’ .

Estudos realizados durante o parto, u t i lizando-se sangue

dos vasos do cordão umbilical, m o s t r a r a m que, durante o trabalho

e expulsão do concepto, ê r e l a tivamente freqüen te ocorrer uma di_

. . ~ - • 02 49 69 76minuiçao no suprime nt o de o x i g e m o ao feto ’ ’ ’ , mesmo em

117 ~casos clinica men te normais , resultante da redução do fluxo

sangüíneo uterino durante as con tr aç õe s Isso se faz com uma

diminui çã o prog res si va do pH, devido ao aumento da PCO^ e redjj

ção do Excesso de Base (acidose mista), que se acentuam no momen

, . . 6 9,96,97to do parto .

Page 67: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

62

Os nossos valores de gasomet ri a do sangue colhido da veia

umbilical, mostram uma discreta acidose metab ól ic a, tanto no gru

po controle a termo ,como no grupo pre-termo. Os recém-nascidos

deprimidos, apr es entam uma acidose mista, com predomí ni o do com

ponente metab óli co (Tabela 5).

Os valores de pH plasm at ic o e Excesso de Base (BE)dos nos

sos casos equivalem a media de diversos autores, apresentada por

69 -Gulin, e aos resultados deste autor , porem nossos resultados

de PCO2 são inferiores. Da mesma forma, os nossos coeficientes

de correlação entre pH plasmatico e P C O2 e 0 Escore de Apgar (Ta

bela 10) são inferiores aqueles citados na literatura ^7,69

Embora exista signi fi cativa correlaçã o dos valores de pH

plasmatico, P C 02 e BE medidos na artéria umbilical com os respec

tivos valores medidos na veia umbilical, os obtidos na artéria

umbilical represen tam melho r 0 sangue que supre os tecidos da

criança no m o m e n t o do parto, enquanto 0 sangue da veia umbilical

esta mais relacionado com as trocas plac en tã ri as no mo mento e

imediatamente antes da expulsão do feto

James e colaboradores7 recomendam que a colheita do sangue de

cordão, para a determinação de pH e gases, seja feita em um seg

mento do mesmo, clampeado em suas extremi da de s logo apÕs a expuj_

são do concepto e antes que inicie a sua respiração. A grande dj_

f u s i b i1 idade do CO2 , causando uma ampla variação dos seus níveis

entre as contrações uterinas , bem como um maior tempo de laqueadura,

obedecido eni nossos casos., poderiam ser os responsáveis oel os ní

veis menores de PCO^ nos três grupos.

Page 68: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

A presença de c i r c u l a r - d e - c o r d ã c pode ter prejudicad o a

correlação entre os valores de gasome tr ia e do Escore de Apgar,

por de te rminar uma resistênc ia ao fluxo de retorno para o feto

39 47 ~ ' -’ . Essas mesmas corr el açoe s também podem ter sido prejudica

das pela inclusão, nos grupos controle e pré-termo, de crianças

que nasce ra m com ajuda de fórceps. 0 uso de fórceps, por si so,

pode ser responsável por dim in ui çã o do d H e do BE, ja que a apli

cação de uma pressão sobre a cabeça fetal , pode provocar bradi

a •cardi a .

Segundo James e colaboradores^ e V e d r a ^ , as amostras obtidas do

sangue do cordão, seja de parto vaginal ou cesáreo, provavelmen

te não representam as condições do feto antes do trabalho de par

to. Também a composi ção do sangue de cordão não reflete o grau

de asfixia fetal durante o trabalho de parto ou durante a expu]_

~ 49 -sao do concepto . Nos primeiros minutos apos o n a s c i m e n t o ,os

recém-nascidos apresentam uma queda no pH plasmatico, mais aceji

tuada nos deprimidos, p r e s u m ivelmente devida a um influxo retar

dado de hidrogênio a partir dos tecidos.

Embora todas essas causas de v a r i a b i l i d a d e possam ter iji

fluenciado nos Tndices de correlação, os resultados de comparja

ção entre recém-nascidos vigorosos e deprim id os conc or da m com os

da literatura. Recem-nascidos deprimidos a presentam acidose res^

piratõria e metabólica mais acentuada que os recem-nascidos vig<)

rosos, tanto no sangue capilar fetal como no sangue dos vasos do

cordão 47 ,50 ,69 ,76 ,97 , 1 1 7 , 1 49

Re ce m-nascidos, m o d e r a d a m e n t e deprimidos (Apgar 4 a 6 no

primeiro minuto), mostram, rio sangue capilar e nos vasos do cor

63

Page 69: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

dão, acidose p r e d o m i n a n t e me n t e r e s p i r a t o r i a , e s tando o componen

te metabÕlico normal ou discre t a m e n t e afetado; e recém-nasc id os,

gravemente de primidos (Apgar 0 a 3 no primeiro minuto), mostram

- 6 9acidose de nítido predo mín io m e t a b Õ l i c o .

64

Enquanto os índices de co rr elação de pH plasmat ic o e P C O 2

com 0 Escore de Apgar, são me nores no quinto minuto, 0 BE apre

senta índices sem el hantes tanto no primeiro como no quinto minu

tos (Tabela 10). Esses achados são s emelhantes aos obtidos por

G u l i n ^ e James e c o l a b o r a d o r e s ^ e, po deriam indicar 0 período

de duração da asfixia.

Da mesma forma, os valores de 2,3-DPG, por re fl etirem pos

sivelmente alteraç ões mais prolonga da s do equilíbrio acido-basi

_ 1 2 ,19 ,59 ,64 ,85 ,135 . ^ , ~ ,,co ’ ’ 5 * ’ , m o stram índices de corr el açao melhores com

0 Escore de Apgar de cinco minutos.

Ana li sando os valores de P02 dos vasos do cordão, Gulin

não encontrou di ferença entre r e c é m -nascidos vigorosos e deprimi_

dos, nem co rre lação com os valores do Escore de Apgar, tanto do

• 69primeiro como do quinto mi nu tos . Os nossos achados mostram,ape

sar de ampla variação, uma d iminuição significativa da P02 no gru

po de rec ém-nas ci dos com sofrimen to fetal agudo, como conseqüen

cia d.o insulto hipoxico. Não se pode afastar, contudo, a inf 1 v£

ência de c i r c u l a r e s - d e - c o r d ã o aperta da s, que também podem provo

car dim in ui ção dos valores de P02 e saturação de hemog lo bi na na

. 39veia umbilical .

Os nossos valores de pH i n t r a - e r i t r o ei t ã r i o (pH. ) mostra1 G —

ram co rr espondência com os valores de pH plasmatico, mantendo-se

Page 70: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

65

sempre os valores intracelulares abaixo dos plasmaticos ( Tabe

las 6 e 9, Figura 9).

Vários estudos têm mostrado a Tntima relação da concentra

ção h i d r o geniônica nos dois com parti mentos 15,16,52,66 ,75 , 80 sen

do que em seres humanos um pH plasmatico de 7,4, cor re sp on de a um

- 75pH.j 0 ,2 unidades ma is acido , i nde penden t e m e n t e de se tratar

1de sangue adulto ou fetal .

Várias técnicas u tilizadas para a deter m i n a ç ã o do pH^e tem

sido citadas: he mÓlise com saponina ou por c o n g e l a ç ã o ,medindo -s e

dir et am en te em elet ro do de vidro; me di da s indiretas pela distri

buição de C 0 2 , cloreto ou DM0 marc ada (14C-5, 5 - d i m e t i 1-2 ,3-ox£

52 142z o l i d i n e d i o n a ) * . Os resulta do s en co ntrados foram semelhan

- 15t e s , i n d e p e n d entemente da técnica utilizada , ou de ter sido,o

distúrbio, de origem r e spiratória ou m e t a b ó l i c a ^6,80^

Os nossos valores, obtidos na do sagem do p H ^ e dos grupos

pre-termo e controle (Tabela 6 ), foram sem el ha nt es aos relatados

14 15 ~na literatura ’ . A comparaçao entre os valores dos grupos

pré-termo e controle, most ra médias seme lh an te s, o que condiz com

a ausência de cor re laç ão entre o p H ^ e a idade gestacional já

descrita ^ .

Do mesmo modo, os valores mais baixos, obtidos naqueles

re cém-nascidos com acidose d ecorrente de sofrimento fetal, foram

1 R? £0semelhantes aos obtidos em adultos com acidose ’ ’ ’ e de

75sangue fetal com acidose provocada " in vitro" .

Tais resultados sugerem que os Tons H + se difun de m livre

mente entre o plasma e as he mãcias, como seria esperado num sis

Page 71: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

tema que obedece ao EquilTbrio de Donnan ^6,80^ ^ ^ ânion não-

difusTvel (ânion proteico) estiver presente de um lado de uma mem

brana permeável a outras espécies iÕnicas, os Tons difusTveis se

— 1 1 R 'distribuirão de maneira desigual dos dois lados da membrana .

A concentração de um cãtion difusTvel (hidrogênio), será maior

no lado que contenha o ânion não-difusTvel e a concentração de

- — 7 ?um ânion difusTvel será menor . Desse modo, o lado que conti

ver mais proteína será mais ácido que o lado que não a contiver

115

Embora exista uma Tntima relação entre os valores intra e

extrace lu lar es de pH, nossos resultados m o stram que a diferença

entre o pH extra e o i n t r a - e r i t r o e i t a r i o , diminui s i g nificativ£

mente no grupo com sofri men to fetal agudo (Tabela 6 ). Esses d£

~ — 80 dos são com pa rá ve is aos de Kaufmann e colaboradores , que mostram que a

diferença entre a c o ncentração hi drogeni Ôni ca no plasma e na hie

mãeia diminui, de maneira si gn if icativa, em pacientes com acid£

se metabólica ou respi ratori a , e, ao contrário, aumenta signifj[

cativamente nos casos com alcalose metabó l i c a ou respiratória.

Esses resultados também estão de acordo com o conceito de

EquilTbrio de Donnan. Do lado alcalino de seu ponto iso-elêtri_

co (pH maiores que 6 ,6 ), a o x i - h e m o g l obina se comporta como ânion.

Nessas condições, a relação R entre as concentrações hidrogem'3

nicas dentro e fora do eritrocito H extra _ , mantem-se menorH + intra

que 1 , por ser o fluxo de hi dr og ênio no sentido do compa rt im en to

onde está o ânion n ã o - d i f u s í v e l . Quando diminui o pH plasmatico,

a relação R mantem-se constante e a dimi nu ição do pH..je ocorre em

menor intensidade, diminuindo, conseqüen t e m en t e , a diferença eni

— 80tre os valores de pH plasmatic o e intra-eri t r o ci t a r i o .

66

Page 72: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

Os nTveis de 2,3-DPG do grupo controle, (Tabela 2), mos

tram valores sem elhantes aos descritos na literatura, dosados no

- 1 4 98 144 - 51sangue do cordão ’ ’ ou logo apos o nascime nt o .

Em no ss os r ecem-nascidos pre-termo foram encon tr ad os nT

veis de 2,3-DPG mais elevados que os inicialmente descritos na 1 i

teratura 51.102^ embora não exista relato das condições de nascimento

dessas cri a n ç a s . Estudando recem-nasci dos pre-ter mo que nasc^e

~ 14ram de partos nao compli ca do s, Bard & Teasdale citam resulta

dos semelhantes aos nossos.

Estudando uma amostra de recém-nascidos deprimidos, de pe?

so adequado, onde inclui casos com sedação materna excessiva,

64 - -rFiori & Scanlon nao e n c o n t r a r a m dife re nç a nos níveis de 2,3-

DPG e nos valores de pH, dosados logo apos o nascimento, quando

os compararam com os de r e c é m -nascidos vigorosos.

Os nossos resultados de 2,3-DPG, mostra ra m, nos re c e m-na£

eidos com acidose por SFA, uma diminuição dos nTveis de 2,3-DPG

e de P02 sem corre la ção entre esses valores (Tabelas 2,5 e 8 ),eji

quanto que houve, embora fraca, co rr el ação dos valores de 2,3-DPG

com os de pH, tanto plasm ati co como i n t r a - e r i t r o e i t a r i o .

Estudos clínicos iniciais, realiz ad os em indivTduos subme« —

tidos e xclusivamente a hipõxia ^0,85,108,1 22^ mos^rarani9 p a r a i e

lamente a dim in ui ção do P 02 , um aumento dos nTveis de 2,3-DPG.

Para explicar essa elev açã o baseou-se no estim ul o a síntese de

2,3-DPG, pela maior quant ida de de d e o x i - h e m o g l ob i n a presente.

Para se exp li ca r a ausência de co rr elação entre P 02 e 2 , 3 ­- - 64DPG em recem-nasci dos pre-te rm o c o m “Doença da Membrana Hialina" ,

67

Page 73: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

aventou-se mecanismo semelhante. Nessa faixa etaria, a presença

de altos nTveis de he mo globina fetal, diminuiria a interação en

tre 2,3-DPG e hemoglob ina de oxigenada. A p e r s i s t e n c i a d e 2,3-DPG

livre, inibiria a enzima responsável pela sua síntese (mutase do

2 , 3 - D P G ) .

Aquele mecanismo não explica, todavia, o baixo nível de

~ - - 1 2 1 9 5 42,3-DPG em condiçoes de acidose metabó l i c a sem hipoxia ’ ’

5 5,59,68,85,100 , ~ -’ , nem tampouco situações se me lhantes as do SFA,on

de se instala acidose de co rr ente da própria hipoxia 51,64,90,98,

147

68

0 equilíbrio de cargas através da membrana da hemacia, de

acordo com o Equil íb rio de Donnan, não apenas influencia o pH he

mãtico em condições de acidose m e t a b ó l i c a ou r e s p i r a t ó r i a , mas

também esta rel ac ionado a maior a l c a l i n i d a d e relativa da hemacia

59 9 2 141 ~deoxigenada na hipoxemia ’ ’ . A d e o x i g e n a ç a o , sem altera^

~ - - 119çao do pH plasmatico, aumenta dentro do e ritrocito de 0,05 a

12 - 0,1 unidades de pH. 0 pH eri troei tari o depende tanto do es_

tado de oxigen aç ão da h emoglobina como do pH plasmatico ^ .

As alteraçõe s provocadas no pH intra - e r i t r o ei t a r i o seriam

as responsáveis pelas alter aç õe s dos níveis de 2,3-DPG, decorrer^

- 59 9 1 1 1 9 1 4 1 1 2 1 4tes, tanto da hipoxia ’ ’ ’ , como da acidose ’ .

"In vivo", a difere nç a de ligação do 2,3-DPG com as henio

globinas fetal e de adulto., não., i nf 1 uenc i a mensurável mente a sua

- 1 4 1 - . -concentraçao . Desse modo as respostas enzimaticas, respons^

veis por tais alterações, seriam decor re nt es da acidose.

Page 74: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

0 aumento da c o n centração h i d r o g e n i ô n i ca diminui os nTveis

de 2,3-DPG por ação primaria a nTvel da enzima quinase da fruto

se-6 - f o s f a t o , re duzindo a glicolise. A acidose tem também um e

feito a nTvel da enzima mutas e do 2 ,3-d ifosfoglicerato ,alterando

0 equilTbrio entre 1 ,3 - D P G e 2,3- DP G (Figura 5). Os resultji

dos obtidos em nossos casos poderiam ser explic ad os por esses m£

canismos.

Estudos da cinética da enzima mutase do 2,3-DPG sugere que somen

te com uma ace nt ua da redução de 2,3-DPG, seja por degradação, se

ja por ligação a he mo gl ob in a, poderia resultar em uma importante

~ - 5 9liberaçao de sua inibição .

A literatu ra tem m o s t r a d o Tndices de cor re la çã o entre os

valores de pH (extra e i n t r a c e l u 1 a r ) e os valores de 2 ,3-DPG, m£

- 04 12 54lhores do que os por nos obtidos 5 ’ . Os tempos diferentes

em que se processam as alt er aç õe s de pH e 2,3- DP G poderia m ser,

em parte, respo nsá ve is por essa diferença. A melhor correlação

com o pH medido no plasma (Tabela 8 ), seria, possivelmente, devj[

do a fatores técnicos, inerentes a leitura do pH^ no eletrodo

capilar de vidro.

Mo dificações do pH por alteração de seu componente respi

ratorio, podem expressar retenção de C 02 de curta duração.Da mes

ma forma, o equilTbrio entre o pH extra e o intracelular se pro

cessa rapidamente, detectado ja com um minuto apôs a indução da

• - ROacidose respir at óri a em voluntá ri os . Em nossa amostra, os y_a

1 ores de pH piasm at ico e p H . g c o r r e l a c i o n a m- s e tanto com os va

69

Page 75: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

70

lores de BE como com os de P C O2 , denotando uma influência mista,

tanto me ta bólica como res piratória (Tabela 8 ).

As mud an ça s dos nTyeis de 2,3-DPG, por sua vez p r o c e s s a m -

se mais lentamente, detectad as de 4 a 6 horas após a alteração

do equilíbrio a c ido-basico ou início do estímulo hipÕxico ^ , 1 9 ^ 59, 64, 85, 135

Em nossa amostra, não houve variação dos valores de hema

tõcrito e hemoglobina entre os grupos. Sabe-se que a anemia ele

va os níveis de 2,3-DPG em adultos 135 e em r e c é m - n a s c i d o s 90,103.

Como os nossos valores de h emoglobina se a s s e m e l h a m aos valores

• ~ 103normais para sangue do cordão , pode-se supor que esses parame

tros não tenham influen ciad o nossos resultados.

A influencia do 2,3-DPG na curva de disso ci aç ão da oxi-he

21moglobina (CDO) tem sido enfatizada , tanto em sangue de adulto *

22 ,39 ,63 ,78,88,132 ,1 34 , . , 1 4 ,1 7 ,51 .91,-102, 1075 ’ , como em sangue fetal > • >

No recém-nascido, a posição da CDO ê influenciada, também, pela

proporção relativa de h e moglobina adulta e fetal, presentes 104.

A hemoglobi na fetal, devido as dif er en ça s nos sítios de

ligação do 2,3-DPG, apresenta interação com este fosfato orgãnji_

co menor que a he mo globina A, do que resulta uma afinidade aumen

tada pelo oxi gê nio ' 4 ,1 9 ,46 ,53 ,84 ,87 ,1 37 ,1 43 _

Os resultados de Pc n M . » , em nossos casos, também evidenb U (/ ,4 ) -

ciaram uma afinidade aume nt ada do sangue fetal pelo oxigênio, em

bora as médias de P g g ^ 4 s ejam inferiores aquelas relatadas pa

Page 76: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

71

. 14 17 - 51ra crianças a termo e pre- te rm o

Essa dife re nça p o s sivelmente se deve aos métodos "in vitro"

utilizados, os quais aprese n t a m problemas inerentes ã tonometria1 O O 1 O ç.

e às técnicas para medida de saturaç ão ’ . 0 aumento da afi

nidade da hemoglobina pelo oxigênio, pode ser de co rr ente da for

mação de m e t a - h e m o g l o b i n a , que pode verifi c a r - s e durante a tono

136 'metria . A medida saturação pelo métod o de espec to fo to me

tria de reflexão, por nos utilizado, fornece valores mais eleva

- - 13 3dos do que a realizada pelo metodo m a n o m e t r i c o de Van Slike .

Além disso, a e s t o cagem do sangue, mesmo a 49C, pode provocar,no

período de 2 horas, diminuição na P g g ^ 4 )» embora significativa

mente menor que a pr ovocada pela incubação a 3 7 9C .

Os níveis mais baixos de P5 0 (7 4 )» en] recém-nascidos com

sofrimento fetal, seriam devidos a diminuição de 2,3-DPG ( Tabe

las 1 e 2 ).

Os nossos achados são semelhantes aqueles obtidos de re

- - 5 1 5 3 91cem-nascidos pr e-termo com"Do en ça da Membran a Hialina" ’ ’ ’

147 . Apesar do menor efeito do 2, 3- DP G sobre a hem og lo bi na fe_

tal, ocorre uma sig ni ficativa diminuição nos valores da Pgg-^ 4 )

em condições de acidose por hipõxia que cursam com baixos níveis

de 2,3-DPG.

Os níveis mais baixos de P q 7 ^ em recem-nas ci dos pré-

termo poderiam ser devidos aos níveis mais elevados de hemoglobj^

na fetal neste grupo (Tabelas 1 e 3).

Vários autores tem também as si nalado a correl aç ão inversa

entre a idade gestacional e os níveis de hemoglobin a f e t a l ^ 4^ 9

Page 77: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

46 ,67 ,89 e a c o n s e q{je n te co rr el ação direta entre os valores de

14 51 10?P 5 0 ( 7 4) e a 1 d a d e gestacional ’ ’ (Tabela 11, Figura 10).

A difi culdade de se estabelecer, por vezes no sangue fe

tal, uma corr elação precisa entre P 5 q 7 4 j e hem og lo bi na fetal,

e entre P 5 Q 7 4 ) e 2 ,3 - D P G , c o n s i d er a d o s isoladamente, deu origem

aos conceitos de "Fração Fu nc io na nt e" e "Fração Efetiva de 2,3-

DpG" 51,102^ por -|evareni em c o n sideração a ação predomi na nt e do

2 , 3-DPG sobre a fração de Hb-A, e 0 meno r efeito do 2 , 3-DPG so

bre a hemoglobina fetal, m o s t r a r a m índices de correla çã o melho

res com os valores de P q 7 do que os níveis de 2 , 3-DPG e he

m o g l obi na f e t a l .

Os nossos resultados m o s t r a r a m índices de correi ação entre

P50(7 4) e "F r a Ção Fun ci on an te de 2 , 3-DPG" e entre P5g (7 4 ) e

"Fração Efetiva de 2,3-DPG" (Tabela 7), que são inferiores

aos relatados na literatura ^ A com pa ra çã o dos valores da

"Fração Efetiva de 2 , 3-DPG", entre os grupos controle e pre-ter

mo, não forneceu diferença s ignificativa, como seria de se espe

rar para valores mais baixos de 4 no grupo pre-termo; por

sua vez, a mesma compa raç ão entre 0 grupo controle e 0 grupo com

SFA, e as comparações re alizadas com os valores de "Fração Fuji

cionante" entre os tres grupos (Tabela 2), m o s t r a r a m resultados

significativos.

Tais diferenças poderiam ser devidas a técnica de determi_

nação de hemoglobina fetal utilizada. 0 método de Singer e colaboradores

1 2 9 - ~nao e 0 mais acurado para a deterrainaçao de hemoglobina f£

tal por d e snaturação alcalina e tende a dar resultados mais

~ 77baixos quando essa hemoglobina se apresenta em m v e i s elevados .

72

Page 78: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

As nossas media s. de hemo globina fetal, para recem-nasci

dos a termo e prê-termo, se asseme l h a m àquelas obtidas em nosso

3 5 -meio por Cecatto , que utilizou esse mesmo metodo, e sao infe

- 4 4 5 1 6 7riores as obtidas por outros autores ’ ’ . Essa variação po

deria ser explicada pelas diferent es técnicas utilizadas.

Em nosso estudo, outros fatores, passíveis de serem d e ­

terminados t e c n i c a m e n t e , e que poderiam infl ue nc ia r nos resul -

tados da 4 ) ’ nao f ° rani avaliados: a concentração de mono-

xido de carbono, a concentração de m e t a - h e m o g l o b i na e a p r e s e n ­

ça de outros tipos de hemoglobina, que possuem afinidade pelo

oxigênio alte rada.

Sabe-se que 0 monóxido de carbono pode aumentar a afinida^

de da hemog lo bina pelo oxigênio e al terar a forma da GDO Sua

concen tr ação no sangue fetal corr esponde a do sangue materno, po

— 62 86 dendo ser até de 1 ,8 vezes mais elevada ’ .

Dentre os fatores resp on sá ve is pela elevação do monóxido

de carbono no sangue fetal, pod er -s e- ia discuti r se 0 tabagismo

materno teria in fluenciado os nossos resultados.

Sabe-se que mulheres fumantes aprese n t a m nTveis mais el£

41vados de carboxi-hemogl obi na no seu sangue e no sangue do co_r

dão de seus recém -na sc idos '7°, do que mulheres nao fumantes, ha

vendo no primeiro caso, uma forte corr elação positiva, entre 0- - - 41numero de cigarros fumados e 0 nível de monoxido de carbono .

Contudo, 0 nível de c a r b o x i - h e m o gl o b i n a esta na dependen

cia do intervalo de tempo transc or ri do da inalação do monóxido

de carbono ate 0 momento de sua dosagem no sangue A curva de

73

Page 79: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

captação e eli mi naç ão de CO, nos sangues materno e fetal,tem evi

denciado que, 12 horas a posde cessada a inalação, os níveis san

güíneos desse gas são se me lhantes aos existentes antes de inicia

, . ~ 86 da a exp os içã o ao mesmo .

Não se pode todavia, excl ui r a po ssibilidade da interfe

rência de outras fontes de CO, como, por exemplo, o monóxi do de

carbono produzido endogenamente como conseqüência do catabolismo

45 62da hem og lobin a ’ , em qua nt id ad es que podem afetar a CDO, em

indivíduos não fumantes

0 possível efeito do níyel de m e t a - h e m o g l o b i n a não foiava

liado; embora, em condições normais, apenas uma pequena percenta

gem de hem oglo bi na (1% a p r oximadamente) e oxidada a meta-hemogl ()

b i na ^0 .

74

Variantes de he mo globina fetal, resultantes de alteração

da cadeia a, têm sido descritas em sangue do cordão; e variantes

— 28 ~ resultantes de cadeia y anormal são e x t r e m a m e n t e raras . Não

tem sido relatada a presença de he moglobinas que possuam afinida^

de alterada pelo oxigênio, dentre as hemoglobinas anormai s do sa£

gue do cordão. Embora um numero grande de variantes da hemoglo- *3 7 70

bina tem sua afinidade, pelo oxigênio, alterada ’ , a grande

~ 28 maioria delas apresenta alteração estrutural na cadeia 3 .

Os nosso resultados, onde a corr el ação entre 4 ) e a

idade gestacional, foi mais estreita do que com a "Fração Efeti_

va de 2,3-DPG", fazem supor quev outros fatores, ainda desconhecj_- 1 4

dos, contribua m para 0 aumento de P g g ^ 4 d urante a gestaçao ’

Não pode excluir -s e 0 possível efeito de outros fos fatos ojr

- 21 g a m c o s como 0 ATP, pelo efeito deste sobre a CDO .

Page 80: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

As medidas de PgQ di scutidas ate aqui, são aquelas efetua

das a um pH padrão de 7,4, onde se refle te m as mudanças de 2 , 3 ­

1 9DPG e hemoglobin a fetal. 0 relato da P5Q a este pH arbitra

rio, tem pouco si gn ificado f i siológico 0 4 , por ser excluído o

'fefei to Bohr" ^ .

7 5

Os nossos valores de P5Q(-jv )> expressos no pH do paciente

(Tabela 1), mo st ram níveis maiores que os de P ^ q ^ ^ por terem

os nossos pacientes (com excessão de um caso), pH inferiores a

7,4 no sangue da veia umbilical. Essa m odificação foi mais acen

tuada no grupo com sof ri me nt o fetal, pois, devido a níveis mais

baixos de pH, a P5 q (i v ) esta s i g n i f i c a t i v am e n t e mais elevada.

Desde a des co be rt a do efeito do 2,3-DPG na afinidade da

hemo gl ob in a pelo oxigênio, tem-se dado muita ênfase ãs alterações

dos valores de 2, 3-DPG e dos valores da P^ q » e menor atenção, ã— 00 1^9

sua importância fis io ló gi ca e ao seu si gn ificado clínico .

Discute-se a relevância das m o dificações na CDO e sobre 0 quanto

de seu desvio sera necessá rio para provocar uma resposta reconhç?

cível no fluxo sangüíneo, na captaçã o de oxigênio ou na função de

- ~ 83um Orgao .

Uni importante papel tem sido atribuí do a diferença da afj_

nidade pelo oxigênio, entre 0 sangue materno e 0 sangue fetal,na

• - . , . - . 46 , 92 , 1 01 , 1 24oxigenaçao transplacentaria .

A sua alta afinidade pelo oxigênio, juntam en te com concen

trações aumentadas no sangue fetal, favorecem a h e m o g l o b i na fetal

na captação de oxigêni o e isso parece adaptado as condições fe_

* • 1 + , j . - . . . 3-2 ,87 ,89 , 1 43tais de transporte de oxigênio ír.tra-utero ’ .

Page 81: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

Papel adicional na tr ansferência de oxigênio é a mudança

no pH que ocorre nos sangues ma terno e fetal na circulação pia

centãrio. 0 sangue fetal, chegando a placenta, sofre elevação

do seu pH, aum en tan do portanto sua afinidade pelo oxigênio e pos

sib il it and o a captação deste. 0 sangue materno, ao contrãrio,so

~ — 8 7fre uma di mi nu ição do pH, permitind o a liberaçao de oxigênio *

89

•n

Ac redita-se que essa diferença de af inidade não seja um fa

- 89tor essencial na maioria das especies, inclusive no homem . Os

valores de Pçqçj 4 ) de fetos que re ceberam transfusão intra-útè

ro, foram mais elevados que os de suas mães, sem ter havido pr£

juTzos do cres cim en to fetal . Provavelm en te, isso foi devido

ao predomínio de he mo globina A e ao aumento de 2,3-DPG encontra^

dos. Esses dados, adici on ados a relatos espo rádicos de pacieri

tes gravidas, com variantes de h e moglobina com afinidade aument£

da, sugerem que maior af inidade do sangue do feto pelo oxigênio

não ê pr ê-requisito para a e xistência intra-uterina ^9,101^

Face a essas des cr iç ões , parece- no s difícil atribuir, isc>

ladamente, ao aumento de Pc n /- \ nos recem-nascidos com sofrimeno u ( i v ) —to fetal agudo, cap ac ida de de prej udicar a oxigen aç ão do feto i£

t r a - ú t e r o .

A posição da CDO em relaçao a dete rminada P 02 e um dos fa

7 8tores que influenciam a liberação de oxigênio para os tecidos ’

105,134^ Outros fatores relaciona do s ao feto, no transporte de

oxigênio aos tecidos face a situações criticas, são 0 debito car

dïaco e a concentração de hemogl o b i n a ^ .

Page 82: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

Em condições agudas, severas, cons tata-se uma redistribui

ção do fluxo cardT aco em direção aos Õrgãos essenciais, que são

~ - 89o coraçao, o cerebro e a placenta .

Se antes do nascimento, a adaptaç ão da hemog lo bi na fetal

a captar oxigênio seria de impo rtância na re sp iração transplacen

tária, apÕs o nascimento, com respiração alveolar, as caracterís

_ 42 92ticas de ceder oxigênio se tornam mais importantes * .

Contudo, o r e c é m-nascido apresenta uma diminuição em sua

capacidade de aumen ta r a liberação de oxigê ni o para os tecidos

~ - 46em condiçoes de hipoxia . A presença predominante de uma hemo

globina com afinidade aum entada e a uma capacidad e limitada de

- 5 1 -aumentar seu debito cardTaco , se acre scenta também a incapaci

dade do eritrõcito fetal de aumentar os seus nTveis de 2,3-DPG

frente a hipoxia sem acidose

Embora o efeito do 2,3- DP G na h e moglobina fetal seja m£

nor que na hemo gl obi na A, para uma d eterminada diminuição do pH

plasmãtico, a queda no 2,3-DPG fetal é quase duas vezes aquela

147 -que ocorre no adulto . Assim, tambem no sangue fetal, muda_n

ças de afinidade do oxigênio, causadas por dimi nu ição no nTvel de

2,3-DPG, com alteração prolongada do pH, aprox i m a d a m e nt e contria

balançam as que adviriam, e x c l u s i v a m e n te do" ef ei to Bohr ". 0 pH e

o 2,3-DPG têm efeitos complementares. 0 2,3-DPG diminuTdo, co£

trabalança o efeito do pH na CDO, de modo que não haveria pre

juízo no suprimento tissular de oxigé ni o

Modificações agudas no"efeito Bohr",por tratamento brusco

da acidose, quando a velocidade de re cu peração o pH excede a re

77

Page 83: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

C O N C L U S Õ E S

Page 84: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

cuperação de 2,3-DPG, podem ocasionar prejuízo na oxigenação tis

04 78 1 32 ~sular ’ . A di mi nuição da P 5 q (i v ) P roduzlc*a, pode atin

gir os valores de P5q ^7 4 ^» que são s i g n i f i c a t i v am e n t e mais bai

xos para os re cé m-nascidos com SFA.

Provav el ment e, m o d ificações isoladas na PgQ não alteramem

substância, 0 tr ansporte de oxigênio, porem na presença de condi

ções anormais de transpo rt e de oxigênio, a posição da CDO tanto

pode prejudicar, ainda mais, a oxigenação tissular, como ajudar

1 32a compensar 0 trans por te altera do . Desvios na CDO poderiam

ter conseqüênci as nos Órgãos que apres e n t a m aumento da diferença

arterio -v eno sa no conteúdo de oxigênio, como 0 cérebro e 0 cora

78

Page 85: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

C ON CL US ÕE S

1 . Os valores de 4 ) nos grupos de recé m-nascidos a te£

mo, com sofri mento fetal e prê-termo, são menores que os

de recém-nascidos do grupo controle;

2. Os valores de Pc o , , nos r e c é m -nascidos pré-termo são meD U ( iv j —

nores que os do grupo controle; e os do grupo de recém-na£

eidos a termo, com so fr im ento fetal, são maiores que os

do grupo controle;

3. Os valores de 2, 3-DPG e suas "Fração Funcionan te " e "Fra_

ção Efetiva" nos recém - n a s c i d os a termo, com sofrimento

fetal, são menores que os do grupo controle;

4. Os valores de pH i n t r a - e r i t r o ci t a r i o e da diferença entre

0 pH do plasma e 0 pH intra - e r i t r o ci t a r i o , são m e n o ­

res no grupo de recém-nascidos a termo, com sofrimento feí

tal agudo, que os obtidos no grupo controle;

5. Ha c orrelação positiva entre os valores das "Fração F u n ­

cionante" e "Fração Efetiva do 2,3-DPG" e os valores da

P 5 0 (7 4 ) ’ ass-*m como correlação negativa entre os valores

de hemoglobina fetal e P 5Q ^ 4 ^ nos recém-nascidos e s t u ­

dados;

Page 86: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

81

6 . Ha corre la ção positiva entre os valores do pH piasma tico,

Excesso de Base e pH intr a - e r i t r o ei t a r i o e os valores de

2,3-DPG, bem como correl aç ão negativa entre os valores de

de P C O2 e 2,3-DPG, nos r ecém-nascidos a termo ,com sofrj^

mento fetal e grupo controle;

7. Ha corre la ção positiva entre os valores de 2,3-DPG e os

do Escore de Apgar, obtidos, no primeiro e no quinto minij

to, nos recém.nasci dos a termo, com sofri m e n to fetal e

qrupo controle;

8 . Ha correla ção positiva entre os valores da P g o (7 4 ) e da

idade gestacional, nos recé m-nascidos pré-termo e no gru

po controle.

Page 87: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

R E F E R E N C I A S

B I B L I O G R Ä F I C A S

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Page 108: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

A N E X O S

Page 109: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

104

ANEXO 01 - Registro de dados

DATA

HORA

N9 : SEXO

MATERNIDADE: REG. M Ã E :

NOME DA MÃE: REG. RN:

IDADE: GESTA: P A R A : AB ORTOS :

OLTIMA M E N S T R . : IDADE G E S T . :

ANTICONC. : TABAGISMO: CIG./DIA:

MEDICAÇÃO ANTES DA INTERN. :

MEDICAÇÃO DURANTE A INTERN. ;

HIST. GESTACI ON AL - 1 9 TRIM

2 9 T R I M . :

•• •

3 9 T R I M . :

PRESSÃO ARTERIAL: T E M P . A X I L . : EDEMA MM 1 1 :

HEMATÜC.: GR.SANG. - MÃE: RN: VDRL :

ANESTESIA - TIPO: ANEST./DO SE :

TEMPO A N E S . : BCF :

A P R E S E N T A Ç Ã O : FORCEPS:

T T P : TBR : TPE :

LIQ. AMNIOT. : T.LAQUEADURA:

CONDIÇÜES NASC. :

SOFRIM. FETAL:

APGAR - 1 9 MIN. : 5 9 M I N . : 1 0 9 M I N . :

IMP. MECON. - P E R I - U M B I L . : PELE: PLACENTA:

PLACENTA - PESO:

RN - PESO: EST. : PER.CEF.:

PARKIN: DUBOWITZ:

E V O L U Ç Ã O :

Page 110: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

105

TONOMET RI A

Amostra.

Amos tra.

Amostra.

A m o s t r a (

Amostra,

ANEXO 01 - Regi stro de dados (c o n t . )

: p H : P C 09 : P 0 9 : BE: BIC:

: pH: P C 0 9 : P 0 9 : BE: BIC:

: p H : P C 0 9 : P 0 9 : BE: BIC:

: p H : P C 0 o : P 0 9 : SAT. :

: p H : P C 0 o : P 0 9 : SAT. :

: p H : P C 0 9 : P 0 9 : SAT. :

: p H : P C 0 o : P 0 9 : SAT. :

: pH: P C 0 9 : P 09 : SAT. :

50(7,4) 50 ( i v ) '■

p H i e 1

h e m a t O c .1 H E M A T Ü C . 2 H E M A T Ü C . m ;

H G B 1 - DO: H G B 2 - DO:

g/dl a/dl HGB Q/dlm:-------

HGB F E T A L 1 - D 0 t :

HGB F E T A L2 - D 0 t

2 ’3 “ DPG - DO b l a n k :.

Cc bl ank :-

D O f ;

DO,

DO test

Cc tes t ’ —

2 , 3 - D P G :

% H b - F :

% Hb - F

% H b - F m :

y M/ml-sg

y M/ml-hem.

Page 111: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

M Hb02%

ANEXO 01 - Registro de dados (cont.)

SETOR DE CIÊNCIAS DA SA0DE - DEPARTAMliNTO DE PEDIATRIA

TTTTT

106

Page 112: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 02- Recem-nascidos a termo, vigorosos (controles).

Paridade Tabagi smo Idade Gestacional Pressão Medicação, utilizada*

nÇ Sexo Gesta/ Tempo de Met. de Met. de arterial Tempo antes

para (n9 cig/dia) amenorréia Parkin Dubowitz materna* § Droga Dose do parto

01

0?

Fem.

Fem.

1/0

n / i

não

não

40s

41 s

6d

ld

40s

40s 1/2

110x60

120x80

MeperidinaPrometazinaOcitocina

50mg25mg2 un.

nrnrnr

03 Masc. III/I não 39s 3d 38s 1/2 120x80 - - -

04 Fem. IV/III não 40s 2d 38s 120x85 - - -

05 Fem. 11/0 não 40s 3d 40s 110x80 - - -

06 Masc. n / i não 40s 39s 1/2 110x70 Ocitocina 2 un. nr

07 Fem. I/O não 39s 5d 39s 130x85 Ocitocina 5 un. nr

0-3 Masc. n / i não 40s 39s 120x80 Ocitocina 2 un. nr

09 Masc. I/O não 40s ld 39s 1/2 120x80 DiazepanOcitocina

lOmg 2 un.

nrnr

10 Masc. XI/VII não 40s 40s 1/2 110x70 Ocitocina 2 un. nr

11 Masc. ii/i não 39s 6d 39s 1/2 120x80 - -

12 Fem. VI I/VI não 39s 3d 40s 130x85 Ocitocina 2 un. nr

13 Fem. II/I não 40 s 2d 40s 110x60 - -

14 Fem. 1/0 não 40s 6 d 40s 1/2 130x80 Metoclorpramida lOmg 3 hs.

* Durante o trabalho de parto § em mm de Hg. nr - nao registrado

Page 113: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 02 (c o n t . ) - Reœm-nascidos a termo, vigorosos (c o n tro le s ) .

nç Sexo

Paridade

Gesta/

para

Tabagismo

(no cig/dia)

Idade Gestacional

Tempo de Met. de Met. de

amenorréia Parkin Dubowitz

Pressão

arterial

materna*§ Droga

Medicação utilizada*

Tempo antes

Dose do parto

15 Fem. 1/0 não 38s 6d 38s 1/2 120x80 - -

lõ Masc. II/I não 39s 39s 120x80 - -

17 Masc. VII/V não 38s 2d 40s 140x90 - -

* Durante o trabalho de parto

§ em mm de Hg.

801

Page 114: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

no

010203

04

05

06

07

08

09

10111213

14

15

16

17

ANEXO 03 - Recem-nascidos a termo, vigorosos (c o n tro le s ) .

Circular-de. Tempo de Impregnação Escore de Apgar

cordão (n9) laqueadura (seg.) de mecÕnio 19 min. 59 min.

não não 45 não 9 9

não não 45 não 9 10não não 40 não 8 10não não 45 não 9 10não não 40 não 9 10não não 40 não 9 10

Kieiland não 35 não 9 9

Simpson não 35 não 7 9

Simpson não 35 não 8 9

não 01 45 não 9 10

não 02 40 não 8 9

não 02 35 não 9 9

não não 35 não 8 9

não 01 40 não 9 10

não não 30 não 9 10

não não 40 não 8 9

não não 40 não 8 9

Page 115: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 04 - Recem-nascidos a termo, vigorosos (c o n tro le s ) .

no ★pH pco2+

Gasometria

po2+

de cordão

BE++ Bic+++P + 50(7,4)

p +50(iv)

**pHie (PH - pHie)

01 7,273 35,6 20,6 -9,5 16,0 19,31 21 ,60 7,050 0,220

02 7,29b 42,2 14,3 -5,5 21,0 17,91 19,83 7,090 0,206

03 7,292 43,2 13,8 -5,5 20,5 20 ,38 22,62 7,098 0,194

04 7,308 35,4 17,2 -8,0 17,4 17,72 19,18 7,108 0,200

05 7,216 43,9 16,6 -10,5 17,3 19 ,97 23 ,80 7,030 0,186

05 7,204 55,1 14,4 -7,5 21,5 21 ,92 26 ,68 6,974 0,230

07 7,218 45,6 24,3 -9,5 18,2 19 ,64 23 ,39 6,957 0,261

08 7,286 39,2 30,0 -7,5 18,2 19,23 21 ,36 6,999 0,287

09 7,240 36,6 31,7 -11,5 15,0 21 ,58 24,97 6,913 0,327

10 7,285 36,8 30,0 -8,5 17,0 19,11 21 ,18 7,087 0,198

11 7,474 40,2 22,8 +5,5 29,5 20,87 1 9 ,53 7,227 0,247

12 7,342 34,5 30,5 -6,0 18,5 22,25 23 ,32 7,026 0,316

13 7,312 38,6 22,6 -6,0 19,0 1.9,42 21 ,04 7,084 0,228

14 7,240 40,8 21,0 -10,0 17,0 20,50 23 ,79 7,040 0,200

15 7,379 28,4 19,1 -7,0 16,5 19,25 19,30 7,093 0,286

16 7,330 38,4 28,8 -5,0 20,0 19,46 20,73 6,988 0,342

17 7,384 30,8 31,9 -5,0 18,2 18,51 18,56 7,076 0,308

* pH plasmãtico - unidades de pH ++ mEq/1

** pH intra-eritroeitario - unidades de pH +++ Bicarbonato tteal - mEq/1

+ mm de Hg

'011

Page 116: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 05 - Recém-nascidos a termo, v igorosos (c o n tro le s ) .

no HematÕcrito (%) Hemoglobina (g/dl)Hemoglobina

Fetal {%)2,3-DPG*

"Fração Funcionante

de 2,3-DPG"*

"Fração Efetiva

de 2,3-DPG"*

01 43 12,14 59,48 5,12 2,07 3,29

02 54 16,30 65,18 4,22 1,47 2,57

03 48 13,57 56,10 5,62 2,47 3,73

04 48 14,52 74,24 5,42 1,40 3,01

05 63 17,74 70,12 4,76 1,42 2,76

06 54 16,77 63,99 4,63 1,67 2,85

07 56 18,22 67,88 4,37 1,40 2,59

08 47 15,17 66,51 4,79 1,60 2,8809 57 17,13 57,23 5,61 2,40 3,68

10 51 14,75 67,55 4,80 1,56 2,85

11 55 15,11 62,75 5,18 1,93 3,23

12 48 15,43 66,61 4,90 1 ,64 2,94

13 53 17,01 66,39 4,24 1,42 2,55

14 50 14,04 56,49 4,90 2,13 3,24

15 46 13,85 54,22 5,33 2,44 3,60

16 47 14,70 62,93 4,67 1,73 2,91

17 48 16,28 72,50 4,79 1,32 2,71

* ymoles/ml de hemácias

Page 117: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 06 - Recém-nascidos com sofrim ento fe ta l agudo (SFA)

Paridade Tafaagi smo Idade Gestacional Pressão Medicação utilizada*

n? Sexo Gesta/ Tempo de Met. de Met. de arterial Tempo antes

para (n9 cig/dia) amenorréia Parkin Dubowitz materna*§ Droga Dose do parto

01 Mas c. i/o não 38s ld 39s 130x85 OrciprenalinaBetametazonaDiazepan

5mg8mg

lOmg

nrnr10 hs

02 Masc. II/I não 40s 3d 41 s 130x70 - - -

03 Masc. i/o não 40s 2d 39s 1/2 155x95 Ocitocina 2 un. nr

04 Masc. II/I 01 41 s 5d 39s 120x90 - - -

05 Masc. I/O não 40s 4d 40s 110x80 - - -

06 Masc. I/O 01 39s 4d 39s 1/2 155x110 Diazepan 120mg 24 hs

07 Masc. 1/0 não 38s 38s 120x85 - - -

08 Masc. 1/0 2 - 3 40s 4d 40s 140x90 Ocitocina 2 un. -

09 Masc. I I/O não 39s 5d 39s 130x100 Ocitocina 2 un. -

10 Fem. I/o nao 39s 2d 39s 120x60 DimenidratoPrometazina

25mg25mg

nrnr

11 Masc. II/I não 38s 4d 39s 1/2 100x60 - - -

12 Fem. I/O não 41 s 2d 40s 90x60 Ocitocina 2 un. nr

13 Fem. I / o não 41 s 5d 40s 110x80 DiazepanMeperidinaPrometazina

70mg50mg25mg

24 hs 8 hs 8 hs

14 Masc. I / o não 40 s 6d 39s 1/2 120x80 Ocitocina 6 un. nr

15

16

Fem.

Masc.

I / o

I / o

não

não

39s

39s 6d

40s

39s 1/2

200x140

120x70

DiazepanPropoxifenoDiciclomina

40mg75mg20mg

10 hsnrnr

* durante o trabalho de parto nr: não registrada § em mm de Hg

Page 118: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 07 - Recem-nascidos com sofrim ento fe ta l agudo (SFA )

n? ForcepsCircular-de- Tempo de Impregnação Escore de Apgar Peso de

cordão (n<?) laqueadura (seg.) de mecônio 19 min. 59 min. nascimento (g)

01 Kielland 01 20 sim 1 4 2650

02 não não 30 sim 6 7 3570

03 não não 30 não 6 9 3275

04 não 01 30 não 5 8 4150

05 não não nr* não 5 9 3420

06 Kielland não 20 sim 6 8 3730

07 Kiel 1 and não 30 não 5 9 2950

08 não não 45 não 6 9 3075

09 Kielland 01 20 sim 3 7 3175

10 não não 45 sim 5 9 2825

n Simpson não 35 não 6 8 3500

12 Simpson não 30 sim 5 6 3420

13 não 01 30 sim 2 6 2900

14 Kielland 01 20 sim 2 4 3850

15 não não 30 não 2 3 2700

16 Simpson 02 30 não 4 8 3200

* nr: não registrado

Page 119: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 08- Recem-nascidos com sofrim ento fe ta l agudo (SFA ).

no 71PH rco2+

Gaspmetria

p o 2+

de cordão

BE++ Bic+++ P50(7,4)+p +50(iv)

**PHie (PH - pHie)

01 7,272 34,4 21,3 -10,5 15,0 20,29 22 ,68 7,154 0,112

02 7,146 57,4 9,8 -10,5 19,2 18,77 24,15 6,994 0,152

03 7,152 42,6 16,6 -14,5 14,5 17 ,98 22 ,67 7,028 0,124

04 7,287 49,2 9,4 - 4,0 23,6 19,60 21 ,97 7,096 0,191

05 7,291 49,4 16,2 - 4,0 22,8 17,33 19,34 7,098 0,193

06 7,238 42,3 20,6 - 9,5 17,2 19,09 22 ,23 7,065 0,173

07 7,223 46,2 11,8 - 8,5 18,3 17,53 20,82 7,043 0,180

08 7,101 57,4 ?.l ,9 -13,5 17,0 19 ,28 25,86 6,901 0,200

09 7,136 47,4 17,6 -14,5 15,0 1 8,53 23,83 6,969 0,167

10 7,136 51,4 13,6 -12,5 16,8 18,74 24 ,20 6,928 0,208

11 7,117 48,7 26,1 -15,0 15,0 19,73 25,88 6,841 0,276

12 7,151 48,2 28,9 -13,0 16,0 19,62 24 ,92 6,916 0,235

13 7,185 37,1 19,4 -15,0 13,5 19,74 23,99 7,029 0,156

14 7,212 39,5 8,8 -12,0 15,0 18,54 22,06 7,002 0,210

15 6,984 61 ,4 14,0 -20,0 14,5 18,14 27 ,19 6,782 0,202

16 7,116 62,2 16,1 -11 ,5 19,0 18,68 24,78 6,936 0,180

* pH p!asmático - unidades de pH ++ mEq/1

** pH intra-eritroeitãrio - unidades de pH +++ Bicarbonato Real - mEq/1

+. m m . de Hg

Page 120: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

Õc!

48

51

55

53

42

55

48

52

60

45

56

50

63

56

48

52

ANEXO 09 - Recém-nascidos com sofrim ento fe ta l agudo (SFA )

Hemoglobina "Fração Funcionante*Hemoglobina (g/dl) - ^ {%) 2,3-DPG* de 2,3-DPG“

12,97 64,32 4,38 1,56

14,64 61 ,02 3,72 1,45

16,07 76,82 4,54 1,05

15,71 70,28 4,43 1,32

14,64 - 5,48 -

14,76 64,05 4,54 1,63

12,58 66,48 3,85 1,29

15,07 62,35 5,00 1,88

18,35 69,69 4,83 1,46

12,64 68,53 4,15 1,31

17,37 72,15 4,42 1,23

15,19 52,13 3,30 1,58

20,41 67,05 3,89 1,28

17,50 65,90 4,20 1,43

14,94 58,93 2,92 ro o

15,92 65,41 4,67 1,62

Page 121: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 10 - Recém-nascidos pré-termo

Paridade Tabagismo Idade Gestacional Pressão Medicação utilizada*

n9 Sexo Gesta/para (n9 cg/dia)

Tempo de amenorréia

Met. de Parkin

Met. de Dubowitz

arterialmaterna*§ Droga Dose

Tempo antes do parto

01 Ma sc. VII I/VI I 1 - 2 34s 34s 1/2 140x80 - - -

02 Masc. I/O 4 31 s 1d 32s 130x80 Diazepan Betametazona Urciprenalina

nrnrnr

nrnrnr

03 Masc. II/I não 33s 2d 34s 1/2 130x70 OrciprenalinaBetametazonaDiazepan

5 mg4 mg 10 mg

nr

nrnr

04 Fem. 1/0 não 32s 5d 32d 1/2 100x60 - - -

05 Fem. III/II não 36s 3d 38s 110x80 Ocitocina nr nr

06 Fem. VI/ IV não 34s 4d 34s 100x70 Ocitocina nr nr

07 Fem. n / i não 33s 2d 32s 1/2 110x80 - - -

08 Masc. n / i não 35s 5d 36s 1/2 120x90 Ocitocina 2 un. -

09 Masc. I/O 4 36s 3d 38s 140x85 - - -

10 Masc. I/O não 33s ld 34s 1/2 - 110x70 - - -

11 Masc. VI/I não 36s 3d 35s 1/2 100x60 Ampicilina Isoxsuprina

nrnr

• •

12 Masc. IV/I não 36s 6d 37s 120x80 - - -

13 Masc. VI I/V não 37s 3d 38s 90x70 Oci toei na 2 un. nr

14

15

Fem.

Masc.

1/0

1/0

não

não

33s 3d

36s 6d

36s

36s

1/2 110x70

120x80

DiazepanBetametazonaIsoxsuprina

10 mg 4 mg

100 mg

nrnrnr

* Durante o trabalho de parto nr: não registrado§ . em mm de Hg

91

L

Page 122: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

n9

0102

03

04

05

06

07

08

09

10111213

14

15

ANEXO 11 - Recem-nascidos pré-termo

Circular-de- Tempo de Impregnação Escore de Apgar

cordão (n9) laqueadura (seg.) de mecÔnio 19min. 59 min.

não não 60 não 7 8

não não 60 não 8 9

não não 45 não 8 10

não não 60 não 8 9

Kielland não 45 não 10 10

não não 60 não 8 10

não não 60 não 7 9

não não 60 não 9 10

não 01 40 não 7 8

não não 50 não 9 10

não não 45 não 7 9

não 01 40 não 9 9

não não 45 não 8 9

não não 60 não 9 10

não não 45 não 9 10

Page 123: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 12 - Recém-nascidos pré-termo

n? *pH p c o2+

Gasometria

p o2+

de cordão

BE++ Bic+++P + 50(7,4) P + 50(iv)

**pH. p ie (PH - pHie)

01 7,314 36,4 29,48 -7,0 18,0 18,40 19,83 7,094 0,22002 7,344 33,1 25,40 -7,0 17,5 16 ,36 17,05 7,046 0,298

03 7,238 34,3 19,30 -12,0 14,2 16,99 19,64 7,031 0,20704 7,293 34,1 20,00 -9,0 16,2 16,61 18,22 7,031 0,262

05 7,263 43,1 10,60 -8,0 19,0 1 7,76 20,21 7,012 0,251

06 7,362 36,8 31,50 -3,7 20,3 19,13 1 9,74 7,152 0,210

07 7,343 37,0 25,80 -5,0 20,0 17 ,52 18,39 7,030 0,313

03 7,378 36,4 28,00 -3,0 21,0 16,72 16,98 7,162 0,216

09 7,282 39,7 20,30 -8,0 18,2 1 9 ,03 21,20 7,036 0,246

10 7,302 37,2 41,50 -8,0 17,3 17,33 18,88 7,051 0,251

11 7,344 35,45 22,40 -5,5 19,0 17 ,80 18,64 7,078 0,25612 7,408 29,20 22,20 -4,7 18,2 19,61 19,16 7,056 0,35213 7,364 31,60 16,40 -6,0 17,7 18,07 18,48 7,006 0,35814 7,370 31 ,20 21,00 -6,0 17,6 1 7,45 17,72 7,108 0,26215 7,260 44,70 17,30 -7,5 19,5 19,03 21 ,76 7,013 0,247

* pH plasmãtico - unidades de pH

** pH intra-erirtocitãrio - unidades de pH

+ mm de Hg

++ mEq/1

+++ Bicarbonato Real - mEq/1

Page 124: Determinação dos níveis de 2, 3 - Difosfo- glicerato em

ANEXO 13 - Recém-nascidos pré-termo

n<? HematÕcrito {%) Hemoglobina (g/dl)Hemoglobina

Fetal {%)2,3-DPG*

"Fração Funcionante

de 2,3-DPG"*

"Fração Efetiva

de 2,3-DPG"*

01 52 16,50 66,70 6,05 2,01 3,6302 45 14,73 84,53 4,78 0,74 2,3603 51 14,46 71,27 4,80 1,38 2,7504 43 13,73 74,32 4,77 1,22 2,6405 47 15,80 61,62 5,64 2,16 3,5506 51 15,55 66,83 6,18 2,05 3,7007 55 17,86 82,81 4,54 0,78 2,2808 54 17,25 88,81 5,28 0,59 2,4709 50 15,19 75,82 5,60 1,35 3,0510 52 16,40 75,18 3,85 0,96 2,1111 49 15,91 77,17 4,29 0,98 2,3012 50 16,89 82,42 4,90 0,86 2,4813 53 17,38 66,29 3,77 1,27 2,2714 46 15,79 69,36 4,24 1,30 2,4815 56 18,46 57,84 5,13 2,16 3,35

* yrnoles/ml de hemacias